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ESG E DE
REPUTAÇÃO
CORPORATIVA
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte,
constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998)
Revisores de conteúdo
Professor mestre Marcelo Dias Carvalho
Professor doutor Carlos Rogério Cerqueira Júnior
Revisor da redação
Nicolas Alexandre de Paula Oliveira
Sob coordenação da professora doutora Karlene do Socorro da Rocha Campos
Designer
Nathalia Rodrigues Bezerra
Autoria
Alexandre Freire Quinto Luana Santana Rego
Andrés Tofaneto Luminatti Lucas Finezi Verenguer
Beatriz Alves Lima Lucas Soares Tarif
Bruno Sanches Siglas Rodrigues Matheus Cardoso Perdomo
Caio Shinji Baba Spuri Nathalia Rodrigues Bezerra
Daniel Beani Morais Niara Rodrigues Lima
Danilo de Sá Camargo Nicolas Alexandre de Paula Oliveira
David Mota Dantas Paulo Henrique Khalil
Diego Martins Leite Pedro Gribauskas Murça
Elen Arissa Takara Rhian da Silva Amaral
Gustavo de Castro Oliveira Thiago Barragan Magalhães
Gustavo Mataji Ueda Victor Soares Dias
Isabella Cavalcanti do Amaral Vinicius Andreo Basso
João Pedro Norbeato César Vinicius Guedes Inoue
João Vitor Pedroso Gebin Vinicius Nakano Cavalli Rodrigues
Agradecimento especial aos professores Marcelo Dias Carvalho, Silvia
Helena Boarin Pinto, Fernando Augusto da Cruz Paião Umezu e
Carlos Rogério Cerqueira Júnior, que contribuíram sobremaneira
para a realização do 27º Encontro de Comunicação Empresarial
e para a produção deste e-book.
Sumário
APRESENTAÇÃO .................................................................... 5
5
Capítulo 1
7
Qual é o impacto do ESG nas organizações?
8
Como o ESG mudou a forma de gerir das
organizações?
O modelo administrativo ESG pode alterar o valor de uma empresa no
mercado, com base na condensação de critérios de conduta em áreas
consideradas cada vez mais importantes para a captação de investidores.
Essa manobra é denominada “Investimento ESG”, que consiste em uma
forma de impulsionar os setores mais sustentáveis e de induzir boas
práticas de gestão, dando oportunidade e reconhecimento para
organizações que apresentam bons níveis de responsabilidade social,
ambiental e de governança. De acordo com a XP Investimentos, são
empresas com foco em ESG, entre outras:
Ambev
B3
Banco do Brasil
Cemig
Energias do Brasil
Marfrig
Natura
Localiza
Santander Brasil
Ultrapar
9
ESG e Tripé da Sustentabilidade são a
mesma coisa?
O Tripé da Sustentabilidade (Triple Bottom Line) é um conceito criado
pelo sociólogo John Elkington, em 1994, que defende que, para
considerar uma organização sustentável, ela deve ser socialmente
justa, ambientalmente responsável e financeiramente viável, englobando
os mesmos aspectos do ESG: sociais, econômicos e ambientais.
Nessa perspectiva, o ESG é uma evolução do Tripé, resultado de
diversos debates ambientais, como o realizado pelo Clube de Roma, de
1968, fundado para debater um vasto conjunto de assuntos
relacionados à política, à economia internacional, ao meio ambiente
e ao desenvolvimento. O Clube solicitou a uma equipe de cientista do
MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts - em inglês Massachusetts
Institute of Technology) o relatório “Os limites do crescimento”, de 1972,
que analisava a interação do homem com o meio ambiente. Outro
debate importante resulta do relatório Brundtland, de 1987, também
focado no desenvolvimento sustentável. John Elkington sugeriu que seu
modelo de Tripé da Sustentabilidade fosse sempre repensado e
atualizado, pois o intuito de criá-lo era o de desenvolver
pensamentos mais profundos sobre o futuro do capitalismo, não para
ser usado apenas como ferramenta de contabilidade. Em outras palavras,
os conceitos da temática socioambiental devem se conectar e chegar às
empresas e aos governos de forma objetiva e clara, para que possam ser
facilmente compreendidos e implementados.
Como uma empresa que não utiliza ESG é impactada?
Empresas que não se valem de ações de ESG são impactadas nos
seguintes pontos:
não atraem investidores;
não reduzem riscos;
diminuem a rentabilidade;
têm maiores despesas;
têm menor flexibilidade;
sofrem desvalorização da marca.
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A pandemia do coronavírus acirrou a necessidade de as organizações
adotarem o ESG, já que muitas sofreram o impacto do contexto atual,
perdendo competitividade. Conforme mencionado, ignorar tais práticas
faz com que as instituições não atraiam investidores, que dão
preferência para aquelas que já adotam medidas ambientais, sociais e de
governança e oferecem baixo risco. Investir em empresas que não
adotem o ESG gera riscos de sanções estatais, multas ambientais e até
mesmo de processos trabalhistas.
A diminuição da rentabilidade é outra consequência, que gera aumento
das despesas, menor flexibilidade e desvalorização da marca. Essa
diminuição acontece principalmente devido a um menor controle
financeiro, que gera menor desempenho. A desvalorização é facilmente
observada na comparação de instituições que aderiram ao ESG com
outras que o ignoraram.
Com a desvalorização, vêm as despesas administrativas, já que serão
necessários investimentos em novos profissionais, em tecnologias, em
alinhamento da instituição com o novo mercado. E com as despesas
vem uma menor flexibilidade para tomada de decisões, principalmente
aquelas que precisam ser tomadas de última hora, já que não haverá
tempo para consulta aos investidores, aos gestores e até mesmo ao chefe
organização. Tudo isso leva, certamente, à desvalorização da marca.
11
Capítulo 2
Sustentabilidade e
responsabilidade
ambiental no
contexto das
organizações
12
O que é sustentabilidade?
Sustentabilidade empresarial
A sustentabilidade também é assunto nas empresas. Uma companhia
sustentável é aquela que se preocupa com o desenvolvimento de
políticas e ações que visem o bem-estar social em todas as suas
operações.
13
A preocupação com a sustentabilidade empresarial teve início após as
Grandes Guerras e após a Revolução Industrial, quando começaram a
ficar evidentes os impactos gerados pela escassez de recursos naturais,
pelos danos ao meio ambiente, pelas catástrofes naturais e pelo
significativo aumento da desigualdade social. Atualmente, muitas
companhias procuram criar um ciclo de produção que tenha o menor
impacto socioambiental possível.
No contexto organizacional, o tripé sustentável, mencionado
anteriormente, pode se configurar desta forma:
·pilar econômico: incorporação de ações sustentáveis em curto, médio
e longo prazo, gerando redução de desperdícios e de gastos, bem como
vantagens competitivas para as organizações;
·pilar social: apoio ao desenvolvimento da comunidade com a
implementação de projetos e ações que visem a melhoria da qualidade
de vida, tais como educação ambiental, incentivo à prática esportiva,
entre outros.;
·pilar ambiental: gestão de resíduos, proteção ao meio ambiente,
atendimento às legislações, ações e projetos de reciclagem.
Problemas ambientais
Com a Revolução Industrial, as ações contra o meio ambiente causadas
pelo ser humano aumentaram exponencialmente. Grande parte dessas
ações foi decorrente da transição da manufatura para o maquinário
industrial. Naquele tempo – e para alguns, ainda hoje – existia a convicção
de que a poluição, o desmatamento, entre outras ações, eram
sinônimos de desenvolvimento. Assim, consolidavam-se problemas bem
conhecidos atualmente: as aglomerações urbanas e o desaparecimento de
rios e de áreas verdes, causando e estimulando a poluição.
14
Poluição do ar
Fonte: cetesb.sp.gov.br
15
Felizmente, com o avanço da tecnologia, surgem alternativas para os
combustíveis fosseis. Existem hoje veículos elétricos, híbridos e até
movidos a hidrogênio. Há, ainda, combustíveis renováveis, como o
etanol e o biodiesel. Novas tecnologias também surgem para
melhorar a eficiência energética, como o óleo de baixa viscosidade
de motor e câmbio, alteração aerodinâmica, indicador de troca de
marcha, direçãoelétrica, redução de resistência de rolamento de pneus.
A Mercedes-Benz é uma empresa que está com uma iniciativa
sustentável e deseja zerar a produção de dióxido de carbono na sua
cadeia de produção. A empresa pretende utilizar aço livre de CO2 e
investir em modelos de carros elétricos e híbridos.
Poluição da água
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/lixo-na-agua-2480807/
16
Poluição biológica: ocorre devido aos lançamentos de detritos
orgânicos por esgotos domésticos e industriais, que ocasionam a
proliferação de micro-organismos e decompositores.
Poluição térmica: não é tão conhecida como asdemais, pois não é
facilmente observável, mas gera grande impacto ambiental. Associa-se ao
despejo de água quente em corpos de água, o que reduz o nível de
oxigenação, afetando os ecossistemas marinhos.
Poluição química: gerada pelo descarte de resíduos químicos
inapropriadamente. Muitas indústrias despejam soluções com resíduos
químicos diretamente em rios e lagos. Outra forma de contaminação
química está associada ao uso de agrotóxicos.
Poluição do solo
A poluição do solo pode ser causada por diversos fatores, entre eles a
introdução de substâncias químicas em sua superfície, a alteração da
camada de material orgânico ambiente pela ação humana e o despejo
incorreto de resíduos sólidos. Esse tipo de poluição contribui para outros
tipos de poluição, visto que os elementos químicos também poluem a
água e o ar. Os pesticidas, os inseticidas, os herbicidas e os fertilizantes
são os principais causadores da poluição do solo.
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/agricultura-terra-cultivada-plantacao-cultivo-5197443/
17
Despejo incorreto de resíduos sólidos
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/fotografia-
com- foco-raso-de-lata-de-coca-cola-324557/
18
Economia circular
Conforme mencionado, a preocupação com o impacto das atividades
econômicas sobre o meio ambiente ganhou ênfase. Portanto, o uso
eficiente dos recursos naturais é o principal intuito de diversas
empresas, possibilitando vantagens competitivas no mercado. Nesse
cenário, a economia circular tem ganhado destaque: um modelo de
produção e consumo que envolve renovação, reutilização, reparação e
reciclagem de materiais e produtos existentes, transformando resíduo
em recurso.
A Nespresso, por exemplo, organiza sua cadeia de produção com base
na economia circular, buscando melhorar seus processos, ao escolher
em suas produções o alumínio - um material infinitamente reciclável.
Para fechar o ciclo, o alumínio volta para a cadeia produtiva e o pó de
café torna-se adubo orgânico.
Práticas e incentivos
Ações de ESG, como a sustentabilidade, são critérios avaliados e
decisórios em negociações, por terem grande impacto reputacional.
Segundo pesquisa realizada pelo Global Network of Directors Institutes
(GNDI), 85% dos conselheiros entrevistados acreditam que as questões
ESG e de sustentabilidade serão o foco para os stakeholders (GNDI
2020-2021).
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Negócios que se comprometem com melhores práticas de gestão têm
uma operação mais sustentável em diversos aspectos e tendem a
controlar os riscos ambientais e empresariais de modo mais eficiente.
Consequentemente, constroem uma gestão inteligente, com foco em
resultados melhores ao longo do tempo, tornando-se atrativos para o
mercado: em vez de analisar apenas índices financeiros, por exemplo,
os investidores também passam a observar o comprometimento e a
responsabilidade de uma companhia diante de temas sociais e
ambientais.
A B3 – Bolsa de Valores Oficial do Brasil – é referência mundial
nesse quesito, pois criou o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE
B3), cujo objetivo é incentivar as organizações a adotarem práticas
melhores, utilizando critérios com base em práticas sociais, ambientais,
e de governança para escolher empresas brasileiras para sua carteira.
Entre os critérios, destaca-se a aderência ao Pacto Global, o qual é
representado pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
As principais vantagens de manter uma agenda ESG na companhia,
na visão dos recrutadores, são:
melhoria na imagem da empresa;
aumento da confiança do investidor;
atração e retenção de talentos.
Os incentivos e benefícios para empresas que implementam padrões
ESG são:
fortalecimento da marca diante do mercado – nos últimos anos,
consumidores brasileiros preferem adquirir produtos de empresas
sustentáveis;
retenção e captação de talentos – o desenvolvimento de práticas
sociais aumenta a satisfação dos colaboradores;
redução de desperdícios – especialmente em relação ao
gerenciamento dos recursos ambientais;
·
20
possibilidade de inovação e promoção de parcerias estratégicas;
atração de investidores;
aumento da competitividade no mercado;
melhor desempenho financeiro.
21
Capítulo 3
Igualdade de
gênero e geração
de valor: o caso da
Natura
Igualdade de gênero e geração de valor
23
Igualdade de gênero na Natura
Como se sabe, a Natura é uma das empresas que vêm implantando a
igualdade de gêneros em seu cotidiano empresarial. Em 2016, o
Instituto Natura destacou a necessidade da inclusão em aspectos de
gênero, de raça, de etnia e de classe social. A ação rendeu bons
frutos: o percentual de mulheres em cargos de liderança na
Natura&Co América Latina chegou a 51% em 2020 (CAPITAL
ECONÔMICO, 2021).
Segundo o relatório anual feito pela Natura em 2019, a empresa abriu
seus horizontes para a diversidade e a inclusão como uma de suas
ambições para o ano de 2020 e encerrou o ano de 2019 com 41,4% de
mulheres ocupando cargos de liderança, uma alta de 3,8 em relação ao
ano de 2018, que foi de 38,2%.
A companhia comprometeu-se com a agenda ESG no mercado
investidor e, além de intensificar ações de sustentabilidade,
estabeleceu objetivos para melhorar a qualidade de vida das
consultoras da marca, oferecendo-lhes serviços de inclusão digital e de
educação financeira.
Em 2020, ao comprar a Avon, a Natura estabeleceu um compromisso
antirracista em toda a companhia, prevendo contratar pelo menos 50%
de pessoas negras e colocar 30% de mulheres negras em cargo de
liderança até 2030 (FILIPPE, 2020). Ainda em 2020, a empresa
recebeu o certificado do Sistema B (Benefit Corporation), que beneficia
empresas que articulam o lucro a benefícios sociais.
As boas práticas desenvolvidas pela Natura impactam
significativamente seu crescimento econômico, movendo a companhia
a gerenciar seus negócios em prol de um mundo melhor, gerando uma
ambição legítima de promover riqueza à sociedade.
24
Igualdade de gênero e benefícios para
as empresas
Disparidade
socioeconômica
no Brasil: o papel
das organizações
O que é disparidade socioeconômica?
A disparidade socioeconômica ocorre quando há, em uma sociedade,
a distribuição não igualitária de oportunidades e riquezas. Ela é
consequência da falta de investimentos em áreas importantes, como a
educação, por exemplo.
Fonte: https://i.guim.co.uk/img/media/44556f138b8054e7283b1740fc6
6c6b239c5d79a/96_282_6238_3744/master/6238.jpg?
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27
Algumas das principais causas da disparidade socioeconômica no Brasil
são: as poucas oportunidades de trabalho, a concentração de dinheiro e
de poder em um grupo reduzido de pessoas, a má administração de
recursos públicos e o acesso deficitário à educação.
28
Como as empresas estão trabalhando
para melhorar a disparidade
socioeconômica?
Diversas empresas têm colocado em prática projetos sociais para
combater a disparidade socioeconômica no Brasil. Evidenciam-se os
projetos de três instituições brasileiras: o Banco Itaú, o Grupo
Votorantim e a L’Oréal Brasil, apresentados a seguir.
Itaú
II - Escrevendo o futuro
O Itaú contribui para a formação de educadores envolvidos no ensino
da língua portuguesa. Apenas 1/3 dos professores considera que a
formação inicial, recebida na faculdade, prepara-os para os desafios da
docência, segundo a pesquisa Profissão Professor de 2018.
29
L’Oréal Brasil
Votorantim
30
Capítulo 5
Diversidade e
inclusão social no
contexto
empresarial: o
diferencial
competitivo
31
Diversidade e inclusão social no contexto
empresarial: diferencial competitivo
O diferencial competitivo gerado pela diversidade e inclusão social
no ambiente de trabalho é fundamental para estimular as empresas a
tomarem mais medidas relacionadas a esses temas, seja para
procedimentos externos ou internos. Uma das vantagens de formar um
ambiente diverso e inclusivo é o estímulo à inovação e à criatividade.
Indiscutivelmente, a inovação e a criatividade tornam-se cada vez mais
uma questão de sobrevivência econômica para as organizações: a
diversidade de culturas propicia a heterogeneidade de ideias. Com os
avanços das redes sociais, a opinião dos consumidores éveiculada de
modo mais dinâmico, se comparada com os antigos canais
convencionais. E apresentar um posicionamento que represente a
ideologia desses consumidores de forma mais abrangente é um fator de
vantagem competitiva, pois indica que a empresa tem
responsabilidade social.
A responsabilidade social é um conjunto de comportamentos e
atitudes da instituição em benefício de seu público, seja na valorização
da diversidade, na preocupação com impactos ambientais ou com
comportamentos éticos. Trata-se de uma variável de grande
importância para o alcance da vantagem competitiva. De fato, não basta
oferecer preços justos e qualidade de serviço/produto; elas também
precisam calcular o impacto de suas ações, comportamentos e atitudes.
No cenário corporativo, também se deve levar em conta que cada
funcionário tem uma característica, uma origem, um estilo de vida
diferente. Isso reflete em habilidades diferentes e experiências
diversas, o que é um benefício nas tomadas de decisões, naexpansão de
algum negócio ou reunião. Além disso, é o caminho para que as
organizações se tornem mais inovadoras, garantindo a inclusão de seus
trabalhadores e mantendo-os motivados.
32
O que são vantagens competitivas?
33
A criação de vagas destinadas às minorias, como negros, PcDs e
comunidade LGBTQIA+, pode adequar a cultura da empresa. Abrir
canais de denúncia de forma adequada também é importante. Por fim,
não há ninguém melhor para promover ações de diversidade do que
grupos compostos por minorias. Assim, montar um comitê com seus
representantes ajudará a empresa a tomar melhores decisões.
Gestão da diversidade
A implementação da diversidade enfrenta, muitas vezes, problemas
de coesão do grupo e de comunicação. Na prática, pessoas são atraídas
para grupos cujos valores culturais são semelhantes, dificultando a
diversidade. Quando o indivíduo está desconfortável dentro de um
grupo social, destaca-se sem perceber a importância do pertencimento,
pois a diferença entre as pessoas gera um desconforto e,
consequentemente, uma ineficácia na comunicação e no desempenho.
Empresas que adotam medidas de gestão da diversidade lucram mais,
pois apresentam desempenho superior à média. Como já explicado,
ambientes heterogêneos tendem para a inovação quando comparados
com ambientes menos diversos. Colocar isso a favor da empresa e na
maximização de seus resultados revela uma adequada e eficiente gestão
da diversidade.
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Diversidade e resultados
A gestão da diversidade é um meio crucial para seu sucesso, já que,
ao ser mal conduzida, pode se tornar uma arma contra a própria
organização. Isso pode deixar equipes inteiras improdutivas, sem
criatividade, ou diminuir a capacidade de resolução de problemas,
levando muitas vezes ao descontentamento afetivo entre os integrantes.
Os líderes e gestores de equipes devem trabalhar com a diversidade,
considerando a discrepância entre culturas, ideologias, pensamentos,
mitigando os impactos negativos das diferenças na organização.
Conforme demonstrado em gráfico mais adiante, estudos da McKinsey
& Company abrangendo 15 países e mais de 1000 grandes empresas no
período de 2014 a 2019 apontam que organizações mais bem
posicionadas no ranking de diversidade de gênero têm mais
probabilidade de gerar lucratividade acima da média. Além disso,
empresas com mais mulheres executivas têm maior probabilidade de
superar aquelas em que essa porcentagem é baixa. Instituições que se
preocupam com diversidade étnica e cultural também apresentam
lucratividade significativa.
35
Fonte:
https://www.mckinsey.com/~/media/mckinsey/featured%20insights/diversity%20and%20inclusion/diversity%20wins%20
how%20inclusion%20matters/diversity-wins-how-inclusion-matters-vf.pdf
Fonte:
https://www.mckinsey.com/~/media/mckinsey/featured%20insights/diversity%20and%20inclusion/diversity%20wins%20
how%20inclusion%20matters/diversity-wins-how-inclusion-matters-vf.pdf
36
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https://articles.jobconvo.com/diversidade-nas-empresas/. Acesso em 31.10.21.
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https://invest.exame.com/esg/o-esg-melhora-o-desempenho-financeiro-e-a-raizen-e-a-prova-disso. Acesso em
16.10.21.
CAPITAL ECONÔMICO. Natura & Co América Latina atinge compromisso de ter 50% de lideranças
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regiao/#:~:text=Natura%20%26Co%20Am%C3%A9rica%20Latina%2C%20que,ou%20acima%2C%20no%20a
no%20passado. Acesso em 16.10.21
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Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/vantagem-competitiva/. Acesso em 18.10.21.
DIALOGUS. Os benefícios da implementação dos princípios do ESG para as empresas. 2021. Disponível em:
https://www.dialogusconsultoria.com.br/os-beneficios-da-implementacao-dos-principios-esg-para-as-empresas/.
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https://www.ecycle.com.br/nespresso-economia-circular/. Acesso em 01.09.21.
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Disponível em: https://exame.com/negocios/avon-lanca-compromisso-antirracista-e-meta-de-mais-negras-
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GSHOW. Conversa com Bial. A fronteira entre a favela de Paraisópolis e o bairro do Morumbi gerou uma das
mais impactantes imagens sobre a desigualdade brasileira. 2020. Disponível em:
https://gshow.globo.com/programas/conversa-com-bial/noticia/a-fronteira-entre-a-favela-de-paraisopolis-e-o-
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