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PRÁTICAS DE

ESG E DE
REPUTAÇÃO
CORPORATIVA
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte,
constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998)

ESEG – Faculdade do Grupo Etapa - 2021

Projeto coordenado pela professora doutora Karlene do Socorro da


Rocha Campos e gerenciado pelos alunos Lucas Finezi Verenguer,
Thiago Barragan Magalhães e Vinicius Guedes Inoue

Coordenador de Engenharia de Produção


Professor mestre Marcelo Dias Carvalho

Revisores de conteúdo
Professor mestre Marcelo Dias Carvalho
Professor doutor Carlos Rogério Cerqueira Júnior

Revisor da redação
Nicolas Alexandre de Paula Oliveira
Sob coordenação da professora doutora Karlene do Socorro da Rocha Campos

Designer
Nathalia Rodrigues Bezerra

Autoria
Alexandre Freire Quinto Luana Santana Rego
Andrés Tofaneto Luminatti Lucas Finezi Verenguer
Beatriz Alves Lima Lucas Soares Tarif
Bruno Sanches Siglas Rodrigues Matheus Cardoso Perdomo
Caio Shinji Baba Spuri Nathalia Rodrigues Bezerra
Daniel Beani Morais Niara Rodrigues Lima
Danilo de Sá Camargo Nicolas Alexandre de Paula Oliveira
David Mota Dantas Paulo Henrique Khalil
Diego Martins Leite Pedro Gribauskas Murça
Elen Arissa Takara Rhian da Silva Amaral
Gustavo de Castro Oliveira Thiago Barragan Magalhães
Gustavo Mataji Ueda Victor Soares Dias
Isabella Cavalcanti do Amaral Vinicius Andreo Basso
João Pedro Norbeato César Vinicius Guedes Inoue
João Vitor Pedroso Gebin Vinicius Nakano Cavalli Rodrigues
Agradecimento especial aos professores Marcelo Dias Carvalho, Silvia
Helena Boarin Pinto, Fernando Augusto da Cruz Paião Umezu e
Carlos Rogério Cerqueira Júnior, que contribuíram sobremaneira
para a realização do 27º Encontro de Comunicação Empresarial
e para a produção deste e-book.
Sumário

APRESENTAÇÃO .................................................................... 5

O QUE É ESG E POR QUE A EMPRESA PRECISA SE


PREOCUPAR COM ISSO? ...................................................... 6

SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE AMBIENTAL


NO CONTEXTO DAS ORGANIZAÇÕES ................................ 12

IGUALDADE DE GÊNERO E GERAÇÃO DE VALOR: O


CASO DA NATURA ................................................................... 22

DISPARIDADE SOCIOECONÔMICA NO BRASIL: PAPEL


DAS ORGANIZAÇÕES .......................................................... 26

DIVERSIDADE E INCLUSÃO SOCIAL NO CONTEXTO


EMPRESARIAL: DIFERENCIAL COMPETITIVO .................... 31

FONTES DE CONSULTA ........................................................... 37


Apresentação

Neste e-book, temos o intuito de promover a reflexão sobre


ações de ESG, bem como sobre o impacto dessas ações na
construção da imagem empresarial. O trabalho foi construído na
disciplina Comunicação Empresarial 2, ministrada aos alunos de
Engenharia de Produção pela professora doutora Karlene do
Socorro da Rocha Campos, no 2º semestre de 2021, e reflete as
apresentações orais realizadas no 27º Encontro de Comunicação
Empresarial da ESEG, em 11 de novembro de 2021.
A sigla ESG – Environmental, Social and Governance – representa a
importância de ações ambientais, sociais e de governança em
uma organização.
Para que uma empresa seja reconhecida por seguir princípios
de ESG, ela deve ter iniciativas de proteção ambiental, visando
impactar positivamente o meio ambiente; de engajamento
social, tais como políticas de diversidade e outras que gerem o
bem-estar da comunidade, e de honestidade em processos
corporativos, visando a transparência fiscal e o impedimento
de corrupção, discriminação e assédio. Ultimamente, o termo
tem recebido extrema atenção em razão de sua importância, e
as instituições que adotam e comunicam as práticas de ESG têm
se beneficiado delas em diversas frentes.

5
Capítulo 1

O que é ESG e por


que a empresa
precisa se
preocupar com
isso?
Quando e como surgiu a ESG?
Na publicação feita em 2004 pelo Pacto Global da ONU em parceria
com o Banco Mundial, intitulada Who Cares Wins (Ganha Quem se
Importa) comtemplou-se pela primeira vez o termo ESG, e surgiu de
um desafio do então secretário-geral da ONU Kofi Annan a 50 CEOs
de grandes organizações financeiras. A proposta era obter respostas dos
bancos sobre como integrar princípios de ESG ao mercado de capitais.
No mesmo período, a UNEP-FI (United Nations Environment
Programme Finance Initiative) publicou o relatório Freshfield, ressaltando
a importância de ações de ESG como forma de avaliar uma empresa
financeiramente. Apesar de as organizações já terem, de modo geral,
preocupações socioambientais, o termo foi adicionado ao dicionário
corporativo, por incluir outras preocupações de cunho social e de
governança. A adoção de ações nesse sentido gera mercados mais
sustentáveis e proporciona melhores resultados para as instituições.

Como surgiu o ESG no Brasil?


As discussões sobre ESG demoraram a chegar ao Brasil. Enquanto nos
Estados Unidos foram os investidores que puxaram a mudança de
atitudes empresariais, aqui o debate foi motivado pela imprensa.
Até 2018, pouco se falava sobre ESG no país. No Novo Mercado, o
maisalto em governança corporativa da B3 (Bolsa de Valores do Brasil),
já existia o debate de boas práticas em instituições de capital aberto,
embora companhias deste seleto grupo, tais como Vale, CCR, Braskem
e JBS, tenham se envolvido em escândalos de governança. A pauta
socioambiental ainda não era considerada tão relevante e o conceito ESG
começou a ser aceito apenas a partir de 2019, como reação às políticas
do governo brasileiro pouco comprometidas com o meio ambiente.
Foi então que a imprensa brasileira puxou o debate sobre o tema,
colocando questões socioambientais em evidência, possibilitando que o
ESG se consolidasse como fator importante no mercado.

7
Qual é o impacto do ESG nas organizações?

Nos últimos anos, há uma demanda significativa para que as empresas


comecem a aderir a práticas de ESG, principalmente por parte de
investidores, que estão mais conscientes da importância do bem-estar
coletivo. Eles buscam investir em instituições que se preocupam com
questões sociais, exigindo mudanças de postura e privilegiando aquelas
que adotam práticas benéficas para a sociedade, os colaboradores,os
investidores e o meio ambiente. A adesão a essas práticas de ESG acarreta
diversos benefícios e a avaliação de empresas, atualmente, é diretamente
afetada por essa escolha.
As organizações que adotam o ESG ganham maior visibilidade e
refletem boa reputação pública. Além disso, são mais flexíveis para lidar
com mudanças nos padrões, relacionadas à produção e ao consumo.
Agora, as bolsas de valores exigem delas maior divulgação do
desempenho em sustentabilidade e podem impulsionar a quantidade de
capital adicional. Entre os benefícios de acatar compromissos e práticas
de ESG, destacam-se a otimização da produtividade, a facilidade de
atender às demandas atuais, a possibilidade de novas oportunidades de
negócios e o menor impacto ambiental negativo.

Ações de ESG podem alavancar a movimentação das organizações


das seguintes formas:
facilitando o crescimento do faturamento;
reduzindo custos;
minimizando ações regulatórias;
aumentando o potencial de produtividade dos funcionários;
otimizando investimentos;
tornando-as mais resilientes em eventuais crises.

8
Como o ESG mudou a forma de gerir das
organizações?
O modelo administrativo ESG pode alterar o valor de uma empresa no
mercado, com base na condensação de critérios de conduta em áreas
consideradas cada vez mais importantes para a captação de investidores.
Essa manobra é denominada “Investimento ESG”, que consiste em uma
forma de impulsionar os setores mais sustentáveis e de induzir boas
práticas de gestão, dando oportunidade e reconhecimento para
organizações que apresentam bons níveis de responsabilidade social,
ambiental e de governança. De acordo com a XP Investimentos, são
empresas com foco em ESG, entre outras:

Ambev
B3
Banco do Brasil
Cemig
Energias do Brasil
Marfrig
Natura
Localiza
Santander Brasil
Ultrapar

Iniciativas em ESG podem ser adotadas em qualquer setor. De forma


geral, as métricas ambientais ajudam o investidor a entender o
relacionamento da empresa com a natureza; enquanto as métricas sociais
o ajudam a entender a relação com os direitos humanos, com os
trabalhadores e com o público em geral. Em síntese, organizações com
boa governança são consideradas mais confiáveis e menos propensas às
instabilidades.

9
ESG e Tripé da Sustentabilidade são a
mesma coisa?
O Tripé da Sustentabilidade (Triple Bottom Line) é um conceito criado
pelo sociólogo John Elkington, em 1994, que defende que, para
considerar uma organização sustentável, ela deve ser socialmente
justa, ambientalmente responsável e financeiramente viável, englobando
os mesmos aspectos do ESG: sociais, econômicos e ambientais.
Nessa perspectiva, o ESG é uma evolução do Tripé, resultado de
diversos debates ambientais, como o realizado pelo Clube de Roma, de
1968, fundado para debater um vasto conjunto de assuntos
relacionados à política, à economia internacional, ao meio ambiente
e ao desenvolvimento. O Clube solicitou a uma equipe de cientista do
MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts - em inglês Massachusetts
Institute of Technology) o relatório “Os limites do crescimento”, de 1972,
que analisava a interação do homem com o meio ambiente. Outro
debate importante resulta do relatório Brundtland, de 1987, também
focado no desenvolvimento sustentável. John Elkington sugeriu que seu
modelo de Tripé da Sustentabilidade fosse sempre repensado e
atualizado, pois o intuito de criá-lo era o de desenvolver
pensamentos mais profundos sobre o futuro do capitalismo, não para
ser usado apenas como ferramenta de contabilidade. Em outras palavras,
os conceitos da temática socioambiental devem se conectar e chegar às
empresas e aos governos de forma objetiva e clara, para que possam ser
facilmente compreendidos e implementados.
Como uma empresa que não utiliza ESG é impactada?
Empresas que não se valem de ações de ESG são impactadas nos
seguintes pontos:
não atraem investidores;
não reduzem riscos;
diminuem a rentabilidade;
têm maiores despesas;
têm menor flexibilidade;
sofrem desvalorização da marca.

10
A pandemia do coronavírus acirrou a necessidade de as organizações
adotarem o ESG, já que muitas sofreram o impacto do contexto atual,
perdendo competitividade. Conforme mencionado, ignorar tais práticas
faz com que as instituições não atraiam investidores, que dão
preferência para aquelas que já adotam medidas ambientais, sociais e de
governança e oferecem baixo risco. Investir em empresas que não
adotem o ESG gera riscos de sanções estatais, multas ambientais e até
mesmo de processos trabalhistas.
A diminuição da rentabilidade é outra consequência, que gera aumento
das despesas, menor flexibilidade e desvalorização da marca. Essa
diminuição acontece principalmente devido a um menor controle
financeiro, que gera menor desempenho. A desvalorização é facilmente
observada na comparação de instituições que aderiram ao ESG com
outras que o ignoraram.
Com a desvalorização, vêm as despesas administrativas, já que serão
necessários investimentos em novos profissionais, em tecnologias, em
alinhamento da instituição com o novo mercado. E com as despesas
vem uma menor flexibilidade para tomada de decisões, principalmente
aquelas que precisam ser tomadas de última hora, já que não haverá
tempo para consulta aos investidores, aos gestores e até mesmo ao chefe
organização. Tudo isso leva, certamente, à desvalorização da marca.

11
Capítulo 2

Sustentabilidade e
responsabilidade
ambiental no
contexto das
organizações

12
O que é sustentabilidade?

O conceito de sustentabilidade remete à capacidade de o ser humano


de atender às próprias necessidades no momento presente, sem
comprometer a capacidade de as gerações futuras suprirem suas
próprias necessidades. Ela embasa-se em três pilares:
· econômico: a geração de riqueza deve ocorrer de modo sustentável,
sem esgotar os recursos e sem que os custos e investimentos sejam
protelados;
· social: propostas que visem o bem-estar da população devem ser
fomentadas;
· ambiental: o meio ambiente deve ser preservado, visando o
equilíbrio entre as necessidades sociais e o uso racional dos recursos,
evitando-se o desperdício.
São ações de sustentabilidade, entre outras:
economizar e reutilizar água;
reciclar o lixo;
optar por produtos com embalagens retornáveis

Sustentabilidade empresarial
A sustentabilidade também é assunto nas empresas. Uma companhia
sustentável é aquela que se preocupa com o desenvolvimento de
políticas e ações que visem o bem-estar social em todas as suas
operações.

13
A preocupação com a sustentabilidade empresarial teve início após as
Grandes Guerras e após a Revolução Industrial, quando começaram a
ficar evidentes os impactos gerados pela escassez de recursos naturais,
pelos danos ao meio ambiente, pelas catástrofes naturais e pelo
significativo aumento da desigualdade social. Atualmente, muitas
companhias procuram criar um ciclo de produção que tenha o menor
impacto socioambiental possível.
No contexto organizacional, o tripé sustentável, mencionado
anteriormente, pode se configurar desta forma:
·pilar econômico: incorporação de ações sustentáveis em curto, médio
e longo prazo, gerando redução de desperdícios e de gastos, bem como
vantagens competitivas para as organizações;
·pilar social: apoio ao desenvolvimento da comunidade com a
implementação de projetos e ações que visem a melhoria da qualidade
de vida, tais como educação ambiental, incentivo à prática esportiva,
entre outros.;
·pilar ambiental: gestão de resíduos, proteção ao meio ambiente,
atendimento às legislações, ações e projetos de reciclagem.

Problemas ambientais
Com a Revolução Industrial, as ações contra o meio ambiente causadas
pelo ser humano aumentaram exponencialmente. Grande parte dessas
ações foi decorrente da transição da manufatura para o maquinário
industrial. Naquele tempo – e para alguns, ainda hoje – existia a convicção
de que a poluição, o desmatamento, entre outras ações, eram
sinônimos de desenvolvimento. Assim, consolidavam-se problemas bem
conhecidos atualmente: as aglomerações urbanas e o desaparecimento de
rios e de áreas verdes, causando e estimulando a poluição.

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Poluição do ar

A poluição do ar remete a um conjunto de substâncias lançadas na


atmosfera e que causam danos ao meio ambiente e aos seres humanos.
Há relatos de que ela está presente desde a Roma Antiga, quando
pessoas já queimavam madeira. No entanto, seu acirramento se deu,
conforme observado, no período da Revolução Industrial.
Entre as substâncias que causam a poluição do ar, destacam-se:
monóxido de carbono (CO) - resultante da queima incompleta de
combustíveis fósseis;
dióxido de carbono (CO2) – gerado pela queima de combustíveis
fósseis;
óxido de enxofre (SOx) – consequente de diversos processos
industriais.
O Estado de São Paulo, por exemplo, possui 40% de toda a frota
veicular do país. Alguns gases prejudiciais são provenientes da queima
de combustíveis fósseis emitidos em veículos a combustão, como
demonstrado no gráfico abaixo:

Fonte: cetesb.sp.gov.br

15
Felizmente, com o avanço da tecnologia, surgem alternativas para os
combustíveis fosseis. Existem hoje veículos elétricos, híbridos e até
movidos a hidrogênio. Há, ainda, combustíveis renováveis, como o
etanol e o biodiesel. Novas tecnologias também surgem para
melhorar a eficiência energética, como o óleo de baixa viscosidade
de motor e câmbio, alteração aerodinâmica, indicador de troca de
marcha, direçãoelétrica, redução de resistência de rolamento de pneus.
A Mercedes-Benz é uma empresa que está com uma iniciativa
sustentável e deseja zerar a produção de dióxido de carbono na sua
cadeia de produção. A empresa pretende utilizar aço livre de CO2 e
investir em modelos de carros elétricos e híbridos.

Poluição da água

A poluição da água pode ocorrer por meios físicos, químicos e


biológicos. Esta é uma questão de extrema importância, já que 70% do
corpo humano é composto de água e, assim, água poluída pode
desencadear diversos problemas de saúde. Além disso, a água tem papel
importante na produção de alimentos, de energia e de bens industriais.

Poluição sedimentar: ocorre devido ao acúmulo de resíduos em


suspensão.

Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/lixo-na-agua-2480807/

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Poluição biológica: ocorre devido aos lançamentos de detritos
orgânicos por esgotos domésticos e industriais, que ocasionam a
proliferação de micro-organismos e decompositores.
Poluição térmica: não é tão conhecida como asdemais, pois não é
facilmente observável, mas gera grande impacto ambiental. Associa-se ao
despejo de água quente em corpos de água, o que reduz o nível de
oxigenação, afetando os ecossistemas marinhos.
Poluição química: gerada pelo descarte de resíduos químicos
inapropriadamente. Muitas indústrias despejam soluções com resíduos
químicos diretamente em rios e lagos. Outra forma de contaminação
química está associada ao uso de agrotóxicos.

Poluição do solo

A poluição do solo pode ser causada por diversos fatores, entre eles a
introdução de substâncias químicas em sua superfície, a alteração da
camada de material orgânico ambiente pela ação humana e o despejo
incorreto de resíduos sólidos. Esse tipo de poluição contribui para outros
tipos de poluição, visto que os elementos químicos também poluem a
água e o ar. Os pesticidas, os inseticidas, os herbicidas e os fertilizantes
são os principais causadores da poluição do solo.

Uso de fertilizantes Uso de pesticidas

Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/agricultura-terra-cultivada-plantacao-cultivo-5197443/

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Despejo incorreto de resíduos sólidos

Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/fotografia-
com- foco-raso-de-lata-de-coca-cola-324557/

Com o passar dos anos, o tema da sustentabilidade começou a ser


mais abordado pelas empresas, que, de modo geral, passaram a se
preocupar mais com o impacto de suas ações no meio ambiente por
meio de um adequado gerenciamento de resíduos. E a agenda
ambiental virou um assunto muito debatido pelos investidores.
O primeiro passo para um bom gerenciamento dos resíduos é o
mapeamento, que permite à empresa descobrir o tipo de resíduo gerado
e as suas características. Assim, é possível definir as melhores práticas
de armazenamento e de manuseio desses resíduos, bem como ações
preventivas, caso aconteça algo inadequado.
O segundo passo é a classificação do tipo de resíduo. De acordo com
a NBR 10.004, a classificação é feita da seguinte maneira:
Classe I: resíduos perigosos, por serem considerados tóxicos ou
inflamáveis. Resto de tinta é um tipo de resíduo Classe I.
Classe II A: resíduos não inertes, não inflamáveis ou tóxicos, que não
sofrem reações químicas.
Classe II B: resíduos inertes, que não sofrem qualquer reação em
contato com a água. Por exemplo: entulho e pedra.
O terceiro passo é a reciclagem, que permite o reaproveitamento do
resíduo que não faz mais parte do processo, dando origem a um novo
produto ou à matéria-prima, reduzindo o impacto ambiental.

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Economia circular
Conforme mencionado, a preocupação com o impacto das atividades
econômicas sobre o meio ambiente ganhou ênfase. Portanto, o uso
eficiente dos recursos naturais é o principal intuito de diversas
empresas, possibilitando vantagens competitivas no mercado. Nesse
cenário, a economia circular tem ganhado destaque: um modelo de
produção e consumo que envolve renovação, reutilização, reparação e
reciclagem de materiais e produtos existentes, transformando resíduo
em recurso.
A Nespresso, por exemplo, organiza sua cadeia de produção com base
na economia circular, buscando melhorar seus processos, ao escolher
em suas produções o alumínio - um material infinitamente reciclável.
Para fechar o ciclo, o alumínio volta para a cadeia produtiva e o pó de
café torna-se adubo orgânico.

Foto tirada pelos autores do e-book

Práticas e incentivos
Ações de ESG, como a sustentabilidade, são critérios avaliados e
decisórios em negociações, por terem grande impacto reputacional.
Segundo pesquisa realizada pelo Global Network of Directors Institutes
(GNDI), 85% dos conselheiros entrevistados acreditam que as questões
ESG e de sustentabilidade serão o foco para os stakeholders (GNDI
2020-2021).

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Negócios que se comprometem com melhores práticas de gestão têm
uma operação mais sustentável em diversos aspectos e tendem a
controlar os riscos ambientais e empresariais de modo mais eficiente.
Consequentemente, constroem uma gestão inteligente, com foco em
resultados melhores ao longo do tempo, tornando-se atrativos para o
mercado: em vez de analisar apenas índices financeiros, por exemplo,
os investidores também passam a observar o comprometimento e a
responsabilidade de uma companhia diante de temas sociais e
ambientais.
A B3 – Bolsa de Valores Oficial do Brasil – é referência mundial
nesse quesito, pois criou o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE
B3), cujo objetivo é incentivar as organizações a adotarem práticas
melhores, utilizando critérios com base em práticas sociais, ambientais,
e de governança para escolher empresas brasileiras para sua carteira.
Entre os critérios, destaca-se a aderência ao Pacto Global, o qual é
representado pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
As principais vantagens de manter uma agenda ESG na companhia,
na visão dos recrutadores, são:
melhoria na imagem da empresa;
aumento da confiança do investidor;
atração e retenção de talentos.
Os incentivos e benefícios para empresas que implementam padrões
ESG são:
fortalecimento da marca diante do mercado – nos últimos anos,
consumidores brasileiros preferem adquirir produtos de empresas
sustentáveis;
retenção e captação de talentos – o desenvolvimento de práticas
sociais aumenta a satisfação dos colaboradores;
redução de desperdícios – especialmente em relação ao
gerenciamento dos recursos ambientais;
·
20
possibilidade de inovação e promoção de parcerias estratégicas;
atração de investidores;
aumento da competitividade no mercado;
melhor desempenho financeiro.

21
Capítulo 3

Igualdade de
gênero e geração
de valor: o caso da
Natura
Igualdade de gênero e geração de valor

Um dos pontos contemplados no ESG é a questão da igualdade de


gênero, ou seja, a igualdade de direitos e deveres entre homens e
mulheres. No âmbito empresarial, esse aspecto busca diminuir os
desníveis das diferenças salariais e de cargos entre os funcionários,
especialmente entre aqueles que estão no topo da hierarquia das
companhias.
A preocupação com a igualdade de gêneros está ligada à imagem
organizacional, pois alavanca positivamente a companhia, viabilizando
vantagens competitivas, trazendo melhores retornos econômicos e
agregando valor à marca, daí a importância da inclusão de metas de
diversidade no planejamento estratégico das companhias.
Um exemplo de empresa que se preocupa com a igualdade de gênero
é a Natura, que assinou a adesão aos Princípios de Empoderamento das
Mulheres, criados pela ONU Mulheres e pelo Pacto Global das Nações
Unidas. A seguir, pode-se observar que a empresa já se beneficia
positivamente de suas atitudes em relação à igualdade de gênero.

Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/foto-de-alto-angulo-de- um-


grupo-de-profissionais- 3183172/

23
Igualdade de gênero na Natura
Como se sabe, a Natura é uma das empresas que vêm implantando a
igualdade de gêneros em seu cotidiano empresarial. Em 2016, o
Instituto Natura destacou a necessidade da inclusão em aspectos de
gênero, de raça, de etnia e de classe social. A ação rendeu bons
frutos: o percentual de mulheres em cargos de liderança na
Natura&Co América Latina chegou a 51% em 2020 (CAPITAL
ECONÔMICO, 2021).
Segundo o relatório anual feito pela Natura em 2019, a empresa abriu
seus horizontes para a diversidade e a inclusão como uma de suas
ambições para o ano de 2020 e encerrou o ano de 2019 com 41,4% de
mulheres ocupando cargos de liderança, uma alta de 3,8 em relação ao
ano de 2018, que foi de 38,2%.
A companhia comprometeu-se com a agenda ESG no mercado
investidor e, além de intensificar ações de sustentabilidade,
estabeleceu objetivos para melhorar a qualidade de vida das
consultoras da marca, oferecendo-lhes serviços de inclusão digital e de
educação financeira.
Em 2020, ao comprar a Avon, a Natura estabeleceu um compromisso
antirracista em toda a companhia, prevendo contratar pelo menos 50%
de pessoas negras e colocar 30% de mulheres negras em cargo de
liderança até 2030 (FILIPPE, 2020). Ainda em 2020, a empresa
recebeu o certificado do Sistema B (Benefit Corporation), que beneficia
empresas que articulam o lucro a benefícios sociais.
As boas práticas desenvolvidas pela Natura impactam
significativamente seu crescimento econômico, movendo a companhia
a gerenciar seus negócios em prol de um mundo melhor, gerando uma
ambição legítima de promover riqueza à sociedade.

24
Igualdade de gênero e benefícios para
as empresas

O exemplo da Natura mostra que a lucratividade de uma empresa


tende a aumentar de modo considerável depois da implementação de
ações que promovem a igualdade de gênero, ou seja, quando uma
empresa opta por isso consequentemente obtém um retorno financeiro
maior. Mas há outros benefícios relevantes, explicitados a seguir.

Diversidade: ao optar por promover a igualdade de gêneros, a empresa


privilegia adversidade, que amplia a criatividade, enriquecendo as
perspectivas, que podem resultar em inovação e maior produtividade.

Fortalecimento da marca: os clientes buscam marcas com valores que se


aproximam do que é politicamente correto. Quando a empresa está de
acordo com os ideais do público-alvo, consegue mais investidores e
patrocinadores, aumentando os seus diferenciais competitivos.

Identificação com a clientela: os consumidores buscam por


representatividade, e, quando um produto garante identificação com o
público, a adesão à marca é imediata.

Diminuição de riscos jurídicos: a discriminação de gênero ou raça não


é aceita pela legislação brasileira. Assim, ao adotar políticas de
igualdade, a empresa diminui riscos jurídicos.
Capítulo 4

Disparidade
socioeconômica
no Brasil: o papel
das organizações
O que é disparidade socioeconômica?
A disparidade socioeconômica ocorre quando há, em uma sociedade,
a distribuição não igualitária de oportunidades e riquezas. Ela é
consequência da falta de investimentos em áreas importantes, como a
educação, por exemplo.

Instituto Locomotiva, a partir de dados do IBGE

Como se pode observar no gráfico acima, a elite da sociedade


brasileira representa apenas 6% da população, enquanto as classes mais
baixas somam 94%.
Um exemplo muito claro da disparidade socioeconômica brasileira é a
fronteira entre Morumbi e Paraisópolis, em São Paulo, onde temos
apartamentos luxuosos de um lado e uma comunidade vulnerável de
outro.

Fonte: https://i.guim.co.uk/img/media/44556f138b8054e7283b1740fc6
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27
Algumas das principais causas da disparidade socioeconômica no Brasil
são: as poucas oportunidades de trabalho, a concentração de dinheiro e
de poder em um grupo reduzido de pessoas, a má administração de
recursos públicos e o acesso deficitário à educação.

Alguns dados sobre a disparidade


socioeconômica no Brasil
A disparidade brasileira ocupa os primeiros lugares no ranking
mundial. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
mostra, a partir de dados de 2020, que o Brasil é país mais desigual
do mundo, com base em pesquisa do Banco Mundial. O Instituto
ressalta que os 10% mais ricos do país ganham 17,6 vezes mais que os
40% os mais pobres. E apenas 26% da população possui algum tipo de
convênio médico, ficando o restante da população à mercê de um
sistema público de saúde bastante falho.
Outros dados importantes, como os coletados pelo Censo Escolar 2020,
apontam que 48,4% dos estudantes brasileiros estão matriculados em
escolas municipais; 32,1%, em escolas públicas; e apenas 18,6%, em
escolas particulares. Isso ilustra a disparidade existente em nosso país.
O Índice de Gini, que mede a concentração de rendimentos,
demonstra que quanto mais próximo de um (1), pior é a distribuição de
renda. O Brasil ficou com 0,54 em 2019, mesmo índice de 2012. Tais
dados demonstram que há muito ainda a se fazer para diminuir a
disparidade socioeconômica no Brasil.

28
Como as empresas estão trabalhando
para melhorar a disparidade
socioeconômica?
Diversas empresas têm colocado em prática projetos sociais para
combater a disparidade socioeconômica no Brasil. Evidenciam-se os
projetos de três instituições brasileiras: o Banco Itaú, o Grupo
Votorantim e a L’Oréal Brasil, apresentados a seguir.

Itaú

O Itaú trabalha em linhas, todas no campo da educação:


I - Letras e números
A empresa contribui para a melhoria da educação, promovendo o
ensino da leitura, da escrita e da Matemática. Apenas 12% da população
brasileira em idade de trabalhar é capaz de se expressar por meio de
letras e números, conforme dados do Indicador de Analfabetismo
Funcional (Inaf) de 2018. No Ensino Médio, somente 4,52% dos
estudantes apresentam aprendizagem adequada em Matemática e
1,62% em língua portuguesa, de acordo com dados do Sistema
de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2017.

II - Escrevendo o futuro
O Itaú contribui para a formação de educadores envolvidos no ensino
da língua portuguesa. Apenas 1/3 dos professores considera que a
formação inicial, recebida na faculdade, prepara-os para os desafios da
docência, segundo a pesquisa Profissão Professor de 2018.

III - Apoio às bibliotecas comunitárias


A empresa colabora com as redes de bibliotecas comunitárias,
difundindo o hábito da leitura. O brasileiro lê em média 2,43 livros
inteiros por ano, segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil de
2016.

29
L’Oréal Brasil

Todos os anos, os colaboradores da L’Oréal Brasil separam um dia de


suas rotinas para serem voluntários e espalhar a beleza pelo mundo. Em
2019, não poderia ser diferente: o Citizen Day, que ocorreu no dia 25
de junho desse ano, reuniu voluntários da empresa em 10 ações que
aconteceram em vários espaços da cidade. 70 voluntários auxiliaram na
reforma de espaços que contribuem para o desenvolvimento de pessoas
nas comunidades próximas à empresa.
Voluntários ajudaram no Programa Qualificação Profissional,
renovando um local de coworking em um curso de empreendedorismo
e design thinking para jovens.
Os voluntários participaram de ações que ocorreram em seus locais de
trabalho: doação de sangue, ateliê de bonecas terapêuticas para crianças
com fissura labiopalatina, jovem sombra - jovens acompanharam
colaboradores da L’Oréal em um dia de trabalho. Foram registradas
mais de 1800 horas de trabalho voluntário.

Votorantim

O Instituto Votorantim, criado em 2002, tem como função conhecer


os desafios e as necessidades das regiões em que o grupo Votorantim
tem negócios. A partir do diagnóstico, são elaborados projetos e
estratégias que promovem o desenvolvimento social.
Com um investimento de 123 milhões de reais em 2018, mais de 750
projetos foram apoiados pelo grupo, com mais de 5.200 voluntários,
sendo impactados 160 municípios de três países (Brasil, Argentina e
Colômbia). Segundo o Instituto, todos ganham com uma sociedade
mais justa.

30
Capítulo 5

Diversidade e
inclusão social no
contexto
empresarial: o
diferencial
competitivo

31
Diversidade e inclusão social no contexto
empresarial: diferencial competitivo
O diferencial competitivo gerado pela diversidade e inclusão social
no ambiente de trabalho é fundamental para estimular as empresas a
tomarem mais medidas relacionadas a esses temas, seja para
procedimentos externos ou internos. Uma das vantagens de formar um
ambiente diverso e inclusivo é o estímulo à inovação e à criatividade.
Indiscutivelmente, a inovação e a criatividade tornam-se cada vez mais
uma questão de sobrevivência econômica para as organizações: a
diversidade de culturas propicia a heterogeneidade de ideias. Com os
avanços das redes sociais, a opinião dos consumidores éveiculada de
modo mais dinâmico, se comparada com os antigos canais
convencionais. E apresentar um posicionamento que represente a
ideologia desses consumidores de forma mais abrangente é um fator de
vantagem competitiva, pois indica que a empresa tem
responsabilidade social.
A responsabilidade social é um conjunto de comportamentos e
atitudes da instituição em benefício de seu público, seja na valorização
da diversidade, na preocupação com impactos ambientais ou com
comportamentos éticos. Trata-se de uma variável de grande
importância para o alcance da vantagem competitiva. De fato, não basta
oferecer preços justos e qualidade de serviço/produto; elas também
precisam calcular o impacto de suas ações, comportamentos e atitudes.
No cenário corporativo, também se deve levar em conta que cada
funcionário tem uma característica, uma origem, um estilo de vida
diferente. Isso reflete em habilidades diferentes e experiências
diversas, o que é um benefício nas tomadas de decisões, naexpansão de
algum negócio ou reunião. Além disso, é o caminho para que as
organizações se tornem mais inovadoras, garantindo a inclusão de seus
trabalhadores e mantendo-os motivados.

32
O que são vantagens competitivas?

Atualmente, qualquer empresa tenta se destacar ao máximo em seu


ramo. Para que isso ocorra, elas se valem de vantagens competitivas,
que são basicamente os diferenciais oferecidos aos seus clientes. Ao se
destacarem com essas vantagens, geram valor ao seu público e
promovem confiabilidade e interesse na marca.
Em outras palavras, elas devem conhecer seu público-alvo, ser
criativas e apresentar produtos diferenciados. Entre os fatores que
contribuem para a competitividade, está a preocupação com a
diversidade e a inclusão, que promovem benefícios como o aumento da
a criatividade, a redução de conflitos, o clima organizacional mais
favorável, a melhor imagem da empresa, o melhor entendimento do
mercado, o maior engajamento da equipe e a facilidade de propor ideias
inovadoras.
São três as principais vantagens que uma empresa pode ter:
preço diferenciado do produto ou serviço;
mais diversidade para o consumidor;
;foco de atuação da empresa.

Ações relacionadas à valorização da


diversidade e da inclusão social
Primeiramente, deve-se assumir a importância das ações de
diversidade nas empresas com propósitos, caso contrário as iniciativas
fracassarão. Assim, é necessário construir internamente a
transformação, de forma transparente e gradativa, a começar por
gestores e superiores.
Todos na empresa devem entender a importância da diversidade.
Uma forma de familiarizar os colaboradores é criar conteúdo
educativo, como vídeos interativos ou palestras com especialistas.
Deve-se levar em conta que muitos ainda têm enraizadas piadas
machistas, racistas e homofóbicas. Portanto, é importante levantar o
assunto e promover a quebra desses preconceitos.

33
A criação de vagas destinadas às minorias, como negros, PcDs e
comunidade LGBTQIA+, pode adequar a cultura da empresa. Abrir
canais de denúncia de forma adequada também é importante. Por fim,
não há ninguém melhor para promover ações de diversidade do que
grupos compostos por minorias. Assim, montar um comitê com seus
representantes ajudará a empresa a tomar melhores decisões.
Gestão da diversidade
A implementação da diversidade enfrenta, muitas vezes, problemas
de coesão do grupo e de comunicação. Na prática, pessoas são atraídas
para grupos cujos valores culturais são semelhantes, dificultando a
diversidade. Quando o indivíduo está desconfortável dentro de um
grupo social, destaca-se sem perceber a importância do pertencimento,
pois a diferença entre as pessoas gera um desconforto e,
consequentemente, uma ineficácia na comunicação e no desempenho.
Empresas que adotam medidas de gestão da diversidade lucram mais,
pois apresentam desempenho superior à média. Como já explicado,
ambientes heterogêneos tendem para a inovação quando comparados
com ambientes menos diversos. Colocar isso a favor da empresa e na
maximização de seus resultados revela uma adequada e eficiente gestão
da diversidade.

34
Diversidade e resultados
A gestão da diversidade é um meio crucial para seu sucesso, já que,
ao ser mal conduzida, pode se tornar uma arma contra a própria
organização. Isso pode deixar equipes inteiras improdutivas, sem
criatividade, ou diminuir a capacidade de resolução de problemas,
levando muitas vezes ao descontentamento afetivo entre os integrantes.
Os líderes e gestores de equipes devem trabalhar com a diversidade,
considerando a discrepância entre culturas, ideologias, pensamentos,
mitigando os impactos negativos das diferenças na organização.
Conforme demonstrado em gráfico mais adiante, estudos da McKinsey
& Company abrangendo 15 países e mais de 1000 grandes empresas no
período de 2014 a 2019 apontam que organizações mais bem
posicionadas no ranking de diversidade de gênero têm mais
probabilidade de gerar lucratividade acima da média. Além disso,
empresas com mais mulheres executivas têm maior probabilidade de
superar aquelas em que essa porcentagem é baixa. Instituições que se
preocupam com diversidade étnica e cultural também apresentam
lucratividade significativa.

35
Fonte:
https://www.mckinsey.com/~/media/mckinsey/featured%20insights/diversity%20and%20inclusion/diversity%20wins%20
how%20inclusion%20matters/diversity-wins-how-inclusion-matters-vf.pdf

Fonte:
https://www.mckinsey.com/~/media/mckinsey/featured%20insights/diversity%20and%20inclusion/diversity%20wins%20
how%20inclusion%20matters/diversity-wins-how-inclusion-matters-vf.pdf

Em síntese, a diversidade gera possibilidades e as empresas precisam


fazer suas equipes trabalharem em conjunto para atingir bons
resultados.

36
Fontes de Consulta
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Acesso em 01.09.21.

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https://articles.jobconvo.com/diversidade-nas-empresas/. Acesso em 31.10.21.

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https://invest.exame.com/esg/o-esg-melhora-o-desempenho-financeiro-e-a-raizen-e-a-prova-disso. Acesso em
16.10.21.

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femininas na região. 2021. Disponível em: https://revistacapitaleconomico.com.br/natura-co-america-latina-
atinge-compromisso-de-ter-50-de-liderancas-femininas-na-
regiao/#:~:text=Natura%20%26Co%20Am%C3%A9rica%20Latina%2C%20que,ou%20acima%2C%20no%20a
no%20passado. Acesso em 16.10.21

CETESB. Emissão veicular. 2021. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.br/veicular/. Acesso em 16.10.21.

CONTENT, R. Entenda o que é vantagem competitiva e como criá-la em seu negócio. 2018. Blog RockContent.
Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/vantagem-competitiva/. Acesso em 18.10.21.

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https://www.dialogusconsultoria.com.br/os-beneficios-da-implementacao-dos-principios-esg-para-as-empresas/.
Acesso em 15.10.21.

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https://www.ecycle.com.br/poluicao-do-ar/#Dicas-de-como-contribuir-para-uma-reducao-da-poluicao-do-ar.
Acesso em 10.10.21.
E-CYCLE. Poluição do solo: conheça causas e consequências. Disponível em
https://www.ecycle.com.br/poluicao-da-agua/. Acesso em 16.10.21.

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Disponível em: https://forbes.com.br/carreira/2019/09/4-maneiras-de-promover-o-sentimento-de-
pertencimento-no-trabalho/. Acesso em 08.09.21.

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bairro-do-morumbi-gerou-uma-das-mais-impactantes-imagens-sobre-a-desigualdade-brasileira.ghtml.
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https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/sociologia/desigualdade-social-no-brasil. Acesso em 01.09.21.

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SICHEROLLI, M. et al. Gestão da Diversidade nas Organizações: uma Análise das Práticas das Melhores
Empresas para Trabalhar no Brasil. 2021. III Encontro de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho. João
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https://xerpay.com.br/blog/acoes-diversidade-empresas/. Acesso em 20.10.21.

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