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ESG
01
Bem-vindo à
5ª Coleção dos
Pocket Learnings
da Afferolab!
2
ESG: o jogo começou e ainda vai longe 4
Quem “inventou” o ESG? 5
E como o Brasil está olhando para isso? 7
Sobre quais desafios estamos falando? 10
1. Renda e economia 11
2. Mudança climática 12
3. Justiça racial e de gênero 14
4. Crise da confiança 15
Problemas ou oportunidades? 16
SU
Na prática, como o ESG é aplicado? 18
Como as áreas de T&D/Educação Corporativa
e RH podem apoiar a agenda ESG da empresa? 21
Referências 24
MÁ
RIO
ESG: O JOGO
COMEÇOU E
AINDA VAI LONGE
Com o mundo corporativo enfim acordando para a indiscutível
necessidade de promover a sustentabilidade ambiental, a
responsabilidade social e a governança dentro das organizações,
o mercado financeiro optou por exigir a operacionalização de boas
práticas por parte das empresas que queiram se manter competitivas
e receber investimentos por meio de ações focadas em ESG (ambiental,
social e governança — em livre tradução para o português). Entre
os recursos que temos em campo, digamos que a aprendizagem
corporativa faz as vezes do meio-campo no jogo que levará as
organizações a fazerem gols e a conquistarem os benefícios advindos
da implementação de práticas ESG.
4
QUEM
“INVENTOU”
O ESG?
A sigla surgiu no relatório “Quem Se importa ganha —
conectando mercados financeiros a um mundo em mudança”,
publicado pelo Departamento Suíço de Assuntos Exteriores
em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU),
com o apoio de 20 grandes bancos e instituições financeiras,
no fim de 2004. O documento propunha um novo indicador a
ser considerado por instituições financeiras, investidores(as),
consultorias e analistas para empresas, sugerindo que esses
atores levassem em conta as questões relacionadas à tríade
ESG antes de escolher em quais empresas injetar investimentos.
5
E faz sentido, porque...
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E COMO O BRASIL
ESTÁ OLHANDO
PARA ISSO?
Bem... Com toda a atenção, embora ainda não tenha assimilado 100% a
importância do ESG. Somente em 2020, o mercado financeiro brasileiro
criou cerca de 10 fundos de investimento baseados no conceito de ESG.
Em contrapartida, um levantamento publicado pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) em julho de 2020 revelou que a maioria
das empresas brasileiras (59,4%) que investem em sustentabilidade
fazem isso focadas apenas em melhorar a percepção a respeito de
sua própria imagem, enquanto 54,3% delas afirmaram que direcionam
esforços à sustentabilidade para se adequarem aos códigos ambientais.
ESG, porém, diz respeito ao empenho das organizações no sentido
de causar um impacto positivo na sociedade, indo além do aspecto
financeiro — mesmo que, com a pressão do mercado, o conceito bata
diretamente neste aspecto. É hora de assimilar e agir.
7
#COMOFAZER
Antes de mais nada, vale uma reflexão: qual é o impacto do seu
negócio no seu mercado, na sua sociedade e no seu planeta?
Em outras palavras, trata-se de questionar todos os aspectos
que nos ajudam a compreender a abrangência do tema. Qual é
o custo de entregar o valor que você propõe? Você executa as
suas atividades com transparência? Pagando todos os impostos?
Garantindo as mesmas oportunidades e promovendo a inclusão
de pessoas com diferentes perfis socioeconômicos, de gênero e
étnicos? Sem poluir o meio ambiente? E seus fornecedores e suas
fornecedoras, também têm essas preocupações? O primeiro passo,
portanto, é refletir e questionar.
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Quais negócios conseguirão, realmente,
desenhar uma trajetória que se sustente ao
longo do tempo, uma vez que nosso próprio
planeta está cada dia mais ameaçado?
É por ser tão alarmante que a guinada ESG nas empresas tem sido
expressiva. Os dados advindos de estudos e pesquisas mostram que os
danos ambientais, sociais e, consequentemente, econômicos, precisam
ser administrados com inteligência e rapidez, e que nem todos estão
preparados para esta tarefa.
O lucro sempre foi um grande indicador de sucesso. Porém,
atualmente ele não é suficiente para dar conta, sozinho, dos desafios
socioambientais que precisamos vencer. Para superarmos esses
obstáculos, é preciso transparência, comprometimento da liderança
e profissionais verdadeiramente conscientes e motivados(as)
— lembrando ainda que uma liderança preparada e conectada à
estratégia da organização é fundamental para aplicar as práticas de
ESG da melhor forma possível.
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SOBRE QUAIS
DESAFIOS
ESTAMOS
FALANDO?
As soluções tendem a ser mais efetivas quando
compreendemos bem o cenário.
10
1
RENDA E
ECONOMIA
11
2
MUDANÇA
CLIMÁTICA
12
Principais riscos por
probabilidade e impacto
TOP 10 RISCOS TOP 10 RISCOS
por probabilidade por impacto
Categorias de riscos
Econômico
Ambiental
Geopolítico
Social
Fonte: WEF – The Global Risks Report 2021
Tecnológico
13
3
JUSTIÇA RACIAL
E DE GÊNERO
14
4
CRISE DA
CONFIANÇA
“
sociedade. Espera-se, assim, que elas assumam a responsabilidade e
tomem isso como uma oportunidade.
Bersin, 2020.
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PROBLEMAS OU
OPORTUNI-
DADES?
Todos esses fatores fazem parte da pauta ESG e influenciam
o cenário das empresas de diferentes maneiras e em
diferentes níveis.
As regulações e estratégias de compliance, por exemplo, estão
cada vez mais específicas. Além delas, há a preocupação de
algumas empresas em garantir que a cadeia de valores esteja
alinhada às boas práticas adotadas pelo negócio. Essas boas
práticas são escolhidas por cada empresa e podem ter foco
em temas como: regeneração de ecossistemas, transparência
nos negócios, responsabilidade social, diversidade na
liderança, entre outros.
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O fato é que, cada vez mais, as empresas passarão a ser
responsabilizadas pelo impacto que causam na sociedade.
Embora à primeira vista isso possa parecer um problema, o
entendimento de que essa responsabilização pode constituir um
caminho para promover uma real diferença no mundo tende a ser
mais produtivo.
Temos, então, uma janela de oportunidade única para a
preparação dos(as) profissionais para um novo cenário econômico
que, embora seja complexo, também pode ser mais sustentável,
justo e colaborativo. As organizações que compreenderem isso
mais rápido terão mais chances de se manter ativas, lucrativas e
relevantes ao longo do tempo.
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NA PRÁTICA,
COMO O ESG
É APLICADO?
Os critérios adotados para a prática do ESG mudam de empresa
para empresa, pois cada negócio terá um impacto e uma capacidade
de ação diferentes.
18
No geral, quando falamos em ESG, podemos levar em
consideração algumas iniciativas.
Ambiental (Environmental):
proteger os recursos naturais e a biodiversidade;
diminuir a emissão de gases do efeito estufa;
reduzir o consumo de energia e utilizar fontes renováveis;
conter a poluição, diminuindo e tratando os próprios resíduos.
Social (Social):
aumentar e promover a inclusão e a diversidade;
melhorar as condições de trabalho;
defender os direitos humanos;
apoiar a comunidade;
cuidar da saúde dos funcionários e das funcionárias;
garantir a privacidade e a segurança de dados;
criar ações de desenvolvimento para os públicos
internos e para a comunidade.
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Governança (Governance):
manter a independência e a diversidade do conselho;
ter transparência com todos(as) os(as) acionistas;
não ter envolvimento com suborno e corrupção;
agir com ética;
remunerar os executivos e as executivas de maneira equilibrada.
Esses e outros indicadores ESG têm sido utilizados pelas empresas para
atrair investimentos, conectar-se com consumidores e consumidoras,
prever os riscos associados ao negócio, treinar a força de trabalho e
preparar a operação para um novo cenário de oportunidades.
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COMO AS ÁREAS DE
T&D/EDUCAÇÃO
CORPORATIVA E RH
PODEM APOIAR A
AGENDA ESG
DA EMPRESA?
ESG não é exatamente responsabilidade de um comitê ou da área
“A” ou “B”, é um conjunto de ações transversais que podem ser
praticadas pelas áreas de Compliance, de Pessoas, de Diversidade,
de Sustentabilidade, de Tecnologia, entre outras.
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É um movimento
#TODOSPORUM
Para as áreas de T&D/Educação Corporativa e RH, ignorar esses
assuntos não é a melhor opção, mesmo que o cenário seja complexo.
Mais cedo ou mais tarde, a empresa terá que planejar sua própria agenda
ESG e necessitará de apoio para desenhar estratégias e implementar
ações de curto a longo prazo que sustentem essa agenda.
Para as empresas que estão começando a ter contato com o assunto,
é importante conscientizar a alta liderança a respeito dos benefícios e
riscos que envolvem incluir ou não o ESG na estratégia de negócio. Neste
sentido, é importante contar com a contribuição de especialistas para a
condução de diálogos, de palestras e até workshops para discussão de
alternativas que envolvam ESG. Em paralelo, como parte da estratégia
de desdobramento, é importante treinar todas as partes interessadas:
desde a diretoria, passando pelas lideranças e chegando até os
colaboradores e colaboradoras.
Quando a organização investe na capacitação e no preparo de suas
equipes e até da comunidade — como é o caso de muitas Universidades
Corporativas — ela contribui para o desenvolvimento social, expandindo
os benefícios para fora da operação e colaborando para o bem maior.
22
Vale reconsiderar os modelos
SIM!
de aprendizagem?
23
A mão invisível do ESG. Monique Lima e Tássia Kastner.
Revista Você S/A, 272, ano 23, n. 1, p. 36 a 45, janeiro de 2021.
RE
mundo. Tommy Beer. Disponível em: https://www.forbes.
com/sites/tommybeer/2021/04/17/covid-19-death-toll-
tops-3-million-worldwide/?sh=1181beac2843. Acesso em: 4
de maio de 2021.
FE
Disponível em: http://www3.weforum.org/docs/WEF_The_
Global_Risks_Report_2021.pdf. Acesso em: 19 de jan. de 2021.
RÊN
CIAS 24