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GUIA ESG NA

INDÚSTRIA
TUDO O QUE
VOCÊ PRECISA
SABER
(Ambiental, Social e Governança)
O ato de inovar é uma necessidade recorrente em todos os
setores da sociedade moderna. No ambiente industrial, a
inovação vem sendo aplicada a diversos setores. Mas,
dentre todas as possibilidades em inovação, as medidas
ESG na indústria são extremamente importantes.

O ESG (Environmental, Social and Governance - em


português, Ambiental, Social e Governança) está ligado à
busca incessante pela sustentabilidade, mas também à boa
reputação da indústria perante a sociedade.

Dessa forma, uma indústria que se compromete com


a adoção de boas práticas de gestão consegue
conduzir uma operação mais sustentável em
vários aspectos. Consequentemente, ela gera
melhores resultados.

Acompanhe e confira mais detalhes sobre os conceitos de


ESG na indústria que, se bem aplicados, valorizam o setor
como um todo.

Boa leitura!

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ESG: O TERMO É NOVO,
MAS A IDEIA É DA
DÉCADA DE 70
O ESG tem se fortalecido no momento em que o modelo
tradicional de métricas econômico-financeiras de avaliação
de investimentos está cada vez mais desgastado. E isso
vem ocorrendo no âmbito mundial, indicando quase que
uma exigência.

“Internacionalmente, as maiores gestoras e fundos


de gestão global já não investem em empresas que
não se preocupam com sustentabilidade, ou seja,
corporações que não possuem um posicionamento
ESG ativo e genuíno estão cada vez mais excluídas
dos portfólios de investimento”, explica Andréa Luiza
Santos Arantes, consultora nas áreas de gestão de processos,
qualidade e meio ambiente e gestora de Sistema de Gestão no
Grupo Positivo.

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Além do mais, o ESG não é um assunto totalmente novo, muito menos uma onda passageira. Desde a década de 1970 já
existem investimentos alinhados com critérios de sustentabilidade, caso do termo SRI.

“O termo Socially Responsible Investing (SRI ou, em português, investimento sustentável responsável)
surgiu entre as décadas de 1970 e 1980, quando fundos de investimento passaram a considerar critérios
sociais na tomada de decisão sobre quais empresas deveriam receber investimentos”, complementa Edson
Pelicer, Gerente de Pré-vendas e Produtos da Arklok.

A preocupação com investimentos SRI, com o passar do tempo, foi se fundindo às novas preocupações de responsabilidade
corporativa dos negócios, tendo como resultado o ESG.

Vale lembrar, ainda, que o ESG não aborda apenas as questões ambientais. “Empresas que possuem processos de
baixo impacto ambiental, mas não respeitam direitos humanos e trabalhistas também estão perdendo
valor de mercado”, indica Arantes.

Da mesma forma como a questão social e ambiental são importantes, a governança também tem seu valor, uma vez que
deixa as empresas menos suscetíveis à corrupção e alinhadas com as diretrizes de compliance.

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ESG E SEUS TRÊS PILARES
ESSENCIAIS
Como vimos, o ESG está ganhando cada vez mais espaço, e
tem como pilares o meio ambiente, o social e a
governança.

• Meio ambiente: emissões tóxicas, pegada de carbono,


manejo da terra, fonte de matéria-prima e energia
renovável
• Social: condições de trabalho, segurança do produto,
saúde e segurança, inclusão, capital humano e nutrição.
• Governança: estrutura da diretoria, compliance, ética,
independência do conselho e combate à corrupção.

Esses três pilares são utilizados como critérios para


entender se uma empresa possui ou não sustentabilidade,
ampliando a perspectiva de análise do negócio para além
das métricas financeiras. Dessa forma, considerar estes
pilares é essencial.

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PILAR AMBIENTAL

Considerando o pilar “Ambiental”, é importante partir do princípio de que toda organização empresarial,
independentemente de seu segmento ou porte, causa impactos negativos no meio ambiente. Em contrapartida, todas as
empresas dependem de serviços e recursos fornecidos pelo meio ambiente, como água, energia, solo, regulação
climática, insumos e matérias-primas.

Identificar o que pode ser feito para garantir a disponibilidade de recursos essenciais para o negócio é uma ação
estratégica de manutenção da perenidade das empresas no longo prazo.

O caminho para garantir a disponibilidade desses recursos passa pela redução do impacto ambiental dos processos
industriais e pela conservação da natureza. “E aqui entram ações como redução da geração de resíduos, do
consumo de água e energia, das emissões de gases do efeito estufa, além de investimento em
conservação da biodiversidade”, diz a Arantes.

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PILAR SOCIAL

Do ponto de vista “social”, é considerado como uma empresa se relaciona com seus fornecedores, colaboradores, com a
comunidade em que ela está inserida e quais são os ganhos oriundos dos seus processos e produtos.

No pilar social, são considerados critérios que impactam diretamente na cultura de inovação de uma empresa. “Na
questão social diversidade, inclusão, igualdade de gêneros e gestão da cadeia de suprimentos
influenciam na forma como a organização está preparada para as constantes transformações do
mercado”, explica Andréa.

PILAR DA GOVERNANÇA

Por fim, o aspecto de “governança” tem relação com como uma empresa está sendo liderada e administrada pela alta gestão.

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PRINCIPAIS PREOCUPAÇÕES
RELACIONADAS À ADOÇÃO
DO ESG NA INDÚSTRIA
Sem dúvidas, os maiores impactos ambientais e, ao mesmo
tempo, as maiores oportunidades de impacto positivo da
adoção do ESG estão na indústria.

Exatamente por isso, o setor industrial tem fundamental


relevância no processo de transformação ESG. “É
necessário lembrar que independente de ser uma
indústria B2B ou B2C, no final do dia todos os
negócios estão sujeitos ao padrão imposto pelo
consumidor final”, frisa Andréa.

Neste cenário, empresas atentas ao padrão de


comportamento das novas gerações também já
perceberam que o velho padrão de satisfação do cliente,
que considerava apenas ‘qualidade, prazo e custo’ estava
em desgaste acelerado.

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Esse processo é uma mudança geracional, com a chegada de um novo perfil de consumidor. Este tem mais consciência
ambiental e ética, e, a partir do momento que essa geração entra no mercado de trabalho, consumindo e investindo, os
fatores ESG geram uma verdadeira transformação no mercado.

Ilustrando essa nova realidade, uma pesquisa realizada pelo IBM no início de 2020 mostrou que 57% dos jovens
pesquisados estão dispostos a mudar seus hábitos de compra para ajudar a reduzir o impacto negativo. Além disso, 79%
dos consumidores afirmam ser importante que as marcas forneçam autenticidade garantida, como certificações, ao
comprar produtos.

Assim, essa mudança no perfil do consumidor conecta à estratégia de uma agenda que era considerada secundária pela
maioria das empresas, trazendo o ESG para o centro das decisões de negócio e fazendo com que o tema seja fundamental
no setor industrial.

Ainda sobre a mudança no comportamento do consumidor, os critérios ESG passaram a ser considerados para tomar
decisão sobre investimentos, além de servirem como incentivo para as empresas melhorarem sua performance de
investimentos no longo prazo.

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Investir em ESG na indústria é a chave para ser bem classificado no mercado, pois gera:

Ambiente de trabalho mais harmonioso e produtivo;

Maior satisfação de colaboradores, clientes, investidores;

Melhoria da imagem da empresa/marca na comunidade em geral;

Melhoria em processos graças à transparência de operações e conselhos;

Profissionalismo e Governança Corporativa.

Dessa forma, ao levantar a bandeira do ESG, Pelicer explica que a indústria mostra uma maior maturidade em processos e
atuações, que não só irão refletir de forma benéfica internamente como para o público em geral: “isso garantirá que
essa Indústria perpetue sua marca para o futuro. Ela não deve apenas esperar que seus produtos
ganhem o mercado, mas mostrar que suas ações beneficiam as pessoas, a sociedade, o meio ambiente e
agregam valor para o futuro”.

Dessa forma, uma indústria que visa estar bem colocada entre os futuros clientes (novas gerações) deve mirar no ESG.

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PASSO A PASSO PARA
ADOTAR O ESG NA
INDÚSTRIA
Vimos até aqui a importância da adoção de ESG na
indústria, tanto para o setor produtivo quanto para o
consumidor. Agora, vamos ao passo a passo para investir
nesse modelo de gestão do setor industrial.

Mesmo sendo um conceito cada vez mais recorrente e


necessário, não existe uma receita específica que ensine a
transformação ESG nas indústrias.

“Cada empresa tem suas características


específicas. Replicar ações ESG já realizadas pelo
mercado sem uma análise da relevância e
conexão dessas iniciativas com o seu negócio
pode não trazer o resultado necessário e passar
uma imagem de ‘greenwashing’ para o mercado”,
pondera Andréa.

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Sendo assim, é importante começar tendo consciência de que, para ser considerado ESG, é necessário possuir critérios
ativos de sustentabilidade, investimentos responsáveis e investimentos de impacto social.

Um bom primeiro passo é conhecer e aderir ao Pacto Global, conhecido como a maior iniciativa de sustentabilidade
corporativa do mundo, e estar atento a ele pode representar o pontapé inicial na transformação ESG.

“Essa é uma iniciativa lançada no ano 2000 pelas Nações Unidas, que tem objetivo de disseminar nas
empresas os 10 princípios universais nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e
Anticorrupção”, cita.

Empresas que aderem a esta iniciativa trabalham no desenvolvimento de ações que contribuem para o enfrentamento dos
desafios da sociedade e assumem a responsabilidade de contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS).

Ainda sobre o processo de implementar o ESG na Indústria, uma passagem rápida pela empresa para identificar
oportunidades de abordar o conceito basta para adotá-lo.

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Pelicer complementa: “Uma conversa com o RH e os key users da sua empresa também pode gerar insights
de aderência”. A partir daí, o gestor da indústria pode adotar algumas estratégias associadas à ESG na Indústria, como:

Mudança de pensamento e de atitudes no sentido do bem comum, com formas de inclusão social.

RFPs e Licitações que buscam soluções que não impactarão o ambiente, nem agora e nem no futuro.

Projetos com engajamento multicultural e com benefícios para a sociedade.

Governança de Dados com Data Recovery e Data Security.

Parceiros de Negócios que também adotem o ESG como ideal a ser conquistado.

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QUER INVESTIR EM ESG NA
INDÚSTRIA? SAIBA O QUE
PRIORIZAR
De fato, a adoção de políticas ESG nas indústrias é
extremamente positiva para o setor sob diversos aspectos,
com o investimento sendo uma forma de impulsionar os
mercados mais sustentáveis, dando oportunidade e
reconhecimento para empresas que apresentem bons níveis
de responsabilidade social, ambiental e de governança.

Assim, uma empresa que está olhando para a satisfação do


colaborador, para relações duradouras de parceria com
fornecedores, para a conservação e consciente utilização de
recursos naturais é uma empresa que possui uma estratégia
de longo prazo e está atenta às novas demandas da sociedade.

Para conseguir atuar em todas essas frentes, é


fundamental proceder com o investimento em inovação
tecnológica, de processos, produtos e, também, no
relacionamento com stakeholders.

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Apesar de todas essas possibilidades, é essencial repensar o modelo de negócio e atuação das empresas. “As prioridades
em ESG devem fazer parte do core business, devem conversar com a estratégia de crescimento do
negócio, precisam estar alinhadas às demandas dos clientes e devem fazer sentido para o setor de
atuação da empresa”, destaca Andréa.

Assim, para que o esforço em ESG seja direcionado e não desperdiçado, é fundamental a realização de um estudo de
materialidade que identifique quais são as principais agendas relevantes para o negócio.

COMPROMETIMENTO COM A LIDERANÇA E COM A TRANSPARÊNCIA

Apesar da necessidade de identificar as prioridades de cada tipo de negócio, há duas iniciativas que são consideradas
unanimidade para todas as indústrias: o comprometimento da liderança e a busca por transparência.

Quanto à busca pela liderança, a indústria deve partir do princípio de que as gerações anteriores à Z, que ainda é a maioria
nos papéis de gestão nas empresas, não tiveram em seu processo educativo formal a mesma informação sobre aspectos de
sustentabilidade que estão presentes na consciência das novas gerações.

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Por isso, o acolhimento, educação e sensibilização desse grupo de líderes é o caminho para acelerar a transformação ESG
no setor industrial.

Já a transparência é a maior prioridade que a Indústria deve buscar ao assumir o ESG.

“Para mensurar a maturidade do ESG na indústria, não se olham dados internos fornecidos pelas
empresas. São consideradas apenas informações públicas, divulgadas para investidores, para a
sociedade, para órgãos do governo. Ou seja, se a empresa possui uma ‘Transparência Processual em
seu DNA’, com certeza suas boas ações relativas ao ESG logo irão transparecer para o mercado”, explica
Andréa.

O efeito contrário também pode acontecer. Ou seja, se existir transparência, mas não boas práticas, isso também poderá
contar em desfavor das empresas para o mercado.

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CONCLUSÕES
Cada vez mais presente e necessário no ambiente industrial,
o ESG busca a sustentabilidade do sistema de produção e a
boa reputação da indústria perante a uma sociedade com
valores diferenciados.

Dessa forma, uma empresa que dedica seus esforços à


satisfação do colaborador, a relações duradouras de parceria
com fornecedores e à a conservação e consciente utilização
de recursos naturais tem um propósito de gestão mais
duradouro.

Para seguir se aprofundando quanto ao ESG nas indústrias,


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sobre a temática!

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Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial), ambas, iniciativas da ABIMAQ
(Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), organizadas e
promovidas pela Informa Markets. O principal objetivo é oferecer informação e
conhecimento não apenas durante os eventos presenciais, mas ao longo de todo o
ano, incentivando o desenvolvimento do setor industrial.

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