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Descomplicando o significado de ESG: entenda esse

conceito!

Você já deve ter ouvido falar na sigla ESG. Mas por que o
mercado valoriza tanto essa prática? Vamos tirar suas dúvidas
neste texto, vem ler!
POR: TIMES DE SUSTENTABILIDADE E COMUNICAÇÃO CORPORATIVA DA RAÍZENDATA: 20/08/2021TEMPO DE
LEITURA: 26 MINUTOS

Ainda tem dúvidas sobre o conceito ESG? Quer saber o que ele engloba e como pode
beneficiar sua empresa? Nós te contamos:

 O que é ESG?
 Qual é a origem do ESG?
 O que são fundos ESG?
 Quais são os benefícios de incluir os critérios ESG na gestão dos negócios?
 Como ser uma empresa que se orienta nos critérios ESG?
 Exemplos de empresas e práticas ESG para se inspirar

O que é ESG?

O conceito ESG, diretamente ligado ao universo dos investimentos, é o equilíbrio dos aspectos
ambiental, social e de governança na gestão dos negócios. Desse modo, os aspectos econômico,
de transparência e ética se articulam, buscando assegurar a competitividade e a perenidade de
uma empresa.

A sigla ESG vem do inglês e significa Environmental, Social and Governance (Ambiental,
Social e Governança). Esse conceito tem usos diferentes, podendo ser aplicado internamente, na
gestão da empresa, ou externamente, para analisá-la.
Portanto, o ESG é uma via de mão dupla! Sendo assim, há objetivos interdependentes: para
quem participa de uma empresa e para quem analisa a empresa de fora.

Resumindo: a melhor forma de descobrir se determinada companhia é sustentável é avaliar seu


desempenho pelos critérios ESG. Do mesmo modo, a melhor forma de sua empresa ser
sustentável é colocando em prática os critérios ESG na estratégia de negócios.

Environmental (Ambiental)

A letra E, em ESG, engloba tudo o que diz respeito à conservação e à redução de impactos
negativos ao meio ambiente:

Aquecimento global e pegada de carbono | Poluição do ar e da água | Gestão hídrica |


Desmatamento | Eficiência energética | Biodiversidade | Gestão de resíduos
Social

A letra S envolve a relação entre os diversos atores que participam do processo. Colaboradoras e
colaboradores, investidores, fornecedores, governo, terceiro setor, comunidades do entorno e
demais parceiros comerciais. Confira o que faz parte

Diversidade e equidade de gênero na equipe | Comprometimento com os direitos


humanos e leis trabalhistas | Direitos humanos | Relacionamento com o entorno |
Satisfação do cliente | Proteção de dados e privacidade | Engajamento e segurança de
colaboradores e colaboradoras

Governance (Governança)

A letra G se refere à governança corporativa e administrativa de um negócio. Desse modo, são


tratadas questões relacionadas a crescimento, transparência, comunicação sobre performance de
resultados e questões relacionadas à ética e compliance*. Por exemplo:

Ética e compliance | Transparência | Gestão interna | Estrutura do comitê de auditoria |


Conduta corporativa | Remuneração de executivos | Relação com entidades
governamentais

*Compliance é um termo usado no mercado por empresas. Significa estar e agir de


acordo com as regulamentações vigentes e códigos de conduta.

Qual é a origem do ESG?

Apesar de o termo ser popular e em constante ascensão atualmente, muita gente não sabe de
onde surgiu o ESG.

Por isso, a gente explica: o conceito ESG foi o resultado de uma iniciativa da Organização das
Nações Unidas (ONU) e do Banco Mundial, lá em 2005. Na ocasião, 20 instituições financeiras
de 9 países – inclusive o Brasil – se uniram para buscar uma forma de incluir questões
ambientais, sociais e de governança no mercado de capitais.
A partir disso, nasceu o conceito ESG. O nome dado ao relatório foi “Who Cares Wins” “Ganha
quem se importa”, em português.

Além disso, o termo ESG ganhou bastante destaque no Fórum Econômico Mundial que ocorreu
em Davos, no ano de 2020. Na época, a pandemia de covid-19 acelerou e emplacou critérios
ESG como centrais nas discussões da perenidade do negócio.

O que são fundos ESG?

Antes de falarmos sobre os fundos ESG, você saberia responder o que é um fundo de
investimento?

O que são fundos de investimento?

Um fundo de investimento é um investimento feito em grupo. Ou seja, você, junto a outros


investidores, aplica uma quantia em um fundo, com uma frequência estabelecida – todo mês, por
exemplo.

Todo fundo tem um gestor responsável, que vai facilitar que os investidores diversifiquem sua
carteira, através de estratégias avançadas. Desse modo, é uma boa opção para quem quer investir,
não tem tanta experiência e quer bom retorno em pouco tempo.

Além disso, os ganhos/retornos são divididos proporcionalmente – de acordo com o valor


depositado – entre cada investidor.

O objetivo maior de investir em fundos é gerar cotas para captação de recursos. Mas quem
decide em qual classe de ativos serão aplicados os recursos também é o gestor. Também há uma
grande equipe auxiliando nessa tarefa, como administradores, custodiantes, entre outros.

Fundos ESG

Agora sim, chegamos aos fundos ESG!


O mercado brasileiro tem valorizado os critérios ESG como modelo de gestão de riscos e
oportunidades para negócios. Assim, passou a considerá-lo como um possível alavancador de
rentabilidade – o que gera um interesse coletivo de investimento.

E, já que há boas possibilidades de retorno, por que não investir em fundos ESG?

Empresas que seguem essa proposta, na maioria das vezes, atingem resultados financeiros
satisfatórios. Veja quais são os índices ESG da bolsa de valores:

 Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)


 Índice Carbono Eficiente (ICO2)
 S&P Dow Jones Índices (DJSI)
 Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC)
 Índice de Governança Corporativa Trade (IGCT)
 Índice Governança Corporativa – Novo Mercado (IGC-NM)
 Índice de Ações com Tag Along Diferenciado (ITAG)

Quais são os benefícios de incluir os critérios ESG na gestão dos negócios?

Os benefícios de incluir os critérios ESG em uma organização são muitos, Por isso, ao menos
para explicar com mais detalhes, vamos dividi-los entre a governança da empresa e os
benefícios sociais e ao ambiente. No entanto, vale destacar que os benefícios são
interdependentes e indissociáveis.

6 benefícios para a governança da empresa

1. Contar com uma gestão robusta para identificar riscos socioambientais e mitigá-los para
potencializar oportunidades ao negócio;
2. Contar com processos claros que garantam ética e compliance, transparência e resultados
no negócio;
3. Gerar valor na cadeia produtiva sustentável, posicionando o compromisso da companhia
com o presente e com o futuro;
4. Garantir a diversidade em fóruns de gestão e políticas anticorrupção;
5. Agregar competitividade via negócios mais eficientes e otimizados que permitem a
perenidade da empresa;
6. Fortalecer a posição de marca empregadora, já que as pessoas cada vez mais buscam
propósito e valores fortes nos lugares em que trabalham.

5 benefícios ambientais do ESG

1. Diminuição dos impactos provocados pelas mudanças climáticas;


2. Redução da captação de recursos naturais, principalmente os recursos hídricos;
3. Possibilidade de regeneração dos ambientais naturais;
4. Redução de desmatamentos e desflorestamentos;
5. Conservação da biodiversidade (fauna e flora).
5 benefícios sociais do ESG

1. Garantia de direitos humanos, como o combate ao trabalho infantil e ao trabalho análogo


ao escravo;
2. Investimentos por parte das empresas em projetos e desenvolvimento nas comunidades
do entorno;
3. Garantia de um ambiente de trabalho diverso e inclusivo;
4. Incentivo e apoio para que mulheres ocupem cargos e espaços de liderança;
5. Elaboração de iniciativas que priorizem segurança e saúde da comunidade e dos
colaboradores e colaboradoras das empresas.

Como ser uma empresa que se orienta nos critérios ESG?

O principal é entender como os critérios ESG afetam e são afetados pelo seu negócio. Para isso,
é necessário cruzar e priorizar os principais temas socioambientais e de gestão que impactam os
públicos que se relacionam com sua empresa. Além disso, também é importante considerar os
elementos que possam influenciar sua empresa na tomada de decisão do presente e do futuro.
Existem diferentes métodos de realizar essa identificação, como a “matriz de materialidade”
recomendada pelo GRI (Global Reporting Initiative).

Nesse sentido, alguns passos podem te ajudar a começar:

Etapa 1: Referências

Busque inspirações em fontes internacionais que orientam as empresas à redução de seu impacto
socioambiental negativo e ao aumento dos impactos positivos. Por exemplo, citamos os ODS da
ONU, as diretrizes do Pacto Global e as recomendações de atuação em temas mais relevantes
para o setor do seu negócio. Além disso, vale checar como empresas mais maduras já fazem isso,
mesmo que sejam de outros setores: acompanhe a evolução, os processos e os resultados, para ter
uma ideia de como começar. Alguns exemplos são Raízen, Cosan, Natura, Suzano e Itaú!

Etapa 2: Temas estratégicos


Defina os temas estratégicos que sejam simultaneamente relevantes para a sua empresa e para os
stakeholders (partes envolvidas no negócio). Além disso, os temas precisam estar alinhados ao
mapeamento de riscos e oportunidades de seus negócios. Assim, investir esforço e tempo nesses
temas lhe trará maior confiança de que os impactos decorrentes serão importantes para todos.

Etapa 3: Mapeamento de riscos e oportunidades

Realize um diagnóstico de riscos e oportunidades sobre cada um dos temas estratégicos que
foram identificados. Assim, é possível enxergar gaps e oportunidades de sinergias e inovações no
seu negócio, com seus parceiros e ao longo da cadeia de valor.

Etapa 4: Plano de ação

Proponha um plano de ação que atenda a cada tema estratégico que foi estabelecido (Ex.:
projetos, indicadores, metas de curto e longo prazo). Aqui, tenha clareza ao desenhar estratégias
e metas tangíveis, que não sejam impossíveis de cumprir.

Você pode dividi-las em metas de curto prazo (ex.: até 1 ano), questionando alguns pontos,
como:

 Como posso aliar as prioridades ESG ao propósito do meu negócio?


 Que caminho devo seguir para que isso aconteça e que mudanças devem ser feitas?
 Existem ferramentas que eu já utilizo que podem facilitar o meu trabalho? Quais?
 O que espero de uma agenda ESG no meu negócio para o fim deste mês/ano?

Em seguida, trace metas de longo prazo, questionando outros pontos:

 Como quero que minha empresa esteja posicionada nesta pauta daqui a dez anos?
 Como posso tornar minha empresa referência na inclusão de critérios ESG na gestão dos
nossos negócios e no nosso setor?
 O que fazer para permanecer nessa posição de liderança?
 Essa é uma meta plausível para daqui a tantos anos, considerando os contextos variáveis
do mercado?
 Fazer alguma parceria ou operar em rede poderia me ajudar a cumprir essa meta de longo
prazo?

Etapa 5: Acompanhamento

Monitore a evolução de cada tema estratégico para ter visibilidade interna (e externa, caso
publique metas) sobre a performance de sua agenda ESG. Para isso, é preciso usar ferramentas e
procedimentos adequados.

Etapa 6: Comunicação

Garanta uma comunicação frequente e transparente, por meios adequados (e-mails, sites, blogs,
relatórios digitais, painéis, murais corporativos etc). Além dos meios, é preciso atentar para o
que é comunicado: desempenho, alcance dos objetivos e evolução do plano de ação em ESG.

Exemplos de empresas com boas práticas ESG para inspirar

Quer saber quais empresas já abordam de maneira estruturada a inclusão dos critérios ESG na
gestão de seus negócios?

Olha só algumas práticas de empresas brasileiras e internacionais:

Braskem

A Braskem vai trabalhar para eliminar, até 2030, 1,5 milhão de toneladas de resíduos plásticos
que seriam enviados para incineração, aterros ou depositados no meio ambiente.

Além disso, sua estratégia é ampliar seu portfólio “I'm green”™ para incluir, até 2025, 300 mil
toneladas de resinas termoplásticas e produtos químicos com conteúdo reciclado.

Bradesco
Em 2020, o Bradesco anunciou em seu Relatório de Sustentabilidade que conseguiu neutralizar
em 100% as emissões de gases do efeito estufa advindas de suas produções. Para os próximos
anos, o banco pretende neutralizar também as emissões indiretas.

Em ESG, chamamos isso de estratégia de descarbonização!

Raízen

A sustentabilidade vive em nossa raiz desde que nascemos! Temos um plano com dez temas
ESG que consideramos estratégicos, assumindo compromissos publicamente. Confira aqui!

Dentre eles, podemos destacar: a redução da captação de água e da pegada de carbono do nosso
etanol e açúcar; a garantia de diversidade do nosso time. Além disso, promovemos avanços na
área de direitos humanos em nossas operações e em nossa cadeia de suprimentos.
Natura

A Natura já tem planos sustentáveis para até 2028! Segundo a Money Times, ela investiu US$ 1
bilhão em notas vinculadas a metas de sustentabilidade.

As metas incluem, basicamente, a redução da pegada de carbono durante as atividades de


produção e o aumento da porcentagem de plástico reciclado nas embalagens.

Lojas Renner

As lojas Renner estão fortemente comprometidas com práticas sustentáveis e socioambientais.


Segundo a Money Times, a empresa atingiu a pontuação mais alta entre as 96 empresas
integrantes do índice ESG da B3 e do S&P Dow Jones.

Sua estratégia hoje é focada na economia circular e no corte de emissões nocivas ao meio
ambiente.

Para se inspirar: ESG como compromisso público

A Raízen já tem compromissos públicos para até 2030 alinhados à agenda global da ONU. Veja
abaixo alguns dos nossos dez compromissos – quem sabe eles podem inspirar você também:

 Mudanças climáticas e transição energética – reduzir a pegada de carbono de etanol e


açúcar em 10%.
 Diversidade e inclusão – alcançar ao menos 30% de mulheres em cargos de liderança até
2025.
 Ética e compliance – influenciar de maneira ativa nossos parceiros estratégicos a
eliminarem os riscos de violação de valores de Ética & Compliance da Raízen.

Acesso em07/03/2022:> https://www.raizen.com.br/blog/esg-


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