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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO

Sheila Maria Queiroz Barbosa – 2037399

Felipe Reis Barreto – 2037185

Jonas de Paiva Silva – 2036822

Marcelly Leandro da Silva – 2037033

Professora: MARILIA

PCA TOP INTEGRADORES GESTÃO


O que é sustentabilidade?

Nos últimos anos, termos como sustentabilidade, desenvolvimento sustentável,


responsabilidade empresarial ou responsabilidade corporativa tornaram-se comuns nos
debates, em pesquisas e na mídia. No entanto, devido à sua complexidade, eles ainda são
pouco compreendidos, mesmo nas escolas e nos meios de comunicação.

Conforme PEREIRA (2011), mais do que expressões que estão se tornando comuns no
cotidiano das pessoas, tais termos dizem respeito a novos paradigmas, valores e regras sociais,
políticos e econômicos para um mundo que está em constante evolução. Por isso, ao abordar
essas questões neste capítulo, nosso objetivo é estimular reflexões sobre esta nova ordem
mundial em gestação.

Espera-se, assim, que as pessoas reconheçam a necessidade de mudanças no modelo de


exploração de recursos naturais, no direcionamento de investimentos, na orientação do
desenvolvimento tecnológico e dos valores institucionais, em sintonia com as necessidades
atuais e das gerações futuras.

Conceitos de sustentabilidade:

Assim como PEREIRA (2011), o conceito de sustentabilidade explora as relações entre


desenvolvimento econômico, qualidade ambiental e equidade social. Ele começou a ser
delineado em 1972, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) promoveu a Conferência
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo (Suécia).

Sustentabilidade pode ser definida como a característica de um processo ou sistema que permite
que ele exista por certo tempo ou por tempo indeterminado. Nas últimas décadas, o termo tornou-
se um princípio segundo o qual o uso dos recursos naturais para a satisfação das necessidades
presentes não deve comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras.

Uma sociedade sustentável é aquela que não coloca em risco os recursos naturais – água, solo,
vida vegetal, ar – dos quais depende. Assim, desenvolvimento sustentável é o modelo de
desenvolvimento que segue esses princípios. É diferente, portanto, do modelo tradicional de
crescimento, que se baseia exclusivamente em aspectos econômicos, tais como o aumento da
produção e do consumo.

Nessa época, ainda não se falava em desenvolvimento sustentável, mas o documento final da
Conferência, a assim chamada Declaração de Estocolmo sobre o Ambiente Humano, já apontava,
em seu item 6, para a necessidade de “defender e melhorar o ambiente humano para as atuais
e futuras gerações”, em consonância com a paz e o desenvolvimento socioeconômico.

A Conferência contou com a participação de 113 países, 250 Organizações Não Governamentais
e organismos da ONU. Foi a primeira grande reunião internacional em que lideranças mundiais
discutiram questões ligadas ao meio ambiente.

A Conferência teve dois resultados formais:

Uma declaração de princípios de comportamento e responsabilidade que deveria servir de


orientação para as decisões relativas às questões ambientais.

Um plano de ação que convocava os países, os organismos das Nações Unidas e a


comunidade internacional a cooperarem no sentido da busca de soluções para os
problemas ambientais.

A partir daí, teve início uma mobilização no âmbito da ONU e em vários países que levou à
difusão de novas ideias em relação ao modelo de crescimento econômico baseado na
exploração irrestrita dos recursos naturais.

Em outras palavras, começa a crescer a consciência em relação a problemas como a


degradação ambiental e a poluição – cujos impactos não se limitam às fronteiras políticas de
uma nação, mas afetam países, regiões e povos em várias partes do planeta – e a necessidade
de se buscar um modelo capaz de assegurar o equilíbrio entre a preservação ambiental e o
desenvolvimento econômico, que satisfaça as necessidades da atual e das futuras gerações.

A importância da sustentabilidade

A sustentabilidade é um tema fundamental no contexto organizacional e empresarial, pois está


intrinsecamente ligada à maneira como as empresas operam e se relacionam com o meio
ambiente e a sociedade.

Assim, para DIAS (2013), a sustentabilidade não é apenas uma questão de cumprir
regulamentos e normas, mas também reflete os valores e a cultura de uma organização. Esta
abordagem pode estar relacionada à necessidade de incorporar princípios sustentáveis à cultura
organizacional, incentivando uma mentalidade voltada para a responsabilidade social e
ambiental. Empresas que adotam práticas sustentáveis geralmente desfrutam de uma reputação
mais positiva junto aos consumidores e investidores. Isso está alinhado com a ideia de que a
cultura organizacional desempenha um papel importante na construção da imagem de uma
empresa. A busca pela sustentabilidade também pode levar a inovações nos processos, produtos
e serviços de uma organização. A capacidade de se adaptar e adotar práticas sustentáveis pode
aumentar a competitividade no mercado, o que é um tema relevante em qualquer discussão
sobre cultura organizacional. Reinaldo Dias provavelmente discute a importância de uma gestão
eficaz dos riscos nas organizações. A sustentabilidade envolve a identificação e a mitigação de
riscos ambientais e sociais, algo que está em sintonia com a abordagem de gestão de riscos que
ele pode apresentar em seu livro. A responsabilidade social corporativa é um conceito
relacionado à sustentabilidade e à maneira como as empresas contribuem para o bem-estar da
sociedade. Integrar a sustentabilidade à cultura organizacional pode promover ações mais
efetivas de responsabilidade social. O livro de Reinaldo Dias discute a importância de cumprir as
leis e regulamentações. A sustentabilidade muitas vezes está relacionada a requisitos legais e
regulatórios, e ignorá-la pode resultar em riscos legais para uma organização. Em resumo, a
importância da sustentabilidade no contexto organizacional, considerando as ideias de Reinaldo
Dias sobre cultura organizacional, reside na necessidade de alinhar os valores e a cultura da
empresa com práticas sustentáveis. Isso não apenas contribui para uma imagem corporativa
positiva, mas também promove inovação, competitividade, gestão de riscos adequada e
responsabilidade social, ao mesmo tempo em que garante a conformidade com as leis e
regulamentações aplicáveis.

Impactos causados à empresa quando não seguem uma ação mais sustentável

Quando uma empresa não segue práticas sustentáveis, ela pode enfrentar uma série de
impactos negativos em várias áreas, incluindo financeira, reputação, legal e ambiental. Aqui
estão alguns dos principais impactos, conforme DIAS (2013) e BORGES (2013):

Reputação Negativa: A falta de práticas sustentáveis pode resultar em uma má reputação para
a empresa. Os consumidores estão cada vez mais conscientes das questões ambientais e
sociais, e muitos preferem apoiar empresas que demonstrem compromisso com a
sustentabilidade. Uma má reputação pode levar à perda de clientes e ao boicote de produtos ou
serviços.

Riscos Legais e Regulatórios: Não cumprir regulamentações ambientais e sociais pode resultar
em processos legais, multas e sanções governamentais. Além disso, as leis e regulamentos
relacionados à sustentabilidade estão se tornando mais rigorosos em muitos países, o que
aumenta os riscos legais para as empresas que não aderem a práticas sustentáveis.

Custos Operacionais Elevados: A falta de eficiência no uso de recursos naturais, como energia
e água, pode aumentar os custos operacionais da empresa. Práticas sustentáveis, como a
adoção de tecnologias ecoeficientes, muitas vezes levam a economias a longo prazo.

Fornecimento Instável de Recursos: À medida que os recursos naturais se tornam mais escassos,
as empresas que não adotam práticas sustentáveis podem enfrentar interrupções no
fornecimento de matérias-primas, o que pode afetar a produção e a continuidade dos negócios.

Maior Volatilidade Financeira: Investidores e acionistas estão cada vez mais preocupados com
o desempenho ambiental, social e de governança (ESG) das empresas. Empresas que não
levam em consideração esses fatores podem enfrentar maior volatilidade nas suas ações e
enfrentar dificuldades para atrair investidores.

Perda de Oportunidades de Mercado: Empresas que não adotam práticas sustentáveis podem
perder oportunidades de mercado, especialmente em setores orientados para a sustentabilidade.
Os consumidores e parceiros comerciais podem preferir empresas que estejam alinhadas com
seus valores sustentáveis.

Impactos Ambientais Negativos: A falta de práticas sustentáveis pode contribuir para a


degradação do meio ambiente, incluindo a poluição do ar e da água, a destruição de habitats
naturais e a contribuição para as mudanças climáticas.

Em resumo, a falta de ações sustentáveis por parte de uma empresa pode ter consequências
significativas que afetam sua rentabilidade, reputação e longevidade no mercado. Portanto,
muitas empresas estão reconhecendo a importância da sustentabilidade e estão adotando
estratégias e práticas sustentáveis para mitigar esses impactos negativos e criar valor a longo
prazo.
Referências Bibliográficas:

PEREIRA, Adriana; SILVA, Gibson. Sustentabilidade, responsabilidade social e meio


ambiente. São Paulo: Editora Saraiva, 2011.

DIAS, Reinaldo. Cultura organizacional: construção, consolidação e mudanças. São


Paulo: Atlas, 2013.

BORGES, C. et. al. Empreendedorismo sustentável: proposição de uma tipologia e


sugestões de pesquisa. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas,
2013.

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