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Mais uma razão para a água ser um recurso limitado é a sua distribuição pelo mundo. Há lugares
com escassez do produto e outros em que ele surge em abundância. Os habitantes dos lugares onde
ela é escassa migram para as grandes cidades onde há fartura.
São freqüentes as campanhas publicitárias que pregam o consumo consciente da água, feitas por
entidades governamentais, com o apoio de empresas e da sociedade. As empresas, comunidades e
cidadãos que poluem a água são objetos de multas, denúncias e até mesmo ordens de prisão.
Escritores, pesquisadores, jornalistas e educadores alertam a todas as pessoas a importância da água
como um bem econômico e de uso social.
A EXTERNALIDADE DA ÁGUA
A água é um bem de consumo que se caracteriza por sua elevada externalidade, isto é, a sua
utilização por um grupo ou região afeta sua disponibilidade e garantia para outros.
Essa situação é denominada interdependência hidrológica.
A CRISE HÍDRICA
A escassez de água e o nível excessivo de poluição das águas são dois problemas graves que
preocupam governos, empresas, sociedade civil e toda a humanidade. Tais problemas configuram o
fenômeno denominado crise hídrica.
Os mares e oceanos também sofrem com a poluição, pois além de todos os dejetos decorrentes das
cidades, que deságuam no mar, são conhecidos os casos de acidentes com navios petroleiros e com
oleodutos litorâneos, que despejam grandes quantidades de óleo nas águas dos mares, afetando a
vida marinha e poluindo as praias.
A poluição não pára por aí. Ainda há os detritos domésticos, como lixo orgânico e inorgânico,
jogados pelas pessoas, sem qualquer cerimônia, nos rios, lagos, mares e nas ruas. Todo o lixo
jogado na rua, após as chuvas, vai para os rios e mares, causando acidentes com a fauna marinha e
com as embarcações.
A poluição da água afeta suas características físicas e químicas, degradando todo o ecossistema.
E o que fazer para evitar ou reduzir as conseqüências dos problemas causados pela crise
hídrica?
• Elaborar planos de ação com o objetivo de garantir água potável e saneamento para
todos;
• Obter uma maior eficiência no uso da água pelas pessoas, comunidades, empresas e
governos;
• Desenvolver sistemas eficientes de armazenamento de água para combater a escassez e
as secas;
• Reduzir a dependência das populações em relação às chuvas;
• Combater a poluição dos rios, mares, lagos, lagoas e mananciais.
No tocante à agricultura, novas técnicas devem ser adotadas no sentido de criar condições
mais favoráveis para o cultivo a partir da utilização desse recurso escasso, tais como:
O MARKETING DA ÁGUA
Estimuladas pela mídia, que começou a premiar as iniciativas empresariais de redução do consumo
da água e de combate à poluição dos rios, mares, lagos, lagoas e mananciais, essas empresas não
pouparam esforços em investir no novo mercado da água.
Assim, rapidamente a água tornou-se um bem de alto valor econômico e de grande poder de
transformação dos negócios empresariais. Inicialmente como objeto das ações de
gerenciamento, a água tornou-se posteriormente objeto de ações promocionais por parte das
empresas e, assim, teve início o que denominamos marketing da água.
.
Cada vez mais, as empresas buscam associar suas marcas a iniciativas de economia de água e
preservação dos recursos hídricos.
A utilização de tais padrões sustentáveis aumenta inicialmente o custo da obra. No entanto, a médio
e longo prazo, a economia é enorme, pois reduz o consumo de água e energia, algo em torno de
30% a 35% nos custos operacionais.
CONCLUSÃO
A água antes era um bem natural, abundante e acessível a todos. Agora, ela se tornou um bem
econômico limitado e escasso. Tal transformação da água, de bem natural para produto
escasso, criou o novo paradigma da economia da água. Com isso, surgiram novas
oportunidades de negócio para as empresas e um novo movimento de conscientização social e
de novos desafios tecnológicos.
Esses fatores contribuíram para o surgimento de um novo fenômeno – A Onda Azul – que
representa uma tendência global na busca de soluções para a crise hídrica que se agrava em
todo o mundo.
Quem melhor chamou atenção para esse problema foi o economista Jeffrey Sachs, ao afirmar
o seguinte: “A trajetória atual da atividade humana não é sustentável. Se continuarmos a agir
da mesma forma com o planeta, sem mudar a tecnologia, a base de sustentação ambiental do
bem-estar global entrará em colapso”.
As empresas já começam a fazer a sua parte e agora é o momento da sociedade civil entrar em cena
com mais vigor e presença.
É importante lembrar que a crise hídrica tem sido fonte de oportunidades para muitas empresas,
pois elas aprimoram seus sistemas e modelos de gerenciamento de água, desenvolvem novas
tecnologias, produtos e serviços. É o caso das empresas como AMBEV, Coca-Cola, CVRD e muitas
outras.
RESUMO
A busca da racionalização e redução do seu consumo por empresas e indivíduos constitui o que
denominamos economia da água.