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Língua Portuguesa

PLANOS DE AULA

LÍNGUA PORTUGUESA

ENSINO FUNDAMENTAL II

6° - 9° ANO

CACHOEIRA DO ARARI - PA

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Planos de aula para o 6° ano: Língua Portuguesa

Sinais de Pontuação
Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a
coesão de textos, bem como têm a função de desempenhar questões de
ordem estilística.

São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o
ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as reticências (...), as
aspas (“”), os parênteses ( ( ) ) e o travessão (—).

Ponto (.)

O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o


final de um período. O ponto é, ainda, utilizado nas abreviações.

Exemplos do uso de ponto final:

 Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos. Depois, saí para
trabalhar e resolvi ligar e pedir perdão.
 O filme recebeu várias indicações para o Oscar.
 Esse acontecimento remonta ao ano 300 a.C., segundo afirmam os
nossos historiadores.
 Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi cancelado.

Vírgula (,)

A vírgula indica uma pausa no discurso. Sua utilização é tão importante que
pode mudar o significado quando não utilizada ou utilizada de modo incorreto.
A vírgula também serve para separar termos com a mesma função sintática,
bem como para separar o aposto e o vocativo.

Exemplos do uso de vírgula:

 Vou precisar de farinha, ovos, leite e açúcar.


 Rose Maria, apresentadora do programa da manhã, falou sobre as
receitas vegetarianas. (aposto)
 Desta maneira, Maria, não posso mais creditar em você. (vocativo)

Ponto e Vírgula (;)

O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro de uma mesma
frase e para separar uma relação de elementos.

É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa
uma pausa mais longa que a vírgula e ora mais breve que o ponto.

Exemplos do uso de ponto e vírgula:

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 Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não


lucram, reclamam igualmente.
 Joaquim celebrou seu aniversário na praia; não gosta do frio e nem das
montanhas.
 Os conteúdos da prova são: Geografia; História; Português.

Dois Pontos (:)

Esse sinal gráfico é utilizado antes de uma explicação, para introduzir uma fala
ou para iniciar uma enumeração.

Exemplos do uso de dois pontos:

 Na matemática, as quatro operações essenciais são: adição, subtração,


multiplicação e divisão.
 Joana explicou: — Não devemos pisar na grama do parque.
 Descobri onde estava o livro: na mochila.

Ponto de Exclamação (!)

O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases


que denotam sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo,
espanto.

Exemplos do uso de ponto de exclamação:

 Que horror!
 Ganhei!
 Quieto!

Ponto de Interrogação (?)

O ponto de interrogação é utilizado para interrogar, perguntar. Utiliza-se no final


das frases diretas ou indiretas-livre.

Exemplos do uso de ponto de interrogação:

 Quer ir ao cinema comigo?


 Será que eles preferem jornais ou revistas?
 Entendeu?

Reticências (...)

As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que
o sentido vai muito mais além do que está expresso na frase.

Exemplos do uso de reticências:

 Ana gosta de comprar sapatos, bolsas, calças…


 Não sei… preciso pensar no assunto.

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 "A vida é uma tempestade (...) Um dia você está tomando sol e no dia
seguinte o mar te lança contra as rochas." (O Conde de Monte Cristo,
Alexandre Dumas)

Aspas (" ")

É utilizado para enfatizar palavras ou expressões, bem como é usada para


delimitar citações de obras.

Exemplos do uso de aspas:

 Satisfeito com o resultado do vestibular, se sentia "o bom”.


 Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme que primeiro
roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança
estas memórias póstumas."
 É simplesmente "inacreditável" o que aconteceu.

Parênteses ( ( ) )

Os parênteses são utilizados para isolar explicações ou acrescentar informação


acessória.

Exemplos do uso de parênteses:

 O funcionário (o mais mal-humorado que já vi) fez a troca dos artigos.


 Cheguei à casa cansada, jantei (um sanduíche e um suco) e adormeci
no sofá.
 Saiu às pressas (como sempre) e esqueceu o lanche na cozinha.

Travessão (—)

O Travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do


texto bem como para substituir os parênteses ou dupla vírgula.

Exemplos:

 Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por favor, não faça
isso agora, pois teremos problemas mais tarde.
 Perguntei: — Onde é o ponto de ônibus?
 Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que fizesse assim.

Exercícios de sinais de pontuação

1. O texto abaixo precisa de pontuação. Pontue-o adequadamente.

Acordei às oito e pouco da manhã atrasada como sempre e peguei o ônibus


para a escola com as minhas amigas Ana Maria e Bia

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A Ana que gosta de ir à janela pediu para a Maria trocar de lugar com ela a
Maria que estava cheia de calor disse que preferia ficar onde estava ambas
ficaram chateadas logo cedo

Li um cartaz que anunciava Feira de Livros Usados Vamos Mas ninguém me


deu resposta, nem sequer a Bia Que começo de dia

Na escola aulas e apresentações de trabalhos Sim, não lembrava que a


professora devolveria as provas corrigidas
Ninguém sai da sala até que eu termine de dizer o resultado de todos

Quando chegou a minha vez


Estou decepcionada
E entregando o meu teste completou o Teve melhor resultado da turma

Ver Resposta
Acordei às oito e pouco da manhã (atrasada como sempre) e peguei o ônibus
para a escola com as minhas amigas: Ana, Maria e Bia.

A Ana - que gosta de ir à janela - pediu para a Maria trocar de lugar com ela, a
Maria - que estava cheia de calor - disse que preferia ficar onde estava; ambas
ficaram chateadas logo cedo.

Li um cartaz que anunciava: Feira de Livros Usados. Vamos? Mas, ninguém


me deu resposta; nem sequer a Bia. Que começo de dia!

Na escola, aulas e apresentações de trabalhos... Sim, não lembrava que a


professora devolveria as provas corrigidas.
— Ninguém sai da sala até que eu termine de dizer o resultado de todos.

Quando chegou a minha vez:


— Estou decepcionada.
E entregando o meu teste completou: — Teve o melhor resultado da turma.
2. Em cada uma das frases abaixo há um sinal de pontuação incorreto. Corrija.

a) Vou comprar agora mesmo: protetor solar; água e fruta.


b) Preciso saber se você vai almoçar antes de sair?
c) Que susto;
d) Maria, você vem com a gente amanhã!
e) Como dizia a minha avó: mais vale um pássaro na mão do que dois voando.

Ver Resposta
a) Vou comprar agora mesmo: protetor solar, água e fruta.
b) Preciso saber se você vai almoçar antes de sair.
c) Que susto!
d) Maria, você vem com a gente amanhã?
e) Como dizia a minha avó "mais vale um pássaro na mão do que dois
voando".

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Substantivos

Substantivo é a classe de palavras usada para dar nome aos seres, objetos,
fenômenos, lugares, qualidades, ações, dentre outros.

Exemplos: menino, João, Portugal, caneta, ventania, coragem, corrida.

Os substantivos podem ser flexionados em gênero (masculino e


feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo).

Classificação dos substantivos

Os substantivos são classificados em: comum, próprio, simples, composto,


concreto, abstrato, primitivo, derivado e coletivo.

1. Substantivos comuns

Os substantivos são comuns se eles dão nome a seres de forma genérica.

Exemplos: pessoa, gente, país.

2. Substantivos próprios

Os substantivos são próprios quando eles dão nome a seres de forma


particular. Eles são escritos com letra maiúscula.

Exemplos: Maria, São Paulo, Brasil.

3. Substantivos simples

Os substantivos simples são formados por apenas um radical (radical é a parte


da palavra que contém o seu significado básico).

Exemplos: casa, carro, camiseta.

4. Substantivos compostos

Os substantivos compostos são formados por mais de um radical (radical é a


parte da palavra que contém o seu significado básico).

Exemplos: guarda-chuva, passatempo, beija-flor.

5. Substantivos concretos

Os substantivos concretos designam as palavras reais, concretas, sejam elas


pessoas, objetos, animais ou lugares.

Exemplos: menina, homem, cachorro.

6. Substantivos abstratos

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Os substantivos abstratos são aqueles relacionados aos sentimentos, estados,


qualidades e ações.

Exemplos: beleza, alegria, bondade.

7. Substantivos primitivos

Os substantivos primitivos, como o próprio nome indica, são aqueles que não
derivam de outras palavras.

Exemplos: casa, folha, chuva.

8. Substantivos derivados

Os substantivos derivados são aquelas palavras que derivam de outras.

Exemplos: casarão (derivado de casa), folhagem (derivado de folha),


chuvarada (derivado de chuva).

9. Substantivos coletivos

Os substantivos coletivos são aqueles que se referem a um conjunto de seres.

Exemplos: flora (conjunto de plantas), álbum (conjunto de fotos), colmeia


(conjunto de abelhas).

Flexão de gênero dos substantivos

De acordo com o gênero (feminino e masculino) dos substantivos, eles são


classificados em: biforme e uniforme.

Substantivos biformes - apresentam duas formas, ou seja, uma para o


masculino e outra para o feminino. Exemplos: professor e professora; amigo e
amiga.

Substantivos uniformes - somente um termo especifica os dois gêneros


(masculino e feminino), sendo classificados em: epiceno, sobrecomum e
comum de dois gêneros.

 Epicenos: apresenta somente um gênero e refere-se aos animais.


Exemplo: foca (macho ou fêmea).
 Sobrecomum: apresenta somente um gênero e refere-se às pessoas.
Exemplo: criança (masculino e feminino).
 Comum de dois gêneros: termo que se refere aos dois gêneros
(masculino e feminino), identificado por meio do artigo que o
acompanha. Exemplo: "o artista" e "a artista".

Os substantivos de origem grega terminados em "ema" e "oma" são


masculinos, por exemplo: teorema, poema.

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Há os substantivos chamados de "gênero duvidoso ou incerto", ou seja,


aqueles utilizados para os dois gêneros sem alteração do significado, por
exemplo: o personagem e a personagem.

Existem alguns substantivos que, variando de gênero, mudam seu significado,


por exemplo: "o cabeça" (líder), "a cabeça" (parte do corpo humano).

Flexão de número dos substantivos

De acordo com o número do substantivo, eles são classificados em: singular e


plural.

Singular - designa uma única coisa, pessoa ou um grupo. Exemplo: bola,


mulher.

Plural - designa várias coisas, pessoas ou grupos. Exemplo: bolas, mulheres.

Flexão de grau dos substantivos

De acordo com o grau dos substantivos, eles são classificados em:


aumentativo e diminutivo.

Aumentativo - indica o aumento do tamanho de algum ser ou alguma coisa.

Diminutivo - indica a diminuição do tamanho de algum ser ou alguma coisa.

Os graus aumentativo e diminutivo podem ser analíticos e sintéticos.

O aumentativo analítico é acompanhado de um adjetivo que indica grandeza.


Exemplo: casa grande.

O aumentativo sintético recebe o acréscimo de um sufixo indicador de


aumento. Exemplo: casarão.

O diminutivo analítico é acompanhado de um adjetivo que indica pequenez.


Exemplo: casa pequena.

O diminutivo sintético recebe o acréscimo de um sufixo indicador de


diminuição. Exemplo: casinha.

Relação entre adjetivos e substantivos

Os adjetivos correspondem à classe de palavras que indicam qualidades e


estados aos substantivos, por exemplo: casa bonita. Aqui, o termo "bonita"
atribui uma qualidade ao substantivo "casa".

Linguagem verbal e não verbal

Professor: Adailson Silva


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Os seres humanos se comunicam por intermédio da linguagem, tudo que


fazemos para nos comunicar, chama-se linguagem, ela ocorre quando: falamos,
fazemos gestos, usamos expressões faciais, entre outros. Podemos dividir a
linguagem em dois tópicos, sendo: linguagem verbal e linguagem não verbal.

Linguagem verbal: é quando fazemos uso da escrita (letras) ou da fala


como meio de comunicação.

Exemplo: Atravesse a rua por gentileza.

Linguagem não verbal: é quando usamos a simbologia, gestos,


expressões faciais como meio de comunicação, como por exemplo: placas de
trânsitos, danças, mímicas são alguns exemplos de linguagem não verbal.

Exemplo: um pedestre está andando na calçada, quando vai atravessar a


rua, se depara com o sinal verde, ele para, e espera o sinal vermelho para
prosseguir seu trajeto.

Nesse caso, temos a linguagem não verbal, pois o pedestre sabe que
segundo a lei de trânsito ele deve atravessar a rua quando o sinal indicar
vermelha, pois ela dá preferência a ele, enquanto a cor verde diz que os carros
devem passar.

Temos também a linguagem mista, que é a junção das duas linguagens


em um enunciado.

Exemplo: Quando se tem uma placa com um sinal e embaixo vem o


escrito do que ela significa.

Letras e fonemas

Fonema e Letra representam respetivamente sons (fala) e sinais gráficos


(escrita).

Os fonemas são as unidades sonoras que compõem o discurso ou a fala e


são representados entre barras oblíquas (//).

As letras, por sua vez, são os sinais gráficos que tornam possível a escrita.
Juntas de forma ordenada, as letras constituem o alfabeto.

Exemplos:

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coçar = 5 letras
/k/ /o/ /s/ /a/ /r/ = 5 fonemas

máximo = 6 letras
/m/ /á/ /s/ /i/ /m/ /o/ = 6 fonemas

Embora o número de fonemas e letras coincidam em muitas palavras, nem


sempre essa equivalência existe.

Exemplos:

acesso = 6 letras campo= 5 letras


/a/ /c/ /e/ /s/ /o/ = 5 fonemas /k/ /ã/ /p/ /o/ = 4 fonemas

chute = 5 letras carro = 5 letras


/x/ /u/ /t/ /e/ = 4 fonemas /k/ /a/ /R/ /o/ = 4 fonemas

táxi = 4 letras humano = 6 letras

/t/ /a/ /k/ /s/ /i/ = 5 fonemas /u/ /m/ /a/ /n/ /o/ = 5 letras

Classificação dos Fonemas

Os fonemas classificam-se em vogais, consoantes e semivogais.

Vogais

São sons emitidos sem obstáculos, somente pela boca (a, e, i , o, u), ou pela
boca e pelas fossas nasais (ã, ẽ, ĩ, õ, ũ).

Exemplos: pia, ando, cesto, quero, lente, li, lindo, sonho, avó, som,
susto, untar.

Consoantes

As consoantes encontram obstáculos na sua passagem pela boca, por isso,


precisam sempre do acompanhamento das vogais.

Exemplos: base, deduzir, falar, pedaço, redigir, sintetizar.

Semivogais

As semivogais são os fonemas /i/ e /u/ que aparecem juntos com uma vogal
formando uma sílaba. É importante dizer que, enquanto as vogais são
essenciais na formação de sílabas, as semivogais não.

Exemplos: cárie, mau, pais, rei, seita, venceu.

Letras G e J

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As letras G e J podem representar o mesmo fonema quando se juntam às


vogais E e I: ge = je e gi = ji.

Exemplos:

singelo = 7 letras
/s/ /ĩ/ /j/ /e/ /l/ /o/ = 6 fonemas

refúgio = 7 letras
/r/ /e/ /f/ /ú/ /j/ /i/ /o/ = 7 fonemas

Letra H

No início de palavras, a letra H não é fonema.

Exemplos:

harpa = 5 letras
/a/ /r/ /p/ /a/ = 4 fonemas

hoje = 4 letras
/o/ /j/ /e/ = 3 fonemas

Letras M e N

Quando têm função de nasalização, as letras M e N não são fonemas.

Exemplos:

campo = 5 letras
/k/ /ã/ /p/ /o/ = 4 fonemas

atento = 6 letras
/a/ /t/ /ẽ/ /t/ /o/ = 5 fonemas

Quando não têm função de nasalização, as letras M e N são fonemas.

Exemplos:

navio = 5 letras
/n/ /a/ /v/ /i/ /o/ = 5 fonemas

soma = 4 letras
/s/ /o/ /m/ /a/ = 4 fonemas

Letra X

A letra X pode representar os fonemas /s/, /z/ e /ks/.

Exemplos:

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sexto = 5 letras
/s/ /e/ s/ /t/ /o/ = 5 fonemas

exalar = 6 letras
/e/ /z/ /a/ /l/ /a/ /r/ = 6 fonemas

fixo = 4 letras
/f/ /i/ /k/ /s/ /o/ = 5 fonemas

Dígrafos

Além das letras acima, há ainda os dígrafos, o encontro de duas letras que
representam um único fonema.

Exemplos:

 ch: chuva /x/ /u/ /v/ /a/


 nh: arranhar /a/ /rr/ /a/ /nh/ /a/ /r/
 qu: quindim /k/ /ĩ/ /d/ /ĩ/
 rr: aborrecer /a/ /b/ /o/ /rr/ /e/ /c/ /e/ /r/
 sc: nascer /n/ /a/ /c/ /e/ /r/

Exercícios de Fonema e Letra

1. Em qual das palavras abaixo há mais letras do que fonemas?

a) achado
b) táxi
c) cadeira
d) surpresa
e) redigir

Denotação e conotação

Em nosso dia a dia nos deparamos com diversos sentidos do uso da


língua, em textos, podemos observar que as palavras em seu sentido real ou em
um sentido não real, sendo assim em um sentido figurado, esses tipos de
linguagens, classificamos em sentido denotativo e sentido conotativo.

O sentido denotativo é quando usamos as palavras em seu sentido


próprio, ou seja, como está no dicionário, sentido “ao pé da letra”, enquanto o
sentido conotativo é quando usamos as palavras em seu sentido figurado, fora
do seu sentido real, mais no popular.

Exemplo do sentido denotativo

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Os pescadores saíram cedo para pescar.

No exemplo acima, a palavra “pescadores” está em seu sentido real, como


encontramos no dicionário, pois está falando da classe trabalhadora que pesca.

Exemplo do sentido conotativo:

Disse-lhes Jesus: “Vinde a mim, e eu os farei pescadores de homens”.

No segundo exemplo, temos a mesma palavra do primeiro, porém,


encontra-se em outro sentido, pois aqui, “pescadores” não significa quem pesca
no mar, mas quem irá buscar/ evangelizar pessoas para o projeto de Deus.

O coração fica no lado esquerdo. (Sentido denotativo)

Ele não tem coração. (Sentido conotativo)

1) Identifique com (D) as frases com sentido denotativo e com (C ) as frases


com o sentido conotativo.

( ) Quebrei o espelho do banheiro.

( ) O pai é nosso espelho.

( ) Essa menina tem um coração de ouro

( ) O leão é um animal feroz.

( ) O meu relógio de ouro foi roubado.

( ) Engolir sapos não é nada fácil.

( ) Aquele homem é um leão.

2) Descubra o significado de cada uma das expressões.


a) José botou o pé no mundo.

( ) Desapareceu ( ) Deu notícias

b) O menino joga bola com o pé nas costas.

( ) Com dificuldade ( ) Com facilidade

c) Marcelo foi em um pé e voltou no outro.

( ) Com rapidez ( ) Com demora

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d) Nós começamos o ano com o pé direito.

( ) Com má sorte ( ) Com sorte.

3) Ligue as expressões aos seus significados.

Pé de valsa Atrapalhar-se, confundindo-se.

Pé quente Pessoa que sabe dançar muito bem.

Ao pé do ouvido] Pessoa que tem ou traz sorte.

Meter os pés pelas mãos Em segredo.

4) Observe os textos e responda às questões:


Texto 1
O Sol (do latim sol, solis) é a estrela central do Sistema Solar. Todos os
outros corpos do Sistema Solar, como planetas, planetas anões,
asteroides, cometas e poeiras, bem como todos os satélites associados a
estes corpos, giram ao seu redor.
(Wikipédia)

Texto 2.
O sol
O sol tinge o céu com dedos dourados,
Maravilha crepuscular...
Eu sou o sol, sou eu que brilho.
Para você meu amor.
(Úrsula Avner)
a) Apesar de apresentarem diferenças quanto à linguagem e a
organização, os dois textos são semelhantes quanto ao tema. De que
tratam os textos?
b) Qual dos textos apresenta o uso da linguagem denotativa? Explique.
c) Qual dos textos apresenta o uso da linguagem conotativa? Justifique.

Verbos

Hoje vamos falar sobre mais uma classe de palavras da língua


portuguesa, trata-se dos verbos, essa classe está no centro das construções das

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orações, toda frase que tem um verbo é chamada de oração. A função do verbo
é expressar: ação, estado ou fenômeno da natureza. Exemplos:

Nós trabalhamos todos os dias. (Verbo trabalhar, indica ação).

O tempo está frio. (Verbo estar, representa um estado).

Choveu o dia inteiro (Verbo chover, representa fenômeno da natureza).

Os verbos que indicam fenômenos da natureza apresentam uma


característica especial, eles não são conjugados, ou seja, não colocamos com
as pessoas do discurso (eu, tu, ele, nós, etc.).

Flexões verbais: de pessoas (primeira, segunda e terceira pessoa), de


número (singular e plural), de tempo (presente, pretérito/passado e futuro), de
conjugação (1ª, 2ª e 3ª pessoa).

Pessoas/ números

1ª pessoa: eu/ nós: quem fala.

2ª pessoa: tu/ vós (você/ vocês): com quem se fala

3ª pessoa: ele/ eles/ ela / elas: de quem se fala.

Variação de tempo: Presente, passado/pretérito e futuro.

Acordo às 6h. (Ação que está ocorrendo, presente).

Eles comeram lasanha. (Pretérito/passado: já ocorreu).

Eles comerão lasanha. (Futuro: ação que ainda irá ocorrer).

Conjugações:

1ª Conjugação são os verbos terminados em “AR”: (andar, falar, pular e etc.)

2ª Conjugação são os verbos terminados em” ER ou OR” (correr, comer, perder,


por etc.)

3ª Conjugação são os verbos terminados em “IR” (rir, dormir, pedir etc.)

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Texto Narrativo

Texto narrativo é um tipo de texto que esboça as ações de personagens num


determinado tempo e espaço.

Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns fatos
e acontecimentos.

Alguns exemplos de textos narrativos são: romance, novela, conto, crônica e


fábula.

Estrutura da narrativa

Apresentação - também chamada de introdução, nessa parte inicial o autor do


texto apresenta os personagens, o local e o tempo em que se desenvolverá a
trama.

Desenvolvimento - aqui grande parte da história é desenvolvida com foco nas


ações dos personagens.

Clímax - parte do desenvolvimento da história, o clímax designa o momento


mais emocionante da narrativa.

Desfecho - também chamada de conclusão, ele é determinado pela parte final


da narrativa, onde a partir dos acontecimentos, os conflitos vão sendo
desenvolvidos.

Elementos da narrativa

Narrador - é aquele que narra a história. Dividem-se em: narrador observador,


narrador personagem e narrador onisciente.

Enredo - trata-se da estrutura da narrativa, ou seja, a trama em que se


desenrolam as ações. São classificados em: enredo linear e enredo não linear.

Personagens - são aqueles que compõem a narrativa sendo classificados em:


personagens principais (protagonista e antagonista) e personagens
secundários (adjuvante ou coadjuvante).

Tempo - está relacionado com a marcação do tempo dentro da narrativa, por


exemplo, uma data ou um momento específico. O tempo pode ser cronológico
ou psicológico.

Espaço - local (s) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer num


ambiente físico, ambiente psicológico ou ambiente social.

Tipos de narrador

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Os tipos de narrador, também chamado de foco narrativo, representam a "voz


textual" da narração, sendo classificados em:

Narrador personagem (1ª pessoa) - a história é narrada em 1ª pessoa onde o


narrador é um personagem e participa das ações.

Narrador observador (3ª pessoa) - narrado em 3ª pessoa, esse tipo de


narrador conhece os fatos, porém, não participa da ação.

Narrador onisciente (3ª, mas também 1ª pessoa) - esse narrador conhece


todos os personagens e a trama. Nesse caso, a história é narrada em 3ª
pessoa. No entanto, quando apresenta fluxo de pensamentos dos
personagens, ela é narrada em 1ª pessoa.

Tipos de discurso narrativo

Discurso direto - no discurso direto, a própria personagem fala.

Discurso indireto - no discurso indireto o narrador interfere na fala da


personagem. Em outras palavras, é narrado em 3ª pessoa uma vez que não
aparece a fala da personagem.

Discurso indireto livre - no discurso indireto livre há intervenções do narrador


e das falas dos personagens. Nesse caso, funde-se o discurso direto com o
indireto.

Exemplos de texto narrativo

Exemplo 1: O cavalo e o burro, fábula de Monteiro Lobato, no discurso


direto

"O cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo contente da vida,
folgando com uma carga de quatro arrobas apenas, e o burro — coitado!
gemendo sob o peso de oito. Em certo ponto, o burro parou e disse:

— Não posso mais! Esta carga excede às minhas forças e o remédio é


repartirmos o peso, seis arrobas para cada um.

O cavalo deu um pinote e relinchou uma gargalhada.

— Ingênuo! Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso bem
continuar com as quatro? Tenho cara de tolo?

O burro gemeu:

— Egoísta! Lembre-se que se eu morrer você terá que seguir com a carga de
quatro arrobas e mais a minha.

O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso. Logo adiante, porém, o
burro tropica, vem ao chão e rebenta.

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Chegam os tropeiros, maldizem a sorte e sem demora arrumam as oito arrobas


do burro sobre as quatro do cavalo egoísta. E como o cavalo refuga, dão-lhe de
chicote em cima, sem dó nem piedade.

— Bem-feito! Exclamou um papagaio. Quem o mandou ser mais burro que o


pobre burro e não compreender que o verdadeiro egoísmo era aliviá-lo da
carga em excesso? Tome! Gema dobrado agora…"

LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Brasiliense, 1994.

Exemplo 2: Trecho de As Mãos de Meu Filho, de Érico Veríssimo, no


discurso indireto

"D. Margarida tira os sapatos que lhe apertam os pés, machucando os calos.

Não faz mal. Estou no camarote. Ninguém vê.

Mexe os dedos do pé com delícia. Agora sim, pode ouvir melhor o que ele está
tocando, ele, o seu Gilberto. Parece um sonho… Um teatro deste tamanho.
Centenas de pessoas finas, bem-vestidas, perfumadas, os homens de preto, as
mulheres com vestidos decotados — todos parados, mal respirando,
dominados pelo seu filho, pelo Betinho!

D. Margarida olha com o rabo dos olhos para o marido. Ali está ele a seu lado,
pequeno, encurvado, a calva a reluzir foscamente na sombra, a boca
entreaberta, o ar pateta. Como fica ridículo nesse smoking! O pescoço
descarnado, dançando dentro do colarinho alto e duro, lembra um palhaço de
circo."

(Trecho de As mãos de meu filho, de Érico Veríssimo)

Exemplo 3: Trecho de A Cartomante, conto de Machado de Assis, no


discurso indireto livre

"Camilo pegou-lhe nas mãos, e olhou para ela sério e fixo. Jurou que lhe queria
muito, que os seus sustos pareciam de criança; em todo o caso, quando
tivesse algum receio, a melhor cartomante era ele mesmo. Depois, repreendeu-
a; disse-lhe que era imprudente andar por essas casas. Vilela podia sabê-lo, e
depois...

— Qual saber! tive muita cautela, ao entrar na casa.

— Onde é a casa?

— Aqui perto, na Rua da Guarda Velha; não passava ninguém nessa ocasião.
Descansa; eu não sou maluca."

(Trecho de A Cartomante, de Machado de Assis)

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Plano de aulas para o 7° ano: Língua Portuguesa

Pronomes

Os pronomes são palavras que indicam pessoas do discurso, posse e


posições. Eles acompanham ou substituem os substantivos.

Por exemplo: Onde está o meu bolo? Não acredito que você o comeu.

"Meu" e "o" são pronomes. O primeiro está acompanhando o substantivo bolo


(meu bolo) e o segundo está substituindo o substantivo bolo para não deixar a
frase repetitiva (Não acredito que você comeu o bolo).

Tipos de pronomes

De acordo com a função que exercem, os pronomes são classificados em:

1. Pronomes Pessoais (nele se incluem os pronomes de tratamento)


2. Pronomes Possessivos
3. Pronomes Demonstrativos
4. Pronomes Indefinidos
5. Pronomes Relativos
6. Pronomes Interrogativos

Para entender melhor o uso dos pronomes nas frases, confira os exemplos:

1) Mariana apresentou um show esse final de semana. Ela é considerada uma


das melhores cantoras de música Gospel.

No exemplo acima, o pronome pessoal “Ela” substituiu o substantivo próprio


Mariana. Note que com o uso do pronome no período evitou-se a repetição do
nome.

2) Aquela bicicleta é da minha prima Júlia.

Nesse exemplo, utilizamos dois pronomes: o pronome demonstrativo “aquela”


para indicar algo (no caso a bicicleta) e o pronome possessivo “minha” que
transmite a ideia de posse.

1. Pronome pessoal

Os pronomes pessoais são aqueles que indicam o sujeito ou complemento


da oração. Eles são classificados em pronomes pessoais do caso reto e
pronomes pessoais do caso oblíquo.

Pronomes pessoais do CASO RETO - exercem a função de sujeito. Exemplos:

 Eu gosto muito da Ana. (Quem gosta da Ana? Eu.)

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

 Eles saíram? (Quem chegou? Eles.)


 Nós vamos sair também? (Quem vai sair? Nós)

Pronomes pessoais do CASO OBLÍQUO - substituem os substantivos e


complementam os verbos. Exemplos:

 Está comigo seu caderno. (Com quem está o caderno? Comigo. Note
que para além de identificar quem tem o caderno, o pronome auxilia o
verbo “estar”.)
 A carta? Fechei-a e coloquei no correio. (Fechei a carta, ou seja, o
pronome "a" completa o sentido do verbo.)
 Deu-lhe um abraço. (Deu um abraço em alguém, ou seja, o pronome
"lhe" completa o sentido do verbo.)

Pessoas Verbais Pronomes do Caso Reto Pronomes do Caso Oblíquo


1ª pessoa do singular Eu me, mim, comigo
2ª pessoa do singular Tu te, ti, contigo
3ª pessoa do singular ele, ela o, a, lhe, se, si, consigo
1ª pessoa do plural Nós nos, conosco
2ª pessoa do plural Vós vos, convosco
3ª pessoa do plural eles, elas os, as, lhes, se, si, consigo.
Vale lembrar que os pronomes oblíquos “o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na, nos,
nas” funcionam somente como objeto direto.

Pronome de tratamento

Os pronomes de tratamento são termos respeitosos empregados normalmente


em situações formais. Mas, como toda regra tem exceção, “você” é o único
pronome de tratamento utilizado em situações informais.

Exemplos de pronomes de tratamento:

 Você deve seguir as regras impostas pelo governo.


 A senhora deixou o casaco cair na rua.
 Vossa Magnificência irá assinar os diplomas dos formandos.
 Vossa Santidade é muito querido, disse o sacerdote ao Papa.

Confira na tabela abaixo, os pronomes de tratamento mais utilizados:

Pronomes de
Abreviações Emprego
Tratamento
Único pronome de tratamento utilizado em situações
Você V./VV
informais.
Senhor (es) e Sr, Sr.ª (singular) e Tratamento formal e respeitoso usado para pessoas
Senhora (s) Srs., Srª.s. (plural) mais velhas.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Pronomes de
Abreviações Emprego
Tratamento
Usados para pessoas com alta autoridade, como por
Vossa Excelência V. Ex.ª/V. Ex.ªs exemplo: Presidente da República, Senadores,
Deputados, Embaixadores.
Vossa
V. Mag.ª/V. Mag.ªs Usados para os reitores das Universidades.
Magnificência
Vossa Senhoria V. S.ª/V. S.ªs Empregado nas correspondências e textos escritos.
Vossa Majestade VM/VVMM Utilizado para Reis e Rainhas
V.A.(singular) e
Vossa Alteza Utilizado para príncipes, princesas, duques.
V.V.A. A. (plural)
Vossa Santidade V.S. Utilizado para o Papa
Vossa Eminência V. Ex.ª/V. Em.ªs Usado para Cardeais.
Vossa V. Rev.m.ª/V.
Utilizado para sacerdotes e religiosos em geral.
Reverendíssima Rev.m.ªs
2. Pronome possessivo

Os pronomes possessivos são aqueles que transmitem a ideia de posse.

Exemplos de pronomes possessivos:

 Essa caneta é minha? (o objeto possuído é a caneta, que pertence à 1ª


pessoa do singular)
 O computador que está em cima da mesa é meu. (o objeto possuído é o
computador, que pertence à 1ª pessoa do singular)
 A sua bolsa ficou na escola. (o objeto possuído é a bolsa, que pertence
à 3ª pessoa do singular)
 Nosso trabalho ficou muito bom. (o objeto possuído é o trabalho, que
pertence à 1ª pessoa do plural)

Confira abaixo a tabela com as pessoas verbais do discurso e os respectivos


pronomes possessivos:

Pessoas Verbais Pronomes Possessivos


1ª pessoa do singular (eu) meu, minha (singular); meus, minhas (plural)
2ª pessoa do singular (tu, você) teu, tua (singular); teus, tuas (plural)
3ª pessoa do singular (ele/ela) seu, sua (singular); seus, suas (plural)
1ª pessoa do plural (nós) nosso, nossa (singular); nossos, nossas (plural)
2ª pessoa do plural (vós, vocês) vosso, vossa (singular); vossos, vossas (plural)
3ª pessoa do plural (eles/elas) seu, sua (singular); seus, suas (plural)
3. Pronome demonstrativo

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Os pronomes demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum


elemento em relação à pessoa seja no discurso, no tempo ou no espaço.

Eles reúnem algumas palavras variáveis - em gênero (masculino e feminino) e


número (singular e plural) - e as invariáveis.

Os pronomes demonstrativos variáveis são aqueles flexionados (em número ou


gênero), ou seja, são os que sofrem alterações na sua forma. Por exemplo:
esse, este, aquele, aquela, essa, esta.

Já os pronomes invariáveis são aqueles que não são flexionados, ou seja, que
nunca sofrem alterações. Por exemplo: isso, isto, aquilo.

Observe o quadro abaixo para entender os pronomes demonstrativos variáveis


em gênero e número:

Pronomes Demonstrativos Singular Plural


Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles
Exemplos de pronomes demonstrativos:

 Essa camisa é muito linda.


 Aquelas bicicletas são boas.
 Este casaco é muito caro.
 Eu perdi aqueles bilhetes de cinema.

Atenção!

Segue algumas dicas de uso dos pronomes demonstrativos:

1. Quando o elemento está com a pessoa que se fala ou próximo dela


utilizamos: este, esta, estes, estas e isto.

Exemplos:

Este computador é meu.


Estas anotações foram feitas pela Carolina.

2. Quando o elemento está com quem se fala ou próximo desta pessoa


utilizamos: esse, essa, esses, essas e isso.

Exemplos:

Esses lugares estão reservados.


De quem é essa bolsa que você está segurando?

3. Quando o elemento não está com a pessoa que fala e nem com a pessoa
com quem se fala utilizamos: aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Exemplos:

De quem são aquelas coisas ali jogadas?


Aquele prédio é o mais alto da cidade.

Para resumir essa explicação, veja o quadro abaixo com os exemplos:

Pessoas Pronomes
Localização do Elemento Exemplo
Verbais Utilizados
Primeira este, esta, estes, quando o elemento está com a pessoa Isto não é
Pessoa estas, isto que fala meu.
Segunda esse, essa, esses, Isso não se
quando o elemento está com quem se fala
Pessoa essas, isso faz.

Terceira aquele, aquela, quando o elemento não está com a


Aquilo é
Pessoa aqueles, aquelas, pessoa que fala e nem com a pessoa com
muito bonito.
aquilo quem se fala
4. Pronome indefinido

Empregados na 3ª pessoa do discurso, o próprio nome já indica que os


pronomes indefinidos substituem ou acompanham o substantivo de maneira
vaga ou imprecisa.

Exemplos de pronomes indefinidos:

 Nenhum vestido serviu na Antônia. (o termo “nenhum” acompanha o


substantivo “vestido” de maneira vaga, pois não sabemos de que
vestido se fala)
 Outras viagens virão. (o termo “outras” acompanha o substantivo
“viagens” sem especificar quais viagens serão)
 Alguém deve me explicar a matéria. (o termo “alguém” significa “uma
pessoa cuja identidade não é especificada ou definida” e, portanto,
substitui o substantivo da frase)
 Cada pessoa deve escolher seu caminho. (o termo “cada” acompanha o
substantivo da frase “pessoa” sem especificá-lo)

Veja abaixo a tabela com os pronomes indefinidos variáveis e invariáveis:

Classificação Pronomes Indefinidos


algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito,
muita, muitos, muitas, pouco, pouca, poucos, poucas, todo, toda, todos, todas,
Variáveis outro, outra, outros, outras, certo, certa, certos, certas, vário, vária, vários, várias,
tanto, tanta, tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, quantas, qualquer,
quaisquer, qual, quais, um, uma, uns, umas.
Invariáveis quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.
5. Pronome relativo

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Os pronomes relativos se referem a um termo já dito anteriormente na


oração, evitando sua repetição. Esses termos podem ser palavras variáveis e
invariáveis: substantivo, adjetivo, pronome ou advérbio.

Exemplos de pronomes relativos:

 Os temas sobre os quais falamos são bastante complexos. (“os quais”


faz referência ao substantivo dito anteriormente “temas”)
 São plantas cuja raiz é muito profunda. (“cuja” aparece entre dois
substantivos “plantas” e “raiz” e faz referência àquele dito
anteriormente “plantas”)
 Daniel visitou o local onde nasceu seu avô. (“onde” faz referência ao
substantivo “local”)
 Tive as férias que sonhava. (“que” faz referência ao substantivo “férias”)

Confira na tabela abaixo os pronomes relativos variáveis e invariáveis:

Classificação Pronomes Relativos


o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta,
Variáveis quantos, quantas.

Invariáveis quem, que, onde.


6. Pronome interrogativo

Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis empregadas


para formular perguntas diretas e indiretas.

Exemplos de pronomes interrogativos:

 Quanto custa a entrada para o cinema? (oração interrogativa direta)


 Informe quanto custa a entrada para o cinema. (oração interrogativa
indireta)
 Quem estava com Maria na festa? (oração interrogativa direta)
 Ela queria saber o que teria acontecido com Lavínia. (oração
interrogativa indireta)

Confira abaixo a tabela dos pronomes interrogativos variáveis e invariáveis.

Classificação Pronomes Interrogativos

Variáveis qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.

Invariáveis quem, que.

Acentuação Gráfica

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

A acentuação gráfica consiste na colocação de acento ortográfico para indicar


a pronúncia de uma vogal ou marcar a sílaba tônica de uma palavra. Os nomes
dos acentos gráficos da língua portuguesa são:

 acento agudo (´)


 acento grave (`)
 acento circunflexo (^)

Os acentos gráficos são elementos essenciais que estabelecem, por meio de


regras, a sonoridade/intensidade das sílabas das palavras.

Acentuação das palavras oxítonas

As palavras oxítonas são aquelas em que a última sílaba é tônica (mais forte).
Elas podem ser acentuadas com o acento agudo e com o acento circunflexo.

Oxítonas que recebem acento agudo

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


Recebem acento agudo as palavras oxítonas está, estás, já, olá; até, é, és, olé,
terminadas em vogais tônicas abertas -a, -e ou -o pontapé(s); vó(s), dominó(s), paletó(s),
seguidas ou não de -s. só(s)
No caso de palavras derivadas do francês e bebé ou bebê; bidé ou bidê; canapé ou
terminadas com a vogal -e, são admitidos tanto o canapê; croché ou crochê; matiné ou
acento agudo quanto o circunflexo. matinê
adorá-lo (de adorar + lo) ou adorá-los (de
Quando conjugadas com os pronomes -lo(s) ou -la(s)
adorar + los); fá-lo (de faz + lo) ou fá-los
terminando com a vogal tônica aberta -a após a perda
(de faz + los)
do -r, -s, ou -z.
dá-la (de dar + la) ou dá-las (de dar + las)
Recebem acento as palavras oxítonas com mais de acém, detém, deténs, entretém,
uma sílaba terminadas no ditongo nasal grafado -em entreténs, harém, haréns, porém,
e -ens. provém, provéns, também
São acentuadas as palavras oxítonas com os
anéis, batéis, fiéis, papéis, chapéu(s),
ditongos abertos grafados -éu, éi ou -ói, seguidos ou
ilhéu(s), véu(s); herói(s), remói
não de -s.
Obs.: há exceção nas formas da terceira pessoa do plural do presente do
indicativo dos derivados de "ter" e "vir". Nesse caso, elas recebem acento
circunflexo (retêm, sustêm; advêm, provêm).

Oxítonas que recebem acento circunflexo

Exemplos de palavras com


Regras de acentuação gráfica
acento
cortês, dê, dês (de dar), lê, lês
São acentuadas as palavras oxítonas terminadas nas vogais
(de ler), português, você(s);
tônicas fechadas grafadas -e ou -o, seguidas ou não de -s.
avô(s), pôs (de pôr), robô(s)

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Exemplos de palavras com


Regras de acentuação gráfica
acento
As formas verbais oxítonas, quando conjugadas com os
detê -lo(s); fazê -la(s); vê -la(s);
pronomes clíticos -lo(s) ou -la(s) terminadas com as vogais
compô-la(s); repô-la(s); pô-
tônicas fechadas -e ou -o após a perda das consoantes final -r, -
la(s)
s ou -z, são acentuadas.
Obs.: usa-se, ainda, o acento circunflexo para diferenciar a forma verbal "pôr"
da preposição "por".

Acentuação das palavras paroxítonas


As palavras paroxítonas são aquelas em que a penúltima sílaba é tônica (mais
forte).

Paroxítonas que recebem acento agudo

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


Recebem acento agudo as paroxítonas que apresentam,
dócil, dóceis; fóssil, fósseis; réptil,
na sílaba tônica, as vogais abertas grafadas -a, -e, -o, -i e -
répteis; córtex, córtices; tórax;
u e que terminam em -l, -n, -r, -x e -s, e algumas formas do
líquen, líquenes; ímpar, ímpares
plural, que passam a proparoxítonas.
fêmur e fémur; ónix e ônix; pónei e
É admitida dupla grafia em alguns casos. pônei; ténis e tênis; bónus e bônus;
ónus e ônus; tónus e tônus
Palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba tônica, as órfã, órfãs; órfão, órfãos; órgão,
vogais abertas grafadas -a, -e, -i, -o e -u, e que terminam órgãos; sótão, sótãos; jóquei,
em -ã, -ão, -ei, -um ou -uns são acentuadas nas formas jóqueis; fáceis, fácil; bílis, íris, júri,
singular e plural das palavras. oásis, álbum, fórum, húmus e vírus
Obs.: não se acentuam graficamente os ditongos representados por -ei e -oi da
sílaba tônica das paroxítonas:

assembleia, boleia, ideia, onomatopeico, proteico, alcaloide, apoio (do verbo


apoiar), tal como apoio (substantivo), boia, heroico, jiboia, moina, paranoico,
zoina.

Exemplos de palavras paroxítonas não acentuadas: enjoo, grave, homem,


mesa, Tejo, vejo, velho, voo, avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro,
descobrimento, graficamente e moçambicano.

Paroxítonas e o uso do acento circunflexo

Exemplos de palavras com


Regras de acentuação gráfica
acento
Palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tônica, as cônsul, cônsules; têxtil, têxteis;
vogais fechadas com a grafia -a, -e e -o, e que terminam em plâncton, plânctons

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Exemplos de palavras com


Regras de acentuação gráfica
acento
-l, -n, -r ou -x, assim como as respetivas formas do plural,
algumas das quais se tornam proparoxítonas.
Também recebem acento circunflexo as palavras que
Estêvão, zângão, escrevêsseis,
contêm, na sílaba tônica, vogais fechadas com a grafia -a, -e
ânus
e -o, e que terminam em -ão(s), -eis ou -us.
São grafadas com acento circunflexo as formas dos verbos abstêm, advêm, contêm, convêm,
"ter" e "vir", na terceira pessoa do plural do presente do desconvêm, detêm, entretêm,
indicativo ("têm" e "vêm"). O mesmo é aplicado algumas intervêm, mantêm, obtêm, provêm,
formas verbais derivadas. sobrevêm
Não é usado o acento circunflexo nas palavras paroxítonas
creem, deem, descreem,
que contêm um tônico oral fechado em hiato com
desdeem, leem, preveem, redeem,
terminação -em, da terceira pessoa do plural do presente do
releem, reveem, veem
indicativo.
enjoo – substantivo e flexão de
Não é usado o acento circunflexo com objetivo de assinalar enjoar
a vogal tônica fechada na grafia das palavras paroxítonas. povoo – flexão de povoar
voo – substantivo e flexão de voar
para – flexão de parar.
Não são usados os acentos circunflexo e agudo para pela/pelo – preposição de pela,
distinguir as palavras paroxítonas quando têm a vogal tônica quando substantivo de pelar.
aberta ou fechada em palavras homógrafas de palavras pelo – substantivo de per + lo.
proclíticas no singular e plural. polo – combinação de per + lo e
na combinação de por + lo
Fique Atento!

O acento circunflexo é obrigatório na palavra pôde na terceira pessoa do


singular do pretérito perfeito do indicativo. Isso acontece para distingui-la da
forma verbal correspondente do presente do indicativo: pode.

O acento circunflexo é facultativo no verbo demos, conjugado na primeira


pessoa do presente do indicativo. Isso ocorre para estabelecer distinção da
forma correspondente no pretérito perfeito do indicativo: demos.

Também é facultativo o uso de acento circunflexo no substantivo fôrma como


distinção do verbo formar na segunda pessoa do singular imperativo: forma.

Vogais tônicas
Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento
Adaís – plural de Adail, aí, atraí (de atrair),
As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das palavras
baú, caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país,
oxítonas e paroxítonas recebem acento quando
alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraíam (de
são antecedidas de uma vogal com a qual não
atrair), atraísse (id.), baía, balaústre,

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


formam ditongo e desde que não constituam sílaba cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha,
com a consoante seguinte. graúdo, influíste (de influir), juízes, Luísa,
miúdo, paraíso, raízes, recaída, ruína, saída
e sanduíche
Recebem acento agudo as vogais tônicas grafadas Piauí
com -i e -u, quando precedidas de ditongo na teiú – teiús
posição final ou seguidas de -s. tuiuiú – tuiuiús
Recebe acento agudo a vogal tônica grafada -i das
palavras oxítonas terminadas em -r dos verbos
atraí-lo(s), atraí-lo(s) –ia, possuí-la(s),
terminados em -air e -uir, quando combinadas com
possuí-la(s)-ia – de possuir-la(s)-ia
-lo(s), -la(s) considerando a assimilação e perda do
-r nas palavras.
As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das palavras
oxítonas e paroxítonas não recebem acento
bainha, moinho, rainha, Adail, Coimbra,
quando são antecedidas de uma vogal com a qual
ruim, ainda, constituinte, oriundo, ruins,
não formam ditongo, e desde que não constituam
triunfo, atrair, influir, influirmos, juiz e raiz
sílaba com a consoante seguinte nos casos de -nh,
-l, -m, -n, -r e -z.
Não recebem acento agudo as vogais tônicas das arguir, redarguir, aguar, apaniguar,
palavras paroxítonas nas formas rizotônicas de apaziguar, apropinquar, averiguar,
alguns verbos. desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir
Não recebem acento agudo os ditongos tônicos
distraiu; instruiu
grafados -iu e -ui, quando precedidos de vogal.
Não é utilizado acento agudo nas vogais tônicas
grafadas em -i e -u das palavras paroxítonas baiuca; boiuno; cheinho; sainha
quando precedidas de ditongo.

Acentuação das palavras proparoxítonas


As palavras proparoxítonas são aquelas em que a antepenúltima sílaba é a
tônica (mais forte), sendo que todas são acentuadas.

Proparoxítonas que recebem acento agudo

Exemplos de palavras com


Regras de acentuação gráfica
acento
árabe, cáustico, Cleópatra,
Recebem acento agudo as palavras proparoxítonas que esquálido, exército, hidráulico,
apresentam na sílaba tônica as vogais abertas grafadas -a, -e, líquido, míope, músico, plástico,
-i, -o e -u começando com ditongo oral ou vogal aberta. prosélito, público, rústico,
tétrico, último
Recebem acento agudo as palavras proparoxítonas aparentes
Álea, náusea; etéreo, níveo;
quando apresentam na sílaba tônica as vogais abertas
enciclopédia, glória; barbárie,
grafadas -a, -e, -i, -o e -u ou ditongo oral começado por vogal

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Exemplos de palavras com


Regras de acentuação gráfica
acento
aberta, e que terminam por sequências vocálicas pós-tônicas série; lírio, prélio; mágoa,
praticamente consideradas como ditongos crescentes -ea, -eo, nódoa; exígua; exíguo, vácuo
-ia, -ie, -io, -oa, -ua e -uo).
Proparoxítonas que recebem acento circunflexo

Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento


anacreôntico, cânfora, cômputo, devêramos (de
Recebem acento circunflexo as palavras
dever), dinâmico, êmbolo, excêntrico, fôssemos
proparoxítonas que apresentam na sílaba
(de ser e ir), Grândola, hermenêutica, lâmpada,
tônica vogal fechada ou ditongo com a vogal
lôbrego, nêspera, plêiade, sôfrego, sonâmbulo,
básica fechada e as chamadas
trôpego. Amêndoa, argênteo, côdea, Islândia,
proparoxítonas aparentes.
Mântua e serôdio
Recebem acento circunflexo as palavras
proparoxítonas, reais ou aparentes, quando
acadêmico, anatômico, cênico, cômodo,
as vogais tônicas são grafadas e/ou estão em
fenômeno, gênero, topônimo, Amazônia, Antônio,
final de sílaba e são seguidas das consoantes
blasfêmia, fêmea, gêmeo, gênio e tênue
nasais grafadas -m ou -n obedecendo ao
timbre.
Atenção!

Palavras derivadas de advérbios ou adjetivos não são acentuadas

Exemplos:

 Avidamente - de ávido
 Debilmente - de débil
 Facilmente - de fácil
 Habilmente - de hábil
 Ingenuamente – de ingênuo
 Lucidamente - de lúcido
 Somente - de só
 Unicamente - de único
 Candidamente – cândido
 Dinamicamente - de dinâmico
 Espontaneamente - de espontâneo
 Romanticamente - de romântico

Leia t

Sílaba Tônica
A sílaba tônica é a sílaba emitida com mais ênfase, sendo que em cada
palavra há apenas uma sílaba tônica.
Professor: Adailson Silva
Língua Portuguesa

De acordo com a intensidade com que são pronunciadas, as sílabas podem ser
tônicas ou átonas.

Assim, a chamada sílaba átona é a que possui menor intensidade numa


palavra.

Exemplos:

 a-ba-ca-xi: xi é a sílaba tônica; as outras são átonas.


 u-ru-bu: bu é a sílaba tônica; as outras são átonas.
 a-ni-mal: mal é a sílaba tônica; as outras são átonas.
 te-le-fo-ne: fo é a sílaba tônica; as outras são átonas.
 re-lâm-pa-go: lâm é a sílaba tônica; as outras são átonas.
 pro-je-to: je é a sílaba tônica; as outras são átonas.
 bo-ne-ca: ne é a sílaba tônica; as outras são átonas.
 me-sa: me é a sílaba tônica; as outras são átonas.

Nos exemplos acima, podemos notar que nem sempre a sílaba tônica é
acentuada. Portanto, é importante estar atento às regras de acentuação das
palavras para não cometer o erro de colocar acento onde não há.

Oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas


De acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras podem ser classificadas
em: oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.

Oxítonas: palavras cuja última sílaba é tônica. Exemplos: me-trô, su-flê, su-
por.

Paroxítonas: palavras cuja penúltima sílaba é tônica. Exemplos: ca-rá-ter, ca-


va-lei-ro, pa-pa-gai-o.

Proparoxítonas: palavras cuja antepenúltima sílaba é tônica. Exemplos: es-tá-


di-o, sí-la-ba, sub-sí-di-o.

Palavras com erros de pronúncia


Por vezes, algumas palavras são pronunciadas dando mais ênfase às sílabas
átonas.

Quando as palavras são acentuadas tônica e graficamente de forma incorreta


estamos diante de um erro de chamado de silabada.

Confira os exemplos:

 decano (certo) - décano (errado)


 ínterim (certo) - interim (errado)
 rubrica (certo) - rúbrica (errado)

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Há palavras, porém, que têm dupla pronúncia, por exemplo:

 Hieróglifo e hieroglifo;
 Oceânia e oceania;
 xérox e xerox.

Exercícios de Sílaba tônica


1. Classifique as palavras destacadas em paroxítonas e proparoxítonas.

a) Está sempre em dúvida....

Ver Resposta
b) Por que duvida sempre daquilo que falo?

Ver Resposta
c) Valido o documento e só depois você vai embora.

Ver Resposta
d) Esse documento não é válido.

Ver Resposta
e) Tem um público muito fiel.

Ver Resposta
f) Publico artigos em jornais e revistas.

Ver Resposta
g) No final do ano, premio os melhores alunos.

Ver Resposta
h) Os melhores alunos recebem um prêmio no final do ano.

Ver Resposta
2. Retire do texto abaixo 3 palavras oxítonas e 3 palavras paroxítonas.

“Encontrei,
Uma caixinha cheia de relatos
Um monte de documentos tão falsos
Nossas vidas

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Em minhas mãos agora


Tá cada parte dessa nossa história
E eu não sei se eu rasgo
Ou jogo fora
E o que é que eu faço agora?

Cometi
A loucura de nossas fotos rasgar
E uma por uma eu vou ter que colar
Mas foi na hora da raiva
Na hora, na hora da raiva

Naquele segundo
Eu pensei que até te odiava
Mas respirei fundo
E vi que eu te amava
Mas foi na hora da raiva
Na hora, na hora da raiva.”

(Trecho da música Na Hora da Raiva, de Henrique e Juliano)

Ver Resposta
Leia também:

Estrutura das Palavras


A estrutura das palavras está relacionada os elementos que compõem os
vocábulos.

Ela abrange o estudo de diversos elementos mórficos (morfemas): raiz,


radical, tema, afixos (prefixos, sufixos), desinências, vogal temática, vogal e
consoante de ligação.

Lembre-se que os morfemas são as menores unidades de elementos que


formam as palavras.

Vejamos abaixo as definição e exemplos de cada um deles:

Raiz
A raiz da palavra é o principal elemento de origem da palavra, ou seja, sua
parte básica.

Ela abriga a significação do termo e pode sofrer alterações. As palavras que


possuem a mesma família etimológica contêm a mesma raiz, por exemplo.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

carr- raiz nominal de carro


noc- raiz nominal de nocivo

Radical
O radical é o elemento base que serve de significado à palavra e que inclui a
raiz. Ele não sofre alterações, ou seja, permanece igual sempre, por exemplo:

Ferro e ferrugem
Floricultura e Florista

Tema
O tema da palavra é um elemento formado pelo radical e a vogal temática. Por
exemplo:

Estud-a
Romp-e
Part-i

Afixos
Os afixos são elementos complementares das palavras que se juntam a um
radical e formam novas palavras.

São classificados em prefixos (aparecem antes do radical)


e sufixos (aparecem depois do radical).

Exemplos:

Prefixo: infeliz
Sufixo: felizardo

Desinências
As desinências são morfemas acrescidos no final dos vocábulos e que indicam
as flexões da palavra. Elas são classificadas:

 Desinências verbais: indicam as flexões de número, pessoa, modo e


tempo dos verbos.
 Desinências nominais: indicam as flexões de gênero (masculino e
feminino) e de número (singular e plural) dos nomes.

Exemplos:

Desinência Nominal: menina - meninas (desinência nominal de número);


garoto - garota (desinências nominais de gênero)

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Desinência Verbal: eu como (desinência número pessoal do verbo "comer"


que indica a 1.ª pessoa do singular do presente do indicativo).

Vogal Temática
A vogal temática é a vogal que se junta ao radical da palavra. Nos verbos
temos três tipos de vogais temáticas segundo as conjugações verbais.

Assim, a vogal temática dos verbos da 1ª conjugação é o “a”. Os da 2ª


conjugação é o “e”. E, os da 3ª conjugação é o “i”.

Exemplos:

Verbo amar (1ª conjugação)


Verbo vender (2ª conjugação)
Verbo sorrir (3ª conjugação)

Vogal de Ligação
As vogais de ligação são elementos incluídos nas palavras para facilitar a
pronúncia. Por exemplo: maresia e bananeira.

Consoante de Ligação
Da mesma maneira, as consoantes de ligação são elementos incluídos aos
vocábulos que auxiliam na pronúncia. Por exemplo: cafeteira e chaleira.

Exercícios de Vestibular com Gabarito


1. (Cesgranrio-RJ) Assinale a opção em que nem todas as palavras são de um
mesmo radical:

a) noite, anoitecer, noitada


b) luz, luzeiro, alumiar
c) incrível, crente, crer
d) festa, festeiro, festejar
e) riqueza, ricaço, enriquecer

Ver Resposta
Alternativa b: luz, luzeiro, alumiar
2. (Fuvest-SP) Assinalar a alternativa que registra a palavra que tem o sufixo
formador de advérbio:

a) desesperança
b) pessimismo
c) empobrecimento

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

d) extremamente
e) sociedade

Ver Resposta
Alternativa d: extremamente
3. (Unirio-RJ) O elemento destacado NÃO é vogal temática em:

a) está
b) coalhou
c) beber
d) poupei
e) calço

Ver Resposta
Alternativa e: calço

Resumo de Texto

O resumo de texto é um mecanismo em que se aponta somente as ideias


principais de um texto fonte, de forma que é produzido um novo texto, no
entanto, de maneira resumida, abreviada ou sintetizada.

Em outras palavras, o resumo é a compilação de informações mais relevantes


de um texto original e não uma cópia.

Podemos fazer o resumo de um livro, capítulo, conto, artigo, dentre outros.


Alguns especialistas apontam que o resumo deve conter pelo menos 30% do
documento original, ou seja, se um texto apresenta 30 linhas, seu resumo
deverá conter 10.

Sem que notemos, utilizamos o resumo de diversas maneiras no dia a dia. Isso
acontece, sobretudo, na linguagem informal, quando contamos um fato para os
amigos, um filme que passou na televisão, o capítulo da novela ou do seriado,
a aula em que não estivemos ou um livro que lemos e queremos indicar.

Quais são os 3 tipos de resumo?

Antes de começar o resumo, confira a proposta dada pelo professor ou pela


avaliação, uma vez que há três tipos de resumo:

1. Resumo Indicativo

Resume somente os fatos importantes, as principais ideias, sem que haja


exemplos oferecidos do texto original. É o tipo de resumo mais pedido nas
escolas.

2. Resumo Informativo

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Resume as informações e/ou dados qualitativos e quantitativos expressos no


texto original. Se confunde com os fichamentos e geralmente são utilizados em
textos acadêmicos.

3. Resumo Crítico

Chamado de resenha ou recensão, ele resume as informações do texto


original, aos quais são acrescentadas as opiniões do autor e de quem escreve
o resumo.

Como fazer um bom resumo de texto?

Pode parecer tarefa fácil, mas muitas vezes sintetizar algo pode ser trabalhoso
e requer algumas técnicas importantes, embora a técnica mais eficiente seja a
prática.

Note que o resumo de texto auxilia muito na aprendizagem para facilitar na


memorização, compreensão e interpretação, e não pode ser um texto muito
longo; tem que ser menos extenso que o original.

Entretanto, tome cuidado, pois geralmente no resumo não devemos


acrescentar ideias novas, ou seja, expressar opiniões ou fazer comentários
pessoais sobre o assunto tratado.

Esse tipo de apreciação é feito nas resenhas críticas, também chamado de


resumo crítico.

Além disso, convém não copiar trechos ou frases do texto original. Portanto,
tenha autonomia para escrever com suas próprias palavras.

De tal maneira, o resumo deve ter uma boa clareza de ideias, ou seja, uma
pessoa que não tenha lido o texto original deverá compreender na totalidade o
que foi lido.

Assim, para auxiliá-lo nessa tarefa, segue abaixo passo a passo para
realização de um resumo:

1. Leia atentamente o texto original

A leitura atenta e calma é muito importante para começar essa tarefa e assim
se familiarizar com o tema ou o assunto tratado no texto.

Não adianta passar os olhos e querer resumir qualquer informação. Se


necessário, leia novamente. Aliás, um resumo pode ser mais longo (se for de
um livro), médio ou curto.

2. Marque as principais ideias do texto

Depois de lido, você deverá marcar as ideias principais de cada parágrafo.


Mas, cuidado para que não fique muito extenso.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Por exemplo, se for fazer um resumo de um livro, fica impossível resumir cada
parágrafo, por isso, pense em resumir os capítulos.

3. Sublinhe as palavras-chave

Da mesma forma que a etapa acima, você deve pensar nas principais palavras
do texto para fazer o resumo.

Todas elas devem fazer parte do texto produzido e geralmente cada parágrafo
apresenta uma palavra-chave.

4. Tenha o poder de síntese

Sintetizar o texto pode não ser fácil, mas depois de organizar as principais
ideias, escreva de modo claro e coeso.

Fique de olho no tema e na conclusão oferecida pelo autor do texto.

5. Cuidado com a coesão e coerência

Para que um texto seja considerado bom, a coesão e a coerência são dois
recursos básicos e muito importantes na produção de textos.

A coesão está intimamente relacionada com as regras gramaticais e o bom uso


dos conectivos. Por isso, se não souber o significado de uma palavra procure
no dicionário sua concepção ou evite usá-la.

A coerência implica a lógica e o contexto em que está inserido o texto. Lembre-


se que o resumo não é um emaranhado de frases soltas, ele precisa fazer
sentido para o leitor.

6. Faça uma leitura final

Depois de produzido, é muito importante fazer uma leitura final do resumo e


comparar se as ideias sublinhadas estão todas contidas no texto.

Por isso, tenha cuidado com as ideias secundárias, o que pode tornar seu texto
extenso. Para facilitar essa etapa, leia o texto em voz alta ou para um amigo.
Se ele compreender tudo, o seu resumo está pronto.

7. Não se esqueça de citar a fonte

É muito importante indicarmos de onde surgiu nosso resumo, ou seja, os dados


do texto que estamos resumindo: autor, obra, páginas, capítulos, editora, ano
de publicação, dentre outros.

Geralmente, esse tipo de informação é mais utilizado nos textos acadêmicos


sendo chamada de bibliografia.

Modelo de Resumo de Texto: Exemplos

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Para entender melhor o conceito de resumo, veja três modelos de resumo nos
artigos:

Uso dos “Porquês”

Na língua Portuguesa, existem 4 tipos de porquês (por que, porque, por


quê e porquê) que são empregados da seguinte forma:

Por que: utilizado em perguntas. Exemplo: Por que não voltamos para
casa?

Porque: utilizado em respostas. Exemplo: Porque agora não temos tempo.

Por quê: utilizado em perguntas no fim de frases. Exemplo: Você não


gosta dessa matéria, por quê?

Porquê: Possui o valor de substantivo e indica o motivo, a razão. Exemplo:


Gostaria de saber o porquê ele não quer mais falar comigo.

Sobre o uso dos “porquês”, responda:

1) Assinale a frase em está errada.


a) Você sabe por que ela foi embora?
b) Por que você quer saber isso?
c) Essa decisão foi tomada por que?
d) Alguém sabe por que estamos aqui?
2) Indique em qual frase o uso do porque está correto.
a) Porque você está gritando comigo?
b) Vou embora porque estou muito cansado.
c) A Helena sabe porque foi chamada a direção?
d) Eis o porque de tanta confusão.
3) Escreva duas frases para cada forma:

Por que:

Porque:

Por quê:

Porquê:

Estrutura do enunciado (Frase)

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

A frase é um enunciado que transmite sentidos completos, sendo assim,


no final de cada frase usamos uma pontuação para indicar que a frase está
finalizada, sem necessidade de complemento, pois a ideia já foi repassada ao
leitor, ela pode ser formada por uma ou mais palavras.

O principal objetivo da frase é a comunicação, fazer com o interlocutor


entenda a ideia repassada. Na língua falada, a frase é caracterizada pela
entonação, pela voz, pelos gestos, pelas expressões faciais.

Na língua escrita, precisamos dos sinais de pontuação para identificarmos


a ideia central do enunciado, no início de frase, sempre usamos letras
maiúsculas, quando indica fala, usamos o travessão ou aspas.

Observe os exemplos abaixo:

Alegre as meninas estavam as

As meninas estavam alegres.

Como podemos observar, nas duas estruturas acima, temos as mesmas


palavras, porém, em ordem diferente, com isso, podemos dizer que a primeira
não se caracteriza como uma frase, pois, ela não expressa uma ideia concreta,
está sem sentido. Já a segunda, podemos dizer que é uma frase, pois, apresenta
uma ideia concreta com um sentido real.

Vamos conhecer alguns tipos de frase:

Frase interrogativa: são aquelas que indicam perguntas, elas finalizam


com o ponto de interrogação (?)

Você mora onde?

Frases exclamativas: são aquelas que exclamam algo, situação de


espanto, surpresa, decepção, emoção etc.

Que lindo!

Socorro!

Frases afirmativas: são aquelas que afirmam algo, geralmente elas se


encerram com o ponto final.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Preciso estudar mais.

Frases negativas: quando negamos algo, também se encerra


geralmente com o ponto final.

Não preciso estudar mais.

Adjetivos

O que é adjetivo?

O adjetivo é uma classe de palavras que atribui características aos


substantivos, ou seja, ele indica suas qualidades e estados.

Essas palavras variam em gênero (feminino e masculino), número (singular e


plural) e grau (comparativo e superlativo).

Exemplos de adjetivos:

 garota bonita
 garotas bonitas
 criança obediente
 crianças obedientes

Os tipos de adjetivos

Os adjetivos são classificados em:

1. Adjetivo Simples - apresenta somente um radical. Exemplos: pobre,


magro, triste, lindo, bonito.
2. Adjetivo Composto - apresenta mais de um radical. Exemplos: luso-
brasileiro, superinteressante, rosa-claro, amarelo-ouro.
3. Adjetivo Primitivo - palavra que dá origem a outros adjetivos.
Exemplos: bom, alegre, puro, triste, notável.
4. Adjetivo Derivado - palavras que derivam de substantivos ou verbos.
Exemplos: articulado (verbo articular), visível (verbo ser), formoso
(substantivo formosura), tristonho (substantivo triste).
5. Adjetivo Pátrio (ou adjetivo gentílico) - indica o local de origem ou
nacionalidade de uma pessoa. Exemplos: brasileiro, carioca, paulista,
europeu, espanhol

O gênero dos adjetivos

Em relação aos gêneros (masculino e feminino), os adjetivos são divididos em


dois tipos:

1. Adjetivos Uniformes - apresentam uma forma para os dois gêneros


(feminino e masculino). Exemplo: menino feliz; menina feliz.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

2. Adjetivos Biformes - a forma varia conforme o gênero (masculino e


feminino). Exemplo: homem carinhoso; mulher carinhosa.

O número dos adjetivos

Os adjetivos podem estar no singular ou no plural, concordando com o


número do substantivo a que se referem. Assim, a sua formação se assemelha
à dos substantivos.

Exemplos:

 Pessoa feliz - pessoas felizes


 Vale formoso - vales formosos
 Casa enorme - casas enormes
 Problema socioeconômico - problemas socioeconômicos
 Menina afro-brasileira - meninas afro-brasileiras
 Estudante mal-educado - estudantes mal-educados

O grau dos adjetivos

Quanto ao grau, os adjetivos são classificados em dois tipos:

1. Comparativo: utilizado para comparar qualidades.


2. Superlativo: utilizado para intensificar qualidades.

1. Grau comparativo

 Comparativo de Igualdade - O professor de matemática


é tão bom quanto o de geografia.
 Comparativo de Superioridade - Marta é mais habilidosa do que a
Patrícia.
 Comparativo de Inferioridade - João é menos feliz que Pablo.

2. Grau superlativo

 Superlativo Absoluto: refere-se a um substantivo somente, sendo


classificados em:
o Analítico - A moça é extremamente organizada.
o Sintético - Luiz é inteligentíssimo.

 Superlativo Relativo: refere-se a um conjunto, sendo classificados em:


o Superioridade - A menina é a mais inteligente da turma.
o Inferioridade - O garoto é o menos esperto da classe.

A locução adjetiva

A locução adjetiva é o conjunto de duas ou mais palavras que possuem valor


de adjetivo.

Exemplos:

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

 Amor de mãe - Amor maternal


 Doença de boca - doença bucal
 Pagamento do mês - pagamento mensal
 Férias do ano - férias anual
 Dia de chuva - dia chuvoso

O pronome adjetivo

Os pronomes adjetivos são aqueles em que o pronome exerce a função de


adjetivo. Surgem acompanhados do substantivo, modificando-os. Exemplos:

 Este livro é muito bom. (acompanha o substantivo livro)


 Aquela é a empresa onde ele trabalha. (acompanha o substantivo
empresa)

Plano de aulas para o 8° ano: Língua Portuguesa

A interpretação de texto é o elemento-chave para o resultado acadêmico,


eficiência na solução de exercícios e mesmo na compreensão de situações do
dia a dia.

Além de uma leitura mais atenta e conhecimento prévio sobre o assunto, o


elemento de fundamental importância para interpretar e compreender
corretamente um texto é ter o domínio da língua.

E mesmo dominando a língua é muito importante ter um dicionário por perto.


Isso porque ninguém conhece o significado de todas as palavras e é muito
difícil interpretar um texto desconhecendo certos termos.

Finalmente, o mais importante: leia! Somente a prática da leitura facilitará a sua


capacidade de compreensão e interpretação de textos. Estas são 7 dicas que
vão te mostrar como interpretar um texto!

1. Leia todo o texto pausadamente

O primeiro contato com o texto é muito importante. É nesse momento que você
vai saber qual o assunto tratado e qual a posição do seu autor.

Leia devagar e sem interromper a leitura.

2. Releia o texto e marque todas as palavras que não sabe o significado

Agora que você já sabe qual é o assunto, na segunda leitura você dará início a
uma fase mais detalhada.

Na existência de palavras desconhecidas, anote em um rascunho ou sublinhe


no próprio texto.

3. Veja o significado de cada uma delas no dicionário e anote

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Consulte o dicionário e anote os sinônimos ou a explicação do seu sentido.


Releia o texto substituindo as palavras desconhecidas por aquelas que você já
conhece.

Isso não só ajuda a entender um texto em específico, como também aumenta o


seu vocabulário.

4. Separe os parágrafos do texto e releia um a um fazendo o seu resumo

Separe o texto em parágrafos. À medida que lê, utilize um rascunho para fazer
um resumo daquilo que leu.

A partir daí você está exercitando a sua capacidade em compreender a leitura.

Resuma aquilo que leu. Agregar ao texto ideias precipitadas não demonstra
concentração, e isso pode levar você a divagar no assunto e, inclusive, tirar
conclusões erradas.

5. Elabore uma pergunta para cada parágrafo e responda

Ler pode ser uma atitude passiva, mas quando você experimenta usar o texto
fazendo perguntas sobre ele e respondendo, absorve melhor o teor das suas
palavras e os seus significados.

Nesse momento você poderá perceber que, afinal, ainda havia muita coisa
para entender.

6. Questione a forma usada para escrever

Questione o motivo pelo qual o autor usou determinada forma para se


expressar. Qual teria sido a sua intenção para escrever assim e não de outro
modo?

E a palavras utilizadas, será que elas indicam alguma coisa?

7. Faça um novo texto com as suas palavras, mas siga as ideias do autor

Assinale as ideias principais e se certifique que as inclui no texto. Escrever o


mesmo, mas com as suas palavras é uma prova de que entendeu aquilo que
leu.

No final, certifique-se de que não “colocou palavras na boca do autor”, dizendo


algo que não foi mencionado no texto por ele.

A Ortografia é a parte da gramática que se encarrega da forma correta de


escrita das palavras da Língua Portuguesa.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

As orientações ortográficas levam em conta a etimologia (origem) das palavras,


bem como a fonologia (sons), de modo que a Ortografia se insere numa
categoria ainda maior da gramática que é justamente a Fonologia.

Veja toda a matéria de Ortografia:

Uso correto dos porquês: guia do por que, porque, por quê, porquê
Na língua portuguesa, existem 4 tipos de porquês (por que, porque, por quê e
porquê) que são empregados da seguinte forma: Por que: utilizado em
perguntas. Exemplo: Por que não voltamos para...

Ortografia: o que é, regras e exercícios


A Ortografia estuda a forma correta de escrita das palavras de uma língua. Do
grego "ortho", que quer dizer correto, e "grafo", por sua vez, que significa
escrita. Ela se insere na Fonologia (estudo...

Erros de Português

Márcia Fernandes

Professora licenciada em Letras


Para você não errar mais, confira 40 dos maiores erros de português mais comuns que
tiram a credibilidade do seu texto. Se você prestar atenção, terá mais chance de gabaritar
na prova de redação no Enem e no Vestibular.

Então, vamos lá!

1. Precisa-se ou Precisam-se
Precisa-se de pessoas que lembrem: quando o “se” indica índice de indeterminação de
sujeito, o verbo é sempre conjugado na 3ª pessoa do singular, nunca do plural.

Lembrando que o índice de indeterminação do sujeito é acompanhado de verbos


intransitivos, de ligação ou transitivos indiretos, como neste caso. Afinal, quem precisa,
precisa de alguma coisa.

Por isso, "precisam-se" está errado!

2. Anexo, Anexa ou Em anexo


A dúvida anexa é um dos erros anexos mais comuns.

"Anexo" é um adjetivo, tal como bonita. Assim, foto bonita, foto anexa, certo? Foto em
bonita, foto em anexa? Não, não pode ser.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Então, "em anexo" está errado!

3. Você ou Voçê
Você tem que deixar de cometer este erro! O ç somente é usado antes das letras “a”, “o”
e “u”, somente essas, nunca antes do “e” e do “i”.

Não esqueça, "voçê" não existe!

Leia Uso do Ç.

Além da dúvida quanto à ortografia, esse pronome de tratamento também confunde na


hora da crase.

4. A você ou À você
A você que não quer errar mais, dedico este ponto. A crase só existe quando o artigo “a”
se une à preposição “a”, o que não acontece neste caso.

A senhora, a vossa alteza, por exemplo, podem ser antecedidas por artigo “a”, mas “a
você” não dá, não é? Então, esqueça a crase! "À você" também não existe!

5. A ou Há
Daqui a pouco você não terá mais dúvidas, pois isto é muito fácil. Quando estiver
falando do futuro deve usar “a”, mas se estiver falando do passado, você usa o “há”.

Há pouco eu disse que você não teria mais dúvidas, não disse?

Leia Há ou A: quando usar?

6. Em vez de ou Ao invés de
“Em vez de” significa uma coisa no lugar de outra. “Ao invés de” tem o sentido de
contrário.

Em vez de explicar, vamos ao exemplo, ao invés de deixar que as pessoas fiquem mais
confusas.

7. Ao encontro de ou De encontro a
“Ao encontro de” tem o sentido de mesma direção. “De encontro a” significa direção
contrária.

Espero que essa explicação vá ao encontro das suas expectativas. Se for de encontro,
ficarei muito aborrecido!

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

8. Medeia ou Media
Se você quer dizer que algo está no meio ou que é intermediário, ou seja, que ele
"medeia", é assim que deve falar.

Isso porque a conjugação do verbo mediar é: eu medeio, tu medeias, ele medeia, nós
mediamos, vós mediais, eles medeiam.

"Ele media" está errado!

9. Através de ou Por meio de


“Através de” carrega a ideia de atravessar. “Por meio de” indica o instrumento utilizado
para determinado fim.

Através da janela posso ver o que o professor escreveu no quadro. É por meio dele que
eu consigo aprender alguma coisa.

10. A princípio ou Em princípio


“A princípio” é usado para expressar tempo inicial. “Em princípio” é sinônimo de “em
tese”.

A princípio estavam confusos, mas em princípio todos parecem ter aprendido.

11. Senão ou Se não


“Senão” tem o mesmo sentido de “caso contrário”. “Se não” é uma expressão que
impõe condição.

Se não aprender agora, ficarei desapontado. Senão podemos tentar de outra forma.

Como se não soubesse quais são as suas dúvidas… Mais um exemplo, senão não
passamos para o ponto n.º 12.

Leia Senão ou Se não: quando usar?

12. Onde ou Aonde


“Onde” indica a localização de algo. “Aonde” tem o mesmo sentido de “para onde”.

Onde estamos mesmo? No ponto n.º 12. E aonde vamos a seguir? Para o ponto n.º 13.

Leia Uso do Onde e Aonde.

13. Onde ou Em que

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

“Onde” e “em que” são usados quando fazemos referência a um lugar.

Quando não há referência a lugar somente “em que” deve ser utilizado.

Onde acaba esta conversa? Vamos arejar um pouco e terminar a aula ao ar livre. Lá
(naquele lugar, ao ar livre) terminaremos a nossa conversa sobre erros de português.

Sem tempo para conversar mais, aquele livro que indiquei em que há vários problemas
gerais com a língua, ajudará você em dúvidas futuras.

14. Ratificar ou Retificar


“Ratificar” é o mesmo que confirmar. “Retificar” é o mesmo que corrigir.

Ratifico que compreendo as suas dúvidas, mas a partir de agora você já


consegue retificar algumas.

Leia também Ratificar e retificar: quando usar cada um

15. Entre mim e você ou Entre eu e você


Agora é entre mim e você: vamos acabar com essa dúvida de uma vez!

As preposições vem sempre seguidas de pronomes pessoais do caso oblíquo (mim, ti) e
nunca de pronomes pessoais do caso reto (eu, tu).

Isso quer dizer que "entre eu e você" está errado!

16. A fim ou Afim


“A fim” significa finalidade, enquanto “afim” indica semelhança.

A fim de você entender, leia isto com atenção. É este o nosso objetivo afim: esclarecer
dúvidas e eliminar erros de português.

Leia A fim ou Afim?

17. Tem ou Têm


A forma “tem” é a conjugação do verbo ter na 3.ª pessoa do singular. “Têm” é a
conjugação do verbo ter na 3.ª pessoa do plural.

Ele tem menos dúvidas agora. Eles têm mais chances de escrever melhor.

18. Assistir ao ou Assistir o


“Assistir ao” tem o sentido de ver. “Assistir o” significa dar assistência.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Assisto ao debate na sala de aula. De seguida, assisto os alunos com as dúvidas que
discutiram.

19. A nível de ou Em nível de


“A nível de” tem o sentido de nivelar. “Em nível de” é o mesmo que “em termos de”.

Em nível de erros de português, prometo ajudar você a chegar a um nível que nunca
tinha chegado antes.

20. Chego ou Chegado


Se a dúvida é qual o particípio do verbo chegar, a resposta é "chegado": Como sempre,
eu tinha chegado atrasado.

É normal que você tenha essa dúvida, afinal há muitos verbos que têm mais do que uma
forma de particípio, a regular e a irregular. Por exemplo: aceitado e aceito, matado e
morto, prendido e preso.

"Chego" é a conjugação do verbo chegar na 1.ª pessoa do singular do presente do


indicativo: Eu sempre chego atrasado.

21. Meio ou Meia


“Meio” significa um pouco. “Meia” é o mesmo que metade e como é um número
fracionário, varia conforme o termo a que se refere.

Parece meio difícil, mas em menos de meia hora você não terá mais dúvidas sobre isso.

E não esqueça, o certo é meio-dia e meia! Porque meio concorda com “dia”, enquanto
meia concorda com “hora”.

22. Mal ou Mau


“Mal” é o contrário de bem. “Mau” é o contrário de bom.

Mal eu terminei de explicar e você já entendeu. Agora, vai ser muito mau se você
voltar a cometer o mesmo erro.

Leia Mal ou Mau?

23. À medida que ou Na medida em que


“À medida que” equivale à “à proporção que”. “Na medida em que” tem o sentido de
“porque”.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

À medida que o você aprende, fica mais descansado, na medida em que terá mais
chances de passar em qualquer concurso.

24. Mas ou Mais


"Mas" significa “porém”. "Mais" é o contrário de menos.

Vocês está ficando cada vez mais esperto, mas não pense que já sabe tudo. Ainda temos
alguns pontos pela frente.

Leia Mais ou Mas.

25. Perca ou perda


"Perca" é uma forma de conjugar o verbo perder. "Perda" é um substantivo, que é o
contrário de “ganho”.

Não perca tempo! Vamos a mais exemplos:

 Que eu perca tudo, menos a minha paciência. Afinal, essa seria uma
grande perda.
 Perca o seu tempo como quiser. Estudar não é perda de tempo.

Leia Perca ou Perda?

26. Deu ou Deram tantas horas


"Deu" ou "deram" podem ser utilizados corretamente na indicação de horas. Tudo vai
depender do sujeito da oração.

Deu uma hora. (certo, porque o verbo concorda com o sujeito, que é “uma hora”).
Deram duas horas. (certo. Neste caso o sujeito é “duas horas”).
O relógio deu três horas. (certo, porque o verbo concorda com o sujeito, que é “o
relógio”).
Deram quatro horas no meu relógio. (certo, “no meu relógio” indica lugar e não é o
sujeito. Nesta oração o sujeito é “quatro horas”, com o qual o verbo está concordando).

27. Trás ou Traz


"Trás" indica posição, enquanto "traz" é uma conjugação do verbo trazer.

Não vá para trás. Os próximos pontos trazem mais dúvidas.

Leia Trás ou Traz?

28. Obrigado ou Obrigada

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Se quem agradece é do sexo masculino, deve usar sempre “Obrigado”. Se quem


agradece é do sexo feminino, deve usar sempre “Obrigada”.

“Obrigado”, dirá o aluno. “Obrigada”, dirá a aluna.

29. Descriminar ou Discriminar


“Descriminar” é sinônimo de descriminalizar, ou seja, absolver. “Discriminar” significa
excluir ou classificar conforme as características.

A partir de hoje, não vou mais descriminar os alunos do crime cometido contra a
língua até agora. Eles precisam entender que há muitas pessoas que discriminam as
pessoas pelo fato de falarem errado.

30. Acerca de ou A cerca de


“Acerca de” significa “a respeito de”. “A cerca de” tem o sentido de “próximo”.

Nunca tínhamos falado acerca disto. Estamos a cerca de chegar dez pontos para
terminar.

31. A meu ver ou Ao meu ver


É isso mesmo, tanto “a meu ver” como “ao meu ver” são expressões que podem usadas.
No entanto, “a meu ver” é mais aceita, por ser a mais clássica.

Ao meu ver isto ficou esclarecido. Mas, a meu ver, os gramáticos preferiam condenar
uma das expressões.

Então, "ao meu ver" não está errado, mas de preferência vamos usar "a meu ver".

32. Por hora ou Por ora


“Por hora” faz referência às horas. “Por ora” tem o mesmo sentido de que “por
enquanto”.

Vamos nos dedicar a quatro erros de português por hora. Por ora, penso que
conseguiremos nos organizar assim.

33. Vem, Vêm ou Veem


"Vem" e "vêm" são formas de conjugação do verbo vir. "Veem" é uma forma de
conjugação do verbo ver.

Ele vem às aulas com frequência. (3.ª pessoa do singular do verbo vir no presente do
indicativo)
Eles também vêm. (3.ª pessoa do plural do verbo vir no presente do indicativo)

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Eles veem o horário antes das aulas começarem. (3.ª pessoa do plural do verbo ver no
presente do indicativo)

34. Eminente ou Iminente


“Eminente” significa excelente. “Iminente” é algo que está prestes a acontecer.

Vocês são eminentes alunos. É iminente o ingresso de cada um de vocês na


universidade.

35. Seção, Sessão ou Cessão


“Seção” é uma parte, “sessão” é a duração de algo, “cessão” é o mesmo que cedência,
de ceder.

Nesta seção, vamos aprender algumas palavras homófonas. Esta sessão terá a duração
de 45 minutos. A cessão do material utilizado nas aulas será feita por e-mail.

Leia Sessão ou Seção.

36. Por que, Por quê, Porque ou Porquê


“Por que” e “Por quê” são usados quando se questiona algo. O que os diferencia é que
com acento vem sempre no fim das orações.

“Porque” é usado quando se responde ou explica o motivo de algo.

“Porquê” significa “motivo”.

Por que estamos falando sobre isso? Por quê?


Porque esta é uma dúvida frequente.
O porquê de estarmos falando sobre isso é que esta é a dúvida de muitos.

Leia Uso do Por que, Porquê, Por quê e Porque.

37. Embaixo ou Em baixo


“Embaixo” é um advérbio de lugar, tem o mesmo sentido que “debaixo” e é o antônimo
de “em cima”.

“Em baixo” é um adjetivo, ou seja, é usado para indicar algo em altura inferior.

Embaixo há mais pontos que vão acabar de vez com as suas dúvidas. Se não estiver
fácil de entender, chame-me em baixo tom e eu vou até sua mesa.

Leia Embaixo ou Em Baixo?

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

38. Ainda assim ou Ainda sim


Isto é fácil, ainda assim vou explicar.

“Ainda assim” é uma conjunção adversativa, ou seja, ela indica oposição ou


compensação. Por isso que eu disse que era fácil, apesar disso iria explicar.

Isso quer dizer que "ainda sim" está errado!

39. Chegar a ou Chegar em


De acordo com a norma culta, quando você chega, chega a algum lugar.

É muito comum ouvirmos “chegar em”. Isso até pode indicar que a língua se transforma
com o tempo, mas na dúvida, use sempre “chegar a”.

40. Viagem ou Viajem


Viagem (com G) é substantivo. Viajem (com J) é a conjugação do verbo viajar na 3.ª
pessoa do plural do presente do subjuntivo (Que eles viajem) ou o seu imperativo
(Viajem eles).

Aprender é uma viagem, mas não se distraia muito para que os alunos não viajem nos
seus pensamentos.

Mais ou Mas?
O “mais” e o “mas” são duas palavras que tem um som parecido, no entanto,
são utilizadas em contextos distintos. Confira abaixo a diferença entre as duas
palavras:
Mas: é usada principalmente como conjunção adversativa, dando uma ideia de
oposição ao que foi dito anteriormente, ele pode ser substituído por: porém, no
entanto, toda via e as demais conjunções adversativas, exemplo:
“O atleta correu muito, mas perdeu a prova”.
MAIS: é usado em relação a quantidade, se alguém é maior ou superior a
determinada coisa, essa palavra pode ser substituída por maior, melhor,
exemplo:
“João é mais alto que você”.

Acima ou A Cima?
O termo “acima” e a locução “a cima” possuem o mesmo som, no entanto, são
utilizadas em contextos diferentes. Por esse motivo, causam grande confusão
quando temos que escrever um...

Acima ou A Cima?

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Daniela Diana

Professora licenciada em Letras


O termo “acima” e a locução “a cima” possuem o mesmo som, no entanto, são
utilizadas em contextos diferentes. Por esse motivo, causam grande confusão quando
temos que escrever um texto.

Para que você aprenda de uma vez por todas a usá-las corretamente, confira abaixo
dicas com as regras, os usos e alguns exemplos.

Acima
A palavra “acima”, escrito junta, é um advérbio de lugar e antônima de “abaixo”.
Assim, ela é empregada com o sentido de que algo está num local elevado, ou seja,
localizado numa posição superior.

Exemplos:

 Hoje eu estacionei o carro mais acima.


 Vi seu nome mais acima na lista de convocados.
 Nosso apartamento está acima do seu.
 Essa cidade está acima do nível do mar.
 Para entender melhor a matéria, confira os exemplos acima.

Obs: Uma dica para saber se o termo está sendo utilizado corretamente é trocá-lo por
seu antônimo: Estacionei o carro mais abaixo.

Fique Atento!

A expressão “acima de” é uma locução prepositiva muito utilizada, por exemplo: Suas
médias estão acima de qualquer um da sala.

A Cima
O termo “a cima”, escrito separado, é sinônimo de “para cima” e antônimo de “de
baixo” ou “para baixo” e não leva crase.

Ele significa que algo está no alto ou no topo, sendo formado pela preposição “a” mais
o substantivo “cima”.

Exemplos:

 Fiquei muito nervosa pois quando entrei na sala ela me olhou de baixo a cima.
 Antes de comprar a casa José verificou tudo de baixo a cima.
 Levamos quatro horas para subir a montanha de baixo a cima.
 Resolvemos correr na ladeira de baixo a cima.
 O elevador subiu de baixo a cima em poucos segundos.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Obs: uma dica para saber se você está utilizando o termo corretamente é trocar pelo seu
sinônimo “para cima”: o elevador subiu de baixo para cima em poucos segundos.

Veja também: Sinônimos e Antônimos


Fique Atento!

A expressão “de cima” é uma locução adverbial. Já as expressões “para cima de”, “por
cima de” ou “em cima de” são locuções prepositivas.

Exemplos:

 Mauro estava olhando de cima do prédio.


 O gato pulou para cima da pia rapidamente.
 Sua ambição passa por cima de qualquer pessoa.
 Meu cachorro ficou em cima de mim a tarde toda.

Há ou A?
“Há” e “A” são dois termos que geram muita confusão para os utilizadores da
língua. Isso porque ambas possuem o mesmo som, porém apresentam grafias
diferentes. Aqui você vai encontrar...

Regras de acentuação gráfica


As regras de acentuação estão relacionadas com o posicionamento da sílaba
tônica (a sílaba pronunciada com maior intensidade). Há regras específicas
para palavras oxítonas, paroxítonas e...

Mal ou Mau?
“Mal” e “mau” são duas palavras homófonas. Ou seja, elas são pronunciadas
da mesma maneira, mas escritas de maneiras diferentes. Uma vez que
possuem o mesmo som, elas costumam gerar muitas...

Por do sol, pôr-do-sol ou pôr do sol


A palavra pôr do sol é uma locução que se escreve com acento circunflexo no
primeiro termo, sendo as palavras separadas sem hífen. A confusão surge,
muitas vezes, pelo uso do hífen, visto que...

Uso do Onde e Aonde


Onde e Aonde são palavras que indicam lugar, mas que são usados em
situações diferentes. Assim, há dúvidas quanto ao seu emprego, as quais você
não terá mais depois de ler este...

Uso do S e do Z
O emprego das letras S e Z pode levantar uma série de dúvidas. Isso acontece
principalmente porque há palavras que são escritas com S mas tem som de Z.
Para te ajudar nisso, o Toda Matéria tem...

Acerca ou A Cerca

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

O “acerca” escrito junto, e o “a cerca” escrito separado, são termos utilizados


em diferentes contextos. Por isso, causam muita confusão na hora de escrever
um texto. Para acabar com a...

Exercícios sobre o uso dos porquês com gabarito comentado


Antes de fazer os exercícios, confira um resumo que vai ajudar você a
compreender o uso correto dos "porquês": Por que: usado em início de
perguntas, em perguntas indiretas e em retóricas....

Enfim ou Em Fim?
O “enfim”, escrito junto, e o “em fim”, escrito separado, costumam confundir
muito quando vamos escrever um texto. Eles têm significados diferentes e,
portanto, devem ser usados em contextos...

Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa


O atual Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi aprovado em definitivo no
dia 12 de outubro de 1990 e assinado em 16 de dezembro do mesmo ano. O
documento foi firmado pela Academia de Ciências...

Bem-vindo, Bem vindo, Benvindo ou Bemvindo?


Dentre as grafias "bem-vindo", "bem vindo", "Bemvindo" e “Benvindo", apenas
duas existem na língua portuguesa: bem-vindo e Benvindo. "Bem-vindo" é uma
palavra usada para dar as boas-vindas a...

Encima ou Em Cima?
"Encima" junto e "em cima" separado são duas palavras homófonas que
apresentam sonoridade igual, porém grafias diferentes. Confira aqui o
significado de cada uma para você não ficar mais na...

Sob ou Sobre?
O “sob” e o “sobre” são duas preposições essenciais que causam muita
confusão na hora de escrever um texto. Isso porque elas são palavras
parônimas, uma vez que são muito semelhantes...

Debaixo ou De Baixo?
"Debaixo" e "de baixo" são dois termos utilizados em situações diferentes. A
grande confusão na hora de escrever é porque essas palavras possuem o
mesmo som. Portanto, confira aqui as principais...

Embaixo ou Em Baixo?
Os termos “embaixo”, escrito junto, e “em baixo”, escrito separado, são duas
palavras que possuem o mesmo som, porém grafias diferentes. Além disso,
são utilizadas em situações...

Trás ou Traz?
As palavras trás e traz são homófonas, o que quer dizer que elas possuem o
mesmo som, porém grafias diferentes. É por isso que esses monossílabos
tônicos causam muita confusão na hora de...

Atividades de português

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Confira uma série de atividades de língua portuguesa para imprimir, sobre


sílabas, acentuação, sinônimos, antônimos, discurso direto, discurso indireto,
polissemia, consulta de verbetes no...

Acento Agudo
O acento agudo (´) é um sinal gráfico utilizado em todas as vogais da língua: a,
e, i, o, u. Eles marcam a sílaba tônica (mais forte) de uma palavra e, portanto,
são utilizados nas vogais...

Perca ou Perda?
Perca é verbo, enquanto perda é substantivo. O uso incorreto de perca ou
perda é um dos erros de português mais frequentes. Isso acontece porque
essas palavras são parônimas, o que quer dizer...

Uso do c cedilha - ç
O cedilha é um sinal gráfico usado debaixo da letra c. Tem o som de ss (dois s)
e fica com a seguinte aparência: “ç”. Nunca pode iniciar palavras e é usado
sempre antes das vogais a, o e...

Erros de Português
Para você não errar mais, confira 40 dos maiores erros de português mais
comuns que tiram a credibilidade do seu texto. Se você prestar atenção, terá
mais chance de gabaritar na prova de...

Emprego do Hífen
O hífen (-) é um sinal gráfico utilizado para: Formar palavras compostas; Ligar
pronomes oblíquos ao verbo; Separar sílabas, bem como na translineação das
palavras. Esse é um dos temas...

Alfabeto oficial da língua portuguesa


Alfabeto ou abecedário é o conjunto de letras que utilizamos na escrita para
reproduzir os sons da fala. O alfabeto completo da Língua Portuguesa tem
origem no alfabeto latino ou romano, que é o...

Letras Maiúsculas e Minúsculas: Quando Usar?


O Uso das Letras Maiúsculas e Minúsculas, embora pareça um tema bastante
simples - aprendido nos primeiros anos da escola - requer alguns cuidados.
Assim, neste artigo, trataremos sobre as regras,...

O que são Palavras Homófonas


As Palavras Homófonas são aquelas que têm pronúncia idêntica, mas grafias
diferentes. Assim, a palavra é composta pela junção dos termos homo, que
significa “mesmo” e fonia, que significa...

Sessão ou Seção
As palavras sessão e seção (ou secção) estão escritas corretamente. Apesar
das grafias diferentes, apresentam a mesma pronúncia, com excepção da
palavra secção, cujo c é pronunciado. Pelo...

Acento Circunflexo

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

O acento circunflexo (^) é um tipo de notação léxica utilizado nas vogais tônicas
semifechadas: “a”, “e” e “o”. No português as semivogais “i” e “u” nunca levam
esse tipo de...

A fim ou Afim?
A fim ou afim são dois termos que causam muita confusão nos usuários da
língua. Usar esse termo junto ou separado pode afetar o entendimento do
texto. Enquanto o primeiro é parte de uma...

Senão ou Se não?
"Senão" ou "se não" são dois termos que possuem o mesmo som, no entanto,
são utilizados em situações diferentes. Aprenda de uma vez por todas a usá-
los corretamente. Senão Quando esse termo...

Exceção ou excessão: como se escreve?


Dentre as grafias "exceção" e “excessão", apenas uma existe na língua
portuguesa: "exceção", com ç. A grafia "excessão", com ss, está errada.
Confira abaixo o conteúdo que o Toda...

Demais ou De Mais
Demais é, na maior parte das vezes, advérbio de intensidade, mas também
pode ser substantivo ou adjetivo. De mais também existe. É uma expressão
que tem o sentido equivalente a “de menos”....

Viagem ou Viajem
É possível que você já tenha tido dificuldade em utilizar as palavras viagem ou
viajem, já que ambas existem e estão corretas mediante o seu contexto. Essa
dúvida acontece em virtude da...

Exercícios sobre sessão, seção e cessão


Pratique com os nossos exercícios inéditos e confira as respostas comentadas
pelos nossos professores. Mas, antes, vamos rever: Sessão tem o sentido de
encontro (sessão de cinema); seção tem o...

Descrição ou discrição
Descrição e discrição são duas palavras parônimas, visto que se assemelham
na grafia e na pronúncia, entretanto, possuem sentidos diferentes. Descrição
significa relatar algo e discrição...

Companhia ou compania
Companhia é um substantivo feminino e se escreve com o dígrafo nh, assim
como os termos da mesma família: companheiro, acompanhar,
companheirismo. Logo, o termo “compania” não existe. A...

Conserto ou concerto
"Concerto" designa uma sessão musical e "conserto", um reparo. Para lembrar
que conserto, o reparo, é sempre com "S" imagine alguém consertando um
Sapato. Conserto é sempre com "S", de sapato....

Ratificar e retificar: quando usar cada um

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Ratificar é usado para confirmar algo. Retificar é usado para corrigir algo.
Ambas são palavras muito parecidas, mas que têm significados muito
diferentes. Por isso, muitas pessoas as utilizam em...

Mexer ou mecher: como se escreve (exemplos e regras)


Mexer se escreve com x (e não com ch), porque depois das sílabas me e en
usamos x, por exemplo: México, mexicano, mexilhão, mexerica, enxaqueca,
enxugar, enxergar, enxame. Exemplos com a palavra...

Concordância Verbal e Nominal


Concordância verbal e nominal é relação que garante que as palavras
concordem umas com as outras.

A concordância verbal garante que os verbos concordem com os sujeitos,


enquanto a concordância nominal garante que os substantivos concordem
com adjetivos, artigos, numerais e pronomes.

Exemplo: Nós estudaremos regras e exemplos complicados juntos.

Neste exemplo, quando concordamos o sujeito (nós) com o verbo


(estudaremos) estamos fazendo a concordância verbal.

Por sua vez, quando concordamos os substantivos (regras e exemplos) com o


adjetivo (complicados) estamos fazendo concordância nominal.

Regras de concordância verbal


Para garantir a concordância verbal, precisamos respeitar as relações de
número e pessoa entre verbo e sujeito. Vejamos algumas regras.

1. Concordância de sujeito composto antes do verbo

Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar
sempre no plural. Exemplos:

 Maria e José conversaram até de madrugada.


 Construção e pintura ficarão prontas amanhã.

2. Concordância de sujeito composto depois do verbo

Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo tanto pode ficar no
plural como pode concordar com o sujeito mais próximo. Exemplos:

 Discursaram diretor e professores.


 Discursou diretor e professores.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

3. Concordância de sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes

Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o


verbo deve ficar no plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a
nível gramatical, tem prioridade.

Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu,
vós) e a 2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles). Exemplos:

 Nós, vós e eles vamos à festa.


 Tu e ele falais outra língua?

Regras de concordância nominal


Para garantir a concordância nominal, precisamos respeitar as relações de
gênero e número entre substantivos, adjetivos, artigos, numerais e pronomes.
Vejamos algumas regras.

1. Concordância entre substantivo e mais do que um adjetivo

Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, há duas formas de


concordar:

Colocar o artigo antes do último adjetivo. Exemplos:

 A língua francesa e a italiana são encantadoras.


 A música clássica e a popular são manifestações artísticas.

Colocar o substantivo e o artigo que o acompanha no plural. Exemplos:

 As línguas francesa e italiana são encantadoras.


 As músicas clássica e popular são manifestações artísticas.

2. Concordância entre substantivos e um adjetivo

Quando há mais do que um substantivo e apenas um adjetivo, há duas formas


de concordar:

Se o adjetivo vem ANTES dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o


substantivo mais próximo. Exemplos:

 Linda filha e bebê.


 Querido filho e filha.

Se o adjetivo vem DEPOIS dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o


substantivo mais próximo ou com todos os substantivos. Exemplos:

 Pronúncia e vocabulário perfeito.


 Vocabulário e pronúncia perfeita.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

 Pronúncia e vocabulário perfeitos.


 Vocabulário e pronúncia perfeitos.

Exercícios de concordância verbal e nominal


1. (Mackenzie) Há uma concordância inaceitável de acordo com a gramática:

I. Os brasileiros somos todos eternos sonhadores.


II. Muito obrigadas! – disseram as moças.
III. Sr. Deputado, V. Exa. está enganada.
IV. A pobre senhora ficou meio confusa.
V. São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso.

a) em I e II
b) apenas em IV
c) apenas em III
d) em II, III e IV
e) apenas em II

Ver Resposta
Alternativa c: apenas em III.
Sr. Deputado, V. Exa. está enganada.

Correção: Sr. Deputado, V. Exa. está enganado.


Para haver concordância nominal, o adjetivo "enganado" deve concordar com o
substantivo "deputado".
2. (IBGE) Indique a opção correta, no que se refere à concordância verbal, de
acordo com a norma culta:

a) Havia muitos candidatos esperando a hora da prova.


b) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha.
c) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
d) Bateu três horas quando o entrevistador chegou.
e) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.

Ver Resposta
Alternativa c: Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.

Para haver concordância verbal, quando o verbo "fazer" tem sentido de tempo
transcorrido deve ser usado no singular.
3. (Mackenzie) Indique a alternativa em que há erro:

a) Os fatos falam por si sós.


b) A casa estava meio desleixada.
c) Os livros estão custando cada vez mais caro.
d) Seus apartes eram sempre os mais pertinentes possíveis.
e) Era a mim mesma que ele se referia, disse a moça.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Ver Resposta
Alternativa d: Seus apartes eram sempre os mais pertinentes possíveis.

Correção: Seus apartes eram sempre os mais pertinentes possíveis.


Para haver concordância nominal, o artigo "o" deve concordar em gênero e
número com o substantivo "apartes" (os apartes mais pertinentes possíveis)

Variação linguística

É um fenômeno que acontece com a língua e pode ser compreendida por


intermédio das variações históricas e regionais. Em um mesmo país, com um
único idioma oficial, a língua pode sofrer diversas alterações feitas por seus
falantes. Este tipo de fenômeno é muito importante para o estudo da língua, deve
ser respeitada a variação linguística de todo grupo social, pois, ela é cultura, se
não respeitarmos, estamos cometendo o preconceito linguístico.

A variação linguística é a capacidade que a língua tem de se transformar e


se adaptar de acordo com a

Alguns componentes, sendo: histórico, social, regional e estilo. Vamos


estudar cada componente:

 Histórico: é a maneira que a língua evolui de acordo com o tempo, como


a língua é um organismo vivo, ela sofre transformações durante o
processo histórico, tanto na escrita, quanto na fala, exemplos:

Vossa mercê = Vosmecê = Você.

Fotografia = foto = selfie.

Phamacia= Farmácia.

 Social: depende do grupo social em que a pessoa está inserida, profissão,


faixa-etária, escolaridade, etc. Exemplos:

Ele é um pão = gato = crush. (Idade)

Oi amiga sua louca, como estás? (Meninas se falando)

E aí mano, qual as novas? (Meninos se falando)

Cheguei hoje no setor = casa (classe de trabalho, pescador)

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

 Regional: ela depende da região em que o indivíduo vive, pois, as


palavras mudam de significado e a fonética de acordo com o lugar/região.
Exemplos:

Égua: na maioria dos estados brasileiros se refere especificamente ao animal, já


no estado do Pará, serve também como uma expressão de espanto

Aipim = mandioca = macaxeira: é a mesma coisa

Estilo: situação de uso da língua, o que é adequado e inadequado:


formal/informal, padrão/não padrão, coloquial/culta. Exemplos:

Me comunico de um jeito na sala de aula, e de outro em casa.

Quando falo com alguém que não conheço e com os meus amigos.

Crase: regras de uso


A crase (`) serve para evitar a repetição da letra "a" nas situações em que
precisamos utilizar o artigo definido a, ou os pronomes aquela, aquele e aquilo,
junto com a preposição a.

Exemplos:

 Vamos à praia?
 Fui às compras ontem.
 Devo tudo àquela pessoa que me ajudou.

A crase deve ser usada nos seguintes casos:

1. antes de palavras femininas;


2. na indicação de horas;
3. nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas;
4. antes da expressão "à moda de", mesmo quando ela esteja
subentendida.

1. Antes de palavras femininas


Exemplo: Vou à padaria (a + a).

A crase serve para evitar que se escreva a a (vou a a padaria), porque quem
vai, vai a algum lugar. E como "padaria" é uma palavra feminina, antes dela
colocamos um "a" = a padaria.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Agora, repare: Vou a o cabeleireiro = Vou ao cabeleireiro (a + o).

Mais exemplos:

 Muito açúcar faze mal à saúde.


 Refiro-me à morena.
 Vou à praça e já volto.

2. Na indicação de horas
Exemplos:

 A aula começa às 8h.


 Ela trabalha das 9h às 18h.
 A consulta é às 14h.

Usamos crase quando se indica um horário, como nos exemplos acima.

No entanto, quando falamos em horas contadas, não usamos crase. Por


exemplo: As duas horas de aula pareciam não ter fim.

A crase também não é usada se antes das horas estiverem as preposições


após, desde, entre, para. Por exemplo: Venha após as 14h.

3. Nas locuções adverbiais, prepositivas e


conjuntivas femininas
Exemplos:

 Falaremos à noite.
 Às custas dela, ficou de castigo.
 Chorava de rir à medida que falava.

Usamos crase nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas que


contenham palavras femininas, como nos exemplos acima.

São locuções adverbiais: à direita, à esquerda, às vezes, à tarde, à noite.

São locuções prepositivas: à(s) custa(s) de, à exceção de, à mercê de, à
proporção de, à volta de, às expensas de.

São locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que.

4. Antes da expressão "à moda de", mesmo


quando ela esteja subentendida
Exemplos:

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

 Fez um gol à Pelé. (Fez um gol à moda de Pelé.)


 Gosta de poemas à Drummond. (Gosta de poemas à moda de
Drummond.)
 Veste-se à Chanel. (Veste-se à moda de Chanel.)

Usamos crase na expressão "à moda de", mesmo quando ela esteja
subentendida na frase.

Exercícios de crase
1. (UM-SP)

I. Em relação a renda familiar, o emprego intensivo de mão de obra não é a


melhor solução.
II. Desde a última década, sinistros presságios atormenta-me a mente.
III. Os investidores americanos, habituados à lentidão do ritmo inflacionário,
conseguem acumular fortuna.

De acordo com o emprego adequado da crase, deduz-se que:

a) todos os períodos estão corretos.


b) nenhum dos três está correto.
c) estão corretos os períodos I e II.
d) estão corretos os períodos II e III.
e) somente o período III está correto.

Ver Resposta
Alternativa correta: d) estão corretos os períodos II e III.

a) ERRADA. O primeiro período está errado porque falta a preposição "a", pois
"em relação" exige preposição (em relação a alguma coisa).

Deste modo, temos uma repetição, do "a" com valor de preposição (em
relação a) e do "a" com valor de vogal (a renda familiar), ou seja, a + a = à (em
relação à renda familiar).

b) ERRADA. II está correto porque se trata de um caso em que não ocorre


crase. A preposição é "desde" e não "a", por isso, não existe a junção de a + a
= à.

III está correto porque neste caso foi usado corretamente a crase para evitar a
repetição de preposição (habituado a) + vogal (a lentidão) = à lentidão.

c) ERRADA. I está errado, pois a crase deveria ter sido usada (em
relação à renda familiar), uma vez que existe a repetição de "a" com função de
preposição (em relação a alguma coisa) e "a" com função de vogal (a renda
familiar).

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

d) CORRETA. O segundo período está correto, porque "desde" é preposição.


Neste caso, não há repetição da preposição "a" com a vogal "a" que está
acompanhando "última década".

O terceiro período também está correto, porque a crase está evitando a


repetição da preposição "a" (habituado a alguma coisa) com a vogal "a"
(a lentidão). Logo, temos a + a = à lentidão.

e) ERRADA. Além do período III, o período II também está correto, pois neste
caso não ocorre crase pelo fato de não existir repetição de preposição "a" com
vogal "a". Em "Desde a última década" a preposição é "desde" e a vogal que
acompanha o substantivo feminino é "a", ou seja, não existe junção de desde +
a.
2. (Fuvest) O progresso chegou inesperadamente ___ subúrbio. Daqui ___
poucos anos, nenhum dos seus moradores se lembrará mais das casinhas
que, ___ tão pouco tempo, marcavam a paisagem familiar.

a) aquela, a, a
b) àquele, à, há
c) àquele, à, à
d) àquele, a, há
e) aquele, à, há

Ver Resposta
Alternativa correta: d) àquele, a, há.

a) ERRADA. Apesar de que nenhuma das alternativas está correta,


percebemos que a alternativa "a" não é possível logo na primeira lacuna
(aquela subúrbio).

b) ERRADA. Na alternativa "b" a primeira lacuna é realmente "àquele", no


entanto, a segunda lacuna sugere "à", mas as ações futuras são indicadas com
"a" sem crase (Daqui a poucos anos).

c) ERRADA. Na alternativa "c" a primeira lacuna é realmente "àquele", no


entanto, a segunda lacuna sugere "à", mas as ações futuras são indicadas com
"a" sem crase (Daqui a poucos anos). A terceira lacuna somente poderá ser
preenchida com "há", o qual expressa ação passada (há tão pouco tempo).

d) CORRETA.

 àquele: a crase foi usada corretamente de modo a evitar a repetição da


preposição "a" (chegar a algum lugar) com o "a" do pronome (aquele),
logo temos àquele.
 a: o artigo "a" expressa uma ação futura e, neste caso, não ocorre crase.
 há: o "há", por sua vez, expressa passado.

e) ERRADA. Logo na primeira lacuna, percebemos que a alternativa "e" está


errada, porque o verbo chegar exige preposição (chegar a algum lugar). Assim,

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

para evitar a repetição da preposição "a" com o "a" do pronome "aquele",


devemos usar a crase. Logo, temo àquele.

Uso da crase antes de horas


A crase deve ser usada antes da indicação de um horário ou de horas
marcadas:

 Não consigo te encontrar às 20h.


 Que tal começar a festa às 21h?
 Sairei de casa à meia-noite.
 A sua consulta é à uma da tarde.
 O jogo do João é agora às 18h.
 A minha série preferida dá às 22h.

Quando não usar crase antes de horas


Não usamos crase antes da contagem de horas:

 Conseguiu fazer as duas horas de pausa recomendadas pelo médico?


 As três horas de treino foram muito exigentes.
 Daqui a uma hora telefono para saber como você está.
 Na cozinha, as quatro horas passavam a voar.

Não usamos crase antes das horas quando as horas são acompanhadas pelas
preposições "após, desde, entre, para".

 Ligue após as 15h30.


 Estive esperando por ele desde as nove da manhã.
 O doutor somente pode atender entre as 9h e as 10h.
 A marcação foi feita para as 13h.

A crase sinaliza a combinação de duas letras a: uma preposição "a" com um


artigo "a". Neste caso, como essa combinação não acontece, não usamos a
crase. Nos exemplos acima, o "as" que vem antes de cada um dos horários
(15h30, nove da manhã, 9h, 13h) é artigo.

Quando o uso da crase antes de horas é


facultativo
Podemos ou não usar a crase se a preposição que está antes das horas é a
preposição “até”:

 A aula vai até as 22h. OU A aula vai até às 22h.


 Estarei em casa até as 9h. OU Estarei em casa até às 9h.
 Ficou na casa da amiga até as dez da noite. OU Ficou na casa da amiga
até às dez da noite.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Dica para saber quando usar crase antes de


horas
Você pode confirmar se deve ou não usar crase substituindo qualquer hora por
"ao meio-dia". Se com essa mudança a frase fizer sentido, usamos crase; se
não fizer sentido, não usamos crase.

Exemplos:

 O jogo começa às 6h30. --> O jogo começa ao meio-dia.


 Que tal começarmos a reunião às dez? --> Que tal começarmos a
reunião ao meio-dia?
 Identificamos o assassino após as 20h. --> Identificamos o assassino
após o meio-dia.

Exercícios de crase antes de horas


1. (Mackenzie) Assinale a alternativa que preenche com exatidão as lacunas.

Estou aqui desde ______ 8h, mas só poderei ficar até ______ 9h30min, porque
______ 10h30min assistirei ______ sessão solene de abertura de uma
importante exposição de arte moderna, precisando, para isso, dirigir-me
______ Rua 7 de Abril e ir ______ Galeria “Sanson Flexor”.

a) às - às - às - a -a -a
b) às - as - às - à - à - à
c) as - as - às - a - à - à
d) as - as - às - à - à - à
e) às - as - as- à - à - à

Ver Resposta
Alternativa d: as - as - às - à - à - à.

 "Estou aqui desde as 8h" - não se usa crase se antes das horas há a
preposição "desde".
 "mas só poderei ficar até as ou às 9h30min" - a crase é facultativa
depois da preposição "até".
 "porque às 10h30min" - usa-se crase na indicação de horário.
 "assistirei à sessão solene de abertura de uma importante exposição de
arte moderna" - o verbo "assistir" é regido por preposição quando
indica presença ("assistirei" tem o sentido de "presenciarei").
 "precisando, para isso, dirigir-me à Rua 7 de abril" - usa-se crase
quando os verbos indicam destino (dirigir-me).

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

 "e ir à Galeria “Sanson Flexor”" - usa-se crase quando os verbos indicam


destino (ir).

2. Indique a única oração errada e corrija.

a) Dancei as 6 horas de festa.


b) A festa começou às 6 da tarde.
c) O jantar será servido após às 20h.
d) A festa vai até às 6 da manhã.

Ver Resposta
Alternativa c. Correção: O jantar será servido após as 20h.
Não se usa crase se antes das horas há a preposição "após".

Quanto às alternativas restantes:

a) Dancei as 6 horas de festa.


Não se usa crase na indicação de horas contadas, apenas em horário do
relógio.

b) A festa começou às 6 da tarde.


Usa-se crase na indicação de horário.

d) A festa vai até às 6 da manhã.


O uso da crase é facultativo depois da preposição "até", por isso também está
correto: A festa vai até as 6 da manhã.
3. Indique as alternativas certas e erradas.

a) Posso ficar até as onze da noite.


b) Às duas horas de almoço passaram num instante.
c) Vou para o trabalho as duas.
d) O início do congresso está marcado para as 10h.
e) Posso ir após as 19h.
f) Ela deve chegar entre as 18 e às 19h.
g) Não haverá transporte das 9h às 10h.
h) Estou esperando em pé desde às sete da manhã.

Ver Resposta
Estão corretas: a), d), e), g).

a) Posso ficar até as onze da noite.


Depois da preposição "até" o uso da crase é facultativo. Assim, estão corretas:
Posso ficar até as onze da noite. e Posso ficar até às onze da noite.

d) O início do congresso está marcado para as 10h.


Não se usa crase se antes das horas há a preposição "para".

e) Posso ir após as 19h.


Não se usa crase se antes das horas há a preposição "após".
Professor: Adailson Silva
Língua Portuguesa

g) Não haverá transporte das 9h às 10h.


Na indicação de horário, sempre usamos crase. As exceções são apenas para
os casos em que as preposições "após, desde, entre, para" antecede as horas.

Correção das restantes:

b) As duas horas de almoço passaram num instante.


Não se usa crase na indicação de horas contadas, somente na indicação de
horário do relógio.

c) Vou para o trabalho às duas.


A crase é sempre usada na indicação de horas do relógio.

f) Ela deve chegar entre as 18 e as 19h.


Não se usa crase se antes das horas há a preposição "entre".

h) Estou esperando em pé desde as sete da manhã.


Não se usa crase se antes das horas há a preposição "desde".
Continue treinando seus

Sujeito
O sujeito é o elemento que pratica ou sofre a ação expressa pelo verbo de uma
frase.

Para identificá-lo, basta fazermos uma pergunta sobre tal ação; observe:

“O ajudante da loja correu muito com o veículo.”

Ao nos perguntarmos: “Quem correu muito com o carro?”, o que temos como
resposta corresponde ao sujeito que, por ter praticado a ação é classificado
como sujeito agente: o ajudante da loja.

Um sujeito que sofre uma ação é classificado como sujeito paciente. Veja:

“O carro foi comprado por Carlos.”

Se nos perguntarmos “O que foi comprado por Carlos?”, a resposta


corresponde ao sujeito da frase: “o carro”. Nesse caso, “o carro” é um sujeito
paciente, pois sofreu a ação de ser comprado.

Classificação do sujeito
Os sujeitos são classificados em:

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

 Sujeito determinado - é o sujeito que pode ser identificado na oração.


Um sujeito determinado pode ser simples, composto ou
oculto. Exemplo: A menina escreve bem. Sujeito: A menina.
 Sujeito indeterminado - é o sujeito que não é identificado na
oração. Exemplo: Falaram mal da tua vizinha. (Não é possível
determinar quem praticou a ação de “falar mal.”)
 Sujeito inexistente - ocorre em orações que são construídas com
verbos impessoais e que, portanto, não admitem agentes de
ação. Exemplo: Faz tempo que não o vejo.

Tipos de sujeito
Sujeito simples

O sujeito simples é formado por um núcleo único, ou seja, tal sujeito tem
apenas um termo principal.

Exemplos:

 O empregado da casa vendeu seu carro. (sujeito simples: o empregado


- núcleo: empregado)
 Eles estão sempre omitindo a verdade. (sujeito simples: Eles núcleo:
Eles)
 As folhas caíram. (sujeito simples: As folhas - núcleo: folhas)

Sujeito composto

O sujeito composto é formado por dois ou mais núcleos, ou seja, trata-se de


um sujeito que tem duas ou mais palavras principais.

Exemplos:

 Ana Maria e Joaquim terminaram o namoro. (sujeito composto: Ana


Maria e Joaquim - núcleos: Ana Maria, Joaquim)
 Eu, você e o nosso cão estamos perdidos mais uma vez. (sujeito
composto: Eu, você e o nosso cão - núcleos: Eu, você, cão)
 Livros e cinema são o meu passatempo preferido. (sujeito composto:
livros e cinema - núcleos: Livros, cinema)

Sujeito oculto

O sujeito oculto, também chamado de elíptico, desinencial ou implícito, é


aquele que não está declarado na oração.

Apesar disso, ele é classificado como determinado porque pode ser identificado
pelo contexto e pela conjugação verbal presente na oração.

Exemplos:

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

 No trajeto para casa, passei pelo parque da cidade. (Note que, através
da flexão verbal “passei”, podemos identificar a primeira pessoa do
singular “eu”. Logo, “No trajeto para casa, (eu) passei pelo parque da
cidade.”)
 Gostamos de pular Carnaval. (Através da conjugação verbal,
identificamos o sujeito oculto da oração: “(Nós) Gostamos de pular
Carnaval.”
 Armando saiu da escola muito cedo. À tarde levou tudo para casa. (Aqui
temos “Armando” como sujeito da primeira oração e na segunda, o
sujeito da ação, que já foi mencionado anteriormente, é equivalente a
“ele”: À tarde (ele) levou tudo para a casa.)

Sujeito indeterminado

O sujeito indeterminado é aquele que não permite identificar o agente da


ação, nem pelo contexto, nem pela terminação verbal do enunciado.

Apesar de o sujeito ser um termo essencial na oração, o sujeito indeterminado


pode se manifestar pelo desconhecimento ou desinteresse do agente que
executa a ação.

Além disso, é um tipo de sujeito que ocorre quando o verbo não se refere a
uma pessoa determinada. Há três características que ajudam a identificá-lo:

1) Uso de um verbo na 3ª pessoa do plural que não se refere a nenhum


substantivo citado anteriormente na oração.

Exemplos:

 Disseram que ele foi eleito.


 Capturaram o fugitivo.
 Falavam mal o tempo todo.

2) Uso do pronome "se" e de um verbo intransitivo, transitivo indireto ou de


ligação na 3ª pessoa do singular (de modo que não se consiga identificar quem
pratica a ação).

Exemplos:

 Acorda-se feliz (verbo intransitivo).


 Necessita-se de pessoas jovens (verbo transitivo indireto).
 Nem sempre se é justo nesse mundo (verbo de ligação).

3) Uso de verbo no infinitivo pessoal.

Exemplos:

 É difícil agradar a todos.


 Seria bom pesquisar mais sobre o assunto.
 Era bom viajar pelo mundo!

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Sujeito inexistente

O sujeito inexistente ocorre nas chamadas orações sem sujeito, uma vez que
elas são constituídas por verbos impessoais, ou seja, não admitem agentes da
ação, como ocorre nos casos abaixo:

1. Verbos que indicam fenômenos da natureza: amanheceu, anoiteceu,


choveu, nevou, ventou, trovejou, etc.
2. Verbo haver quando empregado com sentido de existir, acontecer e
indicando tempo passado.
3. Verbos ser, fazer, haver, estar, ir e passar indicando tempo ou distância.

Exemplos:

 Trovejou durante a noite.


 Há boas palestras no congresso.
 Está na hora do intervalo.

Núcleo do sujeito
O núcleo do sujeito representa o termo mais importante do sujeito. Quando o
sujeito possui um artigo definido ou indefinido, por exemplo, o núcleo consiste
apenas no substantivo que vem depois dele.

Assim, embora tanto o artigo quanto o substantivo componham o sujeito, o


núcleo é aquilo que tem mais importância no que diz respeito ao significado.

É através do núcleo, por exemplo, que identificamos se o sujeito é simples ou


composto. Um sujeito simples tem um único núcleo, enquanto um sujeito
composto tem dois núcleos ou mais.

Exemplos:

1) As meninas cantaram lindamente.

Sujeito: As meninas

Núcleo do sujeito: meninas

Tipo de sujeito: simples

2) Os avós, os pais e seus filhos viviam na quinta.

Sujeito: Os avós, os pais e seus filhos

Núcleo do sujeito: avós, pais, filhos

Tipo de sujeito: composto

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Sujeito e Predicado
O sujeito e o predicado são os termos essenciais da oração. Isso quer dizer
que eles são indispensáveis na construção de uma oração, ainda que haja
orações em que o sujeito seja inexistente. Lembre-se de que o predicado é o
que é dito acerca do sujeito.

Exemplo: As estudantes gravaram um vídeo sobre a aula.

Sujeito: As estudantes

Predicado: gravaram um vídeo sobre a aula.

Exercícios sobre sujeito


I. Identifique e classifique os sujeitos abaixo:

a) Vive-se muito bem nesta cidadezinha.

Ver Resposta
Resposta: sujeito indeterminado.

O sujeito indeterminado faz referência a alguém, mas não o identifica.

Ao lermos a frase, sabemos que alguém vive bem na cidadezinha, mas não
sabemos quem.

Uma característica do sujeito indeterminado expressa na frase é o uso de um


verbo flexionado na terceira pessoa do plural, acompanhado da partícula “-se”.
b) Óculos, peruca e um bigode falso são os meus adereços de Carnaval.

Ver Resposta
Resposta: “Óculos, peruca e um bigode falso” é o sujeito composto da frase.

O sujeito composto ocorre quando o verbo da frase faz referência a dois ou


mais núcleos de um sujeito.

Na frase, o verbo “ser”, flexionado como “são”, faz referência a três núcleos:
óculos, peruca e bigode falso.
c) Temos de levantar-nos cedo amanhã?

Ver Resposta
Resposta: sujeito oculto "nós".

O sujeito oculto é aquele que pode ser identificado na frase, apesar de não
estar explícito.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Através da flexão verbal “temos”, podemos perceber que o sujeito oculto da


frase é “nós”.
d) Naquele bar, ouve-se um pouco de tudo.

Ver Resposta
Resposta: sujeito indeterminado

Observe que percebemos que alguém ouve um pouco de tudo em determinado


bar, mas não sabemos quem ouve.

O sujeito indeterminado geralmente é acompanhado de um verbo flexionado na


terceira pessoa do plural ou do singular, acompanhado da partícula “-se”.
e) Vive-se cansado.

Ver Resposta
Resposta: sujeito indeterminado

O sujeito indeterminado faz referência a quem pratica a ação, mas não o


identifica.

Na frase, é possível compreender que alguém vive feliz, mas não sabemos
quem.

Os sujeitos indeterminados integram frases que apresentam verbos flexionados


na terceira pessoa, acompanhados da partícula “-se”.
f) De repente, a campainha tocou.

Ver Resposta
Resposta: sujeito simples "a campainha".

O sujeito simples é aquele que possui um único núcleo.

Na frase, “a campainha” é quem executa a ação de tocar, logo, é o sujeito.

No entanto, seu núcleo possui uma só palavra; trata-se de um único núcleo:


campainha.
g) Falam muito mal inglês.

Ver Resposta
Resposta: sujeito indeterminado

O fato de o verbo “falar” estar flexionado na terceira pessoa do plural e de fazer


referência a alguém, mas não o identificar são traços comuns de um sujeito
indeterminado.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Observe que sabemos que alguém fala muito mal inglês, mas não sabemos
quem; não houve essa identificação.
h) Choveu muito essa noite.

Ver Resposta
Resposta: sujeito inexistente

O sujeito inexistente faz parte de uma oração sem sujeito e está relacionado a
um verbo impessoal.

Os verbos impessoais só são conjugados na terceira pessoa do singular e


indicam fenômenos da natureza, tempo decorrido e existência ou
acontecimento de algo.
i) É uma hora da tarde.

Ver Resposta
Resposta: sujeito inexistente

A classificação de “sujeito inexistente” dá-se quando a oração é sem sujeito.

Tais orações são compostas por verbos impessoais (são conjugados apenas
na terceira pessoa do singular), que geralmente indicam fenômenos da
natureza, tempo decorrido e existência e acontecimento de algo.

Na frase, o verbo “ser” (é) indica um tempo decorrido


j) Livros e um bom vinho serão a minha companhia esta noite.

Ver Resposta
Resposta: sujeito composto “Livros e um bom vinho”.

Observe que há duas palavras principais nesse sujeito, “livros” e “vinho”, que
são os núcleos do sujeito.

Quando um sujeito tem dois núcleos ou mais, ele é composto.


Leia também:

Resenha

Resenha é uma produção textual, por meio da qual o autor faz uma breve
apreciação, e uma descrição a respeito de acontecimentos culturais (como uma
feira de livros, por exemplo) ou de obras (cinematográficas, musicais, teatrais
ou literárias), com o objetivo de apresentar o objeto (acontecimento ou obras),

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

de forma sintetizada, apontando, guiando e convidando o leitor (ou espectador)


a conhecer tal objeto na integra, ou não (resenha crítica).

Uma resenha deve conter uma análise e um julgamento (de verdade ou de


valor).

Uma resenha pode ser:

* Descritiva – É o caso dos resumos de livros técnicos, também chamada de


resenha técnica ou cientifica. A apreciação, ou o julgamento em uma resenha
descritiva julga as ideias do autor, a consistência e a pertinência de suas
colocações, ao longo da descrição da obra, ou seja, trata-se de um julgamento
de verdade.

* Crítica ou opinativa – Nesse tipo de resenha o conteúdo apresentado é um


pouco mais detalhado do que na resenha descritiva, pois os critérios de
julgamento são de valor, de beleza da forma, estilo do objeto (acontecimento
ou obra). A exploração um pouco maior dos detalhes ocorre devido à
necessidade de que o autor da resenha fundamente suas críticas, sejam elas
positivas ou negativas, utilizando outros autores que trabalharam o mesmo
tema.

Antes da produção da resenha de um livro – por exemplo - devem ser seguidos


os seguintes passos:

- Leitura e reflexão sobre o texto do qual será feito a resenha, sendo que
muitas vezes são necessárias leituras complementares para um melhor
entendimento do tema.

- Resumo da obra, no qual deverão ficar clara as ideias principais do autor.


Este resumo será a base para a resenha, mas não ela.

- Selecionar dentre as ideias principais, uma que será destacada, e até


aprofundada (no caso das resenhas críticas).

- Emitir um julgamento de verdade (resenha descritiva) ou de valor (resenha


crítica), sendo necessária a fundamentação no caso da resenha crítica.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

- Elaborar a resenha a partir dos passos anteriores, sendo que a organização


do texto fica a critério do autor. A resenha deve conter, ainda, uma brevíssima
identificação do autor da obra (vida e outras obras). Ao fim da resenha, o autor
da mesma deve se identificar.

Alguns autores indicam ainda outro tipo de resenha, chamada por eles de
resenhas temáticas. Nesse caso, são apresentados vários textos e autores que
falam sobre o mesmo tema, fazendo as devidas referências.

Figuras de linguagem

Antes de falarmos de figuras de linguagem, temos que lembrarmos de


dois conceitos, que são: sentido denotativo e sentido conotativo. Depois disso,
entraremos no assunto de figuras de linguagem, que está ligado diretamente a
conotação.

O sentido denotativo é quando usamos as palavras em seu sentido


próprio, ou seja, como está no dicionário, sentido “ao pé da letra”, enquanto o
sentido conotativo é quando usamos as palavras em seu sentido figurado, fora
do seu sentido real, mais no popular.

Há diversas figuras de linguagem, geralmente elas ocorrem em poesias,


letras de músicas, no dia a dia, vamos falar de algumas aqui:

Comparação: quando se é estabelecida uma comparação a partir de um


elemento comparativo, alguns elementos comparativos: como, tal qual, igual a,
que nem, ou seja, palavras que estabelecem comparação, isso vai deferir da
metáfora, exemplos:

“As aves que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá”.

“Você é alto que nem uma antena”.

Metáfora: em vez da comparação, o autor faz uma afirmação, não é


usado o termo comparativo, mesmo se fazendo uma comparação, a palavra vem
em um sentido diferente do real, ou seja, sentido conotativo, exemplos:

“Você é luz, é raio, estrela e luar, manhã de sol, meu iaiá meu ioiô”.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

“Você é uma antena”.

Ironia: quando se faz uma afirmação, só que querendo dizer ao contrário,


exemplos:

“Sempre delicada, derruba tudo o que encontra pelo caminho”.

“Adoro essa sua falta de cuidado comigo”.

Hipérbole: dá uma ideia de exagero, exemplos:

“Vou morrer de rir”.

“Já falei mais de mil vezes para você”.

Eufemismo: quando procura abrandar uma informação que é muito forte,


exemplo:

“Há tempos, no passeio público tomei-lhe de empréstimo um relógio.


Tenho satisfação de restituí-lo com esta carta. (Memórias Póstumas de Brás
Cuba. Machado de Assis)”.

“O nosso amigo não está mais entre nós”.

Metonímia: quando se trabalha com a substituição e a aproximação,


geralmente trocamos o nome do objeto pela marca, usamos bastante em nosso
dia a dia e nem percebemos, exemplos:

“Comprei Danone para as crianças. (Danone é a marca, seria iogurte)”.

“Li Machado de Assis. (Neste caso, a pessoa leu uma obra de Machado
de Assis e não o autor)”.

“Vou comprar gilete. (A palavra correta seria lâmina, gilete é a marca de


uma lâmina)”.

Advérbio
O advérbio é a palavra que indica uma circunstância (modo, lugar, tempo). Ele
pode modificar um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. Exemplos:

 O vizinho fala alto. (alto é um advérbio que indica o modo como o


vizinho fala)

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

 A modelo é muito bonita. (muito é um advérbio que intensifica o quanto


a modelo é bonita)
 O vizinho fala bastante alto. (bastante é um advérbio que intensifica o
quanto o vizinho fala alto)

De acordo com as circunstâncias que exprimem, os advérbios podem ser de


modo, intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação, dúvida, entre outros.

Advérbio de modo
Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, devagar, acinte, adrede, debalde, e
grande parte das palavras que terminam em "-mente", como cuidadosamente,
calmamente, tristemente.

O advérbio de modo indica a forma como algo aconteceu ou foi feito, por
exemplo:

 Fui bem na prova.


 Estava andando depressa por causa da chuva.
 Colocou os copos cuidadosamente na pia.

Advérbio de intensidade
Muito, demais, pouco, mais, menos, bastante, tão, quão, demasiado, imenso,
quanto, quase, tanto, assaz, tudo, nada, todo.

O advérbio de intensidade reforça algo, por exemplo:

 Comeu demasiado naquele almoço.


 Ela gosta bastante dele.
 A mãe é muito atenciosa.

Advérbio de lugar
Aí, aqui, acolá, cá, lá, ali, adiante, abaixo, embaixo, acima, adentro, dentro,
afora, fora, atrás, detrás, além, aquém, defronte, antes, aonde, longe, perto,
algures, nenhures, alhures.

O advérbio de lugar indica um espaço ou uma posição, por exemplo:

 Minha casa é ali.


 O livro está embaixo da mesa.
 As notas estão bem abaixo do esperado.

Advérbio de tempo
Hoje, já, afinal, logo, agora, amanhã, amiúde, antes, ontem, tarde, breve, cedo,
depois, enfim, ainda, jamais, nunca, sempre, doravante, outrora,

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

primeiramente, imediatamente, antigamente, provisoriamente, sucessivamente,


constantemente, entrementes.

O advérbio de tempo indica um momento, um período, por exemplo:

 Ontem estivemos numa reunião de trabalho.


 Sempre estamos juntos.
 Já chegou?

Advérbio de negação
Não, nem, tampouco, nunca, jamais.

O advérbio de negação serve para negar ou dizer que algo não é verdade, por
exemplo:

 Jamais reatarei meu namoro com ele.


 Não saiu de casa naquela tarde.
 Sequer pensou para falar.

Advérbio de afirmação
Sim, certo, certamente, realmente, decididamente, efetivamente, deveras,
indubitavelmente, decerto.

O advérbio de afirmação serve para afirmar ou confirmar, por exemplo:

 Certamente passearemos nesse domingo.


 Ele gostou deveras do presente de aniversário.
 Sim, vou.

Advérbio de dúvida
Talvez, possivelmente, provavelmente, acaso, porventura, quiçá, casualmente.

O advérbio de dúvida serve para indicar incerteza, por exemplo:

 Provavelmente irei ao banco.


 Quiçá chova hoje.
 Talvez o cumprimente.

Advérbio interrogativo
Quando, como, onde, aonde, donde, por que.

O advérbio interrogativo pode indicar circunstâncias de modo, tempo, lugar e


causa. É usado apenas em orações interrogativas diretas ou indiretas, por
exemplo:

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

 Por que vendeu o livro? (oração interrogativa direta, que indica causa)
 Quando posso sair? (oração interrogativa direta, que indica tempo)
 Explica como você fez isso. (oração interrogativa indireta, que indica
modo)

Advérbio de ordem
Depois, após, ultimamente, primeiramente.

O advérbio de ordem serve para indicar ou colocar em ordem, por exemplo:

 Depois vou à praia.


 Ultimamente acordo cedo.
 Primeiramente cumprimentou os presentes.

Advérbio de inclusão
Também, inclusive, ainda, mesmo, até.

O advérbio de inclusão serve para incluir, acrescentar algo, por exemplo:

 Até ele tirou boas notas.


 As joias também sumiram.
 Inclusive, ele fala alemão.

Advérbio de exclusão
Só, somente, salvo, exclusivamente, apenas.

O advérbio de exclusão serve para excluir, deixar algo de fora, por exemplo:

 Só foi à escola hoje.


 Come somente vegetais.
 Está estudando apenas para o Enem.

Flexão dos advérbios


Os advérbios são considerados palavras invariáveis, pois não sofrem flexão
de número (singular e plural) e gênero (masculino, feminino). No entanto, os
advérbios são flexionados nos graus comparativo e superlativo.

Grau comparativo

No grau comparativo, o advérbio pode caracterizar relações de igualdade,


inferioridade ou superioridade.

Igualdade: formado por "tão + advérbio + quanto" (como), por exemplo:


Joaquim fala tão baixo quanto Pedro.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Inferioridade: formado por "menos + advérbio + que" (do que), por exemplo:
Minha casa é menos perto que a casa de Sílvia.

Superioridade: formado por "mais + advérbio + que" (do que), por exemplo:
Ana anda mais depressa que Carolina.

Grau superlativo

No grau superlativo, o advérbio pode ser superlativo analítico ou superlativo


sintético.

Analítico: quando acompanhado de outro advérbio, por exemplo: Isabel


fala muito baixo.

Sintético: quando é formado pelo sufixo -íssimo, por exemplo: Isabel


fala baixíssimo.

Locuções adverbiais
As locuções adverbiais são duas ou mais palavras que têm a função de
advérbio. De acordo com as circunstâncias que exprimem, as locuções
adverbiais podem ser de tempo, modo, lugar, entre outras.

Exemplos:

 Em breve nós veremos. (locução adverbial de tempo)


 Fez os deveres às pressas. (locução adverbial de modo)
 Vire à direita. (locução adverbial de lugar)

Preposição
Preposição é a palavra que tem a função de conectivo. Ela pode ser usada
para ligar um termo a outro (por exemplo: dente de leite), ou uma oração a
outra (por exemplo: Chegarei daqui a uma hora.).

As preposições são classificadas em essenciais ou acidentais.

Preposições essenciais são as palavras que só funcionam como preposição.

As preposições essenciais são: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em,
entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.

Preposições acidentais são as palavras de outras classes gramaticais que,


em certas frases funcionam como preposição.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Exemplos: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante,


menos, salvo, segundo, visto.

Tipos e exemplos de preposições


De acordo com o sentido que as preposições apresentam, em contextos
diferentes, podemos identificar alguns tipos de preposição. Os tipos mais
comuns são: lugar, modo, tempo, distância, causa, instrumento e finalidade.

Exemplos de preposição de lugar:

 O navio veio de São Paulo.


 Fui à praça.
 Sairemos ao amanhecer.

Exemplos de preposição de modo:

 Os prisioneiros eram colocados em fila.


 As testemunhas estavam contra ele.
 A floresta estava em chamas.

Exemplos de preposição de tempo:

 Por dois anos ele viveu aqui.


 Após alguns minutos, fui atendido.
 O Dia do Folclore é em 22 de agosto.

Exemplos de preposição de distância:

 A cinco quilômetros passa uma estrada.


 Correu até onde conseguiu.
 Vá até ali!

Exemplos de preposição de causa:

 Com a seca, o gado começou a morrer.


 Meu coração está doendo de saudade.
 Morre de desgosto.

Exemplos de preposição de instrumento:

 Ele cortou a árvore com o machado.


 Abriu a embalagem com a boca.
 Já tentou com o abridor de lata?

Exemplos de preposição de finalidade:

 A praça foi enfeitada para a festa.


 Tirei férias para descansar.
 Eles saíram para tomar ar fresco.
Professor: Adailson Silva
Língua Portuguesa

Combinação e contração de preposições


Algumas preposições podem aparecer combinadas com outras palavras.
Assim, quando não houver perda de elementos fonéticos, teremos
uma combinação. É o que acontece entre a preposição A e o artigo O:

 ao (a + o)
 aos (a + os)

Por conseguinte, quando houver perda fonética, teremos a


chamada contração, por exemplo:

 na (em + a)
 do (de + o)
 da (de + a)
 nos (em + os)
 do (de + os)
 dum (de + um)
 desta (de + esta)
 no (em + o)
 neste (em + este)
 nisso (em + isso)

Toda fusão de vogais idênticas forma uma crase:

 à = contração da preposição a + o artigo a


 àquilo = contração da preposição a + a primeira vogal do pronome
aquilo.

Na língua cotidiana, falada ou escrita, aparecem as reduções pra (para a)


e pro (para o). Essas palavras não pedem acento, já que se trata de palavras
átonas. por exemplo:

 Este é um país que vai pra frente.


 Vá pra casa, e não pro botequim!

Lista de preposições
Preposições a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante,
essenciais: por, sem, sob, sobre, trás.
Preposições afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos,
acidentais: salvo, segundo, visto.
Combinação de
ao (a + o), aos (a + os).
preposições:
na (em + a), nas (em + as), no (em + o), nos (em + os), da (de + a), das
Contração de
(de + a)s, do (de + o), dos (de + os), daquilo (de + aquilo), naquele (em +
preposições:
aquele), numa (em + uma).

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Plano de aulas para o 9° ano: Língua Portuguesa

O texto dissertativo-argumentativo é um gênero textual típico de vestibulares e


no qual se deve defender um ponto de vista com argumentos.

O texto dissertativo-argumentativo é requisitado em diversas provas


importantes, como o Enem.
A+
A-
O texto dissertativo-argumentativo é um gênero discursivo muito comum em
provas de vestibular, como a Fuvest, e no Enem. Em resumo, trata-se de uma
produção em que um autor defende seu ponto de vista por meio de argumentos.
No caso específico do Exame Nacional do Ensino Médio, exige-se, também, que
se apresentem propostas de solução para os problemas levantados na
argumentação.

Tópicos deste artigo

 1 - Características
 2 - Estrutura
o Introdução
o Argumentação
o Conclusão

 3 - Como fazer?

 4 - Exemplo de texto dissertativo-argumentativo

Características

O texto dissertativo-argumentativo - ou apenas dissertação - é um tipo de texto


que discute assuntos socialmente relevantes. No caso específico do Enem,
questões que envolvem o Brasil e seus principais problemas costumam aparecer
como tema da redação.

Além disso, esse tipo de texto é reconhecido por ter uma estrutura bastante
rígida, dividida em três partes fundamentais: introdução, argumentação e
conclusão, conforme se explica a seguir.

Estrutura

 Introdução

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

No início da dissertação, é necessário que o autor deixe claro qual é o assunto


abordado no texto e, além disso, qual será a tese - ou ponto de vista - a ser
defendida.

 Argumentação

Os parágrafos intermediários de uma dissertação devem ser destinados à defesa


da tese mediante argumentos. É importante lembrar que um argumento é uma
estrutura textual que, por meio da análise de provas ou fundamentos, confirma
o ponto de vista do autor.

 Conclusão

O final de um texto dissertativo-argumentativo pode ser produzido de duas


formas, enquanto síntese ou com propostas de solução. No caso da conclusão
por síntese, o autor repete os argumentos resumidamente e conclui o texto
afirmando a veracidade da tese. No caso da conclusão com propostas de
solução, é necessário retomar os problemas discutidos na argumentação
e propor intervenções que eliminem ou diminuam a questão problemática.

É importante lembrar que as soluções sugeridas devem ser detalhadas,


explicitando-se os agentes (quem promoverá a solução), as ações (o que será
feito para sanar a questão), os meios (como será promovida a intervenção) e os
objetivos (para que será feita a ação sugerida).

Como fazer?

Para produzir um bom texto dissertativo-argumentativo, é necessário estar


atento para as exigências que cada parte do texto - introdução, desenvolvimento
e conclusão - possui, conforme explicado acima. Além disso, é importante
lembrar:

 do uso da norma-padrão da língua portuguesa;


 de fundamentar os argumentos a partir de conhecimentos de diversas
áreas;
 apresentar domínio dos elementos de coesão e coerência da língua;
 respeitar os direitos humanos, estabelecidos na Declaração Universal
redigida pela ONU.
 4. Utilize conectivos e seja coerente
 Uma boa redação precisa apresentar uma sequência lógica. Para isso,
utilizamos conectivos a fim de garantir que as ideias não fiquem soltas e
que o texto não seja um simples emaranhado de frases.
 Assim, entretanto, dessa forma, mas são termos utilizados para oferecer
ao texto uma maior ligação entre as frases e as ideias.
 Além de apresentar uma sequência lógica, o seu texto tem que ser
coerente, ou seja, não pode apresentar ideias que se contradigam. Se
você for contraditório, não conseguirá defender suas ideias, e o seu
texto será confuso e incoerente.
 5. Revise o que escreveu
 Para finalizar, releia o seu texto.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

 Isso é muito importante, porque com a leitura final você pode identificar
erros de concordância, falta de pontuação, ou um deslize qualquer
cometido por falta de atenção.
 A revisão final dá a você a oportunidade de corrigir certos erros e, assim,
não perder pontos na redação por descuidos.

Verbo

O verbo é a palavra que indica ação, movimento, estado ou fenômeno


meteorológico.
Pode sofrer variações de acordo com suas flexões. O verbo possui as flexões
de: modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (presente, pretérito e
futuro), número e pessoa (singular e plural) e voz (ativa, passiva e reflexiva).

Vejamos as flexões verbais separadamente:

Número e Pessoa

O verbo apresenta flexão de número quando indica o singular ou o plural em sua


forma. Aparecem no singular quando se referem a uma única pessoa (eu corro/
ela corre) e no plural quando é mais de uma pessoa (nós corremos, eles correm).
Logo, os verbos se flexionam em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª,
3ª).

Modo

O modo verbal indica a atitude do falante em relação à ação que anuncia. (Eu
arrependo/ eu arrependi/ eu arrependerei).

Modo Indicativo: quando o falante tem a certeza de sua atitude; o fato é ou


será uma realidade.

Exemplos: Estudei muito para a prova.


Estudarei bastante para essa prova.

Modo Subjuntivo: quando o falante não tem certeza da atitude; o fato é


duvidoso, incerto. Há uma possibilidade de que aconteça.

Exemplos: Pode ser que eu estude hoje.


Se eu fosse você, estudaria.

Modo Imperativo: quando o falante expressa uma ordem, um pedido ou um


conselho.

Exemplos: Não sejas tão indisciplinado!


Dei-me isso!

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Tempo

Os tempos verbais são três: presente, pretérito e futuro. Vejamos:

Presente: tem relação com um fato ou ação que ocorre no momento em que
se fala.

Exemplo: A professora está muito bonita hoje.

Pretérito: tem relação com um fato ou ação que ocorreu anterior à fala.

Exemplo: A professora estava muito bonita ontem.

Futuro: tem relação com um fato ou ação que irá ocorrer posterior à fala:

Exemplo: A professora estará mais bonita amanhã, pois é nossa formatura.

Voz

A voz do verbo faz referência ao tipo de relação entre sujeito e verbo. Observe:

Voz ativa: acontece quando o sujeito pratica a ação; o sujeito é o agente da


ação.

Exemplo: O aluno respondeu à pergunta da professora.

Voz passiva: acontece quando o sujeito sofre ação.

Exemplo: A pergunta da professora foi respondida pelo aluno.

• A voz passiva pode ser analítica, como no caso acima ou sintética, como no
caso: Aluga-se apartamento.

Voz reflexiva: acontece quando o sujeito pratica e sofre a ação.

Exemplo: O aluno cortou-se com o estilete.

Figuras de linguagem

Antes de falarmos de figuras de linguagem, temos que lembrarmos de


dois conceitos, que são: sentido denotativo e sentido conotativo. Depois disso,
entraremos no assunto de figuras de linguagem, que está ligado diretamente a
conotação.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

O sentido denotativo é quando usamos as palavras em seu sentido


próprio, ou seja, como está no dicionário, sentido “ao pé da letra”, enquanto o
sentido conotativo é quando usamos as palavras em seu sentido figurado, fora
do seu sentido real, mais no popular.

Há diversas figuras de linguagem, geralmente elas ocorrem em poesias,


letras de músicas, no dia a dia, vamos falar de algumas aqui:

Comparação: quando se é estabelecida uma comparação a partir de um


elemento comparativo, alguns elementos comparativos: como, tal qual, igual a,
que nem, ou seja, palavras que estabelecem comparação, isso vai deferir da
metáfora, exemplos:

“As aves que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá”.

“Você é alto que nem uma antena”.

Metáfora: em vez da comparação, o autor faz uma afirmação, não é


usado o termo comparativo, mesmo se fazendo uma comparação, a palavra vem
em um sentido diferente do real, ou seja, sentido conotativo, exemplo:

“Você é luz, é raio, estrela e luar, manhã de sol, meu iaiá meu ioiô”.

“Você é uma antena”.

Sarcasmo: ação de dizer o oposto do que se quer dizer, porém, de


maneira mais ácida, tem sempre o propósito de zombar, ofender, etc.

“Estou procurando na minha agenda o dia que pedi sua opinião sobre minha
vida”.

“Nossa, como você é inteligente”.

Antítese: são ideias contrárias na mesma frase, tipo auto e baixo, claro e
escuro, exemplos:

“Uma noite longa e uma vida curta”.

“Ando devagar porque já tive pressa e não soube aproveitar”

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Sinestesia: ela é caracteriza pelo uso de palavras que remetem


diferentes ordens sensoriais, ou seja, mistura de sentidos (os cincos sentidos
humanos), exemplos:

“Sentir o aroma do seu perfume doce. (Há a mistura de dois sentidos


humanos nesta frase, o aroma que é composto pelo olfato e o doce que vem do
paladar”.

“Sua resposta foi fria. (Temos a mistura da Audição em resposta e do tato


em fria)”.

Onomatopeia: quando tentamos reproduzir um som na escrita que não


tem, exemplos:

“Pega a metralhadora e trá trá trá trá”

“Paulo espirrou atchim”.

Pleonasmo

“Baseados em fatos reais”

Quem nunca viu esta frase no início de algum filme? Ou na apresentação


de um livro?

Acredito que todos nós já nos deparamos com esta frase, mas você sabia
que ela está errada?

Como assim? Eu cresci vendo filmes baseados em fatos reais, lendo livros
baseados em fatos reais, o que está errado?

Na frase ocorre o pleonasmo, que é conhecido também como vício


linguístico, deixando a frase com sentido redundante. É a mesma coisa se eu
disser:

“Sobe para cima. (Se vai subir, porque é para cima)”.

“Descer para baixo. (Se vai descer, porque é para baixo)”.

“Prefeitura municipal. (Não existe prefeitura federal e nem estadual)”.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Se é real, porque é fato! (Fato= o que é real).

Se é fato, porque é real! (Real= o que é verdadeiro).

Não devemos usar pleonasmos na mesma frase, exceto em poemas, eles


costumam tirar pontos nas redações de vestibulares, fique esperto!

O correto seria:

“Este filme é baseado em fatos”.

“Este livro é baseado em uma história real”.

Alguns outros pleonasmos que usamos com frequência e nem


percebemos.

 Planos para o futuro (ninguém faz planos para o passado).


 Criar novas oportunidades (se criou porque é novo, ninguém cria algo
antigo).

Frase, Oração e Período

Márcia Fernandes

Professora licenciada em Letras


Embora muitas pessoas usem os termos frase, oração e período como
sinônimos, eles apresentam conceitos distintos:

 Frase: enunciado linguístico que possui um sentido completo.


 Oração: enunciado que contém um verbo ou locução verbal e que pode
não apresentar um sentido completo.
 Período: enunciado que contém uma ou mais orações de sentido
completo.

O que é frase?

Frase é todo o enunciado linguístico que tem sentido completo e termina com
uma pausa pontuada.

Não é necessário haver verbo para a formação de uma frase quando o que foi
enunciado tem sentido completo.

Exemplos de frases:

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

 Silêncio!
 E agora, José?
 Choveu.
 Não sei o que dizer...

As frases são marcadas por entonação que, na escrita, ocorrem com o recurso
dos sinais de pontuação. Sem a pontuação, as palavras são apenas vocábulos
soltos.

Tipos de frases

1. Frases declarativas: o emissor da mensagem constata algum fato de


maneira afirmativa ou negativa. Exemplos: O curso termina esse ano
(afirmativa); O curso não termina esse ano negativa).
2. Frases interrogativas: o emissor da mensagem interroga sobre algo
direta ou indiretamente. Exemplos: — Você quer comer? (pergunta
direta); gostaria de saber se você quer comer (pergunta indireta).
3. Frases exclamativas: o emissor da mensagem manifesta emoção,
surpresa. Exemplos: Que linda! Puxa vida!
4. Frases imperativas: o emissor da mensagem emite uma ordem,
conselho ou pedido, seja de maneira afirmativa ou negativa. Exemplos:
Faça o almoço (afirmativa); não faça o almoço (negativa).
5. Frases optativas: o emissor da mensagem expressa o desejo sobre
algo. Exemplo: Que Deus te acompanhe! Muitas felicidades nessa
nova fase!

O que é oração?

A oração é o enunciado que se organiza em torno de um verbo ou de uma


locução verbal. Elas podem ou não ter sentido completo.

Exemplos de oração:

 Acabamos, finalmente!
 Levaram tudo.
 É provável.
 Estamos indo...

Tipos de oração

Dependendo da relação sintática estabelecida, as orações são classificadas de


duas maneiras:

1. Orações coordenadas: são orações independentes onde não existe


relação sintática entre elas e, por isso, possuem um sentido completo.
Exemplo: Fomos para o Congresso e apresentamos o artigo. (Oração
1: Fomos ao Congresso; Oração 2: apresentamos o artigo.).
2. Orações subordinadas: são orações dependentes onde uma está
subordinada à outra e, por isso, sozinhas não possuem um sentido

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

completo. Exemplo: É possível que Juliana não faça a prova. (Oração


1: É possível; Oração 2: que Juliana não faça a prova.).

Os termos essenciais da oração

As orações são estruturadas em torno de um sujeito e de um predicado que,


por isso, são chamados de termos essenciais da oração.

O sujeito é o elemento da oração sobre o qual se declara algo, enquanto


predicado é a declaração feita sobre o sujeito.

Exemplo: Os alunos homenagearam o professor.

Sujeito: Os alunos
Predicado: homenagearam o professor.

Há outros termos que completam o sentido de outros (termos integrantes da


oração) e termos presentes na oração que poderiam ser retirados da mesma
sem que o seu sentido fosse afetado (termos acessórios da oração).

O que é período?

Período é a frase organizada em uma ou mais orações. O período pode


ser simples ou composto.

Tipos de período

1. Período Simples

O período simples é formado por somente uma oração agrupada em torno de


um único verbo ou de uma única locução verbal. Quando isso ocorre, o período
é denominado oração absoluta.

Exemplos de período simples:

 Estamos felizes com os resultados.


 Faltam apenas alguns dias.
 Talvez eu vá.

2. Período Composto

O período composto é formado por mais de uma oração. Nesse caso, a


quantidade de orações é sujeita ao número de verbos ou de locuções verbais.

Exemplos de período composto:

 Faça como eu pedi.


 Não sei se tenho coragem.
 Começou a gritar enquanto ele ia passando.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Conjunção: o que é, tipos e


exemplos
Conjunção é um termo que liga duas orações ou duas palavras de mesmo
valor gramatical, estabelecendo uma relação entre elas.

Exemplos de conjunção:

Eu iria ao jogo, mas estou sem companhia. (a conjunção "mas" está ligando a
oração "eu iria ao jogo" com a oração "estou sem companhia")

Ele joga futebol e basquete. (a conjunção "e" está ligando as palavras "futebol"
e "basquete")

As conjunções são classificadas em coordenativas e subordinativas. As


conjunções coordenativas ligam orações independentes e as orações
subordinativas ligam orações que são dependentes entre elas.

Conjunções coordenativas
As conjunções coordenativas são aquelas que ligam duas orações
independentes. São divididas em cinco tipos:

1. Conjunções aditivas
2. Conjunções adversativas
3. Conjunções alternativas
4. Conjunções conclusivas
5. Conjunções explicativas

1. Conjunções aditivas

E, nem, não só..., mas também, não só... como também.

As conjunções aditivas exprimem soma, adição de pensamentos, por exemplo:

 Ana não fala nem ouve.


 Na festa, comeu e bebeu à vontade.
 Trabalha muito, mas também se diverte.

2. Conjunções adversativas

Mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia, não obstante.

As conjunções adversativas exprimem oposição, contraste, compensação de


pensamentos, por exemplo:

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

 Não fomos campeões, todavia exibimos o melhor futebol.


 Telefonei, mas ninguém atendeu.
 Tentou falar, contudo ele não quis ouvir.

3. Conjunções alternativas

Ou, Ou... ou, já... já, ora... ora, quer... quer, seja... seja.

As conjunções alternativas exprimem escolha de pensamentos, por exemplo:

 Ou você vem conosco ou você não vai.


 Não viu ou fingiu que não viu.
 Ora ria, ora chorava.

4. Conjunções conclusivas

Logo, por isso, pois (quando vem depois do verbo), portanto, por conseguinte,
assim.

As conjunções conclusivas exprimem conclusão de pensamento, por exemplo:

 Chove bastante, portanto a colheita está garantida.


 Consegui falar com ele, pois esperei à sua porta.
 Almoçarei antes de sair, logo não ficarei com fome.

5. Conjunções explicativas

Que, porque, assim, pois (quando vem antes do verbo), porquanto, por
conseguinte.

As conjunções explicativas exprimem razão, motivo, por exemplo:

 Não choveu, porque nada está molhado.


 Vem aqui, pois preciso falar com você.
 Era o sorvete mais gostoso, assim foi o primeiro a acabar.

Conjunções subordinativas
As conjunções subordinativas servem para ligar orações dependentes uma
da outra e são divididas em dez tipos:

1. Conjunções integrantes
2. Conjunções causais
3. Conjunções comparativas
4. Conjunções concessivas
5. Conjunções condicionais
6. Conjunções conformativas
7. Conjunções consecutivas
8. Conjunções temporais

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

9. Conjunções finais
10. Conjunções proporcionais

1. Conjunções integrantes

Que, se.

As conjunções integrantes introduzem orações subordinadas com função


substantiva, por exemplo:

 Quero que você volte já.


 Não sei se devo voltar lá.
 Você disse que me ligava...

2. Conjunções causais

Que, porque, como, pois, visto que, já que, uma vez que.

As conjunções causais introduzem orações subordinadas que dão ideia de


causa, por exemplo:

 Não fui à aula, porque choveu.


 Como fiquei doente, não pude ir à aula.
 Uma vez que os alunos não compareceram, o evento foi cancelado.

3. Conjunções comparativas

Que, do que, como.

As conjunções comparativas introduzem orações subordinadas que dão ideia


de comparação, por exemplo:

 Meu professor é mais inteligente do que o seu.


 Agiam como anjinhos.
 Dançava como uma bailarina.

4. Conjunções concessivas

Embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por
mais que, por melhor que, nem que.

As conjunções concessivas iniciam orações subordinadas que exprimem um


fato contrário ao da oração principal, por exemplo:

 Vou à praia, embora esteja chovendo.


 Não vou nem que me paguem.
 Por mais que lia, menos entendia.

5. Conjunções condicionais

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que.

As conjunções condicionais iniciam orações subordinadas que exprimem


hipótese ou condição para que o fato da oração principal se realize ou não, por
exemplo:

 Se não chover, irei à praia.


 Caso decida ir, estarei à espera.
 Desde que ele explique, ouvirei com atenção.

6. Conjunções conformativas

Segundo, como, conforme, consoante.

As conjunções conformativas iniciam orações subordinadas que exprimem


acordo, concordância de um fato com outro, por exemplo:

 Cada um colhe conforme semeia.


 Fiz como disseram para fazer.
 Sairei mais cedo consoante o trabalho.

7. Conjunções consecutivas

Que, de forma que, de modo que, de maneira que.

As conjunções consecutivas iniciam orações subordinadas que exprimem a


consequência ou o efeito do que se declara na oração principal, por exemplo:

 Foi tamanho o susto que ela desmaiou.


 Adiantou os estudos, de modo que ficou com a tarde livre.
 Perdeu a hora, de maneira que perdeu a consulta.

8. Conjunções temporais

Logo que, antes que, quando, assim que, sempre que, enquanto.

As conjunções temporais iniciam orações subordinadas que dão ideia de


tempo, por exemplo:

 Quando as férias chegarem, viajaremos.


 Sempre que posso, vou à biblioteca.
 Dou o recado logo que ele chegue.

9. Conjunções finais

A fim de que, para que.

As conjunções finais iniciam orações subordinadas que exprimem uma


finalidade, por exemplo:

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

 Estamos aqui para que ele fique tranquilo.


 Tirou fotos a fim de que acreditassem no que havia acontecido.
 Manteremos segredo para que ela não descubra a surpresa.

10. Conjunções proporcionais

À medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos,
quanto menor, quanto melhor.

As conjunções proporcionais iniciam orações subordinadas que exprimem


concomitância, simultaneidade, por exemplo:

 Quanto mais trabalho, menos recebo.


 À medida que andava, mais se encantava com a paisagem.
 Quanto menos eu souber dessa história, melhor será para mim.

Exercícios de conjunções
1. (PUC-SP) No período: "Da própria garganta saiu um grito de admiração, que
Cirino acompanhou, embora com menos entusiasmo", a palavra destacada
expressa uma ideia de:

a) explicação.
b) concessão.
c) comparação.
d) modo.
e) consequência.

Ver Resposta
Alternativa b) concessão.
2. (PUC-SP) Assinale a alternativa que possa substituir, pela ordem, as
partículas de transição dos períodos abaixo, sem alterar o significado delas.

"Em (primeiro lugar), observemos o avô. (Igualmente), lancemos um olhar para


a avó.
(Também) o pai deve ser observado. Todos são altos e morenos.
(Consequentemente), a filha também será morena e alta."

a) primeiramente, ademais, além disso, em suma


b) acima de tudo, também, analogamente, finalmente
c) primordialmente, similarmente, segundo, portanto
d) antes de mais nada, da mesma forma, por outro lado, por conseguinte
e) sem dúvida, intencionalmente, pelo contrário, com efeito.

Ver Resposta
Alternativa d) antes de mais nada, da mesma forma, por outro lado, por
conseguinte

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

3. (PUC-SP) Em: “… ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das


ondas…” a partícula como expressa uma ideia de:

a) comparação
b) causa
c) explicação
d) conclusão
e) proporção

Ver Resposta
Alternativa a) comparação

Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

O atual Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi aprovado em definitivo no


dia 12 de outubro de 1990 e assinado em 16 de dezembro do mesmo ano.

O documento foi firmado pela Academia de Ciências de Lisboa, a Academia


Brasileira de Letras e representantes de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Também houve adesão da delegação de observadores da Galiza. Isso porque


na Galiza, região localizada no norte da Espanha, a língua falada é o galego, a
língua-mãe do português.

Prazo para Implantação no Brasil


No Brasil, a implantação do novo acordo começou em 2008. O prazo final para
a adesão é 31 de dezembro de 2015, conforme o Decreto 7875/2012.

Este também é o prazo em Portugal, mas nem todos os países unificarão ao


mesmo tempo. Cabo Verde, por exemplo, só estará totalmente adaptado ao
novo acordo em 2019.

Até lá, concursos públicos, provas escolares e publicações oficiais do governo


estarão adaptadas às regras. A implantação nos livros didáticos brasileiros
começou em 2009.

O objetivo do acordo é unificar a ortografia oficial e reduzir o peso cultural e


político gerado pelas duas formas de escrita oficial do mesmo idioma. A ideia é
aumentar o prestígio internacional e a difusão do Português.

Acordos Ortográficos Anteriores

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Países lusófonos no mundo


As diferenças na grafia da língua utilizada por Brasil e Portugal começaram em
1911, quando o país lusitano passou pela primeira reforma ortográfica. A
reformulação não foi extensiva ao Brasil.

As primeiras tentativas para minimizar a questão ocorreram em 1931. Nesse


momento, representantes da Academia Brasileira de Letras e da Academia das
Ciências de Lisboa passaram a discutir a unificação dos dois sistemas
ortográficos. Isso só ocorreu em 1943, mas sem sucesso.

Representantes dos dois países voltaram a discutir o assunto novamente em


1943, quando ocorreu a Convenção Ortográfica Luso-brasileira.

Tal como o primeiro, este também não surtiu o efeito desejado e somente
Portugal aderiu às novas regras.

Uma nova tentativa reuniu novamente os representantes. Desta vez, em 1975,


quando Portugal não aceitou a imposição de novas regras ortográficas.

Somente em 1986, estudiosos dos dois países voltaram a tocar na reforma


ortográfica tendo, pela primeira vez, representantes de outros países da
comunidade de língua portuguesa.

Na ocasião, foi identificado que entre as principais justificativas para o fracasso


das tratativas anteriores estava a drástica simplificação do idioma.

A crítica principal estava na supressão dos acentos diferenciais nas palavras


proparoxítonas e paroxítonas, ação rejeitada pela comunidade portuguesa.

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Já os brasileiros discordaram da restauração de consoantes mudas, abolidas


há tempo.

Outro ponto rejeitado pela opinião pública brasileira estava na acentuação de


vogais tônicas "e" e "o" quando seguidas das consoantes nasais "m" e "n".
Essa regra era válida para as palavras proparoxítonas com acento agudo e não
o circunflexo.

Seriam assim no caso de Antônio (António), cômodo (cómodo) e gênero


(género).

Assim, além da grafia, os estudiosos passaram a considerar também a


pronúncia das palavras.

Considerando as especificidades dos países signatários do Acordo Ortográfico


da Língua Portuguesa, foi acordada a unificação em 98% dos vocábulos.

Principais Mudanças
As Consoantes C, P, B, G, M e T

Ficam consideradas neste caso as especificidades da pronúncia conforme o


espaço geográfico. Ou seja, a grafia é mantida quando há pronúncia é retirada
quando não são pronunciadas.

A manutenção de consoantes não pronunciadas ocorria, principalmente, pelos


falantes de Portugal, que o Brasil há muito havia adaptado a grafia.

Também houve casos da manutenção da dupla grafia, também respeitando a


pronúncia.

Ficou decidido que nesses casos, os dicionários da língua portuguesa


passarão a registrar as duas formas em todos os casos de dupla grafia. O fato
será esclarecido para apontar as diferenças geográficas que impõem a
oscilação da pronúncia.

Exemplos de consoantes pronunciadas:

Compacto, ficção, pacto, adepto, aptidão, núpcias, etc.

Exemplos de consoantes não pronunciadas:

Acção, afectivo, direcção, adopção, exacto, óptimo, etc.

Exemplos de dupla grafia:

Súbdito e súdito, subtil e sutil, amígdala e amídala, amnistia e anistia, etc.

Acentuação Gráfica

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

Os acentos gráficos deixam de existir em determinadas palavras oxítonas e


paroxítonas.

Exemplos:

Para – na flexão de parar


Pelo – substantivo
Pera – substantivo
Também deixam de receber acento gráfico as paroxítonas com ditongos "ei" e
"oi" na sílaba tônica.

Exemplos:

Assembleia, boleia, ideia.

Cai, ainda, o acento nas palavras paroxítonas com vogais dobradas. Isto
ocorreu porque em palavras paroxítonas ocorre a mesma pronúncia em todos
os países de língua portuguesa.

Exemplos:

Abençoo – flexão de abençoar


Enjoo – flexão de enjoar
Povoo – flexão de povoar
Voo – flexão de voar
Emprego do Hífen

É empregado o hífen nos casos de palavras em que a segunda formação se


inicia com a letra "h". Isso vale quando a primeira formação começa com letra
igual àquela que finaliza o prefixo.

Exemplos:

Anti-higiênico, contra-almirante, micro-ondas, hiper-resistente.

Também é empregado o hífen quando o prefixo termina em "m" e o segundo


elemento da palavra começa com vogal.

Exemplo:

Pan-africano

O hífen não é usado:

Nos casos das consoantes "r" e "s" dobradas em "rr" e "ss":

Exemplos:

Ecossistema, microssistema, antirreligioso

Professor: Adailson Silva


Língua Portuguesa

O hífen também não é usado nos casos em que o prefixo termina em vogal e o
sufixo começa com uma vogal diferente.

Exemplos:

Antiaéreo, aeroespacial

Trema

O uso do trema (¨) foi abolido.

Exemplo:

Lingüiça - linguiça

O Alfabeto

O alfabeto da língua portuguesa passa a contar com 26 letras, nas suas


formas maiúsculas e minúsculas. Incorpora-se as letras K, Y e W. Fica, assim,
então, o alfabeto:

A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, X, Y, Z.

Pelas regras do Acordo Ortográfico, além das 26 letras do alfabeto, também


são utilizadas na constituição das palavras:

 o ç (cê cedilhado)
 os dígrafos: rr (erre duplo), ss (esse duplo), ch (cê -agá), lh (ele -agá), nh
(ene -agá), gu (guê -u) e qu (quê -u).

Professor: Adailson Silva

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