Você está na página 1de 106

- spectos negativos.

Instituto Superior de Ciências da Educação


ISCED/LUANDA

Departamento de Ciências Sociais

MATERIAL DE APOIO À METODOLOGIA DE LÍNGUA


PORTUGUESA

Autor: Zeferino kapupulu

Luanda, de 2020

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Sumário: Os Sinais de Pontuação
Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a coesão de textos, bem
como têm a função de desempenhar questões de ordem estílica. São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o
ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as
reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ) e o travessão (—).

 Como usar e exemplos

Ponto (.) O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o final de um
período. O ponto é, ainda, utilizado nas abreviações.
Exemplos:
Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos. Depois, saí para trabalhar e resolvi ligar e
pedir perdão.
O filme recebeu várias indicações para o óscar.

Vírgula (,) -A vírgula indica uma pausa no discurso. Sua utilização é tão importante que pode mudar o
significado quando não utilizada ou utilizada de modo incorreto. A vírgula também serve para
separar termos com a mesma função sintática, bem como para separar o aposto e o vocativo.
Exemplos:
Vou precisar de farinha, ovos, leite e açúcar.
Rose Maria, apresentadora do programa da manhã, falou sobre as receitas vegetarianas.

Ponto e Vírgula (;) O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro de uma mesma frase e
para separar uma relação de elementos. É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já
que ora representa uma pausa mais longa que a vírgula e ora mais breve que o ponto.

Exemplos:
 Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não lucram, reclamam
igualmente.
 Joaquim celebrou seu aniversário na praia; não gosta do frio e nem das montanhas.
 Os conteúdos da prova são: Geografia; História; Português.

Dois Pontos (:) Esse sinal gráfico é utilizado antes de uma explicação, para introduzir uma fala ou
para iniciar uma enumeração.
Exemplos:
Na matemática as quatro operações essenciais são: adição, subtração, multiplicação e divisão. Joana
explicou: — Não devemos pisar na grama do parque.

Ponto de Exclamação (!) - O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, é colocado em
frases que denotam sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo, espanto.
Exemplos: Que horror! Ganhei!

Ponto de interrogação (?) - O ponto de interrogação é utilizado para interrogar, perguntar. Utiliza-se
no final das frases diretas ou indiretas-livre.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Exemplos:Quer ir ao cinema comigo? Será que eles preferem jornais ou revistas?

Reticências (...)- As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até mesmo indicar que o
sentido vai muito mais além do que está expresso na frase.

Exemplos: Ana gosta de comprar sapatos, bolsas, calças… Não sei… Preciso pensar no assunto.
Aspas (" ") - É utilizado para enfatizar palavras ou expressões, bem como é usada para delimitar
citações de obras.

Exemplos: Satisfeito com o resultado do vestibular, se sentia o “bom”.


Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu
cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas."

Parênteses ( ( ) ) Os parênteses são utilizados para isolar explicações ou acrescentar informação


acessória.
Exemplos: O funcionário (o mais mal-humorado que já vi) fez a troca dos artigos.
Cheguei à casa cansada, jantei (um sanduíche e um suco) e adormeci no sofá.

Travessão (—) - O Travessão é utilizado no início de frases diretas para indicar os diálogos do texto
bem como para substituir os parênteses ou dupla vírgula.

Exemplos: Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por favor, não faça isso agora pois
teremos problemas mais tarde.
Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que fizesse assim.

Sumário: Os Acentos Gráficos e Regras de acentuação

A acentuação gráfica consiste na colocação de acento ortográfico para indicar a pronúncia de uma
vogal ou marcar a sílaba tônica de uma palavra. Os nomes dos acentos gráficos da língua portuguesa
são: acento agudo (´), acento grave (`), acento circunflexo (^)

Os acentos gráficos são elementos essenciais que para estabelecem, por meio de regras, a
sonoridade/intensidade das sílabas das palavras. Em Língua Portuguesa Os Acentos gráficos são três:

Acento Agudo (´) – Marca sílaba tónica com vogal aberta (á,é, ó) ou com (i) ou (u) nos casos em que
for necessário
Ex: Dália, Café, Húmidos.
Acento Grave (`)- usa-se em determinadas contrações com preposições
Ex: à (a+a) àquela (a+aquela)

Acento Circunflexo (^) – marca a sílaaba tónica om vogal media (â,ê, ô) quando for necessário o
acento gráfico

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Ex: Têm, vêm, lêem , silêncio, Português

 De acordo com a posição da sílaba tônica podemos ter as seguintes palavras:

Palavras aguda (Oxítonas) – Quando a vogal tónica da palavra é última. Ou Quando o acento recai na
última sílaba.
Ex: Café, funil, Parabéns, Você...

Palavras graves(paroxítonas): Quando a vogal tônica da palavra é a penultima, ou quando o acento


Tónico recai na penultima sílaba
Ex: Escola, Telemovel Victor, Tritongo, órfã, túnel, Açúcar, Félix

Palavras Esdrúxulas (Proparoxítonas)- Quando o acento recai na antepenúltima sílaba. Ou seja,


quando a vogal tónica da palavra é a antepenúltima.
Ex: Câmara, Estúpido, lâmina, quilómetro

 Principais regras de acentuação das palavras


 Regras das palavras Proparoxítonas (esdrúxulas): todas as palavras proparoxítonas
(Esdruxulas) são graficamente acentuadas .

Ex: Câmara, Estúpido, Pêssego, Ângela, Exercícios


Se a vogal da palavra (Esdruxula) é aberta, coloca-se o acento agudo. Ex: Pátio, Cúmplice, nítido. Se
a vogal da sílaba for fechada , coloca.se o acento circonflexo. Ex: Tâmara, silêncio, estômago.
- Acentua-se com o acento agudo, se a vogal da sílaba tônica for a, ou o abertos, i ou u.
Ex: pátio, exercíto, pórtico, cúmplice

- Acentua-se com acento circumflexo, se a vogal da sílaba tónica for fechada:


Ex: tâmara, silêncio, estômago

 Regra de acentuação das palavras paroxítonas (Graves):

Devem ser graficamente acentuada todas as palavras graves terminadas em n,r,l,x,u,us,is,i


Ex: Lápis, pénis,tórax, Hélder, Nélson, Vénos, víros, mártir, ténis éden, açúcar.
Acentuam-se graficamente também as palavras gaves(paroxítonas) com as vogais ou ditongos nazais
, seguidos ou não de s
Ex: órgão,órgãos, álbum, álbuns, úteis, bêncão, imóveis , variáveis.

- São acentuadas as palavras graves terminadas em i, ou u seguidos de s Ex: lápis, ónus


- Que terminam em ão e ã, seguidos ou não de s. Ex: órgão (s) , órfã (s)
- Que terminam em um e uns. Ex:álbum, álbuns
- Que terminam em l,n,r,e x. Ex: túnel,cármen, açúcar, félix

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
- Também são acentuadas as palavras que têm na sílaba tônica i ou u, precedido de uma
vogal com o qual não formam ditongos. Ex: saída, viúva, saúde.

 Regra de acentuação das palavras oxítonas (agudas) Devem ser graficamente acentuadas
todas as palavras oxítonas terminadas em a,e,o, abertos ou fechadas, seguidas ou não de s.

Ex: Rodapé, Bisavó, ananás, vocês, Português


Devem ser também graficamente acentuadas todas as palavras oxítonas (Graves) terminadas em em
ou ens, mais só uando tierem mais de uma sílaba.
Ex: Parabéns, armazém, armazéns

- Sinais auxilhares da escrita

Os sinais auxilhares da escrita são: sinais de pontuação; acentos; e til, cedilha e ifem
- O til(~)- indica a vogal nazal. O til serve para marcar a nazalidade de uma vogal
ou de um ditongo. Ex: ãe, na palavra mãe; ão, na palavra cão.

- O fifen (-) liga duas palavras. Serve para ligar duas ou mais palavras.

a) O ifen- emprega-se nas palavras por justaposição. Ex: guarda-chuva; couve-flor; pão-de-ló.
b) Para ligar o verbo aos pronomes pessoais átono, quando se enconrtam a direita deles.
- Ex: eu feri-me;
- ela deu-lhe uma borracha;
- ela sorriu-se; Calai-vos

- A cedilha- altera o som da letra c. A cedilha poe-se por baixo doc (ç) para lhe dar
o valor de (s). Ex: caça, lição, praça.

Ex: O guarda-chuva da minha irmã é engraçado


Sumário: Sílabas e sua classificação
Sílabas- são fonemas emitidos de uma só vez. Isso é percebido mais facilmente quando fazemos
exercícios de separação silábica e dividimos as palavras conforme elas são pronunciadas.

Assim, a palavra mar tem uma sílaba, enquanto on-da tem duas; bi-quí-ni, três e bra-si-lei-ros, quatro
sílabas. Em cada sílaba há sempre uma vogal, por isso, lembre-se: as sílabas são elemento
obrigatório; não existe sílaba sem vogal!

As palavras são classificadas conforme o número sílabas:

Palavras Monossilábicas: palavras que têm apenas uma sílaba. Exemplos: mão, pai, pé.
Palavras Dissilábicas: palavras que têm duas sílabas. Exemplos: pa-pai, sal-to, ta-to.
Palavras Polissilábicas: palavras que têm mais de duas sílabas. Possuem três ou mais sílabas
Exemplos: bi-lhe-te-ri-a, com-pu-ta-dor, fo-to-gra-fi-a. cor-ti-na, sa-co-la, sa-pa-to

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
As sílabas, por sua vez, são classificadas conforme a ênfase com que são pronunciadas e conforme a
localização da sílaba mais forte na palavra. Assim:

 Quanto à Intensidade

Tônicas: sílabas emitidas com mais ênfase, mais força. Exemplos: ca-fé, ce-lu-lar, por-ta.
Átonas: sílabas emitidas com menos ênfase, menos força. Exemplos: ca-fé, ce-lu-lar, por-ta.

 Quanto à Posição da Sílaba Tônica


1. Oxítonas (agudas): a sílaba mais forte é a última sílaba da palavra. Exemplos: a-tum, cha-péu,
vo-cê, está.
2. Paroxítonas: (graves) a sílaba mais forte é a penúltima sílaba da palavra. Exemplos: ca-dei-ra,
ja-ne-la, te-cla-do, criança.
3. Proparoxítonas (esdrúxulas): a sílaba mais forte é a antepenúltima sílaba da palavra.
Exemplos: ár-vo-re, aus-trí-a-co, lâm-pa-da, sílabas, esdrúxulas, tónicas.

 Traslineação

Sabemos que os elementos que formam as sílabas não podem ser separados. Por iso,
quando é necessário divider uma palavra, por faltar no fim da linha o espaço para –a
completar, essa divisão é marcada pelo ifem de acordo as regras prórias. Normalmente, a
mudança da lnha faz-se respeitando a divisão silábica.

No entanto, há alumas normas a seguir:


- Duas consoantes iguais, iguais – fica uma em cada linha. EX: tossir (tos-sir)
- Duas consoantes diferentes – só passa uma para a linha seguinte.
Ex: A- dap- tar (adaptar); Absoluto ( Ab-so- lu-to)

Excepto se a segunda consoante for L, r, ou h, neste caso respeita-lhe a divisão silábica,


passando as duas para a linha seguinte.

Ex: pi-nhe-ro (pinhero); ver-me-lho ( Vermelho); re-gres-so (regress).

Palavras ligadas por ifem- repete-se o ifem na linha seguinte. Ex: mandou-o tossir e
espreitou- - lhe.
Palavra Divisão gramatical translineação Regra
carro Car-ro Car- Devem separar-se as
ro consoantes
osso Os-so os-
so
connosco Con-nos-co con-
nosco
pássaro Pás- sa- ro pás-
saro
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Cautela Cau-te-la Cau- Não se devem
paulada Pau-la-da Tela
vaidoso Vai-do-so Pau-
papéis Pa-péis Lada
Vai-
doso
pa-
péis

Sumário: Sílaba Tônica


A sílaba tônica é a sílaba emitida com mais ênfase, sendo que em cada palavra há apenas uma sílaba
tônica.

De acordo com a intensidade com que são pronunciadas, as sílabas podem ser tônicas ou átonas.
Assim, a chamada sílaba átona é a que possui menor intensidade numa palavra.

 Exemplos:

a-ba-ca-xi: xi é a sílaba tônica; as outras são átonas.


u-ru-bu: bu é a sílaba tônica; as outras são átonas.
a-ni-mal: mal é a sílaba tônica; as outras são átonas.
te-le-fo-ne: fo é a sílaba tônica; as outras são átonas.
re-lâm-pa-go: lâm é a sílaba tônica; as outras são átonas.
pro-je-to: je é a sílaba tônica; as outras são átonas.
bo-ne-ca: ne é a sílaba tônica; as outras são átonas.
me-sa: me é a sílaba tônica; as outras são átonas.

Nos exemplos acima, podemos notar que nem sempre a sílaba tônica é acentuada. Portanto, é
importante estar atento às regras de acentuação das palavras para não cometer o erro de colocar
acento onde não há.

Sumário: Tipos de frases

A frase pode ser definida por seu propósito comunicativo. Isso significa que Frase é todo enunciado
capaz de transmitir, de traduzir sentidos completos em um contexto de comunicação, de interação
verbal.

Observe algumas características das frases:

O início e o final da frase são marcados, na escrita, por pontuação específica (. ! ? …);

Na fala, o início e o final da frase são marcados por uma entoação característica. Não se esqueça de
que a entoação é a forma como os falantes associam o contorno da expressividade, como é visto na
frase interrogativa ou declarativa;

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Frase é um conjunto de palavras que formam um sentido completo. É um enunciado com sentido
completo, composta por um conjunto de palavras devidamente organizada. Uma frase é aceitavel
quando tem sentido, uma pontuação correcta e é constituido segundo a regra da gramática.
Os tipos de frases são:
 Frase imperativa- emprega-se quando se dá uma ordem, um conselho ou se faz um pedido.
Ex: repara nesta gravura. Abre os olhos. Por favor passa-me o caderno. Vou atrás dele, abre
os olhos
 Frase interrogativa- emprega-se quando se faz uma pergunta. Ex: O que fez o animal? O Luís
adormeceu?
 Frase exclamativa- exprime dejeso, sentimentos , emprega-se quando se exprime um
sentimento (indignação, admiração, surpreza) Ex: Grande comilão! Não tem fome
nenhuma” O Luís adormeceu!
 Frase declarativa- emprega-se quando se faz uma afirmação ou se dá uma informação . nela
o emissor declara seu pensamento ou exprime uma ideia. Ex: O macaco está em cima da
árvore, o Rui e a Senhora Suzana eram amigos. Come folhas de couve.

Forma das frases: cada um dos tipos de frases acima explicados pode ter formas diferentes. As frases
podem aparecer em duas formas diferentes que são: Forma afirmativa e forma negativa. Ex: O
macaco come a banana, o macaco não comeu a banana

Sumário : Linguagem e comunicação: Linguagem verbal e Não verbal


Comunicação – é o acto ou forma de transmitir e receber mensagem através da linguagem (falada,
escrita, ou gestual).

A linguagem verbal é aquela expressa por meio de palavras escritas ou falada, ou seja, a linguagem
verbalizada, enquanto a linguagem não- verbal, utiliza dos signos visuais para ser efetivada, por
exemplo, as imagens nas placas e as cores na sinalização de trânsito.

Vale ressaltar que ambas são tipos de modalidades comunicativas, sendo a comunicação definida
pela troca de informações entre o emissor e o receptor com a finalidade de transmitir uma
mensagem (conteúdo). Nesse sentido, a linguagem representa o uso da língua em diversas situações
comunicativas.

A linguagem verbal é aquela expressa por meio de palavras escritas ou falada, ou seja, a linguagem
verbalizada. Permite a comunicação entre os seres vivos através da fala ou da escrita.
Ex: a carta, o jornal, a tv, a conversa

Linguagem não- verbal, utiliza dos signos visuais para ser efetivada, por exemplo, as imagens nas
placas e as cores na sinalização de trânsito. Permite a comunicação entre os seres vivos sem no
entanto recorrer a fala. Nela encontramos a linguagem gestural ( comunicação através de gestos ,
comunicação dos surdo-mudos)
Ex: sinais de trânsito, os códigos gestuais, a banda desenhada, os sinais luminosos.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
 Linguagem Mista

Além da linguagem verbal e não verbal há a linguagem mista ou híbrida, a qual agrega essas duas
modalidades, ou seja, utiliza a linguagem verbal e não-verbal para produzir a mensagem, por
exemplo, nas histórias em quadrinhos, em que acompanhamos a história por meio dos desenhos e
das falas das personagens

Vale ressaltar que ambas são tipos de modalidades comunicativas, sendo a comunicação definida
pela troca de informações entre o emissor e o receptor com a finalidade de transmitir uma
mensagem (conteúdo). Nesse sentido, a linguagem representa o uso da língua em diversas situações
comunicativas.

Em resumo, se a transmissão de informações na mensagem é realizada mediante o uso de palavras,


trata-se de um discurso verbal, por outro lado, se a mensagem não é produzida pela escrita, estamos
utilizando um discurso com linguagem não-verbal.

- Formas de comunicação (linguagem)

A comunicação apresenta duas formas : a comunicação unilateral ou monólogo , onde o indivíduo


fala consigo mesmo; e a comunicalção bilateral ou diálogo onde o indivíduo troca imprensão com
alguém .

 Elementos da comunicação
1- Emissor: chamado também de locutor ou falante, o emissor é aquele que emite a mensagem
para um ou mais receptores, por exemplo, uma pessoa, um grupo de indivíduos, uma
empresa, dentre outros.

2- Receptor: denominado de interlocutor ou ouvinte, o receptor é quem recebe a mensagem


emitida pelo emissor.

3- Mensagem: é o objeto utilizado na comunicação, de forma que representa o conteúdo, o


conjunto de informações transmitidas pelo locutor.

4- Código: representa o conjunto de signos que serão utilizados na mensagem.

5- Canal de Comunicação: corresponde ao local (meio) onde a mensagem será transmitida, por
exemplo, jornal, livro, revista, televisão, telefone, dentre outros.

6- Contexto: também chamado de referente, trata-se da situação comunicativa em que estão


inseridos o emissor e receptor

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
 Importância da Comunicação

O ato de comunicar-se é essencial tanto para os seres humanos e os animais, uma vez que através da
comunicação partilhamos informações e adquirimos conhecimentos. Note que somos seres sociais e
culturais. Ou seja, vivemos em sociedade e criamos culturas as quais são construídas através do
conjunto de conhecimentos que adquirimos por meio da linguagem, explorada nos atos de
comunicação.

Sumário: Os registos e níveis de Línguagem


Os város registos ou níveis de línguagem são:
Registo ou Linguagem cuidada- utiliza-se em situações formais , em discursos parlamentares ,
conferência, etc. Usa-se um vocabulário selecionado e uma construção de frases mais elaborada

Registo ou Linguagem familiar- utiliza-se em situações informais , com famílias , amigos, não se
afasta muito da linguagem corrente , pós utiliza-se um vocabulário simples e pouco variado.

Registo ou Linguagem popular- é o tipo de linguagem associado a um vocabulário de baixo grau de


construção, utiliza-se um vocabulário muito próprio e afasta-se das regras da gramática. O registo
popular pode recorrer a:
- Regionalismo- uso da língua caracteristicos de uma determinada região , ao nível
vocabulário, da construção frásifica e da pronúncia
- Gíria- código construído por determinados grupos sociais ou profissionais sendo
dificilmente compreendido por quem não pertence ao grupo
- Calão- caracteriza-se pela utilização de termos considerados gosseiros ou obsceno.

Sumário: Função da Linguagem


A linguagem tem várias funções , pós ao nos comunicarmos são várias as finalidades que desejamos
alcançar. Sendo assim podemos citar as dferentes funções da linguagem:

1- Função informativa ou referencial- é quando o objectivo é informar a cerca de um objectivo


à um receptor dando-lhe a conhecer a realidade de um acontecimento. Tem a função
objectiva de informar , referenciar sobre algo

Ex: Há gelo. O tempo acabou.


Disse o professor: amanhã haverá prova. Hoje temos aulas de LP.

2- Função imperativa ou apelativa- quando o objectivo é influencia o destinatário. O emissor


atua sobre o receptor dando-lhe um conselho, uma ordem ou apelando para que este
assume um determinado comportamento.

Ex: Não faça isso. Quem não trabalha não come. Cuidado com o cão. A mentira tem pernas curtas
. Vá comprar o jornal.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
3- Função Expressiva ou emotiva- é quando o emissor manifesta a sua emotividade, ou seja a
sua actividade afectiva , nela exprime sentimentos e emoções. A linguagem emotiva em
primeira pessoa, objectiva tranmitir emoções , sentimentos

Ex: Ele era tão bonito! Olha isso, Que lindo! Que dia! Ah quem me dera !

4- Função Meta-Linguistica- é quando a linguagem explica a própria linguagem. O emissor


utiliza a linguagem para exclarecer algo que não foi bem entendido .

Ex: O jão é egoista, isto é só olha nos seus próprios problemas .


Devemos ter atenção aos emprevistos, quer dizer em algo que pode acontecer sem que possamos
prever.

5- Função Fática- é a função pela qual o emissor procura estabelecer contactos com o receptor
, acontece em muitos casos de emergencia, ou numa conversa ao telefone. A linguagem é
utilizada apenas para garantir que o locutor mantém o contacto com o seu interlocutor.
Ex: Oi tudo bem, alô.

Sumário: Actos da Fala (Discurso Directo e indirecto)


Discurso Direto, Discurso Indireto e Discurso Indireto Livre são tipos de discursos utilizados no gênero
narrativo para introduzir as falas e os pensamentos dos personagens. Seu uso varia de acordo com a
intenção do narrador.

 Discurso Direto - no discurso direto, a própria personagem fala.


 Discurso Indireto - no discurso indireto o narrador interfere na fala da personagem. Em
outras palavras, é narrado em 3ª pessoa uma vez que não aparece a fala da personagem.

O Discurso directo ( Fala directo) é a reprodução textual literal da fala de uma personagem , ou é
quando aquilo que o locutor diz , corresponde literalmente aquilo que pretende dizer . trata-se de
um acto de fala directo . No discurso direto, o narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar
fielmente a fala do personagem.

No discurso direto, o narrador dá uma pausa na sua narração e passa a citar fielmente a fala do
personagem. O objetivo desse tipo de discurso é transmitir autenticidade e espontaneidade. Assim, o
narrador se distancia do discurso, não se responsabilizando pelo que é dito.
Pode ser também utilizado por questões de humildade - para não falar algo que foi dito por um
estudioso, por exemplo, como se fosse de sua própria autoria.

 Características do Discurso Direto


- Utilização dos verbos da categoria dicendi, ou seja, aqueles que têm relação com o verbo
"dizer". São chamados de "verbos de elocução", a saber: falar, responder, perguntar,
indagar, declarar, exclamar, dentre outros.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
- Utilização dos sinais de pontuação - travessão, exclamação, interrogação, dois pontos, aspas.

Inserção do discurso no meio do texto - não necessariamente numa linha isolada.

- Ex: Octávio, o que estás a fazer aqui. Disse o Ivo.


- O réu afirmou: "Sou inocente!"
-
- Vá comprar o Jornal. Disse a Patroa à funcionária.
- Comprei o último romance de Pepetela- Disse o Rui à mulher
- Odeio levantar-me cedo!- Exclamou a Rita , quando a avó a acordou
A Criança perguntou:
- Já posso sair da mesa?
- Vim cedo para a casa-explicou-lhe-, porque o professor faltou
- Filho, preciso que me faças um favor- Disse a Teresa.
- Os formados repetiam: "Prometo cumprir meus deveres e respeitar meus semelhantes com
firmeza e honestidade.".
- O réu afirmou: "Sou inocente!"

No Discurso Directo Narrador reproduz as palavras das personagens tal como elas pronunciaram .
geralmente um enunciado ao discurso directo é marcado pela presença de verbos como dizer,
perguntar, responder, reclamar comentar , propor ...que podem estar colocados antes , no meio ou
depois das palavras das personagens

Discurso Inderecto- é a reprodução indirecta das falas das personagens . O discurso Indirecto ou
relactado conta o que a personagem disse, isto é, as palavras das personagens são incorporadas no
discurso do narrador , subordinada a um verbo de comunicação ( dizer, perguntar, declarar,
responder , achar, comentar). Aqui, a fala das personagens aparecemnuma oração subordinada.

No discurso indireto, o narrador da história interfere na fala do personagem preferindo suas


palavras. Aqui não encontramos as próprias palavras da personagem. O discurso é narrado em
terceira pessoa.

 Características do Discurso Indireto

- discurso é narrado em terceira pessoa.


- Algumas vezes são utilizados os verbos de elocução, por exemplo: falar, responder,
perguntar, indagar, declarar, exclamar. Contudo não há utilização do travessão, pois
geralmente as orações são subordinadas, ou seja, dependem de outras orações, o que pode
ser marcado através da conjunção “que” (verbo + que).

 Ex: A criança perguntou se Já podia sair da mesa


 Ele explicou que tinha vindo cedo para casa , porque o professor tinha faltado
 A teresa disse ao filho que precisava que ele lhe fizesse um favor
 O Ivo perguntou ao Octávio, o que estava aí a fazer
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
 Falou ao Manuel para que se apressasse
 O pai perguntou –lhe se tinha ido ao cinema
 Os formados repetiam que iriam cumprir seus deveres e respeitar seus semelhantes com
firmeza e honestidade.
 O réu afirmou que era inocente.

No discurso indirecto, as palavras das personagens deixam de estar reproduzidas textualmente. O


narrador incorpora-asao seu próprio falar , subordindo-as a um verbo declarativo.
Discurso Directo Discurso Indirecto
Vou contigo Ele disse que vai contigo
Enviei uma carta Ele disse que enviou uma carta
Telefonarei Disse que telefonaria
Telefona Ele disse telefonasse
Vou amanhã Disse que ia no dia seguinte
Cheguei na semana passada Disse que chegara na semana anterior
Estou aqui Disse que estava alí
Vou agora Disse que iria então

 Convidei o meu amigo para jantar


 Disse que tinha convidado o seu amigo para jantar

Passagem do discurso directo para o discurso indirecto


Modo de tempo- quando o verbo da oração subordinante está no passado os tempos invertem-se
 Presente indicativo-------------------- Presente mais que perfeito
- Eu vou contigo----------------------ele disse que ia contigo
- Pintarei este quadro---------------disse que pintará este quadro
 Pretérito perfeito do indicativo------------pretérito mais que perfeito composto do indicativo
- Adormeceu-------------------------------- disse que tinha adormecido
- Jantei--------------------------------------- disse que tinha jantado
- Comprou-----------------------------------disse que tinha comprado
 Futuro do indicativo-------------------------- condicional
- Telefonarei--------------------------------- disse que telefonaria
- Eu cantarei-----------------------------------ele disse que cantaria
 Adverbios e locuções adverbiais
 Aqui, aí, cá--------------------------------------- alí, lá
- Estou aqui----------------------------------- disse que estava alí
- Estou cá--------------------------------------- disse que estava lá
- Agora------------------------------------------- então
- Vou agora -------------------------------------disse que ia então
 Ontem ------------------------------------------------- no dia anterior
- Escrevi ontem-------------------------------disse que tinha esctito no dia anterior
 Amanhã------------------------------------------------ no dia seguinte
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
- Eu Vou amanhã---------------------------ele disse que ia no dia seguinte

 Na semana passada---------------------------------- na semana anterior


- Cheguei na semana passada----------------- disse que chegou na semana anterior

 Transposição do Discurso Direto para o Indireto

Nos exemplos a seguir verificaremos as alterações feitas a fim de moldar o discurso de acordo com a
intenção pretendida.

Discurso Directo Discurso Indirecto


Preciso sair por alguns instantes. (enunciado na
Disse que precisava sair por alguns instantes.
1.ª pessoa) (enunciado na 3.ª pessoa)
Sou a pessoa com quem falou há pouco. Disse que era a pessoa com quem tinha falado
(enunciado no presente) há pouco. (enunciado no imperfeito)
Não li o jornal hoje. (enunciado no pretérito
Disse que não tinha lido o jornal. (enunciado no
perfeito) pretérito mais que perfeito)
O que fará relativamente sobre aquele assunto?
Perguntou-me o que faria relativamente sobre
(enunciado no futuro do presente) aquele assunto. (enunciado no futuro de
pretérito)
Não me ligues mais! (enunciado no modo Pediu que não lhe ligasse mais. (enunciado no
imperativo) modo subjuntivo)

Isto não é nada agradável. (pronome Disse que aquilo não era nada agradável.
demonstrativo em 1.ª pessoa) (pronome demonstrativo em 3.ª pessoa)
Vivemos muito bem aqui. (advérbio de lugar Disse que viviam muito bem lá. (advérbio de
aqui) lugar lá)

 Discurso Indireto Livre

No discurso indireto livre há uma fusão dos tipos de discurso (direto e indireto), ou seja, há
intervenções do narrador bem como da fala dos personagens.

Não existem marcas que mostrem a mudança do discurso. Por isso, as falas dos personagens e do
narrador - que sabe tudo o que se passa no pensamento dos personagens - podem ser confundidas.

- Características do Discurso Indireto Livre


a) Liberdade sintática.
b) Aderência do narrador ao personagem.

 Exemplos de Discurso Indireto Livre

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
- Fez o que julgava necessário. Não estava arrependido, mas sentia um peso. Talvez não
tenha sido suficientemente justo com as crianças…
- O despertador tocou um pouco mais cedo. Vamos lá, eu sei que consigo!
- Amanheceu chovendo. Bem, lá vou eu passar o dia assistindo televisão!

Nas orações destacadas os discursos são diretos, embora não tenha sido sinalizada a mudança da
fala do narrador para a do personagem.

Sumário: Processo de Formação de palavras


Existem vários processos de formação de palavras, que nos permite formar palavras novas, entre elas
destacam-se : A derivação e a composição. As palavras que compõem o léxico da língua são formadas
principalmente por dois processos morfológicos:

 Derivação (prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria)


 Composição (justaposição e aglutinação)

Palavras Primitivas e Derivadas

Antes de mais nada, vale ressaltar dois conceitos importantes para o estudo de formação das
palavras. Os vocábulos “primitivos” é a raiz ou base são as palavras que originam outras. Já as
palavras “derivadas” são aquelas que surgem a partir das palavras primitivas

Exemplos:
dente (primitiva) e dentista (derivada)
mar (primitiva) e marítimo (derivada)
sol (primitiva) e solar (derivada)

 Afixos

Além do conceito de palavras primitivas e derivadas, temos os afixos. Eles são morfemas, ou seja,
menores partículas significativas da língua. É o elemento que acrescenta-se ao radical (Base), pode
ser colocado antes da palavra mãe ( Prefixo) ou depois da palavra primitiva (sufixo)

Juntos a um radical, os afixos formam uma palavra, por exemplo, pedra (palavra primitiva) e pedreira
(palavra derivada). Nesse exemplo, foi acrescentado o sufixo -eira. Os afixos são classificados de
acordo com sua localização na palavra: Assim, os sufixos vem depois do radical, por exemplo,
folhagem e livraria. Já os prefixos são acrescentados antes do radical, por exemplo desleal e ilegal.

 Processos de Derivação

Derivação – é o processo morfológico que nos permite formar palavras novas através de um artifixo
à uma base. A derivação pode ser por prefixção, sufixação, derivação regressiva ou imprópia. Os
processos de derivação de palavras ocorrem de cinco maneiras sempre com um radical e os afixos
(sufixos e prefixos):

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
 Derivação Prefixal (Prefixação): inclusão de prefixo à palavra primitiva, por exemplo: infeliz,
antebraço, enraizar, refazer, etc. O elemento (prefixo) coloca-se antes da palavra base.

 Derivação Sufixal (Sufixação): inclusão de sufixo à palavra primitiva, por exemplo: felicidade,
felizmente, satisfeitamente, beleza, estudante, etc.

 Derivação Parassintética (Parassíntese): inclusão de um prefixo e sufixo à palavra primitiva,


por exemplo: entardecer, emagrecer, infelizmente, inpiedosamente , enriquecimento
engaiolar, etc.

Derivação Regressiva: redução da palavra derivada por meio da retirada de uma parte da palavra
primitiva, permite a formação de nomes através de verbo. por exemplo: beijar-beijo, debater-
debate, perder-perda, etc.

Derivação Imprópria: ocorre a mudança de classe gramatical da palavra, transforma plavras de


outras classes em nomes (nominalização) , onde as palavras mudam de classe sem sofrerem
alteração na sua forma. por exemplo, O jantar estava muito bom (substantivo); Fui jantar ontem à
noite com Luís. (verbo). Ele foi empurrado contra a parede.

 Processos de Composição

Composição é o processo de formação de palavras pela união de duas ou mais palavras simples. A
composição pode ser : composição por Justa posição e composição por agrutinação

 Composição Justaposição: Na união dos termos, os radicais não sofrem qualquer alteração
em sua estrutura, é formada por duas ou nais palavras por meio de ifem, onde o s elementos
juntam-se com um traço de união onde cada um dos elementos apresenta o seu acento
próprio

Exemplo: surdo-mudo, guarda-chuva, abre -latas, pisca-pisca, beija-flor, água- ardente etc.

 Composição por Aglutinação: Na união dos termos, pelo menos um dos radicais sofre
alteração em sua estrutura, quando consiste agrupar ou juntar dois ou mais termos num só,
subordinados a um acento próprio

exemplo, planalto (plano alto), hidroelétrica (hidro e elétrica), águardente ( água ardente) etc.

Sumário: A Família de palavras

Entende-se por famílias de palavras o conjunto de palavras derivadas de uma palavra primitiva. São
todas as palavras que provém de uma raiz comum. Nela encontramos oa palavras derivadas e
também a palavra primitiva (Radical ou base).
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
 Exemplos:
 Casa- casota, casinha, casebre, casarão
 Flor- florir, florescer, florinha, florzinha, floresta, florista, enflorar
 Jogar- jogo, jogador, jogada
 Pedra- pedrinha, pedregulho, empedrar
 Terra- aterrar, enterro, terreiro , subterrâneo

Sumário Frase, Oração e Período

Frase é todo o enunciado linguístico que tem sentido completo e termina com uma pausa pontuada.
Não é necessário haver verbo para a formação de uma frase quando o que foi enunciado tem sentido
completo. Exemplos: Silêncio! E agora, José? Choveu. Não sei o que dizer ...

As frases são marcadas por entonação que, na escrita, ocorrem com o recurso dos sinais de
pontuação. Sem a pontuação, as palavras são apenas vocábulos.

 Oração

A oração- é o enunciado que se organiza em torno de um verbo ou de uma locução verbal. As


orações podem ou não ter sentido completo.
Exemplos: Acabamos, finalmente! Levaram tudo. É provável. Estamos indo ...

A oração é uma unidade sintática. Trata-se de um enunciado linguístico cuja estrutura caracteriza-se,
obrigatoriamente, pela presença de um verbo. Na verdade, a oração é caracterizada, sintaticamente,
pela presença de um predicado, o qual é introduzido na língua portuguesa pela presença de um
verbo. Geralmente, a oração apresenta um sujeito, termos essenciais, integrantes ou acessórios.
Observe alguns exemplos de orações:
– Corra!
– Esses doces parecem muito gostosos.
– Chove muito no inverno

 Período

O período é uma unidade sintática. Trata-se de um enunciado construído por uma ou mais orações e
possui sentido completo. Na fala, o início e o final do período são marcados pela entonação e, na
escrita, são marcados pela letra maiúscula inicial e a pontuação específica que delimita sua extensão.
Os períodos podem ser simples ou compostos.

Período - é frase organizada em uma ou mais orações. O período pode ser simples ou composto.

Período Simples - O período simples é formado por somente uma oração agrupada em torno de um
único verbo ou de uma única locução verbal. Quando isso ocorre, o período é denominado oração

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
absoluta. Os períodos simples são aqueles constituídos por uma oração, ou seja, um enunciado com
apenas um verbo e sentido completo. Exemplo: Os dias de verão são muito longos! (verbo ser)

 Exemplos: Estamos felizes com os resultados


 . Faltam apenas alguns dias.
 Talvez eu vá. Os alunos esudam .
 A paizagem era belicima.

Período Composto - O período composto é formado por mais de uma oração e mais de um
predicado. Nesse caso, a quantidade de orações é sujeita ao número de verbos ou de locuções
verbais. Os períodos compostos são aqueles constituídos por mais de uma oração, ou seja, dois ou
mais verbos. Exemplo: Mariana me ligou para dizer que não virá mais tarde. (Período composto por
três orações: verbos ligar, dizer e vir.)
 Exemplos: Faça como eu pedi.
 Não sei se tenho coragem. Começou a gritar enquanto ele ia passando.
 Os alunos que estudam e trabalham.
 Cantam, dançam e beijam-se simultaneamente.

Sumário: Oração Simples e compostas

Como vimos, O período pode ser caracterizado pela presença de uma ou de mais orações, por isso,
pode ser simples ou composto.
1- Período Simples - apresenta apenas uma oração, a qual é chamada de oração absoluta.
 Exemplos: Já acordamos. Hoje está tão quente! Preciso disto.

2- Período Composto - apresenta duas ou mais orações.


 Exemplos: Conversamos quando eu voltar. É sua obrigação explicar o que aconteceu.
 Descansou, passeou e fez o que mais quis nas férias.
O número de orações depende do número de verbos presentes num enunciado.

 Classificação do Período Composto

Conforme a sua formação, o período composto é classificado em:

Período Composto por Coordenação - quando as orações são independentes entre si, ou seja, cada
uma delas têm sentido completo.

- Exemplos:

Levantou e começou a trabalhar.


Assaltou a loja e correu pela porta dos fundos.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Período Composto por Subordinação - quando as orações relacionam-se entre si.
- Exemplo

Espero terminar os enfeites até que os convidados comecem a chegar.


Fiz a receita mesmo sem saber quais ingredientes levava.

Período Misto - quando há a presença de orações coordenadas e subordinadas.

- Exemplos:

Levantei, embora ainda estivesse cheio de sono.


Enquanto ele falar, nós vamos escutar.

 Orações Coordenadas

As orações coordenadas podem ser sindéticas ou assindéticas, respectivamente, conforme são


utilizadas ou não conjunções.

Exemplos:
Ora fala, ora não fala. (oração coordenada sindética, marcada pelo uso da conjunção “ora...ora”).
As aulas começaram, os deveres começaram e a preguiça deu lugar à determinação. (orações
coordenadas assindéticas: “As aulas começaram, os deveres começaram”, oração coordenada
sindética: “e a preguiça deu lugar à determinação”.)

 As orações coordenadas sindéticas podem ser:

Aditivas: quando as orações expressam soma. Exemplo: Gosta de praia, mas também gosta de
campo.
Adversativas: quando as orações expressam adversidade. Exemplo: Gostava do curso, contudo não
havia vaga na sua cidade.
Alternativas: quando as orações expressam alternativa. Exemplo: Vai ele ou vou eu.
Conclusivas: quando as orações expressam conclusão. Exemplo: Estão de acordo, então vamos.

Explicativas: quando as orações expressam explicação. Exemplo: Fizemos o trabalho hoje porque
tivemos tempo.

 Orações Subordinadas

As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais, conforme a sua função.

 Exemplos:

Substantivas: quando as orações têm função de substantivo. Exemplo: Espero que vocês consigam.
Adjetivas: quando as orações têm função de adjetivo. Exemplo: Os concorrente que dormem mais
têm um desempenho melhor.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Adverbiais: quando as orações têm função de advérbio. Exemplo: À medida que crescem,
aumentam as preocupações.

Sumário : Período simples ( Frase simples)

 Funções sintéticas ( Análise sintética)

Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. É em torno desses dois elementos que as
orações são estruturadas. O elemento a quem se declara algo é denominado sujeito. Na estrutura da
oração, o sujeito é o elemento que estabelece a concordância com o verbo. Por sua vez, o predicado
é tudo aquilo que se diz sobre o sujeito.

A análise sintática é a parte da gramática que estuda a função e a ligação de cada elemento que
forma um período. Há também a análise morfológica. Essa é a parte da gramática que estuda
individualmente cada elemento que forma um enunciado linguístico, ou seja, independentemente da
sua função. A análise morfossintática, por sua vez, analisa os elementos do mesmo enunciado
linguístico sintática e morfologicamente.

- Termos da oração

A oração é dividida de acordo com a função que exerce. Essa divisão é feita através de termos, os
quais podem ser essenciais, integrantes ou acessórios.

- Termos Essenciais da Oração

Os termos essenciais são os termos básicos, que geralmente formam uma oração. Trata-se do sujeito
e do predicado. Vale lembrar que nem sempre a oração tem sujeito. Na análise sintética , acha-se os
elementos essenciais (fundamental) e complementares da oração. Os elementos essenciais da
oração são:

1- Sujeito: é o ser ou coisa sobre o qual se afirma ou se nega algo . sujeito é o ser ou coisa
sobre o qual se declara alguma coisa (sobre o qual se faz uma afirmação) ou o ser que
pratica a ação.
Ex: O joão comeu a maçã. O Zeferino é estudante.

O sujeito é alguém ou alguma coisa sobre a qual é dada uma informação. O núcleo do sujeito
é a palavra que tem mais importância, é o principal termo contido no sujeito.

- Exemplos

Uma pessoa ligou, mas não quis se identificar. (pessoa é o núcleo do sujeito Uma pessoa)
O casal saiu para jantar. (casal é o núcleo do sujeito O casal)

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
O sujeito pode ser constiituido por:
a) Um artigo e um substantivo. Ex: A paizagem era belícima
b) Por um substantivo. Ex: Agostinho Neto foi um grande poeta
c) Por um pronome. Ex: Ele é Angolano. Nós somos assim

 Formas ou tipos de sujeito:


a) Sujeito simples- quando é formado por um único elemento: um nome ou um pronome.
Ex: A suca comeu a maçã. Ele está doente. Ela pratica desporto. O Kapupulo estuda

b) Sujeito composto- Quando é constituido por mais de um núcleo


Ex: O rui e a Mãe vão ao cinema. Ele e ela adoram ver filmes. Sairam sem avisar

c) Sujeito subtendido ou oculto: é aquele que não está expresso na oração, mas pode ser
identificado. Ocorre quando o sujeito não está materialmente expresso na oração, mas pode
ser identificado pela desinência verbal ou pelo período contíguo.
Ex: O carlos levantou-se e abriu a porta.
 Estávamos à espera do ônibus.
Sujeito oculto: nós
 Sairam e voltaram depressa ( sujeito subtendido eles)
 Logo que chegou , Jantou e dormiu ( sujeito subtendido ele).

d) Sujeito Inderteminado- Quando não se sabe quem praticou a ação. O sujeito indeterminado
ocorre quando não se refere a um elemento identificado de maneira clara . algumas vezes o
verbo não se refere a uma pessoa clara, desconhecendo-se quem executa a acção. Dizemos
que o sujeito é indeterminado

Ex: Batem a porta . Ainda se vive sem água em algumas terras

e) Sujeito Inexistente: ocorre com verbos cujo a ação não é atribuida a ninguem . com verbos
impessoais, as orações não têm sujeito.
Ex: Anoiteceu . Havia três livros na partileira. Fazia calor naquele dia
Amanheceu muito cedo. Entardecerá logo.

Está um calor! (oração sem sujeito)


Estão chamando aí à porta. (sujeito indeterminado)
A Ana acabou de chegar. (sujeito simples)
Caderno, lápis e borracha estão na mochila. (sujeito composto)
Agi conforme suas orientações. (sujeito oculto: eu)

- Predicado

Predicado é o que se declara sobre o sujeito. O predicado- refere-se aquilo que se declara do
sujeito. É o verbo, este afirma o que acontece , diz respeito a um estado ou qualidade. Predicado é
ação ou afirmação que se faz ao sujeito. O predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal. O

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
predicado é a informação que se dá sobre o sujeito. Ao identificar o sujeito da oração, todo o resto
faz parte do predicado.

 Predicado verbal – constituido por um verbo ou uma locucção verbal


Ex: O meu primo adormeceu. O Homem trabalha. Ele falou . Nós estamos a sofrer
 Predicado Nominal - constituido por uma forma verbal e por um nome. O predicado nominal
é formado por um verbo de ligação + predicativo do sujeito
Ex: Ele é trabalhador Comprou um carro. O livro é grande
O entregador está atrasado ( Predicado nominal: está atrasado)

 O predicado verbo-nominal- apresenta dois núcleos: o verbo transitivo ou intransitivo + o


predicativo do sujeito ou predicativo do objeto. nesse caso, o predicado é formado por dois
núcleos, ou seja, um nome e um verbo, por exemplo:
 A menina chegou atrasada na escola.
A menina chegou ofegante à ginástica. Sujeito: A menina (Predicado verbo-nominal: chegou
ofegante à ginástica).

Termos Integrantes da Oração


Os termos integrantes complementam os termos essenciais da oração (sujeito e predicado), são eles:
os complementos verbais (objeto direto e indireto); o complemento nominal e o agente da passiva.
Embora alguns estudiosos classifiquem o agente da passiva como um termo acessório.

 Complemento Verbal

Os complementos verbais são os termos utilizados para completar o sentido dos verbos transitivos.
Assim, os verbos transitivos subdividem-se em:

Transitivos Diretos – exigem complemento sem preposição obrigatória (Objeto Direto).


Transitivos Indiretos – exigem complemento com preposição (Objeto Indireto).
Transitivos Diretos e Indiretos - exigem dois complementos, um sem e um com preposição. (Objeto
Direto e Indireto).
O complemento Verbal constituintes da oração são classificados em directo e inderecto

Complemento directo: indica o ser ou coisa o qual recai a ação expressa pelo verbo. Pode ser
constituido por um nome, pronome, numeral ou ação completiva.
Termo não regido por preposição o qual completa o sentido do verbo transitivo direto (VTD); pode
ser trocado por o, as, os, as, por exemplo:

Bianca esperava o namorado. Algumas pessoas tomam vinho.


Ex: Ele comprou estas revistas. Nunca pensei isso. Ele pediu que viesse cedo

 A montanha move montanhas. O Homem colhe às maçãs

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Complemento Indirecto- nome ou pronome que refere o ser o qual recai indirectamente a acção
expressa pelo verbo, geralmente é precedido pela preposição a. Indica o destinatário da ação
expressa pelo verbo, sobre o qual a ação realiza-se indirectamente.

 Ex: A madrinha deu um presente à afilhada


S p CD CI

 O pai deu um presente ao Joaquim


S P CD CI
 Empresta o teu livro ao Joaquim
P CD CI

Predicativo do sujeito (PS): é a palavra expressa que serve para clarificar o sujeito e o completar o
significado do verbo.
Ex: O filho é educado
S P PD
Ele é gostoso
S P PS
A fruta é doce
S P PS
Ele parecia feliz A Gabriela continua doente

 Complemento Nominal

O complemento nominal é o termo utilizado para completar o sentido de um nome (substantivo,


adjetivo ou advérbio).

Exemplos:
Os idosos têm necessidade de afeto.
A professora estava orgulhosa dos seus alunos.

 Agente da Passiva

Agente da Passiva é o termo que indica quem ou o que executa a ação de um verbo na voz passiva.
Esse termo vem sempre depois de preposição. Agente da passiva é o termo que indica quem executa
a ação, na voz passiva e vem sempre seguido de preposição.

- bolo foi feito por mim. (por mim é o agente da passiva. Na voz ativa a oração seria: Eu fiz o
bolo.)
- Os índios foram catequizados pelos jesuítas. (pelos jesuítas é o agente da passiva. Na voz
ativa a oração seria: Os jesuítas catequizaram os índios.).

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Compare as orações na voz ativa e passiva:
- João comprou a vitamina.
- A vitamina foi comprada por João.

Nas orações acima, o verbo comprar aparece na voz ativa (comprou) e na voz passiva (foi comprada).
Na oração 2, por João é o agente da passiva. A voz passiva é formada por sujeito paciente + verbo
auxiliar + verbo principal no particípio + agente da passiva:

- Sujeito paciente: a vitamin


- verbo auxiliar: foi
- Verbo principal no particípio: comprada
- Agente da passiva: por João

Há três tipos de vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva. Exemplos:

- Pintamos o apartamento. (voz ativa)


- O apartamento foi pintado por nós. (voz passiva)
- A criança pintou-se toda com canetinha. (voz reflexiva)

 Transformação da voz ativa em voz passiva

Para transformar uma oração que está na voz ativa em uma oração cuja voz seja passiva, siga o
seguinte esquema:

- Transforme o sujeito em agente da passive


- Transforme o verbo em locução verbal (verbo auxiliar + verbo principal no particípio)

Voz ativa: Os ex-alunos homenagearam os professores aposentados.

Voz passiva: Os professores aposentados foram homenageados pelos ex-alunos.

 Termos Acessórios da Oração

Os termos acessórios são os termos dispensáveis e são utilizados para determinar, caracterizar,
explicar ou intensificar.

Adjunto Adnominal – caracteriza um substantivo, agente da ação, através de adjetivos, artigos,


numerais, pronomes ou locuções adjetivas.
Exemplos:
- O homem educado cedeu a sua cadeira à senhora de idade. (educado, sua, de idade =
adjunto adnominal)
- A economia do Brasil vai de vento em popa. (do Brasil = adjunto adnominal)

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Adjunto Adverbial – se refere a um verbo ou a um advérbio e indica uma circunstância.
 Exemplos:
- Canta lindamente. (lindamente = adjunto adverbial)
- Cheguei cedo. Vim de bicicleta. (cedo e de bicicleta = adjunto adverbial)

Aposto - tem a função de explicar um substantivo.


 Exemplos:
- Sábado, dia sete, não haverá aula de música. (dia sete = aposto)
- O melhor do carnaval: alegria e disfarce das crianças. (alegria e disfarce das crianças =
aposto)

Sumário: Função sintática


Função sintática é a missão que cada um dos termos têm em relação a outros termos nas
orações.
 Exemplo:

Pessoal, no Brasil, nosso amado país, alunos e professores protestam contra a falta de
condições educacionais.

- Sujeito: alunos e professores


- Predicado: protestam contra a falta de condições educacionais
- Complemento verbal (objeto indireto): contra a falta
- Complemento nominal: de condições
- Adjunto adverbial: no Brasil
- Adjunto adnominal: educacionais
- Aposto: nosso amado país
- Vocativo: Pessoal

Gramaticalmente, os termos da oração são estudados da seguinte forma:

 Termos essenciais da oração

Sujeito - aquele ou aquilo de que(m) se fala: O médico recomendou descanso.

Predicado - informação referente ao sujeito: O grupo decidiu participar na São Silvestre.

 Termos integrantes da oração

Complemento verbais - completa o sentido dos verbos: Ofereceram presentes às crianças.

Complemento nominal - completa o sentido dos nomes (substantivos, adjetivos e advérbios)


constantes na oração: Tenho medo da sua reação.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Agente da passiva - indica quem sofre a ação indicada pelo verbo: Foi subornado pelo
candidato.

 Termos acessórios da oração

Adjunto adverbial - modifica o verbo indicando circunstâncias de causa, intensidade, lugar,


modo, por exemplo: Os atletas se esforçaram muito.

Adjunto adnominal - caracteriza ou determina um substantivo: A bonita obra ficou


esquecida no museu.

Aposto - explica um nome a que se refere: Campos de Jordão, a Suíça brasileira, é um dos
principais destinos turísticos do Brasil.

Vocativo - termo independente que é usado para chamar alguém ou algo: Amor, tente
chegar mais cedo.

Sumário: Complemento Verbal


O complemento verbal tem exatamente a função de completar o sentido dos verbos
transitivos diretos e transitivos indiretos. São eles o objeto direto e o objeto indireto. Esses
complementos verbais são importantes porque há orações cujos verbos não têm sentido
completo em si.

 Objeto Direto- O objeto direto é o termo da oração que completa o sentido de um verbo
transitivo direto, ou seja, aquele cuja preposição não é obrigatória.

Exemplo: Eu quero um vestido.


Quem quer, quer alguma coisa. Quero um vestido, logo "um vestido" é o objeto direto.

 Objeto Indireto - O objeto indireto é o termo da oração que completa o sentido de um verbo
transitivo indireto, aquele que obrigatoriamente vem precedido de preposição.

Exemplo:
- Obedecemos aos nossos pais.

Quem obedece, obedece a alguém. Obedecemos aos nossos pais, logo "aos nossos pais" é objeto
indireto.

 Objeto Direto e Indireto - Por vezes, o verbo pede mais de um complemento. Nesses casos,
ele é chamado de transitivo direto e indireto.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Exemplo: Ofereceram esmola ao mendigo.
Quem oferece, oferece alguma coisa a alguém. Assim "esmola" é objeto direto e "ao mendigo" é
objeto indireto.

Sumário: Complemento Nominal


Complemento nominal é a informação que completa o sentido de um nome - substantivo, adjetivo
ou advérbio - contido na oração.

 Exemplos de complemento nominal

- Frituras fazem mal ao fígado. (“ao fígado” completa o sentido do adjetivo “mal”)
- Estamos ansiosos com a sua chegada. (“com a sua chegada” completa o sentido do adjetivo
“ansiosos”)
- Alguém tem notícias dela? (“dela” completa o sentido do substantivo “notícias”)
- Fique perto de mim. (“de mim” completa o sentido do advérbio “perto”)
- Música alta faz mal aos ouvidos. (“aos ouvidos” completa o sentido do advérbio “mal”)
- Estavam radiantes com as suas notas. (“com as suas notas” completa o sentido do adjetivo
“radiantes”)

O complemento nominal pode ser representado por uma oração subordinada substantiva completiva
nominal:

- Tenho esperança de que eles compareçam. (“de que eles compareçam” completa o sentido
do substantivo “esperança”)
- Receio que ele chegue à conclusão de que eu já sabia. (“de que eu já sabia” completa o
sentido do substantivo “conclusão”)

Complemento nominal e complemento verbal


Os complementos nominais vêm sempre seguidos de preposição, tal como o objeto indireto (este,
um complemento verbal).

Assim, é importante não confundir esses dois termos. Enquanto a função do complemento nominal é
completar o sentido de um nome, a função do objeto indireto é completar o sentido de um verbo.

 Exemplos:
- As crianças têm medo do escuro. (“do escuro” é complemento nominal do substantivo
“medo”)
- Já dei o presente ao meu pai. (“ao meu pai” é complemento verbal, pois é o objeto indireto
do verbo “dar”: Dei ao meu pai. “O presente” é objeto direto)
- Esteja atento ao telefone. (“ao telefone” é complemento nominal do adjetivo “atento”)
- Já falo com você. (“com você” é complemento verbal, pois é o objeto indireto do verbo
“falar”)

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
 Complemento nominal e adjunto adnominal

É importante não confundir o complemento nominal com o adjunto adnominal.Enquanto o


complemento nominal tem a função de completar um substantivo, adjetivo ou advérbio, o adjunto
adnominal caracteriza um substantivo.

 Exemplos:
- Detesto a demora do ônibus. (“do ônibus” é complemento nominal, pois completa o sentido
do substantivo “demora”)
- Ainda não comprei os presentes de Natal. (“de Natal” é adjunto adnominal, pois caracteriza,
distingue, o substantivo “presentes”)

Sumário : Agente da Passiva: Voz Passiva e Voz Activa

O agente da passiva é o complemento preposicionado que representa o ser que pratica a ação
expressa por um verbo na voz passiva. O agente da passiva é o termo utilizado para determinar o
praticante da ação na voz verbal passiva, onde o sujeito é denominado “paciente”, ou seja, recebe a
ação expressa pelo verbo.
Geralmente são acompanhados por preposição (por, pelo ou de), por exemplo:
 A casa foi arrumada pelo filho (agente da passiva).
 A criança foi orientada pelo professor. (Sujeito: A criança. Verbo na voz passiva: pelo
professor).
 O bolo foi feito por mim. (por mim é o agente da passiva. Na voz ativa a oração seria: Eu fiz o
bolo.)
 Os índios foram catequizados pelos jesuítas. (pelos jesuítas é o agente da passiva. Na voz
ativa a oração seria: Os jesuítas catequizaram os índios)

O agente da passiva é o sujeito na voz ativa. O objeto direto da voz ativa passa a sujeito da voz
passiva. Agente da passiva é o termo que indica quem executa a ação, na voz passiva e vem
sempre seguido de preposição.

 Voz Activa e Voz Passiva

A voz ativa é a voz verbal que indica que o sujeito da oração pratica determinada ação.
 Ex: O professor reprovou Cristiano.

Na voz activa, o sujeito pratica a acção. Ex: O Gato matou o rato.


 O diretor desenvolveu o software.
 Faremos a remodelação do restaurante.
 A professora repreendeu Roberto

A voz passiva é aquela onde o sujeito sofre ou recebe a ação verbal


 A foto foi tirada pelo menino.
 O Rato foi morto pelo gato.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Na voz passiva, o sujeito sofre a acção. O sujeito da voz passiva é designado de sujeito paciente. O
sujeito paciente é aquele cuja função é receber ou sofrer uma ação verbal em uma oração de voz
passiva ou de voz reflexiva .

 Transformação da Voz passiva em Voz Activa

A transformação da voz activa em voz passiva só pode ocorrer com verbos transitivos e deverá
proceder-se da seguinte forma:
- O Complemento directo da voz activa torna-se sugeito da voz passiva
- O sujeito da voz activa torna-se complemento da voz passiva regida pela preposição por, ou,
de

Ex: O João comeu o Pão / O pão foi comido pelo João


 O Director Nomeou o Júlio / O Júlio foi nomeado pelo Director
 Ele leu o Jornal / O Jornal foi lido por ele
 Comi o bolo / O bolo foi comido por mim
 O aluno estudou a lição / a liçãofoi estudada pelo aluno

O verbo na voz activa, conjuga-se na voz passiva com o auxiliar ser , no mesmo tempo em que está
no verbo original.
 O aluno estuda a lição/ a lição é estudado pelo aluno
 O aluno estudou a lição/ a lição foi estudada pelo aluno

A voz passiva forma-se também com a particula passivante, sem o complemento agente da passiva e
a terceira pessoa do verbo em concordância com o verda. Ex:
 Em Angola disputam-se vários desportos (Voz Activa)
 Vários desportos são praticados em Angola (Voz Passiva)

Outros elementos da oração/ Elementos auxiliares ou complementares da oração

O aposto é o termo encarregado de explicar ou detalhar melhor o nome ao qual se refere, por
exemplo:
 Brasília, capital do Brasil, foi construída na década de 60.

O vocativo é um termo independente da oração que não se relaciona com o sujeito ou predicado. Ele
indica o “chamamento” ou a “invocação” de uma pessoa ou de um ser (interlocutor), sendo isolado
por vírgulas, por exemplo:
 Ex: Pessoal, vamos para a festa.

 Complementos circunstanciais ( Adjunto Adverbial):

Complemento circunstancial de modo ( modo, maneira)ex: Vou para Viana. Venho do Bié

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Complemento Circunstancial de tempo (momento). Ex: Cheguei ontem. Choveu até a noite
Complemento circunstancial de causa (motivos, razões)
 Ex: O Paulo Chegava com dores
 Ele estudava por gosto

Complemento Circunstancial de causa de companhia.


 Ex: O filhote saiu com o pai
 O Canga viajou com a família

Complemento Circunstancial de fins ( objectivo, finalidade consequência)


 Comprei o medicamento para evitar a cólera
 O Juiz chamou a testemunha a fim de ouvi-la

Sumário; Adjunto Adverbial


O adjunto adverbial é o termo que se refere ao verbo, ao adjetivo e ao advérbio.
- Classificação

Dependendo do uso, eles são classificados em diversos tipos:

- Adjunto Adverbial de Modo- Bem, mal, melhor, pior, assim, diferente, igual, felizmente e
quase todos terminados em "mente". Ex: Felizmente, a criança chegou.
- Adjunto Adverbial de Tempo- Hoje, amanhã, ontem, cedo, tarde, ainda, agora. Ex: Ontem
jantamos juntos.
- Adjunto Adverbial de Intensidade- Muito, pouco, mais, menos, bastante, extremamente,
intensamente. Ex: Gostamos muito da apresentação.
- Adjunto Adverbial de Negação- Não, nunca, jamais. Ex: Não estamos na mesma classe.
- Adjunto Adverbial de Afirmação- Sim, certamente, realmente. Ex: Certamente faremos o
curso.
- Adjunto Adverbial de Dúvida- Talvez, acaso, provavelmente. Ex: Provavelmente chegarei
atrasada.
- Adjunto Adverbial de Finalidade- A fim de, para. Ex: Eu me esforcei para a prova.
- Adjunto Adverbial de Matéria- De, a partir de. Ex: O caderno é feito de papel reciclado.
- Adjunto Adverbial de Lugar- Aqui, ali, lá, acolá, acima, abaixo, embaixo, dentro, fora, longe,
perto, em cima, em casa. Ex: Ficamos em casa.
- Adjunto Adverbial de Meio- Por, a, de, entre. Ex: Viajamos de carro.
- Adjunto Adverbial de Concessão- Todavia, contudo, se bem que, apesar disso. Ex: Saímos,
apesar da neve
- Adjunto Adverbial de Argumento- Chega de, basta de. Ex: Chega de brigas.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Além disso, há os advérbios que indicam:
- Companhia (Jantamos com a família);
- Causa (O pássaro morreu de fome);
- Assunto (eles falavam sobre você);
- Instrumento (Ela se feriu com o garfo),
- Fenômeno da Natureza (O Japão foi atingido por um terremoto);
- Paladar (O maracujá estava azedo);
- Sentimento (Natália estava triste);
- Preço (Compramos a boneca por 50 reais);
- Oposição (O flamengo jogará com o fluminense);
- Acréscimo (Além da tristeza, sentia muita dor);
- Condição (Sem aulas, não haverá prova).

Locuções Adverbiais
A locuções adverbiais são duas ou mais palavras, geralmente introduzidas por uma preposição, que
correspondem a um advérbio.

- Tempo: de dia, de manhã, de noite, à noite, à tarde, às vezes, por vezes, em breve, de
quando em quando, de vez em quando, de tempos a tempos.
- Lugar: por ali, por aqui, por dentro, por fora, por perto, à direita, à esquerda, à distância, ao
lado, ao largo, em cima, de cima, de dentro, para dentro, de fora, de longe, de perto,
embaixo, para onde.
- Modo: à pressa, à toa, à vontade, às avessas, às claras, às direitas, às escuras, ao acaso, a sós,
a custo, a torto e a direito, ao contrário, de bom grado, de cor, de má vontade, em geral, em
silêncio, em vão.
- Intensidade: de muito, de pouco, de todo.
- Afirmação: com certeza, com efeito, de facto, na verdade, sem dúvida, claro que sim.
- Negação: de maneira nenhuma, de modo algum, de forma alguma.
- Dúvida: se possível, quem sabe, ao acaso.

Sumário: Frases complexas – Períodos compostos por coordenação e subordinação


 Orações coordenadas e subordinadas

Conforme a sua formação, o período composto é classificado em:

a) Período Composto por Coordenação - quando as orações são independentes entre si, ou
seja, cada uma delas têm sentido completo.

Exemplos:
 Levantou e começou a trabalhar.
 Assaltou a loja e correu pela porta dos fundos.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
b) Período Composto por Subordinação - quando as orações relacionam-se entre si.
Exemplo:
 Espero terminar os enfeites até que os convidados comecem a chegar.
 Fiz a receita mesmo sem saber quais ingredientes levava.

Período composto por coordenação/ Orações coordenadas

Período Composto por Coordenação - quando as orações são independentes entre si, ou seja, cada
uma delas têm sentido completo.

 Exemplos:

Levantou e começou a trabalhar.


Assaltou a loja e correu pela porta dos fundos.

As orações coordenadas são autónomas, não dependem uma das outras, isto é, cada uma tem o seu
sentido próprio. As conjunções utilizadas nesse ipo de oração ligam duas orações independentes
sem que entre elas exista qualquel dependência.
As orações coordenadas podem ser sindéticas ou assindéticas, respectivamente, conforme são
utilizadas ou não conjunções.

 As Orações Coordenadas Assindéticas são caracterizadas pelo período composto justaposto,


ou seja, não são ligadas através de nenhum conectivo.

Exemplos:

Chegamos na praia, nadamos, jogamos, comemos.


Pegou a chave, abriu a porta, suspirou fundo.
Não tem vontade de comer, estudar, sair.
Veja também: Período Composto por Coordenação
Orações Sindéticas

 As Orações Coordenadas Sindéticas são caracterizadas pelo período composto ligadas por
meio de uma conjunção coordenativa.

Exemplos:
Ora fala, ora não fala. (oração coordenada sindética, marcada pelo uso da conjunção “ora...ora”).
As aulas começaram, os deveres começaram e a preguiça deu lugar à determinação. (orações
coordenadas assindéticas: “As aulas começaram, os deveres começaram”, oração coordenada
sindética: “e a preguiça deu lugar à determinação”.)

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
As orações coordenadas sindéticas podem ser:
1- Orações coordenadas Copulativas ou Aditivas: quando as orações expressam soma. Os
conectivos que coordenam as orações aditivas são: e, nem, não só, mas também, mas ainda,
como, assim
Exemplo: Gosta de praia, mas também gosta de campo.
Gosto de cinema, bem como de teatro.
Conheceu a Europa, como também a Ásia

2- Orações CoordenadasAdversativas: quando as orações expressam adversidade. As


conjunções mais frequentes são: contudo, entretanto, mas, no entanto, porém, todavia.

Exemplo: Gostava do curso, contudo não havia vaga na sua cidade.


Vou caminhar hoje, contudo só posso depois do jantar.
O jantar estava delicioso, mas deveria ter reduzido o sal

3- Orações coordenadas Disjuntivas ou Alternativas: quando as orações expressam ideias de


alternâncias ou alternativa. Os conectivos que coordenam as orações alternativas são: ou,
ou… ou; ora…ora; quer…quer; seja…seja.

Exemplo: Vai ele ou vou eu. Ora gosta de vestidos, ora gosta de sapatos. Fale agora ou cale-
se para sempre. Vou falar com ele, quer você queira, quer não

4- Orações Coordenadas Conclusivas: quando as orações expressam conclusão. expressam


ideia de conclusão. As conjunções mais frequentes são: assim, então, logo, pois, por isso,
portanto.

Exemplo: Estão de acordo, então vamos. Faço tudo o que tenho de fazer pela manhã, pois
fico com a tarde toda livre. Ela tirou péssimas notas, por isso, não viajará nas férias

5- Orações Explicativas: quando as orações expressam explicação. expressam ideia de


explicação, justificação. As conjunções mais frequentes são: pois, porque, que, ou seja, na
verdade.
Exemplo: Fizemos o trabalho hoje porque tivemos tempo.
Descemos do carro porque o trânsito estava parado.
Ela não atende o telefone, ou seja, ela não quer saber de nós.
Ela não sabe da novidade, pois não disse nada.
Foi recompensado, pois foi bom aluno

Período composto por Subordinação/ Orações Subordinadas

Período Composto por Subordinação - quando as orações relacionam-se entre si.

 Exemplo

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Espero terminar os enfeites até que os convidados comecem a chegar.
Fiz a receita mesmo sem saber quais ingredientes levava.

As Orações Subordinadas são aquelas que exercem função sintática sobre outras, ou seja, a oração
que subordina ou depende da outra. no período composto por subordinação, as orações dependem
sintaticamente uma das outras.

Dependendo da função que desempenham, os tipos de oração subordinada são 3: substantivas,


adjetivas ou adverbiais.

1- Orações Subordinadas Substantivas: quando as orações têm função de substantivo.


Exemplo: Espero que vocês consigam.
2- Orações Subordinadas Adjetivas: quando as orações têm função de adjetivo. Exemplo: Os
concorrente que dormem mais têm um desempenho melhor.
3- Orações Subordinadas Adverbiais: quando as orações têm função de advérbio. Exemplo: À
medida que crescem, aumentam as preocupações.

As orações subordinadas substantivas são aquelas que exercem função de substantivo. São
classificadas em: Subjetiva, Predicativa, Completiva Nominal, Objetiva Direta, Objetiva Indireta e
Apositiva.

a) Oração Subordinada Substantiva Subjetiva - Exerce a função de sujeito. Exemplo: É provável


que ela venha jantar.
b) Oração Subordinada Substantiva Predicativa - Exerce a função de predicativo do sujeito.
Exemplo: Meu desejo era que me dessem um presente.
c) Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal - Exerce a função de complemento
nominal. Exemplo: Temos necessidade de que nos apoiem.
d) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta - Exerce a função de objeto direto. Exemplo:
Nós desejamos que sua vida seja boa.
e) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta - Exerce a função de objeto indireto.
Exemplo: Recordo-me de que tu me amavas.

As orações subordinadas adjetivas são aquelas que exercem função de adjetivo. São classificadas
em: Explicativa e Restritiva.

Ex : “Admiro alunos estudiosos” (adjetivo)

a) Oração Subordinada Adjetiva Explicativa – separada por virgulas, Destaca um detalhe do


termo antecedente. Separadas por vírgulas, as orações subordinadas explicativas, como o
próprio nome já indica, explicam melhor ou esclarecem o termo ao qual se referem.

Exemplo: A África, que é um continente no hemisfério sul, tem um alto índice de pobreza.
O exame final, que estava muito difícil, deixou todos apreensivos.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
b) Oração Subordinada Adjetiva Restritiva - Restringe a significação de seu antecedente. as
orações restritivas restringem ou delimitam o significado de seu antecedente, e não são
separadas por vírgulas.

Exemplo: As pessoas que são alegres vivem melhor


As pessoas que são racistas merecem ser punidas.

As orações subordinadas adverbiais são aquelas que exercem função de advérbio. São classificadas
em Causais, Comparativas, Concessivas, Condicionais, Conformativas, Consecutivas, Finais,
Temporais, Proporcionais.

a) Oração Subordinada Adverbial Causal - exprimem causa ou o motivo (sendo as conjunções


integrantes adverbiais: porque, que, como, pois que, porquanto, visto que, uma vez que, já
que, desde que.)
Exemplo: Já que está nevando ficaremos em casa. Uma vez que chovia, não saí
Não fomos à festa visto que estava chovendo muito.
Já que chove não irei. Não como chocolate porque engorda

b) Oração Subordinada Adverbial Comparativa- Estabelece comparação entre a oração


principal e a oração subordinada. ( como, do que, que):
Exemplo: Maria era mais estudiosa que sua irmã
Agiu como se fosse um adolescente. Ele é tão valente como o pai.
Paula é estudiosa tanto quanto seu irmão. Fez tudo como eu recomendei

c) Oração Subordinada Adverbial Concessiva – Indica ou exprimem permissão (concessão)


entre as orações(ainda que, a menos que, embora, mesmo que, por mais que, por menos
que, se bem que):
Exemplos: Não sairei daqui, a menos que você fale comigo.
Alguns se retiraram da reunião apesar de não terem terminado a exposição. Luciana gosta
muito de dançar embora esteja com o pé quebrado.

d) Oração Subordinada Adverbial Condicional - Exprime condição. (a não ser que, caso,
contanto que, desde que, exceto, se):
Ex: Caso puder, ligue-me . Você fará uma boa prova desde que se esforce.
Iremos a festa desde que não chova
Farei desde que me pagues. Se chover não irei.
Caso me aceites serei feliz.

e) Oração Subordinada Adverbial Conformativa - Exprime concordância. (como, conforme,


consoante, segundo)
Ex: Fiz o trabalho conforme foi indicado.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Realizamos nosso projeto conforme as especificações da biblioteca.

f) Oração Subordinada Adverbial Consecutiva - exprime a consequência referente a oração


principal. (de forma que, de modo que, tanto que , de tal maneira que) Ex: De modo que se
você for, eu irei também . Gritei tanto, que fiquei sem voz. Esforço-se tanto que acabou o
trabalho
Puxou muito de tal maneira que rasgou.
O palestrante falou tão baixo, de forma que não conseguimos ouvir a apresentação.

g) Oração Subordinada Adverbial Final - Exprime finalidade. (a fim de que, para que, que) Ex:
Faço assim para facilitar a nossa vida. Todos trabalham para que possam vencer. Estamos
aqui para trabalhar.

h) Oração Subordinada Adverbial Temporal - Indica circunstância de tempo. (antes que, assim
que, até que, cada vez que, depois que, enquanto,logo que, quando): Ex: Quando eu entrar,
ela vai sair. Fico feliz sempre que vou visitar minha mãe. Enquanto eles se devertem , nós
trabalhamos.

i) Oração Subordinada Adverbial Proporcional - Exprime proporção entre as orações: principal


e subordinada. Orações Proporcionais (ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto
mais, quanto menos)Ex: Enquanto agir assim, não falarei com ele. À medida que o tempo
passa, a chuva aumenta.

Sumário: Relação de Palavras

Palavras Homónimas- são palavras que têm escritas e pronúncias iguais e significados diferentes.
Escrevem-se da mesma forma, lêm-se da mesma forma , mas não têm o mesmo significado
 Ex: Eu canto (verbo) muito bem
 No Canto (substantivo) da sala tem uma jara
 O Rio (subst) é bastante largo
 Quando estou alegre rio (verbo)

Palavras Homógrafas- são aquelas que têm escritas iguais mas pronúncias e significados diferentes.
Escrevem-se da mesma forma, mas a pronúncia e o significado é diferente.
 Ex: O público (subst) encheu o placo
 Hoje publico (verbo) novo jornal
 O quadro é cópia ( subst) perfeita
 Ele copia sempre nos textos.
 Minha avó é muito sábia
 Eu não sabia que tinhas voltado colher(subs) colher (verbo)

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Palavras Homófonas- são aquelas que têm amesma pronúncia (sons) mas escritas esignificados
diferentes
 Ex: cem ( numeral ) sem ( preposição)
 Coze, cose . A costureira cose roupas. O cozinheiro coze os alimentos
 Cela , Sela . Uso sempre a cela para andar de cavalo. Estou preso numa Sela
 Era, Hera. Era uma tarde muito linda. A casa está coberta de Hera

Palavras Parónimas- são palavras que têm sentidos diferentes , mas formas relactivamente
próximas. Escritas e pronúncias diferentes , mas que aproximam-se e o seu significado é diferente
 Ex: Previdência (cautela, precaução)
 Providência ( circunstâncias fefizes)
 Cumprimento (saudação)
 Comprimento (medida, distÂncia, longo)

Palavras sinónimas- são aquelas que têm significados identicos ou aproximados (equivalentes)
 Ex: lindo/ belo/bonito, alegre/satisfeito, longo /comprido
 Rondava/ vigiava , caprichoso/ enganadores , sonso/manhoso

Palavras antónimas- são palavras que têm significados contrarios ou diferentes (opostos )
 Lindo/feio, alegre/triste, longo/curto, dia/noite, dentro/fora, fazer/desfazer, começo/fim,
vida/morte antes /depois , juventude/velhice
 Forte/fraco, largo/estreito, cuto/comprido, grosso/magro, grande/pequeno, pobre/rico

Palavras Hiperónimas- (relação de hierarquia)são palavras que apresentam um sentido mais gerais
relactivamente a outros mais específicos .
 Ex: Mamífero- hiperónimo de gato, cobra, cão

Palavras Hipónimas- são palavras que apresentam um sentido mais específico ou restrito ,
relactivamente a outros mais gerais
 Ex: Cacucho (hipónimo de peixe)
 Rosa, cravo, margarida (hipónimos de flor)

Trata-se de uma hierarquia de palavras, umas têm sentidos ou significados gerais


(Hiperónimas) e outras têm significados específicos (Hipónimas)

Palavras Holónimas e Merónimas- as palavras holónimas indicam uma relação de inclusão entre as
palavras que apresentam o todo(Ex: corpo) as palavras Merónimas representam as
particularidades de um todo (ex: cabeça, braços, pernas, etc)
 Ex: casa (holónima)- quarto, sal, varanda , cozinha (Merónima)
PALAVRAS ESCRITAS PRONÚNCIAS SIGNIFICADOS

Homónimas Iguais Iguais diferentes

Homógras Iguais Diferentes Diferentes

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Homófonas Diferentes Iguais Diferentes

Parónimas Aproximadas (diferente) Aproximada diferente


(diferente)
Sinónimas ---------------------- ---------------- Iguais/ equivalente

Antónimas ---------- -------------------- Diferente/opostos

Hiperónimas ----------------- ------------------ Gerais

Hipónimas ---------------------- ------------------ Específicos

Holónimas ------------------- ------------------------ Todo

Merónimas -------------------- ------------------ Particularidades

Sumário: Figuras de estilos (figuras de linguagem)


Existem várias figuras de estilos que são:

Hironia- consiste exprimir ideias diendo precisamente o contrário. Quando exprime uma ideia
dizendo o contrário do sentido real
 Fizeste uma boa coisa( quando fez um desparate)
 Saiste uma boa menina ( quando é má menina)

Pleonasmo – figura literária que consiste na redundância de palavras para expressar uma
ideia, como em parece-me a mim, entra para dentro, etc.; essa redundância; circunlóquio

Hipérbole- é o exagero da realidade (utilizando termos exagerados) a fim de dar destaque a uma
determinada realidade. É umarealidade exagerada, onde se exagera bastante para dizer algo real. -
na área da Gramática, é figura de estilo que consiste no exagero de expressão, ampliando a
verdadeira dimensão das coisas. Em Geometria, trata-se de curva cónica, secção de uma superfície
cónica de revolução por um plano paralelo ao eixo (e, por isso, paralelo a duas geratrizes), que tem
as duas propriedades características seguintes: é constante o valor absoluto da diferença das
distâncias de cada ponto da curva a dois pontos fixos (focos da hipérbole) do seu plano; é constante
o quociente das distâncias de cada ponto da curva a um ponto fixo (foco) e a uma recta fixa
(directriz) do plano da curva.

 Ex: Gorda que nem uma baleia Sujo como um porco


 Surdo como uma porta escuro que nem carvão
 Ficou sem pinga de sangue um calor de morrer

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Metáfora- quando consiste na substituição de um termo para o outro com o qual apresenta
semelhanças. É uma especie de comparação abreviada porque não está expresso a palavra ou
expressão comparativa
 Ex: Mulher donzela Este homem é um tigre (nervoso)
 Que mulher gata (linda) Homem Porco (sujo)

Interrogação Retorica- não é uma verdadeira pergunta pela qual se espera uma resposta. O seu
objectivo é criar uma espectativa e dar vivacidade ao discurso.
 EX: Homens e mulheres que isto?
 Quem vos trouxe a este mundo?
 Quem vos enterrou em vida?
 Quem vos antecipou a morte?

Metomia- consiste em substituir um termo por outro com que está em íntima ligação
 Ex: Comprei um ténis (sapatos para jogar ténis)
 Vou beber um copo ( o conteúdo de um copo)
 Comeu dois pratos

Antítese- é uma figura que aproxima-se às ideias contrárias (antónimas)


 Ex: A morte sabe dar com o fogo, e com o ferro, também sabe dar com clemência
 Esse mundo não é para nossa pátria, não é morada... é mar para onde navegamos

Iperbato- é a inversão da ordem directa das palavras


 Ex: Gato escaldado de água fria tem medo (gato escaldado tem medo de água fria)

Repetição ou Comparação- Consiste na repetição de palavras dentro da mesma frase, para


intensificar , reforçar uma ideia ou exprimir a duração de uma coisa
 Ex: muita aflição, muita dor, muitas lagimas , muitas preces muitos votos e ladinhos, e muitos
clamores à nossa Senhora

Anáfora ou Paralelismo- Consiste na repetição de palavras no início das frases dentro do mesmo
texto ou de versos sucessivos (de um grupo de palavras ). figura de estilo que consiste em repetir a
mesma palavra no princípio de várias frases; processo mediante o qual um termo da cadeia textual
reenvia para outro termo anteriormente manifestado na mesma cadeia; designação, nos ritos
orientais, de parte do cânone da missa.

 Porquê os outros nasceram mas tu não?


Porquê os outros usam a bondade
Porquê os outros têm medo mas tu não?

Perifrase- consiste em dizer muitas palavras o que poderia dizem em poucas


 Que depois de morta foi rainha (Inês de Castro)
 Que da ocidental praia lusitana ( Portugal)
 Adoro apenas aquele que fez o ceu, a terra, e tudo que nele existe ( adoro a Deus)
 A lei tenho daquele cujo o império obedece o visivel e o invisivel ( Tenho a lei de Deus)
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Aliteração ou Assonância- consiste na repetição intencional de sons consonánticos dentro da mesma
palavra ou em palavras seguidas . É a repetição sonantica de mesmo sons vocálicos.
 Ex: Olha , a bolha, deagua no galho, olha o orvalho
 Nao é a Isabel nem a Isaura, nem a Isa , e não chega a ser Lúisa, Talvés Elisa .

Apóstrofe – interrupção que o orador faz no discurso, dirigindo-se a coisas ou pessoas reais ou
fictícias; frase injuriosa; invectiva. Não confundir com apóstrofo que é sinal gráfico (') designativo de
elisão de uma ou mais letras, numa palavra.

Catacrese – tropo que consiste no emprego de termos com significação diferente da usual, por falta
de termos próprios na língua.

Elipse – Em Gramática, é omissão de uma ou mais palavras que facilmente se subentendem. Em


Geometria, trata-se de curva de intersecção de uma superfície cónica ou cilíndrica de revolução por
um plano que corta todas as geratrizes; curva cónica, cuja excentricidade é menor que a unidade.

Eufemismo – figura de estilo com que se disfarçam ideias desagradáveis por meio de expressões
suaves.

Gradação – aumento ou diminuição sucessiva e gradual; transição gradual. Em retórica, trata-se do


emprego de sinónimos em ordem crescente ou decrescente de intensidade expressiva.

Sumário: Texto Literário e Não Literário


A forma de linguagem e a apresentação da informação estão entre as diferenças do texto literário do
não literário.

O texto literário é aprestado em uma linguagem pessoal, envolta em emoção, emprego de lirismo e
valores do autor ou do ser (ou objeto) retratado.

Já o texto não-literário tem como marca a linguagem referencial e, por isso, também é chamado de
texto utilitário. Pode se afirmar que o texto não literário retrata a realidade e o texto literário retrata
a fixão.

O texto literário apresenta uma visão subjectiva , provocando emoção e prazer na leitura e tem as
seguintes caracteristicas:

- A principal intenção do texto literário é provocar prazer


- Apresenta uma visão subjectiva do mundo
- Linguagem mais elaborada ( Linguagem cuidada)
- Predomina a conotação ou seja, as palavra podem admitirm vários significados

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
- A linguagem empregada é de conteúdo pessoal, cheia de emoções e valores do emissor e há
o emprego da subjetividade
- Linguagem poética, lírica, expressa com objetivos estéticos na recriação da realidade ou
criação de uma realidade intangível, somente literária

O texto não literário pretende apenas informar. O texto literário tem as seguintes caracteristicas:
- A principal intenção é informar
- Apresenta uma visão objectiva do mundo
- Linguagem própria e menos elaborada ( Linguagem corrente)
- Predomina a denotação, ou seja, as palavras são usadas sem amplo sentido
- Uso da linguagem impessoal, objetiva em linha reta
- Representação da realidade tangível

Como vimos, fazendo um desenho comparativo, encontramos algumas caracteristicas fundamentais


que distinguem o texto literário do texto não literário.

- O texto literário é fictício e imaginário, o texto literário é real;


- o texto literário apresenta uma linguagem conotativa, ja o texto não literário apresenta uma
linguagem denotativa;
- O texto literário apresenta uma linguagem plurissignificativa , ja o texto não literário
apresenta uma linguagem unisignificativa;
- O texto literário tem uma linguagem subjectiva, o texto não literário tem uma linguagem
objectiva;
- O texto literário é lúdico e recreativo, o texto não literário é informavo;
- O texto literário actualiza-se com cada leitura , por isso é intemporal, o texto não Literário
apresenta um caracter temporal e imediato;
-

Exemplos de textos literários: obras literárias, contos, romance, novelas, anedotas, crônicas.

Exemplos de textos não literários: obras científicas como manual de História, geografia,
matemática, carta, acta, notícia, código penal, livros.

Em resumo, o texto literário é destinado à expressão, com a realidade demonstrada de maneira


poética, podendo haver subjetividade. O texto não literário, contudo, é marcado pelo retrato da
realidade desnuda e crua. É possível tratar sobre o mesmo assunto nas duas formas de texto e
apontar o tema ao receptor sem prejuízo a informação.
Texto Literário Texto não literário
Imaginário Real
Conotação (sentido figurado) Denotaçõ(sentido real das palavras)
Linguagem plurissignificativa Linguagem unissignificativa
Subjectividade ( O que não se vê) Objectividade (O que é visivel)
Fixão Verdade
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Linguagem rebuscada Linguagem clara e coerente
Visão subjectiva do mundo Visão objectiva do mundo
Linguagem cuidada Linguagem corrente

Sumário: A Conotação e denotação


A conotação e a denotação são as variações de significados que ocorrem no signo linguístico, o qual é
composto de um significante (as letras e os sons) e um significado (o conceito, a ideia).

A conotação é utilizada quando uma palavra com um sentido pré-definido acaba ganhando outro
sentido aplicado em uma frase em específico, oferecendo um sentido simbólico para o contexto
gramatical e dando ênfase ao objetivo final da frase.
Assim, a conotação representa o sentido figurado, enquanto a denotação é o sentido literal atribuído
a um termo. Exemplos:
Ele comeu bola na prova de matemática. (sentido conotativo)
Depois de jogar bola, nós comemos um churrasco. (sentido denotativo)
Eu vou morrer de saudade.

A denotação é utilizada sempre que a palavra quer representar realmente o que ela é, sem nenhum
tipo de conotação. É associado ao seu primeiro significado, em geral, e no sentido mais literal da
palavra.
Ex: Já paguei a compra do mercado.

Com os exemplos acima, podemos ver que o sentido figurado, ou conotativo, foi utilizado na
primeira oração, uma vez que “comer bola” significa”cometer um erro. Não poderíamos, no entanto,
utilizar essa expressão no sentido real, uma vez que “comer bola” é algo impensável.

Resumindo:

conotação: sentido subjetivo, figurado


denotação: sentido real, literal

 Sentido Conotativo e Sentido Denotativo

O sentido conotativo é a linguagem em que a palavra é utilizada em sentido figurado, subjetivo ou


expressivo.

Ele depende do contexto em que é empregado, sendo muito utilizado na literatura. Isso porque, no
meio literário, muitas palavras têm forte carga de sensações e sentimentos.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Por sua vez, o sentido denotativo é a linguagem em que a palavra é utilizada em seu sentido próprio,
literal, original, real, objetivo. Ele é, muitas vezes, caracterizado como o sentido do dicionário, ou
seja, que contém a primeira acepção da palavra.

Nos dicionários, depois da acepção denotativa há uma abreviação, normalmente entre parênteses
(fig), a qual indica o sentido figurado da palavra, ou seja, o sentido conotativo.

 Exemplos do sentido conotativo e denotativo:

 Aquele homem é um cachorro. (linguagem conotativa, sentido figurado)

 O cachorro da vizinha fugiu essa manhã. (linguagem denotativa, sentido próprio)

Nas orações acima, podemos notar que a palavra cachorro é utilizada em dois sentidos diferentes:
conotativo e denotativo.
Na primeira frase, o termo refere-se ao caráter do homem "cachorro", numa linguagem conotativa
que indica que o homem é mulherengo ou infiel.

Na segunda frase o termo está empregado de forma denotativa, ou seja, no sentido real e original da
palavra cachorro: animal doméstico.

Sumário: Classe de palavras variaveis e invariaveis

A morfologia é o estudo da estrutura e da formação das palavras. A Análise morfológica analisa a


classe gramatical dos elementos que formam um enunciado linguístico individualmente, sem que
haja ligação entre eles.

Entende-se por classe de palavras, o conjunto de palavras encontradas dentro de uma frase. São
classes gramaticais: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição,
conjunção e interjeição Na classe de palavras, destinguem-se duas:

a) Palavras variaveis- aquelas que variam (mudam), sofrem alterações na sua forma. Mudam
quanto ao gênero, grau e número gramatical.
Ex: João/ Joana; lindo /linda; estudante/ estudantes ; casa/ casota ;

Classe de palavras variaveis são : Substantivos, artigos, adjectivos, pronomes , verbos,


numerais, determinantes.

b) Palavras invariaveis- aquelas que não sofrem alteração na sua forma, ou seja não variam.
Ex: bem , mal
As classes de palavras não variaveis são: advérbios , interjeições, Locuções, conjunções

- Categorias das palavras variaveis

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
As palavras variaveis podem podem expressar as seguintes categorias:
1- Gênero- há dois generos gramaticais que são:
a) Gênero masculino. Ex: O jão; lindo; ele;
b) Gênero femenino. Ex: Joana; linda; ela

2- Número: existem dois números gramaticais que são:


a) Singular. Ex: um livro; caderno, cor , o, a
b) Plural. Ex: dois livros, livros , caderno , os, as

3- Pessoas gramaticais: existem três pessoas gramaticais , conjugadas no singular e no plural.


Singular Plural

1ª pessoa Eu Nós

2ª pessoa Tu Vós

3ª pessoa Ele ou ela Eles ou elas

- A 1ª Pessoa gramatical- é a pessoa que fala- o emissor (eu, nós)


- A 2ª Pessoa Gramatical é a pessoa a quem se fala- o receptor ( tu; vós)
- A 3ª Pessoa gramatical – é a pessoa de quem se fala (ele ou ela, eles ou elas)

4- Grau. O grau ( dos substantivos e adjectivos) pode ser : Normal , comparativo e superlativo

a) Grau Normal: O rau normal exprime apenas uma caracteristica ou qualidade. Quando o
objectivo é exprimir simplesmente qualidade estado ou caracteristica.

EX: ele é pequeno. O Pedro é inteligente. Mulher pequena. Menina gentil.

b) Grau Comparativo. O grau comparativo estabelece a comparação entre dois seres,


quando o objectivo é exprimir qualidade, comparando-os com os outros. O grau
comparativo pode ser:
 Grau Comparativo de Superioridade – que se forma colocando antes do adjectivo o
advérbio mais (Mas do que ou mais que)
Ex: A Elisa Mvemba é mais inteligente do que a Laurinda.
 O ferro é mais útil que o ouro. A Juliana é mais feia do que a Joana
 O Justino é mais gordo que o José

 Grau comparativo de igualdade- que se forma colocando antes do substantivo /


adjectivo o advérbio tão ( tão... como...)

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Ex: O João é tão estudante como o Joaquim . A Chavela é tão inteligente como a
Noémia. O Justino é tão gordo como o José

 Grau Comparativo de Inferioridade. Que se forma colocando antes do adjectivo o


advérbio menos ( menos ......que , menos... do que)
Ex: O Justino é menos gordo que o José. A Chavela é menos inteligente que a
Noémia. O Ouro é menos importante do que o ferro)

c) Grau Superlativo.

O grau superlativo exprime a caracteristica de um ser no grau mais elevado (absoluto) ou


no grau menos elevado, relacionando com outros seres. O grau superlativo pode ser
absoluto ou relactivo

 Grau Superlativo absoluto- exprime a qualidade ao mais alto grau sem estabelecer
qualquer relação entre os seres (sem comparar) o grau superlativo absoluto pode
ser: analítico ou sintético.

- Grau Superlativo absoluto Sintético- forma-se por meio de sufixo (através da atribuição de
um sufixo ao adjectivo) issimo, errimo, cilimo, ilimo.
Ex: Dificil – dificílimo
Carro- carríssimo
Fácil- facílimo
Pobre- Paupérrimo
Belo- belíssimo

- Grau Superlativo Absoluto Analítico- forma-se usando o muito ou mui antes do Adjectivo,
sem no entanto estabelecer uma comparação (muito ou mui).
Ex: Venho mui respeitosamente;
O Meu Amigo é muito rico;
A Massamba é muito respeitosa.

 Grau Superlativo Relactivo. O Grau superlativo relactivo eprime uma qualidade em


elevado grau , mas relacionando com os outros seres. O Grau superlativo relactivo
pode ser de superioridade ou de inferioridade.

- Grau Superlativo Relactivo de Superioridade- forma-se utilizando o mais ao normal do


Adjctivo (... o mais...).
Ex: O Anilson é o mais aplicado de todos
O Pedro é o mais inteligente.
A Ndonga é a mais participativa

- Grau Superlativo Relactivo de Inferioridade- forma-se utilizando antes do adjectivo o


advérbio o menos ( ... o (a) menos...)
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Ex: O Rui é o menos aplicado de todos.
Ele é o menos inteligente
A Antonieta é a menos popular

Locuções Adverbiais- são expressões equivalentes a advérbios. Trata-se de grupos fixos de


palavras que ocorrem na frase com o valor e a função equivalente aos adverbios. Eis
algumas locuções adverbiais:
 Afirmação: por certo, com certeza etc
 Negação: de forma alguma, de modo nenhum
 Quantidade: de todo, de pouco, de nenhum
 Tempo: de manhã, de noite, de tarde, de vez em quando etc
 Lugar: ao lado, por dentro, à esquerda, por cima, à direita
 Modo: à vontade, por acaso, em geral, na verdade

Sumário: Classe de palavras variaveis ou flexionadas

 Os Substantivos

Substantivos são palavras variaveis que designam nomes de seres animados ou objectos ,
qualidades, estados e ações (coragem, sentimentos, saude , saida, colagem).
Os substantivos podem ser:

 SubstantivosPróprios- designam seres, objectos individualizados. Ou seja, nomeam


seres ou coisas particularizados ( Referem-se a nomes próprios de seres ou coisas)
EX: João, Kwanza, Angola, Max
 Substantivo Comum- designam seres ou objectos não individualizados. Nomes
comuns de seres ou coisas
EX: Pessoa, rio, País, cão.

Os substantivos comuns podem ser:


 Substantivos abstratos: designam qualidades, estado e sentimento.
EX: belo, saude, afeto, caridade, força, felicidade
 Substantivo concreto: dsignam seres individualizados ou não., reais e apalpaveis
EX: Gato, pão, prato, folha, feijão, cafeteira
 Substantivos Colectivos: designam no singular, um conjunto e seres da mesma
espécie.Ex:
- Bando (aves, malfeitores) multidão (pessoas), enxame (abelhas), cardume (peixes), leva
(presos), manadas (bois), quadrilha (ladrões), armada (navios), quadrilha (ladrões), turma
(estudantes) ara (porcos), cordilheira (serra).

Os substantivos podem também variar em grau. O grau dos substantivos pode ser normal,
aumentativo ou diminuitivo.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Grau Normal Aumentativo Diminuitivo
Cão Canzarrão Cãozinho
Sapato Sapatão Sapatinho
Boca Bocarra Boquinha/boquita
Casa Casarão Casinha
Nariz Narigão Narizinho
Rapaz Rapagão Rapazinho/rapazito

 Os Artigos

Os Artigos- são palavras variaveis que antepõem-se aos substantivos, dando-lhes o sentido. Os
artigos podem ser: definidos e indefinidos. Os Artigos Definidos- indicam seres bem determinados e
os artigos indefinidos indicam seres num sentido indeterminados.

Os Artigos definidos colocam-se antes dos substantivos próprios. Ou seja utilizam-se antes dos seres
expressos ou individualizados. Serve para particularizar .

Os Artigos definidos são: O, a , os, as

Ex: O Joaquim O rio Kwnza, a escola Passo à Passo

Os Artigos indefinidos colocam-se antes dos substantivos comuns. Ou seja, antes de nomes não
expressos (Quando não se define o ser)
OsArtigos indefinidos são: Um, uma,uns umas

Ex: Uma escola ; Um homem; uma casa , uns livros

 Os Adjectivos

Adjectivos são palavras que caracterizam e qualificam os substantivos a que se referem. Os


adjectivos exprimem qualidades e características dos seres e das coisas.

Ex: pequeno, grande, apetitoso, incomparavel, pobre, rico, alto, forte, baixo, rebelde, grande,
medroso, inteligente, bondoso, piedoso, cruel, gentil, am´vel, atencioso etc.

Quanto ao género, os artigos podem ser:


1. Biformes- quando apresentam duas formas, uma para cada género. Apresentam uma forma
para o masculino e outra forma para o femenino. Ex: delcioso (a) justo (a)
2. Uniforme- quando apresenta apenas uma única forma para os dois géneros. Ex: Homem
inteligente, mulher inteligente, O Joaquim está feliz, a Maria está feliz, contente, simples.
3. Quando se inumeram vários substantivos femeninos, o adjectivo vai para o masculino desde
que na expressão haja um substantivo masculino.
Ex: O feijão, a fuba, a ginguba e a fruta são bons para a saúde.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Os adjectivos variam em:
- Gnero: Sala pequena/ Quadro pequeno
- Número sala pequena/ salas pequenas
- Grau: sala pequena/ sala tão pequena /sala pequeníssima

 Os Numerais

Os numerais- são palavras variaveis que indicam quantidade dos seres ou coisas. Os numerais
indicam quantidades numéricas dos seres ou objecto , a sua ordem numa série ou ainda a sua
multiplicidade ou fracção numérica.

Os numerais dividem-se em cardinais, ordinais, multiplicativos, e fraccionários

- Numerais Cardinais- indicam quantidade dos seres ou coisas.

Ex: três colegas; ele viu um carro; ofereceu-me dois lápis; contei quatro pratos.

- Numerais Ordinais- indicam ordem que os seres ou objectos ocupam numa determinada
série ou escala. Indicam ou posição dos seres e coisas.
Ex: Cheguei primeiro; ele entrou o terceiro; já ocupei o segundo lugar

- Numerais Multiplicativos- indicam o aumento propocional ou multiplicidade dos seres ou


objectos.
Ex: Esta rua tem o triplo dos colegas daquela; Ele deu-me o tríplo

- Numerais fraccionários- indicam a divisão proporcional dos seres ou coisas.


Ex: Comprei a metade; só encontrei um terço dos meus colegas

 Os pronomes

Pronomes são palavras variaveis que se utilizam em vez dos nomes evitando a sua repetição.

Os pronomes podem ser:

- Pronomes pessoais

Os pronomes pessoais indicam as pessoas que participam na acção


Ex: eu vou a lavra; Tu gostas de Mandioca; Ele cozinha muito bem .

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Número Pessoa Sujeito Complemento
Singular 1ª Pessoa Eu Me, mim migo
2ª Pessoa Tu (comigo)
3ª Pessoa Ele ou ela Te, ti, tigo (contigo)
Se, si, sigo (consigo)
Plural 1ª Pessoa Nós Nos, nosco (connosco)
2ª Pessoa Vós Vos, vosco (convosco)
3ª Pessoa Eles ou elas Os, as, lhes sigo
(consigo)

Ex: A cassinda fez um bolo e deu-o a irmã.


A mãe fez ano e ofereci-lhe um vestido

- Pronomes demostrativos

Os pronomes demostrativos substituem os substantivos e indicam a posição de seres ou


objectos no espaço ou no tempo. Servem para indicar a posição dos seres ou coisas (
demostram, indicam, localizam e identificam).

- E: ésta é a aluna que apresentou o melhor trabalho


- Aquele é o dicionário que eu te falei.
- Este livro é meu; O que é aquilo?

Pronomes demostrativos
Singular Plural
Masculino Femenino Masculino Femenino Invariaveis
Este Esta Estes Estas Isto
Esse essa Esses Essas Aquio
Aquele aquela Aqueles Aquelas isso

O outro A outra Os outros As outras


O mesmo A mesma Os mesmos As mesmas
O tal A tal Os tais Tais
O A Os As

- Pronomes possessivos

Os pronomes possessivos substituem os substantivos e indicam a pessoa que tem posse de


qualquer objecto.
- Ex: Comprei este caderno para mim, o teu está alí
- Estes caderno pertencem-no, os vossos estão na gaveta .
- Aquilo é meu

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
- Pronomes Possessivos

Singular Plural
Pessoa Masculino Femenino Masculino Femenino
1ª pessoa Meu Minha Meus Minhas
2ª pessoa Teu Tua Teus Tuas
3ª pessoa Seu Sua Seus Suas
1ª pessoa Nosso Nossa Nossos Nossas
2ª pessoa Vosso Vossa Vossos Vossas
3ª pessoa Seu sua Seus Suas

- Pronomes interrogativos

Os pronomes interrogativos servem para introduzir perguntas.


- Ex: o que estás a fazer?
- Quem julgas que és?
- Destas duas flores qual preferes ?
- Quem é ele?

Pronomes Interrogativos
singular Plural
Qual Quais
Variáveis
Quanto/quanta Quantos/quantas
Invariáveis Que ,quem

- Pronomes indefinidos

Os pronomes indefinidos designam seres ou coisas de uma forma vaga, porque o seu sentido é vago,
indefinido ou impreciso. Quando não se define a posiçãodos seres ou dos objectos.
- Ex: alguém me chamou
- Deram-lhe tudo
- Uns são gordos, outros são magros e poucos acertaram.

Pronomes Indefinidos
singular Plural
Todo, algum, nenhum, Todos, alguns, nenhuns
Masculino Certo, muito, outro Certos , muitos, outros
Pouco, tanto, qualquer Poucos, tantos, quaisquer

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Femenino Toda, alguma, nenhuma, Todas, algumas, nenhumas,
Certa, muita, outra Certas, muitas, outras
Pouca, tanta, qualquer Poucas, tantas, quaisquer
Invariáveis Tudo, alguém, ninguem, cada, outrem, nada

- Pronomes relactivos

Os pronomes relactivos referem-se a palavras expressas anteriormente- o antecedente. Substituem


nomes relacionando duas ou mais frases.

- Ex: a rapariga que nós vimos é alta


- Eu preciso o jogador que marcou o golo
- A mãe fez um bolo que é muito bom

Substituimos respectivamente «rapariga , jogador, bolo» por que

Pronomes Relativos
Singular Plural
Masculino O qual, quanto, cujo Os quais, quantos, cujos
Femenino A qual, quanta, cuja As quais, quantas, cujas
Invariáveis Que, quem, onde

 Os Verbos

Os Verbos- são palavras variaveis que exprimem acções, qualidades ou estados, representados no
tempo. A função sintática desempenhada pelo verbo na oração é o predicado.

Em Português, de acordo a vogal Há 3 conjugações verbais:


1ª Conjugação- verbos de tema em a :
- Amar, Louvar, Chorar

2ª Conjugação- verbos de tema em e:


- Comer, Beber, Lêr, Ter, etc.

3ª Conjugação- verbos de tema em i


- Partir, Fugir Rir

O tema é a parte fundamental do verbo e obtém-se suprimindo o r final do infinitivo:


Ama (r)- Vogal temática (a)
Come(r) Vogal Temática (e)
Parti (r) Vogal Temática (i)

- Categoria do Verbo

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Os verbos variam em Modo, tempo, pessoa e número

- Modo-

O Modo indica a actitude (certeza, dúvida, ordem) em relação ao enunciado. Há 5 modos verbais que
são: Indicativo, Conjuntivo, Imperativo, Condicional e Infinitivo.

Modo Indicativo- indica um facto real, há uma certeza por parte do sujeito
Ex: O Cafuxi comprou um livro.
Ele saiu do bairro
Nós estamos com fome
O Mauro preparou uma boa exposição
Os macacos saltam

Modo Conjuntivo- Indica uma possibilidade, dúvida ou desejo. Não há uma certeza por parte do
sujeito.
Ex: é possível que eu tenha pintado
Talvés o Cafuxi prepare uma boa exposição
Gostava que o macaco saltasse no meu jardim

Modo Imperativo- indica uma ordem, um conselho, um pedido um desejo ou um convite.


Ex: Salta macaco
Corre, Joaquim
Prepara agora uma exposição

Modo Infinitivo- indica a ideia do enunciado de uma forma abstrata. Indica algo que não foi
realizado.
Ex: eles adoram saltar
É necessário preparar uma exposição

Modo Condicional- indica uma dependência ou condição. A acção ou ideia depende de algo.
Ex: Eu saltaria se pudesse
Pintaria se tudo desse certo

- Tempo Verbal

O Tempo indica o momento em que decorre a acção expressa pelo verbo. Podem ser:

- Presente- indica a acção actual. Situa a acção no momento em que se fala


Ex: Estou a comer(presente do indicativo) é possivel que eu pinte esse quadro(Presente Do
conjuntivo)
- Pretérito (Passado) – indica a acção anterior. Situa a acção antes do momento em que se
fala.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
O Pretérito (Passado) pode ser:
 Pretérito Perfeito- indica a acção anterior à actualidade, que antecede ao momento
actual (intei, falei, dancei, cortei, escrevi)
Ex: ontem pintei o quadro (Pretérito perfeito do Indicativo)
É possivl que eu tenha pintado este quadro (Pretérito perfeito do Conjuntivo)

 Pretérito Imperfeito ( pintava, saltava, banhava, comia)- indica a acção anterior a


actualidade, mais contemporânea da outra acção passada
Ex: eu pintava quando tu entraste (Pretérito Imperfeito do Indicativo)
Eles comprariam o quadro se tu pintasses (Pretérito Imperfeito do Conjuntivo)

 Pretérito mais que Perfeito- iindica a ação anterior a actualidade e ainda mais
anterior a outra já passada.
Ex: O macaco saltara (pretérito mais que perfeito do conjuntivo)
Quando tu pintaste, eu já tinha pintado

- Futuro- situa a acção depois do momento em que se fala. Ex: Pintarei este quadro.
Ofereço um quadro quando eu tiver pintado (futuro perfeito composto do conjuntivo)

- Condicional-a acção depende de uma condição.


Ex: Eu pintaria se houvesse claridade suficiente.

 Classificação dos Verbos

Quanto a flexão os Verbos podem ser regulares, irregulares e defectivos.

Verbos Regulares- são verbos que mantêm o seu radical (base) em toda a aconjugação, quando
tirado a vogal temática do verbo e o tema em «r»
 Ex: amar ( amei, amarei, amasse, amo)
 Comer (como, comia, comerei, comesse)
 Partir(Parto, parti, partia, partirei, partisse)

Verbos Irregulares- são Verbos que não mantêm o radical em toda a conjugação
- Ex: fazer ( faço, fiz, farei, faria)
- Ir ( vou, fui, irei, iria)
- Poder (posso, pude, poderia)
- Trazer (Trago, trouxe, traria)

Os verbos defetivos – são verbos que apresentam uma conjugação incompleta, porque não são
usados em todos os tempos, pessoas ou em todas as formas, ou seja, têm defeitos. Os Verbos
defectivos podem ser:

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Verbos defectivos pessoais- utilizam-se apenas em alguns tempos ou pessoas, por serem de
desagradável pronúncia.
Ex: Abolir, colorir, demolir, falir, reaver, etc.

Verbos Defectivos Unipessoais- utilizam-se apenas numa única pessoa gramatical (do singular ou
plural), pois exprimem vozes de animais, uzados na 3ª pessoa do singular e do plural.
Ex: ganir, miar, latir, cacrejar, ladrar, rugir, grasnar (ele latiu, eles ladraram )

Verbos Defectivos impessoais- designam fenómenos da Natureza, onde a acção não é atribuido a
ninguém, cujo sujeito é inexistente.
Ex: amanhecer (amanheceu), chover (choveu, chove, chovia), entardecer, anoitecer, nevar,
relampejar, alvorecer, ventar etc.

- Função dos Verbos

Quanto a sua função, os Verbos podem ser: principais, auxiliares, de ligação ou copulativos,
transitivos e intransitivos.

 Verbos de ligação- ligam dois ou mais elementos da mesma oração, ou seja, estabelece uma
relação entre dois elementos.
Ex: Aqule é o meu caderno. O André cura o doente.

 Vrbos Auxiliares- auxiliam os outros Verbos, servem para a formação do tempo composto e
de outras frases.
Ex: as crianças têm ido a praia
O livro foi comprado por mim
Os alunos vão comprar cadernos

Ex: O Wanassa conduz a viatura (Conduzir- verbo principal)


O Wanassa tem conduzido a viatura (tem- verbo auxiliar)
O Wanassa é o condutor ( é- verbo princpal de ligação)

Na primeira frase , a forma verbal conduz, indica uma acção praticada pelo Wanassa e inclui em sí as
caracteristicas do verbo: tempo (Presente), modo (indicativo) pessoa (3ª) e número (Singular).

Na segunda frase, a forma Verbal tem conduzido, é constituida pelo verbo auxiliar ter e pelo verbo
principal conduzir. Neste caso, o verbo auxiliar serve para a formação do tempo composto- pretérito
perfeito Composto do indicativo.

Na terceira frase, o verbo ser apenas estabelece uma ligação entre o Wanassa e a qualidade que lhe
é atribuida- Conutor.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
 Verbos transitivos e intransitivos

Verbos Tranitivos- ssão verbos que não têm sentido completo. Exprimem uma ideia cujo sentido só
fica completo com determinados termos que se lhe juntam.

- Ex: A Tchissola lê bons livros


- A Tchissola obedece aos professores.
- A Tchissola pediu um livro ao professor

Na primeira frase, o verbo ler teve um sentido completo porque lhe juntamos um complemento
directo (bons livros)- é um verbo Transitivo directo.

Na segunda frase, ao verbo obedecer juntamos um complemento indirecto (aos professores)


para completar o sentido- é um verbo Transitivo Indirecto.

Na última frase, ao verbo pedir, juntamos um complemento directo (um livro) e um


Complemento indirecto (ao professor) para completar o seu sentido- é um verbo Transitivo
directo e indirecto.

Verbos Intransitivos- são verbos que indicam uma acção no sentido completo, expressam uma
ideia completa e não necessitam a presença de complementos. Estes caracterizam-se como
principais, pois determinam a ocorrência ou não de um sujeito e de um ou vários complementos.
Exprimem uma acção com o sentido completo.

- Ex: A vissolela Tropessou e caiu .


- A Ave voa
- O joão adormeceu
- O gás acabou
- O pássaro morreu

Sumário : Formas especiais de Conjugação- Pronominalização

 Conjugação pronominal

Na conjugação pronominal o verbo é acompanhado por um pronome . Trata-se da substituição de


um verbo por um pronome.
 Ex: Escrev a carta
 Escreve-a
a) Conjugação Pronominal simples- é quando o verbo é acompanhado por um pronome
pessoal atono. O substantivo é substituido por um pronome pessoal atono
Ex: Ela queixou-se e o director.
Há casos em que na conjugação pronominal, o pronome o, a, os, as, toma outras
froas formas :

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
- No, na, nos, nas quando a forma verbal termina em m
Ex: O Cassoma e a Ana escrevem a carta
O Cassoma e a Ana escrevem-na.
- Lo, la, los, las, quando a forma verbal termina em s, z ou r ( o que é omitido)
Ex: Tu escreves a carta – Tu escreve-las
- No futuro e no condicional, os pronomes tomam as formas lo, la, los, las
Ex:Tu escreverás uma carta- Tu escrevê-la-ás

b) ronominalização Reflexa- é quando a acção expressa pelo verbo recai sobre o sujeito. A
acção expressa pelo verbo recai sobre a pessoa que pratica. A conjugação pronominal
Reflexa faz-se através dos pronomes pessoais : me , te, se , nos, vos, se.
Ex: eu penteio-me
Os meninos distraiem-se ( a si próprio); Lavou-se .
c) Conjugação pronominal Recíproca- Quando a acção expressa pelo verbo tem um valor de
reciprocidade.
Ex: Eles abaçaram-se mutuamente; Nos abaçamos; Entoalharam-se .

d) Conjugação perifrástica- é constituido por um verbo principal no infinitivo ou no gerúndio e


um verbo auxiliar no tempo em que se pretente conjugar .
Ex: Tenho de Estudar; Eles estão chorando.

Desta forma o verbo principal adquire novos significados, podendo exprimir valores :
- Duração de um processo: Estou a comer.
- Início de um processo: Começo a ler,
- Fim de um processo: acabei de ler, deixei de fumar;
- Obrigação: tenho de sair;
- Intenção: hei-de visitar-te
- Mudança de actitude: passei a ler.

Tema: PRONOMINALIZAÇÃO
Pronominalizar é substituir, na frase, um nome pelo pronome correspondente.

Feita esta breve introdução, seguem-se as principais regras da pronominalização no que diz
respeito à correta articulação de verbos com pronomes:

1 – Quando a forma verbal termina em vogal, o pronome não sofre alterações.


Eu amo a Maria. → Eu amo-a. [não use: amo-na | amo ela]

2 – Quando a forma verbal termina em «r», «s» ou «z», estas consoantes caem e o
pronome pessoal passa a ser «-lo», «-la», «-los», «-las».

Ex: Prometo amar e respeitar a Maria para todo o sempre. → Prometo amá-la e respeitá-la
para todo o sempre. [não use: amar-na e respeitar-na]

Nós sabemos que o mais difícil não é casar. → Nós sabemo-lo. [não use: sabemos-no]
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Eu fiz o pedido. → Eu fi-lo. [não use: fiz-no]

3 – Se a forma verbal terminar em «m» ou em ditongo nasal («õe» ou «ão»), o pronome


tomará as formas «-no», «-na», «-nos», «-nas».
 Ex: Eles sabem que o mais difícil não é casar. → Eles sabem-no. [não use: sabem-lo]
 Ela põe o marido na linha. → Ela põe-no na linha. [não use: põe-o]

4 – Quando a forma verbal está no modo condicional, o pronome coloca-se entre o radical
do verbo e as terminações verbais «-ia», «-ias», «-ia», «-íamos», «-íeis», «-iam»). No
entanto, como o radical termina em «r», este cai e o pronome ganha um «l»,
transformando-se em «-lo», «-la», «-los», «-las».

 Ex: Eu levaria o vestido da mãe se ele me assentasse na perfeição. → Eu levá-lo-ia se ele me


assentasse na perfeição. [não use: levaria-no | levaria-o]
 Nós convidaríamos todos os nossos amigos se eles não fossem muitos. → Nós convidá-los-
íamos (a todos) se (eles) não fossem muitos. [não use: convidariamo-los]

5 – Quando a forma verbal está no futuro, o pronome coloca-se entre o radical do verbo e
as terminações verbais «-á», «-ás», «-á», «-emos», «-eis», «-ão». No entanto, como o
radical termina em «r», este cai e o pronome ganha um «l», transformando-se em «-lo», «-
la», «-los», «-las».

 Ex: Nós faremos a lua-de-mel num cruzeiro. → Nós fá-la-emos num cruzeiro. [não use:
faremo-la]
 Eles terão filhos muito bem-educados. → Eles tê-los-ão muitos bem-educados. [não use:
terão-os]

6 – Quando a frase está na negativa, o pronome vem antes do verbo, sem sofrer alterações,
tal como nalguns casos em que a frase está na forma interrogativa.

 Ex: Achas que ele ama a Maria? → Achas que ele a ama? [não use: ama-a]
 Ele não demonstra que a ama. → Ele não o demonstra. [não use: demonstra-o]

Casos especiais: Sempre que, na frase, se encontrem em contacto duas formas de pronome
pessoal – complemento direto e indireto –, elas contraem-se formando uma só palavra, seja
qual for o tempo verbal.
 Ex:Ele ofereceu um anel de noivado à Maria. → Ele ofereceu-lhe um anel de noivado. → Ele
ofereceu-lho. (lhe + o = lho)
 Nós oferecemos-te o vestido. → Nós oferecemos-to. (te + o = to)

No que diz respeito à correta colocação de verbos com pronomes, os pronomes átonos
«me», «te», «se», «o», «a», «os», «as», «lhe», «lhes», «nos», «vos» podem vir antes, depois
ou no meio do verbo:

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
- Próclise: o pronome vem antes do verbo.
Ex:Ele não o demonstra.
- Ênclise: o pronome vem depois do verbo.
Ex: Eu amo-a.
- Mesóclise: o pronome vem no meio do verbo.
Nós fá-la-emos num cruzeiro.

A colocação de verbos com pronomes átonos deve respeitar as seguintes regras:


1 – Regra geral, a conjugação pronominal deve ser feita através da ênclise ou da mesóclise,
sendo que nunca devemos começar uma frase com um pronome átono.

- Ex: Amarás a Maria para todo o sempre? → Amá-la-ás para todo o sempre? [não use: a
amarás]

Não obstante, há palavras e/ou expressões que exigem que o pronome seja colocado antes
do verbo:
i) palavras com sentido negativo: não, nunca, jamais, ninguém, nada, nenhum, nem,…
- Ele demonstra-o. → Ele não o demonstra.
- Ele ofereceu-lho. → Ele não lho ofereceu.

ii) advérbios (sem vírgula): aqui, ali, só, também, bem, mal, hoje, amanhã, ontem, já, nunca,
jamais, apenas, tão, talvez, etc.

- Ontem lhe entregaram flores. [não use: entregaram-lhe]


- Com a vírgula, utiliza-se a ênclise:
- Ontem, entregaram-lhe flores. [não use: lhe entregaram]

iii) pronomes indefinidos: todo, tudo, alguém, ninguém, algum,...

- Nós falámos e tudo se esclareceu. [não use: esclareceu-se]


- Alguma coisa se passou para ele não ter vindo jantar. [não use: passou-se]

iv) pronomes ou advérbios interrogativos (o uso destas palavras no início da oração


interrogativa atrai o pronome para antes do verbo): «O que… ?», «Quem… ?», «Por
que…?», «Quando… ?», «Onde… ?», «Como… ?», «Quanto…?».
- Quem te disse que eles querem casar? [não use: disse-te]

v) pronomes relativos: que, o qual, quem, cujo, onde, quanto, quando, como.

- Quando mo disseram, já eu o sabia. [não use: disseram-mo]

vi) conjunções subordinativas: que, uma vez que, já que, embora, ainda que, desde que,
posto que, caso, contanto que, conforme, quando, depois que, sempre que, para que, a fim
de que, à proporção que, à medida que, etc.

- Caso ele se arme em esperto, eu sei muito bem o que fazer. [não se escreve: arme-se]

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
2 – Não colocar pronomes átonos após o particípio
O correto é analisar cada situação para observar o lugar adequado, mas nunca após o
particípio.

- Eu tinha-o convidado para jantar, mas ele não disse que não podia. [não se escreve:
convidado-o]

Nota: Na língua portuguesa, a palavra «se» pode ser conjunção ou pronome átono e há
situações em que ambos podem muito corretamente aparecer na mesma construção, cada
um exercendo seu papel.

- Quando eu o vi na rua, ele não sabia se se escondia ou se fugia. [não se escreve: escondia-se]

3 – Não colocar pronomes átonos após verbos conjugados no futuro do indicativo


A depender do caso, caberá a mesóclise ou a próclise, mas nunca a ênclise quando os verbos
estão no futuro do indicativo.

- Eles farão a lua-de-mel num cruzeiro. → Eles fá-la-ão num cruzeiro. [não use: farão-na |
farão-a]
- Eles terão filhos muito bonitos. → Eles tê-los-ão muito bonitos. [não use: terão nos | terão-
lhes]

Sumário: Palavras Inveriáveis- Os Advérbios e locuções adverbiais

Adverbios- são palavras invariáveis que servem para modificar ou acentuar o sentido dos
verbos, dos adjectivos ou dos próprios advérbios.
Ex: Chegaste agora ? ( Verbo +Advérbio)
Está muito Preocupado ( Advérbio + adjectivo)
Chegaste bastante Tarde ( Advérbio + Advérbio)

Advérbio é a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo


circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros, tais como: melhor, demais, ali.
Exemplos de frases com advérbio:
O melhor resultado foi o do atleta estrangeiro.
Não acha que trouxe folhas demais?
O restaurante é ali.

Os advérbios são classificados em: modo, intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação e
dúvida.

Os advérbios agrupam-se em subclasses de acordo com a sua significação. Os principais


advérbios são:

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Principais Advérbios
TEMPO MODO LUGAR EXCLUSÃO INCLUSÃO
Hoje, agora, Bem Aqui, Ali, Acolá Só Até,
Amanhã, sempre, Mal Longe, debaixo Somente Também,
Ontem, cedo, já, De vagar Fora, Apenas Mesmo
Ainda, depois Melhor, pior, Perto Exclusivamente Também
Logo, em breve, depressa, facilmente Dentro, unicamente
inclusivamente
De repente, Felizmente longe,
Às vezes etc Em vão em redor
Ao acaso em cima
AFIRMAÇÃO NEGAÇÃO DÚVIDA INTERROGAÇÃO INTENSIDADE
OU
QUANTIDADE
Sim, certamente, Não, Talvez De lugar- onde? Muito
efectivamente, já, Nunca Porventura De Tempo- Mais
quando? Tão
decreto Nem acaso De modo- como? Quase
realmente jamais Privavelmente De Causa-
bem
porquê?
Sumário: Texto Narrativo
. A Texto narrativo é um tipo de texto que esboça as ações de personagens num determinado
tempo e espaço. Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns fatos e
acontecimentos.

O texto narrativo é um texto literário que retrata uma história real ou imaginánia , contada por um
narrador e as suas personagens envolvem-se numa acção que decorre num determinado espaço ,
durante um certo período de tempo.
Alguns exemplos de textos narrativos são: romance, novela, conto, crônica e fábula.

 Estrutura da Narrativa

Apresentação: também chamada de introdução, nessa parte inicial o autor do texto apresenta os
personagens, o local e o tempo em que se desenvolverá a trama.
Desenvolvimento: aqui grande parte da história é desenvolvida com foco nas ações dos
personagens.
Clímax: parte do desenvolvimento da história, o clímax designa o momento mais emocionante da
narrativa.
Desfecho: também chamada de conclusão, ele é determinado pela parte final da narrativa, onde a
partir dos acontecimentos, os conflitos vão sendo desenvolvidos.

- Elementos ou categorias da Narrativa

Narrador - é aquele que narra a história. Dividem-se em: narrador observador, narrador personagem
e narrador onisciente.
Enredo - trata-se da estrutura da narrativa, ou seja, a trama em que se desenrolam as ações. São
classificados em: enredo linear e enredo não linear.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Personagens - são aqueles que compõem a narrativa sendo classificados em: personagens principais
(protagonista e antagonista) e personagens secundários (adjuvante ou coadjuvante).
Tempo - está relacionado com a marcação do tempo dentro da narrativa, por exemplo, uma data ou
um momento específico. O tempo pode ser cronológico ou psicológico.
Espaço - local (s) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer num ambiente físico, ambiente
psicológico ou ambiente social.
Ação – o conjunto de acontecimento que se desenrolam num determinado tempo e num espaaço
com a participação de personagem .

- Tipos de Narrador

O Narrador é quem conta a históra. O narrador pode classificar-se quanto a presença, posição e
ciência.

 Quanto a presença, o narrador pode ser : Participante ou Não Participante.

O Narrador é participante ou presente quando conta a História e ele próprio se identifica no texto
como uma personagem. O seu discurso aparece no texto na primeira pessoa. Quado o narrador é
presente pode ser:
Autodiegético- quando desempenha o papel mais importante da História
Homodiegético- quando desempeha o papel de personagem figurante ou secundária
Heterodiegético- Quando não participa da História.

O Narrador é não presente ou ausente- quando é apenas um observador , testemunha. Utiliza um


discurso na terceira pessoa

- Posição do narrador

Quanto a posição o Narrador pode ser objectivo ou subjectivo. O Narrador é objectivo quando
Narra os acontecimentos sem comentários pessoais, limita-se a falar do que aconteceu. O Narrador
é subjectivo quando narra os acontecimentos dando directa ou indirectamente a sua opinião.

- Quanto a Ciência

Quanto a Ciência, o Narrador pode ser Omnisciente ou não Omnisciente. O Narrador é


Omnisciente quando ele sabe tudo. Ele fala do que vê e do que não vê, penetra no pensamento das
personagens e fala dos seus sonhos.

O Narrador é Não Omnisciente quando não sabe de tudo, limita-se a falar do que vê e o que todos
pode ver. Não sabe o que ocorre no interior das pensonagens.

De uma forma geral, Os tipos de narrador, também chamado de foco narrativo, representam a "voz
textual" da narração, sendo classifcados em:
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Narrador Personagem - a história é narrada em 1ª pessoa onde o narrador é um personagem e
participa das ações.
Narrador Observador - narrado em 3ª pessoa, esse tipo de narrador conhece os fatos porém, não
participa da ação.
Narrador Onisciente - esse narrador conhece todos os personagens e a trama. Nesse caso, a história
é narrada em 3ª pessoa. No entanto, quando apresenta fluxo de pensamentos dos personagens, ela
é narrada em 1ª pessoa.

 As personagens

As personagens são agentes ou intervenientes na ação. As personagens podem classificar-se quanto


a importância, tipologia ou caracterização.

Quanto a Importância, as personagens podem ser:


- Personagens principais ou protagonistas- quando desempenham o papel mais importante
da História.
- Personagem secundária- quando desempenha um papel de menor importância
- Personagem figurante- Quando não desempenha um papel qualquer específico.

- Quanto a caracterização:

Quanto a caracterização pode ser directa ou indirecta. Caracterização directa é quando a informação
ao seu respeito são passadas por ele próprio, pelo narrador ou pelas outras personagens da história.

Caracterização Indirecta- Quando o leitor deduz por sí só tudo sobre a História a partir do seu
comportamento.

 Acção

Acção é o conjunto de acontecimentos que se desenrolam num determinado espaço e num


tempo próprio mais ou menos extenso, com a participação de personagem. A acção pode
ser central ou secundária.

A acção é central- quando é o assunto mais importante, muitas vezes realciona-se ao título. A acção
é secundária quando o assunto é menos importante. Trata-se da acção complementar.

 O Espaço

O espaço é o lugar onde decorre a acção. O espaço pode ser físico, social ou psicológico.

O Espaço físico- é o lugar real onde acontece as cenas. Espaço social- é o meio social. O espaço é
psicológico quando é vivido interiormente por uma pessoa.

 O tempo

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
O tempo é o momento em que decorre a acção. O tempo no texto narrativo pode ser cronológico,
Histórico ou psicológico.

O tempo é cronológico quando marca a contagem do tempo em dias, mês , ano. O Tempo é Histórico
quando se enquadra historicamente na acção. É psicológico quando é vivido interiormente por uma
personagem.

 Modo de expressão e de representação


a) Modo de expressão : Diálogo e Monologo

O diálogo- é a conversa entre duas ou mais personagens. O diálogo dá maior vivacidade a


História. O diálogo pode ser directo quando as personagens conversam entre sí, ou diálogo
indirecto quando há uma intervenção do nrrador ao contar o que a personagem disse.

O Monólogo ocorre quando a personagem conversa consigo próprio, ou seja quando a


personagem fala sozinho.

b) Modo de apresentação: Narração e Discrição

Narração é o relacto dos acontecimentos. É a tarefa do narrador.

A descrição é o acto de caracterizar , relactar ou ainda apresentar ambientes, pessoas,


sentimentos, emoções, animais, objectos, paisagem etc. A descrição pode ser isolada ou isirida
dentro de um texto narrativo e pode ser feita pelo narrador ou pela personagem.

Sumário: Acrase(`) – Regras de uso


A crase, marcada pelo acento grave (`), é vista como a vilã. Mas a coitada é tão simplesmente a + a,
ou seja, a soma do artigo definido "a" com a preposição "a". (a+a—à)

A crase (`) serve para evitar a repetição a + a nas situações em que precisamos utilizar “a”, com a
função de vogal, juntamente com “a”, com a função de preposição (a + a = à).

 A crase deve ser usada nos seguintes casos:

1. Antes de palavras femininas Exemplo: Vou à padaria (a + a). Fui à escola. Fomos à praça. Vou à
padaria. Fomos à praia
Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir) A crase serve para evitar que se
escreva a a (vou a a padaria), porque quem vai, vai a algum lugar e padaria é um substantivo
feminino, então, antes dele colocamos um "a" = a padaria.

Agora, repare: Vou a o cabeleireiro = Vou ao cabeleireiro (a + o).

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
2. Na indicação de horas- Exemplo: A aula começa às 8h.

Usamos crase quando se indica um horário, como no exemplo acima. No entanto, quando falamos
em horas contadas, não usamos crase. Por exemplo: As duas horas de aula pareciam não ter fim.

A crase também não é usada se antes das horas estiverem as preposições após, desde, entre, para.
Por exemplo: Venha após as 14h.

3. Nas locuções prepositivas e conjuntivas femininas. Exemplos: Às custas dela, ficou de castigo.

Chorava de rir à medida que falava.

São locuções prepositivas: à(s) custa(s) de, à exceção de, à mercê de, à proporção de, à volta de, às
expensas de.

São locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que.


Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas
Saímos à noite.
À medida que o tempo passa as amizades aumentam

4. Com os pronomes aquele, aquela, aquilo, quando eles fazem contração com a preposição “a”
Exemplo: Não empreste dinheiro àquela pessoa (a + aquela).

Essa contração serve para evitar a repetição a aquela (Não empreste dinheiro àquela pessoa)

 Quando não usar crase


- Antes de palavras masculinas. EX: Jorge tem um carro a álcool. Samuel comprou um jipe a
diesel.
- Antes de verbos que não indiquem destino. EX: Estava disposto a salvar a menina. Passava o
dia a cantar.
- Antes de pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo: EX: Falamos a ela sobre o
ocorrido. Ofereceram a mim as entradas para o cinema.

Os pronomes do caso reto são: eu, tu, ele, nós, vós, eles.
Os pronomes do caso oblíquo são: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe.

- Antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa. EX: Era a isso que nos
referíamos. Quando aderir a esse plano, a internet ficará mais barata

Sumário: Conjunções: Conjunções coordenativas e subordinativas


-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Conjunção é a palavra que liga dois termos ou duas orações de mesmo valor gramatical, tais como:
mas, portanto, conforme.
Exemplos de frases com conjunção:
 Vou, mas não volto.
 Portanto, não sei o que fazer.
 Dançar conforme a dança.

As conjunções são classificadas em coordenativas (aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e


explicativas) e subordinativas (integrantes, causais, comparativas, concessivas, condicionais,
conformativas, consecutivas, temporais, finais e proporcionais).

Conjunção é um termo que liga duas orações ou duas palavras de mesmo valor gramatical,
estabelecendo uma relação entre eles.

Exemplos:
 Ele joga futebol e basquete. (dois termos semelhantes)
 Eu iria ao jogo, mas estou sem companhia. (duas orações)

 Classificação das Conjunções

As conjunções são classificas em dois grupos: coordenativas e subordinativas.

a) Conjunções Coordenativas

As conjunções coordenativas- são aquelas que ligam duas orações orações coordenadas
independentes. São divididas em cinco tipos:

1.Conjunções coordenativas Aditivas- Essas conjunções exprimem soma, adição de pensamentos: e,


nem, não só...mas também, não só...como também.
 Exemplo: Ana não fala nem ouve.

2. Conjunções coordenativas Adversativas- Exprimem oposição, contraste, compensação de


pensamentos: mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia.
 Exemplo: Não fomos campeões, todavia exibimos o melhor futebol.

3. Conjunções Coordenativas Alternativas- Exprimem escolha de pensamentos: ou...ou, já...já,


ora...ora, quer...quer, seja...seja
 Exemplo: Ou você vem conosco ou você não vai.

4. Conjunções Coordenativas Conclusivas- Exprimem conclusão de pensamento: logo, por isso, pois
(quando vem depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.
 Exemplo: Chove bastante, portanto a colheita está garantida.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
5. Conjunções Coordenativas Explicativas- Exprimem razão, motivo: que, porque, assim, pois
(quando vem antes do verbo), porquanto, por conseguinte.
 Exemplo: Não choveu, porque nada está molhado.

b) Conjunção subordinativa

As conjunções subordinativas servem para ligar orações subordinadas dependentes uma da outra e
são divididas em dez tipos:

1. Conjunções Integrantes- Introduzem orações subordinadas com função substantiva: que, se.
 Exemplo: Quero que você volte já. Não sei se devo voltar lá.

2. Conjunções Causais- Introduzem orações subordinadas que dão ideia de causa: que, porque,
como, pois, visto que, já que, uma vez que.
 Exemplo: Não fui à aula porque choveu. Como fiquei doente não pude ir à aula.

3. Conjunções Comparativas- Introduzem orações subordinadas que dão ideia de comparação: que,
do que, como.
 Exemplo: Meu professor é mais inteligente do que o seu.

4. Conjunções Concessivas- Iniciam orações subordinadas que exprimem um fato contrário ao da


oração principal: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, por mais
que, por melhor que.
 Exemplo: Vou à praia, embora esteja chovendo.

5. Conjunções Condicionais- Iniciam orações subordinadas que exprimem hipótese ou condição para
que o fato da oração principal se realize ou não: caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser
que.
 Exemplo: Se não chover, irei à praia.

6. Conjunções Conformativas- Iniciam orações subordinadas que exprimem acordo, concordância de


um fato com outro: segundo, como, conforme.
 Exemplo: Cada um colhe conforme semeia.

7. Conjunções Consecutivas- Iniciam orações subordinadas que exprimem a consequência ou o


efeito do que se declara na oração principal: que, de forma que, de modo que, de maneira que.
 Exemplo: Foi tamanho o susto que ela desmaiou.

8. Conjunções Temporais- Iniciam orações subordinadas que dão ideia de tempo: logo que, antes
que, quando, assim que, sempre que.
 Exemplo: Quando as férias chegarem, viajaremos.

9. Conjunções Finais- Iniciam orações subordinadas que exprimem uma finalidade: a fim de que,
para que.
 Exemplo: Estamos aqui para que ele fique tranquilo.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
10. Conjunções Proporcionais- Iniciam orações subordinadas que exprimem concomitância,
simultaneidade: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, quanto
menor, quanto melhor.
 Exemplo: Quanto mais trabalho, menos recebo.

Sumário: Preposições e sua classificação

Preposição é a palavra invariável que liga dois termos da oração numa relação de subordinação
donde, geralmente, o segundo termo subordina o primeiro. Preposições são palavras que
estabelecem conexões com vários sentidos entre dois termos da oração. Através de preposições, o
segundo termo (termo consequente) explica o sentido do primeiro termo (termo antecedente). São
invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número.

 Tipos e Exemplos de Preposições

Preposição de lugar: O navio veio de São Paulo.


Preposição de modo: Os prisioneiros eram colocados em fila.
Preposição de tempo: Por dois anos ele viveu aqui.
Preposição de distância: A cinco quilômetros daqui passa uma estrada.
Preposição de causa: Com a seca, o gado começou a morrer.
Preposição de instrumento: Ele cortou a árvore com o machado.
Preposição de finalidade: A praça foi enfeitada para a festa.

Classificação das Preposições


As preposições podem ser divididas em dois grupos:

 Preposições Essenciais – são as palavras que só funcionam como preposição, a saber: a,


ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre,
trás.
 Preposições Acidentais – são as palavras de outras classes gramaticais que, em certas frases
funcionam como preposição, a saber: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto,
mediante, menos, salvo, segundo, visto etc.

 Locuções Prepositivas

A locução prepositiva é formada por duas ou mais palavras com o valor de preposição, sempre
terminando por uma preposição, por exemplo:

abaixo de, acima de, a fim de, além de, antes de, até a, depois de, ao invés de, ao lado de, em que
pese a, à custa de, em via de, à volta com, defronte de, a par de, perto de, por causa de, através de,
etc.
 Combinação, Contração e Crase
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Importante notar que, algumas preposições podem aparecer combinadas com outras palavras.
Assim, quando na junção dos termos não houver perda de elementos fonéticos, teremos uma
combinação, por exemplo:

ao (a + o)
aos (a + os)
aonde (a + onde)
Por conseguinte, quando da junção da preposição com outra palavra houver perda fonética, teremos
a chamada contração, por exemplo:

do (de + o) dum (de + um) desta (de + esta) no (em + o)neste (em + este)
nisso (em + isso)

Sumário: Interjeições e locuções interjetivas

Interjeição é a palavra que exprime emoções e sentimentos, tais como: Olá!, Viva! Psiu!.

Exemplos de frases com interjeição:

 Olá! Sou a Maria.


 Viva! Conseguimos ganhar o campeonato.
 Psiu! Não faça barulho aqui.

A interjeição é uma palavra invariável (não sofre variação em gênero, número e grau), que
representa um recurso da linguagem afetiva, de modo que expressa sentimentos, sensações, estados
de espírito, sendo sempre acompanhadas de um ponto de exclamação (!).Interjeições são palavras
que exprimem emoções, sensações, estados de espírito. São invariáveis e seu significado fica
dependente da forma como as mesmas são pronunciadas pelos interlocutores.

As interjeições são consideradas “palavras-frases” na medida em que representam frases-resumidas,


formadas por sons vocálicos (Ah! Oh! Ai!), por palavras (Droga! Psiu! Puxa!) ou por um grupo de
palavras, nesse caso, chamadas de locuções interjetivas (Meu Deus! Ora bolas!).

 Tipos de Interjeições

Apesar de não possuírem uma classificação rigorosa, posto que a mesma interjeição pode expressar
sentimentos ou sensações distintas, as interjeições ou locuções interjetivas são classificadas em:

 Advertência: Cuidado!, Olhe!, Atenção!, Fogo!, Olha lá!, Alto lá!, Calma!, Devagar!, Sentido!,
Alerta!, Vê bem!, Volta aqui!
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
 Afugentamento: Fora!, Toca!, Xô!, Xô pra lá!, Passa!, Sai!, Roda!, Arreda!, Rua!, Cai fora!,
Vaza!
 Agradecimento: Graças a Deus!, Obrigado!, Agradecido!, Muito obrigada!, Valeu!, Valeu a
pena!
 Alegria: Ah!, Eh!, Oh!, Oba!, Eba!, Viva!, Olá!, Olé! Eta!, Eita!, Eia!, Uhu!, Que bom!
 Alívio: Ufa!, Uf!, Arre!, Ah!, Eh!, Puxa!, Ainda bem!, Nossa senhora!
 Ânimo: Coragem!, Força!, Ânimo!, Avante!, Eia!, Vamos!, Firme!, Inteirinho!, Bora!
 Apelo: Socorro!, Ei!, Ô!, Oh!, Alô!, Psiu!, Olá!, Eh!, Psit!, Misericórdia!
 Aplauso: Muito bem!, Bem!, Bravo!, Bis!, É isso aí!, Isso!, Parabéns!, Boa!, Apoiado!, Ótimo!,
Viva!, Fiufiu!, Hup!, Hurra!
 Chamamento: Alô!, Olá!, Hei!, Psiu!, ô!, oi!, psiu!, psit!, ó!
 Concordância: Claro!, Certo!, Sem dúvida!, Ótimo!, Então!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!
 Contrariedade: Droga!, Porcaria!, Credo!
 Desculpa: Perdão!, Opa!, Desculpa!, Desculpe!, Foi mal!
 Desejo: Oxalá!, Tomara!, Quisera!, Queira Deus!, Quem me dera!
 Despedida: Adeus!, Até logo!, Tchau!, Até amanhã!
 Dor: Ai!, Ui!, Ah!, Oh!, Meu Deus!, Ai de mim!
 Dúvida: Hum?, hem?, hã?, Ué!, Epa!
 Espanto: Oh!, Puxa!, Quê!, Nossa!, Nossa mãe!, Virgem!, Caramba!, Xi!, Meu Deus!, Senhor
Jesus!, Ui!, Crê em Deus pai!
 Estímulo: Ânimo!, Coragem!, Adiante!, Avante!, Vamos!, Eia!, Firme!, Força!, Toca!, Upa!, Vai
nessa!
 Medo: Oh!, Credo!, Cruzes!, Ui!, Ai!, Uh!, Barbaridade!, Socorro!, Francamente!,, Que medo!,
Jesus!, Jesus Maria e José!
 Satisfação: Viva!, Oba!, Boa!, Bem!, Bom!, Upa!, Ah!
 Saudação: Alô!, Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau!, Salve!, Ave!, Viva!
 Silêncio: Psiu!, Shh!, Silêncio!, Basta!, Chega!, Calado!, Quieto!, Bico fechado!

 Locução Interjetiva

Quando não é uma palavra, mas um conjunto de palavras , a traduzir um sentimento ou uma
emoção, chama-se locuções interjectivas
As locuções interjetivas são compostas de uma ou mais palavras que desempenham o papel da
interjeição. Com efeito, se a interjeição é uma palavra que expressa uma ideia, a locução interjetiva
trabalha da mesma forma.
exemplo: Ai de mim!, Puxa vida!, Virgem Santa!, Valha-me Deus!, Cruz Credo!, Quem me dera!
Bem hja, alto lá , ora bolas , muito bem,

Sumário: Regência. Regência Verbal e Regência nominal

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Em geral as palavras de uma oração relacionam-se entre si para formar um todo com sentido.
Podemos assim afirmar que regência é arelação necessáriaexistente entre duas ou mais palavras
onde uma serve de complemento .

a) Regência Verbal

Regência verbal é a parte da língua que se ocupa da relação entre os verbos e os termos que se
seguem a eles e completam o seu sentido. Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos
(direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos.
A ligação de Verbo com o seu complemento pode ser feita de forma directa ( directamente) e
indirecto (indirectamente).
A regência verbal ocorre nos verbos transitivos (verbos que não têm um sentido completo ) muitas
vezes através da ligação de um verbo com o seu complemento. Ela liga um verbo com o seu
complemento.
 O menino comprou um livro
 O velho carecia de roupa
 Ele deu um presente ao amigo
 Chamou-he de muleque
 Oferecí à Joana

 Regência nominal

Regência Nominal é a maneira de um nome (substantivo, adjetivo e advérbio) relacionar-se com seus
complementos. A regência nominal acontece na ligação de um nome com o seu complemento. Ela
aparece numa ligação entre um substantivo e um complemento dentro da mesma frase.

Em geral, a relação entre o nome e o seu complemento é estabelecida por preposição. Portanto, é
justamente o conhecimento da preposição o que há de mais importante na regência nominal.

 Exemplo:

Acessivel a gosto por junto a /de


Acostumado com curioso de maior de
Adequado a superior a util para/de
Apto a/para natural de situado em
Atento a/com responsavel por ingrato com
Capaz de / para

Sumário: Concordância verbal e Nominal

Concordância verbal e nominal é a parte da gramática que estuda a conformidade estabelecida entre
cada componente da oração. Enquanto a concordância verbal se ocupa da relação entre sujeito e
verbo, a concordância nominal se ocupa da relação entre as classes de palavras:

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
 concordância verbal = sujeito e verbo
 concordância nominal = classes de palavras

Exemplo: Nós estudaremos regras e exemplos complicados juntos.

Na oração acima, temos esses dois tipos de concordância:

Ao concordar o sujeito (nós) com o verbo (estudaremos), estamos diante de um caso de


concordância verbal. Já, quando os substantivos (regras e exemplos) concordam com o adjetivo
(complicados), estamos diante de um caso de concordância nominal.

Concordância verbal é a relação estabelecida de forma harmônica entre sujeito e verbo. Isso quer
dizer que quando o sujeito está no singular, o verbo também deve estar; quando o sujeito estiver
no plural, o verbo também estará.

 Exemplos:

Eu adoro quando as flores desabrocham na Primavera.


Elas adoram quando as flores desabrocham na Primavera.
Cristina e Eva entraram no hospital.
Parece simples, mas há várias situações que provocam dúvidas não só nos alunos, mas em
qualquer falante da língua portuguesa. Vamos a elas!

Regras para concordância Concordância Verbal


1. Sujeito composto antes do verbo- Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo
deve estar sempre no plural. Exemplo: Maria e José conversaram até de madrugada.

2. Sujeito composto depois do verbo- Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo
tanto pode ficar no plural como pode concordar com o sujeito mais próximo. Exemplos: Discursaram
diretor e professores. Discursou diretor e professores.

3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes- Quando o sujeito é composto, mas as
pessoas gramaticais são diferentes, o verbo também deve ficar no plural. No entanto, ele concordará
com a pessoa que, a nível gramatical, tem prioridade. Isso quer dizer que 1.ª pessoa (eu, nós) tem
prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a 2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles). Exemplos:
Nós, vós e eles vamos à festa. Tu e ele falais outra língua?

 Concordância Nominal

Concordância nominal- é a relação que se estabelece entre as classes de palavras (nomes).É o que
faz com que substantivos concordem com pronomes, numerais e adjetivos, entre outros.

- Exemplo:

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Estas três obras maravilhosas estavam esquecidas na biblioteca.

Neste caso, pronome, numeral e adjetivo concordam com o substantivo "obras". "Estas" e não
"estes" obras, pronome que está no plural, já que a oração refere que são três e não apenas uma
obra maravilhosa.
E por que "maravilhosas" e não "maravilhoso"? Porque o substantivo está no plural e é feminino, ou
seja, tudo muito bem combinado.

 Regras para Concordância Nominal

1. Adjetivos e um substantivo - Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, os


adjetivos devem concordar em gênero e número com o substantivo.
Exemplo: Adorava comida salgada e gordurosa.

2. Substantivos e um adjetivo- No caso inverso, ou seja, quando há mais do que um substantivo e


apenas um adjetivo, há duas formas de concordar:

2.1. Quando o adjetivo vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo
mais próximo. Exemplo: Linda filha e bebê.

2.2. Quando o adjetivo vem depois dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo
mais próximo ou com todos os substantivos.

Exemplos: Pronúncia e vocabulário perfeito.


Vocabulário e pronúncia perfeita.
Pronúncia e vocabulário perfeitos.
Vocabulário e pronúncia perfeitos.

Adjetivo e um substantivo- O adjetivo deve concordar em gênero e número com o substantivo.


Exemplo: Que pintura bonita!

Quando há mais do que um substantivo, o adjetivo deve concordar com aquele que está mais
próximo. Exemplo: Que bonita pintura e poema!
Mas, se os substantivos forem nomes próprios, o adjetivo deve ficar no plural. Exemplo: Debaixo dos
Caracóis dos seus Cabelos é uma composição dos grandes Roberto Carlos e Erasmo Carlos em
homenagem à Caetano Veloso.

Quando há mais do que um substantivo, e o adjetivo vem depois dos substantivos, deve concordar
com aquele que está mais próximo ou com todos eles. Exemplos:
Que pintura e poema bonito!
Que poema e pintura bonita!
Que pintura e poema bonitos!
Que poema e pintura bonitos!

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Substantivo e mais do que um adjetivo- Quando um substantivo é caracterizado por mais do que um
adjetivo, a concordância pode ser feita das seguintes formas: Colocando o artigo antes do último
adjetivo. Exemplos: Adoro a comida italiana e a chinesa.
Colocando o substantivo e o artigo que o antecede no plural. Exemplo: Adoro as comidas italiana e
chinesa.

Sumário: Os conectores Lógicos


Os conectores- são articuladores do discurso que se usam para especificar as relações entre os vários
segmentos linguisticos de um texto. Os conectores fazem a ligação entre as frases num período, dos
períodos dentro dos parágrafos e dos parágrafos no texto.

O bom uso dos conectores resulta numa maior coesão textual. Os conectores pertencem a diversas
subclasse de palavras: podem ser conjunções, advérbios, locuções adverbiais etc.

Para...... Usa-se...
Articular ideias contraste, Mas, porém, todavia, contudo, no entanto, apesar de, ainda que, embora,
oposição, restrição mesmo que, por mais que, se bem que...
Adicionar e agrupar elementos e E, alem disso, e ainda, bem como, assim como, não só, por um lado, por
ideias outro lado...
Resumir, reafirmar Por outras palavras, ou seja, em resumo, em suma, ou melhor
Exemplificar Por exemplo, isto é, ou seja, nomeadamente, em particular, entre outros, a
saber...
Comparar Como, conforme, também, tanto, tal como, assim como, pela mesma
razão...
Indicar uma sequência Por tudo isso, de modo que, de tal forma que, daí que, tanto que, é por isso
que...
Dar uma opinião Na minha opinião, ao meu ver, em meu entender, parece-me que
Exprimir uma dúvida Talvez, rovavelmente, é provavel que, possivelmente, por ventura
Insistir nas ideias já expostas De facto, na verdade, com efeito, efectivamente...
Esclarecer uma ideia Isto quer dizer, isto significa que, por outras palavras, isto é
Anunciar uma ideia ou causa Pois, pois que, visto que, dado que, uma vez que, por causa de
Indicar uma hipótese ou Se, a menos que, salvo se, excepto se, desde que, supondo que
condição
Exprimir um facto dado como Com certeza, naturalmente, evidente que, certamente, evidentemente, sem
certo dúvidas que...
Evdenciar ideias alternativas Fosse, ora,
Organizar ideias por ordem de Em primeiro lugar, num primeiro momento, antes de, seguidamente, depois
sequência de, por fim, finalmente, simulaneamente....

Sumário ; Coesão e Coerência

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
A Coesão e a Coerência são mecanismos fundamentais na construção textual. Para que um texto seja
eficaz na transmissão da sua mensagem é essencial que faça sentido para o leitor. Além disso, deve
ser harmonioso, de forma a que a mensagem flua de forma segura, natural e agradável aos ouvidos.

- Coesão Textual

A coesão é resultado da disposição e da correta utilização das palavras que propiciam a


ligação entre frases, períodos e parágrafos de um texto. Ela colabora com sua organização e
ocorre por meio de palavras chamadas de conectivos.

Mecanismos de Coesão- A coesão pode ser obtida através de alguns mecanismos: anáfora e
catáfora.

A anáfora e a catáfora se referem à informação expressa no texto e, por esse motivo, são
qualificadas como endofóricas. Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora o antecipa,
contribuindo com a ligação e a harmonia textual.

Confira abaixo algumas regras que garantem a coesão textual:

Referência
- Pessoal: utilização de pronomes pessoais e possessivos. Exemplo: João e Maria casaram. Eles
são pais de Ana e Beto. (Referência pessoal anafórica)
- Demonstrativa: utilização de pronomes demonstrativos e advérbios. Exemplo: Fiz todas as
tarefas, com exceção desta: arquivar a correspondência. (Referência demonstrativa
catafórica)
- Comparativa: utilização de comparações através de semelhanças. Exemplo: Mais um dia igual
aos outros… (Referência comparativa endofórica)

- Substituição

Substituir um elemento (nominal, verbal, frasal) por outro é uma forma de evitar as repetições.

Exemplo: Vamos à prefeitura amanhã, eles irão na próxima semana.

Observe que a diferença entre a referência e a substituição está expressa especialmente no fato de
que a substituição acrescenta uma informação nova ao texto. No caso de “João e Maria casaram. Eles
são pais de Ana e Beto”, o pronome pessoal referencia as pessoas João e Maria, não acrescentando
informação adicional ao texto.

- Elipse

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Um componente textual, quer seja um nome, um verbo ou uma frase, pode ser omitido através da
elipse. Exemplo: Temos ingressos a mais para o concerto. Você os quer?

(A segunda oração é perceptível mediante o contexto. Assim, sabemos que o que está sendo
oferecido são ingressos para o concerto.)

- Conjunção

A conjunção liga orações estabelecendo relação entre elas. Exemplo: Nós não sabemos quem é o
culpado, mas ele sabe. (adversativa)

Coesão Lexical- A coesão lexical consiste na utilização de palavras que possuem sentido aproximado
ou que pertencem a um mesmo campo lexical. São elas: sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos,
entre outros. Exemplo: Aquela escola não oferece as condições mínimas de trabalho. A instituição
está literalmente caindo aos pedaços.

 Coerência

Coerência Textual- A Coerência é a relação lógica das ideias de um texto que decorre da sua
argumentação - resultado especialmente dos conhecimentos do transmissor da mensagem. Um
texto contraditório e redundante ou cujas ideias iniciadas não são concluídas, é um texto incoerente.
A incoerência compromete a clareza do discurso, a sua fluência e a eficácia da leitura. Assim a
incoerência não é só uma questão de conhecimento, decorre também do uso de tempos verbais e da
emissão de ideias contrárias.

Exemplos:

- O relatório está pronto, porém o estou finalizando até agora. (processo verbal acabado e
inacabado)
- Ele é vegetariano e gosta de um bife muito mal passado. (os vegetarianos são assim
classificados pelo fato de se alimentar apenas de vegetais)

Fatores de Coerência
São inúmeros os fatores que contribuem para a coerência de um texto, tendo em vista a sua
abrangência. Vejamos alguns:

- Conhecimento de Mundo- É o conjunto de conhecimento que adquirimos ao longo da vida e


que são arquivados na nossa memória.

São o chamados frames (rótulos), esquemas (planos de funcionamento, como a rotina alimentar:
café da amanhã, almoço e jantar), planos (planejar algo com um objetivo, tal como jogar um jogo),
scripts (roteiros, tal como normas de etiqueta).
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Exemplo: Peru, Panetone, frutas e nozes. Tudo a postos para o Carnaval!

Uma questão cultural nos leva a concluir que a oração acima é incoerente. Isso porque “peru,
panetone, frutas e nozes” (frames) são elementos que pertencem à celebração do Natal e não à festa
de carnaval.

- Inferências- Através das inferências, as informações podem ser simplificadas se partimos do


pressuposto que os interlocutores partilham do mesmo conhecimento.

Exemplo: Quando os chamar para jantar não esqueça que eles são indianos. (ou seja, em princípio,
esses convidados não comem carne de vaca)

Fatores de contextualização
Há fatores que inserem o interlocutor na mensagem providenciando a sua clareza, como os títulos de
uma notícia ou a data de uma mensagem.

Exemplo:
— Está marcado para às 10h.
— O que está marcado para às 10h? Não sei sobre o que está falando.

Informatividade- Quanto maior informação não previsível um texto tiver, mais rico e interessante ele
será. Assim, dizer o que é óbvio ou insistir numa informação e não desenvolvê-la, com certeza
desvaloriza o texto.

Exemplo: O Brasil foi colonizado por Portugal.

Princípios Básicos
Após termos visto os fatores acima, é essencial ter em atenção os seguintes princípios para se obter
um texto coerente:

- Princípio da Não Contradição - ideias contraditórias


- Princípio da Não Tautologia - ideias redundantes
- Princípio da Relevância - ideias que se relacionam

Diferença entre Coesão e Coerência

Coesão e coerência são coisas diferentes, de modo que um texto coeso pode ser incoerente. Ambas
têm em comum o fato de estarem relacionadas com as regras essenciais para uma boa produção
textual. A coesão textual tem como foco a articulação interna, ou seja, as questões gramaticais. Já a
coerência textual trata da articulação externa e mais profunda da mensagem.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Sumário Coesão Textual
A coesão textual é a conexão linguística que permite a amarração das ideias dentro de um texto.
Bem utilizada, a coesão permite a eficiência na transmissão da mensagem ao interlocutor e, por
consequência, o entendimento.

Dentro do texto, a coesão pode ser compreendida pelas relações linguísticas, como os advérbios,
pronomes, o emprego de conectivos, sinônimos, dentre outros. Para ser melhor empregada, a
coesão necessita de recursos, como palavras e expressões que têm como objetivo estabelecer a
interligação entre os segmentos do texto. Esses recursos são chamados de elementos de coesão.
Quando o texto é incoerente, prejudica o processo de comunicação.

 Tipos de Coesão Textual

Coesão Referencial- É o vínculo que existe entre palavras, orações e as diferentes partículas do texto
por meio de um referente. Nesse tipo de coesão, os termos conetivos ou coesivos anunciam ou
retomam as frases, sequências e palavras que indicam conceitos e fatos. Isso pode ocorrer através da
anáfora ou catáfora. A anáfora faz referência a uma informação que já fora mencionada no texto. Ou
seja, ela retoma um componente textual, e também pode ser chamada de elemento anafórico. A
catáfora, por sua vez, antecipa um componente textual, sendo chamada de elemento catafórico.

Os principais mecanismos da coesão referencial ocorrem por meio da elipse e reiteração.

- Exemplo de coesão referencial por elipse: Vamos à praia no domingo. Você nos acompanha?

Entenda: neste tipo de coesão, um elemento do texto é retirado e evita a repetição.


Vamos à praia no domingo. Você nos acompanha (à praia)?

- Exemplo de coesão por reiteração: Aprendizado é dedicação. Aprendizado é plantar o


conhecimento todos os dias.

Entenda: neste tipo de coesão é possível repetir o elemento lexical ou mesmo usar sinônimos.

Coesão Sequencial- É a maneira como os fatos se organizam no tempo do texto. Para isto,
são utilizadas relações semânticas que ligam as orações e os parágrafos à medida em que o
texto é descrito. A coesão sequencial pode ocorrer por justaposição ou conexão.

 Exemplo de coesão sequencial por justaposição:

Ricardo é, com certeza, a melhor escolha. Além disso, conhece os meandros da empresa.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Entenda: a coesão sequencial por justaposição ocorre para dar sequência ao texto no ordenamento
temporal, espacial e de assunto.

Sumário: Coerência Textual


Coerência textual é o fator que possibilita o entendimento da mensagem transmitida no texto. Aliada
à coesão, a coerência tem como função a construção dos sentidos da textualidade. Por meio da
coerência, ocorre a concatenação das ideias do texto. Ou seja, a formação de uma cadeia de ideias.

O texto que obedece à coerência transmite uma relação lógica de ideias que se complementam, não
se contradizem e conferem significado à mensagem. Quando o texto é coerente, o interlocutor
apreende os sentidos do texto. A falta dela afeta a significação do texto, prejudica a relação com o
interlocutor, a continuidade dos sentidos e compreensão.

 Tipos de Coerência Textual

Coerência Narrativa- Nesse tipo de texto é obedecida uma lógica entre ações e personagens. Cada
ação obedece a um tempo que permite conhecer a ordem dos acontecimentos sem contradições.

Coerência Argumentativa- São apresentados exemplos, opiniões e dados utilizados como argumento
para sustentar a conclusão. Também é preciso obedecer a uma sequência lógica de acontecimentos
para sustentar a argumentação e possibilitar a compreensão da conclusão.

Coerência Descritiva- Nesses textos é promovido um retrato das pessoas, coisas e ambientes com
detalhes sobre suas particularidades. São usadas figuras que condizem com a cena, o ambiente e o
tempo onde estão situados os personagens e acontecimentos.

 Princípios da Coerência Textual

Princípio da não-contradição- Ocorre quando as ideias não se contradizem e a lógica do texto não é
interrompida.

Princípio da não-tautologia- Ocorre quando um mesmo termo não é repetido exaustivamente,


prejudicando a mensagem e tornando o texto inteligível.

Princípio da relevância- Ocorre quando o interlocutor percebe a obediência à relação de ideias em


uma sequência. Não há quebra.

Quando o ordenamento é incorreto, ainda que as mensagens tenham significado isoladas, a


compreensão dos sentidos do texto é prejudicada.

Sumário: Abaixo ou A Baixo

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Os termos "abaixo", escrito junto, e "a baixo", escrito separado, costumam confundir quando vamos
escrever um texto. No entanto, eles são usados em contextos diferentes. Para que você não erre
mais, confira abaixo as regras, os usos e alguns exemplos.

 Abaixo

O termo "abaixo', escrito junto, faz referência a algo que esteja numa posição inferior. Portanto, essa
palavra é sinônima de "embaixo", "debaixo", "sob", "por baixo", etc.

Abaixo a Ditadura!
Veja abaixo um exercício sobre o tema da aula.
Na lista de convocados, seu nome está abaixo do meu.
Nesse semestre suas notas estão abaixo da média da classe.
Fizemos um abaixo-assinado para retirar o professor da disciplina.
Seguem abaixo os documentos para matrícula.
Seguem abaixo os dados necessários para inscrição no curso.

 A Baixo

Já a expressão “a baixo”, escrito separado, é sinônima de “de baixo”, “para baixo” ou “até embaixo”
e antônima de “do alto” ou “de cima

 Exemplos:

Quando entrei na loja, José me olhou de cima a baixo.


Naquela tarde, o gato rasgou a cortina de cima a baixo.
Temos que lavar as janelas do alto a baixo desse prédio.
Neusa observou o candidato de alto a baixo.
Roupas e calçados a baixo preço.

Sumário: Uso do Por que, Porquê, Por quê e Porque

Na língua portuguesa, existem 4 tipos de porquês (por que, porque, por quê e porquê) que são
empregados da seguinte forma:

Por que: utilizado em perguntas. Exemplo: Por que não voltamos para a casa?
Porque: utilizado em respostas. Exemplo: Porque agora não temos tempo.
Por quê: utilizado em perguntas no fim das frases. Exemplo: Você não gosta dessa matéria, por quê?
Porquê: possui o valor de substantivo e indica o motivo, a razão. Exemplo: Gostaria de saber o
porquê dele não falar mais comigo.

 Quando usar Por que?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
"Por que" separado e sem acento é usado no início das frases interrogativas diretas ou no meio, no
caso de frases interrogativas indiretas.

Assim, utilizamos o "por que" em perguntas ou como pronome relativo, com o sentido de "por qual e
"pelo qual".

- Por que ele não voltou mais?


- Por que isto é tão caro?
- Queria saber por que você não me telefonou ontem.

Quando usado no meio das frases, "por que" tem a função de pronome relativo. Pode ser substituído
por "por qual e "pelo qual".

Exemplos:

- O local por que passei é muito bonito. (O local por qual passei é muito bonito.)
- A razão por que sobra sempre para mim, eu não sei. (A razão pela qual sobra sempre para
mim, eu não sei.)
- Não sei o motivo por que as pessoas têm dúvidas. (Não sei o motivo pelo qual as pessoas
têm dúvidas.)

 Quando usar Porque?

"Porque", escrito junto e sem acento, é utilizado em respostas. Ele exerce a função de uma
conjunção subordinativa causal ou coordenativa explicativa.

Pode ser substituído por palavras, como “pois”, ou pelas expressões “para que” e “uma vez que”.
Exemplos:
Não fui à escola ontem porque fiquei doente.
Leve o casaco porque está frio.
Não preciso de mais exemplos, porque já entendi.

 Quando usar Por quê?

"Por quê", escrito separado e com acento circunflexo, é usado em perguntas no fim das frases
interrogativas diretas ou de maneira isolada.

Antes de um ponto mantém o sentido interrogativo ou exclamativo.

Exemplos:
- O almoço não foi servido por quê?
- Andar a pé, por quê?
- Não vai errar mais? Por quê?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
 Quando usar Porquê?

"Porquê", escrito junto e com acento circunflexo, possui o valor de substantivo na frase e significa
“motivo” ou “razão”.

Ele aparece nas sentenças precedido de artigo, pronome, adjetivo ou numeral com objetivo de
explicar o motivo dentro da frase.

Exemplos:

- Não foi explicado o porquê de tanto barulho na noite de ontem.


- Queria entender o porquê de isto estar acontecendo.
- Você pode me explicar o porquê de tanta gente complicar algo fácil?

Sumário: Os tipos textuais e os gêneros textuais


Os tipos de textos reúnem 5 tipos (narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo) sendo
caracterizados por conterem um objetivo e uma estrutura geralmente fixa.

Já os gêneros textuais são estruturas que surgem dos tipos de textos. Eles são classificados de acordo
com suas características relacionadas com a linguagem utilizada bem como seu conteúdo.

Assim, além dos citados acima, existem muitos tipos de gêneros textuais, por exemplo:

Gêneros textuais narrativos: lendas e contos de fada.


Gêneros textuais descritivos: currículo e anúncio de classificados.
Gêneros textuais dissertativos: dissertação de mestrado e tese de doutorado.
Gêneros textuais expositivos: conferências e colóquios.
Gêneros textuais injuntivos: carta aberta e texto prescritivo.

Sumário: Gêneros Literários


Os gêneros literários são categorias dos textos literários, classificados de acordo com a forma e o
conteúdo.

Dessa maneira, englobam o conjunto de características formais e temáticas das manifestações


literárias. Do latim, o termo “gênero” (“genus” e “eris”) significa origem e nascimento.

 Mas o que é Literatura?

A literatura é a arte das palavras, aquela que por meio das figuras de linguagens exprime sensações,
emoções, desejos. Assim, ela engloba diversos textos sendo os gêneros literários classificados em:

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Lírico, Épico (Narrativo) e Dramático. Por sua vez, os gêneros textuais são classificados em: Narrativo,
Descritivo, Dissertativo, Expositivo e Injuntivo.

Classificação dos Gêneros Literários


A classificação dos gêneros literários foi proposta, na antiguidade clássica, pelo filósofo grego
Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), as quais foram divididas em:

Gênero Lírico: “palavra cantada”.


Gênero Épico: “palavra narrada”.
Gênero Dramático: “palavra representada”.

 Gênero Lírico

O Gênero lírico apresenta textos em versos por meio de uma linguagem poética, de caráter
sentimental com predominância da subjetividade do eu-lírico (primeira pessoa). Do latim, o nome
lírico, surgiu de “lira”, instrumento utilizado para acompanhar as poesias cantadas. Importante notar
que o "eu-lírico" é distinto do autor, ou seja, o eu-lírico pode ser masculino ou feminino,
independente de sua autoria. Alguns exemplos de textos líricos são:

- Soneto, Poesia, Ode, Haicai, Hino, Sátira

 Gênero Épico

O gênero épico representa a mais antiga das manifestações literárias e abarca as narrativas histórico-
literárias de grandes acontecimentos, com presença de temas terrenos, mitológicos e lendários. Note
que o termo “épico” vem da palavra “epopeia”, que do grego (“épos”) simboliza a narrativa em
versos de fatos grandiosos centrados na figura de um herói ou de um povo.

Os elementos essenciais das narrativas épicas são: narrador (quem narra a história), enredo
(sucessão dos acontecimentos), personagens (principais e secundárias), tempo (época dos fatos) e
espaço (local dos episódios).

Atualmente, os estudiosos referem-se a esse gênero como “narrativo” em detrimento do termo


“épico”. Alguns exemplos de textos épicos são:

- Epopeia, Romance, Novela, Conto, Crônica, Fábula

 Gênero Dramático

O gênero dramático envolve a literatura teatral em prosa ou em verso, aquela para ser apresentada e
encenada. Do grego, a palavra “drama” significa “ação”. Por esse motivo, o diálogo é um recurso
muito utilizado, de forma que a tríade essencial dos textos literários dramáticos são: o autor, o texto
e o público. Assim, algumas modalidades dos textos dramáticos são:

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
- Tragédia , Comédia, Tragicomédia, Farsa, Elegia

Sumário: Gêneros Textuais


Os gêneros textuais são classificados conforme as características comuns que os textos apresentam
em relação à linguagem e ao conteúdo. Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma
interação entre os interlocutores (emissor e receptor) de determinado discurso.

São exemplos resenha crítica jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do restaurante, bilhete
ou lista de supermercado. É importante considerar seu contexto, função e finalidade, pois o gênero
textual pode conter mais de um tipo textual. Isso, por exemplo, quer dizer que uma receita de bolo
apresenta a lista de ingredientes necessários (texto descritivo) e o modo de preparo (texto injuntivo).

 Tipos de Gêneros Textuais

Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que existem inúmeros gêneros textuais dentro
das categorias tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros textuais são estruturas textuais
peculiares que surgem dos tipos de textos: narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo,
expositivo e injuntivo.

Os tipos de textos são classificados de acordo com sua estrutura, objetivo e finalidade. De acordo
com a tipologia textual, eles são classificados em 5 tipos: texto narrativo, texto descritivo, texto
dissertativo, texto expositivo e texto injuntivo.

- Texto Narrativo

Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço. A estrutura da


narração é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho.

Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos: Romance, Novela, Crônica, Contos de Fada, Fábula,
Lendas.

 Estrutura dos textos narrativos

Os textos narrativos possui uma estrutura básica: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho.

Apresentação: trata-se da introdução do texto, onde são apresentadas algumas de suas principais
características como o tempo, o espaço e as personagem que fazem parte da trama.
Desenvolvimento: designa a maior parte do texto, onde são desenvolvidas as ações das personagens
numa sequência de acontecimentos.
Clímax: representa a parte mais emocionante, surpreendente e tensa da narrativa.
Desfecho: é a parte final da trama, determinada pelo arremate de toda a história. Nela, é revelada o
destino das personagens.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Espaço: representa o local (ou locais) onde se desenvolve a história e que pode ser: físico, psicológico
ou social. Assim, a narração engloba o que chamamos de 5 elementos da narrativa:

Enredo: designa a história da narrativa. Dependendo de como a trama é contada, ele é classificado
em dois tipos: enredo linear (sequência cronológica) e enredo não linear (não possui uma sequência
cronológica).
Narrador: também chamado de foco narrativo, representa a "voz do texto", ou seja, determina quem
está contando a história. Os tipos de narrador são: narrador observador (não faz parte da história,
sendo somente um observador), narrador personagem (faz parte da história) e narrador onisciente
(conhece todos os detalhes da narração).
Personagens: são aqueles que fazem parte da história e podem ser: personagens principais
(protagonista e antagonista) ou personagens secundárias (adjuvante ou coadjuvante).
Espaço: representa o local (ou locais) onde se desenvolve a história e que pode ser: físico, psicológico
ou social.
Tempo: marca o momento em que a trama está sendo desenvolvida. Ele é dividido em dois tipos:
tempo cronológico e tempo psicológico

- Texto Descritivo

Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar,


acontecimento. Dessa forma, são textos repletos de adjetivos, os quais descrevem ou apresentam
imagens a partir das percepções sensoriais do locutor (emissor).

O texto descritivo é um tipo de texto que apresenta a descrição de algo, seja de uma pessoa, um
objeto, um local, etc. Assim, ele expõe apreciações, impressões e observações de algo indicando os
aspectos, as características, os detalhes singulares e os pormenores. Alguns recursos linguísticos
relevantes na estruturação dos textos descritivos são: a utilização de adjetivos, verbos de ligações,
metáforas e comparações.

 Estrutura dos textos descritivos

De forma geral, os textos descritivos seguem a estrutura básica:

Introdução: apresentação sobre o que (ou quem) será descrito.


desenvolvimento: realização da descrição (objetiva ou subjetiva) de algo.
conclusão: término da descrição.

 Tipos de textos descritivos

A descrição é classificada de 2 formas:

Descrição objetiva: descrição realista ou denotativa sobre algo sem que haja algum juízo de valor.
Descrição subjetiva: descrição que envolve as impressões pessoais do autor e, por isso, apresenta o
sentido conotativo da linguagem.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
São exemplos de gêneros textuais descritivos:

- Diário
- Relatos (viagens, históricos, etc.)
- Biografia e autobiografia
- Notícia
- Currículo
- Lista de compras
- Cardápio
- Anúncios de classificados

 Texto Dissertativo-Argumentativo

O texto dissertativo busca defender uma ideia e, logo, é baseado na argumentação e no


desenvolvimento de um tema. Geralmente, os textos dissertativos-argumentativos, além
de serem opinativos, buscam persuadir o leitor.

Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de
argumentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam
persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese
(desenvolvimento), nova tese (conclusão).

 Estrutura dos textos dissertativos

A estrutura dos textos dissertativos é dividida em três partes fundamentais:

Introdução: também chamada de tese, essa é uma pequena parte do texto que apresenta a ideia, o
tema ou assunto principal que será dissertado.
Desenvolvimento: também chamada de antítese (ou anti tese), é a maior parte do texto em que é
apresentado os argumentos contra e a favor sobre o tema.
Conclusão: também chamada de nova tese, essa parte sugere uma nova ideia, que pode ser uma
solução sobre o tema exposto

 Tipos de textos dissertativos

Os textos dissertativos são classificados de duas maneiras:

Dissertativo-expositivo: foco na exposição de alguma ideia, fato, tema ou assunto. Nesse caso, não
há a intenção de persuadir o leitor.
Dissertativo-argumentativo: a persuasão é o principal ponto dessa categoria de textos dissertativos.
Assim, o uso de argumentações e contra argumentações são fundamentais.

Gêneros textuais dissertativos:


-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
 Editorial Jornalístico
 Carta de opinião
 Carta de opinião
 Resenha
 Artigo
 Ensaio
 Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado

 Texto Expositivo

O texto expositivo pretende apresentar um tema a partir de recursos como a conceituação, a


definição, a descrição, a comparação, a informação e enumeração. Dessa forma, o objetivo central
do emissor é explanar, discutir e explicar sobre um determinado assunto. Os textos expositivos
possuem a função de expor determinada ideia, por meio de recursos como: definição, conceituação,
informação, descrição e comparação.

 Tipos de textos expositivos

Os textos expositivos são classificados em dois tipos:

Texto informativo-expositivo: tem como objetivo a transmissão de informações, sem que haja juízo
de valor.
Texto expositivo-argumentativo: foca na exposição de tema com defesa de opinião.

Alguns exemplos de gêneros textuais expositivos: Seminários, Palestras, Conferências, Entrevistas,


Trabalhos acadêmicos, Enciclopédia, Verbetes de dicionários.

 Texto Injuntivo

O texto Injuntivo ou instrucional está pautado na explicação e no método para a realização de algo.
Assim, um dos recursos linguísticos marcantes desse tipo de texto é a utilização dos verbos no
imperativo, de modo a indicar uma "ordem".

O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que indica uma ordem, de modo
que o locutor (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor). Por isso, apresentam,
na maioria dos casos, verbos no imperativo.

Alguns exemplos de gêneros textuais injuntivos:

Propaganda
Receita culinária
Bula de remédio
Manual de instruções
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Regulamento

Sumário: Narração- Características principais

Narração ou texto narrativo é o relato feito por alguém de algo, de uma sequência de
acontecimentos. Essa sucessão de acontecimentos é chamada de enredo, e considera um período de
tempo e de espaço (quando e onde acontece).

Quem assume o papel de narrar, contar ou relatar algo é chamado de narrador. O narrador relata os
acontecimentos vividos pelos personagens.

 Tipos de narrativa

Dentre os tipos de narrativa, citamos:

Conto: narrativa curta que gira em torno de um acontecimento real ou fictício.


Crônica: narrativa informal que tem como tema o cotidiano.
Fábula: narrativa que transmite mensagem de cunho moral.
Novela: narrativa longa que se desenvolve em torno de um personagem principal.
Romance: narrativa longa que envolve várias tramas.

 Estrutura da narrativa

A narração segue a seguinte estrutura:

Apresentação: é parte introdutória, em que as principais características do contexto são


apresentadas, tais como as personagens, o lugar e o período de tempo.
Desenvolvimento: é a parte que apresenta a sucessão de acontecimentos.
Clímax: é a parte mais emocionante em virtude de ser o momento em que algo é revelado.
Desfecho: é parte conclusiva, a partir de quando são tomados os rumos finais da narração.
Elementos da narrativa

 Narrador

Há três tipos de narrador. É esse elemento que determina o foco narrativo, ou seja, a perspectiva da
história.

Narrador Personagem: ele faz parte da história contada. Nesse caso, a narração é feita na 1ª pessoa
do singular (eu) ou do plural (nós).
Narrador Observador: ele não faz parte da história, apenas a observa. A narração é feita na 3ª
pessoa do singular (ele) ou do plural (eles).

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Narrador Onisciente: ele conhece todos os detalhes da narração: o presente, o passado e o futuro da
história, além do que os personagens e os seus pensamentos. Na maior parte das vezes a narração é
feita na 3ª pessoa, por vezes, na 1ª.

 Personagens

Conforme a sua importância, os personagens são classificados em principais e secundários. Os


principais são chamados de protagonistas, enquanto os secundários são coadjuvantes.

Sumário: Como Escrecer Uma redacão- Fases, características e principios

Para fazer uma boa redação o mais importante é que você elimine a ideia de que escrever é muito
complicado. Escrever um texto, nada mais é do que você pensar sobre um tema e organizar suas
ideias a respeito disso. Dito isso, fazer uma redação segue a mesma lógica, ou seja, é importante
saber sobre o tema e organizar todas as informações levando em conta as normas gramaticais.
Isso porque o texto oral é diferente do escrito. Numa redação, por exemplo, devemos usar
parágrafos, pontuação e saber muito bem o significado das palavras.

 Portanto, segue abaixo algumas dicas essenciais para que você produza um texto bom,
coerente e coeso. Bom trabalho!

1. Tema da Redação- Antes de mais nada, você deve focar no tema que está sendo proposto ou pelo
professor, no vestibular, ou ainda, num concurso. O tema, é, portanto, o assunto que será tratado.
Geralmente, nesse tipo de avaliação, você tem um limite de palavras e/ou parágrafos. Portanto,
esteja atento à isso. Quanto ao tema, você deve antes de mais nada refletir sobre ele, ou seja, quais
as informações que você possui sobre esse assunto, ou se ainda, é necessário pesquisar mais. Fazer
um rascunho e enumerar os principais pontos é uma boa maneira de começar.

2. Produção do Texto- Passando da primeira etapa de reunir informações e dados sobre o tema que
será redigido, adentramos no momento de produção. Essa é uma fase muito importante onde o
rascunho sobre a enumeração dos principais pontos se transformarão, aos poucos, em parágrafos.

3. Organização do Texto- Mais do que saber produzir um texto, devemos levar em conta sua
organização. Assim, as ideias e as frases precisam apresentar uma sequência lógica. Um recurso
importante e que deve ser ressaltado é a coesão. Com ela, utilizamos os conectivos para que as
ideias não fiquem soltas e que o texto não seja um simples emaranhado de frases. Termos como
“assim”, “entretanto”, “dessa forma”, “mas”, etc. são utilizados para oferecer ao texto uma maior
ligação entre as frases e as ideias. Além da coesão, a coerência é algo muito importante e está ligada
à lógica textual, ou seja, ao sentido do texto. Dessa maneira, ela facilita o entendimento sobre a
mensagem que será transmitida.

 Estrutura da Redação

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
A redação deve seguir essa ordem para que as ideias fiquem bem organizadas:

1. Introdução- Na introdução, vamos apontar o que será redigido ao longo do texto. Ela não deve ser
muito longa (3 parágrafos no máximo), no entanto, deve conter as principais ideias que serão
discutidas.

A introdução de uma redação integra a construção textual e a partir dela o leitor permanece ou não
texto. Independente do gênero textual, é na introdução que o leitor é apresentado a todo o
conteúdo que será depositado no desenvolvimento e na conclusão. É importante prever de que
maneira introduzir aos elementos da redação considerando, já na primeira frase, o tema a ser
discorrido.

Dicas: Usar palavras que nomeiam ideias e conceitos; Não usar marcadores de tempo; Encadear as
ideias; Usar operadores argumentativos.

2. Desenvolvimento- O desenvolvimento é a parte mais longa do texto que pode ser escrita em até
cinco parágrafos. Nele, vamos nos aprofundar sobre o que será discutido. Nesse momento, podemos
usar a argumentação e a contra argumentação, de forma a mostrar dois caminhos e opiniões sobre o
tema (prós e os contras). Isso tudo será definido melhor na conclusão. O desenvolvimento é um dos
três elementos principais da redação, seja ela narrativa, descritiva, dissertativa argumentativa ou
explicativa. Em qualquer uma das formas é preciso: Expressar-se com eficácia; De maneira
gramaticalmente correta; Usar de originalidade e criatividade; Seguir o contexto do tema

A redação precisa gerar ideias e, para isso, é preciso ter argumentos. No texto dissertativo-
argumentativo é preciso selecionar as ideias e revelar ao leitor o assunto por meio de subsídios que
foram reunidos na pesquisa e no planejamento. As ideias precisam ser desenvolvidas com base em
um plano textual:
 Estabelecer a cronologia
 Estabelecer a hierarquia
 rticular os parágrafos - ser coeso

Parágrafos articulados corretamente e bem elaborados permitem a identificação do chamado tópico


frasal, que é a sentença onde está exposta e sintetizada a ideia mais relevante. O leitor precisa ser
apresentado a uma sequencia lógica para desta maneira compreender e ser levado a refletir sobre o
tema.

3. Conclusão- Por fim, a conclusão, que também não deve ser muito longa (no máximo três
parágrafos) você deve focar em como unir todas as ideias e ainda, propor uma solução. Nessa fase, a
criatividade é muito importante. A conclusão de um texto, seja de um trabalho ou de uma redação, é
algo muito importante que deve ser pensado durante todo o processo de planejamento textual. Nos
textos dissertativos-argumentativos, a conclusão auxilia o leitor a compreender o que o escritor
pensa sobre o conteúdo inicial.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Lembre-se que uma boa finalização do texto faz com que o leitor fique satisfeito com a leitura, e por
isso, uma conclusão deve ser interessante e reunir as principais ideias. No entanto, a conclusão de
um texto deve ser sucinta, ou seja, a parte de apresentar os argumentos é no desenvolvimento.

Aqui, você deve concluir e realizar um fechamento das ideias que foram apresentadas ao leitor.
Nesse momento, a análise crítica sobre o tema é também um fator importante. Para isso, pense bem
antes de fazê-la! Se necessário, releia o texto, pesquise sobre a ideia e faça um rascunho. Importante
ressaltar que a conclusão não é a repetição do que já foi dito.

Ela mostra algo novo, suscita ideias e reflexões, além de oferecer sugestões, propor melhorias e
soluções sobre o tema abordado. Só consegue concluir bem um texto quem teve o cuidado de
planejar a escrita e seguiu uma sequência lógica de apresentação das informações em parágrafos
bem estruturados e coesos.

 Dicas para fazer uma boa conclusão

1. Seja breve e não fique “enchendo linguiça”- Uma conclusão não deve ser muito longa. Isso
porque a parte de argumentar e apresentar dados já passou. Foque nas sugestões que serão
oferecidas ao leitor, sendo claro e objetivo. Numa redação, geralmente a conclusão é feita em 5
linhas, ou seja, em um parágrafo.

2. Ressalte a ideia principal do texto, retomando a introdução- Na introdução, tudo o que será
abordado deve ser apresentado ao leitor. Tão importante quanto a conclusão, a introdução do texto
mostra ao leitor o que ele vai encontrar ali. Portanto, as palavras-chave devem estar presentes e
serem retomadas na conclusão. A ideia é responder ao questionamento feito na introdução.

3. Resuma tudo o que foi dito- Organizar as ideias no final do texto para resumi-las é algo muito
importante. Claro que você não deverá repetir nada, somente fazer a arremate final. Pense,
portanto, de que maneira, a partir do seu ponto de vista, você solucionaria os problemas que
apresentou?

4. Apresente soluções para o que foi abordado- Uma boa conclusão deve ter uma proposta de valor,
ou seja, ela deve conter soluções e apresentar melhorias para o tema abordado. Ofereça ao leitor
oportunidades de refletir sobre o tema.

 Tipos de Textos

Importante saber o tipo de texto que você deve produzir, por exemplo: narração, descrição ou
dissertação. Apesar de possuírem suas singulares, todos eles apresentam uma organização
semelhante: introdução, desenvolvimento e conclusão.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
 Uso Correcto de Algumas expressões

Mas, Mais e Más – Uso Correto : como usar.

MAS: conjunção adversativa


“Mas” é classificado, segundo a morfologia, como uma conjunção
adversativa, que exprime a ideia de oposição, contrariedade. Ela
possui o mesmo valor de “porém”, “entretanto”, “contudo”,
“todavia”, dentre outras palavras. Por isso, no texto, o filho utiliza
indevidamente o “mais” no lugar de “mas”, pois ao tentar
argumentar com a mãe, dando justificativas contrárias, deveria usar
“mas”.

Exemplos:

Ela era bonita, mas solitária.


Estava chovendo forte, mas ele foi nadar.
As crianças detestam beterraba, mas comeram tudo.
Uma dica para saber quando usar a palavra “mas” é substituí-la, na
frase, por “porém”. Se o sentido for o mesmo, o uso do “mas”
estará correto.

Exemplos:

Ela se sentia mal, mas foi trabalhar.


Ela se sentia mal, porém foi trabalhar.
Eu gosto de carne, mas optei pelo peixe.
Eu gosto de carne, porém optei pelo peixe.

MAIS: advérbio de intensidade


“Mais” é classificado morfologicamente como advérbio de
intensidade e transmite ideia de quantidade, sendo usado
justamente para intensificar algo.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Exemplos:

Ele foi quem mais estudou para a prova.


O Canadá é um dos países mais desenvolvidos do mundo.

Uma dica para utilizar a palavra “mais” corretamente é substituí-la


por seu antônimo “menos”.

Exemplos:

As crianças são mais sensíveis que os adultos.


As crianças são menos sensíveis que os adultos.
Ele quer sempre mais do que tem.
Ele quer sempre menos do que tem.

MÁS: adjetivo
“Más” é a forma feminina no plural do adjetivo mau. Tem como
função qualificar um nome, isto é, dar uma característica negativa.
No texto, o garoto utiliza o adjetivo “más” para se referir
negativamente às mães: “Más são as mães que não deixam os filhos
saírem”.

Exemplos:

Aquelas senhoras são muito más.


Ele só tem más ideias.
Uma dica para utilizar a palavra “más” corretamente é substituí-la
pelo seu antônimo “boas”.

Exemplos:

As atitudes deles eram extremamente más.


As atitudes deles eram extremamente boas.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
As madrastas foram consideradas más. As madrastas foram
consideradas boas.
Atenção: más é a forma plural do adjetivo “má”. Ela é muito má
(boa). Elas são más (boas).

Atenção: É importante ter muito cuidado para não confundir “mas” com “más”,
plural do adjetivo feminino “má”, que tem, entre vários sentidos, os de
“perversa” e “de caráter ruim”, como neste trecho: “Se há o que recear, não é
o Apocalipse. Todavia, as más ações dos seres humanos desatentos”
(reproduzido de Somos todos Profetas — 1991 —, outro título de Paiva Netto).

Reforçando: “mas”, conjunção adversativa, relaciona-se com ideias ou


pensamentos opostos; “mais” é advérbio de intensidade e refere-se a
quantidade, aumento e intensidade; e “más” é o plural do adjetivo “má”.

 "Conserto" ou "Concerto"?

1 - "Conserto" significa reparo. A palavra "conserto" com S refere-se a reparos:


de um automóvel, de um instrumento, de roupas, de algo que foi dito Por
exemplo:

Precisamos mandar consertar o carro.

Meu pai consertou a mesa que havia quebrado.

A televisão está no conserto.

A guitarra quebrada precisará de um conserto.


Tentei consertar o que havia dito, no entanto foi em vão: não acreditaram mais em
mim.

Quanto vai custar o conserto deste sapato?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
2 - "Concerto" significa sessão musical, consonância de sons ou vozes. " ganha
os significados de apresentação musical ou, de uso menos comum, de
harmonia ou acordo. Exemplos:

A guitarra foi quebrada no concerto ao vivo.

O maestro João Carlos Martins fez muitos concertos pelo mundo todo.

Professores e alunos concertaram que a data da prova seria adiada.

Fomos assistir a um concerto de ópera.

Vamos a um concerto de piano no teatro da cidade.

 Cela ou sela

As palavras cela e sela existem na língua portuguesa e estão corretas.


Seus significados, contudo, são diferentes, devendo ser usadas em
situações diferentes.

Cela indica, principalmente, um pequeno compartimento numa cadeia:

cela da cadeia;
cela da prisão;
cela especial;
cela solitária;

Sela se refere, principalmente, a um assento para cavalgar:

sela de cavalo;
sela para pônei;
sela para boi;
sela de laço;

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
 Quando usar cela?
O substantivo feminino cela se refere a um cubículo, ou seja, a um pequeno
compartimento. É usada maioritariamente para indicar o pequeno espaço no qual
ficam os prisioneiros nas prisões. Indica também um pequeno aposento de um
religioso num convento ou mosteiro e o alvéolo do favo de mel.

Exemplos com cela


O assassino passará o resto da sua vida naquela cela.
O preso será transferido para uma cela especial.
A cela está abafada porque está muito calor.
O monge se retirou para sua cela para rezar.
Cela tem sua origem na palavra em latim cella, devendo assim ser escrita com c
inicial.

Quando usar sela?


O substantivo feminino sela se refere a um assento acolchoado, habitualmente de
couro, no qual o cavaleiro se senta para cavalgar.

Exemplos com sela


Colocou a sela no cavalo e saiu cavalgando.
O cavaleiro caiu porque a sela não estava bem apertada.
Primeiro, prenda a sela no dorso do cavalo.
A sela da bicicleta não é nada confortável

 Selo ou celo

Selo significa pequeno impresso que se cola em cartas; pequeno objeto de


metal usados para selar e autenticar documentos e cartas; marca oficial que
indica a genuinidade de um produto; distintivo, marca, sinal.

Como forma verbal é a primeira pessoa do singular do presente do indicativo


do verbo selar.

Eu selo o postal. sentido pôr selo em


-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Selo este acordo contigo. :: sentido validar

Celo significa o mesmo que violoncelo (forma reduzida), é um vocábulo válido


que conta no VOLP.

 Iminente ou eminente

As palavras iminente e eminente existem na língua portuguesa e estão


corretas. Como os seus significados são diferentes, devem ser usadas
em situações diferentes.

Iminente é sinônimo de imediato, urgente, impendente, próximo, prestes


e perto.

Eminente: sinônimo de ilustre e superior

Iminente, com i inicial, se refere a alguma coisa que está prestes a


acontecer, muito proximamente ou imediatamente:

perigo iminente;
risco iminente;
partida iminente;
morte iminente;
derrocado iminente;

EX: A minha passagem a diretor da empresa está iminente.


Temos que evacuar este prédio que está em risco de perigo iminente.
...
Eminente, com e inicial, se refere a alguém ou alguma coisa superior,
excelente, ilustre, de grande importância:

personalidade eminente;
posição eminente;
deputado eminente;

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
região eminente

EX: A eminente violoncelista deu um concerto magnífico.


O Cristo Redentor aparece eminente no céu do Rio de Janeiro.

 Demais ou de mais

Demais é usado ao lado de verbos, adjetivos e advérbios para indicar


intensidade e excesso. Demais, escrito de forma junta, é um advérbio de
intensidade. É utilizado ao lado de verbos, adjetivos e advérbios, para
indicar que alguma coisa é feita de forma intensa e excessiva. É
sinônimo de: em excesso, em exagero, excessivamente, muito,
muitíssimo, além da conta, em demasia, demasiadamente.

falar demais (falar excessivamente)


doce demais (intensamente doce)
lindo demais (intensamente lindo)

EX: Estou cheia, acho que comi demais! (comi em exagero)


Já chorei demais por esse assunto sem importância. (chorei em
excesso)

De mais De mais, escrito de forma separada, é uma locução adverbial.


É utilizada ao lado de substantivos, para indicar uma noção de maior
quantidade. É usado ao lado de substantivos para indicar quantidade a
mais:

coisas de mais (quantidade a mais de coisas)


gente de mais (quantidade a mais de gente)
problemas de mais (quantidade a mais de problemas)

O feijão ficou salgado demais! (intensamente salgado)


O feijão tem sal de mais! (quantidade a mais de sal)

Exemplos com de mais


Ele deu dinheiro de mais para meu filho. (dinheiro a mais)
Já tem alunos de mais nesta sala de aula. (alunos a mais)

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
 Conselho ou concelho

Conselho pode ser um aviso, um parecer ou um grupo de pessoas com


funções deliberativas, como o conselho de ministros. Concelho se refere a
uma divisão administrativa do território, como um município.

Exemplos:
Ouça meu conselho e não se envolva em confusões. (conselho =
recomendação)
Você está morando em Portugal? Em que concelho? (concelho = município)

Quando usar conselho?


Conselho é um substantivo masculino e se refere a uma opinião, um parecer,
um aviso, um ensinamento, uma advertência. Significa também um grupo de
pessoas que, reunidas, deliberam sobre certos assuntos, como um corpo
executivo, um corpo deliberativo, um corpo administrativo, uma assembleia de
ministros,…

Exemplos com conselho


Você quer um conselho? Não se meta nessa disputa!
Se você precisar, pode pedir conselhos à psicóloga da empresa.
Quais foram as decisões tomadas pelo conselho de ministros?
O conselho escolar ainda não se reuniu para dialogar sobre o insucesso que
existe nas escolas.

Quando usar concelho?

Concelho é um substantivo masculino e se refere a uma divisão administrativa


do território equivalente a um município. Esta palavra é mais utilizada em
Portugal do que no Brasil.

Exemplos com concelho


Os recursos serão distribuídos mediante a população do concelho.
Viajei para Portugal e visitei o concelho de Lisboa.
Eu moro no concelho vizinho a este.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
 Por que, por quê, porque, porquê

 Quando usar porque?

Porque (junto e sem acento) é utilizado em respostas para indicar uma causa
ou uma explicação. É uma conjunção subordinativa causal ou explicativa que
une duas orações. Porque é sinônimo de: pois, uma vez que, visto que, dado
que, por causa de, pelo motivo de.

Exemplos com porque


Eu não fui trabalhar porque perdi o ônibus.
Eu vou ao supermercado porque fiquei sem manteiga.
Comprei este produto porque era o mais barato.
Substituição de porque

Fiquei feliz porque tirei uma boa nota.


Fiquei feliz pois tirei uma boa nota.
Fiquei feliz uma vez que tirei uma boa nota.
Fiquei feliz dado que tirei uma boa nota.

 Quando usar por que?

Por que (separado e sem acento) é utilizado no meio das frases. Pode ser a
junção da preposição por com o pronome relativo que ou com o pronome
interrogativo que, assumindo assim dois empregos diferentes. Sendo pronome
interrogativo, é sinônimo de: por qual motivo, por qual razão.
Sendo pronome relativo, é sinônimo de: por qual ou pelo qual.

Exemplos com por que (interrogativo)


Eu gostaria de saber por que razão eu não fui escolhida para o trabalho.
Por que não veio falar comigo?

 Quando usar por quê?

Por quê (separado e com acento) é utilizado apenas no final da oração, seguido
de um sinal de pontuação. É a junção da preposição por com o pronome
interrogativo tônico quê.

Por quê é sinônimo de: por qual motivo e por qual razão.
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Exemplos com por quê
Você já saiu da escola? Por quê?
Ela está sempre mentindo e eu não sei por quê.
Aquele funcionário faltou ao trabalho e nem disse por quê.
 Quando usar porquê?

Porquê (junto e com acento) é um substantivo masculino. Quase sempre vem


acompanhado do artigo definido o: o porquê. É sinônimo de: motivo, razão,
causa.

Exemplos com porquê


Gostaria de saber o porquê de sua mudança de opinião.
Dê-me um porquê para eu não me ir embora agora.
Existem dois porquês que justificam seu comportamento.

Rescindir ou reincidir

Rescindir: rescindir o contrato de trabalho, rescindir o contrato de aluguel,


rescindir o contrato de compra e venda,...
Reincidir: reincidir no erro, reincidir no crime, reincidir no vício, reincidir em
práticas fraudulentas,...

 Rescindir: sinônimo de anular

O verbo rescindir se refere ao ato de anular ou cancelar alguma coisa. É usado


maioritariamente para indicar o ato de tornar nulo um contrato.
 Rescindir é sinônimo de anular, cancelar, invalidar, revogar e dissolver,
entre outros.

Exemplos com rescindir


- Para rescindir o contrato de trabalho, a empresa terá que pagar uma
indenização.
- Com base nesta cláusula, iremos rescindir o contrato de compra e venda
do imóvel.
- Após rescindir contrato com o clube, o jogador ficou sem vínculo antes
do fim da temporada.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
 Reincidir: sinônimo de repetir

O verbo reincidir se refere ao ato de tornar a fazer a mesma coisa. É usado,


principalmente, para indicar o ato de repetir um ato errado, como repetir um
crime.

Exemplos com reincidir


Tenha cuidado para não reincidir no erro.
É urgente a adoção de medidas que impeçam os presos de reincidir.
Infelizmente, tenho a certeza de que minha filha irá reincidir no vício.
Reincidir é sinônimo de repetir, recair, reiterar, repisar e insistir, entre outros.

 Abaixo ou a baixo

Abaixo indica uma posição inferior, um lugar menos elevado:

informação abaixo;
mencionado abaixo;
segue abaixo;
ir abaixo;
vir abaixo;
ladeira abaixo;
goela abaixo;
abaixo de mim.

A palavra abaixo também é usada como interjeição que expressa protesto e


reprovação:

Abaixo a discriminação!
Abaixo o racismo!

Exemplos com abaixo


Quando eu era criança caí abaixo do muro do quintal do vizinho.
A restante informação está no link abaixo.
Seguem abaixo os dados necessários para a elaboração da conclusão.
Coloque a prateleira um pouco mais abaixo, por favor.
Para hoje se esperam temperaturas abaixo de zero

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
A baixo estabelece relação com as expressões de cima ou de alto: Abaixo,
escrito junto, deverá ser usado para indicar que algo está em posição inferior,
em lugar menos elevado ou em situação de menor importância. É um advérbio
de lugar e sinônimo de embaixo. A baixo, escrito separado, é usado apenas
para estabelecer uma relação com as expressões “de cima” ou “de alto”,
podendo ser substituído pela expressão “para baixo”:

de cima a baixo;
de alto a baixo.
de cima a baixo;
de cima para baixo;
de alto a baixo;
de alto para baixo.

Exemplos com a baixo


Na sua bicicleta, desceu o morro de cima a baixo.
Ele olhou o prédio de alto a baixo e decidiu entrar.
Meu cachorro estava tão sujo que o molhei de cima a baixo com um balde.
Nunca deverá ser escrito à baixo, com acento grave indicativo de crase, porque
não ocorre crase. A expressão a baixo é formada apenas pela preposição a e
pelo substantivo baixo.

 Em baixo ou embaixo

A forma correta de escrita da palavra é embaixo, escrito junto, quando se


referir a um advérbio de lugar. O advérbio embaixo transmite uma ideia de
posição de inferioridade, ou seja, de algo que está em lugar inferior a outro:
abaixo, debaixo, inferiormente.

lá embaixo;
embaixo da mesa;
embaixo do sofá;
embaixo da cama;
embaixo da porta;
assino embaixo.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Exemplos com embaixo
O gato está embaixo da mesa.
Olhando do décimo andar de um prédio tudo parece pequeno lá embaixo.
As folhas que você está procurando estão embaixo daquela caixa.

 A expressão em baixo, escrita de forma separada, existe, mas é usada


apenas quando a palavra baixo assume a função de um adjetivo,
caracterizando algo.

Exemplos com em baixo


Esta coluna está decorada em baixo relevo.
Continuarei falando em baixo tom de voz.

 Debaixo ou de baixo

Debaixo, escrito de forma junta, é um advérbio de lugar. Deve ser usado para
indicar algo ou alguém que está numa posição verticalmente inferior ou numa
posição de inferioridade. A palavra debaixo indica algo ou alguém que está
numa posição verticalmente inferior, sendo sinônima de embaixo, sob, abaixo,
por baixo e inferiormente.

debaixo da mesa;
debaixo do sofá;
debaixo de mim;
ex: O gato está debaixo da mesa.
As folhas que você está procurando estão debaixo daquela caixa.
Sem o dinheiro e os recursos de antigamente, meu patrão está completamente
debaixo.


De baixo, escrito em separado, é utilizado quando baixo assume a função de
um adjetivo ou quando há uma correlação com a palavra cima. A palavra
debaixo é formada a partir de composição por justaposição, ou seja, dois
vocábulos que se unem numa só palavra: de + baixo = debaixo.
A expressão de baixo, escrita de forma separada, é usada quando a palavra
baixo assume a função de um adjetivo, caracterizando algo ou a função de um
substantivo, se relacionando com a palavra cima.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
de baixo para cima;
de baixo nível;
de baixo rendimento;

Exemplos com de baixo


Aquele é um homem de baixo caráter. (baixo caracteriza caráter)
Você vive falando palavras de baixo nível. (baixo caracteriza nível)
Ele olhou-me de baixo a cima e eu não gostei! (baixo se opõe a cima)
Fazermos esta construção de baixo para cima. (baixo se opõe a cima)
Nosso escritório fica no andar de baixo. (baixo se opõe a cima)
A expressão de baixo é formada pela preposição de e pelo adjetivo ou
substantivo baixo.

 Abaixo-assinado ou abaixo assinado

Abaixo-assinado, com hífen, se refere a um documento.


Abaixo assinado, sem hífen, se refere a uma pessoa que assina esse documento.

Abaixo-assinado
Abaixo-assinado, com hífen, é um substantivo composto masculino. Refere-se a
um documento assinado por diversas pessoas usado para expressar uma
oposição ou protesto, representar um interesse coletivo, realizar um pedido,... É
destinado, habitualmente, a alguma autoridade com poder de decisão. Abaixo-
assinado é sinônimo de petição, subscrição e requerimento.

Exemplos com abaixo-assinado


O abaixo-assinado dos alunos foi entregue ao diretor do colégio.
Os trabalhadores fizeram um abaixo-assinado contra as novas medidas laborais.
Mais de dez mil pessoas assinaram os abaixo-assinados.

 Abaixo assinado

Abaixo assinado, sem hífen, é uma expressão indicativa dos signatários de um


documento. É o mesmo que assinado abaixo, significando que alguém tem a sua
assinatura escrita abaixo. A expressão abaixo assinado sofre flexão em gênero
e número:

Paulo, o abaixo assinado,...


Paula, a abaixo assinada,...
Paulo e Lucas, os abaixo assinados,...
Paula e Luísa, as abaixo assinadas,...
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
Exemplos com abaixo assinado
O abaixo assinado, Dr. Mário Ribeiro, defende as medidas propostas.
Eu, abaixo assinado, peço que considere meu pedido.
Nós, abaixo assinados, não concordamos com este projeto de lei.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Docente : Zeferino Kapupulu
Licenciado em Ciências da Educação , na Especialidade de Ensino e Pesquisa da História pelo ISCED-Luanda

Você também pode gostar