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José Maria
Língua Portuguesa para Auditor do ISS Curitiba Aula 00
Resumão Direcionado
Língua Portuguesa p/ TCM/SP
Prof. José Maria C. Torres
Amigos,
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Preparei este Resumão Direcionado, com todos os resumos de cada um dos capítulos que arduamente
estudamos. Imprima esse arquivo e o tenha em mãos até o dia da sua prova.
Ele será muito útil para uma rápida revisão.
Selecionei ao final questões MULTIBANCAS que julgo bem importantes para sua preparação.
A partir de hoje, meus queridos, serei um ferrenho torcedor pelo sucesso de vocês! Agradeço a confiança
em mim depositada e quero aqui registrar o enorme orgulho que tenho de ter caminhado essa acidentada trilha
com vocês.
Sejam felizes!
Busquem melhorar dia a dia!
Sigam a DIREÇÃO CERTA!
Contem sempre comigo!
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Resumão Direcionado
São dígrafos ocasionais: SC = /S/; XC = /S/; QU = /K/; GU = /G/; AM/AN = /Ã/; OM/ON = /Õ/, etc.
b) se houver dígrafos, contabiliza-se 1(um) fonema a menos para cada dígrafo presente;
c) se houver dífono (x = /k//s/), contabiliza-se 1(um) fonema a mais para cada dífono presente;
PASSO A PASSO
Passo 1: O jogo começa empatado!
Ora, que jogo? O jogo entre letras e fonemas. Parta do princípio que o número de letras é igual ao de fonemas.
Passo 2: Pergunte se a palavra inicia com “H”. Se sim, contabilize 1 fonema a menos e atualize o placar.
Passo 3: Pergunte se a palavra possui dígrafos. Se sim, contabilize 1 fonema a menos para cada dígrafo e
atualize o placar.
Passo 4: Pergunte se a palavra possui dífono. Se sim, contabilize 1 fonema a mais e atualize o placar.
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ENCONTROS VOCÁLICOS
3) HIATO: V - V
IMPORTANTE!
Existe uma figura inusitada na fonética, chamada de falso hiato ou ditongo duplo. Vixe, professor! O que
é isso? Calma, jovem! Consiste na sequência V-SV-V.
Deixe-me explicar melhor. Em palavras como PRAIA, temos a vogal /A/, a semivogal /I/ e novamente a
vogal /A/. Na separação silábica, convencionou-se que a semivogal fica com a primeira vogal, resultando em:
PRAI - A
Como as gramáticas tratam esse encontro de duas vogais com uma semivogal entre elas? Muitas
denominam esse fato como um “falso hiato” e o tratam, para efeito de acentuação gráfica, da mesma forma
que um hiato tradicional (V-V).
Já outras gramáticas consideram a formação de um duplo ditongo, como se a semivogal /I/ pertencesse
às duas sílabas, gerando-se o seguinte efeito: /p//r//a//I/ - /I//a/
É como se a pronúncia da semivogal /i/ deslizasse para a sílaba seguinte. No entanto, para efeito de
contabilização de fonemas, consideramos esse deslize /i/-/i/ como apenas um fonema. Nunca vi nenhuma
questão de concurso ir tão a fundo nessa discussão. Mas o que fica de importante é que tratamos, para fins de
acentuação gráfica, o falso hiato (ou ditongo duplo) da mesmíssima forma que um hiato tradicional,
formado pelo encontro V-V.
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OXÍTONAS
- Acentuam-se as terminadas em A(S), E(S), O(S), EM, ENS.
Exemplos: cajá, café, cipó, amém, parabéns.
PAROXÍTONAS
- Acentuam-se todas as paroxítonas, exceto as terminadas em A(S),
E(S), O(S), EM, ENS.
REGRAS Exemplos: tórax, álbum, caráter, razoável, infalível, bíceps, júri, etc.
GERAIS DE - Acentuam-se as paroxítonas terminadas em DITONGO, seguidas ou
ACENTUAÇÃO não de S.
Exemplos: colégio, relógio, privilégio, série, glória, etc.
PROPAROXÍTONAS
- Todas sao acentuadas.
Exemplos: gráfico, sílaba, médico, lâmpada, ínterim, etc.
ATENÇÃO!!!
Alguns gramáticos “pegam no pé” dos ditongos crescentes em final de palavra, propondo o desfazimento
destes e a conversão em hiato. Isso impacta a justificativa de acentuação em palavras como “memória”, “glória”,
“história”, etc.
Pela corrente majoritária, a separação silábica dessas palavras é “me-mó-ria”, “gló-ria”, “his-tó-ria”. Elas
são acentuadas graficamente por serem paroxítonas terminadas em ditongo.
Note, no entanto, que os ditongos que encerram tais palavras são crescentes. De acordo com uma corrente
minoritária, esses ditongos crescentes em final de palavra devem ser desfeitos e transformados em hiatos,
resultando nas seguintes separações silábicas: “me-mó-ri-a”, “gló-ri-a”, “his-tó-ri-a”. Tais palavras seriam
acentuadas graficamente por serem proparoxítonas. É o que a Gramática chama de PROPAROXÍTONAS
ACIDENTAIS, EVENTUAIS OU APARENTES.
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REGRA DO HIATO
- Acentuam-se o I e o U tônicos, que formam hiato com vogal anterior,
que estão sozinhos na sílaba ou acopanhados de S, sem dígrafo NH na
sílaba seguinte.
Exemplos: saída, saúde, viúva, insubstituível, veículo, etc..
IMPORTANTE!
Vocês lembram dos falsos hiatos? Lembram que falei que, para efeito de acentuação gráfica, tratamos os falsos
hiatos da mesma forma que os hiatos tradicionais? Pois bem, tivemos uma mudança com o advento do Novo
Acordo Ortográfico. O que mudou, professor? Galera, somente acentuaremos os falsos hiatos em oxítonas, e
não mais em paroxítonas. Para explicar isso melhor, trarei dois exemplos: Piauí e Feiura. A primeira continua
acentuada, pois o falso hiato está numa oxítona. A segunda, não mais, pois o falso hiato está numa paroxítona.
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IMPORTANTE!!!
Cuidado, pessoal! Cuidado para não dobrar o “e” nessas formas verbais. Escrever teem nem pensar, pelo amor
de Deus! Professor, mas quem dobra o “e”, você pode dizer? Lógico que eu posso. Tome nota aí
> crer e derivados >> eles creem, descreem
> ver e derivados >> eles veem, reveem, preveem
São oxítonas: Nobel, cateter, ureter, mister (É mister = É necessário), ruim, sutil, etc.
São paroxítonas: látex, gratuito, filantropo, pudico, fluido, rubrica, etc.
Cuidado com algumas palavras que admitem dupla prosódia! Como assim, professor? Traduzamos: palavras
de dupla prosódia são palavras que admitem mais de uma posição para sílaba tônica! A principal figurinha é a
palavra “xérox”, que admite a pronúncia “xerox”. Tanto pode ser paroxítona, como oxítona. Outras palavras
que se destacam: acróbata ou acrobata; hieróglifo ou hieroglifo; zangão ou zângão; Oceânia ou Oceania;
ambrósia ou ambrosia, réptil ou reptil, projétil ou projetil, etc.
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Usa-se s na conjugação dos verbos PÔR, QUERER, USAR. Quantas vezes você já viu
grafias como “quiz”, “quizesse”, etc.!
Exemplos: pôs, pusesse, puser quis, quisesse, quiser, usou, usava, usasse
Usa-se o sufixo indicador de diminutivo INHO com s quando esta letra fizer parte do
radical da palavra de origem; com z quando a palavra de origem não tiver o radical
terminado em s:
Exemplos:
“Teresa” tem “s”, logo “Teresinha” se grafa com “s”.
“mulher” não tem “s”, logo “mulherzinha” se grafa com “z”.
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ADIVINHAR: Uma das palavras mais presentes em questões de correção e clareza. A galera confunde muito com
a grafia de advogado e erroneamente escreve “advinhar”, com o popular “d” mudo.
ANSIOSO: Nada de “ancioso” nem “anciedade” !
BANDEJA: Muitos se equivocam e pronunciam “bandeija”. Repara que tem um “i” sobrando, gente!
CONSCIÊNCIA: Essa é campeã. É duro lembrar desse “sc”, né?
PRIVILÉGIO: Quantos eu já vi falando “previlégio”, achando que estavam falando bonito! Já ouviu também, né?
Capricha na pronúncia do “i”, pessoal!
RECEOSO: Nada de “receioso”! Não tem “i” no adjetivo, mas no substantivo “RECEIO”, sim
SUPERSTICIOSO: Nada de “superticioso”! E o substantivo se grafa “superstição”. Não esqueça esse “s” pelo amor
de Deus! Haha
ULTRAJE: Vem do verbo “ultrajar” ( = ofender), daí o motivo de grafar com “j”. Aparece muito nos concursos a
forma “ultrage”.
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POR QUE
1) Pronome Interrogativo em Interrogativas Diretas e Indiretas
(= POR QUE MOTIVO)
Exemplos:
POR QUE (= POR QUE MOTIVO) você não gosta de Português?
Queria entender POR QUE (POR QUE MOTIVO) você não gosta de
Português.
2) Preposição POR + Pronome Relativo QUE
(= PELO QUAL, PELA QUAL, PELOS QUAIS, PELAS QUAIS)
Exemplos:
Os sofrimentos POR QUE (PELOS QUAIS) passamos foram inúmeros.
POR QUÊ
1) Pronome Interrogativo EM FINAL DE FRASE OU ORAÇÃO.
(= POR QUE MOTIVO)
Uso dos Exemplos:
PORQUÊS
Você não gosta de Português POR QUÊ (= POR QUE MOTIVO)?
PORQUE
1) Conjunção Explicativa/Causal.
(= POIS)
Exemplos:
Não gostava de Português, PORQUE (=,POIS) não tinha tido aula ainda
com o Zé
PORQUÊ
1) Substantivo.
(= O MOTIVO, A RAZÃO)
Exemplos:
Diga-me o PORQUÊ de você não gostar de Português.
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Tal regra não se aplica aos prefixos “-co”, “-re”, mesmo que a segunda palavra
comece com a mesma vogal que termina o prefixo. Exemplos: coobrigar,
coadquirido, coordenar, reeditar, reescrever, reeditar, coabitar, etc.
Com o prefixo “-sub”, diante de palavras iniciadas por “r”, usa-se o hífen.
Exemplos: sub-regional, sub-raça, sub-reino...
Cuidado com sub-humano (ou subumano) e ab-rupto (ou abrupto)
Casos Diante dos prefixos “além-, aquém-, bem-, ex-, pós-, recém-, sem-, vice-”, usa-se o hífen.
Exemplos: além-mar, aquém-mar, recém-nascido, sem-terra, vice-diretor...
Particulares
Usa-se hífen com “circum-“ e “pan-“ quando seguidos de elemento que começa por
vogal, m, n, além do já citado h: Exemplos: circum-navegador, pan-americano, circum-
hospitalar, pan-helenismo...
Diante do advérbio “mal”, quando a segunda palavra começar por vogal ou “h”, o hífen
está presente. Exemplos: mal-humorado; mal-intencionado; mal-educado,....
Com o prefixo “bem-”, só não se usa hífen quando este se liga a palavras derivadas de
“fazer” e “querer”. Exemplos: benfeito, benfeitor, benquisto, benquerer, etc. Aqui a confusão
ainda permanece.
Embora essa seja a regra, o VOLP – Vocabulário Oficial da Língua Portuguesa considera
corretas as grafias bem-querer e bem-fazer.
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Não se emprega mais o hífen em palavras compostas unidas por elemento de ligação,
exceto quando a palavra designa uma espécie zoobotânica..
Exemplos: fim de semana, café com leite, dia a dia, pé de moleque, mula sem cabeça, etc.
As exceções ficam a cargo de água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-
perfeito, pé-de-meia. Segundo a Nova Ortografia, essas palavras permanecem com
hífen devido à tradição de uso. São as chamadas expressões consagradas (puro
decoreba).
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COMO
INTERPRETAR CONVERTA A LINGUAGEM CONOTATIVA EM DENOTATIVA.
TEXTOS?
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RADICAL
O radical é a parte indivisível, à qual se somam todos os demais componentes da palavra.
AFIXOS
Os afixos são elementos que, somados à palavra primitiva, inserem novos sentidos ou mudam a
classe gramatical original. Quando esses elementos se ligam no início da palavra primitiva, esses
elementos se denominam prefixos; quando se somam no final da palavra, sufixos.
DESINÊNCIAS
As desinências são elementos que sinalizam flexões da palavra.
VOGAL TEMÀTICA
A vogal temática é o elemento de ligação que liga o radical às desinências e aos sufixos. Nos
nomes, a vogal temática é representada por “a”, “e” e “o” átonos. Já os verbos têm como vogais
temáticas “a” (em verbos de 1ª conjugação, de final “AR”), “e” (em verbos de 2ª conjugação, de final
“ER”) e “i” (em verbos de 3ª conjugação, de final “IR”).
Exemplos:
Na palavra inenarrável, o “e” é vogal de ligação, pois liga o prefixo “in” ao radical “narr”.
Na palavra cafezal, o “z” é consoante de ligação, pois liga o tema “cafe” ao sufixo “al”.
Palavras cognatas compartilham do mesmo radical, têm uma mesma origem, pertencem a uma mesma
família etimológica, ou seja, tiveram a mesma raiz de formação. Observe as palavras locutor, locutório,
elocução, eloquência, interlocutor, locução, etc. Elas compartilham de um mesmo elemento formador - no
caso, loc. Esse elemento formador comum é o radical e as palavras reunidas em torno desse radical são
cognatas.
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Prefixal
Exemplos: desleal, desonesto, infiel, etc.
Sufixal
Exemplos: fielmente, benefício, pedreiro, etc.
Prefixal e Sufixal
NÃO há necessidade de acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo para
formar palavra!
Exemplos: desonestidade, ilegalidade, infidelidade, etc.
Parassintética
Derivação O acréscimo de prefixo e sufixo deve se dar de forma SIMULTÂNEA.
Exemplos: esclarecer, entardecer, anoitecer, etc.
Regressiva ou Deverbal
Ocorre em substantivos abstratos derivados a partir de verbos
Exemplos: canto (de cantar), roubo (de roubar), estudo (de estudar), etc.
Imprópria
Ocorre mudança na classe de palavra original.
Exemplo: Fazer o simples não é para qualquer um.
Hibridismo
Exemplos: burocracia, bicicleta, Sociologia, etc.
Estrangeirismo
Exemplos: internet, shopping, site, etc.
Empréstimo Linguístico
Outros Exemplos:
Processos boate, blecaute, hambúrguer, etc.
Neologismo
Exemplo: desemburrecer
Abreviação
Exemplos: moto, foto, pneu, etc.
Siglonimização
Exemplos: INSS, DETRAN, IPTU, etc.
Palavras Valise
Exemplos: futevôlei, portunhol, grenal, etc.
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Perceba que “ilegalidade” é formada pelo acréscimo do prefixo “in -” e do sufixo “- dade” à palavra primitiva
“legal”. Note que esse acréscimo não tem a necessidade de ser simultâneo, pois se forma palavra apenas com
o acréscimo de prefixo – é o caso de ilegal – ou apenas com o acréscimo de sufixo – é o caso de legalidade.
Caracteriza-se, assim, o processo de derivação prefixal e sufixal.
Já a palavrar “aterrorizar” é formada pelo acréscimo do prefixo “a -” e do sufixo “- izar” à palavra primitiva
“terror”. Note que, para formar palavra, esse acréscimo deve ser simultâneo, pois não se forma palavra apenas
com o acréscimo de prefixo ou apenas com o acréscimo de sufixo. Caracteriza-se, assim, o processo de
derivação parassintética.
SUBSTANTIVO
Atenção para alguns gêneros que nos causam confusão nas provas!
Podem ser masculinos ou femininos: o/a dengue, o/a agravante, o/a diabetes, o/a personagem, etc.
Como regra geral, devemos passar para o plural aqueles que possuem plural e “deixar quieto” aqueles que não
têm essa flexão. Sendo mais detalhista, variam substantivos, adjetivos, numerais e pronomes e não variam
verbos, advérbios, preposições, conjunções e interjeições. Vejamos:
O plural de guarda-noturno é guardas – noturnos. Note que “guarda” é substantivo e “noturno”, adjetivo.
Como ambos são variáveis, variam os dois.
Já o plural de guarda-roupa é guarda – roupas. Note que “guarda” é flexão do verbo “guardar” e “roupa”,
substantivo. Somente o substantivo varia.
O plural de meio-fio é meios – fios. Note que “meio” é numeral e “fio”, substantivo. Como ambos são variáveis,
variam os dois.
Já o plural de beija-flor é beija – flores. Note que “beija” é flexão do verbo “beijar” e “flor”, substantivo.
Somente o substantivo varia.
O plural de cartão-resposta é cartões – respostas. Note que “cartão” e “resposta” são substantivos. Como
ambos são variáveis, variam os dois.
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Já o plural de abaixo-assinado é abaixo – assinados. Note que “abaixo” é advérbio e “assinado”, particípio com
função adjetiva. Somente o particípio varia.
Quando o substantivo composto é formado por palavras repetidas ou onomatopeias (imitação de sons), flexiona-
se apenas o último elemento. É o caso de corre-corres, pula-pulas, bem-te-vis, pingue-pongues, tique-taques.
Quando o substantivo composto é formado por substantivo + preposição + substantivo, flexiona-se apenas o
primeiro elemento. É o caso de pores do sol, fins de semana, pés de moleque, mulas sem cabeça, etc.
O plural dos diminutivos terminados em –inho e –inha se faz com a simples soma do S ao final. Dessa forma,
o plural de casinha é casinhas; de asinha é asinhas; de piadinha é piadinhas, etc. Já o plural dos
diminutivos terminados em –zinho e –zinha é mais trabalhoso. Devemos fazer o plural da palavra primitiva,
eliminar o S final e somar os sufixos plurais –zinhos ou –zinhas. Observe os exemplos a seguir:
Exemplos:
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ADJETIVO ADVÉRBIO
Exceção: todo(a)(s).
IMPORTANTE
Algumas palavrinhas merecem destaque, por assumirem mais de uma classe gramatical.
A palavra MEIO pode ser substantivo, numeral fracionário e advérbio. Somente como advérbio, é que essa
palavra será invariável.
Exemplos:
Não encontramos um meio eficaz de combater a criminalidade.
(A palavra “meio” está determinada por artigo “um” e por adjetivo “eficaz”. Trata-se de SUBSTANTIVO.)
A palavra BASTANTE pode ser adjetivo (sinônimo de “suficiente”), pronome indefinido (indicando
quantidade e modificando substantivo) ou advérbio (expressando intensidade e modificando verbo,
adjetivo ou advérbio). Somente como advérbio, é que essa palavra será invariável.
Exemplos:
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Causa dúvida o emprego da forma plural BASTANTES, que soa bem estranha aos nossos ouvidos. Uma
dica fácil é substituir pelos sinônimos “muito” ou “suficiente”. Se nessa substituição aparecer uma forma
plural, é sinal de que devemos empregar a forma BASTANTES.
Exemplos:
Não julgamos (bastante/bastantes) essas medidas adotadas pelo Governo para combater a insegurança.
(Substituindo por “suficiente”, teremos “Não julgamos SUFICIENTES essas medidas adotadas pelo Governo...”.
Como “suficiente” variou em número, devemos empregar a forma plural BASTANTES.)
A palavra TODO pode funcionar como advérbio, modificando adjetivos. Pode-se empregá-la na forma
invariável, haja vista se tratar de advérbio. Admite-se, no entanto, sua flexão no gênero e número do
adjetivo que modifica. Trata-se de uma excepcionalidade de advérbio variável.
Exemplo:
IMPORTANTE
Cuidado para não confundir LOCUÇÃO ADJETIVA e LOCUÇÃO ADVERBIAL. Uma pequena mudança na
construção, principalmente no emprego das preposições, já é capaz de alterar a classificação.
Exemplos:
Nós praticamos dança de salão.
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Exemplos:
intervenção(ões) médico-cirúrgica(s)
aliança(s) político- partidária(s)
Exemplos:
camisa verde-piscina > camisas verde-piscina
terno amarelo-ouro > ternos amarelo-ouro
calça verde-oliva > calças verde-oliva.
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Com certeza é errado dizer “Aquele jogador é mais bom do que você nessa posição.”. O certo é “Aquele
jogador é melhor do que você nessa posição.”.
Com certeza é errado dizer “Aquele prédio é mais grande do que este.”. O certo é “Aquele prédio é maior do
que este.”.
No entanto, quando estamos falando da comparação de dois atributos para o mesmo ser, as construções
analíticas “mais bom”, “mais ruim”, “mais grande” e “mais pequeno” são viáveis.
Observe as seguintes redações:
Note que a forma “mais mal” acompanha o particípio “assessorado”. Estranho, né?
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Circunstâncias
Exemplos de Advérbios e Locuções Adverbais
Adverbiais
Afirmação sim, certamente, deveras, decerto, indubitavelmente, seguramente, com efeito, etc.
assim, bem, mal, tal, depressa, devagar, adrede (intencionalmente), debalde (em
Modo
vão), etc.
hoje, amanhã, agora, amiúde (frequentemente), antes, depois, outrora (em tempo
Tempo
passado), entrementes (enquanto isso), doravante (de agora em diante), etc.
aqui, lá, acolá, aí, abaixo, acima, afora, algures (e algum lugar), alhures (em outro
Lugar
lugar), nenhures (em nenhum lugar), defronte, longe, perto, etc.
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Os pronomes oblíquos o(s), a(s) exercem função de objeto direto. Já os pronomes lhe(s)
funcionam como objeto indireto. Os demais oblíquos átonos – me, te, se, ... - podem atuar
como objeto direto ou indireto, a depender da “vontade” do verbo.
Posso lhe ajudar, senhorita? (ERRADO)
Emprego dos Pronomes Pessoais
Os pronomes oblíquos átonos me, te, lhe, nos, vos, lhes podem ter valor de
possessivo.
Beijei-lhe as mãos. = Beijei as suas mãos.
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Foi bom para mim ler este livro. (Está CORRETO, pois “Ler este livro é bom para mim.”. Foi bom para quem?)
É essencial para mim assistir às aulas. (Está CORRETO, pois “Assistir às aulas é essencial para mim.”. É
essencial para quem?)
IMPORTANTE
Os pronomes oblíquos podem, excepcionalmente, exercer função de sujeito acusativo, de verbos no infinitivo
ou gerúndio.
Mande-o sair daqui urgentemente. (O pronome o é complemento do causativo “mandar” e sujeito acusativo de
“sair”)
Vi-a chorar no baile. (O pronome a é complemento do sensitivo “ver” e sujeito acusativo de “chorar”)
Esteja atento às construções:
Essas construções, típicas da linguagem coloquial, não estão de acordo com a norma culta. O correto seria:
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IMPORTANTE
Esteja atento às proibições ou restrições, enumeradas a seguir:
Nunca se inicia frase ou oração com pronome oblíquo átono.
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PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Pronomes Demonstrativos
Exemplos:
Este livro é maravilhoso.
(O livro está próximo da pessoa que fala.)
Esse livro é maravilhoso.
(A expressão “esse ano” dá entender que se trata de um ano passado, não muito distante do atual.)
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Observações:
Exemplos:
Vai e faz o que deves fazer. (= Vai e faz aquilo que deve fazer)
Leve esse dinheiro – é tudo o que tenho (= é tudo aquilo que tenho)
(O pronome “o” é demonstrativo e o “que” atua como pronome relativo)
Exemplos:
Pedro Paulo e René são nossos professores: este, de Geografia, e aquele, de Matemática.
O pronome “este” está retomando o nome mais próximo, ou seja, “René”; já “aquele” retoma o nome mais
distante, ou seja, “Pedro Paulo”.
Os pronomes este(s), esta(s) e isto podem funcionar como pronomes catafóricos, isto é, pronomes que
se referem a algo que ainda vai ser citado. Já esse(s), essa(s) e isso podem funcionar como pronomes
anafóricos, isto é, pronomes que referem a algo que já foi citado.
Exemplos:
Podemos citar estas causas para a desigualdade: concentração de renda, desvio de dinheiro público e
individualismo da sociedade.
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PRONOMES RELATIVOS
Como o pronome relativo onde só é utilizado na indicação de lugares, são erradas as seguintes construções:
Na época onde ele viveu, tudo era diferente. (ERRADO, pois “época” expressa tempo, não lugar)
Aquele é o cavalo onde apostei todo meu dinheiro. (ERRADO, pois “cavalo” expressa o alvo da aposta, não lugar)
Nesses casos, no lugar de “onde”, devemos utilizar “em que” ou “no(a) qual”:
Se, na segunda oração, for necessária uma preposição antes do termo substituído pelo pronome
relativo, essa preposição deverá ser colocada antes do pronome.
Assim, devemos tomar muito cuidado com esse posicionamento da preposição diante dos pronomes
relativos, pois o uso normativo não corresponde, muitas vezes, ao uso informal presente na linguagem
coloquial.
Assim,
“A garota que gosto” é informal.
Está errado na linguagem culta, pois quem gosta, gosta de alguém.
O correto seria: “A garota de que gosto” ou “A garota da qual gosto” ou “A garota de quem gosto”.
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Minha namorada é a menina com quem eu saí ontem. (saí com a menina)
O professor ao qual eu entreguei o livro não veio hoje. (entreguei ao professor)
Não cuspa no prato em que você comeu. (comeu no prato)
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1ª conjugação
Assim são classificados os verbos com terminação –AR. Exemplos: amar,
falar, pular, etc.
2ª conjugação
Verbos quanto
Assim são classificados os verbos com terminação –ER e –OR (pôr e
à terminação derivados). Exemplos: fazer, vender, comer, pôr, repor, dispor, etc.
3ª conjugação
Assim são classificados os verbos com terminação –IR. Exemplos: proibir,
permitir, imprimir, etc.
Verbos Regulares
Assim são chamados os verbos que seguem um modelo estabelecido e
não se afastam dele em toda a conjugação. Em termos mais técnicos,
são verbos que preservam intacto seu radical.
Verbos Irregulares
Assim são chamados os verbos que se afastam do modelo geral, por
apresentarem alterações no radical em algumas flexões.
Verbos Defectivos:
Assim são chamados os verbos que não possuem conjugação completa,
ou seja, são defeituosos.
Verbos quanto Verbos Anômalos:
à conjugação Assim são chamados os verbos anormais, pois não possuem radical fixo.
Os exemplos mais citados de verbos anômalos são “ser” e “ir”
Classificação Verbos Abundantes:
dos Verbos Assim são chamados os verbos que apresentam duas ou mais formas
para uma mesma conjugação, normalmente no particípio
Verbos Pronominais
Assim são chamados os verbos empregados acompanhados de
pronome oblíquo átono, que pode exercer função reflexiva (= a mim
mesmo; a ti mesmo; a si mesmo...), recíproca (um ao outro, um para o
outro, um com o outro, etc.) ou simplesmente ser uma parte
integrante do verbo.
Verbos Auxiliares:
Assim são chamados os verbos que se juntam às formas nominais
(infinitivo, gerúndio ou particípio) de um verbo principal, flexionando-se
em número, pessoa, tempo e modo.
Verbos Principais:
Assim são chamados aqueles verbos que conservam seu significado
pleno nas frases em são empregados. Quando acompanhados de
auxiliares, apresentam-se numa das três formas nominais – infinitivo,
Verbos quanto gerúndio ou particípio.
à função Verbos Vicários
Assim são chamados os verbos que substituem outros verbos, com o
intuito de evitar repetições desnecessárias.
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Deve-se tomar o devido cuidado com as conjugações de alguns verbos irregulares, principalmente os derivados
de ter, ver, vir e pôr
Exemplos:
tenho(ter) – detenho (deter) – retenho (reter) – obtenho (obter)
IMPORTANTE
No dia a dia, equivocadamente se utilizam as formas “chego” e “trago” como particípios, acompanhadas
geralmente pelos verbos auxiliares ter e haver. Muito cuidado! Os particípios de “chegar” e “trazer” são
“chegado” e “trazido”, respectivamente!
Exemplos:
Eu tinha chego atrasado. (ERRADO)
Eu tinha chegado atrasado. (CERTO)
Eu havia trago muitos presentes da viagem. (ERRADO)
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Eis uma lista dos principais verbos abundantes: aceitar (aceitado e aceito); acender (acendido e aceso);
eleger (elegido e eleito); entregar (entregado e entregue); expulsar (expulsado e expulso); extinguir (extinguido
e extinto); imprimir (imprimido e impresso); limpar (limpado e limpo); pagar (pagado e pago); pegar (pegado e
pego); prender (prendido e preso); salvar (salvado e salvo); soltar (soltado e solto); suspender (suspendido e
suspenso).
Eis uma lista dos principais verbos que possuem apenas um particípio: abrir (aberto); beber (bebido);
chegar (chegado); cobrir (coberto); escrever (escrito); fazer (feito); trazer (trazido).
No caso de verbos com mais de um particípio (verbos abundantes), emprega-se a forma regular do
particípio (terminada em ADO ou IDO) com os auxiliares TER ou HAVER. Já a forma irregular é utilizada
com a presença dos auxiliares SER, ESTAR ou FICAR.
Exemplos:
(Forma irregular de particípio, com a presença do auxiliar SER. Apesar da presença do auxiliar TER, o fato
de SER estar presente como auxiliar faz com que utilizemos a forma irregular do particípio)
No caso de um verbo possuir um só particípio, este deverá ser empregado com qualquer auxiliar.
Exemplos:
Eu tinha feito lista de exercícios.
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IMPORTANTE
Quando inserido numa locução verbal como um dos auxiliares ou como verbo principal, o infinitivo não
admite a forma flexionada. É obrigatório, nesse caso, o emprego da forma não flexionada por razões de
boa sonoridade.
Exemplos:
Os alunos devem, a partir de hoje até o final da semana que vem, tendo em vista a necessidade de atualização
cadastral periódica, comparecerem aos postos de saúde munidos da documentação comprobatória.
A frase apresenta ERRO no uso da forma flexionada de infinitivo “comparecerem”. Note que ela integra uma
locução verbal, cujo auxiliar é a forma verbal “devem”. Esse erro é mascarado devido às expressões intercaladas
posicionadas entre o auxiliar e o principal. Elas poluem nossa visão e acabam nos induzindo ao erro. Fique
atento, pois é assim que as bancas tentarão enganar você! Se essas intercalações não estivessem presentes,
ficaria bem mais fácil perceber o erro em “Os alunos devem... comparecerem”.
Como dito, não se flexiona infinitivo em locução verbal. A redação correta, portanto, seria:
Os alunos devem, a partir de hoje até o final da semana que vem, tendo em vista a necessidade de atualização
cadastral periódica, comparecer aos postos de saúde munidos da documentação comprobatória.
Emprega-se a forma regular do particípio (terminada em ADO ou IDO) na voz ativa, formando os tempos
compostos com os auxiliares TER ou HAVER. Já a forma irregular (tendo diversas terminações) é utilizada
ao lado dos auxiliares SER, ESTAR ou FICAR.
Exemplos:
Corri atrás de Paulo, mas ele já tinha pegado o ônibus.
No caso de um verbo possuir um só particípio, este poderá ser empregado com qualquer auxiliar.
Exemplos:
tinha feito, havia feito, está feito, foi feito, tinha aberto, havia aberto, está aberto, foi aberto;
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Abrir / aberto; Beber / bebido; Cancelar / cancelado; Chegar / chegado; Escrever / escrito; Esquecer /
esquecido; Estudar / estudado; Fazer / feito; Permitir / permitido; Trazer / trazido
Modos Verbais
Indicativo
O modo Indicativo apresenta o fato como certo ou real no momento da fala. Expressa, assim, uma
realidade do ponto de vista de quem fala ou escreve.
Exemplo:
Eu te ligarei depois da aula (Trata-se de um fato tido como certo no momento da fala).
Subjuntivo
O modo Subjuntivo apresenta o fato como duvidoso, provável, incerto no momento da fala. Expressa,
assim, uma hipótese, condição ou um desejo do ponto de vista de quem fala ou escreve.
Uma maneira rápida de se identificar verbos no Subjuntivo é perceber a presença de alguns sinalizadores
desse modo. E o que seriam esses sinalizadores, professor? Seriam palavras ou expressões que, por indicarem
dúvida, possibilidade, desejo, acompanham verbos no Subjuntivo. Seriam elas: se (condicional, equivalendo a
“caso”), caso, talvez, é possível, é provável, pode ser, quem sabe, etc. Aparecendo essas palavras ou expressões,
fatalmente o verbo que as acompanha estará flexionado no Subjuntivo.
Exemplo:
Talvez eu te ligue depois da aula (Trata-se de um fato tido como incerto no momento da fala).
Imperativo:
O modo Imperativo indica ordem, pedido, conselho. Os verbos de Imperativo são de interlocução, ou
seja, são verbos que se dirigem a um falante, expressando uma solicitação, uma sugestão ou um mandamento.
Exemplo:
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
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Tempos Verbais
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IMPORTANTE!
As formas verbais de vir, ver e pôr e derivados no Pretérito Imperfeito e no Futuro do Subjuntivo costumam
gerar dúvidas.
Exemplos:
Quando você compor uma boa música, será recompensado pelo público. (ERRADO)
Quando você compuser uma boa música, será recompensado pelo público. (CERTO)
Se o Governo intervisse menos na economia, haveria mais crescimento econômico. (ERRADO)
Se o Governo interviesse menos na economia, haveria mais crescimento econômico. (CERTO)
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As flexões previstas pela gramática normativa são “Se eu VIR... Quando eu VIR... Se você VIR... Quando você
VIR... Se nós VIRMOS... Quando nós VIRMOS...”. Esse padrão será seguido por seus derivados. Observe:
Se eu rever minha família, ficarei muito emocionado. (ERRADO)
Se eu revir minha família, ficarei muito emocionado. (CERTO)
Observação:
i) O Pretérito Mais-que-Perfeito indica um fato já concluído e anterior a outro também concluído em
relação ao momento da fala. Em outras palavras, pode-se dizer que se trata de um passado de um passado.
Exemplo:
A família terminara o jantar quando ele chegou.
ii) O Pretérito Mais-que-Perfeito costuma ocorrer com mais frequência em sua forma composta:
Exemplo:
A bola já tinha entrado quando o juiz apitou o final do jogo.
(entrara)
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Principais Correlações
Exemplos:
Exemplos:
Outras Correlações
Há uma série de outras correlações. Você não precisa decorá-las, pois elas ocorrerão naturalmente. E
qualquer desvio resultará numa ruptura lógica na frase bem perceptível. É muito importante ler os exemplos de
redações e perceber a combinação entre os pares de tempos verbais. Vejamos:
Exemplos:
Atenção: Construções do tipo “Você quer que eu faço isso?” são consideradas graves equívocos gramaticais
e mostram desconhecimento por parte do falante de regras básicas que regem a norma culta.
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Exemplos:
Exemplos:
Li o livro que você havia indicado.
Resolvi a questão que o professor disponibilizara nas redes sociais.
Exemplos:
Observação:
Na linguagem coloquial, costuma-se usar o pretérito imperfeito do indicativo no lugar do futuro do
pretérito.
Exemplo:
Você prometeu que vinha. (ERRADO)
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VOZES VERBAIS
Podemos resumir, dessa forma, o processo de conversão de voz ativa em passiva analítica da seguinte
maneira:
Não importa a complexidade frase que se queira converter da ativa para a passiva, pois sempre
precisaremos dos mesmos elementos para fazer a conversão: o sujeito agente, o verbo principal (sozinho ou
na companhia de auxiliares) e o objeto direto paciente. Os elementos presentes na voz ativa além desses
citados serão somados à frase resultante após a conversão.
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IMPORTANTE!
Só é possível voz passiva com verbos que possuam objeto direto, ou seja, os verbos precisam ser VTD
(transitivos diretos) ou VTDI (verbos transitivos diretos e indiretos). Você não precisa nem ficar muito
preocupado em classificar os verbos agora não, ok? Basta que checar se o verbo pede objeto direto. Se sim,
haverá voz passiva; se não, ela não será possível!
DIGA-ME COM QUEM O “SE” ANDA, QUE LHE DIREI QUEM O “SE” É.
Moçada, isso é muito sério. Se o “se” estiver grudado com um verbo que solicite OD, ele assumirá o papel
de PARTÍCULA APASSIVADORA ou PRONOME APASSIVADOR.
Em construções do tipo “Alugam-se casas.”, “Vendem-se apartamentos.”, “Contrata-se professor”, o
pronome SE está ladeado de verbos que pedem objeto direto (Quem aluga aluga ALGO; Quem vende vende
ALGO; quem contrata contrata ALGUÉM). Logo, o SE assume o papel de PARTÍCULA APASSIVADORA e as
frases se apresentam na VOZ PASSIVA SINTÉTICA OU PRONOMINAL.
Gente, continua valendo a máxima:
DIGA-ME COM QUEM O “SE” ANDA, QUE LHE DIREI QUEM O “SE” É.
Uma vez identificado que o SE é apassivador, vamos em busca do OBJETO DIRETO, esteja ele onde
estiver na frase. Esse objeto direto será convertido pelo SE apassivador em SUJEITO PACIENTE.
Observemos exemplos simples por enquanto:
Vamos agora complicar um pouco mais, distanciando sujeito paciente e verbo na frase. Observe:
Descobriu-se, após minuciosa investigação conduzida pela Polícia Federal, em parceria com
autoridades do Ministério Público da Suíça, a fraude contábil na renomada estatal.
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Sujeito
Simples
Determinado Composto
Existente
Sujeito Indeterminado Oculto
Inexistente
Entenda que o sujeito oculto existe e é possível determiná-lo por meio da desinência verbal ou do contexto em que
a oração está inserida.
Observe a frase:
A oferta de novos postos de trabalhos nas principais capitais brasileiras sofreram queda acentuada nos
primeiros meses do ano.
Queridos, nós cometemos um erro de concordância nessa frase!
Pergunte ao verbo “sofreram” quem é o sujeito dele. A pergunta será “O que sofreu queda acentuada nos
primeiros...?”. E a resposta será “A oferta de novos postos de trabalhos nas principais capitais brasileiras”.
Viu o problema?
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Veja que o artigo “A” está subordinado ao substantivo “oferta”. A este substantivo também estão subordinadas
duas expressões preposicionadas – “de novos de trabalhos” e “nas principais capitais brasileiras”. Galera, o
núcleo do sujeito é “oferta”. O sujeito existe, é determinado e é simples.
Mas veja que o núcleo do sujeito singular “oferta” e a forma verbal plural “sofreram” não estão concordando,
certo?
É preciso estabelecer a concordância.
Como?
A oferta de novos postos de trabalhos nas principais capitais brasileiras sofreu queda acentuada nos
primeiros meses do ano.
Você entende por que cometeu esse erro?
Não foi à toa. Os vários “penduricalhos” plurais ligados ao núcleo do sujeito nos induzem a flexionar o verbo no
plural. A gente acaba indo no embalo, na inércia. É a contaminação por plural.
Amigos, as bancas adoram explorar a contaminação por plural nas questões de concordância.
SE
Diga-me com quem o SE anda, que
lhe direi quem o SE é.
Partícula Índice de
Apassivadora Indeterminação
>> ladeada de verbos do Sujeito
VTD ou VTDI
>> ladeado de verbos VI,
>> missão: transformar VTI ou VL
o OD em Sujeito
Paciente. >> missão: indetermmar o
sujeto e "escravizar" o
verbo na 3a pessoa do
singular.
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Com isso, mapeamos todos os casos de determinação do sujeito. Em todas as frases apresentadas, foi
possível apontar explícita ou implicitamente um termo que atuava como sujeito.
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Que história é essa, professor? Deixe-me explicar! Quando um verbo é impessoal, ele transforma o seu
auxiliar em verbo impessoal também (o auxiliar seria, em linguagem popular, um impessoal “por tabela”).
Galera, muito importante esse caso, fartamente cobrado nas provas, viu? Vejamos as seguintes frases:
Note que o auxiliar DEVER, que acompanha os verbos HAVER (no sentido de EXISTIR) e FAZER (indicando
TEMPO DECORRIDO), será conjugado invariavelmente na 3a pessoa do singular, pois ele se tornou impessoal
“por tabela”. A impessoalidade do principal contagia, portanto, o auxiliar.
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Galerinha, vale ressaltar que alguns verbos ora podem fazer menção a ações, ou seja, serão nocionais; ora
podem fazer menção a estado, ou seja, serão de ligação. Observe:
O verbo ANDAR é nocional na primeira frase, pois está associado a uma ação (troque “andar” por
“caminhar”). Já na segunda frase é de ligação, pois está associado à ideia de estado (troque “andar” por
“estar”).
O garçom virou a bandeja sobre o cliente.
O técnico virou uma fera com a marcação do impedimento.
O verbo VIRAR é nocional na primeira frase, pois está associado a uma ação (dá para imaginar a ação
“virar” a bandeja, correto?). Já na segunda frase é de ligação, pois está associado à ideia de estado (troque
“virar” por “ficar”).
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Vamos aplicar esse útil passo a passo na prática, nas mais diversas orações. Observe as frases a seguir:
Ainda nesta manhã, o aluno deverá enviar para a comissão julgadora, em caráter de urgência, devido ao
prazo exíguo, as propostas de recurso.
IMPORTANTE!
É muito comum a precipitação na hora de se analisar sintaticamente uma oração.
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Passo 2: Identifique o sujeito, perguntando ao verbo “O que restou?”. A resposta é... “uma esperança”
Passo 3: Somente depois de identificado o sujeito, é que vamos em busca dos complementos. Conversando
com o verbo “Restar”, chegamos à conclusão de que ALGO RESTA A ALGUÉM. O verbo “restar” pede OBJETO
INDIRETO, representado no meme por “ao time”.
Cuidado, portanto, com as seguintes construções:
Ocorreu UM ACIDENTE...
Saiu O RESULTADO...
Nas provas que você fizer, o demônio vai tentar empurrar os termos em destaque como objetos diretos, o que
está ERRADO!
Eles funcionam como SUJEITO.
NÃO ESTAMOS AUTORIZADOS A IR EM BUSCA DOS OBJETOS SEM ANTES IDENTIFICAR O SUJEITO,
SOB RISCO DE COMETER EQUÍVOCOS.
Não passe para o Passo 3 sem passar pelo Passo 2. Você corre o risco de chamar de Objeto Direto um termo
que na verdade funciona como SUJEITO!
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Adjunto Adnominal
O Adjunto Adnominal é o termo que modifica um substantivo de forma direta, SEM INTERMEDIAÇÃO
DE UM VERBO. Trata-se de uma função adjetiva, desempenhada por adjetivos e locuções adjetivas, artigos,
pronomes adjetivos e numerais adjetivos. Em suma, atuarão como adjuntos adnominais todos os satélites de
um substantivo – artigos, numerais, pronomes e adjetivos.
Isso posto, identifiquemos na frase a seguir todos os adjuntos adnominais nela presentes:
Os meus queridos alunos do Direção Concursos conquistaram cem mil aprovações nos mais disputados
concursos públicos do Brasil e do mundo.
Predicativo
O predicativo pode ser do sujeito ou do objeto. Dizer de quem é o predicativo não é tão complicado, pois
basta verificar quem é modificado por ele, se o sujeito ou o objeto. Difícil é afirmar que é predicativo.
Por isso, precisamos definir de uma forma muito precisa esse termo. Podemos assim fazer apontando o
predicativo como um termo que caracteriza um nome (núcleo do sujeito ou do objeto) tendo um verbo como
intermediário. O fato de haver intermediação por parte de um verbo na ligação do nome ao predicativo é o que
diferencia este do adjunto adnominal.
Predicativo do Sujeito
Não temos agora um verbo de ligação explícito na frase, mas é possível subtendê-lo.
Veja que a frase pode ser assim reescrita: O secretário saiu da sala de reuniões (e estava) irritado.
Note a presença implícita do verbo ligação “estar”
O atributo que o acompanha – “irritado” – é o Predicativo do Sujeito
Note que “irritado” modifica “secretário”, intermediado pelo verbo de ligação oculto “estar”.
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IMPORTANTE!
O verbo “ficar” não é de ligação, pois não está ligado a um predicativo. Como classificá-lo, professor? Vamos
chamá-lo, gente, de INTRANSITIVO. Note que “em casa” é um adjunto adverbial de lugar.
O verbo “ficar” não é de ligação, pois não está ligado a um predicativo. Ele é INTRANSITIVO. Note que “em
casa” é um adjunto adverbial de lugar e “durante esta manhã”, um adjunto adverbial de tempo.
Nem sempre, contudo, teremos a presença de um verbo de ligação. Vejamos os exemplos a seguir:
Observe que “Ministro da Fazenda” é atributo de “Beltrano da Silva”, tendo a forma verbal “ser
nomeado” como intermediário. O termo “Ministro da Fazenda” é, portanto, um predicativo do sujeito
“Beltrano da Silva”.
Observe que “improcedente” é atributo de “recurso”, tendo a forma verbal “ser julgado” como
intermediário. O termo “improcedente” é, portanto, um predicativo do sujeito “O recurso”.
Os verbos “julgar” e “nomear” são denominados transobjetivos. A seguir detalharei essa categoria de
verbos, ok?
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Predicativo do Objeto
O Predicativo do Objeto ocorre geralmente com os chamados verbos transobjetivos, responsáveis por
indicar julgamento, opinião ou designação. Entre os principais verbos transobjetivos, destacamos julgar, achar,
considerar, deixar, nomear, etc. Esses verbos são assim denominados, porque estarão acompanhados de um
objeto seguido de um predicativo do objeto. Vejamos alguns exemplos:
Chamaram-lhe de impostor.
Mais uma vez, note que o atributo se liga ao nome, intermediado por uma forma verbal.
A terceira diferença é que o adjunto adnominal nunca poderá ser isolado do substantivo a que se refere
por vírgulas ou travessões nem poderá sofrer grandes deslocamentos em relação ao substantivo. Já o
predicativo pode ser isolado por vírgulas e distanciado do nome a que se refere.
Note que “irritado” está ligado diretamente ao substantivo comerciante, sem intermediação de
verbo;
Note que “irritado” é uma característica intrínseca, pertencente ao comerciante.
Trata-se, assim, de um adjunto adnominal.
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Note que “irritado” está ligado substantivo comerciante, com intermediação de verbo de ligação
oculto - O comerciante saiu do banco (e estava) irritado;
Note que “irritado” não é um atributo intrínseco, permanente. Trata-se de um atributo de momento.
Não se sabe por que o comerciante estava irritado.
Note que é possível deslocar “irritado” pela frase - Irritado, o comerciante saiu do banco; O
comerciante, irritado, saiu do banco.
Trata-se, assim, de um predicativo do sujeito.
Note que “novo” está ligado diretamente ao substantivo comerciante, sem intermediação de verbo;
Note que “novo” é uma característica intrínseca do “carro”.
Trata-se, assim, de um adjunto adnominal.
Note que “novo” está ligado substantivo carro, com intermediação de verbo transobjetivo “julgar”;
Note que “novo” não é um atributo intrínseco e permanente do carro. Trata-se de um juízo de valor
manifestado pelo sujeito ao objeto “carro”.
Trata-se, assim, de um predicativo do objeto.
Sabemos que o adjunto adnominal faz parte do sujeito ou do objeto, enquanto que o predicativo é uma
qualidade dada ao sujeito ou objeto pelo verbo, não é verdade? Veja o que vamos fazer para visualizar isso:
A dúvida que fica é sobre a função sintática de “bonito” nos dois casos.
Na primeira frase, o pronome oblíquo o está substituindo “um caderno bonito”. Como “bonito” veio “para
dentro” do pronome em companhia do substantivo “caderno”, provamos que “bonito” é um atributo inerente,
pertencente ao substantivo “caderno”. Fica provado, assim, definitivamente se tratar de um adjunto
adnominal.
Na segunda frase, o pronome oblíquo o está substituindo “um caderno”. Como “bonito” ficou “de fora”
do pronome, provamos que “bonito” não é um atributo inerente, pertencente ao substantivo “caderno”. É sim
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um atributo momentâneo, um juízo valor conferido ao objeto pelo sujeito. Fica provado, assim, definitivamente
se tratar de um predicativo do objeto.
Resumindo:
O adjunto adnominal modifica diretamente o nome, sem intermediação de verbo. Trata-se de uma
característica intrínseca do nome.
Já o predicativo modifica o nome com intermédio de um verbo – ligação ou transobjetivo. Trata-se de uma
qualidade momentânea, circunstancial, atribuída ao nome.
Complemento Nominal
Da mesma que os verbos, os nomes também podem pedir complemento. Os Complementos Nominais
preenchem lacunas de sentido deixadas por substantivos, adjetivos ou advérbios. Vamos chamá-los de CNs,
ok? Observe as frases a seguir:
Aposto
O aposto é uma função sintática cujo núcleo é um substantivo ou pronome substantivo e tem por
função explicar, esclarecer, resumir, desenvolver ou especificar outro termo da oração. Possui várias
classificações, entre as quais se destacam o especificador, o enumerativo, o resumidor ou recapitulativo, o
distributivo e, o mais famoso deles, o explicativo.
Numa linguagem matemática, suponhamos que você tenha um termo A na oração e a ele somamos
um termo B que funciona como seu aposto. Teremos, gente, A = B. Que maluquice é essa, professor? Amigos, o
aposto equivale ao termo que representa, essa é a ideia que detalharei a seguir. Observe!
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Aposto Especificador
Como o próprio nome diz, esse aposto particulariza um termo, especificando-o. Veja as frases a seguir:
“cidade” = A; “Brasília” = B
A = B, o que faz do termo “de Brasília” um aposto.
Dentre tantas cidades, está-se especificando qual delas: Brasília.
Trata-se de um aposto especificador, portanto.
“mês” = A; “dezembro” = B
A = B, o que faz do termo “de dezembro” um aposto.
Dentre tantos meses, está-se especificando qual deles: dezembro.
Trata-se de um aposto especificador, portanto.
IMPORTANTE
Não confundamos o aposto especificador com o adjunto adnominal. O primeiro guarda uma relação de
equivalência com o nome; o segundo, não! Observe!
A cidade de Brasília está em festa.
(cidade = A; Brasília = B; A = B, o que faz de “de Brasília” um aposto especificador)
Aposto Enumerativo
Como o próprio nome diz, expressa enumerações, introduzidas geralmente por dois pontos ou
expressões de enumeração – como, tais como, a saber, entre os quais, etc.
Várias foram as razões do acidente aéreo: o mau tempo, a imperícia do piloto, a falta de manutenção da
aeronave, o desleixo dos operadores de voo, etc.
O aposto enumerativo é toda a enumeração o mau tempo, a imperícia do piloto, a falta de manutenção
da aeronave, o desleixo dos operadores de voo, etc.
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Note que ele está introduzido por dois pontos. Muitas questõezinhas perguntam se é possível trocar os
dois pontos por um conector de enumeração – como, tais como, entre os quais, etc. – antecedido de vírgula. Sim!
É possível. Observe:
Várias foram as razões do acidente aéreo, tais como o mau tempo, a imperícia do piloto, a falta de
manutenção da aeronave, o desleixo dos operadores de voo, etc.
Várias foram as razões do acidente aéreo, tais como: o mau tempo, a imperícia do piloto, a falta de
manutenção da aeronave, o desleixo dos operadores de voo, etc.
Aqui temos um problema, pois há dois caras fazendo um serviço que precisa apenas de um. Ora, o
conector “tais como” introduz uma enumeração; os dois pontos também. Portanto, temos uma redundância.
Por que utilizar os dois, se precisamos apenas de um? Dessa forma, ou se empregam os dois pontos ou se faz
uso do conector para introduzir a enumeração. Os dois, ao mesmo tempo, não!
Aposto Resumidor
O aposto resumidor cumpre uma função oposta à do enumerativo. Enquanto este detalha os termos
componentes da enumeração, aquele aglutina todos os elementos da enumeração geralmente num pronome
indefinido. Observe:
O mau tempo, a imperícia do piloto, a falta de manutenção da aeronave, o desleixo dos operadores de voo,
tudo isso causou o acidente aéreo.
Note que o termo “tudo isso” aglutina toda a enumeração anterior. Trata-se, portanto, de um aposto
resumidor.
IMPORTANTE
Não confundamos o aposto resumidor com o sujeito.
Na frase “O mau tempo, a imperícia do piloto, a falta de manutenção da aeronave, o desleixo dos operadores
de voo, tudo isso causou o acidente aéreo.”, o sujeito da forma verbal “causou” não é “tudo isso”, ok? O termo
“tudo isso” é aposto resumidor. O sujeito, na verdade, é “O mau tempo, a imperícia do piloto, a falta de
manutenção da aeronave, o desleixo dos operadores de voo”.
Professor, mas pera lá! O sujeito é composto, certo? Sim! E o verbo fica no singular? Sim! Ué?
Querido aluno, temos a noção de que o verbo concordará com o sujeito, não é verdade? Isso ocorrerá sempre?
Ocorrerá em 99,999999% das vezes! Existe uma situação bem particular na qual o verbo não concordará
com o sujeito, e sim com o ... aposto resumidor!
Havendo um aposto resumidor, o verbo concorda não com o sujeito, mas como o aposto resumidor.
Observe mais uma frase
João, Paulo, Francisco, Antônio, todo mundo veio para a aula. (Note que a forma verbal “veio” concorda não
com o sujeito “João, Paulo, Francisco, Antônio”, e sim com o aposto resumidor “todo mundo”.)
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Temos um período composto, concorda? Sim, professor! Temos duas estruturas verbais e, portanto, duas
orações no período.
Observe com atenção a primeira oração: “O centroavante avisou à Diretoria”. Minha pergunta a vocês:
essa oração é completa? Queridos, vejam que falta um componente nessa oração. Ao se escrever que o
centroavante avisou à Diretoria, a pergunta que não quer calar é: avisou o quê? Dessa forma, falta na primeira
oração um objeto direto. E quem preenche esse vazio? Em outras palavras, quem cumpre a função de objeto
direto da primeira oração? A resposta é a segunda oração: “que não renovaria o contrato ao final da
temporada”.
Certo, professor! E a oração coordenada? Como a identificamos?
Moçada, se as orações que compõem o período são ambas completas do ponto de vista sintático, não
havendo lacuna qualquer a ser preenchida, dizemos que cada uma delas é COORDENADA ou que as orações
que formam o período são coordenadas entre si. Vamos a um exemplo?
Observe com atenção a primeira oração: “João é um excelente aluno”. Minha pergunta a vocês: essa
oração é completa? Temos o sujeito “João”; o verbo de ligação “é”; e o predicativo do sujeito “um excelente
aluno”. Ora, nela nada falta. Se quiséssemos, poderíamos muito bem pôr um ponto final depois de “aluno”, pois
já temos todos os elementos necessários para formar uma frase.
O mesmo raciocínio vale para a segunda oração. Nela temos o sujeito oculto “João”; o verbo de ligação
“é”; o predicativo do sujeito “preguiçoso”; e o adjunto adverbial de tempo “às vezes”. Mais uma vez, temos uma
estrutura oracional completa. Nela nada falta.
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SUBSTANTIVAS
- Subjetivas
- Objetivas Diretas As orações subordinadas
substantivas são introduzidas
- Objetivas Indiretas tipicaamente por cinjunções
- Predicativas integrantes - QUE ou SE - ou
pronomes interrogativos.
- Completivas Nominais
- Apositivas
ADJETIVAS
- Restritivas - sem vírgulas As orações subordinadas adjetivas
são introduzidas tipicaamente por
- Explicativas - isolada por pronomes relativos - QUE, O(S)
Orações vírgulas, travessões ou QUAL(IS), QUEM, ONDE, CUJO(A)(S)
parênteses.
Subordinadas
ADVERBIAIS
- Causais
- Consecutivas
- Comparativas As orações subordinadas adverbiais
- Condicionais são introduzidas tipicamente por
- Concessivas conjunções subordinativas - vide lista a
- Conformativas seguir.
- Temporais
- Proporcionais
- Finais
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Foi decidido que o jogo de volta seria realizado com portões fechados.
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IMPORTANTE
Nas orações objetivas indiretas e completivas nominais, é normal a elipse (omissão) da preposição.
Eu preciso (de) que você esteja aqui amanhã.
Não me convenci (de) que a proposta do Governo seria aceita pela sociedade.
Tenho uma grande meta para o próximo ano: que nosso PDF seja um dos melhores do Brasil.
É possível reescrever o período da seguinte forma: Tenho uma grande meta para o próximo ano: ISTO.
Logo, a oração “que nosso PDF seja um dos melhores do Brasil” é subordinada do tipo SUBSTANTIVA.
O pronome ISTO exerce a função sintática de APOSTO na oração “Tenho uma grande meta para o
próximo ano: ISTO”.
Logo, a subordinada substantiva “que nosso PDF seja um dos melhores do Brasil” desempenha função
de APOSTO. Sua classificação é ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA
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Note que ambas são introduzidas pelo pronome relativo QUE (= OS QUAIS).
Pois bem, na frase I, dá-se a entender que apenas ALGUNS alunos acertaram a questão. Por extensão, é
possível concluir que outros erraram a mesma questão.
Já na frase II, dá-se a entender que TODOS os alunos citados acertaram a questão.
.
Isso significa que a presença ou ausência das vírgulas isolando orações de natureza adjetiva muda o sentido.
Fique atento!
Essa diferenciação tanto sintática como semântica é amplamente cobrada nas provas de concurso!
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Exemplos:
Exemplos:
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Passo 3: Analise sintaticamente a oração adjetiva, identificando sujeito, complementos, adjuntos, etc.
Passo 4: A função desempenhada na oração pelo termo substituído pelo relativo será a função deste.
Passo 3: Analise sintaticamente a oração adjetiva, identificando sujeito, complementos, adjuntos, etc.
Sujeito: o senhor; VTD: indicou; OD: o livro (= que).
Passo 4: A função desempenhada na oração pelo termo substituído pelo relativo será a função deste.
O objeto direto da forma verbal “indicou” é “o livro”. Como “livro” está representado pelo relativo
“QUE”, este desempenha o papel de OBJETO DIRETO na oração em que se encontra.
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Integrantes QUE, SE
PORQUE, POIS, JÁ QUE, VISTO QUE, UMA VEZ QUE, DADO QUE, DEVIDO A,
Causais COMO, PORQUANTO, NA MEDIDA EM QUE, TENDO EM VISTA QUE, HAJA
VISTA...
TAL... QUAL, TANTO... QUANTO, TAL ... COMO, QUAL, COMO, ASSIM COMO,
Comparativas COMO SE, MAIS... DO QUE, MENOS... DO QUE, MELHOR... DO QUE, PIOR ...
DO QUE
SE, CASO, DESDE QUE, CONTANTO QUE, SALVO SE, EXCETO SE, UMA VEZ
Condicionais QUE, A NÃO SER QUE, A MENOS QUE, ...
EMBORA, APESAR DE, MESMO QUE, AINDA QUE, SE BEM QUE, NEM QUE,
Concessivas QUANDO, CONQUANTO, A DESPEITO DE, EM QUE PESE, POR MAIS QUE,
POR PIOR QUE, POR MELHOR QUE, POSTO QUE, MALGRADO, ...
QUANDO, LOGO QUE, DESDE QUE, SEMPRE QUE, MAL, BEM, ASSIM QUE,
Temporais CADA VEZ QUE, ATÉ QUE, DEPOIS QUE, ANTES QUE, ENQUANTO, ...
QUANTO MAIS ... MAIS, QUANTO MAIS ... MENOS, À PROPORÇÃO QUE, AO
Proporcionais PASSO QUE, ENQUANTO, À MEDIDA QUE
PARA QUE, A FIM DE QUE, COM O OBJETIVO DE, COM O INTUITO DE, COM
Finais O FITO DE, ...
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A oração em destaque não está introduzida por conjunção e sua forma verbal se encontra no
particípio.
Reescrevendo a frase, é possível identificar nela um sentido de tempo: Quando terminar a aula,
compareça à coordenação.
Trata-se, assim, de uma oração subordinada adverbial temporal reduzida de particípio.
Tendo pouquíssimo tempo disponível, não deixava de dar atenção aos seus fãs.
A oração em destaque não está introduzida por conjunção e sua forma verbal se encontra no
gerúndio.
Reescrevendo a frase, é possível identificar nela um sentido de concessão: Apesar de ter pouco
tempo disponível, não deixava de dar atenção aos seus fãs.
Trata-se, assim, de uma oração subordinada adverbial concessiva reduzida de gerúndio.
PORQUE, POIS, JÁ QUE, VISTO QUE, UMA VEZ QUE, DADO QUE, DEVIDO A,
Explicativas COMO, PORQUANTO, NA MEDIDA EM QUE, TENDO EM VISTA QUE, HAJA
VISTA...
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PRONOME
Quero saber (O)QUE aconteceu.
INTERROGATIVO
CONJUNÇÃO
Estudou tanto para o concurso QUE ficou louco!
CONSECUTIVA
CONJUNÇÃO
QUE COMPARATIVA
Sou mais esperto (do) QUE você.
CONJUNÇÃO
Estuda QUE estuda, essa é sua rotina.
ADITIVA
CONJUNÇÃO
Dorme, QUE a dor passa. (=Dorme, pois a dor passa.)
EXPLICATIVA
PARTÍCULA DE
REALCE OU QUE Deus te abençoe! (= Deus te abeçoe!)
EXPLETIVA
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ÍNDICE DE
Não SE acredita mais nas pessoas.
INDETERMINAÇÃO
(VI, VTI ou VL + SE )
DO SUJEITO
PARTÍCULA DE
REALCE OU Foi-SE embora minha fé! (= Foi embora minha fé!)
EXPLETIVA
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COMO
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Aula 06 – Pontuação
... PARA ISOLAR SUJEITO E VERBO
Exemplo: O principal objetivo, é a aprovação.
EMPREGA-SE
... PARA SEPARAR ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS
VÍRGULA...
ADVERSATIVAS, EXPLICATIVAS OU CONCLUSIVAS
Exemplo: Tivemos várias crise, mas conseguimos superá-las.
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Ponto e Vírgula
1) Emprega-se ponto e vírgula para separar TERMOS EM ENUMERAÇAO DE GRANDE EXTENSÃO, geralmente
trechos oracionais com termos já isolados por vírgulas.
Exemplo:
Para termos um país melhor, é preciso investir em segurança pública, visando a combater o crime de forma
mais preventiva do que repressiva; em saúde pública, dando à população um melhor bem-estar e contribuindo com
sua produtividade; em educação de ponta, qualificando a mão de obra para o concorrido mercado de trabalho do
século XXI; por fim, em mobilidade urbana, tornando mais confortável e prático o sagrado direito de ir e vir do
cidadão.
Exemplo:
Dormiu muito tarde ontem; chegou atrasado ao trabalho.
3) Emprega-se ponto e vírgula para separar ORAÇÕES COORDENADAS, quando se deseja ENFATIZAR UMA
COMPARAÇÃO OU UM CONTRASTE.
Exemplos:
Os dois primeiros anos do seu rumoroso governo foram pautados pela exibição de suas façanhas atléticas e
política; o terceiro (e último) foi consumido por denúncias e patifarias.
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IMPORTANTE
Seria equívoco empregar simplesmente uma vírgula no lugar do ponto e vírgula, pois a pausa maior não
pode dar lugar a uma pausa menor.
Ponto Final
Os dois primeiros anos do seu rumoroso governo foram pautados pela exibição de suas façanhas atléticas e
política. Já o terceiro (e último) foi consumido por denúncias e patifarias.
Ponto Final
A pausa menor pode dar espaço para uma pausa maior, com as devidas alterações. Isso significa que o
ponto e vírgula pode ceder espaço para o ponto final.
Dois Pontos
Exemplos:
Neste clube pratica-se: futebol, natação, voleibol, tênis e basquetebol.
Futebol, tênis, basquetebol, natação: são as modalidades praticadas no clube.
Exemplo:
Perguntaram a um sábio: “A quem queres mais, a teu irmão ou a teu amigo?”. E o sábio respondeu:
“Quero a meu irmão, quando é meu amigo”.
Exemplos:
Fiquei curioso: circulara o boato da renúncia do presidente.
= Fiquei curioso, pois circulara o boato da renúncia do presidente.
Estava muito preocupado com seu filho: há dias não recebia notícias dele.
= Estava muito preocupado com seu filho, pois há dias não recebia notícias dele.
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4) Emprega-se o sinal de dois pontos para introduzir um APOSTO ou uma ORAÇÃO SUBORDINADA
SUBSTANTIVA APOSITIVA.
Exemplos:
Só há um vencedor na política: aquele com mais dinheiro.
Exemplos:
Prezados Condôminos:
Exemplo:
O filho perguntou:
... para isolar expressões de caráter explicativo, como o aposto explicativo e a oração adjetiva explicativa.
Exemplo:
O Curso Direção – a nova sensação na preparação para concursos – fará diversos eventos ao
vivo gratuitos.
IMPORTANTE!
Após os travessões, é possível empregar vírgulas. Caso o trecho entrecortado pelos travessões exija
vírgulas, elas podem ser empregadas normalmente.
Exemplo:
Estudei vorazmente Português – a disciplina-chave em concursos -, mas ainda sinto que devo aprimorar.
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Exemplo:
Vivemos uma época de restrições às liberdades individuais (e, por acaso, já fomos livres um dia?)
... para isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões,
neologismos, arcaísmos e expressões populares.
Exemplo:
Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.
Exemplo:
Houve um presidente que costumava falar frequentemente “Nunca antes na história deste
país...”.
Exemplo:
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Aula 07 - Concordância
Concordância com PRONOMES DE TRATAMENTO
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Concordância envolvendo o SE
XXXIV. Não se acreditou, mesmo com todos os depoimentos de testemunhas de defesa, na sua versão.
Discutimos bastante na Sintaxe da Oração as funções do SE e suas implicações na concordância verbal.
Vamos relembrar o seguinte quadro esquemático:
SE
Diga-me com quem o SE anda, que
lhe direi quem o SE é.
Partícula Índice de
Apassivadora Indeterminação
>> ladeada de verbos do Sujeito
VTD ou VTDI
>> ladeado de verbos VI,
>> missão: transformar VTI ou VL
o OD em Sujeito
Paciente. >> missão: indetermmar o
sujeto e "escravizar" o
verbo na 3a pessoa do
singular.
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XL. É 1h30min.
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Concordância do INFINITIVO
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Quando o adjetivo se refere a mais de um substantivo e vem depois destes, a concordância pode se dar
de duas formas:
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Quando o adjetivo se refere a mais de um substantivo e vem antes destes, a concordância pode se dar das
seguintes formas:
O adjetivo concorda obrigatoriamente com o substantivo mais próximo. Observe:
Se houver verbo de ligação, o adjetivo acompanha o verbo. Se este ficar no singular, o adjetivo fica
no singular também, concordando com o substantivo mais próximo; se este ficar no plural, o adjetivo
fica no plural, prevalecendo o masculino se os gêneros dos substantivos forem diferentes.
Quando dois ou mais adjetivos se referem ao mesmo substantivo, é este que varia. Há duas
possibilidades: o substantivo fica no plural; ou fica no singular, desde que se posicione um determinante
(geralmente artigo) antes do 2º adjetivo.
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É necessário organização.
Pizza é bom. No entanto, como estou de dieta, pizza é proibido lá em casa. Domingo à noite, porém, abro
uma exceção e pizza é permitido.
É necessária a organização.
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As duzentas mil senhoras que perderam suas casas serão assistidas pelo Estado.
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AGRADAR
AGRADECER
Exemplos:
Exemplos:
O cliente agradeceu ao gerente pelo atendimento. (= O cliente lhe agradeceu... ou O cliente agradeceu
a ele...).
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= TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO, sendo o OBJETO DIRETO nome de “COISA” e o INDIRETO nome
de “PESSOA”, introduzido pela preposição A.
Exemplos:
ASPIRAR
Exemplo:
Exemplo:
ASSISTIR
Exemplo:
Exemplo:
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Exemplo:
Exemplo:
CHAMAR
= no sentido de INVOCAR, PEDIR AUXÍLIO, emprega-se como TRANSITIVO DIRETO ou como INDIRETO,
COM OBJETO INTRODUZIDO PELA PREPOSIÇÃO POR.
Exemplos:
O verbo CHAMAR é TRANSOBJETIVO nesse caso. Além disso, o PREDICATIVO DO OBJETO pode ou não
ser introduzido pela preposição DE.
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CUSTAR
Exemplos:
Alguns gramáticos, no entanto, consideram “10 mil reais” e “seu salário anual” como objetos diretos. Há
divergências, portanto!
Exemplos:
Exemplos:
HAVER
Exemplos:
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Exemplos:
Exemplos:
IMPLICAR
Exemplos:
Algumas gramáticas mais modernas até admitem a presença da preposição “em”, fazendo menção ao uso
coloquial. Porém, o que notamos nas bancas é o emprego tradicional do verbo implicar. Repetindo:
transitivo direto, no sentido de resultar, acarretar.
Exemplo:
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LEMBRAR/ESQUECER
Exemplo:
Exemplo:
É ERRADO DIZER:
Exemplo:
Nela, temos como sujeito a coisa lembrada ou esquecida. Já o verbo é acompanhado de objeto indireto
introduzido pela preposição A.
No caso da primeira frase, o sujeito é “a pauta da reunião” e o objeto indireto é representado pelo pronome
oblíquo ME (= A MIM).
No caso da segunda frase, o sujeito é “o nome dele” e o objeto indireto é representado pelo pronome oblíquo
VOCÊ (= A VOCÊ).
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= no caso do verbo LEMBRAR, também é possível empregá-lo como TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO,
com OBJETO INDIRETO INTRODUZIDO PELA PREPOSIÇÃO A OU DE.
Exemplo:
OBEDECER/DESOBEDECER
Exemplos:
Obedecia ao mestre.
Note que, no último caso, a crase é resultado da fusão da preposição A – requerida pela regência de
DESOBEDER – com a artigo A – requerido pelo substantivo SINALIZAÇÃO.
PAGAR/PERDOAR
Exemplos:
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Exemplos:
= TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO, com o OBJETO DIRETO “COISA” e o OBJETO INDIRETO “PESSOA”,
introduzido pela preposição A.
Exemplos:
PREFERIR
Diferentemente da linguagem coloquial, este verbo não se constrói com a locução DO QUE, e sim com
a preposição A.
Exemplo:
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PROCEDER
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
QUERER
Exemplo:
Exemplo:
Juro que quero muito a você. (= Juro que lhe quero muito)
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VISAR
Exemplo:
Exemplo:
ABDICAR DESFRUTAR
ATENDER USUFRUIR
ATENTAR GOZAR
DEPARAR
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Resumão Direcionado
Exemplos:
Substituir a palavra
feminina por uma
masculina. Se NÃO aparecer a forma AO ou AOS antes
da palavra masculina, é sinal de que NÃO
haverá crase antes da feminina.
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Pedi A esta funcionária uma ajuda.
(= Pedi PARA esta funcionária uma ajuda.).
Contarei A você um segredo.
(= Contarei PARA você um segredo.)
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Resumão Direcionado
CASO GERAL
À = A (preposição) + A (artigo)
ÀS = A (preposição) + AS (artigo)
... antes de pronomes de tratamento, exceção feita a SENHORA, SENHORITA, DONA, MADAME, ...:
Exemplos:
Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza
Dirigiu-se à Sra. com aspereza.
Atenção!
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Resumão Direcionado
Resumindo:
Grande parte dos pronomes NÃO solicita artigo, exceção feita a MESMA (S), PRÓPRIA (S), SENHORA (S),
SENHORITA (S), DONA (S), MADAME (S).
Isso não significa que haverá crase obrigatoriamente antes dessas formas!
CUIDADO! Além do artigo, moçada, é necessário que haja uma preposição, certo? Não havendo preposição, sem
chance de haver crase, gente!
Não vão me pôr crase em “Observei a mesma cena!”, pelo amor dos meus filhinhos! Rs.
Ora, o verbo OBSERVAR não está regendo preposição A, meus amigos! Trata-se de um verbo TRANSITIVO
DIRETO! O A que antecede MESMA é apenas artigo.
E como diz o ditado, um artigo só não faz crase (Nossa! Essa foi péssima! Desculpem-me!).
O que está errado nessa frase? Prestem atenção! Tem-se a preposição “a”, solicitada pela regência da forma verbal
“Referi-me” (Quem se refere se refere A ALGO).
Porém, não temos a presença do artigo “a”, uma vez que o substantivo feminino “cenas” é plural.
Se este solicitar artigo, solicitará o definido plural “as”.
Corrigindo, teremos duas possibilidades de redação:
Imaginemos um enunciado assim redigido: “As duas frases acima estão corretas do ponto de vista gramatical e
possuem o mesmo sentido”. O que vocês marcariam? CERTO ou ERRADO?
Corretas do ponto de vista gramatical elas estão, mas não possuem o mesmo sentido.
Na construção “Referi-me a cenas de terror”, a ausência do artigo “as” (a forma “a” é apenas preposição) dá
entender que se trata de cenas de terror quaisquer. Já na construção “Referi-me às cenas de terror”, a presença do
artigo definido “as” especifica as cenas de terror, dando a entender que não se trata de quaisquer cenas.
Exemplo:
Quando a palavra “casa” é empregada no sentido de “lar” e não vem especificada, não pede artigo. Se, por
sua vez, houver especificação da casa, haverá artigo.
O mesmo ocorre com a palavra “terra”, no sentido de “terra firme”. Só haverá artigo, se vier especificada.
Já a palavra “distância” somente será antecedida de artigo se vier quantificada ou especificada (a distância
de 100m, a distância de um palmo, etc.)
Esse artigo, ao se unir à preposição A, resultará na crase. Observe:
Regressaram a casa para almoçar. (SEM crase, haja vista que CASA não foi especificada)
Regressaram à casa de seus pais. (COM crase, haja vista que CASA foi especificada)
Regressaram a terra depois de muitos dias. (SEM crase, haja vista que TERRA não foi especificada)
Regressaram à terra natal. (COM crase, haja vista que CASA não foi especificada)
Observamos o acidente a distância. (SEM crase, haja vista que DISTÂNCIA não foi especificada)
Observamos o acidente à distância de um quarteirão. (COM crase, haja vista que DISTÂNCIA foi especificada)
Quando você a uma pizzaria (hum...) e pede no cardápio uma pizza à moda do chefe ou uma pizza à moda
da casa, trata-se da pizza que o chefe costuma fazer ou daquela que a casa costuma servir. É a pizza com marca
do chefe – em imitação ao jeito de fazer da pessoa - ou da casa – em imitação ao jeito de fazer de um lugar.
Entendem?
Notem a expressão “moda” subentendida antes de CR7. Quer-se dizer que o gol feito por mim foi em
imitação ao que o CR7 costuma fazer.
Preparei um delicioso virado à paulista.
Dessa forma, a locução À MODA DE somente pode ser subentendida quando estiver associada a uma ideia
de lugar ou pessoa.
Bife à (moda) Oswaldo Antunes.
Feijoada à (moda) José Maria.
Tutu à (moda) mineira.
Atenção!!!
Exemplos:
Exemplos:
Perguntaram, após a aula, ÀQUELE PROFESSOR
seu parecer sobre a polêmica questão. Homenagearam, ao final do cruso, AQUELE
(= Perguntaram, após a aula, A ESTE DEDICADO FUNCIONÁRIO.
PROFESSOR seu parecer sobre a polêmica (= Homenagearam, ao final do curso, ESTE
questão. DEDICADO FUNCIONÁRIO.)
Aula 09 – Reescrita
Simulado Direcionado
Texto para as questões 01 a 02
O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção? Se a regra transgredida não causa prejuízo, temos o “jeitinho”
positivo e, direi eu, ético. Por exemplo: estou na fila; chega uma pessoa precisando pagar sua conta que vence
naquele dia e pede para passar na frente. Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”.
A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra uma relação ruim com a lei geral,
com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto de que essa regra universal produz legalidade
e cidadania. Eu pago meus impostos integralmente e, por isso, posso exigir dos funcionários públicos do meu país.
Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz
a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando corrupção. O “jeitinho” se confunde com corrupção e é
transgressão, porque desiguala o que deveria ser obrigatoriamente tratado com igualdade. O que nos enlouquece
hoje no Brasil não é a existência do jeitinho como ponte negativa entre a lei e a pessoa especial que dela se livra,
mas sim a persistência de um estilo de lidar com a lei, marcadamente aristocrático, que, de certa forma, induz o
chefe, o diretor, o dono, o patrão, o governador, o presidente a passar por cima da lei. A mídia tem um papel básico
na discussão desses casos de amortecimento, esquecimento e “jeitinho”, porque ela ajuda a politizar o velho
hábito que insiste em situar certos cargos e as pessoas que os empossam como acima da lei, do mesmo modo e
pela mesma lógica de hierarquias que colocam certas pessoas (negros, pobres e mulheres) implacavelmente
debaixo da lei.
Roberto da Matta. O jeitinho brasileiro. Internet: <https://maniadehistoria.wordpress.com> (com adaptações).
RESOLUÇÃO:
Como se pode depreender do texto, o “jeitinho” está ligado ao cotidiano do brasileiro. Sem prejuízo à
sociedade, não é visto como negativo pelo autor Roberto da Matta. No entanto, a questão sociológica do “jeitinho
é apresentada como transgressão, que se confunde com corrupção, porque, segundo o texto, desiguala o que
deveria ser obrigatoriamente tratado com igualdade. Dessa forma, como afirma a questão, o “jeitinho” é uma
transgressão de uma lei ou de uma regra que deveria aplicar-se igualmente a todos os cidadãos. Portanto, em
ambos os casos, positivo ou negativo, o “jeitinho” é sempre uma transgressão à regra, à lei.
Resposta: CERTO
A mídia, segundo o texto, tem destacada importância no que tange à forma como muitos brasileiros fazem
uso, de forma persistente, desse “jeitinho”, que o autor considera “marcadamente aristocrático”. Assim, ao
contrário do que afirma a questão, a mídia não desmonta uma “lógica naturalizada”, que é o “jeitinho”, visto que
acaba por contribuir para o fortalecimento dessa lógica.
Resposta: ERRADO
RESOLUÇÃO:
O texto deixa claro que existe a caracterização do “jeitinho brasileiro” como um comportamento ético ou
antiético, a depender das suas consequências. Observa-se, por exemplo, no primeiro parágrafo, que o “jeitinho”
não é antiético se não causa prejuízo à sociedade. Embora se trate de uma transgressão, não é visto como
negativo. No entanto, na sequência do texto, o autor disserta sobre o “jeitinho” antiético, aquele em que a
transgressão se confunde com corrupção. Nesse caso, é antiético porque a sociedade em geral perde com esse
tipo de comportamento tão alicerçado no seio social brasileiro.
Resposta: CERTO
“Como se dá que ritmos e melodias, embora tão somente sons, se assemelhem a estados da alma?”, pergunta
Aristóteles. Há pessoas que não suportam a música; mas há também uma venerável linhagem de moralistas que
não suporta a ideia do que a música é capaz de suscitar nos ouvintes. Platão condenou certas escalas e ritmos
musicais e propôs que fossem banidos da cidade ideal. Santo Agostinho confessou-se vulnerável aos “prazeres do
ouvido” e se penitenciou por sua irrefreável propensão ao “pecado da lascívia musical”. Calvino alerta os fiéis
contra os perigos do caos, volúpia e emefinação que ela provoca. Descartes temia que a música pudesse
superexcitar a imaginação.
O que todo esse medo da música – ou de certos tipos de música – sugere? O vigor e o tom dos ataques traem o
melindre. Eles revelam não só aquilo que afirmam – a crença num suposto perigo moral da música −, mas também
o que deixam transparecer. O pavor pressupõe uma viva percepção da ameaça. Será exagero, portanto, detectar
nesses ataques um índice da especial força da sensualidade justamente naqueles que tanto se empenharam em
preveni-la e erradicá-la nos outros?
O que mais violentamente repudiamos está em nós mesmos. Por vias oblíquas ou com plena ciência do fato,
nossos respeitáveis moralistas sabiam muito bem do que estavam falando.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 23-24)
b) a incapacidade que todos manifestam de se sentirem de algum modo tocados pelos elementos da música que
julgam nocivos à moralidade.
c) o reconhecimento comum de que a música, ao propiciar momentos tão agradáveis, distrai os homens de suas
responsabilidades profissionais.
d) o repúdio ao que há justamente de prazeroso e encantatório na música, o que revela que também eles são
sensíveis aos efeitos dessa arte.
e) a crítica que fazem todos ao culto do ócio e da improdutividade, vícios que esses moralistas acusam a arte
musical de disseminar entre todos nós.
RESOLUÇÃO
Letra A - ERRADA – A aversão manifestada não é pelo poder democrático embutido na música, mas sim
pelas sensações contrárias a um moralismo que ela é capaz de despertar até mesmo nesses críticos.
Letra B – ERRADA – Os críticos não se mostram incapazes de se sentir tocados pela música, segundo o autor
do texto. Na verdade, é pelo fato de eles se sentirem tocados que reagem de forma adversa.
Letra C – ERRADA – Trata-se de uma extrapolação textual. Em nenhum momento se faz menção à distração
de responsabilidades profissionais. O que se alega é que a música é capaz de despertar nas pessoas sentimentos
que vão de encontro a um moralismo.
Letra D – CERTA – Exato! Segundo o autor, os críticos que repudiam os efeitos contrários à moral presentes
na música se mostram vulneráveis. Como resposta, adotam o ataque e o repúdio.
Letra E – ERRADA – Trata-se novamente de uma extrapolação. Em nenhum momento se faz menção aos
efeitos de ócio e improdutividade decorrentes da música.
Resposta: D
O trecho em destaque dá a entender que a força dos ataques à musica desprendidos pelos críticos moralistas
evidencia a vulnerabilidade destes. Em outras palavras, eles combatem sensações que eles próprios não são
capazes de evitar. Essa reação de repúdio revela, assim, um sentimento de medo e fragilidade. Os críticos atacam
aquilo que não conseguem deixar de praticar.
É esse o argumento presente na letra E.
Resposta: E
( ) CERTO ( ) ERRADO
RESOLUÇÃO
De fato, a palavra “acúmulo” é um substantivo e se acentua devido a ser proparoxítona.
Se retirarmos o acento gráfico, teremos a palavra “acumulo”, cuja sílaba tônica é a penúltima - MU.
Resposta: CERTO
O Juca era da categoria das chamadas pessoas sensíveis, dessas a que tudo lhes toca e tange. Se a gente lhe
perguntasse: “Como vais, Juca?”, ao que qualquer pessoa normal responderia “Bem, obrigado!” — com o Juca a
coisa não era assim tão simples. Primeiro fazia uma cara de indecisão, depois um sorriso triste contrabalançado
por um olhar heroicamente exultante, até que esse exame de consciência era cortado pela voz do interlocutor, que
começava a falar chãmente em outras coisas, que, aliás, o Juca não estava ouvindo... Porque as pessoas sensíveis
são as criaturas mais egoístas, mais coriáceas, mais impenetráveis do reino animal. Pois, meus amigos, da última
vez que vi o Juca, o impasse continuava... E que impasse!
Mário Quintana Prosa & Verso Porto Alegre: Globo, 1978, p 65 (com adaptações)
Com relação às estruturas linguísticas e aos sentidos do texto, julgue o item a seguir.
Caso o advérbio “heroicamente” fosse deslocado para logo após “contrabalançado”, haveria alteração de sentido
do texto, embora fosse preservada sua correção gramatical.
( ) CERTO ( ) ERRADO
RESOLUÇÃO:
Para entender a questão, é preciso lembrar que o advérbio é a classe de palavra invariável que modifica o
sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio. Assim, a alteração de sentido na frase, com a mudança de
posição do advérbio, reside no fato de a palavra “heroicamente” passar a modificar o sentido de
“contrabalançado”. Dessa forma, o “sorriso triste” passa a ser “contrabalançado” agora de modo heroico.
Resposta: CERTO
Estas memórias ficariam injustificavelmente incompletas se nelas eu não narrasse, ainda que de modo breve, as
andanças em que me tenho largado pelo mundo na companhia de minha mulher e de meus fantasmas particulares.
Desde criança fui possuído pelo demônio das viagens. Essa encantada curiosidade de conhecer alheias terras e
povos visitou-me repetidamente a mocidade e a idade madura. Mesmo agora, quando já diviso a brumosa porta
da casa dos setenta, um convite à viagem tem ainda o poder de incendiar-me a fantasia.
Erico Veríssimo. Solo de clarineta: memórias. Porto Alegre: Globo, v. 2, 1976, p. 57-58 (com adaptações).
Com relação ao trecho “incendiar-me a fantasia”, do texto 1A9AAA, é correto interpretar a partícula “me”
como o
a) agente da ação de “incendiar”.
e) destinatário de “fantasia”.
RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA A: O pronome “me” seria agente da ação de “incendiar” se ele exercesse a função de sujeito
desse verbo.
ALTERNATIVA B: O termo paciente do verbo “incendiar” é todo o complemento verbal, ou seja, todo o
objeto direto, que é o termo “me a fantasia”, no qual o “me” tem valor possessivo, funcionando como adjunto
adnominal de “fantasia”.
ALTERNATIVA C: Trata-se de um termo que sofre ação por ser parte do complemento verbal. Não se trata
de ser prejudicado, mas apenas de sofrer ação de um verbo transitivo.
ALTERNATIVA D: O pronome oblíquo “me” tem valor de pronome possessivo, por isso ele é o “possuidor
da fantasia”. Ele pode ser corretamente substituído pelo pronome “minha”.
ALTERNATIVA E: O pronome “me” não é destinatário de “fantasia”. A ideia presente nele é de posse.
Resposta: D
b) teria invertido.
c) invertesse.
d) havia invertido.
e) houve de inverter
RESOLUÇÃO:
A forma “invertera” corresponde ao pretérito mais-que-perfeito do indicativo, cuja forma composta é “tinha
(havia) invertido”.
Resposta: D
ideal de perfeição. Mas nem tudo. Pelo contrário, várias das ideias que revolucionaram nossa produção artística e
científica vieram justamente da exaltação do imperfeito, ou pelo menos da percepção de sua importância.
Nas artes, exemplos de rompimento com a busca da perfeição são fáceis de encontrar. De certa forma, toda a
pintura moderna é ou foi baseada nesse esforço de explorar o imperfeito. Romper com o perfeito passou a ser uma
outra possibilidade de ser belo, como ocorre na música atonal ou na escultura abstrata, em que se encontram
novas perspectivas de avaliação do que seja harmônico ou simétrico. Na física moderna, o imperfeito ocupa um
lugar de honra. De fato, se a Natureza fosse perfeita, o Universo seria um lugar extremamente sem graça. Do
microcosmo das partículas elementares da matéria ao macrocosmo das galáxias e mesmo no Universo como um
todo, a imperfeição é fundamental. A estrutura hexagonal dos flocos de neve é uma manifestação de simetrias
que existem no nível molecular, mas, ao mesmo tempo, dois flocos de neve jamais serão perfeitamente iguais.
Não faltam razões, enfim, para que nos aceitemos como seres imperfeitos. Por que não?
(Adaptado de: GLEISER, Marcelo. Retalhos cósmicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 189-190)
Numa reelaboração de um segmento do texto, mantêm-se a correção da frase e uma adequada correlação entre
os tempos e modos verbais em:
a) Em algumas religiões, tomávamos consciência de que o nosso objetivo era chegar ao paraíso, visto como um
espaço de plenitude e perfeição.
b) Algumas teses de que iriam revolucionar a produção artística têm a haver com a incorporação, das formas
imperfeitas.
c) Muitos casos de ruptura com a sede de perfeição verifica-se na exploração de novos modelos artísticos, aonde
predominasse a imperfeição.
d) Se numa relação afetiva entre duas pessoas poderiam ocorrer discensões, o que de fato se pretendia eram uma
troca de afetos harmoniosos.
e) Não apenas na arte, como assim também na física, o lugar do imperfeito existiria como um fator que
proporcione o equilíbrio de uma determinada estrutura.
RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA A: A redação do item está inteiramente correta, tanto na sua correção ortográfico-
gramatical como na inter-relação coesiva dos modos e tempos verbais.
ALTERNATIVA B: O período descrito nesta alternativa está incorreto por dois motivos: o uso da preposição
“de” antes do “que”, pois não há forma verbal ou nominal à direita do relativo solicitando preposição para se ligar
ao termo antecedente”; além disso, o uso de “haver” está incorreto, devendo ser substituído por “a ver”.
ALTERNATIVA C: Nesta alternativa, o verbo “verifica-se” está flexionado de forma incorreta, pois deveria
manter concordância com “muitos casos”. Note que o “se” exerce função de partícula apassivadora, pois está
ladeada de um verbo que solicita objeto direto. Além disso, o emprego de “aonde” está equivocado, pois este
retoma antecedente que expresse a ideia de lugar, o que não é o caso de “novos modelos artísticos. ”. Deve-se
empregar a forma “em que” no lugar de “aonde”. Por fim, para que haja correção com o presente do indicativo
“verificam-se”, deve-se empregar o presente do subjuntivo “predomine”.
ALTERNATIVA D: Nesta alternativa, temos dois erros: primeiro, a grafia da palavra “discensões”, quando o
correto seria “dissensões”; depois, a flexão do verbo “eram”, que deveria estar no singular pois se relaciona a “uma
troca”.
ALTERNATIVA E: Mais uma vez temos dois equívocos: primeiro, a redundância no uso de “como assim
também”, devendo ser usado apenas o “como também” ou o “assim como”; segundo, o verbo “existiria”,
conjugado no futuro do pretérito do indicativo deveria se encaixar coesivamente com o pretérito imperfeito do
subjuntivo do verbo “proporcionar”, no caso, “proporcionasse”.
Resposta: A
A degradação senil começa prematuramente com a degradação da pessoa que trabalha. Esta sociedade
pragmática não desvaloriza somente o operário, mas todo trabalhador: o médico, o professor, o esportista, o ator,
o jornalista.
Como reparar a destruição sistemática que os homens sofrem desde o nascimento, na sociedade da competição e
do lucro a qualquer preço? Cuidados geriátricos não devolvem a saúde física nem mental. A abolição dos asilos e a
construção de casas decentes para a velhice, não segregadas do mundo ativo, seria um passo à frente.
Mas haveria que sedimentar uma cultura para os velhos com interesses, trabalhos, responsabilidades que tornem
digna sua sobrevivência. Como deveria ser uma sociedade para que, na velhice, o homem permaneça um homem?
A resposta é radical para Simone de Beauvoir: “seria preciso que ele sempre tivesse sido tratado como homem”.
Para que nenhuma forma de humanidade seja excluída da Humanidade é que as minorias têm lutado, que os
grupos discriminados têm reagido. A mulher, o negro, combatem pelos seus direitos, mas o velho não tem armas.
Nós é que temos de lutar por ele.
(Adaptado de: BOSI, Ecléa. Lembranças de velhos. S. Paulo: T. A. Queiroz, 1983, p. 38-39)
Há construção na voz passiva, bem como adequada correlação entre tempos e modos verbais, na frase:
a) Se, em nossa velhice, ainda estivéssemos engajados em causas políticas maiores, bem mais digna será nossa
condição de vida.
b) Por lhes ter sido roubado o sentido mesmo de viver, os trabalhadores aposentados chegam a se desesperar com
tamanho vazio.
c) Desde que a sociedade passou a glorificar a competição e o pragmatismo, os homens veriam desvalorizados
seus ideais mais nobres.
d) Fossem outros os valores de nossa sociedade, em lugar do atual pragmatismo vicioso, outra cultura poderá
incluir com justiça os velhos trabalhadores.
e) No caso de que viesse a encontrar quem lute por ele, o velho terá reconhecido nesse apoio uma comprovação
de nossa humanidade.
RESOLUÇÃO:
ALTERNATIVA A: A redação desta alternativa está incorreta, pois o modo subjuntivo da forma verbal
“estivéssemos” pressupõe incerteza no acontecimento da ação descrita e a forma verbal “será”, futuro do
presente, dá a certeza de que o evento acontecerá. Assim sendo, a correlação entre os modos verbais constitui
incoerência.
ALTERNATIVA B: Eis a alternativa que constitui o gabarito correto. Sua redação conta não apenas com o
uso correto das correlações temporais do verbo como do uso adequado da voz passiva.
ALTERNATIVA C: O verbo “passou”, pretérito perfeito do indicativo, não pode ser associado
adequadamente ao verbo “veriam”, pois este reproduz uma possibilidade futura, não se concatenando
coerentemente com um passado já formado. Não existe correlação entre as duas formas, portanto!
ALTERNATIVA D: “Fossem”, verbo que inicia a redação dessa alternativa, pressupõe o uso do condicional
“se”, indicando que se trata de um verbo do subjuntivo, o modo da possibilidade. Só teríamos efetivamente uma
coesão temporal se fosse utilizado o verbo “poderia”, no futuro do pretérito.
ALTERNATIVA E: Alternativa incorreta. “Viesse” está conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo,
portanto deve se ligar a um verbo que indique possibilidade. No entanto, “terá” indica um evento certo no futuro,
não efetivando coesão e coerência na relação com o verbo anterior. Não existe correlação entre as duas formas,
portanto!
Resposta: B
Os termos “de gênero” (ℓ.19), “da igualdade racial” (ℓ. 19 e 20) e “dos direitos humanos” (ℓ.20) complementam a
palavra “justiça” (ℓ.19).
( ) CERTO ( ) ERRADO
RESOLUÇÃO:
A expressão “de gênero” está subordinada à palavra “justiça”. No entanto, as expressões “da igualdade
racial” e “dos direitos humanos” complementam a palavra “garantia”.
Isso é possível perceber pelo paralelismo sintático entre as expressões “da justiça de gênero”, “da igualdade
racial” e “dos direitos humanos”. Note que todas essas expressões estão construídas do mesmo jeito - preposição
“de” + artigo definido + substantivo + ...”.
Resposta: ERRADO
b) “O modo mais correto de esconder dos outros os limites do próprio saber é não ultrapassá-los jamais.”
Na letra A, ”dos nossos sentidos” exerce a função de complemento da forma verbal “desconfiar”. Trata-se de um
OBJETO INDIRETO.
Na letra B, ”dos outros” exerce a função de complemento da forma verbal “esconder”. Trata-se de um OBJETO
INDIRETO.
Na letra C, ”das alheias” exerce a função de complemento da forma verbal pronominal “lembrar-se”. Trata-se de
um OBJETO INDIRETO.
Na letra D, ”de tudo” exerce a função de complemento da forma verbal “prescindir”. Trata-se de um OBJETO
INDIRETO.
Já na letra E, ”dos seus filhos” modifica o substantivo “alegria”, estabelecendo com este um sentido de posse.
Trata-se de um ADJUNTO ADNOMINAL.
Resposta: E
RESOLUÇÃO:
Ao questionar qual opção contém um elemento que requer a preposição DE, a questão dá a entender que
está em busca de um complemento.
Sabemos que o complemento nominal está ligado a substantivos abstratos, adjetivos ou advérbios. No caso
específico de estar conectado a substantivos abstratos, o complemento nominal é alvo da ação expressa pelo
nome.
Nas letras A, B, C e D, os termos preposicionados estabelecem com os nomes relação de tipo, posse ou
especificação. Trata-se de ADJUNTOS ADNOMINAIS.
Já na letra E, o termo “de momentos difíceis” é alvo da ação expressa pelo nome “lembranças” - em outras
palavras, os momentos tristes são lembrados. Trata-se, pois, de um complemento nominal.
Resposta: E
Texto 1A1-I 1
O direito tributário brasileiro depara-se com grandes desafios, principalmente em tempos de globalização e
interdependência dos sistemas econômicos. Entre esses pontos de atenção, destacam-se três. O primeiro é a
guerra fiscal ocasionada pelo ICMS. O principal tributo em vigor, atualmente, é estadual, o que faz contribuintes e
advogados se debruçarem sobre vinte e sete diferentes legislações no país para entendê-lo. Isso se tornou um
atentado contra o princípio de simplificação, contribuindo para o incremento de uma guerra fiscal entre os
estados, que buscam alterar regras para conceder benefícios e isenções, a fim de atrair e facilitar a instalação de
novas empresas. É, portanto, um dos instrumentos mais utilizados na disputa por investimentos, gerando, com
isso, consequências negativas do ponto de vista tanto econômico quanto fiscal.
A competitividade gerada pela interdependência estadual é outro ponto. Na década de 60, a adoção do
imposto sobre valor agregado (IVA) trouxe um avanço importante para a tributação indireta, permitindo a
internacionalização das trocas de mercadorias com a facilitação da equivalência dos impostos sobre consumo e
tributação, e diminuindo as diferenças entre países. O ICMS, adotado no país, é o único caso no mundo de imposto
que, embora se pareça com o IVA, não é administrado pelo governo federal — o que dá aos estados total
autonomia para administrar, cobrar e gastar os recursos dele originados. A competência estadual do ICMS gera
ainda dificuldades na relação entre as vinte e sete unidades da Federação, dada a coexistência dos princípios de
origem e destino nas transações comerciais interestaduais, que gera a já comentada guerra fiscal.
A harmonização com os outros sistemas tributários é outro desafio que deve ser enfrentado. É preciso
integrar-se aos países do MERCOSUL, além de promover a aproximação aos padrões tributários de um mundo
globalizado e desenvolvido, principalmente quando se trata de Europa. Só assim o país recuperará o poder da
economia e poderá utilizar essa recuperação como condição para intensificar a integração com outros países e
para participar mais ativamente da globalização.
b) ao menos
c) além disso
d) até aquele tempo
e) até o presente momento
RESOLUÇÃO
A expressão “ainda” introduz uma ideia de adição. Além de dar aos estados autonomia para administrar os
recursos do ICMS, a competência estadual do ICMS gera dificuldades na relação entre as vinte e sete unidades da
Federação.
Resposta: C
determinismos, de uma solidariedade entre os acontecimentos, que a tradição materialista sistematizou sob o
nome de totalidade.
Roland Barthes. O usuário da greve. In: R. Barthes. Mitologias. Tradução de Rita Buongermino, Pedro de Souza e Rejane Janowitzer. Rio de Janeiro: DIFEL, 2007, p. 135-6 (com adaptações).
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto, se o trecho “porque incomoda” fosse substituído
por
a) porquanto incomoda.
b) à medida que incomoda.
c) a par de incomodar.
d) consoante incomode.
ALTERNATIVA B: A locução conjuntiva “à medida que” inicia oração subordinada adverbial proporcional.
Não pode, portanto, substituir a conjunção “porque”, que é causal.
ALTERNATIVA C: “A par de incomodar” traz a locução prepositiva “a par de”, que significa “estar inteirado
de”, sem relação de causa. Por essa razão, não substitui corretamente o trecho “porque incomoda”.
ALTERNATIVA D: “Consoante” indica conformidade, e não causa. Além disso, o verbo do trecho está no
modo subjuntivo.
ALTERNATIVA E: “Uma vez que incomode” traz locução conjuntiva com valor condicional (uma vez que).
Uma prova disso é o verbo do trecho flexionado no modo subjuntivo. Assim, a expressão “uma vez que”,
tipicamente causa, expressaria condição nessa reescrita proposta.
Resposta: A
( ) CERTO ( ) ERRADO
RESOLUÇÃO:
Observe o trecho “... excesso de luz urbana QUE SE INFILTRA.
Verificamos que a oração é ADJETIVA, pois o QUE em destaque é PRONOME RELATIVO, sendo possível sua
troca pela forma A QUAL. Além disso, a ADJETIVA é do tipo RESTRITIVA, pois não se encontra isolada por vírgulas!
Isso posto, dá-se a entender que NÃO É TODA A LUZ QUE SE INFILTRA NO AMBIENTE.
Fazendo a alteração proposta, transformaríamos esse trecho numa ORAÇÃO ADJETIVA EXPLICATIVA.
Lembremo-nos de que a ADJETIVA EXPLICATIVA é isolada por vírgulas, travessões ou parênteses. Sendo
explicativa, dá-se a entender que TODA A LUZ SE INFILTRA NO AMBIENTE.
Dessa forma, a alteração proposta mantém a correção gramatical, mas altera o sentido original!
O item está CERTO, portanto!
Resposta: CERTO
Hoje, a perda de ambientes naturais é maior numa região conhecida como Arco do Desmatamento, que se estende
do sul ao leste da Amazônia Legal − uma área de 5 milhões de km2 que engloba oito estados. O Arco do
Desmatamento, definido pela fronteira da expansão agropecuária − que converte grandes extensões de floresta
em pastagens −, concentra cerca de 56% da população indígena do país.
As regiões de várzea, em terrenos mais baixos, no interior da floresta amazônica, também têm atraído a atenção
do poder público durante a elaboração de estratégias de conservação do ecossistema. Boa parte dessa região é
inundada pelas chamadas águas brancas, de origem andina, ricas em sedimentos e nutrientes. Nesses trechos, a
vegetação tende a ser mais abundante. Devido a essa riqueza em recursos naturais, as florestas de várzea sofrem
mais com a constante ocupação humana. Todas as grandes cidades amazônicas, e boa parte das pequenas, estão
localizadas nessas áreas.
(Adaptado de: ANDRADE, Rodrigo de Oliveira, Pesquisa Fapesp, outubro de 2013. p. 58-60)
... que podem representar uma das principais ameaças à conservação do ecossistema ... (Texto I, 2o parágrafo)
O sinal indicativo de crase deverá permanecer, como no exemplo acima, caso o segmento grifado seja substituído
por:
RESOLUÇÃO
ALTERNATIVA A – ERRADA – Não se emprega crase antes de palavra masculina, como é o caso do
substantivo “componente”.
ALTERNATIVA B – ERRADA – Não se emprega crase antes de pronome indefinido, como é o caso de
“alguma”.
ALTERNATIVA C – ERRADA – Não se emprega crase antes de pronome indefinido, como é o caso de
“qualquer”.
ALTERNATIVA D – ERRADA – Não se emprega crase antes de palavra masculina, como é o caso de
“respeito”.
ALTERNATIVA E – CERTA – Deve-se empregar a crase, haja vista que ocorre a fusão da preposição “a” –
requerida pela regência do substantivo “ameaças” (ameaças a algo) – com o artigo “a” – requerido pelo substantivo
“pesquisa”.
Resposta: E
A história da cultura renascentista ilustra com clareza o processo de construção cultural do homem moderno e da
sociedade contemporânea. Nela se manifestam, já muito dinâmicos e predominantes, os germes do
individualismo, do racionalismo e da ambição ilimitada, típicos de comportamentos mais imperativos e
representativos do nosso tempo. Ela consagra a vitória da razão abstrata, que é a instância suprema de toda a
cultura moderna, versada no rigor das matemáticas que passarão a reger os sistemas de controle do tempo e do
espaço. Será essa mesma razão abstrata que estará presente na própria constituição da chamada identidade
nacional. Ela é a nova versão do poder dominante e será consubstanciada no Estado Moderno, entidade
controladora e disciplinadora por excelência, que impõe à sociedade um padrão único, monolítico e intransigente.
Isso, contraditoriamente, fará brotar um anseio de liberdade e autonomia do espírito, certamente o mais belo
legado do Renascimento à atualidade.
a sociedade dos mercadores, organizada por princípios como a liberdade de iniciativas, a cobiça e a potencialidade
do homem, compreendido como senhor da natureza, destinado a dominá-la e a submetê-la à sua vontade. O
Renascimento, portanto, é a emanação da riqueza e seus maiores compromissos serão para com ela.
(Adaptado de: SEVCENKO, Nicolau. O renascimento. São Paulo: Atual; Campinas: Universidade Estadual de
Campinas, 1982. p. 2 e 3)
O sinal indicativo de crase pode ser corretamente suprimido, sem prejuízo para a correção e o sentido original
do texto, em:
a) ... à opressão e ao obscurantismo...
b) ... o mais belo legado do Renascimento à atualidade.
RESOLUÇÃO
ALTERNATIVA D – CERTA – É facultativo o emprego da crase no trecho. A preposição “a” é garantida pela
regência do verbo “submeter” (submeter a algo). Já a presença do artigo “a” é facultativa antes do pronome
possessivo feminino “sua”. Dessa forma, é possível dispensar o acento grave, sem qualquer prejuízo à correção
gramatical.
ALTERNATIVA E – ERRADA - É obrigatório o emprego da crase, haja vista que ocorre a fusão da preposição
“a” – requerida pela regência do “impor” (impor algo a alguém) – com o artigo “a” – solicitado pelo substantivo
“sociedade”.
Resposta: D
a) a − às − à − a
b) à − as − a − à
c) a − as − à − a
d) à − às − a − à
e) a − às − a – a
RESOLUÇÃO
O primeiro espaço deve ser preenchido com “à”, haja vista que a locução “a distância” é empregada com
acento indicador de crase, quando é especificada a distância. Caso contrário, não havendo a especificação, não se
emprega a crase.
O segundo espaço deve ser preenchido com “as”, haja vista que “as tardes” é objeto direto da forma verbal
“passava”.
O terceiro espaço deve ser preenchido com a preposição “a”. Como não há artigo definido em “de uma
praça”, não haverá também artigo antes de “outra”.
Por fim, o último espaço deve ser preenchido com “à”, haja vista que ocorre a fusão da preposição “a” –
requerida pela regência da forma verbal “entregue” (entregue a algo) – com o artigo “a” – solicitado pelo
substantivo “discrição”.
Resposta: B
A maioria dos laboratórios acredita que o acúmulo de trabalho é o maior problema que enfrentam...
O sujeito da forma verbal “acredita” é formado pela expressão partitiva “A maioria de”. Dessa forma, duas
concordâncias são possíveis: a primeira com a expressão “A maioria de”, resultando na forma singular “acredita”;
a segunda com os componentes da expressão partitiva “laboratórios”, resultando na forma plural “acreditam”.
Resposta: CERTO
II. As formas pronominais presentes em “geri-la” (R.9) e “financiá-la” (R.10) possuem referentes distintos no texto.
III. O referente da forma pronominal “ele” (R.18) é a expressão “o poder de tributar” (R.17).
IV. A inserção do sinal indicativo de crase em “a usurpação” (R.19) não prejudicaria a correção gramatical do texto.
Estão certos apenas os itens
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
RESOLUÇÃO:
I – O referente da forma verbal “passassem”…
A afirmação I está correta. Isso fica bem claro no trecho “… foi possível que as pessoas deixassem de viver
no que Hobbes definiu como estado natural … (as pessoas) passassem a viver…”
II – As formas pronominais em “geri-la” e “financiá-la”…
A afirmação III está correta. Isso fica bem claro no trecho “… a condição necessária (mas não suficiente)
para que o poder de tributar seja legítimo é que ele (=o poder de tributar) emane do Estado…”.
A afirmação IV está incorreta, pois o trecho resultante “seria comparável à usurpação ou roubo” quebraria o
paralelismo sintático, haja vista que ocorre artigo antes de “usurpação” e não o ocorre antes de “roubo”. Para que
fosse possível a crase, o trecho deveria ser grafado assim: “seria comparável à usurpação ou ao roubo”.
Resposta: A
RESOLUÇÃO:
Exato!
O texto discorre sobre as atividades de inteligência e contrainteligência, sem emitir juízo de valor acerca
delas. Restringe-se a expor informações acerca das duas atividades. É, portanto, predominantemente expositivo.
Resposta: CERTO
No pensamento filosófico da Antiguidade, a dignidade (dignitas) da pessoa humana era alcançada pela posição
social ocupada pelo indivíduo, bem como pelo grau de reconhecimento dos demais membros da comunidade. A
partir disso, poder-se-ia falar em uma quantificação (hierarquia.) da dignidade, o que permitia admitir a existência
de pessoas mais dignas ou menos dignas.
Frise-se que foi a partir das formulações de Cícero que a compreensão de dignidade ficou desvinculada da posição
social. O filósofo conferiu à dignidade da pessoa humana um sentido mais amplo ligado à natureza humana: todos
estão sujeitos às mesmas leis da natureza, que proíbem que uns prejudiquem aos outros.
No círculo de pensamento jusnaturalista dos séculos XVII e XVIII, a concepção da dignidade da pessoa humana
passa por um procedimento de racionalização e secularização, mantendo-se, porém, a noção básica da igualdade
de todos os homens em dignidade e liberdade. Nesse período, destaca-se a concepção de Emmanuel Kant de que
a autonomia ética do ser humano é o fundamento da dignidade do homem. Incensurável é a permanência da
concepção kantiana no sentido de que a dignidade da pessoa humana repudia toda e qualquer espécie de
coisificação e instrumentalização do ser humano.
Antonio da Rocha Lourenço Neto. Direito e humanismo: visão filosófica, literária e histórica. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2013, p.148-9 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1AAA, julgue o item.
Seria mantida a coerência do texto se o trecho “a partir das” fosse substituído ou por com base nas ou por desde
as, embora essas duas expressões tenham sentidos distintos.
( ) CERTO ( ) ERRADO
RESOLUÇÃO:
A coerência diz respeito ao sentido do enunciado. Assim, o sentido da frase não estaria comprometido com
a substituição de “a partir das” (que indica tempo) por “com base nas” (conformidade) ou “desde as” (tempo).
Embora a ideia de tempo não exista no primeiro substituto, a coerência da frase não fica comprometida.
Resposta: CERTO
III. Dentro de poucos dias, farei uma visita à sua exposição de fotos.
A supressão da vírgula altera o sentido do que está em
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, apenas.
RESOLUÇÃO:
Em I, a oração “que suplantaram os pintores” é adjetiva explicativa. Dá-se a entender na redação original que
todos os fotógrafos suplantaram os maus pintores. Se suprimirmos a vírgula, a oração se converte em adjetiva
restritiva, dando a entender que somente alguns fotógrafos suplantaram os maus pintores. Ocorre, portanto,
alteração de sentido com a mudança proposta.
Em II, a ausência da vírgula torna errada a frase, haja vista que o elemento “Desde o século passado” é
adjunto adverbial de tempo deslocado, requerendo, assim, o emprego da vírgula. No entanto, o sentido não sofre
alterações.
Em III, ocorre o mesmo. A ausência da vírgula necessária para isolar o elemento adverbial deslocado não
implica alterações no sentido original.
Resposta: E
MUITO OBRIGADO!
SUCESSO!
QUE VENHA A PROVA!