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SUMÁRIO
PORTUGUÊS
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
ORTOGRAFIA
USO DO HÍFEN
NOÇÕES DE FONOLOGIA
Fonologia é estudar os FONEMAS, que nada mais são do que os SONS que formam nossas
palavras. consiste em diagnosticar numa palavra quantas são suas letras e quantos são seus
fonemas.
É isso que ocorre em palavras como CASA (são 4 letras e 4 fonemas); COPO (são 4 letras e 4
fonemas), por exemplo.
CASA COPO
C A S A C O P O
Em algumas situações diferentes, essa paridade de uma letra e um fonema não vai ocorrer.
Vejamos os seguintes exemplos:
HOJE
O J E
Perceba que o "H" não emite som algum, não sendo contabilizado como fonema. Ou seja, são 4
letras e 3 fonemas.
CH A V E
X A V E
Perceba que o "CH" emite som de "X", não sendo contabilizado como fonema. Ou seja, são 5
letras e 4 fonemas. É Justamente isso que chamamos de DÍGRAFO.
DÍGRAFO
O DÍGRAFO ocorre quando 2(DUAS) LETRAS equivalem a apenas 1(UM) FONEMA.
No entanto,
a) se houver “H” iniciando a palavra, contabiliza-se 1(um) fonema a menos;
b) se houver dígrafos, contabiliza-se 1(um) fonema a menos para cada dígrafo presente;
c) se houver dífono (x = /k//s/), contabiliza-se 1(um) fonema a mais para cada dígrafo presente;
SÍLABA
QUAIS OS PRÉ-REQUISITOS PARA FORMAR SÍLABA?
O primeiro pré-requisito é que haja vogal! Não existe sílaba apenas com consoante.
Geralmente, a primeira escolha é separar assim: BÍ – CE – PS. Está correto? NÃO, pois o PS
não pode vir sozinho, por ausência de uma vogal.
Dessa forma, a palavra BÍCEPS é dissílaba e assim se separa: BÍ – CEPS.
O segundo pré-requisito é que a separação silábica deve ser resultado direto da pronúncia!
Por exemplo, quando pensamos em realizar a divisão silábica da palavra PNEU, à primeira vista
para correto P-NEU.
A pronúncia correta é PNEU e não PNEÚ. Portanto, temos uma vogal + Semivogal!
A diferença está no final. Sem acento, separamos as duas letras vogais; com acento, juntamos
as duas vogais.
ne-GÓ-cio x ne-go-CI-o
se-cre-TÁ-ria x se-cre-ta-RI-a
ne-gli-GÊN-cia x ne-gli-gen-CI-a
pro-vi-DÊN-cia x pro-vi-den-CI-a
Sendo a separação silábica resultado direto da pronúncia, deve-se atentar para a separação
dos prefixos. No caso de o final do prefixo coincidir com o final da sílaba, não há problemas; no
entanto, se a sílaba findar antes de findado o prefixo, este será separado.
Já os dígrafos ch, nh, lh, gu, qu e os dígrafos vocálicos permanecem na mesma sílaba.
Na palavra PNEU, quem é pronunciado de forma mais intensa: a letra E ou a letra U? A letra E,
confere? Logo, a letra E, que é a mais fortemente pronunciada, corresponde ao fonema
VOGAL. E a letra U, que perde a disputa, corresponde ao fonema SEMIVOGAL.
Semivogal, por ser de pronúncia mais fraca, muitas vezes, é omitida na pronúncia do dia a dia.
No cotidiano da fala, a palavra “ EIxe” vira “pExe”; a palavra “negócIO” vira “negoçO”
Vale ressaltar que a única certeza é de que a letra A sempre corresponderá ao fonema
VOGAL. As demais letras – E, I, O e U – ocasionalmente podem funcionar como vogal;
ocasionalmente como semivogal.
Será sempre
uma vogal
No caso dos encontros consonantais, o “PR” presente na palavra “PRATO” forma encontro
consonantal na mesma sílaba (PRA - TO). Algumas bancas denominam esse encontro de
consonantal puro ou próprio. Já o “SC” presente na palavra “ESCADA” forma encontro
consonantal em sílabas distintas (ES – CA - DA). Algumas bancas denominam esse encontro
de consonantal impuro ou impróprio.
No caso dos encontros vocálicos, temos três possibilidades: ditongos, tritongos e hiatos.
DITONGOS
Vejamos exemplos de ditongo: pnEU, cAI – xa; se-cre-tá-rIA, ne-gó-cIO, ma-mÃE, ir-mÃO,
etc.
O ditongo pode ser classificado como ORAL ou NASAL. Neste último, a vogal estará nasalizada
pelo til, que pode aparecer explícito na palavra ou oculto.
Nos exemplos apresentados, tem-se ditongos orais em pnEU, cAI – xa; se-cre-tá-rIA, ne-gó-
cIO. Já ditongos nasais estão presentes em ma-mÃE, ir-mÃO.
Outro critério de classificação do ditongo diz respeito ao fato de ele ser CRESCENTE ou
DECRESCENTE.
O CRESCENTE parte da semivogal (de intensidade mais fraca) e termina com a vogal (de
intensidade mais forte), ou seja, ele sai do mais fraco e termina com o mais forte, ou seja, ele
cresce. Já o DECRESCENTE parte da vogal (de intensidade mais forte) e termina com a
semivogal (de intensidade mais fraca), ou seja, ele sai do mais forte e termina com o mais fraco,
ou seja, ele decresce.
CRESCENTE DECRESCENTE
DA SEMIVOGAL DA VOGAL
PARA A VOGAL PARA A
SEMIVOGAL
Á-GUA CHA-PÉU
TRITONGOS
Os TRITONGOS consistem no encontro na mesma sílaba de semivogal, vogal e semivogal
nesta ordem (SV-V-SV).
Aqui vale um alerta para não confundir o encontro de três letras vogais com o
encontro de três sons vocálicos. Na palavra qUEIjo, há três letras vogais lado a
lado na mesma sílaba, mas não há três sons vocálicos, haja vista que o U não é
pronunciado, pois forma com a letra Q o dígrafo QU.
HIATOS
Por fim, o HIATO, importante encontro vocálico que será alvo de uma bastante cobrada
regrinha de acentuação que mais à frente detalharemos.
Os HIATOS consistem no encontro de duas vogais (V-V). Como duas vogais não cabem numa
única sílaba, as vogais do hiato serão vizinhas, porém em sílabas diferentes.
É o que ocorre em se – cre – ta – rI – A; pa – da – rI – A; vI – Ú – va; fA – Ís – ca, etc.
Em palavras como PRAIA, temos a vogal /A/, a semivogal /I/ e novamente a vogal /A/. Na
separação silábica, convencionou-se que a semivogal fica com a primeira vogal, resultando em:
PRAI - A
Muitas gramáticas denominam esse fato como um “falso hiato” e o tratam, para efeito de
acentuação gráfica, da mesma forma que um hiato tradicional
Vale ressaltar que falsos hiatos sofreram mudança de acentuação, o que detalharemos na seção
seguinte. Só para antecipar, a palavra “feiura” antes tinha acento, e agora não mais. Mas “Piauí”,
que já tinha, continua com acento.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Primeiramente, temos que distinguir entre acento tônico e acento gráfico. O primeiro serve
para indicar onde incide a sílaba tônica na palavra. O segundo se aplica na sílaba tônica,
podendo ser de dois tipos: acento agudo (´) e circunflexo (^).
Porém, nem sempre o acento tônico corresponde a um acento gráfico. Praticamente toda
palavra possui acento tônico (Exceção: monossílabos átonos), ou seja, toda palavra possui uma
sílaba tônica, mas nem toda palavra possui acento gráfico. É necessário, portanto, estabelecer
critérios para acentuar graficamente as palavras.
Temos na língua muitas paroxítonas, são a maioria: série, júri, influência, repórter, hífen, item,
homens, etc. SÃO ACENTUADAS TODAS, MENOS AS TERMINADAS EM A - E- O - EM -
ENS.
Depois vêm as oxítonas: café, caju, Itu, português, freguês, etc. Mais uma vez, nem todas são
acentuadas graficamente. SÃO ACENTUADAS TODAS AS TERMINADAS AS TERMINADAS
EM A - E - O - EM - ENS.
As mais raras são as proparoxítonas: lâmpada, límpido, repórteres, cárcere, vértice, etc. Note
que todas são acentuadas graficamente.
Atenção!
Incluem-se na regra residual geral as paroxítonas terminadas em “ão(s), ã(s)”. Elas serão
acentuadas, como se observa em órgão, órfão, órfã, ímã, bênção, etc.
Não se incluem nessa regra residual geral as formas verbais de final “am”. Elas não serão
acentuadas, como se observa em cantam, amam, fizeram, amaram, etc.
Não se incluem nessa regra residual geral prefixos, como super, hiper, inter, semi, mini, etc.
Vejo muitos acentuando “ítem”. Está errado. Veja bem, “item” (grafia correta) é palavra
paroxítona dissílaba (i - tem). São as oxítonas terminadas em -em que são acentuadas,
não as paroxítonas.
Da mesma forma “itens” não é acentuado. São as oxítonas terminadas em -ens que são
acentuadas, não as paroxítonas.
Uma palavra que causa muita confusão é “hífen”, que leva acento por ser uma
paroxítona terminada em “EN”. Não é EM nem ENS, portanto leva acento!
No entanto, quando a passamos para o plural, ela perde o acento, pois, de acordo com a
grande regra residual geral de acentuação das paroxítonas, não se acentuam as
terminadas em EM e ENS. Cuidado, pois “hifens” não tem acento!
Resumindo:
item >> sem acento hífen >> com acento
itens >> sem acento hifens >> sem acento
ATENÇÃO!!!
tionam ia, a
áticos ques te majoritár
Alguns gram es em final Pela corren de ss as
cresce nt lábi ca
os ditongos separação si ló-ria”,
propondo o e- m ó- ria ”, “g
de palavra, palavras é “m
to Elas
desf imen
az “his-tó-ria”.
o em hiato. ente por
nver sã as graf am
ic
destes e a co
tiva de são acentuad inadas
a a ju ca
st ifi xítonas term
Isso impact como serem paro
em pa la vr as em ditongo.
acentuação ”,
“glória
“memória”,
c.
“história”, et
Regras Especiais
Regra do Hiato
Coloca-se acento nas vogais i e u, tônicas, que formam hiato com a VOGAL ANTERIOR.
Detalhe: essas vogais precisam estar isoladas na sílaba ou acompanhadas de “s”.
Exemplos:
sa-í-da,
sa-ís-te,
sa-ú-de,
ba-la-ús-tre,
ba-ú,
ra-í-zes,
ju-í-zes,
Lu-ís,
pa-ís,
He-lo-í-sa,
Ja-ú.
Se as vogais “i” e “u” não estiverem isoladas ou acompanhadas do “s”, não incidirá o acento.
Observe:
Ra-ul,
ru-im,
ju-iz.
A palavra juiz não tem acento, mas juízes sim. O mesmo acontece com raiz (sem acento) e
raízes (com acento).
IMPORTANTE!
Somente se acentuam os falsos hiatos em oxítonas, e não mais em paroxítonas. Para ficar mais
claro, eis dois exemplos: Piauí e Feiura.
PI-AU-Í FEI-U-RA
V SV V V SV V
Em ambas ocorre o falso hiato, que consiste no encontro V-SV-V. Veja que as condições para
aplicação da regra do hiato estão todas satisfeitas: hiatos i e u tônicos, sozinhos formando
sílaba, sem nh na sílaba seguinte. Por que, então, uma permaneceu com acento e a outra o
perdeu?
Com o advento do Novo Acordo, não mais acentuaremos falsos hiatos tônicos em paroxítonas.
Somente o faremos nas oxítonas. Exemplos:
Outra maneira de decorar é a seguinte: NÃO se acentuam hiatos I e U tônicos após ditongos
decrescentes em paroxítonas. É o caso de fEI – U – ra, Bo – cAI – U – va, SAU – I – pe, etc.
Justamente, são os casos de falsos hiatos em paroxítonas.
Acento Diferencial
O Novo Acordo Ortográfico acabou com alguns acentos diferenciais. E os acentos que
sumiram eram acentos que ninguém mais usava, como pára (verbo)/para (preposição); pera
(contração arcaica)/pêra (fruta); polo/pólo; pêlo/pélo/pelo, etc
Dessa forma, grafa-se hoje “para” (sem acento) tanto para indicar a preposição como a flexão
do verbo parar; “pera” (sem acento), para se referir à fruta; “polo” sem acento; e “pelo” sem
acento.
Monossílabos Tônicos
Os primeiros não têm autonomia para serem usados sozinhos, estando ligados a uma outra
palavra. É o que ocorre com os pronomes oblíquos átonos - me, te, lhe, o, a ... -, preposições e
conjunções – mas, de, com, por, ...
Já os tônicos têm autonomia como palavra, possuindo significado próprio ou sendo solicitados
por preposição. É o caso de substantivos, adjetivos, advérbios, verbos, pronomes oblíquos
tônicos - sol, más, mim, ti, pé, pó, lá, pôr, ...
Ortoepia e Prosódia
Duas seções da Gramática, relacionadas ao tópico Acentuação Gráfica, que são cobrados de
forma indireta nas provas: Ortoepia e Prosódia.
A primeira estuda a pronúncia correta das palavras, ao passo que a segunda identifica a correta
posição da sílaba tônica.
Algumas palavras precisam ser decoradas:
São oxítonas: Nobel, cateter, ureter, mister (É mister = É necessário), ruim, sutil, etc.
São paroxítonas: látex, gratuito, filantropo, pudico, fluido, rubrica, etc.
São proparoxítonas: aerólito, ínterim, âmago, ímprobo, etc.
palavras de dupla prosódia são palavras que admitem mais de uma posição para sílaba tônica! A
principal é a palavra “xérox”, que admite a pronúncia “xerox”. Tanto pode ser paroxítona, como
oxítona. Outras palavras que se destacam: acróbata ou acrobata; hieróglifo ou hieroglifo; zangão
ou zângão; Oceânia ou Oceania; ambrósia ou ambrosia, réptil ou reptil, projétil ou projetil, etc.
Interessante o plural das formas réptil ou reptil; projétil ou projetil: répteis ou reptis; projéteis
ou projetis.
Ortografia
Uso do s, ss, ç
Uma das intenções da casa de detenção é levar o que cometeu graves infrações a alcançar a
introspecção, por intermédio da reeducação.
Cuidado com a palavra EXCEÇÃO! Como eu disse, é aquela palavra cadeira cativa em qualquer
prova de concurso. Não são poucos que a erram, muito provavelmente induzidos por uma
aparente semelhança com EXCESSO.
Vale ainda citar o emprego do “ç” quando houver som de “s” após ditongo.
Exemplos: eleição, traição, feição.
Só tome cuidado, meu amigo, com “juíza”, grafada com “z” por ser feminino de
“juiz”.
IMPORTANTE
Além dessas regras, destaco uma importantíssima, bastante
presente no dia a dia. Usa-se s na conjugação dos
verbos PÔR, QUERER, USAR.
Quantas vezes você já viu grafias como “quiz”, “quizesse”, etc.!
pôs, pusesse, puser quis, quisesse, quiser, usou, usava, usasse
Usa-se o sufixo indicador de diminutivo "INHO" com s quando esta letra fizer parte do radical
da palavra de origem; com z quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em s:
Exemplos:
“Teresa” tem “s”, logo “Teresinha” se grafa com “s”.
“casa” tem “s”, logo “casinha” se grafa com “s”.
“mulher” não tem “s”, logo “mulherzinha” se grafa com “z”.
“pão” não tem “s”, logo “pãozinho” se grafa com “z”.
Qual o critério para grafar “improvisar” com “s” e “aterrorizar” com “z”? Quando se
deve empregar a terminação verbal “-isar” ou “-izar”?
Os verbos terminados em ISAR serão escritos com s quando esta letra fizer parte do
radical da palavra de origem; os terminados em IZAR serão escritos com z quando a
palavra de origem não tiver o radical terminado em s.
Exemplos:
“improviso” tem “s”, logo “improvisar” se grafa com “s”.
“análise” tem “s”, logo “analisar” se grafa com “s”.
“pesquisa” tem “s”, logo “pesquisar” se grafa com “s”.
“terror” não tem “s”, logo “aterrorizar” se grafa com “z”.
“útil” não tem “s”, logo “utilizar” se grafa com “z”.
“economia” não tem “s”, logo “economizar” se grafa com “z”.
Qual o critério para grafar “camponês” e “inglês” com “s” e “embriaguez” com “z”?
Quando se deve empregar a terminação “-ês” e “esa” ou “-ez” e “-eza”?
As palavras terminadas em ÊS e ESA serão escritas com s quando indicarem origem, estado
social, nacionalidade, títulos.
Exemplos:
embriaguez – estado de que está embriagado;
limpeza – qualidade daquilo que é limpo;
riqueza – qualidade de quem é rico
beleza – qualidade de quem é belo
Exemplos:
viajar = espero que eles viajem
encorajar = para que eles se encorajem
enferrujar = que não se enferrujem as portas
O emprego do “x” e do “ch” pode ser sintetizado facilmente. Aqui precisamos ficar mais atentos
com as exceções do que propriamente com as regras. Vejamos:
Emprega-se no fim de frases interrogativas (equivale a por que motivo). Observe: Ele saiu
cedo, por quê?
Você não aceitou minha sugestão. Por quê?
Emprega-se como conjunção, geralmente causal ou explicativa. Neste caso pode ser
substituído pela conjunção pois. É a resposta da pergunta. Observe:
Emprega-se como substantivo, equivalendo “o motivo”, “a razão”. Uma dica para se identificar
melhor o emprego dessa forma é verificar se há algum determinante acompanhando o porquê.
Como assim? Um artigo, um pronome adjetivo, um numeral, enfim, qualquer palavra que seja
empregada para acompanhar substantivos.
Observe:
Vale a pena ressaltar alguns detalhes de grafia relativos a verbos. Primeiramente, enfatizo os
verbos que são derivados de TER, VER, VIR e PÔR.
Como se flexiona o verbo COMPOR? Segue a mesma forma de conjugação do verbo PÔR:
Por exemplo,
Eu pus, Ele pôs, Se ele puser >> Eu compus, Ele compôs, Se ele compuser
Da mesma forma, se você sabe conjugar o verbo TER, você saberá conjugar o verbo DETER.
Assim, Eu tenho, Ele teve, Se ele tiver >> Eu detenho, Ele deteve, Se ele detiver
O verbo OBTER é derivado de TER, portanto aquele (OBTER) segue a conjugação deste (TER).
Assim, Eles tiveram >> Eles obtiveram
Dessa forma, não existe a forma obteram. O correto é obtiveram.
O verbo INTERVIR é derivado de VIR, portanto aquele (INTERVIR) segue a conjugação deste
(VIR). Assim, Ele veio >> Ele interveio
Dessa forma, não existe a forma interviu. O correto é interveio.
Alguém pode dizer que REAVER é derivado de VER e que REQUERER é derivado de QUERER.
É razoável esse raciocínio, correto? Partindo-se dele, constroem-se frases do tipo:
Trata-se de outra grafia amplamente cobrada nas provas de concurso. Verbos que possuem a
terminação – UIR (distribuir, construir, atribuir, constituir, etc.) tem a 3ª pessoa do singular do
presente do indicativo grafada com “i”.
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS
Os homônimos são palavras que possuem mesma grafia e/ou mesma pronúncia, porém
sentidos diferentes. É importante frisar que alguma coisa tem que ser igual para que ocorram
homônimos: ou a grafia ou a pronúncia ou os dois. As palavras homônimas podem ser:
HOMÔNIMOS PERFEITOS
PARÔNIMOS
Os parônimos são palavras que possuem grafia e pronúncia parecidas, porém sentidos
diferentes. Tanto grafia como pronúncia são parecidas, e não iguais. Se algo for igual, teremos
homônimos, e não parônimos. >> descrição: ato de descrever; discrição: qualidade de quem é
discreto >> infringir: violar; infligir: aplicar pena
Dúvidas Comuns
Além de todas as regras de ortografia, necessário complementar o assunto com algumas
expressões problemáticas, que geram dúvidas recorrentes. Eis uma lista das principais:
Substituição
EM VEZ DE / AO INVÉS DE
oposição
A expressão “em vez de” significa no “no lugar de”, ao passo que “ao invés de” significa “ao
contrário de”. A diferença entre “em vez de” e “ao invés de” é que a última expressa oposição,
ao passo que a primeira expressa apenas substituição de uma coisa por outra diferente, e não
contrária.
SE NÃO / SENÃO
A forma “se não” consiste na união de duas palavras: um “se” – pronome ou conjunção – e um
“não” – advérbio de negação.
Como se trata de duas palavras independentes, uma dica para se ter certeza do emprego da
forma “se não” é retirar o advérbio “não” e checar se a frase resultante permanece correta,
coesa.
Já a forma “senão” possui várias significações. É possível trocá-la por “do contrário”, “exceto”,
“mas”, “a não ser”, etc. Aqui não se consegue retirar o “não”, sob pena de a frase resultante ficar
sem coesão, incorreta.
Retirando o “não”, teremos “Todos, se você, compareceram ao evento.”. Note que falta coesão
na frase resultante.
Estude, senão fica difícil!
(= Estude, do contrário fica difícil!)
Retirando o “não”, teremos “Estude, se fica difícil!”. Note que falta coesão na frase resultante,
certo?
IMPORTANTE!
É possível empregar as formas SENÃO e SE NÃO quando houver uma ideia de alternância (=
ou) ou incerteza (= se não for).
Exemplos:
ou
ou
A palavra “mau” é adjetivo e se opõe a “bom”. Já a palavra “mal” pode ser substantivo ou
advérbio e se opõe a “bem”. Para checar qual das duas formas empregar, faça a troca pelo
antônimo: se o antônimo pertinente for o “bom”, empregue o “mau”; se o antônimo pertinente
for o “bem”, empregue o “mal”;
A X HÁ
A forma “há”, correspondente ao verbo “haver”, assume o significado de “existe” ou faz menção
à ideia de tempo decorrido (passado).
A primeira significação (= existe) não gera tantos erros não
A segunda significação (= tempo decorrido), no entanto, causa uma série de confusões. O que
devemos ter em mente é que a forma “há”, nesse sentido, sempre estará ligada a uma ideia de
tempo passado, decorrido.
De encontro a vs. Ao encontro de
A expressão “ao encontro de” transmite a ideia de “a favor”, ao passo que “de encontro a”
transmite a ideia de “contrário”.
Na frase “Minha opinião vai ao encontro da sua.”, dá-se a entender uma concordância, um
alinhamento de opiniões.
Já na frase “Minha opinião vai de encontro à sua.”, dá-se a entender uma discordância, um
confronto de opiniões.
Tanto a forma “onde”, como “aonde” e “donde”, são empregadas unicamente para se referir à
ideia de lugar! Podem atuar como pronomes relativos ou interrogativos. No dia a dia,
empregamos equivocadamente a forma “onde” para quaisquer situações.
Como corrigir? Substitua “onde” pela forma “em que” ou “no qual”.
O projeto em que atuamos foi premiado mundialmente.
O projeto no qual atuamos foi premiado mundialmente.
Como corrigir? Substitua “onde” pela forma “em que” ou “na qual”.
A época em que nascemos foi marcada por tensões políticas.
A época na qual nascemos foi marcada por tensões políticas.
Já a forma “acerca de” é uma locução com sentido de assunto, equivalendo a “sobre”, “a
respeito de”.
Falamos acerca de você na reunião.
= Falamos sobre você na reunião.
Discutimos longamente acerca de pontos polêmicos.
= Discutimos longamente sobre pontos polêmicos
as formas DÁ, ESTÁ, VÊ, etc. são flexões de 3ª pessoa do singular, ao passo que DAR, ESTAR,
VER, etc. são formas de Infinitivo.
USO DO HÍFEN
O Novo Acordo Ortográfico trouxe várias modificações quanto ao emprego do hífen.
Deve-se dividir o problema em dois grandes casos: o primeiro diz respeito às palavras
derivadas, formadas por prefixação; o segundo, às palavras compostas, formadas pela união de
uma ou mais palavras.
Observe a palavra “escola”. Ela começa com “e”. O final do prefixo é diferente do início da
palavra. O que isso significa? Significa que os diferentes se atraem, ou seja, não haverá hífen
em AUTOESCOLA!
Observe o prefixo “contra”. Ele termina com “a”. Observe a palavra “ataque”. Ela começa com
“a”. O final do prefixo é igual ao início da palavra. O que isso significa? Significa que os iguais se
repelem, ou seja, haverá hífen em CONTRA-ATAQUE!
Observe o prefixo “infra”. Ele termina com “a”. Observe a palavra “estrutura”. Ela começa com
“e”. O final do prefixo é diferente do início da palavra. O que isso significa? Significa que os
diferentes se atraem, ou seja, não haverá hífen em INFRAESTRUTURA!
Observe o prefixo “micro”. Ele termina com “o”. Observe a palavra “organismo”. Ela começa
com “o”. O final do prefixo é igual ao início da palavra. O que isso significa? Significa que os
iguais se repelem, ou seja, haverá hífen em MICRO-ORGANISMO!
Observe o prefixo “hiper”. Ele termina com “r”. Observe a palavra “ativo”. Ela começa com “a”. O
final do prefixo é diferente do início da palavra. O que isso significa? Significa que os diferentes
se atraem, ou seja, não haverá hífen em HIPERATIVO!
Observe o prefixo “super”. Ele termina com “r”. Observe a palavra “resistente”. Ela começa com
“r”. O final do prefixo é igual ao início da palavra. O que isso significa? Significa que os iguais se
repelem, ou seja, haverá hífen em SUPER-RESISTENTE!
Observe o prefixo “mini”. Ele termina com “i”. Observe a palavra “saia”. Ela começa com “s”. O
final do prefixo é diferente do início da palavra. O que isso significa? Se simplesmente unirmos,
teremos MINISAIA. Observe que o S entre vogais possui som de Z (MINIZAIA). Queremos
manter o som de S. Para que esse som seja preservado, é necessário dobrar o S. Logo,
devemos escrever MINISSAIA.
Observe o prefixo “anti”. Ele termina com “i”. Observe a palavra “rugas”. Ela começa com “r”. O
final do prefixo é diferente do início da palavra. Se simplesmente unir, teremos ANTIRUGAS.
Observe que o R entre vogais possui o mesmo som do R presente em ARARA. Queremos
manter o som de R forte, presente em RATO, certo?
Para que esse som seja preservado, é necessário dobrar o R. Logo, devemos escrever
ANTIRRUGAS.
Tal regra não se aplica aos prefixos “-co”, “-re”, mesmo que a segunda palavra
comece com a mesma vogal que termina o prefixo.
Exemplos: coobrigar, coadquirido, coordenar, reeditar, reescrever, reeditar,
coabitar, etc.
Com o prefixo “-sub”, diante de palavras iniciadas por “r”, usa-se o hífen.
Exemplos: sub-regional, sub-raça, sub-reino...
Diante dos prefixos “além-, aquém-, bem-, ex-, pós-, recém-, sem-, vice-”, usa-
se o hífen.
Exemplos: além-mar, aquém-mar, recém-nascido, sem-terra, vice-diretor...
Usa-se hífen com “circum-“ e “pan-“ quando seguidos de elemento que começa
por vogal, m, n, além do já citado h:
Exemplos: circum-navegador, pan-americano, circum-hospitalar, pan-helenismo...
Diante do advérbio “mal”, quando a segunda palavra começar por vogal ou “h”, o
hífen está presente.
Exemplos: mal-humorado; mal-intencionado; mal-educado...
Com o prefixo “bem-”, só não se usa hífen quando este se liga a palavras
derivadas de “fazer” e “querer”.
Exemplos: benfeito, benfeitor, benquisto, benquerer, etc.
Palavras Compostas
Não se usa mais o hífen em determinadas palavras que perderam a noção de composição.
Não se emprega mais o hífen em palavras compostas unidas por elemento de ligação.
Exemplos: fim de semana, café com leite, dia a dia, pé de moleque, mula sem cabeça, etc.
As exceções ficam a cargo de água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-
perfeito, pé-demeia.
Segundo a Nova Ortografia, essas palavras permanecem com hífen devido à tradição de uso.
São as chamadas expressões consagradas.
PORTUGUÊS
MORFOLOGIA
SUMÁRIO
PORTUGUÊS
MORFOLOGIA: CONCEITUAÇÃO
CLASSES DE PALAVRAS
SUBSTANTIVO
ARTIGO
NUMERAL
PRONOME
INTERJEIÇÃO
MORFOLOGIA: CONCEITUAÇÃO
Está preocupada com a palavra, no que se refere à sua formação e à sua classificação. Veja
bem, não estamos ainda preocupados com a construção de uma frase (alvo de estudo da
Sintaxe) nem com o sentido ou significado (alvo de estudo da Semântica). Quando for
solicitada de você uma análise morfológica, o seu objetivo deve ser o de identificar os
componentes da palavra e a classificação desta em substantivo, adjetivo, numeral, verbo,
pronome.
São ao todo 10 (dez) classes gramaticais: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio,
conjunção, preposição e interjeição.
Classes de Palavras
Dentre as dez, há duas que podemos chamar de básicas ou nucleares: o substantivo e o verbo
Com apenas essas duas classes de palavras, podem-se construir frases.
Substantivo
Pertencem a essa classe todas as palavras que designam os seres em geral, as entidades reais
ou imagináveis.
O substantivo dificilmente aparecerá sozinho na frase, pois ele possui várias palavras que
orbitam a seu redor. São os chamados satélites do substantivo: artigos, pronomes, numerais,
adjetivos.
Uma maneira fácil de transformar qualquer palavra em substantivo é determiná-la por alguns
desses satélites.
TORNAM AS PALAVRAS
"SUBSTANTIVOS"
Simples x Composto
O substantivo simples é formado por apenas um radical (pedra, plano, guarda, água, etc.), ao
passo que o substantivo composto é formado por mais de um radical (petróleo = pedra + óleo;
planalto = plano + alto; guardachuva = guarda + chuva; aguardente = água + ardente).
Primitivos x Derivados
O primitivo dá origem ao derivado. O primeiro não possui afixos (pedra), ao passo que o
segundo sim (pedreiro).
Comum x Próprio x Coletivo
O substantivo comum designa uma classe de seres. O próprio designa um ser específico da
classe. E o coletivo designa uma coleção de seres da mesma espécie.
O substantivo “aluno” é comum, pois designa uma classe de seres; “Paulo” é um substantivo
próprio, pois designa um ser específico da classe de seres; já “turma” é um coletivo, pois reúne
“um monte” de seres da mesma classe.
Concreto x Abstrato
Os concretos são, na verdade, aqueles que existem por si sós, no mundo real ou fictício, ou
seja, não dependem de outros seres. Já os abstratos não possuem uma existência autônoma,
pois dependem de outros seres para continuar existindo.
Gênero
Número
Já o plural de guarda-roupa é guarda – roupas. Note que “guarda” é flexão do verbo “guardar”
e “roupa”, substantivo. Somente o substantivo varia. O plural de meio-fio é meios – fios.
Já o plural de beija-flor é beija – flores. Note que “beija” é flexão do verbo “beijar” e “flor”,
substantivo. Somente o substantivo varia.
Artigo
Trata-se de uma classe que serve, basicamente, para indicar se o substantivo é concebido
como algo já definido e conhecido previamente, ou como algo indefinido e ainda não nomeado.
IMPORTANTE!
Não se deve empregar artigo definido após o pronome relativo “cujo” e variações!
A presença do artigo definido após o pronome indefinido “todo” dá uma ideia de “completo”,
“inteiro”. A ausência, por sua vez, dá uma ideia de “qualquer”, “indefinido”.
Exemplos: Todo o país comemorou a vitória na Copa do Mundo (= O país inteiro comemorou).
Todo país deve valorizar a cultura nativa (= Qualquer país deve valorizar).
Numeral
Trata-se da classe que, em princípio, serve para indicar a quantidade dos substantivos, quantos
são eles. É o caso dos numerais cardinais (um, dois, três, etc), multiplicativos (dobro, triplo,
quíntuplo, etc) e fracionários (um terço, um quarto, um décimo, etc.). Já o numeral ordinal indica
em que posição se localiza certo substantivo numa escala de números dispostos em série
(décimo, trigésimo, centésimo).
Uma dúvida que pode surgir aqui é relativa à palavra “um”. Ela pode assumir a função de
numeral cardinal, artigo indefinido ou pronome indefinido.
Vejamos como diferenciar essas funções, observando as frases a seguir:
I – Vi um amigo seu no shopping. Artigo indefinido
ADJETIVO ADVÉRBIO
É importante frisar que o adjetivo e advérbio guardam diferenças significativas entre si. O
primeiro, como vimos, modifica substantivos, variando com este em gênero e número. Já o
segundo modifica verbos, adjetivos ou outros advérbios, sendo uma forma invariável.
IMPORTANTE
Algumas palavras merecem destaque, por assumirem mais de uma classe
gramatical.
A palavra MEIO pode ser substantivo, numeral fracionário e advérbio. Somente
como advérbio, é que essa palavra será invariável.
Exemplos: Não encontramos um meio eficaz de combater a criminalidade.
(A palavra “meio” está determinada por artigo “um” e por adjetivo “eficaz”. Trata-se
de SUBSTANTIVO.)
Tomei meio (meia) copo (xícara) da bebida.
(A palavra “meio” expressa a ideia de fração, correspondendo à metade. Trata-se
de NUMERAL FRACIONÁRIO.)
Estamos meio decepcionados(as) com você.
(A palavra “meio” está modificando o adjetivo “decepcionado(as)”. Trata-se de
ADVÉRBIO. Note que, independentemente de o adjetivo ser masculino ou feminino,
singular ou plural, o advérbio fica invariável. )
A palavra BASTANTE pode ser adjetivo (sinônimo de “suficiente”), pronome
indefinido (indicando quantidade e modificando substantivo) ou advérbio
(expressando intensidade e modificando verbo, adjetivo ou advérbio). Somente
como advérbio, é que essa palavra será invariável.
Exemplos:
Temos bastante trabalho para fazer.
(A palavra “bastante” está modificando o substantivo “trabalho”, expressando a
ideia de quantidade imprecisa, indefinida. Trata-se de PRONOME INDEFINIDO)
A banca não considerou bastante o meu argumento e indeferiu meu recurso.
(A palavra “bastante” está modificando o substantivo “argumento”, sendo
sinônima de “suficiente”. Trata-se de ADJETIVO)
Estou estudando bastante para o concurso.
(A palavra “bastante” modifica o verbo “estudar”, expressando a ideia de
intensidade. Trata-se de ADVÉRBIO.)
Causa dúvida o emprego da forma plural BASTANTES, que soa bem estranha
aos nossos ouvidos. Uma dica fácil é substituir pelos sinônimos “muito” ou
“suficiente”. Se nessa substituição aparecer uma forma plural, é sinal de que
devemos empregar a forma BASTANTES.
Exemplos:
Os alunos ficaram (bastante/bastantes) confusos com as notícias
desencontradas.
(Substituindo por “muito”, teremos “Os alunos ficaram MUITO confusos com as
notícias desencontradas.”. Como “muito” não variou em número, devemos
empregar a forma singular BASTANTE.)
Tivemos (bastante/bastantes) desilusões com a nova versão do aplicativo.
(Substituindo por “muito”, teremos “Tivemos MUITAS desilusões com a nova
versão do aplicativo.”. Como “muito” variou em número, devemos empregar a
forma plural BASTANTES.)
Não julgamos (bastante/bastantes) essas medidas adotadas pelo Governo para
combater a insegurança.
(Substituindo por “suficiente”, teremos “Não julgamos SUFICIENTES essas
medidas adotadas pelo Governo...”.
Como “suficiente” variou em número, devemos empregar a forma plural
BASTANTES.)
Quem adota essa classificação é o gramático Celso Cunha. Ele assim denomina os adjetivos
derivados de substantivos. Eles não estabelecem sentidos de qualidade, mas sim estabelecem
com o substantivo que modificam uma relação de matéria, assunto, finalidade, etc. Daí o nome
“adjetivo de relação”.
Além de serem derivados de substantivos, tais adjetivos não admitem graus de intensidade. São
objetivos.
Ex: “clima frio”. Note ser possível estabelecer graus de intensidade para o adjetivo “frio”: “clima
muito frio”. “clima bastante frio”, “clima mais ou menos frio”, etc.
A estrutura que tem como núcleo um substantivo é denominada de sintagma nominal. Dentre
as combinações de sintagmas nominais, aquele que mais nos interessa e que é alvo de grande
parte das questões é o par “substantivo + adjetivo”. A troca na ordem de disposição desses
elementos pode produzir mudanças na classe gramatical e no sentido original.
Circunstâncias Adverbiais
Trata-se de uma classificação à parte e grande parte das questões está mais interessada no
sentido nelas expresso do que propriamente numa classificação formal.
Exemplifiquemos:
Ele somente estuda Português.
Somente ele estuda Português.
Na primeira frase, a palavra “somente” modifica o verbo “estuda”, atuando, portanto, como
advérbio.
Já na segunda frase, “somente” realça “ele”, atuando, portanto, como palavra denotativa.
Listemos a seguir os principais sentidos:
- Inclusão: Até Fulano esteve aqui.
- Exclusão: Todos, exceto Fulano, compareceram.
- Designação: Eis-me aqui, professor!
- Explicação: Só é problema porque há solução, ou seja, não se desespere.
- Realce: Foi ele que quebrou o vaso, mãe!
- Retificação: Precisamos muito da sua ajuda, aliás, precisamos urgentemente.
Sem dúvida é uma das classes de palavras mais importantes. Não adianta aqui apenas saber. É
preciso dominá-los!
Entenda os pronomes como representantes dos nomes. Eles servem para indicar uma das três
pessoas do discurso ou situar alguma coisa em relação a essas três pessoas.
Por convenção, considera-se:
o 1ª pessoa: a que fala;
o 2ª pessoa: aquela com quem se fala;
o 3ª pessoa: aquela de quem se fala.
Podemos identificar duas categorias de pronomes: os substantivos e os adjetivos.
PRONOME ADJETIVO - Vem sempre associado a um substantivo da frase, ou seja, esse tipo
de pronome acompanha um substantivo, determinando-o.
Exemplo: Chegou a sua encomenda. (pronome adjetivo + substantivo > sua: pronome adjetivo)
PRONOME SUBSTANTIVO - Vem sempre num lugar que é próprio de substantivo, ou seja,
esse tipo de pronome substitui um substantivo.
Exemplo: Chegou notícia sobre o governador. Ele não quis dar entrevistas. (Ele = governador >
Ele: pronome substantivo).
Já os pronomes oblíquos são em grande número: ME, MIM, COMIGO, TE, TI, CONTIGO, SE, SI,
O(S), A(S), LHE(S), CONSIGO, NOS, CONOSCO, VOS, CONVOSCO.
Os tônicos sempre são solicitados por preposição. Já os átonos estão ligados diretamente a
verbos.
Observe que há necessidade de emprego de uma forma átona, haja vista que o pronome
oblíquo está ligado diretamente ao verbo.
Observe que há necessidade de emprego de uma forma tônica, haja vista que o pronome
oblíquo está sendo solicitado pela preposição “para” (... telefonou para quem?).
Observe que há necessidade de emprego de uma forma átona, haja vista que o pronome
oblíquo está ligado diretamente ao verbo.
Observe que há necessidade de emprego de uma forma tônica, haja vista que o pronome
oblíquo está sendo solicitado pela preposição “a” (... pedi a quem?).
OBSERVAÇÃO
Os pronomes ele, ela, nós, vós, eles, elas, quando solicitados por preposição,
funcionam como OBLÍQUOS TÔNICOS.
Exemplos:
Tome a sua riqueza e fique com ela.
(O pronome “ele” está funcionando como oblíquo tônico, pois é solicitado pela preposição
“com” - ficar com quem?).
Pediram para nós uma ajuda financeira.
(O pronome “nós” está funcionando como oblíquo tônico, pois é solicitado pela preposição
“para” - pediram para quem?).
Muita atenção, portanto! Os pronomes “ele” e “nós” nos exemplos anteriores não são pronomes
retos, e sim oblíquos tônicos.
Utilizam-se as formas “com nós” e “com vós” em vez de conosco ou convosco quando
vierem reforçadas por numeral, pronome ou substantivo:
Exemplos:
Eles conversaram muito tempo conosco.
Paulo irá ao evento conosco.
Os pronomes retos devem atuar como sujeito e os oblíquos, tipicamente como complementos
verbais (OD ou OI).
Para adequar essas frases à norma culta, devemos empregar o pronome oblíquo átono para
substituir os complementos.
Assim:
Deixei-o à vontade durante o encontro. (CERTO)
Cumprimentei-o hoje pela manhã. (CERTO)
Exemplos:
Entreguei-lhe o envelope. (Quem entrega entrega algo a alguém)
o O objeto indireto do verbo “entregar” – “a alguém” – está representado pelo pronome
oblíquo átono “lhe”.
Convidei-o para minha casa. (Quem convida convida alguém)
o O objeto direto do verbo “convidar” – “alguém” – está representado pelo pronome oblíquo
átono “o”.
Enviei-te o email. (Quem envia envia algo a alguém)
o O objeto indireto do verbo “enviar” – “a alguém” – está representado pelo pronome oblíquo
átono “te”.
Os pronomes oblíquos átonos me, te, lhe, nos, vos, lhes podem ter valor de
possessivo.
Exemplos:
Beijei-lhe as mãos. = Beijei as suas mãos.
“Tua nobre presença à lembrança / A grandeza da pátria nos traz” = Tua nobre presença traz a
grandeza da pátria à nossa lembrança
Visitou-nos os pais. = Visitou os nossos pais.
Quando o LHE estiver associado a um verbo que peça OD, e não OI, como é o caso dos verbos
BEIJAR e ABRAÇAR, desconfiemos de que o LHE possui valor possessivo e funciona como
ADJUNTO ADNOMINAL.
Os pronomes retos EU e TU não admitem ser solicitados por preposição. No lugar, utilizam-se
sempre os pronomes oblíquos tônicos MIM e TI.
Exemplos:
O mundo caiu sobre mim. (Caiu sobre quem?)
Esse assunto deve ficar entre mim e você. (Deve ficar entre quem e quem? Seria ERRADO: ...
entre eu e você.)
Esse assunto deve ficar entre você e mim. (Deve ficar entre quem e quem? Seria ERRADO: ...
entre você e eu.)
Esse assunto dede ficar entre mim e ti. (Deve ficar entre quem e quem? Seria ERRADO: ...
entre eu e tu.)
Observações:
Os pronomes o(s), a(s) adquirem a forma lo(s), la(s) depois de
verbos terminados em -r, -s ou -z.
Exemplos:
mandar + o = mandá-lo; fiz + os = fi-los; pedimos + os = pedimo-
los
Os pronomes o(s), a(s) adquirem a forma no(s), na(s) depois
de verbos terminados em som nasal.
Exemplos:
mandaram + o = mandaram-no; fizeram + as = fizeram-nas; põe
+ as = põe-nas
Colocação Pronominal
A Colocação Pronominal diz respeito ao posicionamento dos pronomes oblíquos átonos (me,
nos, te, vos, o, a, os, as, lhe, lhes, se) diante dos verbos. É nesse estudo que vamos nos
concentrar.
Os pronomes oblíquos átonos podem aparecer em três posições distintas: antes do verbo –
PRÓCLISE; no meio do verbo – MESÓCLISE; depois do verbo – ÊNCLISE.
Próclise
atrai o pronome
atrai o pronome
Pronomes Relativos
atrai o pronome
atrai o pronome
Pronomes Interrogativos
atrai o pronome
Conjunções Subordinativas
Exemplos:
Me perdoe! (ERRADO)
Perdoe-me! (CERTO)
Me traga a conta, garçom! (ERRADO)
Traga-me a conta, garçom! (CERTO)
Havendo pausa entre fator de próclise e o verbo, não se emprega próclise.
Exemplos:
Aqui, defende-se a pátria. (Observe a vírgula entre advérbio – fator de próclise – e verbo.)
Grande parte dos gramáticos entende que, em orações subordinadas, deve-se empregar
a próclise, até mesmo se houver algum termo – não isolado por vírgulas - entre a
conjunção subordinativa e o verbo. É o entendimento que se observa em grande parte
das bancas. Seria uma espécie de atração distante.
Exemplos:
Embora os médicos se disponibilizassem a atendê-lo, ele não quis saber de ser internado mais
uma vez.
(A conjunção subordinativa “embora” atrai o pronome obliquo “se”, mesmo com o termo “os
médicos” posicionado entre ela e o pronome.)
Quando os alunos se dedicam aos estudos, é questão de tempo o resultado.
(A conjunção subordinativa “quando” atrai o pronome obliquo “se”, mesmo com o termo “os
alunos” posicionado entre ela e o pronome.)
Exemplos:
Vim para te apoiar. (próclise)
Vim para apoiar-te. (ênclise)
Mesóclise
Essa colocação pronominal é usada apenas com verbos no futuro do presente ou futuro do
pretérito, desde que não haja uma palavra que exija a próclise.
Exemplo:
Contar- te - ei um grande segredo.
Para construir uma construção mesoclítica, separamos o verbo “Contar” da terminação “ei” e
posicionamos o oblíquo átono nesse meio.
Ênclise
Podemos interpretar a ênclise como o caso subsidiário. Não havendo motivação para o
emprego da próclise nem da mesóclise, opta-se pela ênclise.
Sem fator de próclise, o pronome pode ficar antes do auxiliar (sem hífen), depois do verbo
auxiliar (com hífen), antes do principal (sem hífen) ou depois do principal (com hífen).
Resumindo: Você escolhe onde posicionar o pronome.
Exemplos:
Devo-lhe entregar a carta.
Vou-me arrastando pelos becos escuros.
Devo entregar-lhe a carta.
Vou arrastando-me pelos becos escuros.
Devo lhe entregar a carta.
VERBO AUXILIAR + PARTICÍPIO:
Sem fator de próclise, pode-se colocar o pronome oblíquo em duas posições: antes do verbo
auxiliar ou entre os dois verbos. Não se coloca o pronome oblíquo após o particípio.
Exemplos:
Eles me haviam ofertado um alto cargo executivo.
Eles haviam-me ofertado um alto cargo executivo.
Eles haviam me ofertado um alto cargo executivo.
Havendo fator de próclise, só resta ao pronome ser posicionado antes do auxiliar, pois não é
possível colocar o pronome oblíquo após o particípio.
Exemplos:
Não me haviam ofertado nada de bom. (CERTO)
Não haviam ofertado-me nada de bom. (ERRADO)
Não haviam me ofertado nada de bom. (ERRADO)
Não haviam-me ofertado nada de bom. (ERRADO)
Os pronomes de tratamento podem ser considerados uma subclasse dos pronomes pessoais.
São empregados para tratamentos específicos, que exigem, em sua maioria, algum tipo de
formalidade.
Exemplos:
Você vai estudar?
Vossa Alteza tem algum problema?
(O emprego de “Vossa” faz do pronome uma flexão de 2ª pessoa, ou seja, fala-
se COM um príncipe)
Sua Alteza está preocupada.
(O emprego de “Sua” faz do pronome uma flexão de 3ª pessoa, ou seja, fala-se
DE um príncipe)
Os pronomes possessivos, como o próprio nome diz, associam a ideia de posse às pessoas
do discurso.
Observações:
Para evitar ambiguidades, podemos utilizar as formas dele, dela, deles, delas.
Exemplos:
João e Maria gritaram quando a bala atingiu sua perna.
João e Maria gritaram quando a bala atingiu a perna dele.
Os pronomes possessivos podem gerar outros sentidos que não os de posse.
Exemplos:
Ele deve ter seus dez anos de profissão. (sentido de aproximação)
O nosso mestre sempre está torcendo por seus alunos. (sentido de afetividade)
O seu Antônio esteve aqui. (forma coloquial de senhor)
Pronomes Demonstrativos
Observações:
As palavras o, a, os, as podem desempenhar o papel de pronomes demonstrativos. É
possível a substituição pela forma pronominal “aquele(a)(s), aquilo”. Uma evidência é a
presença na sequência do pronome relativo “que”.
Exemplos:
Vai e faz o que deves fazer. (= Vai e faz aquilo que deve fazer)
(O pronome “o” é demonstrativo e o “que” atua como pronome relativo)
Leve esse dinheiro – é tudo o que tenho (= é tudo aquilo que tenho)
(O pronome “o” é demonstrativo e o “que” atua como pronome relativo)
Exemplos:
Estivemos reunidos naquela mesma noite
Os próprios diretores se enganaram.
Pronomes Relativos
O pronome relativo tem por função substituir no restante do período um termo expresso
anteriormente no texto. Por essa utilidade, funciona como importante elemento de coesão
sequencial. Alguns são variáveis: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas; outros
são invariáveis: que, quem, onde.
QUE
Chamado de pronome relativo universal, é o mais usado, podendo referir-se a pessoa ou coisa,
no singular ou no plural.
Exemplos:
Esta é a criança que estava chorando ontem. (que = criança)
Encontrei a pessoa que havia falado sobre você. (que = pessoa)
QUEM
ONDE
Utiliza-se unicamente na indicação de lugar, equivalendo a “em que” ou “no(a)(s) qual(is)”.
Exemplos:
Aquela é uma cidade onde o ensino é valorizado. (= em que, na qual)
Visitei a vila onde minha avó nasceu. (=em que, na qual)
Observação:
Como o pronome relativo onde só é utilizado na indicação de lugares, são erradas as seguintes
construções:
Na época onde ele viveu, tudo era diferente. (ERRADO, pois “época” expressa tempo, não
lugar)
Aquele é o cavalo onde apostei todo meu dinheiro. (ERRADO, pois “cavalo” expressa o alvo da
aposta, não lugar)
Nesses casos, no lugar de “onde”, devemos utilizar “em que” ou “no(a) qual”:
Na época em que ele viveu, tudo era diferente. (CERTO)
Aquele é o cavalo no qual apostei todo meu dinheiro. (CERTO)
CUJO (E FLEXÕES)
Trata-se de pronome relativo que estabelece uma relação de posse entre o antecedente e o
termo que especifica.
Exemplos:
O convidado cujo filho não se comportar será advertido.
(convidado cujo filho = filho do convidado)
Os meninos cujas unhas estavam limpas foram elogiados.
(meninos cujas unhas = unhas dos meninos)
Se, na segunda oração, for necessária uma preposição antes do termo substituído pelo
pronome relativo, essa preposição deverá ser colocada antes do pronome.
PRONOMES INDEFINIDOS
Pronomes indefinidos têm por função se referir aos seres de modo impreciso, indeterminado,
genérico.
Exemplos:
Alguém estava me seguindo.
Recebemos muitos elogios.
São várias as explicações que tenho.
PRONOMES INTERROGATIVOS
Os pronomes interrogativos são aqueles utilizados para formular uma pergunta. Os principais
são: quem, que, qual, quanto, onde, como. As perguntas podem ser diretas – com sinal de
interrogação – ou indiretas – feitas dentro de uma frase declarativa.
Exemplos:
Quantos anos você tem? (Trata-se de uma interrogativa direta.)
Qual o seu nome? (Trata-se de uma interrogativa direta.)
Gostaria de saber quem pintou essa obra. (Trata-se de uma interrogativa indireta.)
PREPOSIÇÃO
Classe de palavras que serve para estabelecer conexão entre uma palavra e outra.
Exemplo: Um homem de chapéu me olhou com desconfiança. (com = preposição)
As preposições mais usuais são: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para,
perante, per, por, sem, sob, sobre, trás.
CONJUNÇÃO
Note que o “que” conecta a oração “Só me declararam” com a oração “O tempo estava bom”.
Chegou atrasado, pois seu carro estava no conserto.
Note que o “pois” conecta a oração “Chegou atrasado” com a oração “Seu carro estava no
conserto”).
É importante frisar a diferença entre “preposição” e “conjunção”. Mais uma vez, a primeira
conecta palavras,
enquanto que a segunda conecta orações. Observe as frases a seguir:
Paramos diante do prédio.
À medida que pesquisávamos mais sobre o assunto, adquiríamos mais segurança.
A expressão “diante de”, na frase I, é uma locução prepositiva, pois conecta as palavras
“Paramos” e “prédio”.
Já a expressão “À medida que”, na frase II, é uma locução conjuntiva, pois conecta duas
orações:
“Pesquisávamos mais sobre o assunto” e “Adquiríamos mais segurança”.
PORTUGUÊS
VERBOS
SUMÁRIO
PORTUGUÊS 3
VERBOS
FORMAS NOMINAIS
LOCUÇÕES VERBAIS
FLEXÕES VERBAIS
NÚMERO E PESSOA
MODOS VERBAIS
TEMPOS VERBAIS
VERBOS NOTÁVEIS
VOZES VERBAIS
VERBOS
Um dos principais assuntos está aqui, em especial dos tópicos referentes à conjugação verbal e
às vozes verbais, frequentemente cobrados em provas de concurso. Os verbos são uma das
mais importantes classes de palavras, pois, a partir deles, estrutura-se toda a análise sintática.
Assim são classificados os verbos com terminação –AR. Exemplos: amar, falar, pular, etc.
2ª conjugação
Assim são classificados os verbos com terminação –ER e –OR (pôr e derivados). Exemplos:
fazer, vender, comer, pôr, repor, dispor, etc.
3ª conjugação
Assim são classificados os verbos com terminação –IR. Exemplos: proibir, permitir, imprimir, etc.
Eu falo
Tu falas
Ele Fala
Nós Falamos
Vós Falais
Eles Falam
VERBOS IRREGULARES
Assim são chamados os verbos que se afastam do modelo geral, por apresentarem alterações
no radical em algumas flexões.
Exemplos: dizer (eu digo), caber (eu caibo), fazer (eu faço), medir (eu meço)
IMPORTANTE!
Deve-se tomar o devido cuidado com as conjugações de alguns verbos
irregulares, principalmente os derivados de
ter, ver, vir e pôr
Exemplos:
tenho(ter) – detenho (deter) – retenho (reter) – obtenho (obter)
tive(ter) – detive (deter) – retive (reter) – obtive (obter)
pus(pôr) – compus (pôr) – repus (repor)
viu(ver) – reviu (rever) – previu (prever)
veio(vir) – interveio (intervir) – adveio (advir)
CORRETO
Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: SEFAZ- MT Prova: FGV - 2023 - SEFAZ- MT - Fiscal de
Tributos Estaduais (FTE) - Manhã
Assinale a opção que indica a frase que está corretamente modificada para a terceira pessoa.
A) Tu te entretiveste toda a manhã com as crianças. Você se entreteu toda a manhã com as
crianças.
B) Faz de conta que o dinheiro é teu e gasta-o como queiras. / Faça de conta que o dinheiro é
seu e gasta-o como queira.
C) Tu intervieste no momento certo. /Você interviu no momento certo.
D) Ri livremente porque o riso é sinal de felicidade. / Rias livremente porque o riso é sinal de
felicidade.
E) Sê feliz com os teus. / Seja feliz com os seus.
Perceba que as construções grifadas em vermelho estão inadequadas, pois não respeitaram as
regras de derivação.
Na letra "A", o correto seria "entreteve" e na letra "C", "interveio".
VERBOS DEFECTIVOS:
Assim são chamados os verbos que não possuem conjugação completa, ou seja, são
defeituosos.
Exemplos:
A flexão de “colorir” na 1ª pessoa do singular do Presente do Indicativo é “Eu ...”. Se você
pensou “coloro”, essa forma não existe! O verbo “colorir” é, portanto, defectivo!
A flexão de “falir” na 1ª pessoa do singular do Presente do Indicativo é “Eu ...”. Se você pensou
“falo”, aí é verbo “falar”; se você falou “falho”, aí é verbo “falhar”. Essa flexão não existe! O
verbo “falir” é, portanto, defectivo!
VERBOS ANÔMALOS:
Assim são chamados os verbos anormais, pois não possuem radical fixo. Os exemplos mais
citados de verbos anômalos são “ser” e “ir”, pois apresentam alterações profundas no radical
SER: eu sou, tu és, ele é, eu fui, tu foste, ele foi, eu era, tu eras, ele era, eu serei,
tu serás, ele será...
IR: eu vou, tu vais, ele vai, eu fui, tu foste, ele foi, eu ia, tu ias, ele ia, eu irei, tu
irás, ele irá...
VERBOS ABUNDANTES:
Assim são chamados os verbos que apresentam duas ou mais formas para uma mesma
conjugação, normalmente no particípio. Para efeito de concurso, interessa saber quais verbos
possuem mais de um particípio e quando usamos uma ou outra forma.
O particípio é uma das três formas nominais – infinitivo, gerúndio e particípio – e caracteriza-se
pela terminação “-ado” e “-ido” na forma regular.
ADO IDO
os particípios podem se apresentar na forma regular, caracterizada pelas terminações “ado” e
“ido”; ou na forma irregular, também chamada de reduzida, com terminações diversas. Há
verbos que só possuem a forma regular de particípio – é o caso dos verbos CHEGAR
(CHEGADO) e TRAZER (TRAZIDO); há verbos que só possuem a forma irregular de particípio
– é o caso dos verbos FAZER (FEITO) e ESCREVER (ESCRITO); e há os verbos abundantes,
que admitem tanto a forma regular como a irregular.
IMPORTANTE
Equivocadamente se utilizam as formas “chego” e “trago” como particípios,
acompanhadas geralmente pelos verbos auxiliares ter e haver. Muito cuidado! Os
particípios de “chegar” e “trazer” são “chegado” e “trazido”, respectivamente!
Exemplos:
Eu tinha chego atrasado. (ERRADO)
Eu tinha chegado atrasado. (CERTO)
Eu havia trago muitos presentes da viagem. (ERRADO)
Eu havia trazido muitos presentes da viagem. (CERTO)
Principais verbos abundantes: aceitar (aceitado e aceito); acender (acendido e aceso); eleger
(elegido e eleito); entregar (entregado e entregue); expulsar (expulsado e expulso); extinguir
(extinguido e extinto); imprimir (imprimido e impresso); limpar (limpado e limpo); pagar (pagado
e pago); pegar (pegado e pego); prender (prendido e preso); salvar (salvado e salvo); soltar
(soltado e solto); suspender (suspendido e suspenso).
Principais verbos que possuem apenas um particípio: abrir (aberto); beber (bebido); chegar
(chegado); cobrir (coberto); escrever (escrito); fazer (feito); trazer (trazido).
ATENÇÃO
COMBINAÇÕES DOS VERBOS
Exemplos:
Corri atrás de Paulo, mas ele já tinha pegado o ônibus.
(Forma regular de particípio, com a presença do auxiliar TER)
O ladrão foi pego em flagrante.
(Forma irregular de particípio, com a presença do auxiliar SER)
VERBOS PRONOMINAIS
Assim são chamados os verbos empregados acompanhados de pronome oblíquo átono, que
pode exercer função reflexiva (= a mim mesmo; a ti mesmo; a si mesmo...), recíproca (um ao
outro, um para o outro, um com o outro, etc.) ou simplesmente ser uma parte integrante do
verbo.
FORMAS NOMINAIS
São três as formas nominais: Infinitivo, Gerúndio e Particípio. Elas assim são chamadas, pois
podem exercer funções sintáticas próprias de nomes – substantivos, adjetivos e advérbios.
Exemplos: SUJEITO
Estudar faz bem para a alma.
ADVÉRBIO
Saiu correndo da sala de aula.
É uma pessoa iluminada por Deus.
ADJETIVO
INFINITIVO
O Infinitivo pode se apresentar na forma impessoal, ou seja, na forma não flexionada, com as
terminações AR (verbos de 1ª conjugação), ER (verbos de 2ª conjugação) ou IR (verbos de 3ª
conjugação).
Além de serem derivados de substantivos, tais adjetivos não admitem graus de intensidade. São
objetivos.
Pode também se apresentar na forma pessoal, ou seja, na forma flexionada, concordando com
a pessoa gramatical. Veja a seguir as formas flexionadas de infinitivo e fique atento às
desinências de número e pessoa:
Esse assunto é para eu estudar
Esse assunto é para tu estudares
Esse assunto é para ele estudar
Esse assunto é para nós estudarmos
Esse assunto é para vós estudardes
Esse assunto é para eles estudarem
Quando inserido numa locução verbal como um dos auxiliares ou como verbo
principal, o infinitivo não admite a forma flexionada.
GERÚNDIO
PARTICÍPIO
LOCUÇÕES VERBAIS
As locuções verbais (ou perífrases verbais) são formadas por verbos auxiliares ligados a um
verbo principal no infinitivo, gerúndio ou particípio. Constituem uma única unidade de sentido,
como se equivalessem a um único verbo.
LOCUÇÕES VERBAIS
FLEXÕES VERBAIS
Os verbos são palavras variáveis, que se flexionam em número, pessoa, tempo, modo e voz.
NÚMERO E PESSOA
1ª pessoa – a que fala; 2ª pessoa – a com quem se fala; a 3ª pessoa – a de quem se fala.
MODOS VERBAIS
Os modos verbais indicam as diversas maneiras como um fato pode realizar-se. São três os
modos verbais: Indicativo, Subjuntivo e Imperativo.
INDICATIVO
SUBJUNTIVO
Apresenta o fato como duvidoso, provável, incerto no momento da fala. Expressa, assim, uma
hipótese, condição ou um desejo do ponto de vista de quem fala ou escreve.
IMPERATIVO
O modo Imperativo indica ordem, pedido, conselho. são verbos que se dirigem a um falante,
expressando uma solicitação, uma sugestão ou um mandamento.
TEMPOS VERBAIS
A flexão de tempo serve para situar a ocorrência do fato em relação ao momento em que se
fala.
MODO TEMPO
Presente
Pretérito (Perfeito –
Simples/Composto, Imperfeito, Mais-
INDICATIVO que-Perfeito – Simples/Composto),
Futuro (do Presente –
Simples/Composto, do Pretérito -
Simples/Composto)
Presente
Pretérito (Imperfeito, Perfeito –
SUBJUNTIVO Composto, Mais que Perfeito –
Composto)
Futuro – Simples/Composto.
MODO IMPERATIVO
AFIRMATIVO NEGATIVO
---------- -------
AMA TU NÃO AMES TU
AME VOCÊ NÃO AME VOCÊ
AMEMOS NÓS NÃO AMEMOS NÓS
AMAI VÓS NÃO AMEIS VÓS
AMEM VOCÊS NÃO AMEM VOCÊS
OBSERVAÇÃO
CUIDADO COM A CONJUNGAÇÃO DO VERBO "PÔR" NO PRETÉRITO
IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO: O CORRETO É "SE ELE PUSESSE"!
CORRELAÇÃO ENTRE TEMPOS E MODOS VERBAIS
VERBOS NOTÁVEIS
Alguns verbos merecem especial atenção. É o caso dos verbos TER, VER, VIR, PÔR e
derivados, amplamente cobrados em provas.
É muito importante que você saiba conjugação do SER e IR, por serem auxiliares de frequente
uso e pelo fato de serem anômalos. Além disso, ganham destaque os falsos cognatos QUERER
e REQUERER; VER e REAVER; VER e PROVER. Por fim, você deve tomar cuidado com verbos
terminados em UAR, EAR e IAR .
VERBOS SER E IR
SER
ELE É ELE FOI ELE ERA ELE FORA ELE SERÁ ELE SERIA
NÓS SOMOS NÓS FOMOS NÓS ÉRAMOS NÓS FÔRAMOS NÓS SEREMOS NÓS SERÍAMOS
VÓS
VÓS SOIS VÓS ÉREIS VÓS FÔREIS VÓS SEREIS VÓS SERÍEIS
FOSTES
ELES
ELES SÃO ELES ERAM ELES FORAM ELES SERÃO ELES SERIAM
FORAM
PRETÉRITO
PRESENTE FUTURO AFIRMATIVO NEGATIVO
IMPERFEITO
SE EU QUANDO EU
QUE EU SEJA SÊ TU NÃO SEJAS TU
FOSSE FOR
SE TU QUANDO TU
QUE TU SEJAS SEJA VOCÊ NÃO SEJA VOCÊ
FOSSES FORES
IR
ELE VAI ELE FOI ELE IA ELE FORA ELE IRÁ ELE IRIA
NÓS
NÓS VAMOS NÓS ÍAMOS NÓS FÔRAMOS NÓS IREMOS NÓS IRÍAMOS
FOMOS
VÓS
VÓS IDES VÓS ÍEIS VÓS FÔREIS VÓS IREIS VÓS IRÍEIS
FOSTES
ELES VÃO ELES FORAM ELES IAM ELES FORAM ELES IRÃO ELES IRIAM
SUBJUNTIVO IMPERATIVO
PRETÉRITO
PRESENTE FUTURO AFIRMATIVO NEGATIVO
IMPERFEITO
SE EU QUANDO EU
QUE EU VÁ VAI TU NÃO VÁS TU
FOSSE FOR
SEU TU QUANDO TU
QUE TU VÁS VÁ VOCÊ NÃO VÁ VOCÊ
FOSSES FORES
SE ELES QUANDO
QUE ELES VÃO VÃO VOCÊS NÃO VÃO VOCÊS
FOSSEM ELES FOREM
VOZES VERBAIS
Há três tipos de vozes: a VOZ ATIVA (sujeito = agente); a VOZ PASSIVA (sujeito = paciente);
e a VOZ REFLEXIVA (sujeito = agente + paciente)
SUJEITO
MUITO IMPORTANTE:
SE VOCÊ TIVER 1 VERBO NA VOZ PASSIVA SINTÉTICA, DEVERÁ TER 2 NA VOZ PASSIVA
ANALÍTICA, COMO NO EXEMPLO ACIMA.
SE TIVER 2 VERBOS NA SINTÉTICA, SERÃO 3 NA ANALÍTICA.
VOZ ATIVA
PRECISA-SE DE FUNCIONÁRIOS.
ATENÇÃO. NESTE CASO, O "SE" FUNCIONA COMO
ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO.
JAMAIS AFIRME QUE SE TRATA DE VOZ PASSIVA
Vejamos esta questão da banca FGV, do concurso para o Senado Federal realizado em 2022:
Em todas as frases abaixo foi feita a transformação da voz passiva pronominal (+ se) pela voz
passiva com auxiliar (+ ser). Assinale a frase em que essa transformação foi feita de forma
adequada.
A) O tempo perdido não se encontra nunca mais / O tempo perdido nunca mais foi
encontrado.
B) Se odeia com excesso quando se odeia um irmão / Odeia-se com excesso quando um
irmão é odiado.
C) Desse modo, nunca se faria um bom trabalho / Desse modo, um bom trabalho nunca era
feito.
D) Espero que se elabore um bom plano / Espero que um bom plano fosse elaborado.
E) O desejo era construir-se uma casa nova / O desejo era que uma casa nova fosse
construída.
Perceba que em todas as alternativas houve mudança do verbo, entre tempos e modos, menos
na letra "B"
PORTUGUÊS
SINTAXE
SUMÁRIO
PORTUGUÊS 4
SINTAXE DA ORAÇÃO
SUJEITO
Sujeito Determinado
Sujeito Indeterminado
Sujeito Inexistente
Adjunto Adnominal
Predicativo
Adjunto Adnominal vs. Predicativo
Complemento Nominal
Adjunto Adnominal vs. Complemento Nominal
Aposto
TIPOS DE PREDICADO
Predicado Verbal
Predicado Nominal
Predicado Verbo-Nominal
VOCATIVO
SINTAXE – CONCEITOS INICIAIS
FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO
Essa seção da Gramática está preocupada com a frase, no que se refere à sua construção
Sem delongas, fundamental diferenciar: Frase, oração e período.
FRASE
A frase é um enunciado de sentido completo, podendo ser verbal ou nominal.
SINTAXE DA ORAÇÃO
SUJEITO
TERMOS
ESSENCIAIS
DA ORAÇÃO
PREDICADO
I. Sujeito
II. Termos Associados ao Verbo
Complementos Verbais – OD e OI
Adjuntos Adverbiais
Agente da Passiva) FUNÇÕES
III. Termos Associados ao Nome
Adjunto Adnominal SINTÁTICAS
Predicativo
Complemento Nominal
Aposto
IV. Vocativo
A definição mais usada para o sujeito é aquele em que diz ser o agente que pratica a ação do
verbo.
QUEM É O SUJEITO?
Quem chegou feliz em casa? MINHA ESPOSA.
Sujeito Determinado
Sujeito Simples
Sujeito Composto
Sujeito Oculto
SUJEITO: NÓS
Sujeito Inexistente
A oração sem sujeito ocorre a partir de um verbo impessoal, em que a flexão de pessoa é
ausente.
PERCEBA O VERBO
Se tem verbo, É ORAÇÃO! Portanto, é uma Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
Reduzida do Infinitivo.
Oração que exerce a função de sujeito! E reduzida porque é curta, possuindo apenas 1 verno
justamente no infinitivo.
Vamos listar os verbos de ligação tradicionais: SER (estado permanente), ESTAR (estado
momentâneo), FICAR (mudança de estado), PARECER (estado aparente), TORNAR-SE
(mudança de estado), CONTINUAR (continuidade de estado), PERMANECER (estado
permanente), etc.
Note que os verbos de ligação são assim chamados, pois fazem uma ponte entre o nome e um
atributo.
Esse atributo recebe um nome especial: trata-se da função sintática do PREDICATIVO.
Alguns verbos ora podem fazer menção a ações, ou seja, serão nocionais; ora podem fazer
menção a estado, ou seja, serão de ligação.
Exemplos: nocional
Ele anda muito depressa.
Ele anda meio irritado com a situação.
Não nocional
O verbo ANDAR é nocional na primeira frase, pois está associado a uma ação (troque “andar”
por “caminhar”). Já na segunda frase é de ligação, pois está associado à ideia de estado (troque
“andar” por “estar”).
Verbos Nocionais
Os verbos nocionais se dividem em INTRANSITIVOS (VI) e TRANSITIVOS (VT). Os verbos
intransitivos se apresentam nas orações completos, ou seja, eles não precisam de
complemento. Já os transitivos não são completos, necessitando dos tais complementos.
TRANSITIVOS DIRETOS (VTD)
ONTEM
ÀS PRESSAS
Outra maneira de identificar os adjuntos adverbais é por meio do reconhecimento das
chamadas noções adverbiais ou circunstâncias verbais. Há várias delas. A seguir, uma lista
exemplificativa, e não exaustiva, das circunstâncias verbais:
- Tempo: Amanhã eu falarei com ele.
- Modo: Marina pediu-me gentilmente que fosse vê-la.
- Lugar: Estão todos aqui?
- Intensidade: Ele falou muito.
- Causa: Devido à chuva escassa, muitas plantas morreram.
- Afirmação: Certamente atenderei ao pedido.
- Negação: Não podemos esquecer de nossas responsabilidades.
- Dúvida: Talvez haja alguns problemas.
- Finalidade: Convidei meus amigos para um passeio.
- Meio: Viajarei de ônibus.
- Companhia: Fui ao museu com meus amigos.
- Instrumento: Redações devem ser escritas a lápis.
- Assunto: Falarei com ele sobre o ocorrido.
Vamos analisar sintaticamente uma oração:
Ainda resta esperança ao oponente.
Pergunta: Quem é o sujeito?
NÃO RESPONDA QUE É O OPONENTE. Pare de achar que o sujeito sempre é alguém ou o
nome de alguém.
Você precisa encontrar o sujeito de forma técnica. Vamos analisar:
Qual o verbo? Restar.
SUJEITO
Quem ou o que resta? ESPERANÇA.
Resta esperança A QUEM? AO OPONENTE. OBJETO INDIRETO
AGENTE DA PASSIVA
Os meus queridos alunos do Danilo Concursos conquistaram cem mil aprovações nos mais
disputados concursos públicos do Brasil.
IMPORTANTE!
Não confunda o adjunto adverbial com o adjunto adnominal. O primeiro está
associado a verbo, adjetivo ou outro advérbio, ao passo que o último só tem
olhos para substantivo.
Exemplos:
Praticamos dança de salão.
O termo “de salão” modifica o substantivo “dança”
Trata-se de um adjunto adnominal.
Praticamos dança no salão.
O termo “no salão” modifica o verbo “praticar” (praticar ONDE?)
Trata-se de um adjunto adverbial.
PREDICATIVO
O predicativo pode ser do sujeito ou do objeto. Dizer de quem é o predicativo não é tão
complicado, pois basta verificar quem é modificado por ele, se o sujeito ou o objeto.
O fato de haver intermediação por parte de um verbo na ligação do nome ao predicativo é o
que diferencia este do adjunto adnominal.
DICA IMPORTANTE!
O verbo é de ligação
somente se ele estiver
ligado a um predicativo.
Predicativo do Sujeito
Eu fiquei em casa, durante esta manhã.
O verbo “ficar” não é de ligação, pois não está ligado a um predicativo. Ele é INTRANSITIVO.
Note que “em casa” é um adjunto adverbial de lugar e “durante esta manhã”, um adjunto
adverbial de tempo.
Eu fiquei em casa, durante esta manhã, pensativo.
Agora sim, o verbo “ficar” é de ligação. Ele está ligado ao predicativo do sujeito “pensativo”. Os
termos “em casa” e “durante esta manhã” são adjuntos adverbiais, respectivamente de lugar e
de tempo.
O recurso foi julgado improcedente pela comissão
Observe que “improcedente” é atributo de “recurso”, tendo a forma verbal “ser julgado” como
intermediário. O termo “improcedente” é, portanto, um predicativo do sujeito “O recurso”.
Predicativo do Objeto
O Predicativo do Objeto ocorre geralmente com os chamados verbos transobjetivos,
responsáveis por indicar julgamento, opinião ou designação.
Entre os principais verbos transobjetivos, destacamos julgar, achar, considerar, deixar, nomear,
etc.
A população o considerou um salvador da Pátria.
Deixei minhas alunas revoltadas.
Julguei impossível a classificação do time para a série A.
Achei bem organizado seu projeto.
Chamaram-lhe de impostor.
Complemento Nominal
Os nomes também podem pedir complemento. Os Complementos Nominais preenchem
lacunas de sentido deixadas por substantivos, adjetivos ou advérbios
Ex: Nós temos amor por nossa família.
Note que o substantivo “amor” pede complemento (Amor por quê/quem?) ;
O termo “por nossa família” é, portanto, complemento nominal.
Aposto Especificador
Esse aposto particulariza um termo, especificando-o. Veja as frases a seguir:
O professor Danilo acredita no potencial dos seus alunos.
Dentre tantos professores, está-se especificando qual deles: Danilo.
Trata-se de um aposto especificador, portanto.
IMPORTANTE
Não confunda o aposto especificador com o adjunto adnominal. O primeiro guarda
uma relação de equivalência com o nome; o segundo, não!
A cidade de Brasília está em festa.
(cidade = A; Brasília = B; A = B, o que faz de “de Brasília” um aposto especificador)
O clima de Brasília é muito maluco.
(clima = A; Brasília = B; A ≠ B, o que faz de “de Brasília” um adjunto adnominal)
Aposto Enumerativo
Como o próprio nome diz, expressa enumerações, introduzidas geralmente por dois pontos ou
expressões de enumeração – como, tais como, a saber, entre os quais, etc.
Ex: Várias foram as razões do acidente aéreo: o mau tempo, a imperícia do piloto, a falta de
manutenção da aeronave, o desleixo dos operadores de voo, etc.
Aposto Distributivo
Como o próprio nome diz, esse aposto distribui informações relativas a termos já citados.
Observe:
Ex: Direito Constitucional e Direito Civil são disciplinas que me dão nos nervos: a primeira, com
suas infindáveis mandamentos; a segunda, com suas regras repletas de exceções.
Aposto Explicativo
O aposto explicativo consiste numa informação adicional referente a um nome. Caracteriza-se
por ser isolado por vírgulas, travessões ou parênteses.
Observe:
Língua Portuguesa, uma das mais fascinantes disciplinas, é matéria chave em qualquer
concurso.
TIPOS DE PREDICADO
Predicado Verbal
O predicado verbal é aquele cujo núcleo significativo é um verbo nocional. Não há verbos de
ligação nem predicativos nesse tipo de predicado.
Exemplos:
Os homens trabalhavam muito. (Núcleo do Predicado: trabalhavam)
Chove muito nesta época do ano. (Núcleo do Predicado: chove)
Predicado Nominal
O predicado nominal é aquele cujo núcleo significativo é um predicativo. Nele há presença de
verbo de ligação.
Exemplos:
Ela é muito bonita. (Verbo de Ligação + Predicativo Núcleo do Predicado)
Antônio é um bom aluno. (Verbo de Ligação + Predicativo Núcleo do Predicado)
Ele estava triste. (Verbo de Ligação + Predicativo Núcleo do Predicado)
Predicado Verbo-Nominal
O predicado verbo-nominal é aquele que tem como núcleos significativos um verbo que não
seja de ligação e um predicativo.
Exemplos:
O dia amanheceu ensolarado.
Núcleo verbal: amanheceu
Núcleo nominal: ensolarado (predicativo do sujeito)
VOCATIVO
O vocativo é o termo utilizado para invocar alguém ou algo. É um chamamento, direcionado a
um interlocutor. Vem sempre isolado por vírgulas, esteja onde estiver na oração.
Exemplos:
Professor, o senhor poderia nos tirar uma dúvida?
Ajude-me, meu Deus, a entender Português!
“Meu caro amigo, me perdoe por favor / Se eu não lhe faço uma visita” (Chico Buarque)
PORTUGUÊS 5
Quando uma oração carece de alguma função sintática em sua composição, ela pode
necessitar de outra oração para desempenhar essa função que lhe falta – um sujeito, um objeto,
um adjunto. Quem necessita é a ORAÇÃO PRINCIPAL; Quem complementa é a ORAÇÃO
SUBORDINADA. Vamos a um exemplo?
Avisou o quê? Que iria faltar à aula. (Objeto Direto)-> Mas temos um verbo nesse objeto
direito.
E, se tem verbo, é uma ORAÇÃO!
Uma oração que sozinha não tem sentido próprio. Portanto, ORAÇÃO SUBORDINADA.
Lado outro, se as orações que compõem o período são ambas completas do ponto de vista
sintático, não havendo lacuna qualquer a ser preenchida, dizemos que cada uma delas é
COORDENADA ou que as orações que formam o período são coordenadas entre si.
Ex João é um excelente aluno, mas é preguiçoso às vezes.
Exercem funções sintáticas típicas de substantivos: sujeito, objeto direto, objeto indireto,
predicativo, complemento nominal e aposto.
Uma dica consagrada para identificar orações do tipo substantivas é substituí-las por uma
forma pronominal substantiva. A mais comum substituição é pela forma demonstrativa ISTO.
Vejamos uma a uma. Se você nunca aprendeu isso, vai aprender agora!
IMPORTANTE
Nas orações objetivas indiretas e completivas
nominais, é normal a elipse (omissão) da preposição.
IMPORTANTE
Cuidado para não confundir a oração subjetiva com a
predicativa.
Recebem esse nome as orações subordinadas que exercem a função de aposto da oração
principal. Sua característica principal está na separação por dois-pontos, vírgulas ou
travessões.
Tenho uma grande meta para o próximo ano: que seja aprovado no concurso.
É possível reescrever o período da seguinte forma: Tenho uma grande meta para o
próximo ano: ISTO.
Logo, a oração “que nosso PDF seja um dos melhores do Brasil” é subordinada do tipo
SUBSTANTIVA.
O pronome ISTO exerce a função sintática de APOSTO na oração “Tenho uma grande
meta para o próximo ano: ISTO”.
Logo, a subordinada substantiva “que nosso PDF seja um dos melhores do Brasil”
desempenha função de APOSTO. Sua classificação é ORAÇÃO SUBORDINADA
SUBSTANTIVA APOSITIVA
IMPORTANTE!!!
O “QUE” e o “SE” que introduzem ORAÇÕES
SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS são
tipicamente identificados como
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
INTEGRANTES.
Perceba que na oração acima nem todos os alunos estudaram e apenas os que estudaram
passaram no concurso. (ESTÁ RESTRINGINDO)
ATENÇÃO: Questão clássica de prova é colocar no enunciado esses dois tipos de oração
adjetiva e afirmar que se retirar as vírgulas ou colocá-las serão mantidas a correção e a
semântica.
ESSA AFIRMATIVA É FALSA. A correção é mantida, MAS A SEMÂNTICA MUDA!
O pronome relativo introduz orações do tipo adjetivas e uma das formas de identificá-lo é
substitui-lo pelas formas O(S) QUAL(IS), A(S) QUAL(IS).
Já a conjunção integrante introduz orações do tipo substantivas. Para identificar uma oração
substantiva, uma estratégia é aglutinar o conteúdo da oração numa forma pronominal
substantiva. A que usamos costumeiramente é a forma ISTO.
PRONOMES EXERCE
FUNÇÃO
RELATIVOS
SINTÁTICA
NÃO EXERCE
CONJUNÇÕES
FUNÇÃO
INTEGRANTES
SINTÁTICA
Apenas conectam a oração principal à subordinada substantiva, não sendo sua atribuição
substituir nenhum termo.
OI
Quem se expõe, se expõe A ALGO: VTI
Ex: Os riscos de que temos receio estão sob controle.
Assim são chamadas as subordinadas que exercem a função de adjuntos adverbiais da oração
principal.
São ao todo 9(nove) tipos de orações subordinadas adverbiais: CAUSAIS, CONSECUTIVAS,
COMPARATIVAS, CONFORMATIVAS, CONDICIONAIS, CONCESSIVAS, TEMPORAIS,
PROPORCIONAIS e FINAIS.
Para um excelente desempenho neste assunto, aconselho sempre procurar o sentido das
orações. Não busque decorar apenas as conjunções que encabeçam os períodos.
Vejamos a lista das principais conjunções e locuções conjuntivas responsáveis por introduzir a
ideia de CAUSA:
Relação de causa
IMPORTANTE
A conjunção COMO nem sempre terá valor semântico CAUSAL. Como veremos a seguir,
poderá assumir valores de COMPARAÇÃO, CONFORMIDADE e ADIÇÃO.
Cuidado com a conjunção PORQUANTO, de uso raro no cotidiano, porém bastante
presente nas provas.
Cuidado com a locução conjuntiva NA MEDIDA EM QUE! Não confunda com À MEDIDA
QUE, de valor proporcional! Vale ressaltar que À MEDIDA EM QUE não existe!
Cuidado com a locução HAJA VISTA. Ela é INVARIÁVEL!
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS CONSECUTIVAS
Esse é o nome dado às orações adverbiais que expressam a ideia de CONSEQUÊNCIA.
Principais conjunções e locuções conjuntivas responsáveis por introduzir a ideia de
CONSEQUÊNCIA:
IMPORTANTE!!!
Observe: Ele se desentendeu com o técnico, porque tinha uma personalidade muito forte.
= Ele tinha uma personalidade tão forte, que se desentendeu com o técnico.
Cuidado com enunciados que pedem para você identificar a causa e a consequência. Vale a
pena, se for o caso, reescrever a frase, para buscar uma ou outra ideia. Se, na reescrita,
aparecer um “porque”, a informação introduzida por este será de causa; já, se na reescrita,
aparecer um “consequentemente”, a informação introduzida por este será de consequência.
IMPORTANTE
É bastante comum o verbo na oração adverbial comparativa aparecer implícito.
IMPORTANTE!!!
As expressões “TANTO... QUANTO”, “TANTO... COMO”, “ASSIM
... COMO” também podem expressar a ideia de ADIÇÃO.
Devemos ler a frase e entender se há uma soma de ideias ou uma
comparação entre quantidades ou intensidades.
Perceba que a conjunção COMO aparece pela terceira vez. É preciso distinguir o calor
semântico do COMO, que pode ser CAUSAL, COMPARATIVO e CONFORMATIVO. Observe
as frases a seguir:
I – Como ainda não tinha estudado o assunto, não consegui resolver o exercício.
CAUSA
II – Aquele goleiro é ágil como um gato!
COMPARAÇÃO
III – Resolvi aquela questão como o professor havia ensinado em sala.
CONFORMATIVA
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS CONDICIONAIS
A ideia de condição traduz uma hipótese, algo ainda não concretizado, ou seja, anterior ao fato.
Principais conjunções e locuções conjuntivas responsáveis por introduzir a ideia de CONDIÇÃO
Note a presença do SE, agora expressando condição. Nessa acepção, sua identificação se torna
facilitada, fazendo-se a reescrita com o conector CASO.
Exemplos:
Poderia fazer silêncio se não for incômodo?
Poderia fazer silêncio CASO não seja incômodo?
Exemplos:
Mesmo sendo seu primeiro concurso público, ele obteve uma excelente classificação.
IMPORTANTE!!!
Cuidado para não confundir
PORQUANTO com CONQUANTO. São
muitas as questões que tentam induzir o
aluno a essa confusão. Note que
PORQUANTO lembra PORQUE, logo
expressa CAUSA; já CONQUANTO
lembra CONCESSÃO.
IMPORTANTE!
O conector QUANDO pode expressar TEMPO, CONDIÇÃO ou
CONCESSÃO. A torcida vaiou o técnico quando anunciaram a
substituição. = A torcida vaiou o técnico no momento em que
anunciaram a substituição.
A informação constante na oração principal se processa numa razão, numa taxa, numa
proporção, em relação à informação constante na oração subordinada.
Conjunções responsáveis por introduzir a ideia de PROPORÇÃO:
Ex: Enquanto a renda do trabalhador cai devido ao desemprego, o preço dos alimentos
continua subindo.
IMPORTANTE!
Não confunda À MEDIDA QUE com NA MEDIDA EM QUE. O
primeiro é PROPORCIONAL e equivale a QUANTO MAIS ...
MAIS; já o segundo é CAUSAL e equivale a PORQUE.
Ex: O Brasil está longe de ser considerado um país desenvolvido, na medida em que possui
péssimos indicadores de IDH.
= O Brasil está longe de ser considerado um país desenvolvido, porque possui péssimos
indicadores de IDH.
Ex: Torno-me fã incondicional deste escritor à medida que leio suas obras.
= Quanto mais leio suas obras, mais fã incondicional deste autor fico.
São assim denominadas as orações que expressam a ideia de finalidade, que significa objetivo,
meta, propósito.
Ela não é introduzida por conjunção subordinativa nem por pronome relativo – no máximo
ela é iniciada por preposição;
A forma verbal nela presente está numa das três formas nominais – infinitivo, gerúndio e
particípio.
Ex: Estudando com bastante foco para o concurso, conseguirá sua tão sonhada aprovação.
A oração em destaque não está introduzida por conjunção e sua forma verbal se encontra
no gerúndio.
Reescrevendo a frase, é possível identificar nela um sentido de causa: Obteve sua tão
sonhada aprovação, porque estudava com bastante foco para o concurso.
Trata-se, assim, de uma oração subordinada adverbial causal reduzida de gerúndio.
Temos ao todo 5(cinco) orações. Note que não dependência sintática entre elas.
As 4(quatro) primeiras orações não são introduzidas por conjunção. São ASSINDÉTICAS.
Já a última oração – “e retornou para a sua casa” – é introduzida pela conjunção coordenativa
(pois agora a oração é coordenada) aditiva “E”. Trata-se de uma ORAÇÃO COORDENADA
SINDÉTICA.
IMPORTANTE!!!
As conjunções NEM e TAMPOUCO equivalem a “E NÃO”.
Ex: Cometeu um crime grave e foi punido exemplarmente. (Note que o E possui valor
consecutivo)
Ex2: Jogou os noventa minutos como titular, e não deu um chute a gol sequer. (Note que o E
introduz um contraste, uma oposição)
IMPORTANTE!!!
A locução NÃO OBSTANTE tem valor concessivo quando acompanhada de verbo no
subjuntivo; tem valor adversativo, acompanhada de verbo no indicativo.
Ex: Ele agradou ao público, não obstante fosse desprestigiado por seus superiores.
(CONCESSIVO)
Tente trocar por "muito embora" Subjuntivo
Ex2: Ele agradou ao público, não obstante foi desprestigiado por seus superiores.
(ADVERSATIVO)
Tente trocar por "porém, no entanto, mas"
Indicativo
A principal dica para não confundir é de que a conclusão expressa na oração coordenada não
depende de uma quantificação ou intensificação da ideia presente na oração coordenada
anterior.
Ex2: Eu e minha esposa vamos mudar de cidade, por isso vamos ter que pedir demissão.
IMPORTANTE!!!
O conector POIS pode ser explicativo ou conclusivo. No primeiro caso,
equivale a PORQUE e antecede a forma verbal na oração em que se
encontra. No segundo caso, equivale a PORTANTO e se posiciona
após a forma verbal na oração em que se encontra.
Exemplos:
Chegou atrasado ao trabalho, pois ficou preso no congestionamento.
= Chegou atrasado ao trabalho, porque ficou preso no congestionamento.
(Note que o POIS se posiciona antes da forma verbal FICOU)
Bons estudos!!!!
PORTUGUÊS
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA
SUMÁRIO
PORTUGUÊS 6
1.SUJEITO SIMPLES
Concordância com PRONOMES DE TRATAMENTO
Concordância com NÚCLEO DO SUJEITO COLETIVO
Concordância com a expressão MAIS DE UM
Concordância com EXPRESSÕES PARTITIVAS
Concordância com UM (A) DOS (AS) + SUBSTANTIVO/PRONOME + QUE
Concordância com PALAVRAS PLURAIS
Concordância com PRONOME DEMONSTRATIVO/INTERROGATIVO/INDEFINIDO + DE NÓS/VÓS
Concordância com PRONOMES RELATIVOS QUE e QUEM
SUJEITO COMPOSTO
Concordância com Sujeito Composto – Núcleos ligados por E
Concordância com Sujeito Composto – Núcleos ligados por OU
Concordância com Sujeito Composto – NEM...NEM, UM E OUTRO
Concordância com Sujeito Composto – Núcleos ligados por COM
CASOS ESPECIAIS
Concordância envolvendo o SE
Concordância com VERBOS IMPESSOAIS
Concordância com HORAS e DATAS
Concordância com o verbo PARECER
Concordância com o SUJEITO ORACIONAL
Concordância do INFINITIVO
Concordância do verbo SER
SUBSTANTIVO E ADJETIVO
CONCORDÂNCIA
DEVEM CONCORDAM EM
NOMINAL: GÊNERO E NÚMERO.
O grande segredo para se sair bem nas questões sobre concordância verbal está em saber
identificar o sujeito da oração.
Vejamos 2 orações como exemplo:
I - "As denúncias não suficientemente esclarecidas quanto ao comportamento do Ministro da
Fazenda nos deixou ainda mais constrangidos, não só a mim, mas a companheiros do governo.
sujeito
II – “Permaneceu fechado durante o feriado grande parte das agências bancárias na capital e
no interior.”
sujeito
concordância nominal equivocada
SUJEITO SIMPLES
Sujeito Coletivo
Quando o núcleo sujeito é um substantivo coletivo, o verbo concorda com este no singular. É
o caso da frase II.
Importante
Sendo o núcleo do sujeito os numerais milhão, bilhão, etc., a concordância segue a mesma
lógica: pode-se concordar com o núcleo numeral ou com os integrantes do numeral (núcleo do
adjunto adnominal).
Trata-se da concordância com a expressão “Mais de...”, “Menos de...”, “Cerca de”, “Perto de”,
etc.
IMPORTANTE
A expressão “Mais de um” exige que a forma verbal
fique no singular. Havendo, no entanto, a ideia de
reciprocidade, o verbo irá para o plural.
No caso, a ideia de parte é dada pelo numeral “um”. Dessa forma, o verbo tanto pode ficar no
singular – concordando com o numeral “um”- como pode concordar com o substantivo plural
ou pronome que antecede o pronome relativo que.
Observação:
Atente para o caso particular da expressão “UM DOS
QUE”, equivalente a “UM DAQUELES QUE”.
Exemplos:
Foi um dos que se voluntariou.
Foi um dos que se voluntariaram.
Esse caso ocorre com palavras plurais que designam singular. É o caso de alguns topônimos
(nomes de lugar) e títulos de obras.
No caso de nomes de obras, estando o título determinado por artigo, entende-se ser opcional
a concordância no singular ou plural.
Exemplos:
Os Intocáveis marcou uma geração. (CORRETO)
Os Intocáveis marcaram uma geração. (CORRETO)
ou com os
pronomes
“nós” ou “vós”
verbo
concordará ou com os
pronomes
indefinidos “Quais”,
“Quantos”, “Alguns
na 3ª pessoa
do plural.
3ª pessoa do
verbo ficará
singular.
Se o sujeito for o pronome relativo QUE, o verbo concordará em número e pessoa com o
antecedente deste pronome.
Se o sujeito for o pronome QUEM, o verbo poderá concordar com este na 3ª pessoa do
singular ou com o seu antecedente.
Isso ocorre, pois o pronome “QUE” não possui pessoa, forçando o verbo a concordar com o
antecedente.
Já o pronome “QUEM” possui pessoa – 3ª do singular -, dando ao verbo as duas opções de
concordância.
IMPORTANTE!!!
Havendo antes do relativo QUE um substantivo
com elemento preposicionado, o QUE pode tanto
retomar o substantivo como o núcleo do elemento
preposicionado. Isso permite que a concordância
do verbo que tem o relativo QUE como sujeito se
dê com essas duas opções de antecedente. Há de
se julgar, no entanto, se a escolha de uma ou outra
concordância implica alguma alteração de sentido!
IMPORTANTE
Caiu em prova!
Séculos mais tarde, Portugal fundou-se como nação, ao mesmo tempo em que o
português ganhou seu estatuto de língua, da seguinte forma: enquanto Portugal estabelecia
as suas fronteiras no século XIII, o galego-português patenteava-se em forma literária.
... uma expansão de conquistas que, à imagem do que Roma fizera, levou a língua portuguesa a
remotas regiões...
Fazendo as alterações sugeridas, teríamos a oração adjetiva “que... levaram a língua portuguesa
a remotas regiões”. Nela se observa a concordância da forma verbal plural “levaram,” com o
termo antecedente “conquistas”, retomado pelo pronome relativo “que”.
SUJEITO COMPOSTO
Note que o primeiro conjunto de frases está na ordem direta (primeiro o sujeito, depois o
verbo)! Nessa situação, temos as seguintes possibilidades:
O verbo também pode ficar no singular se os núcleos do sujeito composto forem quase
sinônimos ou estiverem em gradação.
Quando o sujeito composto se posiciona após o verbo, ou este concorda no plural ou com o
núcleo mais próximo.
Se a expressão introduzida pelo COM NÃO estiver isolada por vírgulas, entende-se que ela faz
parte do sujeito. Sendo assim, o verbo fica no PLURAL.
Se a expressão introduzida pelo COM estiver isolada por vírgulas, entende-se que ela não faz
parte do sujeito. Trata-se de um adjunto adverbial de companhia. Sendo assim, o verbo fica no
SINGULAR. Note que, na frase, o SE está ladeado do verbo “verificar”.
Como se trata de um verbo VTD (Quem verifica verifica
ALGO), o SE assume papel de PARTÍCULA
CASOS ESPECIAIS APASSIVADORA, tendo como missão transformar o
objeto direto – no caso “erros graves” – em sujeito
paciente. Como o sujeito paciente “erros graves” possui
Concordância envolvendo o SE núcleo plural, faz-se necessário flexionar o verbo na forma
PA plural “se verificaram”.
Não se verificaram, durante a auditoria, erros graves.
Não se acreditou, mesmo com todos os depoimentos de testemunhas de defesa, na sua
versão. IIS
IMPORTANTE RELEMBRAR:
Partícula Apassivadora
>> ladeada de verbos VTD ou VTDI
>> missão: transformar o OD em Sujeito Paciente.
SE
Índice de Indeterminação do Sujeito
>> ladeado de verbos VI, VTI ou VL
>> missão: indeterminar o sujeito e fixar o verbo na 3ª pessoa do
singular.
Verbo “fazer”, quando faz menção à ideia de tempo decorrido. Ele também será flexionado
unicamente na 3ª pessoa do singular.
Quando um verbo é impessoal, ele transforma o seu auxiliar em verbo impessoal também (o
auxiliar seria, em linguagem popular, um impessoal “por tabela”). Tornando-se impessoal, o
auxiliar passa a ser flexionado unicamente na 3ª pessoa do singular.
A locução verbal “dever existir” possui sujeito plural “soluções para o país”, o que justiça a
flexão do verbo no plural.
É 1h30min.
Bateu 1h30min.
São 13h30min
Deu o relógio 13h30min.
Hoje é/são 18 de dezembro.
Os verbos SER, BATER, SOAR e DAR concordam com o numeral que indica horas.
Quando houver sujeito representado por “relógio”, “sino”, etc., o verbo concordará com estes, e
não com o numeral.
No caso de datas, há duas opções:
Hoje é (dia) 18 de dezembro.
JAMAIS FLEXIONE OS
Hoje são 18 (dias) de dezembro. DOIS:
PARECEM ESTAREM
Concordância com o verbo PARECER
Concordância do INFINITIVO
Quando o sujeito da oração de infinitivo está oculto, pode-se optar pela forma flexionada ou
não flexionada do infinitivo.
Para considerar, portanto, o sujeito expresso, ele precisa estar explícito na oração em que se
encontra o infinitivo. É o que ocorre nas frases do caso 1.
Torna-se opcional o emprego da forma flexionada ou não flexionada. Empregar a forma não
flexionada – “conversar” – enfatiza a ação e si; empregar a forma flexionada – “conversarem” –
destaca o agente da ação. É uma opção de estilo, portanto!
Caso 4) O infinitivo compõe uma locução verbal Caso mais presente nas provas!
Caso 1) Se o verbo SER estiver entre pronome reto e qualquer coisa, a concordância se dará com o
pronome reto.
Caso 2) Se o verbo SER estiver entre pessoa e coisa, a concordância se dará com a pessoa.
Caso 3) Se o verbo SER estiver entre duas coisas, dá-se preferência à coisa plural, esteja ela no
sujeito ou no predicativo.
ii) Se o sujeito for um pronome interrogativo, o verbo SER concordará necessariamente com o
predicativo.
Quem são vocês?
Que são palavras?
Caso 4) Quando aparece nas expressões é muito, é pouco, é bastante o verbo SER fica no singular,
quando indicar quantidade, distância, medida, valor, custo.
Dez reais é pouco para irmos ao cinema.
Vinte mil reais é muito para um profissional recém-formado.
A concordância nominal, muitas vezes, é regida pela eufonia, que significa “bom som”, “som
agradável”. Mesmo que você desconheça a regra, pelo lembrete do som você consiga acertar
as questões.
Observação!
Cuidado com as pegadinhas!
As bancas vão afirmar que as seguintes
construções estão corretas:
Houve um aumento do consumo de
frango e carne bovinos.
Houve um aumento do consumo de
frango e carne bovina.
Algumas palavras podem possuir valor adjetivo ou adverbial. Quando adjetivas, variam em
gênero e número, conforme o substantivo. Quando adverbais, não variam.
ANEXO EM ANEXO
ADJETIVO
SÓ SÓS A SÓS
Outra possibilidade é a expressão “o mais... possível” concordar com a palavra que está sendo
intensificada, no caso o adjetivo.
Os vocábulos milhar, milhão e bilhão são substantivos masculinos. Isso significa que os artigos
ou os numerais que os acompanham deverão concordar com eles.
Bons estudos!!!!
PORTUGUÊS
SINTAXE DE REGÊNCIA E
EMPREGO DA CRASE
SUMÁRIO
PORTUGUÊS 7
CRASE
NÃO OCORRE A CRASE
... antes de verbo
... antes de palavras masculinas
... antes de pronomes de tratamento, exceção feita a SENHORA, SENHORITA, DONA, MADAME
... antes de pronomes em geral:
... em locuções formadas por palavras repetidas:
... quando o "a" vem antes de uma palavra no plural:
necessitar de algo
precisar de algo
assistir (sentido de
ajudar, prestar --- alguém
socorro)
assistir (sentido de
a algo
ver)
necessidade de algo
TERMO REGENTE é o que rege, ou seja, é aquele que comanda, que tem uma necessidade e
precisa que esta seja suprida. Os termos regentes, como podemos ver na tabela, são VERBOS
– no caso, NECESSITAR, PRECISAR, e ASSISTIR - ou NOMES (substantivos, adjetivos ou
advérbios) – no caso, NECESSIDADE.
Quando se quer saber a regência correta, deve-se "perguntar ao verbo, conforme exemplos
abaixo:
Existem alguns termos regentes que admitem mais de uma regência, mantendo seu sentido
original. É, por exemplo, o caso do verbo ATENDER, que tanto pode ser TRANSITIVO DIRETO
ou TRANSITIVO INDIRETO com objeto indireto introduzido pela preposição A.
Além disso, há termos regentes que admitem regências distintas para sinalizar significados
distintos. É o caso do verbo ASPIRAR – no sentido de INALAR, ABSORVER, é um verbo
TRANSITIVO DIRETO (Nós aspiramos o perfume das flores); já no sentido de ALMEJAR,
DESEJAR, é um verbo TRANSITIVO INDIRETO com objeto indireto introduzido pela preposição
A (Nós aspiramos ao cargo público).
Sempre que verbo ou nome presentes numa oração adjetiva solicitarem preposição para se
ligar ao termo antecedente substituído pelo relativo, a preposição deve ser posicionada ANTES
do pronome relativo!
Façamos um teste:
GOSTAMOS DO PROFESSOR
DE que gostamos pediu dispensa médica.
O professor ____ TIRAMOS DÚVIDAS COM O PROFESSOR
COM que costumamos tirar dúvidas está de férias.
____
TEMOS CARINHO PELO PROFESSOR
POR que temos grande carinho está adoentado.
____
EM que confiamos divergiu do gabarito oficial divulgado. CONFIAMOS NO PROFESSOR
____
A que nos referimos ministra aulas no nosso curso.
____
REFERIMO-NOS AO PROFESSOR
____ que admiramos pediu para se aposentar.
ADMIRAMOS O PROFESSOR
NÃO EXIGE
PRONOMES PREPOSIÇÃ
RELATIVOS O
Observação:
Alguns verbos podem ou não ser
pronominais, o que impacta a
regência.
Exemplos:
COMUNICAR – comunicar alguém/comunicar-se COM alguém;
ABORRECER – aborrecer alguém/aborrecer-se COM alguém;
ENTREGAR – entregar algo/entregar-se A algo;
DEFENDER – defender alguém/defender-se DE alguém.
Exemplos:
ARREPENDER-SE: arrepender-se DE algo;
INDIGNAR-SE: indignar-se COM algo;
QUEIXAR-SE: queixar-se DE algo/alguém;
ATREVER-SE: atrever-se A algo;
CUIDADO!
Alguns verbos são equivocadamente empregados no dia a dia como pronominais.
É o caso dos verbos SIMPATIZAR, ANTIPATIZAR, SILENCIAR, SOBRESSAIR, PROLIFERAR, ...
O funcionário se sobressaiu no projeto. (ERRADO)
O funcionário sobressaiu no projeto. (CERTO)
O candidato se silenciou diante da pergunta invasiva do repórter. (ERRADO)
O candidato silenciou diante da pergunta invasiva do repórter (CERTO)
Muitos se simpatizam com minhas ideias. (ERRADO)
Muitos simpatizam com minhas ideias. (CERTO)
É bastante comum a exploração desse tipo de erro com os verbos acima listados, em especial
SIMPATIZAR e SOBRESSAIR. Tomem cuidado! Eles não são pronominais!
PRINCIPAIS REGÊNCIAS
AGRADAR
AGRADECER
Exemplos:
Agradeci sua ajuda. (= Agradeci-a)
Agradecemos as doações. (= Agradecemo-las)
Exemplos:
Os internautas agradeceram ao apresentador. (= Os internautas lhe agradeceram).
O cliente agradeceu ao gerente pelo atendimento. (= O cliente lhe agradeceu)
Exemplos:
Agradeci ao apresentador o apoio.
Agradeci aos internautas as doações.
ASPIRAR
Exemplo:
Marta aspirava o perfume das rosas.
ATENÇÃO!!!
O verbo ASPIRAR não admite o emprego do pronome LHE
para substituir seu OBJETO INDIRETO. Seremos obrigados
a empregar as formas oblíquas tônicas A ELE, A ELA.
Todos nós aspiramos ao cargo.
= Todos nós lhe aspiramos. (ERRADO)
= Todos nós aspiramos A ELE. (CERTO)
ASSISTIR
ATENÇÃO!!!
O verbo ASSISTIR, no sentido
de VER, PRESENCIAR, não
admite o emprego do pronome
LHE para substituir seu
OBJETO INDIRETO. Seremos
obrigados a empregar as
formas oblíquas tônicas A ELE,
A ELA.
Exemplo:
Nós assistimos AO FILME.
= Nós LHE assistimos. (ERRADO)
= Nós assistimos A ELE. (CERTO)
Exemplo:
Chamei o professor em minha sala para uma reunião urgente.
Exemplo:
Chamei (por) meu pai no momento de maior aflição.
CUSTAR
Exemplos:
A derrota no clássico custou o emprego ao técnico.
A prepotência custou-lhe (a ele) muitas amizades perdidas.
HAVER
Exemplos:
Havia problemas sérios na empresa.
Reclamações houve durante a operação.
Exemplos:
Eles se houve bem na cerimônia, não criando polêmicas. (= se comportou)
Eles se houveram com uma multidão furiosa. (se depararam)
Exemplos:
O Estado houve uma infinidade de recursos dos contribuintes.
Muitas instituições houveram doações de internautas promovidas nas redes sociais.
IMPLICAR
Exemplos:
A despesa com elementos supérfluos implicará gastos desnecessários.
Maior consumo implica mais despesas por parte da empresa.
= TRANSITIVO INDIRETO, no sentido de EMBIRRAR, TER IMPLICÂNCIA COM ALGUÉM
Exemplo:
Os alunos implicaram com o professor.
LEMBRAR/ESQUECER
Exemplo:
Esqueci o nome dela.
Lembrei o nome dela.
Exemplo:
Esqueci-me do nome dela.
Lembrei-me do nome dela.
Exemplo:
Esqueceu-me a pauta da reunião.
Esqueceu a você o nome dele.
Exemplo:
Lembrei meu chefe da reunião de logo mais.
O assessor lembrou vários números relevantes ao seu chefe durante a reunião.
ATENÇÃO!!!
Diante de uma oração subordinada substantiva objetiva
indireta, é possível omitir a preposição DE exigida pela
forma pronominal “ESQUECER-SE” ou “LEMBRAR-SE”.
Exemplo:
Nós nos esquecemos (de) que não haveria aula.
OBEDECER/DESOBEDECER
Exemplos:
Obedecia ao mestre.
Obedecia à sinalização de trânsito.
Eles desobedeceram À sinalização de trânsito.
ATENÇÃO!!!
O verbo OBEDECER, embora seja TRANSITIVO INDIRETO, admite
construção em voz passiva.
O agente público não obedeceu à decisão da Justiça. (VOZ ATIVA)
= A decisão da Justiça não foi obedecida pelo agente público. (VOZ
PASSIVA)
PAGAR/PERDOAR
Exemplos:
Perdoei suas dívidas (= Perdoei-as)
Paguei minhas constas (= Paguei-as)
Exemplos:
O pai não perdoou ao filho (= O pai não lhe perdoou).
O cliente não pagou ao lojista (O cliente não lhe pagou).
PREFERIR
Diferentemente da linguagem coloquial, este verbo não se constrói com a locução DO QUE, e
sim com a preposição A.
Exemplo:
Prefiro MAIS café DO QUE chá (ERRADO)
Prefiro café A chá (CERTO)
PROCEDER
Exemplos:
Seus argumentos não procedem.
Ele procede com elegância diante de tantos insultos agressivos.
= no sentido de “ORIGINAR-SE”, é INTRANSITIVO e é acompanhado de ADJUNTO
ADVERBIAL INTRODUZIDO PLEA PREPOSIÇÃO DE.
Exemplos:
Tais informações procedem das mais diversas fontes.
O material apreendido procede da China.
Exemplos:
O relator do caso procedeu à leitura dos autos.
A comissão procedeu ao exame dos recursos impetrados.
ATENÇÃO!!!
O verbo “PROCEDER” é outro verbo que não admite o pronome LHE como objeto indireto.
Deve-se empregar
no lugar a forma oblíqua tônica A ELE(S), A ELA(S).
O relator procedeu à leitura dos autos.
= O relator lhe procedeu. (ERRADO)
= O relator procedeu a ela. (CERTO)
QUERER
Exemplo:
Juro que quero muito a você. (= Juro que lhe quero muito)
VISAR
Exemplo:
O pai trabalhava visando ao conforto dos filhos.
ATENÇÃO!
O pronome oblíquo LHE não é usado como objeto indireto do verbo VISAR. No lugar, deve-se
empregar a forma oblíqua tônica A ELE, A ELA.
Esta ação visa ao bem-estar social.
= Esta ação lhe visa. (ERRADO)
= Esta ação visa a ele. (CERTO)
Admite-se a omissão da preposição A antes de verbo no infinitivo.
Este relatório visa (a) esclarecer as causas do acidente aéreo.
ABDICAR DESFRUTAR
O rei abdicou o trono Desfrutemos a vida.
O rei abdicou do trono Desfrutemos da vida.
ATENTAR
GOZAR
Atente o que estiver escrito.
Gozou a vida com intensidade.
Atente ao que estiver escrito.
Atente para o que estiver escrito. Gozou da vida com intensidade.
ANSIAR DEPARAR
Deparei com um gigantesco problema.
Anseio um mundo justo.
Deparei um gigantesco problema.
Anseio por um mundo justo.. Deparei-me com um gigantesco problema.
CASOS DE REGÊNCIA NOMINAL
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
CASO GERAL
À = A (preposição) + A (artigo)
ÀS = A (preposição) + AS (artigo)
Para se haver crase, é necessário se fazer uma soma: soma-se a preposição A - solicitada pela regência
de um verbo ou de um nome - com o artigo definido A ou AS - solicitado por uma palavra feminina.
DICAS:
Exemplos:
Voltamos a contemplar a lua.
Estou disposto a estudar.
Exemplos
Gosto muito de andar a pé.
Passeamos a cavalo.
... antes de pronomes de tratamento, exceção feita a SENHORA, SENHORITA, DONA, MADAME,
...:
Exemplos:
Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza
Dirigiu-se à Sra. com aspereza.
Atenção!
Por que senhora, senhorita e dona aceitam
crase?
Se substituirmos “senhora” por “senhor”,
teremos “Entregaram o convite ao senhor”.
Dessa forma, se “senhor” solicita artigo
definido, “senhora” também o deverá
solicitar.
Exemplos:
Não vou a qualquer parte.
Fiz alusão a esta aluna.
Tente iniciar com frase com os pronomes ELA, ESTA, ESSA, MESMA...
Ela é bonita. Perca que você não consegue iniciar com (A ela é bonita)
ATENÇÃO!!!
Tenha cuidado também com a pegadinha da crase
facultativa no “às”. Cuidado! Uma vez presente o acento
na forma plural “às”, não há como omitir esse acento sem
que se façam outras alterações.
CRASE OBRIGATÓRIA
Exemplos:
Chegou à tarde.
Falou à vontade.
O prédio estava às moscas.
Ele saiu à francesa.
À medida que o tempo avança, ele se torna mais habilidoso.
Posicionai-me à frente do palco.
Aqui se trata de uma LOCUÇÃO, seja de que tipo for – adjetiva, adverbial, prepositiva,
conjuntiva, ... -, com o acento indicador de CRASE.
sem crase
CASA
com crase
CASA DA VOVÓ
Regressaram a casa para almoçar. (SEM crase, haja vista que CASA não foi especificada)
Regressaram à casa da vovó. (COM crase, haja vista que CASA foi especificada)
Atenção!!!
Cuidado com FRANGO A PASSARINHO e BIFE A CAVALO!
!
Não é possível subentender MODA, pois PASSARINHO e CAVALO nem são gente, nem lugar!
Portanto, não há crase em FRANGO A PASSARINHO e BIFE A CAVALO.
Crase antes de TOPÔNIMOS (nomes de lugar)
Dessa forma, “Vou a Brasília” SEM CRASE, porque “Voltei de Brasília SEM ARTIGO”.
“Vou à Bahia” COM CRASE, porque “Voltei da Bahia COM ARTIGO”.
Atenção!!!
O topônimo será necessariamente antecedido de artigo, caso venha
especificado ou qualificado.
Vou a Paris (sem crase).
Vou à Paris, Cidade Luz. (com crase)
Vou a Fortaleza.(sem crase)
Vou à Fortaleza da minha infância. (com crase)
TROQUE A FORMA
AQUELE(S),
AQUELA(S), AQUILO POR
ESTE(S), ESTA(S), ISTO
Se aparecer a forma A ESTE(S), A ESTA(S), A Se aparecer somente o demonstrativo
ISTO, é sinal de que temos preposição A ESTE(S), ESTA(S), ISTO, é sinal de que NÃO
acompanhando pronome demonstrativo. temos preposição A acompanhando o
O resultado é o emprego de crase em demonstrativo.
ÀQUELE(S), ÀQUELA(S), ÀQUILO. O resultado é o emprego das formas
AQUELE(S), AQUELA(S), AQUILO sem crase.
Exemplos:
Perguntaram, após a aula, ÀQUELE PROFESSOR Exemplos:
seu parecer sobre a polêmica questão. Homenagearam, ao final do curso, AQUELE
(= Perguntaram, após a aula, A ESTE DEDICADO FUNCIONÁRIO.
PROFESSOR seu parecer sobre a polêmica (= Homenagearam, ao final do curso, ESTE
questão. DEDICADO FUNCIONÁRIO.)
Há crase antes do pronome relativo, pois ocorre a fusão da preposição A – requerida pela
forma verbal “me refiro” – com o relativo A QUAL.
Para se certificar disso, substituam “nação” por “país”. Teremos a construção “Este é o
país AO QUAL me refiro”.
O fato de aparecer a forma AO QUAL é sinal de que ocorre crase, resultado da fusão da
preposição A com relativo A QUAL.
Houve uma sugestão anterior À QUE você me deu.
Substituindo “sugestão” por “palpite”, teremos: “Houve um palpite anterior AO QUAL você
me deu”.
O fato de aparecer a forma AO QUE é sinal de que ocorre crase, resultado da fusão da
preposição A com o demonstrativo A (= aquela).
Bons estudos!!!!