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ENCONTROS VOCÁLICOS E CONSONANTAIS, ACENTUAÇÃO, CRASE, HOMÔNIMOS E

PARÔNIMOS

 Encontros Vocálicos................................................................................................... 1
 Encontros Consonantais............................................................................................ 2
 Acentuação Gráfica..................................................................................................... 8
 Crase........................................................................................................................... 13
 Homônimos................................................................................................................ 19
 Parônimos.................................................................................................................. 20
 Figuras de Linguagem............................................................................................... 25

Encontros Vocálicos

Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É


importante reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de
encontros: o ditongo, o tritongo e o hiato.

1) Ditongo

É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser:

a) Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal.


Por Exemplo:

sé-rie (i = semivogal, e = vogal)

b) Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal.


Por Exemplo:

pai (a = vogal, i = semivogal)

c) Oral: quando o ar sai apenas pela boca.


Exemplos:

pai, série

d) Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.


Por Exemplo:

mãe

2) Tritongo

É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, numa só
sílaba. Pode ser oral ou nasal.
Exemplos:

Paraguai - Tritongo oral


quão - Tritongo nasal

3) Hiato

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É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que
nunca há mais de uma vogal numa sílaba.
Por Exemplo:

saída (sa-í-da)
poesia (po-e-si-a)

Saiba que:

- Na terminação -em em palavras como ninguém, também, porém e na terminação -am em


palavras como amaram, falaram ocorrem ditongos nasais decrescentes.

- É tradicional considerar hiato o encontro entre uma semivogal e uma vogal ou entre uma vogal e
uma semivogal que pertencem a sílabas diferentes, como em ge-lei-a, io-iô.

Encontros Consonantais

O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro
consonantal. Existem basicamente dois tipos:

- os que resultam do contato consoante + l ou r e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-
dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se...

- os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo,
lis-ta...

Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso,
inseparáveis: pneu, gno-mo, psi-có-lo-go...

Dígrafos

De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra.
Por Exemplo:

lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras.

Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras.

Por Exemplo:

bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras.

Na palavra acima, para representar o fonema | xe| foram utilizadas duas letras: o c e o h.

Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois
+ grafo = letra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos
agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos.

Dígrafos Consonantais

Letras Fonemas Exemplos

2
lh lhe telhado
nh nhe marinheiro
ch xe chave
rr Re (no interior da palavra) carro
ss se (no interior da palavra) passo
qu que (seguido de e e i) queijo, quiabo
gu gue (seguido de e e i) guerra, guia
sc se crescer
sç se desço
xc se Exceção
Dífonos
x ks Táxi

Dígrafos Vocálicos: registram-se na representação das vogais nasais.

Fonemas Letras Exemplos


ã am tampa
an canto
em templo
en lenda
im limpo
in lindo
õ om tombo
on tonto
um chumbo
un corcunda

Observação:

"Gu" e "qu" são dígrafos somente quando, seguidos de "e" ou "i", representam os fonemas /g/ e
/k/: guitarra, aquilo. Nesses casos, a letra "u" não corresponde a nenhum fonema. Em algumas
palavras, no entanto, o "u" representa um fonema semivogal ou vogal (aguentar, linguiça,
aquífero...) Nesse caso, "gu" e"qu" não são dígrafos. Também não há dígrafos quando são
seguidos de "a" ou "o" (quase, averiguo).

Sílaba

Observe:

A - MOR

A palavra amor está dividida em grupos de fonemas pronunciados separadamente: a - mor. A cada um
desses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome de sílaba. Em nossa língua, o núcleo
da sílaba é sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca há mais do que uma vogal em cada
sílaba. Dessa forma, para sabermos o número de sílabas de uma palavra, devemos perceber quantas

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vogais tem essa palavra. Atenção: as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem representar
semivogais.

Classificação das Palavras quanto ao Número de Sílabas

1) Monossílabas: possuem apenas uma sílaba.


Exemplos: mãe, flor, lá, meu

2) Dissílabas: possuem duas sílabas.


Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í, trans-por

3) Trissílabas: possuem três sílabas.


Exemplos: ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir

4) Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas.


Exemplos: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin-go-lo-gis-ta

Divisão Silábica

Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as seguintes normas:

a) Não se separam os ditongos e tritongos.


Exemplos: foi-ce, a-ve-ri-guou

b) Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu.


Exemplos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa

c) Não se separam os encontros consonantais que iniciam sílaba.


Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co

d) Separam-se as vogais dos hiatos.


Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de

e) Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc.


Exemplos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te

f) Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, excetuando-se aqueles em que a


segunda consoante é l ou r.
Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car

Acento Tônico

Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, percebe-se que há uma sílaba de maior intensidade
sonora do que as demais.

calor - a sílaba lor é a de maior intensidade.

faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade.

sólido - a sílaba só é a de maior intensidade.

Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas palavras, em meio a sílabas de menor
intensidade, é um dos elementos que dão melodia à frase.

Classificação da Sílaba quanto à Intensidade

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Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade.

Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensidade.

Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. Ocorre, principalmente, nas


palavras derivadas, correspondendo à tônica da palavra primitiva. Veja o exemplo abaixo:

Palavra primitiva: be - bê
átona tônica

Palavra derivada: be - be - zi - nho


átona subtônica tônica átona

Classificação das Palavras quanto à Posição da Sílaba Tônica

De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos da língua portuguesa que contêm duas ou mais
sílabas são classificados em:

Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última.


Exemplos:

avó, urubu, parabéns

Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima.


Exemplos:

dócil, suavemente, banana

Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a antepenúltima.


Exemplos:

máximo, parábola, íntimo

Saiba que:

 São palavras oxítonas, entre


outras: cateter, mister, Nobel, novel, ruim, sutil, transistor, ureter.
 São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago, boêmia, caracteres, cartomancia,
celtibero, circuito, decano, filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico,
inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, necropsia (alguns dicionários admitem
também necrópsia), Normandia, pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubrica,
subido(a).
 São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito, bávaro, bímano, crisântemo, ímprobo,
ínterim, lêvedo, ômega, pântano, trânsfuga.
 As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla tonicidade: acróbata/acrobata,
hieróglifo/hieroglifo, Oceânia/Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil,
zângão/zangão.

Monossílabos

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Leia em voz alta a frase abaixo:

O sol já se pôs.

Essa frase é formada apenas por monossílabos. É possível verificar que os


monossílabos sol, já e pôs são pronunciados com maior intensidade que os outros.
São tônicos. Possuem acento próprio e, por isso, não precisam apoiar-se nas palavras que os
antecedem ou que os seguem. Já os monossílabos o e se são átonos, pois são
pronunciados fracamente. Por não terem acento próprio, apoiam-se nas palavras que os
antecedem ou que os seguem.

Critérios de Distinção

Muitas vezes, fazer a distinção entre um monossílabo átono e um tônico pode ser complicado.
Por isso, observe os critérios a seguir.

1- Modificação da pronúncia da vogal final.

Nos monossílabos átonos a vogal final se modifica ou pode modificar-se na pronúncia. Com
os tônicos, não ocorre tal possibilidade.

Exemplos:
Vou de carro para o meu trabalho. (de = monossílabo átono - é possível a pronúncia di
ônibus.)
Dê um auxílio às pessoas que necessitam. (dê = monossílabo tônico - é impossível a
pronúncia di um auxílio.)

2- Significado isolado do monossílabo

O monossílabo átono não tem sentido quando isolado na frase. Veja:


Meus amigos já compraram os convites, mas eu não.

O monossílabo tônico, mesmo isolado, possui significado. Observe:


Existem pessoas muito más.

Nessa frase, o monossílabo possui sentido: más = ruins.

São monossílabos átonos:

artigos: o, a, os, as, um, uns

pronomes pessoais oblíquos: me, te, se, o, a, os, as, lhe, nos, vos

preposições: a, com, de, em, por, sem, sob

pronome relativo: que

conjunções: e, ou, que, se

São monossílabos tônicos: todos aqueles que possuem autonomia na frase.


Exemplos:
mim, há, seu, lar, etc.

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Obs.: pode ocorrer que, de acordo com a autonomia fonética, um mesmo monossílabo
seja átono numa frase, porém tônico em outra.

Exemplos:

Que foi? (átono)


Você fez isso por quê? (tônico)

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Acento Prosódico e Acento Gráfico

Todas as palavras de duas ou mais sílabas possuem uma sílaba tônica, sobre a qual recai o
acento prosódico, isto é, o acento da fala. Veja:

es - per - te - za

ca - pí - tu - lo

tra - zer

e - xis - ti - rá

Dessas quatro palavras, note que apenas duas receberam o acento gráfico. Logo, conclui-se
que:

Acento Prosódico é aquele que aparece em todas as palavras que possuem duas ou mais
sílabas. Já o acento gráfico se caracteriza por marcar a sílaba tônica de algumas palavras. É
o acento da escrita. Na língua portuguesa, os acentos gráficos empregados são:

Acento Agudo (´ ): utiliza-se sobre as letras a, i, u e sobre o e da sequência -em, indicando


que essas letras representam as vogais das sílabas tônicas.
Exemplos: Pará, ambíguo, saúde, vintém

Sobre as letras e e o, indica que representam as vogais tônicas com timbre aberto.
Exemplos: pé, herói

Acento Grave (`): indica as diversas possibilidades de crase da preposição "a" com artigos e
pronomes.
Exemplos: à, às, àquele

Acento Circunflexo (^): indica que as letras e e o representam vogais tônicas, com timbre
fechado. Pode surgir sobre a letra a, que representa a vogal tônica, normalmente diante
de m, n ou nh.
Exemplos: mês, bêbado, vovô, tâmara, sândalo, cânhamo

Regras de Acentuação Gráfica

Baseiam-se na constatação de que, em nossa língua, as palavras mais numerosas são


as paroxítonas, seguidas pelas oxítonas. A maioria das paroxítonas termina em -a, -e, -o, -
em, podendo ou não ser seguidas de "s". Essas paroxítonas, por serem maioria, não são

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acentuadas graficamente. Já as proparoxítonas, por serem pouco numerosas, são sempre
acentuadas.

Proparoxítonas

Sílaba tônica: antepenúltima

As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente. Exemplos:

trágico, patético, árvore

Paroxítonas

Sílaba tônica: penúltima

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:

l fácil
n pólen
r cadáver
ps bíceps
x tórax
us vírus
i, is júri, lápis
om, ons iândom, íons
um, uns álbum, álbuns
ã(s), ão(s) órfã, órfãs, órfão, órfãos
ditongo oral (seguido ou não de s) jóquei, túneis

Observações:

1) As paroxítonas terminadas em "n" são acentuadas (hífen), mas as que terminam


em "ens", não (hifens, jovens).

2) Não são acentuados os prefixos terminados em "i "e "r" (semi, super).

3) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes: ea(s), oa(s), eo(s),


ua(s), ia(s), ue(s), ie(s), uo(s), io(s).

Exemplos:

várzea, mágoa, óleo, régua, férias, tênue, cárie, ingênuo, início

Oxítonas

Sílaba tônica: última

Acentuam-se as oxítonas terminadas em:

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a(s): sofá, sofás
e(s): jacaré, vocês
o(s): paletó, avós
em, ens: ninguém, armazéns

Monossílabos

Os monossílabos, conforme a intensidade com que se proferem, podem


ser tônicos ou átonos.

Monossílabos Tônicos

Possuem autonomia fonética, sendo proferidos fortemente na frase onde aparecem.


Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em:

a(s): lá, cá
e(s): pé, mês
o(s): só, pó, nós, pôs

Monossílabos Átonos

Não possuem autonomia fonética, sendo proferidos fracamente, como se fossem sílabas
átonas do vocábulo a que se apoiam.

Exemplos:

o(s), a(s), um, uns, me, te, se, lhe nos, de, em, e, que, etc.

Observações:

1) Os monossílabos átonos são palavras vazias de sentido, vindo representados por


artigos, pronomes oblíquos, elementos de ligação (preposições, conjunções).

2) Há monossílabos que são tônicos numa frase e átonos em outras.

Exemplos:

Você trouxe sua mochila para quê? (tônico) / Que tem dentro da sua mochila? (átono)

Há sempre um mas para questionar. (tônico) / Eu sei seu nome, mas não me recordo
agora. (átono)

Saiba que:

Muitos verbos, ao se combinarem com pronomes oblíquos,


produzem formas oxítonas ou monossilábicas que devem ser
acentuadas por acabarem assumindo alguma das terminações
contidas nas regras. Exemplos:

beijar + a = beijá-la fez + o = fê-lo

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dar + as = dá-las fazer + o = fazê-lo

Acento de Insistência

Sentimentos fortes (emoção, alegria, raiva, medo) ou a simples necessidade de enfatizar


uma ideia podem levar o falante a emitir a sílaba tônica ou a primeira sílaba de certas palavras
com uma intensidade e duração além do normal.

Exemplos:

Está muuuuito frio hoje!

Deve haver equilíbrio entre exportação e importação.

Regras Especiais

Além das regras fundamentais, há um conjunto de regras destinadas a pôr em evidência


alguns detalhes sonoros das palavras. Observe:

Ditongos Abertos

Os ditongos éi, éu e ói, sempre que tiverem pronúncia aberta em palavras oxítonas (éi e não
êi), são acentuados. Veja:

éi (s): anéis, fiéis, papéis


éu (s): troféu, céus
ói (s): herói, constrói, caubóis

Obs.: os ditongos abertos ocorridos em palavras paroxítonas NÃO são acentuados.

Exemplos: assembleia, boia, colmeia, Coreia, estreia, heroico, ideia, jiboia, joia,
paranoia, plateia, etc.

Atenção: a palavra destróier é acentuada por ser uma paroxítona terminada em "r" (e
não por possuir ditongo aberto "ói").

Hiatos

Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles
sozinhos na sílaba ou acompanhados apenas de "s", desde que não sejam seguidos por "-
nh".

Exemplos:

sa - í - da e - go - ís -mo sa - ú - de

Não se acentuam, portanto, hiatos como os das palavras:

ju - iz ra - iz ru - im ca - ir

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Razão: -i ou -u não estão sozinhos nem acompanhados de -s na sílaba.

Observação: cabe esclarecer que existem hiatos acentuados não por serem hiatos,
mas por outras razões. Veja os exemplos abaixo:

po-é-ti-co: proparoxítona
bo-ê-mio: paroxítona terminada em ditongo crescente.
ja-ó: oxítona terminada em "o".

Verbos Ter e Vir

Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos


verbos ter e vir, bem como nos seus compostos (deter, conter, reter, advir, convir, intervir,
etc.). Veja:

Ele tem Eles têm


Ela vem Elas vêm
Ele retém Eles retêm
Ele intervém Eles intervêm

Obs.: nos verbos compostos de ter e vir, o acento ocorre obrigatoriamente, mesmo no
singular. Distingue-se o plural do singular mudando o acento de agudo para
circunflexo:

ele detém - eles detêm


ele advém - eles advêm.

Acento Diferencial

Na língua escrita, existem dois casos em que os acentos são utilizados para diferenciar
palavras homógrafas (de mesma grafia). Veja:

a) pôde / pode

Pôde é a forma do pretérito perfeito do indicativo do verbo poder. Pode é a forma do


presente do indicativo. Exemplos:

O ladrão pôde fugir.


O ladrão pode fugir.

b) pôr / por

Pôr é verbo e por é preposição. Exemplos:

Você deve pôr o livro aqui.


Não vá por aí!

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Saiba que:

Para acentuar as formas verbais com pronome oblíquo em ênclise


(depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo), cada elemento
deve ser considerado como uma palavra independente. Observe:

jogá-lo

jogá = oxítona terminada em a (portanto, com acento)

lo = monossílabo átono (portanto, sem acento)

jogá-lo-íamos

jogá = oxítona terminada em a (portanto, com acento)

lo = monossílabo átono (portanto, sem acento)

íamos = proparoxítona (portanto, com acento)

Acento Grave

O acento grave usa-se exclusivamente para indicar a crase da preposição "a" com os
artigos a, as e com os demonstrativos a, as, aquele(s), aquela(s), aquilo: à, às,
àquele(s), àquela(s), àquilo.

CRASE

A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o nome
que se dá à "junção" de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição "a" com o
artigo feminino "a" (s), com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos pronomes aquele
(s), aquela (s), aquilo e com o "a" do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` )

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para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave, depende da compreensão da fusão das duas
vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes
que exigem a preposição "a". Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a
ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. Observe:

Vou a a igreja.
Vou à igreja.

No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e
a ocorrência do artigo "a" que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse
encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe os outros
exemplos:

Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.

No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige
preposição e a crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir-se a algo
ou a alguém) e exige a preposição "a". Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja
feminino e admita o artigo feminino "a" ou um dos pronomes já especificados.

Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo feminino "a" (s) ou de um pronome


demonstrativo "a" (s) após uma preposição "a":

1- Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir
a forma ao, ocorrerá crase antes do termo feminino.

Veja os exemplos:

Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno.


Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna.

2- Trocar o termo regente acompanhado da preposição a por outro acompanhado de uma


preposição diferente (para, em, de, por, sob, sobre). Se essas preposições não se contraírem
com o artigo, ou seja, se não surgirem novas formas (na (s), da (s), pela (s),...), não haverá
crase.

Veja os exemplos:

- Penso na aluna.
- Apaixonei-me pela aluna.

- Começou a brigar. - Cansou de brigar.


- Insiste em brigar.
- Foi punido por brigar.
- Optou por brigar.

Atenção: lembre-se sempre de que não basta provar a existência da preposição "a" ou do
artigo "a", é preciso provar que existem os dois.

Evidentemente, se o termo regido não admitir a anteposição do artigo feminino "a" (s), não haverá
crase. Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre:

- Diante de substantivos masculinos:

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Andamos a cavalo.
Fomos a pé.
Passou a camisa a ferro.
Fazer o exercício a lápis.
Compramos os móveis a prazo.
Assisitimos a espetáculos magníficos.

- Diante de verbos no infinitivo:

A criança começou a falar.


Ela não tem nada a dizer.
Estavam a correr pelo parque.
Estou disposto a ajudar.
Continuamos a observar as plantas.
Voltamos a contemplar o céu.

Obs.: como os verbos não admitem artigos, constatamos que o "a" dos exemplos acima é
apenas preposição, logo não ocorrerá crase.

- Diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das
formas senhora, senhorita e dona:

Diga a ela que não estarei em casa amanhã.


Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.
Mostrarei a vocês nossas propostas de trabalho.
Quero informar a algumas pessoas o que está acontecendo.
Isso não interessa a nenhum de nós.
Aonde você pretende ir a esta hora?
Agradeci a ele, a quem tudo devo.

Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método
explicado anteriormente. Troque a palavra feminina por uma masculina, caso na nova construção
surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:

Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)


Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.)

- Diante de numerais cardinais:

Chegou a duzentos o número de feridos.


Daqui a uma semana começa o campeonato.

Antes das palavras ‘casa’ e ‘terra’ quando não especificadas, caracterizadas.

Ex.: Voltei a casa.



Não há uma caracterização

Voltei à casa de meus pais.



A casa aqui aparece caracterizada

Quando um a (sem o s de plural) vem antes de um nome plural.

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Ex.: Falei a pessoas estranhas.
→ Pessoas está no plural e o ‘a’ no singular

Observação:
Se o mesmo a vier seguido de s haverá crase.
Falei às pessoas estranhas.
(a + as = preposição + artigo)

Em meio a expressões repetidas

Ex.: Já olhei de ponta-a-ponta.

Casos em que a crase SEMPRE ocorre:

- Diante de palavras femininas:

Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.


Sempre vamos à praia no verão.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Sou grata à população.
Fumar é prejudicial à saúde.
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.

- Diante da palavra "moda", com o sentido de "à moda de" (mesmo que a expressão moda
de fique subentendida):

O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.


Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.

- Na indicação de horas:

Acordei às sete horas da manhã.


Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.
Ele saiu às duas horas.

Obs.: com a preposição "até", a crase será facultativa.

Por exemplo: Dormiram até as/às 14 horas.

- Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras


femininas. Por exemplo:

à tarde às ocultas às pressas à medida que


à noite às claras às escondidas à força
à vontade à beça à larga à escuta
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
à esquerda às turras às vezes à chave
à direita à procura à deriva à toa

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à luz à sombra de à frente de à proporção que
à semelhança de às ordens à beira de

Crase diante de Nomes de Lugar

Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo "a". Outros, entretanto, admitem o
artigo, de modo que diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição "a". Para
saber se um nome de lugar admite ou não a anteposição do artigo feminino "a", deve-se substituir o termo
regente por um verbo que peça a preposição "de" ou "em". A ocorrência da
contração "da" ou "na" prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por
exemplo:

Vou à França. (Vim da França. Estou na França.)


Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.)
Cheguei a Pernambuco. (Vim de Pernambuco. Estou em Pernambuco.)
Retornarei a São Paulo. (Vim de São Paulo. Estou em São Paulo.)

ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase. Veja:

Retornarei à São Paulo dos bandeirantes.


Irei à Salvador de Jorge Amado.

Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo

Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição "a". Por
exemplo:

Refiro-me a aquele atentado.


Preposição Pronome

Refiro-me àquele atentado.

O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém)
e exige preposição, portanto, ocorre a crase.

Observe este outro exemplo:

Aluguei aquela casa.

O verbo "alugar" é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre
nesse caso. Veja outros exemplos:

Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.


Quero agradecer àqueles que me socorreram.
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
Não obedecerei àquele sujeito.
Assisti àquele filme três vezes.
Espero aquele rapaz.

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Fiz aquilo que você disse.
Comprei aquela caneta.

Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais

A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o verbo
que rege esses pronomes exigir a preposição "a", haverá crase. É possível detectar a ocorrência da crase
nesses casos, utilizando a substituição do termo regido feminino por um termo regido masculino. Por
exemplo:

A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade.


O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade.
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase.

Veja outros exemplos:

São normas às quais todos os alunos devem obedecer.


Esta foi a conclusão à qual ele chegou.
Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam responder nenhuma das questões.
A sessão à qual assisti estava vazia.

Crase com o Pronome Demonstrativo "a"

A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo "a" também pode ser detectada pela
substituição do termo regente feminino por um termo regido masculino. Veja:

Minha revolta é ligada à do meu país.


Meu luto é ligado ao do meu país.
As orações são semelhantes às de antes.
Os exemplos são semelhantes aos de antes.
Aquela rua é transversal à que vai dar na minha casa.
Aquele beco é transversal ao que vai dar na minha casa.
Suas perguntas são superiores às dele.
Seus argumentos são superiores aos dele.
Sua blusa é idêntica à de minha colega.
Seu casaco é idêntico ao de minha colega.

A Palavra Distância

Se a palavra distância estiver especificada, determinada, a crase deve ocorrer. Por exemplo:

Sua casa fica à distância de 100 quilômetros daqui. (A palavra está determinada.)
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A palavra está especificada.)

Se a palavra distância não estiver especificada, a crase não pode ocorrer. Por exemplo:

Os militares ficaram a distância.


Gostava de fotografar a distância.
Ensinou a distância.
Dizem que aquele médico cura a distância.
Reconheci o menino a distância.

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Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja:

Gostava de fotografar à distância.


Ensinou à distância.
Dizem que aquele médico cura à distância.

Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA

- Diante de nomes próprios femininos:

Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes próprios femininos porque é facultativo
o uso do artigo. Observe:

Paula é muito bonita. Laura é minha amiga.


A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga.

Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo feminino diante de nomes


próprios femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:

Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a Roberto.


Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Roberto.

Contei a Laura o que havia ocorrido na noite Contei a Pedro o que havia ocorrido na noite
passada. passada.
Contei à Laura o que havia ocorrido na noite Contei ao Pedro o que havia ocorrido na noite
passada. passada.

- Diante de pronome possessivo feminino:

Observação: é facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos femininos porque é


facultativo o uso do artigo. Observe:

Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está esperando por você.
A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está esperando por você.

Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pronomes possessivos femininos,


então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:

Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô.


Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô.

Diga a sua irmã que estou esperando por ela. Diga a seu irmão que estou esperando por ele.
Diga à sua irmã que estou esperando por ela. Diga ao seu irmão que estou esperando por ele.

- Depois da preposição até:

Fui até a praia. ou Fui até à praia.


Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à porta.
A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A palestra vai até às cinco horas da tarde.

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HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS

Homônimos

São palavras que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas significados
diferentes. Veja alguns exemplos no quadro abaixo:

acender (colocar fogo) ascender (subir)


acento (sinal gráfico) assento (local onde se senta)
acerto (ato de acertar) asserto (afirmação)
apreçar (ajustar o preço) apressar (tornar rápido)
bucheiro (tripeiro) buxeiro (pequeno arbusto)
bucho (estômago) buxo (arbusto)
caçar (perseguir animais) cassar (tornar sem efeito)
cegar (deixar cego) segar (cortar, ceifar)
cela (pequeno quarto) sela (forma do verbo selar; arreio)
censo (recenseamento) senso (entendimento, juízo)
céptico (descrente) séptico (que causa infecção)
cerração (nevoeiro) serração (ato de serrar)
cerrar (fechar) serrar (cortar)
cervo (veado) servo (criado)
chá (bebida) xá (antigo soberano do Irã)
cheque (ordem de pagamento) xeque (lance no jogo de xadrez)
círio (vela) sírio (natural da Síria)
cito (forma do verbo citar) sito (situado)
concertar (ajustar, combinar) consertar (reparar, corrigir)
concerto (sessão musical) conserto (reparo)
coser (costurar) cozer (cozinhar)
esotérico (secreto) exotérico (que se expõe em público)
expectador (aquele que tem esperança, que
espectador (aquele que assiste)
espera)
esperto (perspicaz) experto (experiente, perito)
espiar (observar) expiar (pagar pena)
espirar (soprar, exalar) expirar (terminar)
estático (imóvel) extático (admirado)
esterno (osso do peito) externo (exterior)
estrato (camada) extrato (o que se extrai de algo)
estremar (demarcar) extremar (exaltar, sublimar)
incerto (não certo, impreciso) inserto (inserido, introduzido)

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incipiente (principiante) insipiente (ignorante)
laço (nó) lasso (frouxo)
ruço (pardacento, grisalho) russo (natural da Rússia)
tacha (prego pequeno) taxa (imposto, tributo)
tachar (atribuir defeito a) taxar (fixar taxa)

Homônimos Perfeitos

Possuem a mesma grafia e o mesmo som.

Por Exemplo:

Eu cedo este lugar para a professora. (cedo = verbo)

Cheguei cedo para a entrevista. (cedo = advérbio de tempo)

Atenção: Existem algumas palavras que possuem a mesma escrita (grafia), mas a pronúncia e o
significado são sempre diferentes. Essas palavras são chamadas de homógrafas e são uma
subclasse dos homônimos.Observe os exemplos:

almoço (substantivo, nome da refeição)


almoço (forma do verbo almoçar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo)

gosto (substantivo)
gosto (forma do verbo gostar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo)

Parônimos

É a relação que se estabelece entre palavras que possuem significados diferentes, mas são muito
parecidas na pronúncia e na escrita. Veja alguns exemplos no quadro abaixo.

absolver (perdoar, inocentar) absorver (aspirar, sorver)


apóstrofe (figura de linguagem) apóstrofo (sinal gráfico)
aprender (tomar conhecimento) apreender (capturar, assimilar)
arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair)
ascensão (subida) assunção (elevação a um cargo)
bebedor (aquele que bebe) bebedouro (local onde se bebe)
cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil)
comprimento (extensão) cumprimento (saudação)
deferir (atender) diferir (distinguir-se, divergir)
delatar (denunciar) dilatar (alargar)
descrição (ato de descrever) discrição (reserva, prudência)
descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir)
despensa (local onde se guardam
dispensa (ato de dispensar)
mantimentos)
docente (relativo a professores) discente (relativo a alunos)

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emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país)
eminência (elevado) iminência (qualidade do que está iminente)
eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)
esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado)
estada (permanência em um lugar) estadia (permanência temporária em um lugar)
flagrante (evidente) fragrante (perfumado)
fluir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar)
fusível (aquilo que funde) fuzil (arma de fogo)
imergir (afundar) emergir (vir à tona)
inflação (alta dos preços) infração (violação)
infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)
mandado (ordem judicial) mandato (procuração)
peão (aquele que anda a pé, domador de
pião (tipo de brinquedo)
cavalos)
precedente (que vem antes) procedente (proveniente; que tem fundamento)
ratificar (confirmar) retificar (corrigir)
recrear (divertir) recriar (criar novamente)
soar (produzir som) suar (transpirar)
sortir (abastecer, misturar) surtir (produzir efeito)
sustar (suspender) suster (sustentar)
tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal)
vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente)
Vultuoso (Inchado, volumoso) Vultoso (valor ou quantidade excessiva de algo)

Mais algumas dicas:


1ª) EM VEZ DE ou AO INVÉS DE?

a) AO INVÉS DE = ao contrário de:


“Ele entrou à direita ao invés da esquerda.’
“Subiu ao invés de descer.”
b) EM VEZ DE = em lugar de:
“Foi ao clube em vez de ir à praia.”
“Apertou o botão vermelho em vez do azul.”
OBSERVAÇÃO:
Como AO INVÉS DE só pode ser usado quando há a ideia de “oposição”, sugiro que se use sempre EM
VEZ DE.
EM VEZ DE pode ser usado sempre que existe a ideia de “substituição, troca”, mesmo se for de
“oposição”. Há quem aceite o uso indistinto das duas formas.

2ª) MAIS ou MAS ou MÁS?

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a) MAIS = opõe-se a MENOS:
“Hoje estou mais satisfeito.” (=poderia estar menos satisfeito)
“Compareceram mais pessoas que o esperado.” (=poderiam ser menos pessoas)

b) MAS = porém, contudo, todavia, entretanto:


“Estudou mas foi reprovado.” (=porém)
“Não foram convidados, mas vieram à festa.” (=entretanto)
c) MÁS = plural do adjetivo MÁ; opõe-se a BOAS:
“Não eram más ideias.” (=eram boas ideias)
“Estavam com más intenções.” (=não tinham boas intenções)

3ª) MAL ou MAU?

a) MAU é um adjetivo e se opõe a BOM:


“Ele é um mau profissional.” (x bom profissional);
“Ele está de mau humor.” (x bom humor);
“Ele é um mau caráter.” (x bom caráter);
“Tem medo do lobo mau.” (x lobo bom);

b) MAL pode ser:

1. advérbio (=opõe-se a BEM):


“Ele está trabalhando mal.” (x trabalhando bem);
“Ele foi mal treinado.” (x bem treinado);
“Ele está sempre mal-humorado.” (x bem-humorado);
“A criança se comportou muito mal.” (x se comportou muito bem);

2. conjunção (=logo que, assim que, quando):


“Mal você chegou, todos se levantaram.” (=Assim que você chegou);
“Mal saiu de casa, foi assaltado.” (=Logo que saiu de casa);

3. substantivo (=doença, defeito, problema):


“Ele está com um mal incurável.” (=doença);
“O seu mal é não ouvir os mais velhos.” (=defeito).
Na dúvida, use o velho “macete”:

MAL x BEM;
MAU x BOM.

4ª) PORISSO ou POR ISSO?

“PORISSO” não existe.


Use sempre POR ISSO:
“Ele trabalha muito, por isso merece uns dias de folga.”

5ª) PORQUE, POR QUE, PORQUÊ ou POR QUÊ?

a) PORQUE é conjunção causal ou explicativa:


“Ele viajou porque foi chamado para assinar contrato.”
“Ele não foi porque estava doente.”

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“Abra a janela porque o calor está insuportável.”
“Ele deve estar em casa porque a luz está acesa.”
b) PORQUÊ é a forma substantivada (=antecedida de artigo “o” ou “um”):
“Quero saber o porquê da sua decisão.”
“A professora quer um porquê para tudo isso.”

c) POR QUÊ = só no fim de frase:


“Parou por quê?”
“Ele não viajou por quê?”
“Se ele mentiu, eu queria saber por quê.”
“Eu não sei por quê, mas a verdade é que eles se separaram.”

d) POR QUE

1. em frases interrogativas diretas ou indiretas:


“Por que você não foi?” (=pergunta direta)
“Gostaria de saber por que você não foi.” (=pergunta indireta)

2. quando for substituível por POR QUAL, PELO QUAL, PELA QUAL, PELOS QUAIS, PELAS QUAIS:
“Só eu sei as esquinas por que passei.” (=pelas quais)
“É um drama por que muitos estão passando.” (=pelo qual)
“Desconheço as razões por que ela não veio.” (=pelas quais)

3. quando houver a palavra MOTIVO antes, depois ou subentendida:


“Desconheço os motivos por que a viagem foi adiada.” (=pelos quais)
“Não sei por que motivo ele não veio.” (=por qual)
“Não sei por que ele não veio.” (=por que motivo – por qual motivo).

6º) ONDE/AONDE

Emprega-se aonde com verbos que não dão idéia de movimento e indicam direção. Equivale a para onde.
Ex.: Aonde você vai com tanta pressa?

Emprega-se com verbos que não dão ideia de movimento.

Equivale a em que lugar.


Ex.: Onde estão os meninos?

7º) A FIM OU AFIM

Afim é adjetivo significa “igual” ou “semelhante”.

A fim faz parte da locução a fim de que, significa para e indica ideia de finalidade.

Ex.: Possuem temperamentos afins. (semelhante)


Ex.: A fim de nos enganar, ele tentou várias histórias. (para finalidade).

8º) HÁ/ A

Empregamos Há (verbo haver) para indicar tempo passado (equivale a faz).


Ex.: Há dois meses que ele não parece Ele chegou da Europa há um ano.

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Empregamos a (preposição) para indicar tempo futuro.
Ex.: Daqui a dois meses ele aparecerá.

Empregamos a (preposição) para indicar distância.


Ex.: A peixaria fica a dez quilômetros daqui.

9º) CESSÃO/SESSÃO/SECÇÃO/SEÇÃO

É o ato de ceder, de dar.


Ex: Ele fez a cessão de seus direitos autorais.

Sessão é o intervalo de tempo que dura uma reunião, uma assembleia.


Ex: Assistimos a uma sessão de cinema.

Ex: Reuniram-se em sessão extraordinária.

Seção(secção) é uma parte, um segmento ou uma subdivisão de um todo.


Ex: Lemos a notícia na seção de esportes.

Ex: Vou a seção de brinquedos.

10º) SEQUER E SE QUER

“Sequer”

É um advérbio e podemos pensar nele como o “ao menos”. Geralmente usamos em frases negativas ou
que dão um sentido negativo.

Exemplos:

Estamos sem água nas represas e não há possibilidades sequer de chuvas.

Estou doente e sequer tenho um remédio para tomar.

Como é possível esperar que a humanidade ouça conselhos, se nem sequer ouve as advertências.

“Se quer”

É apresentada pela conjunção “se” e do verbo “querer”. Podemos substituí-lo por “se desejar”, geralmente
usado em frases condicionais.

Exemplos:

Se quer passar em concurso, estude muito.

Se quer a verdade, ainda estou sofrendo.

11º) HÁ CERCA, ACERCA E A CERCA

A cerca de, escrito assim, separado, significa “perto de”, “aproximadamente”, “próximo de”:

a) Brasília fica a cerca de 208 km de Goiânia.


b) O rapaz foi encontrado a cerca de 10 metros do local.

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c) Vamos, ela está a cerca de dois passos daqui.

Acerca de tem significado de “a respeito de” ou “sobre”:

a) Estávamos conversando acerca da viagem.


b) Ninguém disse nada acerca do que aconteceu com aquela família.
c) Elas jogam conversas fora acerca de muitas coisas.

Há cerca de por apresentar o verbo “haver” tem sentido de tempo decorrido, logo, significa “desde
aproximadamente”, “faz aproximadamente”:

a) O curso foi lançado há cerca de dois anos.


b) Há cerca de duas semanas que não vejo Maria.
c) Não faço ginástica há cerca de 5 anos.

12º) SENÃO E SE NÃO

Use “se não” (união da conjunção se + advérbio não) quando puder trocar por “caso não”, “quando não”
ou quando a conjunção “se” for integrante e estiver introduzindo uma oração objetiva direta: Perguntei a
ela se não queria dormir em minha casa.

Use “senão” quando puder substituir por “do contrário”, “de outro modo”, “caso contrário”, “porém”, “a não
ser”, “mas sim”, “mas também”.

Veja alguns exemplos:

a) Você tem de comer toda a comida do prato, senão é desperdício. (de outro modo)
b) Se o clima estiver bom você vai, senão não vai. (do contrário)
c) Não lhe resta outra coisa senão pedir perdão. (a não ser)
d) Se não fosse o trânsito, não teria me atrasado. (caso não)
e) Não fui eu se não der certo. (caso não)

FIGURAS DE LINGUAGEM

Hipérbole: consiste na construção de uma estrutura na qual prevaleça o exagero, a exacerbação.


“É meio o lema do Nelson Rubens: eu aumento, mas não invento.”
Ex.:
Você viu, Myatã, Mariana chorou rios de lágrimas pela morte de Vanderlei.

Exagero

Eufemismo: esta figura de linguagem tem como base uma forma mais amena e leve de tratar as
coisas; sempre buscando torná-las mais light.

Ex.:
Wallace, Larissa foi para morada de Deus.

Utilizada este termo em vez de falar que morreu

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Comparação: esta figura consiste em traçar um paralelo entre elementos que possuam algo em
comum.
Ex.:
Kauwã é belo e forte como um deus grego.

Elementos em comum aparecem claramente

Metáfora: se apresenta como uma comparação, na qual o elemento de comparação não aparece
explicitamente (de forma clara).

Ex.: Kauwã é um deus grego.



O elemento em comum não aparece

Personificação ou Prosopopeia: é marcada pela a atribuição de características humanas a seres


e coisas que não possuem a humanidade.

Ex.: A natureza abraçava todos que a queriam preservar.



A Natureza não possui braços

Metonímia/Sinédoque: consiste em colocar algo representado outro com o qual tenha estrita
relação: a marca pelo produto, o autor pela obra, o continente pelo conteúdo, a parte pelo todo...
Ex.: Tomei uma taça de vinho.

Trocou-se o conteúdo pelo continente. Tomou-se o vinho e não a taça
“O professor tomou uma garrafa de aguardente.”

Trocou-se o continente pelo conteúdo. Na verdade, bebeu a aguardente e não a garrafa.

Sinestesia: nessa figura de linguagem temos evidenciado os sentidos sensoriais do ser humano
(audição, visão, paladar, tato e olfato).

Ex.: A nova aluna tinha uma voz doce e macia, um hálito mentolado.
↓ ↓ ↓
Paladar Tato Olfato

Catacrese: quando utilizamos um termo que não tem relação estrita com a coisa representada,
mas que, pelo uso, acabou se tornando comum.

Ex.:
No supermercado, pude comprar alguns dentes de alho.

Na verdade não são dentes, mas grãos de alho.

Os meninos não souberam quem havia cortado o pé da mesa.



Não se tratam realmente de pés, mas de apoios.
Paradoxo: configura um processo estilístico no qual se cria uma contradição semântica (sentido).

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Ex.:
Senti um calor gélido no estômago.

Como pode existir um calor gelado?

Antítese: consiste em uma simples oposição de ideias.

Ex.:
Naquela noite sombria a luz da lua era radiante.
↓ ↓
Escuro x Claro

Perífrase: é a designação de um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um


fato que o celebrizou.

Exemplo:

A Veneza Brasileira também é palco de grandes espetáculos. (Veneza Brasileira = Recife)

A Cidade Maravilhosa está tomada pela violência. (Cidade Maravilhosa = Rio de Janeiro)

Onomatopeia: consiste na reprodução ou imitação do som ou voz natural dos seres.

Exemplo:

Com o au-au dos cachorros, os gatos desapareceram.

Miau-miau. – Eram os gatos miando no telhado a noite toda.

Aliteração: consiste na repetição de um determinado som consonantal no início ou interior das palavras.

Exemplo: O rato roeu a roupa do rei de Roma.

Assonância: é um recurso sonoro que consiste em repetir sons de vogais em um verso ou em uma frase,
especialmente as sílabas tônicas.

Exemplo:

Berro pelo aterro, pelo desterro


Berro por seu berro, pelo seu erro
Quero que você ganhe, que você me apanhe
Sou o seu bezerro gritando mamãe

Elipse: consiste na omissão de um termo que fica subentendido no contexto, identificado facilmente.

Exemplo: Após a queda, nenhuma fratura. (fica implícita a expressão “não houve”)

Zeugma: consiste na omissão de um termo já empregado anteriormente.

Exemplo: Ele come carne, eu verduras. (há a omissão do verbo “comer”)

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Pleonasmo: consiste na intensificação de um termo através da sua repetição, reforçando seu significado.

Exemplo: Nós cantamos um canto glorioso.

Polissíndeto: é a repetição da conjunção entre as orações de um período ou entre os termos da oração.

Exemplo: Chegamos de viagem e tomamos banho e saímos para dançar.

Assíndeto: ocorre quando há a ausência da conjunção entre duas orações.

Exemplo: Chegamos de viagem, tomamos banho, depois saímos para dançar.

Anacoluto: consiste numa mudança repentina da construção sintática da frase.

Exemplo: Ele, nada podia assustá-lo.

Nota: o anacoluto ocorre com frequência na linguagem falada, quando o falante interrompe a frase,
abandonando o que havia dito para reconstruí-la novamente.

Anáfora: consiste na repetição de uma palavra ou expressão para reforçar o sentido, contribuindo para
uma maior expressividade.

Exemplo:

Cada alma é uma escada para Deus,

Cada alma é um corredor-Universo para Deus,

Cada alma é um rio correndo por margens de Externo

Para Deus e em Deus com um sussurro noturno. (Fernando Pessoa)

Silepse: ocorre quando a concordância é realizada com a ideia e não sua forma gramatical. Existem três
tipos de silepse: gênero, número e pessoa.

De gênero.

Exemplo:
Vossa excelência está preocupado com as notícias. (a palavra vossa excelência é feminina quanto à
forma, mas nesse exemplo a concordância se deu com a pessoa a que se refere o pronome de tratamento
e não com o sujeito).
De número.

Exemplo:

A boiada ficou furiosa com o peão e derrubaram a cerca. (neste caso, a concordância se deu com a ideia
de plural da palavra boiada).

De pessoa

Exemplo:

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As mulheres decidimos não votar em determinado partido até prestarem conta ao povo. (neste tipo de
silepse, o falante se inclui mentalmente entre os participantes de um sujeito em 3ª pessoa).

Apóstrofe: consiste na "invocação" de alguém ou de alguma coisa personificada, de acordo com o


objetivo do discurso que pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo chamamento do
receptor da mensagem, seja ele imaginário ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de
pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade a que se dirige e a ideia que se pretende pôr
em evidência com tal invocação. Realiza-se por meio do vocativo.

Exemplos:

Moça, que fazes aí parada?


"Pai Nosso, que estais no céu..."

"Liberdade, Liberdade,
Abre as asas sobre nós,
Das lutas, na tempestade,
Dá que ouçamos tua voz..." (Osório Duque Estrada)

Gradação: consiste em dispor as ideias por meio de palavras, sinônimas ou não, em ordem crescente ou
decrescente. Quando a progressão é ascendente, temos o clímax; quando é descendente, o anticlímax.

Exemplo:

Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Joana com seus olhos claros e brincalhões...

Hipálage: é a atribuição de um estado emocional a um objeto.

Exemplo:

"As unhas nervosas de Luísa batiam na mesa".

Em "Fumando um pensativo cigarro", de modo algum o cigarro é pensativo, então, o que temos é a
impressão imediata do escritor ao observar o fumador a pensar.

Hipérbato / inversão / anástrofe: é o rompimento da ordem direta dos termos da oração (sujeito, verbo,
complementos, adjuntos) ou de nomes e seus determinantes.

Exemplos:

1. “Não a Ti, Cristo, odeio ou te não quero.” (Fernando Pessoa)

2. "Do que a terra mais garrida / Teus risonhos, lindos campos têm mais flores" (Osório Duque Estrada, em
Hino Nacional Brasileiro)

3. Dança, à noite, o casal de apaixonados no clube.

4. Morreu o presidente.

5. Ontem aconteceram vários acidentes.

VÍCIOS DE LINGUAGEM

Ao contrário das figuras de linguagem, que representam realce e beleza às mensagens emitidas, os vícios
de linguagem são palavras ou construções que vão de encontro às normas gramaticais. Os vícios de
linguagem costumam ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das regras por parte do emissor.
Observe:

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Pleonasmo Vicioso ou Redundância: diferentemente do pleonasmo tradicional, tem-se pleonasmo vicioso
quando há repetição desnecessária de uma informação na frase.

Exemplos:

Entrei para dentro de casa quando começou a anoitecer.


Hoje fizeram-me uma surpresa inesperada.
Encontraremos outra alternativa para esse problema.

Observação: o pleonasmo é considerado vício de linguagem quando usado desnecessariamente, no


entanto, quando usado para reforçar a mensagem, constitui uma figura de linguagem.

Barbarismo: é o desvio da norma que ocorre nos seguintes níveis:

1) Pronúncia

a) Silabada: erro na pronúncia do acento tônico.

Por Exemplo: Solicitei à cliente sua rúbrica. (rubrica)

b) Cacoépia: erro na pronúncia dos fonemas.

Por Exemplo: Estou com poblemas a resolver. (problemas)

c) Cacografia: erro na grafia ou na flexão de uma palavra.

Exemplos:

Eu advinhei quem ganharia o concurso. (adivinhei)


O segurança deteu aquele homem. (deteve)

2) Morfologia

Exemplos:

Se eu ir aí, vou me atrasar. (for)


Sou a aluna mais maior da turma. (maior)

3) Semântica

Por Exemplo: José comprimentou seu vizinho ao sair de casa. (cumprimentou)

4) Estrangeirismos

Considera-se barbarismo o emprego desnecessário de palavras estrangeiras, ou seja, quando já existe


palavra ou expressão correspondente na língua.

Exemplos:

O show é hoje! (espetáculo)


Vamos tomar um drink? (drinque)

Solecismo: é o desvio de sintaxe, podendo ocorrer nos seguintes níveis:

1) Concordância

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Por Exemplo: Haviam muitos alunos naquela sala. (Havia)

2) Regência

Por Exemplo: Eu assisti o filme em casa. (ao)

3) Colocação

Por Exemplo: Dancei tanto na festa que não aguentei-me em pé. (não me aguentei em pé)

Ambiguidade ou Anfibologia: ocorre quando, por falta de clareza, há duplicidade de sentido da frase.

Exemplos:

Ana disse à amiga que seu namorado havia chegado. (O namorado é de Ana ou da amiga?)
O pai falou com o filho caído no chão. (Quem estava caído no chão? Pai ou filho?)

Cacofonia: ocorre quando a junção de duas ou mais palavras na frase provoca som desagradável ou
palavra inconveniente.

Exemplos:

Uma mão lava outra. (mamão)


Vi ela na esquina. (viela)
Dei um beijo na boca dela. (cadela)

Eco: ocorre quando há palavras na frase com terminações iguais ou semelhantes, provocando dissonância.

Por Exemplo: A divulgação da promoção não causou comoção na população.

Hiato: ocorre quando há uma sequência de vogais, provocando dissonância.

Exemplos:

Eu a amo.
Ou eu ou a outra ganhará o concurso.

Colisão: ocorre quando há repetição de consoantes iguais ou semelhantes, provocando dissonância.

Por Exemplo: Sua saia sujou.

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