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Didaticamente

Cursos e concursos
Carreira Educacional

Prof.ª Maria Rocha

LÍNGUA
PORTUGUESA

@prof.mariarocha
FONÉTICA

1 - FONEMAS
São as menores unidades sonoras da fala. São os sons elementares e distintivos que, articulados e combinados,
formam as sílabas, os vocábulos e a teia da frase, na comunicação oral.

Exemplo: A - FLI - TO

Quando pronunciamos a palavra aflito, emitimos três sílabas e seis fonemas. Observe que numa sílaba pode haver
um ou mais fonemas.

2 - REPRESENTAÇÃO DOS FONEMAS

Na língua escrita, os fonemas são representados por signos ou sinais gráficos aos quais designamos letras. O
conjunto de letras denomina-se alfabeto.

OBSERVAÇÕES
É importante não confundir letra com fonema. Fonema é som, letra é o sinal gráfico que representa o som.
Para falar, usamos fonemas e para escrever, usamos letra.

A mesma letra pode representar fonemas diferentes.


eXame, Xale
O mesmo fonema pode ser figurado por letras diferentes.
caSa, coZinha
Há letras que, às vezes, não representam fonemas.
caMpo, reNda

3 - ENCONTROS VOCÁLICOS

DITONGO

É a combinação de uma vogal + uma semivogal, ou vice-versa, na mesma sílaba.


Exemplos: pai, rei, sou, pão, fui

TRITONGO

É o conjunto semivogal + vogal+ semivogal, formando uma só sílaba.


Exemplos: iguais, averiguou

HIATO

É o encontro de duas vogais pronunciadas em dois impulsos distintos, formando sílabas diferentes.
Exemplo: faísca, Saara, cruel

4- ENCONTROS CONSONANTAIS

É a junção de consoantes no mesmo vocábulo sem vogal intermediária.


O encontro consonantal pode ocorrer:
a) na mesma sílaba: CLima, FLores;
b) em sílabas diferentes: aD-Vento.

5 -DÍGRAFOS

É a junção de duas letras que representam um único fonema.


Na palavra chave, por exemplo, que se pronuncia xávi, ocorre o dígrafo ch.

Exemplos: chapéu, pilha, tampa, mundo.

Pode ser:

CONSONANTAL

Duas letras que representam uma única consoante.

São elas: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, xs, gu, qu.

VOCÁLICO

Duas letras que representam uma única vogal.

São elas: am, an, em, en, im, in, om, on, um, un em final de sílaba.

SÍLABAS - TONICIDADE

1 - CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO AO NÚMERO DE SÍLABAS

Monossílabas - têm apenas uma sílaba: pó, luz, é.


Dissílabas - têm duas sílabas: café, livro.
Trissílabas - são constituídas por três sílabas: cabelo, remédio.
Polissílabas - as que têm mais de três sílabas: casamento, americano.

2 - DIVISÃO SILÁBICA

A divisão silábica é feita pela silabação, ou seja, pronunciando as palavras por sílabas.

REGRAS PRÁTICAS

Não se separam letras que representam:


ditongos: cau-le, trei-no
tritongos: a-ve-ri-guou, U-ru-guai
dígrafos: ch, lh, nh, gu e qu: fa-cha-da, co-lhei-ta
encontros consonantais inseparáveis: re-cla-mar, re-ple-to

Separam-se as letras que representam os hiatos:


sa-ú-de, ca-o-lho
3 - ACENTO TÔNICO

Em um vocábulo de duas ou mais sílabas, há, em geral, uma que se destaca por ser proferida com mais
intensidade que as outras: é a sílaba tônica.

4 - CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS QUANTO AO ACENTO TÔNICO

De acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras com mais de uma sílaba classificam-se em:

OXÍTONAS

quando a sílaba tônica é a última: caFÉ, raPAZ.

PAROXÍTONAS

quando a sílaba tônica é a penúltima: MEsa, LÁpis.

PROPAROXÍTONAS

quando a sílaba tônica é a antepenúltima: MÉxico, quiLÔmetro.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

ACENTUAÇÃO DOS VOCÁBULOS PROPAROXÍTONOS

Todos os vocábulos proparoxítonos são acentuados na vogal tônica:

a) com acento agudo se a vogal tônica for i, u ou a, e, o abertos: xícara, lágrima, lógico;
b) com acento circunflexo se a vogal tônica for fechada ou nasal: lâmpada, pêssego, quilômetros.

ACENTUAÇÃO DOS VOCÁBULOS PAROXÍTONOS

Acentuam-se com o acento adequado os vocábulos paroxítonos terminados em:


a) ditongo crescente, seguido ou não de s: sábio, Gávea, planície, tênues;
b) -i, -is, -us, -um, -uns: táxi, lápis, bônus, vírus;
c) -l, -n, -r, -x, -ons, -ps: fácil, móvel, cônsul, hífen, pólen, cânon;
d) -ei, -eis: Jóquei, vôlei, fósseis, úteis;
e) -ei, -eis: Jóquei, vôlei, fósseis, úteis.

ACENTUAÇÃO DOS VOCÁBULOS OXÍTONOS

Acentuam-se com o acento adequado os vocábulos oxítonos terminados em:

a) -a, - e, - o, seguidos ou não de s: gambá, será, pajé, você, freguês;


b) -em, -ens, - ói (s): parabéns, desdém, herói, heróis;
ACENTUAÇÃO DOS MONOSSÍLABOS

Acentuam-se os monossílabos tônicos:


terminados em -a, -e, -o, seguidos ou não de s: há, pé, pés, nós, pôs (colocou);
que encerram os ditongos abertos éi, éu, ói, véus, dói.

Não se acentuam os monossílabos tônicos com outras terminações: ri, bis, vez, sol.

Exceções: acentuam-se os verbos têm (plural) e vêm (plural) porque existem os homógrafos tem
(singular) e vem (singular).

ACENTUAÇÃO DE DITONGOS

Acentua-se a base (ou seja, a vogal) dos ditongos abertos éi, éu, ói, quando tônicos e em palavras
oxítonas: papéis, chapéu, anzóis.

Em palavras paroxítonas esses ditongos não se acentuam: ideia, estreia, joia, heroico.

Esses ditongos não se acentuam quando fechados: areia, ateu, joio, apoio

ACENTUAÇÃO DE HIATOS

Acentuam-se o i e o u tônicos em hiato com vogal ou ditongo anterior, formando sílaba sozinho ou
com s: saída (sa-í-da), saúde (sa-ú-de) , faísca (fa-í-ca).
Fora o caso previsto no item a, não se acentuam os hiatos. Assim, escrevemos sem acento: Saara,
caolho, semeeis, poeta

ACENTO DIFERENCIAL

é utilizado para diferenciar homógrafos (palavras que se escrevem com as mesmas letras, mas que têm
significados diferentes)

ACENTOS DIFERENCIAIS OBRIGATÓRIOS:

pôr (verbo) para diferenciar de por (preposição): pôr sal no café por distração.
pôde (pretérito perfeito do verbo poder) para distinguir de pode (presente do indicativo): Ontem o
médico não pôde atender, hoje ele pode.

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO


TREMA
TREMA
NOVA REGRA COMO ERA? COMO FICA?

O sinal gráfico (ü) que era agüentar, argüir, argüição, aguentar, arguir, pinguim,
formado por dois pontos averigüemos, apazigüemos, bilíngüe, linguiça, consequência, cinquenta
sobre a letra “U” acabou cinqüenta, conseqüência, conseqüente,
entrando em desuso em delinqüência, delinqüente, deságüe, EXCEÇÃO
palavras portuguesas e em enxágüe, freqüência, freqüente,
aportuguesadas. lingüiça, pingüim, Deve ser grafado em nomes
próprios estrangeiros.
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
TREMA
ACENTO DIFERENCIAL

NOVA REGRA COMO ERA? COMO FICA?

O acento diferencial é pára (verbo) / para (preposição)


utilizado para auxiliar na
pára (verbo) e para (preposição)
identificação de palavras para, pela, pelos, polos, peras.
péla (verbo) e pela
que possuem a mesma
pêlo (substantivo) e pelo (preposição)
pronúncia e grafia.
pêra substantivo e pera (grafia arcaica
Deixará de existir nos
da preposição para).
seguintes casos:

ATENÇÃO
Algumas palavras pôr (verbo) -> para não ser confundido com a preposição por.
continuarão recebendo pôde (verbo poder conjugado no passado) -> para que não seja
acento diferencial para confundido com pode (forma conjugada no presente).
distinguir tempo verbal Ele mantém / eles mantêm.
e singular e plural de Ele convém / eles convêm.
verbos Ele tem / eles têm.

ACENTO CIRCUNFLEXO

NOVA REGRA COMO FICA?

o acento circunflexo não


Ele vê - Eles veem Eu voo (de avião)
é mais empregado em
Ele crê – Eles creem Eu tive enjoo
palavras paroxítonas
Ele lê – Eles leem Eu abençoo
que terminam em eem e
palavras com o hiato oo.

ACENTO AGUDO NOS DITONGOS ABERTOS

NOVA REGRA COMO ERA? COMO FICA?

Não se usa mais o Assembléia Assembleia


acento em ditongos Alcatéia Alcateia
abertos ÉI e ÓI das Andróide Androide
palavras paroxítonas. Bóia Boia
(Acento tônico na Celulóide Celuloide
penúltima sílaba) Colméia Colmeia
Heróico Heroico
idéia ideia

ATENÇÃO
Essa regra é válida apenas Assim, continuam acentuadas as
papéis, chapéis, herói,
para palavras paroxítonas. PALAVRAS OXÍTONAS terminadas
heróis, troféu, troféus).
em: éis, éu, éus, ói, óis.
HIATOS COM PAROXÍTONAS COM “I" OU “U”

NOVA REGRA COMO ERA? COMO FICA?

Os hiatos (encontro de duas


vogais de sílabas diferentes) em feiúra feiura
palavras paroxítonas formadas Taoísmo Taoismo
pelas letras “i” ou “u” perderam a
acentuação na nova ortografia, Bocaiúva Bocaiuva.
nos casos em que estes vêm após
um ditongo:

HÍFEN
USA-SE O HÍFEN

anti-herói super-homem
Diante de palavras
anti-higiênico ultra-humano
iniciadas por h.
co-herdeiro macro-história
mini-hotel sobre-humano.

Quando o prefixo
anti-imperialista micro-ondas
termina por vogal e
auto-observação micro-ônibus
o segundo elemento
contra-atacar semi-internato
começa com a
contra-ataque anti-inflamatório
mesma vogal.

Quando o prefixo hiper-requintado inter-regional


termina por inter-racial super-reacionário
consoante e o super-resistente
segundo elemento super-romântivo
começa pela mesma
consoante.

com o prefixo sub-, sub-raça sub-reino


diante de palavras sub-região sub-região
iniciada por r, b e h sub-humano sub-reitor

além-mar sem-terra
com os prefixos ex-, recém-nascido
ex-aluno pró-reitor
bem-, além-, aquém-, pós-graduação
ex-diretor bem-estar
recém-, pós-, pré-, pró-.
pré-vestibular bem-vindo
NÃO SE USA O HÍFEN

aeroespacial semianalfabeto anteontem


Quando o prefixo termina em antiaéreo agroindustrial autoaprendizagem
vogal diferente da vogal com o autoescola antieducativo extraescolar
que se inicia o segundo coautor coedição semiaberto
elemento. infraestrutura plurianual semiopaco

Quando o prefixo termina em anteprojeto coprodução semicírculo


vogal e o segundo elemento autoproteção geopolítica autopeça
começa por consoante antipedagógico semideus microcomputador
diferente de r ou s. pseudoprofessor ultramoderno seminovo

Quando o prefixo termina em antirrábico antirracismo antirreligioso


vogal e o segundo elemento antirrugas antissocial microssistema
começa r ou s. Nesse caso, contrarregra contrassenso semirreta
duplicam-se essas letras minissaia ultrarresistente ultrassom

Quando o prefixo termina por hiperacidez interescolar


consoante e o segundo hiperativo interestadual
elemento começa por vogal.

em certas palavras que


girassol madressilva
perderam a noção de
mandachuva paraquedas
composição.
paraquedista pontapé

MORFOLOGIA

Ocupa-se da estrutura e da classificação das palavras.

RADICAL

1 É o elemento básico e significativo das palavras.

CERTo, CERTeza, inCERTeza

TEMA

É o radical acrescido de uma vogal (chamada vogal temática). Nos verbos, o tema se obtém destacando-
2 se o - r do infinitivo.

CANTA-r, BATE-r

AFIXOS

3 São elementos secundários que agregam a um radical ou tema para formar palavras derivadas. Chamam-se
prefixos, quando anteposto ao radical ou tema, sufixos, quando pospostos.
PREFIXO TEMA SUFIXO

des anima dor

em ecer
pobr

pre domina nte

DESINÊNCIAS

4 São os elementos terminais indicativos das flexões das palavras. Elas indicam as flexões de gênero
(masculino e feminino) e número (singular e plural) dos nomes.

menin-o
menino-s

As desinências verbais indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dos verbos.

am-o
ama-s
ama-va

VOGAL TEMÁTICA

5
Vogal temática é o elemento que, acrescido ao radical, forma o tema de nomes e verbos. Nos
verbos, distinguem-se três vogais temáticas.

A Caracteriza os verbos da 1ª conjugação : andar.


E Caracteriza os verbos da 2ª conjugação : bater.
I Caracteriza os verbos da 3ª conjugação: partir.

PALAVRAS PRIMITIVAS E DERIVADAS

6 Quanto à formação, as palavras podem ser primitivas ou derivadas.

PALAVRAS PRIMITIVAS

São as que não derivam de outras, dentro da língua portuguesa. Exemplos: terra, dente, pobre.

PALAVRAS DERIVADAS

São as que provêm de outras. Exemplos: terrestre, dentista, pobrezinho.


PALAVRAS SIMPLES E COMPOSTAS

7 Com relação ao radical, dividem-se as palavras em simples e compostas.

PALAVRAS SIMPLES

São as que têm um só radical. Exemplos: beleza, recomeçar.

PALAVRAS COMPOSTAS

São as que apresentam mais de um radical. Exemplos: passatempo, ferrovia, peixe-elétrico.

CLASSIFICAÇÃO E FLEXÃO DAS PALAVRAS

Na língua portuguesa há dez classes gramaticais.

CLASSES DE PALAVRAS

VARIÁVEIS INVARIÁVEIS

flexionam-se, não se flexionam,


sofrem variações ou seja, não
nas formas. OBSERVAÇÃO: sofrem variações
a mesma palavra pode pertencer a nas formas.
Sustantivo
mais de uma classe.

Ex: O céu é azul (azul - adjetivo). Advérbio

Artigo
O azul triste dos seus olhos fascinava-
me. (Azul- substantivo) Preposição
Adjetivo
Conjunção

Numeral
Interjeição
Pronome

Verbo

SUBSTANTIVO
Nomeiam seres reais e irreais, objetos, sentimentos, sensações, etc. Os substantivos exercem
1 nas frases diversas funções sintáticas: sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc.
CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVOS

1 COMUNS

Designam seres da mesma espécie. Ex: menino, galo.

2 PRÓPRIOS

Designam um ser em particular. Ex: Deus, Brasil, Tiradentes.

3 CONCRETOS

Designam seres de existência real ou que a imaginação apresenta. Palavra que não precisa de outra para
existir.

4 ABSTRATOS

Designam qualidades, sentimentos, ações ou estados dos seres.

Todos os sentimentos e palavras derivadas de verbo que transmitem a ideia de ação são
abstratas. Ex: beleza, coragem (qualidades). Amor, saudade, alegria (sentimentos, sensações).
Leitura, estudo, esforço (ação abstrata). Vida, morte (estados).
Os substantivos abstratos podem ser concretizados. Desse modo, a caça (ato de caçar) é
abstrato, mas a caça (animal caçado) é concreto.

5 SIMPLES

São formados por apenas um radical. Ex: sol, chuva, pão, bolo.

6 COMPOSTOS
São formados por duas ou mais palavras ou radicais que juntos constituem uma nova palavra. Ex: girassol,
guarda-chuva, passatempo, beija-flor.

7 PRIMITIVOS

São aqueles não derivam de outra palavra da língua portuguesa. Ex: casa, folha, dente.

8 DERIVADOS

São aqueles que derivam de outras palavras da Língua Portuguesa. Ex: casebre, folhagem, dentadura.

9 COLETIVOS

São palavras que designam um conjunto de seres. Ex: alcateia, molho, triênio, enxame.
Palavras de outras classes gramaticais podem ser substantivadas. Para isso, deve-se antepor o
artigo.
Ex: o morrer pertence a Deus.

FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS


Os substantivos flexionam-se para indicar o gênero, o número e o grau.
GÊNERO

Na língua portuguesa são dois os gêneros: o masculino e o feminino. São masculinos os substantivos a
que antepomos os artigos "o, os"(singular, plural) e femininos aqueles que antepomos os artigos "a, as".
Ex: filho, filha - mestra .

Atenção! Nos casos como pai/mãe, boi/vaca et., o feminimo se realiza não pela flexão do masculino,
mas por HETERONONÍMIA, isto é, por meio de outra palavra com radical diferente.

1 SUBSTANTIVOS BIFORMES

Apresentam duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino. Ex: aluno/aluna. Ex: aluno/aluna.

2 SUBSTANTIVO UNIFORMES EM GÊNERO

2.1 EPICENOS

São substantivos que designam alguns animais e plantas e têm apenas um gênero. Ex: a onça, a cobra.
Caso se queira distinguir o sexo do animal, deve-se acrescentar as palavras macho ou fêmea.
Ex: a onça macho, a onça fêmea ou o macho da onça
o peixe macho , o peixe fêmea

2.2 SOBRECOMUNS
São substantivos que designam pessoas e têm um só gênero quer se refiram a homem ou a mulher. Nesse caso, a
diferença do gênero não é especificada por artigos ou outros determinantes. Exemplo: a criança (menino ou
menina), o neném (homem ou mulher).

2.3 COMUM DE DOIS GÊNEROS


São substantivos que sob uma só forma designam indivíduos de dois sexos. São masculinos ou femininos. Neste
caso, a diferença de gênero é feita pelo artigo ou pelo adjetivo que os acompanham. Ex: o artista, a artista, o
colega, a colega.

3 SUBSTANTIVOS DE GÊNERO INCERTO

Há muitos substantivos de gênero incerto e flutuante, sendo usado pelos escritores, com a mesma
significação, ora como masculinos, ora como femininos. Ex: o praça - soldado raso, o o ágape.

FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS: NÚMERO

Na língua portuguesa há dois números gramaticais:


1 SINGULAR

Indica um ser único ou um grupo de seres: ave, bando.

2 PLURAL

Indica mais de um ser ou grupo de seres: aves, bandos.

PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS

Pluralizam-se os dois elementos, unidos por hífen, quando ocorre:

1 Substantivo + substantivo.
Ex: cirugião-dentista - cirurgiões-dentistas, abelha-mestra, abelhas-mestras.

2 Substantivo + adjetivo.
Ex: amor-perfeito, amores-perfeitos, carro-forte, carros-fortes.

3 Adjetivo + substantivo
Ex: boa-vida, boas-vidas, curto-circuito, curtos-circuitos.

4 Numeral + substantivo.
Ex: segunda-feira, segundas-feiras, terça-feira, terças-feiras.

Varia apenas o segundo (ou último elemento), quando houver:

1 Elementos unidos sem hífen. Ex: os pontapés, os girassóis.

2 Verbo + substantivo. Ex: os guarda-roupas, os beija-flores.

3 Elemento invariável + palavra variável. Ex: as sempre-vivas, os abaixo-assinados.

4 Palavras repetidas. Ex: os quero-queros, os tico-ticos.

Varia apenas o primeiro elemento

1 quando ocorre substantivo + preposição + substantivo. Ex: os pés de moleque, os pães de ló.

2 quando o segundo elemento limita e determina o primeiro, indicando finalidade, tipo, semelhança,
funcionando como se fosse um adjetivo. Ex: os pombos-correio, as cidades-satélite.

PLURAL DAS SIGLAS

1 Pluralizam-se as siglas acrescentando-lhes um s minúsculo. Exemplo: os CDs, os PMs.


FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS: GRAU

É a propriedade que essas palavras têm de exprimir as variações de tamanho dos seres.

GRAU AUMENTATIVO

1 Exprime o aumento do ser relativamente ao seu tamanho normal. Ex: barcaça, bocarra, homenzarrão.

GRAU DIMINUTIVO

2 Exprime um ser com seu tamanho normal diminuído. Ex: riacho, casebre, engenhoca, irmãzinha.

ARTIGO

2 O artigo é uma palavra que é anteposta aos substantivos para dar aos seres um sentido determinado
ou indeterminado. São divididos em: artigos definidos e indefinidos.

DEFINIDOS

Ex: o, a, as ( a neta, o neto, os netos, as netas).

INDEFINIDOS

Ex: uma, umas, uns, umas (uma neta, um neto, umas netas, uns netos)

ADJETIVO

3 É a classe de palavras que expressa as características e o estado dos seres. O adjetivo é uma
classe que depende de outros termos.

1 ADJETIVOS PÁTRIOS
Designam a nacionalidade, o lugar de origem de alguém ou de alguma coisa.
Ex: São Paulo (estado) - paulista, Angola - angolano

2 FORMAÇÃO DO ADJETIVO

PRIMITIVO
O que não deriva de outra palavra. Exemplo: bom, forte

DERIVADO

O que deriva de substantivos ou verbos. Ex: bondoso, famoso

SIMPLES
O que é formado de um só elemento. Ex: mineiro, claro.
COMPOSTO
O que é formado de mais de um elemento, ou seja, apresenta dois ou mais radicais. Ex: surda-muda,
ultravioleta, amarelo-canário

3 LOCUÇÃO ADJETIVA
É formada por mais de uma palavra exercendo a função de um adjetivo. Ex: de criança - infantil, do
mar - marítimo.

4 FLEXÃO DO ADJETIVO

O Adjetivo varia em gênero, número e grau. Flexiona para concordar em gênero, número e grau com o
substantivo caracterizado. Ex: Menina bonita, menino bonito, meninas bonitas, meninos bonitos.

4.1 FLEXÃO DO ADJETIVO : GÊNERO

UNIFORMES

Tem a mesma forma em ambos os gêneros. Ex: gentil, jovem, feliz.

BIFORMES
Apresentam duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino. Ex: hebreu, hebreia, cristão,
cristã.

PLURAL DOS ADJETIVOS COMPOSTOS


Quando os componentes são adjetivos, somente o último irá para o plural. Exemplo: olhos azul-claros,
cabelos castanho-escuros, camisas rubro-negras.

EXCEÇÕES

Surdez e mudez humana flexionam em gênero e número. Flexionam- se, portanto, os dois componentes.
1 Ex.: surdo-mudo (crianças surdas-mudas, meninos surdos-mudos)

2 As cores azul-marinho e a azul-celeste quando adjetivos não variam.


Ex.: ternos azul-marinho, madeixas de cabelo azul-marinho

3 Os componentes sendo palavras invariável + adjetivo, somente o último termo flexionará.


Ex.: meninos mal-educados, crianças recém-nascidas

4 Os compostos de Adjetivo + substantivo devem ficar invariáveis na regra geral.


Ex.: Gravatas verde-oliva, sapatos marrom-café, chapéus amarelo-abóbora, calças verde-abacate

5 Os compostos de Adjetivo + substantivo devem ficar invariáveis na regra geral.


Ex.: Gravatas verde-oliva, sapatos marrom-café, chapéus amarelo-abóbora, calças verde-abacate

6 São invariáveis os adjetivos formados por cor + de + substantivo.


Ex.: Quadro cor-de-rosa e quadros cor-de-rosa. Tecido verde-abacate e tecidos verde-abacate.
5 GRAU DO ADJETIVO

São utilizados para fazer comparações ou elevar as características atribuídas aos substantivos. Os graus
dos adjetivos são comparativo e superlativo.

GRAU COMPARATIVO

Tem por finalidade comparar a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais
características atribuídas a um mesmo ser.

DE IGUALDADE
Pedro acha física tão fácil quanto matemática.

DE SUPERIORIDADE

Maria é mais habilidosa do que Pedro.

INFERIORIDADE

Maria é menos habilidosa que Pedro

GRAU SUPERLATIVO
Acentua as características dadas a um ou mais seres. A característica atribuída pelo adjetivo é
intensificada de forma relativa ou absoluta.

SUPERLATIVO RELATIVO

Expressa uma característica em relação a todos os integrantes de um determinado conjunto.


Ex.: Maria é a mais esperta de toda a turma. (superlativo relativo de superioridade)
Ex.: Maria é a menos carismática da turma. (superlativo relativo de inferioridade)

SUPERLATIVO ABSOLUTO

A característica é evidenciada de modo exagerado.

1 Superlativo absoluto analítico

É assim chamado quando o adjetivo é modificado por um advérbio de intensidade.


Ex: Estamos excessivamente ansiosas com o resultado desse concurso.

2 Superlativo absoluto sintético

É formado pelo acréscimo dos sufixos -íssimo, -rimo, - imo, -érrimo, -ílimo.
Ex: Estamos ansiosíssimas.

NUMERAL

4 É a classe de palavras que indica quantidade, ordem, posição, fração e multiplicação. O numeral
pode ser:
NUMERAIS CARDINAIS
Utilizam os números pertencentes ao conjunto dos números naturais para representar a quantidade de
elementos de um conjunto. Exemplo: um, dois, três, quatro, cinco...

NUMERAL ORDINAL
São utilizados para indicar a ordem dos elementos de um conjunto.Exemplos: primeiro, segundo,
terceiro.

NUMERAL MULTIPLICATIVO
Refere-se à quantidade que foi multiplicada. Exemplos: dobro, triplo, quádruplo, ....

NUMERAL FRACIONÁRIO
São utilizados para representar partes de um inteiro (frações). Exemplos: terço, quarto, quinto.

(PRO)NOME

5 É uma classe que tem que trabalhar para o nome (substantivo), ou seja, são palavras que substituem
os substantivos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso.

PRONOMES PESSOAIS

São denominados desta forma por terem a característica de substituírem os nomes, ou seja, os
substantivos e representarem as três pessoas do discurso. Os pronomes pessoais classificam-se em retos
e oblíquos, de acordo com a função que desempenham na oração.
PRONOMES PESSOAIS DO CASO RETO
Funcionam, em regra, como sujeito da oração.
Ex.: Eu não cansei de estudar! (sujeito do verbo cansar)

PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUOS

Assumem as funções de complementos, como o objeto direto, o objeto indireto, o agente da passiva, o
complemento nominal.

SUJEITO OBJETO VERBO

Eu te amo

Nós o ajudamos

PRONOMES DE TRATAMENTO
Os pronomes de tratamento são classificados como pronomes pessoais. A língua portuguesa dispõe
de vários vocábulos adequados a cada situação comunicativa, considerando a posição social da pessoa a
quem nos dirigimos. Exemplo: você, senhor ou senhora, vossa senhoria, vossa excelência, vossa
magnificência, vossa santidade, vossa reverendíssima, entre outros.

POSSESSIVOS
Os pronomes possessivos são aqueles que acompanham ou substituem o substantivo, indicando a
relação de posse entre as pessoas do discurso e as coisas possuídas.
POSSESSIVOS

NÚMERO PESSOA PRONOMES

1ª - eu meu, minha, meus, minhas

SINGULAR 2 ª - tu teu, tua, teus, tuas

3ª - ele/ela seu, sua, seus, suas

1ª - nós nosso, nossa, nossos, nossas

2 ª - vós vosso, vossa, vossos, vossas


PLURAL

3ª - eles/elas seu, sua, seus, suas.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Os pronomes demonstrativos marcam a posição espacial, ou seja, indicam o lugar, a posição ou a
identidade dos seres, relativamente às pessoas do discurso.

DEMONSTRATIVOS
VARIÁVEIS

PESSOAS MASCULINO FEMININO INVARIÁVEIS

Singular Plural Singular Plural

1ª este estes esta estas isto

2ª esse esses essa essas isso

3ª aquele aqueles aquela aquelas aquilo

COM RELAÇÃO A PROXIMIDADE DOS ELEMENTOS

Este, Esta, Isto perto da pessoa que fala.


Ex.: Este brinco na minha orelha é meu. ( O brinco está próximo de quem fala.)
São usados para objetos que estão próximos da pessoa com quem se fala, ou
Esse, Essa, Isso
seja, nos dá a ideia de proximidade com o ouvinte.
Ex.: Quando você comprou esse brinco que está na sua orelha?

NO DISCURSO ESCRITO
Este, Esta, Isto refere-se a um elemento que ainda vai aparecer no texto (anuncia algo).
Ex: Minha maior dificuldade é esta: parar de procrastinar.
Esse, Essa, Isso utilizado quando o elemento já foi citado (retoma algo).
Ex.: Parar de procrastinar: essa é a minha maior dificuldade.
QUANDO HOUVER A COMPARAÇÃO DE DOIS ELEMENTOS

Esse refere-se ao mais próximo e aquele ao mais distante.


Ex.: Maria e Joana eram boas dançarinas; esta (Joana) é melhor do que aquela (Maria).
Maria e Joana eram boas dançarinas aquela (Maria) é melhor do que esta (Joana).
PRONOMES INDEFINIDOS
Pronomes indefinidos são aqueles que fazem referência à 3ª pessoa do discurso de forma vaga,
imprecisa e indeterminada.

PRONOMES INDEFINIDOS
VARIÁVEIS EM GÊNERO E NÚMERO
VARIÁVEIS EM
NÚMERO
SINGULAR PLURAL INVARIÁVEIS

MASCULINO FEMINIMO MASCULINO FEMINIMO SINGULAR PLURAL

algum alguma alguns algumas qualquer quaisquer alguém


nenhum nenhuma nenhuns nenhumas bastante bastantes ninguém
todo toda todos todas outrem
muito muita muitos muitas tudo
pouco pouca poucos poucas nada
vário vária vários várias algo
tanto tanta tantos tantas cada
outro outra outros outras
quanto quanta quantos quantas

PRONOMES RELATIVOS

Substituem um termo que já foi mencionado na oração. Portanto, são bons recursos linguísticos para
evitar a repetição de uma palavra. A palavra que o pronome relativo representa chama-se antecedente.

PRONOMES RELATIVOS
VARIÁVEIS

INVARIÁVEIS
MASCULINO FEMININO

SINGULAR PLURAL SINGULAR PLURAL

o qual os quais a qual as quais que


cujo cujos cuja cujas quem
quanto quantos quanta quantas onde

PRONOMES INTERROGATIVOS
São usados na formulação de perguntas diretas ou indiretas.
Exemplos: Quantas alunas foram aprovadas no concurso ? (pergunta direta).
Não se sabe quantas alunas foram aprovadas no concurso (pergunta indireta).

PRONOMES RELATIVOS

VARIÁVEIS INVARIÁVEIS

qual, quais que e quem


quanto, quanta, quantos, quantas
VERBO

6 Verbo é a classe de palavras que indica ação, estado ou fenômenos da natureza. As


subclasses dos Verbos são:

VERBOS INTRANSITIVOS
São os verbos que possuem o sentido completo.
Ex: As crianças brincam.

VERBOS TRANSITIVOS
VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS
Precisam, geralmente, um complemento direto(sem preposição) para completar o seu sentido.
Ex: A criança lê uma história.

VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS

Precisam, geralmente, de um complemento indireto(com preposição) para completar o seu sentido.


Ex.: A professora sorri aos alunos.

DIRETOS E INDIRETOS (BITRANSITIVOS)


Aceitam um complemento direto e indireto para completar o seu sentido.
Ex.: O pai lê uma história aos filhos.

VERBOS DE LIGAÇÃO

Verbos de ligação funcionam como elo de ligação entre dois grupos, o sujeito e o predicado.
Ex.: A menina está feliz.

Os verbos variam em pessoa, tempo, número, modo e voz.

PESSOA E NÚMERO

PESSOA SINGULAR PLURAL

1ª Eu brinco Nós brincamos

2ª Tu brincas Vós brincais

3ª Ele brinca Eles brincam

CONJUGAÇÕES

Os verbos se agrupam em três conjugações, de conformidade com a terminação do infinitivo. Cada


conjugação se caracteriza por uma vogal temática (a, e, i)
CONJUGAÇÕES

1º CONJUGAÇÃO

terminam em -ar: dançar, cantar, pular.

2º CONJUGAÇÃO

terminam em -er: comer, beber, ler.

O verbo PÔR e todos os verbos formados a partir dele ( dispor, repor, compor…) pertencem à
2ª CONJUGAÇÃO “ponere” (latim). Esse verbo perdeu a vogal temática do infinitivo “e”. Trata-
se de um verbo anômalo da 2ª conjugação.

3º CONJUGAÇÃO

terminam em -ir: imprimir, desistir, suprimir.

ELEMENTOS ESTRUTURAIS DOS VERBOS

Na estrutura verbal há três elementos: o radical, a vogal temática e as desinências.

RADICAL

Elemento básico do verbo. Normalmente, é invariável.

VOGAL TEMÁTICA

É o elemento que permite a ligação entre o radical e as desinências, caracterizando as conjugações


(a - 1ª, e - 2ª e i 3ª)

DESINÊNCIAS (OU TERMINAÇÃO)

A) MODO-TEMPORAL
Indica o modo (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e o tempo do verbo (pretérito, presente ou
futuro).
Ex: PuláSSEmos - pretérito imperfeito do subjuntivo

B) NÚMERO-PESSOAL
Indica o número (singular ou plural) e a pessoa (primeira, segunda ou terceira).
Ex.: PulásseMOS - Indica que o verbo está na primeira pessoa do plural

TEMPOS E MODOS

Na estrutura verbal há três elementos: o radical, a vogal temática e as desinências.

MODO INDICATIVO

Expressa uma certeza de acontecimento.


TEMPOS

Presente do Indicativo

Pretérito Perfeito do Indicativo

Pretérito Imperfeito

Pretérito mais que perfeito do Indicativo

Futuro do Presente Futuro do Pretérito

VERBO CANTAR

CANT– radical
O que sobra recebe o nome de desinência verbal e servirá para conjugar qualquer verbo regular

TEMPOS VERBAIS -MODO INDICATIVO

PRETÉRITO PRETÉRITO
PESSOA PRESENTE
IMPERFEITO PERFEITO

1ª /eu cantO cantAVA cantEI

2 ª / tu cantAS cantAVAS cantASTE

3ª / ele/ela cantA cantAVA cantOU

1ª / nós cantAMOS cantaÁVAMOS cantAMOS

2 ª / vós cantAIS cantÁVEIS cantASTES

3ª / eles/elas cantAM cantAVAM cantARAM

TEMPOS VERBAIS - MODO INDICATIVO

PESSOA PRETÉRITO MAIS-QUE- FUTURO DO FUTURO DO


PERFEITO PRESENTE PRETÉRITO
1ª / eu cantARA cantAREI cantARIA

2 ª / tu cantARAS cantÁRAS cantARIAS

3ª /ele/ela cantARA cantARÁ cantARIA

1ª / nós cantÁRAMOS cantAREMOS cantARÍAMOS

2 ª/ vós cantÁREIS cantAREIS cantARÍEIS

3ª / eles/elas cantARAM cantARÃO cantARIAM


TEMPOS E MODOS

MODO SUBJUNTIVO
Expressa uma hipótese, possibilidade de acontecimento.

TEMPOS

Presente do subjuntivo

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Futuro do Subjuntivo

TEMPOS VERBAIS - MODO SUBJUNTIVO

PRETÉRITO
PESSOA PRESENTE FUTURO
(QUE) IMPERFEITO (SE) (QUANDO)

1ª / eu cantE cantASSE cantAR

2 ª / tu cantES cantASSES cantARES

3ª /ele/ela cantE cantASSE cantAR

1ª / nós cantEMOS cantÁSSEMOS cantARMOS

2 ª/ vós cantEIS cantÁSSEIS cantARDES

3ª / eles/elas cantEM cantASSEM cantAREM

MODO IMPERATIVO
Expressa uma ordem, proibição, conselho, pedido.

TEMPOS

Imperativo Negativo

Imperativo afirmativo

TEMPOS VERBAIS - MODO SUBJUNTIVO

AFIRMATIVO NEGATIVO
------ ------
cantA tu não cantE tu
cantE ele/ela não cantE ele/ela

cantEMOS nós não cantEMOS nós


cantAIS vós não cantEIS vós
cantEM eles/elas cantEM eles/elas
FORMA NONIMAL

Na estrutura verbal há três elementos: o radical, a vogal temática e as desinências.

INFINITIVO

Verbos terminados em R. Ex.: Ler é um prazer.

GERÚNDIO

Verbos terminados em NDO. Ex.: Saindo de casa encontrei alguns amigos.

PARTICÍPIO

Verbos terminados em DO . Ex: Terminado os exames fomos para casa.

VOZES VERBAIS

Indica se a ação verbal é praticada ou sofrida pelo sujeito.

VOZ ATIVA

O sujeito é quem executa a ação expressa pelo verbo, ou seja, é o agente. Ex: João comeu pão.

VOZ PASSIVA

O sujeito sofre ou recebe a ação na oração. Ex: O pão foi comido por João.

O eu,
VOZ o outro e o nós
REFLEXIVA
O sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, ou seja, executa uma ação cujos efeitos ele mesmo
sofre ou recebe. Ex: João cortou-se

VERBOS REGULARES, IRREGULARES, DEFECTIVOS e ABUNDANTES

REGULARES

São verbos que ao serem conjugados não modificam o seu radical, mantendo a mesma desinência do
verbo, ou seja, um modelo comum de conjugação. Ex.: verbo CANTAR.

TEMPOS VERBAIS -MODO INDICATIVO

PESSOA PRESENTE PRETÉRITO IMPERFEITO PRETÉRITO PERFEITO

1ª /eu cantO cantAVA cantEI

2 ª / tu cantAS cantAVAS cantASTE

3ª / ele/ela cantA cantAVA cantOU

1ª / nós cantAMOS cantaÁVAMOS cantAMOS

2 ª / vós cantAIS cantÁVEIS cantASTES

3ª / eles/elas cantAM cantAVAM cantARAM


IRREGULARES:
São os verbos que sofrem alterações no radical apresentando uma conjugação diferente do modelo
comum de conjugação.

VERBO MEDIR
PRESENTE PRETÉRITO MAIS-QUE- PRESENTE DO
PESSOA
INDICATIVO IMPERFEITO SUBJUNTIVO

1ª /eu MEÇO medIRA meçA

2 ª / tu medES medIRAS meçAS

3ª / ele/ela medE medIRA meçA

1ª / nós medIMOS medÍRAMOS meçAMOS

2 ª / vós medIS medÍREIS meçAIS

3ª / eles/elas medEM medIRAM meçAM

DEFECTIVOS

São os verbos que não possuem a conjugação completa, não sendo conjugados em certos modos,
tempos ou pessoas.

VERBO FALIR

PRESENTE PRETÉRITO PRETÉRITO


PESSOA
INDICATIVO IMPERFEITO PERFEITO

1ª /eu ------ falia fali

2 ª / tu ----- falias faliste

3ª / ele/ela ------ falia faliu

1ª / nós falimos falíamos falimos

2 ª / vós falis falíeis falistes

3ª / eles/elas ------ faliam faliram

ABUNDANTES

São os verbos que apresentam duas ou mais formas em certos tempos, modos ou pessoas. Essas
variantes são mais frequentes no particípio.
Ex.: aceitar - aceito - aceitado
benzer - benzido - bento
matar - matado - morto

ADVÉRBIO
7 São palavras invariáveis que modificam o sentido do verbo, adjetivo e do próprio advérbio.
ADVÉRBIOS DE TEMPO
Ontem fiz a revisão do módulo de tendências pedagógicas.
Estudei para a prova diariamente.

ALGUNS ADVÉRBIOS DE TEMPO

Agora cedo ontem atualmente à noite


já tarde anteontem logo diariamente
ainda sempre amanhã à tarde breve
amanhã nunca hoje de manhã finalmente

ADVÉRBIO DE MODO
Estudei intensamente com foco na minha aprovação.

ALGUNS ADVÉRBIOS DE MODO

Assim quase todos os advérbios terminados em "mente" tais como:


bem devagar alegremente afobadamente calmamente
mal em silêncio lentamente intensamente alegremente
depressa rapidamente ansiosamente infelizmente

ADVÉRBIO DE LUGAR
Minha casa é ali.
O livro está embaixo da mesa.

ALGUNS ADVÉRBIOS DE LUGAR

Aqui lá acima dentro à esquerda


ali atrás dentro fora à direita
aí perto fora além acima
cá abaixo além adiante defronte

ADVÉRBIO DE INTENSIDADE

Ex.: Estudei muito e consegui minha aprovação.


Ele falava pouco.
Eles formam um casal tão bonito!
Nossas amigas arrumam-se muito depressa.

ALGUNS ADVÉRBIOS DE INTENSIDADE

muito bastante deveras mal


pouco demais quanto tão
mais bem quase de pouco
menos tanto apenas de todo

ADVÉRBIO DE AFIRMAÇÃO

“Sim”, “decerto” e palavras afirmativas com o sufixo -mente (“certamente”, “realmente”, entre
outras) são advérbios de afirmação. Algumas palavras como “claro” e “positivo” podem ser
classificadas como advérbio dependendo do contexto, mas é necessário atenção aos casos.
Eu vou, sim. Certamente irei à aula amanhã.
Decerto passaram por aqui. Sim, eu estou sabendo de tudo.
Claro que entendemos! Ela é realmente a melhor opção para a vaga.

ALGUNS ADVÉRBIOS DE AFIRMAÇÃO

Sim decerto seguramente


certamente sem dúvida
realmente com certeza
efetivamente por certo

ATENÇÃO

É bastante comum os candidatos confundirem advérbio com adjetivo em algumas questões. Não
confunda mais! Caso você tenha dúvida, passe para o plural.

ADJETIVO VARIÁVEL Adjetivo variável


ADVÉRBIO INVARIÁVEL
O rapaz ficou triste. O rapaz ficou mal.
Os rapazes ficaram tristes. Os rapazes ficaram mal.

BASTANTE OU BASTANTES: QUANDO USAR?

LIGADO A SUBSTANTIVO LIGADO A VERBO,


Adjetivo ADVÉRBIO E ADJETIVO
variável

Como adjetivo, a palavra “bastante” é variável Quando ligada a advérbio, adjetivo e verbo
e assume significado de “suficiente”. Nesse não varia. O uso mais comum é usar “bastante”
caso, deve concordar normalmente com o como advérbio, no sentido de "muito".
substantivo a que se refere.
Há motivos bastantes para a desclassificação. Ela estudou bastante.
Já há bastantes quadros na sala Elas estudaram bastante.
Já há bastantes livros na prateleira. As questões formuladas estão bastante ruins.

Nesta regra inclui as seguintes palavras: meio, muito, pouco, caro, barato, longe.

ADVÉRBIO DE NEGAÇÃO
Ex.: Nunca me chame de novo para vir aqui.
Jamais voltarei àquele lugar.
Não, eu prefiro questões difíceis.

ALGUNS ADVÉRBIOS DE NEGAÇÃO

não, nunca, jamais, tampouco, de modo algum, de jeito nenhum, absolutamente

ADVÉRBIO DE DÚVIDA
Ex.: Provavelmente, o resultado sai nesta semana.

ALGUNS ADVÉRBIOS DE DÚVIDA

acaso, eventualmente, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez


DIFERENÇA ENTRE "MAU" E "MAL"
Não Erre Mais!

MAU (ADJETIVO) MAL Adjetivo


(ADVÉRBIOvariável
DE MODO)

É usado como contrário de bom. É usado como contrário de bem.


Eduardo é um mau garoto. Ele dirige muito mal.
Ela está sempre de mau humor. Esse tipo de comida faz mal à saúde.

MAL (SUBSTANTIVO) MAL Adjetivo variávelTEMPORAL)


(CONJUNÇÃO
É usado com sentido de doença, tristeza, É usado com o sentido de quando.
desgraça, tragédia.
Mal cheguei em casa, o telefone tocou.
Seu mal não tem cura. Mal me viu, começou a falar sobre o fato.
Deve-se evitar o mal.

ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS

Onde – expressa ideia de lugar. Ex.: onde você mora?


Como – expressa ideia de modo. Ex.: Como você aprendeu?
Quando- expressa ideia de tempo. Ex.: Quando voltas?
Por que – expressa ideia relacionada à causa Ex.: Por que choras?

ALGUNS ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS

onde, aonde, quando, como, por que, nas interrogações diretas ou indiretas

LOCUÇÃO ADVERBIAL
Ocorre quando duas ou mais palavras juntas exercem a função de advérbio. As locuções adverbiais
costumam ser formadas por mais de um advérbio, sendo comum também haver preposições com elas.

Em silêncio, ela estudava para conquistar a sua aprovação.


Silenciosamente, ela estudava para conquistar a sua aprovação.

ALGUMAS LOCUÇÕES ADVERBIAIS

ao redor de, em cima de, embaixo de, à esquerda, à direita, logo mais, em breve, de manhã, mais tarde,
às escondidas, por trás, de perto, sem dúvida, de manhãzinha, em cima, de vez em quando, à noite, às
vezes, de repente, por um triz, mal e mal, passo a passo

PREPOSIÇÃO

8 É uma palavra invariável que liga um termo dependente a um termo principal, estabelecendo
uma relação entre ambos.

CLASSIFICAÇÃO DAS PREPOSIÇÕES

ESSENCIAIS

São aquelas palavras que só funcionam como preposições.


PREPOSIÇÕES ESSENCIAIS

a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, por, per, para, perante, sem, sob, sobre, trás

Somente o a pode não funcionar como preposição.


A

PREPOSIÇÕES ACIDENTAIS
Palavras de outras classes gramaticais que ocasionalmente funcionam como preposição.

Ex.: Esteve aqui durante a tarde. (de)


Ela o tem como amigo. (por)
Temos que rever nossas metas. (de)

PREPOSIÇÕES ACIDENTAIS
conforme, menos, afora, consoante, segundo, durante, como, exceto, fora, mediante, salvo, senão, visto

LOCUÇÕES PREPOSITIVAS
São expressões com a função das preposições. Geralmente, são formadas de advérbio (ou locução
adverbial) + preposição.

Ex.: Vimos diversos animais ao longo do caminho.


LOCUÇÃO PREPOSITIVA

Devido a, em função de, quanto a, em relação a, cerca de, perto de, por causa de, apesar de, a fim de,
antes de, em virtude de, ao invés de, através de, não obstante, de encontro a, de acordo com

ATENÇÃO

Onde (Em que lugar) / A


Aonde (Noção de movimento)
A ver (Tem ou não relação) / Haver (verbo)
A fim (finalidade) / Afim (afinidade)
Invés de (situação contrária)
Ir de encontro a - ir contra alguma coisa ou alguém
Ir ao encontro de” significa estar de acordo com, ir em direção a

CRASE

A palavra crase significa mistura ou fusão. Indica a fusão da preposição a com o artigo feminino a
e com o a do início de pronomes. Sempre que houver a fusão desses elementos, usa-se o acento grave,
também chamado de acento indicador de crase. Se não houver a presença da preposição ou do artigo,
não haverá crase e, consequentemente, não se acentuará o a ou as.
Ex:. Fomos a + a praia - Fomos à praia.

REGRA GERAL
O acento indicador de crase deve ser empregado apenas diante de palavras femininas.

3 REGRAS BÁSICAS
O acento indicador de crase deve ser empregado apenas diante de palavras femininas.
1 TROCAR FEMININO POR MASCULINO

Usa-se crase apenas diante palavras femininas.


Ex: Respondi às perguntas. Respondi aos questionários. AO ou AOS
Vou à igreja. Vou ao confessionário. (há crase).

2 TROCAR O A POR PARA - (SOMENTE O PARA NÃO TEM CRASE) OU PARA A (TEM CRASE).

Ex.: Contarei o fato a você. Contarei o fato para você.


Vou à Irlanda. Vou para a Irlanda.

3 SUBSTITUIR O IR POR VOLTAR DA (TERÁ CRASE)


Ex: Irei a Santo André. Voltarei de Santo André.
Irei à Bahia. Voltarei da (de+a) Bahia.

OCORRE CRASE
ANTES DA INDICAÇÃO EXATA E DETERMINADA DE HORAS

Meu pai acorda todos os dias às oito da manhã.


Chegaremos a Belo Horizonte às 23h.
A festa começará à meia-noite.

NÃO OCORRE CRASE


1 DIANTE DE PALAVRAS MASCULINAS
Note que não há o artigo antes do tempo dependente.
Ex.: Não assisto a filmes de violência
Continuarei meu caminho a pé.
Pagou a prazo.

EXCEÇÃO: EXPRESSÃO À MODA DE, À MANEIRA DE SUBENTENDIDA


Uso sapatos à Luís XV. Uso sapatos (à moda de) Luís XV.

2 NAS EXPRESSÕES FORMADAS POR PALAVRAS REPETIDAS.


Ex: Ficamos frente a frente.
Foi de cidade a cidade.

3 DIANTE DE VERBO
Ex: Voltamos a pintar a sala.
Estamos dispostos a estudar para conseguirmos a aprovação.

4 DIANTE DE NOME DE PARENTESCO, PRECEDIDO DE PRONOME POSSESSIVO.


Ex: Recorri a minha irmã.
Faremos uma visita a nossa mãe.
5 DIANTE DA PALAVRA CASA (SENTIDO DE LAR) QUANDO NÃO ESTÁ ESPECIFICADA.

Ex.: Fui a casa, mas voltei logo.


Voltarei a casa antes de todos.

ATENÇÃO!
Se a palavra casa estiver especificada (adjetivo ou locução adjetiva) ocorrerá crase.

Ex.: Vou à casa do vizinho para colocarmos o papo em dia.


O filho voltou à casa paterna.
Voltarei à casa de Ronaldo antes de todos

6 DIANTE DA PALAVRA TERRA SIGNIFICANDO CHÃO FIRME, SOLO


Ex.: Os marinheiros voltaram a terra (sem crase, pois terra significa chão firme, solo e NÃO está
especificada)

ATENÇÃO! OCORRERÁ A CRASE QUANDO A PALAVRA TERRA ESTIVER ESPECIFICADA

Ex.: Irei à terra de meus avós (com crase, pois significa chão firme, solo e está especificada).

ATENÇÃO! QUANDO A PALAVRA TERRA SIGNIFICAR PLANETA.

Nesse caso, a palavra Terra é um substantivo próprio e aceitará o artigo a, consequentemente, quando
houver a preposição a, ocorrerá a crase.
Ex.: Os astronautas voltaram à Terra (com crase, pois "terra" está caracterizando o planeta).

7 QUANDO O "A" ESTIVER NO SINGULAR, DIANTE DE UMA PALAVRA NO PLURAL, NÃO OCORRE
CRASE.
Ex.: Não gosto de ir a festas desacompanhado.
O prêmio só foi concedido a cantoras nacionais.

8 ANTES DE UMA PARTE SIGNIFICATIVA DOS PRONOMES

Ex.: Desejamos a todos uma boa prova.


Você já solicitou ajuda a alguém?
Dei todos os meus brinquedos a ele.
Refiro-me a quem nunca estudou para provas de concursos.

ATENÇÃO! OCORRERÁ CRASE


Quando houver a preposição a antes dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s),
aquilo coloca-se o acento grave indicativo da crase sobre o a dos pronomes demonstrativos.

1 Ex.: Não mais obedecerei àquele sujeito (Não mais obedecerei a + aquele).
Assisti àquela peça teatral (Assisti a + aquela).
Não me referi àquilo que você disse. (Não me referi a + aquilo).

No caso dos pronomes relativos, se o verbo for acompanhado da preposição a


Ex.: A série à qual me refiro está disponível para ser assistida on-line.
2 Dica: para ter certeza se usa ou não a crase, substitua o pronome feminino pelo seu equivalente
masculino e veja se faz sentido.
Ex.: A série à qual me refiro está disponível para ser assistida on-line.
O filme ao qual me refiro está disponível para ser assistido on-line.
9 ANTES DE UM NUMERAL (EXCETO HORAS)
Ex.: O número de concorrentes chegou a quinhentos e vinte e sete por vaga.
A casa fica a cinco quilômetros daqui.
O motorista conduzia a 120 km/h.

USO FACULTATIVO
1 DIANTE DE PRONOMES POSSESSIVOS FEMININOS: MINHA(S), TUA(S), SUA(S), NOSSA(S), VOSSA(S)
quando houver a preposição a, será facultativa a ocorrência de crase (o uso do artigo é facultativo).
Ex.: Referi-me a sua professora ou Referi-me à sua professora.
Referi-me as suas professoras ou Referi-me às suas professoras.

2 APÓS A PREPOSIÇÃO ATÉ, É FACULTATIVO O USO DA PREPOSIÇÃO "A"


caso haja substantivo feminino à frente, a ocorrência de crase também será facultativa.
Ex.: Fui até a secretaria ou Fui até à secretaria.

A DISTÂNCIA OU À DISTÂNCIA
Não há um consenso absoluto sobre o uso da crase. Algumas gramáticas dizem que a crase só
deve ser utilizada quando a palavra distância estiver determinada e não utilizada quando a
palavra distância aparece sem que nada a determine.

Ex.: O restaurante mais próximo fica à distância de 5km (note que a palavra distância está
especificada, portanto, deve-se utilizar a crase)
O curso é oferecido na modalidade a distância.
Durante a pandemia, eu trabalhei a distância.

A CRASE NAS LOCUÇÕES


Acentua-se, geralmente, o a ou as de locuções formadas de substantivos femininos.

à direita, à esquerda, à força, à milanesa (= moda milanesa), à oriental, à noite, à vontade, às setes
horas, às vezes, à toa, às claras, às pressas, à espera de, à força de, à medida que, à proporção que,
etc.

CONJUNÇÃO
Conjunção significa ligação, união, junção. É a palavra invariável cuja função é ligar
9 orações ou palavras da mesma oração. As conjunções, portanto, dividem-se em
coordenativas e subordinativas.

COORDENATIVAS

As orações coordenadas ligam dois termos ou orações que já possuem sentido completo quando
aparecem sozinhas. São classificadas em:

1 ADITIVAS

são aquelas que dão uma ideia de sequência ou adição de fatos ou acontecimentos.

Ex.: Eu não vou comer salada, nem tomar suco.


CONJUNÇÕES ADITIVAS

ainda, mais, e, também, nem (e não), não só, mas também, como também, bem como, quanto (depois de
tanto), além de (disso, disto, aquilo), etc.

2 ADVERSATIVAS
São aquelas que se opõem àquilo que se declara na primeira oração. Exprimem, portanto,
oposição, contraste, ressalva, compensação.
Ex.: Querem ser aprovadas em um concurso, mas não estudam.
Vocês já sabem bastante, porém deveriam estudar mais.
Tentou ganhar o prêmio, mas não conseguiu.

CONJUNÇÕES ADVERSATIVAS
porém, contudo, entretanto, ou, senão, todavia, no entanto, não obstante, mas, etc.

3 ALTERNATIVAS
São aquelas que exprimem alternância.

Ex.: Ou você estuda ou arruma um emprego


Ou você começa a estudar agora ou você perderá essa oportunidade.
Conseguirei, seja por esforço, seja por sorte.

CONJUNÇÕES ALTERNATIVAS
ou... ou, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez, ora... ora, etc.

4 CONCLUSIVAS
Expressam uma conclusão ou consequência lógica baseada na primeira oração.

Ex.: As árvores balançam, logo está ventando.


Penso, logo existo.
Estudei bastante, portanto a aprovação está garantida.

CONJUNÇÕES CONCLUSIVAS
por isso, por isto, logo, portanto, assim, por conseguinte, pois (posposta ao verbo), por consequência,
etc.

5 EXPLICATIVAS
Expressam uma explicação para o que é dito na primeira oração, ou seja, exprimem razão e motivo.

Ex.: Eu não disse nada porque pensei que você pudesse ficar chateado.
Estavam muito animadas, pois era o primeiro concurso delas.

CONJUNÇÕES EXPLICATIVAS
isto é, pois (colocado antes do verbo), que, porquanto, porque, etc.
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS

Servem como meio de ligação das orações, estabelecendo uma relação de dependência sintática
entre elas, ou seja, ligam duas orações, subordinando uma à outra. Abrange as seguintes classes:

1 CAUSAIS

Iniciam as orações que exprimem as causas e/ou motivações de determinado acontecimento


exposto na parte principal.
Ex.: Joana deixou o emprego porque conseguiu a aprovação em um concurso público.
Não irei passear no final de semana, pois estou atrasada com os estudos.

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS CAUSAIS

porque, pois, porquanto, como, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como

2 COMPARATIVAS

Introduzem orações subordinadas que dão ideia de comparação.


Ex.: Estou mais animada hoje do que semana passada.
Ela se deixava levar como uma folha pelo vento.
Ela chorou tal qual uma criança quando soube da sua aprovação.

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS COMPARATIVAS

mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, (tanto) quanto, como, assim como, bem
como, como se

3 CONCESSIVAS

Iniciam orações que exprimem com uma ideia/ação contrária da principal, mas que não impedem a
sua realização, ou seja, admite um fato que se concede, que se admite , mesmo em oposição a outro.

Ex.: Recebi muitos elogios, embora não merecesse.


Vou ajudar você, ainda que não seja minha obrigação.
Apesar da aprovação no concurso público, Maria não foi convocada.

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS CONCESSIVAS

embora, muito embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar
de que, nem que.

4 CONDICIONAIS

São aquelas que iniciam uma oração que expressa uma circunstância de condição ou hipótese
Ex.: Se eu conseguir minha aprovação, vou viajar para comemorar.
Tudo o que quiser, desde que estude e passe nesse concurso.

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS CONCESSIVAS

se, caso, contanto que, salvo se, desde que, a menos que, a não ser que.
5 CONFORMATIVAS

São aquelas que iniciam uma oração em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da
oração principal.

Ex.: Os estudos serão realizados conforme as regras indicadas pelo edital do concurso.
Cada um colhe conforme semeia.
O artista repassa as impressões como lhes chegam à alma.

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS CONFORMATIVAS

Conforme, como (no sentido de conforme), segundo, consoante.

6 CONSECUTIVAS

São conjunções consecutivas aquelas que iniciam uma oração na qual é indicada a consequência
do que foi declarado na oração anterior.
Ex.: A professora estudou tanto que foi aprovada no concurso.
Os fatos eram tão absurdos que tentou escapar da situação.

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS CONSECUTIVAS

que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), de sorte que, de modo que.

7 FINAIS

Exprimem a intenção, o objetivo, a finalidade do que se declara na oração principal.


Ex.: Adiantei todo o meu trabalho a fim de que pudesse sair antes do horário;
Afastou-se depressa, para que não o víssemos.

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS FINAIS

para que, a fim de que, porque [para que], que

8 PROPORCIONAIS

Expressam uma ideia de proporcionalidade relativamente ao fato referido na oração principal.

EX.: Ela melhorou seus resultados à medida que treinava.


Quanto mais estudava, mais confiante ficava.
As professoras eram empossadas, à medida que surgiam vagas.

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS PROPORCIONAIS

à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais … (mais), quanto mais (tanto
mais), quanto mais … (menos), quanto mais … (tanto menos), quanto menos … (menos), quanto
menos … (tanto menos), quanto menos … (mais), quanto menos … (tanto mais)

9 TEMPORAIS

Demarcam em que tempo ocorreu o processo expresso pelo verbo da oração principal.
Ex.: Quando resolvo exercícios, sinto-me segura.
Mal começo a estudar, já tenho vontade de parar.
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS TEMPORAIS

quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, enquanto, todas
as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [= desde que], etc.

10 INTEGRANTES
Introduzem orações substantivas, ou seja, orações que atuam como um substantivo na frase,
desempenhando funções de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicado
nominal e aposto.
Ex.: Pedi-lhe que me desculpasse [Pedi-lhe desculpas].
Verifique se o muro é sólido [Verifique a solidez do muro].

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS INTEGRANTES

que, se

INTERJEIÇÃO

10 São palavras invariáveis que expressam na modalidade escrita as reações emocionais, os


sentimentos dos falantes.

INTERJEIÇÕES
Desejo: Oxalá! Queira Deus! … Ordem: Xiu! Silêncio! Basta! Alto! Fora!;
Alívio: Ufa! Repulsa: Ui! Vaza; Fora!; Abaixo!; Credo!;
Dúvida: Hum!; Ora!; … Surpresa: Ah! Oh!Olá! Caramba! Credo!;
Indignação: Oh! Olha! Morra! Terror/Medo: Ai! Ui! Credo! Jesus!

LOCUÇÃO INTERJETIVA

É uma expressão que vale por uma interjeição.


Ex.: Meu Deus! Muito bem! Alto lá!

CONECTIVOS

Ligam palavras ou orações. São elementos de ligação na frase.


Ex.: A prova estava difícil, mas eu havia estudado bastante

Os conectivos dividem-se em duas classes: coordenativos e subordinativos.


Ligação orações coordenadas.

conjunções coordenativas
cooordenativos

aditivas: e
conectivos

adversativas: mas
alternativas: ou
conclusivas: logo
explicativas: pois
causais: porque
comparativas: como
concessivas: embora

Subordinam orações dependentes às principais.


condicionais: se

conjunções subordinativas
iniciam
conformativas: conforme orações
consecutivas: (tão) que adverbiais
finais: para que
subordinativas proporcionais: à medida que
temporais: quando
conectivos

integrantes: iniciam
que, se orações
substantivas
que, quem, cujo,
pronomes relativos:

cuja, o qual, a qual,

iniciam
orações
adjetivas.

Fonte: Novíssima Gramática da Língua Portuguesa (Domingo Paschoal Cegalla)

ANÁLISE MORFOLÓGICA
A morfologia é a parte da gramática que estuda as palavras de forma isolada. A análise
morfológica relaciona-se ao estudo das palavras de acordo com a classe gramatical a que elas
pertencem, ou seja, analisa se uma palavra é substantivo, adjetivo, advérbio, pronome, preposição,
numeral, conjunção, interjeição, advérbio ou verbo.
Ex: cafeteira: substantivo comum, concreto, feminino, singular, derivado.

Maria ganhou um carro.


Maria: substantivo próprio.
ganhou: verbo
um: artigo
carro: substantivo

SEMÂNTICA

A semântica trata da significação das palavras. A semântica tem por objetivo explicar o sentido da
mensagem que está sendo transmitida. Estuda os significados de uma palavra, frase ou expressão
dentro de um contexto.

Sinônimos

Trata-se de uma palavra ou expressão que tem o significado equivalente a outra, podendo
1 ser igual ou semelhante.
Ex.: alfabeto e abecedário importante/significativo
Antônimos

São palavras que apresentam significados contrários. Os antônimos podem ser formados por
prefixos de negação ou através de palavras diferentes, com radicais diferentes, que expressam
2 uma relação de contrariedade e oposição.
Ex.: feliz /infeliz, bendizer/maldizer, ativo/inativo, alto/baixo, mal/bem

Homônimos

São palavras que têm a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas significados
3 diferentes. Os homônimos se dividem em dois grupos de palavras: as homógrafas e as
homófonas.

3.1 HOMÓGRAFOS HETEROFÔNICOS

São aquelas iguais na escrita e diferentes na pronúncia.

Ex.: almoço (substantivo) / almoço (verbo) – o segundo o tem pronúncia aberta "ó");
começo (substantivo) / começo (verbo – o e tem pronúncia aberta “é");
rego (sustantivo) e rego (verbo).
jogo (substantivo) e jogo (verbo).

3.2 HOMÓFONAS HETEROGRÁFICOS


iguais na pronúncia, mas diferentes na grafia e significados.

atenção

acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir)


concertar (harmonizar) e consertar (reparar, reparar)
concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de reparar)
cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar)
censo (recenseamento) e senso (juízo)
cerrar (fechar) e serrar (cortar)
cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e sessão (tempo de uma reunião)
trás (um advérbio de lugar) e traz (é uma das formas conjugadas do verbo trazer)
acento (sinal gráfico) e assento (local onde se senta)
apreçar (ajustar o preço) e apressar (tornar rápido)
caçar (perseguir animais) e cassar (tornar sem efeito)
cegar (deixar cego) e segar (cortar, ceifar)
coser (costurar) e cozer (cozinhar)
espectador (aquele que assiste) e expectador (aquele que tem esperança, que espera)
esperto (perspicaz) e experto (experiente, perito)
espiar (observar) e expiar (pagar pena)
espirar (soprar, exalar) e expirar (terminar)
estrato (camada) e extrato (o que se extrai de algo),
incerto (não certo, impreciso) e inserto (inserido, introduzido)
incipiente (principiante) e insipiente (ignorante)
tacha (prego pequeno), taxa (imposto, tributo), tachar (atribuir defeito a) e taxar (fixar taxa)
aço (ferro temperado) e Asso (do verbo assar)
cheque (ordem de pagamento) e xeque (perigo, lance de jogo de xadrez)
intenção (propósito) e intensão (intensidade; força)
empossar (dar posse) e empoçar ( formar poça)
PARÔMINOS

são palavras que apresentam significados diferentes, embora sejam parecidas na grafia ou na
4 pronúncia.

ATENÇÃO

absolver (perdoar, inocentar) e absorver (aspirar, sorver)


aprender (tomar conhecimento) e apreender (capturar, assimilar)
arrear (pôr arreios) e arriar (descer, cair)
cavaleiro (que cavalga) e cavalheiro (homem gentil)
comprimento (extensão) e cumprimento (saudação)
deferir (atender, conceder) e diferir (distinguir-se)
delatar (denunciar) e dilatar (alargar)
descrição (ato de descrever) e discrição (reserva, prudência)
descriminar (inocentar) e discriminar (distinguir)
despensa (local onde se guardam mantimentos) e dispensa (ato de dispensar)
emigrar (deixar um país) e imigrar (entrar num país)
emergir (sair de onde estava mergulhado) e imergir – mergulhar
emerso (que emergiu) e imerso (mergulhado)
eminência (elevado) e iminência (qualidade do que está iminente)
emigração (ato de emigrar) e imigração (ato de imigrar)
eminente (elevado) e iminente (prestes a ocorrer)
flagrante (evidente) e fragrante (perfumado)
fluir (transcorrer, decorrer) e fruir (desfrutar)
inflação (alta dos preços) e infração (violação)
infligir (aplicar pena) e infringir (violar, desrespeitar)
mandado (ordem judicial) e mandato (procuração)
precedente (que vem antes) e procedente (proveniente; que tem fundamento)
proeminente ( saliente no aspecto físico ) e preeminente (nobre, distinto)
ratificar (confirmar) e retificar (corrigir)
recrear (divertir) e recriar (criar novamente)
sortir (abastecer, misturar) e surtir (produzir efeito)
sustar (suspender) e suster (sustentar)
tráfego (trânsito) e tráfico (comércio ilegal)

Polissemia

São palavras ou expressões que apresentam vários sentidos além de seu sentido original.
Exemplo
5 1. Compaixão.
dó 2. Tristeza.
3. O primeiro grau da escala diatônica natural.
4. Sinal da nota dó na pauta.

6 Sentido próprio e
sentido figurado

6.1 SENTIDO PRÓPRIO


É o sentido literal, ou seja, o sentido comum que costumamos dar a uma palavra. A palavra está no
texto com seu sentido objetivo, aquele que encontramos no dicionário.
Ex.: Joana foi picada por uma cobra
Eliane construiu um muro de pedra.
6.2 SENTIDO FIGURADO
É o sentido "simbólico", "figurado", que podemos dar a uma palavra. É o sentido que as palavras ou
expressões adquirem em situações particulares de uso.
Ex.: Joana é uma cobra.
Eliane tem um coração de pedra.

7 Denotação e
conotação

7.1 CONOTAÇÃO
É quando as palavras são aplicadas em um sentido figurado.
Ex.: João nada em ouro (a palavra ouro denota riqueza, luxo)

7.2 DENOTAÇÃO
é o sentido real da palavra ou frase. Exatamente o contrário da função conotativa. É o significado literal
e original presente no dicionário.

Ex.: Comprei um colar de ouro. (A palavra ouro denota um mel precioso)

SINTAXE

A sintaxe estuda as palavras associadas nas frases

Análise sintática

É a parte da gramática que estuda e classifica cada um dos elementos que integram o período de uma
frase.

FRASE
É todo enunciado com sentido completo, podendo ser formado por uma simples palavra, podendo ter
verbos ou não. A frase por definição tem seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de,
num intercâmbio linguístico, transmitir um conteúdo satisfatório para a situação em que é utilizada.
Ex.: Socorro!
Choveu.
Vou conseguir a minha aprovação.

FRASE NOMINAIS

São aquelas que se apresentam sem verbos.


Ex.: Atenção, menino!
Que bonito!

ORAÇÃO

Enunciado que contém um verbo ou locução verbal. Normalmente, a oração apresenta sujeito e
predicado, excepcionalmente, só o predicado.
Atenção! Em todas as orações há um verbo ou locução verbal (às vezes elípticos).
PERÍODO

É a frase constituída de uma ou mais orações.

PERÍODO SIMPLES

É formado por somente uma oração agrupada em torno de um único verbo ou de uma única locução
verbal. Quando isso ocorre, o período é denominado oração absoluta.
Ex.: Maria está feliz com a aprovação.
Elas estudaram muito para este concurso.

PERÍODO COMPOSTO

É formado por mais de uma oração. Há tantas orações quanto o número de verbos existentes no
período, ou seja, oração = número de verbos.
Ex.: Acordei, tomei café e apanhei o ônibus.
Ela continua sem estudar e deseja ser aprovada.

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. É em torno desses dois elementos que
as orações são estruturadas.
Ex.: A aluna conseguiu a aprovação.
Sujeito: a aluna Predicado: conseguiu a aprovação

SUJEITO
É o termo da oração que indica de quem ou do que se fala. É o termo sobre o qual é feita uma
afirmação. É constituído por um substantivo ou pronome, ou por uma palavra ou expressão
substantivada.

SUJEITO SIMPLES
Quando tem um só núcleo
Ex.: As alunas foram aprovadas.
Um bando de alunos chegou atrasado no dia da prova.

SUJEITO COMPOSTO

Quando têm mais de um núcleo.


Ex.: A professora e as alunas comemoraram a aprovação.

SUJEITO EXPRESSO
Quando está expresso, anunciado.
Ex.: Eu viajarei amanhã. (Quem viajará? Eu)
Paulo ganhou um carro. (Quem ganhou? Paulo)
SUJEITO ELÍPTICO, OCULTO, SUBENTENDIDO OU DESINENCIAL
O sujeito não aparece expresso na oração, mas pode ser identificado pela desinência verbal.
Ex.: Conquistarei minha aprovação.[sujeito: eu, que se deduz da desinência do verbo)
Estudamos muito. [sujeito: nós, que se deduz da desinência do verbo]

ATENÇÃO!

Mesmo o sujeito implícito na desinência verbal é um sujeito determinado.

INDETERMINADO
O sujeito é indeterminado quando a informação contida no predicado refere-se a um elemento que
não se pode identificar.
Ex.: Conseguiram a aprovação no concurso. (Quem conseguiu a aprovação? Não se diz, não se sabe
quem.
Acredita-se que algumas questões serão anuladas.

QUANDO O SUJEITO SERÁ INDETERMINADO?

QUANDO O VERBOS ESTIVER NA 3ª PESSOA DO PLURAL


Não há sujeito expresso na oração nem é possível identificá-lo pelo contexto.
Ex.: (?) Falaram que a banca é bastante rigorosa. Quem falou? Não é possível saber.
(?) Disseram que a prova estava muito difícil. Quem disse? Não é possível saber.

QUANDO O VERBO ESTIVER NA TERCEIRA PESSOA DO SINGULAR SEGUIDO DE ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO


SUJEITO "SE".

Ex.: Levantou-se mais cedo do que os outros dias.


Acredita-se que há muitos professores interessados neste concurso.

QUANDO O VERBO ESTÁ NO INFINITIVO IMPESSOAL


Os verbos no infinitivo impessoal não se relacionam a nenhuma pessoa, apresentam sentido genérico
ou indefinido.
Ex.:É triste estudar muito e não passar.
É prazeroso alcançar nossos objetivos.

ATENÇÃO!
Quando o sujeito é representado por um pronome substantivo indefinido, ele não deve ser
classificado como indeterminado, mas como sujeito simples e portanto, determinado.
Ex.: Alguém tirou nota máxima na prova.
Algo muito bom acontecerá.
Não confundir sujeito indeterminado com sujeito oculto.

ORAÇÃO SEM SUJEITO

Na oração sem sujeito ou com sujeito inexistente a informação veiculada pelo predicado não é
atribuída a sujeito algum, portanto, não é possível definir um sujeito. Há oração sem sujeito com
1 VERBOS QUE INDICAM FENÔMENOS DA NATUREZA
Verbos que exprimem fenômenos naturais (chover, neblinar, trovejar, relampejar, amanhecer e etc.).
Ex.: Choveu muito em Belo Horizonte
Trovejou muito pela manhã.

2 OS VERBOS FAZER, SER, ESTAR NA INDICAÇÃO DE TEMPO CRONOLÓGICO OU CLIMA.


Ocorre quando esses verbos são utilizados para indicar tempo decorrido ou fenômenos meteorológicos.

Ex.: Faz dois anos que estudo diariamente.


Hoje fez muito frio

3 VERBO HAVER NO SENTIDO DE EXISTIR


Há oração sem sujeito quando o verbo haver é empregado no sentido de existir.

Ex.: Havia trinta alunos naquela sala.


Há cinco meses não saio de casa.
Houve muitos inscritos no concurso.

ATENÇÃO!
O verbo existir não é impessoal. Ele possuirá sujeito expresso na oração, concordando
normalmente com ele.
Ex.: Existiam dez estudantes interessados na vaga → “dez estudantes interessados na vaga” é,
portanto, o sujeito da oração.

A CONCORDÂNCIA DOS VERBOS IMPESSOAIS


Os verbos impessoais (com exceção do verbo ser) devem ficar sempre na terceira pessoa do singular.
Ex.: Havia muitas pessoas na rua.
Faz dez anos que não a vejo.
Havia mil e duzentas pessoas na fila de espera.

ATENÇÃO!
Quando um verbo auxiliar se junta com um verbo impessoal, esse também deve ficar no modo
singular:
Ex.: Pode haver muitos candidatos despreparados na rua
Vai fazer dez anos.

PREDICADO
PREDICADO NOMINAL

Predicado nominal é aquele cujo núcleo significativo é um nome (substantivos, adjetivos, locuções
adjetivas e pronomes). Nos predicados nominais os verbos são sempre de Ligação. Eles atuam como elo
entre os sujeito e o predicado. O núcleo do predicado nominal são chamados de predicativos do sujeito.
Os Verbos de Ligação mais frequentemente em nossa língua:
ser, estar, ficar, permanecer, continuar, andar, tornar-se, virar, parecer.
Ex.: As concurseiras são estudiosas
A sala está deserta.
As professoras pareciam cansadas.
Continuo confiante.
PREDICADO VERBAL

O núcleo do predicado verbal é um verbo, seguido ou não, de complementos.


Ex.: Os alunos choraram.
Os jovens gostam de lazer.

PREDICADO VERBO-NOMINAL

É constituído por dois núcleos, sendo um núcleo verbal e um núcleo nominal ou pronominal.
Ex.: A professora chegou cansada em casa.
João viu o pai satisfeito.
A aluna suspirava apavorada.

PREDICAÇÃO VERBAL
É o modo pelo qual o verbo forma o predicado.

INTRANSITIVOS

Não precisam de complementos, pois têm o sentido completo.


Ex.: As crianças brincam.
As flores murcharam.

TRANSITIVOS DIRETOS

Precisam, geralmente, de um complemento direto para completar o seu sentido, isto é, sem preposição.
Ex: A criança lê uma história.
Comprei uma casa
Joana leu o livro.

TRANSITIVOS INDIRETOS

São os que precisam de um complemento regido por preposição para completar o seu sentido. Esse
complemento é chamado de objeto indireto.
Ex.: Ela respondeu aos ouvintes.
Ela cuidava dos filhos.

TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS (BITRANSITIVOS)

São os verbos que aceitam um complemento direto e indireto para completar o seu sentido.

Ex.: O pai lê uma história aos filhos.


A empresa fornecia uniformes aos colaboradores.

DE LIGAÇÃO

Os verbos de ligação, chamados também de copulativos, têm a função de ligar o sujeito e suas
características (predicativo do sujeito).

Ex.: A menina está feliz.


As crianças tornam-se rebeldes

PREDICATIVO

Há o predicativo do sujeito e o predicativo do objeto.


PREDICATIVO DO SUJEITO
É o termo que exprime uma característica, um estado ou modo de ser modificando o sujeito, tendo
como elo um verbo de ligação. É chamado de predicativo em função de fazer parte do predicado, no
entanto, não acrescenta nada ao verbo e, sim, ao sujeito.
Ex.: As professoras estavam agitadas.
O portão permanecerá fechado.
Fiquei exausta.

PREDICATIVO DO OBJETO
É o elemento que atribui uma característica, estado ou qualidade ao objeto. Ele ocorre quando o
predicado é verbo-nominal.
Juiz (sujeito)
Ex.: O juiz declarou o réu culpado declarou o réu (verbo e objeto)
inocente (predicativo do objeto.

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO

COMPLEMENTOS VERBAIS

OBJETO DIRETO
É um complemento dos verbos que não é regido por preposição. O objeto indireto tem a função de
completar o verbo transitivo, pois ele sozinho não consegue fornecer informação com sentido completo.
Assim, os verbos transitivos diretos não exigem complemento com preposição.
PREDICATIVO DO SUJEITO
Ex.: Maria vende livros.
A professora abandonou o seu sonho.
Joana conquistou a sua aprovação.

OBJETO INDIRETO
É um tipo de complemento verbal que é acompanhado por preposição, seja expressa ou implícita.

Ex.: A professora gosta de seus alunos.


PREDICATIVO DO SUJEITO
Essa disciplina interessa a todas as professoras.

COMPLEMENTO NOMINAL
Como o próprio nome sugere, é um termo integrante da oração responsável por completar o sentido de
um nome (substantivos abstratos, adjetivos ou advérbios). O complemento nominal sempre será precedido
por uma preposição
PREDICATIVO (de, a, com, em, por...).
DO SUJEITO
Ex.: Adjetivo: O aluno ficou feliz com o resultado.
Substantivo abstrato: A descoberta do ouro aconteceu há muito tempo
Advérbio: O curso fica longe de minha casa.

COMO NÃO CONFUNDIR COMPLEMENTO NOMINAL COM O ADJUNTO ADNOMINAL?


Adjunto adnominal é todo termo sintático da oração que pode caracterizar, determinar, modificar,
especificar ou restringir um substantivo. O complemento nominal é sempre precedido de preposição e
completa o sentido de substantivos, adjetivos e advérbios que apresentam transitividade. Também
não devemos confundir o adjunto adnominal formado por locução adjetiva com complemento
Nominal.
Complemento nominal: representa o alvo de uma ação expressa por um nome transitivo.
Ex.: A eleição do presidente. (DICA: substitua o termo nuclear eleição pelo verbo corresponde, se
houver a conversão, é complemento nominal. [eleição - eleger].
Adjunto Adnominal: formado por locução adjetiva, representa o agente da ação ou a origem,
pertença, qualidade de alguém ou de alguma coisa.
Ex.: o discurso do presidente [agente da ação: o presidente discursa].

SERÁ COMPLEMENTO NOMINAL QUANDO:


O complemento estiver ligado a um adjetivo ou advérbio, sendo sempre precedido de uma
preposição.
Ex.: Você precisa ser fiel aos seus sonhos. (adjetivo)
Você mora perto de Maria. (Advérbio)

O complemento estiver ligado a um substantivo abstrato por qualquer preposição que não seja a
proposição de.
Ex.: A leitura do livro é instigante.

SERÁ ADJUNTO ADNOMINAL QUANDO


O complemento estiver ligado a um substantivo concreto, podendo ser ou não precedido de uma
preposição.
Ex: Ele tem dez computadores velhos em casa.

AGENTE DA PASSIVA
É o termo da oração que se refere a um verbo na voz passiva, sempre introduzida por preposição, e
indica o elemento que executa a ação verbal. É um termo preposicionado, sendo utilizada
maioritariamente a preposição "por" ou as suas formas contraídas (pelo, pela, pelos, pelas). O agente da
passiva corresponde ao sujeito de uma oração na voz ativa.
Ex.: As terrasDOforam
PREDICATIVO desapropriadas pelo governo.
SUJEITO
Agente da passiva: executa a ação
O governo desapropriou as terras.

TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO

ADJUNTO ADNOMINAL

É o termo acessório que tem a função de caracterizar ou determinar um substantivo. Pode ser expresso
pelos adjetivos, artigos, pronomes adjetivos, numerais, locuções e expressões adjetivas.
Ex.: Eu comprei uma casa antiga.

ADJUNTO ADVERBIAL

É um elemento acessório com valor de advérbio na oração. É um termo que exprime uma circunstância
(tempo, lugar, modo, etc). O adjunto adverbial modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.
Ex.: Comecei a estudar em janeiro.
Maria dança bem.
ATENÇÃO!
Enquanto o adjunto adverbial indica uma circunstância e tem relação com verbos, adjetivos e
outros advérbios, o adjunto adnominal especifica um nome, tendo relação com substantivos. O
adjunto adverbial é muitas vezes composto por um advérbio, por uma locução adverbial ou por
uma oração subordinada adverbial. O adjunto adnominal pode ser composto por uma variedade
mais ampla de categorias, como artigos, adjetivos, pronomes, numerais ou locuções que não
sejam adverbiais.

APOSTO
É o termo da oração que se liga a um nome (substantivo ou palavra com valor de substantivo) com a
função de explicá-lo, esclarecê-lo ou discriminá-lo.
Geralmente o aposto vem separado do nome a que se refere por sinais de pontuação.
Ex.: Lúcia, aluna do terceiro colegial, foi bem na prova.
Desejo-lhe uma coisa: felicidade.

ATENÇÃO!
Existe um tipo de aposto que normalmente não vem separado por sinais de pontuação. Este tipo de
aposto dá-se no nome de aposto de especificação.
Ex.: A cidade de São Paulo.
A rua Altinópolis.

VOCATIVO
É o termo isolado dentro da oração (não pertence nem ao sujeito, nem ao predicado) que serve para
invocar, chamar, interpelar um ouvinte real ou não. O vocativo vem, normalmente, isolado por pontuação
e admite a anteposição da interjeição Ò!
Ex.: Ò minha amada, que olhos os teus!
Se oriente, rapaz!

Observação: Profere-se o vocativo com entoação exclamativa. Na escrita é separado por vírgulas.

ORAÇÕES COORDENADAS INDEPENDENTES


orações coordenadas

assindética= não ligadas

aditivas
adversativas
alternativas
sindéticas = ligadas
conclusivas
concessivas
explicativas

JOANA É INTELIGENTE E ESTUDA MUITO.

Veja o que acontece se separarmos o período em duas orações:

Joana é inteligente.
Joana estuda muito.
ORAÇÕES COORDENADAS

São aquelas que participam do mesmo período e são sintaticamente independentes. Elas não exercem
função sintática uma em relação às outras. São, portanto, orações independentes mas ligadas pelo
sentido. As orações podem ou não vir introduzidas por conjunções. As orações que apresentam
conjunção são chamadas de orações coordenadas sindéticas. As orações que não possuem conjunção
são chamadas de orações coordenadas assindéticas.

ORAÇÃO COORDENADAS SINDÉTICAS

Vêm introduzidas por conjunções.

ADITIVAS
Exprimem ideia de soma, adição. São introduzidas pelas conjunções e, nem (= e não) não só, mas
também, bem como, não só.
Ex.: Pedro estuda e trabalha.
Chico Buarque não só canta, mas também compõe muito bem.
Camila era uma menina estudiosa, mas principalmente esperta.

ADVERSATIVAS
Exprimem ideia de adversidade, oposição, contraste. São introduzidas pelas conjunções adversativas:
mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.
Ex.: Pedro estuda, mas não aprende.
O país é rico, porém o povo vive em extrema pobreza.
Maria gostava de cantar, todavia não agradava.

ALTERNATIVAS
Expressa alternância, escolha. Haverá alternância quando a ocorrência de um fato implica a não
ocorrência do outro. São introduzidas pelas conjunções: ou... ou, ora...ora, quer..., já...já, seja... seja.
Ex: Venha agora ou perderá a sua vez.
Ou você mergulha no projeto ou desiste de vez.
Seja por bem, seja por mal Ora age com calma, ora trata a todos com aspereza.

CONCLUSIVAS
Exprimem ideias de conclusão. São introduzidas pelas conjunções logo, portanto, então (posposto ao
verbo), por conseguinte, desse modo.
Ex: As árvores balançam, logo está ventando.
Estudei pouco, por conseguinte não passei.
Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.
A situação econômica é delicada; devemos pois, agir cuidadosamente.

EXPLICATIVAS
Exprimem ideia de explicação, justificação e confirmação. São introduzidas pelas conjunções que,
porque, pois (antes do verbo), porquanto.
Ex: Venha imediatamente, pois sua presença é indispensável.
Os alunos estavam cansados, porque estudaram o final de semana inteiro.
A criança devia estar doente, porque chorava muito.
ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS
São aquelas que se encadeiam sem a presença de uma conjunção. Elas aparecem justapostas,
separadas por vírgula.
Ex.: Cheguei, tomei banho, descansei, dormi.
Pedro acordou, escovou os dentes, saiu.

ORAÇÕES PRINCIPAIS E
SUBORDINADAS

ORAÇÃO PRINCIPAL
É a que não exerce, no período, nenhuma função sintática e vem acompanhada de oração dependente,
que lhe completa ou amplia.
Ex.: Pedi que estudassem diariamente.
Pedi: oração principal (Oração – porque tem verbo)
que estudassem diariamente: oração subordinada. ( Subordinada – depende de outra.)

ORAÇÃO SUBORDINADA

1 SUBSTANTIVAS

Exerce uma função própria dos substantivos.

SUBSTANTIVAS SUBJETIVAS

Exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração.


Ex: Seu casamento é urgente. (Que você se case é urgente).
A sua chegada ainda hoje é provável. ( É provável que ele chegue ainda hoje).

SUBSTANTIVAS OBJETIVAS DIRETAS


Exercem a função sintática de objeto direto.
Ex.: Espero que você se case. Espero o seu casamento

SUBSTANTIVAS OBJETIVAS INDIRETAS

Exerce a função sintática de Objeto indireto.


Ex: Necessitávamos da sua ajuda. Necessitávamos de que nos ajudassem.

SUBSTANTIVAS SUBSTANTIVAS PREDICATIVAS

Exercem a função sintática de predicativo da oração principal


Ex: Meu desejo maior era a sua volta. Meu maior desejo era que todos voltassem.

SUBSTANTIVAS COMPLETIVAS NOMINAIS


Exercem a função de complemento nominal.
Ex: Tenho medo da sua traição. Tenho medo de que me traias.

SUBSTANTIVAS APOSITIVAS
Exerce a função de aposto.
Desejo uma coisa: a sua felicidade. Desejo uma coisa: que sejas feliz.
2 ADJETIVAS
Vem sempre introduzidas por um pronome relativo.
Ex.: Serão premiados os alunos que conseguirem melhores notas.

ADJETIVAS EXPLICATIVAS
Assim como o aposto, explicam ou esclarecem o termo antecedente, atribuindo-lhe uma qualidade ou
acrescentando-lhe uma informação.
Ex: O homem, que é um ser racional, aprende com os erros.

Note que a qualidade de ser racional não restringe a significação do nome a que se refere, uma vez que
se aplica a todos os elementos da espécie, acrescentando-lhe tão somente uma característica que lhe é
própria. Dizemos que ela explica o significado do nome a que se referem. A oração subordinadas
adjetivas explicativas são, obrigatoriamente, separadas da principal por vírgulas.

ADJETIVAS RESTRITIVAS
Ao contrário das orações explicativas, as orações restritivas restringem ou delimitam o significado de
seu antecedente, e não são separadas por vírgulas.
Ex: O homem que fuma vive pouco.
As pessoas que não praticam esporte costumam ser mais doentes.

Esse tipo de oração é caracterizada pela presença de um pronome relativo, que vem sempre após um
termo substantivado e tem a função de retomar um termo anteriormente mencionado. Ela acrescenta
uma característica específica ao termo. Por isso, sua supressão acarreta perda de uma informação-chave
e altera o significado da frase.

3 ADVERBIAIS
São as orações que se encaixam na oração principal, funcionando como adjunto adverbial, ou seja,
exprimem circunstâncias de tempo, modo, fim, causa, condição, etc.

ADVERBIAIS CAUSAIS
Indicam causa, motivo, razão da ação presente na oração principal. Aquilo que determina ou provoca o
acontecimento.
Ex.: A cidade foi alagada porque o rio transbordou.
O rio transbordar é a causa do alagamento da cidade.

CONJUNÇÕES CAUSAIS
porque, visto que, como, uma vez que, posto que

ADVERBIAIS COMPARATIVAS
São aquelas que exprimem circunstâncias de comparação. Confronta dois elementos a fim de
estabelecer semelhança entre eles. (Melhor, pior ou igual)
Ex. : Choveu como chove em Manaus.

Atenção! Muitas vezes as orações comparativas tem valor elíptico. Choveu como em Manaus.
Falava mais que papagaio.

PRINCIPAIS CONJUNÇÕES COMPARATIVAS


como, que (precedido de mais ou menos que) etc.
ADVERBIAIS CONCESSIVAS
Exprime circunstância de concessão, que é o ato de conceder, de permitir, de não negar, de admitir
uma ideia contrária.
Ex: Choveu/embora a meteorologia previsse bom tempo.

Atenção!!!
É muito fácil reconhecer a oração concessiva, uma vez que ela sempre traz a ideia de APESAR DE.
Choveu/apesar da meteorologia prever bom tempo.

PRINCIPAIS CONJUNÇÕES CONCESSIVAS


embora, se bem que, ainda que, mesmo que, por mais que, por menos que, conquanto.

ADVERBIAIS CONDICIONAIS
Expressa uma circunstância de condição com relação à oração principal. Entendida como uma
obrigação que se impõe ou se aceita para um determinado fato se realize.
Ex: Viajaremos/ se não chover amanhã.
Conjunções: caso, se, desde que, contanto que, sem que

Atenção!!!
A oração condicional traz sempre a ideia de na hipótese de.
Terminarei o trabalho amanhã se tudo der certo.
Terminarei o trabalho amanhã na hipótese de tudo dar certo.

PRINCIPAIS CONJUNÇÕES CONDICIONAIS


caso, se, desde que, contanto que, sem que

ADVERBIAIS CONFORMATIVAS

Exprime circunstância de conformidade, isto é, de acordo, de adequação de não contradição.


Ex: Choveu conforme era previsto.

PRINCIPAIS CONJUNÇÕES CONFORMATIVAS


a fim de que, para que, que.

ADEVERBIAIS CONSECUTIVA
Indica uma consequência do fato referido na oração principal. Indica o resultado ou efeito de uma ação
qualquer.
Ex.: O rio transbordou tanto que a cidade foi alagada.
Choveu tanto que o jogo foi suspenso

PRINCIPAIS CONJUNÇÕES CONSECUTIVAS


que (precedido de tal, tanto, tamanho), de sorte que, de modo que.
ADVERBIAIS FINAIS

Exprime circunstâncias de finalidade, entendida como o objetivo, a destinação de um fato.


Ex: Os lavradores esperavam a chuva/ afim de que não perdessem a colheita

PRINCIPAIS CONJUNÇÕES FINAIS


afim de que, para que, que.

ADVERBIAIS PROPORCIONAIS
Exprime circunstância de proporção, entendida como relação existente entre duas coisas, de modo que
qualquer alteração em uma delas implica alteração na outra.
Ex: À proporção que a civilização progride, o romantismo se extingue.

PRINCIPAIS CONJUNÇÕES PROPORCIONAIS


à proporção que, à medida que, quanto mais, quanto menos

ADVERBIAIS TEMPORAIS

Exprime circunstância de tempo (Simultaneidade).


Ex.: Choveu/quando era dez horas.

PRINCIPAIS CONJUNÇÕES TEMPORAIS


quando, enquanto, logo que, desde que, assim que.

SINTAXE DE CONCORDÂNCIA

CONCORDÂNCIA NOMINAL

É a articulação que fazemos aos demais termos da oração para que concordem em gênero e número
com o substantivo.

REGRA GERAL
O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome, concordam em gênero e número com o substantivo.
Ex.: O alto ipê cobre-se de flores rosas.
Os altos ipês cobrem-se de flores rosas.

CONCORDÂNCIA
PREDICATIVO DO ADJETIVO ADJUNTO ADNOMINAL
DO SUJEITO

O adjetivo que se refere a mais de um substantivo de gênero ou número diferentes quando

posposto poderá concordar no masculino plural ou com o substantivo mais próximo.


Ex.: Os carrinhos e as bonecas espalhados pelo chão atrapalhavam a passagem.
Os carrinhos e as bonecas espalhadas pelo chão atrapalhavam a passagem.

anteposto adjetivo concorda, em geral, com o mais próximo.


Ex.: Escolhestes mau lugar e hora.
2 - CONCORDÂNCIA
PREDICATIVO DO SUJEITO DO ADJETIVO PREDICATIVO DO SUJEITO

1 SUJEITO SIMPLES

O predicativo concorda em gênero e número com o sujeito simples.


Ex.: Ana é muito estudiosa.
João é muito estudioso.
As brincadeiras eram bastante divertidas.

2 SUJEITO É COMPOSTO POR SUBSTANTIVOS DO MESMO GÊNERO

O predicativo deve concordar no plural e com gênero dos substantivos.


Ex.: João e Pedro estavam tranquilos.
Maria e Joana estavam tranquilas

3 SUJEITO COMPOSTO POR SUBSTANTIVOS DE GÊNERO DIVERSOS

o predicativo concordará no masculino plural.


Ex.: João e Maria estavam tranquilos.
O garoto e as meninas avançaram cautelosos

4 ADJETIVO ANTEPOSTO FUNCIONANDO COMO PREDICATIVO


concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
Ex.: Estavam feridos a mãe e os filhos.
Estava ferida a mãe e os filhos.

5 SUJEITO REPRESENTADO POR UM PRONOME DE TRATAMENTO


concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
Ex.: Estavam feridos a mãe e os filhos.
Estava ferida a mãe e os filhos.

6 LOCUÇÕES É BOM, É NECESSÁRIO, É PROIBIDO


essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido de artigo ou outro determinante.
Ex.: Água potável é bom. A água mineral é boa.
Sua presença é necessário. A sua presença é necessária.
É proibido entrada de animais. É proibida a entrada de animais.

OUTROS
PREDICATIVO DOCASOS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL
SUJEITO

1 ANEXO, INCLUSO, LESO


Como adjetivos, concordam com o substantivo a que se referem em gênero e número.
Ex.: Os documentos estão anexos.
As fotos estão anexas. A foto está anexa.
A bebida está inclusa.
As bebidas estão inclusas.

A expressão “em anexo” é invariável. Ela se refere à forma como o arquivo está sendo enviado.
Ex.: Trata-se de uma locução adverbial de modo,
Em anexo, envio as fotos da festa.
As notas dos alunos estão em anexo.
2 SÓ
Como adjetivo Só [=sozinho, único]
É variável, concorda em número com o substantivo.
Ex.: A criança ficou só durante horas.
As crianças ficaram sós durante horas.

Como advérbio Só [=apenas, somente]

Ex.: É advérbio, sendo portanto, invariável.


Só consegui resolver algumas questões.

3 ALERTA
Alerta [=atentamente, de prontidão, em estado de vigilância] é, portanto, invariável.

Ex.: Nos arredores da cidade todos olhavam alerta.

Quando alerta é utilizado como adjetivo vai para o plural.


Ex.: Soldados alertas faziam a guarda do local.

4 MEIO
Advérbio de intensidade

É invariável. [=um pouco, mais ou menos].

Ex.: Estou meio ansiosa.


As roupas eram meio velhas, mas estavam em bom estado.

Meio - numeral
Meio utilizado como numeral significa “metade” é, portanto, variável. Deve concordar com o
substantivo a que se refere:
Ex: Bebeu meio litro de água;
Bebeu meia garrafa de água.
É meio-dia e meia (hora).

5 BASTANTE
Como adjetivo
Ex.: Bastante como adjetivo[=suficiente]
Não havia provas bastantes para condená-las.
Maria tinha motivos bastantes para estar feliz.

Como advérbio de intensidade


Como advérbio bastante confere maior intensidade sendo, portanto, invariável.
Ex.: Nós estudamos bastante para o certame. [modifica o verbo estudar]
Eu comi bastante bolo ontem. [modifica o verbo comer]
As professoras estavam bastante otimistas. [modificando o adjetivo otimistas]
Bastante como pronome indefinido
Utilizado como pronome indefinido bastante concorda com o substantivo e indica uma grande
quantidade de algo, de maneira incerta.
Ex.: Comprei bastantes lembrancinhas para distribuir na festa.

Nesse caso, bastantes está concordando com lembrancinhas , expressa uma grande quantidade,
porém incerta.

Para identificar rapidamente troque bastante por muito, se muito for para o plural, bastante
também irá, caso contrário bastante deverá permanecer no singular.

Se bastante puder ser substituído por suficiente, sem alterar o sentido da frase, será adjetivo.
Nesse caso, varia em número concordando com o substantivo.

6 MENOS
Menos é uma palavra uniforme e invariável. Não há flexão em gênero (masculino e feminino) e
em número (singular e plural). A palavra menas está incorreta, não existe.
Ex.: Quero menos procrastinação e mais estudos para esse concurso.
Neste concurso, há menos pessoas.

CONCORDÂNCIA VERBAL

Faz referência ao verbo em relação ao sujeito.

REGRA GERAL

o verbo ficará de acordo com o sujeito em pessoa e número, devendo concordar em número - singular
ou plural - e pessoa - 1°, 2°, 3° - com o segundo.

1 O SUJEITO É SIMPLES

O verbo concordará em número e pessoa.

1.1 VERBO DEPOIS DO SUJEITO

Ex.: A professora estava esperançosa. [3ª pessoa do singular]


As professoras estavam esperançosas. [3ª pessoa do plural]

1.2 VERBO ANTES DO SUJEITO

Aconteceu um imprevisto no dia da prova. Eram duas histórias muito interessantes.


Aconteceram muitos imprevistos no dia da prova. Era uma história muito interessante.
2 O SUJEITO É COMPOSTO E DA 3ª PESSOA

Aconteceu um imprevisto no dia da prova. Eram duas histórias muito interessantes.


Aconteceram muitos imprevistos no dia da prova. Era uma história muito interessante.

2.1 SUJEITO COMPOSTO E ANTEPOSTO AO VERBO

Geralmente, o verbo concordará no plural.


Ex.: A direção e a coordenação buscam uma solução.

ATENÇÃO!
O verbo poderá ficar no singular, embora não seja obrigatório, nas seguintes situações.

quando o núcleo dos sujeitos são sinônimos (ou quase)


Ex.: A decência e a honestidade ainda reinavam (concordância lógica)
A decência e a honestidade ainda reinava. (concordância atrativa)

quando o núcleo dos sujeitos formam uma sequência gradativa.


Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam. (concordância lógica)
Uma palavra, um gesto, um olhar bastava. (concordância com o núcleo mais próximo)

Sujeito composto e posposto ao verbo


poderá concordar no plural ou com o substantivo mais próximo.
Ex.: Chegaram Pedro e Maria. (concordam no plural com ambos os elementos).
Chegou Pedro e Maria. (concorda no singular com o núcleo mais próximo.

3 CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL

1 NÚCLEOS DO SUJEITO UNIDOS POR OU

1.1 COM EXCLUSÃO


Se a conjunção ou indicar exclusão ou retificação, o verbo deverá concordar com o núcleo mais
próximo.
Ex.:Pedro ou Felipe conquistará a vaga de emprego. (exclusão)
O candidato de cada estado ou os candidatos devem enviar o currículo até amanhã. (retificação)

1.2 SEM EXCLUSÃO

Se os dois núcleos que formam o sujeito composto não forem opostos, o verbo irá para o plural.
Nesse caso, a ideia expressa se refere ou pode ser atribuída a todos os núcleos do sujeito.
Ex.: O ingresso ou o ticket são aceitos aqui. (adição, inclusão)
A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, inclusão)

2 NÚCLEOS DO SUJEITO UNIDOS PELA PREPOSIÇÃO COM

O verbo fica ou no singular ou no plural quando se atribui a mesma importância aos elementos do
sujeitos unidos pela preposição. Pode-se usar o verbo no singular quando se deseja dar ênfase ao
primeiro elemento do sujeito.
Ex.: A professora com seus alunos fizeram um excelente.
A professora, com seus alunos, fez uma boa campanha.
3 NÚCLEOS DO SUJEITOS UNIDOS POR NEM
Usa-se, comumente, o verbo no plural.
Ex.: Nem a fama nem o poder o livraram da morte.

É preferível no singular
quando há exclusão, ou seja, quando o fato pode ser atribuído apenas a um dos elementos do
sujeito.
Ex.: Nem Berlim nem Moscou sediará a próxima olimpíada.

4 SUJEITOS RESUMIDOS POR TUDO, NADA, NINGUÉM

Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém o verbo concordará, no singular,
com o termo resumidor.
Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu.
Jogadores, juízes, técnicos, ninguém saiu do campo.

5 NÚCLEOS DO SUJEITO DESIGNANDO A MESMA PESSOA OU COISA

Quando os sujeitos, por palavras diferentes, representam uma só pessoa ou uma só coisa, o verbo
fica naturalmente no singular.
Ex.: Aleluia! O brasileiro comum, o homem do povo, o João-ninguém, agora é cédula de Cr$
500,00!” (Carlos Drummond Andrade)

6 NÚCLEOS DO SUJEITO SÃO INFINITIVOS

O verbo concordará no plural


se os infinitivos forem determinados pelos artigos ou exprimirem ideias opostas, caso contrário, é lícito
usar tanto o verbo no singular como no plural.
Ex.: Subir e descer escadas são ações que todos deveríamos praticar mais.
O comer e o beber são necessários.
Fumar e beber não traz benefícios ao organismo.
Fumar e beber não trazem benefícios ao organismo.

7 SUJEITO COLETIVO

O verbo concordará no plural


se os infinitivos forem determinados pelos artigos ou exprimirem ideias opostas, caso contrário, é lícito
usar tanto o verbo no singular como no plural.
Ex.: Subir e descer escadas são ações que todos deveríamos praticar mais.
O comer e o beber são necessários.
Fumar e beber não traz benefícios ao organismo.
Fumar e beber não trazem benefícios ao organismo.

Se o coletivo estiver especificado, o verbo pode ser conjugado no singular ou no plural.

Ex.: A multidão de fãs aplaudia a cantora.


A multidão de fãs aplaudiram a cantora.
8 UM E OUTRO, NEM UM NEM OUTRO

Quando o sujeito é uma dessas expressões o verbo concorda ou no singular, ou no plural. A


preferência é dada ao plural.

Ex.: Um e outro aluno fez /fizeram o trabalho manuscrito.


Nem um nem outro saiu / saíram do colégio.

9 UM OU OUTRO
O verbo concorda no singular com o sujeito um ou outro.
Ex.: Só um ou outro menino usava sapatos; a maioria, de tamancos ou descalça. (G. Amado)

10 MAIS DE UM
Em regra, o verbo concorda no singular.
Ex.: Mais de um convidado chegou com atraso.

No entanto, o verbo irá para o plural se o numeral for superior a um.


Ex.: Mais de dois convidados chegaram atrasados.

O verbo irá para o plural também se exprimir reciprocidade.


Ex.: Mais de uma professora se abraçaram.

11 PRONOME RELATIVO QUE


O verbo deve concordar com o antecedente do pronome “que”.
Ex.: Fui eu que falei.
Foste tu que falaste
Foi ele que falou.
Fomos nós que falamos.

12 PRONOME RELATIVO QUEM

O verbo pode ser conjugado na terceira pessoa do singular ou pode concordar com o antecedente do
pronome "quem".

Ex.: Fui eu quem falou.


Fui eu quem falei.

13 CONCORDÂNCIA COM OS PRONOMES DE TRATAMENTO

Os pronomes de tratamento exigem o verbo na 3ª pessoa, embora se refiram à 2ª pessoa do discurso.


Ex.: Vossa Excelência agiu acertadamente.

14 CONCORDÂNCIA COM CERTOS SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS NO PLURAL


Determinados substantivos próprios com forma plural levam o verbo para o plural quando são
usados com artigo; caso contrário, o verbo concorda no singular.
Ex.: Os Estados Unidos influenciam o mundo.
Estados Unidos influencia o mundo.

Portanto, nome próprio no plural com artigo no plural o verbo deve ficar no plural e nome
próprio no plural sem artigo o verbo deve ficar no singular .
Quando o nome próprio no plural é título de uma obra o verbo no singular ou no plural.
Ex.: "Os Sertões é um ensaio sociológico e histórico…" (Celso Luft)
“Os Lusíadas” é um clássico da literatura.

15 CONCORDÂNCIA DO VERBO PASSIVO


O pronome “se”, dentro da voz passiva sintética, é classificado como pronome apassivador.
Quando apassivado pelo pronome apassivador se , o verbo concorda normalmente com o sujeito.
Ex.: Vende-se casa e compram-se apartamentos.
Vendem-se casas e compra-se apartamento.

Cuidado para não confundir o se (pronome apassivador) com o se (índice de indeterminação do


sujeito). Lembre-se de que quando o se for pronome apassivador, haverá sujeito e o verbo será
transitivo direto ou transitivo direto e indireto. Para não confundir, analise a predicação verbal.

Partícula Apassivadora:
pronome apassivador + verbo transitivo direto ou direto e indireto.
Ex.: Pouparam-se os investimentos.

Índice de Indeterminação do Sujeito:


pronome “se” + verbo intransitivo, transitivo direto ou ainda verbo de ligação.
Exemplo: Ouve-se o uivo dos lobos na montanha.

16 VERBOS IMPESSOAIS
Ficam na 3ª pessoa do singular.

Verbos haver e fazer ( indicando tempo).


Passar de (indicação de horas).
Chover e outros que exprimem fenômenos meteorológicos.
Ex: Havia animais soltos em todas as ruas.
Faz dez anos que não a vejo.
Todos os dias chove pela manhã.

Também fica invariável na 3ª pessoa do singular o verbo que forma locução com os verbos
impessoais haver ou fazer.
Ex.: Deve haver dez anos que não ocorre concursos.
Vai haver grandes festas.
Não pode haver rasuras neste documento.
O verbo chover deixa de ser impessoal quando é utilizado com sentido figurado.
Ex.: Choviam pétalas de flores.
Depois da declaração polêmica da professora, choveram críticas.
17 CONCORDÂNCIA DO VERBO SER
O verbo de ligação ser concorda com o predicativo nos seguintes casos:
quando o sujeito é um dos pronomes tudo, o, isto, isso ou aquilo.
Ex.: Tudo eram hipóteses.
Isso são lembranças inesquecíveis.
Hoje o que não falta são divertimentos.
Aquilo eram animais perigosos.
A concordância com o sujeito, embora menos comum, é também lícita.
Ex.:Tudo é flores no presente.

quando o sujeito é um nome de coisa, no singular, e o predicativo um substantivo no plural:


Ex.: Vida de craque não são rosas.
Nosso piquenique foram só guloseimas.
Sujeito Predicativo do Sujeito

Se o sujeito indicar pessoa, o verbo concorda com esse sujeito.


Joana era só tristezas.

Sujeito é uma palavra ou expressão de sentido coletivo ou partitivo, e o predicado um substantivo


no plural
Ex.: A maioria é adulto.
A maioria são adultos.
A maior parte eram famílias pobres.

Nas locuções é muito, é pouco, é suficiente, é demais, é mais que, é menos que, cujo sujeito
exprime quantidade, preço, medida, etc.:
Ex.: Dois mil dólares é pouco.
Doze metros de cano é demais.
Dez quilos de carne é mais do que precisamos.

Na indicação das horas, datas e distâncias, o verbo ser é impessoal (não tem sujeito) e concordará
com a expressão designativa de hora, data ou distância.
Ex.: Era uma hora da tarde.
Eram duas horas da tarde.
Hoje são vinte e um.

18 CONCORDÂNCIA COM OS VERBOS BATER, DAR E SOAR


A concordância verbal pode ser estabelecida com o sujeito da oração que pode ser hora, horas,
badaladas ou relógio.

A palavra relógio, sino, como sujeito e horas como objeto direto.


Ex.: O relógio deu cinco horas.
Os relógios bateram cinco horas.
O relógio soou cinco horas.
Os relógios soaram dez horas.
Os sinos bateram cinco horas.
O número de horas como sujeito, sendo o relógio adjunto adverbial de lugar.
Ex.: No relógio deu uma hora.
No relógio deram três horas
No relógio soou uma hora.
Nos relógios soaram quatro horas.

19 CONCORDÂNCIA COM PARTÍCULA DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO SE


A concordância verbal pode ser estabelecida com o sujeito da oração que pode ser hora, horas,
badaladas ou relógio.
A palavra se indica indeterminação do sujeito quando a frase é formada por um objeto indireto
ou por verbos intransitivos. Havendo um sujeito indeterminado, a concordância verbal deverá ser
sempre feita na 3ª pessoa do singular.
Ex.:Necessita-se de ajudante responsável.
Necessita-se de ajudantes responsáveis.
Detesta-se [e não detestam-se] aos indivíduos falsos.

20 CONCORDÂNCIA COM PERCENTUAIS


O verbo deve concordar com o número expresso na porcentagem.
Ex.:Somente 1% dos eleitores se absteve de votar.
Somente 2% dos eleitores se abstiveram de votar.

ESTILÍSTICA

Trata do estilo, dos recursos expressivos da língua.

FIGURAS DE LINGUAGEM

1 FIGURAS DE PALAVRAS
Estão associadas aos significado das palavras

1.1 METÁFORA

É o desvio da significação própria de uma palavra que, por sua vez, teria com o primeiro uma
relação de semelhança.
Ex.: O pavão é um arco-íris de plumas.
Murcharam-lhe os entusiasmos da mocidade.
A vida é uma nuvem que voa.

1.2 COMPARAÇÃO
Consiste em pôr em confronto pessoas ou coisas, a fim de lhes destacar semelhanças características,
traços comuns.

Ex.: Os seus olhos brilhavam como estrelas no céu.


Ela é linda como uma princesa.

Não confunda a metáfora com a comparação. Na comparação, os dois termos vêm expressos e
unidos por nexos comparativos (como, tal, qual, assim como, parecia)
1.3 METONÍMIA
Consiste em usar uma palavra por outra, com a qual se acha relacionada. A troca não ocorre porque
as palavras são sinônimas, mas porque uma evoca a outra. Ocorre metonímia quando se emprega

o efeito pela causa.


Ex.: Quando um termo é substituído pelo seu efeito ou pela sua causa:
Conseguiu a aprovação com suor e lágrimas. [com estudos].

o autor pela obra


Ex.: Tenho um Picasso autêntico em casa. [uma pintura feita por Picasso]
Nas horas de folga lia Camões. [Camões= a obra do autor]

o continente (recipiente) pelo conteúdo


Ex.: Tomou duas taças de vinho. [= o vinho contido na taça)

o abstrato pelo concreto


Ex.: Quando um termo concreto é substituído pelo seu conceito abstrato ou vice-versa.
Precisamos cuidar da infância.

a parte pelo todo


Ex.: Tinha que trabalhar dobrado para alimentar nove bocas. [bocas=pessoas]

o singular pelo plural


Ex.: O homem é mortal. [ O homem= os homens].

A matéria prima pelos objetos.


Ex.: Estava sem níquel no bolso. [moeda]

1.4 PERÍFRASE
É uma expressão que designa os seres por meio de seus atributos ou de uma fato que celebrizou.
Normalmente, a perífrase é formada por uma expressão que reúne características ou qualidades que
descrevem a palavra que o locutor deseja referir.

Ex.: Das entranhas da terra jorra o ouro negro. [=petróleo]


O rei dos animais é tenebroso. [leão]

1.5 SINESTESIA
É a transferência de percepções da esfera de um sentido para a de outro. São palavras e expressões
associadas às diferentes sensações percebidas pelo corpo humano (visão, audição, olfato, paladar e
tato) para gerar um efeito discursivo.

Ex.: Sua voz doce e aveludada era uma carícia para meus ouvidos.
[voz: sensação auditiva; doce: sensação gustativa; aveludada: sensação tátil]
2 FIGURAS DE CONSTRUÇÃO
São construções que se afastam das estruturas regulares ou comuns e que visão transmitir à frase
mais concisão. Interferem na estrutura gramatical da frase. São exemplos de algumas figuras de
construção:

2.1 ELIPSE

É a omissão de um termo ou oração que facilmente podemos subentender no contexto. É uma


espécie de economia de palavras.
Ex: As mãos eram pequenas e os dedos, finos e delicados. [elipse do verbo eram]

2.2 PLEONASMO
É o emprego de palavras redundantes, com o fim de reforçar ou enfatizar a expressão.
Eu nasci há dez mil anos atrás.

Ex.: Foi o que vi com os meus próprios olhos” (Antônio Calado)

Atenção!
São condenáveis, por viciosos, pleonasmo como: descer para baixo, subir para cima, entrar para
dentro, escrever a sua autobiografia.

2.3 POLISSÍNDETO

É a repetição intencional de uma ou mais conjunções (geralmente a conjunção e) dando-se a ideia de


acréscimo, sucessão e continuidade.
Ex.: Trejeita, e canta, e ri nervosamente. (Antônio Tomás)
“Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem tuge, nem muge.” (Rubem Braga)

2.4 ONOMATOPEIA
Consiste na reprodução de fonemas ou palavras que imitam o som ou a voz natural sejam de objetos,
de pessoas ou de animais.
Ex.: Tic-tac: som do relógio; toc-toc: som de bater na porta; cof-cof: som de tosse etc.

3 FIGURAS DE PENSAMENTO
São exemplos de algumas figuras de pensamento:

3.1 ANTÍTESE
Consiste na aproximação de palavras ou expressões com sentidos opostos.
Ex.: A tristeza e a felicidade andam lado a lado.
Pedro e Joana tinham uma relação de amor e ódio.

3.2 EUFEMISMO

Consiste em suavizar a expressão de uma ideia triste ou desagradável, substituindo o termo por
palavras mais leves.
Ex.: Ela partiu dessa para melhor.[=morreu]
3.3 GRADAÇÃO

É uma sequência de ideias dispostas em sentido ascendente ou descendente.


Ex.: Ela gritou, chorou, esperneou, murmurou… já não era mais possível fazer a prova.
“Eu era pobre. Era subalterno. Era nada.” (Monteiro Lobato)

3.4 HIPÉRBOLE

É uma afirmação intencionalmente exagerada utilizada para expressar uma ideia de intensidade.
Ex.: Quase morri de estudar e não fui aprovada.
Estava derretendo de calor na hora da prova.

3.5 IRONIA

É uma figura pela qual dizemos o contrário do que pensamos, quase sempre com intenção sarcástica.
Usa-se palavras que exprimem o sentido oposto do seu contexto literal.
Ex.: Que tal falar mais alto para os vizinhos também participarem na nossa conversa?
Dormiu comigo? [Expressão utilizada quando alguém é mal-educado e não cumprimenta alguém].

3.6 PARADOXO
Consiste em expor, intencionalmente, a expressão de uma ideia contrastante. Faz-se uma declaração
aparentemente verdadeira, mas que leva a uma contradição lógica ou que contradiz a intuição comum.
Ex.: Estamos vivendo uma guerra pacífica.

3.7 PERSONIFICAÇÃO [TAMBÉM CHAMADA DE PROSOPOPEIA OU ANIMISMO]


A personificação é a humanização de entes que não são humanos, ou seja, atribui-se sensações,
sentimentos e características essencialmente humanas aos objetos inanimados ou seres irracionais.

Ex.: O dia nasceu feliz.


As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se beijam, se dissolvem…” (Drummond)

USO DO POR QUE, PORQUÊ, POR QUÊ E PORQUE

1 POR QUE [SEPARADO E SEM ACENTO]


Inicia perguntas diretas ou está presente no interior de perguntas indiretas.

Por que ela não quer mais estudar para a prova do concurso? [pergunta direta]

Nas perguntas, esse “por que” é a junção da preposição POR com Pronome Interrogativo “QUE”.
Equivalente a “por qual razão” ou “por qual motivo”.
Ex.: Por que [por qual razão/motivo] ela não quer estudar para a prova do concurso? [pergunta
direta]
Gostaria de saber por que [por qual motivo/razão] ela não deseja mais estudar para a prova do
concurso. [pergunta indireta]
O por que [separado e sem acento] pode equivaler também ao pronome relativo QUE. Nesse caso,
equivalente a pela qual, pelos quais; pelas quais, por qual, por quais.
Ex.: As razões por que não estudei são pessoais.
As razões [pelas quais] não estudei são pessoais.

2 PORQUE [JUNTO E SEM ACENTO]

É uma conjunção causal ou explicativa, podendo ser substituída por POIS, UMA VEZ QUE.
Ex.: Estude, porque a prova do concurso será em breve.
Ela não fez a prova pois estava se sentindo despreparada.

3 PORQUÊ [JUNTO E COM ACENTO]

Possui o valor de substantivo. Ele aparece nas sentenças precedido de artigo, pronome, adjetivo ou
numeral com objetivo de explicar o motivo dentro da frase.
Ex.: Ela não explicou O PORQUÊ de tanta indecisão.

4 POR QUÊ [SEPARADO E COM ACENTO]

É a junção da preposição por + pronome interrogativo. Sempre aparecerá no final de uma frase.
Pode ser substituído por “por qual motivo”, “por qual razão”.
Ex.: Você parece desanimada, por quê?
Ela resolveu não fazer a prova e nem disse por quê.

EMPREGO DA VÍRGULA

1 EMPREGA SE A VÍRGULA

1.1 PARA SEPARAR PALAVRAS OU ORAÇÕES JUSTAPOSTAS ASSINDÉTICAS:


Ex.: A terra, o mar, o céu, tudo apregoa a glória de Deus.
Chegou, estudou o material, resolveu questões, foi aprovada no concurso.

1.2 PARA SEPARAR VOCATIVOS


Você, concurseiro, tem de escolher bem o material de estudo.

1.3 PARA SEPARAR CERTAS EXPRESSÕES EXPLICATIVAS OU RETIFICATIVAS


como isto é, a saber, por exemplo, ou melhor, ou antes.
Ex.: A violência social é um fato grave, ou melhor, assustador.

1.4 PARA SEPARAR ORAÇÕES ADJETIVAS EXPLICATIVAS


Ex.: Joana, que mora no interior, estuda on-line.

1.5 DE MODO GERAL, PARA SEPARAR ORAÇÕES ADVERBIAIS DESENVOLVIDAS:


Enquanto Joana estudava, o esposo cuidava das crianças.
1.6 PARA SEPARAR ADJUNTOS ADVERBIAIS DESLOCADOS
Ex.: A maioria das professoras, durante as férias, viaja.
Desde o ano passado, ela estuda para esse concurso.

1.7 PARA INDICAR A ELIPSE DE UM TERMO:


Ex.: Uns diziam que ela foi aprovada, outros, que ela não conseguiu a pontuação mínima.

PARA SEPARAR CERTAS CONJUNÇÕES POSPOSITIVAS, COMO PORÉM, CONTUDO,


1.8 POIS, ENTRETANTO, PORTANTO, ETC
Estou atrasada, entretanto, vou atendê-lo rapidamente.

1.9 PARA SEPARAR, NAS DATAS, O NOME DO LUGAR


Belo Horizonte, 31 de janeiro de 2022.

2 NÃO SE EMPREGA VÍRGULA

ENTRE O SUJEITO E O VERBO DA ORAÇÃO E ENTRE O VERBO E SEUS COMPLEMENTOS,


QUANDO JUNTOS.
A estrutura da frase em Língua Portuguesa é formada pelos pares

sujeito + verbo verbo + complemento.

Não se separam esses elementos quando juntos.

Ex.: A professora conquistou a sua aprovação.

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