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Acentuação Gráfica

1. MONOSSÍLABOS TÔNICOS

A Pá, cá, lá, vá

E Dê, crê, lê, vê, ré

O Pó, só, mó
Monossílabos terminados em

ÉI(S) réis

ÉU(S) céu

ÓI(S) mói, dói


2. OXÍTONAS

A Vatapá, guaraná, Paranaguá

E Pa jé, você, barnabé, revê


O J iló, vovô, vovó, paletó

EM Também, vintém, contém

ENS Parabéns, vinténs, conténs


As palavras oxítonas
com os ditongos abertos
–éi(s), -éu(s) ou –ói(s):

anéis, batéis, fiéis, papéis;


chapéu(s), ilhéu(s),
corrói, herói(s),
remói
Obs.: Em algumas palavras oxítonas
terminadas em -e tónico/ tônico,
geralmente provenientes do francês,
esta vogal, admite tanto o acento
agudo como o acento circunflexo:
bebé ou bebê; bidé ou bidê, canapé
ou canapê, caraté ou caratê, croché
ou crochê , guiché ou guichê, matiné
ou matinê, nené ou nenê, ponjé ou
ponjê, puré ou purê, rapé ou rapê.
3. PAROXÍTONAS
R Caráter, revólver, repórter
X Látex, xérox, tórax, ônix
N Hífen, pólen, próton
L Nível, incrível, possível
PS Fórceps, bíceps
I(S) Júri, beribéri, táxi
US Bônus, ônus, ânus
UM/UNS Álbum, álbuns, fórum
Ã(S) Órfã, ímã, órfãs, ímãs
Paroxítonas terminadas em ditongos:

ÃO Órgão, órfão IE Barbárie, série

EA Rédea, lêndea IO Sério, médio

OA Nódoa, mágoa
EI Jóquei, pônei
UA Água, árdua
EO Páreo, argênteo
UE Tênue, enxágue
IA Séria, história
UO Árduo, oblíquo
Supermacete
do Xexéu:

Paroxítonas
Terminadas em

A(s)
E(s)
O(s) Não são acentuadas
EM ´
Ex.: beriberi item
ENS ´
hifen ´
proton
hifens ´
protons
Obs.: algumas palavras paroxítonas,
com as vogais tônicas grafadas e e
o em fim de sílaba, seguidas das
consoantes nasais grafadas m e n,
apresentam oscilação de timbre nas
pronúncias cultas da língua e, por
conseguinte, também de acento
gráfico (agudo ou circunflexo):
sémen e sêmen, xénon e xênon;
fémur e fêmur, vómer e vômer; Fénix
e Fênix, ónix e ônix.
Outros exemplos com as vogais
tônicas grafadas e e o em fim
de sílaba, seguidas das
consoantes nasais grafadas
m e n:

pónei e pônei; gónis e gônis,


pénis e pênis, ténis e tênis;
bónus e bônus, ónus e ônus,
tónus e tônus, Vénus e Vênus.
4. PROPAROXÍTONAS

Todas são acentuadas

lâmpada empréstimo
pêssego estômago
sábado álibi
Há uma tendência
à desproparoxitonização
das palavras na
Língua Portuguesa

Estômago > “estambo”, “estombo”


Árvore > “arvre”
Córrego > “corgo”
Música > “musga”
Fígado > “figo”
Levam acento agudo ou acento
circunflexo as palavras proparo-
xítonas, reais ou aparentes, cujas
vogais tônicas grafadas e ou o
estão em final de sílaba e são
seguidas das consoantes nasais
grafadas m ou n, conforme o seu
timbre é, respectivamente, aberto
ou fechado nas pronúncias
cultas da língua:
académico/acadêmico,
anatómico/anatômico,
cénico/cênico, cómodo/cômodo,
fenómeno/ fenômeno,
género/gênero,
topónimo/topônimo;
Amazónia/Amazônia,
António/Antônio,
blasfémia/blasfêmia,
fémea/fêmea, gémeo/gêmeo,
génio/gênio, ténue/tênue.
Exceções
para Oxítonas e Paroxítonas

1. I ou U
a) Segundo elemento de hiato
b) Tônico
c) Isolado (ou seguido de “s”)
d) Não seguido de “nh”

´ ´
Ex.: Saude saiste ´
juiz juizes rainha
Prescinde-se do acento agudo
nas vogais tônicas
grafadas i e u das palavras
paroxítonas, quando elas estão
precedidas de ditongo:
baiuca, boiuno, cauila (var.
cauira), cheiinho (de cheio),
saiinha (de saia).
Levam, porém, acento agudo as
vogais tônicas grafadas i e u
quando, precedidas de ditongo,
pertencem as palavras
oxítonas e estão em posição
final ou seguidas de s:
Piauí, teiú, teiús,
tuiuiú, tuiuiús.
Antes,
a acentuação
dos ditongos abertos
tônicos
ÉI(S), ÓI(S), ÉU(S)
era assim...
2. Ditongos abertos tônicos

ÉI (s) Anéis, geléia, coronéis


ÉU (s) Chapéu, troféu, réu

ÓI (s) Heróico, estóico, jóia


Cuidado com
heroicamente
noite
Agora,
é assim...
Não se acentuam os
ditongos representados
por ei e oi da sílaba tônica
das palavras paroxítonas
Ex.: assembleia, boleia, ideia, epo-
peico, onomatopeico, proteico;
alcaloide, apoio (do verbo apoiar),
tal como apoio (subst.), boia, boina,
estroina, heroico, introito, jiboia,
paranoico, zoina.
Ditongos abertos tônicos

Somente para oxítonas


e monossílabos tônicos
ÉI (s) Anéis, coronéis, réis
ÉU (s) Chapéu, troféu, céu

ÓI (s) Herói, corrói, mói, dói


Antes,
quando havia
a repetição EE,
e o primeiro era
tônico,
a regra era assim...
3. EE Quando há a repetição do
“E”, acentua-se o primeiro,
desde que seja tônico

Ele vê Eles vêem


Ele lê Eles lêem
Ele crê Eles crêem
Que ele dê Que eles dêem
Verbos que duplicam o “E”:

Dar, crer ler, ver - DECRELEVE


Agora, quando houver a
repetição do EE,
e o primeiro for tônico,
não se emprega o acento
nos verbos
Dar, Crer, Ler, Ver
Ou seja:

Deem
E
seus
Creem
derivados
Leem

veem
Antes, se havia a
repetição
do OO,
e o primeiro era tônico,
a regra era assim...
4. Repetição de “O”
Quando há repetição do “O”, acentua-se
o primeiro se for tônico

vôo voou
enjôo enjoou

entôo entoou
Agora, quando há a
repetição do
OO, mesmo que o
primeiro seja tônico,
não há mais acento.
voo enjoo entoo
Antes,
a regra do trema
era assim...
5. O TREMA

G E Quando o “U”
tivesse
Ü pronúncia
Q I átona

eloqüência lingüiça
conseqüência argüição
averigüei eqüino
Muita
atenção!

G E Se o “U”

Q
´
U
I
fosse tônico,
dever-se-ia
acentuá-lo

Averigúe Não obliqúe Ele argúi


Apazigúem Averigúem Argúem
Agora,
não há mais o trema no u
entre G e E,
G e I ou entre Q e E e Q e I,
mesmo se pronúncia for
átona.
Assim, temos
Linguiça, quinquênio,
consequência, equino etc
Obs.: Conserva-se, no
entanto, o trema,
em palavras derivadas de
nomes próprios
estrangeiros: hübneriano,
de Hübner, mülleriano, de
Müller, etc.
Agora, também não há mais o
acento agudo entre G e E, G e
I ou entre Q e E e Q e I, mes-
mo se a pronúncia for tônica.
Veja:
Ele argui.
Não oblique.
Averigue.
Apazigue.
Antes
a regra do acento
diferencial
era assim...
6. O ACENTO DIFERENCIAL
^ELE ELE
^
FORA FORA
Apesar de abolido em 1971,
manteve-se o acento diferencial em

Pêlo (s.) Pélo (v.) Pelo (per + o)


Pólo (s.) Pôlo (s.) Polo (arcaico
por + o)
Pôla (s.) Póla (s.) Pola (arcaico
Por + a)
Pêra (s.) Péra (s.) Pera (arcaico “para”)
Pôr (v.) Por (prep.)
Péla (do verbo pelar ou o Pela (per +a)
substantivo)

Pára (v.) Para (prep.)


Pôde (pret. perf.) Pode (pres. indic.)

Côa, Côas (v.) Coa, Coas (com +a ou as)


Agora, mantém-se
O acento diferencial
Apenas em

Pôde (pretérito perfeito


do indicativo)
para diferenciar de

Pode
(presente do indicativo)
Pôr (verbo)
para diferenciar de

Por (preposição)
Facultativamente, dêmos
(presente do subjuntivo), para se
distinguir da correspondente
forma do pretérito
perfeito do indicativo (demos);
fôrma (substantivo),
distinta de forma (substantivo); 3a
pessoa do singular do presente
do indicativo ou 2a pessoa do
singular do imperativo do verbo
formar).
É facultativo assinalar com
acento agudo as formas verbais
de pret. perfeito do indicativo, do
tipo amámos, louvámos, para as
distinguir das correspondentes
formas do presente do indicativo
(amamos, louvamos), já que o
timbre da vogal tônica é aberto
naquele caso em certas variantes
do português.
Atenção!

Ele tem Eles têm


Ele vem Eles vêm
Ele retém Eles retêm
Ele intervém Eles intervêm
E os nomes próprios?

Luís ou Luiz?

Nélson ou Nelson?

Édson ou Edson?

Antônio ou Antonio?

Rosângela ou Rosangela?
Acentuação
e Combinação pronominal

Vou comer o bolo > Vou comê-lo

Fará o bolo > Fá-lo-á


Partirá o bolo > Parti-lo-á
Substituirá o bolo > Substituí-lo-á
Receberá o bolo > Recebê-lo-á

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