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Português
Parte 1 - Capítulo I
Fonologia
NOÇÕES GERAIS
A Fonologia é o estudo dos sons de um idioma, pois a pessoa, ao falar, emite sons linguísticos.
Vogais
SONS
LINGUÍSTICOS
Semivogais Consoantes
Vogais: São sons produzidos pela livre passagem do ar pela boca que estiver aberta ou entreaberta.
As vogais serão sempre centro da sílaba.
Consoantes: Há sempre um obstáculo na cavidade à passagem do ar pela cavidade bucal, ao
contrário do que ocorre nas vogais.
Semivogais: São situadas entre vogais e consoantes, que são quando os fonemas /i/ e /u/ junto à
consoante formam uma sílaba, todavia não desempenham a função de núcleo silábico.
As vogais podem ser classificadas com fundamentação articulatória quanto à articulação (anteriores ou
palatais, centrais ou médias, posteriores ou velares), quanto ao grau de abertura (abertas, semiabertas,
semifechadas e fechadas) e quanto ao papel das cavidades bucal e nasal (orais e nasais).
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Português
Abertas
Anteriores ou
Palatais
Semiabertas
Quanto à região Centrais ou Quanto ao grau
de articulação Médias de abertura
Fechadas
Posteriores ou
Velares
Semifechadas
Tônicas
Quanto à intensidade
Átonas
Intensidade e Acento
A Intensidade, como o próprio nome diz, é a emissão de um dependente da amplitude das cordas vocais,
ou seja, a intensidade ocorre quando existe força expiratória.
A Intensidade recebe a classificação de tônica quando a pronúncia da vogal nas sílabas possui maior
intensidade, que é quando utilizamos o acento tônico, enquanto que as vogais que não possuem esse
acento são chamadas de átonas.
As Vogais Orais são aquelas em que a passagem da corrente de ar somente passa pela boca, enquanto que
as nasais passam tanto pela boca, quanto pelas fossas nasais.
Exemplos de vogais orais: Rato, pato, pôs , etc.
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Português
Vogais Tônicas Orais
Nas Vogais Tônicas, encontramos o acento principal da palavra, sendo a única vogal considerada realmente
aberta.
As Consoantes podem ser classificadas quanto ao modo de articulação, quanto ao ponto de articulação e
quanto ao papel das cordas vocais.
Modo de Articulação
É o modo pelo qual as consoantes são articuladas, podendo ser classificadas da seguinte maneira:
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Ponto ou Zona de Articulação
Classificam-se em:
Bilabiais: [p], [b], [m].
Sonoras: [d], [b], [g], [z], [l], [r], [~r], [m], [n] e outros.
As consoantes podem ser orais ou nasais. Sendo assim, quanto ao papel das cavidades bucal e nasal,
podem ser classificadas da maneira que segue abaixo.
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Encontros Vocálicos
Ditongo: É o encontro de uma vogal com uma semivogal, ou vice versa, que são pronunciadas na
mesma sílaba.
ou
Os Ditongos podem ser classificados em decrescentes e crescentes, orais e nasais, conforme estudaremos a
seguir:
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Português
Tritongos: Os tritongos podem ser classificados quanto a sua natureza em: Tritongos Orais e
Nasais.
Os encontros vocálicos podem acontecer entre dois vocábulos ou no interior do vocábulo, podendo ser
Intraverbais ou Interverbais.
Encontros Consonantais
O encontro consonantal são os argumentos formados por mais de uma consoante sem vogal intermediária.
Há dois tipos de encontros consonantais:
Quando são formados por duas consoantes que pertencem a sílabas diversas.
Ex.: Porta, advogar etc.
Quando são formados do contato da consoante +l ou r, que ocorre na mesma sílaba.
Ex.: Brisa, bloco, claro , etc.
Dígrafos
É representado por apenas um som, pois é decorrente de duas letras que representam um único fonema.
Ex.: Ficha.
Existem dois tipos de dígrafos na Língua Portuguesa, que são: Dígrafos Consonantais e Dígrafos Vocálicos.
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Português
Dígrafos Consonantais
Dígrafos Vocálicos
Letras Exemplos
am Rampa, campo, etc.
an Antigo, planta, etc.
en Dente
im Limpo
om Computador, ombro
on Onda, ponta
um Nenhum, jejum , etc.
un Nunca, mundo, etc.
em Sempre
Observação: No fim de palavras, -am, -em, não são dígrafos, pois, foneticamente, representam dois
fonemas, formando, portanto, um ditongo nasal.
Ex.: Belém, bem, cantam
Sílaba
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Português
Classificação dos vocábulos quanto ao número de sílabas
Trissílabos Polissílabos
Monossílabos Dissílabos
Apresentam três Apresentam quatro ou
vogais mais vogais.
Apresentam Apresentam duas Ex.: Ca-de-la,
apenas uma vogal. Ex.: A-mi-ga-vel-men-te.
vogais.
es-co-la
Ex.: Pé Ex.: Ra-to e pa-pel,
e outros.
Acento Tônico
O acento Tônico é a maior ênfase de voz na sílaba. No entanto, nem todas as sílabas tônicas são
acentuadas.
São pretônicas quando estiverem antes da tônica e postônicas as que se posicionam após a tônica.
Há também a sílaba subtônica, que é correspondente à tônica da palavra primitiva, sendo que ocorre
normalmente nas palavras derivadas.
Separação Silábica
Os dígrafos (rr, xc, ss, xc, sc, sç) devem ser separados: Ex.: Bar-ra, ex-ce-to.
As vogais do hiato devem ser separadas. Ex.: Ra-i-nha.
As sílabas devem ser separadas quando houver consoante interna que não for seguida de vogal,
devendo ficar na sílaba anterior. Ex.: Es-tre-la, af-ta, rap-to.
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As sílabas não podem ser separadas nos seguintes casos:
Letras dos dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. NI-NHO, TRA-BA-LHO
Prosódia e Ortoepia
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Parte 1 - Capítulo I
QUESTÕES
1 - (FUMARC - 2011 - Prefeitura de Belo Horizonte - MG - Professor - Língua Portuguesa).
Faça uma correlação entre os termos e os enunciados:
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5 - (CONSULPLAN - 2010 - Prefeitura de Congonhas - MG - Técnico de Laboratório - Informática).
“É uma meta tão valiosa quanto qualquer outra.” As palavras destacadas apresentam, respectivamente:
a) dígrafo / encontro vocálico e tritongo
b) encontro vocálico / dígrafo e encontro vocálico
c) hiato / ditongo e encontro consonantal
d) ditongo / hiato e encontro vocálico
e) hiato / encontro consonantal e hiato
6 - (FUNCAB - 2010 - SEJUS-RO - Analista de Sistemas).
Na formação das palavras relacionadas a seguir, o papel do sufixo em destaque está indicado com evidente
equívoco na alternativa:
a) impunidade - materialidade ( forma substantivos de adjetivos)
b) processual - criminal (forma adjetivos de substantivos)
c) cometimento - recolhimento ( forma substantivos de verbos)
d) estritamente - certamente (forma advérbios de adjetivos)
7 - Prova: FUNRIO - 2010 - SEBRAE-PA - Assistente Administrativo
No termo “necessidade”, destacado do trecho “quando nasce da necessidade de dizer”, temos um dígrafo.
Assinale a opção que apresenta as palavras nela citadas contendo dígrafos.
a) olhos, humana.
b) celebrada, lhe.
c) nasce, palavra.
d) detenha, quem.
e) porque, perdoada.
8 – Prova: VUNESP - 2013 - TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário
Assinale a alternativa contendo palavra do texto que é formada por prefixo.
a) Máquina.
b) Brilhantismo.
c) Hipertexto.
d) Textualidade.
e) Arquivamento.
9 - (FUNRIO - 2010 - SEBRAE-PA - Analista Técnico - Contabilidade).
Lagarto de duas cabeças é encontrado na Austrália, diz o jornal. Bicho tem seis patas e consegue comer
com as duas bocas. O problema é que a cabeça maior tende a atacar a menor. Analisando-se as palavras
PATAS, TENDE e ATACAR e comparando-as com as palavras TAPAS, DENTE e ACATAR, pode-se afirmar que a
realidade fonológica dos dois grupos comprova que, no Português,
a)a posição das consoantes é relevante no aspecto gráfico, mas não no fonético.
b)a posição das consoantes é relevante no aspecto fonético, mas não no gráfico.
c)a inversão das consoantes internas das palavras sempre cria novos vocábulos na língua.
d)a consoante nasal interna é a única que não admite mudança de posição na língua.
e) a inversão das consoantes iniciais de sílaba pode revelar outros vocábulos da língua.
10 - (AOCP - 2010 - Prefeitura de Camaçari - BA - Procurador Municipal).
Assinale a alternativa INCORRETA quanto à divisão silábica.
a) Ex – ces – so
b) Pes – qui – sa – dor
c) Sobre – po – si – ção
d) Cons – ta – ta – ção
e) Con – tra – tar
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Português
11 - (AOCP - 2010 - Prefeitura de Camaçari - BA - Procurador Municipal).
Assinale a única alternativa que apresenta dois encontros consonantais.
a) Professores
b) Problema
c) Trabalho
d) Qualquer
e) Processos
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17 - (PONTUA – 2011 – TER-SC – TÉC. JUDICIÁRIO – ÁRA ADMINISTRATIVA).
Na pronúncia das palavras, às vezes acrescentamos ou suprimimos fonemas. Assinale a alternativa em que
desses processos aconteça:
a) Submissão
b) Absurdo
c) Delito
d) Dignidade
GABARITO
11- B 12 - A 13 - E 14 - E 15 - B 16 - C 17 - C 18 - E 19 - B 20 - E
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Funções Morfossintáticas
Parte 1 – Capítulo II
Morfossintaxe
Sintaxe
O conceito de sintaxe já foi estudado acima, todavia se faz necessário dar ênfase à classificação das frases
quanto aos seus elementos constituintes, podendo ser:
Tipos de Frases
Além das classificações das frases realizadas em decorrência de seus elementos constituintes, as frases
também podem ser classificadas quanto ao seu sentido global em: frases interrogativas, imperativas,
exclamativas e declarativas.
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Português
Oração
É formada normalmente por dois termos (sujeito e predicado). A oração sempre possui verbos, porém,
algumas vezes, não há sujeito.
Ex.: Eu fui aprovada em primeiro lugar no concurso público. (Sujeito: Eu - Predicado: Fui aprovada em
primeiro lugar no concurso público).
Observe que os termos da oração podem ser divididos em: Essenciais, Integrantes e Acessórios.
Sujeito: É o termo sobre o qual se declara algo, podendo ser simples, composto, indeterminado e
inexistente.
Observe com atenção a classificação do sujeito e seus respectivos conceitos, pois é de suma importância tal
conhecimento para realização de concurso público.
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Português
Predicado: É tudo que informa algo sobre o sujeito quando ele existe.
Ex.: Maria passou no concurso público.
Sujeito Predicado
Predicativo do Sujeito: Ocorre quando o termo informa uma qualidade ou estado do sujeito.
Ex.: O Mélvio estava feliz.
V.L P.S
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Objeto Indireto: Complemento verbal introduzido obrigatoriamente por preposição.
Ex.: Tércio gosta de vatapá. Sujeito: (Tércio/Verbo Transitivo Indireto: gosta/Objeto indireto:
de vatapá)
Complemento Nominal: É o termo com preposição que completa o sentido de nomes (substantivo,
adjetivo ou advérbio) .
Ex.: Esta prova foi útil aos alunos. (Adjetivo: útil / complemento nominal: aos alunos).
Agente da Passiva: É o termo preposicionado que pratica a ação na voz passiva.
Ex.: O exame foi realizado por ela. (Sujeito paciente: o exame/ Agente da passiva: por ela).
Adjunto Adnominal: É o termo que possui função de adjetivo, pois modifica o substantivo. Pode ser
exercido por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, numerais, pronomes adjetivos e orações adjetivas.
Ex.: O alegre espetáculo começou tarde.
Adjunto Adverbial: Modifica o sentido do verbo, adjetivo ou de outro advérbio.
Ex.: O tablet é muito legal. (muito é adjunto adverbial de intensidade)
Aposto: É o termo ou expressão que se junta a um substantivo com a finalidade de esclarecer, explicar,
desenvolver ou resumir esse.
Ex.: Tiago de Mello, o maior escritor nortista, nasceu em Manaus.
O terremoto causou muitas mortes, coisa já esperada.
“O ouro, os diamantes e as pérolas, tudo é terra e da terra.”
O mês de dezembro é repleto de comemorações.
Vocativo: Termo ou expressão que possui valor exclamativo utilizado para interpelar ou chamar alguém
ou alguma coisa. Não pertence nem ao predicado, nem ao sujeito, ou seja, é independente da estrutura
sintática da frase.
Note que o vocativo é sempre acompanhado de vírgula, conforme será verificado no exemplo abaixo:
Ex.: Ó irmão, reza por ela!
Pronome Reflexivo
Substantivo
Palavra Se
Conjunção Subordinativa Condicional
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Partícula Expletiva ou de Realce
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Português
Pronome Relativo
Pronome Indefinido
Advérbio de Intensidade
Pronome Interrogativo
Preposição Acidental
Interjeição
Substantivo
Palavra SE
Pronome Apassivador: Ocorre com verbos transitivos diretos ou diretos e indiretos na voz
passiva sintética. É admitida a alteração para voz passiva analítica.
Ex.: Entregou-se o dinheiro ao aluno que obteve melhor comportamento.
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Português
Pronomes Reflexivos: É usado quando o sujeito praticar e sofrer uma ação verbal sobre ele
próprio, ou seja, é utilizado para formar a voz reflexiva. Esse pronome também pode ser:
sujeito de infinitivo, objeto direto, objeto indireto.
Objeto Direto:
Ex.: Mario se arrumou.
Sujeito do Infinitivo:
Ex.: A garota deixou-se
levar pela turbulência.
Objeto Indireto:
Ex.: Maria se atribui pouco valor.
Conjunção Se
Parte integrante do verbo: Quando a palavra SE faz parte dos verbos, ou seja, é quando a
conjugação do verbo é realizada juntamente com o pronome, mas o SE não funciona como seu
complemento.
Ex.: O professor orgulhava-se com a aprovação do aluno.
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Português
Palavra QUE
A palavra que possui vários valores e funções sintáticas, todavia estudaremos algumas delas
abaixo.
Pronome Relativo: Quando a palavra QUE introduz uma oração subordinada adjetiva,
podendo ser substituída por O qual e suas flexões.
Ex.: O macaco que pulou naquela árvore está doente.
Pronome Indefinido: A palavra QUE é utilizada em frases exclamativas, contudo é unida a um
substantivo. Possui função de adjunto adnominal.
Ex. Que roupa vulgar!
Advérbio de Intensidade: É quando modifica um adjetivo nas frases exclamativas. Possui
função de adjunto adverbial de intensidade.
Ex.: Que perto você trabalha.
Pronome Interrogativo: É utilizado na frase para formar perguntas interrogativas diretamente
ou indiretamente.
Ex.: Que queres aqui?
Conjunção: Pode ser subordinativa ou coordenativa. É o conectivo entre as orações de um
período, podendo ser:
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Português
Partícula Expletiva ou de Realce: Ocorre quando o QUE pode ser tirado da frase, entretanto
seu sentido não é alterado.
Ex.: Há dois meses que ele não dorme.
Preposição Acidental: A palavra QUE é equivalente a outra preposição, normalmente pode ser
substituído por DE.
Ex.: Tenho que afagar a onça.
Substantivo: Quando a palavra QUE exercer classe gramatical de substantivo, sendo que na
frase é definida por um termo qualquer.
Ex.: O rapaz tem um quê de prepotência.
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Português
QUESTÕESParte
DE CONCURSOS
1 – Capítulo II
Questões
2 - (Cesgranrio/2010/Administrador – PETROBRAS).
Em “...de que você possa arrepender-se” (título), o pronome destacado é parte integrante do
verbo. Em qual das frases a seguir o “se” também é parte integrante do verbo?
a) Ninguém se queixou de problemas maiores.
b) Encontrou-se um caminho para um futuro ameno.
c) Não sei se um dia seria censurado.
d) Vive-se melhor com a ajuda de um especialista.
e) Viu-se diante de um problema insolúvel.
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Português
TEXTO I
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Português
10 - (COPEVE-UFAL - 2010 - CASAL - Advogado).
Nas orações: I) Todos acharam o espetáculo fabuloso,
II) O Pedro considera a Maria uma ótima professora.
Os termos em negrito exercem a função sintática de:
a) aposto.
b) predicativo do sujeito.
c) objeto cognato.
d) adjunto adverbial.
e) predicativo do objeto.
12 - No trecho: “Quer dizer, estaremos irremediavelmente dominados pela técnica, mas sempre
sobrará A FILOSOFIA.”, que função sintática exerce o termo destacado?
a) Objeto direto
b) Objeto indireto
c) Complemento nominal
d) Predicativo
e) Sujeito
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Português
15 - (TJ-SC - 2011 - TJ-SC - Técnico Judiciário Auxiliar - Secretaria).
Todas as alternativas contêm predicado nominal, EXCETO:
a) Parecia um atleta no pódio.
b) O jornalista tornou-se célebre por sua audácia.
c) Os tempos andam difíceis e soturnos.
d) Não era uma qualquer a moça de São Bernardo.
e) Será inverno agora na Europa?
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Português
18 - (COPEVE-UFAL - 2010 - Prefeitura de Rio Largo - AL - Contador - Tipo 1).
Assinale o período que possui uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
a) “O levantamento, cujo público alvo é de classe média e alta e está concentrado na região
Sudeste do Brasil, foi realizado com 28 mil usuários cadastrados no site.”
b) “O novato Esmir Filho indica que pode vir a ter uma carreira das mais promissoras.”
c) “Quando surgiram, os seriados precisavam ser palatáveis para filhos, pais e avós.”
d) “Nos sites de relacionamento, milhões de pessoas que moram na cidade e nunca encostaram o
pé na terra passam dia e noite plantando, colhendo e até roubando o gado do vizinho.”
e) “Basta instalar um conector externo ou embutido, como as tomadas comuns.”
19 - (COPEVE-UFAL - 2010 - Prefeitura de Rio Largo - AL - Procurador Municipal - Tipo 1).
Qual a função sintática das expressões de grau (linha 2), os meninos (linha 10) e da educação
(linha 14), respectivamente?
a) objeto indireto – sujeito – complemento nominal
b) adjunto adnominal – aposto – complemento nominal
c) objeto indireto – sujeito – adjunto adnominal
d) complemento nominal – aposto – adjunto adnominal
e) complemento nominal – sujeito – complemento nominal
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Português
22 - (IADES - 2010 - CFA - Assistente Administrativo).
O trecho “Galileu havia demonstrado que um mesmo fenômeno físico é visto de distintas
maneiras, dependendo do ponto onde está o observador”. Possui:
a) Oração Principal, Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta, Oração Subordinada Adjetiva
Explicativa.
b) Oração Principal, Oração Subordinada Adverbial Causal, Oração Coordenada Assindética
Explicativa.
c) Oração Principal, Oração Subordinada Substantiva Predicativa, Oração Subordinada Adjetiva
Explicativa.
d) Oração sem sujeito, Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta, Oração Subordinada
Adjetiva Explicativa.
25 – Prova: FCC - 2013 - Sergipe Gás S.A. - Todos os Cargos - Conhecimentos Básicos
... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras ciências ... O verbo que exige o mesmo
tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:
a) ... astros que ficam tão distantes ...
b) ... que a astronomia é uma das ciências ...
c) ... que nos proporcionou um espírito ...
d) ... cuja importância ninguém ignora ...
e) ... onde seu corpo não passa de um ponto obscuro ...
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Português
26 - Prova: MPE-SC - 2013 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Tarde
No período “para provar que cumpriu as normas de segurança” (linha 12) o verbo destacado,
quanto à transitividade, é bitransitivo ou transitivo direto e indireto, por isso exige dois
complementos: um sem preposição e o outro regido por ela.
( ) Certo ( ) Errado
27 - (TJ-SC - 2010 - TJ-SC - Técnico Judiciário - Auxiliar). Há exemplo de oração subordinada em:
a) Empreender significa acreditar na capacidade pessoal de iniciativa e de superação de
obstáculos.
b) A escola introduziu em seu currículo uma série de medidas para o alcance de seus propósitos.
c) Entre os bons momentos da coleção figura uma série de fotografias de Robert Doisneau que
registram o cotidiano das fábricas.
d) Não se importa com o dano, mas exige a ilicitude da conduta.
e) Ele é defensor de posições severas em relação às operadoras de planos e seguros de saúde e
sustenta sua utilização de maneira ampla em ambas as modalidades, individual e coletiva.
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Português
GABARITO
11 – D 12 – E 13 – A 14 – A 15 – E 16 –D 17 – D 18 – B 19 – E 20 – B
21 – E 22 – A 23 – C 24 – C 25 - D 26 – E 27 –D 28 – B 29 – E 30 – E
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Português
Ortografia
Parte 1 - Capítulo III
Primeiramente, vale mencionar que a palavra Ortografia é de origem grega, formada por dois elementos,
quais sejam, orthós (correta) + grafia (escrita). Logo, o objetivo da Ortografia é definir normas para a grafia
correta das palavras.
EMPREGO DO "S"
Palavras terminadas pelos sufixos - ês, - esa, - isa (indicam origem, profissão, título de
nobreza). Ex.: marquês - marquesa.
Após ditongos.
Ex.: causa, Cleusa, coisa.
EMPREGO DO "Z"
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Português
EMPREGO DO "H"
EMPREGO DE "G/J"
EMPREGO DA "Ç"
EMPREGO DE "SC"
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EMPREGO DO "SS"
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Português
X - Palavras como: exalar, exame, exaustão, extenso, paxa, excitante, taxa, xale, xícara,
faixa, engraxar, xeque (incidente no xadrez).
PARÔNIMOS E HOMÔNIMOS
Nos parônimos, os vocábulos são parecidos na grafia e na pronúncia e, por sua vez, diferentes no
significado. Em contrapartida, os homônimos possuem igual grafia e/ou pronúncia. Os homônimos podem
ser: Homônimos perfeitos, Homônimos homófonos e Homônimos homógrafos.
Parônimos Homônimos
Parecidos
na Significados Igual Significados
pronúncia diferentes pronúncia diferentes
e grafia e/ou grafia
Parônimos
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Português
Ex.: serra (instrumento) e serra (montanha).
USO DO PORQUÊ
Porque Utiliza-se PORQUE (junto e sem acento) quando for conjunção e puder ser
substituído por: visto que, uma vez que. Ter-se-á uma ideia de resposta.
Ex.: “Filo, porque o quis”.
Porquê Utiliza-se PORQUÊ (Junto e com acento) quando for substantivo e puder ser
substituído por o motivo, a razão.
Ex.: Não sei o porquê de você estar aqui.
Por que Utiliza-se POR QUE (separado e sem acento) quando houver uma interrogativa
direta; uma interrogativa indireta, e, neste caso, o termo pode ser substituído por por que razão, por que
motivo ou quando o que for pronome relativo e puder ser substituído por qual.
Ex.: Por que ela não vai?
Indaguei por que estava tão triste.
Os problemas por que (pelos quais) passei foram resolvidos.
Por quê Utiliza-se POR QUÊ (separado e com acento) quando estiver no fim de uma oração
interrogativa.
Ex.: Ela não irá à festa por quê?
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Português
Ex.: Mal (logo que) o Fluminense fez o gol, o Botafogo empatou.
Mau (Antônimo de bom) O termo será adjetivo e poderá ser substituído pelo seu antônimo bom.
Ex.: Sérgio é um mau (bom) menino.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos (anti,
super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto,
eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.).
CASOS GERAIS
2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a
outra palavra. Exemplos: micro-ondas, anti-inflacionário, sub-bibliotecário e
inter-regional.
3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que
se inicia a outra palavra. Exemplos: autoescola, antiaéreo, intermunicipal,
supersônico, superinteressante, agroindustrial, aeroespacial e semicírculo
* Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por r ou s, dobram-se essas
letras. Exemplos: minissaia, antirracismo, ultrassom e semirreta.
Casos particulares
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Português
Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r. Exemplos: sub-
região, sub-reitor, sub-regional e sob-roda.
Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m,n e vogal.
Exemplos: circum-murado, circum-navegação e pan-americano.
Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Exemplos:
além-mar, além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor, ex-hospedeiro,
ex-prefeito, ex-presidente, pós-graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu,
recém-casado, recém-nascido, sem-terra e vice-rei.
O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste
último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, dobram-se essas letras.
Exemplos: coobrigação, coedição, coeducar, cofundador, coabitação,
coerdeiro, corréu, corresponsável e cosseno.
Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal, h ou l. Exemplos:
mal-entendido, mal-estar, mal-humorado e mal-limpo.
* Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não houver elemento de ligação. Exemplo: mal-
francês. Se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. Exemplos: mal de lázaro e mal de
sete dias.
Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras
coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos: Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar e O diretor foi receber os ex-alunos.
CASOS ESPECIAIS
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Português
Abaixo / a baixo
Abaixo: Interjeição!
Ex.: Abaixo a ditadura!
Advérbio (Embaixo, em categoria inferior, depois).
Ex.: Abaixo de Deus, as mães.
Acima / A cima
Em graduação superior.
Ex.: Muito acima do tenente.
Afim / A fim de
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Português
A fim de: Com o propósito de, com o objetivo de, com a finalidade de.
Ex.: Trabalhou a fim de ganhar mais.
Afora / A fora
Ao encontro de / De encontro a
De encontro a.
Ex.: Minha moto foi de encontro a um carro.
Aparte / À parte
Substantivo: Interrupção.
Ex.: A professora recebeu um aparte.
À-toa / À toa
À-vontade / À vontade
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39
Português
Ex.: A professora não se agrada com esse à-vontade com que o pai do aluno fala.
Bem-posto: Elegante.
Ex.: O pai da noiva estava extremamente bem-posto.
Boa-vida: Brincalhão.
Ex.: Felipe é um boa-vida.
Abaixo-assinado: Documento.
Ex.: A turma fez um abaixo-assinado contra as aulas de Educação Religiosa.
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40
Português
Com quanto: Com que quantitativo.
Ex.: Com quanto dinheiro Ana saiu?
Dantes / De antes
Debaixo / De baixo
Na dependência, em decadência.
Ex.: Marcos e Elizabeth estavam debaixo e foram rendidos.
Sob.
Ex.: Jaz agora debaixo da terra.
Em situação inferior a.
Ex.: Escondam-se debaixo da marquise.
Contrário a “a cima”.
Ex.: Verificamos de baixo a cima.
Demais / De mais
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41
Português
Desapercebido / Despercebido
Detrás / De trás
De trás: Atrás.
Ex.: Todo esse ruído vem lá de trás.
Devagar / De vagar
De vagar: De descanso.
Ex.: Vou à praia nos momentos de vagar.
Em vez de / Ao invés de
Enfim / Em fim
Em fim: No fim.
Ex.: Camila e Bianca estão em fim de carreira.
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42
Português
Enquanto / Em quanto
Nenhum / Nem um
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43
Português
Ex.: Por quanto venderam o apartamento?
Sem-cerimônia: Descortesia.
Ex.: A sem-cerimônia fez com que a plateia ficasse espantada.
Se não / Senão
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Português
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Português
Parte 1 – Capítulo III
QUESTÕES
1 - (Cesgranrio/2010/Administrador – PETROBRAS).
Qual sequência completa corretamente a frase abaixo?
Para _______ a ______________ de um especialista na área poderá ajudá-lo a superar momentos do
cotidiano, com _______________ dos criados por você mesmo.
a) mim – intercessão – exceção
b) mim – interseção – exceção
c) mim– intersecção – excessão
d) eu – interseção – excessão
e) eu – intercessão – exceção.
2 - (Cesgranrio/2010/Advogado – BR).
Analisando as proposições a seguir, à luz da norma culta da língua portuguesa, aplicada a trechos retirados
do texto, tem-se que:
a) se fosse uma palavra feminina em lugar de “plásticos”, deveria ser usado acento grave, por exemplo,
“dos elementos químicos à bolsas”.
b) o plural de “cidadão” também segue a regra para emprego do plural do termo artesão em “Somos
artesãos”.
c) o termo “meio” em “meio como formigas” indica oralidade e tem o mesmo emprego que “meio” em
“meio ambiente”.
d) se o número “300” estivesse por extenso, seria “trezentas” para concordar com “estrelas” em “300 bi-
lhões de estrelas”.
e) o termo “que” em “imagine que surpresas nos esperam em trilhões de outros mundos” pode ser
substituído por “quantas” sem prejuízo de sentido.
III - Abandonou a pós-graduação porque, tendo de dar aulas à noite e com um emprego de manhã, sentia-
se assoberbado.
IV - Calma... Não há por que se afobar.
a) Estão corretas somente as proposições II e IV.
b) Estão corretas somente as proposições I, II e III.
c) Estão corretas somente as proposições II, III e IV.
d) Estão corretas somente as proposições I, III e IV.
e) Todas as proposições estão corretas.
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Português
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47
Português
e) No pomar atrás da casa havia frutas, entre elas, mangas e cajus. Em mangas de camisa, homens
tentavam salvar o que as águas levavam.
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Português
a) (seção); (a); (sessão); (cessão); (porque); (a fim); (a); (há); (mal); (a).
b) (sessão); (a); (cessão); (seção); (porquê); (a fim); (há); (a); (mal); (à).
c) (seção); (à); (cessão); (sessão); (por quê); (a fim); (há); (a); (mau); (à).
d) (cessão); (a); (seção); (sessão); (por que); (afim); (a); (há); (mau); (a).
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Português
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Português
Acentuação
Atualizada com a Nova Ortografia pelo Decreto nº 6.583/2008
Parte 1 - Capítulo IV
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Primeiramente, faz-se necessário entender a classificação dos vocábulos quanto à tonicidade. Vejamos!
REGRAS DE ACENTUAÇÃO
Acentuam-se os
monossílabos Ex.: pó, pá, pé, mês,
MONOSSÍLABOS tônicos terminados pôs, há.
em a(s), e(s), o(s)
REGRAS BÁSICAS
Acentuam-se os
OXÍTONOS terminados em a(s), Ex.: café, cajá, alguém.
e(s), o(s), em (ens).
Acentuam-se os que
não terminam em Ex.: hífen, biquíni, lápis,
a(s), e(s),o(s), em tórax, éter.
PAROXÍTONOS (ens).
Terminados em Ex.: fáceis, túneis, série,
ditongos. água, pônei.
Vale frisar também que existem outros casos em que se deve ter atenção na acentuação. Confira!
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Português
Não acentuam-se os ditongos abertos éi, ói, nas palavras paroxítonas.
Ex.: ideia, paranoico,assembleia etc.
Obs.: A acentuação das oxítonas ou monossíbalos nesses ditongos permanece inalterada.
Ex.: herói, anéis, sóis.
Acentuam-se com acento agudo a 2ª vogal do hiato, sendo i ou u tônica, seguida ou não de s.
Ex.: gaúcha, saída, país, baús etc.
ACENTO CIRCUNFLEXO
De acordo com a Nova Ortografia, determinada pelo Decreto n°. 6.583/2008, não se usará mais o
acento circunflexo nos casos abaixo. Vejamos!
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Português
ACENTO DIFERENCIAL
1) Nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo dos verbos TER, VIR e seus
derivados.
Ex.: Ele tem muitos amigos/ Eles têm muitos amigos.
Ele vem sempre aos domingos / Eles vêm sempre aos domingos.
Facultativo:
Em fôrma (substantivo) para diferenciá-la de forma (substantivo/verbo)
Vale ressaltar que os acentos diferenciais estudados aqui são aqueles relevantes para os concursos
públicos.
Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles)
arguem, (eu) enxaguo, (tu) enxaguas etc.
TREMA
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Português
Parte 1 – Capítulo IV
QUESTÕES
01 – Prova: CESPE - 2013 - DEPEN - Agente Penitenciário - Conhecimentos Básicos
As palavras “Penitenciário” (L.1), “carcerária” (L.3) e “Judiciário” (L.6) recebem acento gráfico com base na
mesma regra gramatical.
( ) Certo ( ) Errado
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Português
07 - (TJ-SC - 2010 - TJ-SC - Técnico Judiciário - Auxiliar).
Indique a frase que NÃO contém erro de acentuação gráfica:
a) A evidência, suas ações enquanto se encontrava à frente da instituição cairam no vazio.
b) Quando me exercito, tenho a oportunidade de por meus musculos e cerebro em ação.
c) Outro vicio que nos roi é a violência.
d) Você tem de ser flexivel, disse Tom, que viu a saida de um ônibus espacial ser adiada por dez dias antes
de partir em órbita.
e) Se prefere os clássicos, procure a loja suíça, que reúne as maiores coleções de relógios do país.
11 - (Cesgranrio/2010/Advogado – BR/Português).
Em “se sentimos o peso de sermos as únicas criaturas a questionar o porquê das coisas”, encontra-se
acentuado o termo “porquê”. Em qual das seguintes frases o acento está empregado corretamente?
a) Ele não sabe por quê não pergunta.
b) O motivo de quê ele reclama é absurdo.
c) Ele reclama não sei de quê.
d) Seguimos nos perguntando porquê não temos uma resposta definitiva.
e) São grandes as mudanças porquê o mundo vem passando.
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Português
13 - (Cesgranrio/2010/Administrador – PETROBRAS/Português/Acentuação).
O par de palavras que NÃO deve ser acentuado, segundo o registro culto e formal da língua, é:
a) interim – polen.
b) itens – pudico.
c) juizes – prototipo.
d) economico – refem.
e) heroi – biceps.
17 - (Cesgranrio/2010/Administrador – PETROBRAS).
O par de palavras que NÃO deve ser acentuado, segundo o registro culto e formal da língua, é:
a) interim – polen.
b) itens – pudico.
c) juizes – prototipo.
d) economico – refem.
e) heroi – biceps.
18 - Prova: CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação
As palavras “países”, “famílias” e “níveis” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.
( ) Certo ( ) Errado
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Português
20 - Prova: CESPE - 2013 - INPI - Todos os Cargos - Conhecimentos Básicos - Cargo 7 a 24
As palavras “transmissível” e “tecnológico” são acentuadas em decorrência de mesma regra gramatical.
( ) Certo ( ) Errado
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Português
TEXTO III
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Português
GABARITO:
11- C 12 - B 13 - B 14 - D 15 - A
16 - E 17 - B 18 - E 19 - C 20 - E
21 - B 22 - A 23 - B 24 - B 25 - D
26 - E 27 - C 28 - E 29 - E 30 - E
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Português
Parte 2 - Capítulo I
Estrutura e Formação de Palavras
Para que possamos entender o significado de uma palavra, é necessário conhecê-la em suas menores
unidades significativas, também é preciso conhecer a estrutura das palavras. A essas unidades significativas
dá-se o nome de morfemas e ao processo de decomposição das palavras em unidades mínimas denomina-
se análise morfológica.
Iniciaremos o estudo da estrutura das palavras através do Radical.
RADICAL
É caracterizado pela forma mínima da palavra, portanto indivisível em unidades menores. Através do
radical, palavras da mesma família são originadas, possuindo uma base comum de significação.
Ao radical podem se agregar morfemas gramaticais, que podem ser: desinência, afixo ou vogal temática.
Obs.: Quando nos referimos a palavras que apresentam um mesmo radical (raiz), falamos em palavras
cognatas (Ex.: Estrela, estelar, estrelar, estrelado, estrelante, estelante e estrelário).
DESINÊNCIAS
São caracterizadas como elementos colocados no final das palavras para indicar certos aspectos
gramaticais. Elas podem indicar:
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60
Português
VERBAIS
Exemplos:
PRESENTE
Pessoa Singular Plural
1ª -o - mos
2ª -s - is (des)
3ª - -m
PRETÉRITO PERFEITO
Pessoa Singular Plural
1ª -i - mos
2ª - ste -stes
3ª -u - ram
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Português
NOMINAIS
Exemplos:
alun-o aluno-s
alun-a aluna-s
AFIXO
Os afixos são elementos que têm a função de modificar de forma precisa o sentido do radical a que se
agregam. São chamados de prefixos os elementos colocados antes do radical e são chamados de sufixos os
elementos colocados depois do radical.
VOGAL TEMÁTICA
São denominadas de vogais temáticas os elementos que se juntam ao radical possibilitando a ligação entre
este e a desinência. Quando o radical se junta à vogal temática, forma-se o que se chama de tema.
Esses dois elementos servem para favorecer a junção das palavras, tornando a pronúncia delas mais
agradável ou mais fácil.
As vogais de ligação, assim como as consoantes de ligação, fazem a conexão entre o radical e o sufixo,
desinência ou outro radical. Sendo, portanto, despidas de significação.
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Português
FORMAÇÃO DE PALAVRAS
DERIVAÇÃO PREFIXAL
As palavras primitivas agregadas de prefixos formam as palavras derivadas. Os prefixos caracterizam-se por
serem mais independentes que os sufixos, porque geralmente são originados de advérbios ou de
preposições.
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63
Português
Soto- Soto-mestre, sotopor
Posição inferior
Sota- Sota-vento, sota-voga
Sub- Subir, subalterno
Sus- Suspender, suster
Movimento de baixo para cima,
Su- Suceder, supor
inferioridade
Sob- Sobestar, sobpor
So- Soerguer, soterrar
Super- Superpor, superpovoado
Posição em cima, excesso
Sobre- Sobrepor, sobrecarga
Supra- Posição acima, excesso Supradito, suprassumo
Trans- Transpor, transalpino
Movimento para além de
Tras- Trasladar, traspassar
Posição além de
Tres- Tresvariar, tresmalhar
Ultra- Posição além do limite Ultrapassar, ultrassom
Vice- Vice-reitor, vice-cônsul
Substituição, em lugar de
Vis- (vizo-) Visconde, vizo-rei
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Português
Hipó- Posição inferior, escassez Hipodérmico, hipotensão
Metá- (met) Posterioridade, mudança Metacarpo, metátese
DERIVAÇÃO SUFIXAL
As palavras primitivas agregadas de sufixos também formam as palavras derivadas. Os sufixos podem ser:
nominais, verbais e adverbiais.
São denominados de sufixos nominais aqueles que se aglutinam a um radical para dar origem a um
substantivo ou a adjetivo.
Ex.: Bananeira, pontudo.
São denominados de sufixos verbais aqueles que se ligam a um radical, dando origem a um verbo.
Ex.: Amanhecer, festejar, interagir.
É denominado sufixo adverbial aquele que se liga a um radical, dando destaque ao sufixo mente, que é o
utilizado. Esse sufixo é acrescentado à forma feminina de um adjetivo.
Ex.: Uniformemente, lentamente, especialmente.
Cumpre mencionar também a existência dos sufixos aumentativos e sufixos diminutivos. Confira na tabela
abaixo os principais sufixos.
SUFIXOS AUMENTATIVOS
SUFIXO EXEMPLOS
-ão Caldeirão, paredão
-alhão Grandalhão, vagalhão
-(z)arrão Gatarrão, homenzarrão
-eirão Asneirão, toleirão
-aça Barbaça, barcaça
-aço Animalaço, ricaço
-ázio Copázio, gatázio
-uça Dentuça, carduça
-anzil Corpanzil
-aréu Fogaréu, povaréu
-arra Bocarra, naviarra
-orra Beiçorra, cabeçorra
-astro Medicastro, poetasto
-az Lobaz, roaz
-alhaz Facalhaz
-arraz Pratarraz
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Português
SUFIXOS DIMINUTIVOS
SUFIXO EXEMPLO
-inho, -a Toquinho, vozinha
-zinho, -a Cãozinho, ruazinha
-ino, -a Pequenino, cravinha
-im Espadim, fortim
-elho, -a Folhelho, rapazelho
-ejo Animalejo, lugarejo
-ilho, -a Pecadilho, tropilha
-acho, -a Fogacho, riacho
-icho, a Governicho, barbicha
-ucho, -a Papelucho, casucha
-ebre Casebre
-eco, -a Livreco, soneca
-ico, -a Burrico, marica(s)
-ela Ruela, viela
Também chamada de derivação sucessiva, ocorre quando uma palavra possui prefixo e sufixo, sem que um
exija a presença do outro.
Segue a seguinte estrutura: prefixo + radical + sufixo.
Ex.: Infelizmente, deslealdade.
Infeliz, felizmente, desleal, lealdade.
DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA
Nesse processo, a palavra é acrescida de um prefixo e de um sufixo e ocorre quando uma palavra possui
esses dois elementos necessariamente ao mesmo tempo, isto é, um exige a presença do outro.
Ex.: Anoitecer, enlouquecer, amanhecer.
DERIVAÇÃO REGRESSIVA
Nesse caso, a palavra primitiva sofre uma redução. Geralmente, são verbos que dão origem a substantivos
abstratos, havendo, portanto, perda de fonema.
Ex.: Trabalho (trabalhar), castigo (castigar), toque (tocar).
DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA
A palavra primitiva não sofre modificações. Em outras palavras, ela não recebe acréscimos nem reduções.
Ocorre quando a palavra muda de função num determinado contexto, por meio da mudança de sua classe
gramatical. Geralmente, ocorre a mudança de verbos, adjetivos, advérbios e conjunções em substantivos.
Ex.: O jantar, a circular, o não.
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Português
HIBRIDISMO
No hibridismo, as palavras são caracterizadas por sua composição ser feita através da união de elementos
provenientes de línguas de origens diferentes.
Ex.: Televisão – tele (grego) + visão (latim).
Automóvel – auto (grego) + móvel (latim).
Burocracia – buro (francês) + cracia (grego).
Sambódromo – samba (africano) + dromo (grego).
ONOMATOPEIA
Consiste no processo da criação de palavras que procuram reproduzir determinados sons, vozes de animais
ou ruídos.
Ex.: Tique-taque, zunzum, cacarejar, miar.
ABREVIAÇÃO
SIGLA
Consiste num processo de reduzir longos títulos a simples siglas, constituídas das letras iniciais das palavras
que os compõem.
Ex.: MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola.
PFL – Partido da Frente Liberal.
VARIG – Viação Aérea Rio-Grandense.
REDUPLICAÇÃO ou REDOBRO
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Português
Parte 2 – Capítulo I
QUESTÕES
1 - (PONTUA – 2011 – TER-SC – TÉC. JUDICIÁRIO – ÁREA ADM.).
Sobre a formação das palavras do texto são feitas as seguintes afirmações:
I. Vereador é uma palavra derivada por sufixação.
II. A palavra Democrático é composta por dois radicais.
III. Informação contém sufixo que forma substantivos a partir de verbos.
Está(ão) CORRETA(S):
a) Apenas a afirmação I.
b) Apenas a afirmação II.
c) Apenas a afirmação III.
d) Todas as afirmações.
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Português
GABARITO
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Português
Parte 2 - Capítulo II
As Classes de Palavras
Para darmos início a este capítulo, falaremos da importância de analisar as funções
desenvolvidas pelas palavras nas frases, já que elas podem desempenhar diversas funções.
É muito comum utilizarmos uma palavra em sentido mais amplo, figurado, conotativo.
Nesse sentido, vale destacar também que as classes das palavras podem ser agrupadas em
variáveis e invariáveis, de acordo com suas flexões. Como palavras variáveis, destacam-se os
substantivos, os artigos, os adjetivos e certos numerais e pronomes que expressam gênero e
número; já os verbos, também variáveis, através das flexões de tempo, do modo, do aspecto,
do número e da pessoa. Denominadas de invariáveis, temos os advérbios, as preposições, as
conjunções e certos pronomes, classes essas que não permitem acréscimo de desinências
(flexões).
De modo a facilitar o entendimento das classes das palavras, segue um quadro com as
informações essenciais.
SUBSTANTIVO
Nomeia seres, coisas e ideias; o substantivo
Características semânticas e funcionais concreto nomeia seres e coisas; o substantivo
abstrato nomeia ações, estados e qualidades.
Flexões Gênero, número e grau.
Funções substantivas, a saber: núcleo do
sujeito, dos complementos verbais (objetos),
Função sintática do complemento nominal, do agente da
passiva, do predicativo, do aposto e do
vocativo.
ARTIGO
Precede o substantivo, indicando-lhe o
Características semânticas e funcionais gênero e o número; ao mesmo tempo
determina-o ou generaliza-o.
Flexões Gênero, número.
ADJETIVO
Modifica o substantivo, atribuindo-lhe um
Características semânticas e funcionais
estado, qualidade ou modo de ser.
Flexões Gênero, número, grau.
Funções adjetivas, a saber: adjunto
Função sintática
adnominal e predicativo.
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Português
ADVÉRBIO
Modifica o verbo, o adjetivo ou outro
Características semânticas e funcionais advérbio, exprimindo uma circunstância
(tempo, lugar, dúvida, intensidade, etc.).
Flexões Grau (apenas alguns).
Função sintática Função adverbial, a saber: adjunto adverbial.
PRONOME
Substitui ou acompanha o nome, fazendo seu
Características semânticas e funcionais
papel ou modificando-o.
Flexões Gênero, número, pessoa.
Funções substantivas (sujeito, obj.dir. etc.),
Função sintática
adjetivas (adjunto adnominal, predicativo).
NUMERAL
Características semânticas e funcionais Indica a quantidade dos seres.
Flexões Gênero, número, grau (alguns).
Função sintática Funções substantivas e adjetivas.
PREPOSIÇÃO
Liga termos de uma oração, estabelecendo
Características semânticas e funcionais
variadas relações entre eles.
Flexões Invariável.
Função sintática Nenhuma.
CONJUNÇÃO
Características semânticas e funcionais Liga termos de mesma função e orações.
Flexões Invariável.
Função sintática Nenhuma.
INTERJEIÇÃO
Características semânticas e funcionais Exprime emoções ou sentimentos.
Flexões Invariável.
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Português
VERBO
Indica uma ação, estado ou fenômeno da
natureza, ou seja, um processo, localizando-o
Características semânticas e funcionais
em função do tempo. (Apresenta sempre um
aspecto dinâmico)
Flexões Modo, tempo, número e pessoa.
Núcleo do predicado verbal ou verbo-
Função sintática
nominal.
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Português
Parte 2 – Capítulo II
QUESTÕES
1 Prova: VUNESP - 2013 - PC-SP - Agente de Polícia
Assinale a alternativa em que o termo em destaque expressa circunstância de posse.
a) Era razoável, e diante da testemunha abri a bolsa, não sem experimentar a sensação de
violar uma intimidade.
b) Hesitei: constrangia-me abrir a bolsa de uma desconhecida ausente; nada haveria nela que
me dissesse respeito.
c) Por isso, grande foi a minha emoção ao deparar, no assento do ônibus, com uma bolsa
preta de senhora.
d) Mas eu não estava preparado para achar uma bolsa, e comuniquei a descoberta ao
passageiro mais próximo.
e) ... e sei de um polonês que achou um piano na praia do Leblon.
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Português
Na linha 3, a correção gramatical do texto seria mantida caso a expressão “os quais” fosse
substituída por que ou fosse suprimida, desde que, nesse último caso, fosse suprimida
também a forma verbal “são”.
( ) Certo ( ) Errado
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Português
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75
Português
Em “Ele citou como exemplo o crime de injúria por questão de raça, que é punido com até três
anos de prisão, enquanto a lesão corporal tem uma pena menor” (linhas 13 e 14) o vocábulo
até é uma preposição e o vocábulo enquanto é uma advérbio temporal.
( ) Certo ( ) Errado
a) somente I
b) somente II
c) I e II
d) nenhuma
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Português
a) "Estenderam-se na praia para descansar"
b) "Ficamos meio cegos, incapazes de perceber seja o que for acima da mediocridade"
c) "Então eles, os heróis, chegaram a uma ilha deserta chamada Tinis, ao alvorecer"
d) "Em terra de gente que lê sem ler..."
25 - Quando rege infinitivo, a preposição não deve se contrair com artigos, o que se justifica
em “e nada de a prefeitura responder”
( ) Certo ( ) Errado
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Português
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Português
GABARITO
1–B 11 – D 21 – C
2–D 12 – E
3–C 13 – A
4–C 14 – C
15 – E 25 – C
6–D 16 – E 26 – C
7–E 17 – A 27 – A
8–C 18 – C 28 – C
9–B 19 – E 29 – C
20 – C 30 – C
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Português
Parte 2 - Capítulo III
Verbos
Regular - O radical fica inalterado. As desinências seguem um paradigma. (cantar, beber, partir)
Exemplo: Eu canto - Presente do Indicativo - Eu cantarei - Futuro do Presente - Que eu cante - presente
do subjuntivo.
Anômalo -Apresenta mais de dois radicais. (Ser e ir). Exemplo: Vou - Presente do indicativo - Ia -
Pretérito imperfeito - Fui - pretérito perfeito
Defectivo - Não se conjuga em todas as formas. (precaver-se, reaver, abolir, demolir, falir, colorir, etc.)
Exemplo: Tu colores - Ele colore - Nós colorimos - Vós coloris - Eles colorem
Abundante: Apresenta duas ou mais formas equivalentes. Exemplo: Anexar - Infinitivo - Anexado -
Partícipio regular - Anexo - Partícipio irregular
Conjugação é o conjunto das flexões de modo, tempo, pessoa, número e voz de um verbo,
seguindo uma ordem determinada. Modos são as formas que o verbo toma para indicar a atitude
da pessoa que fala em relação ao fato que enuncia. Há três modos: o indicativo, o subjuntivo e o
imperativo.
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Português
Indicativo
Pretérito Presente
Subjuntivo
Simples: Composto:
Que eu fale Quando eu Quando eu
falar. tiver (houver)
falado.
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Português
Imperativo
Afirmativo Negativo
Presente do Subjuntivo
Presente do Indicativo (1º conjugação- ar/ 2º conjugação -er/
(Radical da 1º pessoa) 3º conjugação - ir)
Cantar - canto Que eu caiba/que tu caibas/que ele
Caber - caibo caiba/que nós caibamos/que vós
caibais/que eles caibam.
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Português
Todos os verbos
terminados em EAR
são irregulares
Os verbos
terminados em IAR Todos os verbos
são regulares terminados em EAR e os
exceto: MEDIAR, cinco verbos irregulares
ANSIAR, REMEDIAR, terminados em IAR
INTERMEDIAR, apresentam uma
INCENDIAR E ODIAR. ditongação (EI) nas
formas risotônicas (1º,
2º, 3º pessoa do singular
e 3º pessoa do plural nos
tempos do PRESENTE).
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83
Português
Tempos Compostos
Formam-se com os auxiliares TER ou HAVER acompanhados do verbo principal particípio passado.
Mais-que-perfeito: Auxiliar no
Tinha estudado
imperfeito.
Indicativo
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84
Português
Gerúndio: É a forma verbal conhecida como forma nominal do verbo, juntamente com o infinitivo e
o particípio.
Modo indicativo: Indica que o falante assume uma atitude de certeza em relação ao fato expresso
pelo verbo.
Mais-que-perfeito: Auxiliar no
Tivesse estudado
imperfeito.
Chamam-se formas nominais, porque ao lado do seu valor verbal exercem função própria do substantivo,
do adjetivo e, até mesmo, do advérbio.
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85
Português
Infinitivo:
Impessoal: Exprime a ação de uma maneira vaga. É o
nome do verbo.
Pessoal: É o infinitivo ligado às pessoas do discurso.
Verbos (Semântica)
Modo subjuntivo: Expressa um fato incerto, duvidoso ou até irreal. Suas principais subdivisões são:
Futuro
Presente Pretérito Imperfeito
Pode indicar semanticamente
presente ou futuro: Indica uma ação eventual (que
Expressa uma ação posterior a pode ocorrer ou não) em um
outro fato na oração principal. momento futuro.
Ex.: Espero que eles estejam Ex.: Duvidei que ela viesse aqui. Ex.: Quando ele vier à praia,
bem. (Presente)
Gostaria que você trouxesse a entrará na água.
Espero que chova. (futuro) bolsa.
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Português
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87
Português
Regular:
•É o verbo cujo radical não sofre alteração fonética durante a conjugação. Também
as desinências ficam inalteradas. Ex.: amar, amo, amava, amará.
Irregular:
•É o verbo que sofre alterações no radical ou desinências ao ser conjugado.
Ex.: fazer, faço, fez, fiz.
Defectivo:
•É o verbo que não se conjuga em todas as pessoas, tempos ou modos.
Os mais importantes são:
• Abolir, colorir, banir, ruir, extorquir, feder: não possuem a 1ª pessoa
do singular (eu) do presente do indicativo e não se conjugam no
presente do subjuntivo; nos outros tempos são completos.
• Reaver, precaver-se, falir, remir, adequar: no presente do indicativo,
só se conjugam na 1ª e 2ª pessoas do plural (nós e vós) e não se
conjugam no presente do subjuntivo; nos outros tempos, são
completos.
• Doer, acontecer, ocorrer: conjugam-se em todos os tempos, mas
somente nas terceiras pessoas (ele e eles).
Abundante:
É o verbo que possui duas ou mais formas equivalentes, geralmente
no particípio. Ex. enxugado ou enxuto; matado ou morto; anexado ou
anexo; benzido ou bento.
Anômalo:
É o verbo formado por mais de um radical. Só existem dois verbos
anômalos: ser e ir.
Auxiliar:
É o primeiro verbo de uma locução verbal, aquele que se flexiona. Ex.: Estava
lendo.
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Português
Rizotônica: Quando a vogal tônica recai no radical. Ex.: ando, luto, faço.
Arrizotônica: Quando a vogal tônica está fora do radical. Ex.: esperamos, queriam, voltarei.
Tempos compostos: Formam-se com os auxiliares TER ou HAVER acompanhados do verbo principal no
particípio passado.
Indicativo: Subjuntivo:
Verbos terminados em EAR: recebem um i nas formas rizotônicas (o acento tônico recai no radical), no
presente do indicativo e no presente do subjuntivo.
Pentear:
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Português
Há, porém, cinco verbos terminados em IAR que recebem um e nas formas rizotônicas no presente do
indicativo e no presente do subjuntivo.
Maquiar
Mediar/ Ansiar / Remediar/ Incendiar / Odiar (Perceba que as iniciais formam a palavra MARIO)
Pres. Indic.: odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam.
Pres. Subj.: odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem.
VERBOS CUJAS CONJUGAÇÕES DEVEM SER CONHECIDAS: (ter, reter, conter obter, reter, entreter).
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Português
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Português
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Português
Parte 2 - Capítulo III
Questões de Concursos
1 - Prova: CESPE - 2013 - DEPEN - Agente Penitenciário - Conhecimentos Básicos
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Português
5 – Prova: FUNRIO - 2013 - MPOG - Analista de Tecnologia da Informação
Observando-se os morfemas que estruturam as formas verbais CONSEGUIU e CONSEGUIRAM, pode-se
afirmar que
a) ambas estão no pretérito mais-que-perfeito e têm vogal temática I.
b) ambas estão no pretérito perfeito e têm o radical CONSEG.
c) ambas estão no pretérito perfeito e têm vogal temática I.
d) apenas a primeira está no pretérito perfeito, mas ambas têm o radical CONSEG.
e) apenas a segunda está no pretérito mais-que-perfeito, mas ambas têm o radical CONSEG.
8 - (Cesgranrio/2010/Administrador – PETROBRAS).
Os verbos destacados NÃO podem ser considerados uma locução verbal em:
a) “...de que você possa arrepender-se”
b) “Como podemos superar esses momentos?”
c) “Perguntas a que também quero responder,”
d) “posso afirmar que o mundo não acaba amanhã...”
e) “não deixe entrar aquilo...”
9 - (Cesgranrio/2010/Escriturário – BB).
A única forma verbal que pode ser substituída adequadamente pela forma à sua direita é:
a) “...vinha temendo.” – temeria
b) “...estaria mais entre nós...” – estava
c) “...estivessem empoeiradas.”– estiverem
d) “...tive de esfregar...”– tinha de esfregar
e) “...tinha inequivocamente se mudado...”– se mudara
10 - (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário - Área Judiciária)
Paulo Honório (querer) contar a própria vida, mas, julgando que não o (conseguir), (pedir) ao jornalista
Gondim que o (fazer).Os verbos indicados entre parênteses estarão adequadamente correlacionados na
frase acima caso se flexionem nas seguintes formas:
a) quisera - conseguirá - pedisse - faria
b) queria - conseguiria - pediu - fizesse
c) queria - conseguisse - pedia - faça
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Português
d) quis - consegue - pede - fizesse
e) quis - conseguiu - pediu - faça
11 - (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa).
A expectativa é de que o Brasil tenha de arcar com 40% desse aumento.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está também grifado
na frase:
a) Embora domine as técnicas mais modernas, na média, a produtividade da agropecuária brasileira ainda
está distante de alcançar seu pleno potencial.
b) Grosso modo, as pastagens brasileiras possuem uma unidade animal por hectare.
c) Para isso, terá dois caminhos ...
d) ... esse investimento muitas vezes não se justifica do ponto de vista estritamente econômico.
e) "Além disso, o Brasil ainda pode aumentar muito a produtividade de grãos, como o milho, o trigo e o
feijão", afirma.
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Português
17 – (FCC - 2011 - INFRAERO - Analista de Sistemas - Desenvolvimento e Manutenção).
... os princípios clássicos que proclamava ...
O verbo que se encontra flexionado nos mesmos tempo e modo que o da frase acima está em:
a) Não há pintor tão enigmático ...
b) ... foi essencial para artistas ...
c) Defendia valores eternos ...
d) ... pelo menos passar a mão sobre ...
e) Quando houve, em 1911 ...
22 – Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação
Se o mundo desaba , o caos impera .
Mantém - se correta correlação entre os tempos verbais da frase acima substituindo - se os verbos grifados,
respectivamente, por:
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Português
a) desabasse - imperaria
b) desabe - imperava
c) desaba - imperara
d) desabar - imperaria
e) desabava - imperara
25 –( FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Área Administrativa).
O verbo corretamente empregado e flexionado está grifado em:
a) É de se imaginar que, se os viajantes setecentistas antevessem as dificuldades que iriam deparar, muitos
deles desistiriam da aventura antes mesmo de embarcar.
b) O que quer que os compelisse, cabe admirar a coragem desses homens que partiam para o
desconhecido sem saber o que os aguardava a cada volta do rio.
c) Caso não se surtisse com os mantimentos necessários para o longo percurso, o viajante corria o risco de
literalmente morrer de fome antes de chegar ao destino.
d) Se não maldiziam os santos, é bastante provável que muitos dos viajantes maldizessem ao menos o
destino diante das terríveis tribulações que deviam enfrentar.
e) Na história da humanidade, desbravadores foram não raro aqueles que sobreporam o desejo de
enriquecer à relativa segurança de uma vida sedentária.
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Português
27 – (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - Medicina do Trabalho).
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher
adequadamente a lacuna da frase:
a) Os ovos de que se ...... (compor) a omelete ilustram o caso em que a violência de um ato se justifica pela
causa a que serve.
b) A todos os meios extremos ...... (costumar) corresponder, segundo os radicais, uma justificativa
aceitável.
b) A todos os meios extremos ...... (costumar) corresponder, segundo os radicais, uma justificativa
aceitável.
c) Mesmo aos maiores sádicos ...... (poder) ocorrer uma certa direção de argumentos para justificar seus
horrores.
d) Agrada aos extremistas propagar que, a menos que se ...... (quebrar) ovos, nunca se fará uma omelete.
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Português
GABARITO
1- E 2- A 3- B 5- C 6- C 7- E 8- C 9- C 10- B
21- A 22- A 23- D 24- C 25- B 26- E 27- D 28- C 29- C 30- E
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99
Português
Parte 2 – Capítulo IV
Substantivo
DEFINIÇÃO: É a palavra que nomeia os seres em geral (pessoas, lugares, entidades, animais e coisas) e
também pode nomear ações, estados e qualidades, que são tomados como seres.
Homem
Paris
João
Raiva
Concretos
Abstratos
Os substantivos
Próprios
classificam-se em:
Comuns
Coletivos
Importante ressaltar que os substantivos podem ser classificados quanto à sua designação genérica ou
específica (comum/próprio) e quanto à sua existência (concreto/abstrato).
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100
Português
Veremos mais detalhadamente as classificações dos substantivos abaixo:
Quanto à designação
Quanto à existência
genérica ou específica
É necessário ressaltar que os substantivos ainda possuem outras classificações, que estudaremos abaixo:
Substantivo coletivo:
Designa um conjunto de seres da Substantvo simples:
mesma espécie, mesmo que esteja Possui um só radical.
no singular.
Ex.: porta, tempo, etc.
Ex.: Alcateia (agrupamento de
lobos), código, etc.
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101
Português
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
FLEXÃO DE GÊNERO
O gênero indica, na maioria das vezes, o sexo dos seres. Sendo assim, os substantivos podem ser
classificados em masculinos e femininos, quanto ao gênero.
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102
Português
COMUM-DE-DOIS-GÊNEROS
Mantêm a mesma forma para designar os
indivíduos dos dois sexos.
Ex.: o estudante - a estudante.
SOBRECOMUM
São os substantivos que têm uma só forma e
Substantivos uniformes: um só artigo para ambos os gêneros
Ex.: a criança, a testemunha, etc.
EPICENO
Designa apenas uma forma para o masculino
e para o feminino de certos animais.
Ex.: onça, barata, macho / fêmea, etc.
FLEXÃO DE NÚMERO
O substantivo pode apresentar-se no singular (indica um só ser ou grupo de seres) ou no plural (indica mais
de um ser ou grupo de seres).
A regra geral é que o plural é formado pelo acréscimo da letra “s” à forma singular.
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Português
REGRAS DO PLURAL DO SUBSTANTIVO
SUBSTANTIVOS TERMINADOS
EM VOGAL E DITONGO
Acrescenta "s" leis, troféus, etc.
TERMINADOS EM - M
Muda para - NS homens
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104
Português
Nesse contexto, é importante mencionar um pouco sobre a prosódia. Esta é a parte da gramática que
estuda a correta pronúncia das palavras quanto à sua acentuação tônica. Desta forma, não se pode olvidar
que existem palavras de dupla prosódia, tais como:
Ex.: reptil - reptis; réptil - répteis.
É necessário diferenciar o plural dos substantivos compostos, que são unidos por hífen daqueles que fazem
o plural como um substantivo simples.
Os radicais unidos por hífen do substantivo composto podem ocorrer nos seguintes casos:
Quando os elementos são ligados por preposição, somente irá para o plural o primeiro elemento.
Ex.: pé de moleque, pés de moleque.
Quando houver dois elementos variáveis (adjetivos, substantivos e numerais), os dois elementos
serão alterados para o plural.
Varia apenas o segundo elemento quando o primeiro elemento é palavra invariável ou verbo e o
segundo é adjetivo ou substantivo.
A palavra metafonia significa mudança de som, o que ocorre com os substantivos que, no singular, a vogal
tônica é fechada. E, quando passada para a plural, o som se transforma em vogal tônica aberta.
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Português
GRAU DO SUBSTANTIVO
É a possibilidade de indicar uma ideia de diminuição ou aumento de tamanho do ser que nomeia.
FORMAÇÃO DO GRAU DO SUBSTANTIVO
O substantivo pode estar nos graus diminuitivo, aumentativo e normal, sendo que podemos utilizar dois
processos para formar o grau do substantivo, conforme será estudado abaixo:
Sintético Analítico
Note que costumamos usar os substantivos no aumentativo sintético ou no diminuitivo sintético para
expressar afeto, carinho e menosprezo, e não para indicar tamanho do ser.
EMPREGO DO SUBSTANTIVO
O substantivo também pode figurar na oração como núcleo do sujeito, objeto direto, objeto indireto,
adjunto adverbial, complemento nominal, agente da passiva, aposto, vocativo, predicativo do sujeito, etc.
Todavia, tal estudo será realizado em capítulo próprio.
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106
Português
Parte 2– Capítulo IV
Questões de Concursos
1 - (FGV - 2008 - SENADO FEDERAL - ANALISTA LEGISLATIVO - PROCESSO LEGISLATIVO).
Observe a expressão democracia sem adjetivos (L.14). Entendendo a palavra adjetivos como “predicado”
(em sua acepção semântica), é correto afirmar que a expressão sem adjetivos poderia ser substituída por:
a) Primária
b) Predicativa
c) Substantiva
d) Tautológica
e) Estóica
3 - Assinale o par de vocábulos que fazem o plural da mesma forma que “balão” e “caneta-tinteiro”:
a) vulcão, abaixo-assinado;
b) irmão, salário-família;
c) questão, manga-rosa;
d) bênção, papel-moeda;
e) razão, guarda-chuva.
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Português
7 - Sabendo-se que há substantivos que no masculino têm um significado; e no feminino têm outro,
diferente. Marque a alternativa em que há um substantivo que não corresponde ao seu significado:
a) O capital = dinheiro; A capital = cidade principal;
b) O grama = unidade de medida; A grama = vegetação rasteira;
c) O rádio = aparelho transmissor; A rádio = estação geradora;
d) O cabeça = o chefe; A cabeça = parte do corpo;
e) A cura = o médico. O cura = ato de curar.
10 - Dados os substantivos “caroço”, “imposto”, “coco” e “ovo”, conclui-se que, indo para o plural a vogal
tônica soará aberta em:
a) apenas na palavra nº 1;
b) apenas na palavra nº 2;
c) apenas na palavra nº 3;
d) em todas as palavras;
e) N.D.A.
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Português
d) telefonema, eclipse, afã;
e) trama, elipse, omoplata.
18 - Sem provocar erro gramatical, a forma verbal “aumentaria” (l.6) poderia ser flexionada no plural,
passando a concordar com o antecedente “serviços” (l.5).
( ) Certo ( ) Errado
20 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Área Judiciária
Sem prejuízo do sentido original e sem que se faça qualquer outra alteração na frase, o verbo flexionado no
singular que também estaria corretamente flexionado no plural se encontra em:
a) ... grande parte dos imigrantes do Estado mais populoso dos EUA hoje vem da Ásia.
b) ... existe uma história de conflitos sobre regulamentos escritos apenas em inglês.
c) .. uma mudança drástica nas tendências migratórias da Califórnia, na última década, que pode ser vista
em toda a área...
d) Mas o crescimento não ocorreu sem certas reações.
e) ... aproximadamente dois terços da população do subúrbio de San Marino, em Los Angeles, era branca.
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Português
GABARITO
1–C 6–C 11 – E
2–D 7–E 12 – B 17 – E
3–C 8–D 13 – D 18 – E
4–E 9–C 14 – B
5–D 10 – E 15 – A 20 – A
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Português
Parte 2 - Capítulo V
Artigo
O Artigo é a palavra que precede o substantivo, indicando-lhe o gênero e o número; ao mesmo tempo,
determina ou generaliza o substantivo.
Exemplos:
Cabe lembrar que poderemos encontrar 02 (dois) tipos de artigo, quais sejam: artigo definido e artigo
indefinido. O primeiro indica um substantivo específico, determinado. O segundo, por sua vez, vai indicar
um ser qualquer dentre diversos do mesmo grupo/espécie.
O UM
ARTIGO A ARTIGO UMA
DEFINIDO OS INDEFINIDO UNS
AS UMAS
Uma aluna me
A aluna me questionou.
questionou.
VARIAÇÕES: VARIAÇÕES:
Uma aluna me
A aluna me questionou.
questionou.
Um aluno me
O aluno me questionou.
questionou.
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Português
Nos exemplos acima, pode-se verificar que, quando se menciona “O ALUNO”, está implícita a ideia de que o
receptor da mensagem sabe quem é o aluno. Em contrapartida, em “UM ALUNO”, está claro que não se
especifica o aluno, podendo ser qualquer aluno; um aluno indeterminado.
*Semanticamente:
DETERMINADO
(DEFINIDO)
*Sintaticamente:
*Morfologicamente:
ADJUNTO
ARTIGO
ADNOMINAL
O aluno é
estudioso.
Sintaxe:
Semântica:
Morfologia: Estudo da função
Estudo do
que a palavra
Constitui a sentido, do valor
desempenha na
classe gramatical que a palavra
frase, nos
na frase. desempenha no
termos da
texto.
própria frase.
Por fim, verificamos que o artigo é uma palavra pequena, de aparência meio insignificante. Contudo, traz
em seu bojo um grande valor expressivo.
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Português
Parte 2 – Capítulo V
Questões de Concursos
1 - (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário - Letras - Específicos).
De acordo com MacIntyre (1983), os seres humanos
têm uma necessidade de autoconhecimento, que inclui as
possibilidades de relacionamento com outros seres humanos.
4 O estudo das formas conviviais é objeto da reflexão de homens
comuns e o objeto da teoria política. Como afirma MacIntyre,
o objetivo da teorização política é possibilitar aos seres
7 humanos o acesso a instrumentos que satisfaçam sua
necessidade de localizar a si mesmos no mundo, fazer sua
própria mensuração do mundo e conectar a sua moralidade à
10 natureza das coisas. A indispensabilidade da teoria política
viria dessa necessidade de autoconhecimento dos indivíduos.
É a observação que permite identificar novos temas, e estes têm
13 dado origem à teorização. Chegamos a um ponto em que a
evolução tecnológica torna mais complexa a organização social
do trabalho, e os indivíduos têm, cada vez mais, identidades
16 fragmentadas e uma dependência orgânica uns dos outros. De
acordo com essa nova formatação social, expande-se uma
lógica pluralista e multiplicam-se os interesses, os grupos de
19 pressão e a natureza das reivindicações ao Estado. Diversos
movimentos sociais impõem novos desafios ao fazer político.
Especialmente movimentos supranacionais, como o movimento
22 feminista e o movimento ambientalista, desencadeiam
processos de reterritorialização da política, mostrando novas
possibilidades vinculatórias, e alteram o coletivo significante
25 para determinado tipo de institucionalização.
Alvino Rodrigues de Carvalho. Movimentos culturais e justiça social: um estudo da cultura hip-hop mineira.
Internet: <www.bibliotecadigital.ufmg.br> (com adaptações).
Julgue o item que se segue referente à organização das ideias e às estruturas linguísticas do texto acima.
Como a expressão “seres humanos” (L.1) está determinada pelo artigo definido, a omissão do artigo
indefinido em “uma necessidade” (L.2) provocaria incoerência na argumentatividade e prejudicaria a
correção gramatical do texto.
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Português
b) a forma verbal “corresponde” exige complemento regido da preposição a, e a expressão que a
complementa é precedida do artigo definido a.
c) a expressão “transformação histórica” deve ser imediatamente precedida da preposição a.
d) a forma verbal “transcorrer” exige complemento regido da preposição a.
e) a forma verbal “transcorrer” (L.1) foi transformada em substantivo pela anteposição do artigo “O”.
4 - (CESPE - 2010 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia -
Objetiva).
A Convenção para a Proteção e a Promoção da
Diversidade das Expressões Culturais lida com campos
temáticos específicos mencionados na Declaração Universal da
4 UNESCO para a Diversidade Cultural. São documentos cuja
existência aponta para a necessidade de se reconhecer que os
bens e os serviços culturais comunicam identidades, valores e
7 significados e, por isso, não podem ser considerados meras
mercadorias ou bens de consumo quaisquer. Por sua vez,
também os Estados precisam tomar todas as medidas
10 apropriadas para proteger e promover a diversidade das
expressões culturais, garantindo o livre fluxo de ideias e obras.
Finalmente, é necessário redefinir a noção de cooperação
13 internacional, elemento central da Convenção, na medida em
que cada forma de criação traz em si as sementes de um
diálogo contínuo.
16 A Convenção lida com muitas formas de expressão
cultural que resultam da criatividade de indivíduos, grupos e
sociedades, enquanto comunicam conteúdos culturais com
19 sentido simbólico, bem como valores artísticos e culturais que
se originam de identidades culturais ou as expressam. As
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Português
expressões culturais — qualquer que seja o meio ou a
22 tecnologia usada — são transmitidas pelas atividades, pelos
bens e pelos serviços culturais, que, conforme reconhecido pela
Convenção, têm uma natureza dupla (econômica e cultural).
25 Por esse motivo, tais bens e serviços não podem ser tratados
como objetos de negociações comerciais.
Ao enfocar a proteção e a promoção da diversidade
28 das expressões culturais, a Convenção reconhece que, em um
mundo cada vez mais interconectado, cada indivíduo tem
direito a acessar, livre e imediatamente, uma rica diversidade
31 de expressões culturais, tanto as do seu país quanto as de
outros. Entretanto, esse potencial ainda não se materializou
totalmente no atual contexto global.
Revista Ciência e Cultura. Ano 57, nº 2, abr-maio-jun/2005 (com adaptações).
Com base na organização das ideias e nos aspectos gramaticais do texto acima, julgue o item que se segue.
Na linha 11, a ausência de sinal indicativo de crase no segmento "a classes" indica que foi empregada
apenas a preposição a, exigida pelo verbo dar, sem haver emprego do artigo feminino.
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Português
6 – (CESPE - 2010 - PGM-RR - Procurador Municipal).
Há duas maneiras de olhar para o desenvolvimento no
mundo contemporâneo. Uma, profundamente influenciada pelo
crescimento da economia e pelos valores que lhe estão
4 subjacentes, refere-se ao desenvolvimento essencialmente
como uma expansão rápida e sustentada do produto nacional
bruto per capita, talvez qualificada por uma exigência de que
7 os frutos dessa expansão alcancem todas as camadas da
comunidade. Uma segunda visão, que contrasta com a anterior,
vê o desenvolvimento como um processo que aumenta a
10 liberdade dos envolvidos para perseguir quaisquer objetivos
que valorizem. Em consonância com essa visão
do desenvolvimento, a expansão da capacidade humana
13 pode ser descrita como a característica central do
desenvolvimento. O conceito de “capacidade” de uma pessoa
pode ser encontrado em Aristóteles, para quem a vida de um
16 indivíduo pode ser vista como uma sequência de coisas que
ele faz e que constituem uma sucessão de funcionamentos.
A capacidade refere-se às combinações alternativas de
19 funcionamentos a partir das quais uma pessoa pode escolher.
Assim, a noção de capacidade é essencialmente um regime de
liberdade — o leque de opções que uma pessoa tem para
22 decidir que tipo de vida levar. A pobreza, nessa visão, não
reside apenas no estado de empobrecimento em que uma
pessoa pode realmente viver, mas também na falta de
25 oportunidade real — imposta por constrangimentos sociais,
bem como circunstâncias pessoais — para escolher outros tipos
de vida.
Amartya Sem. Desenvolvimento com opulência, ou com liberdade efetiva. In: Planeta, maio/2010, p. 75
(com adaptações).
7 – (CESPE - 2010 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Tecnologia da Informação - Parte I).
Nas sociedades modernas, somos diariamente
confrontados com uma grande massa de informações. As novas
questões e os eventos que surgem no horizonte social
4 frequentemente exigem, por nos afetarem de alguma maneira,
que busquemos compreendê-los, aproximando-os daquilo que
já conhecemos. Estas interações sociais vão criando “universos
7 consensuais” no âmbito dos quais as novas representações vão
sendo produzidas e comunicadas, passando a fazer parte desse
universo não mais como simples opiniões, mas como
10 verdadeiras “teorias” do senso comum, construções
esquemáticas que visam dar conta da complexidade do objeto,
facilitar a comunicação e orientar condutas. Essas teorias
13 ajudam a forjar a identidade grupal e o sentimento de
pertencimento do indivíduo ao grupo.
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Português
Essa análise permite, ainda, abordar um outro ponto:
16 a caracterização dos grupos em função de sua representação
social. Isto quer dizer que é possível definir os contornos de
um grupo, ou, ainda, distinguir um grupo de outro pelo estudo
19 das representações partilhadas por seus membros sobre um
dado objeto social. Graças a essa reciprocidade entre uma
coletividade e sua teoria, esta é um atributo fundamental na
22 definição de um grupo.
Alda Judith Alves-Mazzotti. Representações sociais: aspectos teóricos e aplicações à educação. In: Revista
Múltiplas Leituras, v. 1, nº 1, 2008, p. 18-43. Internet: <www.metodista.br> (com adaptações).
A respeito da organização dos sentidos e das estruturas linguísticas do texto apresentado, julgue o item
que se segue.
Na linha 20, já que a estrutura sintática exige a preposição a, a ausência de sinal indicativo da crase em "a
essa reciprocidade" mostra que, por causa da presença do pronome demonstrativo "essa", o artigo não é aí
usado.
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Português
pode reduzir aquecimento global, diz estudo”.
34 O relatório da Fundação Nova Economia explica que,
segundo a NASA, a agência espacial norte-americana, a
concentração máxima de gás carbônico na atmosfera para
37 manter o aquecimento global dentro dos 2 ºC deveria ser de
350 ppm (partículas por milhão). E, para atingir essa meta até
2050, a humanidade teria de reduzir a intensidade das emissões
40 de gás carbônico relacionadas às atividades econômicas em
95%.
Então, o estudo classifica essa drástica redução na
43 intensidade das emissões de gás carbônico relacionadas às
atividades econômicas de “sem precedente e, provavelmente,
impossível”, reforçando a defesa da estagnação econômica.
46 Porém, esse é um grande equívoco. Uma análise desse tipo
está claramente baseada em uma visão ultrapassada de
desenvolvimento. As demandas provenientes das mudanças
49 climáticas nos obrigam a repensar e recriar nossos modelos,
com inovação e visão de futuro. É isso que estão fazendo (ou
deveriam estar fazendo) os líderes mundiais.
52 É possível e imprescindível criar uma nova economia,
com base em novos modelos, que incluam de fato os aspectos
sociais e ambientais.
Ricardo Young. Mudanças no consumo. In: Carta Capital, 26/2/2010. Internet: <www.cartacapital.com.br>
(com adaptações).
118
Português
e) se somente os itens I e III estiverem corretos.
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119
Português
b) “Uma padaria do bairro foi interditada pela vigilância sanitária”– nesta sentença pressupõe-se que o
bairro tem apenas uma padaria e, por isso, qualquer habitante da vizinhança já sabe a que padaria o
interlocutor está se referindo.
c) “A padaria do bairro foi interditada pela vigilância sanitária”– nesta sentença pressupõe-se que o bairro
tem mais de uma padaria, e por isso mesmo o interlocutor pode não saber de que padaria se trata.
d) “O livro é uma fonte de saber” – nesta sentença pressupõe-se que o substantivo ”livro” é determinado e
já conhecido pelo interlocutor, não podendo se definir como qualquer obra do gênero, mas sim uma obra
em específico.
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120
Português
19 – (TJ-SC - 2011 - TJ-SC - Técnico Judiciário Auxiliar - Secretaria).
Assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, as classes gramaticais a que pertencem as
palavras em negrito no trecho a seguir.
"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música, não começaria com partituras, notas e pautas.
Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí,
encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas
pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para
a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes.”
(http://pensador.uol.com.br/alegria de ensinar de rubens alves/)
a) conjunção – pronome – artigo – conjunção – pronome;
b) conjunção – advérbio – preposição – artigo – pronome;
c) pronome – advérbio– artigo – pronome – conjunção;
d) pronome – conjunção – preposição – conjunção – pronome;
e) conjunção – pronome – preposição – pronome – conjunção.
GABARITO
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121
Português
Parte 2 - Capítulo VI
Adjetivo
*Morfologicamente:
ADJETIVO
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122
Português
ADJETIVO PÁTRIO
Entre os adjetivos, há um tipo que merece destaque especial: o adjetivo pátrio, ou seja, aquele que se
refere a países, estados, cidades, etc. A maioria desses adjetivos formam-se pelo acréscimo de um sufixo
(que indica origem, procedência) ao substantivo que denomina a localidade, como ocorre no adjetivo
manauense.
Adjetivo pátrio composto indica origem ou nacionalidade. Quando formamos, a tendência é sempre colocar
primeiro o adjetivo mais curto, deixando o mais longo como segundo elemento.
LOCUÇÃO ADJETIVA
É o conjunto de palavras equivalentes a um único adjetivo, normalmente são formadas por uma preposição
e um substantivo.
Exemplos:
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123
Português
FLEXÃO DOS ADJETIVOS
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
NÚMERO GRAU
GÊNERO
O adjetivo concorda em A mais complexa das
Concorda com o
número com o substantivo flexões, pois trata da
gênero do
por ele modificado, sendo o relatividade de
substantivo,
singular e o plural, igualdade,
podendo ser
flexionado. superioridade ou da
flexionado em
Ex.: a menina bonita - as inferioridade entre os
masculino ou
meninas bonitas seres, que são
feminino.
Obs.: os adjetivos podem ser modificados pelo
Inicialmente, é
formados por um único adjetivo. Apresenta
necessário
elemento (adjetivo simples) dois graus:
reconhecer dois
ou por mais de um elemento Comparativo e
tipos de adjetivos.
(adjetivo composto). superlativo
Comparativo Superlativo
Compara a qualidade de Indica
dois elementos. qualidade em
Ex.: Joaquim é mais feliz do grau elevado
que Pedro. ou intenso
Uniformes Biformes
Usa-se somente uma forma, Usa-se uma forma para o
tanto para o masculino como masculino como para o
para o feminino. Compreendem feminino.
a quase totalidade dos adjetivos A formação do feminino
terminados em: geralmente segue as
- a, - m, - l, - z e dos paroxítonos mesmas regras que os
terminados em substantivos.
- a: simples, infeliz, ágil, Ex.: O jogador brasileiro.
fluminense, etc. A jogadora brasileira
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124
Português
Parte 2 – Capítulo VI
QUESTÕES
1 - (CESPE - 2011 - Correios - Analista de Correios - Letras).
Julgue os próximos itens, relacionados à ordem dos termos linguísticos no texto.
Sr. Leitor
Não fui, e não sou, um escrevedor de cartas. Acredito
que, no momento em que você estiver lendo esta mensagem,
4 meus sentimentos a respeito dela e, muitas vezes, em relação a
você podem ter mudado e isto me obrigaria a escrever outra
mensagem para explicar a mudança e assim sucessivamente,
7 em uma troca de correspondência absurda.
Com o telefone, a comunicação ficou mais fácil, mais
direta. Não gosto de falar ao telefone, mas, em minha
10 juventude, contaminado por uma timidez excessiva que me
impedia as investidas ao vivo, confesso um pouco
envergonhado, já o utilizei para conquistas, cantadas,
13 declarações de amor.
O tempo passou e, agora me dou conta, passo dias sem
pegar no telefone e, na maioria das vezes, nem o atendo
16 quando toca. Ele é coisa do passado. Em compensação surgiu
o email, isto é, a volta às cartas. São cartas virtuais, mas, como
nas de antigamente, sempre podemos escrever um parágrafo,
19 parar, tomar um café, recordar um fato, uma conversa, uma
declaração de amor. Tudo isto com a vantagem de deixar o
texto descansando até que a emoção acabe, ou diminua; e
22 podemos corrigir os erros de português e de ansiedades. Estará
voltando a epistolografia?
O maior epistológrafo (que palavra horrível!) de todos
25 os tempos foi, sem dúvida, São Paulo. Há quem diga que suas
epístolas deram origem à Educação a Distância, já que ele
difundia o cristianismo por meio de cartas para seus discípulos
28 que moravam em cidades distantes como Éfeso, Corinto, Roma etc.
No passado, a carta era tema de obras literárias,
31 músicas etc., etc. Temos vários e belos contos e romances que
são epistolares. Dostoievski e Goethe usaram este método que
já foi dado como acabado e agora volta com força total — via
34 Internet. E aqui abro um parêntese para dizer que é epistolar
um dos mais belos, vigorosos e cruéis romances que li
ultimamente, A Caixa Preta, do escritor israelense Amoz Oz.
37 Na música, em minha adolescência, me comovia com
a voz de Dalva de Oliveira cantando “Quando o carteiro
chegou/e meu nome gritou/com uma carta na mão/ante surpresa
40 tão rude/não sei como pude/chegar ao portão...”. Braz Chediak.
A ordem das palavras nos sintagmas nominais “timidez excessiva” (L.10), “cartas virtuais” (L.17) e “obras
literárias” (L.30) confirma a regra de que, em geral, no português, o adjetivo vem posposto ao substantivo,
principalmente quando restritivo.
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125
Português
2 - (NCE-UFRJ - 2009 - UFRJ - Médico - Cardiologia).
Um jornal do Rio de Janeiro, falando do último show de Roberto Carlos no Maracanã, realizado sob chuva
no último dia 11 de julho, em comemoração aos seus 50 anos de carreira, publicou a seguinte manchete:
“Uma plateia com devoção impermeável”
Como outras manchetes, essa também tem duplo significado, construído pelo adjetivo “impermeável” que,
nesse caso, pode significar:
a) indiferente à chuva / imune a mudanças de gosto musical;
b) imune a mudanças de gosto musical / fiel à boa música;
c) fiel à boa música / distanciado da modernidade;
d) distanciado da modernidade / apegado ao gosto popular;
e) apegado ao gosto popular / indiferente à chuva.
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126
Português
6 – (CESPE – 2009 – ANTAQ – Técnico Administrativo).
Julgue o seguinte item com relação à organização das ideias no texto:
No trecho “Se for bom leitor de jornais e revistas, fiel ouvinte de rádio, obediente telespectador ou simples
passageiro de bonde.”, o adjetivo assinalado sugere que:
a) o bom leitor é aquele que obedece à propaganda
b) a propaganda busca atingir a todos indiscriminadamente
c) o alvo preferido da propaganda é o leitor bom, fiel e obediente
d) as boas qualidades das pessoas são exaltadas pela propaganda
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127
Português
8 - (CEPERJ - 2008 - Prefeitura de Angra dos Reis - RJ - Professor – Língua Portuguesa).
“A irrigação é vital para a produção agrícola, mas tende a diminuir com o derretimento das geleiras que
alimentam os grandes rios da Ásia. O Ganges, o Amarelo e o Yangtze recebem água das chuvas durante a
época da monção. Mas na estação seca eles dependem muito das águas do degelo na cordilheira do
Himalaia. A geleira Gangotri sozinha supre 70% do fluxo do Ganges no período da seca”; nesse segundo
parágrafo do texto, o adjetivo que é explicado no próprio parágrafo é:
a) vital;
b) agrícola;
c) grandes;
d) seca;
e) sozinha.
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128
Português
Assinale a alternativa que apresente o adjetivo que indica uma opinião do enunciador do texto.
a) Recursos naturais.
b) Reservas extrativistas.
c) Inúmeras pesquisas.
d) Futuras gerações.
e) Única chance.
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129
Português
14 – (CEPERJ - 2007 - DEGASE - Auxiliar Administrativo).
“...se sabia o mais procurado pela polícia...” – o adjetivo em destaque encontra-se no grau:
a) superlativo absoluto sintético
b) superlativo absoluto analítico
c) superlativo relativo de superioridade
d) superlativo absoluto erudito
e) aumentativo
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130
Português
19 – (CESPE - 2008 - Instituto Rio Branco – Diplomata).
Na oração "Não sendo conhecida de doutrina alguma contemporânea a explicação, mesmo primária, do
processo diferenciador dos primatas superiores ao Homo sapiens" (l.18-19), o adjetivo "contemporânea"
modifica o substantivo "explicação".
Assinale:
a) se somente os itens I e III estiverem corretos.
b) se somente os itens II e III estiverem corretos.
c) se nenhum item estiver correto
d) se todos os itens estiverem corretos.
e) se somente os itens I e II estiverem corretos.
24 - “ Essa compreensão que os indivíduos estão adquirindo cada vez mais concretamente do seu valor
intrínseco não enfraquece o reconhecimento da necessidade de se associarem, mais cria importantes
exigências, novas, quanto ao caráter das associações.”
Uso de duas vírgulas demarcando o adjetivo “novas”, gramaticalmente opcional, sugere ênfase à qualidade
da ideia expressa em importantes exigências.
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131
Português
26 – (FCC - 2011 - DPE-RS - Defensor Público).
A palavra pronunciamento é transitiva e exige:
a) complemento nominal
b) objeto indireto
c) objeto direto
d) adjetivo
e) predicativo do sujeito
I. país
II. EUA (título), que retoma país
III. Irã (linha 2), que retoma país
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132
Português
GABARITO:
1-C 2-A 3-B 4-B 5-E 6-E 7-B 8-A 9-E 10-E
11-E 12-C 13-D 14-C 15-E 16-E 17-C 18-B 19-E 20-E
21-C 22-B 23-D 24-C 25-E 26-A 27-A 28-C 29-C 30-B
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133
Português
Parte 2 - Capítulo VII
Advérbio
Definição: É a palavra invariável que, fundamentalmente, modifica o verbo indicando circunstância (tempo,
lugar, modo, intensidade, etc.). Pode também o advérbio modificar o adjetivo ou outro advérbio e, ainda,
uma oração inteira.
Advérbio
Modifica um adjetivo ou
É palavra invariável. advérbio.
Refere-se a verbo, ou
Ex.: A porta da sala estava Ex.: João e Maria dançam
seja, modifica o verbo.
meio aberta. O advérbio muito bem. O advérbio muito
meio é uma palavra Ex.: O carro parou modificou a ideia do advérbio
invariável, pois, ainda que a longe. O advérbio bem.
frase seja passada para o longe modifica o
plural, somente o advérbio verbo. Ex.: Eles são muito bonitos. O
não acompanhará. advérbio muito modificou a
ideia do adjetivo bonitos.
Cabe ressaltar que os advérbios são classificados conforme dita a circunstância que expressam. A
Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) reconhece 8 (oito) espécies de advérbios: de lugar, de modo, de
tempo, de negação, de dúvida, de intensidade, de afirmação e de interrogação.
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134
Português
ADVÉRBIOS
De lugar: De
De dúvida: afirmação: De negação:
De tempo: De modo : De
ali, aqui, lá, não,
atrás, perto, hoje, ontem, mal, bem, intensidade: talvez, sim,
longe, amanhã, depressa, bastante, quiçá, com certeza, tampouco,
abaixo, ao tarde, devagar, muito, demais, realmente, de jeito algum,
acaso,
lado, dentro, jamais, cedo, melhor, pior, mais, menos, porventura, sem dúvida
de modo algum,
embaixo , noite, manhã melhor, assim , tanto, tão, provavelmente , etc.
etc. , etc. etc. pouco , etc. , etc.
nunca
Ex.:
Ex.: Meu Ex.: Ele Ex.: Agi Ex.: Mariana , etc.
Ex.: Talvez eu Certamente
copo ficou chegou hoje. calmamente. dorme muito. viaje. iremos na Ex.: Maria não
aqui. festa dela. dormiu.
LOCUÇÃO ADVERBIAL
Locuções adverbiais
De tempo: De lugar: De negação: De De
De modo:
De dúvida: à noite, afirmação: intensidade:
às claras, à distância de, de forma
quem sabe, às cegas, de manhã, ao lado, nenhuma, com certeza, por completo,
ao acaso, à toa, à tarde, em volta, de jeito algum, na verdade, por demais,
etc. desse modo, em breve, por aqui, de modo de fato, de muito,
a pé, etc. hoje em dia, etc. algum, etc. por certo, etc. de pouco, etc.
etc.
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135
Português
GRAUS DO ADVÉRBIO
Sintético
Superlativo
Analítico
Grau de
advérbio De superioridade
Comparativo De igualdade
De inferioridade
Grau superlativo:
Classificam-se em:
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136
Português
Grau comparativo:
Forma-se o comparativo do advérbio da mesma forma que o comparativo do adjetivo. Pode ser classificado
em:
São palavras ou locuções invariáveis que se assemelham ao advérbio, todavia não modificam o verbo, nem
o adjetivo e o advérbio. Podendo ser classificadas da seguinte maneira:
De exclusão: De inclusão:
apenas, somente, exceto , até, ainda, além disso,
etc. também, inclusive, etc.
Ex.: Todos foram passear, Ex.: Todos passaram no
exceto Maria. concurso público, inclusive eu.
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137
Português
Parte 2 – Capítulo VII
QUESTÕES
TEXTO I
Confissão de Allan Poe
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138
Português
03 - (CESPE/2004/ Administrador – PF ).
Textualmente, o advérbio “mais” (L.14) está empregado com o valor de ainda, pelo qual poderia ser
substituído, sem que houvesse alteração do sentido e da correção do texto.
"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música, não começaria com partituras, notas e pautas.
Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí,
encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas
pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para
a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes.”
(http://pensador.uol.com.br/alegria de ensinar de Rubens Alves/).
[...] Os predestinados a ter QI elevado usam óculos com armações grossas e retangulares, tênis All Star
coloridos, fumam cachimbo, adornam o crânio privilegiado com chapéus (mas, cuidado: boina, nem
pensar), curtem casacos xadrezes e, em quase todas as regiões do Brasil e estações do ano, enrolam um
cachecol encardido no pescoço. Comumente, trajam tecidos que emulam as vestes de camponeses
medievais da Bavária. Os homens cultivam uma barba cuidadosamente maltratada e as mulheres são
ideologicamente a favor da chapinha e contra o cavalheirismo. [...] A alegria é permitida, desde que pareça
ingênua. Mas é a angústia de sentir o peso do tempo e da efemeridade dos gestos que adorna a aura
daqueles dotados de sensibilidade. Com ela, choverão convites para simpósios, jantares, congressos e
passeios de lancha. (http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-59/tipos-academicos/o-neoerudito-
alegorico/renato terra)
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139
Português
e) substantivo adjetivo – conjunção – preposição - advérbio
Em – No Brasil, talvez mais que em outros países,... – o advérbio em destaque expressa sentido de
a) causa.
b) afirmação.
c) negação.
d) modo.
e) dúvida.
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140
Português
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141
Português
12 - (FGV – 2008 – Senado Federal – Policial Legislativo Federal).
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142
Português
E é verdade, como sua avó sempre lhe dizia, que a prática realmente faz a perfeição. Mas não só a prática
desordeira, ao acaso. O domínio de uma área, a mestria, decorre do que Ericsson denomina "prática delibe-
rada", o que significa mais que tocar ao piano a escala de C menor 100 vezes ou treinar saques de tênis até
deslocar o ombro. A prática deliberada tem três componentes básicos: definição de objetivos específicos,
obtenção de feedback imediato e concentração tanto em técnicas quanto em resultados.
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143
Português
As pessoas que se tornam excelentes em determinada área nem sempre são as mesmas que parecem
"superdotadas" quando crianças ou jovens. Isso sugere que, quando se trata de escolher o que fazer na
vida, as pessoas devem fazer o que amam - sim, sua avó também lhe disse isso - porque, se você não amar
o que faz, dificilmente se empenhará o suficiente para ser bom no que faz.
LEVITT, Steven D.; DUBNER, Stephen J. Super Freakonomics. O lado oculto do dia a dia. Trad. Afonso Celso
da Cunha Serra. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p. 56-57. (adaptado)
Analisando morfologicamente cada uma das palavras da frase "Muita gente acha que as pessoas nascem
com limitações inatas", temos, sequencialmente:
a) advérbio de intensidade; substantivo próprio; verbo; pronome relativo; artigo definido; substantivo
próprio; verbo; preposição; substantivo próprio; adjetivo.
b) pronome indefinido; substantivo comum; verbo; conjunção subordinativa integrante; artigo
definido; substantivo comum; verbo; preposição; substantivo comum; adjetivo.
c) pronome indefinido; substantivo abstrato; verbo; conjunção coordenativa aditiva; artigo definido;
substantivo coletivo; verbo; preposição; verbo substantivado comum; advérbio.
d) numeral cardinal; substantivo coletivo; verbo; conjunção coordenativa explicativa; artigo definido;
substantivo abstrato; verbo; conjunção coordenativa aditiva; substantivo comum; adjetivo.
e) adjetivo; substantivo comum; verbo; conjunção subordinativa consecutiva; contração da
preposição a com o artigo as; substantivo concreto; verbo; preposição; substantivo concreto;
adjetivo.
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144
Português
“Sempre que se reúnem para lamuriar, os empresários falam no Custo Brasil, no preço que pagam para
fazer negócios num país com regras obsoletas e vícios incrustados.”; o comentário INCORRETO feito sobre
os conectores desse segmento do texto é:
a) a expressão sempre que tem valor de tempo;
b) o conectivo para tem ideia de finalidade;
c) a preposição em no termo no Custo Brasil tem valor de assunto;
d) a preposição em no termo num país tem valor de lugar;
e) a preposição com tem valor de companhia.
GABARITO
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145
Português
Parte 2 - Capítulo VIII
Pronome
É o termo que substitui o nome. Desta forma, sabendo-se que o nome abrange adjetivos e substantivos,
consequentemente o pronome irá funcionar como adjetivo ou substantivo. Daí, pronome adjetivo e
pronome substantivo. Todo pronome tem uma função sintática, que seria as funções próprias do
substantivo (sujeito e objeto) e as do adjetivo (adjunto adnominal e predicativo).
Observe:
O carro
Vejamos:
Possessivos Demonstrativos
Os pronomes
podem ser:
Pessoais Interrogativos
Relativos
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146
Português
Classificação dos pronomes
Pessoais:
Sujeito
Sujeito ele/eles
Sujeito ela/elas
eu/nós tu/vós
Objetos diretos Objetos diretos
Objetos diretos o/os
me/nos te/vos a/as
Objetos indiretos Objetos indiretos Objetos indiretos
me/nos te/vos lhe/lhes
mim/nós vós/si ele/eles
ela/elas
Reflexivo
Objeto
Objetos diretos Objetos indiretos Comutativo
preposicionado
Se Se Si Consigo
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147
Português
Os pronomes pessoais se se classificam em Retos e Oblíquos.
RETO
RETOS
OBLÍQUOS
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148
Português
OBLÍQUOS:
Funcionam, geralmente, como complementos (objeto direto, objeto indireto, complemento nominal ou
adjunto).
EXEMPLOS DE PRONOMES
Referem-se à mesma
Ex.: Eu me cortei.
pessoa,
correspondendo a : Ele se machucou.
Reflexivos
a mim mesmo e Trazia consigo muitas
lembranças.
a si mesmo
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149
Português
Após verbos CAUSATIVOS (mandar, deixar, fazer) e SENSITIVOS (ver, sentir, ouvir) com infinitivo, os
pronomes oblíquos átonos exercem a função sintática de sujeito do infinitivo.
Pronome Possessivo:
1ª pessoa: meu (s), minha 2ª pessoa: teu (s), tua 3ª pessoa: seu (s),
(s), nosso (s), nossa (s) (s), vosso (s), vossa (s) sua(s).
Note que:
A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam
com o objeto possuído.
Exemplo: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.
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150
Português
A forma seu não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor. Ex.:
Muito obrigado, seu José.
Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:
Indicar afetividade. Ex.: Não faça isso, minha filha.
Indicar cálculo aproximado. Ex.: Ele já deve ter seus 40 anos.
Atribuir valor indefinido ao substantivo. Ex.: Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
Pronome Demonstrativo:
Indicam posição de algo em relação às pessoas do discurso, indicam algo que está perto do falante,
situando-o no tempo e/ou no espaço. São: este (a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), aquilo. Isto, isso e
aquilo são invariáveis e são sempre pronomes substantivos.
Isto, este e esta Isto, este e esta (Mês Isto, este e esta
(Indicam algo que atual em que está (Indicam uma
está perto do vivendo e para informação que virá
falante). futuro próximo). adiante).
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151
Português
Se a informação mencionada está próxima, problema não há em se utilizar isto/este/esta.
Exemplo:
Mário e Paulo estudaram. Esses foram aprovados Retomamos os dois.
Aquele (Mário) e este (Paulo) foram aprovados Retomamos a cada substantivo de cada vez.
O pronome o (a, os e as) é demonstrativo quando aparece junto ao relativo que ou da preposição
de, equivalente a aquele (aquele, aquilo).
Ex.: Fiz a da direita.
= aquilo fez aquilo.
= aquela prefixo aquela.
Aparecem, ainda, como demonstrativos os vocábulos tal, mesmo, próprio e semelhante, quando
equivalerem aos casos já citados.
Ex.: Estamos no mesmo lugar. Aponta para um local já mencionado.
Pronomes Relativos
São aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam.
Introduzem as orações subordinadas adjetivas.
Exemplo: O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros.
Que (afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva).
O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema” e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a
palavra "sistema" é antecedente do pronome relativo que.
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152
Português
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso.
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153
Português
Pronomes Indefinidos
Algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, vários, tanto, quanto, qualquer, alguém, ninguém, tudo,
outrem, nada, cada, algo, mais, menos, que, quem.
Cada um, cada qual, qualquer um, quem quer, quem quer que, etc.
Pronomes
indefinidos
Variaveis
Singular Plural
Masculino Feminino
Feminino Masculino
alguma
nenhuma
algum toda
nenhum muita
todo pouca
algumas alguns
muito vária
nenhumas nenhuns
pouco tanta
todas todos
vário outra
muitas muitos
tanto quanta
poucas poucos
outro várias vários
quanto tantas tantos
outras outros
quantas quantos
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Português
qualquer quaisquer
Pronomes indefinidos
Invariáveis
alguém
ninguém
outrem
tudo
nada
algo
cada
Pronomes Interrogativos
São os pronomes indefinidos que, quem, qual e quanto, usados nas interrogações (diretas ou indiretas).
Exemplo:
Quem vai à praia, querida?
Desejo saber quem vai à praia, querida.
São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os pronomes
indefinidos, referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes interrogativos: que,
quem, qual (e variações), quanto (e variações).
Exemplo:
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155
Português
A colocação pronominal refere-se a colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos,
os, as, lhes) em relação ao verbo a que se referem.
É importante que você saiba que os pronomes átonos podem ocupar as seguintes posições:
Próclise-
antes do
verbo
Mesóclise-
No meio
do verbo
ênclise-Depois
do verbo
PRÓCLISE
São colocações pronominais antepostas ao verbo nas situações que estudaremos a seguir:
De modo
Não Ninguém Nunca Nada Jamais nem
algum
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156
Português
A próclise é também utilizada nas conjunções subordinativas abaixo:
A próclise aparece em frases exclamativas, iniciadas por exclamação ou optativas que exprimem
desejo, como no exemplo que veremos a seguir:
Jesus te guie!
A próclise deverá ser utilizada quando houver a preposição “em” antes do verbo no
gerúndio.
Veja o exemplo:
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157
Português
MESÓCLISE
A mesóclise é o pronome oblíquo no meio do verbo, todavia somente é utilizada quando o verbo estiver no
futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo, a não se que haja palavras atrativas.
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Português
ÊNCLISE
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Português
Parte 2 – Capítulo VIII
QUESTÕES
1 - (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário - Área Judiciária).
Nosso espírito logo se define, logo se agregam ao nosso espírito as marcas que distinguirão nosso espírito
para sempre, já que nunca faltarão ao nosso espírito os impulsos determinantes da natureza.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados,
respectivamente, por:
a) agregam-no - lhe distinguirão - lhe faltarão
b) agregam-lhe - lhe distinguirão - faltar-lhe-ão
c) agregam a ele - lhe distinguirão - lhe faltarão
d) o agregam - o distinguirão - o faltarão
e) lhe agregam - o distinguirão - lhe faltarão
3 - (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa).
"o cérebro é uma orquestra sinfônica em que os instrumentos vão se modificando à medida que são
tocados".
A expressão pronominal em que, grifada acima, preenche corretamente a lacuna da frase:
a) As questões ...... se preocupam os cientistas dizem respeito às alterações cerebrais devidas ao uso
indiscriminado da internet.
b) É incalculável o número de informações, sobre os mais diversos temas, ...... o cérebro humano é capaz
de processar.
c) As hipóteses aventadas, ...... se baseiam os especialistas, devem ainda ser comprovadas por exames
acurados.
d) As implicações causadas pela onipresença da internet, ...... está sujeito o cérebro humano, são objeto de
preocupação de cientistas.
e)As informações ...... dispõem os usuários da comunicação eletrônica são múltiplas, embora sejam
superficiais.
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Português
5 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo INCORRETO em:
a) sem levar em consideração os rótulos = sem levá-los em consideração
b) capaz de abstrair um conceito geral = capaz de abstraí-lo
c) suprissem suas necessidades = suprissem-nas
d) conferem “consciência” a criaturas = conferem-lhes consciência
e) que reconhecem seus parentes consanguíneos = que lhes reconhecem
6 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária
tão gostoso pronunciar este nome – sentimento de quem abençoa a vida – Opõe à morte aleluias festivas
A substituição dos elementos grifados acima pelos pronomes correspondentes, com os necessários ajustes,
foi realizada corretamente em:
a) tão gostoso pronunciá-lo - sentimento de quem a abençoa - Opõe-lhe aleluias festivas
b) tão gostoso pronunciar-lhe - sentimento de quem abençoa-a - Lhe opõe aleluias festivas
c) tão gostoso pronunciá-lo - sentimento de quem abençoa-lhe - Opõe-na aleluias festivas
d) tão gostoso o pronunciar - sentimento de quem a abençoa - A opõe aleluias festivas
e) tão gostoso lhe pronunciar - sentimento de quem lhe abençoa - Opõe-na aleluias festivas
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Português
10 – Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi realizada
de modo INCORRETO em:
a) contratar jovens efebos = contratar-lhes
b) não possui mecanismos = não os possui
c) resolver problemas = resolvê-los
d) compromete a qualidade = compromete-a
e) rejuvenescem seus quadros = rejuvenescem-nos
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Português
15 - (2010 – PETROBRAS – BR – DISTRIBUIDORA S.A – MÊS/ANO: 16/05/2010 - Cargo: Administrador (a)
Júnior – Conhecimentos Básicos Nível Superior- Banca: CESGRANRIO).
O referente do pronome destacado na passagem “A pessoa mais importante da vida é o seu proprietário, o
nosso maior erro é ser inquilino dela,” (ℓ. 26-27) é:
a) “pessoa”.
b) “vida”.
c) “proprietário”.
d) “erro”.
e) “inquilino”.
Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que se segue.
O pronome “Isso” (L.24) refere-se ao prejuízo advindo do assistencialismo oficial.
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Português
para ir brigar por um filho em quem querem bater. Mas, para
7 quem conhece o homem, o artigo assume proporções
dramáticas. Pois Oscar é não só o avesso do causídico, como
um dos seres mais antiautopromocionais que já conheci em
10 minha vida.
Sua modéstia não é, como de comum, uma forma
infame de vaidade. Ela não tem nada a ver com o conhecimento
13 realista — que Oscar tem — de seu valor profissional e de suas
possibilidades. É a modéstia dos criadores verdadeiramente
integrados com a vida, dos que sabem que não há tempo a
16 perder, é preciso construir a beleza e a felicidade no mundo,
por isso mesmo que, no indivíduo, é tudo tão frágil e precário.
Oscar não acredita em Papai do Céu, nem que estará
19 um dia construindo brasílias angélicas nas verdes pastagens do
Paraíso. Põe ele, como um verdadeiro homem, a felicidade do
seu semelhante no aproveitamento das pastagens verdes da
22 Terra; no exemplo do trabalho para o bem comum e na criação
de condições urbanas e rurais, em estreita intercorrência, que
estimulem e desenvolvam este nobre fim: fazer o homem feliz
25 dentro do curto prazo que lhe foi dado para viver.
Eu acredito também nisso, e quando vejo aquilo em
que creio refletido num depoimento como o de Oscar
28 Niemeyer, velho e querido amigo, como não me emocionar?
A CARTA AUTOMÁTICA
Mais de cem anos depois do surgimento do telefone, o começo dos anos 90 nos oferece um meio de
comunicação que, para muitos, resgata um pouco do romantismo da carta. A Internet não usa papel
colorido e perfumado, e sequer precisa de selos, mas, para muitos, fez voltar à moda o charme da
comunicação por escrito. E, se o provedor não estiver com problemas, faz isso com o imediatismo do
telefone. A rede também foi uma invenção que levou algum tempo para cair no gosto do público. Criada
em 1993 para uso doméstico, há muito ela já era usada por cientistas universitários que queriam trocar
informações.
Mas, só após a difusão do computador doméstico, realizada efetivamente há uns quatro ou cinco anos, que
o público pôde descobrir sua utilidade.
Em The victorian internet, Tom Standage analisa o impacto da criação do telégrafo (surgido em 1837).
Uma nova tecnologia de comunicação permitia às pessoas se comunicarem quase que instantaneamente,
estando à longa distância (...) Isto revolucionou o mundo dos negócios.(...)
Romances floresceram sob impacto do telégrafo. Códigos secretos foram inventados por alguns usuários e
desvendados por outros. (...) O governo e as leis tentaram controlar o novo meio e falharam. (...) Enquanto
isto, pelos cabos, uma subcultura tecnológica com seus usos e vocabulário próprio se estabelecia.
Igual impacto teve a Internet. Antes do telégrafo, batizado de “a autoestrada do pensamento”, o ritmo de
vida era superlento. As pessoas saíam para viajar de navio e não se ouviam notícias delas durante anos.
Os países que quisessem saber se haviam ou não ganho determinada batalha esperavam meses pelos
mensageiros, enviados no lombo dos cavalos. Neste mundo em que reinava a Rainha Vitória (1819-1901),
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Português
o telégrafo provocou a maior revolução das comunicações desde o aparecimento da imprensa.
A Internet não chegou a tanto. Mas nada encurta tanto distâncias como entrar num chat com alguém que
esteja na Noruega, por exemplo. Se o telégrafo era “a autoestrada do pensamento”, talvez a rede possa ser
a “superautoestrada”. Dos pensamentos e das abobrinhas. As tecnologias de conversação realmente
mudam as conversas. Apesar de ser de fundamental utilidade para o trabalho e a pesquisa, o correio feito
pela rede permite um tipo de conversa diferente daquela que ocorre por telefone. Talvez um dia, no
futuro, pesquisadores analisem as razões pelas quais a rede, rápida e imediata e sem o vivo colorido
identificador da voz, se presta a bate-papos (via e-mails, chats, comunicadores instantâneos) até mais
informais do que os que fazemos por telefone.
O termo destacado na sentença é substituído corretamente pelo pronome da expressão ao lado, de acordo
com a norma-padrão em:
a)“A Internet não usa papel (...)” (L. 2) – não o usa.
b)“(...) faz isso com o imediatismo do telefone.” (L. 4/5) – faz-lo como imediatismo do telefone.
c)“(...) permitia às pessoas (...)” (L. 11) – Permita-as.
d)“(...) em que reinava a Rainha Vitória (...)” (L. 19) – Em que reinava-a.
e)“(...) provocou a maior revolução (...)” (L. 20) – provocou-lhe.
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Português
Com relação ao emprego do pronome relativo, mantêm-se a coerência entre os argumentos e a correção
gramatical do texto ao usar:
a) por que em lugar de "pelas quais"(L.13).
b)na qual em lugar de "em que"(L.4).
c)que em lugar de "de que"(L.6).
d) a que em lugar de "a qual"(L.7).
e)em que em lugar de "que"(L.1).
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31 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Engenharia Civil
Aquilo de que o nosso aparelho perceptivo nos faz cientes…
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Português
O elemento sublinhado na frase acima preenche corretamente a lacuna da frase
a) A luz do sol ...... os objetos refletem leva cerca de oito minutos e dezoito segundos para atingir a
superfície da Terra.
b) A correnteza ligeira do tempo nos dá a impressão ...... estamos em contato com o mundo em tempo
real.
c) Aquilo ...... chamamos presente depende do lugar que ocupamos no espaço.
d) As sensações ...... os seres humanos experimentam advêm de sua percepção do mundo exterior.
e) A memória faz ...... tenhamos a possibilidade de estabelecer relações de causa e efeito entre eventos
do passado.
32 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Engenharia Civil
... que merecia o primeiro lugar
O tempo havia de corrigir esse equívoco...
... deve ter ultrapassado a capacidade de apreciação do júri...
A substituição dos elementos sublinhados pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi
efetuada de modo correto, respectivamente, em:
a) que lhe merecia - O tempo haveria de corrigi - lo - deve ter - lhe ultrapassado
b) que o merecia - O tempo haveria de corrigi - lo - deve tê - la ultrapassado
c) que merecia- o - O tempo haveria de corrigir- lhe - deve ter- lhe ultrapassado
d) que merecia- lhe - O tempo haveria de o corrigir - deve ter ultrapassado- a
e) que o merecia - O tempo haveria de lhe corrigir - deve ter ultrapassado- na
33 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Engenharia Civil
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Português
Julgue os itens subsequentes, relativos aos sentidos e a aspectos estruturais e linguísticos do texto acima.
O pronome “se”, em “que se formaram” (L.7), poderia ser corretamente deslocado para logo após a forma
verbal “formaram”, escrevendo-se que formaram-se.
( ) Certo ( ) Errado
37 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação
A frase em que o elemento sublinhado NÃO é um pronome está em:
a) As informações sensíveis a que temos acesso...
b) Mas o que aconteceria se tivéssemos de passar a lidar…
c) O mais provável é que essa súbita mutação...
d) ... uma fração diminuta do que há.
e) Os órgãos sensoriais que nos ligam ao mundo...
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Português
38 - Prova: VUNESP - 2013 - CTA - Analista em C&T Júnior - Administração
Leia trecho da canção Samba de Orly, de Vinicius de Morais, para responder a questão.
a) Aos da pesada, não diga-lhes que lamentamo-nos./ Me envie uma notícia boa.
b) Aos da pesada, não diga-lhes que nos lamentamos./ Me envie uma notícia boa.
c) Aos da pesada, não lhes diga que lamentamo-nos./ Envie-me uma notícia boa.
d) Aos da pesada, não lhes diga que nos lamentamos./ Envie-me uma notícia boa.
e) Aos da pesada, não lhes diga que nos lamentamos./ Me envie uma notícia boa.
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Português
GABARITO
11-B 12-D 13-D 14-C 15-B 16-E 17-C 18-A 19-C 20-B
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Português
Parte 2 - Capítulo IX
Numeral
Definição: Esta classe especial de palavras é relativa à quantidade e exatidão de pessoas, coisas ou lugares
ocupados numa série. Palavra que se refere a um substantivo dando a ideia de número.
cardinais ordinais
numerais
fracionários multiplicativos
Numerais Cardinais
São aqueles utilizados para quantificar. Definem-se como números básicos, destinados à designação de:
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Português
Numerais Ordinais
Tem função de indicar a ordem de seres ou coisas. Definem-se como uma sucessão de objetos ou seres em
série, equivalentes a adjetivos que se substantivam facilmente. Primeiro, segundo, terceiro, etc.
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Português
Flexão dos
numerais ordinais
Numerais Multiplicativos
Podem
equivaler a
adjetivos
A
substantivos
com mais Pois vêm
frequência geralmente
antecedidos
de artigo
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Português
Flexão dos
numerais multiplicativos
Numerais Fracionários
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175
Português
Numerais Coletivos
Assim como os
substantivos Sua característica é Como exemplos,
coletivos, designam denotar o número podemos citar: novena,
um conjunto de de seres exatos. dezena, década, dúzia,
pessoas ou coisas. lustro, milhar, par.
Flexão de
numerais coletivos
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176
Português
Milhões de pessoas.
Numeral Locução Adjetiva
Substantivo
A metade do grupo.
Numeral Locução Adjetiva
Substantivo
Atenção à concordância:
EX:
10% da turma
chegaram/chegou
Num. Locução
Subst. Adjetiva
1% da turma chegou.
Num. Locução
Dupla Subst. Adjetiva
possibilidade de
concordância
Única
concordância
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Português
O primeiro aluno.
Numeral Substantivo
Adjetivo
Dois estudantes.
Numeral Substantivo
Adjetivo
Primeiro professor.
Numeral Substantivo
Adjetivo
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Português
Parte 2 – Capítulo IX
Questões de Concursos
1 – (FIP - 2009 - CAMARA-SJC - Programador). Para responder às duas questões seguintes, observe o
seguinte trecho de uma letra de canção: CORAÇÕES A MIL (Gilberto Gil) Minhas ambições são dez. Dez
corações de uma vez pra eu poder me apaixonar dez vezes a cada dia, setenta a cada semana, trezentas a
cada mês.
(Fonte: http://www.gilbertogil.com.br/sec_discografia_letra.php?id=182)
Na primeira frase do texto, a palavra "dez", sublinhada, tem duplo sentido. São eles:
a) o sentido de serem dez ambições (no caso, "dez" seria um numeral) e o sentido de os corações serem
apaixonados (no caso, "dez" seria um adjetivo).
b) o sentido de serem dez ambições e o sentido de serem dez corações (nos dois casos, "dez" seria um
numeral).
c) o sentido de serem dez corações e o sentido de serem dez vezes a cada dia (nos dois casos, "dez" seria
um numeral).
d) o sentido de serem dez ambições (no caso, "dez" seria um numeral) e o sentido de as ambições serem de
extrema qualidade (no caso, "dez" seria um adjetivo). XXX
e) o sentido de serem dez vontades boas (no caso, "dez" seria um substantivo) e o sentido de totalizarem
dez as paixões ambiciosas (no caso, "dez" seria um adjetivo).
TEXTO
Os princípios éticos são normas de comportamento social, e não simples ideais de vida, ou premissas
doutrinárias. Como normas de comportamento humano, os princípios éticos distinguem-se nitidamente
não só das regras do raciocínio matemático, mas também das leis naturais ou biológicas. Ao contrário do
que sustentaram grandes pensadores, como Hobbes, Leibniz e Espinosa, a vida ética não pode ser
interpretada segundo o método geométrico (sordine geometrico demonstrata). As normas éticas tampouco
podem ser reduzidas a enunciados científicos, fundados na observação e na experimentação, como se se
tratasse de leis zoológicas. Durante boa parte do século XIX, alguns pensadores, impressionados pelo
extraordinário progresso alcançado no campo das ciências exatas, com a produção de certeza e
previsibilidade no conhecimento dos dados da natureza, sucumbiram à tentação de explicar a vida humana
segundo parâmetros deterministas. Ora, por mais que se queira eliminar a liberdade do mundo humano,
ela teima em aparecer, desafiando constantemente as previsões "científicas". Somos o único ser que
combina, em sua vida social, a necessidade física e biológica com os deveres éticos, a sujeição aos fatos
naturais com a autonomia de ação. Como é passível de comprovação, em toda sociedade o ideário e as
estruturas de poder desenvolvem-se dentro dos limites postos por determinados fatores básicos, como o
patrimônio genético, o meio geográfico ou o estado da técnica. Vencer tais limitações tem sido um desafio
constante lançado à espécie humana. Mas nem por isso devemos tomar esses fatores condicionantes da
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Português
vida social como seus princípios diretivos. (Adaptado de COMPARATO, Fábio Konder. Ética: direito, moral e
religião no mundo moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 494-5)OBS.: Hobbes (1588-1679),
Leibniz (1646-1717), Espinosa (1632- 1677) filósofo sordine geometrico demonstrata - em tradução livre,
"demonstrado segundo a ordem geométrica".
É correto afirmar:
a) (linha 7) século XIX, de acordo com a norma padrão, deve ser escrito por extenso por meio do numeral
cardinal - "dezenove" - , assim como deve ocorrer com "século VIII".
b) (linha 7) em Durante boa parte do século XIX, o adjetivo exprime juízo de valor atribuído aos anos em
que ocorreram os fatos mais significativos para a história do pensamento.
c) (linha 5) o uso de tampouco denota que a sequência estabelecida na argumentação institui uma
hierarquia, na qual os enunciados científicos são considerados os mais desprestigiados.
d) (linha 3) o segmento Ao contrário do que pode ser substituído, sem prejuízo do sentido original e da
correção, por "Contrariamente ao que".
e) (linhas 3) a correlação notada na segunda frase do texto é estabelecida por meio das expressões não só
e mas também, e exprime ideia de alternância.
4 – (NCE-UFRJ - 2005 - BNDES - Profissional Básico - Especialidade - Análise de Sistemas - Suporte). Num
relatório de um segurança sobre um incidente ocorrido na entrada de um grande centro comercial estava
escrito o seguinte:
Tudo aconteceu a partir do momento que chegaram dois homens com dois altos-falante se começaram a
fazer propaganda de um show na porta do prédio. Ora, segundo as normas, é proibido, após as 22h, não
fazer barulho neste lugar e, porisso, tivemos que expulsar eles.
Há muitos problemas no uso da norma culta por parte do segurança; a alternativa abaixo que NÃO indica
corretamente um problema é:
a) a forma plural "altos-falantes";
b) a grafia de "porisso";
c) a ausência da preposição "em" antes do pronome relativo "que";
d) a repetição do numeral cardinal "dois";
e) o emprego menos adequado de "eles" como objeto direto.
5 –(FGV - 2008 - Senado Federal - Analista de Sistemas). Com base no Manual de Elaboração de Textos do
Senado Federal, analise os itens a seguir:
I. Os algarismos romanos são usados normalmente na indicação de séculos; reis, imperadores, papas;
grandes divisões das Forças Armadas; congressos, seminários, reuniões, e outros acontecimentos
repetidos periodicamente; dinastias; paginação de prefácio; numeração de livro, título, capítulo,
seção e subseção de diplomas legais.
II. As frações são invariavelmente indicadas por algarismos numéricos se decimais, mas também
podem ser escritas por extenso quando ambos os elementos designados estão entre um e nove.
III. O Código de Endereçamento Postal (CEP) constitui-se obrigatoriamente de cinco dígitos, sem
ponto nem espaço entre eles, seguidos de um hífen, mais três dígitos, que servem para indicar a
localização do logradouro, sendo arábicos todos eles.
Assinale:
a) se todos os itens estiverem corretos.
b) se apenas os itens II e III estiverem corretos.
c) se apenas os itens I e II estiverem corretos.
d) se apenas os itens I e III estiverem corretos.
e) se nenhum item estiver correto.6 – (CESPE - 2008 - TJ-DF - Técnico Judiciário - Área Administrativa).
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180
Português
EMENTA: Medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade. Lei nº 8.429, de 2/6/1992, que dispõe
sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de
mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras
providências. Alegação de vício deforma ocorrido na fase de elaboração legislativa no Congresso Nacional
(CF, Artigo 65). Coordenação de Análise de Jurisprudência. Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2.182 -
6. Distrito Federal (com adaptações). A partir do texto da ementa acima, julgue o próximo item.
Se o texto acima fizesse parte de uma ATA, seria recomendado que a data "2/6/1992" fosse escrita por
extenso: dois de junho de um mil novecentos e noventa e dois; mas, no caso de ementas, relatórios e
pareceres, basta a redação em algarismos.
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181
Português
Num relatório de um segurança sobre um incidente ocorrido na entrada de um grande centro comercial
estava escrito o seguinte:
Há muitos problemas no uso da norma culta por parte do segurança; a alternativa abaixo que NÃO indica
corretamente um problema é:
a) a forma plural "altos-falantes";
b) a grafia de "porisso";
c) a ausência da preposição "em" antes do pronome relativo "que";
d) a repetição do numeral cardinal "dois";
e) o emprego menos adequado de "eles" como objeto direto.
15 - Prova: CESPE - 2012 - TCE-ES - Auditor de Controle Externo - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos
Se o numeral ordinal “73.ª” (l.8) fosse escrito por extenso, a forma correta seria: seteptuagésima terceira.
( ) Certo ( ) Errado
GABARITO
1–D 6–C
2–B 7–B
3–D 8–A
4–D 9–B 14 – B
5–A 10 – D 15 – E
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182
Português
Parte 2 – Capítulo X
Preposição
É a palavra invariável que liga dois termos da oração, sendo que o sentido do primeiro termo é completado
pelo segundo termo, ou seja, o regente e o regido.
A preposição caracteriza-se
por ser um conectivo.
As preposições podem se unir a outras palavras. Dessa forma, há a COMBINAÇÃO quando, ao juntar-se a
outra palavra, não ocorrer a perda do elemento fonético; e há a CONTRAÇÃO quando a preposição, ao
juntar-se a outra palavra, acontecer a perda fonética.
COMBINAÇÃO CONTRAÇÃO
A + O = AO DE + O = DO
A + OS = AOS DE + UM = DUM
A + ONDE = AONDE EM + O = NO
A + AQUELA = ÀQUELA
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183
Português
•São apresentadas sempre como preposição.
Essenciais Ex.: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre,
para, per, perante, por, sem, sob,sobre, trás.
VALORES DA PREPOSIÇÃO
Necessidade de escrever.
(Nesse caso, a palavra necessidade é um termo que exige a preposição de, pois quem necessita, necessita
de alguma coisa. Sendo assim, há um valor relacional entre a preposição de e o termo necessidade).
Pode indicar condição, meio, tempo, matéria, assunto, finalidade, instrução, modo, posse, tempo,
afirmação, lugar, etc.
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Português
Observe com atenção os exemplos de valores semânticos da preposição:
LOCUÇÃO PREPOSITIVA
Podemos entender locução prepositiva como mais de uma palavra que funciona como preposição.
São exemplos de locução prepositiva: Abaixo de, junto de, antes de, de acordo com, a respeito de, com
objetivo de, em vez de, ao lado de, etc.
Exemplo.:
Diante de tanta violência, não poderia me calar.
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Português
Parte 2 – Capítulo X
Questões de Concursos
Texto I
1 A análise dos assuntos relativos ao Oriente Médio
pelos órgãos de inteligência faz parte do esforço em
acompanhar o fenômeno do terrorismo internacional, dados
4 os frequentes enfrentamentos entre grupos radicais e a
possibilidade de que simpatizantes dessas organizações
extremistas possam engajar-se em ações radicais, fora da
7 região, como forma de retaliação, contra alvos de interesse
de grupos rivais ao redor do mundo, inclusive, e de forma
potencial, em território brasileiro.
Idem, ibidem, p. 38 (com adaptações).
Com relação a aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens a seguir.
Texto II
1 O exercício do poder ocorre mediante múltiplas
dinâmicas, formadas por condutas de autoridade, de domínio,
de comando, de liderança, de vigilância e de controle de uma
4 pessoa sobre outra, que se comporta com dependência,
subordinação, resistência ou rebeldia. Tais dinâmicas não se
reportam apenas ao caráter negativo do poder, de opressão,
7 punição ou repressão, mas também ao seu caráter positivo,
de disciplinar, controlar, adestrar, aprimorar. O poder em si
não existe, não é um objeto natural. O que há são relações de
10 poder heterogêneas e em constante transformação. O poder
é, portanto, uma prática social constituída historicamente.
Na rede social, as dinâmicas de poder não têm
13 barreiras ou fronteiras: nós as vivemos a todo momento.
Consequentemente, podemos ser comandados, submetidos
ou programados em um vínculo, ou podemos comandá-lo
16 para a realização de sua tarefa, e, assim, vivermos um novo
papel social, que nos faz complementar, passivamente ou
não, as regras políticas da situação em que nos encontramos.
Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p.
108-9 (com adaptações).
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Português
A preposição “mediante” (L.1) estabelece relação de movimento entre “exercício do poder” (L.1) e
“múltiplas dinâmicas” (L.1-2).
Texto III
1 Na esteira da leitura do mundo pela palavra, vemos
emergir uma tecnologia de linguagem cujo espaço de
apreensão de sentido não é apenas composto por palavras,
4 mas, junto com elas, encontramos sons, gráficos e diagramas,
todos lançados sobre uma mesma superfície perceptual,
amalgamados uns com os outros, formando um todo
7 significativo e de onde sentidos são complexamente
disponibilizados aos navegantes do oceano digital. É assim
o hipertexto. Com ele, ler o mundo tornou-se virtualmente
10 possível, haja vista que sua natureza imaterial o faz ubíquo
por permitir que seja acessado em qualquer parte do planeta,
a qualquer hora do dia e por mais de um leitor
13 simultaneamente. O hipertexto concretiza a possibilidade
de tornar seu usuário um leitor inserido nas principais
discussões em curso no mundo ou, se preferir, fazê-lo
16 adquirir apenas uma visão geral das grandes questões do ser
humano na atualidade. Certamente, o hipertexto exige do seu
usuário muito mais que a mera decodificação das palavras
19 que flutuam sobre a realidade imediata.
Antonio Carlos Xavier. Leitura, texto e hipertexto. In:
L. A. Marcuschi e A. C. Xavier (Orgs.). Hipertexto e
gêneros digitais, p. 171-2 (com adaptações).
Texto IV
1 Era uma vez uma rotina em que criança bem-criada
e educada era aquela que tinha horário para tudo e não
misturava as coisas: brincar era brincar, estudar era estudar.
4 Pobres dos pais que ainda alimentam alguma ilusão de ritmo
seqüencial. Cercadas de aparelhos eletrônicos que dominam
desde cedo, as crianças da era dos estímulos constantes e
7 simultâneos são capazes de executar três, quatro, cinco
atividades ao mesmo tempo — e prestar pelo menos alguma
atenção a todas elas. São crianças multitarefa e encaram isso
10 com total naturalidade.
Mas a rapidez e a multiplicidade podem ter certo
custo. Para quem tem pressa em determinar as conseqüências
13 futuras das atividades simultâneas, a ciência ainda responde
em ritmo de passado. Vamos ter de esperar uma ou duas
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187
Português
gerações para saber se a multitarefa será predominantemente
16 positiva ou negativa na fase adulta.
Texto V
Fazer ciência implica descobrir, inventar e produzir
coisas novas. Antes de o capitalismo se estabelecer como
sistema socioeconômico dominante, fazer ciência era uma
4 atividade individual e privada. Hoje, trata-se de um trabalho
público, coletivo, realizado em locais oficialmente
reconhecidos como produtores de ciência — as instituições
7 científicas.
A institucionalização da ciência ocorreu com a
mudança da atividade científica individual para a coletiva, do
10 espaço privado para o público, e, aliado ao fato de depender
de financiamentos de governos, pessoas, instituições
privadas, esse processo passou a determinar as rotas de
13 pesquisa.
Existem dúvidas se é possível, democraticamente,
um controle social e ético sobre os conhecimentos científicos
16 e os avanços tecnológicos em geral. Discute-se também se,
do ponto de vista do direito, as questões éticas devem ser
objeto de leis ou de normas, ou de ambas. Assim como
19 se indaga muito se a sociedade não estaria exercendo um
controle social e ético sobre as tecnociências mediante
normas (códigos de ética) em detrimento dos poderes
22 legalmente constituídos nos estados democráticos,
menosprezando as leis e superestimando os códigos de ética.
Fátima Oliveira. Bioética — uma face da cidadania, p. 116 (com adaptações).
Texto VI
1 A esfera da ciência pode parecer hostil às metáforas.
Afinal de contas, a ciência ocupar-se-ia da busca e da
representação do conhecimento, o que, para muitos, só pode
4 ser literal: um remédio ou um tratamento médico são coisas
concretas que podem ser vistas ou ingeridas; uma ponte é
uma construção de verdade, do mundo real; do mesmo modo,
7 muitos outros avanços científicos são coisas concretas que
afetam diretamente a vida das pessoas. Sendo concretas, não
haveria necessidade de metáforas para pensar, descobrir ou
10 comunicar essas coisas. O que talvez não esteja claro para
aqueles que possuem tal visão inocente ou leiga da ciência é
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188
Português
que, antes das descobertas e das invenções, há intenso
13 trabalho de pesquisa e que esse trabalho tem uma base
metafórica considerável. Sem essa base, não seria possível
teorizar, pesquisar, comunicar, nem produzir ciência.
Tony Berber Sardinha. Metáfora. São Paulo: Parábola, 2007, p. 83 (com adaptações).
Com base no uso das estruturas linguísticas desse texto, julgue o item subsequente.
Texto VII
1 No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) presta
atendimento universal e gratuito a 160 milhões de brasileiros
que não têm planos de saúde privados. Com o fim dos antigos
4 institutos de previdência, as críticas ao SUS são corriqueiras.
É que a demanda é maior do que a oferta, por causa da
concentração dos serviços nas capitais e cidades-polos país
7 afora.
O SUS foi criado com a finalidade de alterar a
situação de desigualdade na assistência à saúde da população,
10 tornando obrigatório o atendimento público gratuito a qualquer
brasileiro. Do sistema fazem parte os centros e postos de saúde,
hospitais, incluindo os universitários, além de laboratórios,
13 hemocentros, bancos de sangue, fundações e órgãos de
pesquisa, como a Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Vital
Brazil.
16 O SUS tornou-se, pois, uma enorme estrutura,
atendendo também a 5 milhões de trabalhadores rurais. Esse
colossal inchaço trouxe dificuldades no que se refere a gestão
19 e aplicação de recursos. Contudo, tem dado conta,
razoavelmente, do recado.
Estado de Minas, Editorial, 11/1/2010 (com adaptações).
A respeito do texto acima e das suas estruturas linguísticas, julgue o item que se segue.
Texto VIII
1 Repórter – As empresas já se convenceram de que ser ético e
socialmente responsável é lucrativo?
Ricardo Young – Quem não enxerga a importância da
4 sustentabilidade corre um sério risco de obsolescência
intelectual e analfabetismo em relação ao seu tempo. E não se
trata de ser ou não ser lucrativo. A responsabilidade social tem
7 a ver com a capacidade de permanecer ou não no mercado. Em
uma empresa socialmente responsável, pode-se catalisar a
inteligência instalada e lhe dar uma direção e um sentido. Isso
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189
Português
10 fortalece a empresa, torna-a mais competitiva, aumenta a
autoestima e a dedicação dos funcionários, amplia o sentimento
de pertencimento — a vida das pessoas, em vez de ser
13 ameaçada pelo trabalho, é fortalecida por ele. Essas empresas
têm melhores condições de desempenho e, portanto, de
prolongar sua vida.
Ricardo Young. Revista Planeta, out./2009, p. 10 (com adaptações).
A partir da organização das estruturas linguísticas e das ideias do texto, julgue o item a seguir.
Texto IX
"A urbanização do Brasil deu à miséria certa impessoalidade. Ela passou a apresentar-se como um
elemento da paisagem, algo para ser visto pela janelinha do carro, ora esparramada sobre a calçada, ora
refugiada sob o viaduto. A modernidade trouxe novas formas de contato com a riqueza. Logo a miséria
estava batendo, suja, esfarrapada, no vidro de nosso carro."
Texto X
1 De olho no que julgam ser a maior oportunidade de negócios nos
próximos anos em todo o mundo, as empreiteiras brasileiras articulam a
formação de grandes consórcios a fim de
4 disputar com mais chances de vitória as licitações para a ampliação do canal do Panamá.
O lobby que o presidente Fernando Henrique Cardoso
fez pessoalmente em março,
7 durante visita ao Panamá, é uma clara manifestação de que as empresas brasileiras contam com
boas chances de serem escolhidas.
Daniel Rittner. "Ampliação do canal do Panamá atrai empreiteiras". In: Valor Econômico, 3/5/2002, p. A12.
Considerando o texto acima, julgue o item seguinte.
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190
Português
13 - (CESPE - 2003 - Banco do Brasil - Escriturário).
Texto XI
1 Uma das novas tendências brasileiras é a
demanda popular, mesmo nas camadas mais pobres, por
vaga nas universidades, especialmente nas públicas, livres
4 das pesadas mensalidades. Emparelha-se, para centenas de
milhares de jovens de escolas públicas, ao sonho da casa
própria. Mas, pela falta de recursos, essas instituições têm
7 cada vez menos condições de abrir novas vagas e garantir
a qualidade de ensino.
Como o Brasil convive simultaneamente com
10 diferentes décadas (ou mesmo séculos), enfrentam-se, lado
a lado, a fome mais primitiva, o trabalho escravo e infantil
e a pressão dos milhões de estudantes de escolas públicas
13 que correm atrás de um diploma de faculdade, exigido por
uma sociedade com forte impacto tecnológico.
Sinais desse movimento são algumas inovações
16 que serão lançadas ainda neste semestre em São Paulo e
compõem o novo perfil do Brasil. A prefeitura decidiu
fortalecer os cursinhos pré-vestibulares gratuitos e garantir
19 bolsas nos que são pagos. É algo que, até há pouco tempo,
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Português
ninguém poderia imaginar como papel de uma prefeitura,
encarregada, pela lei, do ensino fundamental. Percebeu-se
22 que, sem determinado tipo de habilitação e formação
escolar, o jovem, mesmo de classe média baixa, entra no
círculo da marginalidade.
25 Muitas empresas estão exigindo diploma de
ensino médio a trabalhadores para executarem atividades
que, no passado, ficavam nas mãos de analfabetos ou de
28 semi-analfabetos. Indústrias mais sofisticadas preferem
operários com cursos universitários.
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192
Português
Com relação ao texto em edição na janela do Word 2000 mostrada no texto e à conjuntura sociopolítica
mundial, julgue o item a seguir.
Na linha 3, o emprego de preposição aglutinada ao artigo masculino singular em "ao Programa" deve-se à
regência da palavra "apoio".
Texto XII
1 Para a direita a noção de cidadania procura
expurgar a noção de igualdade inerente a este termo.
A cidadania é vista como uma outorgação do Estado ou, no
4 limite, o reconhecimento da igualdade jurídica, que
discrimina e escamoteia o fato de que os direitos, para serem
gozados, necessitam de uma certa homogeneidade social e
7 econômica. Assim, ao absolutizar o nivelamento jurídico dos
indivíduos, este raciocínio opera um escamoteamento das
desigualdades econômicas, sociais, políticas e culturais que
10 permeiam uma sociedade onde as classes sociais, os gêneros,
as etnias e os grupos têm acesso diferenciado e desigual aos
bens materiais e simbólicos.
João B. A. da Costa. Democracia, cidadania e atores políticos de esquerda. Internet: Acesso em 16/7/2004.
Texto XIII
1 A polêmica sobre o porte de armas pela população
não tem consenso nem mesmo dentro da esfera jurídica, na
qual há vários entendimentos como: "o cidadão tem direito
4 a reagir em legítima defesa e não pode ter cerceado seu
acesso aos instrumentos de defesa", ou "a utilização da força
é direito exclusivo do Estado "ou "o armamento da população
7 mostra que o Estado é incapaz de garantir a segurança
pública". Independente de quão caloroso seja o debate, as
estatísticas estão corretas: mais armas potencializam a
10 ocorrência de crimes, sobretudo em um ambiente em que
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Português
essas sejam obtidas por meios clandestinos. A partir daí,
qualquer fato corriqueiro pode tornar-se letal. O porte de
13 arma pelo cidadão pode dar uma falsa sensação de
segurança, mas na realidade é o caminho mais curto para os
registros de assaltos com morte de seu portador.
Internet: Acesso em 28/9/2004 (com adaptações).
GABARITO
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194
Português
Parte 2 – Capítulo XI
Conjunções
Podemos entender por conjunção os vocábulos gramaticais que têm a função de relacionar duas orações
ou dois termos semelhantes da mesma oração.
COORDENATIVAS SUBORDINATIVAS
Aditivas Causais
Adversativas Concessivas
Alternativas Condicionais
Conclusivas Finais
Explicativas Temporais
Consecutivas
Comparativas
Proporcionais
Conformativas
Integrantes
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a
mesma função gramatical. As conjunções coordenativas podem se subdividir em: Aditivas, Adversativas,
Alternativas, Conclusivas e Explicativas.
Aditivas
As conjunções aditivas estabelecem ideia de adição e servem para ligar simplesmente dois termos ou duas
orações de idêntica função. Destacam-se as seguintes conjunções aditivas: e, nem (= e não), tampouco.
Aditivas
TAMPOUCO NEM
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195
Português
Exemplificando...
Note que, no primeiro exemplo, a conjunção e estabelece uma relação de soma, já que o sujeito pratica as
duas ações (voltar e desfalecer). Já no segundo exemplo, a conjunção nem (= tampouco) promove uma
relação de adição, com sentido negativo, pois, neste caso, ocorre a soma de elementos negados.
Vale frisar que existem expressões que necessitam de outras expressões. São chamadas de correlativas,
pois uma exige a outra.
Adversativas
As conjunções adversativas interligam dois termos ou duas orações de igual função, configurando ideia de
contraste, adversidade, contrariedade, oposição. As adversativas mais comuns são: mas, porém, contudo,
todavia, entretanto, no entanto e não obstante.
MAS
NÃO PORÉM
OBSTANTE
Adersativas
mais comuns CONTUDO
NO
ENTANTO
ENTRETANTO TODAVIA
Exemplificando...
Não existiam muitas construções, nenhum edifício de apartamentos, porém sobravam grandes, extensos
terrenos baldios.
Note que o uso das conjunções porém e contudo iniciam uma oposição à expectativa criada na oração
anterior.
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196
Português
Alternativas
As conjunções alternativas ligam dois termos ou orações de sentido distinto, sinalizando que, ao cumprir-se
um fato, o outro não se cumpre. Destacam-se as conjunções: ou (repetida ou não) e quando repetidas, ora,
quer, seja, nem.
OU
NEM ORA
Alternativas
SEJA QUER
Exemplificando...
Ou o menino não compreendia bem ou não ouvia nada do que lhe dizia o seu companheiro.
Ora dança ora trabalha.
Note que, no primeiro exemplo, a conjunção ou estabelece uma opção, escolha. No segundo exemplo, o
sujeito da oração possui duas atividades, contudo os fatos não acontecem simultaneamente. Ou seja, eles
se alternam.
Conclusivas
As conjunções conclusivas servem para ligar à anterior uma oração que exprime conclusão, dedução,
consequência. As mais comuns são: logo, pois, portanto, então, por conseguinte, por isso e assim.
LOGO
ASSIM POIS
Conclusivas
mais Quando deslocado na frase (no
POR ISSO comuns PORTANTO meio ou no final).
Aparece entre vírgulas.
POR
ENTÃO
CONSEGUINTE
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197
Português
Exemplificando...
Ficamos andando até tarde no Calçadão de Copacabana, logo não conseguimos ir ao banco.
Estou malhando muito, portanto ficarei em forma para o verão.
Note que a primeira oração exprime ideia de conclusão, e a segunda mostra um significado de dedução.
Explicativas
As conjunções explicativas ligam duas orações, a segunda justificando a ideia contida na primeira oração.
Essas conjunções introduzem ideia de explicação vinculada normalmente a uma ordem, advertência,
sugestão ou solicitação. As conjunções mais comuns são: que, porque, pois, porquanto, já que, visto que,
uma vez que, como e dado que.
QUE
DADO
QUE PORQUE
VISTO
QUE JÁ QUE
Exemplificando...
Note que, na primeira oração, a conjunção que inicia explicações para ordens indicadas na oração anterior.
Na segunda oração, choveu não seria consequência de as ruas estarem alagadas, portanto cabe aí apenas a
ideia de explicação.
Dentre as conjunções adversativas , apenas mas aparece
obrigatoriamente no começo da oração; já as conjunções todavia,
porém, contudo, entretanto e no entanto podem vir no início da oração
ou após um dos seus termos.
A conjunção pois, quando conclusiva, vem sempre posposta a um termo
da oração a que pertence.
Já as conjunções conclusivas logo, portanto e por conseguinte podem
variar de posição, conforme o ritmo, a entoação e a harmonia da frase.
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198
Português
CONJUNÇÃO "E"
Pode ter valor adversativo.
Pode iniciar frases de alta intensidade afetiva, com o valor próximo ao de interjeições.
Pode facilitar a passagem de uma ideia a outra, mesmo que não relacionadas, como em fórmulas que
imitam o estilo bíblico.
“E a minha terra se chamará a terra de Javé, e a tua se chamará a terra de Sem; e iremos às tendas
um do outro, e partiremos o pão da alegria e da concórdia”. (Machado de Assis, OC, II, 302).
CONJUNÇÃO "MAS"
Pode exprimir ideia de restrição.
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199
Português
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
São aquelas conjunções que ligam duas orações, uma das quais determina ou completa o sentido da outra.
As conjunções subordinativas classificam-se em Causais, Concessivas, Condicionais, Finais, Temporais,
Comparativas, Consecutivas, Integrantes, Conformativas e Proporcionais.
Causais
As conjunções causais iniciam uma oração subordinada que denota causa, ou seja, há uma relação de
causa-efeito. Assim, a causa irá representar um fato anterior e o efeito representará o fato posterior.
Destacam-se as causais mais comuns: porque, pois, porquanto, como (= porque), pois que, por isso que, já
que, uma vez que, visto que, visto como, que, etc.
PORQUE JÁ QUE
POR
ISSO POIS
QUE UMA VEZ
QUE
Causais QUE
Causais
mais mais
comuns comuns
POIS
PORQUANTO
QUE
VISTO VISTO
COMO COMO QUE
(= PORQUE)
Exemplificando...
Como os preços estavam altos, decidi optar pelo carro mais barato.
Ela ainda não fez o bolo, já que lhe faltou a farinha.
É importante alertar que causa se difere de explicação, não se podendo confundir conjunções causais com
conjunções explicativas.
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200
Português
CAUSA EXPLICAÇÃO
Toda vez que a oração em destaque se parecer com causa, pergunte se ela foi um fato que fez
com que outro ocorresse.
Para toda causa, haverá um efeito. Se você não achar um efeito, aquela ideia não era uma
causa e, sim, uma explicação.
Efeito Causa
Concessivas
As conjunções concessivas introduzem uma oração subordinada, cujo fato ocorrente não altera o fato da
outra oração. A oração introduzida admite um fato contrário à ação principal, mas incapaz de impedi-la.
Destacam-se as seguintes conjunções: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que,
se bem que, por mais que, por menos que, apesar de que, nem que, que, etc.
EMBORA SE BEM
QUE
Concessivas Concessivas
POR
POSTO AINDA NEM QUE MENOS
QUE QUE QUE
MESMO APESAR DE
QUE QUE
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201
Português
Exemplificando...
Note que a conjunção embora inicia uma oração que possui um fato incapaz de alterar o fato da primeira
oração. No primeiro período, a oração inicial tem sentido hipotético, todavia poderia apresentar sentido
concreto que não alteraria a oração segunda.
Condicionais
As conjunções condicionais iniciam uma oração subordinada em que se introduz ideia de hipótese ou uma
condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal. Essa ideia de condição é oposta à de
concessão. Desse modo, o fato sempre irá depender do outro. Destacam-se as seguintes conjunções: se,
caso, contanto que, salvo se, sem que (= se não), dado que, desde que, a menos que, a não ser que , etc.
SE
A NÃO SER
CASO
QUE
A MENOS CONTANTO
QUE QUE
Condicionais
DESDE
SALVO SE
QUE
Exemplificando...
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202
Português
Finais
As conjunções finais iniciam uma oração subordinada que indica ideia de objetivo, finalidade à oração
principal. Sendo conjunções finais: para que, a fim de que, porque (= para que).
A FIM DE QUE
PORQUE
PARA QUE
(= PARA QUE)
Finais
Exemplificando...
Note que, nos dois exemplos, as orações que não carregam as conjunções são geradoras da ação das
orações que trazem as conjunções finais.
Temporais
As conjunções temporais iniciam uma oração subordinada, indicadora de circunstância de tempo. São as
conjunções temporais: quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde
que, todas as vezes que, apenas (= quando), mal, que (= desde que), etc.
QUANDO ASSIM
QUE
Temporais Temporais
APENAS
ATÉ QUE (= QUANDO)
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203
Português
Exemplificando...
Fico com enxaqueca, cada vez que ouço esse tipo de música.
Todas as vezes que lhe encontro, chego atrasada ao trabalho.
Consecutivas
As conjunções consecutivas iniciam oração com a ideia de consequência do que foi declarado na oração
anterior. Destacam-se as seguintes conjunções: que (combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou
tamanho, presentes ou latentes na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de
sorte que, etc.
QUE
DE SORTE DE FORMA
QUE QUE
Consecutivas
DE MODO DE MANEIRA
QUE QUE
Exemplificando...
204
Português
As conjunções comparativas conferem ideia de comparação, iniciando uma oração que encerra o segundo
membro de uma comparação, de um confronto. Destacam-se as seguintes conjunções: que, do que (depois
de mais, menos, maior, menor, melhor e pior), qual (depois de tal), quanto (depois de tanto), como, assim
como, bem como, como se e que nem.
QUE
QUE
DO QUE
NEM
COMO
QUAL
SE
Comparativas
BEM
QUANTO
COMO
ASSIM
COMO
COMO
Exemplificando...
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205
Português
Integrantes
As conjunções integrantes são responsáveis por introduzir uma oração que funciona como sujeito, objeto
direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto de uma oração. Destacam-se as
seguintes conjunções: que e se.
QUE Integrantes SE
Exemplificando...
Note que a segunda oração de cada período pode ser facilmente substituída pela palavra ISSO.
Conformativas
As conjunções conformativas iniciam uma oração subordinada em que se expressa a conformidade de um
pensamento com o da oração principal. Destacam-se as seguintes orações: conforme, como (= conforme),
segundo, consoante, de acordo com que, em consonância com que.
CONFORME
EM
CONSONÂNCIA COMO
COM QUE
Conformativas
DE ACORDO
COM QUE SEGUNDO
CONSOANTE
Exemplificando...
Note que, neste último exemplo, a conjunção conforme denota conformidade da ação com que foi
ordenado. Já no primeiro exemplo, a conjunção utilizada pode ser substituída pela própria conjunção
conforme.
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206
Português
Proporcionais
As conjunções proporcionais iniciam uma oração subordinada com ideia de proporção, que menciona um
fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal. Destacam-se as seguintes
conjunções: à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais... mais, quanto mais...
tanto mais, quanto mais... menos, quanto mais... tanto menos, quanto menos... menos, quanto menos...
tanto menos, quanto menos... mais, quanto menos... tanto mais.
quanto mais...
à medida que menos
quanto mais...
ao passo que tanto menos
Proporcionais
Proporcionais
quanto menos...
à proporção que menos
quanto menos...
enquanto tanto menos
quanto mais... quanto menos...
mais mais
quanto mais... quanto menos...
tanto mais tanto mais
Exemplificando...
À medida, porém, que os dias se passavam, mais ansiosa ela ficava pelo casamento.
Quanto mais ele comia, mais ele queria.
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207
Português
Parte 2 – Capítulo XI
Questões de Concursos
1 - (CESPE - 2011 - Correios - Agente de Correios - Operador de Triagem e Transbordo).
a) oposição.
b) causa.
c) conclusão.
d) finalidade.
e) condição.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
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208
Português
A conjunção “e” pode assumir diferentes funcionamentos e apresentar valores semânticos diferentes. O
trecho em que e pode expressar ideia contrastiva é:
a) “... e vemos a escuridão da noite ...” (ℓ. 20)
b) “Vemos mundos belíssimos e hostis...” (ℓ. 33)
c) “criou seres de formas diversas e exuberantes,” (ℓ. 38-39)
d) “e mesmo o Sistema Solar inteiro,” (ℓ. 45-46)
e) “que procuramos entender com nossa ciência e, de forma distinta, com nossa arte.” (ℓ. 58-59)
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209
Português
2. que consomem mais recursos do que conseguem repor.
c)1. graças à visibilidade que o tema sustentabilidade conquistou
2. estão paulatinamente ganhando projeção...
d) 1. Para essa escola, as novas métricas para medir o crescimento não bastam...
2. embora sejam bem-vindas em um processo de transição.
e) 1. embora as empresas venham repetindo a palavra sustentabilidade como um mantra ...
2. são pouquíssimas as que fizeram mudanças efetivas em seus modelos de negócio.
( ) Certo ( ) Errado
14 - (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário - Área Administrativa).
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210
Português
Tais mudanças conferiram tanta independência às cidades médias que 60% delas não precisam ter maiores
vínculos com a região metropolitana da capital de seu Estado. (final do texto)
A relação sintático-semântica que se estabelece entre as orações do período acima é, respectivamente, de
a) causa e consequência.
b) condição e fato dela decorrente.
c) hipótese provável e ressalva.
d) temporalidade e constatação de um fato.
e) fato real e finalidade decorrente desse fato.
15 - (FCC - 2010 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação). Constituem uma
causa e seu efeito, nesta ordem, os seguintes segmentos:
a) aceitar a influência de fatores aleatórios e identificar uma causa definida.
b) os processos aleatórios são fundamentais na natureza e a maioria das pessoas não os compreende.
c) uma analogia que descreve o movimento aleatório e trajetos seguidos por moléculas.
d) viagem pelo mundo da aleatoriedade e comece a ver a vida por um ângulo diferente.
e) uma compreensão mais profunda dos fenômenos cotidianos e ilustrar o papel do acaso no mundo.
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211
Português
a) Conquanto
b) Entretanto
c) Contudo
d) Todavia
e) Porém
20 – Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação
As informações sensíveis a que temos acesso, embora restritas, não comprometeram nossa sobrevivência
no laboratório da vida. (5º parágrafo)
Mantendo - se a correção e a lógica, sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase acima, o
elemento sublinhado pode ser corretamente substituído por:
a) conquanto.
b) contanto que.
c) entretanto.
d) porém.
e) no entanto.
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212
Português
23 – Prova: CESPE - 2013 - INPI - Todos os Cargos - Conhecimentos Básicos - Cargo 25 e 26
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213
Português
c) Contudo.
d) Porquanto.
e) Por conseguinte.
30 - (MPE-MS - 2011 - Promotor de Justiça). As conjunções grifadas nas expressões abaixo se referem
respectivamente às relações de:
I – À medida que os meses passavam, sentia-me mais preparado para o concurso de minha vida.
II – Apesar dos esforços constantes, a comunidade do bairro não logrou êxito na prefeitura para o asfalto
na linha de ônibus.
III – Ainda que tenha se esforçado, não conseguiu chegar a tempo para o baile.
IV – Assim que chegar, não se esqueça de trancar a porta.
a) Conseqüência – concessão – concessão – tempo;
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214
Português
b) Proporcionalidade – concessão – concessão – tempo;
c) Conseqüência – finalidade – concessão – tempo;
d) Proporcionalidade – concessão – concessão – condição.
e) Conseqüência – concessão – concessão – condição.
31 - (FUNCAB - 2010 - IDAF-ES - Administrador). No trecho: “Para resistir à pressão do mercado, é preciso
muita força de vontade. E como nem todo mundo tem, aí eles fazem a festa!” (parágrafo 4), a conjunção
“E” está empregada para sinalizar a mesma relação existente entre as orações coordenadas de:
a) Madalena estava prenha, e eu pegava nela como em louça fina.
b) O nordeste começou a soprar, e a porta bateu com fúria.
c) Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente.
d) Aproximei-me na ponta dos pés e li o endereço de Azevedo Gondim.
e) Qualquer movimento, e será um homem morto.
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215
Português
d) a fim de que / Da mesma maneira que – e expressam ideia de finalidade e de conformidade, nessa
ordem.
e) de modo que / Ainda que – e estabelecem ideia de conformidade e de oposição, nessa ordem.
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216
Português
a) Por conta de ter ficado muito tempo restrito
b) Ainda que tenha ficado muito tempo restrito.
c) Em vez de ter ficado muito tempo restrito.
d) Ficando há muito tempo restrito
e) Conforme tendo ficado muito tempo restrito
Por mais que a validade das previsões da OMS relativas à pandemia da gripe A sejam questionáveis – sem
dúvida, são mais dependentes da pressão dos laboratórios que da realidade médica –, a constatação de que
95 países pobres necessitariam dos estoques excedentes de vacinas não deixa de ser expressiva. (op. cit.
BULARD, Martine)
Uma conjunção explicitaria o nexo entre as duas orações, caso os travessões do período acima fossem
substituídos por vírgula.
Assinale a alternativa CORRETA que apresenta essa conjunção.
a) Embora
b) E
c) Como
d) Pois
e) Portanto
GABARITO
01- D 03 - C 04 - E 05 - B 06 - A 07 - D 08 - D 09 - C 10 - C
11 -E 12 - A 13 - E 14 - A 15 - D 16 - C 17 - C 18 - B 19 - A 20 - A
21 - E 22 - D 23 - E 24 -A 25 - D 26 - C 27 - E 28 - C 29 - D 30 - B
31 - C 32 - A 33 - C 34 - D 35 - C 36 - A 37 - A 38 - C 39 - B 40 - D
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217
Português
Parte 2 – Capítulo XII
Interjeição
Definição: É a expressão que procura expressar os sentimentos e as reações das pessoas, ou seja,
traduzem emoção, sensação, saudação e apelo.
É dificil classificar as interjeições, uma vez que, dependendo da entonação com que são pronunciadas,
podem ter mais de um sentido.
Seguem abaixo algumas das principais classificações das interjeições na Língua Portuguesa:
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218
Português
Calma! Cuidado!
Advertência
Devagar! Alerta! Perdão Desculpa!
LOCUÇÃO INTERJETIVA
A locução interjetiva ocorre quando duas ou mais palavras formam uma expressão com valor de
interjeição.
Meu Deus!
Ora bolas!
Alto lá!
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219
Português
Parte 2 – Capítulo XII
Questões
1- (FUNIVERSA - 2011 - SEPLAG-DF - Auditor Fiscal de Atividades Urbanas - Transportes).
Assinale a alternativa correta.
a) As palavras “ninguém”, “pé”, “você” são acentuadas pela mesma razão.
b) Na frase Deus me fez assim e pronto! encontra-se uma interjeição característica da linguagem coloquial.
c) Na frase “As pessoas encaram tudo como desculpas e justificativas”, há exemplo de gíria e de uma figura
da linguagem: a anáfora.
d) Na construção “O que tais pessoas talvez nunca percebam”, o pronome “tais” está empregado de modo
informal, com significado de brilhantes, grandiosas.
e) O “as” de “as vezes” deve receber o sinal indicativo de crase para ajustar-se à norma culta padrão.
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220
Português
7- Em quais casos existe a presença de locução interjetiva.
a) Isso parece um sonho!
b) Quantos presentes você ganhou!
c) Ela não quer ir!
d) Puxa Vida! Como você demorou para chegar
e) Nossa! Quantas pessoas foram à festa!
9- Atribua às orações abaixo, uma interjeição correspondente ao contexto expresso pelas mesmas:
a - __________ que bom seria se não tivéssemos que nos preocupar com a falta de segurança.
b – Não consigo resolver esta questão. ________ estou bastante preocupada, pois não entendi toda a
matéria.
c - ________ você obteve o primeiro lugar na competição!
d – Acho que esta pessoa que está passando por ali é um amigo que não vejo há anos. ________ espere,
preciso falar contigo.
10- De acordo com o código mencionado, relacione corretamente as colunas analisando o valor
semântico atribuído pelas preposições:
A - admiração
B - espanto
C - aversão
D - alívio
( ) Nossa! Como você é formidável!
( ) Ufa! Terminamos o trabalho em tempo hábil.
( ) Credo! Não gostei do que você falou.
( ) Nossa! Que homem estranho está percorrendo pelas ruas do bairro.
GABARITO
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221
Português
Parte 3 – Capítulo l
Frase Oração e Período
FRASE
A frase pode ser definida por unidades comunicativas que exprimem ideias, emoções, ordens, apelos. É um
enunciado de sentido completo, uma unidade mínima de comunicação.
Elas podem ser constituídas:
Ex.: Basta!
As frases podem conter verbos, constituindo uma ou mais orações, assim como conter duas ou mais formas
verbais, integrando uma locução verbal (verbo auxiliar + verbo principal).
Tipos de Frases
De acordo com seu sentido geral, as frases podem ser classificadas em:
Frases Imperativas: São constituídas por um pedido ou uma ordem, utilizando o verbo no modo
imperativo.
Frases Exclamativas: Momento em que o emissor expressa um estado afetivo. Trazem entoação um pouco
mais prolongada.
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222
Português
Estrutura da Frase
As frases que possuem verbo, ou seja, as orações são estruturadas a partir de dois importantes elementos:
- Sujeito: O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Esse termo refere-se ao “ser de quem se
declara algo”.
- Predicado: É a parte da frase que contém a informação nova para o ouvinte. Promove uma declaração
referente ao sujeito.
Período
O período pode ser caracterizado pela frase organizada em oração ou em orações. Constitui-se como
período simples aquele formado por apenas uma oração. Já o período composto é formado por mais de
uma oração.
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223
Português
Parte 3 – Capítulo l
QUESTÕES
1 – (2010 - PETROBRAS – BR – DISTRIBUIDORA S.A – MÊS/ANO: 05/2010 - CARGO: TÉCNICO(A) DE
ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE JÚNIOR - BANCA - CESGRANRIO - PROVA 01).
O trecho destacado na oração “apesar de conseguirem sobreviver no mundo da tecnologia”, mantendo-se
o sentido e a correção gramatical, é corretamente substituído por:
a) embora conseguirem.
b) caso consigam.
c) se conseguirem.
d) ainda que consigam.
e) se bem que conseguissem.
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224
Português
5 – (FGV - 2010 - DETRAN-RN - Assessor Técnico - Contabilidade).
“Eu, quando leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca”; a forma de se reescrever essa frase que
altera o seu sentido original é:
a) Quando leio algum desta outra casta, eu não me aflijo nunca.
b) Não me aflijo nunca quando leio algum desta outra casta.
c) Eu, nunca me aflijo com outra casta, quando leio algum.
d) Quando, desta outra casta, eu leio algum, não me aflijo nunca.
e) Nunca me aflijo, quando leio algum desta outra casta.
6 – (FUMARC - 2011 - PRODEMGE - Analista de Tecnologia da Informação).
Assinale a opção em que a mudança na ordem dos termos ALTERA sensivelmente o sentido do enunciado.
a) A informática, como espinha dorsal da comunicação humana, predomina, em tempos de linguagem
virtual. Predomina a informática, em tempos de linguagem virtual, como espinha dorsal da comunicação.
b) A linguagem literária deverá continuar, ainda que marginal à linguagem oficial, que será virtualizada. A
linguagem literária, que será virtualizada, deverá continuar ainda que marginal à linguagem oficial.
c) A palavra impressa continuará como poderoso elemento da comunicação humana. Como poderoso
elemento da comunicação humana, a palavra impressa continuará.
d) Os homens são homens, segundo Iago e sempre dão um jeito de melar as coisas, até mesmo aquilo que
escrevem. Segundo Iago, os homens são homens e dão um jeito de sempre melar as coisas, inclusive aquilo
que escrevem.
7 – (CEPERJ - 2011 - SEDUC-RJ - Professor - Matemática).
“A filosofia passou milênios tentando responder a esta pergunta...”– essa frase está incorretamente
reescrita, segundo o registro formal da língua, do seguinte modo:
a) Fazem milênios que a filosofia está tentando responder a esta pergunta...
b) Faz milênios que a filosofia está tentando responder a esta pergunta...
c) A filosofia está tentando responder a esta pergunta há milênios...
d) A filosofia está tentando, há milênios, responder a esta pergunta...
e) Há milênios que a filosofia está tentando responder a esta pergunta...
8 – (FCC - 2011 - TCE-SE - Técnico de Controle Externo - Edificações - Estradas).
Entrou na cidade por acaso.
A mesma ideia está reproduzida, com outras palavras, em:
a) ... e a agência do correio, onde o funcionário dormia o dia todo por falta de carta e telegrama.
b) ... quando o padre da paróquia vizinha aparecia e, assim mesmo, com pressa.
c) Urubu não aparecia, porque a carniça era diminuta, não dando para satisfazer a um bando ...
d) A prefeitura funcionava numa casa alugada, duas salas e o sanitário no fundo do quintal ...
e) Não sabia ao certo por que deixou a estrada e entrou.
9 – (FCC - 2011 - INFRAERO - Administrador).
Para uma das pessoas do nosso grupo, a entrada do lenhador simbolizava a dificuldade de conseguir
empregados obedientes.
Refaz-se a redação da frase acima, mantendo-se a correção, a clareza e a coerência em:
a) Entendeu uma das pessoas do nosso grupo de que o ingresso do lenhador era para ilustrar a dificuldade
dos serviçais submissos.
b) A participação do lenhador, segundo alguém do nosso grupo, indicava o quanto é raro encontrar
funcionários que acatem as ordens.
c) É a dificuldade de acesso a empregados leais que justifica a entrada em cena da figura do lenhador,
conforme asseverou um de nós.
d) Manifestou-se uma pessoa do nosso grupo no sentido de esclarecer a entrada do lenhador, símbolo
desses empregados difíceis de obedecer.
e) O lenhador entrou na história, conforme foi aventado entre nós, para se constituir um exemplo da
dificuldade da insubmissão.
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225
Português
12 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária
Não acredito que muitas pessoas sustentem nos dias de hoje uma versão tão forte da posição
cartesiana, mas a tradição de se considerar os animais “inferiores” como “menos capazes de sentir”
certamente persiste como um paliativo que ajuda a justificar nossa rapacidade - do mesmo modo como os
nossos ancestrais racistas argumentavam que os “insensíveis” índios eram incapazes de experimentar
alguma forma de dor conceitual ou filosófica pela perda de seu ambiente ou modo de vida (desde que os
territórios reservados suprissem suas necessidades corporais de alimento e segurança), e que os
“primitivos” africanos não lamentariam a terra natal e a família abandonadas à força uma vez que a
escravidão lhes assegurasse a sobrevivência do ponto de vista físico.
Mantém-se clara e correta a redação da frase acima caso, sem qualquer outra alteração, os elementos
sublinhados sejam substituídos, respectivamente, por:
a) embora - de modo que
b) contudo - contanto que
c) conquanto - porquanto
d) embora - contanto que
e) porém - antes que
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226
Português
15 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário -
Área Judiciária
Uma redação alternativa, em prosa, para os versos acima, em que se
mantêm a correção e a lógica, está em:
a) Os gritos, de uma estranha prisioneira, fazem estremecerem, em
seu íntimo ignorado a estrutura metálica.
b) No íntimo ignorado, onde habita os gritos de uma estranha prisioneira, estremecem a estrutura
metálica.
c) Estremecem a estrutura metálica, no seu íntimo ignorado, onde se encontra os gritos de uma
estranha prisioneira.
d) Os gritos de uma estranha prisioneira, estremecem no seu íntimo ignorado, a estrutura metálica.
e) Os gritos de uma estranha prisioneira, em seu íntimo ignorado, fazem estremecer a estrutura
metálica.
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227
Português
O que se denomina estilo de uma época resulta de uma combinação de estilos individuais, uma
combinação dominada pelos métodos dos compositores que exerceram influência preponderante em seu
tempo. Uma redação alternativa para a frase acima, em que se mantêm a correção e a clareza, está em:
a) Ao resultado de uma combinação de estilos individuais, na qual prevalecem os métodos dos
compositores que exerceram maior influência em seu tempo, chama-se estilo de uma época.
b) Uma combinação dos métodos dos compositores que exerceram a maior influência em seu tempo
geram estilos individuais que são designados estilo de época.
c) A soma de estilos individuais resultam no que se chama estilo de uma época, porém, devem
prevalecer os métodos dos compositores que exerceram mais influência em seu tempo.
d) O que resulta dos estilos individuais combinados é o que chamamos estilo de uma época, todavia,
prevalecem os métodos dos compositores cuja influência tinha-se conhecimento.
e) Estilo de uma época é o que designa uma combinação de estilos individuais, aonde os métodos dos
compositores definem uma maior influência em seu tempo.
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228
Português
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229
Português
a) Nos EUA e na Europa, caso as pessoas se sintam ofendidas por uma biografia, processam o autor caso
queiram...
b) Nos EUA e na Europa, caso as pessoas se sentirem ofendidos por uma biografia, processa-se o autor
caso quererem...
c) Nos EUA e na Europa, caso as pessoas se sente ofendidas por uma biografia, processa o autor caso se
quer...
d) Nos EUA e na Europa, caso as pessoas se sintam ofendido por uma biografia, processam-se o autor
caso se quer...
e) Nos EUA e na Europa, caso as pessoas se sentem ofendido por uma biografia, processam o autor caso
querem...
GABARITO
12 - B 13 - E 14 - B 15 - E 16 - C 17 - B 18 - A 19 - A
22 - E 24 - A 25 - B 26 - C 27 - A 28 - E 29 - E
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230
Português
Parte 3 – Capítulo II
Crases
Consoante José de Nicola e Ulisses Infante, “as ocorrências de crase são uma questão da sintaxe da
regência”. A crase indica a união de idênticos sons, demarcados pelo acento grave, qual seja, a união de A
(preposição) + A (em sua maioria, artigo). Em outras palavras, é necessário que o termo antecedente seja
seguido da preposição A, que irá se unir ao artigo definido A(S) ou aos demonstrativos A(S), AQUILO,
AQUELA(S), AQUELE(S) ou ao A de A QUAL.
Confira!
Antecedente Consequente
É de fácil análise a existência da preposição, sendo possível a constatação através do verbo ou até mesmo do
nome em questão. Basta averiguar a presença do objeto indireto ou do complemento nominal originado pela
preposição A, que, ocorrendo, caberá tão-somente observar se no consequente necessita-se do artigo A.
Nesse contexto, a crase estará relacionada com os adjuntos adverbiais. A exemplo do verbo “ir” e “chegar”,
em que se entende “ir a algum lugar” e “chegar a algum lugar’, vejamos!
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231
Português
A CRASE E O PERÍODO COMPOSTO
Ao analisarmos o período composto, dois aspectos importantes devem ser observados, quais sejam, a
ocorrência da crase em algumas locuções conjuncionais (à medida que, à proporção que) e as construções
com pronomes relativos em que a crase pode ocorrer (que e a qual/as quais). Confira!
Ex.:
À proporção que a vida passa, ficamos mais experientes.
REGRAS BÁSICAS
1º REGRA
Ocorre claramente a crase quando substituimos o substantivo feminino por um substantivo
masculino e o termo que preceder este subtantivo puder ser trocado de A para AO.
2º REGRA
Em verbos com ideia de locomoção, não se aplica a 1º regra básica. O ideal é transfomar as
frases "dirigir-se a","locomover-se a", "ir a" por "volto". Quando puder ser utilizado após o
verbo "volto" a palavra "de", não haverá crase; aparecendo "da", usa-se acento grave.
Exemplo:
Fui a Niterói.
Fui à Bahia.
No 1º exemplo, não utiliza-se crase, pois "Volto de Niterói", no 2º exemplo, por sua vez,
utiliza-se acento grave, pois a frase pode ser substituída por "Volto da Bahia".
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232
Português
3º REGRA
A 3º regra básica, já vista superficialmente, tange ao uso do acento grave quando a
preposição A se une aos pronomes demonstrativos AQUILO, AQUELE, AQUELES,
AQUELA e AQUELAS.
Neste caso, para saber se há crase ou não, é importante que se tente substituir os
pronomes demonstrativos por outros, tais como: isto, essa, essas, esse, esses, isso, esta,
estas, este, estes. Se a preposição A for utilizada, há necessidade do uso do
acentograve.
Exemplo:
Conheço este professor. Conheço aquele professor.
Refiro-me a este professor. Refiro-me àquele professor.
CASOS ESPECIAIS
Em continuidade ao tema, verificaremos abaixo situações em que o uso do acento grave será facultativo.
Confira!
Artigo
Antes de
pronome
possessivo.
feminino
adjetivo
singular
O artigo, antes de
África, Europa,
Acento grave
FACULTATIVO: Espanha, França,
Holanda, Escócia ,
etc.
Depois da Antes de
preposição nome de
ATÉ. mulher.
Exemplos: Escrevi a (à) minha amiga. Vou a (à) Espanha. Dei um presente a (à) Daniela. Fomos até a (à)
praça.
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233
Português
Vale frisar também situações em que a crase NUNCA ocorrerá, momento este em que se deve ter
especial atenção.
Por fim, vale analisar outras duas situações em que o uso da crase será obrigatório. Vejamos!
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234
Português
Parte 3 – Capítulo II
Questões de Concursos
3 – Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação
Mas também resistir a ideias de frear o consumo. Estará correto o emprego do sinal indicativo de crase se o
segmento grifado acima for substituído por:
a) à controlar o hábito de consumo
b) à novas tentativas contra o consumo.
c) à proposta de diminuir o consumo.
d) à cada dia ao controle do consumo.
e) à projetos de controlar o consumo
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235
Português
c) É possível ir as aulas sem levar o notebook.
d) Não desejo a ninguém uma vida infeliz.
e) A instrutora chegou a tempo para a prova.
a) a expressão “história postal” (l.1) exige complemento antecedido por artigo definido feminino.
b) a forma verbal “corresponde” exige complemento regido da preposição a, e a expressão que a
complementa é precedida do artigo definido a.
c) a expressão “transformação histórica” deve ser imediatamente precedida da preposição a.
d) a expressão “transformação histórica” deve ser imediatamente precedida da preposição a.
e) a forma verbal “transcorrer” (l.1) foi transformada em substantivo pela anteposição do artigo “O”.
09 - (MPE-MS - 2011 - MPE-MS - Promotor de Justiça).
Assinale a alternativa em que o sinal indicador da crase foi empregado incorretamente:
a) Dirigimos até à Assembleia Legislativa para participarmos de uma solenidade de posse;
b) Ele não se referiu à ninguém da festa, apenas comentou o caso para puxar assunto;
c) Quanto àquela expressão, não deixe de incluí-la no texto;
d) Fui à bela Veneza passar quinze dias de férias;
e) nenhuma das alternativas anteriores.
10 Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Psicologia
O sinal indicativo de crase está empregado corretamente na frase
a) As origens da poesia amorosa italiana geram controvérsias; as opiniões diferem conforme se dá mais
relevo à novidade do conteúdo ou à novidade da forma artística.
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236
Português
b) No século XVI, a literatura italiana antecipou-se à todas as outras literaturas europeias, criando novos
gêneros e formas de expressão.
c) Com os mestres de Dante, começa a poesia amorosa; Dante e Petrarca à continuam e Boccaccio fornece
a ela novo requinte psicológico.
d) Com a enorme influência da literatura francesa medieval não pode ser comparada à da literatura italiana
do século XVI.
e) As famílias florentinas dos Bardi e Peruzzi, comerciantes de lã, chegaram à conceder vultosos
empréstimos à outras nações.
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237
Português
Sem que qualquer outra modificação seja feita na frase acima, o sinal indicativo de crase deverá ser
mantido caso o segmento sublinhado seja substituído por:
a) afiguram.
b) parecem.
c) correspondem.
d) lembram.
e) rememoram.
a) à-a-à
b) a-à-a
c) a-a-à
d) à-à-a
e) a-à-à
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238
Português
Observe o emprego do acento grave para marcar a crase no período: “A necessidade de medir é muito antiga
e remete à origem das civilizações.” Também está correto, de acordo coma norma culta da língua, o emprego
do acento grave para assinalar a crase, na alternativa:
a) As novas unidades de medidas foram criadas para atender à anseios do avanço tecnológico.
b) A padronização das unidades de pesos e medidas foi útil à todos os países, pois facilitou o comércio entre
eles.
c) Referiu-se às unidades de pesos e medidas consolidadas pelo Conselho Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial – Conmetro
d) O Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Conmetro – é o órgão que
normatiza pesos e medidas à serem adotadas pelas indústrias brasileiras
e) Solicitaram ao empresário que usasse o peso e a medida de seu produto de acordo com às normas do
INMETRO.
22 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa
O acesso ____ redes sociais voltadas para a carreira pode ajudar o profissional ____ conseguir uma
colocação no mercado de trabalho. Mas é preciso atenção ao se criar um perfil na internet, pois todo o
conteúdo ali veiculado afetará positiva ou negativamente ____ imagem do profissional.
Preenchem corretamente as lacunas do texto acima, na ordem dada:
a) às - a - à
b) às - à - a
c) às - a - a
d) as - à - a
e) as - à - à
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239
Português
___ vezes ele faz ___ vezes de vítima, o que irrita ____ todos que assistimos ____ cenas deploráveis que ele
protagoniza.
O emprego do acento indicativo da crase deve ser usado em quantas das lacunas da frase acima?
a) em nenhuma delas.
b) em três delas.
c) em duas delas.
d) em todas elas.
e) em apenas uma delas.
28 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Área Administrativa
No trabalho em equipe, respeito ...... diretrizes é essencial, mas muitos profissionais decidem ignorar ......
regras e tomam decisões de acordo com o que acham melhor. A resistência em aceitar regras geralmente
está ligada ...... adoção de novos procedimentos e sistemas. (Adaptado de:revistaalfa.abril.com.br)
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
a) às - as - à
b) as - as - à
c) as - às - à
d) às - às - a
e) as - às - a
29 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário
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240
Português
Talvez tivesse qualquer coisa de bicho, esse homem sensível à beleza fugaz deste mundo. .A crase empregada
acima pode ser corretamente mantida caso, sem qualquer outra alteração da frase, o segmento sublinhado
seja substituído por:
a) efêmera graciosidade das formas.
b) tudo o que é fugazmente formoso.
c) muitas formas belas e efêmeras.
d) toda sorte de formas belas e fugazes.
e) determinada categoria de beleza.
30 - Prova: FCC - 2013 - Sergipe Gás S.A. - Todos os Cargos - Conhecimentos Básicos
Agora, as gravações levam a mensagem de Beethoven aos confins do planeta ...
A frase acima se manterá gramaticalmente correta se o segmento grifado for substituído por:
a) à toda parte do planeta.
b) à região mais erma do planeta.
c) à cantos ermos do planeta.
d) à cada pedaço do planeta.
e) à partes desabitadas do planeta.
GABARITO:
21-C 22-C 23-D 24-C 25-D 26-B 27-D 28-A 29-A 30-B
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241
Português
Parte 3 – Capítulo III
Pontuação
A árdua guerra pelo aperfeiçoamento das escolas públicas deve ser mantida.
sujeito predicado
predicado sujeito
No que tange ao sujeito, a vírgula tão-somente será utilizada na separação dos núcleos em
face de um sujeito composto.
Exemplo:
sujeito composto
sujeito composto
Vale alertar que a vírgula não será utilizada entre sujeito e predicado mesmo quando a
oração seja predicado nominal e verbo-nominal.
Outra questão importante a ser observada é em relação aos objetos diretos ou indiretos e
os complementos nominais que integram os verbos e os nomes nas orações. Estes, por sua vez,
não devem ser separados por vírgula.
Os adjuntos adverbiais e os apostos são passíveis de serem separados por vírgula, ao
contrário dos adjuntos adnominais, que não se separam por vírgula.
Por fim, cumpre salientar sobre o vocativo. Este, por não fazer parte nem do sujeito, nem
do predicado, deverá estar sempre separado por vírgula, independentemente da sua posição na
frase.
Brasília, Capital da República, foi fundada em 1960. (aposto explicativo)
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242
Português
“Em um naufrágio, quem está só ajuda-se mais facilmente.” (adjunto adverbial)
Meu amigo, que horas são? (vocativo)
Podem existir casos em que as orações coordenadas venham separadas por ponto-e-
vírgula, principalmente nas orações adversativas ou naquelas que já possuem vírgulas.
Exemplo:
“Crê em ti; mas nem sempre duvides dos outros.” (Machado de Assis).
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243
Português
- NAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
A pontuação nestes casos dependerá da posição das orações adverbiais no período.
Quando as orações subordinadas adverbiais estiverem pospostas à oração principal, podem ser
separadas por vírgulas, o que não a torna obrigatória. Quando antes da principal, devem ser
separadas por vírgulas.
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244
Português
Ponto e vírgula
O ponto-e-vírgula é usado para separar os itens de uma enumeração, para fazer a
separação de orações coordenadas assindéticas ou sindéticas conclusivas e adversativas, ou
estabelecer divisões bem marcadas entre uma ideia e outra.
PONTO
O ponto é utilizado para marcar fim de período, indicar uma abreviação, ou para marcar
uma pausa de máxima duração.
Exemplo:
EXCLAMAÇÃO
O ponto de exclamação é utilizado para expressar ordem e sentimentos: emoções, dor,
alegria e surpresa.
Exemplo:
Que legal!
INTERROGAÇÃO
É utilizado para fazer interrogações diretas.
Exemplo:
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245
Português
DOIS PONTOS
Os dois pontos devem ser utilizados com o intuito de indicar a introdução de uma fala,
antes ou depois de uma enumeração, antes de citações, esclarecimentos ou exemplos.
Observe alguns exemplos abaixo:
RETICÊNCIAS
As reticências são utilizadas normalmente para marcar a interrupção de um pensamento,
realçar uma expressão, introduzir uma ideia de ironia e também para indicar continuidade.
Alguns exemplos da utilização de reticências seguem abaixo:
Exemplo de reticências
Exemplo de reticências
que marcam a Exemplo de reticências
realçando uma
interrupção de um indicando ironia:
expressão:
pensamento:
ASPAS
As aspas devem ser usadas para indicar estrangeirismo, gírias, vulgarismos, neologismos,
suspensão ou interrupção de pensamento, sendo que servem também para citar obras artísticas
ou científicas e indicar citações.
Veja alguns exemplos para que sirva de fixação para utilização das aspas:
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246
Português
PARÊNTESES
Os parênteses são utilizados para introduzir explicações acessórias ou qualquer comentário
num texto.
Exemplo:
TRAVESSÃO
O travessão é utilizado para iniciar a fala de uma personagem, indicar a mudança de
interlocutor nos diálogos e dar ideia de explicação ao texto.
"E logo me apresentou à mulher, – uma estimável senhora – e à filha." (Machado de Assis)
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247
Português
2 – Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação
As conclusões do Clube de Roma eram catastróficas. A previsão era de que as reservas de recursos minerais
se esgotariam em uma geração. Havia, por exemplo, forte demanda por mercúrio. A inovação tecnológica
permitiu substituir o mercúrio em baterias.
As frases acima se organizam como um parágrafo, com correção e clareza, respeitando-se a pontuação, em:
a) Através da previsão de que as reservas de recursos minerais se esgotariam em uma geração, como
foram catastróficas as conclusões do Clube de Roma. Por exemplo, também era forte a demanda por
mercúrio; cuja inovação tecnológica permitiu substituí-lo em baterias.
b) As conclusões do Clube de Roma eram catastróficas; já que a previsão era de que as reservas de
recursos minerais se esgotariam em uma geração, assim como era forte a demanda por mercúrio. A
inovação tecnológica, por exemplo, permitiu substituir este em baterias.
c) Diante da previsão de que as reservas de recursos minerais se esgotariam em uma geração, as
conclusões do Clube de Roma eram catastróficas. Era for- te, por exemplo, a demanda por mercúrio; a
inovação tecnológica, no entanto, permitiu substituí-lo em baterias.
d) Era forte a demanda por mercúrio, por exemplo, mesmo com a inovação tecnológica que permitiu essa
substituição em baterias. Assim, as conclusões do Clube de Roma eram catastróficas, aliás; a previsão
era de que as reservas de recursos minerais se esgotariam em uma geração.
e) A inovação tecnológica permitiu substituir o mercúrio em baterias, mesmo com a forte demanda por
ele; a previsão era que as reservas de recursos minerais se esgotariam em uma geração, por exemplo.
As conclusões do Clube de Roma eram, no entanto, catastróficas.
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Português
e) busca restringir o âmbito de ação de uma antiga empresa de comércio.
5 – Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária
A frase cuja pontuação está inteiramente adequada é:
a) Sendo um nome hoje conhecido de todos os que apreciam a poesia, Cora Coralina deve ter encontrado,
já muitos intérpretes de sua obra, alguns certamente sensíveis, e argutos, mas poucos terão escrito
sobre sua poesia, de maneira tão poética como o fez Drummond, ele mesmo um de nossos maiores
poetas.
b) Sendo um nome hoje conhecido, de todos os que apreciam a poesia, Cora Coralina deve ter encontrado
já muitos intérpretes de sua obra, alguns certamente sensíveis e argutos, mas, poucos terão escrito
sobre sua poesia, de maneira tão poética como o fez Drummond ele mesmo, um de nossos maiores
poetas.
c) Sendo um nome, hoje conhecido de todos, os que apreciam a poesia, Cora Coralina deve ter
encontrado já muitos intérpretes, de sua obra, alguns certamente sensíveis e argutos; mas poucos
terão escrito sobre sua poesia de maneira tão poética como o fez Drummond, ele mesmo um de nossos
maiores poetas.
d) Sendo um nome hoje conhecido de todos os que apreciam a poesia, Cora Coralina deve ter encontrado
já muitos intérpretes de sua obra, alguns certamente sensíveis e argutos, mas poucos terão escrito
sobre sua poesia de maneira tão poética como o fez Drummond, ele mesmo um de nossos maiores
poetas.
e) Sendo um nome hoje conhecido de todos, os que apreciam a poesia, Cora Coralina deve ter encontrado
já muitos intérpretes de sua obra, alguns, certamente sensíveis e argutos, mas poucos, terão escrito
sobre sua poesia de maneira tão poética como o fez Drummond, ele mesmo, um de nossos maiores
poetas.
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249
Português
Está correto o que se afirma a respeito da pontuação em:
a) E o mestre, de cabeça baixa, ficara no ofício. As vírgulas podem ser suprimidas sem prejuízo do sentido
original.
b) Ouvia o gemer da filha. Uma vírgula pode ser inserida imediatamente após gemer, sem prejuízo para a
correção.
c) O martelo do mestre era forte, mais alto que tudo. A vírgula pode ser substituída por e sem prejuízo
para a correção.
d) O pintor Laurentino foi saindo. Um sinal de dois-pontos pode ser acrescentado imediatamente
após pintor sem prejuízo para a correção.
e) Ele queria mandar em tudo como mandava no couro ... Uma vírgula pode ser inserida imediatamente
após como sem prejuízo para a correção.
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250
Português
e) Segundo ele, a intervalos regulares D. Pedro se via obrigado a apear do animal que o transportava para
prover-se” no denso matagal que cobria as margens da estrada. Segundo ele a intervalos regulares, D.
Pedro se via obrigado, a apear do animal que o transportava para “prover-se” no denso matagal que
cobria as margens da estrada.
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Português
d) Em detrimento do fenômeno de chuvas intensas, podemos destacar a significativa e essencial parceria
entre distintos poderes - o municipal e o estadual - como avanço importante na área de prevenção de
tragédias.
e) Minha expressão de compromisso para com meus pares e o órgão a que passarei a pertencer há de ser
demonstrado a cada passo de minha atuação, pela qual sempre zelarei, como venho demonstrando por
anos consecutivos.
13 - (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação).
Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:
a) As fotografias, por prosaicas que possam ser, re- presentam um corte temporal, brecha no tempo por
onde entra nosso olhar, capturado que foi pela magia da imagem e por ela instado a uma viagem
imaginária.
b) As fotografias, por prosaicas que possam ser representam um corte temporal; brecha no tempo, por
onde entra nosso olhar capturado, que foi pela magia da imagem, e por ela instado a uma viagem
imaginária.
c) As fotografias por prosaicas, que possam ser, representam um corte temporal: brecha no tempo por
onde entra nosso olhar, capturado que foi, pela magia da imagem, e por ela instado a uma viagem
imaginária.
d) As fotografias por prosaicas, que possam ser representam, um corte temporal, brecha no tempo por
onde entra nosso olhar capturado, que foi pela magia da imagem e por ela instado a uma viagem
imaginária.
e) As fotografias por prosaicas que possam ser, representam um corte temporal, brecha no tempo por
onde entra nosso olhar, capturado, que foi pela magia da imagem e, por ela, instado a uma viagem
imaginária.
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Português
c) As pessoas, na época atual evidenciam, a falta de educação: falam em altos brados, xingam,
incomodam os outros e não mantêm a discrição. O respeito pelo próximo acabou?
d) As pessoas, na época atual, evidenciam a falta de educação: falam em altos brados, xingam,
incomodam os outros e não mantêm a discrição. O respeito pelo próximo acabou?
e) As pessoas, na época atual, evidenciam a falta de educação; falam, em altos brados, xingam,
incomodam os outros, e não mantêm a discrição. O respeito, pelo próximo acabou?
17 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Administrativa
Mara Rosa e outros municípios do norte de Goiás e do sul de Tocantins se encontram em uma região
geologicamente instável: a zona sísmica Goiás-Tocantins, que concentra 10% dos terremotos do Brasil.
I. Na frase acima, a vírgula empregada imediatamente após Goiás-Tocantins pode ser suprimida, sem
prejuízo para o sentido e a correção gramatical.
II. Os dois-pontos assinalam um esclarecimento a respeito do que se afirmou antes.
III. Uma vírgula pode ser inserida imediatamente após Mara Rosa, sem prejuízo para a correção e o
sentido original.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) I e III.
c) II e III.
d) II.
e) III.
19 – Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária
Atente para as afirmações abaixo sobre a pontuação empregada no texto.
I. Outros conferem “consciência” a criaturas que reconhecem seus parentes consanguíneos e se recordam
de locais prévios relacionados a situações de perigo ou de prazer. (1o parágrafo)
Sem prejuízo para o sentido e a correção, uma vírgula poderia ser colocada imediatamente depois da
palavra criaturas.
II. Não acredito que muitas pessoas sustentem nos dias de hoje uma versão tão forte da posição
cartesiana... (3o parágrafo)
Sem prejuízo para a correção e a clareza, o segmento em destaque poderia ser isolado por vírgulas.
III. ... os “insensíveis” índios eram incapazes de experimentar alguma forma de dor conceitual ou filosófica
pela perda de seu ambiente ou modo de vida (desde que os territórios reservados suprissem suas
necessidades corporais de alimento e segurança), e que os “primitivos” africanos... (3o parágrafo)
A substituição dos parênteses por travessões não implicaria prejuízo para a correção e a lógica.
Está correto o que se afirma em
a) II, apenas.
b) I, apenas.
c) I, II e III.
d) II e III, apenas.
e) I e III, apenas.
20 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação
Sobre a pontuação empregada no texto, afirma- se corretamente que, na frase:
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Português
a) Paradoxalmente, elas não contam com modelos de gestão de carreira que facilitem os processos pelos
quais tais características poderiam ser mais bem exploradas (último parágrafo), uma vírgula poderia ser
colocada imediatamente depois de carreira, sem prejuízo para o sentido original.
b) Renovar sistematicamente os quadros é um princípio de gestão importante para as empresas (3º
parágrafo), seria adequada a colocação de uma vírgula imediatamente depois de quadros.
c) Assim tem sido: a cada crise, interna ou externa, as empresas rejuvenescem seus quadros (1º
parágrafo), os dois-pontos poderiam ser suprimidos sem prejuízo para a clareza e o sentido original.
d) Foram-se as regras e procedimentos, substituídos por um frenesi frequentemente confundido com
agilidade e produtividade (2º parágrafo), a vírgula poderia ser deslocada para logo depois de
substituídos, sem prejuízo para a correção e a clareza.
e) Os custos crescem, os competidores avançam, e os acionistas querem resultados (1º parágrafo), a
colocação da vírgula imediatamente depois de avançam está plenamente adequada.
26 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Execução de Mandados
Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período:
a) Não é fácil - confessemos logo - estabelecer uma clara linha divisória entre o que há de virtuoso na
confiança, reconhecida como atividade positiva e criativa, e o que há de meritório em desconfiar,
quando isso significa problematizar uma decisão.
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Português
b) Não é fácil, confessemos logo, estabelecer uma clara linha divisória: entre o que há de virtuoso na
confiança reconhecida como atividade positiva, e criativa, e o que há de meritório em desconfiar,
quando isso significa problematizar uma decisão.
c) Não é fácil, confessemos logo: estabelecer uma clara linha divisória, entre o que há de virtuoso na
confiança reconhecida, como atividade positiva e criativa, e o que há de meritório em desconfiar
quando, isso, significa problematizar uma decisão.
d) Não é fácil, confessemos logo estabelecer, uma clara linha divisória, entre o que há de virtuoso, na
confiança reconhecida, como atividade positiva e criativa, e o que há de meritório em desconfiar,
quando isso significa problematizar uma decisão.
e) Não é fácil - confessemos logo - estabelecer uma clara linha divisória, entre o que há de virtuoso, na
confiança reconhecida como atividade positiva e criativa, e o que há de meritório, em desconfiar
quando isso significa problematizar uma decisão.
27 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Área Judiciária
Atente para as seguintes afirmações sobre a pontuação empregada no texto.
I. Os homens que se tornaram conhecidos por terem abalado o mundo de forma decisiva no passado tinham
começado como reis, como Alexandre, ou patrícios, como Júlio César ... (1º parágrafo)
O segmento em destaque poderia ser isolado por vírgulas, sem prejuízo para o sentido e a correção.
II. Para os franceses ele foi também algo bem mais simples: o mais bem-sucedido governante de sua longa
história. (2º parágrafo)
Uma vírgula poderia ser colocada imediatamente depois do termo franceses, sem prejuízo para a correção
e a lógica.
III. Ele destruíra apenas uma coisa: a Revolução de 1789, o sonho de igualdade, liberdade e fraternidade, do
povo se erguendo na sua grandiosidade para derrubar a opressão. (3º parágrafo)
Os dois-pontos introduzem no contexto um segmento explicativo.
Está correto o que se afirma em
a) II e III, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, apenas.
d) I, II e III.
e) III, apenas.
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Português
28 - Prova: CESGRANRIO - 2013 - BNDES - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos
De acordo com as regras de pontuação da Língua Portuguesa, um dos empregos da vírgula é a separação do
adjunto adverbial antecipado na estrutura da oração.
O trecho que exemplifica esse tipo de uso é:
a) “É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas nos dão segurança e
tranquilidade.” (L. 5-7)
b) “Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, aquelas certezas inquestionáveis
passaram a segundo plano,” (L. 18-20)
c) “Questioná-los, reavaliá-los, negá-los, propor mudanças às vezes radicais tornou-se frequente e
inevitável.” (L. 21-23)
d) “essas mudanças não se deram do dia para a noite, nem tampouco se impuseram à maioria da
sociedade.” (L. 27-29)
e) “Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de achar que quem defende
determinados valores estabelecidos está indiscutivelmente errado. (L. 45-48)
30 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa
A frase que apresenta pontuação inteiramente adequada é:
a) Ainda, que tenha se aproximado dos poetas concretos, Paulo Leminski deixou uma obra poética que
não se reduz ao concretismo, mas, que é caracterizada, antes de tudo por uma dicção, extremamente
pessoal, avessa a todas as tentativas de rotulação.
b) Ainda que tenha se aproximado dos poetas concretos, Paulo Leminski, deixou uma obra poética, que
não se reduz ao concretismo mas que é caracterizada, antes de tudo, por uma dicção extremamente
pessoal avessa, a todas as tentativas de rotulação.
c) Ainda que tenha se aproximado dos poetas, concretos, Paulo Leminski deixou uma obra poética que,
não se reduz ao concretismo, mas que é caracterizada antes de tudo por uma dicção extremamente
pessoal, avessa a todas, as tentativas de rotulação.
d) Ainda que tenha se aproximado, dos poetas concretos, Paulo Leminski deixou uma obra poética, que
não se reduz ao concretismo, mas que é caracterizada antes de tudo, por uma dicção extremamente
pessoal, avessa a todas as tentativas de rotulação.
e) Ainda que tenha se aproximado dos poetas concretos, Paulo Leminski deixou uma obra poética que
não se reduz ao concretismo, mas que é caracterizada, antes de tudo, por uma dicção extremamente
pessoal, avessa a todas as tentativas de rotulação.
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Português
GABARITO
1-E 2 -C 3 -B 4 -C 5 -D 6 -C 7 -E 8 -E 9-B 10 -B
11 -C 12 -C 13 -A 14 -D 15 -D 16 - D 17 - D 19 - D 20 - E
21 - B 22 - A 23 - D 24 - B 25 - E 26 - A 27 - A 28 - B 29 - D 30 - E
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258
Português
Parte 3 - Capítulo IV
Período Composto por Coordenação
ORAÇÕES COORDENADAS
Podemos entender como Orações Coordenadas aquelas que são independentes, ou seja, autônomas, já
que possuem sentido próprio.
Ex.: Estou fazendo um trabalho, depois irei à escola. (Cada verbo ou locução verbal em negrito indica uma
oração).
Para entender melhor as orações coordenadas, devemos saber que o período de uma oração pode ser
simples ou composto.
Periodo simples: É
formado por apenas Período composto: É
uma oração formado por mais de
uma oração
1ª oração 2ª oração
Note que, no exemplo de período composto, a 1ª oração não é sintaticamente dependente da 2ª oração.
Ou seja, não possuem relação sintática uma em relação à outra, apesar de haver ligação entre elas pelo
sentido.
As orações que não possuem dependência de período recebem o nome de coordenadas, enquanto que o
período formado somente por orações coordenadas é denominado de Período Composto por
Coordenação.
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Português
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES
Exemplo
Maria saiu, passeou, foi ao museu.
Exemplo
Maria não pule, que você pode cair.
COORDENADA SINDÉTICA
As Orações Coordenadas Sindéticas podem ser classificadas em: Aditivas, Adversativas, Alternativas,
Conclusivas e Explicativas.
São orações introduzidas pelas conjunções aditivas, as quais dão ideia de adição, soma ou acréscimo.
As conjunções aditivas mais comuns são: e (nas afirmações) e nem (nas negações), mas também, como
também, outrossim, tampouco.
São orações introduzidas pelas conjunções adversativas, as quais exprimem ideia de contraste oposição à
oração anterior.
As conjunções adversativas mais comuns são: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não
obstante, nada obstante.
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Português
Obs.: Note que a oração acima poderia ser escrita com a conjunção e ao invés de no entanto. Mesmo
assim, continuaria com ideia de adversidade.
São orações introduzidas pelas conjunções alternativas, as quais indicam escolha, pensamentos ou fatos
que se alternam, ou que se excluem, sendo que geralmente são repetidas.
As principais conjunções alternativas são: ora... ora, ou... ou, já... já, quer... quer, seja... seja.
São as orações que exprimem conclusão, dedução, suposição de algo enunciado na oração anterior.
As conjunções conclusivas mais comuns são: logo, portanto, então, assim, pois (apenas quando vem
posposta ao verbo), por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso.
Ele foi demitido, por conseguinte não terá grana para pagar o aluguel.
São orações introduzidas pelas conjunções explicativas, as quais indicam o motivo, a justificativa de se ter
feito a declaração anterior. As orações explicativas exprimem valor de explicação.
As conjunções explicativas mais comuns são: que, porque, pois (anteposta ao verbo), já que, visto que,
porquanto (= porque).
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262
Português
Note que as Orações Coordenativas Sindéticas Explicativas e as Subordinadas Adverbiais Causais são
diferentes. Sendo assim, aprenderemos a diferenciá-las, abaixo:
Sempre que a oração em destaque for parecida com causa, verifique se foi um fato que fez com
que outro ocorresse, ou se é uma explicação do fato.
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Português
Parte 3 - Capítulo IV
Questões de Concurso
1 - (Fuvest – SP).
Dentre os períodos abaixo transcritos, um é composto por coordenação e contém uma oração coordenada
sindética adversativa. Assinale a alternativa que corresponde a esse período:
a) A frustração cresce e a desesperança não cede.
b) O que dizer sem resvalar para o pessimismo, a crítica pungente ou a autoabsolvição?
c) É também ocioso pensar que nós, da tal elite, temos riqueza suficiente para distribuir.
d) Sejamos francos.
2 - (PUCC_SP).
A conjunção e tem valor adversativo na frase:
a)Cheguei, vi e venci.
b)Arrumou as malas e despediu-se.
c)Deitei exausto e não consegui dormir.
d)Siga meu conselho e não se arrependerá.
3 - (ESFAO).
Somando os números correspondentes às orações corretas quanto à classificação das
a) 24
mesmas, você encontrará a resposta da questão.“Garantiram-me que, depois de preenchido o
formulário, que me enviaram pelo correio na segundafeira sem falta e pagar a minha taxa de b) 36
inscrição, eu seria atendido em menos de quarenta e oito horas.” (F. Sabino) c) 48
(02) 1º oração: principal;(08) 2º oração: subordinada substantiva objetiva direta;(14) 3º
oração: subordinada substantiva objetiva direta;(20) 4º oração: subordinada adjetiva d) 56
restritiva;(26) 5º oração: coordenada sindética aditiva em relação à 3º e subordinada e) 70
adverbial temporal em relação à 1ª.
4 - (EFOMM).
Assinale o par de orações grifadas cuja classificação está trocada:
a) Vi onde ela estuda. (subordinada substantiva objetiva direta)
É sabido onde ela estuda. (subordinada substantiva subjetiva)
b) Não chores, porque amanhã será um novo dia. (coordenada sindética explicativa)
Não chores porque erraste o problema. (subordinada adverbial causal)
c) Descobriu-se por quem o carro foi consertado. (subordinada adjetiva restritiva)
Descobriu-se a pessoa por quem o carro foi consertado. (subordinada substantiva subjetiva)
d) “Quando você foi embora, Fez-se noite em meu viver (...)” (subordinada adverbial temporal)
Perguntei ao professor quando faríamos a prova. (subordinada substantiva objetiva direta)
e) “Estêvão ficou ainda algum tempo encostado à cerca na esperança de que ela olhasse (...)”
(subordinada substantiva completiva nominal)
5 - (Colégio Naval).
No trecho: “Todos diziam que ela era orgulhosa, mas afinal descobri que não”.
A última oração se classifica como:
a) coordenada sindética adversativa;
b) principal;
c) subordinada substantiva objetiva direta;
d) subordinada adverbial comparativa;
e) subordinada substantiva subjetiva.
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Português
6 - (Colégio Naval).
No trecho: “No entanto parece que os freqüentadores deste cinema
Estão perfeitamente deslembrados de que terão de morrer
- Porque em toda sala escura há um grande ritmo de esquecimento e equilíbrio.”
A última oração do poema tem valor:
a) subordinativo, revelando uma idéia de causa;
b) coordenativo, traduzindo uma idéia de explicação;
c) subordinativo, denotando conclusão;
d) coordenativo, traduzindo uma idéia de tempo;
e) subordinativo, revelando uma idéia de conseqüência.
7 - (FGV-2008-SENADO FEDERAL).
No trecho: “Aqueles com aptidão a ajudá-los, se não estimulados por cenários competitivos, estarão
fadados a não encontrar otivação para o exercício de suas funções.” A respeito do período acima, analise
os itens a seguir:
I. O período é composto por quatro orações.
II. Há três orações reduzidas.
III. Há uma oração coordenada.
IV. Assinale:
a) se todos os itens estiverem corretos.
b) se somente o item II estiver correto.
c) se somente o item III estiver correto.
d) se somente o item I estiver correto.
e) se nenhum item estiver correto.
8 - (INSTITUTO CIDADES-2009-UNIFESP).
“Voa, coração, que ele não deve demorar” (v.15 e 16), a oração destacada é corretamente classificada
como:
a) Coordenada concessiva.
b) Subordinada adverbial temporal.
c) Coordenada explicativa.
d) Subordinada substantiva objetiva direta.
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Português
10 -( FGV-2008-SEFAZ-RJ).
"É importante que os contribuintes percebam que a Política tributária é justa, a administração fiscal é
proba, sensível e confiável, e os recursos arrecadados são corretamente aplicados." A respeito da estrutura
sintática do período acima, é correto afirmar que há:
a) cinco orações subordinadas e duas coordenadas entre si.
b) quatro orações subordinadas e três coordenadas entre si.
c) quatro orações subordinadas e duas coordenadas entre si.
d) cinco orações subordinadas e três coordenadas entre si.
e) três orações subordinadas e somente uma coordenada.
GABARITO
1 -A 2 -C 3 -D 4 -C 5 -C 6 -A 7 -D 8 -B
9-B 10 -B
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Português
Parte 3 - Capítulo V
Período Composto por Subordinação
ORAÇÕES SUBORDINADAS
As Orações Subordinadas são aquelas que atuam como termos essenciais, integrantes ou acessórios de
outra oração. Pode-se dizer que a oração subordinada desempenha uma função sintática da oração
principal.
Existem duas formas em que as Orações Subordinadas podem aparecer, pela forma Desenvolvida ou pela
forma Reduzida.
Apresenta verbo numa das formas
finitas (tempos do indicativo,
subjuntivo, imperativo).
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Português
Substantivas
As Orações Subordinadas
Adjetivas
podem ser classificadas como:
Adverbiais
Subjetivas
Completivas
Substantivas Nominais
Agentes da
Passiva
Predicativas
Apositivas
Subjetivas
Exemplo:
É possível que você esteja com a razão. (É possível isso)
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268
Português
Objetivas Diretas
As orações objetivas diretas exercem a função de objeto direto do verbo da oração principal.
Exemplo:
Eu perguntei se ela poderia vir hoje à aula. (Eu perguntei isso)
Objetivas Indiretas
As orações objetivas indiretas exercem papel de objeto indireto do verbo da oração principal.
Exemplo:
Completivas Nominais
As orações nominais funcionam como complemento nominal de um termo da oração principal.
Exemplo:
Tenho medo de que você não volte mais. (Tenho medo disso)
Agentes da Passiva
As orações agentes da passiva exercem função de agente da passiva da oração principal.
Nesse caso, é considerado inviável o uso da palavra isso.
Essas orações sempre apresentarão a mesma estrutura, estando necessariamente na voz passiva analítica.
Exemplo:
As provas serão feitas por quem tirou notas melhores.
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Português
Predicativas
As orações predicativas exercem função de predicativo do sujeito da oração principal.
Exemplo:
O bom é que temos saúde em abundância. (O bom é isso)
Apositivas
As orações apositivas funcionam como aposto de um termo da oração principal.
Geralmente, essas orações aparecem depois de dois pontos.
Exemplo:
Digo-lhe: que saia daqui agora!
Que o dinheiro ainda não era suficiente, essa foi minha tristeza.
Restritivas
Adjetivas
Explicativas
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Português
Restritivas
As orações restritivas são orações que delimitam, definem, especificam e restringem o sentido do
antecedente. Elas são indispensáveis ao sentido da frase e, como se ligam ao antecedente sem pausa, dele
não se separam, na escrita, por vírgula.
Exemplo:
O mundo onde quero viver nos próximos 50 anos pertence a outra dimensão.
Explicativas
As orações explicativas são orações que agregam ao antecedente uma qualidade acessória. Isto é,
esclarecem de forma mais satisfatória a sua significação. Nesse sentido, não são dispensáveis ao sentido
essencial da frase. Na fala, são separadas da oração principal por pausa forte, adquirindo função de um
aposto e, na escrita, essas separações se dão por meio de vírgula.
Exemplo:
Aquelas meninas, cujas roupas são chamativas, estão atrapalhando a passagem.
Causais
Concessivas
Condicionais
Adverbiais Temporais
Consecutivas
Proporcionais
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271
Português
Causais
As orações causais exprimem a causa, razão, motivo do que se declara na oração principal. A causa pode
ser definida como “aquilo ou aquele que determina um acontecimento”. As conjunções mais comuns para
essas orações são: pois, porque, como, já que, visto que, pois que e porquanto.
Exemplo:
É melhor que saia cedo de casa, visto que os bancos hoje não ficarão abertos até tarde.
Concessivas
As orações concessivas possuem uma oração cujo fato não modifica o acontecimento da outra oração. Em
outras palavras, essas orações expressam uma circunstância que se opõe à condição. A conjunção
concessiva típica é embora, mas também se destacam as conjunções: mesmo que, ainda que, conquanto
(sinônimo de embora), malgrado.
Exemplo:
Mesmo que volte, não será possível chegar a tempo.
Condicionais
As orações condicionais expressam uma condição necessária para que se realize ou se deixe de realizar o
fato contido na oração principal. Sendo assim, esse fato pode ser real ou hipotético. A conjunção
condicional típica é se, porém outras conjunções se destacam: caso, contanto que, desde que, salvo se,
exceto se, a não ser que, a menos que.
Exemplo:
Se todos aceitarem a proposta, assinaremos o contrato.
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Português
Finais
As orações finais indicam a intenção, o objetivo, a finalidade do que se declara na oração principal. A
conjunção típica é a fim de que, mas podemos destacar as conjunções: para que, que, porque (= para que).
Exemplo:
Comprei mais biscoitos para que todos fiquem satisfeitos.
Temporais
As orações temporais expressam as várias modalidades de tempo em que se pode situar o fato expresso na
oração principal: simultaneidade, anterioridade, posterioridade. Essas orações possuem ideia de marcação
de tempo, como se uma oração possuísse a função de marcar o tempo do outro fato. As orações temporais
são introduzidas pelas conjunções: quando, mal, apenas (sinônimo de quando), enquanto, assim que, logo
que, antes que, depois que, desde que.
Exemplo:
Desde que você nasceu, minha vida tornou-se mais feliz.
Consecutivas
As orações consecutivas expressam um fato que é consequência (efeito) do que se declara na oração
principal. Essas orações são iniciadas pelas conjunções e locuções que, de forma que, de sorte que, tanto
que e pelas estruturas tão... que, tanto... que, tamanho... que.
Exemplo:
Correu desesperadamente de forma que tropeçou e fez um estrago.
Escutava a música no último volume, tanto que estremecia as vidraças do antigo casebre.
Comparativas
As orações comparativas expressam o ser ou fato com que se compara o elemento presente na oração
principal. Podemos notar a semelhança ou dessemelhança entre esses seres e fatos. Essas orações são
introduzidas pela conjunção como ou pelas estruturas que formam o grau comparativo, que pode ser:
superioridade, igualdade ou inferioridade. As conjunções mais comuns são (do) que, como, além das
estruturas tão... como, mais (do) que..., menos (do) que... .
Exemplo:
Aquele ambiente exalava um mau cheiro, como os rios poluídos das grandes cidades.
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273
Português
Proporcionais
As orações proporcionais indicam ideia de proporção, exprimindo fatos que aumentam ou diminuem em
relação ao que se declara na oração principal. Essas orações são iniciadas pelas locuções à proporção que,
à medida que ou ao passo que. Também existem as estruturas tanto mais... quanto mais, tanto menos...
quanto mais, quanto mais... mais.
Exemplo:
À medida que o tempo ia passando, mais ela ia se preparando.
Orações Reduzidas
As orações reduzidas, diferentemente das orações desenvolvidas, são orações dependentes que não se
iniciam por pronome relativo nem por conjunção subordinativa, e que tem o verbo numa das formas
nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Substantivas:
Subjetivas
Ex.: É necessário pensar para agir.
Objetivas Diretas
Ex.: Espero aflita poder confiar em ti.
Objetivas Indiretas
Ex.: Encarregaram-me de procurar o carro
mais barato.
Orações Substantivas
Reduzidas de Infinitivo Completivas Nominais
Ex.: Estou tenso por vir recebê-lo.
Predicativas
Ex.: A sua vontade era mostrar a quantidade
de dinheiro restante.
Apositiva
Ex.: Lutar é: não desistir diante das
dificuldades.
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Português
Adjetivas:
Essas orações são pouco comuns no Brasil, mas vale destacar.
Exemplo:
Mas a visão logo se desvaneceu, ficando apenas os vidros, a
ocultarem, com o seu brilho, o que lá existia.
Adverbiais:
Causais
Ex.: Por serem trivialidades quotidianas tais virtudes,
ninguém repara nelas.
Concessivas
Ex.: Mesmo sem saber se vamos à praia, continuo
animada.
Condicionais
Ex.: A persistirem os sintomas, o médico deverá ser
consultado.
Orações Adverbiais
Reduzidas de Infinitivo
Consecutivas
Ex.: Correu com medo dos tiros, gritou ferozmente a
deixar todos ao seu redor apavorados.
Finais
Ex.: Junte todas as suas coisas para viajar para bem
longe.
Temporais
Ex.: As meninas caminhavam vagarosamente ao entrar na
casa abandonada.
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Português
Orações Reduzidas de Gerúndio
Orações Adjetivas
Nessas orações, a construção do gerúndio expressa ideia de atividade atual e passageira.
Exemplo:
A mulher, virando o pescoço, falando baixinho, seguiu sem voltar.
Orações Adverbiais
As orações adverbiais reduzidas de gerúndio, na maioria dos casos, correspondem a orações subordinadas
adverbiais temporais.
Orações Adverbiais
Reduzidas de Gerúndio
Causais Concessivas
Condicionais
Ex.: Desconfiando que tudo Ex.: Com muita calma,
pudesse acabar mal, ainda não sendo mãe, Ex.: Pensando por esse
desistiu de proseguir. conseguiu cuidar dos lado, posso ajudar sim.
menores abandonados.
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Português
Orações Reduzidas de Particípio
As orações reduzidas de particípio, assim como as reduzidas de gerúndio, podem ser Adjetivas ou
Adverbiais.
Orações Adjetivas
Exemplo:
As flores da primavera, colhidas dos mais belos campos, exalavam um doce perfume.
Orações Adverbiais
São mais comuns as orações Temporais, mas podemos encontrar as orações Causais, Concessivas ou
Condicionais.
Orações
Adverbiais
Reduzidas de
Particípio
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Português
Parte 3 - Capítulo V
Questões de Concurso
1 - (TJ/SC-2009- ANALISTA JURÍDICO).
Há exemplo de oração subordinada adjetiva restritiva em:
a) Esse fóssil se compõe de exemplares de Paleodictyon nodosum, que, por viverem em condições extremas
no fundo dos oceanos, acabaram protegidos dos ciclos predatórios.
b) O magistrado afirma que os tribunais devem fixar prazo ao Poder competente para a adoção das
providências necessárias.
c) Estuda-se o incentivo fiscal às empresas que, possuindo mais de 20 funcionários, tenham no mínimo 20%
de negros em seu quadro profissional.
d) Quando um ciclone nasce e se desenvolve no Oceano Atlântico, ele é chamado furacão.
e) A comunicação com o usuário se processa através dos famigerados call centers, cujos serviços são
terceirizados.
2 - (TJ/SC-2010-TÉCNICO JUDICIÁRIO).
Há exemplo de oração subordinada em:
a) Empreender significa acreditar na capacidade pessoal de iniciativa e de superação de obstáculos.
b) A escola introduziu em seu currículo uma série de medidas para o alcance de seus propósitos.
c) Entre os bons momentos da coleção figura uma série de fotografias de Robert Doisneau que registram o
cotidiano das fábricas.
d) Não se importa com o dano, mas exige a ilicitude da conduta.
e) Ele é defensor de posições severas em relação às operadoras de planos e seguros de saúde e sustenta
sua utilização de maneira ampla em ambas as modalidades, individual e coletiva.
3 - (FUNCAB-2010-SESAP-RN).
A oração grifada em: “... e até mesmo em locais ao ar livre, caso se comprove que a fumaça não se dispersa
com facilidade.", classifica-se como subordinada:
a) substantiva subjetiva.
b) substantiva objetiva direta.
c) substantiva completiva nominal.
d) adjetiva restritiva.
e) adjetiva explicativa.
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Português
5 - (FIP-2009-CAMARA-SJC).
Assinale a alternativa em que não ocorre oração subordinada substantiva:
a) É preciso que todos façam os seus deveres.
b) Desejo que sua palestra seja um sucesso.
c) Tenho necessidade de que me elogiem.
d) Perguntaram quando ele chegaria.
e) Todos se retiraram embora não tivessem terminado a prova.
6 - (IBFC-2008-ABDI-ESPECIALISTA).
Considere o período: "Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste (...)"
A oração destacada é classificada como:
a) subordinada adverbial consecutiva
b) subordinada adverbial condicional
c) subordinada adverbial concessiva
d) subordinada adverbial conformativa
8 - (OFICIAL DE JUSTIÇA/SP).
A opção em que a oração subordinada pode ser considerada adverbial condicional é:
a) Desde que o vi, me apaixonei.
b) Desde que tenho muito trabalho hoje, não poderei sair.
c) Permanecerei aqui, desde que você permaneça.
d) Diga-me se a proposta lhe interessa.
e) Falou sem que nos convencesse.
9 - (Escrevente da Polícia/SP).
No período: "consideramos, por fim, que é um bom tema para a reflexão", a oração sublinhada tem, em
relação à primeira, valor de:
a) adjetivo e função sintática de predicativo do sujeito.
b) advérbio e função sintática de adjunto adverbial de modo.
c) substantivo e função sintática de sujeito.
d) substantivo e função sintática de objeto direto.
10 - (ESPCEX).
No período: “... no fundo eu não estava triste com a viagem de meu pai, era a primeira vez que ele ia ficar
longe de nós por algum tempo...”, a oração sublinhada é:
a) subordinada substantiva predicativa;
b) subordinada adjetiva restritiva;
c) subordinada adverbial de lugar;
d) subordinada substantiva subjetiva.
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Português
11 - (AFA).
Em que alternativa, a oração subordinada não é da mesma natureza da que existe em “Quero que vocês
escrevam uma composição”?
a) “E anunciou que não nos faria cantar”.
b) “Esperava um irmão que vinha buscá-la”.
c) “Vamos fazer de conta que estamos na aula de Português”.
d) “Circulava a história de que ela dormia no sótão do colégio”.
12 - (EFOMM).
Assinale o par de orações grifadas cuja classificação está trocada:
a) Vi onde ela estuda. (subordinada substantiva objetiva direta)
É sabido onde ela estuda. (subordinada substantiva subjetiva)
b) Não chores, porque amanhã será um novo dia. (coordenada sindética explicativa)
Não chores porque erraste o problema. (subordinada adverbial causal)
c) Descobriu-se por quem o carro foi consertado. (subordinada adjetiva restritiva)
Descobriu-se a pessoa por quem o carro foi consertado. (subordinada substantiva subjetiva)
d) “Quando você foi embora, Fez-se noite em meu viver (...)” (subordinada adverbial temporal)
Perguntei ao professor quando faríamos a prova. (subordinada substantiva objetiva direta)
13 - (Colégio Naval).
Vamos até a Matriz de Antônio Dias
Onde repousa, pó sem esperança, pó sem lembrança, o Aleijadinho.
Vamos subindo em procissão a lenta ladeira.
Padres e anjos, santos e bispos nos acompanham
E tornam mais rica, tornam mais grave a romaria de assombração.
Mas já não há fantasmas no dia claro,
Tudo é tão simples,
Tudo tão nu,
As cores e cheiros do presente são tão fortes e tão urgentes
Que nem se percebem catingas e rouges, boduns e ouros do século 18.
(O vôo sobre as igrejas, Carlos Drumond de Andrade).
O “que” do verso 10 apresenta o valor semântico de:
a) explicação;
b) condição;
c) conformidade;
d) consequência;
e) lugar.
14 - (Colégio Naval).
No trecho: “Todos diziam que ela era orgulhosa, mas afinal descobri que não”, a última oração se classifica
como:
a) coordenada sindética adversativa;
b) principal;
c) subordinada substantiva objetiva direta;
d) subordinada adverbial comparativa;
e) subordinada substantiva subjetiva.
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Português
15 -(AFA).
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
- Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte,
As orações “Desafia o nosso peito a própria morte”, “que um filho teu não foge à luta” e “quem te adora”
classificam-se, respectivamente, como:
a) principal, subordinada substantiva subjetiva, subordinada adjetiva restritiva;
b) principal, subordinada adverbial temporal, subordinada substantiva objetiva direta;
c) principal, subordinada substantiva objetiva direta, subordinada substantiva subjetiva;
d) coordenada assindética, subordinada substantiva objetiva direta, subordinada substantiva apositiva.
16 - ( EPCAR).
Marque a alternativa que contém oração subordinada substantiva completiva nominal.
a) “Como fazem os pelintras de hoje para não molhar os pés nos dias de chuva?”
b) “Veio-me a desagradável impressão de que todo mundo reparava nas minhas galochas.”
c) “Um dia as galochas me serão úteis, quando eu for suficientemente velho para merecê-las.”
d) “No restaurante, onde entrei arrastando os cascos como um dromedário, resolvi me ver livre das
galochas.”
e) “No centro da cidade um sol radioso varava as nuvens e caía sobre a rua, enchendo tudo de luz, fazendo
evaporar as últimas poças de água que ainda pudessem justificar minhas galochas.”
17 -( EFOMM).
- Assinale o único exemplo em que não ocorre oração subordinada substantiva subjetiva:
a) “Cansativo que seja, urge atravessarmos o campo que banha o Rio Negro antes de anoitecer.”
b) “Todo escritor que surge reage contra os mais velhos, mesmo que o não perceba, e ainda que os
admire.”
c) “Dormiram naquilo, tinham-se acostumado, mas seria mais agradável dormirem numa cama de lastro de
couro.”
d) “É preciso que o pecador reconheça ao menos isto: que a Moral católica está certa e é irrepreensível.”
e) “Sobre a multiplicidade informe e confusa dos bens da matéria é mister que paire a força ordenadora do
espírito.”
18 -(Colégio Naval).
- Somos uma pequena parte do elo, o miolo de envoltórios scomunais que desconhecemos, arrogantes
embora, na suposição de que é conosco que Deus se preocupa.
A última oração do texto deve ser classificada como subordinada:
a) adverbial concessiva;
b) substantiva completiva nominal;
c) adjetiva restritiva;
d) substantiva predicativa;
e) substantiva subjetiva.
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281
Português
19 - (EFOMM).
“Não sei de onde te conheço.” A classificação correta da oração grifada está na opção:
a) substantiva predicativa;
b) adjetiva restritiva;
c) substantiva subjetiva;
d) substantiva objetiva indireta;
e) substantiva objetiva direta.
20 - (UNIRIO).
Assinale o item em que há uma oração adjetiva.
a) Perdão, por Deus, perdão - respondeu o pombo.
b) A pombinha, que era branca sem exagero, arrulhava, humilhada e ofendida com o atraso.
c) Perdeste a noção do tempo?
d) A tarde era tão bonita que eu tinha de vir andando.
e) O pombo caminhava pelo beiral mais alto, do outro lado. Um pouco além, gritavam as gaivotas.
GABARITO
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282
Português
Parte 3 - Capítulo VI
Concordância Verbal e Nominal
De início, vale esclarecer o significado em gramática de concordância verbal e concordância nominal. A
primeira estabelece a circunstância do verbo variar em número e pessoa de acordo com o seu sujeito. Por
outro lado, a segunda estabelece um adjetivo (e classes com função adjetiva) variando em gênero e
número, de acordo com o substantivo a que se refere.
Neste contexto, torna-se importante frisar alguns critérios básicos que envolvem o tema:
1) Existem REGRAS GERAIS para os casos de concordância.
2) Existem CASOS ESPECIAIS que possam gerar dúvidas.
3) Em alguns casos, não há norma definida.
4) A concordância, nos casos especiais, pode ser determinada por “preferências subjetivas”, ou
seja, por questões de estilo.
Sendo assim, verificaremos em cada tema as regras gerais e também os casos especiais mais comuns na
Língua Portuguesa. Vejamos!
CONCORDÂNCIA VERBAL
Já é de conhecimento que o sujeito é “o ser que declara algo” e o predicado “é a declaração que se refere
ao sujeito”. Logo, não se pode olvidar que há uma íntima relação entre esses termos, o que torna
importante a necessidade de o verbo concordar (em número e pessoa) com o sujeito.
Tipos de
Sujeito
SUJEITO SIMPLES
O verbo concordará necessariamente com ele em número e pessoa. Neste caso, a concordância é direta.
Exemplo:
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Português
Plural Plural
Singular Singular
SUJEITO COMPOSTO
Ocorre quando o sujeito apresenta mais de um núcleo. Desta forma, consequentemente, o verbo irá para o
plural. Ou seja, quando o sujeito estiver anteposto ao verbo, o verbo estará no plural; quando o sujeito
estiver posposto ao verbo, o verbo ficará no plural ou concordará com o núcleo mais próximo.
Confira!
= nós
(ANTEPOSTO AO VERBO)
(POSPOSTO AO VERBO)
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284
Português
Continuaremos a ver abaixo os CASOS ESPECIAIS:
Exemplificando:
Exemplificando:
Exemplificando:
ENFATIZA AS PARTES.
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285
Português
Exemplificando:
Exemplificando:
Ninguém
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286
Português
Exemplificando:
Núcleos em gradação.
Verbo no singular.
Exemplificando:
Exemplificando:
Precisa-se de professores.
É formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo impessoal. Observe a estrutura destas
orações:
Sujeito Predicado
-------- Havia formigas na casa.
-------- Nevou muito este ano em Nova Iorque.
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287
Português
É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta de um
fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-se no
processo verbal. Os casos mais comuns de orações sem sujeito da Língua Portuguesa ocorrem com:
b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos
meteorológicos:
Ser:
Exemplo:
É noite. (Período do dia)
Estar:
Exemplo:
Está tarde. (Tempo)
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288
Português
Fazer:
Exemplo:
Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
Haver:
Exemplo:
Basta de lamúrias.
Chega de fofocas
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289
Português
SUJEITO ORACIONAL
Acontece sempre quando o sujeito é constituído por uma oração subordinada substantiva subjetiva. Neste
caso, o verbo ficará sempre na 3º pessoa do singular.
Exemplificando:
Visto os tipos de sujeito, cumpre ainda demonstrar outros casos especiais significativos sobre o tema em
pauta. Vejamos!
CASOS ESPECIAIS DIVERSOS
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Português
CONCORDÂNCIA DO VERBO SER
QUANDO...
Ultrapassado o tema sobre concordância verbal, e após terem sido verificados os principais tópicos sobre
esse tema, verificaremos a seguir a concordância nominal. Vejamos!
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Vale agora examinar com cautela a concordância nominal. Esta é a concordância estabelecida entre um
nome (palavra com valor de substantivo ou o próprio substantivo) e palavras com que este se relaciona,
tais como adjetivos ou palavras com valor de adjetivo (artigos, numerais, pronomes adjetivos e particípios).
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Português
Concordância
Classes
Variáveis Invariáveis
Palavra
Artigo Substantivo Adjetivo Pronome Numeral Advérbio
denotativa
SUBSTANTIVOS POSPOSTOS: Caso o adjetivo possua função predicativa, a concordância poderá ocorrer no
singular ou no plural com a devida observância na concordância verbal.
Exemplo:
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292
Português
VERBO SER
Existindo, no sujeito do verbo “ser”, um adjunto adnominal, o predicativo do sujeito acompanhará o gênero
do adjunto adnominal. Por outro lado, inexistindo, o predicativo deverá ficar neutro, ou seja, no masculino.
Exemplo:
Comida é ótimo.
A comida é ótima.
O termo muito obrigado é utilizado por homens, por outro lado, muito obrigada deverá ser utilizado pelas
mulheres.
Exemplo:
A garota falou muito obrigada.
HAJA(M) VISTA
Nesta hipótese, estamos diante de um termo utilizado para exemplificação. Se o exemplificado estiver no
singular, consequentemente o verbo deverá estar no singular. Contudo, estando no plural, este tanto
poderá estar no singular como no plural.
Exemplo:
SÓ
Quando variável, terá o sentido de sozinho; quando invariável, o sentido de somente.
Exemplo:
Ela fez a pesquisa só. / Elas fizeram a pesquisa sós. (SÓ = SOZINHO)
MEIO
Quando numeral, será variável; quando advérbio, invariável.
Exemplo:
Meia-noite; meias-noites.
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Português
BASTANTE
Quando for advérbio, é invariável; quando pronome indefinido, variável.
Exemplo:
ALERTA
Trata-se de advérbio, logo é invariável.
Exemplo:
Ficaremos constantemente alerta.
QUITE
Por ser adjetivo, “quite” pode sofrer variação.
Exemplo:
Ficamos quites.
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294
Português
Parte 3 - Capítulo VI
Questões de Concursos
1 - (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário - Área Judiciária).
As normas de concordância verbal estão plenamente atendidas na frase:
a) Interessava aos antigos professores de português suscitar nos alunos o gosto pelos efeitos de retórica
nas redações.
b) A nenhum dos professores do ginásio ocorreriam imaginar que a linguagem falada pode ser um
registro de alto valor estético.
c) Nos dois trechos citados de Graciliano Ramos encontram-se elementos da linguagem falada a que não
faltam vivacidade.
d) O autor faz votos de que aos bons gramáticos se reservem, por justas razões, acomodação privilegiada
no céu.
e) Graças às convicções de que Graciliano não abriam mão, acabou produzindo uma obra-prima em estilo
seco e incisivo.
2 - (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa).
As normas de concordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas na frase:
a) O emprego de recursos tecnológicos no setor agropecuário, com vistas à produção de carne e à
colheita recorde de grãos, deverão ser objetivos prioritários dos investidores.
b) Deverá ser utilizado, como metas a ser atingidas pelo setor, os investimentos em infraestrutura para
facilitar o escoamento da produção de grãos.
c) Buscam-se, atualmente, soluções eficazes, por meio da tecnologia disponível, que venham propiciar
melhor rendimento ao setor pecuário brasileiro.
d) A determinação das atividades se concentrarão na ampliação de recursos aos pecuaristas, visando à
obtenção de margens de lucro maiores.
e) Ainda que os interesses de um investidor seja as possibilidades de lucro em determinado prazo, eles
resultam em benefícios para o setor escolhido.
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Português
4 - (FMP-RS - 2011 - TCE-MT - Auditor Público Externo - Prova matutina).
Considere a seguinte passagem do texto:
O galo lidera o terreiro mesmo sem campanha, eleição, caixa 2, e nem por isso se faz otalitário. O joão-de-
barro constrói a casa com a ideia fixa no encanto da amada e na sorte da prole e, se enganado, não impõe
cárcere privado à la Lindembergs (des)humanos.
Se as expressões representativas do sujeito (claro ou subentendido) de cada oração fossem colocadas no
plural, quantas outras palavras deveriam ser modificadas por causa da concordância?
a) Oito.
b) Seis.
c) Dez.
d) Sete.
e) Cinco.
6 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Psicologia
As normas de concordância estão plenamente respeitadas na frase:
a) Sobressai, na igreja projetada por Brunelleschi, os nove anéis circulares horizontais que se estende
pelos oito lados da cúpula.
b) Imagina- e que devam haver outras referências ao poeta Dante Alighieri nos projetos arquitetônicos de
Brunelleschi.
c) Famoso por sua ousadia, nunca inquietou Brunelleschi os nove anéis circulares horizontais que seriam
embutidos ao longo dos oito lados da cúpula da igreja.
d) Quando deparam com a Catedral de Florença, os turistas não imaginam que tantas intempéries, como
a peste negra, por exemplo, detiveram sua construção.
e) Cada um dos círculos que se encontra na cúpula da igreja projetados por Brunelleschi foram inspirados
no Paraíso de Dante Alighieri.
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Português
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Português
e) Identificar uma pessoa jovem, saudável, a existência de uma alteração genética em que pode provocar
uma doença aos 40 ou 50 anos, sem que nada possa ser feito, serve apenas para antecipar o
sofrimento.
14 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária
O verbo empregado no plural que, sem prejuízo das normas de concordância verbal, também poderia ser
empregado no singular está grifado neste fragmento de um poema de Cora Coralina:
a) Filhos, pequeninos e frágeis...
eu os carregava, eu os alimentava?
Não. Foram eles que me carregaram,
que me alimentaram.
b) Sobraram na fala goiana algumas expressões africanas, como Inhô, Inhá, Inhora, Sus Cristo. [...]
c) Suas roseiras, jasmineiros, cravos e cravinas, escumilhas, onde beija-flores faziam seus ninhos delicados
[...]
d) Na Fazenda Paraíso, grandes terras de Sesmaria, nos dias da minha infância ali viviam meu avô, minha
bisavó Antônia, que todos diziam Mãe Yayá, minha tia Bárbara, que era tia Nhá-Bá.
e) E vinham os companheiros, eu vi, escondida na moita de bambu...
15 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação
O verbo empregado no singular que também poderia ter sido empregado no plural, sem prejuízo do
respeito às normas de concordância verbal, está grifado em:
a) Uma pesquisa recente [...] procurou avaliar como o mundo corporativo se prepara para o fenômeno.
b) A juniorização, por ser realizada com o propósito de reduzir custos, compromete a qualidade da
gestão...
c) Então, o trabalho emperra, os clientes reclamam, mas a planilha de custos fala mais alto.
d) Em terceiro lugar, há poucas iniciativas para garantir maior qualidade de vida e para ter quadros mais
saudáveis no futuro.
e) Consequentemente, a maioria das empresas não possui mecanismos para atrair e manter tais
quadros.
16 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação
Diferentes tradições de estudos e pesquisas, não só em comunicação como em outras áreas disciplinares,
...... possibilitado a ampliação do desenvolvimento de trabalhos, sobretudo a partir de 1980, envolvendo
análises sobre a interação entre recepção e comunicação. A questão não é nova e ...... sendo pesquisada
desde o início do século, especialmente no que se ...... às relações entre os veículos de comunicação e o
receptor.
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Português
(Mauro Wilton de Sousa. “Recepção e comunicação: a busca do sujeito < b>Sujeito, o lado oculto do
receptor. São Paulo: Brasiliense. 1995. p.13)
Preenchem corretamente as lacunas do texto acima, na ordem dada:
a) têm - vêm - referem
b) tem - vem - referem
c) têm - vem - refere
d) tem - vêm - refere
e) têm - vem - referem
20 - (Cesgranrio/2010/Administrador – PETROBRAS/Português).
Em qual das frases abaixo a concordância verbal, segundo o registro culto e formal da língua, está
INCORRETA?
a) Deve haver pessoas que não sejam passionais e tendenciosas.
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Português
b) Não se ouvia mais os conselhos do amigo.
c) Já faz meses que ele passou a escutar sua consciência.
d) Quem eram as pessoas mais importantes de sua vida?
e) Fui eu quem lhe mostrou a pessoa mais importante da vida dele.
GABARITO:
11 - B 12 - D 13 - C 14 - D 15 - E 16 - C 17 - C 18 - A 19 - A 20 - B
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Português
Parte 3 – Capítulo VII
Predicação Verbal
A predicação verbal constitui o resultado da ligação que se estabelece entre o sujeito e o verbo
e entre os verbos e os complementos. Quanto à predicação, os verbos podem ser
intransitivos, transitivos ou de ligação. Os verbos transitivos e intransitivos exprimem
normalmente ação, fenômeno e movimento. Daí serem denominados de nocionais.
Verbo Intransitivo:
Exemplo
Adjunto Adjunto
adverbial de adverbial de
intensidade tempo
Estava em casa.
Adjunto
adverbial de
lugar
Sujeito Adjunto
adverbial de
lugar
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301
Português
Verbo Transitivo:
O verbo transitivo é o verbo que não se constitui por si só, ele precisa
de um complemento. Caso contrário, não possui sentido pleno.
VERBOS TRANSITIVOS
Exigem complemento (objetos) para que tenham sentido completo. Podem ser:
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302
Português
O verbo oferecer é transitivo direto e indireto. Quem oferece, oferece alguma coisa a alguém.
Ofereceu alguma coisa = Um brinquedo (sem preposição).
Ofereceu para alguém = ao colega (com preposição).
DIRETO
Completa o verbo sem preposição obrigatória. (Amar, ajudar, adorar, namorar, estimar, usufruir, desfrutar
e etc.).
Exemplo:
INDIRETO
Completa o verbo com preposição obrigatória. (Obedecer, desobedecer, aludir, anuir, referir e etc.).
Exemplo:
Aspiramos ao sucesso.
Procedi ao inquérito.
Procedi à reunião.
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303
Português
Verbo de Ligação:
Na maioria das vezes, indica um estado, e não uma ação. Quando isso acontecer, o verbo
poderá ou não ter outra predicação.
Exemplos :
Eu sou feliz.
(predicativo do sujeito)
(Nesse caso, indica um estado, e não uma ação).
Nem sempre os verbos ser, permanecer, parecer, ficar, andar, etc., são de ligação.
Exemplo:
O homem anda depressa (adjunto adverbial de modo).
Sujeito Verbo Intransitivo
(Nesse caso, o verbo andar indica a maneira que o homem anda, logo é um verbo
intransitivo, e não um verbo de ligação).
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304
Português
LEMBRETES:
Exemplos:
Eu falei a verdade.
VTD OD
VTI OI
VTDI OD OI
(o que) (para quem)
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305
Português
Estudei com o colega.
Estudei o assunto.
VTD OD
VTDI OD OI
CONTÉM
TIPOS DE PREDICADO VERBO EXEMPLOS
PREDICATIVO
Ação
Verbo Intransitivo
Alguns brincam mais do
VERBAL Verbo Transitivo Direto Não
que outros.
Verbo Transitivo Indireto
Verbo Transitivo Direto e Indireto
Sim
NOMINAL De ligação (Predicativo do Ele parece feliz.
sujeito)
Ação
O soldado chegou
Verbo Intransitivo Sim (Predicativo ferido ao
do sujeito ou do acampamento.
VERBO/NOMINAL Verbo Transitivo Direto
objeto) Vi as crianças alegres.
Verbo Transitivo Indireto
Chamei-lhe de egoísta.
Verbo Transitivo Direto e Indireto
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306
Português
Exemplo:
VI Adjunto adverbial de
modo
VTD OD predicativo do
sujeito
VL predicativo do
suje
sujeito
ito
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307
Português
CHEGAR
Não se pode dizer na língua culta “chegar em” - com sentido de lugar - pois o correto é “chegar a”.
Exemplo:
GOSTAR
No sentido de ter afeição, aprovar, adorar - Verbo Transitivo Indireto exigindo a preposição DE;
Exemplo:
PRESIDIR
No sentido de administrar - Verbo Transitivo Direto.
Exemplo:
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308
Português
No sentido de coordenar, organizar - Verbo Transitivo Direto ou Indireto (com preposição A).
Exemplo:
ASPIRAR
No sentido de respirar, puxar o ar, sorver - O verbo será Transitivo Direto.
Exemplo:
Aspiro o ar.
Aspiro a fumaça.
Aspiro ao cargo.
Aspiro à chefia.
ASSISTIR
No sentido de ver, presenciar - Verbo Transitivo Indireto, exigindo a preposição A.
Exemplo:
Assisto ao filme.
Assisto à novela.
No sentido de dar assistência, ajudar, atender - Pode tanto ser considerado verbo transitivo direto como
verbo transitivo indireto.
Exemplo:
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309
Português
No sentido de caber, pertencer, ser pertinente - O verbo será Transitivo Indireto (a);
Exemplo:
No sentido de morar - O verbo será Intransitivo, contudo exige a ocorrência da preposição EM (no adjunto
adverbial de lugar).
Exemplo:
Assisto em Copacabana.
ATENDER
No sentido de deferir - Verbo Transitivo Direto;
Exemplo:
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310
Português
CHAMAR
Será transitivo direto no sentido de mandar vir.
Exemplo:
Chamei o menino.
Chamei-o.
Chamei-o de mestre.
Chamei-lhe de mestre.
Exemplo:
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311
Português
INSURGIR
No sentido de rebelar-se, revoltar-se - Verbo Pronominal Transitivo Indireto, exigindo a presença da
preposição CONTRA.
Exemplo:
No sentido de sair, emergir - Verbo Transitivo Indireto, exigindo a ocorrência da preposição DE.
Exemplo:
OBEDECER e DESOBEDECER
Serão sempre transitivos indiretos, regendo a preposição A.
Exemplo:
Desobedeço-lhes
CUSTAR
No sentido de ter valor - Verbo Intransitivo (adjunto adverbial de preço);
Exemplo:
OBS.: Neste caso, o verbo só pode ser conjugado na terceira pessoa do singular,
tendo como sujeito a coisa que é difícil (expressa por um verbo no infinito) e a
pessoa para a qual a coisa é difícil é objeto indireto.
Exemplo:
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312
Português
NAMORAR
Exige complemento sem preposição.
Portanto, é errado dizer “João namora com Maria”. A forma correta é:
“João namora Maria”.
PENSAR
No sentido de raciocinar - Verbo Transitivo Indireto, regendo a preposição EM.
Exemplo:
Vale a pena observar este verbo em um sentido especial: “Cuidar, aplicar curativos”. Neste sentido, é
transitivo direto.
Exemplo:
SERVIR
No sentido de ser útil - Verbo Transitivo Indireto.
Exemplo:
No sentido de pôr a mesa - Verbo Intransitivo ou Transitivo Direto ou Transitivo Direto e Indireto.
Exemplo:
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313
Português
Exemplo:
No sentido de prestar serviços, ajudar - Verbo Transitivo Direto ou Indireto com preposição A.
Exemplo:
QUERER
No sentido de desejar - Verbo Transitivo Direto.
Exemplo:
Eu quero dinheiro.
Eu o quero.
PAGAR e PERDOAR
Exigem objeto direto para a coisa que se paga ou perdoa e objeto indireto para a pessoa a quem se paga ou
perdoa.
Exemplo:
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314
Português
Quando o verbo é transitivo direto e indireto, somente seu objeto direto pode passar a ser sujeito da voz
passiva. Portanto, pode-se dizer: “O salário foi pago”, “O pecado foi perdoado”; mas nunca poderá ser dito:
“O empregado foi pago”. “O pecador foi perdoado”. Nestas duas últimas frases, os objetos indiretos da voz
ativa se transformaram em sujeitos da voz passiva, o que é proibido na Língua Portuguesa.
PROCEDER
No sentido de agir - Verbo Intransitivo.
Exemplo:
No sentido de ser oriundo - Verbo Intransitivo, com adjunto adverbial de lugar exigindo a preposição DE.
Exemplo:
SITUAR
Verbo Intransitivo que exige a presença a preposição EM. É usado principalmente nas formas de particípio
(sito/situado).
Exemplo:
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315
Português
PREFERIR
Nunca se poderá utilizar a palavra MAIS, e a preposição obrigatória é A. A construção correta é: “preferir
uma coisa a outra” e NUNCA “preferir mais uma coisa do que outra”.
Exemplo:
OBS.: Vale a pena observar que, na comparação dos termos, se utilizamos artigo
antes de um dos termos, temos que utilizar artigo antes do outro; se não
utilizarmos artigo antes de um dos termos, não podemos utilizar artigo antes do
outro. Não se esqueça de que a PREPOSIÇÃO A É OBRIGATÓRIA.
RESPONDER
No sentido de dar a resposta em referência ao questionamento - Verbo Transitivo Indireto.
Exemplo:
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316
Português
USUFRUIR
No sentido de utilizar-se, gozar de - Verbo Transitivo Direto.
Exemplo:
Exemplo:
Não há tempo para usufruirmos de nossa casa de praia.
IMPLICAR
No sentido de ter implicância - Verbo Transitivo Indireto, regendo a preposição com;
Exemplo:
Todos implicam com o topete do Itamar
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317
Português
LEMBRAR e ESQUECER
Utilizando-se o pronome oblíquo, será obrigatório o uso da preposição DE. Neste caso, o verbo é transitivo
indireto.
Exemplo:
Lembro-me de você.
Esquecemo-nos do mundo.
“Cala-te, Isaura... até quando pretendes lembrar-te desse maldito incidente?” (Bernardo Guimarães).
Não se utilizando o pronome oblíquo, também não se poderá usar a preposição. Neste caso, o verbo é
transitivo direto.
Exemplo:
Lembro o fato.
Esquecemos o mundo.
Exemplo:
Lembro do fato.
Esquecemos do mundo.
Estas duas últimas frases estão, por este motivo, totalmente erradas.
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318
Português
O verbo LEMBRAR também pode ser utilizado no sentido de INFORMAR, AVISAR, ALERTAR... A regência de
LEMBRAR se fará tal quais estes verbos.
Exemplo:
O verbo ESQUECER também pode ser utilizado na acepção de “cair no esquecimento”, tornando-se o
elemento olvidado sujeito do verbo e a pessoa que efetivamente não se recorda do objeto.
Exemplo:
VISAR
No sentido de mirar - O Verbo será transitivo direto.
Exemplo:
O arqueiro visou o alvo.
No sentido de desejar - A maioria das gramáticas considera o verbo neste valor como transitivo indireto.
Exemplo:
Visei ao cargo .
Visei à posição .
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319
Português
SUCEDER
Nos sentidos de vir depois, substituir, ser sucessor, "Suceder" é Transitivo Indireto regido da preposição a:
Exemplo:
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320
Português
Parte 3 – Capítulo VII
Questões dos Concursos
5 - (Cesgranrio/2010/Administrador – PETROBRAS/Português).
Em relação à regência nominal, em qual das frases a seguir a preposição empregada NÃO está ADEQUADA?
a) A partir daí, estava apto para ajudar alguém.
b) Ele, então, estava sedento por um futuro melhor.
c) Não seja inconstante em suas decisões.
d) Na vida, todos nós somos passíveis a equívocos.
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321
Português
e) Temeroso de um resultado negativo, não seguiu sua intuição.
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322
Português
323
Português
19 - (FCC - 2011 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação).
... pela simples razão de que o ciberespaço oferece globalmente mais escolhas, por um preço melhor.
O elemento grifado na frase acima preenche corretamente a lacuna da frase:
a) O comércio virtual, ...... que se refere Pierre Lévy, tem surgido com cada vez mais intensidade.
b) Há algum tempo, as livrarias vêm sinalizando a dificuldade em competir com a oferta de livros
disponibilizada na internet, fato ...... que as livrarias virtuais se orgulham.
c) Para alguns pensadores da modernidade, como Pierre Lévy, o ciberespaço pode ser comparado a uma
grande metrópole, ...... que se voltam alguns pensadores da modernidade.
d) As novas tecnologias ...... que os comerciantes modernos podem contar são determinantes para o
sucesso dos novos empreendimentos.
e) Os leilões virtuais se apresentam como uma forma inovadora de consumo pela internet, propícia ......
todos os que se utilizam da rede com frequência.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o da frase acima se encontra em: a) Degas prestou-
lhe uma homenagem única ...
b) Ingres é o mais contraditório dos pintores.
c) ... já velho e cego, foi, ainda assim ...
d) ... perverteu os princípios clássicos ...
e) Defendia valores eternos, imutáveis ...
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324
Português
GABARITO
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325
Português
Parte 3 Capítulo VIII
Vozes verbais
As vozes se baseiam nos sujeitos, isto é, se o sujeito pratica a ação expressa pelo verbo, a voz é ativa. Se o
sujeito sofre a ação, a voz é passiva. Se o sujeito pratica e recebe a mesma ação verbal, a voz é reflexiva.
VOZ
Passiva: Indica que a ação expressa pelo verbo é
recebida pelo sujeito, ou seja, o sujeito sofre a ação.
Ex.: O quadro foi pintado por mim.
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326
Português
A voz passiva pode ser analítica ou sintética.
Voz Passiva
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327
Português
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328
Português
Parte 3 - Capítulo VIII
Questões de Concursos
1 – Prova: FCC - 2013 - Caixa - Engenheiro Civil
Transpondo-se para a voz passiva os segmentos as palavras guardam um resíduo de pensamento e de
novo a levamos pelos corredores, resultarão, respectivamente, as formas verbais:
a) é guardado e é levada.
b) são guardadas e são levados.
c) guardam-se e levam- se.
d) têm guardado e vamos levando.
e) guarda- se e têm levado.
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329
Português
6 - (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Segurança).
Basta, no entanto, o início de uma paixão secreta para que comecemos a notar o presságio de sua
destruição.
Transpondo-se o segmento destacado na frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
a) Começa-se a notá-lo.
b) Começava a ser notada.
c) Comece a notar.
d) Começamos a notá-la.
e) Comece a ser notado.
8 – Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Especialidade Oficial de Justiça
Avaliador Federal
O segmento que admite transposição para a voz passiva é:
a) A ética epicurista é basicamente um hedonismo.
b) ... que ele pode utilizar para sua felicidade.
c) ... a delícia está na qualidade...
d) ... prazeres que resultam em pesares...
e) ... ou partem de carências.
9 - (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Área Administrativa).
Tanto as fontes quanto a própria historiografia falavam a linguagem do poder ...
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
a) Eram faladas.
b) Foi falada.
c) Se falaram.
d) Era falada.
e) Tinha-se falado.
10 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação
No total, o livro traz mais de 400 fotos sequenciais... Transpondo a frase acima para a voz passiva, o verbo
de- verá ser substituído por:
a) são trazidas
b) é trazido.
c) tinha trazido.
d) eram trazidas.
e) vinham trazendo.
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330
Português
11 - (COPEVE-UFAL - 2011 - UFAL - Assistente de Administração).
Em qual período há voz passiva sintética?
a) Praticaram-se ações solidárias.
b) Arrependeu-se de se haver associado ao irmão.
c) A garota penteou-se diante do espelho.
d) As inscrições para o concurso já foram abertas.
e) A notícia foi lida pelo repórter.
12 – Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Técnico Judiciário - Área Administrativa
A juniorização [...] põe em risco o futuro das companhias.
A transposição da frase acima para a voz passiva terá como resultado a forma verbal:
a) foram postas.
b) são postas.
c) foi posto.
d) põem-se.
e) é posto.
13 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Psicologia
A frase em que se admite transposição para a voz passiva está em:
a) Passava um pouco das 5 da tarde daquela sexta- feira...
b) Em 8 de outubro de 2010 a terra tremeu como...
c) ... e sua equipe instalaram sismógrafos em Mara Rosa...
d) Mas nem todos concordam.
e) ... a localização dos tremores não coincide com a desse conjunto de falhas...
14 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária
... desde que os territórios reservados suprissem suas necessidades corporais de alimento e segurança...
A transposição da frase acima para a voz passiva terá como resultado a forma verbal:
a) fossem supridas.
b) forem supridos.
c) fossem supridos.
d) viessem a suprir.
e) sejam supridas.
15 - Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária
A frase que admite transposição para a voz passiva é:
a) ... gosto muito deste nome...
b) ... e depois desliza pelas entranhas do mar...
c) ... uma mulher que vive em Goiás...
d) ... passam as crianças e os miseráveis de hoje.
e) ... defende-os com espontânea opção...
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331
Português
17 - Prova: FCC - 2013 - AL-PB - Analista Legislativo
Essa pergunta era formulada por todos ...
O verbo que admite transposição para a voz passiva, como no exemplo acima, está empregado na frase:
a) Pureza foi a resposta do romancista ...
b) Já estamos habituados ao romance anual de José Lins do Rego ...
c) ... o romancista nos trazia mais um caso da família de José Paulino ...
d) ... dos canaviais que assobiam ao vento ...
e) ... não é apenas o cronista do Nordeste.
20 - Prova: FCC - 2013 - Sergipe Gás S.A. - Todos os Cargos - Conhecimentos Básicos
É impossível que nossos homens políticos não tenham conservado um resto de idealismo ...
A forma verbal resultante da transposição da frase acima para a voz passiva é:
a) conservassem.
b) tenha sido conservado.
c) fora conservado.
d) tenham sido conservados.
e) conservasse.
GABARITO
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332
Português
Parte 4 – Capítulo I
Figuras de Linguagem Estilísticas
A figura de linguagem é utilizada pelo falante com o intuito de realçar e tornar mais expressiva a sua
mensagem.
Figuras de Som
no galho!
Anáfora: É quando ocorre a repetição de uma palavra ou grupo de palavras que iniciam orações,
períodos, ou versos.
Exemplo:
Vi o céu, vi a lua, vi as estrelas, vi você tão linda e bela como todas elas. (repetição do vi)
Anástrofe ou inversão: É quando a ordem da frase é inversa, pois é realizada a inversão da ordem
habitual e direta da frase.
Exemplo:
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333
Português
Assíndeto: É a figura de linguagem que omite as conjunções ou conectivos entre as orações, tendo
como consequência orações justapostas ou separadas por vírgula.
Exemplo:
Hipálage: É a figura de linguagem que atribui uma qualidade ou uma ação a um sujeito, sendo que essa
qualidade ou ação atribuída pertence a outro ser da mesma frase.
Exemplo:
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334
Português
Silepse: É quando a concordância na frase não é feita com o que está expresso na oração, mas com o
que está subtendido e oculto. A silepse é uma concordância ideológica, que pode ser dividida em
silepse de gênero, de número e de pessoa, conforme pode ser observado abaixo.
Silepse
De gênero: Vossa Senhoria foi muito
caridoso.
Polissíndeto: É o emprego de repetição das conjunções de forma intencional entre orações ou palavras.
Ou seja, ocorre quando as conjunções são repetidas mais vezes do que exigem as regras gramaticais.
Exemplo:
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335
Português
FIGURAS DE PENSAMENTO
ANTíTESE: EUFEMISMO:
É a oposição entre dois É o emprego de termos HIPÉRBOLE:
ou mais termos, que agradáveis utilizados para É o exagero excessivo
normalmente atenuar uma expressão das coisas.
encontram-se na mesma desagradável.
oração. Ex.: Mélvio está
Ex.: Ele foi convidado a se retirar morrendo de fome.
Ex.: Não existiria o ódio, da sala de audiência pelo juiz.
se não existisse o amor. (Suaviza o termo foi expulso)
PARADOXO OU PROSOPOPEIA,
IRONIA: OXÍMORO: PERSONIFICAÇÃO:
Consiste em dizer o É uma contradição, Atribui ação e qualidades
contrário do que se pensa, que aproxima ideias humanas a seres
porém deixando entender o contrárias. animados, inanimados ou
que realmente pensa. Ex.: "O amor é fogo imaginários.
Ex.: Meu adorável marido que arde sem se ver/ Ex: As árvores não falam.
nunca me deu presente É ferida que dói e não
nenhum. se sente."
FIGURAS DE PALAVRAS
Antonomásia: Ocorre quando há substituição de um nome por outro ou por expressão relacionada ao
termo substituído. A antonomásia também é identificável quando designamos uma pessoa pela qualidade
que com ela se relaciona.
Exemplo:
Catacrese: É a figura de linguagem que consiste no emprego impróprio de uma palavra ou expressão por
outra mais específica.
Exemplo:
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336
Português
Comparação ou Símile: É quando existe uma ideia de comparação, utilizando-se conectivos apropriados.
Exemplo:
Metáfora: Ocorre quando há uma comparação em que o conectivo comparativo fica implícito. Outorga a
uma coisa ou a uma pessoa uma característica diferente da habitual, que coerentemente não lhe seja
cabível.
Exemplo:
Ela é uma fera e João é um gato.
Sinestesia: É a figura de linguagem que tem o escopo de ligar na mesma expressão as sensações
percebidas por diversos órgãos do sentido (olfato, audição, paladar, visão e tato).
Exemplo:
Vícios de Linguagem
Os vícios de linguagem ocorrem quando há qualquer desobediência às regras gramaticais. Podem ocorrer
por Arcaísmo, eco, colisão, ambiguidade, cacófato, barbarismo, arcaísmo, pleonasmo, plebeísmo, etc.
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337
Português
Ambiguidade: Esse tipo de vício ocorre quando a palavra apresenta dúbio sentido, ou seja, mais de um
sentido.
Exemplo:
(Tem duplo sentido, pois o cachorro pode ser o
Como está o cachorro do seu namorado no sentido cafajeste, ou no sentido de
namorado? perguntar pelo animal, que é o cachorro).
Arcaísmo: É o emprego de palavras ou construções que não são mais utilizadas na Língua Portuguesa,
por já terem caído em desuso.
Exemplo:
Onde vosmecê colocou minha ceroula branca? (Vosmecê = você, ceroula = cueca).
Barbarismo: É um vicio decorrente da violação das regras de português que ocorre na grafia ou na
pronúncia.
Exemplo:
(O termo correto seria seja, notando-se
Desejo que você seje o 1º
assim um vício de linguagem por
aprovado.
ocorrência do barbarismo).
Cacófato: É a produção de um som desagradável aos ouvidos em decorrência da junção das palavras ou
expressões, ocasionando a ridicularidade.
Exemplo:
Ela tinha muitas provas para fazer ontem. (latinha)
Plebeísmo: Ocorre quando houver o uso indevido de palavras, gírias ou expressões triviais. Sendo
assim, não são aceitos pela língua culta.
Exemplo:
Tô ferrado.
Pleonasmo: Esse vício de linguagem consiste na utilização de repetição de palavras e expressões inúteis
e desnecessárias.
Exemplo:
(O verbo desceram já expressa a ideia de que os
Os alunos desceram para
alunos foram para baixo, tendo sido desnecessário
baixo.
utilizar o termo “para baixo”)
Eco: Consiste na utilização de palavras ou expressões que rimam, sendo terminadas com o mesmo som.
Exemplo:
Colisão: É ocasionada pela repetição das mesmas consoantes, ocasionando um efeito acústico
desagradável ao receptor da mensagem.
Exemplo:
Querido, quero que você não a queira mais.
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338
Português
Solecismo: É quando ocorre um desvio na construção sintática, ocasionando erro de concordância,
regência ou de colocação.
Exemplo:
(A forma correta é: Esta apostila é pra eu
Esta apostila é pra mim estudar. estudar. Sendo assim, utilizar o mim, no caso
em tela, ocasiona o solecismo).
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339
Português
Parte 4 – Capítulo I
Questões de Concursos
1 Prova: VUNESP - 2013 - PC-SP - Investigador de Polícia
Emprega-se a linguagem figurada na seguinte passagem do texto:
a) ... o Código Civil, que garante ao cidadão o direito à privacidade e o protege de agressões à sua honra e
intimidade.
b) ... mas os copos e garrafas afastados para os lados, abrindo espaço para a luta, não param em cima da
mesa.
c) A Constituição provê que os historiadores e biógrafos se voltem para a história do país e reconstituam
seu passado ou presente...
d) ... a Constituição, que garante a liberdade de expressão, de imprensa e de acesso à informação.
e) É a que se propõe a Associação Nacional dos Editores de Livros: arguir no Supremo Tribunal Federal a
inconstitucionalidade do artigo 20 do Código Civil.
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340
Português
3 - Prova: UEG - 2013 - PM-GO - Oficial de Saúde - Endodontia
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341
Português
5 - (TJ-SC- 2009 - Juiz).
Marque a única alternativa que NÃO contém nenhum erro gramatical considerado barbarismo:
a) Quando nada mais couber, bastará uma telefonema - de forma expontânea - do seu procurador.
b) Caso eles virem armados, serão pegos pela polícia.
c) Com o pronto-socorro grátis ao jornalista, a categoria terá cobertura quando, no exercício de sua
profissão, se vir, por qualquer meio legal ou abusivo, tolhida no seu direito de informar.
d) Se o advogado não intervir a tempo, ninguém reaverá o investimento feito e o montante que já tinha
gastado.
e) Qualquer economista que se dispor a analisar os dados pedirá que o governo afroxe as medidas
objetivando a contenção das despesas.
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342
Português
9 - (COPEVE/2010/UFAL/Advogado).
Nos versos de Luís de Camões: “E, enquanto eu estes canto e a vós não posso,/sublime Rei, pois não me
atrevo a tanto.”, há um recurso expressivo que consiste em inferir, a partir do contexto, um termo omitido.
Essa figura de sintaxe denomina-se:
a) elipse.
b) anáfora.
c) ironia.
d) anacoluto.
e) sínquise.
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343
Português
12 - (TJ/2010/TJ-SC/TJ-Auxiliar).
Aponte a alternativa que NÃO apresenta solecismo:
a) Às vezes queremos ter tudo sem pensar que podemos se arrepender depois.
b) Ele pediu pra mim não deixar meu paletó na cadeira.
c) Acabamos jantando no restaurante do Lauro, onde fomos muito bem atendidos.
d) Eu lhe abracei muito quando lhe vi na rodoviária.
e) Por que fosses dizer que a gente não vamos sair?
13 - (TJ/2010/TJ-SC/Técnico Judiciário-Auxiliar).
A frase “Este tribunal recebeu a informação de que a empresa Marca X estaria sendo vendida por volta das
21 horas de terça-feira” apresenta o vício de linguagem denominado:
a) Cacofonia.
b) Eco.
c) Pleonasmo.
d) Ambiguidade.
e) Barbarismo
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344
Português
Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram! Eu não atino com a das
que enfiei ontem. Juro só que não eram amarelas porque execro essa cor; mas isso mesmo pode ser olvido
e confusão.
E antes seja olvido que confusão; explico-me. Nada se emenda bem nos livros confusos, mas tudo se pode
meter nos livros omissos. Eu, quando leio algum desta outra casta, não me aflijo nunca. O que faço, em
chegando ao fim, é cerrar os olhos e evocar todas as coisas que não achei nele. Quantas ideias finas me
acodem então! Que de reflexões profundas! Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas,
todos me aparecem agora com as suas águas, as suas árvores, os seus altares, e os generais sacam das
espadas que tinham ficado na bainha, e os clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha
com uma alma imprevista. É que tudo se acha fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho as
lacunas alheias; assim podes também preencher as minhas.
(Assis, de Machado. Dom Casmurro – Editora Scipione – 1994 – pág. 65)
Há um exemplo de prosopopeia em:
a) “Como eu invejo os que não esqueceram a cor das primeiras calças que vestiram!”
b) “E antes seja olvido que confusão; explico-me.”
c) “Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas lidas.”
d) “Não, não, a minha memória não é boa.”
e) “... e os clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma imprevista.”
Assinale a alternativa correta a respeito de fatos gramaticais e estilísticos encontrados no texto II.
a) As palavras “ninguém”, “pé”, “você” são acentuadas pela mesma razão.
b) Na frase “‘Deus me fez assim e pronto!’” (linhas 21 e 22), encontra-se uma interjeição característica da
linguagem coloquial.
c) Na frase “As pessoas encaram tudo como desculpas e justificativas” (linhas 14 e 15), há exemplo de gíria
e de uma figura da linguagem: a anáfora.
d) Na construção “O que tais pessoas talvez nunca percebam” (linha 23), o pronome “tais” está empregado
de modo informal, com significado de brilhantes, grandiosas.
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345
Português
e) O “as” de “as vezes” (linha 17) deve receber o sinal indicativo de crase para ajustar-se à norma culta
padrão.
GABARITO
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346
Português
Parte 4 – Capítulo II
Interpretação de Texto
Para se compreender um texto, é necessário buscar as suas principais ideias, todavia o leitor deverá
aprender a ter uma leitura informativa e de reconhecimento para uma perfeita interpretação.
O texto sempre possui um tema referente ao assunto que será discutido no texto.
OS MANDAMENTOS DA INTERPRETAÇÃO
Ler duas vezes o texto. A primeira, para ter contato com o assunto; a
segunda, para observar como o texto está desenvolvido.
Não se deve considerar o que o autor quis dizer, mais sim o que ele disse,
escreveu no texto.
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Português
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348
Português
Contextualização: Linguagem Real e Figurada
Denotação: Conotação:
►Tipologia Textual
É a forma como os acontecimentos serão apresentados em um texto. A saber, pela tradição: narração,
descrição e dissertação.
Narrar é contar, é a modalidade textual em que se contam fatos envolvendo personagens, tendo como
principal material a ação. O tempo predominante é o passado.
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349
Português
Exemplo:
Descrição: Refere-se ao ato de descrever. Descrevem-se: coisas, bichos, pessoas, seres, objetos, paisagens,
situações, sensações, sentimentos. Imagine você diante de uma fotografia, a ela só nos cabe descrever,
uma vez que os elementos desta foto estão estáticos (parados), fato oposto ao texto narrativo. Nesse, os
elementos estão em ação.
Exemplo:
A escola era muito ampla, suas salas eram muito espaçosas e seus mobiliários modernos.
Nela existiam repartições organizadas e bons profissionais.
Apresenta a ideia que vai ser discutida, a tese a ser defendida. Cabe à
Introdução: introdução colocar de maneira objetiva, situar o leitor a respeito do
que será argumentado nos próximos parágrafos.
Exemplo:
O brasileiro, nos últimos anos, tem revelado uma profunda descrença nas instituições políticas do
país. Vários fatores têm concorrido para isso. Entre eles, podem se citar a incapacidade do governo
de controlar o processo inflacionário, a impunidade dos que fazem mau uso do dinheiro público e o
mau funcionamento dos legislativos.
As condições de bem-estar e de comodidade nos grandes centros urbanos como São Paulo são
reconhecidamente precárias por causa, sobretudo da densa concentração de habitantes num espaço
que não foi planejado para alojá-los. Com isso, praticamente todos os polos da estrutura urbana
ficam afetados: o trânsito é lento; os transportes coletivos insuficientes; os estabelecimentos de
prestação de serviço, ineficazes.
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350
Português
Discurso Direto:
- Que nada. Isso é lenda. Uns amigos do trabalho que estudam lá, disseram que há várias
formas de descontos e, do mais, além de um curso reconhecido, você se sente mais segura, não
acha?
- Sabe o endereço?
- Boa sorte!
- Obrigada.
Discurso Indireto:
Dona Abigail sentou-se na cama, sobressaltada, acordou o marido e disse que havia sonhado que
iria faltar feijão. Não era a primeira vez que esta cena ocorria. Dona Abigail, consciente de seus
afazeres de dona de casa, vivia constantemente atormentada por pesadelos desse gênero. E de
outros gêneros, quase todos alimentícios. Ainda bêbado de sono, o marido esticou o braço e
apanhou a carteira sobre a mesinha de cabeceira perguntando quanto ela queria.
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Português
"- Devia bastar, disse ela; eu não me atrevo a pedir mais." (M. de Assis)
Discurso indireto.
Ela disse que deveria bastar, que ela não se atrevia a pedir mais.
Discurso direto.
Discurso indireto.
Discurso direto.
Discurso indireto.
Discurso indireto.
Discurso direto.
Discurso indireto.
►Paráfrase
Parafrasear consiste em reescrever com suas palavras as ideias centrais de um texto, mantendo o mesmo
sentido. Nele, há síntese, clareza e precisão vocabular.
Exemplo: Citado por Affonso Romano Sant'Anna em seu livro "Paródia, paráfrase & Cia" (p. 23):
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Português
I - Texto Original
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Português
Parte 4 – Capítulo II
Questões de Concursos
2 - (PETROBRAS – BR – DISTRIBUIDORA S.A – 2010 - PROFISSIONAL JÚNIOR).
O período escrito de acordo com a norma padrão é:
a) O formigueiro, sobre cuja a destruição foi atribuída às crianças, era muito antigo.
b) O astrônomo de cuja teoria lhe falei vem ao Brasil no próximo semestre.
c) O planeta que moramos tem condições para abrigar várias formas de vida.
d) A constelação cuja a estrela principal se chama Alpha Centauri fica no Hemisfério Sul.
e) O planeta Marte, cujo é vizinho próximo da Terra, não parece ter água em sua superfície.
3 – (CESPE - 2011 - EBC - Cargos de Nível Médio - Conhecimentos Básicos).
Quando se fala em sistema público de comunicação,
pensa-se justamente em um conjunto de mídias públicas (nos
diversos suportes, como rádio, televisão, Internet etc.) que
4 operam de modo integrado e sistêmico, tendo como horizonte
o interesse dos cidadãos. Para o professor Laurindo Leal Filho,
da Universidade de São Paulo, um dos pioneiros na pesquisa
7 sobre mídia pública no Brasil, esse não é um conceito fechado.
“Por princípio, todo o sistema de comunicação deveria ser
público, uma vez que a sua missão é prestar um serviço
10 público. Nesse sentido, poderiam até variar as formas de
financiamento, mas o controle deve ser da sociedade. De algum
modo, é o que acontece em alguns países onde órgãos
13 reguladores estabelecem as diretrizes para o todo o setor das
comunicações eletrônicas. De maneira mais restrita,
costumamos chamar de público o sistema não comercial e, de
16 alguma forma, independente do Estado. E aí temos inúmeras
nuanças: de sistemas ditos públicos, mas que sofrem forte
controle estatal, até outros em que essa relação é tênue”,
19 explica Leal Filho.
Com base no texto acima, julgue o item a seguir.
O trecho de citação da fala do professor da Universidade de São Paulo é predominantemente narrativo.
( ) Certo ( ) Errado
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Português
Pelos sentidos e pelas estruturas linguísticas do texto, é correto concluir que o emprego de “Conheça” (L.7)
e “Não perca” (L.12) indica que a função da linguagem predominante no texto é a:
a) metalinguística.
b) poética.
c) conativa.
d) expressiva.
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355
Português
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356
Português
7 ensinados por professores e militares e tinham como objetivo
preparar os alunos para que pudessem defender a nação em
conflitos armados no futuro.
10 A prática dos exercícios físico-militares nas escolas
fazia parte de uma filosofia educacional geralmente
desconhecida por regentes e pais. Alguns desses acreditavam
13 que seus filhos corriam o risco de ter de entrar para a carreira
militar por estarem participando dessas aulas nas escolas.
Também havia aqueles que não viam qualquer sentido ou
16 utilidade nos exercícios. Outros apontavam os riscos para a
saúde de crianças e jovens, especialmente por inexistirem
espaços físicos para a realização das atividades.
19 A falta de militares, professores mal preparados e a
oposição dos pais criaram dificuldades para a realização dos
exercícios nas escolas brasileiras. Havia um sentimento
22 generalizado de que essas atividades representavam a formação
de um espírito belicista, estranho à realidade brasileira. Em
meados do século XX, esses exercícios caíram em desuso nas
25 escolas. O fim da Segunda Guerra Mundial e a necessidade de
se estabelecer um ambiente mais pacífico entre as nações
certamente contribuíram muito para isso.
Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 6, n.º 62, p. 74-7 (com adaptações).
Com referência às ideias e às estruturas linguísticas empregadas no texto acima, julgue o item
subsequente.
O texto filia-se ao gênero informativo, o que justifica a predominância do emprego de linguagem
denotativa.
( ) Certo ( ) Errado
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357
Português
exposição “Postaes: A correspondência afetiva na Coleção Liedo Maranhão”, no Centro Cultural dos
Correios, na capital pernambucana.
O pesquisador, residente em Pernambuco, começou a se interessar pelo assunto vendo, ainda jovem, os
postais que eram trocados na sua própria família.
Depois, passou a comprá-los no Mercado São José, reduto da cultura popular do Recife, onde eram
encontrados em caixas de sapato ou pendurados em cordões para chamar a atenção dos visitantes. Boa
parte da coleção vem daí. [...]
– Acho que seu impacto é justamente o de trazer para o mundo contemporâneo o glamour e o romantismo
de um meio de comunicação tão usual no passado – afirma o curador Gustavo Maia.
– O que mais chama a atenção é o sentimento romântico como conceito, que pode ser percebido na
delicadeza perdida de uma forma de comunicação que hoje está em desuso – reforça Bartira Ferraz, outra
curadora da mostra. [...]
LINS, Letícia. Retratos de uma época. Revista O Globo, Rio de Janeiro, n. 353, p. 26-28, 1o maio 2011.
Adaptado.
O trecho “Há 15 dias, uma educadora no Recife, Niedja Santos, indagou a um grupo de estudantes quais os
meios de comunicação que eles conheciam. Nenhum citou cartões postais.” (l. 6-9) classifica-se como do
tipo textual narrativo. PORQUE:
A narração se caracteriza pela apresentação de um evento marcado temporalmente, com a participação
dos personagens envolvidos. Analisando-se as afirmações acima, conclui-se que as duas afirmações são
verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
a) as duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
b) a primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa.
c) a primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira.
d) as duas afirmações são falsas.
TEXTO I
O Sistema
O pensar é a tentação-mor dos insones ou ao menos dos insones pensantes Thou shall be cursed1, proferiu
um deus à estirpe dos insones, sabe-se lá por que arcaico crime por eles cometido. Só podendo dormir ao
amanhecer, o insone assemelha-se ao vampiro. Irmanados pela mesma maldição. E, como o vampiro, o
insone também é uma espécie de imortal. Jorge Luis Borges dizia que imortalidade seria um pesadelo: não
poder morrer nunca, estar condenado a viver eternamente. Mas num pesadelo já se está descansando,
dormindo, apesar de sua inquietude. A imortalidade é antes como a insônia: estar fatigado, do dia como da
vida, querer dormir, mas estar condenado a permanecer desperto, vigilante – até quando? O insone é um
imortal de olheiras.
A insônia é um sistema, e, como em todo sistema, nesse também há alguns pontos críticos. O momento
mais temido pelo insone, aquele que ele reluta em encontrar, sem no entanto assumir esse receio –
assunção que despertaria fatalmente as forças da maldição–, é a hora de ficar a sós com a voz de dentro.
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358
Português
É o momento em que é preciso fechar o livro, apagar o abajur, desligar a televisão, interromper a conversa,
em suma, o que quer que esteja protegendo o insone de si mesmo, de ser entregue ao seu próprio
pensamento. Pois a maldição só tem a capacidade de se instalar, como certos vírus que não sobrevivem
fora do organismo, nos circuitos de pensamento do insone.
É nessa “voz de dentro”, como um filósofo definiu a consciência, que habitam os demônios da insônia.
Apagar a luz, dizer “boa noite” à pessoa do lado, é entrar nessa zona temível em que qualquer movimento
em falso pode acordar a maldição e ativar o sistema. É por isso que alguns insones criam o hábito de dormir
com a TV ligada: a voz de fora é impermeável, um escudo contra os demônios. Durante muito tempo só
pude dormir assim. Escolhia um filme desinteressante e colocava o volume num nível baixo, na exata zona
média entre a minha voz de dentro e a voz de fora, de modo que as duas juntas formavam um rumor, um
murmúrio indiscernível, uma linguagem escura que me relaxava, entorpecia e afinal me esquecia. (...)
BOSCO, Francisco. In: O Globo, 19 maio 2010.1Vós sereis amaldiçoados.
TEXTO II
O bem de uma sesta
Por coincidência, esbarrei nestes últimos dias com várias reportagens sobre o sono. Parece que a medicina
anda preocupada com a falta ou o excesso dele. Alguns amigos também. Nas conversas sobreo tema,
costumo ser o único a não ter do que me queixar: sou bom de cama. Até demais. Durmo na hora que
quero, durante o tempo que preciso e às vezes até no lugar indevido. Quando dirigia, chegava a ser
acordado com a buzina do carro de trás ao se abrir o sinal vermelho de trânsito. No entanto, conheço
pessoas que vivem reclamando de insônia. Passam parte da vida em claro. Eu as invejava, achando que
desse jeito o dia rendia mais, dando tempo para ler os livros que a gente não consegue, além de poder
escrever, ouvir música, responder e-mails.
Soube depois que não é bem assim, pois se trata de um incômodo mal-estar. Um mistério é por que não
tenho déficit de sono, se deito tarde (uma, duas da manhã) e acordo cedo, em geral às seis? Quando me
perguntam como é que pode, faço cara de fenômeno e só depois conto, o que vou fazer daqui a pouco. (...)
Do que aprendi nas minhas leituras, porém, o que mais me interessou foi a matéria esclarecendo o meu
“caso”, que felizmente nada tem a ver com a chamada “doença do sono”. É que um estudo acaba de
revelar que dormir ou cochilar depois do almoço faz bem à saúde, principalmente a mental. O hábito
estimula a aprendizagem e amplia os processos cognitivos.
Já permanecer acordado muito tempo prejudica o armazenamento de novas informações. Como faço a
sesta todo dia, estou bem, e esse é o meu segredo.
Antes, tinha pudor de confessar. Dava sempre uma desculpa, pedia para dizerem ao telefone que não
estava etc. Temia que as pessoas me achassem um preguiçoso. Se a verdade fosse dita, alguém do outro
lado ia suspirar: “Isso é que é vida!” Com a descoberta de que a sesta é uma necessidade biológica que faz
a gente ficar mais inteligente, assumi o hábito com orgulho, pois passei a me sentir mais... vocês não
perceberam? Então é porque ainda não deu para notar.
Quem puder, faça como eu, mas, se dormir, não dirija.
VENTURA, Zuenir. O Globo, 29 maio 2010.
Um exemplo de linguagem informal é encontrado em:
a) "proferiu um deus à estirpe dos insones," (Texto I, L. 1-2)~
b) "Se a verdade fosse dita," (Texto II, L..35)
c) "a voz de fora é impermeável, um escudo contra os demônios." (Texto I, L. 34-35)~
d) "Quando me perguntam como é que pode," (Texto II, L. 19-20)
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359
Português
e) "O hábito estimula a aprendizagem..." (Texto II, L. 27-28)
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360
Português
pessoa jurídica (por delitos que sejam cometidos no exercício de suas atividades sociais, ou por conta,
nome, ou em proveito delas), mas também estabelece regras de como essa responsabilização será aferida
nos casos concretos (ela será aplicável [...], em função da inoperância de controles empresariais, sobre
atividades desempenhadas pelas pessoas físicas que as dirigem ou que agem em seu nome). A vigência na
nova norma penal já trouxe efeitos práticos no cotidiano acadêmico e empresarial, pois abundam, naquele
país, ciclos de debates acerca dos instrumentos de controle da administração empresarial, promovidos por
empresas que pretendem implementar, o quanto antes, práticas administrativas voltadas à prevenção de
qualquer tipo de responsabilidade penal.
Dessa realidade legal e da tendência político-criminal que dela se pode inferir, ganham importância, no
espectro de preocupação não só das empresas estrangeiras situadas no Brasil, mas também das próprias
empresas nacionais, as práticas de criminal compliance.
Tem-se, grosso modo, por compliance a submissão ou a obediência a diversas obrigações impostas às
empresas privadas, por meio da implementação de políticas e procedimentos gerenciais adequados, com a
finalidade de detectar e gerir os riscos da atividade da empresa.
Na atualidade, o direito penal tem assumido uma função muito próxima do direito administrativo, isto é,
vêm-se incriminando, cada vez mais, os descumprimentos das normas regulatórias estatais, como forma de
reforçar a necessidade de prevenção de riscos a bens juridicamente tutelados. Muitas vezes, o mero
descumprimento doloso dessas normas e diretivas administrativas estatais pode conduzir à
responsabilização penal de funcionários ou dirigentes da empresa, ou mesmo à própria responsabilização
da pessoa jurídica, quando houver previsão legal para tanto.
Assim sendo, criminal compliance pode ser compreendido como prática sistemática de controles internos
com vistas a dar cumprimento às normas e deveres ínsitos a cada atividade econômica, objetivando
prevenir possibilidades de responsabilização penal decorrente da prática dos atos normais de gestão
empresarial.
No Brasil, por exemplo, existem regras de criminal compliance previstas na Lei dos Crimes de Lavagem de
Dinheiro – Lei 9.613, de 3 de março de 1998 – que sujeitam as pessoas físicas e jurídicas que tenham como
atividade principal ou acessória a captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros, compra e
venda de moeda estrangeira ou ouro ou títulos ou valores mobiliários, à obrigação de comunicar aos
órgãos oficiais sobre as operações tidas como “suspeitas”, sob pena de serem responsabilizadas penal e
administrativamente.
Porém, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros, assim como estando as matrizes
das empresas transnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem, não tardará
para que as práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da
economia. Trata-se, portanto, de um assunto de relevante interesse para as empresas nacionais e
estrangeiras que atuam no Brasil, bem como para os profissionais especializados na área criminal, que
atuarão cada vez mais veementemente na prevenção dos riscos da empresa. (...)
(Leandro Sarcedo e Jonathan Ariel Raicher. In: Valor Econômico. 29/03/2011 – com adaptações)
É correto afirmar que o sexto parágrafo do texto, quanto à sua tipologia e à sua função discursiva em
relação ao texto como um todo, mantém maior aproximação com o:
a) quinto parágrafo.
b) sétimo parágrafo.
c) oitavo parágrafo.
d) quarto parágrafo.
e) segundo parágrafo.
361
Português
[Entre falar e escrever]
Antigamente os professores de ginásio* ensinavam a escrever mandando fazer redações que puxavam
insensivelmente para a grandiloquência, o preciosismo ou a banalidade: descrever uma floresta, uma
tempestade, o estouro da boiada; comentar os males causados pelo fumo, o jogo, a bebida; dizer o que
pensa da pátria, da guerra, da bandeira. Bem ou mal, íamos aprendendo, sobretudo porque naquele tempo
os professores tinham tempo para corrigir os exercícios escritos (o meu chegava a devolver os nossos com
igual número de páginas de observações e comentários a tinta vermelha; que Deus o tenha no céu dos
bons gramáticos). Mas o efeito podia ser duvidoso. Lembre-se por analogia o começo do romance S.
Bernardo, de Graciliano Ramos. O rústico fazendeiro Paulo Honório quer contar a própria vida, mas sendo
homem sem instrução, imagina um método prático: contaria os fatos ao jornalista local e este redigiria. No
entanto... Leiamos:
O resultado foi um desastre. Quinze dias depois do nosso primeiro encontro, o redator do jornal
apresentou me dois capítulos datilografados, tão cheios de besteiras que me zanguei: − Vá para o inferno,
Gondim. Você acanalhou o troço. Está pernóstico, está safado, está idiota! Há lá ninguém que fale dessa
forma!
O jornalista observa então que “um artista não pode escrever como fala”, e ante o espanto de Paulo
Honório, explica:
− Foi assim que sempre se fez. A literatura é literatura, seu Paulo. A gente discute, briga, trata de negócios
naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como falo, ninguém me
lia.
Então Paulo Honório põe mãos à obra do seu jeito, “escreve como fala” e resulta o romance S. Bernardo,
um clássico de Graciliano Ramos.
(Adaptado de Antonio Candido, O albatroz e o chinês)
Atente para as seguintes afirmações:
I. Os dois trechos citados de S. Bernardo ilustram posições antagônicas quanto a
atributos que devem marcar a linguagem literária. a) I.
362
Português
Do bando de desnutridos que somos nasceram Ademar Ferreira da Silva e João do Pulo. Mesmo com a falta
de piscinas, tivemos Manoel dos Santos, Ricardo Prado, Gustavo Borges e esse excepcional César Cielo.
Raquetes, tão raras por aqui, nos deram Maria Ester Bueno, Thomaz Koch e um tal de Guga. Assim,
poderíamos ficar horas a desfilar as incoerências da realidade que vivemos. E nada mais real do que o
nosso futebol.
Nossa plena expressão social e nosso maior agregador cultural foram postos em um lugar bem especial por
todos os apreciadores desse esporte, exatamente por nossas especialidades: espontaneidade, dom,
criatividade, alegria e habilidade.
GABARITO
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363
Português
Parte 4 – Capítulo III
Coesão e Coerência
Para elaborar um texto, assim como na fala, é necessário que se faça a utilização de artifícios para
assegurar ao interlocutor a compreensão do que se lê ou fala. É importante ressaltar que os artifícios
linguísticos que estabelecem a conexão e a retomada do que foi escrito ou falado é que garantem a coesão
textual para que exista coerência, entre os elementos da frase e também entre a sequência de frases
dentro do próprio texto. Um texto incoerente é aquele que não possui nexo ou que se apresenta de
maneira contraditória. Na maioria das vezes, tal situação é causada pela má utilização dos elementos de
coesão textual.
Dessa forma, para que um texto seja claro, compreensível e possa repassar o que você deseja transmitir, é
necessário que ele seja coerente e coeso.
COESÃO
Podemos chamar de coeso o texto que é compreensível, no sentido de que há sequência dos fatos e
relação entre os elementos. Nesse sentido, no momento em que se fazem presentes elementos que ligam
os vários fragmentos do texto, tornando-o harmonioso, pode-se inferir que nesse texto há função coesiva.
A coesão permite que as frases e parágrafos do texto estejam entrelaçados, ocasionando, assim, uma
sequência lógica dos acontecimentos no texto.
Coesão Sequencial
É um tipo de ligação entre os termos, frases e períodos em que são utilizadas
conjunções para promover a sequencia dos acontecimentos. De acordo com
o conectivo utilizado, um novo sentido.
Ex.: Ninguém veio à festa, portanto muita comida foi desperdiçada. (Sentido
de conclusão)
Coesão Referencial
É a utilização de um termo que possui o escopo de fazer referência a outro
utilizado anteriormente no texto. Geralmente, a conexão é feita pelos
pronomes.
Ex.: Maria obteve uma ótima nota no trabalho de matemática. Tal resultado
comprova que ela estudou muito.
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364
Português
COERÊNCIA TEXTUAL
Um texto é coerente quando apresenta sentido, além de ser coeso. A coesão num texto é fundamental,
pois não há possibilidade de haver um texto coerente sem ser coeso.
Na coerência textual, a ausência de contradição é fundamental. O texto deverá ter harmonia entre os fatos,
obedecendo a uma linha de raciocínio, sendo assim para existir coerência textual é necessário que as ideias
do texto se completem.
Exemplo:
Maria levantou-se e deu jeito de colocar em ordem sua agenda do dia. Logo, percebeu
que iria se atrasar, caso não organizasse seu horário.
A coerência é necessária, uma vez que o autor de um texto não pode apresentar uma ideia e a contradizer
mais adiante, sendo essa cautela necessária para que não torne o texto incoerente.
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365
Português
Parte 4 – Capítulo III
Questões de Concursos
3 – (FCC – 2011 – TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação).
Está INCORRETO o que consta em:
a) No segmento seu pai teria mostrado um desenho de Leonardo a Verrocchio, que então teria ficado
atônito o autor expressa dúvida a respeito da veracidade dos fatos expostos.
b) Afirmar que um sujeito possui qualidades inerentes equivale a dizer que essas características são
inseparáveis desse sujeito.
c) O sentido da frase um consolo para o resto de nós que não consegue atingir esse nível também seria
mantido se ela fosse expressa do seguinte modo: um consolo para o resto de nós, que não
conseguimos atingir esse nível.
d) O sentido do segmento o que realmente torna esses indivíduos ilustres seria mantido se ele fosse
expresso do seguinte modo: eventualmente, o que faz a nobreza dessas pessoas.
e) O sentido do segmento o que realmente torna esses indivíduos ilustres seria mantido se ele fosse
expresso do seguinte modo: eventualmente, o que faz a nobreza dessas pessoas.
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366
Português
4 – Prova: CESPE - 2013 - DEPEN - Agente
Penitenciário - Conhecimentos Básicos
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367
Português
7 – (Cesgranrio/2010/Administrador-PETROBRAS/Português).
O referente do pronome destacado na passagem “A pessoa mais importante da vida é o seu proprietário, o
nosso maior erro é ser inquilino dela,” é:
a) “pessoa”.
b) “vida”.
c) “proprietário”.
d) “erro”.
e) “inquilino”.
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368
Português
Sem prejuízo do sentido original do texto, os dois-pontos empregados logo após “sim” (l.3) poderiam ser
substituídos por vírgula, seguida dedado que ou uma vez que.
( ) Certo ( ) Errado
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369
Português
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
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370
Português
16 - O texto permaneceria
gramaticalmente correto caso o vocábulo
“portanto” (L.7) fosse deslocado para o
início da oração, da seguinte forma:
Portanto, há...
( ) Certo ( ) Errado
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371
Português
José Lins do Rego mostrou [...] poder prescindir da terra para formar o ambiente ...
O verbo grifado pode ser corretamente substituído, sem alteração de sentido e da estrutura da frase, por
a) abstrair.
b) rejeitar.
c) usufruir.
d) concentrar.
e) distrair.
GABARITO
11 – C 12 – E 13 – C 14 – B 15 – E
16 – C 17 –C 18 –A
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372
Português
Parte 4 – Capítulo IV
Redação Oficial
IMPESSOALIDADE: Deve ser dado tratamento impessoal aos assuntos que constam das
comunicações oficiais.
CLAREZA: O texto oficial deve levar ao leitor a sua imediata compreensão, ou seja,
o autor deve se expressar de maneira clara e cristalina.
CONCISÃO: O texto oficial deve ser conciso, pois o autor deverá transmitir um
máximo de informações com um mínimo de palavras. Para sermos concisos,
faz-se necessário atender ao princípio da econômia linguística (utilizar o
mínimo de palavras para informar o máximo).
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373
Português
######### PRONOMES DE TRATAMENTO E VOCATIVOS NA REDAÇÃO OFICIAL #########
O emprego dos pronomes de tratamento na redação oficial obedece a uma tradição secular, de uso
consagrado. São formas de distinção e respeito com que nos dirigimos a autoridades civis, militares e
eclesiásticas. Apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal.
Abaixo seguem as regras mais comumente adotadas:
A determinação do pronome de tratamento utilizado se dá em razão do cargo do destinatário, conforme
descrito a seguir:
VOSSA EXCELÊNCIA PARA AS SEGUINTES AUTORIDADES:
Poder Executivo:
Presidente e Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado;
Chefe da Casa Civil da Presidência da República;
Chefe do Gabinete de Segurança Institucional;
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República;
Advogado-Geral da União;
Chefe da Corregedoria-Geral da União;
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
Oficiais-Generais das Forças Armadas;
Embaixadores;
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais e Prefeitos Municipais.
Poder Legislativo:
Deputados Federais e Senadores;
Ministros do Tribunal de Contas da União;
Deputados Estaduais e Distritais;
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais e Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
Poder Judiciário:
Ministros dos Tribunais Superiores;
Membros de Tribunais;
Juízes e Auditores da Justiça Militar.
VOCATIVO
Vocativo é a expressão utilizada para invocar ou chamar atenção da pessoa para quem está escrevendo o
texto expediente.
O vocativo utilizado para comunicações aos Chefes de Poder é Excelentíssimo senhor, seguido do
respectivo cargo, conforme poderá ser observado abaixo.
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374
Português
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor (a), seguido do cargo respectivo:
Senhor Senador
Senhor Juiz
Senhor Ministro
Senhor Secretário
Senhor Governador
Note que, nos caso de o receptor ser representantes diplomático ou consular, terá o nome pessoal
colocado antes do nome do cargo. (“Exmo. Sr. Manuel das cruzes, embaixador do Brasil”).
VOSSA SENHORIA
Empregado para as demais autoridades e para particulares.
Vocativo: Senhor.
Quando o documento é dirigido a alguma autoridade ou chefia, do governo ou de empresas particulares,
menciona-se o cargo após a palavra Senhor:
Senhor Presidente
Senhor Diretor
Senhora Coordenadora
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375
Português
Quando o destinatário é um cidadão, um particular, aplica-se a palavra Senhor ou Senhora seguido do
nome da pessoa:
VOSSA MAGNIFICÊNCIA
A forma Vossa Magnificência é empregada em comunicações dirigidas a reitores de universidade.
Vocativo:
Magnífico Reitor
@@@@@@@@@
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Português
TEXTO
O expediente do texto oficial deverá possuir a estrutura que segue abaixo.
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
IDENTIFICAÇÃO DO SIGNATÁRIO
As comunicações oficiais devem ter o nome e o cargo da autoridade que as expede digitado ou
datilografado, abaixo de sua assinatura, com exceção do Presidente da República.
A identificação deve ser realizada da seguinte forma:
Chefe da Secretaria-Geral da
Presidência da República
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377
Português
Importante ressaltar que não deve deixar a assinatura em página isolada do expediente para evitar
enganos. Sendo assim, é necessário que transfira ao menos a última frase anterior ao fecho.
ATOS OFICIAIS
Os atos oficiais são os seguintes:
Atos de
correspondência
Atos de
Atos de
Enunciativo-
assentamento
Declaradores
Atos
oficiais
Atos Atos
Deliberativo de pacto ou
Normativos ajuste
Atos
comprovativos
declaratórios
Atos Deliberativo-Normativos:
São deliberações realizadas pelo Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, Senado Federal ou
de outro Colegiado.
Exemplo:
Atos de Assentamento:
Destinam-se ao registro de assentamentos referentes a ocorrências ou fatos.
Exemplo:
Ata.
Atos de Correspondência:
São aqueles que têm os destinatários declarados.
Exemplo:
Ofício, circular, relatório, memorando e requerimento.
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378
Português
Atos de Enunciativo-Declaradores:
São os atos que representam opiniões e esclarecimentos referentes a soluções de determinadas
questões.
Exemplo:
Parecer.
Atos Comprovativo-Declaratórios:
São certidões, declaração e o atestado, pois declaram para comprovação, que é de ciência de quem
assina o ato ou que consta de um processo.
Tratado.
PADRÃO OFÍCIO
Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e
o memorando. O objetivo é a uniformidade, logo o padrão ofício adota um esquema gráfico em comum
dentre os três tipos de ofício. A seguir mostraremos as características.
AVISO: É expedido exclusivamente por Ministros de Estado para autoridades de mesma hierarquia.
OFÍCIO: É expedido para e pelas demais autoridades. É uma modalidade de comunicação oficial. Tem
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e
também com particulares (secretaria-secretaria; secretaria-fundação; secretaria-empresa).
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379
Português
OFÍCIO
Deve conter as seguintes partes no Padrão Ofício:
Local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita.
Texto: Nos casos em que não for de mero encaminhamento de documentos, o expediente deve
conter a seguinte estrutura: Introdução, desenvolvimento e conclusão.
Fecho
Identificação do signatário.
Forma de diagramação
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380
Português
MEMORANDO
O memorando é modalidade de comunicação realizada entre as unidades administrativas e o mesmo
órgão, que estão hierarquicamente no mesmo nível ou em nível inferior.
Note que o memorando no tocante a sua forma segue o mesmo modelo do padrão oficio, todavia é
diferenciado por ser mencionado pelo cargo que ocupa.
Título: MEMORANDO (letra maiúscula), deve ser seguido do número de ordem e sigla que
identifica sua origem.
Corpo do Texto: Deve expor a matéria de maneira clara e concisa. No caso de defesa de uma
opinião, a estrutura deverá ser a mesma do ofício, com a introdução, desenvolvimento e
conclusão.
Fecho: É dispensável. Todavia, se for utilizado, irá serguir as mesmas regras do fecho de
ofício.
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Português
5 cm
Mem 118/DJ
Em 12 de abril de 1991
2. Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria
que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA. Quanto a
3 cm programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos, e outro 1,5 cm
gerenciador de banco de dados
Atenciosamente,
[nome do signatário]
[cargo do signatário]
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382
Português
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
É o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente para:
5 cm
EM nº 00146/1991-MRE
5 cm
2,5 cm
[nome do signatário]
[cargo do signatário]
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383
Português
MENSAGEM
Comunicação oficial entre os chefes dos Poderes Públicos do Poder executivo ao Poder Legislativo para
informar sobre fato da Administração Pública.
Submeter ao congresso Nacional matérias que dependem de liberação das suas casas.
Apresentar veto.
5 cm
Mensagem nº 118
4 cm
2 cm
Brasília, 28 de março de 1991
TELEGRAMA
É toda comunicação oficial expedida por meio de telegrafia, telex, com o intuito de uniformizar o ofício e
simplificar os procedimentos burocráticos. O telegrama deve ser restrito apenas às situações que não seja
permitido o uso de correio eletrônico ou fax em razão do custo elevado.
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384
Português
REQUERIMENTO
É o documento utilizado pelo requerente para se dirigir a uma autoridade pública com o intuito de solicitar
algo que se julga com direito ou concessão de algo que seja amparado pela lei.
As partes componentes do requerimento são:
TEXTO: Exposição do assunto. O texto terá dois parágrafos. Sendo assim, o primeiro parágrafo
conterá: O nome do requerente, sua qualificação: nacionalidade, naturalidade, RG, CPF, estado
civil, idade, residência, domicílio e profissão), enquanto que o segundo parágrafo irá conter:
Objeto do requerimento, que deverá conter os respectivos argumentos que fundamentam o
pedido em somente um período.
LOCAL E DATA
ASSINATURA
ATA
É o registro resumido dos fatos, ocorrências, decisões de uma sessão, assembleia ou reunião. Deve ser
claro e fiel. Normalmente, é lavrada em livro próprio, autenticada, com as páginas rubricadas pela
autoridade que redigiu os termos de abertura e de encerramento.
O texto é seguido e não apresenta parágrafos, ocupando cada linha inteira sem deixar espaços em branco,
emendas ou rasuras para evitar fraudes, sendo que deve possuir linguagem clara e concisa.
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385
Português
ATENÇÃO
Se ocorrer erro ou
Em caso de erro na ata,
omissão depois de
deverá haver a Os números devem ser As abreviaturas devem
escrito, será utilizada no
retificação utilizando-se escritos por extenso. ser evitadas.
texto a expressão "em
a palavra "digo".
tempo"
RELATÓRIO
O relatório é o documento dirigido à autoridade superior, onde se expõe de maneira circunstanciada as
atividades levadas a termo por funcionário inerente ao desempenho das atividades/funções do cargo que
exerce, ou por ordem de autoridade superior.
Estrutura do Relatório
Título:
(a palavra RELATÓRIO em letras maiúsculas).
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Português
PARECER
O parecer é a manifestação de Órgãos técnicos sobre um determinado assunto submetido a sua
consideração, é um exame apurado realizado por órgãos especializados, todavia haverá no parecer um
pronunciamento da apresentação fundamentada das soluções ou razões necessárias à decisão que será
tomada pela autoridade competente, podendo ser favorável ou contrária.
O parecer pode ser:
O parecer tem como objetivo o fornecimento de auxílio para a tomada de decisões e sua função é servir de
apoio para despachos e decisões.
CIRCULAR (OU CARTA CIRCULAR)
É a correspondência oficial, interna ou externa, que é enviada simultaneamente a vários destinatários ou
determinados funcionários com o mesmo texto, sendo que possui o escopo de transmitir avisos, ordens,
pedidos, recomendações ou instruções.
Possui a mesma estrutura do ofício, conforme veremos abaixo.
Título:
(A PALAVRA CIRCULAR OU OFÍCIO-CIRCULAR em letras maiúsculas).
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387
Português
ATESTADO
É o documento firmado por servidor, em razão do cargo que ocupa ou atribuição que exerce, declarando
um fato existente do qual tem ciência em favor de uma pessoa.
A estrutura do atestado deve ser elaborada na ordem que segue abaixo.
CERTIDÃO
É a declaração realizada por escrito, que tem o escopo de comprovar a existência de ato ou assentamento
constante de processo, livro ou documento que se encontre em repartições públicas.
As certidões podem ser de inteiro teor, quando houver a transcrição integral, também sendo denominada
translado, ou podem ser resumidas, quando não exprimam fielmente o teor do original.
Suas partes componentes são:
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388
Português
DECLARAÇÃO
A declaração é o documento oficial ou de manifestação administrativa realizado de forma verbal ou escrita,
que objetiva a existência ou não de um direito ou de um fato.
A declaração é semelhante ao atestado, porém diferenciam-se somente quanto ao seu objeto.
Estrutura da declaração
Exemplo de declaração:
DECLARAÇÃO
Assinatura
Nome por extenso
Cargo
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389
Português
Parte 4 – Capítulo IV
Questões de Concursos
Prova: CESPE - 2013 - IBAMA - Analista
Ambiental - Conhecimentos Básicos - Todos
os Temas
Em relação ao exemplo de correspondência
oficial acima apresentado, julgue os itens:
1 - O referido documento apresenta
características de formatação, padronização
e finalidade típicas de um aviso.
( ) Certo ( ) Errado
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390
Português
7 - Comunicações oficiais emitidas pelo chefe do Poder Judiciário e pelo chefe do Poder Legislativo devem
conter, ao final, no espaço reservado à identificação do signatário, o nome e o cargo da autoridade que as
expede.
( ) Certo ( ) Errado
9 - Comunicações oficiais, utilizadas para a comunicação entre órgãos do serviço público ou entre órgãos do
serviço público e o público em geral, podem ser emitidas tanto pela administração pública quanto pelos
cidadãos.
( ) Certo ( ) Errado
10 - Para atender à exigência de uniformidade, um dos atributos da redação oficial, os expedientes oficiais
de qualquer tipo devem ser estruturados conforme o padrão ofício de diagramação.
( ) Certo ( ) Errado
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391
Português
13 - Estamos neste momento vindo informar à Vossa Excelência que o Pleno do Tribunal de Contas do
Estado aprovou, três resoluções que orientam e normatizam as ações iniciais necessárias à implantação do
processo eletrônico na instituição. A Resolução n.º 984 disciplina os procedimentos relacionados ao
cadastro de pessoas vinculadas aos órgãos fiscalizados por meio do sistema de cadastro. (memorando)
( ) Certo ( ) Errado
14 – Como é do conhecimento de V. S.ª, a Escola Superior de Gestão e Controle Francisco Juruena, órgão
de educação corporativa do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, tem como finalidade a
capacitação de agentes públicos que integram o corpo técnico do Tribunal e dos órgãos e entes
jurisdicionados. (ofício)
( ) Certo ( ) Errado
15 - A direção da Escola Superior de Gestão e Controle Francisco Juruena vem convidar-lhe para participar
do Encontro Regional de Controle e Orientação. O evento tem como objetivo propiciar debates sobre
temas relevantes a administração pública, capacitando os gestores municipais. (convite)
( ) Certo ( ) Errado
16 - Chegou-se à conclusão de que a função institucional da Escola Superior de Gestão e Controle Francisco
Juruena efetiva-se mediante a articulação de esforços orientada para a geração, a difusão e o apoio à
mobilização de conhecimento técnico e gerencial em matéria de Estado, administração pública e controle
externo em todos os níveis e áreas, para o desenvolvimento institucional do Tribunal de Contas do Estado
do Rio Grande do Sul e da administração pública. (relatório)
( ) Certo ( ) Errado
19 - O ofício segue o mesmo padrão do aviso quanto ao formato, sendo que se diferencia quanto à
finalidade por tratar também de assuntos oficiais com particulares.
( ) Certo ( ) Errado
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392
Português
21 - O despacho ao memorando deve ser dado por meio de outro memorando. Assim, torna-se possível
historiar o andamento de matéria que seja tratada no memorando, formando-se uma espécie de processo
simplificado.
( ) Certo ( ) Errado
23 - A linguagem clara e inteligível deve pautar a comunicação oficial. Desse modo, o uso de jargão técnico
colabora para a clareza na comunicação.
( ) Certo ( ) Errado
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393
Português
26 – (CESGRANRIO - 2011 - FINEP - Técnico - Apoio Adm. e Secretariado).
Estão corretas as seguintes normas de diagramação dos documentos do padrão ofício, EXCETO:
a) Deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral.
b) As citações e notas de rodapé deverão vir igualmente em fonte Times New Roman de corpo 12
c) Para símbolos não existentes na fonte Times New Roman, poder-se-ão utilizar as fontes Symbol e
Wingdings.
d) É obrigatório constar, a partir da segunda página, o número da página.
e) Os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos em ambas as faces do papel.
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Português
30 – (FUMARC - 2011 - PC-MG - Escrivão de Polícia Civil).
Indique a alternativa INCORRETA sobre os princípios da Redação Oficial, conforme o “Manual de Redação
da Presidência da República” (2002).
a) Deve primar pela impessoalidade, clareza e objetividade.
b) O uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais implica o uso de termos técnicos, bem como dos
rebuscamentos acadêmicos e figuras de linguagem.
c) Os pronomes de tratamento estão vinculados à necessária formalidade dos documentos oficiais e são
estabelecidos conforme o posto ocupado pela autoridade.
d) O redator deve avaliar se o conteúdo será facilmente compreendido por seu destinatário. Dessa forma, a
revisão torna-se um requisito indispensável. Exige tempo e contribui para a clareza da comunicação,
garantindo a precisão dos dados.
Prova: CESPE - 2013 - TCE-RO - Contador - A respeito da redação de expedientes oficiais, julgue os itens a
seguir.
32 - Na redação de expedientes oficiais, deve-se obedecer à norma culta da língua, prescindindo-se de uma
linguagem específica administrativa, embora se possa utilizar linguagem técnica quando necessário.
( ) Certo ( ) Errado
33 - Será violado o princípio da impessoalidade se um expediente oficial versar sobre tema alheio aos
assuntos relacionados ao interesse público.
( ) Certo ( ) Errado
35 - Embora sejam modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas, ofício e aviso diferenciam-
se pelo fato de que o aviso é expedido exclusivamente por ministros de Estado, para autoridades de mesma
hierarquia, enquanto o ofício é expedido pelas demais autoridades. Ambos destinam-se ao tratamento de
assuntos oficiais pelos órgãos da administração pública entre si e, no caso do ofício, também com
particulares.
( ) Certo ( ) Errado
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Português
De acordo com o MRPR, a redação oficial deve caracterizar-se por impessoalidade, uso do padrão culto
de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Tendo como base esses requisitos, julgue
os próximos itens conforme a adequação do texto a um documento oficial.
37 – Senhor Secretário, Ratificamos mensagem anterior, acerca do transporte de carga, e lembramos que
os procedimentos para transporte de materiais perigosos deve considerar e obedecer à legislação vigente
no país, que estabelece normas a serem seguidas e punições a quem desrespeitá-las.
Atenciosamente,
Maria da Paz
Subsecretária de Assuntos Administrativos
( ) Certo ( ) Errado
40 - O emprego do padrão oficial de linguagem em comunicações oficiais, o qual se traduz pelo uso do
padrão culto de linguagem e de jargão técnico apropriado, confere à redação a uniformidade e a clareza
necessárias a esses tipos de documentos.
( ) Certo ( ) Errado
GABARITO
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