Você está na página 1de 8

Português

1) Sintaxe

a) Análise sintática

 Analisar o período/oração a partir de sua estrutura e sua relação semântica, ou seja,


relação de sentido.
 Frase: é a sentença que estabelece sentido completo, com ou sem verbo. Frase verbal
(Olá, eu estou bem!) e frase nominal (Tudo bem?, Tudo ótimo!).
 Oração: sentença que o seu sentido gira em torno do verbo. Ex: Hoje estudamos
muitas questões de vestibular.
 Só existe análise sintática se tivermos verbo. O verbo é a palavra mais
importante da análise sintática.
 Período: o conjunto de uma ou mais orações que estabeleça uma ideia completa.
Período simples (apenas uma oração), período composto (duas ou mais orações,
podem ser ligadas por vírgula ou por conjunções).

b) Sujeito

 Toda e qualquer sentença ou expressão que se refira diretamente ao verbo. Ex: o


navio quebrou no porto (suj = navio).

 Tipos de sujeito

 Sujeito simples: contém um núcleo. Núcleo é a palavra mais importante do


sujeito, normalmente um substantivo, um pronome ou um adjetivo
substantivado. Nunca começa com preposição. Ex: As vacas malhadas
pastaram na fazenda (suj = vacas malhadas, núcleo = vacas).

 Sujeito composto: contém dois ou mais núcleos. Ex: as vacas malhadas e os


boi pretos pastavam na fazenda. (núcleo = vacas e bois).

 Sujeito oculto: não está expresso na oração, está subentendido na conjugação


verbal. Ex: Estamos felizes com a aprovação de todos. (suj = nós, não está
apresentado, conjugado na primeira pessoa do plural). Para ser sujeito oculto,
o verbo deve estar na primeira ou segunda pessoa do singular ou do plural.

 Sujeito indeterminado: não se quer ou não se pode explicitar. Verbo na


terceira pessoa. Quando tiver o uso do pronome se. Ex: Precisa-se livros
usados (alguém precisa de livros usados, precisa “de” livros; verbo + pronome
se + preposição = sujeito indeterminado).

 Oração sem sujeito: Quando não tem um sujeito possível. 1) Fenômenos da


natureza. Ex: Nevou em Aracaju. 2) Verbo haver no sentido de existir. Ex:
Houve muitos gritos lá fora. (houve equivale a existir, é impessoal, terceira
pessoa do singular). 3) Verbo fazer indicando tempo ou clima. Ex: Faz anos que
não a vejo.
 Sintaxe do verbo

 Verbo de ligação: expressam estados, sentimentos e ligam o sujeito a uma


característica. Ex: Noslen é rechonchudo. (rechonchudo é característica, verbo
é ligando o sujeito à característica). Verbos geralmente de ligação: CAFES P2
(continuar, andar, ficar, estar, ser, parecer e permanecer). Andar pode ser uma
ação (não será ligação), ficar (pode ser ação tb, será de ligação expressar um
estado).

 Verbo significativo: aquele que expressa ação ou fenômeno da natureza. Ex:


Noslen correu feliz. (Correu = ação).

 Predicado: é tudo aquilo que se diz do sujeito, verbo faz parte do predicado.

 Predicado nominal: aquele onde o nome ou a palavra que não é o verbo é a


mais importante, tem que ter verbo de ligação.

 Predicado verbal: é o predicado que usa um verbo significativo. Ex: Aqueles


meninos brincavam de esconde-esconde. (brincavam é verbo de ação).

 Predicado verbo-nominal: pega a parte mais importante do predicado nominal


e a parte mais importante do predicado verbal, precisa de um verbo de ação
mais uma característica do suj/objeto. Ex: Noslen pulou feliz na cama elástica
(pulou é verbo significativo e feliz é verbo de ligação).

 Transitividade verbal: só existe para verbo significativo. É a capacidade de verbo


necessitar de complemento.

 Verbo intransitivo: não precisa de complemento para ter sentido completo.


Ex: Vovó morreu em pé! (vovó morreu já tem sentido, o sentido da oração está
expresso no próprio verbo).

 Verbo transitivo: é aquele que necessita de um complemento para ter sentido


completo.

 Verbo transitivo direto: é aquele que o complemento não inicia com


preposição. Ex: Noslen comeu brigadeiro. (brigadeiro complementa
comeu, o complemento não começa com preposição). A transitividade
direta depende do contexto.

 Verbo transitivo indireto: é aquele que o complemento inicia com


preposição. Ex: Noslen gosta de brigadeiro. (“de” é preposição).

 Verbo transitivo direto e indireto: apresenta os dois tipos de


complementos verbais. Ex: Noslen convidou os alunos para um
churras. (verbo convidar permite dois complementos; os alunos O.D.,
“para” é preposição, assim, para um churras é O.I.).

 Obs: não existe dois objetos iguais para o msm verbo.

 Termos da sintaxe (termos acessórios): não são obrigatórios, mas quando aparecem
nas orações trazem mais informações sobre elas.

 Adjunto adverbial: é o termo responsável em trazer uma circunstância ao


verbo. Ex: Hoje estudei muito no canal do professor Noslen. (verbo = estudei;
hoje é advérbio e adjunto adverbial de tempo; no canal do professor noslen é
adjunto adverbial de lugar; e muito é adjunto adverbial de intensidade). Se a
situação indicar tempo, lugar, modo será advérbio.

 Adjunto adnominal: é o termo que se relaciona ao núcleo de um elemento


sintático, o núcleo será sempre um substantivo. Ex: Os cachorros raivosos
morderam a cerca com força. (cerca = VTD; cerca = OD; com força = ADJ ADV;
cachorros = núcleo do suj; os e raivosos = adjunto adnominal, ligam-se ao
núcleo do sujeito; “a” é adj ADN de cerca).

 Complemento nominal: é o termo que completa um substantivo abstrato,


sempre iniciado por preposição. Ex: Eu tenho medo de altura. (tenho = verbo;
medo = OD; eu = suj; de = preposição; de altura = complemento nominal).
OBS: substantivo abstrato expressa sentimento, ação ou estado. O
complemento nominal completa o sentido de um substantivo.

 Predicativos: predicativo é igual a uma característica, do suj ou do objeto

 Predicativo do sujeito: é uma característica momentânea do sujeito,


normalmente está dentro do predicado. Ex: Todos correram
entusiasmados a maratona. (entusiasmados é o predicativo do
sujeito).

 Predicativo do objeto: é uma característica momentânea do objeto.


Ex: Comprei um carro quebrado. (quebrado é o predicativo do objeto,
característica momentânea).

 Vocativo: é o termo que evoca, chama algo, ou alguém na oração, sempre


isolado por vígulas. Ex: José, lave o meu pé. (José é o vocativo). Ex: O que vou
fazer, meu deus?

 Aposto: é o termo responsável em explicar, ou justificar um elemento anterior


a ele. Ex: Noslen, professor de língua portuguesa, deu várias aulas essa
semana. (professor de língua portuguesa é o aposto).

 Agente da passiva: voz ativa, voz passiva e voz reflexiva.


 Voz ativa: é quando o sujeito faz a ação na oração. Ex: Noslen comeu o
brigadeiro. O sujeito agindo sobre o brigadeiro.

 Voz passiva: quando o sujeito sofre a ação. Ex: O brigadeiro foi comido
pelo Noslen. (suj = brigadeiro; foi comido = locução verbal, dois verbos
com a função de um só; pelo noslen = agente da passiva).

 Voz reflexiva: é quando o sujeito sofre e faz a açãona oração ao


mesmo tempo. Ex: Noslen cortou-se.

 Obs: O agente da passiva é o termo que age na oração passiva. Ex:


Noslen comeu o brigadeiro.

 Período composto:

Coordenação: constituído de orações independentes, coordenadas


entre si, mas nenhuma dependência sintática.

Subordinação: um conjunto de orações, em que uma delas


(subordinada) depende sintaticamente da outra (principal).

 Orações coordenadas: duas orações ou mais que são autônomas em relação


ao sentido, mas estando juntas trazem informações uma sobre a outra.

 Oração coordenada assindética:orações que estão e são ligadas por


pontuação. Ex: Cheguei, vi e venci.

 Orações coordenadas sindéticas: orações que estão juntas e ligadas


por conjunção. 5 classificações de acordo com o tipo de conjunção.

 Aditivas: expressam ideia de adição (e, nem, mas, também).


Ex: Gostava muito da escola e não deixava de assistir a aula. (o
“e” está ligando as duas orações, é a conjunção aditiva).

 Adversativas: traz a ideia de oposição ao que se declara na


oração anterior. Ex: Sempre fui muito estudioso, no entanto
não se adaptava a nova escola. OBS: antes das conjunções
adversativas usa-se vígula.

 Alternativa: traz a ideia de opção (ou, ora.. ora, quer... quer).


Ex: Estude ou não sairá nesse sábado.

 Conclusiva: traz a ideia de conclusão (logo, portanto, por isso).


Ex: Estudou como nunca fizera antes, conseguiu, pois, a
aprovação. O “pois” quando deslocado para depois da segunda
oração (conseguiu) traz um sentido de conclusão.
 Explicativa: traz a ideia de explicação (porque, pois). Ex:
Conseguiu a aprovação, pois estudou como nunca fizera antes.
“Pois” antes do verbo da segunda oração, ajuda a construir
uma explicação. OBS: o “pois” antes do verbo da segunda
oração = explicativa; o pois depois do verbo da segunda
oração= conclusiva.

 Orações subordinadas: duas orações ou mais que dependem uma da outra para que se
tenha sentido completo. Existem 3 tipos = adjetivas, substantivas e adverbiais.

 Orações subordinadas adjetivas: tem a função de caracterizar a oração principal. Não


são ligadas por conjunções e sim por pronomes relativos (que, quem, quando, cujo,
cuja, o qual, a qual, onde). 2 tipos = adjetiva explicativa e adjetiva restritiva.

 Oração subordinada explicativa: se refere ao todo da oração. Ex: Os


jogadores de futebol, que são iniciantes, não recebem salários. “que são
iniciantes” é a subordinada explicativa. Trocar o “que” pelo “o qual”. Tem
vírgula e se refere ao todo.

 Oração restritiva: Se refere a uma parte da oração, sem uso de vírgula. Ex:
Os artistas que declararam seu voto foram criticados. (que é pronome
relativo) Só uma parte dos artistas foram criticados (os que declararam seu
voto). Se colocar vírgula muda o sentido e torna-a explicativa.

 Oração subordinada substantiva: a função que o substantivo teria no período simples.


6 tipos. É aquela que tem uma função sintática para a oração principal.

 Oração subordinada substantiva subjetiva: Tem função de sujeito para a


oração principal, ligada sempre por conjunção (integrante). Conjunções
integrantes são responsáveis por ligar a oração principal à subordinada
(que/se). A oração principal não tem conjunção. Ex: É óbvio que todos
seremos aprovados = que todos seremos aprovados é o sujeito da oração
principal.

 OSS Objetiva direta: é aquela que tem função de objeto direto da oração
principal. Ex: Todos sabemos que seremos aprovados. (OP = todos sabemos,
todos é sujeito; que seremos aprovados tem função de obj diretos da oração
principal)

 OSS Objetiva Indireta: tem função de objeto indireto da oração principal. Ex:
O professor gosta de que nos esforcemos sempre. (verbo gosta precisa de
preposição depois dele; depois do “de” o restante é obj indireto).

 OSS Completiva nominal: é aquela que complementa o sentido de um


substantivo abstrato com preposição. Ex: Eu tenho certeza de que iremos
passar no vestibular (OP= eu tenho certeza; OSSCN= de que passaremos no
vestibular, passaremos complementa certeza e não o verbo.

 OSS Predicativa: é aquela que tem função de predicativo para a oração


principal. Ex: A certeza é que você virá. (OP= a certeza é; OSS predicativa= que
você virá; a palavra “é” (verbo) é uma conjunção integrante (verbo de ligação
junto de conjunção, quando isso acontecer a segunda oração é predicativa).

 OSS Apositiva: tem função de aposto para a oração principal, vem sempre
após dois pontos. Ex: Todos temos um desejo: que passemos no vestibular.

 Orações Subordinadas Adverbiais: tem a função de um adjunto adverbial, vai trazer


um circunstância para a oração principal. 9 tipos.

 OSA Causal: expressa causa, tem duas orações ligadas por conjunção (porque,
visto que, como, uma vez que, posto que) e a própria conjunção auxilia na
relação de causa. Ex: A cidade foi alagada porque o rio transbordou. (porque o
rio transbordou é a causa do alagamento da cidade).

 OSA Consecutiva: relação de consequência. Conjunções consecutivas: que


( precedido de tal, tão, tanto, tamanho), de sorte que, de modo que. Ex: O rio
transbordou tanto que a cidade foi alagada. ( A cidade alagada é consequencia
do transbordamento do rio).

 OSA Condicional: relação de condição, expressam uma circunstância de


condição com relação ao predicado da oração principal (conjunções caso, se,
desde que, contanto que, sem que, etc.). Ex: Deixe um recado se você me
encontrar em casa (caso você não me encontre em casa).

 OSA Concessiva: indicam um fato contrário ao referido na oração principal.


Normalmente se consegue colocar a conjunção “embora” (outras conjunções
concessivas: a menos que, se bem que, ainda que, conquanto que). Ex:
Embora tivesse chovido muito, fomos ao parque (não impediu de ir ao
parque).

 OSA Conformativa: indicam conformidade em relação à ação expressa pelo


verbo da oração principal. Conformidade é estar de acordo com algo.
Conjunções conformativas: conforme, consoante, como, segundo. Ex: Tudo
ocorreu conforme o esperado.

 OSA Comparativa: expressa comparação com um dos termos da oração


principal. Conjunções comparativas: como, que, do que e etc. Ex: Nós
estudamos como obstinados estudam. (“como” está estabelecendo uma
relação de comparação).
 OSA final (finalidade): exprimem a intenção, o objetivo do que se declara na
oração principal. Conjunções: para que, a fim de que, que, porque e etc. Ex:
Sentei-me na primeira fila, para que pudesse ouvir melhor.

 OSA Temporal: demarca em que tempo ocorreu o processo expresso pelo


verbo da oração principal. Conjunções temporais: quando, enquanto, logo
que, assim que, depois que, antes que, desde que... Ex: Eu me sinto seguro
assim que fecho a porta da minha casa.

 OSA Proporcional: expressam uma ideia de proporcionalidade relativamente


ao fato referido na oração principal. Conjunções proporcionais: à medida que,
à proporção que, quanto mais...tanto mais, quanto menos...tanto menos, etc.
Ex: Fico mais esperto à medida que estudo gramática. (fico mais esperto à
proporção que faço algo).

 Concordância nominal: O artigo, o numeral, o pronome e o adjetivo devem concordar


em gênero e número com o substantivo ao qual se referem. Ex: Os nosso dois
brinquedos preferido foram quebrados (na frase, artigo, pronome, numeral e adjetivo
concordam com o substantivo brinquedo, que é masculino).

 Regras: 1) quando o adjetivo vier depois de dois ou mais substantivos do


mesmo gênero, há duas possibilidades de concordância. Ex: o governador
recebeu ministro e secretário espanhol / espanhóis.

 2) quando o adjetivo vier posposto a dois ou mais substantivos de gênero


diferentes, também há duas possibilidades de concordância. Ex: Ele
apresentou argumento e razão justos/justa.

 3) Quando o adjetivo vier anteposto a dois ou mis substantivos, concordará


com o mais próximo, se funcional como adjunto adnominal; entretanto se
funcionar como predicativo, haverá duas possibilidades: poderá ir para o plural
ou concordar com o mais próximo. Ex: Nunca vi tamanho desrespeito e
ingratidão. (tamanho é adj ADN); Ex 2: Permaneceu fechada a porta e o
portão.

 4) Dois adjetivos referentes a um substantivo: duas possibilidades. Ex1: Meu


professor ensina a língua inglesa e a francesa. ( substantivo fica no singular e
põe-se o artigo também antes do segundo adjetivo); Ex 2: Meu professor
ensina as línguas inglesa e francesa. (o substantivo fica no plural e omite-se o
artigo antes do segundo adjetivo).

 Palavra menos (não tem feminino) e alerta (não tem plural), pois são
advérbios.

Você também pode gostar