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EEEP: Osmira Eduardo de Castro

Estratégias da
Produção

Prof. Elídio Gomes dos Santos – CRA: 08111

“ o conhecimento que leva à eficácia em


manufatura e em serviços”
A Administração da
Produção refere-se ao
É o conjunto de gerenciamento eficaz dos
atividades que processos de produção de
criam bens e bens e serviços em uma
serviços por meio do organização. É uma área
processo de ADM DA crucial que abrange o
transformação de PRODUÇÃO design, controle e
entradas em saídas. melhoria contínua dos
As atividades que processos produtivos
criam bens e para otimizar recursos e
serviços ocorrem em atender às metas da
todas as empresa.
organizações.
ADM DA PRODUÇÃO

A Administração da Produção é a maneira pela quais as organizações


produzem bens e serviços e, atualmente, passou a ser também
denominada como Gestão de Operações, uma vez que toda organização,
quer vise lucro quer não, tem dentro de si uma função de operações, pois
gera algum “pacote de valor” para seus clientes, que inclui algum
composto de produtos e serviços. (CORRÊA e CORRÊA, 2006).
ADM DA PRODUÇÃO

[...] gestão de operações ocupa-se da atividade de gerenciamento


estratégico dos recursos escassos (humanos, tecnológicos,
informacionais e outros), de sua interação e dos
processos que produzem e entregam bens e serviços,
visando a atender às necessidades e/ou desejos de
qualidade, tempo e custo de seus clientes. Corrêa e Corrêa (2006, p. 24)
ADM DA PRODUÇÃO

[...] a Administração da Produção e Operações diz respeito àquelas


atividades orientadas para a produção de um bem físico ou à prestação de
um serviço. Neste sentido, a palavra “Produção” liga-se mais de perto às
atividades industriais, enquanto a palavra “Operações” se refere às
atividades desenvolvidas em empresas de serviços. (M oreira (2008, p. 1)
 Tamanho da fábrica,
Calçados
hospital, escola
Geladeira

Físico Tangível
Atividades
Sabonete
Industriais  Decisões sobre a
Livro
Móveis capacidade
Administração
da produção e  Onde será localizado
operações

Ação (utiliza meios


 Programação da rotina
Bancos
Empresas de Escolas diária
Serviços Hospitais
Aeroportos  Controle das
As decisões

físicos)
atividades
abrangentes na
área de produção
e operações As atividades devem ser planejadas,
organizadas, dirigidas/lideradas e
controladas (Funções Administrativas)
Estratégia de Operações e
Vantagens Competitivas
 O papel da estratégia de operações é estabelecer um plano para
a função operações de modo que esta possa otimizar o uso de
seus recursos. A estratégia de operações, conforme Reid e
Sander (2005), é o plano que especifica o projeto e a utilização
desses recursos para apoiar a estratégia empresarial. Isso inclui
qualidade, projeto de bens e serviços, projeto de processos e
de capacidade, seleção da localização, projeto de layout,
recursos humanos, gestão da cadeia de fornecedores e
estoques, programação e manutenção;
Estratégia de Operações e Vantagens Competitivas

01 05 Projeto deLayout
Qualidade

Projetos deBens eServiços 02 06 Recursos Humanos

Projetos deProcessos ede Gestão da Cadeia de


Capacidade
03 07
Fornecedores eEstoques
Seleção da Localização 04
08 Programação eManutenção

07 Estoques
Prioridades Competitivas
Depois da estratégia empresarial desenvolvida, as
organizações devem trabalhar nas prioridades
competitivas em gestão de operações, de
forma a criar o plano para o projeto e o
gerenciamento da função operações para apoiar
a estratégia empresarial. Essas prioridades
competitivas são:
Custo, qualidade, tempo, flexibilidade,
diferenciação e confiabilidade, que se
encontram desdobradas, a seguir:
PRODU
Custo ÇÃO

Competir com base em custos significa oferecer um produto a


um preço baixo relativamente aos preços PRODU
dos produtos
dos concorrentes. A necessidade desse tipoÇÃOde competição
provém da estratégia empresarial. Para desenvolver essa
prioridade competitiva, a função das operações deve focalizar
na redução de custos do sistema, como os custos de mão-de-
obra, materiais, de instalações e outros, para criar um
sistema que diminua o custo unitário
do produto ou serviço.
(RITZM AN e KRAJEW SKI, 2004;REID
e SANDERS, 2005)
PRODU
Qualidade ÇÃO

Qualidade éuma dimensão de um produto PRODUou serviço


que é definida pelo cliente. Hoje, mais doÇÃO
que nunca, a
qualidade possui importantes implicações para o
mercado. No tocante às operações, a qualidade como
prioridade competitiva apresenta duas dimensões:
 Projeto de alto desempenho
 Consistência de produtos e serviços.

(RITZM AN e KRAJEW SKI, 2004;REID e SANDERS, 2005).


PRODU
Tempo ÇÃO
As empresas de todos os segmentos de negócios estão
competindo para entregar produtos de alta qualidade em um tempo
tão curto quanto possível. Quando o tempo PRODU é uma
prioridade competitiva, a tarefa da função operaçõesÇÃO é analisar de
maneira crítica o sistema e combinar ou eliminar processos para
economizar tempo. (REID e SANDERS, 2005).
O principal benefício da rapidez de entrega de bens e serviços para
os consumidores (externos) é que ela enriquece a oferta, pois
quanto mais rápido estiverem disponíveis para o consumidor,
mais provável éque este venha a comprá-los.
(SLACK et al., 2002);
PRODU
Flexibilidade ÇÃO

É uma característica das operações que permite que a empresa


PRODU e eficiente.
reaja às necessidades do cliente de modo rápido
ÇÃO
(RITZM AN e KRAJEW SKI, 2004). A medida que o ambiente de uma
empresa se modifica rapidamente, incluindo as necessidades e as
expectativas dos clientes, a capacidade de acomodar essas
mudanças pode ser uma estratégia vencedora. Esta tem duas
dimensões, sendo uma a customização e a outra a flexibilidade
de volume (REID e SANDERS, 2005).
PRODU
Confiabilidade ÇÃO

Confiabilidade, atrelada a qualidade e tempo, significa os


consumidores receberem seus bens ou serviços PRODUprometidos. Os
consumidores só podem julgar a confiabilidade de ÇÃOuma operação
após o produto ou serviço ter sido entregue. Ao selecionar o
produto ou serviço pela primeira vez, o consumidor não terá
qualquer referencia do passado quanto a confiabilidade.
Entretanto, no decorrer do tempo, confiabilidade pode ser
mais importante do que qualquer outro critério (SLACK et al., 2002);
Custo

Flexibilidade

Velocidade

Confiabilidade

Qualidade

Qualidade Qualidade +
Confiabilidade

Qualidade + Confiabilidade + Velocidade


Qualidade + Confiabilidade + Velocidade + Flexibilidade
Conceito de produtividade

Produtividade = Saída
Entrada

“PRODUTIVIDADE é conseguir CADA VEZ MAIS com CADA VEZ MENOS.”


ORIGENS DA INDUSTRIALIZAÇÃO
Passado eFuturo
Atualmente, no campo da Administração da
Produção, dispomos de várias ferramentas que
desempenham um papel crucial no aprimoramento dos
01
processos de gestão. Nesse contexto, é inevitável considerar a
importância das Máquinas, que facilitam as atividades de
fabricação, bem como das Pessoas, cujas múltiplas
competências contribuem significativamente para otimizar a
condução dos negócios.
Gestão da Produção Futura
Quando abordamos a modernização dos processos de gestão e das nossas
indústrias, geralmente pensamos em cenários com fábricas onde robôs
desempenham tarefas, sistemas computacionais como
ERP (Enterprise Resource Planning) gerenciam as atividades da empresa e
softwares como o BI (Business Intelligence) são utilizados.
No entanto, essa realidade não se aplica à maioria das organizações.
Cerca de 80 a 90% das empresas brasileiras ainda não estão integradas a essa
perspectiva, e algumas estão apenas começando a explorar estas tecnologias. Neste
contexto, vamos entender o processo de evolução histórica da industrialização.

INTERESSANTE
O termo “Enterprise Resource Planning” (ERP) se refere a um tipo de software
corporativo que centraliza informações de todas as áreas de uma empresa e
auxilia na condução dos processos operacionais e de Gestão do Negócio.
Ao longo do tempo a produção
experimentou um grande aumento, I I I
impulsionado pelas emergentes XV
demandas de consumo. Os artesãos u l o
é c
estabeleceram os primeiros
– s
sistemas de produção informais e
Problem o s
recrutaram assistentes para lidar com sã
te
a crescente demanda por produtos. Ar
Contudo, o sistema de produção
artesanal se deparou com limitações
em relação ao suprimento dos
produtos no mercado consumidor.
Essas restrições envolviam questões
de custos e prazos de entrega, além
da escassez de artesãos habilidosos
disponíveis.
Conforme definido por Netto (2010), no
ano de 1764, James Watt introduziu
uma descoberta de magnitude
considerável à humanidade,
marcando um novo capítulo no
processo de industrialização. Ele criou
Problem
a máquina a vapor, um feito que
desencadearia a modernização das
fábricas e marcaria o início da tão
aclamada Revolução Industrial. Essa
inovação simplesmente revolucionou
todos os paradigmas relacionados à
produção que até então prevaleciam
na sociedade. Os artesãos, por sua
vez, começaram a se unir e a formar as
primeiras instalações industriais.
No fim do século XIX, surgiram
nos Estados Unidos os
trabalhos de Frederick W.
Taylor, considerado pai da
Administração
Problem Científica, que
estipulam a sistematização do
conceito de produtividade, isto
é, a procura incessante por
melhores métodos de trabalho
e processos de produção,
visando a obter maior
quantidade fabricada com o
menor custo possível.
Essa procura ainda hoje é tema central
em todas as empresas, mudando-se
apenas as técnicas utilizadas. A análise Objetivo central
da relação entre output — medida de todas às
quantitativa do que foi produzido, como Empresas
quantidade ou valor das receitas
provenientes da venda dos produtos
e/ou serviços finais — e o input —
medida quantitativa dos insumos,
como quantidade ou valor das
matérias-primas, mão de obra,
energia elétrica, capital, instalações
prediais e outras — permite-nos
quantificar a produtividade, que sempre
foi o grande indicador do sucesso ou
fracasso das empresas.
Neste contexto podemos definir
as fórmulas padrão para a
produtividade como:
Eventos quemarcaram a faseda industrialização

Ano Inventor Descrição


1725 Bouchon Tear controlado por cartão perfurado
1775 M audsley Torno mecânico - Inglaterra
1818 Tear Jackard com cartão perfurado - França
1840 W hitney Fresadora –USA
1860 Princípio da linha de montagem –USA
1864 Retificadora –USA
1889 Dobrowolsky Patente do motor elétrico trifásico - Rússia
 Novas tecnologias surgiam nas máquinas de produção,
teorias inéditas ganhavam espaço, os métodos de
gestão evoluíam e produtos para consumo eram
constantemente reimaginados.

A Era da Industrial

 Com a introdução de máquinas inovadoras e uma gama


diversificada de inventos, a humanidade iniciou uma
migração do cenário agrícola para os arredores das
cidades. Esses centros urbanos ofereciam oportunidades
de crescimento e desafios inexplorados.
Trajeto Algumas destas teorias,o que
Histórico permitiráa percepção da

PRODU evolução da Gestão de


Produção quetemos nos dias

ÇÃO atuais.
Administração Científica
deFrederick Taylor
Seus “Princípios da Administração
Científica” estabeleceram as bases
para o planejamento do
trabalho nos primórdios do
século XIX.

A influência desses princípios continua presente até os dias atuais,


desempenhando um papel significativo na moldagem das práticas de gestão.
Administração
Científica deTaylor
M ensagem CENTRAL Administração científica:
1. Transfira toda responsabilidade pela organização do trabalho do
trabalhador para o gerente. Os gerentes deveriam pensar em tudo que se
relaciona ao planejamento e organização do trabalho, deixando os
trabalhadores com a tarefa da implementação.
2. Use métodos científicos para determinar a maneira mais eficiente de se
realizar o trabalho. Planeje a tarefa do trabalhador, especificando com
precisão a maneira como o trabalho deve ser feito.
3. Escolha a melhor pessoa para fazer o trabalho planejado.
4. Treine o trabalhador para fazer o trabalho eficientemente.
5. Monitore o desempenho do trabalhador para garantir que os
procedimentos de trabalho adequados sejam seguidos e que os resultados
apropriados sejam alcançados.
Controle deTempo no Trabalho - Taylor
Taylor também defendeu o
emprego do estudo de
10% Tempos e Movimentos
como um método para
analisar e padronizar as
atividades laborais. Sua
25% abordagem científica
demandava a observação e
medição rigorosa do
15% trabalho, visando descobrir
as maneiras mais eficazes
50% de realizar as tarefas.
Abordagem
Clássica deFayol

Enquanto Taylor estava envolvido na abordagem da Administração Científica,


outro pesquisador chamado Henri Fayol estava ocupado formulando os
Princípios da Administração. Esse período na história da Administração
recebeu o nome de “abordagem clássica”.
Divisão do trabalho: inclui a divisão de
atividades em tarefas especializadas com
Abordagem responsabilidades designadas, visando otimizar
Clássica os recursos humanos da organização.
14 Princípios Autoridade e responsabilidade: estão interligadas
Fayol e requerem equilíbrio, onde a autoridade envolve o
direito de dar ordens e ser obedecido, enquanto a
responsabilidade deriva da confiabilidade.

Disciplina: envolve obediência, esforço,


comprometimento e respeito às regras,
com punições aplicadas criteriosamente
por Fayol para estimular o esforço
coletivo.
Unidade de comando: princípio da
autoridade única. Os empregados devem
Abordagem
receber ordens apenas de um chefe.
Clássica
Unidade de direção: o objetivo deve ser o
14 Princípios mesmo para todas as unidades da organização.
Fayol Subordinação dos interesses individuais aos
interesses gerais: os interesses coletivos devem
prevalecer sobre os interesses individuais de cada
empregado.
Remuneração: o pagamento deve ser
justo para o trabalhador e para a
organização.
Centralização: a autoridade deve estar direcionada
para o topo da hierarquia de comando da
Abordagem organização.
Clássica Hierarquia de cadeia escalar: a ordem da
14 Princípios autoridade na hierarquia deve se originar no
patamar mais elevado da estrutura
Fayol organizacional, prosseguindo em direção aos
níveis inferiores.

Ordem: é importante que tanto as pessoas


quanto os materiais estejam devidamente
posicionados e disponíveis no momento
apropriado, visando alcançar a máxima
eficácia possível.
Equidade: devem ser tratados com justiça e igualdade.

Abordagem Estabilidade e manutenção do empregado no


cargo: A redução da rotatividade de pessoal
Clássica deve ser buscada, pois essa flutuação tem
14 Princípios implicações desfavoráveis nos resultados e na
eficiência global da organização.
Fayol
Iniciativa: os administradores devem promover
o estímulo à iniciativa dos colaboradores,
colaborando assim com a gestão da empresa.
Espírito de equipe: os gestores devem
fomentar a concordância, o
comprometimento, a coesão e a
colaboração.
de1910,a unidade
fabrildeHenryFord
Ford -----------------
Produção em Série
A linha deMontagem em Série– HenryFord
Laugeni e Martins (2015) definem, ainda, que durante os anos
1910, Henry Ford revolucionou os métodos e processos
de produção ao criar a linha de montagem em série. Isso
deu origem ao conceito de produção em massa, caracterizado
pela produção de grandes volumes de produtos altamente
padronizados, resultando em uma mínima variação nos tipos
de produtos finais. Essa busca pela otimização da
produtividade por meio de novas técnicas estabeleceu o
campo da engenharia industrial.
Nesse período, novos conceitos foram incluídos a linha de
montagem em série:

Postos de trabalho, abordagens motivacionais,


envolvimento sindical, estoques intermediários,
rotina no trabalho, arranjo físico eficiente,
equilíbrio de linha de produção, produtos em processo,
manutenção preventiva, controle estatístico de qualidade e
diagramas de fluxo de processos, entre outros
Contribuições do Fordismo para a industrialização moderna:

Redução do ciclo de tarefas executadas por um operário;


Intercambialidade de peças e de partes;
Montagem
Diminuição dos custos, simplificada;
Adoção da linha de montagem; barateando os produtos;

Aumento do Foco no aumento Uma tarefa para


volume produzido. de produtividade; cada trabalhador;
Gestão de processos de produção;
Divisão das tarefas Criação da figura do Trabalho para
(trabalho físico / mental); engenheiro industrial redução do esforço
(Planejamento e Controle humano;
da Produção - PCP);

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