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PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE FUNDIÇÃO

IEC PUC MINAS

Disciplina:

LMA - LEAN MANUFACTURING


Professor: Maurício S. de Oliveira Jr.
APRESENTAÇÃO

Com o mercado completamente globalizado, estamos vivenciando uma realidade marcada pela
concorrência acirrada, não tendo espaço para desperdícios. Isso gera um aumento de pressão em
cima dos profissionais das empresas e determina que não há tolerância para erros individuais.
O Cenário atual exige uma resposta coletiva: uma revisão na estrutura organizacional enxuta e com
processos eficientes – sem nunca perder o foco na qualidade.
Nesta disciplina, iremos entender o que é o Lean Manufacturing e o que ele tem a ver com tudo isso.
O Lean Manufacturing ou Produção Enxuta, como também é conhecido no Brasil, está longe de ser
uma novidade, mas é um termo que nós provavelmente ouviremos cada vez mais.
AGENDA: Aula 5:
Aula 1: • Conceito e pratica sistema puxado
• Apresentação • Dimensionamento do Kanban
• Introdução e revisão Administração da produção • Logística Lean de abastecimento
• História da produção e Evolução Sistema de produção
Aula 5:
Aula 2: • Troca Rápida de Ferramenta
• Origem Lean Manufacturing • Estudo de Caso
• Princípios do Lean Manufacturing – STP
• Oito Desperdícios Aula 6:
• Conceito Liderança LEAN
Aula 3: • Desenvolver conceito fundamental Liderança Lean
• Papel da liderança Lean
• Ferramentas do Lean
• MFV - Mapeamento Fluxo de Valor Aula 7:
• Lean e o Six sigma
Aula 4: • Estudo de caso
• Gestão da Estabilidade e fluxo Continuo
• Estrutura de custos e modelo de gestão de estoque
Aula 8:
• Simpósio Lean: resumos ou apresentações casos
CRITÉRIO DE  Assiduidade: 10 pontos
 Troca de Conhecimentos: 20 pontos
AVALIAÇÃO:
 Trabalho em grupo: 70 pontos

Soma = 100 / 10 = nota disciplina


- Mauricio S. Oliveira Jr

- Graduado Engenharia Mecânica - PUCRS


WARM UP /
- MBA Gestão Empresarial - IBGEN
AQUECIMENTO
- Especialização em Lean Manufacturing - UFRGS

- 6 Sigma – Black Belt – FDG/SP

- + 30 anos Mercado automotivo

- 15 anos exerço função de Diretor Operações / Gerente Geral unidade


em empresas mercado fundição.

- Experiencia na implantação das ferramentas Lean atrelado a gestão

- Expectativa que consiga trocar informações e experiencias e que


podemos sair com mais conteúdo do que entramos e para quem não
tem conhecimento que quebre a barreira do desconhecido.
• Identificação:

• Formação:

• Empresa / Mercado / Área atuação:

• Conhecimento prévio Lean:

• Expectativa para este curso:


REVISÃO
ADMINISTRAÇÃO Também conhecido como administração das operações, a AP
PRODUÇÃO (OPERAÇÕES é uma das funções administrativas dentro de uma empresa
ou indústria. Ela tem como principal objetivo estudar e
INDUSTRIAIS E analisar quais são as melhores técnicas de gestão que a
organização pode utilizar para desenvolver bens e serviços.
SERVIÇOS) A produção em si é a parte da indústria na qual usa-se a
matéria-prima para desenvolver o produto final. Portanto,
quanto melhor ela for gestionada, melhor será o produto que
o cliente receberá no final, melhorando a sua satisfação.
FUNÇÕES CENTRAIS E
DE APOIO

Adaptado de Slack et al. (2018).


A Função Produção e Operações
O que faz?
Atividades orientadas para a produção de um
bem físico ou a prestação de um serviço
(Moreira, 2004).

Planejamento, operação e controle do


processo de transformação que converte
insumos e recursos em produtos (bens e/ou
serviços) (Sobral; Peci, 2008)
Importância da Administração de Operações

Gerencia todas as atividades de transformação

Papel transversal

Papel estratégico (produtividade, eficiência e


qualidade)

Competitividade
Modelo de Transformação: Visão Sistêmica
Processo de Transformação
• Processamento de materiais: alteração de suas propriedades físicas (empresas
industriais), localização (transportadoras), estocagem ou armazenagem (armazéns,
CDs).
• Processamento de informações: modificação de suas características e forma
(empresas de contabilidade), posse de informação (consultorias), estoque da
informação (bibliotecas/nuvens) ou mudança da localização da informação
(empresas de telecom).
• Processamento de consumidores: alteração de sua localização (empresas de
transporte e turismo), estado físico ou psicológico (hospitais e clínica) e
acomodação (hotelaria).
Sobral e Peci (2008)
Manufatura versus Serviços
Organizações de serviços: responsáveis
por produzir bens não tangíveis. Ex.?

Organizações de manufatura:
responsáveis por produzir bem
físicos. Ex.?
OBJETIVOS DE
DESEMPENHO DA
PRODUÇÃO
Fazer as coisas com rapidez, minimizando o tempo de
processamento de pedidos considerado como o lead time de
fornecimento. Dessa forma a empresa aumenta a
disponibilidade de seus bens e serviços e consegue a vantagem
em rapidez;
Fazer as coisas com a qualidade desejada e com o menor custo
possível, assegurando retorno financeiro à organização.
Quando essa atitude é tomada, a empresa conquistará a
vantagem de custo.
fazer as coisas no tempo certo, mantendo compromissos de
entrega assumidos com os seus clientes. Ao fazer isso, a
organização terá a vantagem de confiabilidade, permitindo
redução de estoques, inclusive;
fazer certo as coisas; em outras palavras, fornecer bens e
serviços isentos de erros, de modo que seus consumidores
fiquem satisfeitos. Isso significa proporcionar uma vantagem de
qualidade para a empresa;
Estar preparado para alterar sua programação de produção. A
flexibilidade é a capacidade de reagir ao inesperado mantendo
tratamento único e individualizado ao consumidor. Isso dá à
empresa a vantagem de flexibilidade;
Influência do Consumidor nos Objetivos de Desempenho
Se os consumidores Então a operação deverá se
valorizam... superar em...
Planejamento Estratégico do Sistema de Operações

• Planejamento do produto ou serviço


• Planejamento da capacidade
• Planejamento da localização
• Planejamento do processo de
produção
• Planejamento do arranjo físico
(layout)
Planejamento do Produto ou Serviço

• Coleta de opiniões
• Triagem das ideias
• Prototipagem e testes piloto

 Técnicas de desenvolvimento:
• Desdobramento da função qualidade (QFD) –
busca assegurar que as especificações atendam às
necessidades
• Engenharia de valor – busca reduzir custos
desnecessários
• Métodos de Taguchi – testa o desempenho em
condições adversas ( testes de robustez)
Planejamento da Capacidade
• Capacidade: é a quantidade máxima de outputs (produtos e serviços) que podem
ser produzidos numa unidade produtiva, num determinado intervalo de tempo
• Tipos de capacidade: nominal (teórica), real (efetiva) e ociosa
• Qual o primeiro passo para definir a capacidade?
• Estimar a demanda
• Políticas de gestão de capacidade
• Capacidade constante (antecipação à demanda)
• Acompanhamento da demanda
• Gestão da demanda
Slack et al. (2018)
Planejamento da Localização
• Decisão estratégica sobre a localização geográfica das instalações
• Critérios a se considerar:
• Disponibilidade e custo de MDO
• Custo com impostos (e possibilidade de incentivos)
• Proximidade dos mercado consumidores
• Infraestrutura da região etc

Sobral e Peci (2008)


Planejamento do Processo de Produção
• Decisão sobre métodos e técnicas adequados
• Análise da relação volume-variedade
Planejamento do Arranjo Físico

• Decisões sobre como organizar espacialmente as instalações


• Permite que trabalhadores e equipamentos operem de maneira eficiente e
eficaz
• Busca simplificar os fluxos
Tipos de Layout
Layout de posição Layout de processo
fixa ou posicional ou funcional
Tipos de Layout
Layout celular Layout de produto
(linha de montagem)

Sobral e Peci (2008)


Relação entre Tipos de Layout e Custos de Produção
Planejamento e Controle da Produção (PCP)
Planejamento e Controle da Produção (PCP)
Planejamento e Controle da Produção (PCP)
Porque falamos de
“Planejamento Estratégico” e na
Produção falamos de
Planejamento “e Controle” da
Produção???
As Guerras não foram a origem

Muitos assumem o desenvolvimento da produção com as


duas grandes guerras mundiais Idade Contemporânea (1789
até os dias atuais):
- Necessidade de produção em larga escala.
- Importância do fator de abastecimento ou suprimento
- Produção e Logística eram vitais: Munições,
alimentos, equipamentos, vestuários, combustíveis,
medicamentos etc.
As Guerras não foram a origem

Idade Moderna (de 1453 a 1789 - Revolução Francesa) – Um


exemplo de inovação que aperfeiçoou o processo produtivo foi
o de Eli Whitney (por volta de 1790), que passou a produzir o
Mosquete “Charleville” 1763, produzido em 1798 com peças
intercambiáveis, dando início à Padronização de Componentes.

Idade Moderna (de 1453 a 1789 - Revolução Francesa) - A


Revolução Industrial (séc. XIX) acirrou a concorrência de
mercado e sofisticou ainda mais as operações de
comercialização.
As grandes navegações também concorreram para que se
imprimisse maior importância às compras, produção e aos
estoques. No século XVIII dá-se início à Revolução Industrial
(Inglaterra), com a mecanização dos sistemas produtivos.
Idade Média (de 476 a 1453 (queda de Constantinopla) – Os mosteiros foram centros
de cultura e de disseminação técnica. Cada mosteiro, com sua escola monástica,
tornava-se um centro de vida religiosa e educacional. Os monges também
preservaram a literatura, estudaram música e os escritos dos historiadores e filósofos,
introduziam novas culturas, foram pioneiros na tecnologia, astronomia, realizavam
descobertas científicas, aperfeiçoavam a paisagem europeia, socorriam os andarilhos
e cuidavam dos náufragos. Ensinavam metalurgia e desenvolveram e disseminaram
técnicas de agricultura com o objetivo de aumentar a produção.
Idade Antiga (da invenção da escrita (4000 a.C.) até a queda de
Roma (476 d.C) – Com a sociedade mais organizada, os conflitos e
períodos de escassez, atividades produtivas de armazenagem
tornam-se cada vez mais vitais.
Por volta de 2.000 a.C já se observava:
• Egípcios – Planejamento;
• Chinês – Sistemas de governo;
• Romanos – Sistemas de governo e planejamento;
Pré-História (do início dos tempos até a invenção da escrita –
aproximadamente 4000 a.C. - A atividade humana de produzir
existe desde os mais remotos tempos. O homem pré-histórico,
mesmo de forma incipiente, já se preocupava com a confecção
de objetos utilizados para caçar, vestir e alimentar-se. Produzir
objetos é tão antigo quanto a humanidade. As técnicas
primitivas tiveram origem na descoberta da: Alavanca; no
domínio do fogo; no polimento das pedras; no cozimento dos
alimentos.
Evolução da Administração Produção

Ocorre paralelamente à evolução da própria ciência


administrativa. Segundo Rossés (2014), pode-se
identificar 6 fases distintas dessa evolução:
1ª Fase – artesanal (até 1780)

• Produção baseada no artesanato rudimentar.


• Existência de mão-de-obra investida, não qualificada e até
mesmo escrava.
• Predomínio de oficinas, granjas e agricultura.
• Resquícios do feudalismo, com sistema comercial baseado em
trocas.
2ª Fase – do artesanato à industrialização (1780 – 1860)

• Acompanha a 1ª Revolução Industrial, quando ocorre a


crescente mecanização das oficinas e da agricultura.

• O carvão e o ferro passam a ter enorme importância para o


desenvolvimento dos países.

• As oficinas transformam-se em fábricas e usinas, dotadas de


grandes máquinas, que substituem o esforço físico humano.

• Houve grandes avanços nos setores de transporte e


comunicação.
3ª Fase – desenvolvimento industrial (1860 – 1914)

• Corresponde à 2ª Revolução Industrial, onde o aço e a


eletricidade passam a ser fundamentais, em substituição ao
carvão e ferro.

• Crescente domínio da ciência e do avanço tecnológico sobre a


indústria e surgimento do automóvel, avião, telefone, e
telégrafo sem fio.

• Substituição do capitalismo industrial pelo capitalismo


financeiro devido a necessidade e surgimento de grandes
bancos e instituições financeiras, ao lado de uma espetacular
ampliação do mercado.
4ª Fase – gigantismo industrial (1914 – 1945)

• Fase situada entre as duas grandes guerras onde se utilizavam


tecnologias e organização com propósitos bélicos.

• As empresas atingem proporções enormes, passando a atuar


tanto no mercado nacional como internacional.

• Predomínio de aplicações técnicas-científicas e ênfase em


materiais petroquímicos, colaborando para o aprimoramento
dos setores de transporte e comunicação.
5ª Fase – moderna (1945 – 1980)

• Desenvolvimento tecnológico extraordinário, especialmente


para fins comerciais mediante produtos e processos mais
sofisticados.

• Surgimento do alumínio, plástico, fibras têxteis, energia


nuclear e solar.

• No Brasil, surgem as primeiras empresas nacionais de grande


porte.

• Surgem os primeiros problemas econômicos, trazendo a


incerteza e a imprevisibilidade do que vai acontecer.
6ª Fase – Incerteza (após 1980)

• Fase carregada de novos desafios, dificuldades,


oportunidades, ameaças, tornando o ambiente muito
complexo e mutável.

• Fase da escassez de recursos, acirrada concorrência,


dificuldade de entender o mercado e assimilar informações.

• Mudança radical no gerenciamento das organizações.

• Era da revolução do computador, que passa a substituir o ser


humano em termos físicos e intelectuais.
EVOLUÇÃO
dos SISTEMAS
PRODUTIVOS

Produção Enxuta
1ª Fase – PRODUÇÃO ARTESANAL :

• Modelo dominante até inicio século XX

• Ferramentas simples

• Alta flexibilidade

• Organizações descentralizadas

• Sistema comercial baseado em trocas

• Qualidade é avaliada pelo mestre-artesão.


• A produção artesanal refere-
se a produtos produzidos por
artesãos, com trabalho
totalmente manual ou com o
auxílio de ferramentas
manuais e/ou mecânicas, mas
a premissa é que a operação
manual direta pelo artesão é a
parte mais importante do
produto acabado
Produção
Artesanal -
características
Bases da • A revolução industrial na Inglaterra,
em 1778, marcou o início de

Organização da
profundas mudanças e tremendas
inovações na organização da
produção
Produção
• Esta revolução baseou-se no
conceito de divisão do trabalho ou
especialização das tarefas
inspiradas na obra “A riqueza das
nações” de Adam Smith, publicada
em 1776

• Através da divisão do trabalho, as


tarefas tendiam a ser mais simples,
concretas e mecânicas
1 a cada 15 minutos

1 a cada 15 minutos

Exemplo 60
Uma tarefa de 60 minutos
com tempo de ciclo
necessário de 15 minutos

Como arranjar os estágios


no arranjo físico?
Bases da • Permite repetições da mesma
operação. A operação torna-se
Organização da quase um ato reflexo. A repetição
aumenta o nivel de habilidade
Produção - • Reduz a operação a uma única
tarefa. Movimentos secundários são
Vantagens eliminados.
• Reduz a operação a uma tarefa
simplificada. Isso faz com que a
mecanização e outras melhorias
sejam facilmente introduzidas.
• Simplifica as operações e aumenta
seu número, criando oportunidades
para trabalhadores desqualificados.
• O Treinamento dos novatos é
simplificada
• A taxa de operação das máquinas
e ferramentas aumenta.
Bases da Organização da Produção
- Desantagens
• Aumenta a quantidade de áreas de
trabalho. Isto cria a necessidade de
trasportar as peças (e/ou informações)
entre as diversas áreas
• O trabalho repetitivo pode gerar
fadiga localizada
• A repetição de tarefas simples pode
gerar tédio
• Desbalanceamento de tempos entre
processos
Taylorismo: Princípios da
Administração Científica - 1911

• Busca da ciência de cada tarefa e do best way

• Análise do trabalho e melhoria das operações que


compõem:
• Estudo tempos e movimentos

• Estabelecimento de tempos de operação padronizados

• Seleção para tarefa de acordo com as aptidões dos


trabalhadores

• GERÊNCIA PLANEJA, TRABALHADORES EXECUTAM


Produção em Massa –
Evolução dos Sistemas
Produtivos
• Modelo dominante a partir início do século XX

• Ferramentas dedicadas

• Baixa flexibilidade

• Alto volume

• Operações Padronizadas
Chave para Produção em
Massa
• A completa e consistente intercambiabilidade das peças para
qualquer carro:
• Facilidade de ajustagem das peças entre si

• Com base nos avanços (1908), Ford decidiu que cada


trabalhador faria uma tarefa e se movimentaria de veículo para
veículo no patio de montage

• A seguir, a linha de montage móvel foi um passo natural


(1913):
• Grandes ganhos de produtividade
• Ritmo ditado externamente (pela linha)
Produção artesanal x Produção em
Massa na área da Montagem

Min. Para montar Prod. Artesanal Produção em %


tardia (outono massa redução
1913) (primavera 1914)
Motor 594 226 62
Gerador 20 5 75
Eixo 150 26,5 83
Componentes 750 93 88
principais em um
veículo completo
Outras Características
da produção em Massa
Fordista

• Força de trabalho: operários


intercambiáveis, levou ao extremo a
divisão do trabalho:

• Absenteísmo e rotatividade
• Altos salários, criou mercado
consumidor
• 50 linguas na fábrica de
Highland Park (1915)
• O “artesão” ficou no final da
linha, para retrabalhos
• Surgiu com força a figura do
engenheiro de produção
• Divisão do trabalho também
nos níveis gerenciais
Outras Características
da produção em Massa
Fordista

• Organização: perseguição da
Integração vertical
• Não havia fornecedores
qualificados
• Levou ao extremo no
complexo de Rouge (1931)
• Trouxe enormes burocracias
• Barreiras comerciais:
• Projeto centralizado em
Detroit e montage em
mais de 19 paises e 36
cidades dos EUA
(sempre fabricas
focadas)
O Surgimento
do STP
o Sakichi Toyoda nasceu em 1867, no Japão
o Filhos de humildes carpinteiros, vivia num povoado de
camponeses onde as mulheres trabalhavam em teares
o Na juventude utilizou seus conhecimentos de carpintaria
para modernizar antigo tear manual de sua mãe
o Em 1891 patenteou seu primeiro tear automático e se
muda para Toquio
o Em 1893 se casa e tem um filho chamado kiichiro
o Em 1896 cria 1º Tear automático que possui capacidade
para parar imediatamente qdo ocorria a falha
o Assina contrato com a exportadora Mitsui
o As máquinas desenhadas por Toyoda custavam um décimo dos
teares fabricados na Alemanha e um quarto dos teares
franceses
O Surgimento
do STP
o Em 1894, o Japão se viu envolvido em uma guerra com a China.
A recessão golpeou duramente a indústria de teares e Sakichi se
dedicou novamente ao aperfeiçoamento de suas máquinas.
Entretanto, em 1904, a guerra entre Rússia e Japão reverteu por
completo essa situação. A demanda de algodão cresceu e, com
ela, a demanda de teares Toyoda.
o Em 1907, Sakichi funda a empresa Toyoda Loom Works com um
capital de 1 milhão de ienes. Três anos mais tarde, Sakichi viaja
aos Estados Unidos e se interessa pela complexidade de um novo
produto: o automóvel.
o De volta ao Japão, Sakichi funda a Toyoda Spinning and Weaving
Co. Ltd. plantando as bases da corporação Toyota.
O Surgimento
do STP
o Desenvolveu Tear mecânico com “jidoka” (1924) junto com
Kiichiro (filho) – 1 operador cuidava de 30 teares;
o Em 1929, Toyoda vende os direitos de suas patentes (de teares) à
empresa britânica Platt Brothers e encarrega a seu filho Kiichiro
os investimentos na indústria automobilística.
o Sakichi morre um ano depois e Kiichiro inicia seu trabalho no
desenvolvimento de motores de combustão à gasolina.
o Dois anos depois, funda a Divisão Automobilística da Toyota
Automatic Loom Works.
o Finalmente, em 1937, Kiichiro consegue produzir o primeiro
protótipo de automóvel e estabelece as bases para fundar a
Toyota Motor Company Ltd.
Toyoda ou Toyota ?

https://www.youtube.com/watch?v=N2qha64_2QE

https://www.youtube.com/watch?v=6CepNT-7Uyw

https://www.youtube.com/shorts/r7simFqFZZ8
TOYOTA MOTOR COMPANY

1937 – Surgimento da Toyota Motor Company


1941 – 2ª. Guerra Mundial
1945 – Japão devastado pelo pós-guerra (bombas atômicas)
Forças de ocupação norte-americanas decidiram restringir o crédito para conter a inflação -> levou a
depressão (crise)
1949 – Colapso das vendas forçou a Toyota a demitir ¼ da força de trabalho. Longa greve (sindicatos
fortalecidos pela presença norte-americana). Kiichiro renunciou a campanhia, responsabilizando-se
pelo fracasso gerencial.
Garantias aos colaboradores remanescentes:
- Empregos Vitalícios
- Pagamentos crescentes conforme o tempo de serviço
- Bônus
“O trabalhador precisava ser aproveitado! “
TOYOTA MOTOR COMPANY

1950 – Eiji Toyoda assume a presidência da Toyoda e realiza novas visitas a fábrica de Rouge

Veículos produzidos até 1950 pela Toyota = 2.685 (em 13 anos)

Veículos produzidos pela Ford – fabrica de Rouge = 7.000 (em um único dia)

Geografia / cultura Japonesa


- Poucos recursos naturais
- Disciplina
- Valorização do coletivo
- Proximidade geografica
Barreiras a produção em massa no Japão

• Mercado doméstico limitado: demanda por vasta gama de veículos


• Força de trabalho indisposta a ser tratada como “intercambiável”. Não haviam “trabalhadores-
hóspedes”, imigrantes temporários dispostos a enfrentar condições precárias de trabalho (grosso
da mão de obra ocidental).
Mundo Exterior: grandes produtores ansiosos por operarem no Japão e dispostos a protegerem seus
mercados contra exportações japonesas.
Governo japonês impediu investimentos externos!
• Sistema de produção em massa era cheio de “MUDA” – Apenas trabalhadores da linha de
montagem estavam agregando valor. Ohno julgava que estes eram provavelmente capazes de
executar as tarefas dos especialistas.
• Setup Rápido: Redução do tempo de setup de prensas de 1 dia para 3 min, sem
especialistas;

• Organização do trabalho: Trabalho em equipes, Kaizen, autonomia para parar a


linha;

• Just-in-time (JIT): tudo deve ser produzido, transportado ou comprado somente


na hora em que forem realmente necessários!

• Supermercado: estoques controlados de suprimentos -> evita o desperdício

• Kanban = ferramenta utilizada para operacionalizar o JIT


PRODUÇÃO EM MASSA X STP

GM Toyota Takaaka NUMMI


Framingham Fremont
Horas de 31 16 19
montagem por
carro
Defeitos de 135 45 45
montagem por
100 carros
Espaço de 0,75 0,45 0,65
montagem por
carro (m2)
Estoque de 2 semanas 2 horas 2 dias
peças (média)
OLHO NO FLUXO DE CAIXA

“Tudo o que estamos tentando fazer é olhar


para a linha de tempo desde o momento em
que o Cliente nos faz um pedido até o ponto
quando coletamos o pagamento. E estamos
reduzindo essa linha de tempo, removendo
as perdas sem valor agregado”

Taiichi Ohno – 1988)

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