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OPERAÇÕES E CADEIAS DE SUPRIMENTO GLOBAIS

Prof. Dr. Fernando Viana

Curso de Administração – CCG


Universidade de Fortaleza - UNIFOR
MINI CURRÍCULO DO PROFESSOR
FERNANDO VIANA
fernandoviana@unifor.br
http://lattes.cnpq.br/5450694333209887

Formação:
• Doutor em Administração de Empresas - UFRN;
• Mestre em Engenharia de Produção - UFPB;
• Engenheiro Civil – UFC;
Atuação Profissional:
• Professor e Pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Administração
de Empresas e do Curso de Graduação em Administração de Empresas da
UNIFOR;
• Coordenador de Estudos e Pesquisas do ETENE/BNB.
Ementa da Disciplina
UNIDADE I – Fundamentos da Gestão de Operações em Cadeias de Suprimento Globais
• Fundamentos de gestão de operações. Sistemas Produtivos e suas classificações; Gestão
de operações em cadeias de suprimento globais; Avaliação do desempenho em gestão de
operações.

UNIDADE II – Estratégia em Operações em Cadeias de Suprimento Globais


• Gerenciamento da demanda. Técnicas de previsão qualitativas; Técnicas de previsão
quantitativas; Decisões estratégicas em operações de cadeias de suprimento globais.

Unidade III – Estrutura das Operações em Cadeias de Suprimento Globais


• Fatores de Localização; Tomada de decisão sobre localização; Estratégias para arranjo
físico e capacidade; Estruturas operacionais em cadeias globais.
Unidade IV – Tecnologia e tendências em operações de cadeias de suprimentos globais
• Planejamento e Controle da Produção - PCP;
• Indústria 4.0; Tecnologias em gestão de operações em cadeias de suprimento globais;
• Tendências em gestão de operações.
Bibliografia Básica
• CORREA, Henrique; CORREA, Carlos. Administração da Produção e operações: manufatura
e serviços: uma abordagem estratégica. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2017.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788597013153
• JACOBS, F. Robert ; CHASE, Richard B.. Administração de operações e da cadeia de
suprimentos. 13. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788580551341.
• SLACK, Nigel ; BRANDON-JONES, Alistair ; JOHNSTON, Robert. Administração da produção.
8. ed. São Paulo: Atlas, 2018. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788597015386.
• CHING, Hong Yuh et al ; CHING, Hong Yuh. Administração da produção e operações: uma
abordagem inovadora com desafios práticos. São Paulo: Empreende/ Fazendo Acontecer,
2019. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788566103199.
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/01/2
3/brasil-podera-ser-maior-exportador-de-
hidrogenio-verde-global-diz-consultoria.ghtml

https://jornaldocarro.estadao.com.br/carros/alianca-renault-
nissan-inicia-nova-fase-e-brasil-vira-peca-chave/
Unidade I – Fundamentos da Gestão de Operações em CSG
CONTEXTO ATUAL – INTERNO E EXTERNO
• Multifuncionalidade e descentralização da autoridade
• Reforço ao trabalho em equipe
• Ênfase no planejamento e controle
• Sistemas de gestão baseados na qualidade
• Importância crescente do serviço
• Importância crescente dos sistemas de informação como instrumentos de
integração interna e externa
• Relações estratégicas com clientes e fornecedores
• Requisitos legais a nível ambiental e social - ESG.
• Digitalização
PRODUÇÃO / OPERAÇÕES - CONCEITO
Atividade que visa transformar insumos em produtos/serviços, preenchendo as
necessidades das pessoas e das organizações.
Qualquer operação produz bens ou serviços, ou um misto dos dois, e faz isso por
meio de um processo de transformação, no qual são usados recursos para mudar o
estado ou condições dos inputs, a fim de gerar outputs.

Inputs / Entradas Processo Outputs / Saídas

Capital Cortar
Trabalho Transportar Bens
Materiais Montar e
Equipamentos Operar Serviços
Informações Distribuir
DEFINIÇÃO DE GESTÃO DAS OPERAÇÕES

Estudo dos conceitos e técnicas aplicáveis a


transformação de insumos (materiais,
informações), utilizando recursos de diversos tipos
(instalações, pessoal), para a obtenção de bens ou
serviços planejados, de acordo com os objetivos
estratégicos da empresa.
OPERAÇÕES NO CONTEXTO ORGANIZACIONAL

Função
Logística
Gestão das Operações

Classificação dos Inputs:


- Objetos de Transformação
- Agentes de Transformação

Processo de Transformação:
- Processamento de materiais
- Processamento de informações
- Processamento de consumidores
Gestão das Operações
EXEMPLOS
CADEIA DE SUPRIMENTO
•Engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento do
pedido de um cliente, incluindo fabricantes, fornecedores, transportadoras,
depósitos, varejistas e os próprios clientes;
•Uma cadeia de suprimento é dinâmica e envolve um fluxo constante de
informações, produtos e dinheiro entre os diferentes estágios, onde cada estágio
executa diferentes processos e interage com os outros estágios;
•O cliente é um componente essencial da cadeia de suprimento, pois as atividades da
cadeia começam com o pedido de um cliente e terminam quando o cliente satisfeito
paga pela compra.
•A maioria das cadeias de suprimento é, na verdade, composta por redes.
Cadeia de Suprimento Imediata de uma Firma Individual

Transporte Transporte Clientes


Armazenagem

Fluxos de
Fábrica Informações

Transporte

Fornecedores de
Armazenagem Transporte matérias-primas
CADEIA DE SUPRIMENTO

Fornecedores Fornecedores Clientes de 1º Clientes de 2º


de 2º Nível de 1º Nível Nível Nível

Fornecedores Fornecedores Núcleo Principal Clientes de 1º Clientes de 2º


de 2º Nível de 1º Nível de Análise Nível Nível

Fornecedores Fornecedores Clientes de 1º Clientes de 2º


de 2º Nível de 1º Nível Nível Nível
Prestadores de
Serviço Logístico
Cadeias de Suprimento Globais – Exemplo Embraer
Tipos de Operações
Embora as operações sejam similares entre si no modo de transformar
recursos em bens (tangíveis e intangíveis), apresentam diferenças em
quatro aspectos importantes:

- Volume de Output;
- Variedade de Output;
- Variação de demanda do Output;
- Grau de visibilidade ou Contato com o consumidor.
Tipos de Operações
Dimensão Volume:
Diz respeito a quantidade de produtos gerados e
disponibilizados aos clientes. Relaciona-se a
fatores como:
- Procedimentos padronizados;
- Repetitividade das tarefas;
- Especialização do trabalho;
- Nível de investimento em equipamentos
especializados.
Tipos de Operações

Dimensão Variedade:
Associado a capacidade de fornecer produtos ou serviços de diferentes tipos
e características. Uma empresa que prioriza esta dimensão apresenta:
- Preocupação em atender de modo preciso as necessidades dos clientes
- Foco na flexibilidade
- Utilização de recursos generalistas
- Grande dependência das pessoas – maior qualificação dos
funcionários
- Custos unitários maiores
Tipos de Operações
Dimensão Variação de Demanda ao Longo do Tempo:

Relaciona-se com a capacidade de atender a demanda variada da melhor


forma possível, o que pode ser feito através de:
- Alteração na capacidade operacional
- Variação no nível de estocagem utilizado
Tipos de Operações

Dimensão Visibilidade/Contato com o Consumidor:


Esta dimensão é priorizada por empresas que prestam algum tipo de
serviço com a presença do cliente, apresentando características como:
- O principal recurso transformado é o próprio consumidor
- Constantes “momentos da verdade”
- Exigência de funcionários bastante qualificados e capacitados em
atendimento ao cliente
- Impossibilidade de adoção de alto nível de padronização
- Baixa produtividade de recursos e custos de operação elevados
Tipos de Operações
Operações de Serviços – Classificação
Estratégia Competitiva e Estratégia de Operações

Estratégias
Competitivas Genéricas
– Michael Porter
Análise Estratégica: Alinhamento
Características dos Indicadores
Exemplos de Indicadores

FOCO INTERNO FOCO EXTERNO


• Produtos por Homem.hora • Participação no
• Produtos por tonelada de mercado
aço • Retorno sobre
• Produtos vendidos por investimento
pessoa.mês • Faturamento por ano
• Produtos por área plantada
• Vendas no mês
• Produtos rejeitados por
quantidade produzida • Índice de satisfação
do cliente
Desempenho dos Meios de Produção
• Um dos principais objetivos de um gestor de produção é a
maximização do rendimento dos meios de produção.

• Principais indicadores usados para avaliação do


desempenho dos meios de produção:
• Produtividade
• Eficiência
• Custo
PRODUTIVIDADE
• Direta ou indiretamente, é objetivando menores custos e
buscando melhorias operacionais que se fundamenta todo o
estudo da administração da produção.
• Esse desempenho pode ser medido pela produtividade, que é
definida como a relação entre a quantidade produzida (Q-
produção) e os recursos (gastos) que lhe deram origem:

Produtividade = output
input
Impacto econômico da melhoria da produtividade e qualidade
Melhoria nos
processos Melhoria nos
AÇÃO
produtivos processos
GERENCIAL
produtivos

Melhoria na Aumento no Redução no Aumento no


qualidade do “output” por “input” por “output” e
produto unidade de unidade de redução no
“input” “output” “input”

Maior valor Preços Produtividade


percebido mais altos
melhorada

Maior Baixos custos


participação Aumento de manufatura
no mercado na receita e serviços

Maiores
lucros
PRODUTIVIDADE - Ilustração
Setor A B
Produção diária (unid) 10.000 20.000

Horas de trabalho/dia 8 16
No. de pessoas 10 12

No. de pessoas x horas de trabalho


( da mão-de-obra)

Produção
Pd (M.obra) = Horas de trabalho no período
H.h em que a produção foi obtida
PRODUTIVIDADE - Ilustração
Setor A B
Produção diária (unid) 10.000 20.000

Horas de trabalho/dia 8 16
No. de pessoas trabalhando 10 12
Produtividade:
• Setor A = 10.000 / ( 8 x 10) = 125,0 unid/hh
• Setor B = 20.000 / (16 x 12) = 104,2 unid/hh
Produtividade de máquina ou equipamentos:

Quantidade de trabalho (Produção)


Pd =
Maq x hora

Importante:
Estamos considerando homem-hora e máquina-hora, porém a produtividade
pode ser medida em qualquer tempo, como homem-ano, por exemplo.
CUSTO
•Quando a área produtiva disponibiliza um produto, precisa ter custo que gere preço
de venda compatível com o praticado pelo mercado. O preço definido tem que
proporcionar lucro após pagar todos os gastos, remunerando o capital investido.
•Um bom referencial para a empresa é procurar descobrir que montante deve ser
fabricado e vendido para cobrir todos os gastos (custos variáveis e fixos).
Ponto de Equilíbrio
•Quando receita e custo total têm o mesmo valor (R = C), diz-se que a empresa
encontrou seu equilíbrio, ou seu ponto de equilíbrio. É o nível de atividade que gera
lucro igual a zero.
CT = CF + q.Cvu
CT  Custo total da unidade R  Receita
R = q.p
CF  Custo fixo da unidade p  Preço de venda
L = R – CT
CVu  Custo variável unitário
q  Quantidade produzida
CF
CUSTO qe 
p Cvu

R$
R
Rt
Lucro para qt
CT
Prejuízo Pe
Re

CF

q (quantidade)
qe qt

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