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CIÊNCIA E TECNOLOGIA - ESCOLA TÉCNICA - C&T

EDMILSON NOGUEIRA DE LUCENA JÚNIOR

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SEUS CONCEITOS

Mossoró
2020
EDMILSON NOGUEIRA DE LUCENA JÚNIOR

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SEUS CONCEITOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


curso de Tecnico em Meio Ambiente, da Escola
Técnica - Ciência e Tecnologia - C&T - Paraíba,
como requisito parcial para a Obtenção do grau de
Técnico em Meio Ambient.

Mossoró
2020
Dedico este trabalho aos meus pais, Edmilson e
Margarida.
A minha esposa e filho, Talita e Luiz Felipe e sempre
me incentivaram.
AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu parente, amigo e parceiro, Elanio Nogueira, por me


incentivar e acreditar em meu potencial.
“Ouvimos pessoas dizerem que estão preocupadas
com o tipo de mundo que deixaremos para nossos
netos, e concordo com elas. Porém estou
igualmente preocupado com o tipo de netos que
devemos deixar para a Terra”.

(John A. Hoyt – presidente-emérito – da Human


Society of the United States)
RESUMO

O trabalho desenvolvido trata-se de um estudo exploratório, realizado por meio de


pesquisa bibliográfica. Realizou-se busca de literatura utilizando artigos científicos. A
sociedade moderna esta vivenciando uma crise ambiental onde acredita-se que a
EA seja a maneira mais eficaz de enfrentar tal adversidade, visto o poder de
transformação da realidade que esta possibilita por conseguir ser atuante numa
educação política, crítica do sistema atual, e que busca alternativas sociais, éticas e
justas para as gerações atuais e futuras. Neste sentido, a EA é uma das ferramentas
para contribuir com o processo de construção de uma sociedade sensibilizada,
capaz de formar cidadãos que apresentem uma nova visão entre homem e natureza.
O tema meio ambiente deve estar presente em todos os espaços que educam o
cidadãos, mas a dificuldade da inserção da EA nos espaços de ensino está no fato
dela não ter feito parte da vida acadêmica da grande maioria dos atuais educadores.
O objetivo deste trabalho é fazer uma avaliação crítica das percepções e
concepções teóricas e práticas da EA. Todavia, vale ressaltar que este trabalho em
específico não é o suficiente para modificar a realidade de uma cidade ou de um
mundo por um completo. Faz-se necessário uma integração entre escola, sociedade
e poder público, pois sabemos que a melhor maneira de desenvolver a
sustentabilidade do meio ambiente é unindo forças em busca de um objetivo comum
para a coletividade.

Palavras-chave: Educação Ambiental, Concepções, Meio Ambiente, Sociedade


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

EA Educação Ambiental
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO
............................................................... 8
2 MEIO
. . . . . .AMBIENTE,
. . . . . . . . . .O. .EDUCADOR
. . . . . . . . . . .E. A
. . ESCOLA
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3 INTERDISCIPLINARIDADE
.......................E
. .A
. .EDUCAÇÃO
. . . . . . . . . . .AMBIENTAL
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4 CONCLUSÃO
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
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REFERÊNCIAS
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1 INTRODUÇÃO

Os noticiários dos mais variados meios de comunicação evidencia


constantemente a necessidade da conscientização da sociedade em ter um olhar
mais critico, uma postura mais empática com os problemas ambientais. Ser
responsável por cuidar e zelar pela natureza e o espaço em que vivemos faz com
que os homens reconheçam sua parcela de responsabilidade ambiental e
consequentemente os seus efeitos nos impactos ambientais.
Sendo assim podemos definir educação ambiental como:
Art. 1º Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos
quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à
sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. (BRASIL, 1999, p.1).
Se faz necessário sempre a levantar discussões acerca da situação atual do
meio ambiente e porventura quais atitudes interventoras podemos implantar no
intuito de melhorar o nosso planeta como um todo mesmo sabendo do crescimento
desordenado da população, seus modos desiguais de consumo e produção que
afetam diretamente na manutenção dos habitats naturais e conservação integra dos
seres vivos.
A educação ambiental constitui elemento fundamental para a consolidação de
novos conhecimentos de um modelo de desenvolvimento humano sustentável que
conjugue crescimento, estabilidade econômica e justiça social. (CICHELLA,
COELHO, RESENDES, 2007).
Quando o individuo internaliza o conceito sobre a educação ambiental e o põe
em pratica é notório uma mudança de postura no que tange as ações preservadoras
no modo coletivo, para o bem comum, pois o futuro da humanidade depende da
relação estabelecida com a natureza e o uso dos seus recursos naturais disponíveis.
“A Educação Ambiental vem contribuir em um processo interativo,
participativo e crítico para o surgimento de uma nova Ética, está vinculada e
condicionada à mudança de valores, atitudes e práticas individuais e
coletivas.” (ABÍLIO, 2001, p.107).
Ha tempos que a sociedade humana busca incessantemente o acumulo de
riquezas usando os recursos ambientais em sua volta e em até certo ponto
escasseando os mesmos. Durante séculos esse processo de acumular bens
naturais fez com que houvesse a necessidade de expansão geográfica por mais e
melhores recursos travando assim disputas, discórdias e até guerras motivadas pela
cobiça, hegemonia de poder e glória.
Por ser capaz de agir e intervir diretamente no meio ambiente para suprir
suas necessidades e desejos a humanidade provoca tipos de modificações que se
transformam com o passar da história. E, ao transformar o ambiente, o homem
também muda sua própria visão a respeito da natureza e do meio em que vive
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(Barreto, 2006).
A concepção de exploração do meio ambiente pelo homem contemporâneo
foge dos princípios lógicos da razão onde o mesmo não se enxerga e se
autodenomina como um elemento integrante da natureza, mas sim como um ser
aparte, observador e/ou explorador do mesmo. Esse modo racional de agir e pensar
promove consequências graves que exigem dos homens respostas filosóficas e
práticas para acabar com o antropocentrismo e etnocentrismo (Reigota, 1994).
“Educação Ambiental significa aprender a empregar novas tecnologias,
aumentar a produtividade, evitar desastres ambientais, minorar os danos existentes,
conhecer e utilizar novas oportunidades e tomar decisões acertadas.” (EFFTING,
1992. p.12).
Aderir aos conceitos e praticas da educação ambiental sustentável por todos
da sociedade é algo de extrema importância devido a sua capacidade de
continuação da vida humana de maneira equilibrada. “É necessário que a
humanidade acorde para a preservação do meio ambiente e impeça a destruição da
própria espécie.” (CICHELLA, COELHO, RESENDES. 2007. p.3).
Existe uma grande inversão de valores pela sociedade moderna referente a
natureza, onde a mesma não é mais encarada de forma exclusiva como meio de
subsistência, mas sim como fonte propulsora de riquezas.
A sociedade está vivendo uma profunda crise de paradigmas, pois o que dá
poder a poucos resulta em violência, exclusão social, esgotamento dos recursos
naturais, poluição e uma queda drástica na qualidade de vida de todos, sem
exceção. Confunde-se padrão de vida com qualidade de vida (Braga, 2003).
O futuro do planeta depende, indubitavelmente, de uma ética mínima e
universalista, pois o bem-estar de todos os povos está relacionado à valorização de
todas as formas de vida, pois esta não poderá ser preservada numa sociedade que
mercantiliza a natureza e a transforma de acordo com suas necessidades
consumistas (Braga, 2003).
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2 MEIO AMBIENTE, O EDUCADOR E A ESCOLA

A educação ambiental deve estar inserida em todos os espaços que educam


os cidadãos tais como universidades, escolas, parques, nas associações de bairros,
sindicatos, reservas ecológicas, meios de comunicação de massa, etc.
Somente a teoria não tem a capacidade de motivar a reflexão no quesito
educação ambiental, se faz mais do que necessário implantar a teoria na prática
onde os alunos possam vivenciar diretamente aquilo que é abordado em sala de
aula, podendo assim construir sua própria conscientização e que ele mesmo consiga
modos atuantes de ações benéficas e soluções para os problemas existentes no
ambiente em que ele atua, ou estar inserido.
Existe, portanto, a necessidade de incrementar os meios de informação e o
acesso a eles, bem como o papel indutivo do poder público nos conteúdos
educacionais, como caminhos possíveis para alterar o quadro atual de degradação
sócio-ambiental. Trata-se de promover o crescimento da consciência ambiental,
expandindo a possibilidade da população participar em um nível mais alto no
processo de decisão, como uma forma de fortalecer sua co-responsabilidade na
fiscalização e no controle dos agentes de degradação ambiental (Jacobi, 2003).
Sendo assim de maneira precoce os alunos vão conseguindo interagir desde
cedo com o meio ambiente em que vivem e consequentemente ajudando a
preserva-lo de tal modo que os recursos naturais se tornem mais douradouros.
Dessa forma estarão contribuindo para o bem estar de toda a comunidade.
No modo conceitual todas as premissas se encaixam harmonicamente, mas
no se refere a parte pratica existem barreiras que dificultam a inserção da educação
ambiental nos espaços de ensino, porem não é responsabilidade direta do educador
e sim devido a disciplina fazer parte da grade curricular dos cursos de licenciatura e
vida acadêmica da grande maioria dos educadores. Abordar a temática apenas
formalmente e de maneira descontextualizada, omitindo os principais determinantes
e não instigando os alunos a refletirem sobre qual é a importância e sentido da vida
estará a desenvolver seres humanos com visões antropocêntricas e individualistas.
Além disso, poderá auxiliar a existência de uma sociedade utilitarista, a qual valoriza
somente “as coisas” que têm uma função.
A tomada de consciência com o objetivo de melhoria do meio ambiente pode
começar na escola, mas ressalvar que ela e seu corpo docente não têm o poder de
mudar a sociedade, mas podem contribuir em muito, principalmente no que se refere
à apropriação do conhecimento, tendo como principal função para a transformação
social, a de socializar o conhecimento (Oliveira, 2005).
De toda forma carece os professores e os futuros professores de uma base
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mais solida de conhecimento que pode ser suprida com investimentos em cursos de
formação inicial ou continuada que forneçam subsídios para que os mesmos
consigam trabalhar e serem educadores ambientais. Somente a educação
continuada e permanente é capaz de converter o pensamento desta geração e
garantir um pensamento sustentável na geração futura.
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3 INTERDISCIPLINARIDADE E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Em uma organização escolar que visa agrupar o tema EA com as demais


disciplinas dentro do âmbito institucional é essencial que ocorra o que chamamos de
interdisciplinaridade.
O conceito de interdisciplinaridade fica mais claro quando se considera o
fato trivial de que todo conhecimento mantém um diálogo permanente com
outros conhecimentos, que pode ser de questionamento, de confirmação, de
complementação, de negação, de ampliação, de iluminação de aspectos
não distinguidos. (BRASIL, 2000, p.75).
Um modelo de ação interdisciplinar gera portanto um aprendizado contínuo,
para o aluno, sobre a educação ambiental. Não é algo difícil de ser trabalhado, mas
exige da escola e dos professores interesse, um aprofundamento, um esforço para a
geração destes meios.
Segundo Paulo Freire (1996):
“A interdisciplinaridade visa garantir a construção de um conhecimento
globalizante, rompendo com as fronteiras das disciplinas. Para isso, faz-se
necessário, a atitude de envolvimento, compromisso, reciprocidade diante
do conhecimento”.
De acordo com Abílio e Sato (2012) existem meios para promover essa
comunicação, entre a EA e as diversas disciplinas existentes:
Figura 1- A interdisciplinaridade ambiental.

Figura 1 - A interdisciplinaridade ambiental.

Fonte: Fonte: Abílio e Sato (2012), p.178.

Fonte: Abílio e Sato (2012), p.178.


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“Os alunos de hoje não se importam com o meio ambiente porque não
convivem com estes espaços, são metralhados por dezenas de informações na
cidade e conhecem pouco sobre os espaços naturais que os cercam” (ABÍLIO;
SATO, 2012, p.113). Podemos assim afirmar que existe uma lacuna no processo de
articulação que impede uma perfeição no sistema integrativo, pois caso contrario,
certamente existiriam um parcela bem mais considerável de jovens e adultos
preocupados com o meio ambiente.
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4 CONCLUSÃO

De forma clara e evidente ficou evidenciado que a escola em conjunto com o


seu quadro de professores são peças extremamente importantes na construção do
saber e formação dos futuros cidadãos que serão tomadores de decisões, como
também terão papel fundamental no resgate e incorporação de valores, buscando
construir novos caminhos que possibilitem a convivência harmoniosa com o meio
ambiente. Os educadores comprometidos com a formação e a humanização de seus
alunos terão que buscar cotidianamente uma forma de educá-los, para que juntos
busquem caminhos que possibilitem o desenvolvimento da sociedade de modo justo
e sustentável (Dutra, 2006).
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REFERÊNCIAS

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