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do Estado do Amazonas
SEDUC-AM
Assistente Técnico
Edital de N° 02 – Nível Fundamental e Médio
AB088-2018
DADOS DA OBRA
• Língua Portuguesa
• Raciocínio Lógico-Matemático
• Noções de Informática
• Conhecimentos Específicos
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Diagramação
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Camila Lopes
Thais Regis
Produção Editoral
Suelen Domenica Pereira
Julia Antoneli
Karoline Dourado
Capa
Joel Ferreira dos Santos
Editoração Eletrônica
Marlene Moreno
APRESENTAÇÃO
CURSO ONLINE
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SUMÁRIO
Língua Portuguesa
Raciocínio Lógico-Matemático
Noções de Informática
Conceitos e modalidades de processamento (batch x offline x online x real time x time sharing). ....................................... 64
Arquitetura básica de computadores: hardware; ........................................................................................................................................ 01
Componentes e funções; ...................................................................................................................................................................................... 01
Unidade central de Processamento; ................................................................................................................................................................ 01
Memória ROM, RAM, cache, tipos e tamanhos de memória; ................................................................................................................ 01
Dispositivos de entrada e saída e de armazenamento de dados;......................................................................................................... 01
Impressoras, teclado, mouse, disco rígido, pendrives, scanner, plotter, discos ópticos; ............................................................. 01
Conectores; ................................................................................................................................................................................................................ 01
Barramentos: especificação de equipamentos. ........................................................................................................................................... 01
Software: software básico;..................................................................................................................................................................................... 01
Noções de Sistemas Operacionais; .................................................................................................................................................................. 01
Utilitários; .................................................................................................................................................................................................................... 01
Antivírus; ..................................................................................................................................................................................................................... 64
Windows XP/7BR: ambiente gráfico; ............................................................................................................................................................... 01
Janelado Computador /Windows Explorer: ícones, atalhos de teclado, pastas, tipos de arquivos, localização, criação,
cópia e remoção de arquivos, cópias de arquivos para outros dispositivos; ................................................................................... 01
Ajudado Windows; .................................................................................................................................................................................................. 01
Lixeira: remoção e recuperação de arquivos e de pastas, cópias de segurança/backup, uso dos recursos. MS Office 2007
BR ou 2010 BR (Word, Excel, PowerPoint, Access, Outlook): conceitos, características, funcionalidades, ícones, atalhos de
teclado, uso dos recursos. Internet: conceitos; Características; Figuras e Imagens (formatos); Acesso; .............................. 21
Browsers; ..................................................................................................................................................................................................................... 55
Internet Explorer 9 BR x Firefox Mozilla x Google Chrome. Correio eletrônico/e-mail; ............................................................... 55
Thunderbird Mozilla: conceitos, características, funcionalidades, ícones, atalhos de teclado e uso dos recursos. .......... 55
Computação na nuvem: conceitos de organização e de gerenciamento de informações. ....................................................... 64
Arquivos, pastas e programas. Segurança da informação: procedimentos de segurança, noções de vírus, wormse pragas
virtuais. ........................................................................................................................................................................................................................ 64
Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, antispyware). ................................................................................................................. 64
Procedimentos de backup; armazenamento de dados na nuvem........................................................................................................ 64
Conhecimentos Específicos
Letra e Fonema.......................................................................................................................................................................................................... 01
Estrutura das Palavras............................................................................................................................................................................................. 04
Classes de Palavras e suas Flexões..................................................................................................................................................................... 07
Ortografia.................................................................................................................................................................................................................... 44
Acentuação................................................................................................................................................................................................................. 47
Pontuação.................................................................................................................................................................................................................... 50
Concordância Verbal e Nominal......................................................................................................................................................................... 52
Regência Verbal e Nominal................................................................................................................................................................................... 58
Frase, oração e período.......................................................................................................................................................................................... 63
Sintaxe da Oração e do Período......................................................................................................................................................................... 63
Termos da Oração.................................................................................................................................................................................................... 63
Coordenação e Subordinação............................................................................................................................................................................. 63
Crase.............................................................................................................................................................................................................................. 71
Colocação Pronominal............................................................................................................................................................................................ 74
Significado das Palavras......................................................................................................................................................................................... 76
Interpretação Textual............................................................................................................................................................................................... 83
Tipologia Textual....................................................................................................................................................................................................... 85
Gêneros Textuais....................................................................................................................................................................................................... 86
Coesão e Coerência................................................................................................................................................................................................. 86
Reescrita de textos/Equivalência de Estruturas............................................................................................................................................. 88
Estrutura Textual........................................................................................................................................................................................................ 90
Redação Oficial.......................................................................................................................................................................................................... 91
Funções do “que” e do “se”................................................................................................................................................................................100
Variação Linguística...............................................................................................................................................................................................101
O processo de comunicação e as funções da linguagem......................................................................................................................103
LÍNGUA PORTUGUESA
Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina. Especialista pela Universidade Estadual Paulista
– Unesp
LETRA E FONEMA
A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimento”). Significa
literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos sons da voz”. Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da lín-
gua quanto à sua função no sistema de comunicação linguística, quanto à sua organização e classificação. Cuida, também,
de aspectos relacionados à divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certas
palavras. Lembrando que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar estes sons no ato da fala. Particularidades na
pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.
Na língua falada, as palavras se constituem de fonemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por meio de
símbolos gráficos, chamados de letras ou grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de esta-
belecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção
entre os pares de palavras:
amor – ator / morro – corro / vento - cento
Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que
você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este forma
os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.
Fonema e Letra
- O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por
exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê).
- Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que
pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio.
- Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:
- o fonema /sê/: texto
- o fonema /zê/: exibir
- o fonema /che/: enxame
- o grupo de sons /ks/: táxi
- As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. Nestas
palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o
“n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.
1) Vogais
As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua,
desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única vogal.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, É a sequência formada por uma semivogal, uma vo-
bola. gal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba.
Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tri-
- Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, tongo nasal.
bola.
3) Hiato
Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
- Abertas: pé, lata, pó É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que
- Fechadas: mês, luta, amor pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais
- Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das pa- de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia
lavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”). (po-e-si-a).
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vo-
Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma gal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal.
só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas Existem basicamente dois tipos:
são chamados de semivogais. A diferença fundamental en- 1-) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r”
tre vogais e semivogais está no fato de que estas não de- e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no,
sempenham o papel de núcleo silábico. a-tle-ta, cri-se.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: 2-) os que resultam do contato de duas consoantes
pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta.
é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão Há ainda grupos consonantais que surgem no início
forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo,
história, série. psi-có-lo-go.
3) Consoantes Dígrafos
Para a produção das consoantes, a corrente de ar expi- De maneira geral, cada fonema é representado, na es-
rada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela ca- crita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e
vidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verda- quatro letras.
deiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos.
Seu nome provém justamente desse fato, pois, em portu- Há, no entanto, fonemas que são representados, na es-
guês, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: crita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco
/b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. letras.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Dígrafos Consonantais
Dígrafos Vocálicos
* Observação: “gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/:
guitarra, aquilo. Nestes casos, a letra “u” não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” repre-
senta um fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, linguiça, aquífero...). Aqui, “gu” e “qu” não são dígrafos. Também não há
dígrafos quando são seguidos de “a” ou “o” (quase, averiguo) .
** Dica: Conseguimos ouvir o som da letra “u” também, por isso não há dígrafo! Veja outros exemplos: Água = /agua/ nós
pronunciamos a letra “u”, ou então teríamos /aga/. Temos, em “água”, 4 letras e 4 fonemas. Já em guitarra = /gitara/ - não
pronunciamos o “u”, então temos dígrafo [aliás, dois dígrafos: “gu” e “rr”]. Portanto: 8 letras e 6 fonemas).
Dífonos
Assim como existem duas letras que representam um só fonema (os dígrafos), existem letras que representam dois
fonemas. Sim! É o caso de “fixo”, por exemplo, em que o “x” representa o fonema /ks/; táxi e crucifixo também são exemplos
de dífonos. Quando uma letra representa dois fonemas temos um caso de dífono.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Questões
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
1-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI-
BRAS – FAFIPA/2014) Em todas as palavras a seguir há um
dígrafo, EXCETO em
(A) prazo. As palavras podem ser analisadas sob o ponto de vista
(B) cantor. de sua estrutura significativa. Para isso, nós as dividimos
(C) trabalho. em seus menores elementos (partes) possuidores de sen-
(D) professor. tido. A palavra inexplicável, por exemplo, é constituída por
três elementos significativos:
1-)
(A) prazo – “pr” é encontro consonantal In = elemento indicador de negação
(B) cantor – “an” é dígrafo Explic – elemento que contém o significado básico da
(C) trabalho – “tr” encontro consonantal / “lh” é dígrafo palavra
(D) professor – “pr” encontro consonantal q “ss” é dí- Ável = elemento indicador de possibilidade
grafo
RESPOSTA: “A”. Estes elementos formadores da palavra recebem o
nome de morfemas. Através da união das informações
2-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI- contidas nos três morfemas de inexplicável, pode-se en-
BRAS – FAFIPA/2014) Assinale a alternativa em que os itens tender o significado pleno dessa palavra: “aquilo que não
destacados possuem o mesmo fonema consonantal em to- tem possibilidade de ser explicado, que não é possível tornar
das as palavras da sequência. claro”.
(A) Externo – precisa – som – usuário.
MORFEMAS = são as menores unidades significativas
(B) Gente – segurança – adjunto – Japão.
que, reunidas, formam as palavras, dando-lhes sentido.
(C) Chefe – caixas – deixo – exatamente.
(D) Cozinha – pesada – lesão – exemplo.
Classificação dos morfemas:
2-) Coloquei entre barras ( / / ) o fonema representado
Radical, lexema ou semantema – é o elemento por-
pela letra destacada:
tador de significado. É através do radical que podemos for-
(A) Externo /s/ – precisa /s/ – som /s/ – usuário /z/
mar outras palavras comuns a um grupo de palavras da
(B) Gente /j/ – segurança /g/ – adjunto /j/ – Japão /j/ mesma família. Exemplo: pequeno, pequenininho, pequenez.
(C) Chefe /x/ – caixas /x/ – deixo /x/ – exatamente O conjunto de palavras que se agrupam em torno de um
/z/ mesmo radical denomina-se família de palavras.
(D) cozinha /z/ – pesada /z/ – lesão /z/– exemplo /z/
RESPOSTA: “D”. Afixos – elementos que se juntam ao radical antes (os
prefixos) ou depois (sufixos) dele. Exemplo: beleza (sufi-
3-) (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/PI – CURSO DE xo), prever (prefixo), infiel.
FORMAÇÃO DE SOLDADOS – UESPI/2014) “Seja Sangue
Bom!” Na sílaba final da palavra “sangue”, encontramos Desinências - Quando se conjuga o verbo amar, ob-
duas letras representando um único fonema. Esse fenôme- têm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos,
no também está presente em: amáveis, amavam. Estas modificações ocorrem à medida
A) cartola. que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e
B) problema. plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também
C) guaraná. ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo
D) água. (amava, amara, amasse, por exemplo). Assim, podemos
E) nascimento. concluir que existem morfemas que indicam as flexões das
palavras. Estes morfemas sempre surgem no fim das pala-
3-) Duas letras representando um único fonema = dí- vras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desi-
grafo nências nominais e desinências verbais.
A) cartola = não há dígrafo
B) problema = não há dígrafo • Desinências nominais: indicam o gênero e o número
C) guaraná = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) dos nomes. Para a indicação de gênero, o português cos-
D) água = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) tuma opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/
E) nascimento = dígrafo: sc menina. Para a indicação de número, costuma-se utilizar
RESPOSTA: “E”. o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência
de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/
garotas; menino/meninos; menina/meninas. No caso dos
nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assu-
me a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.
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LÍNGUA PORTUGUESA
• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências Palavras primitivas: aquelas que, na língua portugue-
verbais pertencem a dois tipos distintos. Há desinências sa, não provêm de outra palavra: pedra, flor.
que indicam o modo e o tempo (desinências modo-tem-
porais) e outras que indicam o número e a pessoa dos ver- Palavras derivadas: aquelas que, na língua portugue-
bos (desinência número-pessoais): sa, provêm de outra palavra: pedreiro, floricultura.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Abreviação – é a redução de palavras até o limite per- 2-) en + triste + ido (com consoante de ligação “c”) =
mitido pela compreensão: moto (motocicleta), pneu (pneu- ao radical “triste” foram acrescidos o prefixo “en” e o sufixo
mático), metrô (metropolitano), foto (fotografia). “ido”, ou seja, “entristecido” é palavra derivada do processo
de formação de palavras chamado de: prefixação e sufixa-
* Observação: ção. Para o exercício, basta “derivada”!
- Abreviatura: é a redução na grafia de certas palavras,
limitando-as quase sempre à letra inicial ou às letras ini- RESPOSTA: “C”.
ciais: p. ou pág. (para página), sr. (para senhor).
- Sigla: é um caso especial de abreviatura, na qual se
reduzem locuções substantivas próprias às suas letras ini-
ciais (são as siglas puras) ou sílabas iniciais (siglas impuras),
que se grafam de duas formas: IBGE, MEC (siglas puras);
DETRAN ou Detran, PETROBRAS ou Petrobras (siglas impu-
ras).
- Hibridismo: é a palavra formada com elementos
oriundos de línguas diferentes.
automóvel (auto: grego; móvel: latim)
sociologia (socio: latim; logia: grego)
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)
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LÍNGUA PORTUGUESA
de lago lacustre
CLASSES DE PALAVRAS E SUAS FLEXÕES
de leão leonino
de lebre leporino
de lua lunar ou selênico
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se relaciona com o substantivo, con- de madeira lígneo
cordando com este em gênero e número. de mestre magistral
de ouro áureo
As praias brasileiras estão poluídas.
de paixão passional
Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos de pâncreas pancreático
(plural e feminino, pois concordam com “praias”).
de porco suíno ou porcino
Locução adjetiva dos quadris ciático
de rio fluvial
Locução = reunião de palavras. Sempre que são ne-
cessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mesma de sonho onírico
coisa, tem-se uma locução. Às vezes, uma preposição + de velho senil
substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locu- de vento eólico
ção Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por
exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio de vidro vítreo ou hialino
(paixão desenfreada). de virilha inguinal
de visão óptico ou ótico
Observe outros exemplos:
* Observação: nem toda locução adjetiva possui um
de águia aquilino adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por
de aluno discente exemplo: Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu.
de anjo angelical Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):
de ano anual
de aranha aracnídeo O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função
dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando
de boi bovino como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito
de cabelo capilar ou do objeto).
de cabra caprino
Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
de campo campestre ou rural
de chuva pluvial Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
Observe alguns deles:
de criança pueril
de dedo digital Estados e cidades brasileiras:
de estômago estomacal ou gástrico
de falcão falconídeo Alagoas alagoano
de farinha farináceo Amapá amapaense
de fera ferino Aracaju aracajuano ou aracajuense
de ferro férreo Amazonas amazonense ou baré
de fogo ígneo Belo Horizonte belo-horizontino
de garganta gutural Brasília brasiliense
de gelo glacial Cabo Frio cabo-friense
de guerra bélico Campinas campineiro ou campinense
de homem viril ou humano
de ilha insular
de inverno hibernal ou invernal
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LÍNGUA PORTUGUESA
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos subs-
tantivos, classificam-se em:
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento: o moço norte-americano, a
moça norte-americana.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino: conflito político-social e desavença político-social.
Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substan-
tivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas.
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que
estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra
cinza é, originalmente, um substantivo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, en-
tão, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza.
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LÍNGUA PORTUGUESA
2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob - de inferioridade: menos + advérbio + que (do que):
duas formas: uma erudita - de origem latina - outra po- Renato fala menos alto do que João.
pular - de origem vernácula. A forma erudita é constituída - de superioridade:
pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, 1-) Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato
-imo ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma fala mais alto do que João.
popular é constituída do radical do adjetivo português + o 2-) Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato fala
sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. melhor que João.
3-) Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo
com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os termi- Grau Superlativo
nados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheio
– cheíssimo. O superlativo pode ser analítico ou sintético:
- Analítico: acompanhado de outro advérbio: Renato
Fontes de pesquisa: fala muito alto.
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf32. muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio de
php modo
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: - Sintético: formado com sufixos: Renato fala altíssimo.
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- * Observação: as formas diminutivas (cedinho, perti-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. nho, etc.) são comuns na língua popular.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- Maria mora pertinho daqui. (muito perto)
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. A criança levantou cedinho. (muito cedo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Há palavras como muito, bastante, que podem apare- - Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais
cer como advérbio e como pronome indefinido. mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio:
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro Essa matéria é mais bem interessante que aquela.
advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito. Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso!
Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e - O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é advér-
sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros. bio: Cheguei primeiro.
* Dica: Como saber se a palavra bastante é advérbio - Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução
(não varia, não se flexiona) ou pronome indefinido (varia, adverbial desempenham na oração a função de adjunto
sofre flexão)? Se der, na frase, para substituir o “bastante” adverbial, classificando-se de acordo com as circunstân-
por “muito”, estamos diante de um advérbio; se der para cias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advérbio.
substituir por “muitos” (ou muitas), é um pronome. Veja: Exemplo:
Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto ad-
1-) Estudei bastante para o concurso. (estudei muito, verbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)
pois “muitos” não dá!). = advérbio Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi-
dade e de tempo, respectivamente.
2-) Estudei bastantes capítulos para o concurso. (estudei
muitos capítulos) = pronome indefinido Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75.
Advérbios Interrogativos php
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como? ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes Saraiva, 2010.
às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja: Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Interrogação Direta Interrogação Indireta SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
Onde mora? Indaguei onde morava. Artigo
Por que choras? Não sei por que choras.
O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-
Aonde vai? Perguntei aonde ia. se como o termo variável que serve para individualizar ou
Donde vens? Pergunto donde vens. generalizar o substantivo, indicando, também, o gênero
Quando voltas? Pergunto quando voltas. (masculino/feminino) e o número (singular/plural).
Os artigos se subdividem em definidos (“o” e as va-
riações “a”[as] e [os]) e indefinidos (“um” e as variações
“uma”[s] e “uns”).
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LÍNGUA PORTUGUESA
Artigos definidos – São aqueles usados para indicar Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a pre-
seres determinados, expressos de forma individual: sença do artigo será obrigatória: O professor visitará a bela
O concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam Roma.
muito.
- antes de pronomes de tratamento:
Artigos indefinidos – São aqueles usados para indicar Vossa Senhoria sairá agora?
seres de modo vago, impreciso: Exceção: O senhor vai à festa?
Uma candidata foi aprovada! Umas candidatas foram
aprovadas! - após o pronome relativo “cujo” e suas variações:
Esse é o concurso cujas provas foram anuladas?
Circunstâncias em que os artigos se manifestam: Este é o candidato cuja nota foi a mais alta.
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LÍNGUA PORTUGUESA
O preço fica mais caro à medida que os produtos escas- Fontes de pesquisa:
seiam. http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84.
php
* Observação: são incorretas as locuções proporcio- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
nais à medida em que, na medida que e na medida em que. coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração Saraiva, 2010.
principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
que, agora que, mal (= assim que), etc. Interjeição
A briga começou assim que saímos da festa.
Interjeição é a palavra invariável que exprime emo-
h) Comparativas: introduzem uma oração que expres- ções, sensações, estados de espírito. É um recurso da lin-
sa ideia de comparação com referência à oração principal. guagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de
São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim
a manifestação de um suspiro, um estado da alma decor-
tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual,
rente de uma situação particular, um momento ou um con-
que nem, que (combinado com menos ou mais), etc.
texto específico. Exemplos:
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
Ah, como eu queria voltar a ser criança!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo hum: expressão de um pensamento súbito = interjei-
que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que ção
(tendo como antecedente na oração principal uma palavra
como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. O significado das interjeições está vinculado à maneira
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o senti-
exame. do que a expressão vai adquirir em cada contexto em que
for utilizada. Exemplos:
Atenção: Muitas conjunções não têm classificação úni- Psiu!
ca, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acor- contexto: alguém pronunciando esta expressão na rua
do com o sentido que apresentam no contexto (grifo ; significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando!
da Zê!). Ei, espere!”
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- Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação - Para designar papas, reis, imperadores, séculos e par-
dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi au- tes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até
mentada: dobro, triplo, quíntuplo, etc. décimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o numeral
venha depois do substantivo;
Flexão dos numerais
Ordinais Cardinais
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/
uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/du- João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
zentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatro- D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
centas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam
em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
são invariáveis. Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
- Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido
primeiro segundo milésimo como ordinal: XXX Feira do Bordado. (trigésima)
primeira segunda milésima
** Dica: Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por
primeiros segundos milésimos associação. Ficará mais fácil!
primeiras segundas milésimas - Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o
ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
e conseguiram o triplo de produção. Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses tri- - Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se
plas do medicamento. refere a dois seres. Significam “um e outro”, “os dois” (ou
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e “uma e outra”, “as duas”) e são largamente empregados
número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/ para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
duas terças partes. Sua utilização exige a presença do artigo posposto: Ambos
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma os concursos realizarão suas provas no mesmo dia. O arti-
dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros. go só é dispensado caso haja um pronome demonstrativo:
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau Ambos esses ministros falarão à imprensa.
nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de
sentido. É o que ocorre em frases como: Função sintática do Numeral
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade! O numeral tem mais de uma função sintática:
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= - se na oração analisada seu papel é de adjetivo, o
segunda divisão de futebol) numeral assumirá a função de adjunto adnominal; se fizer
papel de substantivo, pode ter a função de sujeito, objeto
Emprego e Leitura dos Numerais direto ou indireto.
- Os numerais são escritos em conjunto de três alga- Visitamos cinco casas, mas só gostamos de duas.
rismos, contados da direita para a esquerda, em forma de Objeto direto = cinco casas
centenas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma Núcleo do objeto direto = casas
separação através de ponto ou espaço correspondente a Adjunto adnominal = cinco
um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456. Objeto indireto = de duas
- Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar
Núcleo do objeto indireto = duas
exagero intencional, constituindo a figura de linguagem
conhecida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes.
- No português contemporâneo, não se usa a conjun-
ção “e” após “mil”, seguido de centena:
Nasci em mil novecentos e noventa e dois.
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.
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Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos- Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sen-
sa escola neste ano. tença, exerce a função de complemento verbal (objeto
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
adequada]
[neste: pronome que determina “ano” = concordância * Observação: o pronome oblíquo é uma forma va-
adequada] riante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação in-
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor- dica a função diversa que eles desempenham na oração:
dância inadequada] pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo
marca o complemento da oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
tônicos.
Pronomes Pessoais Pronome Oblíquo Átono
São aqueles que substituem os substantivos, indicando São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica
assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os pronomes fraca: Ele me deu um presente.
“tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se di- Tabela dos pronomes oblíquos átonos
rige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à - 1.ª pessoa do singular (eu): me
pessoa ou às pessoas de quem se fala. - 2.ª pessoa do singular (tu): te
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun- - 3.ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto - 1.ª pessoa do plural (nós): nos
ou do caso oblíquo. - 2.ª pessoa do plural (vós): vos
- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
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- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. - Os pronomes de tratamento representam uma for-
Eles se conheceram. ma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao
Elas deram a si um dia de folga. tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo,
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado
* O pronome é reflexivo quando se refere à mesma supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu me arrumei e saí.
** É pronome recíproco quando indica reciprocidade - 3.ª pessoa: embora os pronomes de tratamento diri-
de ação: jam-se à 2.ª pessoa, toda a concordância deve ser feita
Nós nos amamos. com a 3.ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessi-
Olhamo-nos calados. vos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles
devem ficar na 3.ª pessoa.
Pronomes de Tratamento Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas pro-
messas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
São pronomes utilizados no tratamento formal, ceri-
- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou
monioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (portan-
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo
to, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pes-
do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente.
soa. Alguns exemplos:
Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de
Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques
“você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto
Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e religio-
sos em geral
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente superior
teus cabelos. (errado)
à de coronel, senadores, deputados, embaixadores, profes-
sores de curso superior, ministros de Estado e de Tribunais, Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos
governadores, secretários de Estado, presidente da Repú- seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular
blica (sempre por extenso) ou
Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universi-
dades Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular
Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, oficiais
até a patente de coronel, chefes de seção e funcionários de Pronomes Possessivos
igual categoria São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
Vossa Meritíssima (sempre por extenso) = para juízes (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo
de direito (coisa possuída).
Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do
cerimonioso singular)
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus
NÚMERO PESSOA PRONOME
Também são pronomes de tratamento o senhor, a se-
nhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empre- singular primeira meu(s), minha(s)
gados no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tra- singular segunda teu(s), tua(s)
tamento familiar. Você e vocês são largamente empregados
singular terceira seu(s), sua(s)
no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é
de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma plural primeira nosso(s), nossa(s)
vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou plural segunda vosso(s), vossa(s)
literária.
plural terceira seu(s), sua(s)
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São utilizados para explicitar a posição de certa palavra - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ser invariáveis, observe:
de espaço, de tempo ou em relação ao discurso. Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
la(s).
*Em relação ao espaço: Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da
* Também aparecem como pronomes demonstrativos:
pessoa que fala:
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
Este material é meu.
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
- Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te
pessoa com quem se fala: indiquei.)
Esse material em sua carteira é seu?
- mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s): variam em
- Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está dis- gênero quando têm caráter reforçativo:
tante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
se fala: Eu mesma refiz os exercícios.
Aquele material não é nosso. Elas mesmas fizeram isso.
Vejam aquele prédio! Eles próprios cozinharam.
Os próprios alunos resolveram o problema.
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- semelhante(s): Não tenha semelhante atitude. Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
riáveis e invariáveis. Observe:
- tal, tais: Tal absurdo eu não comenteria.
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
* Note que: tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca,
- Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer*, alguns, ne-
eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. (ou en- nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos,
tão: este solteiro, aquele casado) - este se refere à pessoa algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas,
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em outras, quantas.
primeiro lugar.
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação algo, cada.
irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
*
Qualquer é composto de qual + quer (do verbo que-
- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em rer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra cujo plu-
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, ral é feito em seu interior).
disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no
= naquilo) - Todo e toda no singular e junto de artigo significa
inteiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as:
Pronomes Indefinidos Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira)
Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades)
São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discurso, Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro)
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quan- Trabalho todo dia. (= todos os dias)
tidade indeterminada.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém São locuções pronominais indefinidas: cada qual,
-plantadas. cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que),
seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (=
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
Cada um escolheu o vinho desejado.
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu-
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des-
Indefinidos Sistemáticos
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em:
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu-
percebemos que existem alguns grupos que criam oposi-
gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin- ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm
guém, outrem, quem, tudo. sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm
sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade
Algo o incomoda? afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade
Quem avisa amigo é. negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e
algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza,
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser e qualquer, que generaliza.
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade Essas oposições de sentido são muito importantes na
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
Cada povo tem seus costumes. tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
Certas pessoas exercem várias profissões. pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
de que fazem parte:
* Note que: Ora são pronomes indefinidos substanti- Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
vos, ora pronomes indefinidos adjetivos: prático.
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, pessoas quaisquer.
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), *Nenhum é contração de nem um, forma mais enfática,
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. que se refere à unidade. Repare:
Nenhum candidato foi aprovado.
Menos palavras e mais ações. Nem um candidato foi aprovado. (um, nesse caso, é nu-
Alguns se contentam pouco. meral)
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Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, ou- júri jurados
tra abelha, mais outra abelha. legião soldados, anjos, demônios
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. leva presos, recrutas
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
malta malfeitores ou desordeiros
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne- manada búfalos, bois, elefantes,
cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, matilha cães de raça
mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas
palavras no plural. No terceiro, empregou-se um substan- molho chaves, verduras
tivo no singular (enxame) para designar um conjunto de multidão pessoas em geral
seres da mesma espécie (abelhas).
insetos (gafanhotos,
nuvem
mosquitos, etc.)
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
penca bananas, chaves
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, pinacoteca pinturas, quadros
mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres
quadrilha ladrões, bandidos
da mesma espécie.
ramalhete flores
Substantivo coletivo Conjunto de: rebanho ovelhas
assembleia pessoas reunidas repertório peças teatrais, obras musicais
alcateia lobos réstia alhos ou cebolas
acervo livros romanceiro poesias narrativas
antologia trechos literários selecionados revoada pássaros
arquipélago ilhas sínodo párocos
banda músicos talha lenha
bando desordeiros ou malfeitores tropa muares, soldados
banca examinadores turma estudantes, trabalhadores
batalhão soldados vara porcos
cardume peixes
caravana viajantes peregrinos
cacho frutas
cancioneiro canções, poesias líricas
colmeia abelhas
concílio bispos
congresso parlamentares, cientistas
elenco atores de uma peça ou filme
esquadra navios de guerra
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Substantivos Biformes (= duas formas): apresentam - Substantivos que formam o feminino de maneira es-
uma forma para cada gênero: gato – gata, homem – mulher, pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
poeta – poetisa, prefeito - prefeita czar – czarina, réu - ré
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LÍNGUA PORTUGUESA
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a
cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido,
Epicenos: a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
- São geralmente masculinos os substantivos de ori-
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
para indicar o masculino e o feminino. telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-
ma, o hematoma.
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
macho e fêmea. * Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
A cobra macho picou o marinheiro.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. Gênero dos Nomes de Cidades: Com raras exceções,
nomes de cidades são femininos.
Sobrecomuns: A histórica Ouro Preto.
Entregue as crianças à natureza. A dinâmica São Paulo.
A acolhedora Porto Alegre.
A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo mas- Uma Londres imensa e triste.
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: Gênero e Significação
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria. Muitos substantivos têm uma significação no masculi-
no e outra no feminino. Observe:
Outros substantivos sobrecomuns: o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à
criatura.
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), a
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
Marcela faleceu baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibi-
ção de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do cor-
Comuns de Dois Gêneros: po), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma (ato
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. de cismar, desconfiança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza
(resíduos de combustão), o capital (dinheiro), a capital (ci-
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? dade), o coma (perda dos sentidos), a coma (cabeleira), o
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), a coral (cobra
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na administração
A distinção de gênero pode ser feita através da análise da crisma e de outros sacramentos), a crisma (sacramento
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti- da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de curar), o
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de vege-
- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran- tação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (documento,
cês - repórter francesa pena grande das asas das aves), o grama (unidade de peso),
a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa (re-
- A palavra personagem é usada indistintamente nos cipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
dois gêneros. (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens
nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
os personagens dos contos de carochinha.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini- a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala
no: O problema está nas mulheres de mais idade, que não (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-
aceitam a personagem. ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (emissora), o voga
(remador), a voga (moda).
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
fotográfico Ana Belmonte. Flexão de Número do Substantivo
Observe o gênero dos substantivos seguintes: Em português, há dois números gramaticais: o singular,
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica
maracajá, o clã, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o do plural é o “s” final.
proclama, o pernoite, o púbis.
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- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de - Permanecem invariáveis, quando formados de:
duas maneiras: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
1- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa-
acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses ca-rolhas
2- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva-
riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. * Casos Especiais
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* Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci cansado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figurado. Qual-
quer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal, ou seja, terá conjugação
completa.
Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
- os verbos estar e ficar em orações como “Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal”, sem referência a
sujeito expresso anteriormente (por exemplo: “ele está mal”). Podemos, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético,
tornando-se, tais verbos, pessoais.
- o verbo dar + para da língua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uma apostila?
- Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural. São
unipessoais os verbos constar, convir, ser (= preciso, necessário) e todos os que indicam vozes de animais (cacarejar, cricrilar,
miar, latir, piar).
* Observação: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
O que é que aquela garota está cacarejando?
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à Europa)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a vejo. (Sujeito: que não a vejo)
- Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que, além
das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular é em-
pregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe:
32
LÍNGUA PORTUGUESA
* Importante:
- estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/dito, escrever/
escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.
- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois, fui) e
ir (fui, ia, vades).
- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal
(aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das
formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
* Observação: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja:
1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já
está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mes-
ma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante
do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia refle-
xiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem
2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: A garota
penteou-me.
* Observações:
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente prono-
minais - são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do
sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo:
Eu me feri. = Eu (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; me (objeto direto) – 1.ª pessoa do singular
Modos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadeiro. Existem
três modos:
Formas Nominais
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe:
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LÍNGUA PORTUGUESA
1-) Infinitivo
1.1-) Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substan-
tivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro.
1.2-) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do singular, não
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu)
1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós)
2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós)
3.ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles)
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
2-) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo:
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)
Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo)
Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro.
* Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gerúndio:
1- Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando futebol.
2 – Sim, senhora! Vou estar verificando!
Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada, pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no momento da
outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que a locução verbal “vou estar verificando” refere-se a um futuro em andamento,
exigindo, no caso, a construção “verificarei” ou “vou verificar”.
3-) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica, geralmente, o resul-
tado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames, os candidatos
saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de
adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida pela turma.
(Ziraldo)
Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Observação: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou de-
sejo. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.
Observação: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se
ele vier à loja, levará as encomendas.
** Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)
Modo Indicativo
Presente do Indicativo
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M
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LÍNGUA PORTUGUESA
Pretérito mais-que-perfeito
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
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LÍNGUA PORTUGUESA
Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).
1.ª conjug. 2.ª conjug. 3.ª conju. Desinên. pessoal Des. temporal Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de nú-
mero e pessoa correspondente.
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M
Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM partiREM R EM
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LÍNGUA PORTUGUESA
Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:
Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.
Infinitivo Pessoal
* Observações:
- o verbo parecer admite duas construções:
Elas parecem gostar de você. (forma uma locução verbal)
Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito oracional, correspondendo à construção: parece gostarem de você).
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
* Observação: não confundir o emprego reflexivo do Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
verbo com a noção de reciprocidade: tancialmente o sentido da frase.
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Nós nos amamos. (um ama o outro) O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa objeto Direto
Formação da Voz Passiva
A apostila foi comprada pelo concurseiro.
A voz passiva pode ser formada por dois processos: (Voz Passiva)
analítico e sintético. Sujeito da Passiva Agente da Passi-
va
1- Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte ma-
neira: Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva; o
sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo ativo
Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo: assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos: os Observe:
alunos pintarão a escola) - Os mestres têm constantemente aconselhado os alu-
O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho) nos.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
* Observação: o agente da passiva geralmente é acom- mestres.
panhado da preposição por, mas pode ocorrer a constru-
ção com a preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada - Eu o acompanharei.
de soldados. Ele será acompanhado por mim.
- Pode acontecer de o agente da passiva não estar ex- * Observação: quando o sujeito da voz ativa for inde-
plícito na frase: A exposição será aberta amanhã. terminado, não haverá complemento agente na passiva.
Por exemplo: Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-
** Saiba que:
ção das frases seguintes:
- com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir,
acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou reflexiva,
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo)
porque o sujeito não pode ser visto como agente, paciente
O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito per-
ou agente-paciente.
feito do Indicativo, assim como o verbo principal da voz
ativa)
Fontes de pesquisa:
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.
O trabalho é feito por ele. (ser no presente do indica- php
tivo) SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) Questões
2- Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética - ou 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁ-
pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, segui- RIO – FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida pelo
do do pronome apassivador “se”. Por exemplo: instituto Endeavor” equivale, na voz ativa, a:
Abriram-se as inscrições para o concurso. (A) que o instituto Endeavor traz;
Destruiu-se o velho prédio da escola. (B) que o instituto Endeavor trouxe;
(C) trazida pelo instituto Endeavor;
* Observação: o agente não costuma vir expresso na (D) que é trazida pelo instituto Endeavor;
voz passiva sintética. (E) que traz o instituto Endeavor.
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LÍNGUA PORTUGUESA
1-) Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa tere- Regras ortográficas
mos um: “que o instituto Endeavor trouxe” (manter o tem-
po verbal no pretérito – assim como na passiva). O fonema s
RESPOSTA: “B”.
S e não C/Ç
2-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - palavras substantivadas derivadas de verbos com radi-
adaptada) Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO por cais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretensão /
muitos o maior maratonista de todos os tempos” para a expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inver-
voz ativa, encontramos a seguinte forma verbal: são / aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir
A) consideravam. - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório /
B) consideram. repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /
C) considerem. sentir - sensível / consentir – consensual.
D) considerarão.
E) considerariam.
SS e não C e Ç
2-) É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista
nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem
de todos os tempos = dois verbos na voz passiva, então na
em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou
ativa teremos UM: muitos o consideram o maior marato-
nista de todos os tempos. -meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir
RESPOSTA: “B”. - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir -
percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / com-
prometer - compromisso / submeter – submissão.
3-) (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2014) *quando o prefixo termina com vogal que se junta com
Transpondo-se para a voz passiva a frase “vou glosar a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé-
uma observação de Machado de Assis”, a forma verbal re- trico / re + surgir – ressurgir.
sultante deverá ser *no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-
(A) terei glosado plos: ficasse, falasse.
(B) seria glosada
(C) haverá de ser glosada C ou Ç e não S e SS
(D) será glosada
(E) terá sido glosada vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.
vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Ju-
3-) “vou glosar uma observação de Machado de Assis” çara, caçula, cachaça, cacique.
– “vou glosar” expressa “glosarei”, então teremos na pas- sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
siva: uma observação de Machado de Assis será glosada uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço,
por mim. esperança, carapuça, dentuço.
RESPOSTA: “D”. nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / de-
ter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.
após ditongos: foice, coice, traição.
palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r):
ORTOGRAFIA marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção.
O fonema z
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da correta
S e não Z
grafia das palavras. É ela quem ordena qual som devem
ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são
grafados segundo acordos ortográficos. sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,
A maneira mais simples, prática e objetiva de apren- freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa.
der ortografia é realizar muitos exercícios, ver as palavras, sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamor-
familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras é fose.
necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções e, formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, qui-
em alguns casos, há necessidade de conhecimento de eti- seste.
mologia (origem da palavra). nomes derivados de verbos com radicais terminados
em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -
empresa / difundir – difusão.
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LÍNGUA PORTUGUESA
G e não J * Dica:
- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à orto-
palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, ges- grafia de uma palavra, há a possibilidade de consultar o
so. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), ela-
estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim. borado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra de
terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com pou- referência até mesmo para a criação de dicionários, pois
cas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge. traz a grafia atualizada das palavras (sem o significado). Na
Internet, o endereço é www.academia.org.br.
Exceção: pajem.
Informações importantes
terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, - Formas variantes são formas duplas ou múltiplas,
litígio, relógio, refúgio. equivalentes: aluguel/aluguer, relampejar/relampear/re-
verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, lampar/relampadar.
mugir. - Os símbolos das unidades de medida são escritos
depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur- sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar plu-
gir. ral, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km,
depois da letra “a”, desde que não seja radical termina- 120km/h.
do com j: ágil, agente. Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.
- Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve
J e não G haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h, 22h30min,
14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três minutos e trinta e
palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. quatro segundos).
palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia, - O símbolo do real antecede o número sem espaço:
manjerona. R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra
palavras terminadas com aje: ultraje. vertical ($).
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LÍNGUA PORTUGUESA
1. Em palavras compostas por justaposição que formam 1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo
uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou
para formarem um novo significado: tio-avô, porto-ale- “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir-
grense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda- -fei- religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia,
ra, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro, microrradiografia, etc.
azul-escuro.
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre-
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora- vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes-
-menina, erva-doce, feijão-verde. trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes-
cola, infraestrutura, etc.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, re-
cém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém- 3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
-casado. “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” inicial: de-
sumano, inábil, desabilitar, etc.
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo 4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o
uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de- segundo elemento começar com “o”: cooperação, coobriga-
meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará. ção, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio- 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção
Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis-
históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, ta, etc.
etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei-
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su- to, benquerer, benquerido, etc.
per- quando associados com outro termo que é iniciado
por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc. - Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas corres-
pondentes átonas, aglutinam-se com o elemento seguinte,
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, não havendo hífen: pospor, predeterminar, predeterminado,
ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito. pressuposto, propor.
- Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccio-
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: so, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre-
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc. -humano, super-realista, alto-mar.
- Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma,
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante,
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus,
autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi.
10. Nas formações em que o prefixo tem como se-
gundo termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, Fontes de pesquisa:
geo--história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar, http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
super-homem. tografia
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
termina com a mesma vogal do segundo elemento: micro
-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Proparoxítonas - São aquelas cuja sílaba tônica está ** Alerta da Zê! Cuidado: Se os ditongos abertos esti-
na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tímpano verem em uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu)
– médico – ônibus ainda são acentuados: dói, escarcéu.
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2- Separa partes de frases que já estão separadas por 4- Indica que o sentido vai além do que foi dito: Deixa,
vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, mon- depois, o coração falar...
tanhas, frio e cobertor.
Vírgula (,)
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo-
tivos, decreto de lei, etc. Não se usa vírgula
Ir ao supermercado;
Pegar as crianças na escola; * separando termos que, do ponto de vista sintático,
Caminhada na praia; ligam-se diretamente entre si:
Reunião com amigos. - entre sujeito e predicado:
Todos os alunos da sala foram advertidos.
Sujeito predicado
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4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou *Quando “um dos que” vem entremeada de substanti-
indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, vo, o verbo pode:
quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou “de vós”, o verbo a) ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atravessa
pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pes- o Estado de São Paulo. ( já que não há outro rio que faça o
soa do plural) ou com o pronome pessoal. mesmo).
Quais de nós são / somos capazes? b) ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? poluídos (noção de que existem outros rios na mesma con-
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões ino- dição).
vadoras.
8) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
Observação: veja que a opção por uma ou outra forma verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém Vossa Excelência está cansado?
diz ou escreve “Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fize- Vossas Excelências renunciarão?
mos”, ele está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não
ocorre ao dizer ou escrever “Alguns de nós sabiam de tudo e 9) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se de
nada fizeram”, frase que soa como uma denúncia. acordo com o numeral.
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver Deu uma hora no relógio da sala.
no singular, o verbo ficará no singular. Deram cinco horas no relógio da sala.
Qual de nós é capaz? Soam dezenove horas no relógio da praça.
Algum de vós fez isso. Baterão doze horas daqui a pouco.
5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que Observação: caso o sujeito da oração seja a palavra re-
indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve lógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito.
concordar com o substantivo. O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.
25% do orçamento do país será destinado à Educação. Soa quinze horas o relógio da matriz.
85% dos entrevistados não aprovam a administração do
prefeito. 10) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum
1% do eleitorado aceita a mudança. sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do singular. São
1% dos alunos faltaram à prova. verbos impessoais: Haver no sentido de existir; Fazer indi-
cando tempo; Aqueles que indicam fenômenos da nature-
Quando a expressão que indica porcentagem não é za. Exemplos:
seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o nú- Havia muitas garotas na festa.
mero. Faz dois meses que não vejo meu pai.
25% querem a mudança. Chovia ontem à tarde.
1% conhece o assunto.
b) Sujeito Composto
Se o número percentual estiver determinado por artigo
ou pronome adjetivo, a concordância far-se-á com eles: 1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo,
Os 30% da produção de soja serão exportados. a concordância se faz no plural:
Esses 2% da prova serão questionados. Pai e filho conversavam longamente.
Sujeito
6) O pronome “que” não interfere na concordância; já o
“quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa do singular. Pais e filhos devem conversar com frequência.
Fui eu que paguei a conta. Sujeito
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida. 2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gra-
Sou eu quem faz a prova. maticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte ma-
Não serão eles quem será aprovado. neira: a primeira pessoa do plural (nós) prevalece sobre a
segunda pessoa (vós) que, por sua vez, prevalece sobre a
7) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve assu- terceira (eles). Veja:
mir a forma plural. Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encan- Primeira Pessoa do Plural (Nós)
taram os poetas.
Este candidato é um dos que mais estudaram! Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
Segunda Pessoa do Plural (Vós)
Se a expressão for de sentido contrário – nenhum dos
que, nem um dos que -, não aceita o verbo no singular: Pais e filhos precisam respeitar-se.
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga. Terceira Pessoa do Plural (Eles)
Nem uma das que me escreveram mora aqui.
53
LÍNGUA PORTUGUESA
Observação: quando o sujeito é composto, formado 5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por “com”,
por um elemento da segunda pessoa (tu) e um da terceira o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um
(ele), é possível empregar o verbo na terceira pessoa do mesmo grau de importância e a palavra “com” tem sentido
plural (eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no muito próximo ao de “e”.
lugar de “tomaríeis”. O pai com o filho montaram o brinquedo.
O governador com o secretariado traçaram os planos
3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, para o próximo semestre.
passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em O professor com o aluno questionaram as regras.
vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o
verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do su- Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a
jeito mais próximo. ideia é enfatizar o primeiro elemento.
Faltaram coragem e competência. O pai com o filho montou o brinquedo.
Faltou coragem e competência. O governador com o secretariado traçou os planos para
o próximo semestre.
Compareceram todos os candidatos e o banca.
O professor com o aluno questionou as regras.
Compareceu o banca e todos os candidatos.
Observação: com o verbo no singular, não se pode
4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concordân-
falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez
cia é feita no plural. Observe: que as expressões “com o filho” e “com o secretariado” são
Abraçaram-se vencedor e vencido. adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como se
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. houvesse uma inversão da ordem. Veja:
“O pai montou o brinquedo com o filho.”
Casos Particulares “O governador traçou os planos para o próximo semes-
tre com o secretariado.”
1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos “O professor questionou as regras com o aluno.”
sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no singular.
Descaso e desprezo marca seu comportamento. *Casos em que se usa o verbo no singular:
A coragem e o destemor fez dele um herói. Café com leite é uma delícia!
O frango com quiabo foi receita da vovó.
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos
dispostos em gradação, verbo no singular: 6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por ex-
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segun- pressões correlativas como: “não só...mas ainda”, “não so-
do me satisfaz. mente”..., “não apenas...mas também”, “tanto...quanto”, o
verbo ficará no plural.
3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural, de acor- Nordeste.
do com o valor semântico das conjunções: Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a no-
Drummond ou Bandeira representam a essência da poe- tícia.
sia brasileira.
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. 7) Quando os elementos de um sujeito composto são
resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de “adi- feita com esse termo resumidor.
Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia.
ção”. Já em:
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante
Juca ou Pedro será contratado.
na vida das pessoas.
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olim-
píada.
Outros Casos
* Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam no 1) O Verbo e a Palavra “SE”
singular. Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há duas
de particular interesse para a concordância verbal:
4) Com as expressões “um ou outro” e “nem um nem a) quando é índice de indeterminação do sujeito;
outro”, a concordância costuma ser feita no singular. b) quando é partícula apassivadora.
Um ou outro compareceu à festa. Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se”
Nem um nem outro saiu do colégio. acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e
de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na ter-
Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou no ceira pessoa do singular:
singular: Um e outro farão/fará a prova. Precisa-se de funcionários.
Confia-se em teses absurdas.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Quando pronome apassivador, o “se” acompanha ver- c) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e
bos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos for seguido de palavras ou expressões como pouco, muito,
(VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o menos de, mais de, etc., o verbo SER fica no singular:
verbo deve concordar com o sujeito da oração. Exemplos: Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso.
Construiu-se um posto de saúde. Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido.
Construíram-se novos postos de saúde. Duas semanas de férias é muito para mim.
Aqui não se cometem equívocos
Alugam-se casas. d) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo)
for pronome pessoal do caso reto, com este concordará o
** Dica: Para saber se o “se” é partícula apassivadora verbo.
ou índice de indeterminação do sujeito, tente transformar No meu setor, eu sou a única mulher.
a frase para a voz passiva. Se a frase construída for “com- Aqui os adultos somos nós.
preensível”, estaremos diante de uma partícula apassivado-
ra; se não, o “se” será índice de indeterminação. Veja: Observação: sendo ambos os termos (sujeito e pre-
Precisa-se de funcionários qualificados. dicativo) representados por pronomes pessoais, o verbo
Tentemos a voz passiva: concorda com o pronome sujeito.
Funcionários qualificados são precisados (ou precisos)? Eu não sou ela.
Não há lógica. Portanto, o “se” destacado é índice de inde- Ela não é eu.
terminação do sujeito.
Agora: e) Quando o sujeito for uma expressão de sentido par-
Vendem-se casas. titivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o verbo
Voz passiva: Casas são vendidas. Construção correta! SER concordará com o predicativo.
Então, aqui, o “se” é partícula apassivadora. (Dá para eu A grande maioria no protesto eram jovens.
passar para a voz passiva. Repare em meu destaque. Per- O resto foram atitudes imaturas.
cebeu semelhança? Agora é só memorizar!).
2) O Verbo “Ser” 3) O Verbo “Parecer”
O verbo parecer, quando é auxiliar em uma locução
A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo e o verbal (é seguido de infinitivo), admite duas concordâncias:
sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordân- a) Ocorre variação do verbo PARECER e não se flexiona
cia pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do o infinitivo: As crianças parecem gostar do desenho.
sujeito.
b) A variação do verbo parecer não ocorre e o infinitivo
Quando o sujeito ou o predicativo for: sofre flexão:
As crianças parece gostarem do desenho.
a)Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo SER (essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho as
concorda com a pessoa gramatical: crianças)
Ele é forte, mas não é dois.
Fernando Pessoa era vários poetas. Atenção: Com orações desenvolvidas, o verbo PARE-
A esperança dos pais são eles, os filhos. CER fica no singular. Por Exemplo: As paredes parece que
têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos = oração
b)nome de coisa e um estiver no singular e o outro no subordinada substantiva subjetiva).
plural, o verbo SER concordará, preferencialmente, com o
que estiver no plural: Concordância Nominal
Os livros são minha paixão!
Minha paixão são os livros! A concordância nominal se baseia na relação entre
nomes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles se
Quando o verbo SER indicar ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes
adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Lembre-se:
a) horas e distâncias, concordará com a expressão normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um
numérica: termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.
É uma hora. A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as
São quatro horas. seguintes regras gerais:
Daqui até a escola é um quilômetro / são dois quilôme- 1) O adjetivo concorda em gênero e número quando
tros. se refere a um único substantivo: As mãos trêmulas denun-
ciavam o que sentia.
b) datas, concordará com a palavra dia(s), que pode
estar expressa ou subentendida: 2) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos, a
Hoje é dia 26 de agosto. concordância pode variar. Podemos sistematizar essa fle-
Hoje são 26 de agosto. xão nos seguintes casos:
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LÍNGUA PORTUGUESA
a) Adjetivo anteposto aos substantivos: ** Dica: Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”. Se
- O adjetivo concorda em gênero e número com o a frase ficar coerente com o primeiro, trata-se de advérbio,
substantivo mais próximo. portanto, invariável; se houver coerência com o segundo,
Encontramos caídas as roupas e os prendedores. função de adjetivo, então varia:
Encontramos caída a roupa e os prendedores. Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo
Encontramos caído o prendedor e a roupa. Ele está só descansando. (apenas descansando) - ad-
vérbio
- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de pa-
rentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural. ** Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula depois de
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar. “só”, haverá, novamente, um adjetivo:
Encontrei os divertidos primos e primas na festa. Ele está só, descansando. (ele está sozinho e descansan-
do)
b) Adjetivo posposto aos substantivos: 7) Quando um único substantivo é modificado por dois
- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as cons-
ou com todos eles (assumindo a forma masculina plural se truções:
houver substantivo feminino e masculino). a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o
A indústria oferece localização e atendimento perfeito. artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura espanhola
A indústria oferece atendimento e localização perfeita. e a portuguesa.
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos. b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo
antes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e portu-
Observação: os dois últimos exemplos apresentam guesa.
maior clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se
refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi Casos Particulares
flexionado no plural masculino, que é o gênero predomi-
nante quando há substantivos de gêneros diferentes. É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É per-
mitido
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o ad-
jetivo fica no singular ou plural. a) Estas expressões, formadas por um verbo mais um
A beleza e a inteligência feminina(s). adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem
O carro e o iate novo(s). possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).
É proibido entrada de crianças.
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: Em certos momentos, é necessário atenção.
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substan- No verão, melancia é bom.
tivo não for acompanhado de nenhum modificador: Água É preciso cidadania.
é bom para saúde. Não é permitido saída pelas portas laterais.
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for b) Quando o sujeito destas expressões estiver deter-
modificado por um artigo ou qualquer outro determinati- minado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo
vo: Esta água é boa para saúde. como o adjetivo concordam com ele.
É proibida a entrada de crianças.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os Esta salada é ótima.
pronomes pessoais a que se refere: Juliana encontrou-as A educação é necessária.
muito felizes. São precisas várias medidas na educação.
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Qui-
neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + te
adjetivo, este último geralmente é usado no masculino sin-
gular: Os jovens tinham algo de misterioso. Estas palavras adjetivas concordam em gênero e nú-
mero com o substantivo ou pronome a que se referem.
6) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem fun- Seguem anexas as documentações requeridas.
ção adjetiva e concorda normalmente com o nome a que A menina agradeceu: - Muito obrigada.
se refere: Muito obrigadas, disseram as senhoras.
Cristina saiu só. Seguem inclusos os papéis solicitados.
Cristina e Débora saíram sós. Estamos quites com nossos credores.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Estas palavras são invariáveis quando funcionam como 1-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA
advérbios. Concordam com o nome a que se referem quan- E COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO ADMINIS-
do funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou nu- TRATIVO – CESPE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar
merais. satisfeita com os resultados das negociações”, o adjetivo
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio) estará corretamente empregado se dirigido a ministro de
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pro- Estado do sexo masculino, pois o termo “satisfeita” deve
nome adjetivo) concordar com a locução pronominal de tratamento “Vossa
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio) Excelência”.
As casas estão caras. (adjetivo) ( ) CERTO ( ) ERRADO
Achei barato este casaco. (advérbio)
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo) 1-) Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo femi-
nino (ministra), o adjetivo está correto; mas, se for do sexo
Meio - Meia masculino, o adjetivo sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O
pronome de tratamento é apenas a maneira de como tratar
a) A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo, a autoridade, não concordando com o gênero (o pronome
concorda normalmente com o nome a que se refere: Pedi de tratamento, apenas).
meia porção de polentas. RESPOSTA: “ERRADO”.
b) Quando empregada como advérbio permanece in- 2-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO
variável: A candidata está meio nervosa. RESERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IA-
DES/2014 - adaptada) Se, no lugar dos verbos destacados
** Dica! Dá para eu substituir por “um pouco”, assim no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”,
saberei que se trata de um advérbio, não de adjetivo: “A
fossem empregados, respectivamente, Esquecer e gostar, a
candidata está um pouco nervosa”.
nova redação, de acordo com as regras sobre regência ver-
bal e concordância nominal prescritas pela norma-padrão,
Alerta - Menos
deveria ser
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
sempre invariáveis.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no eleva-
Os concurseiros estão sempre alerta.
dor.
Não queira menos matéria!
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no eleva-
* Tome nota! dor.
Não variam os substantivos que funcionam como ad- (E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.
jetivos:
Bomba – notícias bomba 2-) O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, in-
Chave – elementos chave direto (com preposição): Esqueço os filmes dos quais não
Monstro – construções monstro gosto.
Padrão – escola padrão RESPOSTA: “E”.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos Os verbos transitivos indiretos são complementados
de acordo com sua transitividade. Esta, porém, não é um por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi-
fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes gem uma preposição para o estabelecimento da relação de
formas em frases distintas. regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter-
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LÍNGUA PORTUGUESA
ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são Informar
o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re- Informe os novos preços aos clientes.
presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos preços)
lhe, lhes.
- Na utilização de pronomes como complementos, veja
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: as construções:
- Consistir - Tem complemento introduzido pela prepo- Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
sição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou so-
iguais para todos.
bre eles)
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complemen-
Observação: a mesma regência do verbo informar é
tos introduzidos pela preposição “a”:
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. usada para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientifi-
Eles desobedeceram às leis do trânsito. car, prevenir.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter Custou-me (a mim) crer nisso.
como ambição: Aspirávamos a um emprego melhor. (Aspi- Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
rávamos a ele) tantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo
* Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pes- *A Gramática Normativa condena as construções que
soa, as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por
utilizadas, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”. pessoa: Custei para entender o problema. = Forma
Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= As- correta: Custou-me entender o problema.
piravam a ela)
IMPLICAR
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
ASSISTIR
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres-
implicavam um firme propósito.
tar assistência a, auxiliar.
b) ter como consequência, trazer como consequência,
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
acarretar, provocar: Uma ação implica reação.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
- Como transitivo direto e indireto, significa compro-
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen- meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
ciar, estar presente, caber, pertencer. econômicas.
Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões. * No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo
Essa lei assiste ao inquilino. indireto e rege com preposição “com”: Implicava com quem
não trabalhasse arduamente.
*No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é in-
transitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de NAMORAR
lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa - Sempre transitivo direto: Luísa namora Carlos há dois
conturbada cidade. anos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como Se uma oração completar o sentido de um nome, ou
objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”. seja, exercer a função de complemento nominal, ela será
O ensino deve sempre visar ao progresso social. completiva nominal (subordinada substantiva).
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar
público.
ESQUECER – LEMBRAR
- Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronomi-
nal)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de
Advérbios
Longe de Perto de
Observação: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: para-
lela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Questões
1-) (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Assinale a alternativa em que a frase segue a norma culta da
língua quanto à regência verbal.
A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir.
B) Eu esqueci do seu nome.
C) Você assistiu à cena toda?
D) Ele chegou na oficina pela manhã.
E) Sempre obedeço as leis de trânsito.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos: 1-) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que
o de determinação ou indeterminação e o de núcleo do o sujeito não tenha sido identificado anteriormente:
sujeito. Bateram à porta;
Um sujeito é determinado quando é facilmente iden- Andam espalhando boatos a respeito da queda do mi-
tificado pela concordância verbal. O sujeito determinado nistro.
pode ser simples ou composto.
A indeterminação do sujeito ocorre quando não é * Se o sujeito estiver identificado, poderá ser simples
possível identificar claramente a que se refere a concor- ou composto:
dância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não inte- Os meninos bateram à porta. (simples)
ressa indicar precisamente o sujeito de uma oração. Os meninos e as meninas bateram à porta. (composto)
Estão gritando seu nome lá fora.
Trabalha-se demais neste lugar. 2-) com o verbo na terceira pessoa do singular, acres-
cido do pronome “se”. Esta é uma construção típica dos
O sujeito simples é o sujeito determinado que apre- verbos que não apresentam complemento direto:
senta um único núcleo, que pode estar no singular ou no Precisa-se de mentes criativas.
plural; pode também ser um pronome indefinido. Abaixo, Vivia-se bem naqueles tempos.
sublinhei os núcleos dos sujeitos: Trata-se de casos delicados.
Nós estudaremos juntos. Sempre se está sujeito a erros.
A humanidade é frágil.
Ninguém se move. O pronome “se”, nestes casos, funciona como índice de
O amar faz bem. (“amar” é verbo, mas aqui houve uma indeterminação do sujeito.
derivação imprópria, transformando-o em substantivo)
As crianças precisam de alimentos saudáveis. As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predi-
cado, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A men-
O sujeito composto é o sujeito determinado que apre- sagem está centrada no processo verbal. Os principais ca-
sos de orações sem sujeito com:
senta mais de um núcleo.
Alimentos e roupas custam caro.
1-) os verbos que indicam fenômenos da natureza:
Ela e eu sabemos o conteúdo.
Amanheceu.
O amar e o odiar são duas faces da mesma moeda.
Está trovejando.
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a
2-) os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam
referência ao sujeito implícito na desinência verbal (o
fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao tempo em
“antigo” sujeito oculto [ou elíptico]), isto é, ao núcleo do
geral:
sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido pela Está tarde.
desinência verbal ou pelo contexto. Já são dez horas.
Abolimos todas as regras. = (nós) Faz frio nesta época do ano.
Falaste o recado à sala? = (tu) Há muitos concursos com inscrições abertas.
* Os verbos deste tipo de sujeito estão sempre na pri- Predicado é o conjunto de enunciados que contém a
meira pessoa do singular (eu) ou plural (nós) ou na segun- informação sobre o sujeito – ou nova para o ouvinte. Nas
da do singular (tu) ou do plural (vós), desde que os prono- orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia
mes não estejam explícitos. um fato qualquer. Nas orações com sujeito, o predicado é
Iremos à feira juntos? (= nós iremos) – sujeito implícito aquilo que se declara a respeito deste sujeito. Com exceção
na desinência verbal “-mos” do vocativo - que é um termo à parte - tudo o que difere
Cantais bem! (= vós cantais) - sujeito implícito na desi- do sujeito numa oração é o seu predicado.
nência verbal “-ais” Chove muito nesta época do ano.
Houve problemas na reunião.
Mas:
Nós iremos à festa juntos? = sujeito simples: nós * Em ambas as orações não há sujeito, apenas predi-
Vós cantais bem! = sujeito simples: vós cado.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Para o estudo do predicado, é necessário verificar se No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta
seu núcleo é um nome (então teremos um predicado no- duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de liga-
minal) ou um verbo (predicado verbal). Deve-se considerar ção. Este predicado poderia ser desdobrado em dois: um
também se as palavras que formam o predicado referem- verbal e outro nominal.
se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração. O dia amanheceu. / O dia estava ensolarado.
Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona
de opinião. o complemento homens com o predicativo “inconstantes”.
Predicado
Termos integrantes da oração
O predicado acima apresenta apenas uma palavra que
se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras ligam-se Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o
direta ou indiretamente ao verbo. complemento nominal são chamados termos integrantes da
A cidade está deserta. oração.
Os complementos verbais integram o sentido dos ver-
O nome “deserta”, por intermédio do verbo, refere-se bos transitivos, com eles formando unidades significativas.
ao sujeito da oração (cidade). O verbo atua como elemento Estes verbos podem se relacionar com seus complementos
de ligação (por isso verbo de ligação) entre o sujeito e a diretamente, sem a presença de preposição, ou indireta-
palavra a ele relacionada (no caso: deserta = predicativo mente, por intermédio de preposição.
do sujeito).
O objeto direto é o complemento que se liga direta-
O predicado verbal é aquele que tem como núcleo mente ao verbo.
significativo um verbo: Houve muita confusão na partida final.
Chove muito nesta época do ano. Queremos sua ajuda.
Estudei muito hoje!
O objeto direto preposicionado ocorre principalmen-
Compraste a apostila?
te:
- com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns
Os verbos acima são significativos, isto é, não servem
referentes a pessoas:
apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam pro-
Amar a Deus; Adorar a Xangô; Estimar aos pais.
cessos.
(o objeto é direto, mas como há preposição, denomi-
na-se: objeto direto preposicionado)
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo
significativo um nome; este atribui uma qualidade ou esta- - com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes
do ao sujeito, por isso é chamado de predicativo do sujei- de tratamento: Não excluo a ninguém; Não quero cansar a
to. O predicativo é um nome que se liga a outro nome da Vossa Senhoria.
oração por meio de um verbo (o verbo de ligação).
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, - para evitar ambiguidade: Ao povo prejudica a crise.
isto é, não indica um processo, mas une o sujeito ao pre- (sem preposição, o sentido seria outro: O povo prejudica
dicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado do a crise)
sujeito: Os dados parecem corretos.
O verbo parecer poderia ser substituído por estar, an- O objeto indireto é o complemento que se liga indi-
dar, ficar, ser, permanecer ou continuar, atuando como ele- retamente ao verbo, ou seja, através de uma preposição.
mento de ligação entre o sujeito e as palavras a ele rela- Gosto de música popular brasileira.
cionadas. Necessito de ajuda.
* A função de predicativo é exercida, normalmente, por
um adjetivo ou substantivo. O termo que integra o sentido de um nome chama-se
complemento nominal, que se liga ao nome que comple-
O predicado verbo-nominal é aquele que apresen- ta por intermédio de preposição:
ta dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No A arte é necessária à vida. = relaciona-se com a palavra
predicado verbo-nominal, o predicativo pode se referir ao “necessária”
sujeito ou ao complemento verbal (objeto). Temos medo de barata. = ligada à palavra “medo”
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre sig-
nificativo, indicando processos. É também sempre por in- Termos acessórios da oração e vocativo
termédio do verbo que o predicativo se relaciona com o
termo a que se refere. Os termos acessórios recebem este nome por serem
1- O dia amanheceu ensolarado; explicativos, circunstanciais. São termos acessórios o ad-
2- As mulheres julgam os homens inconstantes. junto adverbial, o adjunto adnominal, o aposto e o vocativo
– este, sem relação sintática com outros temos da oração.
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LÍNGUA PORTUGUESA
O adjunto adverbial é o termo da oração que indi- O aposto pode ser classificado, de acordo com seu va-
ca uma circunstância do processo verbal ou intensifica o lor na oração, em:
sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função a) explicativo: A linguística, ciência das línguas huma-
adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais nas, permite-nos interpretar melhor nossa relação com o
exercerem o papel de adjunto adverbial: Amanhã voltarei a mundo.
pé àquela velha praça. b) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas
coisas: amor, arte, ação.
As circunstâncias comumente expressas pelo adjunto c) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho,
adverbial são: tudo forma o carnaval.
- assunto: Falavam sobre futebol. d) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixa-
- causa: As folhas caíram com o vento. ram-se por muito tempo na baía anoitecida.
- companhia: Ficarei com meus pais.
- concessão: Apesar de você, serei feliz. O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar
- conformidade: Fez tudo conforme o combinado. ou interpelar um ouvinte real ou hipotético, não mantendo
- dúvida: Talvez ainda chova. relação sintática com outro termo da oração. A função de
- fim: Estudou para o exame. vocativo é substantiva, cabendo a substantivos, pronomes
- instrumento: Fez o corte com a faca. substantivos, numerais e palavras substantivadas esse pa-
- intensidade: Falava bastante.
pel na linguagem.
- lugar: Vou à cidade.
João, venha comigo!
- matéria: Este prato é feito de porcelana.
Traga-me doces, minha menina!
- meio: Viajarei de trem.
- modo: Foram recrutados a dedo.
- negação: Não há ninguém que mereça.
- tempo: Ontem à tarde encontrou o velho amigo. Questões
O adjunto adnominal é o termo acessório que deter- 1-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/
mina, especifica ou explica um substantivo. É uma função UFAL/2014 - adaptada)
adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que
exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Também
atuam como adjuntos adnominais os artigos, os numerais
e os pronomes adjetivos.
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu
amigo de infância.
O poeta português deixou uma obra inacabada. O cartaz acima divulga a peça de teatro “Quem tem
O poeta deixou-a inacabada. medo de Virginia Woolf?” escrita pelo norte-americano
(inacabada precisou ser repetida, então: predicativo do Edward Albee. O termo “de Virginia Woolf”, do título em
objeto)
português da peça, funciona como:
A) objeto indireto.
Enquanto o complemento nominal se relaciona a um
B) complemento nominal.
substantivo, adjetivo ou advérbio, o adjunto adnominal se
relaciona apenas ao substantivo. C) adjunto adnominal.
D) adjunto adverbial.
O aposto é um termo acessório que permite ampliar, E) agente da passiva.
explicar, desenvolver ou resumir a ideia contida em um ter-
mo que exerça qualquer função sintática: Ontem, segunda- 1-) O termo complementa a palavra “medo”, que é
feira, passei o dia mal-humorado. substantivo (nome – nominal). Portanto é um complemen-
to nominal. O verbo “ter” tem como complemento verbal
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo (objeto) a palavra “medo”, que exerce a função sintática de
“ontem”. O aposto é sintaticamente equivalente ao termo objeto direto.
que se relaciona porque poderia substituí-lo: Segunda-feira RESPOSTA: “B”.
passei o dia mal-humorado.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Podemos modificar o período acima. Veja: * Atenção: Observe que a oração subordinada subs-
tantiva pode ser substituída pelo pronome “isso”. Assim,
Quero ser aprovado. temos um período simples:
Oração Principal Oração Subordinada É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Desta forma, a oração correspondente a “isso” exercerá
A análise das orações continua sendo a mesma: “Que- a função de sujeito.
ro” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração su- Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração
bordinada “ser aprovado”. Observe que a oração subordi- principal:
nada apresenta agora verbo no infinitivo (ser). Além disso,
a conjunção “que”, conectivo que unia as duas orações, - Verbos de ligação + predicativo, em construções do
desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É
numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particí- claro - Está evidente - Está comprovado
pio) chamamos orações reduzidas ou implícitas. É bom que você compareça à minha festa.
* Observação: as orações reduzidas não são introdu-
- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se, Soube-se,
zidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem ser,
Conta-se, Diz-se, Comenta-se, É sabido, Foi anunciado, Ficou
eventualmente, introduzidas por preposição.
provado.
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
1-) Orações Subordinadas Substantivas
A oração subordinada substantiva tem valor de subs- - Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar -
tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção inte- importar - ocorrer - acontecer
grante (que, se). Convém que não se atrase na entrevista.
Não sabemos quando ele virá. As orações subordinadas substantivas objetivas diretas
Oração Subordinada Substan- (desenvolvidas) são iniciadas por:
tiva - Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e
“se”: A professora verificou se os alunos estavam presentes.
Classificação das Orações Subordinadas Substanti-
vas
- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: O
Conforme a função que exerce no período, a oração
pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
subordinada substantiva pode ser:
a) Subjetiva - exerce a função sintática de sujeito do
verbo da oração principal: - Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Eu
É fundamental o seu comparecimento à reu- não sei por que ela fez isso.
nião.
Sujeito c) Objetiva Indireta = atua como objeto indireto do
verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
É fundamental que você compareça à
reunião. Meu pai insiste em meu estudo.
Oração Principal Oração Subordinada Substan- Objeto Indireto
tiva Subjetiva
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LÍNGUA PORTUGUESA
Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste 2-) Orações Subordinadas Adjetivas
nisso)
Oração Subordinada Substantiva Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui
Objetiva Indireta valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As
orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem
Observação: em alguns casos, a preposição pode estar a função de adjunto adnominal do antecedente.
elíptica na oração.
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. Esta foi uma redação bem-sucedida.
Oração Subordinada Substantiva Substantivo Adjetivo (Adjunto Adno-
Objetiva Indireta minal)
d) Completiva Nominal = completa um nome que O substantivo “redação” foi caracterizado pelo adjetivo
pertence à oração principal e também vem marcada por “bem-sucedida”. Neste caso, é possível formarmos outra
preposição. construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel:
Sentimos orgulho de seu comportamento. Esta foi uma redação que fez sucesso.
Complemento Nominal Oração Principal Oração Subordinada
Adjetiva
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sen-
timos orgulho disso.) Perceba que a conexão entre a oração subordinada
Oração Subordinada Substantiva adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é
Completiva Nominal feita pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou
relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha
Lembre-se: as orações subordinadas substantivas ob- uma função sintática na oração subordinada: ocupa o pa-
jetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto pel que seria exercido pelo termo que o antecede (no caso,
que orações subordinadas substantivas completivas nomi- “redação” é sujeito, então o “que” também funciona como
nais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma sujeito).
da outra, é necessário levar em conta o termo complemen-
tado. Esta é a diferença entre o objeto indireto e o com-
Observação: para que dois períodos se unam num
plemento nominal: o primeiro complementa um verbo; o
período composto, altera-se o modo verbal da segunda
segundo, um nome.
oração.
e) Predicativa = exerce papel de predicativo do sujei-
Atenção: Vale lembrar um recurso didático para re-
to do verbo da oração principal e vem sempre depois do
conhecer o pronome relativo “que”: ele sempre pode ser
verbo ser.
substituído por: o qual - a qual - os quais - as quais
Nosso desejo era sua desistência. Refiro-me ao aluno que é estudioso. = Esta oração é
Predicativo do Sujeito equivalente a: Refiro-me ao aluno o qual estuda.
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
era isso)
Oração Subordinada Substantiva Quando são introduzidas por um pronome relativo e
Predicativa apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi-
Observação: em certos casos, usa-se a preposição ex- das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas
pletiva “de” para realce. Veja o exemplo: A impressão é de reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo
que não fui bem na prova. (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou
f) Apositiva = exerce função de aposto de algum ter- particípio).
mo da oração principal.
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade! Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
Aposto
No primeiro período, há uma oração subordinada ad-
Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz! jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome re-
Oração subordinada lativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito per-
substantiva apositiva reduzida de infinitivo feito do indicativo. No segundo, há uma oração subordina-
(Fernanda tinha um grande sonho: isso) da adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo
e seu verbo está no infinitivo.
* Dica: geralmente há a presença dos dois pontos! (:)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas Naquele momento, senti uma das maiores emoções de
minha vida.
Na relação que estabelecem com o termo que caracteri- Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de
zam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas minha vida.
maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especifi-
cam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. No primeiro período, “naquele momento” é um adjun-
Nestas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas to adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “sen-
subordinadas adjetivas restritivas. Existem também orações ti”. No segundo período, este papel é exercido pela oração
que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o ante-
“Quando vi o mar”, que é, portanto, uma oração subordi-
cedente, que já se encontra suficientemente definido. Estas
nada adverbial temporal. Esta oração é desenvolvida, pois
orações denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.
Exemplo 1: é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando)
Jamais teria chegado aqui, não fosse um homem que e apresenta uma forma verbal do modo indicativo (“vi”, do
passava naquele momento. pretérito perfeito do indicativo). Seria possível reduzi-la,
Oração obtendo-se:
Subordinada Adjetiva Restritiva Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de minha
vida.
No período acima, observe que a oração em destaque
restringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: tra- A oração em destaque é reduzida, apresentando uma
ta-se de um homem específico, único. A oração limita o uni- das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é
verso de homens, isto é, não se refere a todos os homens, introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma
mas sim àquele que estava passando naquele momento. preposição (“a”, combinada com o artigo “o”).
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LÍNGUA PORTUGUESA
Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou con- g) Final = indica a intenção, a finalidade daquilo que
cretizando-os. se declara na oração principal. Principal conjunção subordi-
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzi- nativa final: a fim de. Outras conjunções finais: que, porque
da de Infinitivo) (= para que) e a locução conjuntiva para que.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigas.
c) Condicional = Condição é aquilo que se impõe Estudarei muito para que eu me saia bem na prova.
como necessário para a realização ou não de um fato. As
orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o h) Proporcional = exprime ideia de proporção, ou
que deve ou não ocorrer para que se realize - ou deixe de seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal.
se realizar - o fato expresso na oração principal. Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: à
Principal conjunção subordinativa condicional: se. Ou- proporção que. Outras locuções conjuntivas proporcio-
tras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde que, nais: à medida que, ao passo que. Há ainda as estruturas:
salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, quanto maior...(maior), quanto maior...(menor), quanto me-
uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). nor...(maior), quanto menor...(menor), quanto mais...(mais),
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, quanto mais...(menos), quanto menos...(mais), quanto me-
certamente o melhor time será campeão. nos...(menos).
Caso você saia, convide-me. À proporção que estudávamos mais questões acertáva-
mos.
d) Concessiva = indica concessão às ações do verbo À medida que lia mais culto ficava.
da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou
um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente i) Temporal = acrescenta uma ideia de tempo ao fato
ligada ao contraste, à quebra de expectativa. Principal con- expresso na oração principal, podendo exprimir noções de
junção subordinativa concessiva: embora. Utiliza-se tam- simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Principal
bém a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda conjunção subordinativa temporal: quando. Outras con-
quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que. junções subordinativas temporais: enquanto, mal e locu-
Só irei se ele for. ções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que,
A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu”
antes que, depois que, sempre que, desde que, etc.
ir só se realizará caso essa condição seja satisfeita.
Assim que Paulo chegou, a reunião acabou.
Compare agora com:
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi-
Irei mesmo que ele não vá.
nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão:
Fontes de pesquisa:
irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/fra-
oração destacada é, portanto, subordinada adverbial con-
se-periodo-e-oracao
cessiva.
Observe outros exemplos: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
Embora fizesse calor, levei agasalho. coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / em-
bora não estudasse). (reduzida de infinitivo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela con- * A letra “a” que acompanha locuções femininas (ad-
tratada recentemente. verbiais, prepositivas e conjuntivas) recebe o acento grave:
Após a junção da preposição com o artigo (destacados - locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às pres-
entre parênteses), temos: sas, à vontade...
Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contratada - locuções prepositivas: à frente, à espera de, à procura
recentemente. de...
- locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que.
O verbo referir, de acordo com sua transitividade, clas-
sifica-se como transitivo indireto, pois sempre nos referi- * Cuidado: quando as expressões acima não exerce-
mos a alguém ou a algo. Houve a fusão da preposição a + o rem a função de locuções não ocorrerá crase. Repare:
artigo feminino (à) e com o artigo feminino a + o pronome Eu adoro a noite!
demonstrativo aquela (àquela). Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer
objeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não
Observação importante: Alguns recursos servem de preposição.
ajuda para que possamos confirmar a ocorrência ou não da
crase. Eis alguns: Casos passíveis de nota:
a) Substitui-se a palavra feminina por uma masculina
equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a crase *a crase é facultativa diante de nomes próprios femini-
está confirmada. nos: Entreguei o caderno a (à) Eliza.
Os dados foram solicitados à diretora.
Os dados foram solicitados ao diretor. *também é facultativa diante de pronomes possessivos
femininos: O diretor fez referência a (à) sua empresa.
b) No caso de nomes próprios geográficos, substitui-se
o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na expres- *facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja ficará
são “voltar da”, há a confirmação da crase. aberta até as (às) dezoito horas.
Faremos uma visita à Bahia.
Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada) * Constata-se o uso da crase se as locuções preposi-
tivas à moda de, à maneira de apresentarem-se implícitas,
Não me esqueço da viagem a Roma.
mesmo diante de nomes masculinos: Tenho compulsão por
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos ja-
comprar sapatos à Luis XV. (à moda de Luís XV)
mais vividos.
* Não se efetiva o uso da crase diante da locução ad-
Atenção: Nas situações em que o nome geográfico se
verbial “a distância”: Na praia de Copacabana, observamos
apresentar modificado por um adjunto adnominal, a crase
a queima de fogos a distância.
está confirmada.
Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas
praias. Entretanto, se o termo vier determinado, teremos uma
locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedestre foi
** Dica: Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou arremessado à distância de cem metros.
A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo: Vou a Campinas. =
Volto de Campinas. (crase pra quê?) - De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade -,
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!) faz-se necessário o emprego da crase.
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especifica- Ensino à distância.
do, ocorrerá crase. Veja: Ensino a distância.
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo
que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” * Em locuções adverbiais formadas por palavras repeti-
Irei à Salvador de Jorge Amado. das, não há ocorrência da crase.
Ela ficou frente a frente com o agressor.
* A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s), Eu o seguirei passo a passo.
aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o termo re-
gente exigir complemento regido da preposição “a”. Casos em que não se admite o emprego da crase:
Entregamos a encomenda àquela menina.
(preposição + pronome demonstrativo) * Antes de vocábulos masculinos.
As produções escritas a lápis não serão corrigidas.
Iremos àquela reunião. Esta caneta pertence a Pedro.
(preposição + pronome demonstrativo)
* Antes de verbos no infinitivo.
Sua história é semelhante às que eu ouvia quando crian- Ele estava a cantar.
ça. (àquelas que eu ouvia quando criança) Começou a chover.
(preposição + pronome demonstrativo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
73
LÍNGUA PORTUGUESA
3-) (SABESP/SP – ADVOGADO – FCC/2014) 2) Orações iniciadas por palavras interrogativas: Quem
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram lhe disse isso?
uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade
de Tikal, na Guatemala. 3) Orações iniciadas por palavras exclamativas: Quanto
O a empregado na frase acima, imediatamente depois se ofendem!
de chegar, deverá receber o sinal indicativo de crase caso o
segmento grifado seja substituído por: 4) Orações que exprimem desejo (orações optativas):
(A) Uma tal ilação. Que Deus o ajude.
(B) Afirmações como essa.
(C) Comprovação dessa assertiva. 5) A próclise é obrigatória quando se utiliza o pronome
(D) Emitir uma opinião desse tipo. reto ou sujeito expresso:
(E) Semelhante resultado. Eu lhe entregarei o material amanhã.
Tu sabes cantar?
3-)
(A) Uma tal ilação – chegar a uma (não há acento grave Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do
antes de artigo) verbo. A mesóclise é usada:
(B) Afirmações como essa – chegar a afirmações (antes
de palavra no plural e o “a” no singular) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu-
(C) Comprovação dessa assertiva – chegar à compro- turo do pretérito, contanto que esses verbos não estejam
vação precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos:
(D) Emitir uma opinião desse tipo – chegar a emitir Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento
(verbo no infinitivo) em prol da paz no mundo.
(E) Semelhante resultado – chegar a semelhante (pala- Repare que o pronome está “no meio” do verbo “rea-
vra masculina) lizará”:
RESPOSTA: “C”. realizar – SE – á. Se houvesse na oração alguma palavra
que justificasse o uso da próclise, esta prevaleceria. Veja:
Não se realizará...
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia
nessa viagem.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL (com presença de palavra que justifique o uso de pró-
clise: Não fossem os meus compromissos, EU te acompanha-
ria nessa viagem).
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos
Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo. A
pronomes oblíquos átonos na frase. ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem
possíveis:
* Dica: Pronome Oblíquo é aquele que exerce a função
de complemento verbal (objeto). Por isso, memorize: 1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
OBlíquo = OBjeto! Quando eu avisar, silenciem-se todos.
Embora na linguagem falada a colocação dos prono- 2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal: Não
mes não seja rigorosamente seguida, algumas normas de- era minha intenção machucá-la.
vem ser observadas na linguagem escrita.
3) Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não se
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo. A inicia período com pronome oblíquo).
próclise é usada: Vou-me embora agora mesmo.
Levanto-me às 6h.
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que
atraem o pronome para antes do verbo. São elas: 4) Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, no concurso, mudo-me hoje mesmo!
jamais, etc.: Não se desespere!
b) Advérbios: Agora se negam a depor. 5-) Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a pro-
c) Conjunções subordinativas: Espero que me expliquem posta fazendo-se de desentendida.
tudo!
d) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se es- Colocação pronominal nas locuções verbais
forçou. - após verbo no particípio = pronome depois do verbo
e) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportuni- auxiliar (e não depois do particípio):
dade. Tenho me deliciado com a leitura!
Eu tenho me deliciado com a leitura!
f) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito. Eu me tenho deliciado com a leitura!
74
LÍNGUA PORTUGUESA
- não convém usar hífen nos tempos compostos e nas 1-) Primeiramente identifiquemos se temos objeto di-
locuções verbais: reto ou indireto. Reconhece o quê? Resposta: a informali-
Vamos nos unir! dade. Pergunta e resposta sem preposição, então: objeto
Iremos nos manifestar. direto. Não utilizaremos “lhe” – que é para objeto indireto.
Como temos a presença do “que” – independente de sua
- quando há um fator para próclise nos tempos com- função no período (pronome relativo, no caso!) – a regra
postos ou locuções verbais: opção pelo uso do pronome pede próclise (pronome oblíquo antes do verbo): que a re-
oblíquo “solto” entre os verbos = Não vamos nos preocupar conhecem.
(e não: “não nos vamos preocupar”). RESPOSTA: “A”.
75
LÍNGUA PORTUGUESA
b) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e di- Exemplos de variação no significado das palavras:
ferentes na escrita:
acender (atear) e ascender (subir); Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido li-
concertar (harmonizar) e consertar (reparar); teral)
cela (compartimento) e sela (arreio); Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido
censo (recenseamento) e senso ( juízo); figurado)
paço (palácio) e passo (andar). Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado)
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são feli- Observação: toda metáfora é uma espécie de compa-
zes ou são felizes porque têm uma alimentação equilibrada. ração implícita, em que o elemento comparativo não apa-
rece.
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela Seus olhos são como luzes brilhantes.
pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpre- O exemplo acima mostra uma comparação evidente,
tação. Para fazer a interpretação correta é muito importan- através do emprego da palavra como.
te saber qual o contexto em que a frase é proferida. Observe agora: Seus olhos são luzes brilhantes.
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção Neste exemplo não há mais uma comparação (note a
do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, co- ausência da partícula comparativa), e sim símile, ou seja,
micidade. Repare na figura abaixo: qualidade do que é semelhante.
Por fim, no exemplo: As luzes brilhantes olhavam-me.
Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Esta
é a verdadeira metáfora.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, Paradoxo ou oximoro
cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por
falta de um termo específico para designar um conceito, É a associação de ideias, além de contrastantes, contra-
toma-se outro “emprestado”. Assim, passamos a empregar ditórias. Seria a antítese ao extremo.
algumas palavras fora de seu sentido original. Exemplos: Era dor, sim, mas uma dor deliciosa.
“asa da xícara”, “batata da perna”, “maçã do rosto”, “pé da Ouvimos as vozes do silêncio.
mesa”, “braço da cadeira”, “coroa do abacaxi”.
Eufemismo
Perífrase ou Antonomásia
É o emprego de uma expressão mais suave, mais nobre
ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera,
Trata-se de uma expressão que designa um ser através
desagradável ou chocante.
de alguma de suas características ou atributos, ou de um
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor.
fato que o celebrizou. É a substituição de um nome por
(= morreu)
outro ou por uma expressão que facilmente o identifique: O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)
A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)
atraindo visitantes do mundo todo. Faltar à verdade. (= mentir)
A Cidade-Luz (=Paris)
O rei das selvas (=o leão) Ironia
Observação: quando a perífrase indica uma pessoa, É sugerir, pela entoação e contexto, o contrário do que
recebe o nome de antonomásia. Exemplos: as palavras ou frases expressam, geralmente apresentando
O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida pratican- intenção sarcástica. A ironia deve ser muito bem construí-
do o bem. da para que cumpra a sua finalidade; mal construída, pode
O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito jo- passar uma ideia exatamente oposta à desejada pelo emis-
vem. sor.
O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções. Como você foi bem na prova! Não tirou nem a nota mí-
nima.
Sinestesia Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que
estão por perto.
Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sen- O governador foi sutil como um elefante.
sações percebidas por diferentes órgãos do sentido. É o
cruzamento de sensações distintas. Hipérbole
Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = au-
ditivo; áspero = tátil) É a expressão intencionalmente exagerada com o intui-
No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os aconte- to de realçar uma ideia.
cimentos. (silêncio = auditivo; escuro = visual) Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
Tosse gorda. (sensação auditiva X sensação tátil) “Rios te correrão dos olhos, se chorares.” (Olavo Bilac)
O concurseiro quase morre de tanto estudar!
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LÍNGUA PORTUGUESA
É a atribuição de ações ou qualidades de seres anima- Consiste na omissão de um ou mais termos numa ora-
dos a seres inanimados, ou características humanas a seres ção e que podem ser facilmente identificados, tanto por
não humanos. Observe os exemplos: elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto
As pedras andam vagarosamente. pelo contexto.
O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um A catedral da Sé. (a igreja catedral)
cego que guia. Domingo irei ao estádio. (no domingo eu irei ao está-
A floresta gesticulava nervosamente diante da serra. dio)
Chora, violão.
Zeugma
Apóstrofe
Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita
Consiste na “invocação” de alguém ou de alguma coisa a omissão de um termo já mencionado anteriormente.
personificada, de acordo com o objetivo do discurso, que Ele gosta de geografia; eu, de português. (eu gosto de
pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo português)
chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginá- Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só mo-
rio ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de dernos. (só havia móveis)
pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade Ela gosta de natação; eu, de vôlei. (gosto de)
a que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidên-
cia com tal invocação. Realiza-se por meio do vocativo. Silepse
Exemplos:
Moça, que fazes aí parada? A silepse é a concordância que se faz com o termo que
“Pai Nosso, que estais no céu” não está expresso no texto, mas, sim, subentendido. É uma
Deus, ó Deus! Onde estás? concordância anormal, psicológica, porque se faz com um
termo oculto, facilmente identificado. Há três tipos de si-
Gradação lepse: de gênero, número e pessoa.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Silepse de Pessoa - Três são as pessoas gramaticais: Observação: o pleonasmo só tem razão de ser quan-
eu, tu e ele (as três pessoas do singular); nós, vós, eles (as do confere mais vigor à frase; caso contrário, torna-se um
três do plural). A silepse de pessoa ocorre quando há um pleonasmo vicioso:
desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não con- Vi aquela cena com meus próprios olhos.
corda com o sujeito da oração, mas sim com a pessoa que Vamos subir para cima.
está inscrita no sujeito. Exemplos: Ele desceu pra baixo.
O que não compreendo é como os brasileiros persista-
mos em aceitar essa situação. Anáfora
Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.
“Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins É a repetição de uma ou mais palavras no início de vá-
públicos.” (Machado de Assis) rias frases, criando, assim, um efeito de reforço e de coe-
rência. Pela repetição, a palavra ou expressão em causa é
Observe que os verbos persistamos, temos e somos não posta em destaque, permitindo ao escritor valorizar de-
concordam gramaticalmente com os seus sujeitos (brasilei- terminado elemento textual. Os termos anafóricos podem
ros, agricultores e cariocas, que estão na terceira pessoa), muitas vezes ser substituídos por pronomes.
mas com a ideia que neles está contida (nós, os brasileiros, Encontrei um amigo ontem. Ele me disse que te conhe-
os agricultores e os cariocas). cia.
“Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo digere, tudo aca-
Polissíndeto / Assíndeto ba.” (Padre Vieira)
Para estudarmos as duas figuras de construção é ne- Anacoluto
cessário recordar um conceito estudado em sintaxe sobre
período composto. No período composto por coordena- Consiste na mudança da construção sintática no meio
ção, podemos ter orações sindéticas ou assindéticas. A da frase, ficando alguns termos desligados do resto do pe-
oração coordenada ligada por uma conjunção (conectivo)
ríodo. É a quebra da estrutura normal da frase para a intro-
é sindética; a oração que não apresenta conectivo é assin-
dução de uma palavra ou expressão sem nenhuma ligação
dética. Recordado esse conceito, podemos definir as duas
sintática com as demais.
figuras de construção:
Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
Morrer, todo haveremos de morrer.
1) Polissíndeto - É uma figura caracterizada pela repe-
Aquele garoto, você não disse que ele chegaria logo?
tição enfática dos conectivos. Observe o exemplo: O meni-
no resmunga, e chora, e grita, e ninguém faz nada.
A expressão “esses alunos da escola”, por exemplo,
2) Assíndeto - É uma figura caracterizada pela ausên- deveria exercer a função de sujeito. No entanto, há uma
cia, pela omissão das conjunções coordenativas, resultando interrupção da frase e esta expressão fica à parte, não exer-
no uso de orações coordenadas assindéticas. Exemplos: cendo nenhuma função sintática. O anacoluto também é
Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família. chamado de “frase quebrada”, pois corresponde a uma in-
“Vim, vi, venci.” (Júlio César) terrupção na sequência lógica do pensamento.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Figuras de Som
Aliteração - Consiste na repetição de consoantes como recurso para intensificação do ritmo ou como efeito sonoro
significativo.
Três pratos de trigo para três tigres tristes.
Vozes veladas, veludosas vozes... (Cruz e Sousa)
Quem com ferro fere com ferro será ferido.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil8.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
Questões
1-) (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECO-
NOMIA – FGV/2014 - adaptada) Ao dizer que os shoppings são “cidades”, o autor do texto faz uso de um tipo de linguagem
figurada denominada
(A) metonímia.
(B) eufemismo.
(C) hipérbole.
(D) metáfora.
(E) catacrese.
1-) A metáfora consiste em retirar uma palavra de seu contexto convencional (denotativo) e transportá-la para um novo
campo de significação (conotativa), por meio de uma comparação implícita, de uma similaridade existente entre as duas.
(Fonte:http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/metafora-figura-de-palavra-variacoes-e-exemplos.htm)
RESPOSTA: “D”.
A) metonímia
B) prosopopeia
C) hipérbole
D) eufemismo
E) onomatopeia
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LÍNGUA PORTUGUESA
2-) “Eufemismo = é o emprego de uma expressão mais Normalmente, numa prova, o candidato deve:
suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar al-
guma coisa áspera, desagradável ou chocante”. No caso da 1- Identificar os elementos fundamentais de uma ar-
tirinha, é utilizada a expressão “deram suas vidas por nós” gumentação, de um processo, de uma época (neste caso,
no lugar de “que morreram por nós”. procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o
RESPOSTA: “D”. tempo).
2- Comparar as relações de semelhança ou de diferen-
3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ ças entre as situações do texto.
UFAL/2014) 3- Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com
Está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto. uma realidade.
O dito popular é, na maioria das vezes, uma figura de 4- Resumir as ideias centrais e/ou secundárias.
linguagem. Entre as 14h30min e às 15h desta terça-feira, 5- Parafrasear = reescrever o texto com outras pala-
horário do dia em que o calor é mais intenso, a tempera- vras.
tura do asfalto, medida com um termômetro de contato,
chegou a 65ºC. Para fritar um ovo, seria preciso que o local Condições básicas para interpretar
alcançasse aproximadamente 90ºC.
Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br. Acesso Fazem-se necessários:
em: 22 jan. 2014. - Conhecimento histórico-literário (escolas e gêneros
literários, estrutura do texto), leitura e prática;
O texto cita que o dito popular “está tão quente que - Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do
dá para fritar um ovo no asfalto” expressa uma figura de texto) e semântico;
linguagem. O autor do texto refere-se a qual figura de lin-
guagem? Observação – na semântica (significado das palavras)
A) Eufemismo. incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conota-
B) Hipérbole. ção, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
C) Paradoxo. gem, entre outros.
D) Metonímia.
E) Hipérbato. - Capacidade de observação e de síntese;
- Capacidade de raciocínio.
3-) A expressão é um exagero! Ela serve apenas para
representar o calor excessivo que está fazendo. A figura
Interpretar / Compreender
que é utilizada “mil vezes” (!) para atingir tal objetivo é a
hipérbole.
Interpretar significa:
RESPOSTA: “B”.
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Compreender significa
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- - entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de - o texto diz que...
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar - é sugerido pelo autor que...
e decodificar). - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. ção...
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com - o narrador afirma...
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interli- Erros de interpretação
gação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre
as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu - Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do
contexto original e analisada separadamente, poderá ter contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
um significado diferente daquele inicial. quer por conhecimento prévio do tema quer pela imagi-
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe- nação.
rências diretas ou indiretas a outros autores através de cita- - Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se aten-
ções. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. ção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é um
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o en-
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir tendimento do tema desenvolvido.
daí, localizam-se as ideias secundárias - ou fundamenta- - Contradição = às vezes o texto apresenta ideias con-
ções -, as argumentações - ou explicações -, que levam ao trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
esclarecimento das questões apresentadas na prova. cadas e, consequentemente, errar a questão.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Observação - Muitos pensam que existem a ótica do - Observe as relações interparágrafos. Um parágrafo
escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa geralmente mantém com outro uma relação de continua-
prova de concurso, o que deve ser levado em consideração ção, conclusão ou falsa oposição. Identifique muito bem
é o que o autor diz e nada mais. essas relações.
- Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja,
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que a ideia mais importante.
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. - Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou
Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora da
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono- resposta – o que vale não somente para Interpretação de
me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se Texto, mas para todas as demais questões!
vai dizer e o que já foi dito. - Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia princi-
pal, leia com atenção a introdução e/ou a conclusão.
Observação – São muitos os erros de coesão no dia - Olhe com especial atenção os pronomes relativos,
a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., cha-
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do mados vocábulos relatores, porque remetem a outros vo-
verbo; aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer cábulos do texto.
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante- Fontes de pesquisa:
cedente. http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu-
Os pronomes relativos são muito importantes na in- gues/como-interpretar-textos
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-me-
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que lhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-pa-
a saber: ra-voce-interpretar-melhor-um.html
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden- http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques-
te, mas depende das condições da frase. tao-117-portugues.htm
- qual (neutro) idem ao anterior.
- quem (pessoa) Questões
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
o objeto possuído. 1-) (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚ-
- como (modo) BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔ-
- onde (lugar) NICA – IADES/2014)
- quando (tempo)
- quanto (montante) Gratuidades
Exemplo: Crianças com até cinco anos de idade e adultos com
Falou tudo QUANTO queria (correto) mais de 65 anos de idade têm acesso livre ao Metrô-DF.
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria Para os menores, é exigida a certidão de nascimento e, para
aparecer o demonstrativo O). os idosos, a carteira de identidade. Basta apresentar um
documento de identificação aos funcionários posicionados
Dicas para melhorar a interpretação de textos no bloqueio de acesso.
Disponível em: <http://www.metro.df.gov.br/estacoes/
- Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do gratuidades.html> Acesso em: 3/3/2014, com adaptações.
assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos candidatos
na disputa, portanto, quanto mais informação você absorver Conforme a mensagem do primeiro período do texto,
com a leitura, mais chances terá de resolver as questões. assinale a alternativa correta.
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa (A) Apenas as crianças com até cinco anos de idade
a leitura. e os adultos com 65 anos em diante têm acesso livre ao
- Leia, leia bem, leia profundamente, ou seja, leia o tex- Metrô-DF.
to, pelo menos, duas vezes – ou quantas forem necessárias. (B) Apenas as crianças de cinco anos de idade e os
- Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma adultos com mais de 65 anos têm acesso livre ao Metrô-DF.
conclusão). (C) Somente crianças com, no máximo, cinco anos de
- Volte ao texto quantas vezes precisar. idade e adultos com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre
- Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as ao Metrô-DF.
do autor. (D) Somente crianças e adultos, respectivamente, com
- Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor cinco anos de idade e com 66 anos em diante, têm acesso
compreensão. livre ao Metrô-DF.
- Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de (E) Apenas crianças e adultos, respectivamente, com
cada questão. até cinco anos de idade e com 65 anos em diante, têm
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. acesso livre ao Metrô-DF.
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LÍNGUA PORTUGUESA
1-) Dentre as alternativas apresentadas, a única que 3-) Recorramos ao texto: “Localizada às margens do
condiz com as informações expostas no texto é “Somente Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao
crianças com, no máximo, cinco anos de idade e adultos lado do Museu de Arte de Brasília – MAB), está a Concha
com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre ao Metrô-DF”. Acústica do DF. Projetada por Oscar Niemeyer”. As infor-
RESPOSTA: “C”. mações contidas nas demais alternativas são incoerentes
com o texto.
2-) (SUSAM/AM – TÉCNICO (DIREITO) – FGV/2014 - RESPOSTA: “A”.
adaptada) “Se alguém que é gay procura Deus e tem boa
vontade, quem sou eu para julgá‐lo?” a declaração do
Papa Francisco, pronunciada durante uma entrevista à im-
prensa no final de sua visita ao Brasil, ecoou como um TIPOLOGIA TEXTUAL
trovão mundo afora. Nela existe mais forma que substância
– mas a forma conta”. (...)
(Axé Silva, O Mundo, setembro 2013)
A todo o momento nos deparamos com vários textos,
O texto nos diz que a declaração do Papa ecoou como sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença
um trovão mundo afora. Essa comparação traz em si mes- do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo
ma dois sentidos, que são que está sendo transmitido entre os interlocutores. Estes
(A) o barulho e a propagação. interlocutores são as peças principais em um diálogo ou
(B) a propagação e o perigo. em um texto escrito.
(C) o perigo e o poder. É de fundamental importância sabermos classificar os
(D) o poder e a energia. textos com os quais travamos convivência no nosso dia a
(E) a energia e o barulho. dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais
e gêneros textuais.
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um
2-) Ao comparar a declaração do Papa Francisco a um
fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opi-
trovão, provavelmente a intenção do autor foi a de mostrar
nião sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar
o “barulho” que ela causou e sua propagação mundo afora.
que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre alguém
Você pode responder à questão por eliminação: a segun-
que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nessas
da opção das alternativas relaciona-se a “mundo afora”, ou
situações corriqueiras que classificamos os nossos textos
seja, que se propaga, espalha. Assim, sobraria apenas a al- naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dis-
ternativa A! sertação.
RESPOSTA: “A”.
As tipologias textuais caracterizam-se pelos aspec-
3-) (SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚ- tos de ordem linguística
BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM CONTABI-
LIDADE – IADES/2014 - adaptada) Os tipos textuais designam uma sequência definida
Concha Acústica pela natureza linguística de sua composição. São observa-
Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de dos aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações
Clubes Esportivos Norte (ao lado do Museu de Arte de lógicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, argu-
Brasília – MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada mentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo.
por Oscar Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969
e doada pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília (hoje - Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação
Secretaria de Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre. demarcados no tempo do universo narrado, como também
Foi o primeiro grande palco da cidade. de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre
Disponível em: <http://www.cultura.df.gov.br/nossa- outros: Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. De-
cultura/concha- acustica.html>. Acesso em: 21/3/2014, pois de muita conversa, resolveram...
com adaptações.
- Textos descritivos – como o próprio nome indica,
Assinale a alternativa que apresenta uma mensagem descrevem características tanto físicas quanto psicológicas
compatível com o texto. acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos
(A) A Concha Acústica do DF, que foi projetada por Os- verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito
car Niemeyer, está localizada às margens do Lago Paranoá, imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a asa da
no Setor de Clubes Esportivos Norte. graúna...”
(B) Oscar Niemeyer projetou a Concha Acústica do DF
em 1969. - Textos expositivos – Têm por finalidade explicar um
(C) Oscar Niemeyer doou a Concha Acústica ao que assunto ou uma determinada situação que se almeje de-
hoje é a Secretaria de Cultura do DF. senvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela aconte-
(D) A Terracap transformou-se na Secretaria de Cultura cer, como em: O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02
do DF. de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob pena
(E) A Concha Acústica foi o primeiro palco de Brasília. de perder o benefício.
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c) Outras frases são construídas com verbos intransiti- Neste caso, há uma oração adjetiva intercalada.
vos, que não têm complemento: As orações adjetivas explicativas desempenham fre-
O menino morreu na Alemanha. (sujeito + verbo + ad- quentemente um papel semelhante ao do aposto explicati-
junto adverbial) vo, por isto são também isoladas por vírgula.
A globalização nasceu no século XX. (idem)
d) Há ainda frases nominais que não possuem verbos: A globalização causa, caro leitor, desemprego no Brasil…
cada macaco no seu galho. Nestes tipos de frase, a ordem Neste outro caso, há um vocativo entre o verbo e o seu
direta faz-se naturalmente. Usam-se apenas os termos complemento.
existentes nelas.
A globalização causa desemprego, e isto é lamentável,
Levando em consideração a ordem direta, podemos no Brasil…
estabelecer três regras básicas para o uso da vírgula: Aqui, há uma oração intercalada (note que ela não per-
1)Se os termos estão colocados na ordem direta não tence ao assunto: globalização, da frase principal, tal ora-
haverá a necessidade de vírgulas. A frase (2) é um exemplo ção é apenas um comentário à parte entre o complemento
disto: verbal e os adjuntos).
A globalização está causando desemprego no Brasil e na
América Latina. Observação: a simples negação em uma frase não exi-
ge vírgula: A globalização não causou desemprego no Brasil
Todavia, ao repetir qualquer um dos termos da oração e na América Latina.
por três vezes ou mais, então é necessário usar a vírgula,
mesmo que estejamos usando a ordem direta. Esta é a re- 3)Quando “quebramos” a ordem direta, invertendo-a,
gra básica nº1 para a colocação da vírgula. Veja: tal quebra torna a vírgula necessária. Esta é a regra nº3 da
A globalização, a tecnologia e a “ciranda financeira” colocação da vírgula.
causam desemprego…
(três núcleos do sujeito) No Brasil e na América Latina, a globalização está cau-
sando desemprego…
A globalização causa desemprego no Brasil, na América No fim do século XX, a globalização causou desemprego
Latina e na África. no Brasil…
(três adjuntos adverbiais)
Nota-se que a quebra da ordem direta frequentemente
A globalização está causando desemprego, insatisfação se dá com a colocação das circunstâncias antes do sujeito.
e sucateamento industrial no Brasil e na América Latina. Trata-se da ordem inversa. Estas circunstâncias, em gramá-
(três complementos verbais) tica, são representadas pelos adjuntos adverbiais. Muitas
vezes, elas são colocadas em orações chamadas adverbiais
2)Em princípio, não devemos, na ordem direta, sepa- que têm uma função semelhante a dos adjuntos adverbiais,
rar com vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu isto é, denotam tempo, lugar, etc. Exemplos:
complemento, nem o complemento e as circunstâncias, ou
seja, não devemos separar com vírgula os termos da ora- Quando o século XX estava terminando, a globalização
ção. Veja exemplos de tal incorreção: começou a causar desemprego.
Enquanto os países portadores de alta tecnologia de-
O Brasil, será feliz. A globalização causa, o desemprego. senvolvem-se, a globalização causa desemprego nos países
pobres.
Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre Durante o século XX, a Globalização causou desempre-
os termos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas, go no Brasil.
assim o sentido da ideia principal não se perderá. Esta é
a regra básica nº 2 para a colocação da vírgula. Dito em Observação: quanto à equivalência e transformação de
outras palavras: quando intercalamos expressões e frases estruturas, um exemplo muito comum cobrado em provas
entre os termos da oração, devemos isolar os mesmos com é o enunciado trazer uma frase no singular e pedir a passa-
vírgulas. Vejamos: gem para o plural, mantendo o sentido. Outro exemplo é a
A globalização, fenômeno econômico deste fim de sécu- mudança de tempos verbais.
lo XX, causa desemprego no Brasil.
Fonte de pesquisa:
Aqui um aposto à globalização foi intercalado entre o http://ricardovigna.wordpress.com/2009/02/02/estu-
sujeito e o verbo. dos-de-linguagem-1-estrutura-frasal-e-pontuacao/
Outros exemplos:
A globalização, que é um fenômeno econômico e cultu-
ral, está causando desemprego no Brasil e na América Lati-
na.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Questões
ESTRUTURA TEXTUAL
1-) (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014
- adaptada)
Reunir-se para ouvir alguém ler tornou-se uma prática
necessária e comum no mundo laico da Idade Média. Até Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a ca-
a invenção da imprensa, a alfabetização era rara e os livros, pacidade que temos de pensar. Por meio do pensamento,
propriedade dos ricos, privilégio de um pequeno punhado elaboramos todas as informações que recebemos e orien-
de leitores. tamos as ações que interferem na realidade e organização
Embora alguns desses senhores afortunados ocasional- de nossos escritos. O que lemos é produto de um pensa-
mente emprestassem seus livros, eles o faziam para um nú- mento transformado em texto.
mero limitado de pessoas da própria classe ou família. Logo, como cada um de nós tem seu modo de pen-
(Adaptado de: MANGUEL, Alberto, op.cit.) sar, quando escrevemos sempre procuramos uma maneira
organizada do leitor compreender as nossas ideias. A fina-
Mantêm-se a correção e as relações de sentido estabe- lidade da escrita é direcionar totalmente o que você quer
lecidas no texto, substituindo-se Embora (2.º parágrafo) por dizer, por meio da comunicação.
(A) Contudo. Para isso, os elementos que compõem o texto se sub-
(B) Desde que. dividem em: introdução, desenvolvimento e conclusão. To-
(C) Porquanto. dos eles devem ser organizados de maneira equilibrada.
(D) Uma vez que.
(E) Conquanto. Introdução
1-) “Embora” é uma conjunção concessiva (apresenta Caracterizada pela entrada no assunto e a argumenta-
uma exceção à regra). A outra conjunção concessiva é “con- ção inicial. A ideia central do texto é apresentada nessa eta-
quanto”. pa. Essa apresentação deve ser direta, sem rodeios. O seu
RESPOSTA: “E”. tamanho raramente excede a 1/5 de todo o texto. Porém,
em textos mais curtos, essa proporção não é equivalente.
2-) (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – Neles, a introdução pode ser o próprio título. Já nos textos
VUNESP/2014 - adaptada) Considere o trecho: “Se o senhor mais longos, em que o assunto é exposto em várias pági-
não se importa, vou levar minha sobrinha ao dentista, mas nas, ela pode ter o tamanho de um capítulo ou de uma par-
posso quebrar o galho e fazer sua corrida”. Esse trecho está te precedida por subtítulo. Nessa situação, pode ter vários
corretamente reescrito e mantém o sentido em: parágrafos. Em redações mais comuns, que em média têm
(A) Uma vez que o senhor não se importe, vou levar mi- de 25 a 80 linhas, a introdução será o primeiro parágrafo.
nha sobrinha ao dentista, assim que possa quebrar o galho
e fazer sua corrida. Desenvolvimento
(B) Já que o senhor não se importa, vou levar minha so-
brinha ao dentista, porque posso quebrar o galho e fazer A maior parte do texto está inserida no desenvol-
sua corrida. vimento, que é responsável por estabelecer uma ligação
(C) À medida que o senhor não se importe, vou levar entre a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são
minha sobrinha ao dentista, logo que possa quebrar o galho elaboradas as ideias, os dados e os argumentos que sus-
e fazer sua corrida. tentam e dão base às explicações e posições do autor. É ca-
(D) Caso o senhor não se importe, vou levar minha so- racterizado por uma “ponte” formada pela organização das
brinha ao dentista, no entanto posso quebrar o galho e fazer ideias em uma sequência que permite formar uma relação
sua corrida. equilibrada entre os dois lados.
(E) Para que o senhor não se importe, vou levar minha O autor do texto revela sua capacidade de discutir um
sobrinha ao dentista, todavia posso quebrar o galho e fazer determinado tema no desenvolvimento, e é através desse
sua corrida. que o autor mostra sua capacidade de defender seus pon-
tos de vista, além de dirigir a atenção do leitor para a con-
2-) “Se o senhor não se importa, vou levar minha so- clusão. As conclusões são fundamentadas a partir daqui.
brinha ao dentista, mas posso quebrar o galho e fazer sua Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o es-
corrida” critor já deve ter uma ideia clara de como será a conclusão.
O primeiro período é introduzido por uma conjunção Daí a importância em planejar o texto.
condicional (“se”); o segundo, conjunção adversativa. As Em média, o desenvolvimento ocupa 3/5 do texto, no
conjunções apresentadas que têm a mesma classificação, mínimo. Já nos textos mais longos, pode estar inserido em
respectivamente, e que, por isso, poderiam substituir ade- capítulos ou trechos destacados por subtítulos. Apresentar-
quadamente as destacadas no enunciado são “caso” e “no se-á no formato de parágrafos medianos e curtos.
entanto”. Acredito que, mesmo que você não saiba a clas- Os principais erros cometidos no desenvolvimento são
sificação das conjunções, conseguiria responder à questão o desvio e a desconexão da argumentação. O primeiro está
apenas utilizando a coerência: as demais alternativas não relacionado ao autor tomar um argumento secundário que
a têm. se distancia da discussão inicial, ou quando se concentra
RESPOSTA: “D”. em apenas um aspecto do tema e esquece o seu todo. O
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Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa - deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de
Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satis- corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas
feito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa de rodapé;
Senhoria deve estar satisfeita”. - para símbolos não existentes na fonte Times New Ro-
No envelope, o endereçamento das comunicações diri- man poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
gidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a se- - é obrigatório constar a partir da segunda página o
guinte forma: número da página;
- os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser
A Sua Excelência o Senhor impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as mar-
Fulano de Tal gens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas
Ministro de Estado da Justiça páginas pares (“margem espelho”);
70.064-900 – Brasília. DF - o campo destinado à margem lateral esquerda terá,
no mínimo, 3,0 cm de largura;
A Sua Excelência o Senhor
- o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de
Senador Fulano de Tal
distância da margem esquerda;
Senado Federal
70.165-900 – Brasília. DF - o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5
cm;
Senhor Ministro, - deve ser utilizado espaçamento simples entre as li-
Submeto a Vossa Excelência projeto (...) nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor
de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha
Fechos para Comunicações em branco;
O fecho das comunicações oficiais possui, além da fina- - não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sub-
lidade de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os linhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bor-
modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram re- das ou qualquer outra forma de formatação que afete a
gulados pela Portaria nº1 do Ministério da Justiça, de 1937, elegância e a sobriedade do documento;
que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los - a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em
e uniformiza-los, este Manual estabelece o emprego de so- papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas
mente dois fechos diferentes para todas as modalidades de para gráficos e ilustrações;
comunicação oficial: - todos os tipos de documentos do Padrão Ofício de-
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente vem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7
da República: Respeitosamente, x 21,0 cm;
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hie- - deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de
rarquia inferior: Atenciosamente, arquivo Rich Text nos documentos de texto;
- dentro do possível, todos os documentos elabora-
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas dos devem ter o arquivo de texto preservado para consulta
a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição pró- posterior ou aproveitamento de trechos para casos análo-
prios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do gos;
Ministério das Relações Exteriores. - para facilitar a localização, os nomes dos arquivos de-
vem ser formados da seguinte maneira:
Identificação do Signatário
tipo do documento + número do documento + pala-
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da
vras-chaves do conteúdo
República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer
Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”
o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local
de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:
Aviso e Ofício
(espaço para assinatura)
Nome Definição e Finalidade
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial
praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que
(espaço para assinatura) o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado,
Nome para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofí-
Ministro de Estado da Justiça cio é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos ór-
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assi- gãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício,
natura em página isolada do expediente. Transfira para essa também com particulares.
página ao menos a última frase anterior ao fecho.
Forma e Estrutura
Forma de diagramação Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o
seguinte forma de apresentação: destinatário, seguido de vírgula.
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A mensagem, como os demais atos assinados pelo Pre- Forma e Estrutura - Um dos atrativos de comunica-
sidente da República, não traz identificação de seu signa- ção por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não
tário. interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto,
deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma
Telegrama comunicação oficial.
O campo “assunto” do formulário de correio eletrôni-
Definição e Finalidade - Com o fito de uniformizar a co mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a
terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos, organização documental tanto do destinatário quanto do
passa a receber o título de telegrama toda comunicação remetente.
oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc. Para os arquivos anexados à mensagem, deve ser utili-
Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos zado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem
cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restringir- que encaminha algum arquivo deve trazer informações mí-
se o uso do telegrama apenas àquelas situações que não seja nimas sobre seu conteúdo.
possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de con-
justifique sua utilização. Em razão de seu custo elevado, esta firmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar
forma de comunicação deve pautar-se pela concisão. na mensagem o pedido de confirmação de recebimento.
Forma e Estrutura - Não há padrão rígido, devendo- Valor documental - Nos termos da legislação em vi-
se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis gor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor
nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet. documental, e para que possa ser aceito como documento
original, é necessário existir certificação digital que ateste
Fax a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.
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O Presidente - regressou - (ontem). Certo: Não vejo mal em o Governo proceder assim.
2. Sujeito - verbo transitivo direto - objeto direto - (ad- Errado: Antes destes requisitos serem cumpridos, (...).
junto adverbial) Certo: Antes de estes requisitos serem cumpridos, (...).
O Chefe da Divisão - assinou - o termo de posse - (na
manhã de terça-feira). Errado: Apesar da Assessoria ter informado em tempo, (...).
Certo: Apesar de a Assessoria ter informado em tempo, (...).
3. Sujeito - verbo transitivo indireto - objeto indireto -
(adjunto adverbial). Frases Fragmentadas
O Brasil - precisa - de gente honesta - (em todos os se- A fragmentação de frases “consiste em pontuar uma
tores). oração subordinada ou uma simples locução como se fosse
uma frase completa”. Decorre da pontuação errada de uma
frase simples. Embora seja usada como recurso estilístico na
4. Sujeito - verbo transitivo direto e indireto - obj. dire-
literatura, a fragmentação de frases deve ser evitada nos
to - obj. indireto - (adj. Adv.)
textos oficiais, pois muitas vezes dificulta a compreensão.
Os desempregados - entregaram - suas reivindicações -
Exemplo:
ao Deputado - (no Congresso). Errado: O programa recebeu a aprovação do Congresso
5. Sujeito - verbo transitivo indireto - complemento ad- Nacional. Depois de ser longamente debatido.
verbial - (adjunto adverbial) Certo: O programa recebeu a aprovação do Congresso
A reunião do Grupo de Trabalho - ocorrerá - em Buenos Nacional, depois de ser longamente debatido.
Aires - (na próxima semana). Certo: Depois de ser longamente debatido, o programa re-
O Presidente - voltou - da Europa - (na sexta-feira) cebeu a aprovação do Congresso Nacional.
6. Sujeito - verbo de ligação - predicativo - (adjunto ad- Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente sub-
verbial) metido ao Presidente da República, que o aprovou. Consultadas
O problema - será - resolvido - prontamente. as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente subme-
Estes seriam os padrões básicos para as orações, ou seja, tido ao Presidente da República, que o aprovou, consultadas as
as frases que possuem apenas um verbo conjugado. Na cons- áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
trução de períodos, as várias funções podem ocorrer em or-
dem inversa à mencionada, misturando-se e confundindo-se. Erros de Paralelismo
Não interessa aqui análise exaustiva de todos os padrões exis- Uma das convenções estabelecidas na linguagem escrita
tentes na língua portuguesa. O que importa é fixar a ordem “consiste em apresentar ideias similares numa forma gramati-
normal dos elementos nesses seis padrões básicos. Acrescen- cal idêntica”, o que se chama de paralelismo. Assim, incorre-se
te-se que períodos mais complexos, compostos por duas ou em erro ao conferir forma não paralela a elementos paralelos.
mais orações, em geral podem ser reduzidos aos padrões bá- Vejamos alguns exemplos:
sicos (de que derivam).
Os problemas mais frequentemente encontrados na Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos Ministérios eco-
construção de frases dizem respeito à má pontuação, à am- nomizar energia e que elaborassem planos de redução de despesas.
biguidade da ideia expressa, à elaboração de falsos paralelis-
Na frase temos, nas duas orações subordinadas que com-
mos, erros de comparação, etc. Decorrem, em geral, do des-
pletam o sentido da principal, duas estruturas diferentes para
conhecimento da ordem das palavras na frase. Indicam-se, a
ideias equivalentes: a primeira oração (economizar energia) é
seguir, alguns desses defeitos mais comuns e recorrentes na
reduzida de infinitivo, enquanto a segunda (que elaborassem
construção de frases, registrados em documentos oficiais. planos de redução de despesas) é uma oração desenvolvida
introduzida pela conjunção integrante que. Há mais de uma
Sujeito possibilidade de escrevê-la com clareza e correção; uma seria
Como dito, o sujeito é o ser de quem se fala ou que exe- a de apresentar as duas orações subordinadas como desen-
cuta a ação enunciada na oração. Ele pode ter complemen- volvidas, introduzidas pela conjunção integrante que:
to, mas não ser complemento. Devem ser evitadas, portanto,
construções como: Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios
que economizassem energia e (que) elaborassem planos para
Errado: É tempo do Congresso votar a emenda. redução de despesas.
Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda.
Outra possibilidade: as duas orações são apresentadas
Errado: Apesar das relações entre os países estarem cor- como reduzidas de infinitivo:
tadas, (...). Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios
Certo: Apesar de as relações entre os países estarem cor- economizar energia e elaborar planos para redução de despesas.
tadas, (...).
Nas duas correções respeita-se a estrutura paralela na
Errado: Não vejo mal no Governo proceder assim. coordenação de orações subordinadas.
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Mais um exemplo de frase inaceitável na língua escrita culta: Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o de
Errado: No discurso de posse, mostrou determinação, não um médico.
ser inseguro, inteligência e ter ambição.
Errado: O alcance do Decreto é diferente da Portaria.
O problema aqui decorre de coordenar palavras (subs- Novamente, a não repetição dos termos comparados
tantivos) com orações (reduzidas de infinitivo). confunde. Alternativas para correção:
Para tornar a frase clara e correta, pode-se optar ou por Certo: O alcance do Decreto é diferente do alcance da Por-
transformá-la em frase simples, substituindo as orações redu- taria.
zidas por substantivos: Certo: O alcance do Decreto é diferente do da Portaria.
Certo: No discurso de posse, mostrou determinação, segu- Errado: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas
rança, inteligência e ambição. do que os Ministérios do Governo.
No exemplo acima, a omissão da palavra “outros” (ou
Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso pa- “demais”) acarretou imprecisão:
ralelismo, que ocorre ao se dar forma paralela (equivalente) Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do
a ideias de hierarquia diferente ou, ainda, ao se apresentar, que os outros Ministérios do Governo.
de forma paralela, estruturas sintáticas distintas: Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do
Errado: O Presidente visitou Paris, Bonn, Roma e o Papa. que os demais Ministérios do Governo.
Ambiguidade
Nesta frase, colocou-se em um mesmo nível cidades (Pa-
ris, Bonn, Roma) e uma pessoa (o Papa). Uma possibilidade Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em
de correção é transformá-la em duas frases simples, com o mais de um sentido. Como a clareza é requisito básico de
cuidado de não repetir o verbo da primeira (visitar): todo texto oficial, deve-se atentar para as construções que
Certo: O Presidente visitou Paris, Bonn e Roma. Nesta últi- possam gerar equívocos de compreensão.
ma capital, encontrou-se com o Papa. A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade de
identificar a qual palavra se refere um pronome que possui
Mencionemos, por fim, o falso paralelismo provocado mais de um antecedente na terceira pessoa. Pode ocorrer
pelo uso inadequado da expressão “e que” num período que com:
não contém nenhum “que” anterior.
Errado: O novo procurador é jurista renomado, e que tem - pronomes pessoais:
sólida formação acadêmica. Ambíguo: O Ministro comunicou a seu secretariado que
ele seria exonerado.
Para corrigir a frase, suprimimos o pronome relativo: Claro: O Ministro comunicou exoneração dele a seu se-
Certo: O novo procurador é jurista renomado e tem sólida cretariado.
formação acadêmica. Ou então, caso o entendimento seja outro:
Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a exo-
Outro exemplo de falso paralelismo com “e que”: neração deste.
Errado: Neste momento, não se devem adotar medidas
precipitadas, e que comprometam o andamento de todo o pro- - pronomes possessivos e pronomes oblíquos:
grama. Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da Repúbli-
Da mesma forma com que corrigimos o exemplo anterior, ca, em seu discurso, e solicitou sua intervenção no seu Esta-
aqui podemos suprimir a conjunção: do, mas isso não o surpreendeu.
Certo: Neste momento, não se devem adotar medidas pre- Observe a multiplicidade de ambiguidade no exemplo
cipitadas, que comprometam o andamento de todo o progra- acima, a qual torna incompreensível o sentido da frase.
ma. Claro: Em seu discurso o Deputado saudou o Presidente
da República. No pronunciamento, solicitou a intervenção
Erros de Comparação
federal em seu Estado, o que não surpreendeu o Presidente
da República.
A omissão de certos termos ao fazermos uma compara-
ção, omissão própria da língua falada, deve ser evitada na lín-
- pronome relativo:
gua escrita, pois compromete a clareza do texto: nem sempre
Ambíguo: Roubaram a mesa do gabinete em que eu
é possível identificar, pelo contexto, qual o termo omitido. A
costumava trabalhar.
ausência indevida de um termo pode impossibilitar o enten-
dimento do sentido que se quer dar a uma frase: Não fica claro se o pronome relativo da segunda ora-
ção faz referência “à mesa” ou “a gabinete”. Esta ambigui-
Errado: O salário de um professor é mais baixo do que um dade se deve ao pronome relativo “que”, sem marca de gê-
médico. nero. A solução é recorrer às formas o qual, a qual, os quais,
A omissão de termos provocou uma comparação indevi- as quais, que marcam gênero e número.
da: “o salário de um professor” com “um médico”. Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu costu-
Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o mava trabalhar.
salário de um médico. Se o entendimento é outro, então:
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LÍNGUA PORTUGUESA
Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu costu- dos pronomes de tratamento apresentados nas alternati-
mava trabalhar. vas, o pronome demonstrativo será “sua”. Descartamos, en-
tão, os itens A, C e E. Agora recorramos ao pronome ade-
Há, ainda, outro tipo de ambiguidade, que decorre da quado a ser utilizado para deputados. Segundo o Manual
dúvida sobre a que se refere a oração reduzida: de Redação Oficial, temos:
Ambíguo: Sendo indisciplinado, o Chefe admoestou o Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
funcionário. b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e
Para evitar o tipo de ambiguidade do exemplo acima, Membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
deve-se deixar claro qual o sujeito da oração reduzida. (...).
Claro: O Chefe admoestou o funcionário por ser este RESPOSTA: “D”.
indisciplinado.
2-) (ANTAQ – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SER-
Ambíguo: Depois de examinar o paciente, uma senhora VIÇOS DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – CESPE/2014)
chamou o médico. Considerando aspectos estruturais e linguísticos das cor-
Claro: Depois que o médico examinou o paciente, foi respondências oficiais, julgue os itens que se seguem, de
chamado por uma senhora. acordo com o Manual de Redação da Presidência da Re-
pública.
O tratamento Digníssimo deve ser empregado para to-
Fontes de pesquisa:
das as autoridades do poder público, uma vez que a dig-
http://www.redacaooficial.com.br/redacao_oficial_pu-
nidade é tida como qualidade inerente aos ocupantes de
blicacoes_ver.php?id=2
cargos públicos.
http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/reda-
( ) CERTO ( ) ERRADO
cao-oficial-para-concursos.html
2-) Vamos ao Manual: O Manual ainda preceitua que a
Questões forma de tratamento “Digníssimo” fica abolida (...) afinal, a
dignidade é condição primordial para que tais cargos públi-
1-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) cos sejam ocupados.
Leia o seguinte fragmento de um ofício, citado do Manual Fonte: http://www.redacaooficial.com.br/redacao_ofi-
de Redação da Presidência da República, no qual expres- cial_publicacoes_ver.php?id=2
sões foram substituídas por lacunas. RESPOSTA: “ERRADO”.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Partícula apassivadora: ligada a verbo que pede ob- Quanto ao nível informal, por sua vez, representa o es-
jeto direto, caracteriza as orações que estão na voz passi- tilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado
va sintética. É também chamada de pronome apassivador. controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que, para
Nesse caso, não exerce função sintática, seu papel é apenas a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira
apassivar o verbo. errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma
um estigma.
Vendem-se casas. Compondo o quadro do padrão informal da lingua-
Aluga-se carro. gem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais
Compram-se joias. representam as variações de acordo com as condições so-
Índice de indeterminação do sujeito: vem ligando a ciais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
um verbo que não é transitivo direto, tornando o sujeito Dentre elas destacam-se:
indeterminado. Não exerce propriamente uma função sin-
tática, seu papel é o de indeterminar o sujeito. Lembre-se Variações históricas: Dado o dinamismo que a lín-
de que, nesse caso, o verbo deverá estar na terceira pessoa gua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do
do singular. tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão
da ortografia, se levarmos em consideração a palavra far-
Trabalha-se de dia. mácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, con-
Precisa-se de vendedores. trapondo-se à linguagem dos internautas, a qual se fun-
damenta pela supressão do vocábulos. Analisemos, pois, o
Pronome reflexivo: quando a palavra se é pronome fragmento exposto:
pessoal, ela deverá estar sempre na mesma pessoa do su-
jeito da oração de que faz parte. Por isso o pronome oblí-
quo se sempre será reflexivo (equivalendo a a si mesmo), Antigamente
podendo assumir as seguintes funções sintáticas:
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e
eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
* objeto direto
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
Ele cortou-se com o facão.
mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arras-
* objeto indireto
tando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.”
Ele se atribui muito valor.
Carlos Drummond de Andrade
* sujeito de um infinitivo
Comparando-o à modernidade, percebemos um voca-
“Sofia deixou-se estar à janela.”
bulário antiquado.
* Texto adaptado por Por Marina Cabral Variações regionais: São os chamados dialetos, que
são as marcas determinantes referentes a diferentes re-
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/classi- giões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que,
ficacao-das-palavras-que-e-se.htm em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como:
macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade es-
tão os sotaques, ligados às características orais da lingua-
gem.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Para telha dizem teia Releva considerar, assim, o momento do discurso, que
Para telhado dizem teiado pode ser íntimo, neutro ou solene. O momento íntimo é o
E vão fazendo telhados. das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre ami-
Oswald de Andrade gos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas
perfeitamente normais construções do tipo:
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/varia- Eu não vi ela hoje.
coes-linguisticas.htm Ninguém deixou ele falar.
Deixe eu ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuse!
Níveis de linguagem Não assisti o filme nem vou assisti-lo.
Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.
A língua é um código de que se serve o homem para
elaborar mensagens, para se comunicar. Existem basica- Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a
mente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas norma culta, deixando mais livres os interlocutores.
funcionais: O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que
1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se
ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou
por base a norma culta, forma linguística utilizada pelo seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se
segmento mais culto e influente de uma sociedade. Cons- alteram:
titui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comu- Eu não a vi hoje.
nicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, Ninguém o deixou falar.
revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem Deixe-me ver isso!
aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colabo- Eu te amo, sim, mas não abuses!
rando na educação; Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.
2) a língua funcional de modalidade popular; língua po-
Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.
pular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais
diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.
Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos
Norma culta:
de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista,
etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgres-
A norma culta, forma linguística que todo povo civiliza-
sões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas,
do possui, é a que assegura a unidade da língua nacional.
quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço
E justamente em nome dessa unidade, tão importante do
à causa do ensino.
ponto de vista político--cultural, que é ensinada nas esco-
las e difundida nas gramáticas. Sendo mais espontânea e O momento solene, acessível a poucos, é o da arte
criativa, a língua popular afigura-se mais expressiva e dinâ- poética, caracterizado por construções de rara beleza.
mica. Temos, assim, à guisa de exemplificação: Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume.
Estou preocupado. (norma culta) Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa
Tô preocupado. (língua popular) de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o co-
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) mete, passando, assim, a constituir fato linguístico registro
de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda
Não basta conhecer apenas uma modalidade de lín- que não tenha amparo gramatical. Exemplos:
gua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a es- Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!)
pontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.)
viver; urge conhecer a língua culta para conviver. Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos
Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das nor- dispersar e Não vamos dispersar-nos.)
mas da língua culta. Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de
sair daqui bem depressa.)
O conceito de erro em língua: O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no
seu posto.)
Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos
casos de ortografia. O que normalmente se comete são As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos im-
transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num pedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos
momento íntimo do discurso, diz: “Ninguém deixou ele fa- também de transgressões ou “erros” que se tornaram fatos
lar”, não comete propriamente erro; na verdade, transgride linguísticos, já que só correm hoje porque a maioria viu
a norma culta. tais verbos como derivados de pedir, que tem início, na sua
Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, conjugação, com peço. Tanto bastou para se arcaizarem as
transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um formas então legítimas impido, despido e desimpido, que
banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa hoje nenhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de
praia, vestido de fraque e cartola. usar.
102
LÍNGUA PORTUGUESA
103
LÍNGUA PORTUGUESA
- Canal de transmissão da mensagem: faz a ligação parte do emissor, nomeadamente com o fato de se tor-
entre o emissor e o receptor e representa o meio através narem impossíveis ou pelo menos difíceis as retificações e
do qual é transmitida a mensagem. Existe uma grande as novas explicações para melhor compreensão após a sua
variedade de canais de transmissão, cada um deles com transmissão. Assim, os principais cuidados a ter para que
vantagens e inconvenientes: destacam-se o ar (no caso do a mensagem seja perfeitamente recebida e compreendida
emissor e receptor estarem frente a frente), o telefone, os pelo(s) receptor(es) são o uso de caligrafia legível e unifor-
meios eletrônicos e informáticos, os memorandos, a rádio, me (se manuscrita), a apresentação cuidada, a pontuação
a televisão, entre outros. e ortografia corretas, a organização lógica das ideias, a ri-
queza vocabular e a correção frásica. O emissor deve ainda
- Receptor da mensagem: representa quem recebe e possuir um perfeito conhecimento dos temas e deve tentar
descodifica a mensagem. Aqui é necessário ter em atenção prever as reações/feedback à sua mensagem.
que a descodificação da mensagem resulta naquilo que Como principais vantagens da comunicação escrita,
efetivamente o emissor pretendia enviar (por exemplo, em podemos destacar o fato de ser duradoura e permitir um
diferentes culturas, um mesmo gesto pode ter significados registro e de permitir uma maior atenção à organização
diferentes). Podem existir apenas um ou numerosos recep- da mensagem sendo, por isso, adequada para a transmitir
tores para a mesma mensagem. políticas, procedimentos, normas e regras. Adequa-se tam-
bém a mensagens longas e que requeiram uma maior aten-
- Ruídos: representam obstruções mais ou menos in- ção e tempo por parte do receptor tais como relatórios e
tensas ao processo de comunicação e podem ocorrer em análises diversas. Como principais desvantagens destacam-
qualquer uma das suas fases. Denominam-se ruídos inter- se a já referida ausência do receptor o que impossibilita o
nos se ocorrem durante as fases de codificação ou desco- feedback imediato, não permite correções ou explicações
dificação e externos se ocorrerem no canal de transmissão. adicionais e obriga ao uso exclusivo da linguagem verbal.
Obviamente estes ruídos variam consoante o tipo de canal
de transmissão utilizado e consoante as características do Comunicação Oral
emissor e do(s) receptor(es), sendo, por isso, um dos crité-
rios utilizados na escolha do canal de transmissão quer do No caso da comunicação oral, a sua principal caracte-
tipo de codificação. rística é a presença do receptor (exclui-se, obviamente, a
comunicação oral que utilize a televisão, a rádio, ou as gra-
- Retro-informação (feedback): representa a resposta vações). Esta característica explica diversas das suas prin-
do(s) receptor(es) ao emissor da mensagem e pode ser cipais vantagens, nomeadamente o fato de permitir o fee-
utilizada como uma medida do resultado da comunicação. dback imediato, permitir a passagem imediata do receptor
Pode ou não ser transmitida pelo mesmo canal de trans- a emissor e vice-versa, permitir a utilização de comunica-
missão. ção não verbal como os gestos a mímica e a entoação, por
exemplo, facilitar as retificações e explicações adicionais,
Embora os tipos de comunicação sejam inúmeros, po- permitir observar as reações do receptor, e ainda a grande
dem ser agrupados em comunicação verbal e comunica- rapidez de transmissão. Contudo, e para que estas vanta-
ção não verbal. Como comunicação não verbal podemos gens sejam aproveitadas é necessário o conhecimento dos
considerar os gestos, os sons, a mímica, a expressão facial, temas, a clareza, a presença e naturalidade, a voz agradável
as imagens, entre outros. É frequentemente utilizada em e a boa dicção, a linguagem adaptada, a segurança e auto-
locais onde o ruído ou a situação impede a comunicação domínio, e ainda a disponibilidade para ouvir.
oral ou escrita como por exemplo as comunicações entre Como principais desvantagens da comunicação oral
“dealers” nas bolsas de valores. É também muito utilizada destacam-se o fato de ser efêmera, não permitindo qual-
como suporte e apoio à comunicação oral. quer registro e, consequentemente, não se adequando a
Quanto à comunicação verbal, que inclui a comunica- mensagens longas e que exijam análise cuidada por parte
ção escrita e a comunicação oral, por ser a mais utilizada na do receptor.
sociedade em geral e nas organizações em particular, por
ser a única que permite a transmissão de ideias complexas Gêneros Escritos e Orais
e por ser um exclusivo da espécie humana, é aquela que
mais atenção tem merecido dos investigadores, caracteri- Gêneros textuais são tipos específicos de textos de
zando-a e estudando quando e como deve ser utilizada. qualquer natureza, literários ou não. Modalidades discur-
sivas constituem as estruturas e as funções sociais (narra-
Comunicação Escrita tivas, discursivas, argumentativas) utilizadas como formas
de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser consi-
A comunicação escrita teve o seu auge, e ainda hoje derados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites,
predomina, nas organizações burocráticas que seguem atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comé-
os princípios da Teoria da Burocracia enunciados por Max dias, contos de fadas, crônicas, editoriais, ensaios, entrevis-
Weber. A principal característica é o fato do receptor estar tas, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, ins-
ausente tornando-a, por isso, num monólogo permanente truções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias.
do emissor. Esta característica obriga a alguns cuidados por São textos que circulam no mundo, que têm uma função
104
LÍNGUA PORTUGUESA
específica, para um público específico e com características Exemplo de gêneros orais e escritos: Texto expositivo,
próprias. Aliás, essas características peculiares de um gêne- exposição oral, seminário, conferência, comunicação oral,
ro discursivo nos permitem abordar aspectos da textualida- palestra, entrevista de especialista, verbete, artigo enciclo-
de, tais como coerência e coesão textuais, impessoalidade, pédico, texto explicativo, tomada de notas, resumo de tex-
técnicas de argumentação e outros aspectos pertinentes tos expositivos e explicativos, resenha, relatório científico,
ao gênero em questão. relatório oral de experiência.
Gênero de texto então, refere-se às diferentes formas
de expressão textual. Nos estudos da Literatura, temos, por Domínios sociais de comunicação: Instruções e prescri-
exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, etc. ções.
Para a linguística, os gêneros textuais englobam estes Aspectos tipológicos: Descrever ações.
e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Capacidade de linguagem dominante: Regulação mú-
Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também iden- tua de comportamentos.
tificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o email, e tan- Exemplo de gêneros orais e escritos: Instruções de mon-
tos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa tagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de
sociedade. uso, comandos diversos, textos prescritivos.
Quanto à forma ou estrutura das sequências linguís-
ticas encontradas em cada texto, podemos classificá-los
dentro dos tipos textuais a partir de suas estruturas e esti-
los composicionais. Funções da Linguagem
Domínios sociais de comunicação: Cultura Literária Fic-
cional. Quando se pergunta a alguém para que serve a lingua-
Aspectos tipológicos: Narrar. gem, a resposta mais comum é que ela serve para comuni-
Capacidade de linguagem dominante: Mimeses de ação car. Isso está correto. No entanto, comunicar não é apenas
através da criação da intriga no domínio do verossímil. transmitir informações. É também exprimir emoções, dar
Exemplo de gêneros orais e escritos: Conto de Fadas, fá- ordens, falar apenas para não haver silêncio. Para que serve
bula, lenda,narrativa de aventura, narrativa de ficção cien- a linguagem?
tífica, narrativa de enigma, narrativa mítica, sketch ou his- - A linguagem serve para informar: Função Referencial.
tória engraçada, biografia romanceada, romance, romance
histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, adivi- “Estados Unidos invadem o Iraque”
nha, piada.
Domínios sociais de comunicação: Documentação e Essa frase, numa manchete de jornal, informa-nos so-
memorização das ações humana. bre um acontecimento do mundo.
Aspectos tipológicos: Relatar. Com a linguagem, armazenamos conhecimentos na
Capacidade de linguagem dominante: Representação memória, transmitimos esses conhecimentos a outras pes-
pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo. soas, ficamos sabendo de experiências bem-sucedidas, so-
Exemplo de gêneros orais e escritos: Relato de expe- mos prevenidos contra as tentativas mal sucedidas de fazer
riência vivida, relato de viagem, diário íntimo, testemunho, alguma coisa. Graças à linguagem, um ser humano recebe
anedota ou caso, autobiografia, curriculum vitae, notícia, de outro conhecimentos, aperfeiçoa-os e transmite-os.
reportagem, crônica social, crônica esportiva, histórico, re- Condillac, um pensador francês, diz: “Quereis aprender
lato histórico, ensaio ou perfil biográfico, biografia. ciências com facilidade? Começai a aprender vossa própria
língua!” Com efeito, a linguagem é a maneira como apren-
Domínios sociais de comunicação: Discussão de proble- demos desde as mais banais informações do dia a dia até
mas sociais controversos. as teorias científicas, as expressões artísticas e os sistemas
Aspectos tipológicos: Argumentar. filosóficos mais avançados.
Capacidade de linguagem dominante: Sustentação, re- A função informativa da linguagem tem importância
futação e negociação de tomadas de posição. central na vida das pessoas, consideradas individualmente
Exemplo de gêneros orais e escritos: Textos de opinião, ou como grupo social. Para cada indivíduo, ela permite co-
diálogo argumentativo, carta de leitor, carta de solicitação, nhecer o mundo; para o grupo social, possibilita o acúmulo
deliberação informal, debate regrado, assembleia, discurso de conhecimentos e a transferência de experiências. Por
de defesa (advocacia), discurso de acusação (advocacia), meio dessa função, a linguagem modela o intelecto.
resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial, É a função informativa que permite a realização do
ensaio. trabalho coletivo. Operar bem essa função da linguagem
possibilita que cada indivíduo continue sempre a aprender.
Domínios sociais de comunicação: Transmissão e cons- A função informativa costuma ser chamada também de
trução de saberes. função referencial, pois seu principal propósito é fazer com
Aspectos tipológicos: Expor. que as palavras revelem da maneira mais clara possível as
Capacidade de linguagem dominante: Apresentação coisas ou os eventos a que fazem referência.
textual de diferentes formas dos saberes.
105
LÍNGUA PORTUGUESA
- A linguagem serve para influenciar e ser influenciado: insinuarem intimidade com ele e, portanto, de exprimirem
Função Conativa. a importância que lhes seria atribuída pela proximidade
com o poder. Inúmeras vezes, contamos coisas que fizemos
“Vem pra Caixa você também.” para afirmarmo-nos perante o grupo, para mostrar nossa
valentia ou nossa erudição, nossa capacidade intelectual ou
Essa frase fazia parte de uma campanha destinada a nossa competência na conquista amorosa.
aumentar o número de correntistas da Caixa Econômica Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom
Federal. Para persuadir o público alvo da propaganda a de voz que empregamos, etc., transmitimos uma imagem
adotar esse comportamento, formulou-se um convite com nossa, não raro inconscientemente.
uma linguagem bastante coloquial, usando, por exemplo, a Emprega-se a expressão função emotiva para designar
forma vem, de segunda pessoa do imperativo, em lugar de a utilização da linguagem para a manifestação do enuncia-
venha, forma de terceira pessoa prescrita pela norma culta dor, isto é, daquele que fala.
quando se usa você.
Pela linguagem, as pessoas são induzidas a fazer de- - A linguagem serve para criar e manter laços sociais:
terminadas coisas, a crer em determinadas ideias, a sen- Função Fática.
tir determinadas emoções, a ter determinados estados de
alma (amor, desprezo, desdém, raiva, etc.). Por isso, pode- __Que calorão, hein?
se dizer que ela modela atitudes, convicções, sentimentos, __Também, tem chovido tão pouco.
emoções, paixões. Quem ouve desavisada e reiteradamente __Acho que este ano tem feito mais calor do que nos
a palavra negro pronunciada em tom desdenhoso aprende outros.
a ter sentimentos racistas; se a todo momento nos dizem, __Eu não me lembro de já ter sentido tanto calor.
num tom pejorativo, “Isso é coisa de mulher”, aprendemos
os preconceitos contra a mulher. Esse é um típico diálogo de pessoas que se encontram
Não se interfere no comportamento das pessoas ape- num elevador e devem manter uma conversa nos poucos
nas com a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos instantes em que estão juntas. Falam para nada dizer, ape-
influenciam de maneira bastante sutil, com tentações e nas porque o silêncio poderia ser constrangedor ou pare-
seduções, como os anúncios publicitários que nos dizem cer hostil.
como seremos bem sucedidos, atraentes e charmosos se Quando estamos num grupo, numa festa, não pode-
usarmos determinadas marcas, se consumirmos certos mos manter-nos em silêncio, olhando uns para os outros.
produtos. Por outro lado, a provocação e a ameaça expres- Nessas ocasiões, a conversação é obrigatória. Por isso,
sas pela linguagem também servem para fazer fazer. quando não se tem assunto, fala-se do tempo, repetem-se
Com essa função, a linguagem modela tanto bons ci- histórias que todos conhecem, contam-se anedotas velhas.
dadãos, que colocam o respeito ao outro acima de tudo, A linguagem, nesse caso, não tem nenhuma função que
quanto espertalhões, que só pensam em levar vantagem, não seja manter os laços sociais. Quando encontramos al-
e indivíduos atemorizados, que se deixam conduzir sem guém e lhe perguntamos “Tudo bem?”, em geral não que-
questionar. remos, de fato, saber se nosso interlocutor está bem, se
Emprega-se a expressão função conativa da linguagem está doente, se está com problemas.
quando esta é usada para interferir no comportamento A fórmula é uma maneira de estabelecer um vínculo
das pessoas por meio de uma ordem, um pedido ou uma social.
sugestão. A palavra conativo é proveniente de um verbo Também os hinos têm a função de criar vínculos, seja
latino (conari) que significa “esforçar-se” (para obter algo). entre alunos de uma escola, entre torcedores de um time
de futebol ou entre os habitantes de um país. Não importa
- A linguagem serve para expressar a subjetividade: que as pessoas não entendam bem o significado da letra
Função Emotiva. do Hino Nacional, pois ele não tem função informativa: o
importante é que, ao cantá-lo, sentimo-nos participantes
“Eu fico possesso com isso!” da comunidade de brasileiros.
Na nomenclatura da linguística, usa-se a expressão
Nessa frase, quem fala está exprimindo sua indignação função fática para indicar a utilização da linguagem para
com alguma coisa que aconteceu. Com palavras, objetiva- estabelecer ou manter aberta a comunicação entre um fa-
mos e expressamos nossos sentimentos e nossas emoções. lante e seu interlocutor.
Exprimimos a revolta e a alegria, sussurramos palavras de
amor e explodimos de raiva, manifestamos desespero, - A linguagem serve para falar sobre a própria lingua-
desdém, desprezo, admiração, dor, tristeza. Muitas ve- gem: Função Metalinguística.
zes, falamos para exprimir poder ou para afirmarmo-nos
socialmente. Durante o governo do presidente Fernando Quando dizemos frases como “A palavra ‘cão’ é um
Henrique Cardoso, ouvíamos certos políticos dizerem “A substantivo”; “É errado dizer ‘a gente viemos’”; “Estou usan-
intenção do Fernando é levar o país à prosperidade” ou “O do o termo ‘direção’ em dois sentidos”; “Não é muito elegan-
Fernando tem mudado o país”. Essa maneira informal de se te usar palavrões”, não estamos falando de acontecimen-
referirem ao presidente era, na verdade, uma maneira de tos do mundo, mas estamos tecendo comentários sobre a
106
LÍNGUA PORTUGUESA
própria linguagem. É o que chama função metalinguística. Verifica-se que a linguagem pode ser usada utilitaria-
A atividade metalinguística é inseparável da fala. Falamos mente ou esteticamente. No primeiro caso, ela é utilizada
sobre o mundo exterior e o mundo interior e ao mesmo para informar, para influenciar, para manter os laços sociais,
tempo, fazemos comentários sobre a nossa fala e a dos etc. No segundo, para produzir um efeito prazeroso de des-
outros. Quando afirmamos como diz o outro, estamos co- coberta de sentidos. Em função estética, o mais importante
mentando o que declaramos: é um modo de esclarecer que é como se diz, pois o sentido também é criado pelo ritmo,
não temos o hábito de dizer uma coisa tão trivial como a pelo arranjo dos sons, pela disposição das palavras, etc.
que estamos enunciando; inversamente, podemos usar a Na estrofe abaixo, retirada do poema “A Cavalgada”, de
metalinguagem como recurso para valorizar nosso modo Raimundo Correia, a sucessão dos sons oclusivos /p/, /t/,
de dizer. É o que se dá quando dizemos, por exemplo, Paro-
/k/, /b/, /d/, /g/ sugere o patear dos cavalos:
diando o padre Vieira ou Para usar uma expressão clássica,
vou dizer que “peixes se pescam, homens é que se não
E o bosque estala, move-se, estremece...
podem pescar”.
Da cavalgada o estrépito que aumenta
- A linguagem serve para criar outros universos. Perde-se após no centro da montanha...
A linguagem não fala apenas daquilo que existe, fala Apud: Lêdo Ivo. Raimundo Correia: Poesia. 4ª ed.
também do que nunca existiu. Com ela, imaginamos novos Rio de Janeiro, Agir, p. 29. Coleção Nossos Clássi-
mundos, outras realidades. Essa é a grande função da arte: cos.
mostrar que outros modos de ser são possíveis, que outros
universos podem existir. O filme de Woody Allen “A rosa Observe-se que a maior concentração de sons oclu-
púrpura do Cairo” (1985) mostra isso de maneira bem ex- sivos ocorre no segundo verso, quando se afirma que o
pressiva. Nele, conta-se a história de uma mulher que, para barulho dos cavalos aumenta.
consolar-se do cotidiano sofrido e dos maus-tratos infligi- Quando se usam recursos da própria língua para acres-
dos pelo marido, refugia-se no cinema, assistindo inúmeras centar sentidos ao conteúdo transmitido por ela, diz-se
vezes a um filme de amor em que a vida é glamorosa, e o que estamos usando a linguagem em sua função poética.
galã é carinhoso e romântico. Um dia, ele sai da tela e am-
bos vão viver juntos uma série de aventuras. Nessa outra Para melhor compreensão das funções de linguagem,
realidade, os homens são gentis, a vida não é monótona, o torna-se necessário o estudo dos elementos da comuni-
amor nunca diminui e assim por diante.
cação.
Antigamente, tinha-se a ideia que o diálogo era de-
- A linguagem serve como fonte de prazer: Função
Poética. senvolvido de maneira “sistematizada” (alguém pergunta
- alguém espera ouvir a pergunta, daí responde, enquanto
Brincamos com as palavras. Os jogos com o sentido outro escuta em silêncio, etc).
e os sons são formas de tornar a linguagem um lugar de Exemplo:
prazer. Divertimo-nos com eles. Manipulamos as palavras
para delas extrairmos satisfação. Elementos da comunicação
Oswald de Andrade, em seu “Manifesto antropófago”,
diz “Tupi or not tupi”; trata-se de um jogo com a frase sha- - Emissor - emite, codifica a mensagem;
kespeariana “To be or not to be”. Conta-se que o poeta Emí- - Receptor - recebe, decodifica a mensagem;
lio de Menezes, quando soube que uma mulher muito gor- - Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor;
da se sentara no banco de um ônibus e este quebrara, fez - Código - conjunto de signos usado na transmissão e
o seguinte trocadilho: “É a primeira vez que vejo um banco recepção da mensagem;
quebrar por excesso de fundos”. - Referente - contexto relacionado a emissor e recep-
A palavra banco está usada em dois sentidos: “móvel tor;
comprido para sentar-se” e “casa bancária”. Também está - Canal - meio pelo qual circula a mensagem.
empregado em dois sentidos o termo fundos: “nádegas” e Porém, com os estudos recentes dos linguistas, essa
“capital”, “dinheiro”.
teoria sofreu uma modificação, pois, chegou-se a conclu-
são que quando se trata da parole, entende-se que é um
Observe-se o uso do verbo bater, em expressões diver-
veículo democrático (observe a função fática), assim, admi-
sas, com significados diferentes, nesta frase do deputado
Virgílio Guimarães: te-se um novo formato de locução, ou, interlocução (diá-
logo interativo):
“ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu
continência para os militares, bateu palmas para o Collor e - locutor - quem fala (e responde);
quer bater chapa em 2002. Mas o que falta é que lhe bata - locutário - quem ouve e responde;
uma dor de consciência e bata em retirada.” - interlocução - diálogo
(Folha de S. Paulo)
107
LÍNGUA PORTUGUESA
108
LÍNGUA PORTUGUESA
4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) 6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a Segundo o Manual de Redação da Presidência da Repú-
mesma regra que distribuídos. blica, NÃO se deve usar Vossa Excelência para
(A) sócio (A) embaixadores.
(B) sofrê-lo (B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais.
(C) lúcidos (C) prefeitos municipais.
(D) constituí (D) presidentes das Câmaras de Vereadores.
(E) órfãos (E) vereadores.
109
LÍNGUA PORTUGUESA
(...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
(abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa crático não pode (podem) estar subordinado (subordina-
Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o seu das) às ordens indiscriminadas de um único poder central.
presidente, de acordo com o Manual de Redação da Presi- (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol-
dência da República (1991). tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex-
(Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece- põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade.
-detail.php?id=393)
RESPOSTA: “A”.
RESPOSTA: “E”.
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010)
A frase que admite transposição para a voz passiva é:
7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sa-
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
grado.
ciedade como tais. (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo grande diversidade de fenômenos.
passará a ser, corretamente, (C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da so-
(A) perceba. ciedade, a própria sociedade e seu instrumento de uni-
(B) foi percebido. ficação.
(C) tenham percebido. (D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto
(D) devam perceber. da vida (...).
(E) estava percebendo. (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar ilu-
dido e da falsa consciência.
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te- (A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra-
remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e do.
princípios... (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
grande diversidade de fenômenos.
RESPOSTA: “A” - Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e
explicada pelo conceito...
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
concordância verbal e nominal está inteiramente corre-
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
ta na frase: vida (...).
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
valores que determinam as escolhas dos governantes, e da falsa consciência.
para conferir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes RESPOSTA: “B”.
devem ser embasados na percepção dos valores e prin-
cípios que regem a prática política. 10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRA-
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verda- TIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias,
deiro regime democrático, em que se respeita tanto as vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista
liberdades individuais quanto as coletivas. ambiental Geraldo Motta.
(D) As instituições fundamentais de um regime de- Substituindo-se Quando por Se, os verbos subli-
mocrático não pode estar subordinado às ordens indis- nhados devem sofrer as seguintes alterações:
criminadas de um único poder central. (A) entrar − vira
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados (B) entrava − tinha visto
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes (C) entrasse − veria
opiniões existentes na sociedade. (D) entraria − veria
(E) entrava − teria visto
Fiz os acertos entre parênteses:
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores
Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve-
que determinam as escolhas dos governantes, para confe-
ria = entrasse / veria.
rir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de- RESPOSTA: “C”.
vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos
valores e princípios que regem a prática política.
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei-
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.
110
MATEMÁTICA
Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéricas;
Frações e operações com frações. .................................................................................................................................................................... 01
Números e grandezas proporcionais: razões e proporções; divisão em partes proporcionais ............................................. 11
Regra de três ............................................................................................................................................................................................................. 15
Sistema métrico decimal ...................................................................................................................................................................................... 19
Equações e inequações......................................................................................................................................................................................... 23
Funções ....................................................................................................................................................................................................................... 29
Gráficos e tabelas .................................................................................................................................................................................................... 37
Estatística Descritiva, Amostragem, Teste de Hipóteses e Análise de Regressão ........................................................................... 41
Geometria ................................................................................................................................................................................................................... 47
Matriz, determinantes e sistemas lineares ..................................................................................................................................................... 62
Sequências, progressão aritmética e geométrica ....................................................................................................................................... 70
Porcentagem ............................................................................................................................................................................................................. 74
Juros simples e compostos .................................................................................................................................................................................. 77
Taxas de Juros, Desconto, Equivalência de Capitais, Anuidades e Sistemas de Amortização ................................................... 80
1. Lógica: proposições, valor-verdade negação, conjunção, disjunção, implicação, equivalência, proposições
compostas................................................................................................................................................................................................................... 93
2. Equivalências lógicas. ........................................................................................................................................................................................ 93
3. Problemas de raciocínio: deduzir informações de relações arbitrárias entre objetos, lugares, pessoas e/ou eventos
fictícios dados. .......................................................................................................................................................................................................... 93
4. Diagramas lógicos, tabelas e gráficos.......................................................................................................................................................110
16. Princípios de contagem e noção de probabilidade...........................................................................................................................115
MATEMÁTICA
Exemplo 2
NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS:
OPERAÇÕES (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, 40 – 9 x 4 + 23
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, 40 – 36 + 23
4 + 23
POTENCIAÇÃO); EXPRESSÕES
27
NUMÉRICAS; FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM
FRAÇÕES. Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25
Números Naturais
Números Inteiros
Os números naturais são o modelo mate-
Podemos dizer que este conjunto é composto pelos
mático necessário para efetuar uma contagem.
números naturais, o conjunto dos opostos dos números
Começando por zero e acrescentando sempre uma unida-
naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado por:
de, obtemos o conjunto infinito dos números naturais
Z={...-3, -2, -1, 0, 1, 2,...}
Subconjuntos do conjunto :
1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero
Z*={...-2, -1, 1, 2, ...}
- Todo número natural dado tem um sucessor
a) O sucessor de 0 é 1.
2) Conjuntos dos números inteiros não negativos
b) O sucessor de 1000 é 1001.
Z+={0, 1, 2, ...}
c) O sucessor de 19 é 20.
3) Conjunto dos números inteiros não positivos
Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero.
Z-={...-3, -2, -1}
Números Racionais
Chama-se de número racional a todo número que
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um
pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros
antecessor (número que vem antes do número dado).
quaisquer, com b≠0
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente
São exemplos de números racionais:
de zero.
-12/51
a) O antecessor do número m é m-1.
-3
b) O antecessor de 2 é 1.
-(-3)
c) O antecessor de 56 é 55.
-2,333...
d) O antecessor de 10 é 9.
As dízimas periódicas podem ser representadas por
Expressões Numéricas
fração, portanto são consideradas números racionais.
Como representar esses números?
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra-
Representação Decimal das Frações
ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem
acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex-
Temos 2 possíveis casos para transformar frações em
pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos:
decimais
Se em uma expressão numérica aparecer as quatro
1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o nú-
operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão
mero decimal terá um número finito de algarismos após a
primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e so-
vírgula.
mente depois a adição e a subtração, também na ordem
em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primei-
ro.
Exemplo 1
10 + 12 – 6 + 7
22 – 6 + 7
16 + 7
23
1
MATEMÁTICA
Números Irracionais
Identificação de números irracionais
10x=3,333...
E então subtraímos:
10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3
2
MATEMÁTICA
Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x≥a}
Intervalo:]a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x>a}
Intervalo:[a,b]
Conjunto: {x∈R|a≤x≤b} Potenciação
Multiplicação de fatores iguais
Intervalo aberto – números reais maiores que a e me-
nores que b. 2³=2.2.2=8
Casos
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
Intervalo:]a,b[
Conjunto:{x∈R|a<x<b}
INTERVALOS IIMITADOS
Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x∈R|x<b}
3
MATEMÁTICA
Técnica de Cálculo
6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o A determinação da raiz quadrada de um número tor-
valor do expoente, o resultado será igual a zero. na-se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado
em números primos. Veja:
Propriedades
1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de
mesma base, repete-se a base e soma os expoentes.
Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27
64=2.2.2.2.2.2=26
2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mes- Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-
ma base. Conserva-se a base e subtraem os expoentes. -se” um e multiplica.
Exemplos: 1 1
1
96 : 92 = 96-2 = 94
Observe: 3.5 = (3.5) 2 = 3 2 .5 2 = 3. 5
De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * , então:
a na
n =
b nb
4
MATEMÁTICA
Operações
Multiplicação
Divisão
Questões
Sabe-se que:
Adição e subtração
• dentre os candidatos, 82 são homens;
• o número de candidatos homens de nível superior é
igual ao de mulheres de nível médio;
• dentre os candidatos de nível superior, 31 são mu-
Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20. lheres.
5
MATEMÁTICA
6
MATEMÁTICA
01.Resposta: B.
150-82=68 mulheres
Como 31 mulheres são candidatas de nível superior, 37
são de nível médio.
Portanto, há 37 homens de nível superior. 09. Resposta: C.
82-37=45 homens de nível médio. 2-2(1-2N)=12
2-2+4N=12
02. Resposta: D. 4N=12
Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o N=3
vencedor.
10. Resposta: E.
03. Resposta: B. Como tem o mesmo número de homens e mulheres:
Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração
X=0,4444....
10x=4,444... Dos homens que saíram:
9x=4
Saíram no total
04. Resposta: A.
Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número
11 que é igua o quociente.
11x11=121+10=131
Múltiplos
Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1- O conjunto de múltiplos de um número natural
1/13) não-nulo é infinito e podemos consegui-lo multiplican-
do-se o número dado por todos os números naturais.
M(3)={0,3,6,9,12,...}
Divisores
07.Resposta: C.
Os números 12 e 15 são múltiplos de 3, portanto 3 é
divisor de 12 e 15.
D(12)={1,2,3,4,6,12}
D(15)={1,3,5,15}
7
MATEMÁTICA
Exemplo:
Devemos achar o mdc para achar a maior medida pos-
sível
E são os fatores que temos iguais:25=32
Exemplo2
(MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016)
No aeroporto de uma pequena cidade chegam aviões de
três companhias aéreas. Os aviões da companhia A che-
gam a cada 20 minutos, da companhia B a cada 30 minutos
e da companhia C a cada 44 minutos. Em um domingo, às
O fator comum é o 3 e o 1 é o menor expoente. 7 horas, chegaram aviões das três companhias ao mesmo
tempo, situação que voltará a se repetir, nesse mesmo dia,
m.d.c às
(A) 16h 30min.
Mínimo Múltiplo Comum (B) 17h 30min.
O mínimo múltiplo comum (m.m.c) de dois ou mais nú- (C) 18h 30min.
meros é o menor número, diferente de zero. (D) 17 horas.
Para calcular devemos seguir as etapas: (E) 18 horas.
• Decompor os números em fatores primos
• Multiplicar os fatores entre si Resposta: E.
Exemplo:
1h---60minutos
Exemplo x-----660
x=660/60=11
O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16
m, será revestido com ladrilhos quadrados, de mesma di- Então será depois de 11horas que se encontrarão
mensão, inteiros, de forma que não fique espaço vazio 7+11=18h
entre ladrilhos vizinhos. Os ladrilhos serão escolhidos de
modo que tenham a maior dimensão possível.
8
MATEMÁTICA
Questões caixa acendia, o cliente que estava nela era premiado com
um desconto de 3% sobre o valor da compra e, quando
01. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- as 3 luzes acendiam, ao mesmo tempo, esse desconto era
NESP/2017) No depósito de uma loja de doces, há uma de 5%. Se, exatamente às 9 horas de um determinado dia,
caixa contendo n bombons. Para serem vendidos, devem as luzes das 3 caixas acenderam ao mesmo tempo, então
ser repartidos em pacotes iguais, todos com a mesma é verdade que o número máximo de premiações de 5%
quantidade de bombons. Com os bombons dessa caixa, de desconto que esse mercado poderia ter dado aos seus
podem ser feitos pacotes com 5, ou com 6, ou com 7 uni- clientes, das 9 horas às 21 horas e 30 minutos daquele dia,
dades cada um, e, nesses casos, não faltará nem sobrará seria igual a
nenhum bombom. Nessas condições, o menor valor que (A) 8.
pode ser atribuído a n é (B) 10.
(A) 280. (C) 21.
(B) 265. (D) 27.
(C) 245. (E) 33.
(D) 230.
(E) 210. 06. (PREF. DE PIRAÚBA/MG – Agente Administrati-
vo – MSCONCURSOS/2017) Sabendo que a sigla M.M.C.
02. (EMBASA – Agente Administrativo – IBFC/2017) na matemática significa Mínimo Múltiplo Comum e que
Considerando A o MDC (maior divisor comum) entre os nú- M.D.C. significa Máximo Divisor Comum, pergunta-se: qual
meros 24 e 60 e B o MMC (menor múltiplo comum) entre o valor do M.M.C. de 6 e 8 dividido pelo M.D.C. de 30, 36
os números 12 e 20, então o valor de 2A + 3B é igual a: e 72?
(A) 72 (A) 8
(B) 156 (B) 6
(C) 144 (C) 4
(D) 204 (D) 2
03. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO 07. (CELESC – Assistente Administrativo – FEPE-
/2017) Em um determinado zoológico, a girafa deve comer SE/2016) Em uma excursão participam 120 homens e 160
a cada 4 horas, o leão a cada 5 horas e o macaco a cada mulheres. Em determinado momento é preciso dividir os
3 horas. Considerando que todos foram alimentados às 8 participantes em grupos formados somente por homens
horas da manhã de domingo, é correto afirmar que o fun- ou somente por mulheres, de maneira que os grupos te-
cionário encarregado deverá servir a alimentação a todos nham o mesmo número de integrantes.
concomitantemente às:
(A) 8 horas de segunda-feira. Neste caso, o número máximo de integrantes em um
(B) 14 horas de segunda-feira. grupo é:
(C) 10 horas de terça-feira. (A) 10.
(D) 20 horas de terça-feira. (B) 15.
(E) 9 horas de quarta-feira. (C) 20.
(D) 30.
04. (EMBASA – Assistente de Laboratório – (E) 40.
IBFC/2017) Um marceneiro possui duas barras de ferro,
uma com 1,40 metros de comprimento e outra com 2,45 08. (PREF. DE GUARULHOS/SP – Assistente de Ges-
metros de comprimento. Ele pretende cortá-las em barras tão Escolar – VUNESP/2016) Para iniciar uma visita moni-
de tamanhos iguais, de modo que cada pedaço tenha a torada a um museu, 96 alunos do 8º ano e 84 alunos do 9º
maior medida possível. Nessas circunstâncias, o total de ano de certa escola foram divididos em grupos, todos com
pedaços que o marceneiro irá cortar, utilizando as duas de o mesmo número de alunos, sendo esse número o maior
ferro, é: possível, de modo que cada grupo tivesse somente alunos
(A) 9 de um único ano e que não restasse nenhum aluno fora
(B) 11 de um grupo. Nessas condições, é correto afirmar que o
(C) 12 número total de grupos formados foi
(D) 13 (A) 8.
(B) 12.
05. (TJM/SP - Escrevente Técnico Judiciário – VU- (C) 13.
NESP/2017) Em um pequeno mercado, o dono resolveu (D) 15.
fazer uma promoção. Para tanto, cada uma das 3 caixas (E) 18.
registradoras foi programada para acender uma luz, em
intervalos de tempo regulares: na caixa 1, a luz acendia a
cada 15 minutos; na caixa 2, a cada 30 minutos; e na caixa 3,
a luz acendia a cada 45 minutos. Toda vez que a luz de uma
9
MATEMÁTICA
06. Resposta: C.
Mmc(5,6,7)=2⋅3⋅5⋅7=210
02. Resposta: E.
Mmc(6,8)=24
Mmc(12,20)=2²⋅3⋅5=60
2A+3B=24+180=204
10
MATEMÁTICA
NÚMEROS E GRANDEZAS
MDC(120,160)=8x5=40 PROPORCIONAIS: RAZÕES E
PROPORÇÕES; DIVISÃO EM PARTES
08. Resposta:B. PROPORCIONAIS
Razão
09. Resposta: A.
Proporção
10. Resposta: B.
O cálculo utilizado aqui será o MDC (Máximo Divisor
Comum)
Os números A e D são denominados extremos enquan-
to os números B e C são os meios e vale a propriedade: o
produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é:
AxD=BxC
Então teremos
126/18 = 7 grupos de exatas Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3
90/18 = 5 grupos de humanas esteja em proporção com 4/6.
A diferença é de 7-5=2 Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte for-
ma:
11
MATEMÁTICA
ou
Ou
ou
ou
Ou
ou
Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza
é igual a razão entre os valores correspondentes da 2ª, ou de uma maneira mais informal, se eu pergunto:
Quanto mais.....mais....
Exemplo
Distância percorrida e combustível gasto
Distância(km) Combustível(litros)
13 1
26 2
39 3
52 4
Duas grandezas variáveis dependentes são inversamente proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza
é igual ao inverso da razão entre os valores correspondentes da 2ª.
Quanto mais....menos...
Exemplo
velocidadextempo a tabela abaixo:
Velocidade (m/s) Tempo (s)
5 200
8 125
10 100
16 62,5
20 50
12
MATEMÁTICA
13
MATEMÁTICA
14
MATEMÁTICA
06. Resposta: E.
Se, com 16 caixas K, fica cheio e já foram colocadas 4 REGRA DE TRÊS
caixa, faltam 12 caixas K, mas queremos colocar as caixas Q,
então vamos ver o equivalente de 12 caixas K
Velocidade----------tempo
X=1,20 400↓-----------------3↑
Ele cresceu: 1,20-1,05=0,15m=15cm 480↓---------------- x↑
15
MATEMÁTICA
(A) 375.
(B) 380.
(C) 420.
Logo, serão necessários 25 caminhões (D) 425.
(E) 450.
Questões
01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá- 05. . (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
rios- VUNESP/2017) Para imprimir 300 apostilas destina- NESP/2017 ) Um carregamento de areia foi totalmente
das a um curso, uma máquina de fotocópias precisa traba- embalado em 240 sacos, com 40 kg em cada saco. Se fos-
lhar 5 horas por dia durante 4 dias. Por motivos administra- sem colocados apenas 30 kg em cada saco, o número de
tivos, será necessário imprimir 360 apostilas em apenas 3 sacos necessários para embalar todo o carregamento seria
dias. O número de horas diárias que essa máquina terá que igual a
trabalhar para realizar a tarefa é (A) 420.
(A) 6. (B) 375.
(B) 7. (C) 370.
(C) 8. (D) 345.
(D) 9. (E) 320.
(E) 10.
16
MATEMÁTICA
05. Resposta: E.
10. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU- Sacos kg
NESP/2016) Para organizar as cadeiras em um auditório, 6 240----40
funcionários, todos com a mesma capacidade de produção, x----30
trabalharam por 3 horas. Para fazer o mesmo trabalho, 20 Quanto mais sacos, menos areia foi
funcionários, todos com o mesmo rendimento dos iniciais, colocada(inversamente)
deveriam trabalhar um total de tempo, em minutos, igual a
(A) 48.
(B) 50.
(C) 46.
(D) 54. 30x=9600
(E) 52. X=320
17
MATEMÁTICA
06. Resposta: A.
↓Funcionários ↑ horas bolsas↓
48------------------------12-----------480
x-----------------------------15----------1200
Quanto mais funcionários, menos horas precisam
Quanto mais funcionários, mais bolsas feitas
X=96 funcionários
Precisam de mais 48 funcionários
07. Resposta: B.
Operários dias
12-----------90
x--------------60
Quanto mais operários, menos dias (inversamente proporcional)
60x=1080
X=18
08. Resposta: B.
V=1,5⋅1,2⋅0,7=1,26m³=1260litros
50litros-----3 min
1260--------x
X=3780/50=75,6min
0,6min=36s
75min=60+15=1h15min
09. Resposta: A.
↑Dias ↑ operários peças↑
6-------------5---------------600
8--------------7---------------x
30x=33600
X=1120
10. Resposta: D.
3x60=180 minutos
↑Funcionários minutos↓
6------------180
20-------------x
18
MATEMÁTICA
As Grandezas são inversamente proporcionais, pois quanto mais funcionários, menos tempo será gasto.
Vamos inverter os minutos
↑Funcionários minutos↑
6------------x
20-------------180
20x=6.180
20x=1040
X=54 minutos
Unidades de Comprimento
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distân-
cias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:
Exemplos de Transformação
1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m
Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por
10.
Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).
Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a
unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada.
Unidades de Área
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2
Exemplos de Transformação
1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²
Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por
100.
19
MATEMÁTICA
Volume
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Po-
demos encontrar sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir
volume e capacidade.
Unidades de Volume
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3
Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos
e submúltiplos, unidade de medidas de produtos líquidos.
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³
1L=1dm³
Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l
Massa
Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg
Tempo
Transformação de unidades
Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos
1 minuto=60segundos
1hora=3600s
Adição de tempo
Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos. Demorou
30 minutos para chegar em casa. Que horas ela chegou?
20
MATEMÁTICA
Questões
21
MATEMÁTICA
22
MATEMÁTICA
05. Resposta: B.
5⋅45=225 minutos de aula EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES
225/60=3 horas 45 minutos nas aulas mais 15 minutos
de intervalo=4horas
18:40+4h=22h:40
Equação 1º grau
06. Resposta: D. Equação é toda sentença matemática aberta represen-
1h45min=60+45=105 minutos tada por uma igualdade, em que exista uma ou mais letras
que representam números desconhecidos.
15km-------105 Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação
1--------------x redutível à forma ax+b=0, em que a e b são números reais,
X=7 minutos chamados coeficientes, com a≠0.
Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor nu-
1h20min=60+20=80min mérico de x que, substituindo no 1º membro da equação,
torna-se igual ao 2º membro.
8km----80
1-------x Nada mais é que pensarmos em uma balança.
X=10minutos
A diferença é de 3 minutos
07. Resposta: B.
V------80min
V+20----48
Quanto maior a velocidade, menor o
tempo(inversamente)
23
MATEMÁTICA
Substituindo em Pe
Pe=2(Pa+3)+2Pa
Pe=2Pa+6+2Pa
Pe=4Pa+6
Pa+3+10=2Pa+3
Pa=10
Pi=Pa+3 3.
Pi=10+3=13
Pe=40+6=46
Soma das idades: 10+13+46=69
Resposta: B.
Equação 2º grau
Se não há solução, pois não existe raiz quadrada
A equação do segundo grau é representada pela fór- real de um número negativo.
mula geral:
Se , há duas soluções iguais:
1.
24
MATEMÁTICA
Inequação-Quociente
Na inequação-quociente, tem-se uma desigualdade
de funções fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual
uma está dividindo a outra. Diante disso, deveremos nos
atentar ao domínio da função que se encontra no denomi-
nador, pois não existe divisão por zero. Com isso, a função
que estiver no denominador da inequação deverá ser dife-
rente de zero.
25
MATEMÁTICA
x-2≠0 Portanto:
x≠2 S = { x R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1]
Inequação 2º grau
Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que
pode ser escrita numa das seguintes formas:
ax²+bx+c>0
ax²+bx+c≥0
ax²+bx+c<0
Sistema de Inequação do 1º Grau ax²+bx+c<0
Um sistema de inequação do 1º grau é formado por ax²+bx+c≤0
duas ou mais inequações, cada uma delas tem apenas uma ax²+bx+c≠0
variável sendo que essa deve ser a mesma em todas as
outras inequações envolvidas.
Exemplo
Veja alguns exemplos de sistema de inequação do 1º
grau: Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.
Resolvendo Inequações
Resolver uma inequação significa determinar os valo-
res reais de x que satisfazem a inequação dada.
Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de
x que tornem a expressão 3x² + 10x +7 negativa.
S1 = {x R | x ≤ - 1}
Fazendo o cálculo da segunda inequação temos:
x + 1 ≤ 0
x ≤ - 1
S2 = { x R | x ≤ - 1}
Calculando agora o CONJUTO SOLUÇÃO da inequação
temos: S = {x ∈ R / –7/3 < x < –1}
S = S1 ∩ S2
26
MATEMÁTICA
27
MATEMÁTICA
10x+6x+40500=25x
Como tem que ser natural, apenas o número 3 convém. 9x=40500
X=4500
02. Resposta: C.
Salario fração
y---------------1
4500---------4/5
Mmc(3,4)=12
4x+3x=336
7x=336
X=48 08. Resposta: D.
A distância entre A e B é 48km
Como já percorreu 28km Idade atual: x
48-28=20 km entre P e Q. X+24=3x
2x=24
03. Resposta:B. X=12
Sendo x o valor do material P Ele tem agora 12 anos, daqui a 5 anos: 17.
10x=7x+600
3x=600 09. Resposta: C.
X=200 ∆=(-28)²-4.8.12
∆=784-384
04. Resposta: E. ∆=400
2x²+12x+10=0
∆=12²-4⋅2⋅10
∆=144-80=64
05. Resposta:B.
Vamos fazer a conta de rodas:
Motos tem 2 rodas, triciclos 3 e carros 4
18⋅2+15⋅3+x⋅4=269
4x=269-36-45
4x=188
X=47 10. Resposta: C.
Atual:x
06. Resposta: B 5(x+8)-5(x-3)=x
∆=-(-6)²-4⋅(2m-1) ⋅3=0 5x+40-5x+15=x
36-24m+12=0 X=55
-24m=-48 Soma: 5+5=10
M=2
28
MATEMÁTICA
Exemplo
Com os conjuntos A={1, 4, 7} e B={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12}
criamos a função f: A→B.definida por f(x) = x + 5 que tam-
bém pode ser representada por y = x + 5. A representação,
utilizando conjuntos, desta função, é:
Gráfico Cartesiano
Definição: Sejam A e B dois conjuntos não vazios e f Sobrejetora: Quando todos os elementos do contra-
uma relação de A em B. domínio forem imagens de pelo menos um elemento do
Essa relação f é uma função de A em B quando a cada domínio.
elemento x do conjunto A está associado um e apenas um
elemento y do conjunto B.
Notação: f:A→B (lê-se função f de A em B)
29
MATEMÁTICA
Exemplo:
Dado que f(x)=ax+b e f(1)=3 e f(3)=5, ache a função.
F(1)=1a+b
3=a+b
F(3)=3a+b
5=3a+b
Isolando a em I
a=3-b
Substituindo em II
3(3-b)+b=5
9-3b+b=5
-2b=-4
30
MATEMÁTICA
b=2 Raízes
Portanto,
a=3-b
a=3-2=1
Assim, f(x)=x+2
Discriminante(∆)
∆=b²-4ac
∆>0
A parábola y=ax²+bx+c intercepta o eixo x em dois
pontos distintos, (x1,0) e (x2,0), onde x1 e x2 são raízes da
equação ax²+bx+c=0
∆=0
∆<0
31
MATEMÁTICA
Solução
A Constante de Euler
É definida por :
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em
função da definição da função exponencial, temos que:
Função exponencial Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao ma-
A expressão matemática que define a função exponen- temático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primei-
cial é uma potência. Nesta potência, a base é um número ros a estudar as propriedades desse número.
real positivo e diferente de 1 e o expoente é uma variável. O valor deste número expresso com 10 dígitos deci-
mais, é:
Função crescente e = 2,7182818284
Se x é um número real, a função exponencial exp(.)
Se temos uma função exponencial crescente, pode ser escrita como a potência de base e com expoente
qualquer que seja o valor real de x. x, isto é:
No gráfico da função ao lado podemos observar que à ex = exp(x)
medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y. Grafica-
mente vemos que a curva da função é crescente. Propriedades dos expoentes
Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um
número racional, então:
- ax ay= ax + y
- ax / ay= ax - y
- (ax) y= ax.y
- (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx
- a-x = 1 / ax
Logaritmo
Considerando-se dois números N e a reais e positivos,
com a ≠1, existe um número c tal que:
32
MATEMÁTICA
Consequências da Definição
Questões
(A) 30.
Mudança de Base (B) 36.
(C) 48.
(D) 75.
(E) 84.
33
MATEMÁTICA
34
MATEMÁTICA
09. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) O gráfico 11. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técni-
que melhor representa a função y = 2x , para o domínio co I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Conside-
em R+ é: rando que log105 = 0,7, assinale a alternativa que apresenta
o valor de log5100.
(A) 0,35.
(B) 0,50.
(C) 2,85.
(D) 7,00.
(E) 70,00.
(A) Respostas
01. Resposta: D.
90+0,4x=120
0,4x=30
X=75km
6%=0,06
Como valor total é x, então 0,06x
E mais a parte fixa de 1300
0,06x+1300
03. Resposta: A.
(C)
2x=36
X=18
04.Resposta: B.
(D) F(x)=12+25x
X=hora de trabalho
168,25=12+25x
25x=156,25
X=6,25 horas
1hora---60 minutos
0,25-----x
X=15 minutos
05. Resposta: E.
10. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra- Como a função do segundo grau, tem raízes -2 e 2:
balho Júnior -CESGRANRIO/2017) Qual o maior valor de (x-2)(x+2)=x²-4
k na equação log(kx) = 2log(x+3) para que ela tenha exa-
tamente uma raiz? A função do primeiro grau, tem o ponto (0, -1) e (2,3)
(A) 0 Y=ax+b
(B) 3 -1=b
(C) 6 3=2a-1
(D) 9 2a=4
(E) 12 A=2
Y=2x-1
35
MATEMÁTICA
∆=25-24=1
06. Resposta:C.
09. Resposta: A.
Um gráfico de função exponencial não começa do
zero, é é uma curva.
10. Resposta: E.
-2x=-12 Kx=(x+3)²
X=6 Kx=x²+6x+9
X²+(6-k)x+9=0
Substituindo em g(x) Para ter uma raiz, ∆=0
G(6)=6²-4(6)+5=36-24+5=17 ∆=b²-4ac
, ∆=(6-k)²-36=0
08. Resposta: D. 36-12k+k²-36=0
Para assumir valor 1, o expoente deve ser igual a zero. k²-12k=0
X²+4x-60=0 k=0 ou k=12
∆=4²-4.1.(-60)
∆=16+240 11. Resposta:C.
∆=256
36
MATEMÁTICA
Histogramas
GRÁFICOS E TABELAS
São gráfico de barra que mostram a frequência de uma
variável específica e um detalhe importante que são faixas
de valores em x.
Os gráficos e tabelas apresentam o cruzamento entre
dois dados relacionados entre si.
A escolha do tipo e a forma de apresentação sempre
vão depender do contexto, mas de uma maneira geral um
bom gráfico deve: Setor ou pizza- Muito útil quando temos um total e
-Mostrar a informação de modo tão acurado quanto queremos demonstrar cada parte, separando cada pedaço
possível. como numa pizza.
-Utilizar títulos, rótulos, legendas, etc. para tornar claro
o contexto, o conteúdo e a mensagem.
-Complementar ou melhorar a visualização sobre aspec-
tos descritos ou mostrados numericamente através de tabelas.
-Utilizar escalas adequadas.
-Mostrar claramente as tendências existentes nos dados.
Tipos de gráficos
Barras- utilizam retângulos para mostrar a quantidade.
Barra vertical
Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br
37
MATEMÁTICA
Questões
Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresenta 04. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VU-
a melhor aproximação para o aumento percentual da taxa NESP/2017) Uma professora elaborou um gráfico de se-
de desocupação do primeiro trimestre de 2017 em relação tores para representar a distribuição, em porcentagem, dos
à taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2014. cinco conceitos nos quais foram agrupadas as notas obti-
das pelos alunos de uma determinada classe em uma prova
(A) 15%. de matemática. Observe que, nesse gráfico, as porcenta-
(B) 25%. gens referentes a cada conceito foram substituídas por x
(C) 50%. ou por múltiplos e submúltiplos de x.
(D) 75%.
(E) 90%.
38
MATEMÁTICA
Tendo como referência o gráfico precedente, que mos- Pode-se concluir que
tra os valores, em bilhões de reais, relativos à arrecadação (A) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.
de receitas e aos gastos com despesas do estado do Paraná (B) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3
nos doze meses do ano de 2015, assinale a opção correta. salários.
(A) No ano considerado, o segundo trimestre caracte- (C) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
rizou-se por uma queda contínua na arrecadação de recei- (D) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da ren-
tas, situação que se repetiu no trimestre seguinte. da total.
(B) No primeiro quadrimestre de 2015, houve um pe- (E) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da
ríodo de queda simultânea dos gastos com despesas e da renda total.
arrecadação de receitas e dois períodos de aumento simul-
tâneo de gastos e de arrecadação.
(C) No último bimestre do ano de 2015, foram regis- 08. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015)
trados tanto o maior gasto com despesas quanto a maior Considere a tabela de distribuição de frequência seguinte,
arrecadação de receitas. em que xi é a variável estudada e fi é a frequência absoluta
(D) No ano em questão, janeiro e dezembro foram os dos dados.
únicos meses em que a arrecadação de receitas foi ultra-
passada por gastos com despesas. xi fi
(E) A menor arrecadação mensal de receitas e o menor 30-35 4
gasto mensal com despesas foram verificados, respecti- 35-40 12
vamente, no primeiro e no segundo semestre do ano de 40-45 10
2015. 45-50 8
50-55 6
06. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA- TOTAL 40
TEC/2015) Assinale a alternativa que representa a nomen-
clatura dos três gráficos abaixo, respectivamente. Assinale a alternativa em que o histograma é o que
melhor representa a distribuição de frequência da tabela.
(A)
39
MATEMÁTICA
09. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CES- A partir das informações e do gráfico apresentados,
PE/2015) julgue o item que se segue.
Se os percentuais forem representados por barras ver-
ticais, conforme o gráfico a seguir, então o resultado será
denominado histograma.
( )certo ( ) errado
03. Resposta: C.
10. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CES-
PE/2015)
04. Resposta: A.
X+0,5x+4x+3x+1,5x=360
10x=360
X=36
Como o conceito bom corresponde a 4x: 4x36=144°
05. Resposta: B.
Analisando o primeiro quadrimestre, observamos que
os dois primeiros meses de receita diminuem e os dois me-
ses seguintes aumentam, o mesmo acontece com a des-
pesa.
40
MATEMÁTICA
Teste de Hipóteses
Definição: Processo que usa estatísticas amostrais
para testar a afirmação sobre o valor de um parâmetro
populacional.
Para testar um parâmetro populacional, você deve
afirmar cuidadosamente um par de hipóteses – uma que
represente a afirmação e outra, seu complemento. Quan-
06. Resposta: C. do uma é falsa, a outra é verdadeira.
Como foi visto na teoria, gráfico de barras, de setores Uma hipótese nula H0 é uma hipótese estatística que
ou pizza e de linha contém uma afirmação de igualdade, tal como ≤, =, ≥
A hipótese alternativa Ha é o complemento da hipó-
tese nula. Se H0 for falsa, Ha deve ser verdadeira, e contém
07. Resposta: D. afirmação de desigualdade, como <, ≠, >.
(A) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x2+15,0x1=104 sa-
lários Vamos ver como montar essas hipóteses
(B) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem Um caso bem simples.
ganha mais de 3 salários (5+4+2+1=12)
(C)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha
(D) 40% de 104=0,4x104= 41,6
20% de 30=0,2x30=6 Assim, fica fácil, se H0 for falsa, Ha é verdadeira
5x3+8x2+15x1=46, que já é maior.
(E) 60% de 30=0,6x30=18 Há uma regrinha para formular essas hipóteses
30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20 Formulação verbal Formulação
H0 Formulação verbal Ha
Matemática
08. Resposta: A. A média é A média é
Colocando em ordem crescente: 30-35, 50-55, 45-50, ...maior ou igual
40-45, 35-40, a k. ...menor que k
41
MATEMÁTICA
Classes Frequências
41 |------- 45 7
Referências 45 |------- 49 3
Larson, Ron. Estatística Aplicada. 4ed – São Paulo: Pe- 49 |------- 53 4
arson Prentice Hall, 2010. 53 |------- 57 1
57 |------- 61 5
Frequências
A primeira fase de um estudo estatístico consiste em Total 20
recolher, contar e classificar os dados pesquisados sobre
uma população estatística ou sobre uma amostra dessa Média aritmética
população. Média aritmética de um conjunto de números é o valor
que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo núme-
Frequência Absoluta ro de elementos do conjunto.
É o número de vezes que a variável estatística assume Representemos a média aritmética por .
um valor. A média pode ser calculada apenas se a variável envol-
vida na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a
Frequência Relativa média aritmética para variáveis quantitativas.
É o quociente entre a frequência absoluta e o número Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre
de elementos da amostra. diferentes grupos, se for possível calcular a média, ficará
Na tabela a seguir, temos exemplo dos dois tipos: mais fácil estabelecer uma comparação entre esses grupos
e perceber tendências.
Considerando uma equipe de basquete, a soma das al-
turas dos jogadores é:
42
MATEMÁTICA
Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
Solução: Isto é:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse
rol. Logo: Md=12
Exemplo 2:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.
Exemplo 1:
Solução: Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresen-
Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem- tou o seguinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
-se: Jogo Número de pontos
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média arit- 1 22
mética entre os dois termos centrais do rol. 2 18
3 13
Logo: 4 24
5 26
Resposta: Md=15 6 20
7 19
Moda (Mo)
8 18
Num conjunto de números: , chama-se
moda aquele valor que ocorre com maior frequência. a) Qual a média de pontos por jogo?
b) Qual a variância do conjunto de pontos?
Observação: Solução:
A moda pode não existir e, se existir, pode não ser úni- a) A média de pontos por jogo é:
ca.
Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda
igual a 8, isto é, Mo=8.
Exemplo 2: b) A variância é:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.
Medidas de dispersão
Duas distribuições de frequência com medidas de ten-
dência central semelhantes podem apresentar característi-
cas diversas. Necessita-se de outros índices numéricas que
informem sobre o grau de dispersão ou variação dos dados Desvio médio
em torno da média ou de qualquer outro valor de concen-
tração. Esses índices são chamados medidas de dispersão. Definição
Medida da dispersão dos dados em relação à média de
Variância uma sequência. Esta medida representa a média das dis-
tâncias entre cada elemento da amostra e seu valor médio.
Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos
de um conjunto de números em relação à sua média arit-
mética, e que é chamado de variância. Esse índice é assim
definido:
43
MATEMÁTICA
Desvio padrão
Definição
Seja o conjunto de números , tal que é sua média aritmética. Chama-se desvio padrão desse conjunto,
e indica-se por , o número:
Isto é:
Exemplo:
As estaturas dos jogadores de uma equipe de basquetebol são: 2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. Calcular:
a) A estatura média desses jogadores.
b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas.
Solução:
a) Sendo a estatura média, temos:
Questões
01. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017) Uma empresa tem 120 funcionários no total: 70 possuem
curso superior e 50 não possuem curso superior. Sabe-se que a média salarial de toda a empresa é de R$ 5.000,00, e que a
média salarial somente dos funcionários que possuem curso superior é de R$ 6.000,00. Desse modo, é correto afirmar que
a média salarial dos funcionários dessa empresa que não possuem curso superior é de
(A) R$ 4.000,00.
(B) R$ 3.900,00.
(C) R$ 3.800,00.
(D) R$ 3.700,00.
(E) R$ 3.600,00.
02. (TJM/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP/2017) Leia o enunciado a seguir para responder a questão.
A tabela apresenta o número de acertos dos 600 candidatos que realizaram a prova da segunda fase de um concurso,
que continha 5 questões de múltipla escolha
Número de acertos Número de candidatos
5 204
4 132
3 96
2 78
1 66
0 24
44
MATEMÁTICA
03. (PREF. GUARULHOS/SP – Assistente de Gestão Escolar – VUNESP/2016) Certa escola tem 15 classes no período
matutino e 10 classes no período vespertino. O número médio de alunos por classe no período matutino é 20, e, no período
vespertino, é 25. Considerando os dois períodos citados, a média aritmética do número de alunos por classe é
(A) 24,5.
(B) 23.
(C) 22,5.
(D) 22.
(E) 21.
04. (SEGEP/MA – Técnico da Receita Estadual – FCC/2016) Para responder à questão, considere as informações
abaixo.
Três funcionários do Serviço de Atendimento ao Cliente de uma loja foram avaliados pelos clientes que atribuíram uma
nota (1; 2; 3; 4; 5) para o atendimento recebido. A tabela mostra as notas recebidas por esses funcionários em um deter-
minado dia.
Considerando a avaliação média individual de cada funcionário nesse dia, a diferença entre as médias mais próximas
é igual a
(A) 0,32.
(B) 0,21.
(C) 0,35.
(D) 0,18.
(E) 0,24.
05. (UFES – Assistente em Administração – UFES/2017) Considere n números x1, x2, … , xn, em que x1 ≤ x2 ≤ ⋯ ≤ xn
. A mediana desses números é igual a x(n + 1)/2, se n for ímpar, e é igual à média aritmética de xn ⁄ 2 e x(n + 2)/2, se n for
par. Uma prova composta por 5 questões foi aplicada a uma turma de 24 alunos. A tabela seguinte relaciona o número de
acertos obtidos na prova com o número de alunos que obtiveram esse número de acertos.
A penúltima linha da tabela acima, por exemplo, indica que 5 alunos tiveram, cada um, um total de 4 acertos na prova.
A mediana dos números de acertos é igual a
(A) 1,5
(B) 2
(C) 2,5
(D) 3
(E) 3,5
45
MATEMÁTICA
06. (UFAL – Auxiliar de Biblioteca – COPEVE/2016) 09. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU-
A tabela apresenta o número de empréstimos de livros de NESP/2016) A média de salários dos 13 funcionários de
uma biblioteca setorial de um Instituto Federal, no primeiro uma empresa é de R$ 1.998,00. Dois novos funcionários
semestre de 2016. foram contratados, um com o salário 10% maior que o do
outro, e a média salarial dos 15 funcionários passou a ser
Mës Empréstimos R$ 2.013,00. O menor salário, dentre esses dois novos fun-
cionários, é igual a
Janeiro 15 (A)) R$ 2.002,00.
Fevereiro 25 (B) R$ 2.006,00.
Março 22 (C) R$ 2.010,00.
(D) R$ 2.004,00.
Abril 30
(E) R$ 2.008,00.
Maio 28
Junho 15
10. (PREF. DE NITERÓI – Agente Fazendário –
Dadas as afirmativas, FGV/2015) Os 12 funcionários de uma repartição da pre-
I. A biblioteca emprestou, em média, 22,5 livros por feitura foram submetidos a um teste de avaliação de co-
mês. nhecimentos de computação e a pontuação deles, em uma
II. A mediana da série de valores é igual a 26. escala de 0 a 100, está no quadro abaixo.
III. A moda da série de valores é igual a 15.
50 55 55 55 55 60
verifica-se que está(ão) correta(s) 62 63 65 90 90 100
(A) II, apenas.
(B) III, apenas. O número de funcionários com pontuação acima da
(C) I e II, apenas. média é:
(D) I e III, apenas. (A) 3;
(E) I, II e III. (B) 4;
(C) 5;
07. (COSANPA - Químico – FADESP/2017) Algumas (D) 6;
Determinações do teor de sódio em água (em mg L-1) fo- (E) 7.
ram executadas (em triplicata) paralelamente por quatro
laboratórios e os resultados são mostrados na tabela abai-
xo. Respostas
46
MATEMÁTICA
M=300
V=250
09. Resposta: C.
Vamos chamar de x a soma dos salários dos 13 funcio-
nários
04. Resposta: B. x/13=1998
X=13.1998
X=25974
Vamos chamar de y o funcionário contratado com me-
nor valor e, portanto, 1,1y o com 10% de salário maior, pois
ele ganha y+10% de y
Y+0,1y=1,1y
(x+y+1,1y)/15=2013
25974+2,1y=15∙2013
2,1y=30195-25974
2,1y=4221
Y=2010
05.Resposta: B.
Como 24 é um número par, devemos fazer a segunda
regra: M=66,67
Apenas 3 funcionários estão acima da média.
GEOMETRIA
06. Resposta: D.
Ângulos
Denominamos ângulo a região do plano limitada por
duas semirretas de mesma origem. As semirretas recebem
Mediana o nome de lados do ângulo e a origem delas, de vértice do
Vamos colocar os números em ordem crescente ângulo.
15,15,22,25,28,30
07. Resposta: C.
Como o desvio padrão é maior no 3, o erro padrão é
proporcional, portanto também é maior em 3.
47
MATEMÁTICA
48
MATEMÁTICA
Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpen- Triângulo equilátero: três lados iguais.
dicular a esse segmento pelo seu ponto médio.
Na figura, a reta m é a mediatriz de .
QUADRILÁTEROS
49
MATEMÁTICA
Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos. Diagonal de um polígono é um segmento cujas extre-
midades são vértices não-consecutivos desse polígono.
- é paralelo a
Número de Diagonais
Áreas
Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais,
então a razão de dois segmentos quaisquer de uma trans-
versal é igual à razão dos segmentos correspondentes da
outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que
são válidas as seguintes proporções:
50
MATEMÁTICA
Exemplo
3º Caso: LLL(lado-lado-lado)
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes
proporcionais, então esses dois triângulos são semelhan-
tes.
2
Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo
Casos de Semelhança
1º Caso:AA(ângulo-ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de
vértices correspondentes, então esses triângulos são con-
gruentes.
Temos:
2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes
proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles con-
gruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.
51
MATEMÁTICA
a: hipotenusa
b e c: catetos
h:altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipo-
tenusa
Fórmulas Trigonométricas
2. O produto dos catetos é igual ao produto da hi-
Relação Fundamental potenusa pela altura relativa à hipotenusa.
Existe uma outra importante relação entre seno e cos-
seno de um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.
Como
Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado 1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.
triangulo retângulo.
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são:
52
MATEMÁTICA
2. Oblíquas:r e s não são perpendiculares. 02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Con-
sidere um triângulo retângulo de catetos medindo 3m e
5m. Um segundo triângulo retângulo, semelhante ao pri-
meiro, cuja área é o dobro da área do primeiro, terá como
medidas dos catetos, em metros:
(A) 3 e 10.
(B) 3√2 e 5√2 .
(C) 3√2 e 10√2 .
(D) 5 e 6.
(E) 6 e 10.
b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são
coincidentes. 03. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na
figura abaixo, encontra-se representada uma cinta esticada
passando em torno de três discos de mesmo diâmetro e
tangentes entre si.
53
MATEMÁTICA
54
MATEMÁTICA
(A) 54.
(B) 48.
(C) 36.
(D) 40.
(E) 42. 96h=1728
H=18
(A) 64,2 m
(B) 46,2 m
(C) 92,4 m
(D) 128,4 m Lado=3√2
Outro lado =5√2
Respostas
55
MATEMÁTICA
5x=400
X=80
08. Resposta: B.
108/4=27m²
6x=27
X=27/6
O perímetro seria
10. Resposta: B.
A sombreada=100-25π
05. Resposta: C.
CQ é hipotenusa do triângulo GQC.
01. CQ²=10²+5²
CQ²=100+25 9x=108
CQ²=125 X=12
CQ=5√5 Para encontrar o perímetro do triângulo R2:
A área do quadrilátero seria CQ⋅BC
A=5√5⋅10=50√5
06. Resposta: C
Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x.
17²=x²+8²
289=x²+64
X²=225
X=15
56
MATEMÁTICA
11. Resposta: C.
1-cos²x=sen²x
12. Resposta: D.
Área
Área da base: Sb=πr²
Volume
X=6
Cones
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α,
um ponto V que não pertence ao plano.
A figura geométrica formada pela reunião de todos os
segmentos de reta que tem uma extremidade no ponto V
Y=10,2 e a outra num ponto do círculo denomina-se cone circular.
2 voltas=2(12+18+10,2+6+18)=128,4m
Cilindros
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de
centro O contido num deles, e uma reta s concorrente com
os dois.
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião
de todos os segmentos paralelos a s, com extremidades no
círculo e no outro plano.
Classificação
Classificação
Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando
as geratrizes são perpendiculares às bases.
Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é
equilátero.
Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.
57
MATEMÁTICA
Área
Área lateral:
Área da base:
Chamamos prisma o sólido determinado pela reunião
Área total: de todos os segmentos paralelos a r, com extremidades no
polígono R e no plano β.
Volume
Pirâmides
As pirâmides são também classificadas quanto ao nú-
mero de lados da base.
58
MATEMÁTICA
Área
Área cubo:
Área paralelepípedo:
A área de um prisma:
Onde: St=área total
Sb=área da base
Sl=área lateral, soma-se todas as áreas das faces late-
-Quadrangular rais.
Volume
Paralelepípedo:V=a.b.c
Cubo:V=a³
Demais:
59
MATEMÁTICA
Em uma revisão do projeto, foi necessário aumen- 06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-
tar em 1 m a medida da largura, indicada por x na figura, NESP/2017) As figuras seguintes mostram os blocos de
mantendo-se inalteradas as demais medidas. Desse modo, madeira A, B e C, sendo A e B de formato cúbico e C com
o volume inicialmente previsto para esse reservatório foi formato de paralelepípedo reto retângulo, cujos respecti-
aumentado em vos volumes, em cm³, são representados por VA, VB e VC.
(A) 1 m³ .
(B) 3 m³ .
(C) 4 m³ .
(D) 5 m³ .
(E) 6 m³ .
60
MATEMÁTICA
05. Resposta: C.
V=20⋅15⋅20=6000cm³=6000ml==6 litros
06. Resposta:C.
VA=125cm³
VB=1000cm³
61
MATEMÁTICA
09. Resposta: E.
V=2,5⋅2⋅1=5m³
Como foi retirado 3m³
5+3=2,5⋅2⋅h
8=5h
H=1,6m
10. Resposta: D.
Cone
Portanto,
Tipos de Matriz
Cilindro Matriz linha
V=Ab.h
V=πr²h Chama-se matriz linha a toda matriz que possui uma
Como o volume do cone é 30% maior: única linha.
117πr²=1,3 πr²h Assim, [2 3 7] é uma matriz do tipo 1 x 3.
H=117/1,3=90
Matriz coluna
Matriz
Chama-se matriz do tipo m x n, m ∈N* e n∈N*, a toda Matriz quadrada
tabela de m.n elementos dispostos em m linhas e n colunas.
Indica-se a matriz por uma letra maiúscula e colocar seus Chama-se matriz quadrada a toda matriz que possui
elementos entre parênteses ou entre colchetes como, por número de linhas igual ao número de colunas. Uma matriz
exemplo, a matriz A de ordem 2x3. quadrada A do tipo n x n é dita matriz quadrada de ordem
n e indica-se por An. Exemplo:
Representação da matriz
Forma explicita (ou forma de tabela)
A matriz A é representada indicando-se cada um de Diagonais
seus elementos por uma letra minúscula acompanhada Diagonal principal é a sequência tais que i=j, ou seja,
de dois índices: o primeiro indica a linha a que pertence (a11, a22, a33,..)
o elemento: o segundo indica a coluna a que pertence o Diagonal secundária é a sequência dos elementos tais
elemento, isto é, o elemento da linha i e da coluna j é in- que i+j=n+1, ou seja, (a1n, a2 n-1,...)
dicado por ij.
Assim, a matriz A2 x 3 é representada por:
Forma abreviada
A matriz A é dada por (aij)m x n e por uma lei que fornece
aij em função de i e j.
A=(aij)2 x 2, onde aij=2i+j
62
MATEMÁTICA
Matriz diagonal
Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de matriz diagonal se, e somen-
te se, todos os elementos que não pertencem à diagonal principal são iguais a zero.
Matriz identidade
Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de matriz identidade se, e somente se, os elementos da diagonal
principal são iguais a um e os demais são iguais a zero.
Matriz nula
É chamada matriz nula se, e somente se, todos os elementos são iguais a zero.
Matriz Transposta
Adição de Matrizes
Sejam A= (aij), B=(bij) e C=(cij) matrizes do mesmo tipo m x n. Diz-se que C é a soma de A com B, e indica-se por A+B.
Dada as matrizes:
, portanto
Propriedades da adição
Comutativa: A + B = B + A
Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
Elemento neutro: A + O = O + A = A
Elemento Oposto: A + (-A) = (-A) + A = O
Transposta da soma: (A + B)t = At + Bt
Subtração de matrizes
Sejam A=(aij), B=(bij) e C=(cij), matrizes do mesmo tipo m x n. Diz-se que C é a diferença A-B, se, e somente se, C=A+(-
-B).
63
MATEMÁTICA
Multiplicação de um número por uma matriz Temos que x=3; y=2; z=1; t=1
Considere: Logo,
Determinante
Dada uma matriz quadrada, chama-se determinante o
número real a ela associado.
Cálculo do determinante
Determinante de ordem 1
Multiplicação de matrizes
Determinante de ordem 3
Regra 1:
Matriz Inversa
Regra 2
Exemplo:
Determine a matriz inversa de A.
Solução
detA= a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a32 a21 a13 - a31 a22 a13 -a12
Seja
a21 a33 - a32 a23 a11
64
MATEMÁTICA
Matriz incompleta
Em que: Classificação
65
MATEMÁTICA
x + 3 y = 5
Sistema 2x3 2 x + ay = 1
Resolução
1 3
Resolução de um Sistema Linear por Escalonamento
D= = a−6
Podemos transformar qualquer sistema linear em um 2 a
outro equivalente pelas seguintes transformações elemen-
tares, realizadas com suas equações: D = 0⇒ a−6 = 0⇒ a = 6
-trocas as posições de duas equações
-Multiplicar uma das equações por um número real di- Assim, para a ≠ 6, o sistema é possível e determinado.
ferente de 0. Para a ≠ 6, temos:
-Multiplicar uma equação por um número real e adi-
x + 3 y = 5
cionar o resultado a outra equação.
Exemplo
x + 3 y = 5
2 x + 6 y = 1 ~
← −2 0 x + 0 y = −9
Regra de Cramer
Consideramos os sistema . Suponhamos
Depois eliminamos a incógnita x da segunda equação
que a ≠ 0. Observamos que a matriz incompleta desse sis-
Multiplicando a equação por -2:
tema é , cujo determinante é indicado por D =
ad – bc.
Assim, .
66
MATEMÁTICA
Questões
O valor de x²-2xy+y² é
igual a
(A) 8
(B) 6
(C) 4
(D) 2
(E) 0
é:
67
MATEMÁTICA
02. Resposta: E.
09. (MGS – Serviços Técnicos Contábeis – IBFC/2015)
Sejam as matrizes quadradas de e então o valor ordem
e , então o valor do determinante da ma-
triz C = A + B é igual a: 03. Resposta: E.
(A) -2
(B) 2
(C) 6
(D) -6
04. Resposta: A.
10. (PREF. DE SANTO ANDRÉ – Assistente Econômi-
co Financeiro – IBAM/2015) Considere as seguintes ma-
trizes:
05. Resposta:C.
detA=15+10+4x+6+2x-50=-19
Sendo “a” um número real, para que tenhamos A . B = 6x=0
C, o valor da variável “a” deverá ser: X=0
(A) um número inteiro, ímpar e primo.
(B) um número inteiro, par, maior que 1 e menor que 5 detB=0+40-y-0-12y+6=72
(C) um número racional, par, maior que 5 e menor que -13y=26
10. Y=-2
(D) um número natural, impar, maior que 1 e menor X²-2xy+y²=0²-0+4=4
que 5.
06. Resposta: A.
11. (BRDE – Analista de Sistemas – FUNDATE/2015) Observe a primeira coluna: foi multiplicado por 2.
A solução do seguinte sistema linear é: Observe a segunda coluna: foi multiplicada por -1
(A) S={(0,2,-5)} Portanto, fazemos as mesmas operações com o deter-
(B) S={(1,4,1)} minante: 10.2.-1=-20
68
MATEMÁTICA
(B) A-3B²=-51
24-3⋅(-5)²=-51 12. Resposta: A.
24-75=-51
-51=-51(V)
08. Resposta: A.
A12=0
A23=0
A33=7
A35=5
09. Resposta: D.
Somando as duas equações:
144y=36
-x+28y=3
-x+7=3
-x=3-7
10. Resposta: A. X=4
13. Resposta: D.
Para ser possível e indeterminado, D=Dx=Dy=Dz=0
D=(3m+4m+3)-(3m+6m+2)=0
7m+3-9m-2=0
-2m=-1
m=1/2
a+2=9
a=7
11. Resposta: D.
Da II equação tiramos:
X=5+z (n-4+9)-(-3+6+2n)=0
n+5-2n-3=0
Da III equação: -n=-2
Y=13+2z n=2
69
MATEMÁTICA
Termo Geral da PA
SEQUÊNCIAS, PROGRESSÃO Podemos escrever os elementos da PA(a1, a2, a3, ..., an,...)
ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA da seguinte forma:
Sequências
Sempre que estabelecemos uma ordem para os ele-
mentos de um conjunto, de tal forma que cada elemento
seja associado a uma posição, temos uma sequência.
O primeiro termo da sequência é indicado por a1,o se- Observe que cada termo é obtido adicionando-se ao
gundo por a2, e o n-ésimo por an. primeiro número de razões r igual à posição do termo me-
nos uma unidade.
Termo Geral de uma Sequência
Algumas sequências podem ser expressas mediante
uma lei de formação. Isso significa que podemos obter um
termo qualquer da sequência a partir de uma expressão,
que relaciona o valor do termo com sua posição. Soma dos Termos de uma Progressão Aritmética
Para a posição n(n∈N*), podemos escrever an=f(n) Considerando a PA finita (6,10, 14, 18, 22, 26, 30, 34).
6 e 34 são extremos, cuja soma é 40
Progressão Aritmética
Denomina-se progressão aritmética(PA) a sequência
em que cada termo, a partir do segundo, é obtido adicio-
nando-se uma constante r ao termo anterior. Essa constan-
te r chama-se razão da PA. Numa PA finita, a soma de dois termos equidistantes
dos extremos é igual à soma dos extremos.
Classificação
As progressões aritméticas podem ser classificadas de
acordo com o valor da razão r.
r<0, PA decrescente
r>0, PA crescente
r=0 PA constante
Exemplo
Uma progressão aritmética finita possui 39 termos. O
-A soma de dois termos equidistantes dos extremos é último é igual a 176 e o central e igual a 81. Qual é o pri-
igual à soma dos extremos. meiro termo?
Solução
Como esta sucessão possui 39 termos, sabemos que o
termo central é o a20, que possui 19 termos à sua esquerda
e mais 19 à sua direita. Então temos os seguintes dados
para solucionar a questão:
70
MATEMÁTICA
Termo Geral da PG
Pelo exemplo anterior, podemos perceber que cada
Sabemos também que a soma de dois termos equidis- termo é obtido multiplicando-se o primeiro por uma po-
tantes dos extremos de uma P.A. finita é igual à soma dos tência cuja base é a razão. Note que o expoente da razão é
seus extremos. Como esta P.A. tem um número ímpar de igual à posição do termo menos uma unidade.
termos, então o termo central tem exatamente o valor de
metade da soma dos extremos.
Em notação matemática temos:
2º Caso: q≠1
Assim sendo:
O primeiro termo desta sucessão é igual a -14.
Progressão Geométrica
Denomina-se progressão geométrica(PG) a sequência Exemplo
em que se obtém cada termo, a partir do segundo, multipli- Dada a progressão geométrica (1, 3, 9, 27,..) calcular:
cando o anterior por uma constante q, chamada razão da PG. a) A soma dos 6 primeiros termos
Exemplo b) O valor de n para que a soma dos n primeiros ter-
Dada a sequência: (4, 8, 16) mos seja 29524
Solução
a)
q=2
Classificação
As classificações geométricas são classificadas assim:
- Crescente: Quando cada termo é maior que o ante-
rior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e
0 < q < 1.
- Decrescente: Quando cada termo é menor que o an- b)
terior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando a1
< 0 e q > 1.
- Alternante: Quando cada termo apresenta sinal con-
trário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
- Constante: Quando todos os termos são iguais. Isto
ocorre quando q = 1. Uma PG constante é também uma PA
de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG
estacionaria.
71
MATEMÁTICA
Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica 04. (FCEP – Técnico Artístico – AMAUC/2017) Consi-
Infinita dere a equação do 1º grau: 2(x - 2) = 3(x/3 + 4) . A raiz da
1º Caso:-1<q<1 equação é o segundo termo de uma Progressão Aritmética
(P.A.). O primeiro termo da P.A. corresponde aos 3/4 da raiz
da equação. O valor do décimo termo da P.A. é:
(A) 48
(B) 36
Quando a PG infinita possui soma finita, dizemos que a (C) 32
série é convergente. (D) 28
(E) 24
2º Caso:
A PG infinita não possui soma finita, dizemos que a sé- 05. (ARTESP – Agente de Fiscalização à Regulação
rie é divergente de Transporte – FCC/2017) Em um experimento, uma
planta recebe a cada dia 5 gotas a mais de água do que
3º Caso: havia recebido no dia anterior. Se no 65° dia ela recebeu
Também não possui soma finita, portanto divergente 374 gotas de água, no 1° dia do experimento ela recebeu
(A) 64 gotas.
Produto dos termos de uma PG finita (B) 49 gotas.
(C) 59 gotas.
(D) 44 gotas.
(E) 54 gotas.
Questões
06. (ARTESP – Agente de Fiscalização à Regulação
01. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra- de Transporte – FCC/2017) Mantido o mesmo padrão na
balho Júnior -CESGRANRIO/2017) A soma dos n pri- sequência infinita 5, 6, 7, 8, 9, 7, 8, 9, 10, 11, 9, 10, 11, 12,
meiros termos de uma progressão geométrica é dada por 13, 11, 12, 13, 14, 15, . . . , a soma do 19° e do 31° termos
é igual a
(A) 42.
(B) 31.
Quanto vale o quarto termo dessa progressão geomé-
(C) 33.
trica?
(D) 39.
(E) 36.
(A) 1
(B) 3
07. (POLICIA CIENTIFICA/PR – Auxiliar de Necropsia
(C) 27
– IBFC/2017) Considere a seguinte progressão aritmética:
(D) 39
(23, 29, 35, 41, 47, 53, ...)
(E) 40
Desse modo, o 83.º termo dessa sequência é:
02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Para (A) 137
que a sequência (4x-1 , x² -1, x - 4) forme uma progressão (B) 455
aritmética, x pode assumir, dentre as possibilidades abaixo, (C) 500
o valor de (D) 515
(A) -0,5. (E) 680
(B) 1,5.
(C) 2. 08. (CEGAS – Assistente Técnico – IES/2017) Deter-
(D) 4. mine o valor do nono termo da seguinte progressão geo-
(E) 6. métrica (1, 2, 4, 8, ...):
(A) 438
03. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi- (B) 512
sor – FGV/2017) O valor da expressão (C) 256
(D) 128
2(1 - 2 + 3 - 4 + 5 - 6 + 7- ... + 2015 - 2016 + 2017) é:
09. (CRF/MT – Agente Administrativo – QUA-
(A)2014; DRIX/2017) Maria criou uma conta no Instagram. No
(B) 2016; mesmo dia, quatro pessoas começaram a segui-la. Após
(C) 2018; 1 dia, ela já tinha 21 seguidores e após 2 dias, já eram 38
(D) 2020; seguidores. Maria percebeu que, a cada dia, ela ganhava 17
(E) 2022. seguidores. Mantendo-se essa tendência, ela ultrapassará a
barreira de 1.000 seguidores após:
72
MATEMÁTICA
(A) 57 dias.
(B) 58 dias.
(C) 59 dias.
(D) 60 dias. Para a sequência par:
(E) 61 dias. -2016=-2+(n-1)⋅(-2)
-2016=-2-2n+2
10.. (PREF. DE CHOPINZINHO – Procurador Munici- 2n=2016
pal – FAU/2016) Com base na sequência numérica a seguir N=1008
determine o sexto termo da sequência:
196 ;169 ;144 ;121 ; ...
(A) 115.
(B) 100.
(C) 81.
(D) 69.
(E) 49. 1018081-1017072=1009
2⋅1009=2018
Respostas
04. Resposta: A.
01.Resposta: A. Raiz da equação:
2x-4=x+12
X=16 é 0 segundo termo da PA
Primeiro termo:
PA
Como S3 é a soma dos 3 primeiros e S4 é a soma dos 4 (12,16,...)
primeiros termos, se subtrairmos um do outro, obteremos R=16-12=4
o 4º termo.
02. Resposta: B.
Para ser uma PA: =48
X²-1-(4x-1)=x-4-(x²-1)
X²-1-4x+1=x-4-x²+1 05. Resposta: E.
X²+x²-4x-x-3=0
2x²-5x-3=0
∆=25-24=1
A1=374-320
A1=54
06. Resposta: B.
Observe os números em negrito:
9, 11, 13, 15,...
03. Resposta: C. São os números ímpares, a partir do 9 e a cada 5 nú-
Os termos ímpares formam uma PA de razão 2 e são os meros.
números ímpares. Ou seja, o 9 está na posição 5
Os termos pares formam uma PA de razão -2 O 11 está na posição 10 e assim por diante.
Vamos descobrir quantos termos há: O 19º termo, já temos na sequência que é o 14
Seguindo os termos:
2017=1+(n-1)⋅2 25º termo é o 17
2017=1+2n-2 30º termo é 19
2017=-1+2n Como o número seguinte a esses, abaixa duas unida-
2n=2018 des
n=1009 O 31º termo é o 17.
14+17=31
73
MATEMÁTICA
PORCENTAGEM
74
MATEMÁTICA
Questões
− A seguir, todos deveriam mostrar aos demais suas 07. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-
avaliações. NESP/2017) A empresa Alfa Sigma elaborou uma previsão
de receitas trimestrais para 2018. A receita prevista para o
− Uma partilha seria considerada boa se cada um deles primeiro trimestre é de 180 milhões de reais, valor que é
recebesse uma joia que avaliou como valendo 33,3% da 10% inferior ao da receita prevista para o trimestre seguin-
herança toda ou mais. te. A receita prevista para o primeiro semestre é 5% inferior
à prevista para o segundo semestre. Nessas condições, é
As avaliações de cada um dos irmãos a respeito das correto afirmar que a receita média trimestral prevista para
joias foi a seguinte: 2018 é, em milhões de reais, igual a
75
MATEMÁTICA
Respostas
Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de
01. Resposta:B. 30%.
Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do pro-
duto. OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não
errar conforme a pergunta feita.
1600⋅0,6=960
Como vai pagar 10% a mais: 09. Resposta: B.
960⋅1,1=1056 8,6(1+x)=10,75
8,6+8,6x=10,75
02. Resposta: E. 8,6x=10,75-8,6
63/35=1,80 8,6x=2,15
Portanto teve um aumento de 80%. X=0,25=25%
76
MATEMÁTICA
77
MATEMÁTICA
78
MATEMÁTICA
79
MATEMÁTICA
80
MATEMÁTICA
Vamos tentar esclarecer esses conceitos, que na maio- NOTA: Para comprovar que a taxa de 0,948% a.m é
ria das vezes nos livros e apostilas disponíveis no mercado, equivalente a taxa de 12% a.a, basta calcular o montante
não são apresentados de uma maneira clara. utilizando a taxa anual, neste caso teremos que transfor-
Temos a chamada taxa de juros nominal, quando esta mar 18 (dezoito) meses em anos para fazer o cálculo, ou
não é realmente a taxa utilizada para o cálculo dos juros seja : 18: 12 = 1,5 ano. Assim:
(é uma taxa “sem efeito”). A capitalização (o prazo de for- M = c (1 + i)n
mação e incorporação de juros ao capital inicial) será dada M = 1000 (1 + 0,12) 1,5 = 1.000 x 1,185297
através de outra taxa, numa unidade de tempo diferente, M = 1.185,29
taxa efetiva.
Como calcular a taxa que realmente vai ser utilizada; Conclusões:
isto é, a taxa efetiva? - A taxa nominal é 12% a.a, pois não foi aplicada no
Vamos acompanhar através do exemplo cálculo do montante. Normalmente a taxa nominal vem
sempre ao ano!
Taxa Efetiva - A taxa efetiva mensal, como o próprio nome diz, é
Calcular o montante de um capital de R$ 1.000,00 (mil aquela que foi utilizado para cálculo do montante. Pode
reais), aplicados durante 18 (dezoito) meses, capitalizados ser uma taxa proporcional mensal (1 % a.m.) ou uma taxa
mensalmente, a uma taxa de 12% a.a. Explicando o que é equivalente mensal (0,949 % a.m.).
taxa Nominal, efetiva mensal e equivalente mensal: - Qual a taxa efetiva mensal que devemos utilizar? Em
Respostas e soluções: se tratando de concursos públicos, a grande maioria das
1) A taxa Nominal é 12% a.a; pois o capital não vai ser bancas examinadoras utilizam a convenção da taxa propor-
capitalizado com a taxa anual. cional. Em se tratando do mercado financeiro, utiliza-se a
2) A taxa efetiva mensal a ser utilizada depende de convenção de taxa equivalente.
duas convenções: taxa proporcional mensal ou taxa equi-
valente mensal. Taxa Equivalente
a) Taxa proporcional mensal (divide-se a taxa anual por Taxas Equivalentes são taxas que quando aplicadas ao
12): 12%/12 = 1% a.m. mesmo capital, num mesmo intervalo de tempo, produzem
b) Taxa equivalente mensal (é aquela que aplicado aos montantes iguais. Essas taxas devem ser observadas com
R$ 1.000,00, rende os mesmos juros que a taxa anual apli- muita atenção, em alguns financiamentos de longo prazo,
cada nesse mesmo capital). somos apenas informados da taxa mensal de juros e não
tomamos conhecimento da taxa anual ou dentro do pe-
Cálculo da taxa equivalente mensal: ríodo estabelecido, trimestre, semestre entre outros. Uma
expressão matemática básica e de fácil manuseio que nos
fornece a equivalência de duas taxas é:
1 + ia = (1 + ip)n, onde:
ia = taxa anual
onde: ip = taxa período
iq : taxa equivalente para o prazo que eu quero n: número de períodos
it : taxa para o prazo que eu tenho
q : prazo que eu quero Observe alguns cálculos:
t : prazo que eu tenho
Exemplo 1
Qual a taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês?
Temos que: 2% = 2/100 = 0,02
1 + ia = (1 + 0,02)12
1 + ia = 1,0212
iq = 0,009489 a.m ou iq = 0,949 % a.m. 1 + ia = 1,2682
3) Cálculo do montante pedido, utilizando a taxa efe- ia = 1,2682 – 1
tiva mensal ia = 0,2682
ia = 26,82%
a) pela convenção da taxa proporcional: A taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês é de
M = c (1 + i)n 26,82%.
M = 1000 (1 + 0,01) 18 = 1.000 x 1,196147
M = 1.196,15 As pessoas desatentas poderiam pensar que a taxa
anual nesse caso seria calculada da seguinte forma: 2% x
b) pela convenção da taxa equivalente: 12 = 24% ao ano. Como vimos, esse tipo de cálculo não
procede, pois a taxa anual foi calculada de forma correta e
M = c (1 + i)n corresponde a 26,82% ao ano, essa variação ocorre porque
M = 1000 (1 + 0,009489) 18 = 1.000 x 1,185296 temos que levar em conta o andamento dos juros compos-
M = 1.185,29 tos ( juros sobre juros).
81
MATEMÁTICA
Taxa Real
A taxa real expurga o efeito da inflação. Um aspecto interessante sobre as taxas reais de juros, é que elas podem ser
inclusive, negativas.
Vamos encontrar uma relação entre as taxas de juros nominal e real. Para isto, vamos supor que um determinado capital
P é aplicado por um período de tempo unitário, a certa taxa nominal in
O montante S1 ao final do período será dado por S1 = P(1 + in).
Consideremos agora que durante o mesmo período, a taxa de inflação (desvalorização da moeda) foi igual a j. O capital
corrigido por esta taxa acarretaria um montante S2 = P (1 + j).
A taxa real de juros, indicada por r, será aquela aplicada ao montante S2, produzirá o montante S1. Poderemos então
escrever: S1 = S2 (1 + r)
Substituindo S1 e S2 , vem:
P(1 + in) = (1+r). P (1 + j)
Daí então, vem que:
(1 + in) = (1+r). (1 + j), onde:
in = taxa de juros nominal
j = taxa de inflação no período
r = taxa real de juros
Observe que se a taxa de inflação for nula no período, isto é, j = 0, teremos que as taxas nominal e real são coincidentes.
Exemplo
Numa operação financeira com taxas pré-fixadas, um banco empresta $120.000,00 para ser pago em um ano com
$150.000,00. Sendo a inflação durante o período do empréstimo igual a 10%, pede-se calcular as taxas nominal e real deste
empréstimo.
Teremos que a taxa nominal será igual a:
in = (150.000 – 120.000)/120.000 = 30.000/120.000 = 0,25 = 25%
Portanto in = 25%
Como a taxa de inflação no período é igual a j = 10% = 0,10, substituindo na fórmula anterior, vem:
(1 + in) = (1+r). (1 + j)
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,10)
1,25 = (1 + r).1,10
1 + r = 1,25/1,10 = 1,1364
Portanto, r = 1,1364 – 1 = 0,1364 = 13,64%
Se a taxa de inflação no período fosse igual a 30%, teríamos para a taxa real de juros:
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,30)
1,25 = (1 + r).1,30
1 + r = 1,25/1,30 = 0,9615
Portanto, r = 0,9615 – 1 = -,0385 = -3,85% e, portanto teríamos uma taxa real de juros negativa.
Exemplo
$100.000,00 foi emprestado para ser quitado por $150.000,00 ao final de um ano. Se a inflação no período foi de 20%,
qual a taxa real do empréstimo?
Resposta: 25%
Taxas Proporcionais
Para se compreender mais claramente o significado destas taxas deve-se reconhecer que toda operação envolve dois
prazos:
- o prazo a que se refere à taxa de juros; e
- o prazo de capitalização (ocorrência) dos juros. (ASSAF NETO, 2001).
Taxas Proporcionais: duas (ou mais) taxas de juro simples são ditas proporcionais quando seus valores e seus respecti-
vos períodos de tempo, reduzidos a uma mesma unidade, forem uma proporção. (PARENTE, 1996). Exemplos
Para os exemplos numéricos descritos nas tabelas, em todas as diferentes formas de amortização, utilizaremos o mes-
mo exercício: uma dívida de valor inicial de R$ 100 mil, prazo de três meses e juros de 3% ao mês.
82
MATEMÁTICA
Pagamento único
É a quitação de toda a dívida (amortização + juros) em um único pagamento, ao final do período. Utilizamos a mesma
fórmula do montante:
M = C (1 + i×n)
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período
M = C (1+i)n
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período
0 - - -
100.000,00
1 - -
3.000,00 103.000,00
2 - -
3.000,00 106.000,00
3 109.000,00 -
3.000,00 100.000,00
Nos juros compostos:
1 - - 103.000,00
3.000,00
2 - - 106.090,00
3.090,00
3 -
3.182,70 100.000,00 109.272,70
Foi elaborado para apresentar pagamentos iguais ao longo do período do desembolso das prestações. A fórmula para
encontrarmos a prestação é dada a seguir:
PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1
83
MATEMÁTICA
i = taxa de juros
n = período
A fórmula foi desenvolvida, considerando-se apenas a capitalização por juros compostos. O resultado é listado a seguir:
0 - -
- 100.000,00
1 32.353,04
3.000,00 35.353,04 67.646,96
2 33.323,63
2.029,41 35.353,04 34.323,33
3 34.323,33 -
1.029,71 35.353,04
Amortiza-
n Juros Prestação Saldo devedor
ção
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 67.156,81
32.843,19 35.843,19
2 2.014,70 33.828,32
33.328,49 35.343,19
3 1.014,87 -
33.828,32 34.843,19
Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:
PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período
84
MATEMÁTICA
n = período
An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período
0 -
3.000,00 3.000,00 100.000,00
1
2.030,30 32.323,34 34.353,64 67.676,66
2
1.030,61 33.323,03 34.353,64 34.353,63
3 -
34.353,64 34.353,64 (0,01)
OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do
cálculo e serão desconsiderados.
Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:
85
MATEMÁTICA
Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.
Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.
N Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (3.000,00) (36.333,33) (35.353,04) (35.843,19) (34.353,64)
2 - (3.000,00) (35.333,33) (35.353,04) (35.343,19) (34.353,64)
3 (109.272,70) (103.000,00) (34.333,34) (35.353,04) (34.843,19) (34.353,64)
As várias formas de amortização utilizadas pelo mercado brasileiro, em sua maioria, consideram o regime de capitali-
zação por juros compostos. A comparação entre estas, por meio do VPL (vide item 6.2), demonstra que o custo entre elas
se equivale. Vejam: no nosso exemplo, todos, exceto no sistema alemão, os juros efetivos cobrados foram de 3% ao mês
(regime de juros compostos) ou 9,27% no acumulado dos três meses.
n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
86
MATEMÁTICA
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa ( juros compostos) de 3% ao mês.
Considerando o custo de oportunidade de 2% ao mês, isto é, abaixo do valor do empréstimo, teríamos a tabela abaixo.
Isso seria uma situação mais comum: juros do empréstimo mais caro que uma aplicação no mercado. Neste caso, quanto
menor (em módulo) o VPL, melhor para o tomador do empréstimo, ou seja, o sistema SAC seria o melhor sob o ponto de
vista financeiro.
n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.941,18) (35.620,91) (34.659,84) (35.140,38) (33.680,04)
2 - (2.883,51) (33.961,29) (33.980,24) (33.970,77) (33.019,64)
3 (102.970,11) (97.059,20) (32.353,07) (33.313,96) (32.833,52) (32.372,20)
VPL (2.970,11) (2.883,88) (1.935,28) (1.954,04) (1.944,67) (2.071,88)
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa ( juros compostos) de 2% ao mês.
Outra situação seria considerarmos um empréstimo com taxa de juros abaixo do mercado. Neste exemplo a seguir,
teremos como custo de oportunidade a taxa de 4% ao mês. Isso, na vida real, não será comum: juros do empréstimo mais
barato do que uma aplicação no mercado. Assim, como no exemplo anterior, quanto maior o VPL, melhor para o tomador
do empréstimo, ou seja, o sistema de pagamento único, sob o ponto de vista financeiro, é o melhor, como no caso abaixo.
n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.884,62) (34.935,89) (33.993,31) (34.464,61) (33.032,34)
2 - (2.773,67) (32.667,65) (32.685,87) (32.676,77) (31.761,87)
3 (97.143,03) (91.566,62) (30.522,21) (31.428,72) (30.975,47) (30.540,26)
VPL 2.856,97 2.775,09 1.874,24 1.892,10 1.883,16 1.665,53
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa ( juros compostos) de 4% ao mês.
Referências
M = C (1+i)n
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período
87
MATEMÁTICA
PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1
Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:
PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período
88
MATEMÁTICA
An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período
n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
1 2.030,30 32.323,34 34.353,64 67.676,66
2 1.030,61 33.323,03 34.353,64 34.353,63
3 - 34.353,64 34.353,64 (0,01)
OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do
cálculo e serão desconsiderados.
Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:
Saldo
Nº Prestação Prestação Juros Amortização
Devedor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
10 10300 300 10000 20000
89
MATEMÁTICA
Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.
Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.
Questões
01. (TRE/PR – Analista Judiciário – FCC/2017) Para comprar um automóvel, Pedro realizou uma pesquisa em 3 con-
cessionárias e obteve as seguintes propostas de financiamento:
Sabendo que a taxa de juros compostos era 4% ao mês, para a aquisição do automóvel
(A) a melhor proposta é a 1, apenas.
(B) a melhor proposta é a 2, apenas.
(C) a melhor proposta é a 3, apenas.
(D) as melhores propostas são 2 e 3, por serem equivalentes.
(E) as melhores propostas são 1 e 2, por serem equivalentes.
02. (TST – Analista Judiciário – FCC/2017) Um empréstimo foi obtido para ser liquidado em 10 parcelas mensais de
R$ 2.000,00, vencendo-se a primeira parcela um mês após a data da obtenção. A taxa de juros negociada com a instituição
financeira foi 2% ao mês no regime de capitalização composta. Se, após o pagamento da oitava parcela, o devedor decidir
liquidar o saldo devedor do empréstimo nesta mesma data, o valor que deverá ser pago, desprezando-se os centavos, é,
em reais,
(A) 3.846,00.
(B) 3.883,00.
(C) 3.840,00.
(D) 3.880,00.
(E) 3.845,00.
03. (POLICIA CIENTIFICA/PR – Perito Criminal – IBFC/2017) Assinale a alternativa correta. Uma pessoa comprou
um vídeo game de última geração em uma loja, parcelando em 12 prestações mensais de 140,00 cada uma, sem entrada.
Sabendo-se que a taxa de juros compostos cobrada pela loja foi de 3% ao mês, sendo que os valores estão arredondados
e que: (1,03)12 = 1,4258
(1,03)12 x 0,03 = 0,0428
0,4258/0,0428 = 9,95
90
MATEMÁTICA
O valor do vídeo game era de: 07. (FUNAPE – Analista em Gestão Previdenciária –
(A) R$ 1.393 FCC/2017) Um empréstimo foi contratado com uma taxa
(B) R$ 1.820 nominal de juros de 6% ao trimestre e com capitalização
(C) R$ 1.680 mensal. A taxa efetiva desse empréstimo é igual a
(D) R$ 1.178 (A) 6,2302%.
(E) R$ 1.423 (B) 6,3014%.
(C) 6,1385%.
(D) 6,2463%.
04. (TST – Analista Judiciário – FCC/2017) Um in- (E) 6,1208%.
vestidor aplicou R$ 10.000,00 em títulos que remuneram à
taxa de juros compostos de 10% ao ano e o prazo para res-
gate da aplicação foi de 2 anos. Sabendo-se que a inflação 08. (TRE/BA – Técnico Judiciário – CESPE/2017) Um
no prazo total da aplicação foi 15%, a taxa real de remune- banco emprestou a uma empresa R$ 100.000, entregues no
ração obtida pelo investidor no prazo total da aplicação foi ato, sem prazo de carência, para serem pagos em quatro
(A) 5,00%. prestações anuais consecutivas pelo sistema de amortiza-
(B) 6,00%. ção constante (SAC). A taxa de juros compostos contratada
(C) 5,22%. para o empréstimo foi de 10% ao ano, e a primeira presta-
(D) 5,00% (negativo). ção será paga um ano após a tomada do empréstimo.
(E) 4,55%. Nessa situação, o valor da segunda prestação a ser
paga pela empresa será
(A) superior a R$ 33.000.
05. (TST - Analista Judiciário - FCC/2017) Uma em- (B) inferior a R$ 30.000.
presa obteve um empréstimo no valor de R$ 100.000,00 (C) superior a R$ 30.000 e inferior a R$ 31.000.
para ser liquidado em uma única parcela no final do prazo (D) superior a R$ 31.000 e inferior a R$ 32.000.
de 2 meses. A taxa de juros compostos negociada foi 3% ao (E) superior a R$ 32.000 e inferior a R$ 33.000.
mês e a empresa deve pagar, adicionalmente, na data da
obtenção do empréstimo, uma taxa de cadastro no valor
de R$ 1.000,00. Na data do vencimento do empréstimo a 09. (EMBASA – Contador – IBFC/2017) Um clien-
empresa deve pagar, junto com o valor que pagará à ins- te fez um empréstimo no valor de R$ 2.000,00 no Banco
tituição financeira, um imposto no valor de R$ 530,00. O ABC em 31/12/2013 para reaplicar em um investimento
custo efetivo total para a empresa no prazo do emprésti- em sua empresa. A taxa de juros cobrada pelo Banco era
mo, foi de 10% ao ano. Após um ano, em 31/12/2014, o fluxo de
(A) 7,70%. caixa da empresa foi de R$ 1.100,00. Após dois anos, em
(B) 6,09%. 31/12/2015, o fluxo de caixa da empresa foi de R$ 1.210,00
(C) 7,62%. e em 31/12/2016, após três anos, o fluxo de caixa da em-
(D) 6,00%. presa foi de R$ 1.331,00.
(E) 7,16%. O valor presente líquido dos valores do fluxo de caixa,
trazidos a valor presente em 31/12/2013, era de:
(A) R$ 1.100,00
06. (TRE/PR - Analista Judiciário - FCC/2017) A Cia. (B) R$ 1.000,00
Ted está avaliando a alternativa de compra de um novo (C) R$ 2.210,00
equipamento por R$ 480.000,00 à vista. Estima-se que a (D) R$ 2.331,00
vida útil do equipamento seja de 3 anos, que o valor residual
de revenda no final do terceiro ano seja R$ 70.000,00 e que
os fluxos líquidos de caixa gerados por este equipamento 10.(DPE/PR – Contador – INAZ DO PARÁ/2017) Um
ao final de cada ano sejam R$ 120.000,00, R$180.000,00 e comerciante recebeu, no meio do mês, uma excelente ofer-
R$ 200.000,00, respectivamente. Sabendo que a taxa míni- ta de compra de material para sua empresa no valor de
ma de atratividade é de 10% a.a., a alternativa R$8.000,00. No entanto, por estar desprovido de recursos,
(A) apresenta valor presente líquido positivo. precisou tomar um empréstimo junto ao seu banco, em
(B) apresenta valor presente líquido negativo. parcelas de 15 vezes a uma taxa de juros 2,5% a.m. Deter-
(C) apresenta taxa interna de retorno maior que 10% mine o valor da última prestação do empréstimo, lembran-
a.a. do que o Sistema de financiamento usado é o SAC.
(D) é economicamente viável à taxa mínima de atrati- (A) R$ 533,33
vidade de 10% a.a.. (B) R$ 733,33
(E) é economicamente viável à taxa mínima de atrativi- (C) R$ 653,33
(D) R$ 560,00
dade de 12% a.a..
(E) R$ 546,67
91
MATEMÁTICA
08. Resposta: E.
SD=100000
A=100000/4=25000
02. Resposta: B. J=(100000-25000)⋅0,1
J=7500
P=A+J
P=25000+7500=32500
03. Resposta: A.
Sendo PMT o valor da parcela e PV o valor presente, 09. Resposta: B.
usaremos o sistema de amortização PRICE, por ser parcelas
fixas:
10. Resposta: E.
8000/15 = 533,33
Portanto, a última parcela será de 533,33⋅1,025=546,66
04. Resposta: C.
Sendo i a taxa de juros nominal
R a taxa de juros real
J a taxa de juros de inflação
1+i=(1+r)(1+j)
(1+0,1)²=(1+r)⋅(1+0,15)
1,1²=(1+r) ⋅1,15
1,21=1,15+1,15r
0,06=1,15r
R=0,05217≅0,0522=5,22%
05. Resposta: A.
M=C(1+i)t
M=100000(1+0,03)²=106090
Como teve uma taxa de 1000, a empresa recebeu en-
tão 99000
A empresa teve eu pagar 106090+530=106620
106620=99000(1+i)
106620=99000+99000i
7620=99000i
I=0,0769=7,69%
92
MATEMÁTICA
Exemplo
p: Thiago é nutricionista.
V(p)= V essa é a simbologia para indicar que o valor
Proposição lógico de p é verdadeira, ou
Definição: Todo o conjunto de palavras ou símbolos V(p)= F
que exprimem um pensamento de sentido completo.
Basicamente, ao invés de falarmos, é verdadeiro ou fal-
Nossa professora, bela definição! so, devemos falar tem o valor lógico verdadeiro, tem valor
Não entendi nada! lógico falso.
Vamos pensar que para ser proposição a frase tem que Classificação
fazer sentido, mas não só sentido no nosso dia a dia, mas
também no sentido lógico. Proposição simples: não contém nenhuma outra pro-
Para uma melhor definição dentro da lógica, para ser
posição como parte integrante de si mesma. São geral-
proposição, temos que conseguir julgar se a frase é verda-
mente designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r,s...
deira ou falsa.
E depois da letra colocamos “:”
Exemplos:
(A) A Terra é azul. Exemplo:
Conseguimos falar se é verdadeiro ou falso? Então é p: Marcelo é engenheiro
uma proposição. q: Ricardo é estudante
(B) >2
Proposição composta: combinação de duas ou mais
Como ≈1,41, então a proposição tem valor lógico proposições. Geralmente designadas pelas letras maiúscu-
falso. las P, Q, R, S,...
93
MATEMÁTICA
-Condicional
Extenso: Se...,então..., É necessário que, Condição ne-
Exemplo cessária
p: Lívia é estudante. Símbolo: →
~p: Lívia não é estudante.
Exemplos
q: Pedro é loiro. p→q: Se chove, então faz frio.
¬q: É falso que Pedro é loiro. p→q: É suficiente que chova para que faça frio.
p→q: Chover é condição suficiente para fazer frio.
r: Érica lê muitos livros. p→q: É necessário que faça frio para que chova.
~r: Não é verdade que Érica lê muitos livros. p→q: Fazer frio é condição necessária para chover.
Exemplos
p: Vinícius é professor.
q: Camila é médica. Questões
p∧q: Vinícius é professor e Camila é médica.
p∧q: Vinícius é professor, mas Camila é médica. 01. (IFBAIANO – Assistente em Administração –
p∧q: Vinícius é professor, porém Camila é médica. FCM/2017) Considere que os valores lógicos de p e q são
V e F, respectivamente, e avalie as proposições abaixo.
- Disjunção I- p → ~(p ∨ ~q) é verdadeiro
II- ~p → ~p ∧ q é verdadeiro
III- p → q é falso
IV- ~(~p ∨ q) → p ∧ ~q é falso
p: Vitor gosta de estudar.
q: Vitor gosta de trabalhar Está correto apenas o que se afirma em:
94
MATEMÁTICA
02. (TERRACAP – Técnico Administrativo – QUA- 05. (EBSERH – Médico – IBFC/2017) Sabe-se que p,
DRIX/2017) Sabendo-se que uma proposição da forma q e r são proposições compostas e o valor lógico das pro-
“P→Q” — que se lê “Se P, então Q”, em que P e Q são pro- posições p e q são falsos. Nessas condições, o valor lógico
posições lógicas — é Falsa quando P é Verdadeira e Q é Fal- da proposição r na proposição composta {[q v (q ^ ~p)] v r}
sa, e é Verdadeira nos demais casos, assinale a alternativa cujo valor lógico é verdade, é:
que apresenta a única proposição Falsa.
(A) falso
(A) Se 4 é um número par, então 42 + 1 é um número (B) inconclusivo
primo. (C) verdade e falso
(B) Se 2 é ímpar, então 22 é par. (D) depende do valor lógico de p
(C) Se 7 × 7 é primo, então 7 é primo. (E) verdade
(D) Se 3 é um divisor de 8, então 8 é um divisor de 15.
(E) Se 25 é um quadrado perfeito, então 5 > 7. 06. (PREF. DE TANGUÁ/RJ – Fiscal de Tributos – MS-
CONCURSOS/2017) Qual das seguintes sentenças é clas-
03. (IFBAIANO – Assistente Social – FCM/2017) sificada como uma proposição simples?
Segundo reportagem divulgada pela Globo, no dia
17/05/2017, menos de 40% dos brasileiros dizem praticar (A) Será que vou ser aprovado no concurso?
esporte ou atividade física, segundo dados da Pesquisa Na- (B) Ele é goleiro do Bangu.
cional por Amostra de Domicílios (Pnad)/2015. Além disso, (C) João fez 18 anos e não tirou carta de motorista.
concluiu-se que o número de praticantes de esporte ou de (D) Bashar al-Assad é presidente dos Estados Unidos.
atividade física cresce quanto maior é a escolaridade.
(Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/me-
07.(EBSERH – Assistente Administrativo –
nos-de-40-dos-brasileiros-dizem-praticar-esporte-ou-ati-
IBFC/2017) Assinale a alternativa incorreta com relação
vidade-fisica-futebol-e-caminhada-lideram-praticas.ghtml.
aos conectivos lógicos:
Acesso em: 23 abr. 2017).
Com base nessa informação, considere as proposições
p e q abaixo: (A) Se os valores lógicos de duas proposições forem
falsos, então a conjunção entre elas têm valor lógico falso.
p: Menos de 40% dos brasileiros dizem praticar esporte (B) Se os valores lógicos de duas proposições forem
ou atividade física falsos, então a disjunção entre elas têm valor lógico falso.
q: O número de praticantes de esporte ou de atividade (C) Se os valores lógicos de duas proposições forem
física cresce quanto maior é a escolaridade falsos, então o condicional entre elas têm valor lógico ver-
dadeiro.
Considerando as proposições p e q como verdadeiras, (D) Se os valores lógicos de duas proposições forem
avalie as afirmações feitas a partir delas. falsos, então o bicondicional entre elas têm valor lógico
falso.
I- p ∧ q é verdadeiro (E) Se os valores lógicos de duas proposições forem
II- ~p ∨ ~q é falso falsos, então o bicondicional entre elas têm valor lógico
III- p ∨ q é falso verdadeiro.
IV- ~p ∧ q é verdadeiro
08. (DPU – Analista – CESPE/2016) Um estudante de
Está correto apenas o que se afirma em: direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou
sua própria legenda, na qual identificava, por letras, algu-
(A) I e II. mas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e
(B) II e III. as vinculava por meio de sentenças (proposições). No seu
(C) III e IV. vocabulário particular constava, por exemplo:
(D) I, II e III.
(E) II, III e IV. P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.
04. (UFSBA - Administrador – UFMT /2017) Assinale R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclu-
a alternativa que NÃO apresenta uma proposição.
são no regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.
(A) Jorge Amado nasceu em Itabuna-BA.
(B) Antônio é produtor de cacau.
Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não re-
(C) Jorge Amado não foi um grande escritor baiano.
(D) Queimem os seus livros. cordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue
o item que se segue.
95
MATEMÁTICA
96
MATEMÁTICA
Quando temos duas proposições, não basta colocar só Vamos pensar na mesma frase anterior, mas com o co-
nectivo “ou”.
VF, será mais que duas linhas.
Eu comprei bala ou chocolate.
p q Eu comprei bala e também comprei o chocolate, está
V V certo pois poderia ser um dos dois ou os dois.
V F Se eu comprei só bala, ainda estou certa, da mesma
F V forma se eu comprei apenas chocolate.
F F Agora se eu não comprar nenhum dos dois, não dará
certo.
Observe, a primeira proposição ficou VVFF
E a segunda intercalou VFVF.
Vamos raciocinar, com uma proposição temos 2 possi- p q p ∨q
bilidades, com 2 proposições temos 4, tem que haver um V V V
padrão para se tornar mais fácil! V F V
As possibilidades serão 2n,
F V V
Onde:
n=número de proposições F F F
p q r -Disjunção Exclusiva
V V V
V F V Na disjunção exclusiva é diferente, pois OU comprei
chocolate OU comprei bala.
V V F
Ou seja, um ou outro, não posso ter os dois ao mesmo
V F F tempo.
F V V
F F V p q p∨q
V V F
F V F
V F V
F F F F V V
F F F
A primeira proposição, será metade verdadeira e me-
tade falsa.
A segunda, vamos sempre intercalar VFVFVF.
E a terceira VVFFVVFF.
Agora, vamos ver a tabela verdade de cada um dos
operadores lógicos?
97
MATEMÁTICA
98
MATEMÁTICA
Exemplo 3
Se João é estudante ou não é estudante, então Mateus
é professor.
P Q ~p p∨~p p∨~p→q
V V F V V
V F F V F
F V V V V
F F V V V
01. (TRT 7ªREGIÃO – Conhecimentos Básicos – CES- 03. (UTFPR – pedagogo – UTFPR/2017) A operação
PE/2017) Texto CB1A5AAA – Proposição P lógica descrita pela tabela verdade da função Z, cujos ope-
A empresa alegou ter pago suas obrigações previden- randos são p e q, é:
ciárias, mas não apresentou os comprovantes de paga-
mento; o juiz julgou, pois, procedente a ação movida pelo
ex-empregado.
A quantidade mínima de linhas necessárias na tabela-
-verdade para representar todas as combinações possíveis
para os valores lógicos das proposições simples que com-
põem a proposição P do texto CB1A5AAA é igual a:
(A) 32.
(A) Conjunção.
(B) 4.
(B) Disjunção.
(C) 8.
(C) Disjunção exclusiva.
(D) 16. (D) Implicação.
(E) Bicondicional.
02. (SERES/PE – Agente de Segurança Penitenciária 04. (POLITEC/MT – Papiloscopista – UFMT/2017)
– CESPE/2017) A partir das proposições simples P: “Sandra Considere a tabela-verdade abaixo, em que nas duas pri-
foi passear no centro comercial Bom Preço”, Q: “As lojas meiras colunas encontram-se os valores-verdade de duas
do centro comercial Bom Preço estavam realizando liquida- proposições A e B. Considere que V é usado para proposi-
ção” e R: “Sandra comprou roupas nas lojas do Bom Preço” ção verdadeira e F para proposição falsa.
é possível formar a proposição composta S: “Se Sandra foi
passear no centro comercial Bom Preço e se as lojas desse
centro estavam realizando liquidação, então Sandra com-
prou roupas nas lojas do Bom Preço ou Sandra foi passear
no centro comercial Bom Preço”. Considerando todas as
possibilidades de as proposições P, Q e R serem verdadei-
ras (V) ou falsas (F), é possível construir a tabela-verdade da
proposição S, que está iniciada na tabela mostrada a seguir.
99
MATEMÁTICA
Assinale a sequência que completa correta e respecti- 08. A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre ver-
vamente a tabela com os valores-verdade de x, y, z, t. dadeira, independentemente das valorações de P e Q como
verdadeiras ou falsas.
(A) V, F, V, V ( )certo ( )errado
(B) V, F, F, F
(C) F, V, V, F
(D) F, V, F, V 09. Tendo como referência essa situação hipotética,
julgue o item que se segue.
05. (AGREBRA – Técnico em Regulação – IBFC/2017)
A sentença P→S é verdadeira.
Assinale a alternativa correta. O valor lógico do bicondicio-
nal entre duas proposições é falso se:
( )certo ( )errado
(A) os valores lógicos das duas proposições forem fal-
sos .
(B) o valor lógico de cada uma das proposições for ver- 10. Tendo como referência essa situação hipotética,
dade. julgue o item que se segue.
(C) o valor lógico da primeira proposição for falso.
(D) o valor lógico da segunda proposição for falso. A sentença Q→R é falsa.
(E) somente uma das proposições tiver valor lógico fal- ( )certo ( )errado
so.
06. (PREF. DE SÃO JOSÉ DO CERRITO/SC – Assitente 11. (UTFPR – Pedagogo – UTFPR/2017) Considere as
Social – IESES/2017) Assinale a alternativa INCORRETA so- seguintes proposições:
bre lógica proposicional:
I) p ∧ ~p
(A) A disjunção inclusiva é falsa apenas quando ambas II) p → ~p
as proposições são falsas. III) p ∨ ~p
(B) A negação de uma proposição é falsa se ela for ver-
IV) p →~q
dadeira, e vice-versa.
(C) A conjunção é verdadeira apenas quando ambas as
proposições são verdadeiras. Assinale a alternativa correta.
(D) A implicação ou condicional é falsa quando ambas
as proposições são falsas. (A) Somente I e II são tautologias.
(B) Somente II é tautologia.
07. (PREF. DE TANGUÁ/RJ – Fiscal de Tributos – MS- (C) Somente III é tautologia.
CONCURSOS/2017) A tabela-verdade da proposição (p (D) Somente III e a IV são tautologias.
->q) ^r <->(p^~r) possui: (E) Somente a IV é tautologia.
(A) 4 linhas
(B) 8 linhas 12 (FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASILIA/DF – Ad-
(C) 16 linhas ministração – IADES/2017) Assinale a alternativa que apre-
(D) 32 linhas senta uma tautologia.
P: Cometeu o crime A.
Respostas
Q: Cometeu o crime B.
R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclu-
são no regime fechado. 01. Resposta: C.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança. P: A empresa alegou ter pago suas obrigações previ-
Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não denciárias.
recordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafian- Q: apresentou os comprovantes de pagamento.
çável. R: o juiz julgou, pois, procedente a ação movida pelo
ex-empregado.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue Número de linhas: 2³=8.
os itens que se seguem.
100
MATEMÁTICA
07. Resposta: B.
São três proposições: 2³=8
101
MATEMÁTICA
p q ~p ~q ~p→~q p∨~q q p ∨ (q p∨ p (p ∨ q) ∧ (p
V V F F V V p q r
∧r ∧ r) q ∨r ∨ r)
V F F V V V V V V V V V V V
F V V F F F V V F F V V V V
F F V V V V V F V F V V V V
V F F F V V V V
Equivalência fundamentais (Propriedades Funda- F V V V V V V V
mentais): a equivalência lógica entre as proposições goza F V F F F V F F
das propriedades simétrica, reflexiva e transitiva. F F V F F F V F
F F F F F F F F
1 – Simetria (equivalência por simetria)
a) p ∧ q ⇔ q ∧ p 2 - Associação (equivalência pela associativa)
a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)
102
MATEMÁTICA
V V F V F V
q p ∧ (q p (p ∧ q) ∧ (p V F F V V V
p q r p∧q
∧r ∧ r) ∧r ∧ r) F V V V F V
V V V V V V V V F F V F V F
V V F F F V F F
V F V F F F V F 3º caso: (p → ~q) ⇔ (q → ~p)
V F F F F F F F p q ~q p → ~q ~p q → ~p
F V V V F F F F V V F F F F
F V F F F F F F V F V V F V
F F V F F F F F F V F V V V
F F F F F F F F F F V V V V
b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r) 5 - Pela bicondicional
a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição
q p ∨ (q p∨ p (p ∨ q) ∨ (p
p q r p q p ↔ q p → q q → p (p → q) ∧ (q → p)
∨r ∨ r) q ∨r ∨ r)
V V V V V V V V V V V V V V
V V F V V V V V V F F F V F
V F V V V V V V F V F V F F
V F F F V V V V F F V V V V
F V V V V V V V
b) (p ↔ q) ⇔ (~q → ~p) ∧ (~p → ~q)
F V F V V V F V p
F F V V V F V V ~q → ~p → (~q → ~p) ∧
p q ↔ ~q ~p
F F F F F F F F ~p ~q (~p → ~q)
q
V V V F F V V V
3 – Idempotência
V F F V F F V F
a) p ⇔ (p ∧ p)
F V F F V V F F
Para ficar mais fácil o entendimento, vamos fazer duas
F F V V V V V V
colunas com p:
c) (p ↔ q) ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q)
p p p∧p p p
V V V ~p ∧ (p ∧ q) ∨ (~p
p q ↔ ∧ ~p ~q
F F F ~q ∧ ~q)
q q
V V V V F F F V
b) p ⇔ (p ∨ p) V F F F F V F F
F V F F V F F F
p p p∨p F F V F V V V V
V V V
F F F 6 - Pela exportação-importação
[(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)]
4 - Pela contraposição: de uma condicional gera-se p q r p ∧ q (p ∧ q) → r q → r p → (q → r)
outra condicional equivalente à primeira, apenas inverten- V V V V V V V
do-se e negando-se as proposições simples que as com- V V F V F F F
põem. V F V F V V V
V F F F V V V
Da mesma forma que vimos na condicional mais acima, F V V F V V V
temos outros modos de definir a equivalência da condicio- F V F F V F V
nal que são de igual importância F F V F V V V
F F F F V V V
1º caso – (p → q) ⇔ (~q → ~p)
p q ~p ~q p → q ~q → ~p Proposições Associadas a uma Condicional (se, então)
V V F F V V
V F F V F F Chama-se proposições associadas a p → q as três pro-
F V V F V V posições condicionadas que contêm p e q:
F F V V V V – Proposições recíprocas: p → q: q → p
– Proposição contrária: p → q: ~p → ~q
2º caso: (~p → q) ⇔ (~q → p) – Proposição contrapositiva: p → q: ~q → ~p
p q ~p ~p → q ~q ~q → p
103
MATEMÁTICA
Observe a tabela verdade dessas quatro proposições: 05. (IBGE – Analista Censitário – FGV/2017) Considere
como verdadeira a seguinte sentença: “Se todas as flores são
q vermelhas, então o jardim é bonito”.
p→ ~p → ~q → É correto concluir que:
p q ~p ~q →
q ~q ~p
p
V V F F V V V V (A) se todas as flores não são vermelhas, então o jardim
V F F V F V V F não é bonito;
F V V F V F F V (B) se uma flor é amarela, então o jardim não é bonito;
F F V V V V V V (C) se o jardim é bonito, então todas as flores são ver-
melhas;
Observamos ainda que a condicional p → q e a sua (D) se o jardim não é bonito, então todas as flores não
recíproca q → p ou a sua contrária ~p → ~q NÃO SÃO são vermelhas;
EQUIVALENTES. (E) se o jardim não é bonito, então pelo menos uma flor
não é vermelha.
Questões
01. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - VU- 06. (POLITEC/MT – Papiloscopista – UFMT/2017)
NESP/2017) Uma afirmação equivalente para “Se estou fe- Uma proposição equivalente a Se há fumaça, há fogo, é:
liz, então passei no concurso” é:
(A) Se passei no concurso, então estou feliz. (A) Se não há fumaça, não há fogo.
(B) Se não passei no concurso, então não estou feliz. (B) Se há fumaça, não há fogo.
(C) Não passei no concurso e não estou feliz. (C) Se não há fogo, não há fumaça.
(D) Estou feliz e passei no concurso. (D) Se há fogo, há fumaça.
(E) Passei no concurso e não estou feliz.
07. (DPE/RR – Técnico em Informática – INAZ DO
02. (UTFPR – Pedagogo – UTFPR/2017) Considere a
frase: PARÁ/2017) Diz-se que duas preposições são equivalen-
Se Marco treina, então ele vence a competição. tes entre si quando elas possuem o mesmo valor lógico. A
A frase equivalente a ela é: sentença logicamente equivalente a: “ Se Maria é médica,
(A) Se Marco não treina, então vence a competição. então Victor é professor” é:
(B) Se Marco não treina, então não vence a competição.
(C) Marco treina ou não vence a competição. (A) Se Victor não é professor então Maria não é médica
(D) Marco treina se e somente se vence a competição. (B) Se Maria não é médica então Victor não é professor
(E) Marco não treina ou vence a competição. (C) Se Victor é professor, Maria é médica
(D) Se Maria é médica ou Victor é professor
03. (TRF 1ª REGIÃO – Cargos de nível médio – CES- (E) Se Maria é médica ou Victor não é professor
PE/2017) A partir da proposição P: “Quem pode mais, cho-
ra menos.”, que corresponde a um ditado popular, julgue o 08. (PREF. DE RIO DE JANEIRO – Administrador –
próximo item.
PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Uma proposição lo-
Do ponto de vista da lógica sentencial, a proposição P é
equivalente a “Se pode mais, o indivíduo chora menos”. gicamente equivalente a “se eu não posso pagar um táxi,
( ) Certo então vou de ônibus” é a seguinte:
( ) Errado
(A) se eu não vou de ônibus, então posso pagar um táxi
04. (TRT 12ª REGIÃO – Analista Judiciário – FGV/2017) (B) se eu posso pagar um táxi, então não vou de ônibus
Considere a sentença: “Se Pedro é torcedor do Avaí e Marce- (C) se eu vou de ônibus, então não posso pagar um táxi
la não é torcedora do Figueirense, então Joana é torcedora (D) se eu não vou de ônibus, então não posso pagar
da Chapecoense”. um táxi
Uma sentença logicamente equivalente à sentença dada é:
(A) Se Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torce- 09. (PREF. DO RIO DE JANEIRO – Agente de Admi-
dora do Figueirense, então Joana não é torcedora da Cha- nistração – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Uma pro-
pecoense. posição logicamente equivalente a “todo ato desonesto é
(B) Se Pedro não é torcedor do Avaí e Marcela é torce-
passível de punição” é a seguinte:
dora do Figueirense, então Joana não é torcedora da Cha-
pecoense.
(C) Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torcedora (A) todo ato passível de punição é desonesto.
do Figueirense ou Joana é torcedora da Chapecoense. (B) todo ato não passível de punição é desonesto.
(D) Se Joana não é torcedora da Chapecoense, então (C) se um ato não é passível de punição, então não é
Pedro não é torcedor do Avaí e Marcela é torcedora do Fi- desonesto.
gueirense. (D) se um ato não é desonesto, então não é passível
(E) Pedro não é torcedor do Avaí ou Marcela é torcedora de punição.
do Figueirense e Joana é torcedora da Chapecoense.
104
MATEMÁTICA
105
MATEMÁTICA
Exemplo 1 Galo=4
Pato=4
(UFPB – Administrador – IDECAN/2016) Considere a Carneiro=8
sequência numérica a seguir: Cobra=4
3, 6, 3, 3, 2, 5/3, 11/9. . . Jacaré=6
Não tem um padrão
Sabendo-se que essa sequência obedece uma regra de
formação a partir do terceiro termo, então o denominador Número de sílabas
do próximo termo da sequência é: Está dividido em 2 e 3 e sem padrões
106
MATEMÁTICA
Portanto, 2016 será a letra B, pois resta 0, será equiva- (5, 9, 17, 33, 65, 129...)
lente a última letra
O décimo segundo termo da sequência anterior é um
E 2017 será a letra I, pois resta 1 e é igual a primeira
número
letra.
(A) menor que 8.000.
Sequência de Figuras (B) maior que 10.000.
(C) compreendido entre 8.100 e 9.000.
Do mesmo modo que a sequência de letras, é um tema (D) compreendido entre 9.000 e 10.000.
abrangente, pois a banca pode pedir a figura que convém.
02. (DESENBAHIA – Técnico Escriturário - INSTITU-
(FACEPE – Assistente em Gestão de Ciência e Tecno- TO AOCP/2017) Uma máquina foi programada para dis-
logia – UPENET/2015) Assinale a alternativa que contém a tribuir senhas para atendimento em uma agência bancária
próxima figura da sequência. alternando algarismos e letras do alfabeto latino, no qual
estão inclusas as letras K, W e Y, sendo a primeira senha
o número 2, a segunda a letra A, e sucessivamente na se-
guinte forma: (2; A; 5; B; 8; C; ...). Com base nas informações
mencionadas, é correto afirmar que a 51ª e a 52ª senhas,
respectivamente, são:
107
MATEMÁTICA
108
MATEMÁTICA
109
MATEMÁTICA
Nenhum A é B.
A e B não terão elementos em comum.
110
MATEMÁTICA
c) Todos os elementos de B estão em A. a) Os dois conjuntos possuem uma parte dos elemen-
tos em comum
Algum A não é B não conseguimos determinar, poden- Quando “algum A não é B” é verdadeira, vamos ver
do ser verdadeira ou falsa(contradiz com as figuras b e d) como ficam os valores lógicos das outras?
Algum copo não é de vidro, como não sabemos se to- Vamos fazer a frase contrária do exemplo anterior
dos os copos são de vidros, pode ser verdadeira. Frase: Algum copo não é de vidro.
111
MATEMÁTICA
112
MATEMÁTICA
04. (COPERGAS/PE - Analista Tecnologia da Infor- (C) alguma pessoa que gosta de empadão de camarão
mação gosta de matemática.
- FCC/2016) É verdade que todo engenheiro sabe ma- (D) alguma pessoa que gosta de empadão de camarão
temática. É verdade que há pessoas que sabem matemática não é professor de matemática.
e não são engenheiros. É verdade que existem administra-
dores que sabem matemática. A partir dessas afirmações é
possível concluir corretamente que: 08. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-
NESP/2015) Se todo estudante de uma disciplina A é tam-
(A) qualquer engenheiro é administrador. bém estudante de uma disciplina B e todo estudante de
(B) todos os administradores sabem matemática. uma disciplina C não é estudante da disciplina B, e ntão é
verdade que:
(C) alguns engenheiros não sabem matemática.
(D) o administrador que sabe matemática é engenhei-
(A) algum estudante da disciplina A é estudante da dis-
ro. ciplina C.
(E) o administrador que é engenheiro sabe matemática. (B) algum estudante da disciplina B é estudante da dis-
ciplina C.
05. (CRECI 1ª REGIÃO/RJ – Advogado – MSCON- (C) nenhum estudante da disciplina A é estudante da
CURSOS/2016) Considere como verdadeiras as duas pre- disciplina C.
missas seguintes: (D) nenhum estudante da disciplina B é estudante da
disciplina A.
I – Nenhum professor é veterinário; (E) nenhum estudante da disciplina A é estudante da
II – Alguns agrônomos são veterinários. disciplina B.
(A) Algum maranhense pescador não é trabalhador 10. (DPE/MT – Assistente Administrativo –
(B) Algum maranhense não pescar não é trabalhador FGV/2015) Considere verdadeiras as afirmações a seguir.
(C) Todo maranhense trabalhadoré pescador
(D) Algum maranhense trabalhador é pescador • Existem advogados que são poetas.
(E) Todo maranhense pescador não é trabalhador. • Todos os poetas escrevem bem.
07. (PREF. DE RIO DE JANEIRO/RJ – Assistente Ad- Com base nas afirmações, é correto concluir que
ministrativo – PREF. DO RIO DE JANEIRO/2015) Em certa
(A) se um advogado não escreve bem então não é poe-
comunidade, é verdade que:
ta.
(B) todos os advogados escrevem bem.
- todo professor de matemática possui grau de mestre;
(C) quem não é advogado não é poeta.
- algumas pessoas que possuem grau de mestre gos-
(D) quem escreve bem é poeta.
tam de empadão de camarão;
(E) quem não é poeta não escreve bem.
- algumas pessoas que gostam de empadão de cama-
rão não possuem grau de mestre.
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MATEMÁTICA
01. Resposta: E.
06. Resposta: D.
03. Resposta: C.
07. Resposta: D.
114
MATEMÁTICA
08. Resposta: C.
O diagrama C deve ficar para fora, pois todo estudante
de C não é da disciplina B, ou seja, não tem ligação nenhuma.
Referências
Carvalho, S. Raciocínio Lógico Simplificado. Série Pro-
vas e Concursos, 2010.
Análise Combinatória
A Análise Combinatória é a área da Matemática que
trata dos problemas de contagem.
Fatorial
É comum nos problemas de contagem, calcularmos o
produto de uma multiplicação cujos fatores são números
naturais consecutivos. Para facilitar adotamos o fatorial.
115
MATEMÁTICA
Combinação Simples
Dado o conjunto {a1, a2, ..., an} com n objetos distintos,
podemos formar subconjuntos com p elementos. Cada sub-
conjunto com i elementos é chamado combinação simples.
Exemplo
Calcule o número de comissões compostas de 3 alunos
que podemos formar a partir de um grupo de 5 alunos.
Solução
Binomiais Complementares
Dois binomiais de mesmo numerador em que a soma
dos denominadores é igual ao numerador são iguais:
Permutação Simples
Chama-se permutação simples dos n elementos, qual-
quer agrupamento(sequência) de n elementos distintos de E.
O número de permutações simples de n elementos é
indicado por Pn. Relação de Stifel
Exemplo
Quantos anagramas tem a palavra CHUVEIRO? Triângulo de Pascal
Solução
A palavra tem 8 letras, portanto:
116
MATEMÁTICA
117
MATEMÁTICA
Respostas
01. Resposta: A.
P2⋅P6=2!⋅6!=2⋅720=1440
Experimento Aleatório
02. Resposta: C.
__ ___ __ __ Qualquer experiência ou ensaio cujo resultado é im-
6⋅ 5⋅ 4⋅ 3=360 previsível, por depender exclusivamente do acaso, por
exemplo, o lançamento de um dado.
03. Resposta: E.
P6=6!=6⋅5⋅4⋅3⋅2⋅1=720
04. Resposta: E.
P4=4!= 4⋅3⋅2⋅1=24
05. Resposta: B.
Vogais: a, e, i, o, u
118
MATEMÁTICA
Probabilidade
Considere um experimento aleatório de espaço amos-
tral E com n(E) amostras equiprováveis. Seja A um evento
com n(A) amostras.
Probabilidade Condicional
Eventos complementares É a probabilidade de ocorrer o evento A dado que
Seja E um espaço amostral finito e não vazio, e seja A ocorreu o evento B, definido por:
um evento de E. Chama-se complementar de A, e indica-se
por , o evento formado por todos os elementos de E que
não pertencem a A.
E={1,2,3,4,5,6}, n(E)=6
B={2,4,6} n(B)=3
A={2}
119
MATEMÁTICA
02. (SAP/SP - Agente de Segurança Penitenciária 08. (CASAN – Técnico de Laboratório – INSTITUTO
- MSCONCURSOS/2017) A uma excursão, foram 48 pes- AOCP/2016) Um empresário, para evitar ser roubado, es-
soas, entre homens e mulheres. Numa escolha ao acaso, a condia seu dinheiro no interior de um dos 4 pneus de um
probabilidade de se sortear um homem é de 5/12 . Quan- carro velho fora de uso, que mantinha no fundo de sua
tas mulheres foram à excursão? casa. Certo dia, o empresário se gabava de sua inteligência
(A) 20 ao contar o fato para um de seus amigos, enquanto um
(B) 24 ladrão que passava pelo local ouvia tudo. O ladrão tinha
(C) 28 tempo suficiente para escolher aleatoriamente apenas um
(D) 32 dos pneus, retirar do veículo e levar consigo. Qual é a pro-
babilidade de ele ter roubado o pneu certo?
03. (UPE – Técnico em Administração – UPE- (A) 0,20.
NET/2017) Qual a probabilidade de, lançados simulta- (B) 0,23.
neamente dois dados honestos, a soma dos resultados ser (C) 0,25.
igual ou maior que 10? (D) 0,27.
(A) 1/18 (E) 0,30.
(B) 1/36
(C) 1/6 09. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV/2016) Em
(D) 1/12 uma urna há quinze bolas iguais numeradas de 1 a 15. Re-
(E) ¼ tiram-se aleatoriamente, em sequência e sem reposição,
duas bolas da urna.
04. (UPE – Técnico em Administração – UPE-
NET/2017) Uma pesquisa feita com 200 frequentadores
A probabilidade de que o número da segunda bola re-
de um parque, em que 50 não praticavam corrida nem ca-
tirada da urna seja par é:
minhada, 30 faziam caminhada e corrida, e 80 exercitavam
(A) 1/2;
corrida, qual a probabilidade de encontrar no parque um
entrevistado que pratique apenas caminhada? (B) 3/7;
(A) 7/20 (C) 4/7;
(B) 1/2 (D) 7/15;
(C)1/4 (E) 8/15.
(D) 3/20
(E) 1/5 10. (CASAN – Advogado – INSTITUTO AOCP/2016)
Lançando uma moeda não viciada por três vezes consecu-
05. (POLÍCIA CIENTÍFICA/PR – Perito Criminal – tivas e anotando seus resultados, a probabilidade de que a
IBFC/2017) A probabilidade de se sortear um número face voltada para cima tenha apresentado ao menos uma
múltiplo de 5 de uma urna que contém 40 bolas numera- cara e ao menos uma coroa é:
das de 1 a 40, é: (A) 0,66.
(A) 0,2 (B) 0,75.
(B) 0,4 (C) 0,80.
(C) 0,6 (D) 0,98.
(D) 0,7 (E) 0,50.
(E) 0,8
120
MATEMÁTICA
02. Resposta: C.
Como para homens é de 5/12, a probabilidade de es- Ímpar/par:
colher uma mulher é de 7/12
Os números ímpares são: 1, 3, 5, 7, 9, 11 ,13, 15
12x=336
X=28
A probabilida de é par/par OU ímpar/par
03. Resposta: C.
P=6x6=36
Pra ser maior ou igual a 10:
4+6
5+5
5+6 10. Resposta: B.
6+4
São seis possibilidades:
6+5
Cara, coroa, cara
6+6
05. Resposta: A.
M5={5,10,15,20,25,30,35,40}
P=8/40=1/5=0.2
Coroa, cara, cara
06. Resposta:A.
A probabilidade de uma soletrar errado: 0,3
__ __ __
0,3⋅0,3⋅0,3=0,027=2,7%
Coroa, coroa, cara
07. Resposta: D. Coroa, cara, coroa
Para dar 9, temos 4 possibilidades
3+6
6+3
4+5
5+4
P=4/36
08. Resposta: C.
A probabilidade é de 1/4, pois o carro tem 4 pneus e o
dinheiro está em 1.
1/4=0,25
121
MATEMÁTICA
9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5! _______
!!,! = = = 126 P5.4.3.2.1 A=120
5! 4! 5! ∙ 24 120.2(letras E e U)=240
!
122
MATEMÁTICA
123
MATEMÁTICA
4ª possibilidade:3 ventiladores e 4 lâmpadas brancas. Se não pode haver código com todas as barras
!! da mesma cor, o número de códigos diferentes que se
!!,! = =1 pode obter é de
!!!!
A) 10.
!! B) 30.
!!,! = !!!! = 1 C) 50.
D) 150.
!!,! ∙ !!,! = 1 ∙ 1 = 1 E) 250.
! _____
Somando as possibilidades:12+3+4+1=20 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2=32 possibilidades se pudesse ser
qualquer uma das cores
RESPOSTA: “C”. Mas, temos que tirar código todo preto e todo branco.
32-2=30
12. (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATEMÁ-
TICA – IMA/2014) Se enfileirarmos três dados iguais, obte- RESPOSTA: “B”.
remos um agrupamento dentre quantos possíveis.
A) 150 15. (PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR –
B) 200 CESGRANRIO/2012) Certa empresa identifica as diferentes
C) 410 peças que produz, utilizando códigos numéricos compos-
D) 216 tos de 5 dígitos, mantendo, sempre, o seguinte padrão: os
E) 320 dois últimos dígitos de cada código são iguais entre si, mas
!!,! ∙ !!,! ∙ !!,! diferentes dos demais. Por exemplo, o código “03344” é
válido, já o código “34544”, não.
Quantos códigos diferentes podem ser criados?
6! 6.5! A) 3.312
!!,! = = =6
1! 5! 5! B) 4.608
C) 5.040
6 ∙ 6 ∙ 6 = 216 D) 7.000
! E) 7.290
_____
RESPOSTA: “D”.
9.9.9.1.1=729
13. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA
E ADMINISTRATIVA – FAURGS/2012) Um técnico judiciário
deve agrupar 4 processos do juiz A, 3 do juiz B e 2 do juiz São 10 possibilidades para os últimos dois dígitos:
C, de modo que os processos de um mesmo juiz fiquem 729.10=7290
sempre juntos e em qualquer ordem. A quantidade de
maneiras diferentes de efetuar o agrupamento é de RESPOSTA: “E”.
A) 32.
B) 38. 16. (DNIT – ANALISTA ADMINISTRATIVO –ADMINIS-
C) 288. TRATIVA – ESAF/2012) Os pintores Antônio e Batista farão
D) 864. uma exposição de seus quadros. Antônio vai expor 3 qua-
E) 1728. dros distintos e Batista 2 quadros distintos. Os quadros se-
rão expostos em uma mesma parede e em linha reta, sendo
Juiz A:P4=4!=24 que os quadros de um mesmo pintor devem ficar juntos.
Juiz B: P3=3!=6 Então, o número de possibilidades distintas de montar essa
Juiz C: P2=2!=2 exposição é igual a:
_ _ _ A) 5
24.6.2=288.P3=288.6=1728 B) 12
A P3 deve ser feita, pois os processos tem que ficar C) 24
juntos, mas não falam em que ordem podendo ser de D) 6
qualquer juiz antes. E) 15
Portanto pode haver permutação entre eles. Para Antônio
_ _ _ P3=3!=6
RESPOSTA: “E”.
Para Batista
14. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA _ _ P2=2!=2
E ADMINISTRATIVA – FAURGS/2012) O Tribunal de Justiça E pode haver permutação dos dois expositores:
está utilizando um código de leitura de barras composto
por 5 barras para identificar os pertences de uma deter- 6.2.2=24
minada seção de trabalho. As barras podem ser pretas ou RESPOSTA: “C”.
124
MATEMÁTICA
125
MATEMÁTICA
10 elementos
RESPOSTA: “B”.
RESPOSTA: “B”.
23. (METRÔ/SP – OFICIAL LOGISTICA –ALMOXARI-
FADO I – FCC/2014) O diagrama indica a distribuição de 25. (PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM SAÚDE
atletas da delegação de um país nos jogos universitários NM – AOCP/2014) Considere dois conjuntos A e B, sabendo
por medalha conquistada. Sabe-se que esse país conquis- que ! ∩ ! = {!}, ! ∪ ! = {!; !; !; !; !}!!!! − ! = {!; !},!!
tou medalhas apenas em modalidades individuais. Sabe-se assinale a alternativa que apresenta o conjunto B.
ainda que cada atleta da delegação desse país que ganhou A) {1;2;3}
uma ou mais medalhas não ganhou mais de uma meda- B) {0;3}
lha do mesmo tipo (ouro, prata, bronze). De acordo com o C) {0;1;2;3;5}
diagrama, por exemplo, 2 atletas da delegação desse país D) {3;5}
ganharam, cada um, apenas uma medalha de ouro. E) {0;3;5}
RESPOSTA: “E”.
126
INFORMÁTICA BÁSICA
A Informática é um meio para diversos fins, com isso acaba atuando em todas as áreas do conhecimento. A sua utiliza-
ção passou a ser um diferencial para pessoas e empresas, visto que, o controle da informação passou a ser algo fundamen-
tal para se obter maior flexibilidade no mercado de trabalho. Logo, o profissional, que melhor integrar sua área de atuação
com a informática, atingirá, com mais rapidez, os seus objetivos e, consequentemente, o seu sucesso, por isso em quase
todos editais de concursos públicos temos Informática.
1.1. O que é informática?
Informática pode ser considerada como significando “informação automática”, ou seja, a utilização de métodos e téc-
nicas no tratamento automático da informação. Para tal, é preciso uma ferramenta adequada: O computador.
A palavra informática originou-se da junção de duas outras palavras: informação e automática. Esse princípio básico
descreve o propósito essencial da informática: trabalhar informações para atender as necessidades dos usuários de maneira
rápida e eficiente, ou seja, de forma automática e muitas vezes instantânea.
Nesse contexto, a tecnologia de hardwares e softwares é constantemente atualizada e renovada, dando origem a equi-
pamentos eletrônicos que atendem desde usuários domésticos até grandes centros de tecnologia.
1
INFORMÁTICA BÁSICA
Vamos observar agora, alguns pontos fundamentais com arquivos dos mais diferentes formatos de compressão,
para o entendimento de informática em concursos públi- tais como: ACE, ARJ, BZ2, CAB, GZ, ISO, JAR, LZH, RAR, TAR,
cos. UUEncode, ZIP, 7Z e Z. Também suporta arquivos de até
Hardware, são os componentes físicos do computador, 8.589 bilhões de Gigabytes!
ou seja, tudo que for tangível, ele é composto pelos peri- Chat é um termo da língua inglesa que se pode tra-
féricos, que podem ser de entrada, saída, entrada-saída ou duzir como “bate-papo” (conversa). Apesar de o conceito
apenas saída, além da CPU (Unidade Central de Processa- ser estrangeiro, é bastante utilizado no nosso idioma para
mento) fazer referência a uma ferramenta (ou fórum) que permite
Software, são os programas que permitem o funciona- comunicar (por escrito) em tempo real através da Internet.
mento e utilização da máquina (hardware), é a parte lógica Principais canais para chats são os portais, como Uol,
do computador, e pode ser dividido em Sistemas Operacio- Terra, G1, e até mesmo softwares de serviços mensageiros
nais, Aplicativos, Utilitários ou Linguagens de Programação. como o Skype, por exemplo.
O primeiro software necessário para o funcionamento Um e-mail hoje é um dos principais meios de comuni-
de um computador é o Sistema Operacional (Sistema Ope- cação, por exemplo:
racional). Os diferentes programas que você utiliza em um
computador (como o Word, Excel, PowerPoint etc) são os canaldoovidio@gmail.com
aplicativos. Já os utilitários são os programas que auxiliam
na manutenção do computador, o antivírus é o principal Onde, canaldoovidio é o usuário o arroba quer dizer
exemplo, e para finalizar temos as Linguagens de Progra- na, o gmail é o servidor e o .com é a tipagem.
mação que são programas que fazem outros programas, Para editarmos e lermos nossas mensagens eletrônicas
como o JAVA por exemplo. em um único computador, sem necessariamente estarmos
Importante mencionar que os softwares podem ser conectados à Internet no momento da criação ou leitura do
livres ou pagos, no caso do livre, ele possui as seguintes e-mail, podemos usar um programa de correio eletrônico.
características: Existem vários deles. Alguns gratuitos, como o Mozilla Thun-
• O usuário pode executar o software, para qualquer derbird, outros proprietários como o Outlook Express. Os dois
uso. programas, assim como vários outros que servem à mesma
• Existe a liberdade de estudar o funcionamento do finalidade, têm recursos similares. Apresentaremos os recur-
programa e de adaptá-lo às suas necessidades. sos dos programas de correio eletrônico através do Outlook
• É permitido redistribuir cópias. Express que também estão presentes no Mozilla Thunderbird.
• O usuário tem a liberdade de melhorar o progra- Um conhecimento básico que pode tornar o dia a dia
ma e de tornar as modificações públicas de modo que a com o Outlook muito mais simples é sobre os atalhos de
comunidade inteira beneficie da melhoria. teclado para a realização de diversas funções dentro do
Entre os principais sistemas operacionais pode-se des- Outlook. Para você começar os seus estudos, anote alguns
tacar o Windows (Microsoft), em suas diferentes versões, atalhos simples. Para criar um novo e-mail, basta apertar
o Macintosh (Apple) e o Linux (software livre criado pelo Ctrl + Shift + M e para excluir uma determinada mensagem
finlandês Linus Torvalds), que apresenta entre suas versões aposte no atalho Ctrl + D. Levando tudo isso em considera-
o Ubuntu, o Linux Educacional, entre outras. ção inclua os atalhos de teclado na sua rotina de estudos e
É o principal software do computador, pois possibilita vá preparado para o concurso com os principais na cabeça.
que todos os demais programas operem. Uma das funcionalidades mais úteis do Outlook para pro-
Android é um Sistema Operacional desenvolvido pelo fissionais que compartilham uma mesma área é o compartilha-
Google para funcionar em dispositivos móveis, como Smar- mento de calendário entre membros de uma mesma equipe.
tphones e Tablets. Sua distribuição é livre, e qualquer pessoa Por isso mesmo é importante que você tenha o conhe-
pode ter acesso ao seu código-fonte e desenvolver aplicati- cimento da técnica na hora de fazer uma prova de con-
vos (apps) para funcionar neste Sistema Operacional. curso que exige os conhecimentos básicos de informática,
iOS, é o sistema operacional utilizado pelos aparelhos pois por ser uma função bastante utilizada tem maiores
fabricados pela Apple, como o iPhone e o iPad. chances de aparecer em uma ou mais questões.
O calendário é uma ferramenta bastante interessante
2. Conhecimento e utilização dos principais softwares do Outlook que permite que o usuário organize de forma
utilitários (compactadores de arquivos, chat, clientes de completa a sua rotina, conseguindo encaixar tarefas, com-
e-mails, reprodutores de vídeo, visualizadores de imagem) promissos e reuniões de maneira organizada por dia, de
forma a ter um maior controle das atividades que devem
Os compactadores de arquivos servem para transfor- ser realizadas durante o seu dia a dia.
mar um grupo de arquivos em um único arquivo e ocu- Dessa forma, uma funcionalidade do Outlook permi-
pando menos memória, ficou muito famoso como o termo te que você compartilhe em detalhes o seu calendário ou
zipar um arquivo. parte dele com quem você desejar, de forma a permitir
Hoje o principal programa é o WINRAR para Windows, que outra pessoa também tenha acesso a sua rotina, o que
inclusive com suporte para outros formatos. Compacta em pode ser uma ótima pedida para profissionais dentro de
média de 8% a 15% a mais que o seu principal concorrente, uma mesma equipe, principalmente quando um determi-
o WinZIP. WinRAR é um dos únicos softwares que trabalha nado membro entra de férias.
2
INFORMÁTICA BÁSICA
Para conseguir utilizar essa função basta que você entre em Calendário na aba indicada como Página Inicial. Feito isso,
basta que você clique em Enviar Calendário por E-mail, que vai fazer com que uma janela seja aberta no seu Outlook.
Nessa janela é que você vai poder escolher todas as informações que vão ser compartilhadas com quem você deseja,
de forma que o Outlook vai formular um calendário de forma simples e detalhada de fácil visualização para quem você
deseja enviar uma mensagem.
Nos dias de hoje, praticamente todo mundo que trabalha dentro de uma empresa tem uma assinatura própria para
deixar os comunicados enviados por e-mail com uma aparência mais profissional.
Dessa forma, é considerado um conhecimento básico saber como criar assinaturas no Outlook, de forma que este con-
teúdo pode ser cobrado em alguma questão dentro de um concurso público.
Por isso mesmo vale a pena inserir o tema dentro de seus estudos do conteúdo básico de informática para a sua pre-
paração para concurso. Ao contrário do que muita gente pensa, a verdade é que todo o processo de criar uma assinatura é
bastante simples, de forma que perder pontos por conta dessa questão em específico é perder pontos à toa.
Para conseguir criar uma assinatura no Outlook basta que você entre no menu Arquivo e busque pelo botão de Opções.
Lá você vai encontrar o botão para E-mail e logo em seguida o botão de Assinaturas, que é onde você deve clicar. Feito isso,
você vai conseguir adicionar as suas assinaturas de maneira rápida e prática sem maiores problemas.
No Outlook Express podemos preparar uma mensagem através do ícone Criar e-mail, demonstrado na figura acima, ao
clicar nessa imagem aparecerá a tela a seguir:
Para: deve ser digitado o endereço eletrônico ou o contato registrado no Outlook do destinatário da mensagem. Cam-
po obrigatório.
Cc: deve ser digitado o endereço eletrônico ou o contato registrado no Outlook do destinatário que servirá para ter
ciência desse e-mail.
Cco: Igual ao Cc, porém os destinatários ficam ocultos.
Assunto: campo onde será inserida uma breve descrição, podendo reservar-se a uma palavra ou uma frase sobre o
conteúdo da mensagem. É um campo opcional, mas aconselhável, visto que a falta de seu preenchimento pode levar o
destinatário a não dar a devida importância à mensagem ou até mesmo desconsiderá-la.
Corpo da mensagem: logo abaixo da linha assunto, é equivalente à folha onde será digitada a mensagem.
A mensagem, após digitada, pode passar pelas formatações existentes na barra de formatação do Outlook:
Mozilla Thunderbird é um cliente de email e notícias open-source e gratuito criado pela Mozilla Foundation (mesma
criadora do Mozilla Firefox).
Webmail é o nome dado a um cliente de e-mail que não necessita de instalação no computador do usuário, já que
funciona como uma página de internet, bastando o usuário acessar a página do seu provedor de e-mail com seu login e
senha. Desta forma, o usuário ganha mobilidade já que não necessita estar na máquina em que um cliente de e-mail está
instalado para acessar seu e-mail.
3
INFORMÁTICA BÁSICA
A popularização da banda larga e dos serviços de e-mail com grande capacidade de armazenamento está aumentan-
do a circulação de vídeos na Internet. O problema é que a profusão de formatos de arquivos pode tornar a experiência
decepcionante.
A maioria deles depende de um único programa para rodar. Por exemplo, se a extensão é MOV, você vai necessitar do
QuickTime, da Apple. Outros, além de um player de vídeo, necessitam do “codec” apropriado. Acrônimo de “COder/DECo-
der”, codec é uma espécie de complemento que descomprime - e comprime - o arquivo. É o caso do MPEG, que roda no
Windows Media Player, desde que o codec esteja atualizado - em geral, a instalação é automática.
Com os três players de multimídia mais populares - Windows Media Player, Real Player e Quicktime -, você dificilmente
encontrará problemas para rodar vídeos, tanto offline como por streaming (neste caso, o download e a exibição do vídeo
são simultâneos, como na TV Terra).
Atualmente, devido à evolução da internet com os mais variados tipos de páginas pessoais e redes sociais, há uma
grande demanda por programas para trabalhar com imagens. E, como sempre é esperado, em resposta a isso, também há
no mercado uma ampla gama de ferramentas existentes que fazem algum tipo de tratamento ou conversão de imagens.
Porém, muitos destes programas não são o que se pode chamar de simples e intuitivos, causando confusão em seu
uso ou na manipulação dos recursos existentes. Caso o que você precise seja apenas um programa para visualizar imagens
e aplicar tratamentos e efeitos simples ou montar apresentações de slides, é sempre bom dar uma conferida em alguns
aplicativos mais leves e com recursos mais enxutos como os visualizadores de imagens.
Abaixo, segue uma seleção de visualizadores, muitos deles trazendo os recursos mais simples, comuns e fáceis de se
utilizar dos editores, para você que não precisa de tantos recursos, mas ainda assim gosta de dar um tratamento especial
para as suas mais variadas imagens.
O Picasa está com uma versão cheia de inovações que faz dele um aplicativo completo para visualização de fotos e
imagens. Além disso, ele possui diversas ferramentas úteis para editar, organizar e gerenciar arquivos de imagem do com-
putador.
As ferramentas de edição possuem os métodos mais avançados para automatizar o processo de correção de imagens.
No caso de olhos vermelhos, por exemplo, o programa consegue identificar e corrigir todos os olhos vermelhos da foto
automaticamente sem precisar selecionar um por um. Além disso, é possível cortar, endireitar, adicionar textos, inserir efei-
tos, e muito mais.
Um dos grandes destaques do Picasa é sua poderosa biblioteca de imagens. Ele possui um sistema inteligente de ar-
mazenamento capaz de filtrar imagens que contenham apenas rostos. Assim você consegue visualizar apenas as fotos que
contém pessoas.
Depois de tudo organizado em seu computador, você pode escolher diversas opções para salvar e/ou compartilhar
suas fotos e imagens com amigos e parentes. Isso pode ser feito gravando um CD/DVD ou enviando via Web. O programa
possui integração com o PicasaWeb, o qual possibilita enviar um álbum inteiro pela internet em poucos segundos.
O IrfanView é um visualizador de imagem muito leve e com uma interface gráfica simples porém otimizada e fácil
de utilizar, mesmo para quem não tem familiaridade com este tipo de programa. Ele também dispõe de alguns recursos
simples de editor. Com ele é possível fazer operações como copiar e deletar imagens até o efeito de remoção de olhos ver-
melhos em fotos. O programa oferece alternativas para aplicar efeitos como texturas e alteração de cores em sua imagem
por meio de apenas um clique.
Além disso sempre é possível a visualização de imagens pelo próprio gerenciador do Windows.
Pastas – são estruturas digitais criadas para organizar arquivos, ícones ou outras pastas.
Arquivos – são registros digitais criados e salvos através de programas aplicativos. Por exemplo, quando abrimos a
Microsoft Word, digitamos uma carta e a salvamos no computador, estamos criando um arquivo.
Ícones – são imagens representativas associadas a programas, arquivos, pastas ou atalhos. As duas figuras mostradas
nos itens anteriores são ícones. O primeiro representa uma pasta e o segundo, um arquivo criado no programa Excel.
Atalhos – são ícones que indicam um caminho mais curto para abrir um programa ou até mesmo um arquivo.
Clicando com o botão direito do mouse sobre um espaço vazio da área de trabalho, temos as seguintes opções, de
organização:
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INFORMÁTICA BÁSICA
-Nome: Organiza os ícones por ordem alfabética de nomes, permanecendo inalterados os ícones padrão da área de
trabalho.
-Tamanho: Organiza os ícones pelo seu tamanho em bytes, permanecendo inalterados os ícones padrão da área de
trabalho.
-Tipo: Organiza os ícones em grupos de tipos, por exemplo, todas as pastas ficarão ordenadas em sequência, depois
todos os arquivos, e assim por diante, permanecendo inalterados os ícones padrão da área de trabalho.
-Modificado em: Organiza os ícones pela data da última alteração, permanecendo inalterados os ícones padrão da área
de trabalho.
-Organizar automaticamente: Não permite que os ícones sejam colocados em qualquer lugar na área de trabalho.
Quando arrastados pelo usuário, ao soltar o botão esquerdo, o ícone voltará ao seu lugar padrão.
-Alinhar à grade: estabelece uma grade invisível para alinhamento dos ícones.
-Mostrar ícones da área de trabalho: Oculta ou mostra os ícones colocados na área de trabalho, inclusive os ícones
padrão, como Lixeira, Meu Computador e Meus Documentos.
-Bloquear itens da Web na área de trabalho: Bloquea recursos da Internet ou baixados em temas da web e usados na
área de trabalho.
-Executar assistente para limpeza da área de trabalho:
Inicia um assistente para eliminar da área de trabalho ícones que não estão sendo utilizados.
Para acessar o Windows Explorer, basta clicar no botão Windows, Todos os Programas, Acessórios, Windows Explorer,
ou usar a tecla do Windows+E. O Windows Explorer é um ambiente do Windows onde podemos realizar o gerenciamento
de arquivos e pastas. Nele, temos duas divisões principais: o lado esquerdo, que exibe as pastas e diretórios em esquema
de hierarquia e o lado direito que exibe o conteúdo das pastas e diretórios selecionados do lado esquerdo.
Quando clicamos, por exemplo, sobre uma pasta com o botão direito do mouse, é exibido um menu suspenso com
diversas opções de ações que podem ser realizadas. Em ambos os lados (esquerdo e direito) esse procedimento ocorre,
mas do lado esquerdo, não é possível visualizar a opção “Criar atalho”, como é possível observar nas figuras a seguir:
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INFORMÁTICA BÁSICA
A figura a cima mostra as opções exibidas no menu suspenso quando clicamos na pasta DOWNLOADS com o botão
direito do mouse, do lado esquerdo do Windows Explorer.
No Windows Explorer podemos realizar facilmente opções de gerenciamento como copiar, recortar, colar e mover,
pastas e arquivos.
-Copiar e Colar: consiste em criar uma cópia idêntica da pasta, arquivo ou atalho selecionado. Para essa tarefa, pode-
mos adotar os seguintes procedimentos:
1º) Selecione o item desejado;
2º) Clique com o botão direito do mouse e depois com o esquerdo em “copiar”. Se preferir, pode usar as teclas de
atalho CTRL+C. Esses passos criarão uma cópia do arquivo ou pasta na memória RAM do computador, mas a cópia ainda
não estará em nenhum lugar visível do sistema operacional.
3º) Clique com o botão direito do mouse no local onde deseja deixar a cópia e depois, com o esquerdo, clique em
“colar”. Também podem ser usadas as teclas CTRL + V, para efetivar o processo de colagem.
Dessa forma, teremos o mesmo arquivo ou pasta em mais de um lugar no computador.
-Recortar e Colar: Esse procedimento retira um arquivo ou pasta de um determinado lugar e o coloca em outro. É como
se recortássemos uma figura de uma revista e a colássemos em um caderno. O que recortarmos ficará apenas em um lugar
do computador.
Os passos necessários para recortar e colar, são:
1º) Selecione o item desejado;
2º) Clique com o botão direito do mouse e depois com o esquerdo em “recortar”. Se preferir, pode usar as teclas de
atalho CTRL+X. Esses passos criarão uma cópia do arquivo ou pasta na memória RAM do computador, mas a cópia ainda
não estará em nenhum lugar visível do sistema operacional.
3º) Clique com o botão direito do mouse no local onde deseja deixar a cópia e depois, com o esquerdo, clique em
“colar”. Também podem ser usadas as teclas CTRL + V, para efetivar o processo de colagem.
Lixeira: Contém os arquivos e pastas excluídos pelo usuário. Para excluirmos arquivos, atalhos e pastas, podemos clicar
com o botão direito do mouse sobre eles e depois usar a opção “Excluir”. Outra forma é clicar uma vez sobre o objeto
desejado e depois pressionar o botão delete, no teclado. Esses dois procedimentos enviarão para lixeira o que foi excluído,
sendo possível a restauração, caso haja necessidade. Para restaurar, por exemplo, um arquivo enviado para a lixeira, pode-
mos, após abri-la, restaurar o que desejarmos.
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INFORMÁTICA BÁSICA
A restauração de objetos enviados para a lixeira pode ser feita com um clique com o botão direito do mouse sobre o item de-
sejado e depois, outro clique com o esquerdo em “Restaurar”. Isso devolverá, automaticamente o arquivo para seu local de origem.
Outra forma de restaurar é usar a opção “Restaurar este item”, após selecionar o objeto.
Alguns arquivos e pastas, por terem um tamanho muito grande, são excluídos sem irem antes para a Lixeira. Sempre
que algo for ser excluído, aparecerá uma mensagem, ou perguntando se realmente deseja enviar aquele item para a Lixeira,
ou avisando que o que foi selecionado será permanentemente excluído. Outra forma de excluir documentos ou pastas sem
que eles fiquem armazenados na Lixeira é usar as teclas de atalho Shift+Delete.
No Linux a forma mais tradicional para se manipular arquivos é com o comando chmod que altera as permissões de
arquivos ou diretórios. É um comando para manipulação de arquivos e diretórios que muda as permissões para acesso
àqueles, por exemplo, um diretório que poderia ser de escrita e leitura, pode passar a ser apenas leitura, impedindo que
seu conteúdo seja alterado.
4. Backup de arquivos
O Backup ajuda a proteger os dados de exclusão acidentais, ou até mesmo de falhas, por exemplo se os dados originais
do disco rígido forem apagados ou substituídos acidentalmente ou se ficarem inacessíveis devido a um defeito do disco
rígido, você poderá restaurar facilmente os dados usando a cópia arquivada.
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INFORMÁTICA BÁSICA
para a mídia de backup, tendo modificações ou não. Esta O armazenamento deve ser sempre levado em con-
é a razão pela qual os backups completos não são feitos o sideração, onde o administrador desses backups deve
tempo todo Todos os arquivos seriam gravados na mídia se preocupar em encontrar um equilíbrio que atenda
de backup. Isto significa que uma grande parte da mídia adequadamente às necessidades de todos, e também
de backup é usada mesmo que nada tenha sido alterado. assegurar que os backups estejam disponíveis para a
Fazer backup de 100 gigabytes de dados todas as noites pior das situações.
quando talvez 10 gigabytes de dados foram alterados não Após todas as técnicas de backups estarem efetiva-
é uma boa prática; por este motivo os backups incremen- das deve-se garantir os testes para que com o passar
tais foram criados. do tempo não fiquem ilegíveis.
Já os backups incrementais primeiro verificam se o
horário de alteração de um arquivo é mais recente que o 4.3. Recomendações para proteger seus backups
horário de seu último backup, por exemplo, já atuei em
uma Instituição, onde todos os backups eram programa- Fazer backups é uma excelente prática de seguran-
dos para a quarta-feira. ça básica. Agora lhe damos conselhos simples para que
A vantagem principal em usar backups incrementais você esteja a salvo no dia em que precisar deles:
é que rodam mais rápido que os backups completos. A 1. Tenha seus backups fora do PC, em outro escri-
principal desvantagem dos backups incrementais é que tório, e, se for possível, em algum recipiente à prova
para restaurar um determinado arquivo, pode ser neces- de incêndios, como os cofres onde você guarda seus
sário procurar em um ou mais backups incrementais até documentos e valores importantes.
encontrar o arquivo. Para restaurar um sistema de arquivo 2. Faça mais de uma cópia da sua informação e as
completo, é necessário restaurar o último backup completo mantenha em lugares separados.
e todos os backups incrementais subsequentes. Numa ten- 3. Estabeleça uma idade máxima para seus backups,
tativa de diminuir a necessidade de procurar em todos os é melhor comprimir os arquivos que já sejam muito
backups incrementais, foi implementada uma tática ligeira- antigos (quase todos os programas de backup contam
mente diferente. Esta é conhecida como backup diferencial. com essa opção), assim você não desperdiça espaço
Os backups diferenciais, também só copia arquivos al- útil.
terados desde o último backup, mas existe uma diferen- 4. Proteja seus backups com uma senha, de manei-
ça, ele mapeia as alterações em relação ao último backup ra que sua informação fique criptografada o suficiente
completo, importante mencionar que essa técnica ocasio- para que ninguém mais possa acessá-la. Se sua infor-
na o aumento progressivo do tamanho do arquivo. mação é importante para seus entes queridos, imple-
Os backups delta sempre armazena a diferença entre mente alguma forma para que eles possam saber a se-
as versões correntes e anteriores dos arquivos, começan- nha se você não estiver presente.
do a partir de um backup completo e, a partir daí, a cada
novo backup são copiados somente os arquivos que foram 5. Conceitos básicos de Hardware (Placa mãe, me-
alterados enquanto são criados hardlinks para os arquivos mórias, processadores (CPU) e disco de armazenamen-
que não foram alterados desde o último backup. Esta é a to HDs, CDs e DVDs)
técnica utilizada pela Time Machine da Apple e por ferra- Os gabinetes são dotados de fontes de alimenta-
mentas como o rsync. ção de energia elétrica, botão de ligar e desligar, botão
de reset, baias para encaixe de drives de DVD, CD, HD,
4.2. Mídias saídas de ventilação e painel traseiro com recortes para
A fita foi o primeiro meio de armazenamento de dados encaixe de placas como placa mãe, placa de som, vídeo,
removível amplamente utilizado. Tem os benefícios de custo rede, cada vez mais com saídas USBs e outras.
baixo e uma capacidade razoavelmente boa de armazena- No fundo do gabinete existe uma placa de metal
mento. Entretanto, a fita tem algumas desvantagens. Ela está onde será fixada a placa mãe. Pelos furos nessa placa é
sujeita ao desgaste e o acesso aos dados na fita é sequen- possível verificar se será possível ou não fixar determi-
cial por natureza. Estes fatores significam que é necessário nada placa mãe em um gabinete, pois eles têm que ser
manter o registro do uso das fitas (aposentá-las ao atingirem proporcionais aos furos encontrados na placa mãe para
o fim de suas vidas úteis) e também que a procura por um parafusá-la ou encaixá-la no gabinete.
arquivo específico nas fitas pode ser uma tarefa longa. Placa-mãe, é a placa principal, formada por um con-
Ultimamente, os drives de disco nunca seriam usados junto de circuitos integrados (“chip set“) que reconhece
como um meio de backup. No entanto, os preços de ar- e gerencia o funcionamento dos demais componentes
mazenamento caíram a um ponto que, em alguns casos, do computador.
usar drives de disco para armazenamento de backup faz Se o processador pode ser considerado o “cérebro”
sentido. A razão principal para usar drives de disco como do computador, a placa-mãe (do inglês motherboard)
um meio de backup é a velocidade. Não há um meio de representa a espinha dorsal, interligando os demais pe-
armazenamento em massa mais rápido. A velocidade pode riféricos ao processador.
ser um fator crítico quando a janela de backup do seu cen- O disco rígido, do inglês hard disk, também conhe-
tro de dados é curta e a quantidade de dados a serem co- cido como HD, serve como unidade de armazenamento
piados é grande. permanente, guardando dados e programas.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Ele armazena os dados em discos magnéticos que mantêm a gravação por vários anos, se necessário.
Esses discos giram a uma alta velocidade e tem seus dados gravados ou acessados por um braço móvel composto por
um conjunto de cabeças de leitura capazes de gravar ou acessar os dados em qualquer posição nos discos.
Dessa forma, os computadores digitais (que trabalham com valores discretos) são totalmente binários. Toda informação
introduzida em um computador é convertida para a forma binária, através do emprego de um código qualquer de arma-
zenamento, como veremos mais adiante.
A menor unidade de informação armazenável em um computador é o algarismo binário ou dígito binário, conhecido
como bit (contração das palavras inglesas binarydigit). O bit pode ter, então, somente dois valores: 0 e 1.
Evidentemente, com possibilidades tão limitadas, o bit pouco pode representar isoladamente; por essa razão, as infor-
mações manipuladas por um computador são codificadas em grupos ordena- dos de bits, de modo a terem um significado
útil.
O menor grupo ordenado de bits representando uma informação útil e inteligível para o ser humano é o byte (leia-se
“baite”).
Como os principais códigos de representação de caracteres utilizam grupos de oito bits por caracter, os conceitos de
byte e caracter tornam-se semelhantes e as palavras, quase sinônimas.
É costume, no mercado, construírem memórias cujo acesso, armazenamento e recuperação de informações são efetua-
dos byte a byte. Por essa razão, em anúncios de computadores, menciona-se que ele possui “512 mega bytes de memória”;
por exemplo, na realidade, em face desse costume, quase sempre o termo byte é omitido por já subentender esse valor.
Para entender melhor essas unidades de memórias, veja a imagem abaixo:
Em resumo, a cada degrau que você desce na Figura 3 é só você dividir por 1024 e a cada degrau que você sobe basta
multiplicar por 1024. Vejamos dois exemplos abaixo:
A fonte de energia do computador ou, em inglês é responsável por converter a voltagem da energia elétrica, que chega
pelas tomadas, em voltagens menores, capazes de ser suportadas pelos componentes do computador.
Monitor de vídeo
Normalmente um dispositivo que apresenta informações na tela de LCD, como um televisor atual.
Outros monitores são sensíveis ao toque (chamados de touchscreen), onde podemos escolher opções tocando em
botões virtuais, apresentados na tela.
Impressora
Muito popular e conhecida por produzir informações impressas em papel.
Atualmente existem equipamentos chamados impressoras multifuncionais, que comportam impressora, scanner e fo-
tocopiadoras num só equipamento.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Pen drive é a mídia portátil mais utilizada pelos usuá- ... RISC são arquiteturas de carga-armazenamento, en-
rios de computadores atualmente. quanto que a maior parte das arquiteturas CISC permite
Ele não precisar recarregar energia para manter os da- que outras operações também façam referência à memória.
dos armazenados. Isso o torna seguro e estável, ao contrá- Possuem um clock interno de sincronização que define
rio dos antigos disquetes. É utilizado através de uma porta a velo- cidade com que o processamento ocorre. Essa velo-
USB (Universal Serial Bus). cidade é medida em Hertz. Segundo Amigo (2008):
Em um computador, a velocidade do clock se refere ao
Cartões de memória, são baseados na tecnologia flash, número de pulsos por segundo gerados por um oscilador
semelhante ao que ocorre com a memória RAM do com- (dispositivo eletrônico que gera sinais), que determina o
putador, existe uma grande variedade de formato desses tempo necessário para o processador executar uma instru-
cartões. ção. Assim para avaliar a performance de um processador,
São muito utilizados principalmente em câmeras foto- medimos a quantidade de pulsos gerados em 1 segundo e,
gráficas e telefones celulares. Podem ser utilizados também para tanto, utilizamos uma unidade de medida de frequên-
em microcomputadores. cia, o Hertz.
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INFORMÁTICA BÁSICA
dade. Além dessa velocidade, existem outros itens importantes de serem observados em uma placa de vídeo: aceleração
gráfica 3D, resolução, quantidade de cores e, como não poderíamos esquecer, qual o padrão de encaixe na placa mãe que
ela deverá usar (atualmente seguem opções de PCI ou AGP). Vamos ver esses itens um a um:
Placas de som são hardwares específicos para trabalhar e projetar a sons, seja em caixas de som, fones de ouvido ou
microfone. Essas placas podem ser onboard, ou seja, com chipset embutido na placa mãe, ou offboard, conectadas em slots
presentes na placa mãe. São dispositivos de entrada e saída de dados, pois tanto permitem a inclusão de dados (com a entrada
da voz pelo microfone, por exemplo) como a saída de som (através das caixas de som, por exemplo).
Placas de rede são hardwares específicos para integrar um computador a uma rede, de forma que ele possa enviar e
receber informações. Essas placas podem ser onboard, ou seja, com chipset embutido na placa mãe, ou offboard, conecta-
das em slots presentes na placa mãe.
Alguns dados importantes a serem observados em uma placa de rede são: a arquitetura de rede que atende os tipos
de cabos de rede suportados e a taxa de transmissão.
6. Periféricos de computadores
Para entender o suficiente sobre periféricos para concurso público é importante entender que os periféricos são os
componentes (hardwares) que estão sempre ligados ao centro dos computadores.
Os periféricos são classificados como:
Dispositivo de Entrada: É responsável em transmitir a informação ao computador. Exemplos: mouse, scanner, microfo-
ne, teclado, Web Cam, Trackball, Identificador Biométrico, Touchpad e outros.
Dispositivos de Saída: É responsável em receber a informação do computador. Exemplos: Monitor, Impressoras, Caixa
de Som, Ploter, Projector de Vídeo e outros.
Dispositivo de Entrada e Saída: É responsável em transmitir e receber informação ao computador. Exemplos: Drive de Dis-
quete, HD, CD-R/RW, DVD, Blu-ray, modem, Pen-Drive, Placa de Rede, Monitor Táctil, Dispositivo de Som e outros.
Windows assim como tudo que envolve a informática passa por uma atualização constante, os concursos públicos em
seus editais acabam variando em suas versões, por isso vamos abordar de uma maneira geral tanto as versões do Windows
quanto do Linux.
O Windows é um Sistema Operacional, ou seja, é um software, um programa de computador desenvolvido por pro-
gramadores através de códigos de programação. Os Sistemas Operacionais, assim como os demais softwares, são consi-
derados como a parte lógica do computador, uma parte não palpável, desenvolvida para ser utilizada apenas quando o
computador está em funcionamento. O Sistema Operacional (SO) é um programa especial, pois é o primeiro a ser instalado
na máquina.
Quando montamos um computador e o ligamos pela primeira vez, em sua tela serão mostradas apenas algumas rotinas
presentes nos chipsets da máquina. Para utilizarmos todos os recursos do computador, com toda a qualidade das placas
de som, vídeo, rede, acessarmos a Internet e usufruirmos de toda a potencialidade do hardware, temos que instalar o SO.
Após sua instalação é possível configurar as placas para que alcancem seu melhor desempenho e instalar os demais
programas, como os softwares aplicativos e utilitários.
O SO gerencia o uso do hardware pelo software e gerencia os demais programas.
A diferença entre os Sistemas Operacionais de 32 bits e 64 bits está na forma em que o processador do computador
trabalha as informações. O Sistema Operacional de 32 bits tem que ser instalado em um computador que tenha o proces-
sador de 32 bits, assim como o de 64 bits tem que ser instalado em um computador de 64 bits.
Os Sistemas Operacionais de 64 bits do Windows, segundo o site oficial da Microsoft, podem utilizar mais memória que
as versões de 32 bits do Windows. “Isso ajuda a reduzir o tempo despendi- do na permuta de processos para dentro e para
fora da memória, pelo armazenamento de um número maior desses processos na memória de acesso aleatório (RAM) em
vez de fazê-lo no disco rígido. Por outro lado, isso pode aumentar o desempenho geral do programa”.
Windows XP
O Windows XP foi lançado em 2001 e ele era um sistema operacional bastante completo e confiável, por isso pode-se
dizer que ele foi uma versão muito bem sucedida, importante mencionar que o encerramento do seu suporte foi em abril
de 2014.
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
Ele foi sucessor de uma versão considerada fracassada Comparando o Windows XP com o Windows 7
que foi o Windows Me (Millennium Edition), lançado em
2000, e é considerado por muitos o principal responsável Estabilidade
em recuperar a confiança dos clientes Microsoft. Seu lança-
mento foi dia 25 de outubro de 2001 e chamou a atenção O Windows 7 é muito mais estável do que o Windo-
por trazer uma nova interface gráfica e eliminar os proble- ws XP, e isso acontece por diversos motivos. Inicialmente
mas de estabilidade encontrados no ME. ele foi desenvolvido para dar maior proteção à memória,
A interface gráfica do Windows XP ficou conhecida por isolando-a de problemas externos. Exemplo clássico: você
ser muito mais intuitiva e agradável, afinal as janelas cinzas, instala um novo driver de placa de vídeo, e ele trava pois
e barras quadradas foram substituídas por uma interface tem um bug. Enquanto o Windows XP trava por completo
colorida, com padrão azul, e botões mais arredondados e (ou o computador é reiniciado), o Windows 7 se recupera
visíveis. Outra grande novidade foi o botão iniciar, que fi- normalmente do travamento utilizando um driver padrão
cou maior, com mais atalhos e possibilidades de fixar pro- de vídeo, e isso não afeta os demais programas abertos.
gramas, mudança essa que permaneceu até o Windows 7. O Windows 7 vem com o Monitor de Confiabilidade.
Outros aspectos visuais trazidos pelo Windows XP, fo- Ele monitora constantemente o computador, salvando in-
ram as novas camadas e efeitos para o desktop, além de formações importantes quando há alguma falha de aplica-
apresentar um papel de parede padrão que viria a se tor- tivo ou do Windows, e com isso o usuário tem um pano-
nar icônico. Os usuários poderiam ainda travar a barra de rama geral que permite concluir que aplicativo ou driver
tarefas e evitar que houvesse mudanças das configurações está causando problemas. Isso é possível pois ele monitora
no espaço. a data de instalação de drivers e programas, execução de
O XP foi apresentado ainda em diferentes edições, aplicativos, updates do Windows, travamento de progra-
além de estar disponível em 32 e 64 bits. A versão Home mas, e tudo mais que possa afetar a estabilidade do sis-
Edition era voltada para o uso doméstico e trazia ferra- tema operacional - e com isso é fácil concluir quando um
mentas mais simples para o usuário comum. Já a edição novo programa ou driver está causando problemas no sis-
Professional tinha como público empresas e usuários com tema operacional. O Monitor de Confiabilidade também
conhecimentos avançados. Houve ainda uma versão Media tem a opção de verificar soluções para todos os problemas
Center Edition, mas esta nunca foi colocada à venda e era listados.
entregue somente sob encomenda. Além disso, o Windows 7 também vem com a opção
Em relação as funcionalidades, o grande destaque foi o de restauração de sistema e drivers, permitindo que você
suporte a dispositivos Plug and Play, famoso plugar e usar retorne a um status ou driver anterior ao atual caso este
que acabou com etapas burocráticas de instalação, não exi- apresente algum problema.
gindo que o computador fosse desligado ao remover um Por fim, o NTFS (tipo de partição) do Windows 7 é mais
dispositivo externo, como um pendrive. completo e avançado do que o do Windows XP, pois é o
Outra novidade na funcionalidade foi a tecnologia mesmo utilizado no Windows Server 2008. Quando ocorre
ClearType, que facilitava a visualização de textos em tela algum problema em disco ou na partição do Windows XP,
LCD, novidades na época. Além disso, ele melhorou o con- por exemplo, o sistema operacional tenta corrigi-lo (às ve-
sumo de energia para a utilização em dispositivos móveis zes durante horas) via chkdsk no próximo boot. O NTFS do
como notebook e tablets, e incluiu a possibilidade de ini- Windows 7, por outro lado, utiliza o self-healing (auto-cor-
cializar a máquina mais rapidamente e hibernar. reção) e o problema é reparado imediatamente sem que o
Além disso, passou a dar suporte às redes Wireless e usuário sequer saiba disso. Além disso, ele permite corrigir
DSL, melhorando a alternância entre contas de usuários, problemas em arquivos de sistema (como o Win32k.sys) -
permitindo que o indivíduo acesse outra conta sem fechar algo que o Windows XP não consegue. Neste item Windo-
seus programas abertos. Além disso, introduziu a funcio- ws 7 x Windows XP, o Windows 7 ganha.
nalidade de assistência remota, o que possibilitou que pes-
soas conectadas à Internet pudessem assumir o controle Usabilidade
da máquina para realizar suporte técnico ou auxiliar uma
tarefa. O Windows 7 facilita o dia-a-dia das pessoas com novi-
Quanto as atualizações e até mesmo o encerramen- dades que tornam as tarefas mais rápidas e eficientes. Entre
to do suporte, pode-se dizer que o XP teve três grandes elas estão:
atualizações, que ficaram conhecidas como Service Packs. - Central de Contas do Usuário (UAC) que protege o
O primeiro foi lançado no dia 9 de setembro de 2002, adi- usuário sem incomodá-lo
cionando o suporte ao formato USB 2.0 e a possibilidade - Pesquisa integrada ao sistema operacional
de definir padrões de programas. O SP2 chegou em 6 de - Bibliotecas, que organizam os arquivos e facilitam o
agosto de 2004 com foco na segurança do sistema. Já o seu uso em rede local
SP3 foi distribuído em 6 de maio de 2008 com correções de - Aero Snap, que ao arrastar uma janela para a lateral
segurança e melhoras no desempenho. da tela, esta é automaticamente expandida e ocupa meta-
No dia 8 de abril de 2014, a Microsoft encerrou o su- de da tela (ou tela cheia se for arrastada para cima)
porte ao Windows XP SP3, não oferecendo mais atualiza- - Aero Peek, que torna as janelas transparentes para
ções ou correções de segurança para o sistema. você visualizar ou acessar rapidamente o desktop
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INFORMÁTICA BÁSICA
- Aero Shake, que ao chacoalhar uma janela faz com Custo Benefício
que todas as demais sejam automaticamente minimizadas
O Windows XP foi inaugurado em 2001, ou seja, para
Essas melhorias na usabilidade não devem ser descon- hardwares equivalentes da época, os requisitos mínimos
sideradas ou vistas como “frescura”, pois elas podem eco- do Windows XP são inferiores até mesmo aos smartpho-
nomizar dezenas de horas de trabalho por ano! Mais uma nes mais simples de hoje em dia: Pentium 233 MHz, 64MB
vantagem para o Windows 7 na comparação Windows 7 x RAM e 1,5GB de espaço em disco! É preciso dizer mais?
Windows XP. O Windows 7 funciona muito bem até mesmo em
hardware limitado, como netbooks com 1GB RAM e pro-
Segurança cessador de 1GHz, além de estar preparado para utilizar
todo potencial das tecnologias atuais: processadores
Há um mundo de diferença entra a segurança do multi-core, muita memória RAM, discos SSD, drive de
Windows XP e a do Windows 7. Embora algumas pessoas Blu-Ray, USB 3.0, placas de vídeo caseiras que processam
achem que basta instalar um navegador atual para se man- 3 trilhões de cálculos por segundo (quatro placas dessas
ter seguro na web, nada mais ilusório: estes mesmos nave- trabalhando juntas superam o total de cálculos por se-
gadores não conseguem proteger o usuário se eles estão gundo do supercomputador mais rápido do planeta de
sendo executados em um sistema operacional com capaci- 2001 - e ele tinha 8.192 processadores!), e tecnologias
dade de proteção limitada. O navegador não impede ata- que utilizamos atualmente e que seriam consideradas
ques remotos nem ataques que utilizam vulnerabilidades coisas de ficção científica quando o Windows XP foi cria-
existentes no sistema operacional. do.
Além disso, vulnerabilidades no Windows 7 são muito Na prática não existem motivos razoáveis para um
menos perigosas do que a mesma vulnerabilidade no Win- computador utilizar o Windows XP ao invés do Windows
dows XP, pois o Windows 7 tem diversas proteções adicio- 7.
nais que diminuem o poder de ação dos malwares. Entre
elas estão ASLR, PatchGuard, UAC, PMIE e outras tecnolo-
gias que bloqueiam e impedem ataques externos por vias Windows 7
desconhecidas. Além disso, o antivírus gratuito da Micro-
soft (MSE – Microsoft Security Essentials) pode ser utilizado
por qualquer pessoa que tenha Windows Original, prote- Para saber se o Windows é de 32 ou 64 bits, basta:
gendo-a contra malwares. 1. Clicar no botão Iniciar , clicar com o botão direito
em computador e clique em Propriedades.
Hardware e performance 2. Em sistema, é possível exibir o tipo de sistema.
“Para instalar uma versão de 64 bits do Windows 7,
Atualmente muitos computadores e notebooks vêm você precisará de um processador capaz de executar uma
com 4GB de memória RAM ou mais - e o Windows XP não versão de 64 bits do Windows. Os benefícios de um siste-
aproveita isso. ma operacional de 64 bits ficam mais claros quando você
Tanto o Windows XP quanto o Windows 7 “enxergam” tem uma grande quantidade de RAM (memória de acesso
até 4GB RAM nas suas versões 32-bits - mas ao contrário aleatório) no computador, normalmente 4 GB ou mais.
do XP, o Windows 7 tem versões 64-bits perfeitamente uti- Nesses casos, como um sistema operacional de 64 bits
lizáveis, isto é, o mercado lançou programas e periféricos pode processar grandes quantidades de memória com
que funcionam perfeitamente no Windows 7, mas não para mais eficácia do que um de 32 bits, o sistema de 64 bits
o Windows XP. poderá responder melhor ao executar vários programas
Embora exista uma versão 64-bits do Windows XP, pra- ao mesmo tempo e alternar entre eles com frequência”.
ticamente ninguém a usa pois não há drivers para periféri- Uma maneira prática de usar o Windows 7 (Win 7) é
cos nem programas que aproveitam o seu potencial. reinstalá-lo sobre um SO já utilizado na máquina. Nesse
E um detalhe que poucos sabem é que o limite de 4GB caso, é possível instalar:
de memória se aplica à soma da memória RAM + memória - Sobre o Windows XP;
da placa de vídeo + memória dos periféricos PCI + ACPI + - Uma versão Win 7 32 bits, sobre Windows Vista
tudo mais que esteja instalado no computador que utilize (Win Vista), também 32 bits;
memória (exceto pendrive, disco rígido e cartões de me- - Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 32 bits;
mória, obviamente). - Win 7 de 32 bits, sobre Win Vista, 64 bits;
Isso significa que se você utiliza uma poderosa placa - Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 64 bits;
de vídeo de 2GB de memória (algo relativamente comum) - Win 7 em um computador e formatar o HD durante
no Windows XP, este acessará menos de 2GB de memória a insta- lação;
RAM independentemente da quantidade de memória RAM - Win 7 em um computador sem SO;
instalada no computador. E quanto menos memória RAM, Antes de iniciar a instalação, devemos verificar qual
menos performance o computador terá. A solução é utili- tipo de instalação será feita, encontrar e ter em mãos a
zar um sistema operacional completo de 64-bits como o chave do produto, que é um código que será solicitado
Windows 7. durante a instalação.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Pastas – são estruturas digitais criadas para organizar Figura 9: Criamos aqui uma pasta chamada “Trabalho”.
arquivos, ícones ou outras pastas.
Arquivos– são registros digitais criados e salvos atra-
vés de programas aplicativos. Por exemplo, quando abri-
mos o Microsoft Word, digitamos uma carta e a salvamos
no computador, estamos criando um arquivo.
Ícones– são imagens representativas associadas a pro-
gramas, arquivos, pastas ou atalhos.
Atalhos–são ícones que indicam um caminho mais
curto para abrir um programa ou até mesmo um arquivo.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Área de trabalho:
A figura acima mostra a primeira tela que vemos quando o Windows 7 é iniciado. A ela damos o nome de área de
trabalho, pois a ideia original é que ela sirva como uma prancheta, onde abriremos nossos livros e documentos para dar
início ou continuidade ao trabalho.
Em especial, na área de trabalho, encontramos a barra de tarefas, que traz uma série de particularidades, como:
1) Botão Iniciar: é por ele que entramos em contato com todos os outros programas instalados, programas que fazem
parte do sistema operacional e ambientes de configuração e trabalho. Com um clique nesse botão, abrimos uma lista, cha-
mada Menu Iniciar, que contém opções que nos permitem ver os programas mais acessados, todos os outros programas
instalados e os recursos do próprio Windows. Ele funciona como uma via de acesso para todas as opções disponíveis no
computador.
Através do botão Iniciar, também podemos:
-desligar o computador, procedimento que encerra o Sistema Operacional corretamente, e desliga efetivamente a
máquina;
-colocar o computador em modo de espera, que reduz o consumo de energia enquanto a máquina estiver ociosa, ou
seja, sem uso. Muito usado nos casos em que vamos nos ausentar por um breve período de tempo da frente do compu-
tador;
-reiniciar o computador, que desliga e liga automaticamente o sistema. Usado após a instalação de alguns programas
que precisam da reinicialização do sistema para efetivarem sua insta- lação, durante congelamento de telas ou travamentos
da máquina.
-realizar o logoff, acessando o mesmo sistema com nome e senha de outro usuário, tendo assim um ambiente com
características diferentes para cada usuário do mesmo computador.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Na figura a cima temos o menu Iniciar, acessado com um clique no botão Iniciar.
2) Ícones de inicialização rápida: São ícones colocados como atalhos na barra de tarefas para serem acessados com
facilidade.
3) Barra de idiomas: Mostra qual a configuração de idioma que está sendo usada pelo teclado.
4) Ícones de inicialização/execução: Esses ícones são configurados para entrar em ação quando o computador é
iniciado. Muitos deles ficam em execução o tempo todo no sistema, como é o caso de ícones de programas antivírus que
monitoram constante- mente o sistema para verificar se não há invasões ou vírus tentando ser executados.
5) Propriedades de data e hora: Além de mostra o relógio constantemente na sua tela, clicando duas vezes, com o
botão esquerdo do mouse nesse ícone, acessamos as Propriedades de data e hora.
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
Painel de controle
Computador
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INFORMÁTICA BÁSICA
Redimensionar as tiles
Na tela esses mosaicos ficam uns maiores que os ou-
tros, mas isso pode ser alterado clicando com o botão di-
reito na divisão entre eles e optando pela opção menor.
Você pode deixar maior os aplicativos que você quiser des-
Figura 20: Computador tacar no computador.
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
Também é possível personalizar a sua barra de ferramentas clicando com o botão direito e selecionando novos painéis,
que vão desde Contagem de Palavras e Desenho até Visual Basic e Formulários. O problema é que, conforme você adiciona
novas funções, a interface começa a ficar cada vez mais carregada e desorganizada.
Uma das características foi a mudança do logotipo do Office duas ferramentas que estrearam no Office 2003, foram: In-
foPath e o OneNote. O OneNote é uma caderneta eletrônica de anotações e organizador que toma notas como aplicação
do texto, notas manuscritas ou diagramas, gráficos e de áudio gravado, o Office 2003 foi a primeira versão a usar cores e
ícones do Windows XP.
O Word 2007 certamente é um marco nas atualizações, pois ele trouxe a grande novidade das abas, e consequente-
mente o fim dos menus, e ao clicar em cada aba, abre uma barra de ferramenta pertinente a aquela aba, a figura 29 mostra
a guia início e suas respectivas ferramentas, diferente de antes que tínhamos uma barra de ferramentas fixa. Devido ao cos-
tume das outras versões no início a versão 2007 foi muito criticada, outra mudança significativa foi a mudança da extensão
do arquivo que passou de DOC para DOCX.
Na guia início é onde se encontra a maioria das funções da antiga interface do Microsoft Word. Ou seja, aqui você pode
mudar a fonte, o tamanho dela, modificar o texto selecionado (com negrito, itálico, sublinhado, riscado, sobreposto etc.),
deixar com outra cor, criar tópicos, alterar o espaçamento, mudar o alinhamento e dar estilo. Tudo isso agora é dividido
em grandes painéis.
Definitivamente, a versão do Microsoft Word 2007 trouxe muito mais organização e padrões em relação as ver-
sões anteriores. Todas as ficaram categorizadas e mais fáceis de encontrar, bastando se acostumar com a interface.
A melhor parte é que não fica tudo bagunçado, e que as ferramentas mudam conforme as escolhas das abas.
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INFORMÁTICA BÁSICA
As guias foram criadas para serem orientadas por tarefas, já os grupos dentro de cada guia criam subtarefas para as
tarefas, e os botões de comando em cada grupo possui um comando.
As extensões são fundamentais, desde a versão 2007 passou a ser DOCX, mas vamos analisar outras extensões que
podem ser abordadas em questões de concursos na Figura 27.
As guias envolvem grupos e botões de comando, e são organizadas por tarefa. Os Grupos dentro de cada guia que-
bram uma tarefa em subtarefas. Os Botões de comando em cada grupo possuem um comando ou exibem um menu de
comandos.
Existem guias que vão aparecer apenas quando um determinado objeto aparecer para ser formatado. No exemplo da
imagem, foi selecionada uma figura que pode ser editada com as opções que estiverem nessa guia.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Indicadores de caixa de diálogo – aparecem em alguns grupos para oferecer a abertura rápida da caixa de diálogo do
grupo, contendo mais opções de formatação.
Permite localizar palavras em um documento, substituir palavras localizadas por outras ou aplicar formatações e sele-
cionar textos e objetos no documento.
Para localizar uma palavra no texto, basta clicar no ícone Localizar , digitar a palavra na linha do localizar e clicar no
botão Localizar Próxima.
A cada clique será localizada a próxima palavra digitada no texto. Temos também como realçar a palavra que deseja-
mos localizar para facilitar a visualizar da palavra localizada.
Na janela também temos o botão “Mais”. Neste botão, temos, entre outras, as opções:
- Diferenciar maiúscula e minúscula: procura a palavra digitada na forma que foi digitada, ou seja, se foi digitada em
minúscula, será localizada apenas a palavra minúscula e, se foi digitada em maiúscula, será localizada apenas e palavra
maiúscula.
- Localizar palavras inteiras: localiza apenas a palavra exatamente como foi digitada. Por exemplo, se tentarmos localizar
a palavra casa e no texto tiver a palavra casaco, a parte “casa” da palavra casaco será localizada, se essa opção não estiver
marcada. Marcando essa opção, apenas a palavra casa, completa, será localizada.
- Usar caracteres curinga: com esta opção marcada, usamos caracteres especiais. Por exemplo, é possível usar o carac-
tere curinga asterisco (*) para procurar uma sequência de caracteres (por exemplo, “t*o” localiza “tristonho” e “término”).
Veja a lista de caracteres que são considerados curinga, retirada do site do Microsoft Office:
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INFORMÁTICA BÁSICA
O grupo tabela é muito utilizado em editores de texto, como por exemplo a definição de estilos da tabela.
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
Guia revisão:
Grupo revisão de texto:
Figura 39: Verificar ortografia e gramática
Figura 38: Grupo revisão de texto
A verificação ortográfica e gramatical do Word, já bus-
1 – Pesquisar: abre o painel de tarefas viabilizando pes- ca trechos do texto ou palavras que não se enquadrem
quisas em materiais de referência como jornais, enciclopé- no perfil de seus dicionários ou regras gramaticais e or-
dias e serviços de tradução. tográficas. Na parte de cima da janela “Verificar ortografia
2 – Dica de tela de tradução: pausando o cursor sobre e gramática”, aparecerá o trecho do texto ou palavra con-
algumas palavras é possível realizar sua tradução para ou- siderada inadequada. Em baixo, aparecerão as sugestões.
tro idioma. Caso esteja correto e a sugestão do Word não se aplique,
3 – Definir idioma: define o idioma usado para realizar podemos clicar em “Ignorar uma vez”; caso a regra apre-
a correção de ortografia e gramática. sentada esteja incorreta ou não se aplique ao trecho do
4 – Contar palavras: possibilita contar as palavras, os texto selecionado, podemos clicar em “Ignorar regra”; caso
caracteres, parágrafos e linhas de um documento. a sugestão do Word seja adequada, clicamos em “Alterar” e
5 – Dicionário de sinônimos: oferece a opção de alte- podemos continuar a verificação de ortografia e gramática
rar a palavra selecionada por outra de significado igual ou clicando no botão “Próxima sentença”.
semelhante.
6 – Traduzir: faz a tradução do texto selecionado para Se tivermos uma palavra sublinhada em vermelho, indi-
outro idioma. cando que o Word a considera incorreta, podemos apenas
7 – Ortografia e gramática: faz a correção ortográfica clicar com o botão direito do mouse sobre ela e verificar se
e gramatical do documento. Assim que clicamos na opção uma das sugestões propostas se enquadra.
“Ortografia e gramática”, a seguinte tela será aberta: Por exemplo, a palavra informática. Se clicarmos com
o botão direito do mouse sobre ela, um menu suspenso
nos será mostrado, nos dando a opção de escolher a pala-
vra informática. Clicando sobre ela, a palavra do texto será
substituída e o texto ficará correto.
Grupo comentário:
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INFORMÁTICA BÁSICA
Grupo controle:
Grupo alterações:
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INFORMÁTICA BÁSICA
Além de utilizar a setas do teclado (ou o toque do dedo nas telas sensíveis ao toque) para a troca e rolagem da página
durante a leitura, basta o usuário dar um duplo clique sobre uma imagem, tabela ou gráfico e o mesmo será ampliado,
facilitando sua visualização. Como se não bastasse, clicando com o botão direito do mouse sobre uma palavra desco-
nhecida, é possível ver sua definição através do dicionário integrado do Word.
Documentos em PDF: agora é possível editar um documento PDF no Word, sem necessitar recorrer ao Adobe Acro-
bat. Em seu novo formato, o Word é capaz de converter o arquivo em uma extensão padrão e, depois de editado, sal-
vá-lo novamente no formato original. Esta façanha, contudo, passou a ser de extensa utilização, pois o uso de arquivos
PDF está sendo cada vez mais corriqueiro no ambiente virtual.
Interação de maneira simplificada: o Word trata normalmente a colaboração de outras pessoas na criação de um
documento, ou seja, os comentários realizados neste, como se cada um fosse um novo tópico. Com o Word 2013 é
possível responder diretamente o comentário de outra pessoa clicando no ícone de uma folha, presente no campo de
leitura do mesmo. Esta interação de usuários, realizada através dos comentários, aparece em forma de pequenos balões
à margem documento.
Compartilhamento Online: compartilhar seus documentos com diversos usuários e até mesmo enviá-lo por e-mail
tornou-se um grande diferencial da nova plataforma Office 2013. O responsável por esta apresentação online é o Office
Presentation Service, porém, para isso, você precisa estar logado em uma Conta Microsoft para acessá-lo. Ao terminar
o arquivo, basta clicar em Arquivo / Compartilhar / Apresentar Online / Apresentar Online e o mesmo será enviado para
a nuvem e, com isso, você irá receber um link onde poderá compartilhá-lo também por e-mail, permitindo aos demais
usuários baixá-lo em formato PDF.
Ocultar títulos em um documento: apontado como uma dificuldade por grande parte dos usuários, a rolagem e
edição de determinadas partes de um arquivo muito extenso, com vários títulos, acabou de se tornar uma tarefa mais
fácil e menos desconfortável. O Word 2013 permite ocultar as seções e/ou títulos do documento, bastando os mesmos
estarem formatados no estilo Títulos (pré-definidos pelo Office). Ao posicionar o mouse sobre o título, é exibida uma
espécie de triângulo a sua esquerda, onde, ao ser clicado, o conteúdo referente a ele será ocultado, bastando repetir a
ação para o mesmo reaparecer.
Enfim, além destas novidades apresentadas existem outras tantas, como um layout totalmente modificado, focado
para a utilização do software em tablets e aparelhos com telas sensíveis ao toque. Esta nova plataforma, também, abre
um amplo leque para a adição de vídeos online e imagens ao documento. Contudo, como forma de assegurar toda esta
relação online de compartilhamento e boas novidades, a Microsoft adotou novos mecanismos de segurança para seus
aplicativos, retornando mais tranquilidade para seus usuários.
O grande trunfo do Office 2013 é sua integração com a nuvem. Do armazenamento de arquivos a redes sociais, os
softwares dessa versão são todos conectados. O ponto de encontro deles é o SkyDrive, o HD na internet da Microsoft.
A tela de apresentação dos principais programas é ligada ao serviço, oferecendo opções de login, upload e download
de arquivos. Isso permite que um arquivo do Word, por exemplo, seja acessado em vários dispositivos com seu conteúdo
sincronizado. Até a página em que o documento foi fechado pode ser registrada.
Da mesma maneira, é possível realizar trabalhos em conjunto entre vários usuários. Quem não tem o Office instalado
pode fazer edições na versão online do sistema. Esses e outros contatos podem ser reunidos no Outlook.
As redes sociais também estão disponíveis nos outros programas. É possível fazer buscas de imagens no Bing ou baixar
fotografias do Flickr, por exemplo. Outro serviço de conectividade é o SharePoint, que indica arquivos a serem acessados e
contatos a seguir baseado na atividade do usuário no Office.
O Office 365 é um novo jeito de usar os tão conhecidos softwares do pacote Office da Microsoft. Em vez de comprar
programas como Word, Excel ou PowerPoint, você agora pode fazer uma assinatura e desfrutar desses aplicativos e de
muitos outros no seu computador ou smartphone.
A assinatura ainda traz diversas outras vantagens, como 1 TB de armazenamento na nuvem com o OneDrive, minutos
Skype para fazer ligações para telefones fixos e acesso ao suporte técnico especialista da Microsoft. Tudo isso pagando
uma taxa mensal, o que você já faz para serviços essenciais para o seu dia a dia, como Netflix e Spotify. Porém, aqui estamos
falando da suíte de escritório indispensável para qualquer computador.
29
INFORMÁTICA BÁSICA
- O LibreOffice trabalha com um formato de padrão aberto chamado Open Document Format for Office Applications
(ODF), que é um formato de arquivo baseado na linguagem XML. Os formatos para Writer, Calc e Impress utilizam o mesmo
“prefixo”, que é “od” de “Open Document”. Dessa forma, o que os diferencia é a última letra. Writer → .odt (Open Docu-
ment Text); Calc → .ods (Open Document Spreadsheet); e Impress → .odp (Open Document Presentations).
Em relação a interface com o usuário, o LibreOffice utiliza o conceito de menus para agrupar as funcionalidades do
aplicativo. Além disso, todos os aplicativos utilizam uma interface semelhante. Veja no exemplo abaixo o aplicativo Writer.
O LibreOffice permite que o usuário crie tarefas automatizadas que são conhecidas como macros (utilizando a lingua-
gem LibreOffice Basic).
O Writer é o editor de texto do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odt (Open Document Text). As prin-
cipais teclas de atalho do Writer são:
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INFORMÁTICA BÁSICA
O Excel é uma poderosa planilha eletrônica para gerir e avaliar dados, realizar cálculos simples ou complexos e rastrear
informações. Ao abri-lo, é possível escolher entre iniciar a partir de documento em branco ou permitir que um modelo faça
a maior parte do trabalho por você.
Na tela inicial do Excel, são listados os últimos documentos editados (à esquerda), opção para criar novo documento
em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novos documentos (ao centro).
Ao selecionar a opção de Pasta de Trabalho em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos
elementos básicos apontados na figura 106, e descritos nos tópicos a seguir.
No começo da sua vida, o Excel tornou-se alvo de um processo judicial de marca registrada por outra empresa que já
vendia um pacote de software chamado “Excel” na indústria financeira. Como resultado da disputa, a Microsoft foi solicitada
a se referir ao programa como “Microsoft Excel” em todas as press releases formais e documentos legais. Contudo, com o
passar do tempo, essa prática foi sendo ignorada, e a Microsoft resolveu a questão quando ela comprou a marca registrada
reservada ao outro programa. Ela também encorajou o uso das letras XL como abreviação para o programa; apesar dessa
prática não ser mais comum, o ícone do programa no Windows ainda é formado por uma combinação estilizada das duas
letras, e a extensão de arquivo do formato padrão do Excel até a versão 11 (Excel 2003) é .xls, sendo .xlsx a partir da versão
12, acompanhando a mudança nos formatos de arquivo dos aplicativos do Microsoft Office.
Foi a última versão ao modo antigo com menus e uma caixa de ferramenta fixa como podemos ver na Figura 46
31
INFORMÁTICA BÁSICA
Uma inovação marcante do Excel 2003 são as células em forma de lista: com elas fica mais fácil analisar e gerenciar
dados relacionados, ordenando-os como preferir com um simples clique do mouse. Para transformar qualquer intervalo de
células em uma lista.
Poder utilizar um formato XML padrão para o Office Excel 2007 foi uma das principais mudanças do Excel 2007, além
das mudanças visuais em relações as abas e os grupos de trabalho já citados na versão 2003 do Word
Esse novo formato é o novo formato de arquivo padrão do Office Excel 2007. O Office Excel 2007 usa as seguintes
extensões de nome de arquivo: *.xlsx, *.xlsm *.xlsb, *.xltx, *.xltm e *.xlam. A extensão de nome de arquivo padrão do Office
Excel 2007 é *.xlsx.
Essa alteração permite consideráveis melhoras em: interoperabilidade de dados, montagem de documentos, consulta
de documentos, acesso a dados em documentos, robustez, tamanho do arquivo, transparência e recursos de segurança.
O Excel 2007 permite que os usuários abram pastas de trabalho criadas em versões anteriores do Excel e trabalhem
com elas. Para converter essas pastas de trabalho para o novo formato XML, basta clicar no Botão do Microsoft Office e
clique em Converter Você pode também converter a pasta de trabalho clicando no Botão do Microsoft Office e em Salvar
Como – Pasta de Trabalho do Excel. Observe que o recurso Converter remove a versão anterior do arquivo, enquanto o
recurso Salvar Como deixa a versão anterior do arquivo e cria um arquivo separado para a nova versão.
As melhoras de interface que podem ser destacadas são:
• Economia de tempo, selecionando células, tabelas, gráficos e tabelas dinâmicas em galerias de estilos predefinidos.
• Visualização e alterações de formatação no documento antes de confirmar uma alteração ao usar as galerias de
formatação.
• Uso da formatação condicional para anotar visualmente os dados para fins analíticos e de apresentação.
• Alteração da aparência de tabelas e gráficos em toda a pasta de trabalho para coincidir com o esquema de estilo
ou a cor preferencial usando novos Estilos Rápidos e Temas de Documento.
• Criação de um tema próprio para aplicar de forma consistente as fontes e cores que refletem a marca da empresa
que atua.
• Novos recursos de gráfico que incluem formas tridimensionais, transparência, sombras projetadas e outros efeitos.
Em relação a usabilidade as fórmulas passaram a ser redimensionáveis, sendo possível escrever mais fórmulas com mais
níveis de aninhamento do que nas versões anteriores.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Passou a existir o preenchimento automático de fórmula, auxiliando muito com as sintaxes, as referências
estruturadas: além de referências de célula, como A1 e L1C1, o Office Excel 2007 fornece referências estrutu-
radas que fazem referência a intervalos nomeados e tabelas em uma fórmula.
Acesso fácil aos intervalos nomeados: usando o gerenciador de nomes do Office Excel 2007, podendo or-
ganizar, atualizar e gerenciar vários intervalos nomeados em um local central, as tabelas dinâmicas são muito
mais fáceis de usar do que nas versões anteriores.
Além do modo de exibição normal e do modo de visualização de quebra de página, o Office Excel 2007
oferece uma exibição de layout de página para uma melhor experiência de impressão.
A classificação e a filtragem aprimoradas que permitem filtrar dados por cores ou datas, exibir mais de 1.000
itens na lista suspensa Filtro Automático, selecionar vários itens a filtrar e filtrar dados em tabelas dinâmicas.
O Excel 2007 tem um tamanho maior que permite mais de 16.000 colunas e 1 milhão de linhas por planilha,
o número de referências de célula aumentou de 8.000 para o que a memória suportar, isso ocorre porque o
gerenciamento de memória foi aumentado de 1 GB de memória no Microsoft Excel 2003 para 2 GB no Excel
2007, permitindo cálculos em planilhas grandes e com muitas fórmulas, oferecendo inclusive o suporte a vá-
rios processadores e chipsets multithread.
1 1 . 3 . E xc e l 2 0 1 0 , 2 0 1 3 e d e t a l h e s g e r a i s
F i g u r a 4 7 : Te l a P r i n c i p a l d o E x c e l 2 0 1 3
Barra de Títulos:
A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da pasta de trabalho na janela. Ao iniciar
o programa aparece Pasta 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Faixa de Opções:
Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de Opções. Os coman-
dos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade e, para
melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.
A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da tela e pode ser configurada com os botões de
sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.
Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas de acesso rápido podemos clicar com o botão
direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibida uma janela com a opção de Adicionar à
Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta lateral. Na janela apre-
sentada temos várias opções para personalizar a barra, além da opção Mais Comandos..., onde temos acesso a todos os
comandos do Excel.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Para remoção do componente, selecione-o, clique com o botão direito do mouse e escolha Remover da Barra de Fer-
ramentas de Acesso Rápido.
Barra de Status:
Localizada na parte inferior da tela, a barra de status exibe mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas teclas.
Nela encontramos o recurso de Zoom e os botões de “Modos de Exibição”.
Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela podemos
ativar ou desativar vários componentes de visualização.
Barras de Rolagem: Nos lados direito e inferior da região de texto estão as barras de rolagem. Clique nas setas para
cima ou para baixo para mover a tela verticalmente, ou para a direita e para a esquerda para mover a tela horizontalmente,
e assim poder visualizar toda a sua planilha.
Planilha de Cálculo: A área quadriculada representa uma planilha de cálculos, onde você fará a inserção de dados e
fórmulas para colher os resultados desejados.
Uma planilha é formada por linhas, colunas e células. As linhas são numeradas (1, 2, 3, etc.) e as colunas nomeadas com
letras (A, B, C, etc.).
35
INFORMÁTICA BÁSICA
Cabeçalho de Coluna: Cada coluna tem um cabeçalho, que contém a letra que a identifica. Ao clicar na letra, toda a
coluna é selecionada.
Ao dar um clique com o botão direito do mouse sobre o cabeçalho de uma coluna, aparecerá o menu pop-up, onde as
opções deste menu são as seguintes:
-Formatação rápida: a caixa de formatação rápida permite escolher a formatação de fonte e formato de dados, bem
como mesclagem das células (será abordado mais detalhadamente adiante).
-Recortar: copia toda a coluna para a área de transferência, para que possa ser colada em outro local determinado e,
após colada, essa coluna é excluída do local de origem.
-Copiar: copia toda a coluna para a área de transferência, para que possa ser colada em outro local determinado.
-Opções de Colagem: mostra as diversas opções de itens que estão na área de transferência e que tenham sido recor-
tadas ou copiadas.
-Colar especial: permite definir formatos específicos na colagem de dados, sobretudo copiados de outros aplicativos.
-Inserir: insere uma coluna em branco, exatamente antes da coluna selecionada.
-Excluir: exclui toda a coluna selecionada, inclusive os dados nela contidos e sua formatação.
-Limpar conteúdo: apenas limpa os dados de toda a coluna, mantendo a formatação das células.
-Formatar células: permite escolher entre diversas opções para fazer a formatar as células (será visto detalhadamente
adiante).
-Largura da coluna: permite definir o tamanho da coluna selecionada.
-Ocultar: oculta a coluna selecionada. Muitas vezes uma coluna é utilizada para fazer determinados cálculos, necessá-
rios para a totalização geral, mas desnecessários na visualização. Neste caso, utiliza-se esse recurso.
-Re-exibir: reexibe colunas ocultas.
Cabeçalho de Linha: Cada linha tem também um cabeçalho, que contém o número que a identifica. Clicando no ca-
beçalho de uma linha, esta ficará selecionada.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Célula: As células, são as combinações entre linha e colunas. Por exemplo, na coluna A, linha 1, temos a célula A1. Na
Caixa de Nome, aparecerá a célula onde se encontra o cursor.
Caixa de Nome: Você pode visualizar a célula na qual o cursor está posicionado através da Caixa de Nome, ou, ao
contrário, pode clicar com o mouse nesta caixa e digitar o endereço da célula em que deseja posicionar o cursor. Após dar
um “Enter”, o cursor será automaticamente posicionado na célula desejada.
Guias de Planilhas: Em versões anteriores do Excel, ao abrir uma nova pasta de trabalho no Excel, três planilhas já
eram criadas: Plan1, Plan2 e Plan3. Nesta versão, somente uma planilha é criada, e você poderá criar outras, se necessitar.
Para criar nova planilha dentro da pasta de trabalho, clique no sinal + ( ). Para alternar entre as
planilhas, basta clicar sobre a guia, na planilha que deseja trabalhar.
Você verá, no decorrer desta lição, como podemos cruzar dados entre planilhas e até mesmo entre pastas de trabalho
diferentes, utilizando as guias de planilhas.
Ao posicionar o mouse sobre qualquer uma das planilhas existentes e clicar com o botão direito aparecerá um menu
pop up.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Selecionar Tudo: Clicando-se na caixa Selecionar tudo, todas as células da planilha ativa serão selecionadas.
Barra de Fórmulas: Na barra de fórmulas são digitadas as fórmulas que efetuarão os cálculos.
A principal função do Excel é facilitar os cálculos com o uso de suas fórmulas. A partir de agora, estudaremos várias de
suas fórmulas. Para iniciar, vamos ter em mente que, para qualquer fórmula que será inserida em uma célula, temos que ter
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INFORMÁTICA BÁSICA
sinal de “=” no seu início. Esse sinal, oferece uma entrada Dividir: Para realizarmos a divisão, procedemos de for-
no Excel que o faz diferenciar textos ou números comuns ma semelhante à subtração e multiplicação. Clicamos no
de uma fórmula. primeiro número, digitamos o sinal de divisão que, para o
Excel é a “/” barra, e depois, clicamos no último valor. No
Somar: Se tivermos uma sequência de dados numé- próximo exemplo, usaremos a fórmula =B3/B2.
ricos e quisermos realizar a sua soma, temos as seguin-
tes formas de fazê-lo: Máximo: Mostra o maior valor em um intervalo de
células selecionadas. Na figura a seguir, iremos calcular a
maior idade digitada no intervalo de células de A2 até A5.
A função digitada será = máximo(A2:A5).
Onde: “= máximo” – é o início da função; (A2:A5) – re-
fere-se ao endereço dos valores onde você deseja ver qual
é o maior valor. No caso a resposta seria 10.
Figura 59: Soma simples Mínimo: Mostra o menor valor existente em um inter-
valo de células selecionadas.
Usamos, nesse exemplo, a fórmula =B2+B3+B4. Na figura a seguir, calcularemos o menor salário digi-
Após o sinal de “=” (igual), clicar em uma das células, tado no intervalo de A2 até A5. A função digitada será =
digitar o sinal de “+” (mais) e continuar essa sequência mínimo (A2:A5).
até o último valor. Onde: “= mínimo” – é o início da função; (A2:A5) – refe-
Após a sequência de células a serem somadas, clicar re-se ao endereço dos valores onde você deseja ver qual é
no ícone soma, ou usar as teclas de atalho Alt+=. o maior valor. No caso a resposta seria R$ 622,00.
A última forma que veremos é a função soma digi-
tada. Vale ressaltar que, para toda função, um início é Média: A função da média soma os valores de uma
fundamental: sequência selecionada e divide pela quantidade de valores
dessa sequência.
= nome da função ( Na figura a seguir, foi calculada a média das alturas de
quatro pessoas, usando a função = média (A2:A4)
Foi digitado “= média (”, depois, foram selecionados os
1 - Sinal de igual. valores das células de A2 até A5. Quando a tecla Enter for
2 – Nome da função. pressionada, o resultado será automaticamente colocado
3 – Abrir parênteses. na célula A6.
Todas as funções, quando um de seus itens for
Após essa sequência, o Excel mostrará um pequeno alterado, recalculam o valor final.
lembrete sobre a função que iremos usar, onde é possí-
vel clicar e obter ajuda, também. Usaremos, no exemplo Data: Esta fórmula insere a data automática em uma
a seguir, a função = soma(B2:B4). planilha.
Lembre-se, basta colocar o a célula que contém o
primeiro valor, em seguida o dois pontos (:) e por último
a célula que contém o último valor.
39
INFORMÁTICA BÁSICA
Onde:
Núm: é qualquer número real que se deseja arredondar.
Núm_dígitos: é o número de dígitos para o qual se deseja arredondar núm.
Veja na figura, que quando digitamos a parte inicial da função, o Excel nos mostra que temos que selecionar o num,
ou seja, a célula que desejamos arredondar e, depois do “;” (ponto e vírgula), digitar a quantidade de dígitos para a qual
queremos arredondar.
Na próxima figura, para efeito de entendimento, deixaremos as funções aparentes, e os resultados dispostos na coluna
C:
A função Arredondar.para.Baixo segue exatamente o mesmo conceito.
Resto: Com essa função podemos obter o resto de uma divisão. Sua sintaxe é a seguinte:
= mod (núm;divisor)
Onde:
Núm: é o número para o qual desejamos encontrar o resto.
divisor: é o número pelo qual desejamos dividir o número.
Valor Absoluto: Com essa função podemos obter o valor absoluto de um número. O valor absoluto, é o número sem
o sinal. A sintaxe da função é a seguinte:
=abs(núm)
Onde: aBs(núm)
Núm: é o número real cujo valor absoluto você deseja obter.
Dias 360: Retorna o número de dias entre duas datas com base em um ano de 360 dias (doze meses de 30 dias). Sua
sintaxe é:
= DIAS360(data_inicial;data_final)
Onde:
data_inicial = a data de início de contagem.
Data_final = a data a qual quer se chegar.
No exemplo a seguir, vamos ver quantos dias faltam para chegar até a data de 14/06/2018, tendo como data inicial o
dia 05/03/2018. A função utilizada será =dias360(A2;B2)
40
INFORMÁTICA BÁSICA
Vamos usar a Figura abaixo para explicar as próximas funções (Se, SomaSe, Cont.Se)
Função SE: O SE é uma função condicional, ou seja, verifica SE uma condição é verdadeira ou falsa.
SE VALOR DE C3 FOR MAIOR OU IGUAL a 724, então ESCREVA “ACIMA”, senão ESCREVA “ABAIXO” MOSTRA O RE-
SULTADO NA CÉLULA E3
Resultado: será mostrado na célula C3, portanto é onde devemos digitar a fórmula
Teste lógico: C3>=724
Valor_se_verdadeiro: “Acima”
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INFORMÁTICA BÁSICA
Assim, com o cursor na célula E3, digitamos: Resultado: será mostrado na célula D17, portanto é
=SE(C3>=724;”Acima”;”Abaixo”) onde devemos digitar a fórmula
Para cada uma das linhas, podemos copiar e colar as Intervalo para análise: C3:C10
fórmulas, e o Excel, inteligentemente, acertará as linhas e Critério: “FEMININO”
colunas nas células. Nossas fórmulas ficarão assim: Intervalo para soma: D3:D10
E4 =SE(C4>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E5 =SE(C5>=724;”Acima”;”Abaixo”) Assim, com o cursor na célula D17, digitamos:
E6 =SE(C6>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E7 =SE(C7>=724;”Acima”;”Abaixo”) =SomaSE(D3:D10;”feminino”;C3:C10)
E8 =SE(C8>=724;”Acima”;”Abaixo”)
E9 =SE(C9>=724;”Acima”;”Abaixo”) Função CONT.SE: O CONT.SE é uma função de con-
E10 =SE(C10>=724;”Acima”;”Abaixo”) tagem condicionada, ou seja, CONTA a quantidade de re-
gistros, SE determinada condição for verdadeira. A sintaxe
Função SomaSE: A SomaSE é uma função de soma desta função é a seguinte:
condicionada, ou seja, SOMA os valores, SE determinada
condição for verdadeira. A sintaxe desta função é a seguin- =CONT.SE(intervalo;“critérios”)
te:
= : significa a chamada para uma fórmula/função
=SomaSe(intervalo;“critérios”;intervalo_soma) CONT.SE: chamada para a função CONT.SE
intervalo: intervalo de células onde será feita a análise
=Significa a chamada para uma fórmula/função dos dados
SomaSe: função SOMASE “critérios”: critérios a serem avaliados nas células do
intervalo: Intervalo de células onde será feita a análise “intervalo”
dos dados
“critérios”: critérios (sempre entre aspas) a serem ava- Usando a planilha acima como exemplo, queremos
liados a fim de chegar à condição verdadeira saber quantas pessoas ganham R$ 1200,00 ou mais, e
intervalo_soma: Intervalo de células onde será verifi- mostrar o resultado na célula D14, e quantas ganham
cada a condição para soma dos valores abaixo de R$1.200,00 e mostrar o resultado na célula D15.
Para isso precisamos criar a seguinte condição:
Exemplo: usando a planilha acima, queremos somar
os salários de todos os funcionários HOMENS e mostrar R$ 1200,00 ou MAIS:
o resultado na célula D16. E também queremos somar os SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MAIOR
salários das funcionárias mulheres e mostrar o resultado na OU IGUAL A 1200, ENTÃO
célula D17. Para isso precisamos criar a seguinte condição: CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D14
HOMENS:
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MASCULI- Traduzindo a condição em variáveis teremos:
NO, ENTÃO
SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO Resultado: será mostrado na célula D14, portanto é
INTERVALO D3 ATÉ D10 onde devemos digitar a fórmula
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D16 Intervalo para análise: C3:C10
Critério: >=1200
Traduzindo a condição em variáveis teremos:
Assim, com o cursor na célula D14, digitamos:
Resultado: será mostrado na célula D16, portanto é
onde devemos digitar a fórmula =CONT.SE(C3:C10;”>=1200”)
Intervalo para análise: C3:C10
Critério: “MASCULINO” MENOS DE R$ 1200,00:
Intervalo para soma: D3:D10 SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR ME-
Assim, com o cursor na célula D16, digitamos: NOR QUE 1200, ENTÃO
=SOMASE(D3:D10;”masculino”;C3:C10) CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
MULHERES: MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D15
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR FEMINI-
NO, ENTÃO Traduzindo a condição em variáveis teremos:
SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO IN-
TERVALO D3 ATÉ D10 Resultado: será mostrado na célula D15, portanto é
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D17 onde devemos digitar a fórmula
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INFORMÁTICA BÁSICA
=CONT.SE(C3:C10;”<1200”)
Observações: fique atento com o > (maior) e < (menor), >= (maior ou igual) e <=(menor ou igual). Se tivéssemos
determinado a contagem de valores >1200 (maior que 1200) e <1200 (menor que 1200), o valor =1200 (igual a 1200) não
entraria na contagem.
Formatação de Células: Ao observar a planilha abaixo, fica claro que não é uma planilha bem formatada, vamos
deixar ela de uma maneira mais agradável.
O primeiro passo é mesclar e centralizar o título, para isso utilizamos o botão Mesclar e Centralizar , entre outras opções
de alinhamento, como centralizar, direção do texto, entre outras.
43
INFORMÁTICA BÁSICA
Em seguida, vamos colocar uma borda no texto digitado, vamos escolher a opção “Todas as bordas”, podemos mudar
o título para negrito, mudar a cor do fundo e/ou de uma fonte, basta selecionar a(s) célula(s) e escolher as formatações.
Para finalizar essa etapa vamos formatar a coluna C para moeda, que é o caso desse exemplo, porém pode ser realizado
vários outros tipos de formatação, como, porcentagem, data, hora, científico, basta clicar no dropbox onde está escrito geral
e escolher.
O resultado final nos traz uma planilha muito mais agradável e de fácil entendimento:
Ordenando os dados: Você pode digitar os dados em qualquer ordem, pois o Excel possui uma ferramenta muito
útil para ordenar os dados.
Ao clicar neste botão, você tem as opções para classificar de A a Z (ordem crescente), de Z a A (ordem decrescente) ou
classificação personalizada.
Para ordenar seus dados, basta clicar em uma célula da coluna que deseja ordenar, e selecionar a classificação crescente
ou decrescente. Mas cuidado! Se você selecionar uma coluna inteira, nas versões mais antigas do Excel, você irá classificar
os dados dessa coluna, mas vai manter os dados das outras colunas onde estão. Ou seja, seus dados ficarão alterados. Nas
versões mais novas, ele fará a pergunta, se deseja expandir a seleção e dessa forma, fazer a classificação dos dados junto
com a coluna de origem, ou se deseja manter a seleção e classificar somente a coluna selecionada.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Filtrando os dados: Ainda no botão temos a opção FILTRO. Ao selecionar esse botão, cada uma das colunas da nos-
sa planilha irá abrir uma seta para fazer a seleção dos dados que desejamos visualizar. Assim, podemos filtrar e visualizar
somente os dados do mês de Janeiro ou então somente os gastos com contas de consumo, por exemplo.
Gráficos: Outra forma interessante de analisar os dados é utilizando gráficos. O Excel monta os gráficos rapidamente
e é muito fácil. Na Guia Inserir da Faixa de Opções, temos diversas opções de gráficos que podem ser utilizados.
45
INFORMÁTICA BÁSICA
Redimensione o gráfico clicando com o mouse nas bordas para aumentar de tamanho. Reposicione o gráfico na pá-
gina, clicando nas linhas e arrastando até o local desejado.
Importante mencionar que o conceito do Excel 365 é o mesmo apontado no Word, ou seja, fazem parte do Office
365, que podem ser comprados conforme figura 39.
O Calc é o software de planilha eletrônica do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .ods (Open Docu-
ment Spreadsheet).
O Calc trabalha de modo semelhante ao Excel no que se refere ao uso de fórmulas. Ou seja, uma fórmula é iniciada
pelo sinal de igual (=) e seguido por uma sequência de valores, referências a células, operadores e funções.
Algumas diferenças entre o Calc e o Excel:
Para fazer referência a uma interseção no Calc, utiliza-se o sinal de exclamação (!). Por exemplo, “B2:C4!C3:C6” retor-
nará a C3 e C4 (interseção entre os dois intervalos). No Excel, isso é feito usando um espaço em branco (B2:C4 C3:C6).
Para fazer referência a uma célula que esteja em outra planilha, na mesma pasta de trabalho, digite “nome_da_plani-
lha + . + célula. Por exemplo, “Plan2.A1” faz referência a célula A1 da planilha chamada Plan2. No Excel, isso é feito usan-
do o sinal de exclamação ! (Plan2!A1).
Menus do Calc
Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF.
Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir,
Cortar, Copiar e Colar.
Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Tela Inteira e Navegador.
Inserir - contém comandos para inserção de novos elementos no documento como células, linhas, colunas, planilhas,
gráficos.
Formatar - contém comandos para formatar células selecionadas, objetos e o conteúdo das células no documento.
Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Atingir meta, Rastrear erro, etc.
Dados - contém comandos para editar os dados de uma planilha. É possível classificar, utilizar filtros, validar, etc.
Janela - contém comandos para manipular e exibir janelas no documento.
Ajuda - permite acessar o sistema de ajuda do LibreOffice.
Na tela do PowerPoint 2003 o usuário tem a sua disposição: - barra de título, barra de menu, barra de ferramenta, pai-
nel de anotações, painel do slide, barra de status, painel de estrutura de tópicos. Confira a tela do PowerPoint na figura 75:
46
INFORMÁTICA BÁSICA
1- Aqui aparecerá o título do PowerPoint e o nome da apresentação que está sendo editada. Caso o arquivo não
tenha nome, aparecerá o nome e o número das apresentações, como no exemplo da figura acima apresentação 1.
2- Esta é a principal ferramenta do PowerPoint, nela você encontrará vários menus. Para acessá-los é só clicar sobre a
mesma, ou através do teclado pressionando a tecla ALT junto coma letra do nome do comando no referido menu. Exemplo:
para acessar o menu arquivo, pressione ALT e a letra A que se encontra sublinhada
3- A barra de ferramentas possui vários botões que servem para acelerar a execução de alguns recursos do Power-
Point
4- Este é o local de trabalho no qual o texto é digitado.
5- Este painel permite adicionar anotações ou informações e até mesmo, elementos gráficos que você deseja com-
partilhar com o público.
6- Com este painel você poderá organizar e desenvolver o conteúdo da apresentação, assim, inserir fotos, desenhos,
clip-arts e muito mais, para que sua apresentação seja mostrada da melhor maneira. Você só tem a ganhar com os recursos
que o PowerPoint dispõe, principalmente para apresentação de trabalhos escolares e trabalhos pessoais.
7- Esta fornece o número de slides, o tipo de visualização e o idioma.
Como existiu a mudança de formato, a versão 2003 foi a última a ser PPT, para poder abrir apresentações feitas na
versão 2007 ou superior, você pode baixar o pacote de compatibilidade do Microsoft gratuitos para Word, Excel e Power-
Point. Seus conversores ajudam que seja possível abrir, editar e salvar uma apresentação que você criou em versões mais
recentes do Office.
Depois que você instalar as atualizações e conversores, todas as apresentações de versões do PowerPoint mais recentes
que 2003 são convertidos automaticamente quando você abri-los, para que você possa editar e salvá-los.
A versão 2007 passa a ter o formato PPTX, diferente das anteriores que eram PPT, essa nova versão lida muito melhor
com vídeos e imagens. Um documento em branco do PowerPoint 2003 (formato PPT) apenas com uma imagem de 1 MB
chega a ocupar 5 MB, já no formato PPTX, este mesmo arquivo ocupa cerca de 1,1 MB.
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INFORMÁTICA BÁSICA
O PowerPoint 2007 trouxe uma importante opção que se encarrega de compactar imagens automaticamente a fim de
reduzir o tamanho total do documento. Para tal, abra a aba Formatar do programa e clique na opção Compactar Imagens.
Neste momento o usuário escolhe se deseja compactar uma única imagem da apresentação ou se pretende aplicar o
efeito a todas as figuras. Clique em Opções para acessar escolher o nível de qualidade e compactação das imagens de seu
arquivo, além disso foi possível começar a tratar imagens.
O PowerPoint 2007 passou a oferecer mais gráficos tridimensionais, permitindo apresentações com melhor visual, diferentemente do seu
antecessor 2003, PowerPoint 2007 utiliza o Microsoft Office Fluent interface de usuário (UI). Esta UI categoriza grupos e guias relacionados, tor-
nando mais fácil para os usuários a encontrar os comandos e recursos do PowerPoint . Além disso, a Fluent UI inclui uma função de visualização
ao vivo , para rever alterações de formatação antes de finalizá-los , bem como galerias de efeitos pré- definidos, layouts , temas e “Estilos Rápidos”.
Os temas do PowerPoint 2007 possuem características de “Estilos Rápidos”, estilos esses que não existem no Power-
Point 2003, com o PowerPoint 2003, a formatação de um documento exige a escolha de estilo e opções de cores para
gráficos, textos, fundos e até mesmo tabelas.
A versão 2007 do PowerPoint 2007 possuem opções de compartilhamentos mais flexíveis do que as de seu antecessor
de 2003. Um exemplo claro disso é que na versão 2007 os usuários podem acessar o Microsoft Office SharePoint Server
2007 para integrar as apresentações com o Outlook 2007, bem como o compartilhamento de apresentações utilizando o
que chamamos de “Bibliotecas de Slides”.
Em relação as tabelas e gráficos, ao contrário do PowerPoint 2003, a versão 2007 armazena as informações dos gráficos
no Excel 2007, ao invés de armazenar esses dados em folhas de dados do gráfico.
Na tela inicial do PowerPoint, são listadas as últimas apresentações editadas (à esquerda), opção para criar nova apre-
sentação em branco e ainda, são sugeridos modelos para criação de novas apresentações (ao centro).
Ao selecionar a opção de Apresentação em Branco você será direcionado para a tela principal, composta pelos elemen-
tos básicos apontados na figura abaixo, e descritos nos tópicos a seguir.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Barra de Títulos: A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da apresentação na janela. Ao iniciar
o programa aparece Apresentação 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.
Faixa de Opções:Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de
Opções. Os comandos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de
atividade e, para melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.
Barra de Ferramentas de Acesso Rápido: A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da tela
e pode ser configurada com os botões de sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.
Adicionando e Removendo Componentes: Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas de
acesso rápido podemos clicar com o botão direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibi-
da uma janela com a opção de Adicionar à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta lateral. É aberto o menu
Personalizar Barra de Ferramentas de Acesso Rápido, que apresenta várias opções para personalizar a barra, além da opção
Mais Comandos..., onde temos acesso a todos os comandos do PowerPoint.
Para remoção do componente, no mesmo menu selecione-o. Se preferir, clique com o botão direito do mouse sobre o
ícone que deseja remover e escolha Remover da Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
Barra de Status: Localizada na parte inferior da tela, a barra de status permite incluir anotações e comentários na sua
apresentação, mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas teclas. Nela encontramos o recurso de Zoom e os
botões de ‘Modos de Exibição’.
Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela podemos
ativar ou desativar vários componentes de visualização.
Durante uma apresentação, os slides do PowerPoint vão sendo projetados no monitor do computador, lembrando os
antigos slides fotográficos.
O apresentador pode inserir anotações, observações importantes, que deverão ser abordadas durante a apresentação.
Estas anotações serão visualizadas somente pelo apresentador quando, durante a apresentação, for selecionado o Modo
de Exibição do Apresentador (basta clicar com o botão direito do mouse e selecionar esta opção durante a apresentação).
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INFORMÁTICA BÁSICA
Modelos e Temas Online: Algumas vezes parece impossível iniciar uma apresentação. Você nem mesmo sabe como
começar. Nestas situações pode-se usar os modelos prontos, que fornecem sugestões para que você possa iniciar a criação
de sua apresentação. A versão PowerPoint 2013 traz vários modelos disponíveis online divididos por temas (é necessário
estar conectado à internet).
Para utilizar um modelo pronto, selecione um tema. Em nosso exemplo, vamos selecionar ‘Negócios’. Aparecerão vários
modelos prontos que podem ser utilizados para a criação de sua apresentação, conforme mostra a figura abaixo.
Procure conhecer os modelos, clicando sobre eles. Utilize as barras de rolagem para rolar a tela, visualizar as possi-
bilidades, e possivelmente escolher um modelo, dentre as inúmeras possibilidades fornecidas, para criar apresentações
profissionais com muita agilidade.
Ao escolher um modelo, clique no botão ‘Criar’ e aguarde o download do arquivo. Será criado um novo arquivo em
seu computador, que você poderá salvar onde quiser. A partir daí, basta customizar os dados e utilizá-lo como SUA APRE-
SENTAÇÃO.
Tanto o layout como o padrão de formatação de fontes, poderão ser alterados em qualquer momento, para atender
às suas necessidades.
Apresentação de Slides:
Antes de começarmos a trabalhar em um novo slide, ou nova apresentação, vamos entender um pouco melhor como
funciona uma apresentação. Escolha um modelo pronto qualquer, faça o download, e inicie a apresentação, assim:
50
INFORMÁTICA BÁSICA
Na barra ‘Modos de exibição de slides’, localizada na barra de status, clique no botão ‘Modo de Apresentação de Slides’.
Dê cliques com o mouse para seguir ao próximo slide. Ao clicar na apresentação, são exibidos botões de navegação,
que permitem que você siga para o próximo slide ou volte ao anterior, conforme mostrado abaixo. Além dos botões de
navegação você também conta com outras ferramentas durante sua apresentação.
Exibição de Slides:Vamos agora começar a personalizar nossa apresentação, tendo como base o modelo criado. Se
ainda estiver com uma apresentação aberta, termine a apresentação, retornando à estrutura. Clique, na faixa de opções, no
menu ‘EXIBIÇÃO’.
Modo Normal: No modo de exibição ‘Normal’, você trabalha em um slide de cada vez e pode organizar a estrutura
de todos os slides da apresentação.
Para mover de um slide para outro clique sobre o slide (do lado esquerdo) que deseja visualizar na tela, ou utilize as
teclas ‘PageUp’ e ‘PageDown’.
Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: Este modo de visualização é interessante principalmente durante a cons-
trução do texto da apresentação. Você pode ir digitando o texto do lado esquerdo e o PowerPoint monta os slides pra você.
Classificação de Slides: Este modo permite ver seus slides em miniatura, para auxiliar na organização e estruturação
de sua apresentação. No modo de classificação de slides, você pode reordenar slides, adicionar transições e efeitos de ani-
mação e definir intervalos de tempo para apresentações eletrônicas de slides.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Para alterar a sequência de exibição de slides, clique no slide e arraste até a posição desejada. Você também pode ocul-
tar um slide dando um clique com o botão direito do mouse sobre ele e selecionando ‘Ocultar Slide’.
Alterando o Design:
O design de um slide é a apresentação visual do mesmo, ou seja, as cores nele utilizadas, tipos de fontes, etc. O Power-
Point disponibiliza vários temas prontos para aplicar ao design de sua apresentação.
Para inserir um Tema de design pronto nos slides acesse a guia ‘Design’ na Faixa de Opções. Clique na seta lateral para
visualizar todos os temas existentes.
Clique no tema desejado, para aplicar ao slide selecionado. O tema será aplicado em todos os slides.
Variantes->Cores e Variantes->Fontes: ainda na guia ‘Design’ podemos aplicar variações dos temas, alterando cores e
fontes, criando novos temas de cores. Clique na seta da caixa ‘Variantes’ para abrir as opções. Passe o mouse sobre cada
tema para visualizar o efeito na apresentação. Após encontrar a variação desejada, dê um clique com o mouse para aplicá-la
à apresentação.
Variantes->Efeitos: os efeitos de tema especificam como os efeitos são aplicados a gráficos SmartArt, formas e ima-
gens. Clique na seta do botão ‘Efeitos’ para acessar a galeria de Efeitos. Aplicando o efeito alteramos rapidamente a apa-
rência dos objetos.
Layout de Texto:
O primeiro slide criado em nossa apresentação é um ‘Slide de título’. Nele não deve ser inserido o conteúdo da palestra
ou reunião, mas apenas o título e um subtítulo pois trata-se do slide inicial.
Clique no quadro onde está indicado ‘Clique aqui para adicionar um título’, e escreva o título de sua apresentação. A
apresentação que criaremos será sobre ‘Grupo Nova”.
No quadro onde está indicado ‘Clique aqui para adicionar um subtítulo’ coloque seu nome ou o nome da empresa em
que trabalha, ou mesmo um subtítulo ligado ao tema da apresentação.
Formate o texto da forma como desejar, selecionando o tipo da fonte, tamanho, alinhamento, etc., clicando sobre a
‘Caixa de Texto’ para fazer as formatações.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Clique no botão novo slide da guia ‘PÁGINA INICIAL’. Será criado um novo slide com layout diferente do anterior. Isso
acontece porque o programa entende que o próximo slide não é mais de título, e sim de conteúdo, e assim sucessivamente
pra a criação da sua apresentação.
Layouts de Conteúdo:
Utilizando os layouts de conteúdo é possível inserir figura ou cliparts, tabelas, gráficos, diagramas ou clipe de mídia
(que podem ser animações, imagens, sons, etc.).
A utilização destes recursos é muito simples, bastando clicar, no próprio slide, sobre o recurso que deseja utilizar.
Salve a apresentação atual como ‘Ensino a Distância’ e, sem fechá-la, abra uma nova apresentação. Vamos ver a utili-
zação dos recursos de Conteúdo.
Na guia ‘Início’ da Faixa de Opções, clique na seta lateral da caixa Layout. Será exibida uma janela com várias opções.
Selecione o layout ‘Título e conteúdo’.
Aparecerá a caixa de conteúdo no slide como mostrado na figura a seguir. A caixa de conteúdos ao centro do slide
possui diversas opções de tipo de conteúdo que se pode utilizar.
As demais ferramentas da ‘Caixa de Conteúdo’ são:
Explore as opções, utilize os recursos oferecidos para enriquecer seus conhecimentos e, em consequência, criar apre-
sentações muito mais interessantes. O funcionamento de cada item é semelhante aos já abordados.
Animação dos Slides: A animação dos slides é um dos últimos passos da criação de uma apresentação. Essa é uma
etapa importante, pois, apesar dos inúmeros recursos oferecidos pelo programa, não é aconselhável exagerar na utilização
dos mesmos, pois além de tornar a apresentação cansativa, tira a atenção das pessoas que estão assistindo, ao invés de dar
foco ao conteúdo da apresentação, passam a dar fico para as animações.
Transições: A transição dos slides nada mais é que a mudança entre um slide e outro. Você pode escolher entre diver-
sas transições prontas, através da faixa de opções ‘TRANSIÇÕES’. Selecione o primeiro slide da nossa apresentação e clique
nesta opção.
Escolha uma das transições prontas e veja o que acontece. Explore os diversos tipos de transições, apenas clicando
sobre elas e assistindo os efeitos que elas produzem. Isso pode ser bastante divertido, mas dependendo do intuito da
apresentação, o exagero pode tornar sua apresentação pouco profissional.
Ainda em ‘TRANSIÇÕES’ escolha como será feito o avanço do slide, se após um tempo pré-definido ou ‘Ao Clicar com
o Mouse’, dentro da faixa ‘INTERVALO’. Você também pode aplicar som durante a transição.
Animações: As animações podem ser definidas para cada caixa de texto dos slides. Ou seja, durante sua apresentação
você pode optar em ir abrindo o texto conforme trabalha os assuntos.
Neste exemplo, selecionaremos o Slide 3 de nossa apresentação para enriquecer as explicações. Clique um uma das
caixas de texto do slide, e na opção ‘ANIMAÇÕES’ abra o ‘PAINEL DE ANIMAÇÃO’.
Escolheremos a opção ‘Flutuar para Dentro’, mas você pode explorar as diversas opções e escolher a que mais te agra-
dar. Clique na opção escolhida. No Painel de Animação, abra todas as animações clicando na seta para baixo.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Cada parágrafo de texto pode ser configurado, bastando que você clique no parágrafo desejado e faça a opção de
animação desejada. O parágrafo pode aparecer somente quando você clicar com o mouse, ou juntamente com o anterior.
Pode mantê-lo aberto na tela enquanto outros estão fechados, etc.
Em nosso exemplo, vamos animar da seguinte forma: os textos da caixa de texto do lado esquerdo vão aparecer juntos
após clicar. Os textos da caixa do lado direito permanecem fechados. Ao clicar novamente, os dois parágrafos aparecerão
ao mesmo tempo na tela.
Passo a passo:
Com a caixa de texto do lado esquerdo selecionada, clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo, mostrado no Painel
de Animações;
selecione o 2º parágrafo e selecione ‘Iniciar com anterior’;
selecione a caixa de texto do lado direito e aplique uma animação;
no Painel de Animações clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo da caixa de texto
selecione o 2º parágrafo da caixa de texto e selecione ‘Iniciar com anterior’.
12.4. Impress
É o editor de apresentações do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odp (Open Document Presentations).
- O usuário pode iniciar uma apresentação no Impress de duas formas:
• do primeiro slide (F5) - Menu Apresentação de Slides -> Iniciar do primeiro slide
• do slide atual (Shift + F5) - Menu Apresentação de Slides -> Iniciar do slide atual.
- Menu do Impress:
• Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF;
• Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir,
Cortar, Copiar e Colar;
• Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um documento tais como Zoom, Apresentação de Slides,
Estrutura de tópicos e Navegador;
• Inserir - contém comandos para inserção de novos slides e elementos no documento como figuras, tabelas e
hiperlinks;
• Formatar - contém comandos para formatar o layout e o conteúdo dos slides, tais como Modelos de slides, Layout
de slide, Estilos e Formatação, Parágrafo e Caractere;
• Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Compactar apresentação e Player de mídia;
• Apresentação de Slides - contém comandos para controlar a apresentação de slides e adicionar efeitos em obje-
tos e na transição de slides.
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INFORMÁTICA BÁSICA
O objetivo inicial da Internet era atender necessidades militares, facilitando a comunicação. A agência norte-americana
ARPA – ADVANCED RESEARCH AND PROJECTS AGENCY e o Departamento de Defesa americano, na década de 60, criaram
um projeto que pudesse conectar os computadores de departamentos de pesquisas e bases militares, para que, caso um
desses pontos sofresse algum tipo de ataque, as informações e comunicação não seriam totalmente perdidas, pois estariam
salvas em outros pontos estratégicos.
O projeto inicial, chamado ARPANET, usava uma conexão a longa distância e possibilitava que as mensagens fossem
fragmentadas e endereçadas ao seu computador de destino. O percurso entre o emissor e o receptor da informação pode-
ria ser realizado por várias rotas, assim, caso algum ponto no trajeto fosse destruído, os dados poderiam seguir por outro
caminho garantindo a entrega da informação, é importante mencionar que a maior distância entre um ponto e outro, era
de 450 quilômetros.
No começo dos anos 80, essa tecnologia rompeu as barreiras de distância, passando a interligar e favorecer a troca de
informações de computadores de universidades dos EUA e de outros países, criando assim uma rede (NET) internacional
(INTER), consequentemente seu nome passa a ser, INTERNET.
A evolução não parava, além de atingir fronteiras continentais, os computadores pessoais evoluíam em forte escala
alcançando forte potencial comercial, a Internet deixou de conectar apenas computadores de universidades, passou a co-
nectar empresas e, enfim, usuários domésticos.
Na década de 90, o Ministério das Comunicações e o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil trouxeram a Internet para
os centros acadêmicos e comerciais. Essa tecnologia rapidamente foi tomando conta de todos os setores sociais até atingir a
amplitude de sua difusão nos tempos atuais.
Um marco que é importante frisar é o surgimento do WWW que foi a possibilidade da criação da interface gráfica dei-
xando a internet ainda mais interessante e vantajosa, pois até então, só era possível a existência de textos.
Para garantir a comunicação entre o remetente e o destinatário o americano Vinton Gray Cerf, conhecido como o pai
da internet criou os protocolos TCP/IP, que são protocolos de comunicação. O TCP – TRANSMISSION CONTROL PROTOCOL
(Protocolo de Controle de Transmissão) e o IP – INTERNET PROTOCOL (Protocolo de Internet) são conjuntos de regras que
tornam possível tanto a conexão entre os computadores, quanto ao entendimento da informação trocada entre eles.
A internet funciona o tempo todo enviando e recebendo informações por isso o periférico que permite a conexão com
a internet chama MODEM, porque que ele MOdula e DEModula sinais, e essas informações só podem ser trocadas graças
aos protocolos TCP/IP.
Protocolos Web
Já que estamos falando em protocolos, citaremos outros que são largamente usados na Internet:
-HTTP (Hypertext Transfer Protocol): Protocolo de transferência de Hipertexto, desde 1999 é utilizado para trocar
informações na Internet. Quando digitamos um site, automaticamente é colocado à frente dele o http://
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br
Onde:
http:// → Faz a solicitação de um arquivo de hipermídia para a Internet, ou seja, um arquivo que pode conter texto,
som, imagem, filmes e links.
-URL (Uniform Resource Locator): Localizador Padrão de recursos, serve para endereçar um recurso na web, é como
se fosse um apelido, uma maneira mais fácil de acessar um determinado site
Exemplo: http://www.novaconcursos.com.br, onde:
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INFORMÁTICA BÁSICA
Encontramos, ainda, variações na URL de um site, que demonstram a finalidade a organização que o criou, como:
.gov - Organização governamental
.edu - Organização educacional
.org - Organização
.ind - Organização Industrial
.net - Organização telecomunicações
.mil - Organização militar
.pro - Organização de profissões
.eng – Organização de engenheiros
Quando vemos apenas a terminação .com, sabemos que se trata de um site hospedado em um servidor dos Estados
Unidos.
-HTTPS (Hypertext transfer protocol secure): Semelhante ao HTTP, porém permite que os dados sejam transmitidos
através de uma conexão criptografada e que se verifique a autenticidade do servidor e do cliente através de certificados
digitais.
-FTP (File Transfer Protocol): Protocolo de transferência de arquivo, é o protocolo utilizado para poder subir os ar-
quivos para um servidor de internet, seus programas mais conhecidos são, o Cute FTP, FileZilla e LeechFTP, ao criar um site,
o profissional utiliza um desses programas FTP ou similares e executa a transferência dos arquivos criados, o manuseio é
semelhante à utilização de gerenciadores de arquivo, como o Windows Explorer, por exemplo.
-POP (Post Office Protocol): Protocolo de Posto dos Correios permite, como o seu nome o indica, recuperar o seu
correio num servidor distante (o servidor POP). É necessário para as pessoas não ligadas permanentemente à Internet,
para poderem consultar os mails recebidos offline. Existem duas versões principais deste protocolo, o POP2 e o POP3, aos
quais são atribuídas respectivamente as portas 109 e 110, funcionando com o auxílio de comandos textuais radicalmente
diferentes, na troca de e-mails ele é o protocolo de entrada.
IMAP (Internet Message Access Protocol): É um protocolo alternativo ao protocolo POP3, que oferece muitas
mais possibilidades, como, gerir vários acessos simultâneos e várias caixas de correio, além de poder criar mais
critérios de triagem.
-SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): É o protocolo padrão para envio de e-mails através da Internet. Faz a
validação de destinatários de mensagens. Ele que verifica se o endereço de e-mail do destinatário está corretamente
digitado, se é um endereço existente, se a caixa de mensagens do destinatário está cheia ou se recebeu sua mensa-
gem, na troca de e-mails ele é o protocolo de saída.
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INFORMÁTICA BÁSICA
-UDP (User Datagram Protocol): Protocolo que atua Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo
na camada de transporte dos protocolos (TCP/IP). Permi- temos uma relação de alguns deles:
te que a apli- cação escreva um datagrama encapsulado - 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime,
num pacote IP e trans- portado ao destino. É muito comum etc.).
lermos que se trata de um protocolo não confiável, isso - Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
porque ele não é implementado com regras que garantam - Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP,
tratamento de erros ou entrega. PCX, etc.).
- Negócios e Utilitários
Provedor - Apresentações
O provedor é uma empresa prestadora de serviços que INTRANET: A Intranet ou Internet Corporativa é a im-
oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces- plantação de uma Internet restrita apenas a utilização interna
sário conectar-se com um computador que já esteja na In- de uma empresa. As intranets ou Webs corporativas, são re-
ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per- des de comunicação internas baseadas na tecnologia usada
mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet. na Internet. Como um jornal editado internamente, e que
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada pode ser acessado apenas pelos funcionários da empresa.
à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e de-
computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link, partamentos, mesclando (com segurança) as suas informações
que é a conexão física que interliga o provedor de acesso particulares dentro da estrutura de comunicações da empresa.
com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida como O grande sucesso da Internet, é particularmente da
backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Bra- World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na
sil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma ave- evolução da informática nos últimos anos.
nida de três pistas e os links como se fossem as ruas que Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos
estão interligadas nesta avenida. interliga- dos através de vínculos, ou links) e a enorme fa-
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos
de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratiza-
os dados. ram o acesso à informação através de redes de computa-
Esta velocidade é dada em bps (bits por segundo). dores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de
Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso, que usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de
fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso e um informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgi-
endereço eletrônico na Internet. ram muitas ferramentas de software de custo zero ou pe-
queno, que permitem a qualquer organização ou empresa,
Home Page sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e
colocar informação. O resultado inevitável foi a impressio-
Pela definição técnica temos que uma Home Page é nante explosão na informação disponível na Internet, que
um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de compu- segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês.
tadores rodando um Navegador (Browser), que permite o Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito,
acesso às informações em um ambiente gráfico e multimí- que tem interessado um número cada vez maior de em-
dia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de informações presas, hospitais, faculdades e outras organizações interes-
dentro das Home Pages. sadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu
O endereço de Home Pages tem o seguinte formato: advento e disseminação promete operar uma revolução
http://www.endereço.com/página.html tão profunda para a vida organizacional quanto o apare-
Por exemplo, a página principal do meu projeto de cimento das primeiras redes locais de computadores, no
mestrado: final da década de 80.
http://www.ovidio.eng.br/mestrado
O que é Intranet?
PLUG-INS
O termo “intranet” começou a ser usado em meados de
Os plug-ins são programas que expandem a capacida- 1995 por fornecedores de produtos de rede para se refe-
de do Browser em recursos específicos - permitindo, por rirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias
exemplo, que você toque arquivos de som ou veja filmes projetadas para a comunicação por computador entre em-
em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas de soft- presas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma
ware vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade im- rede privativa de computadores que se baseia nos padrões
pressionante. Maiores informações e endereços sobre plu- de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na
g-ins são encontradas na página: tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP,
etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre
http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Soft- as razões para este sucesso, estão o custo de implantação
ware/ Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indi- relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos
ces/ programas de navegação na Web, os browsers.
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INFORMÁTICA BÁSICA
Organizações constroem uma intranet porque ela é Pesquisar por algo no Google e não ter como retorno
uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente exatamente o que você queria pode trazer algumas horas
para economizar tempo, diminuir as desvantagens da dis- de trabalho a mais, não é mesmo? Por mais que os algorit-
tância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital mos de busca sejam sempre revisados e busquem de certa
com conhecimentos das operações e produtos da empresa. forma “adivinhar” o que se passa em sua cabeça, lançar
mão de alguns artifícios para que sua busca seja otimizada
Aplicações da Intranet poupará seu tempo e fará com que você tenha acesso a
resultados mais relevantes.
Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comu- Os mecanismos de buscas contam com operadores
nicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o para filtro de conteúdo. A maior parte desse filtros, no en-
trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala. tanto, pode não interessar e você, caso não seja um prati-
De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet cante de SEO. Contudo alguns são realmente úteis e estão
vai ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os listados abaixo. Realize uma busca simples e depois apli-
diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas que os filtros para poder ver o quanto os resultados podem
áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo: sem mais especializados em relação ao que você procura.
- Marketing e Vendas - Informações sobre produtos,
listas de preços, promoções, planejamento de eventos; -palavra_chave
- Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de Retorna um busca excluindo aquelas em que a pa-
Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades de lavra chave aparece. Por exemplo, se eu fizer uma busca
membros das equipes, situações de projetos; por computação, provavelmente encontrarei na relação
- Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, siste- dos resultados informaçõe sobre “Ciência da computação“.
mas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), manuais Contudo, se eu fizer uma busca por computação -ciência ,
de qualidade; os resultados que tem a palavra chave ciência serão omi-
- Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apostilas, tidos.
políticas da companhia, organograma, oportunidades de tra-
balho, programas de desenvolvimento pessoal, benefícios. +palavra_chave
Para acessar as informações disponíveis na Web corpo- Retorna uma busca fazendo uma inclusão forçada de
rativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado. uma palavra chave nos resultados. De maneira análoga
Afinal, o esforço de operação desses programas se resume ao exemplo anterior, se eu fizer uma busca do tipo com-
quase somente em clicar nos links que remetem às novas putação, terei como retorna uma gama mista de resulta-
páginas. No entanto, a simplicidade de uma intranet termi- dos. Caso eu queira filtrar somente os casos em que ciên-
na aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa cias aparece, e também no estado de SP, realizo uma busca
complexa e exige a presença de profissionais especializa- do tipo computação + ciência SP.
dos. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet,
sua diversidade de funções e a quantidade de informações “frase_chave”
nela armazenadas. Retorna uma busca em que existam as ocorrências dos
A intranet é baseada em quatro conceitos: termos que estão entre aspas, na ordem e grafia exatas
- Conectividade - A base de conexão dos computa- ao que foi inserido. Assim, se você realizar uma busca do
dores ligados através de uma rede, e que podem transferir tipo “como faser” – sim, com a escrita incorreta da palavra
qualquer tipo de informação digital entre si; FAZER, verá resultados em que a frase idêntica foi empre-
- Heterogeneidade - Diferentes tipos de computado- gada.
res e sistemas operacionais podem ser conectados de for-
ma transparente; palavras_chave_01 OR palavra_chave_02
- Navegação - É possível passar de um documento a Mostra resultado para pelo menos uma das palavras
outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que chave citadas. Faça uma busca por facebook OR msn, por
facilitam o acesso não linear aos documentos; exemplo, e terá como resultado de sua busca, páginas re-
- Execução Distribuída - Determinadas tarefas de aces- levantes sobre pelo menos um dos dois temas- nesse caso,
so ou manipulação na intranet só podem ocorrer graças à como as duas palavras chaves são populares, os dois resul-
execução de programas aplicativos, que podem estar no tados são apresentados em posição de destaque.
servidor, ou nos microcomputadores que acessam a rede
(também chamados de clientes, daí surgiu à expressão que filetype:tipo
caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servidor). Retorna as buscas em que o resultado tem o tipo de
- A vantagem da intranet é que esses programas são extensão especificada. Por exemplo, em uma busca fi-
ativa- dos através da WWW, permitindo grande flexibilida- letype:pdf jquery serão exibidos os conteúdos da palavra
de. Determinadas linguagens, como Java, assumiram gran- chave jquery que tiverem como extensão .pdf. Os tipos de
de importância no desenvolvimento de softwares aplicati- extensão podem ser: PDF, HTML ou HTM, XLS, PPT, DOC
vos que obedeçam aos três conceitos anteriores.
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
ticação, e portanto, é indispensável que o usuário possua Uma forma de atender a necessidade de comunicação
um username e uma password que sejam reconhecidas entre ker- nel e aplicativo é a chamada do sistema (System
pelo sistema, quer dizer, ter uma conta nesse servidor. Nes- Call), que é uma interface entre um aplicativo de espaço de
te caso, ao estabelecer uma conexão, o posicionamento usuário e um serviço que o kernel fornece.
é no diretório criado para a conta do usuário – diretório Como o serviço é fornecido no kernel, uma chamada
home, e dali ele poderá percorrer toda a árvore do sistema, direta não pode ser executada; em vez disso, você deve
mas só escrever e ler arquivos nos quais ele possua. utilizar um processo de cruzamento do limite de espaço do
Assim como muitas aplicações largamente utilizadas usuário/kernel.
hoje em dia, o FTP também teve a sua origem no sistema No Linux também existem diferentes run levels de ope-
operacional UNIX, que foi o grande percursor e responsá- ração. O run level de uma inicialização padrão é o de nú-
vel pelo sucesso e desenvolvimento da Internet. mero 2.
Como o Linux também é conhecido por ser um sis-
Algumas dicas tema operacional que ainda usa muitos comandos digi-
1. Muitos sites que aceitam FTP anônimo limitam o nú- tados, não poderíamos deixar de falar sobre o Shell, que
mero de conexões simultâneas para evitar uma sobrecarga é justamente o programa que permite ao usuário digitar
na máquina. Uma outra limitação possível é a faixa de ho- comandos que sejam inteligíveis pelo sistema operacional
rário de acesso, que muitas vezes é considerada nobre em e executem funções.
horário comercial, e portanto, o FTP anônimo é tempora- No MS DOS, por exemplo, o Shell era o command.com,
riamente desativado. através do qual podíamos usar comandos como o dir, cd
2. Uma saída para a situação acima é procurar “sites e outros. No Linux, o Shell mais usado é o Bash, que, para
espelhos” que tenham o mesmo conteúdo do site sendo usuários comuns, aparece com o símbolo $, e para o root,
acessado. aparece como símbolo #.
3. Antes de realizar a transferência de qualquer arquivo Temos também os termos usuário e superusuário. En-
verifique se você está usando o modo correto, isto é, no quanto ao usuário é dada a permissão de utilização de
caso de arquivos-texto, o modo é ASCII, e no caso de arqui- comandos simples, ao superusuário é permitido configurar
vos binários (.exe, .com, .zip, .wav, etc.), o modo é binário. quais comandos os usuários po- dem usar, se eles podem
Esta prevenção pode evitar perda de tempo. apenas ver ou também alterar e gravar dire- tórios, ou seja,
4. Uma coisa interessante pode ser o uso de um servi- ele atua como o administrador do sistema. O diretório pa-
dor de FTP em seu computador. Isto pode permitir que um drão que contém os programas utilizados pelo superusuário
amigo seu consiga acessar o seu computador como um para o gerenciamento e a manutenção do sistema é o /sbin.
servidor remoto de FTP, bastando que ele tenha acesso ao /bin - Comandos utilizados durante o boot e por usuá-
número IP, que lhe é atribuído dinamicamente. rios comuns.
/sbin - Como os comandos do /bin, só que não são
utilizados pelos usuários comuns.
Por esse motivo, o diretório sbin é chamado de superu-
CONCEITO DE SOFTWARE LIVRE. suário, pois existem comandos que só podem ser utilizados
nesse diretório. É como se quem estivesse no diretório sbin
fosse o administrador do sistema, com permissões espe-
ciais de inclusões, exclusões e alterações.
O Linux é um sistema operacional inicialmente basea-
do em comandos, mas que vem desenvolvendo ambientes Comandos básicos
gráficos de estruturas e uso similares ao do Windows. Ape- Iniciaremos agora o estudo sobre vários comandos que
sar desses ambientes gráficos serem cada vez mais adota- podemos usar no Shell do Linux:
dos, os comandos do Linux ainda são largamente empre- -addgroup - adiciona grupos
gados, sendo importante seu conhecimento e estudo. -adduser - adiciona usuários
Outro termo muito usado quando tratamos do Linux é -apropos - realiza pesquisa por palavra ou string
o kernel, que é uma parte do sistema operacional que faz a -cat - mostra o conteúdo de um arquivo binário ou tex-
ligação entre software e máquina, é a camada de software to
mais próxima do hardware, considerado o núcleo do sis- -cd - entra num diretório (exemplo: cd docs) ou retor-
tema. O Linux teve início com o desenvolvimento de um na para home
pequeno kernel, desenvolvido por Linus Torvalds, em 1991, cd <pasta> – vai para a pasta especificada. exem-
quando era apenas um estudante finlandês. Ao kernel que plo: cd /usr/bin/
Linus desenvolveu, deu o nome de Linux. Como o kernel -chfn - altera informação relativa a um utilizador
é capaz de fazer gerenciamentos primários básicos e es- -chmod - altera as permissões de arquivos ou diretó-
senciais para o funcionamento da máquina, foi necessário rios. É um comando para manipulação de arquivos e dire-
desenvolver módulos específicos para atender várias neces- tórios que muda as permissões para acesso àqueles. por
sidades, como por exemplo um módulo capaz de utilizar exemplo, um diretório que poderia ser de escrita e leitura,
uma placa de rede ou de vídeo lançada no mercado ou até pode passar a ser apenas leitura, impedindo que seu con-
uma interface gráfica como a que usamos no Windows. teúdo seja alterado.
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
-su - troca para o superusuário root (é exigida a senha) Distribuição Linux é um sistema operacional que uti-
-su user - troca para o usuário especificado em ‘user’ liza o núcleo (kernel) do Linux e outros softwares. Exis-
(é exigida a senha) tem várias versões do Linux (comerciais ou não): Ubuntu,
-tac - semelhante ao cat, mas inverte a ordem Debian, Fedora, etc. Cada uma com suas vantagens e
-tail - o comando tail mostra as últimas linhas de um desvantagens. O que torna a escolha de uma distribui-
arquivo texto, tendo como padrão as 10 últimas linhas. Sua ção bem pessoal.
sintaxe é: tail nome_do_arquivo. Ele pode ser acrescentado Distribuições são criadas, normalmente, para aten-
de alguns parâmetros como o -n que mostra o [numero] der razões específicas. Por exemplo, existem distribui-
de linhas do final do arquivo; o – c [numero] que mostra ções para rodar em servidores, redes - onde a segurança
o [numero] de bytes do final do arquivo e o – f que exibe é prioridade - e, também, computadores pessoais.
continuamente os dados do final do arquivo à medida que Assim, não é possível dizer qual é a melhor distri-
são acrescentados. buição. Pois, depende da finalidade do seu computador.
-tcpdump sniffer - sniffer é uma ferramenta que
“ouve” os pacotes Sistema de arquivos: organização e gerenciamen-
-top – mostra os processos do sistema e dados do pro- to de arquivos, diretórios e permissões no Linux
cessador.
-touch touch foo.txt - cria um arquivo foo.txt vazio; Dependendo da versão do Linux é possível encon-
também altera data e hora de modificação para agora trar gerencia- dores de arquivos diferentes. Por exemplo,
-traceroute - traça uma rota do host local até o destino no Linux Ubuntu, encontramos o Nautilus, que permite
mostrando os roteadores intermediários a cópia, recorte, colagem, movimentação e organização
-umount – desmontar partições. dos arquivos e pastas. No Linux, vale lembrar que os
-uname -a – informações sobre o sistema operacional dispositivos de armazenamento não são nomeados por
-userdel - remove usuários letras.
-vi - editor de ficheiros de texto Por exemplo, no Windows, se você possui um HD na
-vim - versão melhorada do editor supracitado máquina, ele recebe o nome de C. Se possui dois HDs,
-which - mostra qual arquivo binário está sendo cha- um será o C e o outro o E. Já no Linux, tudo fará parte de
mado pelo shell quando chamado via linha de comando um mesmo sistema da mesma estrutura de pastas.
-who - informa quem está logado no sistema
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
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INFORMÁTICA BÁSICA
Existem mecanismos de segurança que sustentam os Hoje, a criptografia pode ser considerada um méto-
controles lógicos: do 100% seguro, pois, quem a utiliza para enviar e-mails e
proteger seus arquivos, estará protegido contra fraudes e
- Mecanismos de cifração ou encriptação: Permitem a tentativas de invasão.
modificação da informação de forma a torná-la ininteligível Os termos ‘chave de 64 bits’ e ‘chave de 128 bits’ são
a terceiros. Utiliza-se para isso, algoritmos determinados e usados para expressar o tamanho da chave, ou seja, quanto
uma chave secreta para, a partir de um conjunto de dados mais bits forem utilizados, mais segura será essa criptogra-
não criptografados, produzir uma sequência de dados crip- fia.
tografados. A operação contrária é a decifração. Um exemplo disso é se um algoritmo usa um chave de
- Assinatura digital: Um conjunto de dados criptogra- 8 bits, apenas 256 chaves poderão ser usadas para decodi-
fados, agregados a um documento do qual são função, ficar essa informação, pois 2 elevado a 8 é igual a 256. As-
garantindo a integridade e autenticidade do documento sim, um terceiro pode tentar gerar 256 tentativas de combi-
associado, mas não ao resguardo das informações. nações e decodificar a mensagem, que mesmo sendo uma
- Mecanismos de garantia da integridade da informa- tarefa difícil, não é impossível. Portanto, quanto maior o
ção: Usando funções de “Hashing” ou de checagem, é ga- número de bits, maior segurança terá a criptografia.
rantida a integridade através de comparação do resultado
do teste local com o divulgado pelo autor. Existem dois tipos de chaves criptográficas, as chaves
- Mecanismos de controle de acesso: Palavras-chave, simétricas e as chaves assimétricas
sistemas biométricos, firewalls, cartões inteligentes. Chave Simétrica é um tipo de chave simples, que é usa-
- Mecanismos de certificação: Atesta a validade de um da para a codificação e decodificação. Entre os algoritmos
documento. que usam essa chave, estão:
- Integridade: Medida em que um serviço/informação é - DES (Data Encryption Standard): Faz uso de chaves de
autêntico, ou seja, está protegido contra a entrada por intrusos. 56 bits, que corresponde à aproximadamente 72 quatrilhões
- Honeypot: É uma ferramenta que tem a função de de combinações. Mesmo sendo um número extremamente
proposital de simular falhas de segurança de um sistema e elevado, em 1997, quebraram esse algoritmo através do mé-
obter informações sobre o invasor enganando-o, e fazen- todo de ‘tentativa e erro’, em um desafio na internet.
do-o pensar que esteja de fato explorando uma fraqueza - RC (Ron’sCode ou RivestCipher): É um algoritmo muito
daquele sistema. É uma espécie de armadilha para invaso- utilizado em e-mails e usa chaves de 8 a 1024 bits. Além
res. O HoneyPot não oferece forma alguma de proteção. disso, ele tem várias versões que diferenciam uma das ou-
- Protocolos seguros: Uso de protocolos que garantem tras pelo tamanho das chaves.
um grau de segurança e usam alguns dos mecanismos citados. - EAS (AdvancedEncryption Standard): Atualmente é um
dos melhores e mais populares algoritmos de criptogra-
Mecanismos de encriptação fia. É possível definir o tamanho da chave como sendo de
128bits, 192bits ou 256bits.
A criptografia vem, originalmente, da fusão entre duas - IDEA (International Data EncryptionAlgorithm): É um
palavras gregas: algoritmo que usa chaves de 128 bits, parecido com o DES.
• CRIPTO = ocultar, esconder. Seu ponto forte é a fácil execução de software.
• GRAFIA= escrever As chaves simétricas não são absolutamente seguras
Criptografia é a ciência de escrever em cifra ou em có- quando referem-se às informações extremamente valiosas,
digos. Ou seja, é um conjunto de técnicas que tornam uma principalmente pelo emissor e o receptor precisarem ter
mensagem ininteligível, e permite apenas que o destinatá- o conhecimento da mesma chave. Dessa forma, a trans-
rio que saiba a chave de encriptação possa decriptar e ler a missão pode não ser segura e o conteúdo pode chegar a
mensagem com clareza. terceiros.
Permitema transformação reversível dainformação de
forma a torná-la ininteligível a terceiros. Utiliza-se para isso, Chave Assimétrica utiliza duas chaves: a privada e a pú-
algoritmos determinados e uma chave secreta para,a partir blica. Elas se sintetizam da seguinte forma: a chave pública
de um conjunto de dados não encriptados,produzir uma para codificar e a chave privada para decodificar, conside-
continuação de dados encriptados. A operação inversa é a rando-se que a chave privada é secreta. Entre os algoritmos
desencriptação. utilizados, estão:
- RSA (Rivest, ShmirandAdleman): É um dos algoritmos
Existem dois tipos de chave: a chave pública e a chave de chave assimétrica mais usados, em que dois números
privada. primos (aqueles que só podem ser divididos por 1 e por
eles mesmos) são multiplicados para a obter um terceiro
A chave pública é usada para codificar as informações, valor. Assim, é preciso fazer fatoração, que significa desco-
e a chave privada é usada para decodificar. brir os dois primeiros números a partir do terceiro, sendo
Dessa forma, na pública, todos têm acesso, mas para um cálculo difícil. Assim, se números grandes forem utili-
‘abrir’ os dados da informação, que aparentemente não zados, será praticamente impossível descobrir o código. A
tem sentido, é preciso da chave privada, que apenas o chave privada do RSA são os números que são multiplica-
emissor e receptor original possui. dos e a chave pública é o valor que será obtido.
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INFORMÁTICA BÁSICA
- ElGamal: Utiliza-se do ‘logaritmo discreto’, que é um problema matemático que o torna mais seguro. É muito usado
em assinaturas digitais.
Segurança na internet; vírus de computadores; Spyware; Malware; Phishing; Worms e pragas virtuais e Apli-
cativos para segurança (antivírus, firewall e antispyware)
Firewall é uma solução de segurança fundamentada em hardware ou software (mais comum) que, a partir de um con-
junto de regras ou instruções, analisa o tráfego de rede para determinar quais operações de transmissão ou recepção de
dados podem ser realizadas. “Parede de fogo”, a tradução literal do nome, já deixa claro que o firewall se enquadra em
uma espécie de barreira de defesa. A sua missão, consiste basicamente em bloquear tráfego de dados indesejados e liberar
acessos desejados.
Para melhor compreensão, imagine um firewall como sendo a portaria de um condomínio: para entrar, é necessário
obedecer a determinadas regras, como se identificar, ser esperado por um morador e não portar qualquer objeto que possa
trazer riscos à segurança; para sair, não se pode levar nada que pertença aos condôminos sem a devida autorização.
Neste sentido, um firewall pode impedir uma série de ações maliciosas: um malware que utiliza determinada porta para
se instalar em um computador sem o usuário saber, um programa que envia dados sigilosos para a internet, uma tentativa
de acesso à rede a partir de computadores externos não autorizados, entre outros.
Você já sabe que um firewall atua como uma espécie de barreira que verifica quais dados podem passar ou não. Esta
tarefa só pode ser feita mediante o estabelecimento de políticas, isto é, de regras estabelecidas pelo usuário.
Em um modo mais restritivo, um firewall pode ser configurado para bloquear todo e qualquer tráfego no computador
ou na rede. O problema é que esta condição isola este computador ou esta rede, então pode-se criar uma regra para que,
por exemplo, todo aplicativo aguarde autorização do usuário ou administrador para ter seu acesso liberado. Esta autoriza-
ção poderá inclusive ser permanente: uma vez dada, os acessos seguintes serão automaticamente permitidos.
Em um modo mais versátil, um firewall pode ser configurado para permitir automaticamente o tráfego de determina-
dos tipos de dados, como requisições HTTP (veja mais sobre esse protocolo no ítem 7), e bloquear outras, como conexões
a serviços de e-mail.
Perceba, como estes exemplos, que as políticas de um firewall são baseadas, inicialmente, em dois princípios: todo trá-
fego é bloqueado, exceto o que está explicitamente autorizado; todo tráfego é permitido, exceto o que está explicitamente
bloqueado.
Firewalls mais avançados podem ir além, direcionando determinado tipo de tráfego para sistemas de segurança inter-
nos mais específicos ou oferecendo um reforço extraem procedimentos de autenticação de usuários, por exemplo.
O trabalho de um firewall pode ser realizado de várias formas. O que define uma metodologia ou outra são fatores
como critérios do desenvolvedor, necessidades específicas do que será protegido, características do sistema operacional
que o mantém, estrutura da rede e assim por diante. É por isso que podemos encontrar mais de um tipo de firewall. A
seguir, os mais conhecidos.
Filtragem de pacotes (packetfiltering): As primeiras soluções de firewall surgiram na década de 1980 baseando-se em
filtragem de pacotes de dados (packetfiltering), uma metodologia mais simples e, por isso, mais limitada, embora ofereça
um nível de segurança significativo.
Para compreender, é importante saber que cada pacote possui um cabeçalho com diversas informações a seu respeito,
como endereço IP de origem, endereço IP do destino, tipo de serviço, tamanho, entre outros. O Firewall então analisa estas
informações de acordo com as regras estabelecidas para liberar ou não o pacote (seja para sair ou para entrar na máquina/
rede), podendo também executar alguma tarefa relacionada, como registrar o acesso (ou tentativa de) em um arquivo de
log.
O firewall de aplicação, também conhecido como proxy de serviços (proxy services) ou apenas proxy é uma solução
de segurança que atua como intermediário entre um computador ou uma rede interna e outra rede, externa normalmente,
a internet. Geralmente instalados em servidores potentes por precisarem lidar com um grande número de solicitações, fire-
walls deste tipo são opções interessantes de segurança porque não permitem a comunicação direta entre origem e destino.
A imagem a seguir ajuda na compreensão do conceito. Perceba que em vez de a rede interna se comunicar direta-
mente com a internet, há um equipamento entre ambos que cria duas conexões: entre a rede e o proxy; e entre o proxy e
a internet. Observe:
66
INFORMÁTICA BÁSICA
Perceba que todo o fluxo de dados necessita passar pelo proxy. Desta forma, é possível, por exemplo, estabelecer
regras que impeçam o acesso de determinados endereços externos, assim como que proíbam a comunicação entre com-
putadores internos e determinados serviços remotos.
Este controle amplo também possibilita o uso do proxy para tarefas complementares: o equipamento pode registrar
o tráfego de dados em um arquivo de log; conteúdo muito utilizado pode ser guardado em uma espécie de cache (uma
página Web muito acessada fica guardada temporariamente no proxy, fazendo com que não seja necessário requisitá-la
no endereço original a todo instante, por exemplo); determinados recursos podem ser liberados apenas mediante auten-
ticação do usuário; entre outros.
A implementação de um proxy não é tarefa fácil, haja visto a enorme quantidade de serviços e protocolos existentes
na internet, fazendo com que, dependendo das circunstâncias, este tipo de firewall não consiga ou exija muito trabalho de
configuração para bloquear ou autorizar determinados acessos.
Proxy transparente: No que diz respeito a limitações, é conveniente mencionar uma solução chamada de proxy trans-
parente. O proxy “tradicional”, não raramente, exige que determinadas configurações sejam feitas nas ferramentas que
utilizam a rede (por exemplo, um navegador de internet) para que a comunicação aconteça sem erros. O problema é, de-
pendendo da aplicação, este trabalho de ajuste pode ser inviável ou custoso.
O proxy transparente surge como uma alternativa para estes casos porque as máquinas que fazem parte da rede não
precisam saber de sua existência, dispensando qualquer configuração específica. Todo acesso é feito normalmente do clien-
te para a rede externa e vice-versa, mas o proxy transparente consegue interceptá-lo e responder adequadamente, como
se a comunicação, de fato, fosse direta.
É válido ressaltar que o proxy transparente também tem lá suas desvantagens, por exemplo: um proxy «normal» é ca-
paz de barrar uma atividade maliciosa, como um malware enviando dados de uma máquina para a internet; o proxy trans-
parente, por sua vez, pode não bloquear este tráfego. Não é difícil entender: para conseguir se comunicar externamente, o
malware teria que ser configurado para usar o proxy “normal” e isso geralmente não acontece; no proxy transparente não
há esta limitação, portanto, o acesso aconteceria normalmente.
- Um firewall pode oferecer a segurança desejada, mas comprometer o desempenho da rede (ou mesmo de um com-
putador). Esta situação pode gerar mais gastos para uma ampliação de infraestrutura capaz de superar o problema;
- A verificação de políticas tem que ser revista periodicamente para não prejudicar o funcionamento de novos serviços;
- Novos serviços ou protocolos podem não ser devidamente tratados por proxies já implementados;
- Um firewall pode não ser capaz de impedir uma atividade maliciosa que se origina e se destina à rede interna;
- Um firewall pode não ser capaz de identificar uma atividade maliciosa que acontece por descuido do usuário - quando
este acessa um site falso de um banco ao clicar em um link de uma mensagem de e-mail, por exemplo;
- Firewalls precisam ser “vigiados”. Malwares ou atacantes experientes podem tentar descobrir ou explorar brechas de
segurança em soluções do tipo;
- Um firewall não pode interceptar uma conexão que não passa por ele. Se, por exemplo, um usuário acessar a internet
em seu computador a partir de uma conexão 3G (justamente para burlar as restrições da rede, talvez), o firewall não con-
seguirá interferir.
67
INFORMÁTICA BÁSICA
SISTEMA ANTIVÍRUS.
Qualquer usuário já foi, ou ainda é vítima dos vírus, spywares, trojans, entre muitos outros. Quem que nunca precisou
formatar seu computador?
Os vírus representam um dos maiores problemas para usuários de computador. Para poder resolver esses problemas,
as principais desenvolvedoras de softwares criaram o principal utilitário para o computador, os antivírus, que são progra-
mas com o propósito de detectar e eliminar vírus e outros programas prejudiciais antes ou depois de ingressar no sistema.
Os vírus, worms, Trojans, spyware são tipos de programas de software que são implementados sem o consentimento
(e inclusive conhecimento) do usuário ou proprietário de um computador e que cumprem diversas funções nocivas para
o sistema. Entre elas, o roubo e perda de dados, alteração de funcionamento, interrupção do sistema e propagação para
outros computadores.
Os antivírus são aplicações de software projetadas como medida de proteção e segurança para resguardar os dados e o
funcionamento de sistemas informáticos caseiros e empresariais de outras aplicações conhecidas comunmente como vírus
ou malware que tem a função de alterar, perturbar ou destruir o correto desempenho dos computadores.
Um programa de proteção de vírus tem um funcionamento comum que com frequência compara o código de cada
arquivo que revisa com uma base de dados de códigos de vírus já conhecidos e, desta maneira, pode determinar se trata
de um elemento prejudicial para o sistema. Também pode reconhecer um comportamento ou padrão de conduta típica
de um vírus. Os antivírus podem registrar tanto os arquivos encontrados dentro do sistema como aqueles que procuram
ingressar ou interagir com o mesmo.
Como novos vírus são criados de maneira quase constante, sempre é preciso manter atualizado o programa antivírus
de maneira de que possa reconhecer as novas versões maliciosas. Assim, o antivírus pode permanecer em execução duran-
te todo tempo que o sistema informático permaneça ligado, ou registrar um arquivo ou série de arquivos cada vez que o
usuário exija. Normalmente, o antivírus também pode verificar e-mails e sites de entrada e saída visitados.
Um antivírus pode ser complementado por outros aplicativos de segurança, como firewalls ou anti-spywares que cum-
prem funções auxiliares para evitar a entrada de vírus.
Então, antivírus são os programas criados para manter seu computador seguro, protegendo-o de programas malicio-
sos, com o intuito de estragar, deletar ou roubar dados de seu computador.
Ao pesquisar sobre antivírus para baixar, sempre escolha os mais famosos, ou conhecidos, pois hackers estão usando
este mercado para enganar pessoas com falsos softwares, assim, você instala um “antivírus” e deixa seu computador vul-
nerável aos ataques.
E esses falsos softwares estão por toda parte, cuidado ao baixar programas de segurança em sites desconhecidos, e
divulgue, para que ninguém seja vítima por falta de informação.
Os vírus que se anexam a arquivos infectam também todos os arquivos que estão sendo ou e serão executados. Alguns
às vezes recontaminam o mesmo arquivo tantas vezes e ele fica tão grande que passa a ocupar um espaço considerável
(que é sempre muito precioso) em seu disco. Outros, mais inteligentes, se escondem entre os espaços do programa origi-
nal, para não dar a menor pista de sua existência.
Cada vírus possui um critério para começar o ataque propriamente dito, onde os arquivos começam a ser apagados,
o micro começa a travar, documentos que não são salvos e várias outras tragédias. Alguns apenas mostram mensagens
chatas, outros mais elaborados fazem estragos muitos grandes.
Existe uma variedade enorme de softwares antivírus no mercado. Independente de qual você usa, mantenha-o sempre
atualizado. Isso porque surgem vírus novos todos os dias e seu antivírus precisa saber da existência deles para proteger
seu sistema operacional.
A maioria dos softwares antivírus possuem serviços de atualização automática. Abaixo há uma lista com os antivírus
mais conhecidos:
Norton AntiVirus - Symantec - www.symantec.com.br - Possui versão de teste.
McAfee - McAfee - http://www.mcafee.com.br - Possui versão de teste.
AVG - Grisoft - www.grisoft.com - Possui versão paga e outra gratuita para uso não comercial (com menos funcionali-
dades).
Panda Antivírus - Panda Software - www.pandasoftware.com.br - Possui versão de teste.
É importante frisar que a maioria destes desenvolvedores possuem ferramentas gratuitas destinadas a remover vírus
específicos. Geralmente, tais softwares são criados para combater vírus perigosos ou com alto grau de propagação.
68
INFORMÁTICA BÁSICA
Tipos de Vírus
Cavalo-de-Tróia: A denominação “Cavalo de Tróia” (Trojan Horse) foi atribuída aos programas que permitem a inva-
são de um computador alheio com espantosa facilidade. Nesse caso, o termo é análogo ao famoso artefato militar fabri-
cado pelos gregos espartanos. Um “amigo” virtual presenteia o outro com um “presente de grego”, que seria um aplicati-
vo qualquer. Quando o leigo o executa, o pro- grama atua de forma diferente do que era esperado.
Ao contrário do que é erroneamente informado na mídia, que classifica o Cavalo de Tróia como um vírus, ele não se re-
produz e não tem nenhuma comparação com vírus de computador, sendo que seu objetivo é totalmente diverso. Deve-se
levar em consideração, também, que a maioria dos antivírus faz a sua detecção e os classificam como tal. A expressão “Tro-
jan” deve ser usada, exclusivamente, como definição para programas que capturam dados sem o conhecimento do usuário.
O Cavalo de Tróia é um programa que se aloca como um ar- quivo no computador da vítima. Ele tem o intuito de
roubar informações como passwords, logins e quaisquer dados, sigilosos ou não, mantidos no micro da vítima. Quando a
máquina contaminada por um Trojan conectar-se à Internet, poderá ter todas as informações contidas no HD visualizadas
e capturadas por um intruso qualquer. Estas visitas são feitas imperceptivelmente. Só quem já esteve dentro de um com-
putador alheio sabe as possibilidades oferecidas.
Worms (vermes) podem ser interpretados como um tipo de vírus mais inteligente que os demais. A principal diferença entre
eles está na forma de propagação: os worms podem se propagar rapidamente para outros computadores, seja pela Internet, seja
por meio de uma rede local. Geralmente, a contaminação ocorre de maneira discreta e o usuário só nota o problema quando o
computador apresenta alguma anormalidade. O que faz destes vírus inteligentes é a gama de possibilidades de propagação. O
worm pode capturar endereços de e-mail em arquivos do usuário, usar serviços de SMTP (sistema de envio de e-mails) próprios
ou qualquer outro meio que permita a contaminação de computadores (normalmente milhares) em pouco tempo.
Spywares, keyloggers e hijackers: Apesar de não serem necessariamente vírus, estes três nomes também represen-
tam perigo. Spywares são programas que ficam«espionando» as atividades dos internautas ou capturam informações sobre
eles. Para contaminar um computador, os spywares podem vir embutidos em softwares desconhecidos ou serem baixa- dos
automaticamente quando o internauta visita sites de conteúdo duvidoso.
Os keyloggers são pequenos aplicativos que podem vir embutidos em vírus, spywares ou softwares suspeitos, destina-
dos a capturar tudo o que é digitado no teclado. O objetivo principal, nestes casos, é capturar senhas.
Hijackers são programas ou scripts que «sequestram» navegadores de Internet, principalmente o Internet Explorer.
Quando isso ocorre, o hijacker altera a página inicial do browser e impede o usuário de mudá-la, exibe propagandas em
pop-ups ou janelas novas, instala barras de ferramentas no navegador e podem impedir acesso a determinados sites (como
sites de software antivírus, por exemplo).
Os spywares e os keyloggers podem ser identificados por programas anti-spywares. Porém, algumas destas pragas são
tão peri- gosas que alguns antivírus podem ser preparados para identificá-las, como se fossem vírus. No caso de hijackers,
muitas vezes é necessário usar uma ferramenta desenvolvida especialmente para combater aquela praga. Isso porque os hi-
jackers podem se infiltrar no sistema operacional de uma forma que nem antivírus nem anti-spywares conseguem “pegar”.
Hoaxes, São boatos espalhados por mensagens de correio eletrônico, que servem para assustar o usuário de computa-
dor. Uma mensagem no e-mail alerta para um novo vírus totalmente destrutivo que está circulando na rede e que infectará
o micro do destinatário enquanto a mensagem estiver sendo lida ou quando o usuário clicar em determinada tecla ou link.
69
INFORMÁTICA BÁSICA
Quem cria a mensagem hoax normalmente costuma dizer Redes Metropolitanas (Metropolitan Area Network –
que a informação partiu de uma empresa confiável, como MAN) – quando a distância dos equipamentos conec-
IBM e Microsoft, e que tal vírus poderá danificar a máquina tados à uma rede atinge áreas metropolitanas, cerca de
do usuário. Desconsidere a mensagem. 10km. Ex.: TV à cabo;
Redes a Longas Distâncias (Wide Area Network – WAN)
– rede que faz a cobertura de uma grande área geográ-
fica, geralmente, um país, cerca de 100 km;
CONCEITOS DE AMBIENTE DE REDES DE Redes Interligadas (Interconexão de WANs) – são re-
COMPUTADORES. des espalhadas pelo mundo podendo ser interconectadas
a outras redes, capazes de atingirem distâncias bem maio-
res, como um continente ou o planeta. Ex.: Internet;
Rede sem Fio ou Internet sem Fio (Wireless Local Area
Redes de Computadores refere-se à interligação por Network – WLAN) – rede capaz de conectar dispositivos
meio de um sistema de comunicação baseado em trans- eletrônicos próximos, sem a utilização de cabeamento.
missões e protocolos de vários computadores com o ob- Além dessa, existe também a WMAN, uma rede sem fio
jetivo de trocar informações, entre outros recursos. Essa para área metropolitana e WWAN, rede sem fio para
ligação é chamada de estações de trabalho (nós, pontos grandes distâncias.
ou dispositivos de rede).
Atualmente, existe uma interligação entre computado- Topologia de Redes
res espalhados pelo mundo que permite a comunicação Astopologias das redes de computadores são as estru-
entre os indivíduos, quer seja quando eles navegam pela turas físicas dos cabos, computadores e componentes.
internet ou assiste televisão. Diariamente, é necessário utili- Existem as topologias físicas, que são mapas que mos-
zar recursos como impressoras para imprimir documentos, tram a localização de cada componente da rede que
reuniões através de videoconferência, trocar e-mails, aces- serão tratadas a seguir. e as lógicas, representada pelo
sar às redes sociais ou se entreter por meio de jogos, etc. modo que os dados trafegam na rede:
Hoje, não é preciso estar em casa para enviar e-mails, Topologia Ponto-a-ponto – quando as máquinas es-
basta ter um tablet ou smartphone com acesso à internet tão interconectadas por pares através de um roteamen-
nos dispositivos móveis. Apesar de tantas vantagens, o to de dados;
crescimento das redes de computadores também tem seu Topologia de Estrela – modelo em que existe um
lado negativo. A cada dia surgem problemas que preju- ponto central (concentrador) para a conexão, geral-
dicam as relações entre os indivíduos, como pirataria, es- mente um hub ou switch;
pionagem, phishing - roubos de identidade, assuntos polê- Topologia de Anel – modelo atualmente utilizado em
micos como racismo, sexo, pornografia, sendo destacados automação industrial e na década de 1980 pelas redes
com mais exaltação, entre outros problemas. Token Ring da IBM. Nesse caso, todos os computadores são
Há muito tempo, o ser homem sentiu a necessidade entreligados formando um anel e os dados são propagados
de compartilhar conhecimento e estabelecer relações com de computador a computador até a máquina de origem;
pessoas a distância. Na década de 1960, durante a Guerra Topologia de Barramento – modelo utilizado nas pri-
Fria, as redes de computadores surgiram com objetivos mi- meiras conexões feitas pelas redes Ethernet.Refere- se a
litares: interconectar os centros de comando dos EUA para computadores conectados em formato linear, cujo cabea-
com objetivo de proteger e enviar de dados. mento é feito em sequencialmente;
Redes de Difusão (Broadcast) – quando as máquinas
Alguns tipos de Redes de Computadores estão interligadas por um mesmo canal através de pacotes
Antigamente, os computadores eram conectados em endereçados (unicast, broadcast e multicast).
distâncias curtas, sendo conhecidas como redes locais.
Mas, com a evolução das redes de computadores, foi ne- Cabos
cessário aumentar a distância da troca de informações en- Os cabos ou cabeamentos fazem parte da estrutura fí-
tre as pessoas. As redes podem ser classificadas de acor- sica utilizada para conectar computadores em rede, estan-
do com sua arquitetura (Arcnet, Ethernet, DSL, Token ring, do relacionados a largura de banda, a taxa de transmissão,
etc.), a extensão geográfica (LAN, PAN, MAN, WLAN, padrões internacionais, etc. Há vantagens e desvantagens
etc.), a topologia (anel, barramento, estrela, ponto-a- para a conexão feita por meio de cabeamento. Os mais uti-
-ponto, etc.) e o meio de transmissão (redes por cabo de lizados são:
fibra óptica, trançado, via rádio, etc.). Cabos de Par Trançado – cabos caracterizados por
Veja alguns tipos de redes: sua velocidade, pode ser feito sob medida, comprados
Redes Pessoais (Personal Area Networks – PAN) – se em lojas de informática ou produzidos pelo usuário;
comunicam a 1 metro de distância. Ex.: Redes Blue- Cabos Coaxiais – cabos que permitem uma distância
tooth; maior na transmissão de dados, apesar de serem flexí-
Redes Locais (Local Area Networks – LAN) – redes em veis, são caros e frágeis. Eles necessitam de barramento
que a distância varia de 10m a 1km. Pode ser uma sala, ISA, suporte não encontrado em computadores mais
um prédio ou um campus de universidade; novos;
70
INFORMÁTICA BÁSICA
Cabos de Fibra Óptica – cabos complexos, caros e Roteadores: Dispositivo utilizado para conectar redes
de difícil instalação. São velozes e imunes a interfe- e arquiteturas diferentes e de grande porte. Ele funciona
rências eletromagnéticas. como um tipo de ponte na camada de rede do modelo
Após montar o cabeamento de rede é necessário OSI (Open Systens Interconnection - protocolo de inter-
realizar um teste através dos testadores de cabos, ad- conexão de sistemas abertos para conectar máquinas de
quirido em lojas especializadas. Apesar de testar o fun- diferentes fabricantes), identificando e determinando um IP
cionamento, ele não detecta se existem ligações incor- para cada computador que se conecta com a rede.
retas. É preciso que um técnico veja se os fios dos cabos Sua principal atribuição é ordenar o tráfego de dados
estão na posição certa. na rede e selecionar o melhor caminho. Existem os ro-
teadores estáticos, capaz de encontrar o menor caminho
Sistema de Cabeamento Estruturado para tráfego de dados, mesmo se a rede estiver conges-
Para que essa conexão não prejudique o ambiente tionada; e os roteadores dinâmicos que encontram ca-
de trabalho, em uma grande empresa, são necessárias minhos mais rápidos e menos congestionados para o
várias conexões e muitos cabos, sendo necessário o ca- tráfego.
beamento estruturado.
Através dele, um técnico irá poupar trabalho e tem- Modem: Dispositivo responsável por transformar a
po, tanto para fazer a instalação, quanto para a remoção onda analógica que será transmitida por meio da linha te-
da rede. Ele é feito através das tomadas RJ-45 que pos- lefônica, transformando-a em sinal digital original.
sibilitam que vários conectores possam ser inseridos
em um único local, sem a necessidade de serem conec- Servidor: Sistema que oferece serviço para as redes de
tados diretamente no hub. computadores, como por exemplo, envio de arquivos ou
Além disso, o sistema de cabeamento estruturado e-mail. Os computadores que acessam determinado servi-
possui um painel de conexões, o Patch Panel, onde os dor são conhecidos como clientes.
cabos das tomadas RJ-45 são conectados, sendo um
concentrador de tomadas, favorecendo a manutenção Placa de Rede: Dispositivo que garante a comunicação
das redes. Eles são adaptados e construídos para serem entre os computadores da rede. Cada arquitetura de rede
inseridos em um rack. depende de um tipo de placa específica. As mais utilizadas
Todo esse planejamento deve fazer parte do projeto são as do tipo Ethernet e Token Ring (rede em anel).
do cabeamento de rede, em que a conexão da rede é
pensada de forma a realizar a sua expansão.
71
INFORMÁTICA BÁSICA
4) (Copergás 2016 - FCC – Técnico Operacional 7) (SUDECO 2013 - FUNCAB - Contador) No sistema
Segurança do Trabalho) A ferramenta Outlook : operacional Linux,o comando que NÃO está relacionado
a) é um serviço de e-mail gratuito para geren- a manipulação de arquivos é:
ciar todos os e-mails, calendários e contatos de a) kill
um usuário. b) cat
b) 2016 é a versão mais recente, sendo compa- c) rm
tível com o Windows 10, o Windows 8.1 e o Win- d) cp
dows 7. e) ftp
c) permite que todas as pessoas possam ver o
calendário de um usuário, mas somente aquelas 8) (IBGE 2016 - FGV - Analista - Análise de Sistemas
com e-mail Outlook.com podem agendar reuniões - Desenvolvimento de Aplicações - Web Mobile) Um de-
e responder a convites. senvolvedor Android deseja inserir a funcionalidade de
d) funciona apenas em dispositivos com Win- backup em uma aplicação móvel para, de tempos em
dows, não funcionando no iPad, no iPhone, em ta- tempos, armazenar dados automaticamente. A classe da
blets e em telefones com Android. API de Backup (versão 6.0 ou superior) a ser utilizada é a:
e) versão 2015 oferece acesso gratuito às fer- a) BkpAgent;
ramentas do pacote de webmail Office 356 da Mi- b) BkpHelper;
crosoft.] c) BackupManager;
d) BackupOutputData;
e) BackupDataStream.
72
INFORMÁTICA BÁSICA
9) (Prefeitura de Cristiano Otoni 2016 - INAZ do 14) (IF-PA 2016 - FUNRIO - Técnico de Tecnologia da
Pará - Psicólogo) Realizar cópia de segurança é uma Informação) São dispositivos ou periféricos de entrada de
forma de prevenir perda de informações. Qual é o um computador:
Backup que só efetua a cópia dos últimos arquivos que
foram criados pelo usuário ou sistema? a) Câmera, Microfone, Projetor e Scanner.
a) Backup incremental b) Câmera, Mesa Digitalizadora, Microfone e Scanner.
b) Backup diferencial c) Microfone, Modem, Projetor e Scanner.
c) Backup completo d) Mesa Digitalizadora, Monitor, Microfone e Projetor.
d) Backup Normal e) Câmera, Microfone, Modem e Scanner.
e) Backup diário
15) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO-
10) (CRO-PR 2016 - Quadrix - Auxiliar de Departa- GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) Acerca dos ambientes Linux e
mento) Como é chamado o backup em que o sistema Windows, julgue os itens seguintes.2No sistema operacio-
não é interrompido para sua realização? nal Windows 8, há a possibilidade de integrar-se à denomi-
a) Backup Incremental. nada nuvem de computadores que fazem parte da Internet.
b) Cold backup. a)Certo
c) Hot backup. b)Errado
d) Backup diferencial.
e) Backup normal 16) (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTI-
CA) Alguns programas do computador de Ana estão muito
11) (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrati- lentos e ela receia que haja um problema com o hardware
vo) Um funcionário precisa conectar um projetor mul- ou com a memória principal. Muitos de seus programas
timídia a um computador. Qual é o padrão de conexão falham subitamente e o carregamento de arquivos gran-
que ele deve usar? des de imagens e vídeos está muito demorado. Além disso,
a) RJ11 aparece, com frequência, mensagens indicando conflitos
b) RGB em drivers de dispositivos. Como ela utiliza o Windows 7,
c) HDMI resolveu executar algumas funções de diagnóstico, que
d) PS2 poderão auxiliar a detectar as causas para os problemas e
e) RJ45 sugerir as soluções adequadas.
Para realizar a verificação da memória e, em seguida do
12) (SABESP 2014 - FCC - Analista de Gestão - Ad- hardware, Ana utilizou, respectivamente, as ferramentas:
ministração) Correspondem, respectivamente, aos ele- a)Diagnóstico de memória do Windows e Monitor de
mentos placa de som, editor de texto, modem, editor desempenho.
de planilha e navegador de internet: b)Monitor de recursos de memória e Diagnóstico de
conflitos do Windows.
a) software, software, hardware, software e hardwa- c)Monitor de memória do Windows e Diagnóstico de
re. desempenho de hardware.
b) hardware, software, software, software e hard- d)Mapeamento de Memória do Windows e Mapea-
ware. mento de hardware do Windows.
c) hardware, software, hardware, hardware e soft- e)Diagnóstico de memória e desempenho e Diagnósti-
ware. co de hardware do Windows.
d) software, hardware, hardware, software e soft-
ware. 17) (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXECU-
e) hardware, software, hardware, software e softwa- ÇÃO DE MANDADOS) Beatriz trabalha em um escritório de
re. advocacia e utiliza um computador com o Windows 7 Profes-
sional em português. Certo dia notou que o computador em
13) (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrati- que trabalha parou de se comunicar com a internet e com
vo) Um computador à venda em um sítio de comércio outros computadores ligados na rede local. Após consultar
eletrônico possui 3.2 GHz, 8 GB, 2 TB e 6 portas USB. um técnico, por telefone, foi informada que sua placa de rede
Essa configuração indica que: poderia estar com problemas e foi orientada a checar o fun-
a) a velocidade do processador é 3.2 GHz. cionamento do adaptador de rede. Para isso, Beatriz entrou
b) a capacidade do disco rígido é 8 GB. no Painel de Controle, clicou na opção Hardware e Sons e, no
c) a capacidade da memória RAM é 2 TB. grupo Dispositivos e Impressoras, selecionou a opção:
d) a resolução do monitor de vídeo é composta de a) Central de redes e compartilhamento.
6 portas USB. b) Verificar status do computador.
c) Redes e conectividade.
d) Gerenciador de dispositivos.
e) Exibir o status e as tarefas de rede.
73
INFORMÁTICA BÁSICA
18) (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTICA) No console do sistema operacional Linux, alguns comandos
permitem executar operações com arquivos e diretórios do disco.
Os comandos utilizados para criar, acessar e remover um diretório vazio são, respectivamente,
a) pwd, mv e rm.
b) md, ls e rm.
c) mkdir, cd e rmdir.
d) cdir, lsdir e erase.
e) md, cd e rd.
19) (TRT 10ª 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA) Acerca dos conceitos de sistema operacional
(ambientes Linux e Windows) e de redes de computadores, julgue os itens.3Por ser um sistema operacional aberto, o Li-
nux, comparativamente aos demais sistemas operacionais, proporciona maior facilidade de armazenamento de dados em
nuvem.
a) certo
b) errado
20) (TJ/RR 2012 - CESPE - AGENTE DE PROTEÇÃO) Acerca de organização e gerenciamento de informações, arquivos,
pastas e programas, de segurança da informação e de armazenamento de dados na nuvem, julgue os itens subsequen-
tes.1Um arquivo é organizado logicamente em uma sequência de registros, que são mapeados em blocos de discos. Em-
bora esses blocos tenham um tamanho fixo determinado pelas propriedades físicas do disco e pelo sistema operacional,
o tamanho do registro pode variar.
a) certo
b) errado
21) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - RH) Paulo utiliza em seu trabalho o edi-
tor de texto Microsoft Word 2010 (em português) para produzir os documentos da empresa. Certo dia Paulo digitou um
documento contendo 7 páginas de texto, porém, precisou imprimir apenas as páginas 1, 3, 5, 6 e 7. Para imprimir apenas
essas páginas, Paulo clicou no Menu Arquivo, na opção Imprimir e, na divisão Configurações, selecionou a opção Imprimir
Intervalo Personalizado. Em seguida, no campo Páginas, digitou
a) 1,3,5-7 e clicou no botão Imprimir.
b) 1;3-5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora.
c) 1−3,5-7 e clicou no botão Imprimir.
d) 1+3,5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora.
e) 1,3,5;7 e clicou no botão Imprimir.
22) (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXECUÇÃO DE MANDADOS) João trabalha no departamento finan-
ceiro de uma grande empresa de vendas no varejo e, em certa ocasião, teve a necessidade de enviar a 768 clientes inadim-
plentes uma carta com um texto padrão, na qual deveria mudar apenas o nome do destinatário e a data em que deveria
comparecer à empresa para negociar suas dívidas. Por se tratar de um número expressivo de clientes, João pesquisou
recursos no Microsoft Office 2010, em português, para que pudesse cadastrar apenas os dados dos clientes e as datas em
que deveriam comparecer à empresa e automatizar o processo de impressão, sem ter que mudar os dados manualmente.
Após imprimir todas as correspondências, João desejava ainda imprimir, também de forma automática, um conjunto de
etiquetas para colar nos envelopes em que as correspondências seriam colocadas. Os recursos do Microsoft Office 2010
que permitem atender às necessidades de João são os recursos
a) para criação de mala direta e etiquetas disponíveis na guia Correspondências do Microsoft Word 2010.
b) de automatização de impressão de correspondências disponíveis na guia Mala Direta do Microsoft PowerPoint 2010.
c) de banco de dados disponíveis na guia Correspondências do Microsoft Word 2010.
d) de mala direta e etiquetas disponíveis na guia Inserir do Microsoft Word 2010.
e) de banco de dados e etiquetas disponíveis na guia Correspondências do Microsoft Excel 2010.
23) (TCE/SP 2012 - FCC - AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA II) No editor de textos Writer do pacote BR Office, é
possível modificar e criar estilos para utilização no texto. Dentre as opções de Recuo e Espaçamento para um determinado
estilo, é INCORRETO afirmar que é possível alterar um valor para
a) recuo da primeira linha.
b) recuo antes do texto.
c) recuo antes do parágrafo.
d) espaçamento acima do parágrafo.
e) espaçamento abaixo do parágrafo.
74
INFORMÁTICA BÁSICA
24) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito do Excel, para ordenar, por
data, os registros inseridos na planilha, é suficiente selecionar a coluna data de entrada, clicar no menu Dados e, na lista
disponibilizada, clicar ordenar data.
a) certo
b) errado
25) (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) A planilha abaixo foi criada utilizando-se o
Microsoft Excel 2010 (em português).
A linha 2 mostra uma dívida de R$ 1.000,00 (célula B2) com um Credor A (célula A2) que deve ser paga em 2 meses
(célula D2) com uma taxa de juros de 8% ao mês (célula C2) pelo regime de juros simples. A fórmula correta que deve ser
digitada na célula E2 para calcular o montante que será pago é
a) =(B2+B2)*C2*D2.
b) =B2+B2*C2/D2.
c) =B2*C2*D2.
d) =B2*(1+(C2*D2)).
e) =D2*(1+(B2*C2)).
26)(MINISTÉRIO DA FAZENDA 2012 - ESAF - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O BrOffice é uma suíte para
escritório gratuita e de código aberto. Um dos aplicativos da suíte é o Calc, que é um programa de planilha eletrônica e
assemelha-se ao Excel da Microsoft. O Calc é destinado à criação de planilhas e tabelas, permitindo ao usuário a inserção
de equações matemáticas e auxiliando na elaboração de gráficos de acordo com os dados presentes na planilha. O Calc
utiliza como padrão o formato:
a) XLS.
b) ODF.
c) XLSX.
d) PDF.
e) DOC.
27) (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) Após ministrar uma palestra sobre Segurança
no Trabalho, Iracema comunicou aos funcionários presentes que disponibilizaria os slides referentes à palestra na intranet
da empresa para que todos pudessem ter acesso. Quando acessou a intranet e tentou fazer o upload do arquivo de slides
criado no Microsoft PowerPoint 2010 (em português), recebeu a mensagem do sistema dizendo que o formato do arquivo
era inválido e que deveria converter/salvar o arquivo para o formato PDF e tentar realizar o procedimento novamente. Para
realizar a tarefa sugerida pelo sistema, Iracema
a) clicou no botão Iniciar do Windows, selecionou a opção Todos os programas, selecionou a opção Microsoft Office
2010 e abriu o software Microsoft Office Converter Professional 2010. Em seguida, clicou na guia Arquivo e na opção Con-
verter. Na caixa de diálogo que se abriu, selecionou o arquivo de slides e clicou no botão Converter.
b)abriu o arquivo utilizando o Microsoft PowerPoint 2010, clicou na guia Ferramentas e, em seguida, clicou na opção
Converter. Na caixa de diálogo que se abriu, clicou na caixa de combinação que permite definir o tipo do arquivo e selecio-
nou a opção PDF. Em seguida, clicou no botão Converter.
c)abriu a pasta onde o arquivo estava salvo, utilizando os recursos do Microsoft Windows 7, clicou com o botão direito
do mouse sobre o nome do arquivo e selecionou a opção Salvar como PDF.
75
INFORMÁTICA BÁSICA
d)abriu o arquivo utilizando o Microsoft Power- 31) (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO-
Point 2010, clicou na guia Arquivo e, em seguida, cli- GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito de redes de compu-
cou na opção Salvar Como. Na caixa de diálogo que tadores, julgue os itens subsequentes. Lista de discussão é
se abriu, clicou na caixa de combinação que permite uma ferramenta de comunicação limitada a uma intranet,
definir o tipo do arquivo e selecionou a opção PDF. ao passo que grupo de discussão é uma ferramenta geren-
Em seguida, clicou no botão Salvar. ciável pela Internet que permite a um grupo de pessoas a
e)baixou da internet um software especializado troca de mensagens via email entre todos os membros do
em fazer a conversão de arquivos do tipo PPTX para grupo.
PDF, pois verificou que o PowerPoint 2010 não possui a) Certo
opção para fazer tal conversão. b) Errado
28) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ADMINISTRA- 32) (CEITEC 2012 - FUNRIO - ADMINISTRAÇÃO/CIÊN-
DOR) Em um slide em branco de uma apresentação CIAS CONTÁBEIS/DIREITO/PREGOEIRO PÚBLICO) Na inter-
criada utilizando-se o Microsoft PowerPoint 2010 net o protocolo_________ permite a transferência de men-
(em português), uma das maneiras de acessar alguns sagens eletrônicas dos servidores de _________para caixa
dos comandos mais importantes é clicando-se com o postais nos computadores dos usuários. As lacunas se
botão direito do mouse sobre a área vazia do slide. completam adequadamente com as seguintes expressões:
Dentre as opções presentes nesse menu, estão as que a) Ftp/ Ftp.
permitem b) Pop3 / Correio Eletrônico.
a) copiar o slide e salvar o slide. c) Ping / Web.
b) salvar a apresentação e inserir um novo slide. d) navegador / Proxy.
c) salvar a apresentação e abrir uma apresentação e) Gif / de arquivos
já existente.
d) apresentar o slide em tela cheia e animar obje- 33) (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - ASSIS-
tos presentes no slide. TENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO ADMINISTRA-
e) mudar o layout do slide e a formatação do pla- TIVO) Em uma rede local, cujas estações de trabalho usam
no de fundo do slide. o sistema operacional Windows XP e endereços IP fixos em
suas configurações de conexão, um novo host foi instalado
29) (TRT 11ª 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO e, embora esteja normalmente conectado à rede, não con-
- JUDICIÁRIA) Em um slide mestre do BrOffice.org segue acesso à internet distribuída nessa rede.
Apresentação (Impress), NÃO se trata de um espaço Considerando que todas as outras estações da rede es-
reservado que se possa configurar a partir da janela tão acessando a internet sem dificuldades, um dos motivos
Elementos mestres: que pode estar ocasionando esse problema no novo host é
a) Número da página.
b) Texto do título. a) a codificação incorreta do endereço de FTP para o
c) Data/hora. domínio registrado na internet.
d) Rodapé. b) a falta de registro da assinatura digital do host nas
e) Cabeçalho. opções da internet.
c) um erro no Gateway padrão, informado nas proprie-
30) (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE dades do Protocolo TCP/IP desse host.
TÉCNICO ADMINISTRATIVO - RH) No Microsoft Inter- d) um erro no cadastramento da conta ou da senha do
net Explorer 9 é possível acessar a lista de sites visi- próprio host.
tados nos últimos dias e até semanas, exceto aqueles e) um defeito na porta do switch onde a placa de rede
visitados em modo de navegação privada. Para abrir desse host está conectada.
a opção que permite ter acesso a essa lista, com o
navegador aberto, clica-se na ferramenta cujo dese- 34) (CASA DA MOEDA 2012 - CESGRANRIO - ASSIS-
nho é TENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO - APOIO ADMINISTRA-
a) uma roda dentada, posicionada no canto supe- TIVO) Para conectar sua estação de trabalho a uma rede
rior direito da janela. local de computadores controlada por um servidor de do-
b) uma casa, posicionada no canto superior direi- mínios, o usuário dessa rede deve informar uma senha e
to da janela. um[a]
c) uma estrela, posicionada no canto superior di- a) endereço de FTP válido para esse domínio.
reito da janela. b) endereço MAC de rede registrado na máquina cliente.
d) um cadeado, posicionado no canto inferior di- c) porta válida para a intranet desse domínio.
reito da janela. d) conta cadastrada e autorizada nesse domínio.
e) um globo, posicionado à esquerda da barra de e) certificação de navegação segura registrada na in-
endereços. tranet.
76
INFORMÁTICA BÁSICA
35) (CÂMARA DOS DEPUTADOS 2012 - CESPE - ANA- Está correto o que se afirma em
LISTA LEGISLATIVO - TÉCNICA LEGISLATIVA) Com relação
a redes de computadores, julgue os próximos itens.5Uma a) II, apenas.
rede local (LAN — local area network) é caracterizada por b) I e II, apenas.
abranger uma área geográfica, em teoria, ilimitada. O al- c) II e III, apenas.
cance físico dessa rede permite que os dados trafeguem d) I, II e III, apenas.
com taxas acima de 100 Mbps. e) I, II, III e IV.
a) certo
b) errado 40) (MPE/PE 2012 - FCC - ANALISTA MINISTERIAL - IN-
FORMÁTICA) Sobre Cavalo de Tróia, é correto afirmar:
36) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO -
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) Com relação à certifica- a) Consiste em um conjunto de arquivos .bat que não
ção digital, julgue os itens que se seguem.O certificado necessitam ser explicitamente executados.
digital revogado deve constar da lista de certificados re- b) Contém um vírus, por isso, não é possível distinguir
vogados, publicada na página de Internet da autoridade as ações realizadas como consequência da execução do
certificadora que o emitiu. Cavalo de Tróia propriamente dito, daquelas relacionadas
a) Certo ao comportamento de um vírus.
b) Errado c) Não é necessário que o Cavalo de Tróia seja executa-
do para que ele se instale em um computador. Cavalos de
37) (TRT 10ª 2013 - CESPE - ANALISTA JUDICIÁRIO - Tróia vem anexados a arquivos executáveis enviados por
ADMINISTRATIVA) Acerca de segurança da informação, e-mail.
julgue os itens a seguir. O vírus de computador é assim d) Não instala programas no computador, pois seu úni-
denominado em virtude de diversas analogias poderem ser co objetivo não é obter o controle sobre o computador,
feitas entre esse tipo de vírus e os vírus orgânicos. mas sim replicar arquivos de propaganda por e-mail.
a) Certo e) Distingue-se de um vírus ou de um worm por não
b) Errado infectar outros arquivos, nem propagar cópias de si mesmo
automaticamente.
38) (MPE/PE 2012 - FCC - TÉCNICO MINISTERIAL - AD-
MINISTRATIVO) Existem vários tipos de vírus de computa-
dores, dentre eles um dos mais comuns são vírus de ma- GABARITO
cros, que:
a) são programas binários executáveis que são baixa- 1-E/ 2-A/ 3- C/ 4- B/ 5-C/ 6-E / 7-A / 8-C / 9-A / 10-C/
dos de sites infectados na Internet. 11-C / 12-E / 13-A / 14-C / 15-A / 16-A / 17-D / 18-C /
b) podem infectar qualquer programa executável do 19-B / 20-A / 21-A / 22-A / 23-C / 24-B / 25-D/ 26-B/
computador, permitindo que eles possam apagar arquivos 27-D / 28-E / 29-B / 30-C / 31-B / 32-B / 33-C / 34-D/
e outras ações nocivas. 35-B / 36-A / 37- A / 38-C / 39-B / 40-E
c) são programas interpretados embutidos em docu-
mentos do MS Office que podem infectar outros documen-
tos, apagar arquivos e outras ações nocivas.
d) são propagados apenas pela Internet, normalmente
em sites com software pirata.
e) podem ser evitados pelo uso exclusivo de software
legal, em um computador com acesso apenas a sites da
Internet com boa reputação.
77
INFORMÁTICA BÁSICA
ANOTAÇÕES
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
e) Princípio da eficiência: A administração pública Meirelles4 entende que o ato discricionário, editado sob
deve manter o ampliar a qualidade de seus serviços com os limites da Lei, confere ao administrador uma margem de
controle de gastos. Isso envolve eficiência ao contratar pes- liberdade para fazer um juízo de conveniência e oportuni-
soas (o concurso público seleciona os mais qualificados ao dade, não sendo necessária a motivação. No entanto, se
exercício do cargo), ao manter tais pessoas em seus cargos houver tal fundamentação, o ato deverá condicionar-se a
(pois é possível exonerar um servidor público por ineficiên- esta, em razão da necessidade de observância da Teoria
cia) e ao controlar gastos (limitando o teto de remunera- dos Motivos Determinantes. O entendimento majoritário
ção), por exemplo. O núcleo deste princípio é a procura da doutrina, porém, é de que, mesmo no ato discricionário,
por produtividade e economicidade. Alcança os serviços é necessária a motivação para que se saiba qual o caminho
públicos e os serviços administrativos internos, se referindo adotado pelo administrador. Gasparini5, com respaldo no
diretamente à conduta dos agentes. art. 50 da Lei n. 9.784/98, aponta inclusive a superação de
tais discussões doutrinárias, pois o referido artigo exige a
Outros princípios administrativos motivação para todos os atos nele elencados, compreen-
Além destes cinco princípios administrativo-constitu- dendo entre estes, tanto os atos discricionários quanto os
cionais diretamente selecionados pelo constituinte, podem vinculados.
ser apontados como princípios de natureza ética relaciona- c) Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos:
dos à função pública a probidade e a motivação: O Estado assumiu a prestação de determinados serviços,
a) Princípio da probidade: um princípio constitu- por considerar que estes são fundamentais à coletividade.
cional incluído dentro dos princípios específicos da licita- Apesar de os prestar de forma descentralizada ou mesmo
ção, é o dever de todo o administrador público, o dever delegada, deve a Administração, até por uma questão de
de honestidade e fidelidade com o Estado, com a popu- coerência, oferecê-los de forma contínua e ininterrupta.
lação, no desempenho de suas funções. Possui contornos Pelo princípio da continuidade dos serviços públicos, o Es-
mais definidos do que a moralidade. Diógenes Gasparini3 tado é obrigado a não interromper a prestação dos ser-
alerta que alguns autores tratam veem como distintos os viços que disponibiliza. A respeito, tem-se o artigo 22 do
princípios da moralidade e da probidade administrativa, Código de Defesa do Consumidor:
mas não há características que permitam tratar os mesmos
como procedimentos distintos, sendo no máximo possível Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas,
afirmar que a probidade administrativa é um aspecto parti- concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra for-
cular da moralidade administrativa. ma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços
b) Princípio da motivação: É a obrigação conferida adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, con-
ao administrador de motivar todos os atos que edita, ge- tínuos.
rais ou de efeitos concretos. É considerado, entre os demais Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou
princípios, um dos mais importantes, uma vez que sem a parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pes-
motivação não há o devido processo legal, uma vez que a soas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos
fundamentação surge como meio interpretativo da decisão causados, na forma prevista neste código.
que levou à prática do ato impugnado, sendo verdadeiro
meio de viabilização do controle da legalidade dos atos da d) Princípios da Tutela e da Autotutela da Adminis-
Administração. tração Pública: a Administração possui a faculdade de re-
Motivar significa mencionar o dispositivo legal aplicá- ver os seus atos, de forma a possibilitar a adequação destes
vel ao caso concreto e relacionar os fatos que concreta- à realidade fática em que atua, e declarar nulos os efeitos
mente levaram à aplicação daquele dispositivo legal. Todos dos atos eivados de vícios quanto à legalidade. O sistema
os atos administrativos devem ser motivados para que o de controle dos atos da Administração adotado no Brasil é
Judiciário possa controlar o mérito do ato administrativo o jurisdicional. Esse sistema possibilita, de forma inexorável,
quanto à sua legalidade. Para efetuar esse controle, devem ao Judiciário, a revisão das decisões tomadas no âmbito
ser observados os motivos dos atos administrativos. da Administração, no tocante à sua legalidade. É, portanto,
Em relação à necessidade de motivação dos atos ad- denominado controle finalístico, ou de legalidade.
ministrativos vinculados (aqueles em que a lei aponta um À Administração, por conseguinte, cabe tanto a anu-
único comportamento possível) e dos atos discricionários lação dos atos ilegais como a revogação de atos válidos
(aqueles que a lei, dentro dos limites nela previstos, aponta e eficazes, quando considerados inconvenientes ou ino-
um ou mais comportamentos possíveis, de acordo com um portunos aos fins buscados pela Administração. Essa for-
juízo de conveniência e oportunidade), a doutrina é unís- ma de controle endógeno da Administração denomina-se
sona na determinação da obrigatoriedade de motivação princípio da autotutela. Ao Poder Judiciário cabe somente a
com relação aos atos administrativos vinculados; todavia, anulação de atos reputados ilegais. O embasamento de tais
diverge quanto à referida necessidade quanto aos atos dis- condutas é pautado nas Súmulas 346 e 473 do Supremo
cricionários. Tribunal Federal.
4 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo
brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1993.
3 GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. 9ª 5 GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. 9ª
ed. São Paulo: Saraiva, 2004. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Súmula 346. A administração pública pode declarar a f) Supremacia do interesse público sobre o priva-
nulidade dos seus próprios atos. do: Na maioria das vezes, a Administração, para buscar de
maneira eficaz tais interesses, necessita ainda de se colocar
Súmula 473. A administração pode anular seus próprios em um patamar de superioridade em relação aos particu-
atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque lares, numa relação de verticalidade, e para isto se utiliza
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de do princípio da supremacia, conjugado ao princípio da in-
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adqui- disponibilidade, pois, tecnicamente, tal prerrogativa é irre-
ridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. nunciável, por não haver faculdade de atuação ou não do
Poder Público, mas sim “dever” de atuação.
Os atos administrativos podem ser extintos por revo- Sempre que houver conflito entre um interesse indi-
gação ou anulação. A Administração tem o poder de rever vidual e um interesse público coletivo, deve prevalecer o
seus próprios atos, não apenas pela via da anulação, mas interesse público. São as prerrogativas conferidas à Admi-
também pela da revogação. Aliás, não é possível revogar nistração Pública, porque esta atua por conta de tal interes-
atos vinculados, mas apenas discricionários. A revogação se. Com efeito, o exame do princípio é predominantemente
se aplica nas situações de conveniência e oportunidade, feito no caso concreto, analisando a situação de conflito
quanto que a anulação serve para as situações de vício de entre o particular e o interesse público e mensurando qual
legalidade. deve prevalecer.
3
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Com efeito, o chefe do Poder Executivo federal tem op- XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Minis-
ções de delegar parte de suas atribuições privativas para tros do Tribunal de Contas da União;
os Ministros de Estado, o Procurador-Geral da República XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta
ou o Advogado-Geral da União. O Presidente irá delegar Constituição, e o Advogado-Geral da União;
com relação de hierarquia cada uma destas essencialida- XVII - nomear membros do Conselho da República,
des dentro da estrutura organizada do Estado. Reforça-se, nos termos do art. 89, VII;
desconcentrar significa delegar com hierarquia, pois XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e
há uma relação de subordinação dentro de uma estrutura o Conselho de Defesa Nacional;
centralizada, isto é, os Ministros de Estado, o Procurador- XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira,
-Geral da República e o Advogado-Geral da União respon- autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele,
dem diretamente ao Presidente da República e, por isso, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas
não possuem plena discricionariedade na prática dos atos mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobi-
lização nacional;
administrativos que lhe foram delegados.
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do
Congresso Nacional;
Concentrar, ao inverso, significa exercer atribuições
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
privativas da Administração pública direta no âmbito mais
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar,
central possível, isto é, diretamente pelo chefe do Poder que forças estrangeiras transitem pelo território nacional
Executivo, seja porque não são atribuições delegáveis, seja ou nele permaneçam temporariamente;
porque se optou por não delegar. XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano pluria-
nual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as pro-
Artigo 84, CF. Compete privativamente ao Presidente postas de orçamento previstos nesta Constituição;
da República: XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional,
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa,
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a di- as contas referentes ao exercício anterior;
reção superior da administração federal; XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais,
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos na forma da lei;
previstos nesta Constituição; XXVI - editar medidas provisórias com força de lei,
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, nos termos do art. 62;
bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta
execução; Constituição.
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI - dispor, mediante decreto, sobre: Descentralizar envolve a delegação de interesses es-
a) organização e funcionamento da administração tatais para fora da estrutura da Administração direta, o que
federal, quando não implicar aumento de despesa nem é possível porque não se refere a essencialidades, ou seja,
criação ou extinção de órgãos públicos; a atos administrativos que somente possam ser praticados
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando pela Administração direta porque se referem a interesses
vagos; estatais diversos previstos ou não na CF. Descentralizar é
VII - manter relações com Estados estrangeiros e uma delegação sem relação de hierarquia, pois é uma
acreditar seus representantes diplomáticos; delegação de um ente para outro (não há subordinação
nem mesmo quanto ao chefe do Executivo, há apenas uma
VIII - celebrar tratados, convenções e atos interna-
espécie de tutela ou supervisão por parte dos Ministérios –
cionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;
se trata de vínculo e não de subordinação).
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
Basicamente, se está diante de um conjunto de pessoas
X - decretar e executar a intervenção federal;
jurídicas estatais criadas ou autorizadas por lei para presta-
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Con- rem serviços de interesse do Estado. Possuem patrimônio
gresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislati- próprio e são unidades orçamentárias autônomas. Ainda,
va, expondo a situação do País e solicitando as providências exercem em nome próprio direitos e obrigações, respon-
que julgar necessárias; dendo pessoalmente por seus atos e danos.
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiên- Existem duas formas pelas quais o Estado pode efetuar
cia, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; a descentralização administrativa: outorga e delegação.
XIII - exercer o comando supremo das Forças Arma- A outorga se dá quando o Estado cria uma entidade
das, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e e a ela transfere, através de previsão em lei, determinado
da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá- serviço público e é conferida, em regra, por prazo indeter-
-los para os cargos que lhes são privativos; minado. Isso é o que acontece quanto às entidades da Ad-
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os ministração Indireta prestadoras de serviços públicos. Nes-
Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais te sentido, o Estado descentraliza a prestação dos serviços,
Superiores, os Governadores de Territórios, o Procura- outorgando-os a outras entidades criadas para prestá-los,
dor-Geral da República, o presidente e os diretores do ban- as quais podem tomar a forma de autarquias, empresas pú-
co central e outros servidores, quando determinado em lei; blicas, sociedades de economia mista e fundações públicas.
4
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
A delegação ocorre quando o Estado transfere, por Quanto se faz desconcentração da autoridade central –
contrato ou ato unilateral, apenas a execução do ser- chefe do Executivo – para os seus órgãos, se depara com di-
viço, para que o ente delegado o preste ao público em versos níveis de órgãos, que podem ser classificados em sim-
seu próprio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização ples ou complexos (simples se possuem apenas uma estrutura
do Estado. A delegação é geralmente efetivada por pra- administrativa, complexos se possuem uma rede de estruturas
zo determinado. Ela se dá, por exemplo, nos contratos de administrativas) e em unitários ou colegiados (unitário se o
concessão ou nos atos de permissão, pelos quais o Estado poder de decisão se concentra em uma pessoa, colegiado se
transfere aos concessionários e aos permissionários ape- as decisões são tomadas em conjunto e prevalece a vontade
da maioria):
nas a execução temporária de determinado serviço.
a) Órgãos independentes – encabeçam o poder ou estru-
Centralizar envolve manter na estrutura da Adminis-
tura do Estado, gozando de independência para agir e não se
tração direta o desempenho de funções administrativas
submetendo a outros órgãos. Cabe a eles definir as políticas que
de interesses não essenciais do Estado, que poderiam ser serão implementadas. É o caso da Presidência da República, ór-
atribuídos a entes de fora da Administração por outorga gão complexo composto pelo gabinete, pela Advocacia-Geral
ou delegação. da União, pelo Conselho da República, pelo Conselho de De-
fesa, e unitário (pois o Presidente da República é o único que
Administração Pública Direta toma as decisões).
Administração Pública direta é aquela formada pelos b) Órgãos autônomos – estão no primeiro escalão do poder,
entes integrantes da federação e seus respectivos órgãos. com autonomia funcional, porém subordinados politicamente
Os entes políticos são a União, os Estados, o Distrito Fe- aos independentes. É o caso de todos os ministérios de Estado.
deral e os Municípios. À exceção da União, que é dotada c) Órgãos superiores – são desprovidos de autonomia ou
de soberania, todos os demais são dotados de autonomia. independência, sendo plenamente vinculados aos órgãos autô-
Dispõe o Decreto nº 200/1967: nomos. Ex.: Delegacia Regional do Trabalho, vinculada ao Minis-
tério do Trabalho e Emprego; Departamento da Polícia Federal,
Art. 4° A Administração Federal compreende: vinculado ao Ministério da Justiça.
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços d) Órgãos subalternos – são vinculados a todos acima deles
integrados na estrutura administrativa da Presidência da com plena subordinação administrativa. Ex.: órgãos que execu-
tam trabalho de campo, policiais federais, fiscais do MTE.
República e dos Ministérios.
ATENÇÃO: O Ministério Público, os Tribunais de Contas e
as Defensorias Públicas não se encaixam nesta estrutura, sendo
A administração direta é formada por um conjunto de
órgãos independentes constitucionais. Em verdade, para Cano-
núcleos de competências administrativas, os quais já fo- tilho e outros constitucionalistas, estes órgãos não pertencem
ram tidos como representantes do poder central (teoria nem mesmo aos três poderes.
da representação) e como mandatários do poder central Conforme Carvalho Filho6, “a noção de Estado, como visto,
(teoria do mandato). Hoje, adota-se a teoria do órgão, não pode abstrair-se da de pessoa jurídica. O Estado, na verdade,
de Otto Giërke, segundo a qual os órgãos são apenas é considerado um ente personalizado, seja no âmbito interna-
núcleos administrativos criados e extintos exclusivamente cional, seja internamente. Quando se trata de Federação, vigora
por lei, mas que podem ser organizados por decretos au- o pluripersonalismo, porque além da pessoa jurídica central
tônomos do Executivo (art. 84, VI, CF), sendo desprovidos existem outras internas que compõem o sistema político. Sendo
de personalidade jurídica própria. uma pessoa jurídica, o Estado manifesta sua vontade através de
Assim, os órgãos da Administração direta não pos- seus agentes, ou seja, as pessoas físicas que pertencem a seus
suem patrimônio próprio; e não assumem obrigações em quadros. Entre a pessoa jurídica em si e os agentes, compõe o
nome próprio e nem direitos em nome próprio (não po- Estado um grande número de repartições internas, necessárias
dem ser autor nem réu em ações judiciais, exceto para fins à sua organização, tão grande é a extensão que alcança e tama-
de mandado de segurança – tanto como impetrante como nha as atividades a seu cargo. Tais repartições é que constituem
quanto impetrado). Já que não possuem personalidade, os órgãos públicos”.
“Várias teorias surgiram para explicar as relações do Estado,
atuam apenas no cumprimento da lei, não atuando por
pessoa jurídica, com suas agentes: Pela teoria do mandato, o
vontade própria. Logo, órgãos e agentes públicos são im-
agente público é mandatário da pessoa jurídica; a teoria foi cri-
pessoais quando agem no estrito cumprimento de seus
ticada por não explicar como o Estado, que não tem vontade
deveres, não respondendo diretamente por seus atos e própria, pode outorgar o mandato”7. A origem desta teoria está
danos. no direito privado, não tendo como prosperar porque o Estado
Esta impossibilidade de se imputar diretamente a res- não pode outorgar mandato a alguém, afinal, não tem vontade
ponsabilidade a agentes públicos ou órgãos públicos que própria.
estejam exercendo atribuições da Administração direta é
denominada teoria da imputação objetiva, de Otto Giër- 6 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de
ke, que institui o princípio da impessoalidade. direito administrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen ju-
ris, 2010.
7 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Admi-
nistrativo. 23. ed. São Paulo: Atlas editora, 2010.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Num momento seguinte, adotou-se a teoria da repre- “Enquanto a Administração Direta é composta de ór-
sentação: “Posteriormente houve a substituição dessa con- gãos internos do Estado, a Administração Indireta se com-
cepção pela teoria da representação, pela qual a vontade põe de pessoas jurídicas, também denominadas de entida-
dos agentes, em virtude de lei, exprimiria a vontade do Es- des”9. Em que pese haver entendimento diverso registrado
tado, como ocorre na tutela ou na curatela, figuras jurídicas em nossa doutrina, integram a Administração indireta do
que apontam para representantes dos incapazes. Ocorre Estado quatro espécies de pessoa jurídica, a saber: as Au-
que essa teoria, além de equiparar o Estado, pessoa jurí- tarquias, as Fundações, as Sociedades de Economia Mista e
dica, ao incapaz (sendo que o Estado é pessoa jurídica do- as Empresas Públicas.
tada de capacidade plena), não foi suficiente para alicerçar Dispõe o Decreto nº 200/1967:
um regime de responsabilização da pessoa jurídica perante
terceiros prejudicados nas circunstâncias em que o agente Art. 4° A Administração Federal compreende:
ultrapassasse os poderes da representação”8. Criticou-se a II - A Administração Indireta, que compreende as se-
teoria porque o Estado estaria sendo visto como um su- guintes categorias de entidades, dotadas de personalidade
jeito incapaz, ou seja, uma pessoa que não tem condições jurídica própria:
plenas de manifestar, de falar, de resolver pendências; bem a) Autarquias;
como porque se o representante estatal exorbitasse seus b) Empresas Públicas;
poderes, o Estado não poderia ser responsabilizado. c) Sociedades de Economia Mista.
Finalmente, adota-se a teoria do órgão, de Otto Giër- d) fundações públicas.
ke, segundo a qual os órgãos são apenas núcleos adminis-
trativos criados e extintos exclusivamente por lei, mas que Ao lado destas, podemos encontrar ainda entes que
podem ser organizados por decretos autônomos do Exe- prestam serviços públicos por delegação, embora não inte-
cutivo (art. 84, VI, CF), sendo desprovidos de personalidade grem os quadros da Administração, quais sejam, os permis-
jurídica própria. Com efeito, o Estado brasileiro responde sionários, os concessionários e os autorizados.
pelos atos que seus agentes praticam, mesmo se estes atos Essas quatro pessoas integrantes da Administração
extrapolam das atribuições estatais conferidas, sendo-lhe
indireta serão criadas para a prestação de serviços públi-
assegurado o intocável e assustador direito de regresso.
cos ou, ainda, para a exploração de atividades econômicas,
Apresenta-se a classificação dos órgãos:
como no caso das empresas públicas e sociedades de eco-
a) Quanto à pessoa federativa: federais, estaduais, dis-
nomia mista, e atuam com o objetivo de aumentar o grau
tritais e municipais.
de especialidade e eficiência da prestação do serviço públi-
b) Quanto à situação estrutural: os diretivos, que são
co ou, quando exploradoras de atividades econômicas, vi-
aqueles que detêm condição de comando e de direção,
sando atender a relevante interesse coletivo e imperativos
e os subordinados, incumbidos das funções rotineiras de
da segurança nacional.
execução.
c) Quanto à composição: singulares, quando integra- Com efeito, de acordo com as regras constantes do
dos em um só agente, e os coletivos, quando compostos artigo 173 da Constituição Federal, o Poder Público só po-
por vários agentes. derá explorar atividade econômica a título de exceção, em
d) Quanto à esfera de ação: centrais, que exercem atri- duas situações, conforme se colhe do caput do referido ar-
buições em todo o território nacional, estadual, distrital e tigo, a seguir reproduzido:
municipal, e os locais, que atuam em parte do território. Artigo 173. Ressalvados os casos previstos nesta Cons-
e) Quanto à posição estatal: são os que representam tituição, a exploração direta de atividade econômica pelo
os poderes do Estado – o Executivo, o Legislativo e o Ju- Estado só será permitida quando necessária aos imperativos
diciário. de segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, con-
f) Quanto à estrutura: simples ou unitários e compos- forme definidos em lei.
tos. Os órgãos compostos são constituídos por vários ou- Cumpre esclarecer que, de acordo com as regras cons-
tros órgãos. titucionais e em razão dos fins desejados pelo Estado, ao
Poder Público não cumpre produzir lucro, tarefa esta de-
Administração indireta ferida ao setor privado. Assim, apenas explora atividades
A Administração Pública indireta pode ser definida econômicas nas situações indicadas no artigo 173 do Texto
como um grupo de pessoas jurídicas de direito público ou Constitucional. Quando atuar na economia, concorre em
privado, criadas ou instituídas a partir de lei específica, que grau de igualdade com os particulares, e sob o regime do
atuam paralelamente à Administração direta na prestação artigo 170 da Constituição, inclusive quanto à livre concor-
de serviços públicos ou na exploração de atividades eco- rência, submetendo-se ainda a todas as obrigações cons-
nômicas. tantes do regime jurídico de direito privado, inclusive no
tocante às obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tri-
butárias.
8 NOHARA, Irene Patrícia. Direito Administrativo
– esquematizado, completo, atualizado, temas polêmicos, 9 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de
conteúdo dos principais concursos públicos. 3. ed. São direito administrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen ju-
Paulo: Atlas editora, 2013. ris, 2010.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
São titulares da matéria técnica que regulam, de modo Quando as fundações são criadas pelo Estado são co-
que somente elas podem disciplinar as regras e padrões nhecidas como fundações públicas, ou autarquias funda-
técnicos desta determinada seara. cionais ou fundações autárquicas. O estatuto da fundação,
No exercício de seus poderes, compete a elas: fiscalizar no caso, terá a forma de lei, cujo escopo será criar e orga-
o cumprimento de contratos de concessões e o atingimen- nizar a fundação. As fundações públicas são regulamenta-
to de metas neles fixadas, fiscalizar e controlar o atendi- das por lei complementar. Sendo fundações públicas que
mento a consumidores e usuários (inclusive recebendo e adotam regime jurídico de direito público, se equiparam às
processando denúncias e reclamações, aplicando penas autarquias e se sujeitam às mesmas regras que elas.
administrativas e multas, bem como rescindindo contra- Obs.: é possível que a lei autorize (não crie) uma fun-
tos), definir política tarifária e reajustá-la. dação pública que adote regime jurídico de direito privado,
Entre as agências reguladoras inseridas no ordena- ou então um regime misto, caso em que seus servidores
mento brasileiro, destacam-se: ANEEL – Agência Nacional poderão se sujeitar à CLT, seu patrimônio não será exclu-
de Energia Elétrica, criada pela Lei nº 9.427/1996; a ANA- sivamente oriundo de verbas estatais. A lei autorizadora
TEL – Agência Nacional de Telecomunicações, pela Lei nº deve ser expressa neste sentido.
9.472/1997; e a ANP – Agência Nacional do Petróleo, pela
Lei nº 9.478/1997. Empresas públicas
Conceitua-se no artigo 5º do Decreto nº 200/1967:
Agências executivas
Agência executiva é a qualificação conferida a autar- II - Empresa Pública - a entidade dotada de personali-
quia, fundação pública ou órgão da administração direta dade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e
que celebra contrato de gestão com o próprio ente polí- capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração
tico com o qual está vinculado. As agências executivas se de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer
distinguem das agências reguladoras por não terem como por força de contingência ou de conveniência administrativa
objetivo principal o de exercer controle sobre particulares podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em
que prestam serviços públicos, que é o objetivo fundamen- direito.
tal das agências reguladoras. Assim, a expressão “agências
executivas” corresponde a um título ou qualificação atribuí- Empresas públicas são pessoas jurídicas de Direito Pri-
da à autarquia ou a fundações públicas cujo objetivo seja vado, criadas para a prestação de serviços públicos ou para
exercer atividade estatal. a exploração de atividades econômicas, que contam com
capital exclusivamente público, e são constituídas por qual-
Fundações públicas quer modalidade empresarial, após autorização legislativa
Conceitua-se no artigo 5º do Decreto nº 200/1967: do ente federativo criador.
Sendo a empresa pública uma prestadora de serviços
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de persona- públicos, estará submetida a regime jurídico público, ainda
lidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada que constituída segundo o modelo imposto pelo Direito
em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvi- Privado. Se a empresa pública é exploradora de atividade
mento de atividades que não exijam execução por órgãos ou econômica, estará submetida a regime jurídico denomina-
entidades de direito público, com autonomia administrativa, do pela doutrina como semipúblico, ante a necessidade de
patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de dire- observância, ao menos em suas relações com os adminis-
ção, e funcionamento custeado por recursos da União e de trados, das regras atinentes ao regime da Administração, a
outras fontes. exemplo dos princípios expressos no “caput” do artigo 37
da Constituição Federal.
As Fundações são pessoas jurídicas compostas por um Podemos citar, a título de exemplo, algumas empre-
patrimônio personalizado, destacado pelo seu instituidor sas públicas, nas mais variadas esferas de governo, como
para atingir uma finalidade específica, denominadas, em o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
latim, universitas bonorum. Entre estas finalidades, desta- (BNDES); a Empresa Municipal de Urbanização de São Pau-
cam-se as de escopo religioso, moral, cultural ou de assis- lo (EMURB); a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
tência. (ECT); a Caixa Econômica Federal (CEF).
Essa definição serve para qualquer fundação, inclusive Estas empresas públicas se caracterizam e se diferen-
para aquelas que não integram a Administração indireta ciam das sociedades de economia mista por: não possuí-
(não-governamentais). No caso das fundações que inte- rem fins lucrativos (o capital excedente não se transforma
gram a Administração indireta (governamentais), quando em lucro, é reinvestido na própria empresa), podem adotar
forem dotadas de personalidade de direito público, serão perfis empresariais diversos (LTDA, comandita, nome cole-
regidas integralmente por regras de direito público. Quan- tivo, S/A), o capital social é formado por recursos públicos
do forem dotadas de personalidade de direito privado, se- e só admite sócios públicos (pode ter apenas um sócio –
rão regidas por regras de direito público e direito privado. unipessoalidade originária ou inicial).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
III – ser contratado pela administração direta ou indireta d) as condições a que deve obedecer o contrato de pro-
dos entes da Federação consorciados, dispensada a licitação. grama, no caso de a gestão associada envolver também a
§ 2º Os consórcios públicos poderão emitir documen- prestação de serviços por órgão ou entidade de um dos entes
tos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de ta- da Federação consorciados;
rifas e outros preços públicos pela prestação de serviços e) os critérios técnicos para cálculo do valor das tarifas
ou pelo uso ou outorga de uso de bens públicos por eles e de outros preços públicos, bem como para seu reajuste ou
administrados ou, mediante autorização específica, pelo revisão; e
ente da Federação consorciado. XII – o direito de qualquer dos contratantes, quando
§ 3º Os consórcios públicos poderão outorgar conces- adimplente com suas obrigações, de exigir o pleno cumpri-
são, permissão ou autorização de obras ou serviços públi- mento das cláusulas do contrato de consórcio público.
cos mediante autorização prevista no contrato de consór- § 1º Para os fins do inciso III do caput deste artigo,
cio público, que deverá indicar de forma específica o objeto considera-se como área de atuação do consórcio público,
da concessão, permissão ou autorização e as condições a independentemente de figurar a União como consorciada,
que deverá atender, observada a legislação de normas ge- a que corresponde à soma dos territórios:
rais em vigor. I – dos Municípios, quando o consórcio público for cons-
tituído somente por Municípios ou por um Estado e Municí-
Art. 3º O consórcio público será constituído por contrato pios com territórios nele contidos;
cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo II – dos Estados ou dos Estados e do Distrito Federal,
de intenções. quando o consórcio público for, respectivamente, constituído
por mais de 1 (um) Estado ou por 1 (um) ou mais Estados e
Art. 4º São cláusulas necessárias do protocolo de inten- o Distrito Federal;
ções as que estabeleçam: III – (VETADO)
I – a denominação, a finalidade, o prazo de duração e a IV – dos Municípios e do Distrito Federal, quando o con-
sede do consórcio; sórcio for constituído pelo Distrito Federal e os Municípios; e
V – (VETADO)
II – a identificação dos entes da Federação consorciados;
§ 2º O protocolo de intenções deve definir o número
III – a indicação da área de atuação do consórcio;
de votos que cada ente da Federação consorciado possui
IV – a previsão de que o consórcio público é associação
na assembleia geral, sendo assegurado 1 (um) voto a cada
pública ou pessoa jurídica de direito privado sem fins eco-
ente consorciado.
nômicos;
§ 3º É nula a cláusula do contrato de consórcio que
V – os critérios para, em assuntos de interesse comum,
preveja determinadas contribuições financeiras ou econô-
autorizar o consórcio público a representar os entes da Fede-
micas de ente da Federação ao consórcio público, salvo a
ração consorciados perante outras esferas de governo;
doação, destinação ou cessão do uso de bens móveis ou
VI – as normas de convocação e funcionamento da as-
imóveis e as transferências ou cessões de direitos operadas
sembléia geral, inclusive para a elaboração, aprovação e por força de gestão associada de serviços públicos.
modificação dos estatutos do consórcio público; § 4º Os entes da Federação consorciados, ou os com
VII – a previsão de que a assembléia geral é a instância eles conveniados, poderão ceder-lhe servidores, na forma
máxima do consórcio público e o número de votos para as e condições da legislação de cada um.
suas deliberações; § 5º O protocolo de intenções deverá ser publicado na
VIII – a forma de eleição e a duração do mandato do re- imprensa oficial.
presentante legal do consórcio público que, obrigatoriamen-
te, deverá ser Chefe do Poder Executivo de ente da Federação Art. 5º O contrato de consórcio público será celebrado
consorciado; com a ratificação, mediante lei, do protocolo de intenções.
IX – o número, as formas de provimento e a remune- § 1º O contrato de consórcio público, caso assim preve-
ração dos empregados públicos, bem como os casos de ja cláusula, pode ser celebrado por apenas 1 (uma) parcela
contratação por tempo determinado para atender a neces- dos entes da Federação que subscreveram o protocolo de
sidade temporária de excepcional interesse público; intenções.
X – as condições para que o consórcio público celebre § 2º A ratificação pode ser realizada com reserva que,
contrato de gestão ou termo de parceria; aceita pelos demais entes subscritores, implicará consor-
XI – a autorização para a gestão associada de serviços ciamento parcial ou condicional.
públicos, explicitando: § 3º A ratificação realizada após 2 (dois) anos da subs-
a) as competências cujo exercício se transferiu ao con- crição do protocolo de intenções dependerá de homologa-
sórcio público; ção da assembleia geral do consórcio público.
b) os serviços públicos objeto da gestão associada e a § 4º É dispensado da ratificação prevista no caput deste
área em que serão prestados; artigo o ente da Federação que, antes de subscrever o pro-
c) a autorização para licitar ou outorgar concessão, per- tocolo de intenções, disciplinar por lei a sua participação
missão ou autorização da prestação dos serviços; no consórcio público.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade ju- Parágrafo único. O consórcio público está sujeito à fis-
rídica: calização contábil, operacional e patrimonial pelo Tribunal
I – de direito público, no caso de constituir associação de Contas competente para apreciar as contas do Chefe do
pública, mediante a vigência das leis de ratificação do pro- Poder Executivo representante legal do consórcio, inclusive
tocolo de intenções; quanto à legalidade, legitimidade e economicidade das des-
II – de direito privado, mediante o atendimento dos re- pesas, atos, contratos e renúncia de receitas, sem prejuízo
quisitos da legislação civil. do controle externo a ser exercido em razão de cada um dos
§ 1º O consórcio público com personalidade jurídica de contratos de rateio.
direito público integra a administração indireta de todos os
entes da Federação consorciados. Art. 10. (VETADO)
§ 2º No caso de se revestir de personalidade jurídica Parágrafo único. Os agentes públicos incumbidos da
de direito privado, o consórcio público observará as nor- gestão de consórcio não responderão pessoalmente pelas
obrigações contraídas pelo consórcio público, mas responde-
mas de direito público no que concerne à realização de
rão pelos atos praticados em desconformidade com a lei ou
licitação, celebração de contratos, prestação de contas e
com as disposições dos respectivos estatutos.
admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação
das Leis do Trabalho - CLT.
Art. 11. A retirada do ente da Federação do consórcio
público dependerá de ato formal de seu representante na
Art. 7º Os estatutos disporão sobre a organização e o assembleia geral, na forma previamente disciplinada por lei.
funcionamento de cada um dos órgãos constitutivos do con- § 1º Os bens destinados ao consórcio público pelo
sórcio público. consorciado que se retira somente serão revertidos ou re-
trocedidos no caso de expressa previsão no contrato de
Art. 8º Os entes consorciados somente entregarão recur- consórcio público ou no instrumento de transferência ou
sos ao consórcio público mediante contrato de rateio. de alienação.
§ 1º O contrato de rateio será formalizado em cada § 2º A retirada ou a extinção do consórcio público não
exercício financeiro e seu prazo de vigência não será su- prejudicará as obrigações já constituídas, inclusive os con-
perior ao das dotações que o suportam, com exceção dos tratos de programa, cuja extinção dependerá do prévio pa-
contratos que tenham por objeto exclusivamente projetos gamento das indenizações eventualmente devidas.
consistentes em programas e ações contemplados em pla-
no plurianual ou a gestão associada de serviços públicos Art. 12. A alteração ou a extinção de contrato de con-
custeados por tarifas ou outros preços públicos. sórcio público dependerá de instrumento aprovado pela as-
§ 2º É vedada a aplicação dos recursos entregues por sembleia geral, ratificado mediante lei por todos os entes
meio de contrato de rateio para o atendimento de des- consorciados.
pesas genéricas, inclusive transferências ou operações de § 1º Os bens, direitos, encargos e obrigações decorren-
crédito. tes da gestão associada de serviços públicos custeados por
§ 3º Os entes consorciados, isolados ou em conjunto, tarifas ou outra espécie de preço público serão atribuídos
bem como o consórcio público, são partes legítimas para aos titulares dos respectivos serviços.
exigir o cumprimento das obrigações previstas no contrato § 2º Até que haja decisão que indique os responsáveis
de rateio. por cada obrigação, os entes consorciados responderão
§ 4º Com o objetivo de permitir o atendimento dos solidariamente pelas obrigações remanescentes, garantin-
dispositivos da Lei Complementar no 101, de 4 de maio do o direito de regresso em face dos entes beneficiados ou
dos que deram causa à obrigação.
de 2000, o consórcio público deve fornecer as informações
necessárias para que sejam consolidadas, nas contas dos
Art. 13. Deverão ser constituídas e reguladas por con-
entes consorciados, todas as despesas realizadas com os
trato de programa, como condição de sua validade, as obri-
recursos entregues em virtude de contrato de rateio, de
gações que um ente da Federação constituir para com outro
forma que possam ser contabilizadas nas contas de cada ente da Federação ou para com consórcio público no âmbito
ente da Federação na conformidade dos elementos econô- de gestão associada em que haja a prestação de serviços
micos e das atividades ou projetos atendidos. públicos ou a transferência total ou parcial de encargos,
§ 5º Poderá ser excluído do consórcio público, após serviços, pessoal ou de bens necessários à continuidade dos
prévia suspensão, o ente consorciado que não consignar, serviços transferidos.
em sua lei orçamentária ou em créditos adicionais, as do- § 1º O contrato de programa deverá:
tações suficientes para suportar as despesas assumidas por I – atender à legislação de concessões e permissões de
meio de contrato de rateio. serviços públicos e, especialmente no que se refere ao cálculo
de tarifas e de outros preços públicos, à de regulação dos
Art. 9º A execução das receitas e despesas do consór- serviços a serem prestados; e
cio público deverá obedecer às normas de direito financeiro II – prever procedimentos que garantam a transparência
aplicáveis às entidades públicas. da gestão econômica e financeira de cada serviço em rela-
ção a cada um de seus titulares.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
§ 2º No caso de a gestão associada originar a transfe- “Art. 41. [...] IV – as autarquias, inclusive as associações
rência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens públicas; [...]” (NR)
essenciais à continuidade dos serviços transferidos, o con-
trato de programa, sob pena de nulidade, deverá conter Art. 17. Os arts. 23, 24, 26 e 112 da Lei nº 8.666, de 21
cláusulas que estabeleçam: de junho de 1993, passam a vigorar com a seguinte redação:
I – os encargos transferidos e a responsabilidade subsi-
diária da entidade que os transferiu; “Art. 23. [...]
II – as penalidades no caso de inadimplência em relação § 8º No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o do-
aos encargos transferidos; bro dos valores mencionados no caput deste artigo quan-
III – o momento de transferência dos serviços e os deve- do formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo,
res relativos a sua continuidade; quando formado por maior número.»
IV – a indicação de quem arcará com o ônus e os passi-
vos do pessoal transferido; “Art. 24. [...]
V – a identificação dos bens que terão apenas a sua ges- XXVI – na celebração de contrato de programa com ente
tão e administração transferidas e o preço dos que sejam da Federação ou com entidade de sua administração indire-
efetivamente alienados ao contratado; ta, para a prestação de serviços públicos de forma associada
VI – o procedimento para o levantamento, cadastro e nos termos do autorizado em contrato de consórcio público
avaliação dos bens reversíveis que vierem a ser amortizados ou em convênio de cooperação.
mediante receitas de tarifas ou outras emergentes da pres- Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I
tação dos serviços. e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por cento) para
§ 3º É nula a cláusula de contrato de programa que compras, obras e serviços contratados por consórcios públi-
atribuir ao contratado o exercício dos poderes de plane- cos, sociedade de economia mista, empresa pública e por
jamento, regulação e fiscalização dos serviços por ele pró- autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como
prio prestados. Agências Executivas.” (NR)
§ 4º O contrato de programa continuará vigente mes-
mo quando extinto o consórcio público ou o convênio de “Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17
cooperação que autorizou a gestão associada de serviços e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexi-
públicos. gibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas,
§ 5º Mediante previsão do contrato de consórcio públi- e o retardamento previsto no final do parágrafo único do
co, ou de convênio de cooperação, o contrato de programa art. 8o desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três)
poderá ser celebrado por entidades de direito público ou dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na
privado que integrem a administração indireta de qualquer imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição
dos entes da Federação consorciados ou conveniados. para a eficácia dos atos” (NR).
§ 6º O contrato celebrado na forma prevista no § 5o
deste artigo será automaticamente extinto no caso de o “Art. 112. [...]
contratado não mais integrar a administração indireta do § 1º Os consórcios públicos poderão realizar licitação
ente da Federação que autorizou a gestão associada de da qual, nos termos do edital, decorram contratos adminis-
serviços públicos por meio de consórcio público ou de trativos celebrados por órgãos ou entidades dos entes da
convênio de cooperação. Federação consorciados.
§ 7º Excluem-se do previsto no caput deste artigo as § 2º É facultado à entidade interessada o acompanha-
obrigações cujo descumprimento não acarrete qualquer mento da licitação e da execução do contrato.» (NR)
ônus, inclusive financeiro, a ente da Federação ou a con-
sórcio público. Art. 18. O art. 10 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992,
passa a vigorar acrescido dos seguintes incisos:
Art. 14. A União poderá celebrar convênios com os con- “Art. 10. [...]
sórcios públicos, com o objetivo de viabilizar a descentrali- XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha
zação e a prestação de políticas públicas em escalas ade- por objeto a prestação de serviços públicos por meio da ges-
quadas. tão associada sem observar as formalidades previstas na lei;
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público
Art. 15. No que não contrariar esta Lei, a organização e sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem ob-
funcionamento dos consórcios públicos serão disciplinados servar as formalidades previstas na lei.” (NR)
pela legislação que rege as associações civis.
Art. 19. O disposto nesta Lei não se aplica aos convênios
Art. 16. O inciso IV do art. 41 da Lei nº 10.406, de 10 de cooperação, contratos de programa para gestão associa-
de janeiro de 2002 - Código Civil, passa a vigorar com a da de serviços públicos ou instrumentos congêneres, que te-
seguinte redação: nham sido celebrados anteriormente a sua vigência.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Art. 20. O Poder Executivo da União regulamentará o • Proporcionar aos empregados de todos os níveis:
disposto nesta Lei, inclusive as normas gerais de contabili- Informação.
dade pública que serão observadas pelos consórcios públicos Recursos para o trabalho.
para que sua gestão financeira e orçamentária se realize na Medidas de desempenho compatíveis com obje-
conformidade dos pressupostos da responsabilidade fiscal. tivos e metas.
Motivação.
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publica-
ção. Tipos de estrutura organizacional
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Melhorem a eficiência, eficácia e efetividade na observa que essa prática tem sido denotada de um cará-
produção de bens e serviços públicos, ter parcial, na qual a ênfase passa a ser no formato e não
Minimizem esforços, custos, maximizando e bus- no conteúdo. Dessa forma, o reduzido esforço de reflexão
cando novas fontes de receitas, através de aplicações fi- crítica (em que os modelos são importados de casos de
nanceiras; sucesso em outros países, ou, quando adaptado com pre-
Criem uma gestão baseada na avaliação pela so- servando seu formato original) favorece a coexistência de
ciedade, mensuração do desempenho e dos resultados; elementos e práticas gerenciais tradicionais e inovadoras
Sejam inovador, pró-ativo; criativo; que corram na administração pública.
riscos calculados, que sejam mobilizadores de ação con- Portanto, estudar o empreendedorismo no setor pú-
junta voluntária privada e pública, que sejam intraem- blico do Brasil torna-se uma oportunidade de pesquisa na
preendedores. área, a qual é movida por uma inquietação: Qual a apli-
cabilidade deste construto, na administração pública bra-
O Fenômeno do Empreendedorismo Público: Um sileira? Frente a este questionamento, este ensaio busca
Ensaio sobre a Aplicabilidade desse Construto na Ad- contribuir, de forma crítica, para a compreensão do em-
ministração Pública Brasileira preendedorismo no setor público brasileiro, a partir das
As mudanças ocorridas no setor público, nos últimos contribuições da literatura estrangeira. Desta forma, tem
anos, têm promovido o aumento das expectativas de re- como objetivo analisar o potencial e o alcance de aplica-
forço de sua modernização e o interesse de diversos pes- ção da noção de empreendedorismo na administração de
quisadores, como Orborne e Gaebler (1992), Bellone e organizações públicas no Brasil.
Goerl (1992), Moore (1995), Morris e Jones (1999), Barnier A sua operacionalização ocorreu em três seções estru-
e Hafsi (2007), Currie et al. (2008) e Diefenbach (2011) em turantes, além desta introdução.
entender os possíveis desdobramentos, talvez contraditó- A primeira traz uma revisão acerca do empreende-
rios, que essa modernização acarretou ao Estado. dorismo e suas principais abordagens, focando principal-
Nas últimas décadas, esse processo de modernização mente a teorização deste construto nas organizações. A
tem sido associado a noções comportamentais e geren- segunda seção busca definir a noção de empreendedoris-
ciais, imbuídas de conceitos e práticas, que eram próprias mo nas organizações públicas, a partir da literatura inter-
e, até então, restritas à esfera das organizações empresa- nacional, principalmente europeia. A terceira, e principal
riais. parte, traz reflexões pontuais acerca da aplicabilidade do
O empreendedorismo é uma dessas noções que tem empreendedorismo público no contexto brasileiro.
sido empregada no setor público, principalmente em paí-
ses europeus, como forma de criar valor para os cidadãos. A Teorização sobre Empreendedorismo nas Orga-
Essa noção sinaliza a necessidade de as organizações pú- nizações
blicas desenvolverem uma Orientação Empreendedora Sadler (2000) indica que o termo empreendedorismo
(OE) voltada para a capacidade de se adequar e de inovar deriva do verbo francês entreprendre, que significa iniciar
frente às novas demandas do setor público (MILLER, 1983; ou realizar algum empreendimento. Os autores pioneiros
COVIN e SLEVIN, 1991; LUMPKIN e DESS, 1996). Todavia, dessa temática foram Cantillon (1755) e Say (1803) (FI-
enquanto no setor privado as contribuições e os desafios LION, 1997). Sadler (2000) indica que o conceito de Ri-
do empreendedorismo têm sido extensivamente estuda- chard Cantillon buscou explicar a receptividade ao risco
dos, no setor público, sobretudo no Brasil, estudos sobre de comprar algo por um preço e vendê-lo em regime de
esse assunto são difíceis de serem encontrados. Possíveis incerteza. Jean-Baptiste Say (1803) sustentou que o em-
causas dessa limitada produção nacional seriam: o assunto preendedor era capaz de alterar os recursos econômicos
é recente no Brasil; há poucas evidências verificadas cien- de uma área de baixa produtividade, transformando em
tificamente; e os setores público e privado apresentam di- uma área de produtividade e lucratividade elevadas, sen-
ferenças importantes tornando a transposição de práticas do que ele atuava como o catalisador do desenvolvimento
complexa e, em algumas situações inadequadas (BERGUE, econômico. Tanto na definição de Cantillon (1755) como
2011; DIENFEBACH, 2011). na de Say (1803), o empreendedor é tomado como um
Bergue (2008, p. 2) observa que “o atual cenário da agente tomador de risco (SADLER, 2000).
administração pública brasileira revela forte e sem prece- Outro autor clássico do construto é Joseph Schum-
dente inclinação para adição de práticas gerenciais usuais peter. Esse é quem lançou o estudo contemporâneo de
no campo gerencial”. Esse movimento apresenta-se em empreendedorismo ao alinha-lo com a inovação (SADLER,
forma de duas perspectivas: a) oferta – esforços exóge- 2000). Para o referido autor, o empreendedor era tratado
nos que promovem e estimulam a transferência, como as de forma peculiar por sua capacidade de criar, inovar e
influências dos conceitos estrangeiros; e, b) demanda – a de agregar valor em produtos, processos e serviços, nos
busca das organizações públicas por inovações gerenciais, quais a inovação era a principal força para criação de nova
como recurso de legitimação e sobrevivência. No entan- demanda e riqueza. Esse pesquisador percebeu que o em-
to, a apropriação de técnicas gerenciais no setor público preendedor conduzia, criava, novas combinações de pro-
apresenta algumas limitações significativas. Bergue (2011) dução por meio do processo de destruição criativa. Nesse
18
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
sentido, Schumpeter (1954) observa que o ímpeto para perfil empreendedor. Deve-se destacar que no âmago do
o sistema econômico vem de homens de coragem, que empreendedor está a busca pela sua autorrealização. Nes-
arriscam suas fortunas para implementar, inovar, experi- se sentido, conforme destaca Sadler (2000) o empreende-
mentar e expandir novas ideias. Escritores posteriores a dor pode se tornar um risco para a administração pública,
Schumpeter (1954), como Higgins (1959), Baumol (1968), pois pode adotar várias facetas em busca de seu objetivo
ampliaram a noção de empreendedorismo ao indicarem próprio, podendo ser caracterizado como um camaleão
que este poderia ser visualizado como causador da substi- dentro do setor público, que muda de cor em razão do
tuição de produtos obsoletos por produtos mais inovado- atendimento de seus objetivos particulares.
res e com maior potencial de lucro. Até a década de 1970, as pesquisas sobre empreende-
Drucker (1985) considera o empreendedorismo uma dorismo priorizavam as ações e características individuais
forma de intensa mudança e o empreendedor como al- dos empreendedores (DRUCKER, 1985; SADLER, 2000). No
guém que sempre se apoia nessas mudanças para a busca entanto, a partir de 1980, autores como Miller & Friesen
e exploração de novas oportunidades. No caso da admi- (1982), Burgelmann (1983), Pinchot, (1985), Cornwall e
nistração pública, vale destacar que o aspecto burocrático Perlman (1990), Hashimoto (2009) e Diefenbach (2011) de-
é muito evidente em tal tipo de organização. Buscar opor- senvolveram pesquisas que compreendessem a noção de
tunidades, nesse contexto, torna muito mais desafiador ao empreendedorismo dentro das organizações.
empreendedor. É preciso refletir se o empreendedor pode- Surgiu, assim, o empreendedorismo corporativo, ou
ria sustentar-se em um ambiente mais estático. Apesar de o seja, o estudo do comportamento empreendedor dentro
setor público ter se tornado mais ágil, percebe-se que, em das organizações (HASHIMOTO, 2009).
Os proponentes dessa escola corporativa foram
comparação com o mercado, mudanças ainda são reativas
Cuninghan e Lischeron (1991), na qual buscaram valorizar
e lentas.
as habilidades empreendedoras como variáveis úteis para
O empreendedorismo pode ser entendido sobre duas
organizações complexas. Hashimoto (2009) destaca que os
principais perspectivas. A perspectiva econômica, com
primeiros estudos sobre essa escola datam de 1970, com
Schumpeter como seu principal autor, e a comportamental, os trabalhos de Peter Drucker e Arnie Cooper. Para Druc-
com McClelland como seu principal teórico. Para os econo- ker (1985), a responsabilidade das empresas existentes do
mistas o empreendedorismo é ponto de vista empreendedor, sobretudo para empresas já
compreendido como um agente de desenvolvimento bem-sucedidas, é manter-se bem-sucedida no futuro. Tais
econômico (SMITH, 1766; BAUMOL, 1968); empreende- ideias, conforme evidenciado acima, ganharam força na
dores de negócios (HIGGINS, 1959); tomadores de riscos década de 1980, quando as empresas japonesas começa-
(KIHLSTROM e LAFFONT, 1979); trabalhadores em condi- ram a invadir o país com seus produtos mais baratos e de
ções de ambiguidade e incerteza (SADLER, 2000). melhor qualidade. A partir desse momento, houve um in-
Apesar de todas essas atribuições, Sadler (2000) ob- teresse crescente de pesquisadores no estabelecimento de
serva que a noção de empreendedorismo apregoada pelos relações entre empreendedorismo e corporações, gerando
economistas é associada à capacidade do homem, enquan- várias terminologias ao longo do tempo, conforme ilustra
to empreendedor, de inovar e de poder contribuir para o a Figura 1:
desenvolvimento local da economia. Essa noção pode ter
intensas influências do sistema de produção em vigor na
época dos clássicos da economia. Um sistema que buscava
a noção e o homos econômicus, no qual o indivíduo era
considerado uma mera extensão da máquina produtiva.
Na tentativa de compreender a figura do empreendedor,
ou seja, da pessoa que age de forma empreendedora, a
perspectiva comportamental importou da teoria de recur-
sos humanos importantes conceituações comportamentais
para a teoria do empreendedorismo (SADLER, 2000). Essa
perspectiva focou na descrição de um perfil empreendedor.
Stevenson e Jarillo (1990), Covin e Slevin (1991), Cun-
ningham e Lischeron (1991) e Bygrave (1993) tentaram
descrever tal perfil. Com base nas informações deste, Filion
(1997) evidenciou que os empreendedores são fruto de seu
ambiente. O autor constatou que o empreendedor pode
ser desenvolvido e que uma cultura empreendedora pode
ser um mecanismo catalisador para a formação de um per-
fil empreendedor. O ambiente, então, torna-se muito im-
portante na formação do perfil. Se a pessoa cresce em um
local onde é incitado a agir de forma empreendedora e a
vencer seus desafios, torna-se propenso a desenvolver um
19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
A diversidade dos termos que definem o empreendedorismo dentro de organizações pode gerar confusão, bem como
contradições. Zahra et al. (1991), Antonic & Hisrich (2001) e Kearney et al. (2009) associam os termos mencionados na
Figura 1 como sinônimos, em que ambos denotam ações de empreendedores dentro de organizações como agentes pro-
pulsores de inovação em produtos, processos e serviços (PINCHOT, 1985; BURGELMAN & SAYLES, 1986; ZAHRA et al., 1991;
HISRICH e PETERS, 2004). No contexto brasileiro, no trabalho desenvolvido por Emmendoerfer e Valadares (2011), no qual
se propôs fazer reflexões sobre a construção do empreendedorismo interno, foram encontradas características próprias do
Empreendedorismo Corporativo e do Intraempreendedorismo. No entanto, essas diferenciações fogem do escopo deste
ensaio. Dessa forma, será adotado o termo Empreendedorismo Corporativo (EC) como alusão ao empreendedorismo as-
sociado à organizações.
O empreendedorismo corporativo baseia-se no conceito de Orientação Empreendedora (OE) da organização (MILLER,
1983; COVIN e SLEVIN, 1991; LUMPKIN e DESS, 1996).
Miller (1983) destaca que a OE é conceituada através de três perspectivas – a da inovação, da proatividade e da tomada
de risco. O referido conceito foi redimensionado por Covin e Slevin (1991) e Lumpkin e Dess (1996). Ao longo dos traba-
lhos, foram incorporados novos conceitos ao construto, porém Rauch et al. (2009) observa que a maioria dos estudos tem
adotado as três principais dimensões da OE cunhadas por Miller (1983).
Portanto, a partir da perspectiva de Miller (1983), Covin e Slevin (1991), Lumpkin e Dess (1996), Rauch et al. (2009) e
Diefenbach (2011), o termo Empreendedorismo Corporativo (EC) refere-se ao processo cujo indivíduo ou grupos em as-
sociação com uma organização cria uma nova organização ou instiga um ambiente propício a inovações, de modo que a
organização detenha uma orientação empreendedora que permita o desenvolvimento e a manutenção de comportamen-
tos empreendedores (inovação, proatividade e tomada de riscos). A partir dessas considerações iniciais sobre a teorização
do empreendedorismo nas organizações, apresenta-se na Figura 2, de forma sintética, os principais termos que formam os
referidos construtos.
20
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
A Figura 2 evidencia as duas abordagens de estudo do empreendedorismo. Para os fins deste ensaio, não serão reali-
zadas análises em relação ao empreendedorismo independente, ou seja, à criação de novas organizações. Será ressaltada a
escola corporativa, a partir da qual serão feitas análises nas organizações públicas, levando em consideração a Orientação
Empreendedora (OE) e o Comportamento Empreendedor (CE). Estas duas premissas, segundo Diefenbach (2011), são fato-
res básicos para a implementação do empreendedorismo em organizações públicas.
21
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Nesse ínterim, Roberts e King (1991) definem que o ção cidadã, formulação de políticas públicas transparentes
empreendedorismo público é um processo de introdução e planejamento de longo prazo. Já Roberts (1992) caracte-
de inovação nas organizações do setor público. Para Ro- riza o EP como um indivíduo que gera, projeta e implemen-
berts (1992), o EP é a geração de ideia inovadora, a con- ta ideias inovadoras no domínio público.
cepção e a implementação dessa ideia no setor público. Na visão de Schneider et al. (1995), o empreendedor
Osborne e Gaebler (1992) analisa esse termo a partir da público é definido por dois fatores: a) sua vontade de to-
compreensão das ações de instituições empreendedoras/ mar medidas de risco; e, b) sua capacidade de coordenar
empreendedores públicos. Nesse sentido, explica que eles as ações de outras pessoas para cumprir metas. Segundo
usam recursos disponíveis e constroem novas maneiras Currie et al. (2008), o empreendedor público é um líder que
para maximização da produtividade e efetividade organi- amplia metas, mandatos, funções e poder de suas organi-
zacional. Morris e Jones (1999) definem o empreendedo- zações de forma não prevista pelos agentes públicos. Ele
rismo público pela constrói coalizões políticas para usufruir as oportunidades
perspectiva do processo de criação de valor para os empreendedoras na organização.
cidadãos, ao reunir uma combinação de recursos públicos Apesar de difusas, as definições de empreendedorismo
para explorar oportunidades sociais. (OSBORNE e GAE- no setor público também se aproximam em alguns aspec-
BLER, 1992). tos (DIEFENBACH, 2011). Um dos aspectos são as dimen-
Dessa forma, o empreendedorismo público implica em sões inovação, proatividade e tomada de riscos. Elas se re-
um papel inovador e proativo do governo na condução petem em várias conceituações, como a conceituação de
da sociedade para melhoria da qualidade de vida, com a Kearney (2007), Currie et al. (2008) e Morris et al. (2008).
inclusão de geração de receitas alternativas, melhoria de Outro ponto em comum é que algumas conceituações in-
processos internos e desenvolvimento de soluções inova- corporam o conceito de criação de valor, o qual é eviden-
doras para satisfazer as necessidades sociais e econômicas ciado por Morris e Jones (1999) e Bernier e Hafsi (2007).
(DIEFENBACH, 2011). Portanto, observa-se que o construto empreendedo-
Shockley et al. (2006) indicam que o EP ocorre sempre rismo público ainda está em formação e que as suas in-
que um ator político está em alerta com as problemáticas fluências estão arraigadas em pesquisas internacionais,
da administração pública e age em oportunidades poten- principalmente europeias, as quais se têm dedicado a com-
ciais de lucro, mudando o sistema em que ator está incor- preender melhor esse construto (MORRIS e JONES, 1999;
porado em direção ao equilíbrio. Kearney et al. (2007) re- SADLER, 2000; BARNIER e HAFSI, 2007; MORRIS et al., 2008;
fere-se à empresa estatal/ serviço civil. Sob esse aspecto, o CURRIE, et al. 2008; KEARNEY et al., 2009; DIEFENBACH,
EP é definido como um indivíduo ou grupo de indivíduos 2011).
que se compromete com a atividade desejada para iniciar Ao analisar os setores público e privado, observa-se al-
a mudança dentro da organização, na qual busca adaptar, gumas diferenças significativas.
inovar e facilitar o risco. Deve-se entender que os empreendedorismos público
Nessa conceituação, metas e objetivos pessoais são e privado também seguem a mesma lógica. Dessa forma,
menos importantes do que a geração de um bom resulta- apresentam-se na Figura 3 as principais diferenças entre o
do para a organização pública. empreendedorismo no setor público e no privado.
Na conceituação de Currie et al. (2008), o empreende-
dorismo público é visto como o processo de identificação e
busca de oportunidades de indivíduos e, ou, organizações.
Além disso, esse processo é muitas vezes caracterizado
pela capacidade de inovação, tomada de riscos e proativi-
dade. Morris et al. (2008) evidenciam que as organizações
podem ser caracterizadas em termos de sua orientação ou
intensidade empreendedora, que é um reflexo das ativida-
des empresariais no qual estão fazendo. Essas atividades
são baseadas no conceito de OE (inovadoras, arriscadas e
proativas). Os passos básicos para esse processo identifica-
do (no setor privado) não deve ser diferente em um contex-
to de organizações públicas.
Alguns autores também se dedicaram a definir o per-
fil do empreendedor público. Neste sentido, Ramamurti
(1986) afirma que o empreendedor público é um indivíduo
que se compromete para iniciar e manter uma ou mais or-
ganização do setor público. Para Bellone e Goerl (1992), o
empreendedor público pode ser definido a partir de quatro
características, a saber: a) autonomia; b) visão pessoal do
futuro; c) sigilo; e, d) tomada de risco. Essas característi-
cas, segundo o autor, podem ser conciliadas com os valores
democráticos fundamentais como accountability, participa-
22
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
A partir da análise das diferenças mencionadas na Figura 3, observa-se que a transposição de práticas de um setor para outro
se torna delicada. Portanto, é preciso conceber o empreendedorismo público como um construto em processo de formação.
Muito se tem a elucidar de sua verdadeira contribuição para a administração pública, dado que a discussão sobre empreendedo-
res no setor público é balizada, principalmente, em um modelo de administração pública gerencial, passível de inúmeras críticas.
No Brasil, nos últimos anos, tem surgido a noção de empreendedorismo público.
Identificou-se de forma exploratória que um governo estadual de uma unidade federativa no país possui indicativos de
empreendedorismo público, os quais podem ser verificados pela criação e pelo gerenciamento de um cargo, comissionado e
de livre nomeação, cuja denominação faz alusão a essa noção (VALADARES et al. 2010; VALADARES e EMMENDOERFER, 2011).
Impulsionado por essa evidência, buscou-se compreender a aplicabilidade do empreendedorismo no setor público brasileiro. No
entanto, antes de fazer as devidas análises, é necessário contextualizar a realidade da administração pública brasileira.
Dessa forma, na próxima seção, buscar-se-á caracterizar, de forma sucinta, a evolução da administração pública desse
país.
23
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Breve histórico da evolução da administração pú- gerencial. Um dos objetivos dessa reforma era o de tornar
blica brasileira o Estado mais eficiente, mais capaz de prestar serviços so-
Na tentativa de modernizar a administração do Esta- ciais, culturais e científicos com baixo custo e boa qualida-
do brasileiro, os governos, ao longo da história, buscaram, de. Envolveram-se a descentralização de trabalhos sociais
por meio de reformas administrativas, melhorar o desem- para estados e municípios; a delimitação mais precisa da
penho do setor público. Essas reformas se materializaram área de atuação do Estado; a distinção entre as atividades
em modelos que, com suas características próprias, con- do núcleo estratégico; a separação entre a formulação de
tribuíram, e ainda contribuem, para formação da moder- políticas e a sua execução; a maior autonomia tanto para
nização do Estado brasileiro. Nesse sentido, os três mode- as atividades executivas exclusivas do Estado como para
los de administração pública mais relevantes no contexto os serviços sociais e científicos que este presta; e, ainda, a
brasileiro foram denominados patrimonial, burocrático e segurança da responsabilização (accountability) por meio
gerencial. da administração por objetivos (BRESSER-PEREIRA, 1998).
Apesar da existência desses três modelos, observa-se A reforma gerencial de 1995 trouxe uma mudança de
que na história de administração pública brasileira, não é conceitos em toda estrutura administrativa do país, pois
possível enquadra-la em um só modelo (TORRES, 2004), se objetivou deixar o Estado mais gerencial, a partir do
pois, ela é caracterizada por uma gestão híbrida, na qual distanciamento de práticas patrimoniais e burocráticas
os três modelos (patrimonial, burocrático e gerencial) coe- (BRESSER-PEREIRA, 2010). Ele passou a priorizar os resul-
xistem na estrutura administrativa. No entanto, percebe-se tados de sua administração e não as questões jurídico-le-
que apesar da irregularidade, um modelo sempre se so- gais.
brepôs ao outro em relação ao período que estava em evi- Segundo esse autor, a reforma gerencial foi um dos
dência. É possível afirmar que o modelo patrimonialista é produtos da grande evolução da forma que o Brasil estava
encontrado em todas as fases da modernização do Estado propondo. A modernização da Administração Pública foi
supracitado, o que faz dele uma característica dominante pautada em contratações de técnicos competentes, ex-
na administração pública brasileira (JANOTTI, 1987; NU- tinção de secretarias e cargos públicos, fixação de tetos
NES, 1997; FAORO, 2000; HOLANDA, 2000; PAULA, 2005; salariais do poder executivo e atualização de processos de
MATIAS-PEREIRA, 2009; CABOBIANGO et al., 2010). compras e licitações (BRESSER-PEREIRA, 2010). Portanto,
Historicamente, até a Revolução de 1930, o Estado passa-se a aplicar como foco central na gestão do Estado
brasileiro era refém dos interesses de uma elite agrária brasileiro, a partir da reforma gerencial de 1995, a adminis-
composta de aristocráticos proprietários rurais. A urbani- tração por resultados.
zação e industrialização que o Brasil experimentou a partir Depois de ser institucionalizado o modelo gerencial,
de 1930 fizeram que o país passasse por um rearranjo po- surgiram várias críticas a esse modelo, principalmente no
lítico do Estado, atendendo às pressões para moderniza- que diz respeito à falta de participação do povo em rela-
ção deste por parte da burguesia (TORRES, 2004). Deve-se ção à tomada de decisão dos governos. Assim, surgiu a ne-
ressaltar que a reforma administrativa de Vargas foi um cessidade de as decisões da administração pública terem
dos primeiros esforços para superar o modelo patrimo- participação ampla do povo. Dessa forma, um novo mo-
nial em voga no contexto brasileiro, embora suas raízes delo de administração pública começa a ser evidenciado
patrimoniais não tenham sido suplantadas. Essas ligações, como tendência na administração pública brasileira. Esse
segundo Holanda (2000), são características fundamentais novo modelo ficou conhecido como modelo societal, que
do “homem cordial” brasileiro que, em sua caminhada e tem como base as diretrizes do novo serviço público, no
busca pelo poder, não consegue distinguir os aspectos pú- qual o bem público ou o serviço público é realizado com a
blico e privado. sociedade e pela sociedade (PAULA, 2005; CAPOBIANGO,
Prosseguindo na reforma administrativa burocrática, et al. 2010). Essa perspectiva denota uma administração
no contexto do governo militar da década de 1960, sur- pública voltada para o cidadão. Entretanto, deve-se ressal-
giu um decreto-lei que visava modernizar a administração tar que esse modelo ainda está em processo de constru-
pública por meio da utilização de instrumentos gerenciais ção, de modo que ainda seja um campo fértil de pesquisas
utilizados pela iniciativa privada. Além da normatização para sua consolidação.
e da padronização de procedimentos nas áreas de pes- A partir desta breve delimitação do contexto da evolu-
soal, compras governamentais e execução orçamentária, ção da administração pública no Brasil, percebe-se que ela
buscava-se também estruturar o governo. As estratégias segue tendências mundiais de transformações do Estado.
adotadas para alcançar a estruturação seriam planejamen- Apesar de haver muito em que se avançar, existe um esfor-
to, coordenação, descentralização, delegação de compe- ço do governo brasileiro, ao menos no discurso, de aten-
tências, controle e investimento em administração indireta der às demandas da sociedade. No entanto, o modelo que
(COSTA, 2008). está em voga, o gerencial, se apega, sobretudo, à transpo-
Na tentativa de evoluir os quadros existentes frente às sição de práticas gerenciais para as organizações públicas.
limitações dos modelos preconizados e institucionalizados
na administração pública brasileira, foi instituída uma nova
reforma, que aconteceu em 1995, dando início ao modelo
24
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
(De) limitações acerca da aplicabilidade do empreen- Todavia, aplicar a noção de empreendedorismo na or-
dedorismo na administração pública brasileira ganização pública é diferente de aplicá-la no setor privado
Sadler (2000), Kearney (2009) e Diefenbach (2011) obser- devido ao fato dos dois setores apresentarem característi-
vam que pouco tem sido escrito sobre o empreendedorismo cas particulares. No caso da organização pública, o lócus de
no setor público. Além da escassez de estudos nessa temáti- atuação é mais complexo, pois suas
ca, o que existe na literatura baseia-se, em grande parte, no intensas relações políticas, pressupostos de equidade,
pensamento abstrato, decorrente da apropriação de estudos responsabilidade, transparência, multiplicidade de conflitos
do empreendedorismo no setor privado (SADLER, 2000). O entre os gestores, estrutura tradicionalmente mais centrali-
problema de optar-se por uma apropriação mimética dos zada na qual os gestores tem menor autonomia de decisão,
termos sem uma correta adaptação é que, em muitos casos, menor incentivo/recompensas e menor risco, contribuem
a técnica aplicada na organização privada não se adapta à para uma cultura que vai de encontro à cultura empreende-
organização pública ficando como um corpo estranho na or- dora (KEARNEY et al., 2009). Assim, para promover o com-
ganização, porém, sem função alguma (BERGUE, 2008). Nes- portamento empreendedor nos agentes públicos, é preciso
se sentido, o empreendedorismo nas organizações públicas desenvolver uma orientação empreendedora nas organiza-
pode ser compreendido como uma prática cerimonial ou ções públicas.
“para inglês ver”, o que não gera impacto na gestão pública. As reformas administrativas que aconteceram em níveis
Porém cabe destacar, que apesar de não gerar impacto nas globais logo depois da crise do petróleo no final da década
práticas internas das organizações públicas, o empreende- de 1970 e início da de 1980, fizeram que os governantes
dorismo público pode gerar impacto no ambiente externo propusessem um modelo de administração pública que
(mídia, sociedade, outros governos) onde o termo pode ser promovia uma cultura empreendedora nas organizações
tratado como uma novidade projetando positivamente a públicas. Esse novo modelo, conhecido como New Public
imagem do governante e de seu governo. Desta forma, ob- Management (NPM), orientou-se para uma prática gerencial
serva-se que a adoção de empreendedorismo no setor públi- no setor público que teve, como uma de suas premissas
co brasileiro pode estar atrelado ao discurso de governantes norteadoras, a priorização do alcance de resultados efetivos
nas ações do poder público.
para que possa alcançar legitimação e manutenção de poder
Essas mudanças, de fato, buscaram uma forma de su-
(VALADARES e EMMENDOERFER, 2011).
perar características mais rígidas das organizações públicas
É necessário haver uma reflexão crítica antes de sair
pela incorporação dos valores de eficácia e efetividade. Em
apropriando técnicas gerenciais nas organizações públicas,
síntese, a NPM procurou melhorar a gestão dos processos
pois ambas apresentam diferenças ambientais e estruturais
através da aplicação de técnicas de gestão presentes no
(BERGUE, 2008; KEARNEY et al., 2009). Stoker (2006) contri-
setor privado (COOKE, 2004; HENISZ, ZELNER e GUILLÉN,
bui para essa afirmação ao observar que o governo não se
2005; IMASATO, MARTINS e PIERANTI, 2010). No entanto,
sustenta no mecanismo de compra e venda de mercadoria. esse novo modelo de administração não é isento de críticas.
Esta lógica, segundo o autor, aplica-se à organização priva- Dentre as principais, incluem-se:
da, a qual em seu contexto visa à maximização das riquezas a) os cidadãos vistos como clientes;
do empreendedor. No entanto, no setor público, a principal b) a “agenda oculta” de corte de custos;
preocupação deve ser seu usuário. c) a negligência das necessidades de serviços diferentes
A literatura acerca do empreendedorismo, conforme para grupo diferentes;
visto acima, pode ser concebida por meio de dois lócus de d) o favorecimento de pequenos grupos; e,
análise: e) a falta de envolvimento dos cidadãos e grupos inte-
a) a criação de empresas (empreendedorismo indepen- ressados (DIEFENBACH, 2011).
dente); e, Dessa forma, o empreendedorismo no setor público
b) o comportamento empreendedor dentro das organi- também apresenta algumas limitações importantes, pois a
zações (empreendedorismo corporativo). sua base está relacionada à implementação da NPM. Se-
No contexto do setor público, aplica-se a noção do em- gundo a literatura, três grandes temas limitam a aplicabili-
preendedorismo corporativo. Ao que se atém a esse con- dade dessa noção no setor público:
texto, a escola corporativa indica que o empreendedorismo a) a ameaça à governabilidade democrática, em que a
pode ser entendido por duas formas, a do indivíduo agindo principal crítica reside na falta de legitimidade (DELEON e
de forma empreendedora ou a da organização possuindo DENHARDT, 2000);
uma orientação empreendedora. b) esses empreendedores podem perseguir interesses
Na perspectiva de Miller (1983), Covin e Slevin (1991), próprios, fazer mal uso de fundos públicos, estabelecer do-
Lumpkin e Dess (1996) e Diefenbach (2011) comportamento mínio sobre outros (poder), implementar mudanças radi-
empreendedor é entendido como a busca do agente públi- cais, ignorando, assim, padrões das organizações públicas
co por inovação, proatividade, tomada de riscos e orientação (CURRIE et al., 2008); e,
empreendedora é entendida como a busca da organização c) os objetivos da atividade empresarial não está com-
pública por promover um ambiente propício à inovação, pletamente alinhada aos objetivos da organização pública,
proatividade e tomada de riscos. Assim, o empreendedoris- o que pode gerar, por conseguinte, a mudança de foco do
mo público pode ser conceituado, de uma forma geral, por gestor público, ou seja, este pode negligenciar as suas prin-
meio da ação de empreendedores e, ou, de organizações pú- cipais responsabilidades que está no usuário (MORRIS e JO-
blicas de modo inovador, proativo e tomador de riscos. NES, 1999).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Sucessor desse tipo estatal foi o paradigma do Estado nal n.º 08, de 15 de agosto de 1995, deu-se a modificação
Social, no qual mereceu predominância a tutela de mais do artigo 21, inciso XI, da CF , particularmente no ramo das
direitos, agora de cunho social (direitos sociais) e com uma telecomunicações, que passou a atribuir à União, além da
característica de igualdade mais material, e pela edição de competência para explorar serviços públicos, diretamente
um rol considerável de normas protetivas da saúde, empre- ou mediante outorga, a criação de órgão regulador, o que
go e aposentadoria do trabalhador, com um Estado inter- significou a quebra da exclusividade de concessão tais ser-
vencionista e protecionista na economia e no setor social. viços a empresas sob o controle acionário do Estado.
Tratou-se de um modelo marcado pela burocracia, pela Além disso, nesse último e atual paradigma, primou-se
lentidão e por um inchaço de atribuições, do que resultou, por uma releitura da relação entre os setores público e pri-
porém, altos gastos públicos, corrupção e pouca eficiência vado. A diferenciação, antes bem delineada, tornou-se di-
gestora. fusa e, por vezes, confusa. A propósito, a própria distinção
Nada obstante, é crucial enfatizar que a existência dos no Direito entre Direito Público e Direito Privado vem sen-
ditos paradigmas não implicou simplesmente uma drásti- do hodiernamente desfeita, haja vista a proximidade contí-
ca ruptura com o modelo então vigente. Adotar-se uma nua entre as áreas jurídicas, todas plasmadas pelo conteú-
premissa purista desse tipo há o sério risco de incorrer em do do texto constitucional, já que não basta que o Estado e
diversas incongruências e equívocos, agravadas pelo con- seus cidadãos observem a lei, mas também e, muitas vezes,
texto histórico e social que acompanham todos modelos primordialmente a CF.
estatais. Isso quer dizer que, mesmo com essa “geração de Outro ponto interessante é que o Estado começou a
paradigmas”, embora tenha havido certa sucessão, o novo atuar em parceria com o setor privado em atividades que
modelo não abandonou totalmente os critérios e objetivos correspondem aos chamados espaços públicos não esta-
antes tutelados ou previstos em sede legal ou constitucio- tais, ou seja, serviços públicos entendidos como competiti-
nal. vos ou atividades não exclusivamente estatais, como saúde,
Essa situação se verifica, inclusive, na Lei Maior Brasi- educação, cultura, etc. É o chamado Terceiro Setor, exercido
leira, na qual convivem direitos de gerações diversas (in- por meio de Organizações Sociais e Organizações da So-
dividuais, sociais e coletivos ou transindividuais), proteção ciedade Civil, instituídas, respectivamente, pelas Leis n.ºs
ainda forte da Seguridade Social (a qual se triparte em 9.637, de 15 de maio de 1998, e 9.790, de 23 de março de
Previdência Social, Assistência Social e Saúde) e, mais, até 1999, que celebram com o Estado o polêmico contrato de
pela previsão de alguns aparatos e métodos tipicamente gestão, pois é objeto de fiscalização atenuada pelo ente
burocráticos, como a organização do serviço público e a estatal, no processo conhecido como publicização.
previsão de concurso de provas e títulos para o provimento Sobremais, consoante brevemente exposto, no Esta-
de cargos públicos. do Democrático, o Estado passa a assegurar ao seu povo
De volta ao início desse item, como substituto do Es- maior oportunidade de participação da vida política e de
tado Social adveio o modelo do Estado Democrático de controle no governo, o que se dá de formas multifaceta-
Direito, que começou a se desenvolver no exterior nas dé- das, como através da opinião pública, da participação de
cadas de 70 e 80 do século passado, em cenário caracteri- audiências públicas sobre temas relevantes em debate nas
zado, em breve síntese, pelas crises do padrão ouro do dó- Cortes Supremas e no amplo acesso ao Poder Judiciário,
lar e do petróleo, quando o Estado deixou de adotar uma preconizado pela Carta Magna, e na disponibilização de
postura tão ativa e intervencionista. informações sobre as atividades da Administração, que ga-
No cenário interno, tem-se que, voltado aos ideais de nhou proteção legal há poucos anos.13
eficiência, gerência administrativa e prevalência dos fins A administração pública brasileira vive momentos de
aos meios, próprios da reforma administrativa que, no Bra- redescobrimento da sua função administrativa. Geralmen-
sil, durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique te pautada por aspectos que indicam ainda uma eminente
Cardoso (1995-2002) o Estado acabou por se desfazer de força do movimento burocrático Weberiano e de suas dis-
diversas indústrias de sua propriedade, ao privatizá-las, funções latentes, a gestão publica, passa, por um período
mas as submeter ao controle do Estado, através de poderes que quebra de paradigmas.
de polícia e disciplinar, por meio da criação de Agências Re- Expressões antes vistas apenas na administração de
guladoras. Assim se deu nos ramos ferroviário, rodoviário, empresas ganham cada vez mais destaque na gestão pú-
de exploração de energia elétrica, dos serviços de teleco- blica. Planejamento estratégico, gestão orientada por re-
municações, entre outros. sultados, indicadores de satisfação e qualidade, gestão
Em consequência, foram promulgadas várias normas participativa, integração de informações gerenciais pelo
infraconstitucionais sobre o tema, como o Programa Na- uso da TI, análise de ambiente, elaboração de projetos e
cional de Desestatização, criado pela Lei n.° 8.031, de 12 de parcerias, para citar apenas alguns aspectos de uma lista
abril de 1990 e posteriormente alterado pela Lei n.º 9.491, extensa, estão fazendo parte da ação do Estado. Para se ter
de 09 de setembro de 1997, e o Programa Nacional de Des- uma ideia da dimensão que essa mudança de paradigma
burocratização (Decreto n.° 83.740, de 18 de julho de 1979). está fazendo na administração pública, nos dias atuais, a
Todavia, tal reforma veio a materializar-se constitucio- fiscalização dos recursos direcionados para todos os mu-
nalmente por intermédio da Emenda Constitucional n.° 19, nicípios ou estados da federação são acompanhados em
de 04 de junho de 1998, que traduzia a forte orientação tempo real, via internet.
neoliberal do então Presidente Fernando Henrique Cardo- 13 Fonte: www.jus.com.br – Por Graziele Mariete Buza-
so. Antes, por meio da aprovação da Emenda Constitucio- nello
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
A dinâmica que envolvia as antigas organizações bu- Este trabalho apresenta, também, um breve histórico
rocráticas, lentas e introspectivas, perde cada vez mais da administração pública brasileira entre o período de 1930
espaço para as administrações modernas, capazes de ge- a 1995, período este que compreende o nascimento da Re-
rar informações e de articular rapidamente sua estrutura pública Nova, com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder,
para atender às demandas do seu público-alvo. Trata-se promovendo a primeira reforma administrativa na adminis-
de uma redescoberta da função gestora da administração tração pública brasileira, até o nascimento da Nova República,
pública, denominada pela teoria como administração ge- que nasce com o fim do período militar, iniciado em 1964.
rencial, que passa a agir segundo os conceitos funcionais Dentro do contexto histórico mundial e nacional, este ensaio
buscou, ainda, apresentar os modelos e tendências atuais, em
da administração de empresas.
particular, as correntes da Nova Gestão Pública, de um lado,
Por outro lado, essa redescoberta se restringe à forma
patrocinada pelo neoliberalismo, inspirado nos governos da
da administração e não ao seu objeto. Por isso podemos
Grã-Bretanha e dos Estados Unidos, que preconizam a ado-
afirmar que isso não tira o caráter público da coisa pública. ção de práticas e ferramentas oriundas da iniciativa privada
Enquanto administração de empresas trabalha para aten- no âmbito da administração pública, entendendo o cidadão
der os princípios de mercado e de lucro, a gestão pública como cliente, e por outro lado, o Novo Serviço Público, que se
se envolve com os interesses públicos. baseia na participação do cidadão como cogestor do serviço
Reconhecemos também que, como toda mudança de público. Apesar de todas as mudanças ocorridas, a situação
paradigma, ela se dá de forma gradual e com a presen- da administração pública no Brasil pouco se alterou e um dos
ça da resistência por parte de alguns gestores públicos, motivos é a adoção de modelos importados, inadequados
que veem a administração como se ainda estivessem em para resolver os problemas da administração no País.
tempos passados, que esperam que as correspondências Chamou a atenção para a importância em se incluir a
cheguem pelo correio, à tempo e em tempo do desenvol- sociedade civil nos movimentos de mudanças, considerando
vimento. Ora, o desenvolvimento é dinâmico e requer uma que a transformação da administração pública deve ser ini-
administração dinâmica. ciada pelos indivíduos que compõem o subsistema dos lide-
Compreender essa nova dinâmica é um passo relevan- rados. Destacou-se as contribuições de cada movimento de
te para a modernização da gestão pública frente aos novos reforma (burocrática e gerencial) e a contribuição dada pela
paradigmas. Isso requer, necessariamente, a articulação de filosofia do Novo Serviço Público ao introduzir, de vez e de
fato, a sociedade civil como agente no processo de cogestão
esforços para expandir os horizontes conceituais dos ges-
do serviço público, entendendo que desta forma, é possível
tores e da máquina administrativa e, dessa forma, comba-
que o governo seja exercido de forma realmente democrática.
ter as forças burocráticas internas que ainda emperram o
processo de mudança.14
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
A gestão de qualidade é uma filosofia empresarial. Benefícios mútuos nas relações com fornecedores: a or-
Uma empresa que trabalha efetivamente com ela tem as ganização deve buscar o relacionamento de benefício mú-
suas fundações baseadas na busca pelo melhor a cada dia tuo com seus fornecedores através do desenvolvimento de
que passa. Uma placa dourada, pendurada na parede, com alianças estratégicas, parcerias e respeito mútuo, pois o tra-
os princípios da empresa em baixo relevo é bonito, mas se balho em conjunto de ambos facilitará a criação de valor.16
cada um dentro da organização não acreditar e viver aqui-
lo, de nada adianta.15 ADMINISTRAÇÃO DA QUALIDADE
A gestão da qualidade pode ser definida como sen- Todas as pessoas convivem sob a sombra da palavra
do qualquer atividade coordenada para dirigir e controlar qualidade. Não é para menos, a qualidade tornou-se ali-
uma organização no sentido de possibilitar a melhoria de cerce fundamental para as organizações, onde ganhou des-
produtos/serviços com vistas a garantir a completa satis- taque à cerca de 30 anos. Porém, a sua abordagem é bem
fação das necessidades dos clientes relacionadas ao que mais antiga, vindo de filósofos gregos e chineses.
está sendo oferecido, ou ainda, a superação de suas ex- A primeira abordagem de qualidade dentro das orga-
pectativas. nizações visava a uniformidade dos processos e não havia
Desta forma, a gestão da qualidade não precisa, ne- uma preocupação explícita com a qualidade. A produção
cessariamente, implicar na adoção de alguma certificação em massa abriu as portas para a pesquisa da qualidade.
embora este seja o meio mais comum e o mais difundido, Como qualidade era sinônimo de uniformidade e o
porém, sempre envolve a observância de alguns conceitos controle de todas as peças produzido era muito demorado,
básicos, ou princípios de gestão da qualidade, que podem surgiu o controle estatístico da qualidade.
e devem ser observados por qualquer organização. A sa-
ber: COMO DEFINIR QUALIDADE?
Focalização no cliente: qualquer organização tem Não há uma definição universal para qualidade, mas
como motivo de sua existência a satisfação de determina- podemos abordá-la segundo alguns pontos de vista.
da necessidade de seu cliente, seja com o oferecimento de
um produto ou serviço. Portanto, o foco no cliente é um EXCELÊNCIA
princípio fundamental da gestão da qualidade que deve Nesta definição, elaborada pelos pensadores gregos.
sempre buscar o atendimento pleno das necessidades do Excelência é o que diferencia as coisas superiores das infe-
cliente sejam elas atuais ou futuras e mesmo a superação riores. Refere-se ao mais alto nível possível sob um aspecto.
das expectativas deste; Esta linha é exemplificada por frases como:
Liderança: cabe aos líderes em uma organização criar 1. Qualidade significa a aplicação dos melhores talentos
e manter um ambiente propício para que os envolvidos no e recursos para produzir os resultados mais elevados;
processo desempenhem suas atividades de forma adequa- 2. Ou se faz bem feito ou mal feito.
da e que se sintam motivadas e comprometidas a atingir os A ideia é obter a qualidade máxima desde o primeiro
objetivos da organização; momento.
Envolvimento das pessoas: toda organização é forma-
da por pessoas que, em conjunto, constituem a essência da VALOR
organização. Portanto, a gestão da qualidade deve com- Esta definição está bastante ligada ao status que o pro-
preender o envolvimento de todos, o que possibilitará o duto ou serviço proporciona para o comprador. Ela surgiu
uso de sãs habilidades para o benefício da organização; na ascensão da produção massificada de bens de consumo
Abordagem por processos: a abordagem por proces- que tinham baixo preço. Ela faz a diferenciação de produtos
sos permite uma visão sistêmica do funcionamento da em- que podem ser adquiridos a baixos preços e pela grande
presa como um todo, possibilitando o alcance mais eficien- maioria da população de produtos que são adquiridos so-
te dos resultados desejados; mente por pouquíssimas pessoas a custos muito altos. Esta
Abordagem sistêmica: a abordagem sistêmica na ges- definição segue uma frase de Freud: “Se quiser qualidade,
tão da qualidade permite que os processos inter-relacio- pague por ela”.
nados sejam identificados, entendidos e gerenciados de
forma a melhorar o desempenho da organização como um ESPECIFICAÇÕES
todo; Do ponto de vista dos profissionais da área de exatas,
Melhoria contínua: para que a organização consiga qualidade está relacionada com as especificações técnicas
manter a qualidade de seus produtos atendendo suas ne- de um produto ou serviço. Se o produto ou serviço está de
cessidades atuais e futuras e encantando-o (excedendo acordo com as suas especificações técnicas, ele tem quali-
suas expectativas), é necessário que ela tenha seu foco vol- dade.
tado sempre para a melhoria contínua do seu processo e Este conceito está relacionado com a qualidade plane-
produto/serviço; jada para o produto ou serviço.
Abordagem factual para a tomada de decisão: todas Conformidade com Especificações
as decisões dentro de um sistema de gestão de qualidade A qualidade planejada é apenas um ponto, é preciso
devem se tomadas com base em fatos, dados concretos e verificar se as especificações foram bem definidas e alcan-
análise de informações, o que implica na implementação e çadas. Ou seja, é preciso analisar a qualidade recebida pelo
manutenção de um sistema eficiente de monitoramento; cliente.
15 Fonte: adm.esobre.com 16 Fonte: www.infoescola.com
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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REGULARIDADE
Qualidade também significa a uniformidade sugerida por Taylor e Ford. A uniformidade sugere confiabilidade do pro-
duto ou serviço.
ADEQUAÇÃO AO USO
Como não poderia deixar de haver, existe uma definição exclusiva para o cliente. Neste contexto, há dois significados:
Qualidade do Projeto – este conceito compreende as características do produto que atendem as necessidades dos
clientes. Quanto mais o produto atender a esta finalidade, maior será a sua qualidade. Em outras palavras significa:
_ Clientes satisfeitos com o produto;
_ Produtos e serviços mais competitivos;
_ Melhor desempenho da empresa.
Ausência de Deficiências – esta parte compreende as falhas de cumprimento das especificações. Essas falhas de um
modo ou de outro podem ser evitadas pela organização. Quanto menor o número de falhas, maior a qualidade. Isto se
reflete em:
_ Maior eficiência dos recursos produtivos;
_ Maior satisfação do cliente com o desempenho dos produtos e serviços;
_ Custos menores de inspeção e controle.
_ Tempo menor de colocação e consolidação de produtos no mercado.
CUSTOS DA QUALIDADE
De forma geral, Freud não está errado quando diz: “Se quer qualidade, pague por ela”. A qualidade tem custos, e requer
investimentos por parte da organização. Estes custos são repassados para o preço final do serviço ou produto. Existem,
basicamente, duas categorias de custos da qualidade que estão descritas na Tabela 5.1.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
CUSTOS DA NÃO-QUALIDADE
A falta de qualidade do produto, ou seja, a inadequação do produto ou serviço para os clientes gera custos para a
organização que também são agrupados em duas categorias, conforme a Tabela 5.2.
• Era da Inspeção
A ênfase está em separar os bons produtos dos defeituosos por meio da observação direta. Esta abordagem vem des-
de os primórdios da Revolução Industrial, onde o próprio artesão fazia a inspeção da sua produção que tinha que estar de
acordo com as especificações técnicas que ele mesmo estipulou. No início do século XX, as empresas começaram a ver os
supervisores de produção como agentes da qualidade.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
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Assistente Técnico
Pontos de Deming
Era preciso conhecer as necessidades dos clientes. Ele montou três alicerces para a prosperidade com a qualidade:
_ Predominância do Cliente;
_ Importância da mentalidade preventiva;
_ Necessidade de envolvimento da alta administração.
• Juran
Com Joseph M. Juran, a JUSE conscientizou que o controle de qualidade não se resumia a inspeção, mas a todas as
áreas funcionais e todas as operações das organizações. Ele criou o curso de controle de qualidade do gerente médio.
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Diretrizes sobre a Auditoria de Sistemas de Diretrizes para conferir a capacidade do Sistema alcançar os
Administração da qualidade no Ambiente objetivos da qualidade.
PRÊMIOS DE QUALIDADE
A sociedade mundial criou uma série de prêmios para as organizações que preocupam-se com a qualidade como, por
exemplo, Deming, Baldrige e o Europeu.17
Enfim, temos, resumidamente que, a qualidade tem existido desde os tempos em que os chefes tribais, reis e faraós
governavam. Desde a antiguidade a qualidade possuía diferentes formas, que variavam de acordo com o tipo de negócio
que era realizado. Nesses tempos, já existiam inspetores que aceitavam ou rejeitavam os produtos se estes não cumpriam
com as especificações solicitadas. Por outro lado, nos dias atuais, a gestão da qualidade nos trás pensamentos estratégicos
que antecedem o agir e o produzir. Esse modelo mudou a postura e a forma que as empresas vêem a qualidade, tornando-a
um valioso item de vantagem competitiva empresarial.
No Brasil, a gestão da qualidade começou a ser implantada a partir de 1990. Esse modelo foi um dos principais propul-
sores que as organizações brasileiras tiveram para começarem a adquirir novas competências e maiores patamares. Com a
gestão da qualidade foi possível adquirir o aprendizado de novos procedimentos, a melhora na interação com o público
interno e externo e a aceleração do desenvolvimento econômico e industrial. Essa “nova era” também trouxe consigo uma
nova filosofia, baseada na elaboração e aplicação de conceitos, métodos e técnicas adequadas à nova realidade corporativa
que vivemos.
A gestão da qualidade marcou o deslocamento da análise do produto ou serviço para a concepção de um sistema
integrado de qualidade. A qualidade deixou de ser um aspecto do produto e passou a ser um problema da empresa, abran-
gendo todos os pontos de sua operação. Esse modelo pode ajudar a alavancar o melhor da organização ao lhe permitir en-
tender seus processos de entrega de seus produtos e serviços a seus clientes. Suas diretrizes são desenvolvidas para serem
usadas por toda organização como uma estrutura para guiar a companhia em direção à melhoria de contínua, levando em
conta as necessidades de todas as partes interessadas (stakeholders), não somente dos clientes.18
FERRAMENTAS DA QUALIDADE
A utilização de metodologias de trabalho e a aplicação de ferramentas conhecidas de todos na organização, dentro da
mesma filosofia, permitem uma maior rapidez e transparência nas comunicações internas e a consequente agilização na
tomada de decisões.
As ferramentas da Qualidade não são uma invenção nova. Algumas delas já existem desde a II Guerra Mundial e, com-
binadas a outras mais recentes, formam o atual conjunto de que se dispõe para o desenvolvimento de ações de melhoria.
É comum classificá-las em ferramentas estatísticas e não estatísticas. Há quem as subdivida em ferramentas gerenciais
e estatísticas ou em antigas e novas ferramentas. Há quem selecione apenas sete. Essas são denominadas «as sete ferra-
mentas da qualidade».
17 Fonte: www.oocities.org
18 Fonte: www.portal-administracao.com
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
As ferramentas conhecidas como “as sete ferramentas da qualidade” são estratificação, folha de verificação, gráfico de Pareto,
diagrama de causa e efeito, histograma, diagrama de dispersão e gráfico de controle.
As ferramentas não-estatísticas, como o fluxograma, folhas de verificação, cartas de tendências etc., são relativamente simples e
podem ser utilizadas tanto pelo nível gerencial quanto operacional da organização. O uso dessas ferramentas exige pouco treinamento.
As ferramentas estatísticas, como o histograma, diagrama de Pareto, estratificação etc., são de complexidade média. Essas, em ge-
ral, são utilizadas pela gerência intermediária e por técnicos, desde que sejam submetidos a treinamento específico e tenham alguma
facilidade para trabalhar com dados numéricos.
Não há limites para a quantidade de ferramentas que podem ser utilizadas na análise e melhoria de processos. No entanto, para o
uso eficaz de todas as ferramentas, é necessário conhecimento e prática.
Ferramentas Não-Estatísticas
Vejamos abaixo as ferramentas não-estatísticas mais utilizadas, seus conceitos e exemplos:
Folha de verificação
As folhas de verificação são ferramentas de fácil compreensão, usadas para responder à pergunta: “Com que frequência certos
eventos acontecem?” Ela inicia o processo transformando “opiniões” em “fatos”.
Na preparação de uma Folha de Verificação devem ser incluídos, sempre que possível, os seguintes itens:
· o objetivo da verificação (por que);
· os itens a serem verificados (o que);
· os métodos de verificação (como);
· a data e a hora das verificações (quando);
· o nome da pessoa que faz a verificação (quem);
· os locais e processos das verificações (onde);
· os resultados das verificações;
· a sequência das verificações.
Além disso, é necessário:
· definir o período para a coleta de dados;
· elaborar um formulário simples e fácil de ser preenchido;
· verificar se os dados podem ser colhidos consistente e oportunamente.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Carta de tendência
São representações gráficas de dados coletados em um determinado período para identificar tendências ou outros padrões que
ocorrem ao longo deste período.
São utilizadas para monitorar um sistema, a fim de se observar ao longo do tempo a existência de alterações na média esperada.
A carta de tendência, como qualquer outro gráfico, deve ser usada para chamar atenção para mudanças realmente vitais no sistema.
Por exemplo, quando monitoramos qualquer processo, é esperado que encontremos certa quantidade de pontos acima e abaixo da
média. Porém quando muitos pontos aparecem em apenas um lado da média, isto indica um evento estatístico não usual e que houve
variação na média. Estas mudanças devem ser sempre investigadas. Se a causa da variação é favorável, deve ser incorporada ao processo.
Se não deve ser eliminada.
Checklist de aderência
Checklist (ou lista de verificação) é um formulário, previamente elaborado, para coleta de opiniões sobre o quanto pessoas
ou organizações conhecem, aceitam ou praticam as ações, os princípios ou os comportamentos que estão sendo avaliados.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
4Q1POC (5W2H)
É uma técnica de levantamento global recomendada para todas as etapas da análise e melhoria de processos. O nome
da técnica deriva-se de cinco perguntas em inglês. São elas: Who, Where, Why, What, When, How much and How. Por isso,
ela também é conhecida como 5W2H. Em português, 4Q1POC refere-se às perguntas Quem, O Que, Quando, Quanto, Por
que, Onde e Como. Esta técnica pode ser utilizada tanto para análise de processos quanto para o planejamento de melho-
rias. É a forma mais simples do Plano de Ação.
Quem
· Quem são os clientes e os fornecedores?
· Quem planeja, executa e avalia?
O Que
· O que é feito?
· O que é consumido?
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Quando
· Quando a atividade é executada?
· Quando o cliente precisa do produto ou serviço?
Quanto
· Quanto custará a implementação das atividades?
Onde
· Onde a atividade é planejada, executada e avaliada?
· Onde o produto ou serviço deve ser entregue?
Por que
· Por que o processo segue esta rotina?
· Por que esta solução será implementada?
Como
· Como a atividade é planejada, executada e avaliada?
· Como esta solução será implementada?
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
5 Por quês
É uma técnica de análise que permite, através da formulação de uma única pergunta, Por que, aprofundar o conheci-
mento sobre determinado assunto. Como se trata de uma sequencia de perguntas ordenadas, de forma que a pergunta
seguinte incida sempre sobre a resposta dada à questão anterior, a tendência é a identificação de uma grande variedade
de causas afins ao tema que está sendo questionado. Cabe observar que o número 5, colocado no nome da técnica, não é
impositivo, apenas sugere a reincidência da pergunta e o não conformismo com a primeira resposta.
Matriz GUT
É uma matriz de priorização de problemas a partir da análise feita, considerando três critérios (Gravidade - Urgência – Tendência):
· Gravidade: impacto do problema sobre coisas, pessoas, resultados, processos ou organizações e efeitos que surgirão
a longo prazo, caso o problema não seja resolvido.
· Urgência: relação com o tempo disponível ou necessário para resolver o problema.
· Tendência: potencial de crescimento do problema, avaliação da tendência de crescimento, redução ou desapare
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Votação de Pareto
É uma técnica de priorização baseada no «Princípio de Pareto» dos poucos pontos vitais e muitos pontos triviais sendo, neste
caso, utilizado o procedimento de votação.
Juran adaptou aos problemas da Qualidade a teoria da desigualdade da distribuição de renda desenvolvida pelo economista
italiano Vilfredo Pareto. O princípio de Pareto estabelece que, na maioria dos processos, uma pequena quantidade de causas (cerca
de 20%) contribui de forma preponderante para a maior parte dos problemas (cerca de 80%), e que uma grande quantidade de
causas (cerca de 80%) contribui muito pouco para os efeitos observados (cerca de 20%). Ao primeiro grupo de causas, ele chamou
de “pouco vitais” e ao segundo de “muito triviais”.
O procedimento utilizado consiste em que o coordenador, após a geração de uma série de ideias por um grupo, solicita que os
participantes votem naquelas que consideram as mais importantes, de acordo com as seguintes regras:
· o número de votos por participante é limitado a 20%, do total de ideias;
· todos os votos permitidos devem ser usados;
· não é permitido dedicar mais de um voto para uma mesma ideia por participante.
As ideias mais votadas, que devem estar na faixa dos 20% do total de ideias geradas, são as consideradas prioritárias.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Diagrama de árvore
Relaciona o objetivo mais geral com passos de implementação prática. Na sua versão original japonesa, o diagrama da
árvore é utilizado para descrever os métodos pelos quais um propósito pode ser alcançado. Além disso, é utilizado também,
para explorar todas as causas possíveis de um problema, assemelhando-se ao diagrama de causa e efeito, para mapear
características de um produto ou serviço e para identificar atividades a serem acompanhadas tendo em vista um objetivo
organizacional geral, como no exemplo prático apresentado na tela seguinte.
Diagrama de matriz
Apresenta graficamente o relacionamento entre dois ou mais elementos, tais como: atividades de pessoas com fun-
ções, tarefas com tarefas, problemas com problemas, problemas com causas e soluções, etc. As matrizes podem ter vários
formatos, dependendo da quantidade de elementos a serem combinados.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Fluxograma
É a representação esquemática da sequencia (setas) das etapas (caixas) de um processo e tem por objetivo ajudar a per-
ceber sua lógica. O fluxograma serve para compreender e melhorar o processo de trabalho, criar um procedimento padrão
de operação e mostrar como o trabalho deve ser feito.
É utilizado também como ferramenta de comunicação, de compreensão, aprendizado e auxílio à memória. Essa ferra-
menta possibilita identificar instruções incompletas e serve como roteiro de controle e padronização. É muito útil na iden-
tificação e resolução de problemas e na operacionalização, no controle e na melhoria de um processo.
Na construção de um fluxograma são utilizados símbolos variados, e os mais comuns são os apresentados a seguir:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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FERRAMENTAS ESTÍSTICAS
Vejamos abaixo as ferramentas estatísticas mais utilizadas, seus conceitos e exemplos.
Diagrama de Pareto
São gráficos de barras verticais que permitem classificar e priorizar problemas em duas categorias: “Pouco vitais” e
“Muito triviais”.
Segundo o princípio de Pareto, os processos podem ser melhorados se houver uma atuação sistemática sobre as cau-
sas do primeiro grupo. Se existir o hábito da priorização, muitos problemas simplesmente desaparecem por serem pouco
relevantes.
Por outro lado, os problemas mais graves passam a ter o tratamento devido e também desaparecem.
Outro ponto importante sobre o diagrama de Pareto é a possibilidade de desdobramento das causas principais em
outros Paretos, permitindo análises sucessivas, como ilustrado a seguir.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Estratificação
A estratificação consiste em dividir um conjunto de dados em grupos que possuem características que os tornam pe-
culiares, podendo agrupá-los de diversas maneiras. Ela ajuda na análise dos casos cujos dados mascaram os fatos reais. Isto
geralmente ocorre quando os dados registrados provêm de diferentes fontes, mas são tratados sem distinção.
Permite também identificar fontes de variação, analisar dados, pesquisar oportunidades de melhoria e avaliar de forma
mais eficaz as situações. Uma forma prática de fazer estratificação é utilizar os 4M ou 5M ou 6M ou 7M.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
São gráficos de barras construídos a partir de uma tabela de frequência de determinadas ocorrências. O eixo horizontal
apresenta os valores assumidos por uma variável de interesse.
Subdivide-se o eixo horizontal em vários pequenos intervalos, construindo-se para cada um destes intervalos uma
barra vertical.
Os histogramas, assim como os processos, podem ter as mais variadas formas, indicando se o processo está “estável”
ou apresenta algum desvio. A construção de histogramas exige alguns conhecimentos de estatística que permitam, após
a coleta de dados, a determinação da amplitude, do número, do intervalo e dos limites de classe e a preparação de uma
tabela de frequência.
ESCOLHENDO O PROCESSO
A escolha do processo a ser analisado é de grande importância para o sucesso dos trabalhos a serem desenvolvidos
no âmbito de uma organização.
A seguir são listadas algumas dicas para seleção de processos:
· impacto direto sobre clientes externos;
· ciclo de execução rápido;
· não esteja passando por importantes transições;
· seja relativamente simples;
· tenha potencial para gerar benefícios;
· ofereça integração com visão e missão.
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(JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO, Manual de Direito Essa execução indireta, quando os serviços públicos são
Administrativo, Rio de Janeiro, Ed. Lumen Juris, 3ª ed., 1999, prestados por terceiros sob o controle e a fiscalização do ente
pg. 217) titular, é conhecido na doutrina como DESCENTRALIZAÇÃO.
Apresentado dois dos diversos conceitos oferecidos pela Leciona o Professor CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE
doutrina, deve-se buscar qual a entidade federativa (União, MELLO que:
Estados-Membros, Distrito Federal ou Municípios) competen- “ Diz-se que a atividade é descentralizada quando é exer-
te para instituir, regulamentar e controlar os diversos serviços cida, ..., por pessoas distintas do Estado.
públicos. ...
Para tanto, há que se buscar o fundamento de validade Na descentralização o Estado atua indiretamen-
da atuação estatal na Constituição Federal que apresenta, te, pois o faz através de outras pessoas, seres juridicamente
quanto ao ente federativo titular do serviço, a classificação de distintos dele, ainda quando sejam criaturas suas e por isso
serviços privativos e serviços comuns. Os primeiros são aque- mesmo se constituam, ..., em parcelas personalizadas da to-
les atribuídos a somente uma das esferas da federação, como talidade do aparelho administrativo estatal.”
por exemplo, a emissão de moeda, de competência privativa (CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, Curso de Direto
da União (CF, art. 21, VII). Já os serviços comuns, podem ser Administrativo, São Paulo, Ed. Malheiros, 10 ed., 1998, pg. 96)
prestados por mais de uma esfera federativa, como por exem- Visualizado o conceito de descentralização da prestação
plo, os serviços de saúde pública (CF, art. 23, II). dos serviços públicos, há que destacar os modelos de des-
Analisados o conceito e a atribuição para a prestação dos centralização adotados pela doutrina pátria.
serviços públicos, deve-se ter em mente que estes são regidos Não há, pelos doutrinadores, uniformidade na classifica-
por princípios que levam em consideração o prestador (ente ção das subespécies de descentralização.
público ou delegado), os destinatários e o regime a que se su- Entretanto, tenho por mais didática a apresentação feita
jeitam. Como exemplo dos princípios que regem os serviços pela Professora MARIA SYLVIA ZANELA DI PIETRO, em seu
públicos temos o princípio da generalidade - o serviço deve Direito Administrativo, São Paulo, Ed. Atlas, 1997, 8° ed. Pg.
beneficiar o maior número possível de indivíduos; princípio 296 e ss.
da continuidade – os serviços não devem sofrer interrupção; Em seu curso, a professora MARIA SYLVIA divide a des-
princípio da eficiência; princípio da modicidade – o lucro, centralização inicialmente em política e administrativa.
meta da atividade econômica capitalista, não é objetivo da A descentralização política ocorre quando o ente des-
função administrativa. centralizado exerce atribuições próprias que não decorrem
Feitas breves considerações preliminares, quanto à ori- do ente central. Tema que já foi abordado supra, a descentra-
gem, ao conceito, à titularidade, e aos princípios informativos, lização política decorre diretamente da constituição (o funda-
passamos à análise da questão central que é a forma de exe- mento de validade é o texto constitucional) e independe da
cução dos serviços públicos. manifestação do ente central (União).
Sendo o titular dos serviços públicos, o Estado deve pres- Já a descentralização administrativa ocorre quando o
tá-los da melhor forma possível. Assim, pode, em casos espe- ente descentralizado exerce atribuições que decorrem do
cíficos, dividir a tarefa da execução, não podendo, em nenhu- ente central, que empresta sua competência administrativa
ma hipótese, transferir a titularidade do serviço. constitucional a um dos entes da federação tais como os Es-
O certo é que, possível a parceria, podem os serviços pú- tados-Membros, os municípios e o Distrito Federal, para a
blicos serem executados direta ou indiretamente. consecução dos serviços públicos.
O Estado, por seus diversos órgãos e nos diversos níveis Assim, entende-se que na descentralização administra-
da federação, estará prestando serviço por EXECUÇÃO DIRE- tiva, os entes descentralizados têm capacidade para gerir os
TA quando, dentro de sua estrutura administrativa -ministé- seus próprios “negócios”, mas com subordinação a leis pos-
rios, secretarias, departamentos, delegacias -, for o titular do tas pelo ente central
serviço e o seu executor. Assim, o ente federativo, será tanto A descentralização administrativa se apresenta de três
o titular do serviço, quando o prestador do mesmo. Esses ór- formas. Pode ser territorial ou geográfica, por serviços, fun-
gãos formam o que a doutrina chama de ADMINISTRAÇÃO cional ou técnica e por colaboração.
CENTRALIZADA, porque é o próprio Estado que, nesses ca- A descentralização territorial ou geográfica é a que se
sos, centraliza a atividade. verifica quando uma entidade local, geograficamente delimi-
O professor CARVALHO DOS SANTOS, em sua obra já ci- tada, é dotada de personalidade jurídica própria, de direito
tada (pg. 229), conclui: público, com capacidade jurídica própria e com a capacidade
“ O Decr.-lei n° 200/67, que implantou a reforma adminis- legislativa (quando existente) subordinada a normas emana-
trativa federal, denominou esse grupamento de órgãos de ad- das do poder central.
ministração direta (art. 4°, I), isso porque o Estado, na função No Brasil, podem ser incluídos nessa modalidade de des-
de administrar, assumirá diretamente seus encargos.” (GN) centralização os territórios federais, embora na atualidade
Por outro lado, identifica-se a EXECUÇÃO INDIRETA não existam.
quando os serviços são prestados por pessoas diversas das A descentralização por serviços, funcional ou técnica é
entidades formadoras da federação. a que se verifica quando o poder público (União, Estados,
Ainda que prestados por terceiros, insisto, o Estado não Distrito Federal ou Município) por meio de uma lei cria uma
poderá nunca abdicar do controle sobre os serviços públicos, pessoa jurídica de direito público – autarquia e a ela atribui a
afinal, quem teve o poder jurídico de transferir atividades titularidade (não a plena, mas a decorrente de lei) e a execu-
deve suportar, de algum modo, as conseqüências do fato. ção de serviço público descentralizado.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Doutrina minoritária permite, ignorando o DL 200/67, Portanto, fica clara a importância da gestão pública na rea-
a transferência da titularidade legal e da execução de serviço lização do interesse público, porque é ela que vai viabilizar o
público a pessoa jurídica de direito privado. Essa classificação controle da eficiência do Estado na realização do bem comum
permitiria no Brasil a transferência da titularidade legal e da estabelecido politicamente e normatizado administrativamente.
execução dos serviços às sociedades de economia mista e às No que tange a gestão por resultados, temos que a socie-
empresas públicas. dade demanda – de modo insistente – a necessidade de pro-
Na descentralização por serviços, o ente descentralizado mover um crescimento constante da produtividade no ambien-
passa a deter a “titularidade” e a execução do serviço nos ter- te público, exigindo a redução da pressão fiscal e o incremento,
mos da lei não devendo e não podendo sofrer interferências ao mesmo tempo, da produção de bens públicos. O resultado
indevidas por parte do ente que lhe deu vida. Deve pois, desem- se transforma, assim, em um instrumento-chave para a valoriza-
penhar o seu mister da melhor forma e de acordo com a estrita ção da ação pública; e a gestão para resultados e do resultado
demarcação legal. surge como instrumento e objetivo da melhoria e moderniza-
A descentralização por colaboração é a que se verifica ção da administração pública.
quando por meio de contrato (concessão de serviço público) As especificidades nacionais, a natureza abrangente do
ou de ato administrativo unilateral (permissão de serviço pú- conceito gestão para resultados – derivada da própria lógica
blico), se transfere a execução de determinado serviço público integradora do processo de gestão – e a enorme quantidade de
a pessoa jurídica de direito privado, previamente existente, con- produção teórica, conceitual, operacional e experimental exis-
servando o poder público, in totum, a titularidade do serviço, o tente sobre o tema, convidam e obrigam à mais absoluta humil-
que permite ao ente público dispor do serviço de acordo com dade em qualquer tentativa de aproximação ao tema.
o interesse público. O Estado tem passado a desempenhar um papel-chave
Feitas as distinções concernentes ao tema, vale recordar que como produtor de valor público, e como tal tem priorizado a
a descentralização não se confunde com a desconcentração. criação de condições para o desenvolvimento e o bem-estar so-
A desconcentração é procedimento eminentemente inter- cial, além da produção de serviços e da oferta de infraestrutura.
no, significando, tão somente, a substituição de um órgão por Esta mudança na função do Estado tem transformado vá-
dois ou mais com o objetivo de acelerar a prestação do servi-
rias frentes da administração pública, pela exigência cada vez
ço. Na desconcentração o serviço era centralizado e continuou
mais contundente dos cidadãos que exercem também o papel
centralizado, pois que a substituição se processou apenas inter-
de usuários dos serviços.
namente.
A crise fiscal do modelo anterior, uma vez esgotado o pe-
Na desconcentração, as atribuições administrativas são ou-
ríodo de esplendor do Estado do Bem-Estar, tem trazido novos
torgadas aos vários órgãos que compões a hierarquia, criando-
problemas. Dentre eles, destaca-se a crescente necessidade de
-se uma relação de coordenação e subordinação entre um e
atender uma demanda irrefreável de bens públicos de boa qua-
outros. Isso é feito com o intuito de desafogar, ou seja, descon-
centrar, tirar do centro um grande volume de atribuições para lidade, típica do Estado de Bem-Estar, porém hoje acompanha-
permitir o seu mais adequado e racional desempenho.20 da da exigência de diminuir a pressão fiscal – inclusive naqueles
casos em que ainda persiste um modelo de estado anterior ao
A gestão privada prioriza o econômico-mercantil e desen- de bem-estar. Esta substituição de missão trouxe muitos desa-
volve seus instrumentos e processos de gestão sempre dando fios ao Estado, entre os quais a redefinição dos conceitos de
prioridade às finalidades de ordem econômica, sobretudo mer- administração, gestão pública e valor público.
cadológica. A gestão pública tem como atribuição a gestão de Além disso, essas transformações têm afetado profunda-
necessidades do social, principalmente por meio das chamadas mente as práticas dos dirigentes públicos (políticos e gerentes)
políticas públicas e políticas sociais. e a teoria na qual fundamentavam suas ações.
Gestão pública refere-se às funções de gerência pública dos Da mesma forma, esta mudança afetou o sistema de con-
negócios do governo. trole da ação do Estado; está-se migrando da exigência de rigor
De uma maneira sucinta, pode-se classificar o agir do admi- nos procedimentos para a exigência de resultados – inerente a
nistrador público em três níveis distintos: um Estado que se apresenta como provedor de serviços, capa-
a) atos de governo, que situam-se na órbita política; citador de desenvolvimento e fornecedor de bem-estar. Desta
b) atos de administração, atividade neutra, vinculada à lei; e troca de missão se deriva uma variação na posição do cidadão
c) atos de gestão, que compreendem os seguintes parâme- perante o Estado.
tro básicos: O cidadão comum se preocupa em assegurar-se uma cor-
I - tradução da missão; reta e burocrática (homogênea, idêntica e não discricionária)
II - realização de planejamento e controle; aplicação da lei e da norma. O cidadão-usuário se interessa por
III - administração de recursos humanos, materiais, tecno- conseguir o melhor retorno fiscal – enquanto bens coletivos.
lógicos e financeiros; Vê-se, pois, que o Estado deve deslocar sua atenção, antes
IV - inserção de cada unidade organizacional no foco da colocada no procedimento como produto principal de sua ati-
organização; e vidade, agora voltada para o de serviços e bem-estar. A gestão
V - tomada de decisão diante de conflitos internos e ex- por resultados é um dos lemas que melhor representa o novo
ternos. desafio. Isto não significa que não interessa o modo de fazer as
coisas, apenas exprime que agora é muito mais relevante o quê
20 Fonte: www.jus.com.br – Por Salvador Infante San- se faz pelo bem da comunidade.
ches
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Nestes últimos tempos, a Gestão Pública – como disci- Apesar de existirem muitos documentos que tratem da
plina – tem abordado estes desafios novos com o auxílio da GpR, não existe uma definição única para ela. A maioria
lógica gerencial, isto é, pela racionalidade econômica que dos textos usa este termo como uma noção “guarda-chu-
procura conseguir eficácia e eficiência. Esta lógica com- vas”, por assim dizer. Na literatura em língua espanhola é
partilha, mais ou menos explicitamente, três propósitos fun- comum achar um uso indistinto de conceitos: controle de
damentais: gestão, gestão do desempenho, gestão por resultados,
• Assegurar a constante otimização do uso dos re- gestão por objetivos, avaliação do desempenho, avaliação
cursos públicos na produção e distribuição de bens públi- de resultados, sem uma clara diferenciação.
cos como resposta às exigências de mais serviços e menos Trata-se, portanto, de um conceito muito amplo quan-
impostos, mais eficácia e mais eficiência, mais equidade e to ao seu uso, interpretação e definição. A heterogeneida-
mais qualidade. de da expressão e do conceito também se observa na sua
• Assegurar que o processo de produção de bens e aplicação operacional: os países põem em prática a GpR
serviços públicos (incluindo a concessão, a distribuição e a segundo suas próprias perspectivas.
melhoria da produtividade) seja transparente, equitativo Um estudo para identificar o significado que lhe atri-
e controlável. buem os gestores públicos de diferentes nações demons-
• Promover e desenvolver mecanismos internos que trou que frequentemente eles empregam os mesmo ter-
melhorem o desempenho dos dirigentes e servidores pú- mos com sentido diferente. É assim como o conceito “re-
blicos, e, com isso, fomentar a efetividade dos organismos sultados” varia notavelmente entre as distintas instituições
governamentais, visando a concretização dos objetivos an- públicas. Isto não ocorre na empresa privada, onde os indi-
teriores. cadores-chave do êxito se conhecem nitidamente: rentabi-
lidade, benefícios, quotas de mercado etc. Muitos autores
Estes objetivos, presentes nas atuais demandas cidadãs destacam a dificuldade de determinar e avaliar os resulta-
e aos quais se orienta a Gestão por Resultados (GpR), são, dos da ação estatal como uma das características que dife-
conjuntamente com a democracia, o principal pilar de legiti- renciam a gestão do setor público do privado.
midade do Estado atual. Desta forma, a Nova Gestão Pública
Pode-se observar que a GpR possui as seguintes di-
fornece os elementos necessários à melhoria da capacidade
mensões:
de gerenciamento da administração pública bem como à
• É um marco conceitual de gestão organizacional,
elevação do grau de governabilidade do sistema político.
pública ou privada, em que o fator resultado se converte
O conceito e a prática da GpR no setor público têm
na referência-chave quando aplicado a todo o processo de
um grau de desenvolvimento e consolidação relativamen-
gestão.
te baixo. Inicialmente, a GpR se utilizou principalmente no
• É um marco de assunção de responsabilidade de
setor privado, mesmo quando o governo federal dos Esta-
dos Unidos da América começou a usar algumas de suas gestão, por causa da vinculação dos dirigentes ao resulta-
propostas no gerenciamento de diferentes órgãos públicos. do obtido.
Somente durante o governo do presidente Nixon é que se • É um marco de referência capaz de integrar os di-
começou a implantar no conjunto da administração pública versos componentes do processo de gestão, pois se pro-
o que passou a ser conhecida como a Nova Gestão Pública. põe interconectá-los para otimizar o seu funcionamento.
Esta moderna filosofia sugere a passagem de uma ges- • Finalmente, e especialmente na esfera pública, a
tão burocrática a uma de tipo gerencial. GpR se apresenta como uma proposta de cultura organi-
Na base destas novas idéias se encontrava uma preo- zadora, diretora, de gestão, mediante a qual se põe ênfase
cupação generalizada sobre as mudanças que o entorno nos resultados e não nos processos e procedimentos.
exigia e sobre a imperiosa necessidade de repensar o papel Todas estas dimensões situam a GpR como uma ferra-
do Estado; de melhorar a eficiência, a eficácia e a qualidade menta cultural, conceitual e operacional, que se orienta a
dos serviços públicos; de otimizar o desempenho dos ser- priorizar o resultado em todas as ações, e que é capaz de
vidores públicos e das organizações em que trabalhavam. otimizar o desempenho governamental. Assim, se trata de
Vários estudiosos e especialistas em gestão pública um exercício de direção dos organismos públicos que pro-
alertaram para os benefícios que o enfoque da GpR poderia cura conhecer e atuar sobre todos aqueles aspectos que
trazer para este novo cenário. De acordo com Emery, a GpR afetem ou modelem os resultados da organização.
acarreta três tipos de considerações para a administração A GpR tem, portanto, uma dimensão de controle orga-
do setor público: nizacional que convém esclarecer, pois o conceito de con-
• Constitucionais: a maioria das constituições regula trole no setor público possui conotações particulares deri-
o uso dos fundos públicos por parte das autoridades em vadas, fundamentalmente, do sistema de auditoria externa
cumprimento de mandato. que domina nesse Estado. A ferramenta GpR não faz parte
• Políticas: as autoridades devem responder pelas dessa concepção de controle, mas de outro universo: o de
suas ações e pelo conteúdo dos seus programas eleitorais, gestão e direção estratégico/operacional, porque permite
por respeito ao princípio da responsabilidade do cargo. e facilita aos gerentes da administração pública melhor
• Cidadãs: por obediência ao princípio de delegação conhecimento, maior capacidade de análise, desenho de
democrática, os cidadãos confiam nas autoridades eleitas, alternativas e tomada de decisões para que sejam alcan-
delegando-lhes a gestão dos fundos públicos – produto da çados os melhores resultados possíveis, afinados com os
coleta de seus impostos. objetivos pré-fixados.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
É importante assinalar esta diferença porque, muito Hoje, na era do planejamento e dos mapas estratégicos,
embora a GpR seja uma boa base para uma melhor pres- as organizações, além de traçarem seus planos de negócio e
tação de contas (e uma maior transparência), sua função resultados esperados, também definem as expectativas de seus
principal não é a de servir como instrumento de controle clientes, as competências essenciais da organização, traços de
da atuação dos gerentes públicos, mas a de proporcionar a cultura e valores e diferenciais dos produtos e de serviços que
eles um meio de monitoramento e regulação que lhes ga- não podem ser traduzidos apenas em números e que deman-
ranta o exercício de suas dam uma avaliação comportamental, por parte dos gestores,
tornando o processo mais subjetivo e cheio de significados es-
A Gestão por Resultados ( GpR) está caracterizada por: pecíficos para o sucesso do negócio.
• Uma estratégia na qual se definam os resultados A partir das definições de metas e objetivos do negócio, da
esperados por um organismo público no que se refere à clarificação dos valores e competências requeridas para a or-
mudança social e à produção de bens e serviços; ganização e para o cargo e dos profissionais expressarem suas
• Uma cultura e um conjunto de ferramentas de aspirações e registrarem seu histórico profissional e de aprendi-
gestão orientado à melhoria da eficácia, da eficiência, da zagem , um banco de dados pode ser elaborado e com a ajuda
produtividade e da efetividade no uso dos recursos do Es- da tecnologia, pode ser acompanhado pela empresa gerando
tado para uma melhora dos resultados no desempenho das um verdadeiro mapa de talentos e potenciais, onde os crité-
organizações públicas e de seus funcionários; rios do desempenho superior ficam mais claros e transparentes
• Sistemas de informação que permitam monitorar para todos os envolvidos no processo.
a ação pública, informar à sociedade e identificar o serviço Em outras palavras a gestão do desempenho tem sido
realizado, avaliando-o; uma importante ferramenta de competitividade e de identi-
• Promoção da qualidade dos serviços prestados aos dade organizacional. Ela permite que colaboradores, gestores
cidadãos, mediante um processo de melhoramento contí- e a área de Recursos Humanos, construam ciclos virtuosos de
nuo; comprometimento, na medida em que articulam os interesses
• Sistemas de contratação de funcionários de gerên- da empresa, da área e do indivíduo, atingindo um elevado nível
cia pública, visando aprofundar a responsabilidade, o com-
de qualidade e excelência gerencial.
promisso e a capacidade de ação dos mesmos;
• Sistemas de informação que favoreçam a tomada
de decisões dos que participam destes processos.
Por conseguinte, com base nestes elementos, sugere-se O PARADIGMA DO CLIENTE NA GESTÃO
a seguinte definição para a GpR: PÚBLICA.
A Gestão para Resultados é um marco conceitual cuja
função é a de facilitar às organizações públicas a direção efe-
tiva e integrada de seu processo de criação de valor público, a
fim de otimizá-lo, assegurando a máxima eficácia, eficiência O chamado paradigma do cliente na gestão pública é
e efetividade de desempenho, além da consecução dos obje- uma linha de estudos que surgiu a reboque das concepções
tivos de governo e a melhora contínua de suas instituições. da administração pública gerencial. Trata-se de um modelo
No mundo empresarial, identificar o profissional de de- que, assim como boa parte da doutrina gerencialista, ganhou
sempenho superior, aquele que traz resultados significati- fôlego a partir da obra “Reinventando o Governo: como o
vos para a empresa e que não deveria ser “perdido” para o espírito empreendedor está transformando o setor público”,
mercado é ainda um desafio para os gestores, para a área de autoria de David Osborne e Ted Gaebler, em 1992.
de Recursos Humanos e para o próprio profissional que, na A obra acima citada é, sem dúvida, uma das grandes re-
maioria das vezes, não sabe se seu desempenho está de ferências em sede concursos públicos, aliás, como veremos
acordo com as expectativas, qual é o seu valor para a em- logo, logo, a questão foi formulada a partir do capítulo 6 do
presa e onde poderá chegar caso permaneça nesta empresa livro, intitulado: “O Governo e seus clientes: atendendo às
ou vá para outra qualquer. necessidades do cliente e não da burocracia”. Uma observa-
Uma das práticas mais úteis para ajudar a encarar este ção atenta ao enunciado da questão e ao nome do capítulo
desafio tem sido o processo de gestão do desempenho. certamente demonstrará alguma semelhança entre ambos.
Trata-se de um processo mais recente, no âmbito da Bem, mas o que vem a ser o paradigma do cliente na gestão
gestão de pessoas, que vem evoluindo muito nas organiza- pública?
ções, passando de um mero processo de avaliação para um Embora partindo de severas críticas ao movimento rein-
processo de gestão da aprendizagem, do autodesenvolvi- ventado o governo – como, por exemplo, o fato de o mesmo
mento, da gestão da própria carreira, das aspirações pro- não ter um viés societal – a professora Drª Ana Paula Paes de
fissionais, além da contratação de resultados quantitativos Paula, em sua brilhante obra “Por uma Nova Gestão Pública”,
do negócio. resume da seguinte forma a resposta para a questão acima:
Antes praticava-se a avaliação de desempenho focan- Governo e seus clientes: atendendo às necessidades
do-se essencialmente números, metas e objetivos, identifi- dos clientes e não da burocracia – os cidadãos estão can-
cando-se ao final de um período os resultados obtidos pela sados da burocracia e querem ser mais valorizados como
empresa, área ou unidade de trabalho e dos indivíduos que clientes. Logo, é recomendável o uso da administração
tinham seus objetivos cascateados dos objetivos e metas da qualidade e a criação de sistemas transparentes.
mais amplos da empresa.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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O arquivo tem como função principal: tornar acessível/disponível a informação contida no acervo documental sob sua
guarda aos diversos consulentes e, como função básica: armazenar, guardar e conservar os documentos.
Características do arquivo
a) o arquivo possui essência funcional/administrativa, constituindo-se na maioria das vezes de um único exemplar ou
de um limitado número de cópias;
b) conteúdo exclusivamente formado por documentos produzidos e/ou recebidos por uma entidade, família, setor,
repartição, pessoa, organismo ou instituição;
c) tem origem no desempenho das atividades que o gerou (servindo de prova) e;
d) possui caráter orgânico, ou seja, relação entre documentos de arquivo pertencentes a um mesmo conjunto (um
documento possui muito mais valor quando está integrado ao conjunto a que pertence do que quando está desagregado
dele).
Obs.: Segundo PAES, “não se considera arquivo uma coleção de manuscritos históricos, reunidos por uma pessoa”.
Arquivo, biblioteca e museu, respectivamente vinculados à Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia, embora se-
jam ramificações da Ciência da Informação, distingue-se basicamente pelos seguintes aspectos:
O “boom” da informação, consequência do progresso científico e tecnológico (século XIX), possibilitou o surgimento
de diversas profissões, especializações, descobertas, invenções etc., resultando na criação/produção de novos documentos
e seus variados suportes. Originou-se a partir daí os chamados Centros de Documentação ou Centros de Informação
(órgãos responsáveis pela reunião, análise, tratamento técnico, classificação, seleção, armazenamento e disseminação de
todo e qualquer tipo de documento e informação). Neles se reúnem documentos de arquivo, biblioteca e museu, ou seja,
são centros formados por elementos pertencentes as três entidades citadas.
Arquivos Públicos
Segundo a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, art.7º, Capítulo II, que dispõe sobre a política nacional de arquivos
públicos e privados e dá outras providências:
“Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por
órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do distrito federal e municipal, em decorrência de suas funções administrati-
vas, legislativas e judiciárias”.
Igualmente importante, os dois parágrafos do mesmo artigo diz:
“§ 1º São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por instituições de caráter público, por
entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades.
§ 2º A cessação de atividades de instituições públicas e de caráter público implica o recolhimento de sua docu-
mentação à instituição arquivística pública ou a sua transferência à instituição sucessora.»
Atenção! Todos os documentos produzidos e/ou recebidos por órgãos públicos ou entidades privadas (revestidas de
caráter público – mediante delegação de serviços públicos) são considerados arquivos públicos, independentemente da
esfera de governo.
Ex: Arquivos Públicos das esferas: federal, estadual, distrito federal e municipal.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Obs.: Conforme o art. 175 inserido na Constituição da O arquivista atua desenvolvendo planejamentos, estu-
República Federativa do Brasil de 1988: “Incumbe ao Poder dos e técnicas de organização sistemática e conservação
Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de de arquivos, na elaboração de projetos e na implantação de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a instituições e sistemas arquivísticos, no gerenciamento da
prestação de serviços públicos”, ou seja, a titularidade dos informação e na programação e organização de atividades
serviços públicos é do poder público, mas, estes serviços, culturais que envolvam informação documental produzida
poderão ser exercidos indiretamente pelo particular (enti- pelos arquivos públicos e privados. Uma grande dificulda-
dades privadas) mediante concessão ou permissão. de é que muitas organizações não se preocupam com seus
arquivos, desconhecendo ou desqualificando o trabalho
Arquivos Privados deste profissional, delegando a outros profissionais as ati-
Segundo o art. 11 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de vidades específicas do arquivista. Isto provoca problemas
1991: “Consideram-se arquivos privados os conjuntos quanto à qualidade do serviço e de tudo o que, direta ou
de documentos produzidos ou recebidos por pessoas indiretamente, depende dela.
físicas ou jurídicas, em decorrência de suas atividades.” Arquivo é um conjunto de documentos criados ou re-
Para elucidar possíveis dúvidas na definição do referido cebidos por uma organização, firma ou indivíduo, que os
artigo, a pessoa jurídica a qual o enunciado se refere diz mantém ordenadamente como fonte de informação para a
respeito à pessoa jurídica de direito privado, não se con- execução de suas atividades. Os documentos preservados
fundindo, portanto, com pessoa jurídica de direito públi- pelo arquivo podem ser de vários tipos e em vários supor-
co, pois os órgãos que compõe a administração indireta da tes. As entidades mantenedoras de arquivos podem ser pú-
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, são também blicas (Federal, Estadual Distrital, Municipal), institucionais,
pessoas jurídicas, destituídas de poder político e dotadas comerciais e pessoais.
de personalidade jurídica própria, porém, de direito pú- Um documento (do latim documentum, derivado de
blico. docere “ensinar, demonstrar”) é qualquer meio, sobretudo
Exemplos: gráfico, que comprove a existência de um fato, a exatidão
ou a verdade de uma afirmação etc. No meio jurídico, do-
• Institucional: Igrejas, clubes, associações, etc.
cumentos são frequentemente sinônimos de atos, cartas
• Pessoais: fotos de família, cartas, originais de traba-
ou escritos que carregam um valor probatório.
lhos, etc.
Documento arquivístico: Informação registrada, inde-
• Comercial: companhias, empresas, etc.21
pendente da forma ou do suporte, produzida ou recebida
no decorrer da atividade de uma instituição ou pessoa e
Arquivístiva
que possui conteúdo, contexto e estrutura suficientes para
A arquivística é uma ciência que estuda as funções do
servir de prova dessa atividade.
arquivo, e também os princípios e técnicas a serem obser-
Desde o desenvolvimento da Arquivologia como dis-
vados durante a atuação de um arquivista sobre os arqui- ciplina, a partir da segunda metade do século XIX, talvez
vos. É a Ciência e disciplina que objetiva gerenciar todas as nada tenha sido tão revolucionário quanto o desenvolvi-
informações que possam ser registradas em documentos mento da concepção teórica e dos desdobramentos práti-
de arquivos. Para tanto, utiliza-se de princípios, normas, cos da gestão.
técnicas e procedimentos diversos, que são aplicados nos
processos de composição, coleta, análise, identificação, PRINCÍPIOS:
organização, processamento, desenvolvimento, utilização, Os princípios arquivísticos constituem o marco principal
publicação, fornecimento, circulação, armazenamento e re- da diferença entre a arquivística e as outras “ciências” do-
cuperação de informações. cumentárias. São eles:
O arquivista é um profissional de nível superior, com
formação em arquivologia ou experiência reconhecida Princípio da Proveniência: Fixa a identidade do do-
pelo Estado. Ele pode trabalhar em instituições públicas cumento, relativamente a seu produtor. Por este princípio,
ou privadas, centros de documentação, arquivos privados os arquivos devem ser organizados em obediência à com-
ou públicos, instituições culturais etc. É o responsável pelo petência e às atividades da instituição ou pessoa legitima-
gerenciamento da informação, gestão documental, conser- mente responsável pela produção, acumulação ou guarda
vação, preservação e disseminação da informação contida dos documentos. Arquivos originários de uma instituição
nos documentos. Também tem por função a preservação ou de uma pessoa devem manter a respectiva individuali-
do patrimônio documental de um pessoa (física ou jurídi- dade, dentro de seu contexto orgânico de produção, não
ca), institução e, em última instância, da sociedade como devendo ser mesclados a outros de origem distinta.
um todo. Ocupa-se, ainda, da recuperação da informação
e da elaboração de instrumentos de pesquisa, observan- Princípio da Organicidade: As relações administra-
do as três idades dos arquivos: corrente, intermediária e tivas orgânicas se refletem nos conjuntos documentais. A
permanente. organicidade é a qualidade segundo a qual os arquivos es-
pelham a estrutura, funções e atividades da entidade pro-
21 Fonte: www.editorajuspodivm.com.br – Texto adapta- dutora/acumuladora em suas relações internas e externas.
do de George Melo Rodrigues
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Princípio da Unicidade: Não obstante, forma, gênero, tipo ou Percebe-se com isso, a multivariedade das funções dos
suporte, os documentos de arquivo conservam seu caráter único, Relações Públicas: estratégica, política, institucional, mer-
em função do contexto em que foram produzidos. cadológica, social, comunitária, cultural, etc.; atuando sem-
pre para cumprir os objetivos da organização e definir suas
Princípio da Indivisibilidade ou integridade: Os fundos de políticas gerais de relacionamento.
arquivo devem ser preservados sem dispersão, mutilação, alienação, Em vista do que foi dito sobre o profissional de Relações
destruição não autorizada ou adição indevida. Públicas, destaca-se como principal objetivo liderar o pro-
cesso de comunicação total da empresa, tanto no nível do
Princípio da Cumulatividade: O arquivo é uma formação entendimento, como no nível de persuasão nos negócios.
progressiva, natural e orgânica.
Pronúncia correta das palavras
Legislação arquivística Proferir as palavras corretamente. Isso envolve:
Usar os sons corretos para vocalizar as palavras;
Papel da Legislação Enfatizar a sílaba certa;
Normatizar a atuação do arquivista; Dar a devida atenção aos sinais diacríticos
Regulamentar a atuação profissional e as atividades do
arquivista junto aos documentos e aos arquivos; Por que é importante?
Apresentar diretrizes para a gestão de arquivos A pronúncia correta confere dignidade à mensagem
Estabelecer padrões para o desenvolvimento de ativida- que pregamos. Permite que os ouvintes se concentrem no
des de arquivo; teor da mensagem sem ser distraídos por erros de pronún-
Garantir o desempenho de atividades conforme normas cia.
gerais e disposições específicas para alguns tipos de instituição; Fatores a considerar. Não há um conjunto de regras
Recomendar ações rotineiras e preventivas junto aos do- de pronúncia que se aplique a todos os idiomas. Muitos
cumentos de arquivo idiomas utilizam um alfabeto. Além do alfabeto latino, há
também os alfabetos árabe, cirílico, grego e hebraico. No
idioma chinês, a escrita não é feita por meio de um alfabeto,
mas por meio de caracteres que podem ser compostos de
RELAÇÕES PESSOAIS E INTERPESSOAIS: vários elementos. Esses caracteres geralmente representam
ATENDIMENTO PESSOAL E TELEFÔNICO. uma palavra ou parte de uma palavra. Embora os idiomas
japonês e coreano usem caracteres chineses, estes podem
ser pronunciados de maneiras bem diferentes e nem sem-
pre ter o mesmo significado.
Quando se fala em comunicação interna organizacional, Nos idiomas alfabéticos, a pronúncia adequada exige
automaticamente relaciona ao profissional de Relações Públi- que se use o som correto para cada letra ou combinação
cas, pois ele é o responsável pelo relacionamento da empresa de letras. Quando o idioma segue regras coerentes, como
com os seus diversos públicos (internos, externos e misto). é o caso do espanhol, do grego e do zulu, a tarefa não é
As organizações têm passado por diversas mudanças tão difícil. Contudo, as palavras estrangeiras incorporadas
buscando a modernização e a sobrevivência no mundo dos ao idioma às vezes mantêm uma pronúncia parecida à ori-
negócios. Os maiores objetivos dessas transformações são: ginal. Assim, determinadas letras, ou combinações de letras,
tornar a empresa competitiva, flexível, capaz de responder podem ser pronunciadas de diversas maneiras ou, às vezes,
as exigências do mercado, reduzindo custos operacionais e simplesmente não ser pronunciadas. Você talvez precise
apresentando produtos competitivos e de qualidade. memorizar as exceções e então usá-las regularmente ao
A reestruturação das organizações gerou um público in- conversar. Em chinês, a pronúncia correta exige a memori-
terno de novo perfil. Hoje, os empregados são muito mais zação de milhares de caracteres. Em alguns idiomas, o sig-
conscientes, responsáveis, inseridos e atentos às cobranças nificado de uma palavra muda de acordo com a entonação.
das empresas em todos os setores. Diante desse novo mo- Se a pessoa não der a devida atenção a esse aspecto do
delo organizacional, é que se propõe como atribuição do idioma, poderá transmitir ideias erradas.
profissional de Relações Públicas ser o intermediador, o ad- Se as palavras de um idioma forem compostas de síla-
ministrador dos relacionamentos institucionais e de negócios bas, é importante enfatizar a sílaba correta. Muitos idiomas
da empresa com os seus públicos. Sendo assim, fica claro que usam esse tipo de estrutura têm regras bem definidas
que esse profissional tem seu campo de ação na política de sobre a posição da sílaba tônica (aquela que soa mais forte).
relacionamento da organização. As palavras que fogem a essas regras geralmente recebem
A comunicação interna, portanto, deve ser entendida um acento gráfico, o que torna relativamente fácil pronun-
como um feixe de propostas bem encadeadas, abrangentes, ciá-las de maneira correta. Contudo, se houver muitas ex-
coisa significativamente maior que um simples programa de ceções às regras, o problema fica mais complicado. Nesse
comunicação impressa. Para que se desenvolva em toda sua caso, exige bastante memorização para se pronunciar cor-
plenitude, as empresas estão a exigir profissionais de comu- retamente as palavras.
nicação sistêmicos, abertos, treinados, com visões integradas Em alguns idiomas, é fundamental prestar bastante
e em permanente estado de alerta para as ameaças e opor- atenção aos sinais diacríticos que aparecem acima e abaixo
tunidades ditadas pelo meio ambiente. de determinadas letras, como: è, é, ô, ñ, ō, ŭ, ü, č, ç.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
• Não negar informações: nenhuma informação deve ser • competência – recursos humanos capacitados e recursos
negada, mas há que se identificar o interlocutor antes de a for- tecnológicos adequados;
necer, para confirmar a seriedade da chamada. Nessa situação, é • confiabilidade – cumprimento de prazos e horários esta-
adequada a seguinte frase: vamos anotar esses dados e depois belecidos previamente;
entraremos em contato com o senhor • credibilidade – honestidade no serviço proposto;
• Não apressar a chamada: é importante dar tempo ao • segurança – sigilo das informações pessoais;
tempo, ouvir calmamente o que o cliente/usuário tem a dizer e • facilidade de acesso – tanto aos serviços como ao pessoal
mostrar que o diálogo está sendo acompanhado com atenção, de contato;
dando feedback, mas não interrompendo o raciocínio do inter- • comunicação – clareza nas instruções de utilização dos ser-
locutor; viços.
• Sorrir: um simples sorriso reflete-se na voz e demonstra
que o atendente é uma pessoa amável, solícita e interessada; Fatores críticos de sucesso ao telefone:
• Ser sincero: qualquer falta de sinceridade pode ser ca- A voz / respiração / ritmo do discurso
tastrófica: as más palavras difundem-se mais rapidamente do A escolha das palavras
que as boas; A educação
• Manter o cliente informado: como, nessa forma de co- Ao telefone, a sua voz é você. A pessoa que está do outro
municação, não se estabelece o contato visual, é necessário que lado da linha não pode ver as suas expressões faciais e ges-
o atendente, se tiver mesmo que desviar a atenção do telefone tos, mas você transmite através da voz o sentimento que está
durante alguns segundos, peça licença para interromper o diálo- alimentando ao conversar com ela. As emoções positivas ou
go e, depois, peça desculpa pela demora. Essa atitude é impor- negativas, podem ser reveladas, tais como:
tante porque poucos segundos podem parecer uma eternidade • Interesse ou desinteresse,
para quem está do outro lado da linha; • Confiança ou desconfiança,
• Ter as informações à mão: um atendente deve conservar • Alerta ou cansaço,
a informação importante perto de si e ter sempre à mão as infor- • Calma ou agressividade,
• Alegria ou tristeza,
mações mais significativas de seu setor. Isso permite aumentar a
• Descontração ou embaraço,
rapidez de resposta e demonstra o profissionalismo do atendente;
• Entusiasmo ou desânimo.
• Estabelecer os encaminhamentos para a pessoa que
O ritmo habitual da comunicação oral é de 180 palavras
liga: quem atende a chamada deve definir quando é que a pes-
por minuto; ao telefone deve-se reduzir para 120 palavras por
soa deve voltar a ligar (dia e hora) ou quando é que a empresa
minuto aproximadamente, tornando o discurso mais claro.
ou instituição vai retornar a chamada.
A fala muito rápida dificulta a compreensão da mensagem
e pode não ser perceptível; a fala muito lenta pode o outro a
Todas estas recomendações envolvem as seguintes atitudes julgar que não existe entusiasmo da sua parte.
no atendimento telefônico:
• Receptividade - demonstrar paciência e disposição O tratamento é a maneira como o funcionário se dirige
para servir, como, por exemplo, responder às dúvidas mais co- ao cliente e interage com ele, orientando-o, conquistando sua
muns dos usuários como se as estivesse respondendo pela pri- simpatia. Está relacionada a:
meira vez. Da mesma forma é necessário evitar que interlocutor • Presteza – demonstração do desejo de servir, valori-
espere por respostas; zando prontamente a solicitação do usuário;
• Atenção – ouvir o interlocutor, evitando interrupções, • Cortesia – manifestação de respeito ao usuário e de
dizer palavras como “compreendo”, “entendo” e, se necessário, cordialidade;
anotar a mensagem do interlocutor); • Flexibilidade – capacidade de lidar com situações não-
• Empatia - para personalizar o atendimento, pode-se -previstas.
pronunciar o nome do usuário algumas vezes, mas, nunca, ex-
pressões como “meu bem”, “meu querido, entre outras); A comunicação entre as pessoas é algo multíplice, haja vista,
• Concentração – sobretudo no que diz o interlocutor que transmitir uma mensagem para outra pessoa e fazê-la com-
(evitar distrair-se com outras pessoas, colegas ou situações, des- preender a essência da mesma é uma tarefa que envolve inúme-
viando-se do tema da conversa, bem como evitar comer ou be- ras variáveis que transformam a comunicação humana em um
ber enquanto se fala); desafio constante para todos nós. E essa complexidade aumenta
• Comportamento ético na conversação – o que envolve quando não há uma comunicação visual, como na comunicação
também evitar promessas que não poderão ser cumpridas. por telefone, onde a voz é o único instrumento capaz de transmi-
tir a mensagem de um emissor para um receptor. Sendo assim,
Atendimento e tratamento inúmeras empresas cometem erros primários no atendimento
O atendimento está diretamente relacionado aos negó- telefônico, por se tratar de algo de difícil consecução.
cios de uma organização, suas finalidades, produtos e ser- Abaixo 16 dicas para aprimorar o atendimento telefônico,
viços, de acordo com suas normas e regras. O atendimento de modo a atingirmos a excelência, confira:
estabelece, dessa forma, uma relação entre o atendente, a 1 - Profissionalismo: utilize-se sempre de uma linguagem
organização e o cliente. formal, privilegiando uma comunicação que transmita respeito
A qualidade do atendimento, de modo geral, é determi- e seriedade. Evite brincadeiras, gírias, intimidades, etc, pois as-
nada por indicadores percebidos pelo próprio usuário rela- sim fazendo, você estará gerando uma imagem positiva de si
tivamente a: mesmo por conta do profissionalismo demonstrado.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
2 - Tenha cuidado com os ruídos: algo que é extremamen- 15 – Não seja impaciente: busque ouvir o cliente atenta-
te prejudicial ao cliente são as interferências, ou seja, tudo aquilo mente, sem interrompê-lo, pois, essa atitude contribui positiva-
que atrapalha a comunicação entre as partes (chieira, sons de mente para a identificação dos problemas existentes e conse-
aparelhos eletrônicos ligados, etc.). Sendo assim, é necessário quentemente para as possíveis soluções que os mesmos exigem.
manter a linha “limpa” para que a comunicação seja eficiente, 16 – Mantenha sua linha desocupada: você já tentou li-
evitando desvios. gar para alguma empresa e teve que esperar um longo perío-
3 - Fale no tom certo: deve-se usar um tom de voz que do de tempo para que a linha fosse desocupada? Pois é, é algo
seja minimamente compreensível, evitando desconforto para o extremamente inconveniente e constrangedor. Por esse motivo,
cliente que por várias vezes é obrigado a “implorar” para que o busque não delongar as conversas e evite conversas pessoais,
atendente fale mais alto. objetivando manter, na medida do possível, sua linha sempre
4 - Fale no ritmo certo: não seja ansioso para que você disponível para que o cliente não tenha que esperar muito tem-
não cometa o erro de falar muito rapidamente, ou seja, procu- po para ser atendido.
re encontrar o meio termo (nem lento e nem rápido), de forma Buscar a excelência constantemente na comunicação huma-
que o cliente entenda perfeitamente a mensagem, que deve ser na é um ato fundamental para todos nós, haja vista, que estamos
transmitida com clareza e objetividade. nos comunicando o tempo todo com outras pessoas. Infeliz-
5 - Tenha boa dicção: use as palavras com coerência e coe- mente algumas pessoas não levam esse importante ato a sério,
são para que a mensagem tenha organização, evitando possíveis comprometendo assim, a capacidade humana de transmitir uma
erros de interpretação por parte do cliente. simples mensagem para outra pessoa. Sendo assim, devemos fi-
6 - Tenha equilíbrio: se você estiver atendendo um cliente car atentos para não repetirmos esses erros e consequentemen-
sem educação, use a inteligência, ou seja, seja paciente, ouça-o te aumentarmos nossa capacidade de comunicação com nosso
atentamente, jamais seja hostil com o mesmo e tente acalmá-lo, semelhante.
pois assim, você estará mantendo sua imagem intacta, haja vista,
que esses “dinossauros” não precisam ser atacados, pois, eles se Resoluções de situações conflitantes ou problemas
matam sozinhos. quanto ao atendimento de ligações ou transferências
7 - Tenha carisma: seja uma pessoa empática e sorridente para O agente de comunicação é o cartão de visita da empresa..
que o cliente se sinta valorizado pela empresa, gerando um clima Por isso é muito importante prestar atenção a todos os detalhes
confortável e harmônico. Para isso, use suas entonações com criati- do seu trabalho. Geralmente você é a primeira pessoa a manter
vidade, de modo a transmitir emoções inteligentes e contagiantes. contato com o público. Sua maneira de falar e agir vai contribuir
8 - Controle o tempo: se precisar de um tempo, peça o muito para a imagem que irão formar sobre sua empresa. Não
cliente para aguardar na linha, mas não demore uma eternidade, esqueça: a primeira impressão é a que fica.
pois, o cliente pode se sentir desprestigiado e desligar o telefone. Alguns detalhes que podem passar despercebidos na rotina
9 - Atenda o telefone o mais rápido possível: o ideal é do seu trabalho:
atender o telefone no máximo até o terceiro toque, pois, é um - Voz: deve ser clara, num tom agradável e o mais natural
ato que demonstra afabilidade e empenho em tentar entregar possível. Assim você fala só uma vez e evita perda de tempo.
para o cliente a máxima eficiência. - Calma: Ás vezes pode não ser fácil mas é muito impor-
10 - Nunca cometa o erro de dizer “alô”: o ideal é dizer o tante que você mantenha a calma e a paciência . A pessoa que
nome da organização, o nome da própria pessoa seguido ainda, esta chamando merece ser atendida com toda a delicadeza. Não
das tradicionais saudações (bom dia, boa tarde, etc.). Além disso, deve ser apressada ou interrompida. Mesmo que ela seja um
quando for encerrar a conversa lembre-se de ser amistoso, agra- pouco grosseira, você não deve responder no mesmo tom. Pelo
decendo e reafirmando o que foi acordado. contrário, procure acalmá-la.
11 - Seja pró ativo: se um cliente procurar por alguém que - Interesse e iniciativa: Cada pessoa que chama merece
não está presente na sua empresa no momento da ligação, ja- atenção especial. E você, como toda boa telefonista, deve ser
mais peça a ele para ligar mais tarde, pois, essa é uma função do sempre simpática e demonstrar interesse em ajudar.
atendente, ou seja, a de retornar a ligação quando essa pessoa - Sigilo: Na sua profissão, às vezes é preciso saber de deta-
estiver de volta à organização. lhes importantes sobre o assunto que será tratado. Esses deta-
12 - Tenha sempre papel e caneta em mãos: a organiza- lhes são confidenciais e pertencem somente às pessoas envolvi-
ção é um dos princípios para um bom atendimento telefônico, das. Você deve ser discreta e manter tudo em segredo. A quebra
haja vista, que é necessário anotar o nome da pessoa e os pontos de sigilo nas ligações telefônicas é considerada uma falta grave,
principais que foram abordados. sujeita às penalidades legais.
13 – Cumpra seus compromissos: um atendente que não O que dizer e como dizer
tem responsabilidade de cumprir aquilo que foi acordado demons- Aqui seguem algumas sugestões de como atender as cha-
tra desleixo e incompetência, comprometendo assim, a imagem da madas externas:
empresa. Sendo assim, se tiver que dar um recado, ou, retornar uma - Ao atender uma chamada externa, você deve dizer o nome
ligação lembre-se de sua responsabilidade, evitando esquecimentos. da sua empresa seguido de bom dia, boa tarde ou boa noite.
14 – Tenha uma postura afetuosa e prestativa: ao atender - Essa chamada externa vai solicitar um ramal ou pessoa.
o telefone, você deve demonstrar para o cliente uma postura de Você deve repetir esse número ou nome, para ter certeza de que
quem realmente busca ajudá-lo, ou seja, que se importa com entendeu corretamente. Em seguida diga: “ Um momento, por
os problemas do mesmo. Atitudes negativas como um tom de favor,” e transfira a ligação.
voz desinteressado, melancólico e enfadado contribuem para a Ao transferir as ligações, forneça as informações que já
desmotivação do cliente, sendo assim, é necessário demonstrar possui; faça uso do seu vocabulário profissional; fale somen-
interesse e iniciativa para que a outra parte se sinta acolhida. te o necessário e evite assuntos pessoais.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
3ª – Diante de erros ou problemas causados pela empresa Entender que seu trabalho é este: atender o melhor
ADMITA o erro, sem evasivas, o mais rápido possível. possível.
Diga que LAMENTA muito e que fará tudo que estiver ao Entender que você e a empresa dependem do
seu alcance para que o problema seja resolvido. cliente, não ele de vocês.
CORRIJA o erro imediatamente, ou diga quando vai corrigir. Entender que da qualidade de sua REAÇÃO vai de-
Diga QUEM e COMO vai corrigir o problema. pender o futuro da relação do cliente com a empresa.
EXPLIQUE o que ocorreu, evitando justificar.
Entretanto, se tiver uma boa justificativa, JUSTIFIQUE, POSTURA DE ATENDIMENTO - (Conduta/Bom senso/
mas com muita prudência. O Cliente não se interessa por “justifi- Cordialidade)
cativas”. Este é um problema da empresa. A FUGA DOS CLIENTES
As pesquisas revelam que 68% dos clientes das empresas
4ª – O Cliente não está entendendo – o que fazer? fogem delas por problemas relacionados à postura de aten-
Concentre-se para entender o que realmente o Cliente dimento.
quer ou, exatamente, o que ele não está entendendo e o porquê. Numa escala decrescente de importância, podemos obser-
Caso necessário, explique novamente, de outro jeito, até var os seguintes percentuais:
que o Cliente entenda. 68% dos clientes fogem das empresas por problemas
Alguma dificuldade maior? Peça Ajuda! Chame o geren- de postura no atendimento;
te, o chefe, o encarregado, mas evite, na medida do possível, que o 14% fogem por não terem suas reclamações atendidas;
Cliente saia sem entender ou concordar com a resolução. 9% fogem pelo preço;
5ª – Discussão com o Cliente 9% fogem por competição, mudança de endereço,
Em uma discussão com o Cliente, com ou sem razão, você morte.
sempre perde!
Uma maneira eficaz de não cair na tentação de “brigar” ou A origem dos problemas está nos sistemas implantados
“discutir” com um cliente é estar consciente – sempre alerta -, de nas organizações, muitas vezes obsoletos. Estes sistemas não
forma que se evite SINTONIZAR na mesma frequência emocional definem uma política clara de serviços, não definem o que é o
do Cliente, quando esta for negativa. Exemplos: próprio serviço e qual é o seu produto. Sem isso, existe muita
dificuldade em satisfazer plenamente o cliente.
O Cliente está... Reaja de forma oposta Estas empresas que perdem 68% dos seus clientes, não con-
tratam profissionais com características básicas para atender o
Falando alto, gritando. Fale baixo, pausadamente.
público, não treinam estes profissionais na postura adequada,
Irritado Mantenha a calma. não criam um padrão de atendimento e este passa a ser reali-
Desafiando Não aceite. Ignore o desafio. zado de acordo com as características individuais e o bom senso
Diga-lhe que é possível resol- de cada um.
Ameaçando ver o problema sem a neces- A falta de noção clara da causa primária da perda de clien-
sidade de uma ação extrema. tes faz com que as empresas demitam os funcionários “porque
Diga-lhe que o compreende, eles não sabem nem atender o cliente”. Parece até que o atendi-
que gostaria que ele lhe des- mento é a tarefa mais simples da empresa e que menos merece
Ofendendo preocupação. Ao contrário, é a mais complexa e recheada de
se uma oportunidade para
ajudá-lo. nuances que perpassam pela condição individual e por condi-
ções sistêmicas.
6ª – Equilíbrio Emocional
Em uma época em que manter um excelente relacionamento Estas condições sistêmicas estão relacionadas a:
com o Cliente é um pré-requisito de sucesso, ter um alto coeficien- 1. Falta de uma política clara de serviços;
te de IE (Inteligência Emocional) é muito importante para todos 2. Indefinição do conceito de serviços;
os profissionais, particularmente os que trabalham diretamente no 3. Falta de um perfil adequado para o profissional de aten-
atendimento a Clientes. dimento;
4. Falta de um padrão de atendimento;
Você exercerá melhor sua Inteligência Emocional à me- 5. Inexistência do follow up;
dida que: 6. Falta de treinamento e qualificação de pessoal.
For paciente e compreensivo com o Cliente.
Tiver uma crescente capacidade de separar as questões Nas condições individuais, podemos encontrar a contra-
pessoais dos problemas da empresa. tação de pessoas com características opostas ao necessário para
Entender que o foco de “fúria” do Cliente não é você, atender ao público, como: timidez, avareza, rebeldia...
mas, sim, a empresa. Que você só está ali como uma espécie de
“para-raios”. SERVIÇO E POSTURA DE ATENDIMENTO
Não fizer pré julgamentos dos clientes. Observando estas duas condições principais que causam a
Entender que cada cliente é diferente do outro. vinculação ou o afastamento do cliente da empresa, podemos
Entender que para você o problema apresentado pelo separar a estrutura de uma empresa de serviços em dois itens: os
cliente é um entre dezenas de outros; para o cliente não, o proble- serviços e a postura de atendimento.
ma é único, é o problema dele.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
O SERVIÇO assume uma dimensão macro nas organizações Com estes requisitos, o sinal fica verde para o atendimento.
e, como tal, está diretamente relacionado ao próprio negócio.
Nesta visão mais global, estão incluídas as políticas de servi- A POSTURA pode ser entendida como a junção de todos os
ços, a sua própria definição e filosofia. Aqui, também são trata- aspectos relacionados com a nossa expressão corporal na sua tota-
dos os aspectos gerais da organização que dão peso ao negócio, lidade e nossa condição emocional.
como: o ambiente físico, as cores (pintura), os jardins. Este item,
portanto, depende mais diretamente da empresa e está mais Podemos destacar 03 pontos necessários para falarmos de
relacionado com as condições sistêmicas. POSTURA. São eles:
01. Ter uma POSTURA DE ABERTURA: que se caracteriza
Já a POSTURA DE ATENDIMENTO, que é o tratamento dis- por um posicionamento de humildade, mostrando-se sempre dis-
pensado às pessoas, está mais relacionado com o funcionário ponível para atender e interagir prontamente com o cliente. Esta
em si, com as suas atitudes e o seu modo de agir com os clien- POSTURA DE ABERTURA do atendente suscita alguns sentimen-
tes. Portanto, está ligado às condições individuais. tos positivos nos clientes, como por exemplo:
É necessário unir estes dois pontos e estabelecer nas políti- a) postura do atendente de manter os ombros abertos e o
cas das empresas, o treinamento, a definição de um padrão de peito aberto, passa ao cliente um sentimento de receptividade e
atendimento e de um perfil básico para o profissional de aten- acolhimento;
dimento, como forma de avançar no próprio negócio. Dessa b) deixar a cabeça meio curva e o corpo ligeiramente inclina-
maneira, estes dois itens se tornam complementares e inter-re- do transmite ao cliente a humildade do atendente;
lacionados, com dependência recíproca para terem peso. c) o olhar nos olhos e o aperto de mão firme traduzem res-
Para conhecermos melhor a postura de atendimento, faz-se peito e segurança;
necessário falar do Verdadeiro profissional do atendimento. d) a fisionomia amistosa, alenta um sentimento de afetividade
e calorosidade.
Os três passos do verdadeiro profissional de atendimento:
01. Entender o seu VERDADEIRO PAPEL, que é o de com- 02. Ter SINTONIA ENTRE FALA E EXPRESSÃO CORPORAL:
preender e atender as necessidades dos clientes, fazer com que que se caracteriza pela existência de uma unidade entre o que di-
ele seja bem recebido, ajudá-lo a se sentir importante e proporcio- zemos e o que expressamos no nosso corpo.
ná-lo um ambiente agradável. Este profissional é voltado comple- Quando fazemos isso, nos sentimos mais harmônicos e con-
tamente para a interação com o cliente, estando sempre com as fortáveis. Não precisamos fingir, mentir ou encobrir os nossos sen-
suas antenas ligadas neste, para perceber constantemente as suas timentos e eles fluem livremente. Dessa forma, nos sentimos mais
necessidades. Para este profissional, não basta apenas conhecer o livres do stress, das doenças, dos medos.
produto ou serviço, mas o mais importante é demonstrar interesse 03. As EXPRESSÕES FACIAIS: das quais podemos extrair dois
em relação às necessidades dos clientes e atendê-las. aspectos: o expressivo, ligado aos estados emocionais que elas
02. Entender o lado HUMANO, conhecendo as necessida- traduzem e a identificação destes estados pelas pessoas; e a sua
des dos clientes, aguçando a capacidade de perceber o cliente. função social que diz em que condições ocorreu a expressão, seus
Para entender o lado humano, é necessário que este profissional efeitos sobre o observador e quem a expressa.
tenha uma formação voltada para as pessoas e goste de lidar Podemos concluir, entendendo que, qualquer comportamen-
com gente. Se espera que ele fique feliz em fazer o outro feliz, to inclui posturas e é sempre fruto da interação complexa entre o
pois para este profissional, a felicidade de uma pessoa começa no organismo e o seu meio ambiente.
mesmo instante em que ela cessa a busca de sua própria felicida-
de para buscar a felicidade do outro. O olhar
03. Entender a necessidade de manter um ESTADO DE Os olhos transmitem o que está na nossa alma. Através do
ESPÍRITO POSITIVO, cultivando pensamentos e sentimentos olhar, podemos passar para as pessoas os nossos sentimentos mais
positivos, para ter atitudes adequadas no momento do atendi- profundos, pois ele reflete o nosso estado de espírito.
mento. Ele sabe que é fundamental separar os problemas parti- Ao analisar a expressão do olhar, não vamos nos prender so-
culares do dia a dia do trabalho e, para isso, cultiva o estado de mente a ele, mas a fisionomia como um todo para entendermos
espírito antes da chegada do cliente. O primeiro passo de cada o real sentido dos olhos.
dia, é iniciar o trabalho com a consciência de que o seu principal Um olhar brilhante transmite ao cliente a sensação de aco-
papel é o de ajudar os clientes a solucionarem suas necessida- lhimento, de interesse no atendimento das suas necessidades, de
des. A postura é de realizar serviços para o cliente. vontade de ajudar. Ao contrário, um olhar apático, traduz fraqueza
e desinteresse, dando ao cliente, a impressão de desgosto e dissa-
Os requisitos para contratação deste profissional bor pelo atendimento.
Para trabalhar com atendimento ao público, alguns requisi-
tos são essenciais ao atendente. São eles: Mas, você deve estar se perguntando: O que causa este brilho
Gostar de SERVIR, de fazer o outro feliz. nos nossos olhos ? A resposta é simples:
Gostar de lidar com gente. Gostar do que faz, gostar de prestar serviços ao outro, gostar
Ser extrovertido. de ajudar o próximo.
Ter humildade. Para atender ao público, é preciso que haja interesse e gosto,
Cultivar um estado de espírito positivo. pois só assim conseguimos repassar uma sensação agradável para
Satisfazer as necessidades do cliente. o cliente. Gostar de atender o público significa gostar de atender
Cuidar da aparência. as necessidades dos clientes, querer ver o cliente feliz e satisfeito.
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Como o olhar revela a atitude da mente, ele pode transmitir: Insistência para o cliente levar um item ou adquirir um
01. Interesse quando: bem;
Brilha; Seguir o cliente por toda a loja;
Tem atenção; O motorista de taxi que não pára de falar com o cliente
Vem acompanhado de aceno de cabeça. passageiro;
O garçom que fica de pé ao lado da mesa sugerindo
02. Desinteresse quando: pratos sem ser solicitado;
É apático; O funcionário que cumprimenta o cliente com dois
É imóvel, rígido; beijinhos e tapinhas nas costas;
Não tem expressão. O funcionário que transfere a ligação ou desliga o te-
lefone sem avisar.
O olhar desbloqueia o atendimento, pois quebra o gelo. O olhar
nos olhos dá credibilidade e não há como dissimular com o olhar. Estas situações não cabem na postura do verdadeiro profis-
sional do atendimento.
A aproximação - raio de ação.
A APROXIMAÇÃO do cliente está relacionada ao conceito O sorriso
de RAIO DE AÇÃO, que significa interagir com o público, inde- O SORRISO abre portas e é considerado uma linguagem
pendente deste ser cliente ou não. universal.
Esta interação ocorre dentro de um espaço físico de 3 me- Imagine que você tem um exame de saúde muito impor-
tros de distância do público e de um tempo imediato, ou seja, tante para receber e está apreensivo com o resultado. Você che-
prontamente. ga à clínica e é recebido por uma recepcionista que apresenta
Além do mais, deve ocorrer independentemente do funcio- um sorriso caloroso. Com certeza você se sentirá mais seguro
nário estar ou não na sua área de trabalho. Estes requisitos para e mais confiante, diminuindo um pouco a tensão inicial. Neste
a interação, a tornam mais eficaz. caso, o sorriso foi interpretado como um ato de apaziguamento.
Esta interação pode se caracterizar por um cumprimento O sorriso tem a capacidade de mudar o estado de espírito
verbal, uma saudação, um aceno de cabeça ou apenas por um das pessoas e as pesquisas revelam que as pessoas sorridentes
aceno de mão. O objetivo com isso, é fazer o cliente sentir-se são avaliadas mais favoravelmente do que as não sorridentes.
acolhido e certo de estar recebendo toda a atenção necessária O sorriso é um tipo de linguagem corporal, um tipo de co-
para satisfazer os seus anseios. municação não-verbal . Como tal, expressa as emoções e ge-
ralmente informa mais do que a linguagem falada e a escrita.
Alguns exemplos são: Dessa forma, podemos passar vários tipos de sentimentos e
1. No hotel, a arrumadeira está no corredor com o carrinho acarretar as mais diversas emoções no outro.
de limpeza e o hóspede sai do seu apartamento. Ela prontamen-
te olha para ele e diz com um sorriso: “bom dia!”. Ir ao encontro do cliente
2. O caixa de uma loja que cumprimenta o cliente no mo- Ir ao encontro do cliente é um forte sinal de compromis-
mento do pagamento; so no atendimento, por parte do atendente. Este item traduz a
03. O frentista do posto de gasolina que se aproxima ao ver importância dada ao cliente no momento de atendimento, na
o carro entrando no posto e faz uma sudação... qual o atendente faz tudo o que é possível para atender as suas
necessidades, pois ele compreende que satisfazê-las é funda-
A INVASÃO mental. Indo ao encontro do cliente, o atendente demonstra o
Mas, interagir no RAIO DE AÇÃO não tem nada a ver com seu interesse para com ele.
INVASÃO DE TERRITÓRIO.
Vamos entender melhor isso. A primeira impressão
Todo ser humano sente necessidade de definir um TERRITÓ- Você já deve ter ouvido milhares de vezes esta frase: A PRI-
RIO, que é um certo espaço entre si e os estranhos. Este território MEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA.
não se configura apenas em um espaço físico demarcado, mas Você concorda com ela?
principalmente num espaço pessoal e social, o que podemos tra- No mínimo seremos obrigados a dizer que será difícil a em-
duzir como a necessidade de privacidade, de respeito, de man- presa ter uma segunda chance para tentar mudar a impressão
ter uma distância ideal entre si e os outros de acordo com cada inicial, se esta foi negativa, pois dificilmente o cliente irá voltar.
situação. É muito mais difícil e também mais caro, trazer de volta o
Quando estes territórios são invadidos, ocorrem cortes na cliente perdido, aquele que foi mal atendido ou que não teve os
privacidade, o que normalmente traz consequências negativas. seus desejos satisfeitos.
Podemos exemplificar estas invasões com algumas situações Estes clientes perdem a confiança na empresa e normal-
corriqueiras: uma piada muito picante contada na presença de mente os custos para resgatá-la, são altos. Alguns mecanismos
pessoas estranhas a um grupo social; ficar muito próximo do ou- que as empresas adotam são os contatos via telemarketing, ma-
tro, quase se encostando nele; dar um tapinha nas costas... la-direta, visitas, mas nem sempre são eficazes.
Nas situações de atendimento, são bastante comuns as in- A maioria das empresas não têm noção da quantidade de
vasões de território pelos atendentes. Estas, na sua maioria, cau- clientes perdidos durante a sua existência, pois elas não adotam me-
sam mal-estar aos clientes, pois são traduzidas por eles como canismos de identificação de reclamações e/ou insatisfações destes
atitudes grosseiras e poucos sensíveis. Alguns são os exemplos clientes. Assim, elas deixam escapar as armas que teriam para refor-
destas atitudes e situações mais comuns: çar os seus processos internos e o seu sistema de trabalho.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Quando as organizações atentam para essa importân- É importante lembrar que o cumprimento deve estar asso-
cia, elas passam a aplicar instrumentos de medição. ciado ao olhar nos olhos, a cabeça erguida, os ombros e o peito
Mas, estes coletores de dados nem sempre traduzem a abertos, totalizando uma sintonia entre fala e expressão corporal.
realidade, pois muitas vezes trazem perguntas vagas, subje- Não se esqueça: apesar de haver uma forma adequada de
tivas ou pedem a opinião aberta sobre o assunto. cumprimentar, esta jamais deverá ser mecânica e automática.
Dessa forma, fica difícil mensurar e acaba-se por não co-
lher as informações reais. Tom de voz
A saída seria criar medidores que traduzissem com fatos A voz é carregada de magnetismo e como tal, traz uma onda
e dados, as verdadeiras opiniões do cliente sobre o serviço e de intensa vibração. O tom de voz e a maneira como dizemos as
o produto adquiridos da empresa. palavras, são mais importantes do que as próprias palavras.
Podemos dizer ao cliente: “a sua televisão deveria sair hoje
Apresentação pessoal do conserto, mas por falta de uma peça, ela só estará pronta na
Que imagem você acha que transmitimos ao cliente próxima semana “. De acordo com a maneira que dizemos e de
quando o atendemos com as unhas sujas, os cabelos des- acordo com o tom de voz que usamos, vamos perceber reações
penteados, as roupas mal cuidadas... ? diferentes do cliente.
O atendente está na linha de frente e é responsável pelo Se dizemos isso com simpatia, naturalmente nos desculpan-
contato, além de representar a empresa neste momento. do pela falha e assumindo uma postura de humildade, falando
Para transmitir confiabilidade, segurança, bons serviços e com calma e num tom amistoso e agradável, percebemos que a
cuidado, se faz necessário, também, ter uma boa apresen- reação do cliente será de compreensão.
tação pessoal. Por outro lado, se a mesma frase é dita de forma mecânica,
estudada, artificial, ríspida, fria e com arrogância, poderemos ter
Alguns cuidados são essenciais para tornar este item um cliente reagindo com raiva, procurando o gerente, gritando...
mais completo. São eles: As palavras são símbolos com significados próprios. A forma
01. Tomar um BANHO antes do trabalho diário: além como elas são utilizadas também traz o seu significado e com
da função higiênica, também é revigorante e espanta a pre- isso, cada palavra tem a sua vibração especial.
guiça;
02. Cuidar sempre da HIGIENE PESSOAL: unhas limpas, Saber escutar
cabelos cortados e penteados, dentes cuidados, hálito agra- Você acha que existe diferença entre OUVIR e ESCUTAR? Se
dável, axilas você respondeu que não, você errou.
Asseadas, barba feita; Escutar é muito mais do que ouvir, pois é captar o verdadeiro
03. Roupas limpas e conservadas; sentido, compreendendo e interpretando a essência, o conteúdo
04. Sapatos limpos; da comunicação.
05. Usar o CRACHÁ DE IDENTIFICAÇÃO, em local visí- O ato de ESCUTAR está diretamente relacionado com a nos-
vel pelo cliente. sa capacidade de perceber o outro. E, para percebermos o outro,
o cliente que está diante de nós, precisamos nos despojar das
Quando estes cuidados básicos não são tomados, o barreiras que atrapalham e empobrecem o processo de comu-
cliente se questiona : “ puxa, se ele não cuida nem dele, da nicação. São elas:
sua aparência pessoal, como é que vai cuidar de me prestar * os nossos PRECONCEITOS;
um bom serviço ? “ * as DISTRAÇÕES;
A apresentação pessoal, a aparência, é um aspecto im- * os JULGAMENTOS PRÉVIOS;
portante para criar uma relação de proximidade e confiança * as ANTIPATIAS.
entre o cliente e o atendente.
Para interagirmos e nos comunicarmos a contento, precisa-
Cumprimento caloroso mos compreender o TODO, captando os estímulos que vêm do
O que você sente quando alguém aperta a sua mão sem outro, fazendo uma leitura completa da situação.
firmeza ? Precisamos querer escutar, assumindo uma postura de re-
Às vezes ouvimos as pessoas comentando que se co- ceptividade e simpatia, afinal, nós temos dois ouvidos e uma
nhece alguém, a sua integridade moral, pela qualidade do boca, o que nos sugere que é preciso escutar mais do que
seu aperto de mão. falar.
O aperto de mão “ frouxo “ transmite apatia, passivi- Quando não sabemos escutar o cliente - interrompendo-o,
dade, baixa energia, desinteresse, pouca interação, falta de falando mais que ele, dividindo a atenção com outras situações
compromisso com o contato. - tiramos dele, a oportunidade de expressar os seus verdadeiros
Ao contrário, o cumprimento muito forte, do tipo que anseios e necessidades e corremos o risco de aborrecê-lo, pois
machuca a mão, ao invés de trazer uma mensagem positiva, não iremos conseguir atende-las.
causa um mal estar, traduzindo hiperatividade, agressivida- A mais poderosa forma de escutar é a empatia ( que va-
de, invasão e desrespeito. O ideal é ter um cumprimento mos conhecer mais na frente ). Ela nos permite escutar de fato,
firme, que prenda toda a mão, mas que a deixe livre, sem os sentimentos por trás do que está sendo dito, mas, para isso,
sufocá-la. Este aperto de mão demonstra interesse pelo ou- é preciso que o atendente esteja sintonizado emocionalmente
tro, firmeza, bom nível de energia, atividade e compromisso com o cliente. Esta sintonia se dá através do despojamento das
com o contato. barreiras que já falamos antes.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Esquecemos de perceber principalmente os seus sentimen- Em alguns casos, a percepção seletiva age como mecanismo
tos e necessidades. Com o orgulho e o egoísmo, nos tornamos de defesa.
vaidosos e passamos a ver os outros de acordo com o que estes
óculos registram: os nossos preconceitos, nossos valores, nossos O ESTADO INTERIOR
sentimentos... O ESTADO INTERIOR, como o próprio nome sugere, é a
Sendo orgulhosos e egoístas não sabemos AMAR, não sa- condição interna, o estado de espírito diante das situações.
bemos repartir, não sabemos doar. A atitude de quem atende o público está diretamente rela-
Só queremos tudo para nós, só “amamos” a nós mesmos, só cionada ao seu estado interior. Ou seja, se o atendente mantém
lembramos de nós. É aqui que a empatia se deteriora, quando os um equilíbrio interno, sem tensões ou preocupações excessivas,
nossos próprios sentimentos são tão fortes que não permitem as suas atitudes serão mais positivas frente ao cliente.
harmonização com o outro e passam por cima de tudo. Dessa forma, o estado interior está ligado aos pensamentos
OS EGOÍSTAS E ORGULHOSOS NÃO PODEM TRABALHAR e sentimentos cultivados pelo atendente. E estes, dão suporte as
COM O PÚBLICO, POIS ELES NÃO TÊM CAPACIDADE DE SE CO- atitudes frente ao cliente.
LOCAR NO LUGAR DO OUTRO E ENTENDER OS SEUS SENTI- Se o estado de espírito supõe sentimentos e pensamentos
MENTOS E NECESSIDADES. negativos, relacionados ao orgulho, egoísmo e vaidade, as atitu-
des advindas deste estado, sofrerão as suas influências e serão:
Ao contrário dos egoístas, os empáticos são altruístas, pois * Atitudes preconceituosas;
as raízes da moralidade estão na empatia. Para concluir, pode- * Atitudes de exclusão e repulsa;
mos lembrar a frase de Saint-Exupéry no livro O Pequeno Prín- * Atitudes de fechamento;
cipe: “Só se vê bem com o coração; o essencial é invisível aos * Atitudes de rejeição.
olhos“. Isto é empatia. É necessário haver um equilíbrio interno, uma estabilidade,
para que o atendente consiga manter uma atitude positiva com
PERCEPÇÃO os clientes e as situações.
PERCEPÇÃO é a capacidade que temos de compreender
e captar as situações, o que exige sintonia e é fundamental no O ENVOLVIMENTO
processo de atendimento ao público. Para percebermos melhor, A demonstração de interesse, prestando atenção ao cliente
precisamos passar pelo “esvaziamento” de nós mesmos, ficando e voltando-se inteiramente ao seu atendimento, é o caminho
assim, mais próximos do outro. Mas, como é isso? Vamos ficar para o verdadeiro sentido de atender.
vazios? É isso mesmo. Vamos ficar vazios dos nossos preconcei- Na área de serviços, o produto é o próprio serviço presta-
tos, das nossas antipatias, dos nossos medos, dos nossos blo- do, que se traduz na INTERAÇÃO do funcionário com o cliente.
queios, vamos observar as situações na sua totalidade, para en- Um serviço é, então, um resultado psicológico e pessoal que
tendermos melhor o que o cliente deseja. Vamos ilustrar com um depende de fatores relacionados com a interação com o ou-
exemplo real: certa vez, em uma loja de carros, entra um senhor tro. Quando o atendente tem um envolvimento baixo com o
de aproximadamente 65 anos, usando um chapéu de palha, ca- cliente, este percebe com clareza a sua falta de compromisso. As
miseta rasgada e calça amarrada na cintura por um barbante. preocupações excessivas, o trabalho estafante, as pressões exa-
Ele entrou na sala do gerente, que imediatamente se levantou cerbadas, a falta de liderança, o nível de burocracia, são fatores
pedindo para ele se retirar, pois não era permitido “pedir esmolas que contribuem para uma interação fraca com o cliente. Esta
ali “. O senhor com muita paciência, retirou de um saco plástico fraqueza de envolvimento não permite captar a essência dos
que carregava, um “bolo“ de dinheiro e disse: “eu quero comprar desejos do cliente, o que se traduz em insatisfação. Um exemplo
aquele carro ali”. simples disso é a divisão de atenção por parte do atendente.
Este exemplo, apesar de extremo, é real e retrata claramen- Quando este divide a atenção no atendimento entre o cliente e
te o que podemos fazer com o outro quando pré-julgamos as os colegas ou outras situações, o cliente sente-se desrespeitado,
situações. diminuído e ressentido. A sua impressão sobre a empresa é de
Precisamos ver o TODO e não só as partes, pois o todo é fraqueza e o Momento da Verdade é pobre.
muito mais do que a soma das partes. Ele nos diz o que é e não Esta ação traz consequências negativas como: impossibili-
é harmônico e com ele percebemos a essência dos fatos e si- dade de escutar o cliente, falta de empatia, desrespeito com o
tuações. seu tempo, pouca agilidade, baixo compromisso com o atendi-
Ainda falando em PERCEPÇÃO, devemos ter cuidado com a mento.
PERCEPÇÃO SELETIVA, que é uma distorção de percepção, na Às vezes, a própria empresa não oferece uma estrutura ade-
qual vemos, escutamos e sentimos apenas aquilo que nos inte- quada para o atendimento ao público, obrigando o atendente
ressa. Esta seleção age como um filtro, que deixa passar apenas a dividir o seu trabalho entre atendimento pessoal e telefônico,
o que convém. Esta filtragem está diretamente relacionada com quando normalmente há um fluxo grande de ambos no setor.
a nossa condição física-psíquica emocional. Como é isso? Vamos Neste caso, o ideal seria separar os dois tipos de atendimento,
entender: evitando problemas desta espécie.
a)Se estou com medo de passar em rua deserta e escura, a Alguns exemplos comuns de divisão de atenção são:
sombra do galho de uma árvore pode me assustar, pois eu pos- * atender pessoalmente e interromper com o telefone
so percebê-lo como um braço com uma faca para me apunhalar; * atender o telefone e interromper com o contato direto
b) Se estou com muita fome, posso ter a sensação de um * sair para tomar café ou lanchar
cheiro agradável de comida; * conversar com o colega do lado sobre o final de semana,
c) Se fiz algo errado e sou repreendida, posso ouvir a parte férias, namorado, tudo isso no momento de atendimento ao
mais amena da repreensão e reprimir a mais severa. cliente.
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Assistente Técnico
E por que vale a pena ser ético? Os desafios do mercado são muitos, mas a postura como
Para que possamos agir de modo que as consequências encaramos estes desafios faz toda a diferença. Se nos posicio-
de nossas ações possibilitem a aceitação e aprovação de nos- narmos de forma ética, dinâmica, colaborativa e hospitaleira
so comportamento pelo grupo social que nos cerca e ao mes- estaremos de fato contribuindo para o nosso crescimento pro-
mo tempo para garantir a nossa qualidade de vida. Quando fissional e para o sucesso da empresa como um todo. O bom
agimos de forma ética (de acordo com os princípios básicos profissional deve combinar um conhecimento técnico ade-
de convivência e civilidade difundidos em nossa sociedade) quado com um comportamento desejável. Nenhum desses
e respeitamos a moral (as regras escritas e não escritas que dois ingredientes sozinho pode construir um bom profissional.
determinam o comportamento de todos os membros de uma Somente a boa postura de um profissional sem conhecimento
sociedade) somos respeitados por nossos atos e passamos a técnico não conduz ao sucesso, ao mesmo tempo em que os
ser mais valorizados no julgamento de todos que nos cercam. conhecimentos técnicos de um profissional não bastam se este
Um comportamento sempre ético não dá margens a dú- não souber se comportar da maneira correta.
vidas com relação ao nosso caráter e à nossa integridade e Algumas ferramentas comportamentais podem ser de
nos confere o status de bom cidadão e bom profissional. O grande auxílio na formação de um profissional com postu-
nosso comportamento ético tem o poder de mudar o meio ra mais adequada. A comunicação interpessoal é um aspecto
em que vivemos. Por mais corrompido e difícil que seja o am- básico muito importante e pode auxiliar muito o profissional a
biente externo (seja ele profissional ou não) cada um de nós melhorar seus aspectos comportamentais. Deve ser entendida
possui a capacidade da alterá-lo por meio de nossa postura como uma das principais ferramentas de trabalho no restauran-
individual. te. Independente do cargo e da função exercida por cada um,
Se o meu comportamento é sempre ético, eu passo a todos têm que se comunicar durante todo o tempo, seja com os
ter a capacidade de exigir que o comportamento das outras clientes, com os colegas, ou com os outros setores.
pessoas para comigo seja da mesma forma ético. O relacio- Se cada funcionário souber a melhor forma de se comu-
namento com todos se altera a partir da minha mudança indi- nicar o trabalho fica muito mais fácil e os problemas são evita-
vidual. O meu comportamento ético fará com que as pessoas dos, tornando o ambiente mais agradável e produtivo. A boa
comunicação deve partir de cada um de nós. É muito comum
passem a me tratar de forma mais respeitosa e justa. Dessa
encontrarmos excelentes profissionais que não conseguem
maneira, a minha opinião passa a ter mais valor, minhas ações
mostrar todo o seu potencial no trabalho devido a dificuldades
passam a ter mais peso e por fim minha influência positiva
de comunicação. A forma de se expressar é muito importante
na sociedade passa a ser sentida e me traz retornos positivos.
e pode ser a diferença entre um profissional medíocre de um
Por mais que meu comportamento ético não consiga al-
funcionário eficiente e com condições de progredir na carreira.
terar a situação global do meio social onde estou inserido,
Algumas regras básicas devem ser entendidas e aplicadas
com certeza ele fará com que ocorra uma mudança positi- para que cada um consiga se comunicar da melhor maneira
va da atitude das pessoas para comigo e isso me traz efeitos possível. Isso não significa que existe um modo único de nos
muito positivos ao nível pessoal. Vale à pena tentar! O maior comunicarmos. Na verdade cada um tem seu próprio estilo de
beneficiado com a minha postura ética sou eu mesmo e, por- comunicação e isso deve ser respeitado. Porém todos os tipos
tanto, trabalhar e viver com ética é o melhor caminho para de pessoa (os tímidos, os extrovertidos, os falantes, os calados,
trabalhar e viver com paz e tranquilidade e ser respeitado etc.) podem aprimorar a forma como se comunicam com os ou-
como profissional e cidadão. tros e utilizar a boa comunicação como ferramenta de trabalho.
O comportamento ético é traduzido no ambiente de tra- O termo comunicação vem do latim communicatione e
balho por uma postura profissional adequada. Entende-se significa tornar comum, transmitir. A comunicação não inclui
por postura o modo como nos apresentamos junto aos nos- apenas mensagens que as pessoas trocam de forma voluntá-
sos colegas profissionais e clientes. É a forma como podemos ria entre si. As mensagens podem ser trocadas consciente ou
externalizar o nosso profissionalismo interior por intermédio inconscientemente. A comunicação é uma transmissão e recep-
de atitudes, gestos e dizeres. Logo, é importante que nosso ção de ideias, de informações e de sentimentos e tem como
comportamento seja adequado para que possamos transmitir principais componentes o emissor, o receptor, a mensagem e o
uma boa imagem pessoal em nosso ambiente de trabalho. código (veículo em que a informação é transmitida).
O depoimento de um funcionário do restaurante de um Neste processo o emissor (pessoa que tem uma informação
hotel de alto padrão, em Belo Horizonte nos mostra como o para repassar), utilizará algum tipo de código (ou linguagem) para
setor de alimentos e bebidas valoriza a boa postura profis- que o receptor (pessoa ou grupo de pessoas a que se destina a
sional: informação) a compreenda. Após a sua codificação, a informação
[...] o mais difícil são as atitudes, os aspectos comporta- transforma-se em mensagem que será transmitida do emissor
mentais. O comportamento é que faz a diferença no atendi- para o receptor (ou receptores) por meio de um meio específico.
mento. (...) Pode saber fazer, mas se não quiser, não faz. (...) O processo de comunicação é bem-sucedido quando o
Depois do comportamento é que vem o saber fazer, para receptor capta a informação transmitida com o mínimo de dis-
manter o padrão do hotel. (AUTOR, ano, p.). torção (ou diferenças) em relação à informação original. É um
Muitos bons profissionais não são valorizados, pois trans- processo que parece simples, mas que pode ser prejudicado por
mitem uma imagem ruim de si, ou seja, não têm uma postura vários fatores, que são chamados de ruídos de comunicação. Os
adequada. A busca por um profissional capaz de realizar um ruídos podem partir do emissor, do receptor ou do meio am-
bom atendimento representa hoje uma grande preocupação biente onde se desenvolve o processo de comunicação. Quanto
dos estabelecimentos de alimentos e bebidas, sejam estes de menor a quantidade de ruído presente na comunicação maior
qualquer perfil ou porte. às chances de se obter um bom resultado.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Para que o ruído seja reduzido e o processo de comunicação III - Classe é o conjunto de cargos de igual deno-
ocorra sem problemas deve haver a colaboração do emissor e minação e com atribuições, responsabilidades e padrões de
do receptor. As principais formas de cada um destes elementos vencimento;
colaborar no bom processo de comunicação são. IV - Série de Classes é o conjunto de classes da
No ato da comunicação cada pessoa sempre atua como mesma denominação, dispostas, hierarquicamente, de acordo
emissor e receptor simultaneamente, daí a necessidade da aten- com o grau de complexidade das atribuições, nível de respon-
ção constante para que o processo se efetive com eficácia. Outro sabilidade, e constitui a linha natural de promoção do funcio-
elemento da comunicação que é muito importante para seu su- nário.
cesso é o feedback, que pode ser definido como retorno dado V - Lotação é o numero de cargos e funções gratifi-
pelo receptor ao emissor, após ter recebido uma mensagem. cadas fixado para cada repartição, ou ainda o número de servi-
Um bom feedback dá fluidez à comunicação a partir do mo- dores que devem ter exercício em cada unidade administrativa.
mento em que auxilia emissor e receptor a certificarem-se de Art. 3.º - Ao funcionário não serão atribuídas responsabi-
que as informações estão sendo transmitidas e entendidas de lidades ou cometidos serviços alheios aos definidos em lei ou
forma adequada. No processo de comunicação do restaurante regulamento como típicos do seu cargo, exceto funções gra-
é muito importante recebermos e valorizarmos o feedback de tificadas, comissões ou mandatos em órgãos de deliberação
nossos clientes. Se levarmos em consideração tudo àquilo que o coletiva do Estado ou de que o Estado participe.
cliente nos transmite saberemos de forma mais exata o que ele Art. 4.º - É vedada a prestação de serviços gratuítos, salvo
deseja, necessita, pensa, sente e teremos melhores condições de no desempenho de função transitória de natureza especial ou
satisfazê-lo. na participação em comissões ou grupos de trabalho.
Escutar sempre nossos clientes e procurar sempre dar um
feedback positivo é uma ótima maneira de aprimorar o proces- TÍTULO II
so de comunicação e melhorar a qualidade do serviço prestado. DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA DOS CARGOS PÚ-
Além da comunicação outras pequenas atitudes podem fazer a BLICOS CAPÍTULO I
diferença no momento do atendimento ao cliente. DO PROVIMENTO SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
FONTE: http://www.portaleducacao.com.br/iniciacao-pro-
Art. 5.º - São formas de provimento dos cargos públicos:
fissional/artigos/17750/etica-e-postura-profissional#!4#ixzz4D-
I - Nomeação;
qBCNcjy
II - Promoção;
III - Acesso;
IV - Readmissão;
ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS V - Reintegração;
CIVIS DO ESTADO DO AMAZONAS-LEI VI VI - Reversão;
Nº1.762/86 E SUAS ALTERAÇÕES. VII - Aproveitamento;
VIII - Transferência; e
IX - Readaptação.
Art. 6.º - Lei ou regulamento estabelecerá as qualificações
LEI N.º 1.762 DE 14 DE NOVEMBRO DE 1986 para o provimento e as atribuições dos cargos públicos em ge-
DISPÕE sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis ral.
do Estado do Amazonas.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS, SEÇÃO II
FAÇO SABER a todos os habitantes que a ASSEMBLÉIA LE- DA NOMEAÇÃO
GISLATIVA decretou e eu sanciono a presente
Art. 7.º - A nomeação será feita:
LEI: I - Em caráter efetivo;
II - Em comissão, quando se tratar de cargo que,
TÍTULO I CAPÍTULO ÚNICO por Lei, assim deva ser provido;
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES III - (Revogado).
Art. 8.º - A nomeação em caráter efetivo dependerá, sem-
Art. 1.º - Esta Lei dispõe sobre o regime jurídico dos Funcio- pre, de prévia habilitação em concurso público de provas ou de
nários Públicos Civis do Estado do Amazonas. provas e títulos, devendo obedecer, obrigatoriamente, à ordem
Parágrafo único - As disposições desta Lei, salvo norma legal de classificação dos concursados para cada cargo, observados
expressa, não se aplicam aos servidores regidos por legislação ainda o prazo de validade do concurso e o número de vagas
especial. existentes.
Art. 2.º - Para efeito desta Lei: Art. 9.º - Ressalvados os casos previstos em lei, é exigida a
I - Funcionário é a pessoa legalmente investida em idade mínima de dezoito e a máxima de sessenta anos com-
cargo público; pletos, na data do encerramento da inscrição em concurso pú-
II - Cargo é a designação do conjunto de atribuições blico.
e responsabilidades cometidas a um funcionário, identificando- Parágrafo único - Não dependerá de limite de idade a ins-
-se pelas características de criação por lei, denominação própria, crição em concurso do ocupante de cargo público estadual de
número certo e pagamento pelos cofres do Estado; provimento efetivo.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Art. 10 - Dentre os candidatos aprovados, os classificados Art. 24 - O processo seletivo exigirá concurso interno, de
até o limite de vagas, existentes à época do edital, têm assegu- caráter competitivo e eliminatório no qual serão indispensáveis
rado o direito à nomeação, no prazo de validade do concurso. nível de conhecimento compatível com a atividade própria do
Parágrafo único - Os demais candidatos aprovados serão cargo a ser provido, formalidades e condições idênticas às es-
nomeados à medida que ocorrerem vagas, dentro do prazo tabelecidas para o concurso público, exceto limite de idade.
de validade do concurso. Parágrafo único - Somente poderá inscrever-se, no con-
Art. 11 - O regulamento ou edital do concurso indicará o curso interno, funcionário com mais de três anos de serviço
respectivo prazo de validade, que não poderá ser superior a público estadual, sob regime deste Estatuto, e com habilita-
quatro anos, incluídas as prorrogações. ção profissional ou escolaridade exigida para o ingresso na
Art. 12 - O cargo em comissão será sempre de livre esco- classe em concorrência.
lha do Governador, dos Presidentes dos Poderes Legislativo ou
Judiciário e dos Tribunais de Contas. SEÇÃO V
DA READMISSÃO
SEÇÃO III
DA PROMOÇÃO Art. 25 - Readmissão é o ato pelo qual o funcionário
exonerado reingressa no serviço público, sem direito a res-
Art. 13 - Promoção é a forma pela qual o funcionário sarcimento de qualquer espécie e sempre por conveniência
progride na série de classes, e consiste na passagem da re- da Administração.
ferência em que se encontra, para a imediatamente superior, Parágrafo único - A readmissão dependerá da existên-
observadas as normas constantes de Regulamento próprio. cia de vaga e far-se-á no cargo anteriormente ocupado pelo
Art. 14 - A promoção pode ocorrer mediante avanço ho- funcionário exonerado ou, se transformado, no cargo resul-
rizontal e vertical. tante da transformação.
Art. 15 - A promoção horizontal é a mudança de referência
dentro da mesma classe e independerá da existência de vaga. SEÇÃO VI
DA REINTEGRAÇÃO
Art. 16 - A promoção vertical consiste na passagem de
referência final de uma classe para a inicial da classe imediata-
Art. 26 - Reintegração é o ato pelo qual o demitido rein-
mente superior, dentro da mesma série de classes, e depende-
gressa no serviço público, em decorrência de decisão ad-
rá da existência de vaga.
ministrativa ou judicial transitada em julgado, com o ressar-
Art. 17 - As promoções obedecerão aos critérios de anti-
cimento de todos os direitos e vantagens, bem como dos
güidade e de merecimento, alternadamente, sendo a primeira
prejuízos resultantes da demissão.
sempre por antigüidade. Art. 27 - Deferido o pedido por decisão administrativa
Art. 18 - A promoção por antigüidade recairá no funcionário ou transitada em julgado a sentença, será expedido o ato
com mais tempo de efetivo exercício na referência, apurado em dias. de reintegração.
Parágrafo único - Havendo empate, terá preferência su- § 1.º - Se o cargo houver sido transformado, a reintegra-
cessivamente, o funcionário: I - de maior tempo na classe; ção dar-se-á no cargo resultante da transformação.
II - de maior tempo na série de classes; § 2.º - Se extinto o cargo antes ocupado, a reintegração
III - de maior tempo no serviço público estadual; ocorrerá no cargo de vencimento equivalente, respeitada a
IV - de maior tempo no serviço público; habilitação profissional.
V - mais idoso. § 3.º - Se inviáveis as soluções indicadas nos parágrafos
Art. 19 - O merecimento obedecerá a critérios pelos quais precedentes, será restabelecido automaticamente o cargo
serão aferidos os graus de pontualidade, assiduidade, eficiên- anterior, no qual se dará a reintegração.
cia, espírito de colaboração ético-profissional e cumprimento
dos deveres por parte do funcionário. SEÇÃO VII
Art. 20 - O interstício para a promoção horizontal será de DA REVERSÃO
dezoito meses.
Art. 21 - Para efeito de promoção vertical, o interstício, na Art. 28 - Reversão é o ato pelo qual o aposentado rein-
classe, será de vinte e quatro meses. gressa no serviço público, a pedido ou “ex-offício”.
Art. 22 - Somente por antigüidade será promovido o fun- § 1.º - A reversão “ex-offício” ocorrerá quando insubsisten-
cionário em exercício de mandato legislativo. tes as razões que determinaram a aposentadoria por invalidez.
§ 2.º - A reversão somente poderá se efetivar quando,
SEÇÃO IV em inspeção médica, ficar comprovada a capacidade para o
DO ACESSO exercício do cargo.
§ 3.º - Será tornada sem efeito a reversão “ex-offício”
Art. 23 - O acesso é o ato pelo qual o funcionário obtém, me- e cassada a aposentadoria do funcionário que não tomar
diante processo seletivo, elevação de uma série de classes ou clas- posse ou não entrar no exercício dentro de prazo legal.
se singular para outra do mesmo ou de outro grupo, na jurisdição Art. 29 - A reversão far-se-á no mesmo cargo ou em
do mesmo ou de outro órgão integrante da Administração Direta. cargo resultante da transformação.
§ 1.º - Quando se tratar de série de classes, o acesso só Parágrafo único - Em casos especiais, a juízo da Administra-
poderá ocorrer para a classe inicial de carreira. ção, poderá o aposentado reverter em outro cargo de igual ven-
§ 2.º - O acesso precederá ao concurso público. cimento, respeitados os requisitos para o respectivo provimento.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CAPÍTULO IV CAPÍTULO V
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO E DA ESTABILIDADE SEÇÃO I DA SUBSTITUIÇÃO
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 51 - Haverá substituição nos casos de impedimento
Art. 47. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para car- legal ou afastamento de titular de cargo em comissão, função
go de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório, por gratificada ou função de confiança.
período de três anos, durante o qual seu desempenho será avalia- Parágrafo único - (Revogado).
do por comissão especialmente constituída para essa finalidade. § 1º - A substituição de que trata este artigo será remune-
Parágrafo único - (Suprimido). rada, qualquer que seja a natureza do afastamento, desde que
§ 1.º O estagiário poderá afastar-se do exercício do cargo em por período superior a trinta dias consecutivos, paga na propor-
caso de férias, nomeação para cargo de provimento em comissão ção dos dias de efetiva substituição que excederem o referido
destinado às atribuições de direção, chefia e assessoramento su- período.
perior ou licença para tratamento de saúde. § 2º - Em nenhuma hipótese haverá remuneração por subs-
§ 2.º O servidor público que for nomeado para exercício de tituição automática, entendida esta como a que integra a fun-
cargo de provimento em comissão, destinado às atribuições de ção própria do cargo de que o servidor for titular.
direção, chefia e assessoramento superior, em organismo do Po- § 3º - A substituição prevista no caput deste artigo dar-se-á
der Executivo Estadual, ficará, automaticamente, à disposição do mediante designação do servidor substituto, por ato do dirigen-
órgão ou entidade onde tiver exercício, com ou sem ônus para o te do órgão ou entidade.
órgão de origem, observadas as regras de opção e limite remu-
neratórios. CAPÍTULO VI
§ 3.º Quando a nomeação decorrer de ato dos Poderes Le- DA REMOÇÃO
gislativo e Judiciário, do Ministério Público Estadual, do Tribunal
de Contas do Estado, de outros órgãos ou entidades da Adminis- Art. 52 - Remoção é o ato pelo qual o funcionário é desloca-
tração Federal, de outros Estados, do Distrito Federal ou das Ad- do de um órgão para outro, dentro da mesma repartição.
ministrações Municipais, as disposições serão concedidas, por ato Parágrafo único - A remoção do funcionário será feita a seu
do Governador, mediante a satisfação dos seguintes requisitos: pedido, por permuta, ou “ex-officio”. Art. 53 - A remoção por
I - operar-se-ão, como regra geral, sem quaisquer permuta ocorrerá a pedido escrito de ambos os interessados.
ônus para a repartição de origem e pelo prazo de doze meses,
prorrogável a critério do Chefe do Poder Executivo; CAPÍTULO VII
II - o ato concessivo somente será editado se a requi- DA VACÂNCIA
sição se referir ao exercício de cargo de provimento em comis-
são destinado às atribuições de direção, chefia e assessoramento Art. 54 - A vacância de cargo público decorrerá de :
superior ou função de confiança, estabelecendo-se, no próprio I - Exoneração;
ato, o compromisso de ressarcimento ao Estado do Amazonas, II - Demissão;
quando o servidor optar pela remuneração de seu cargo efetivo, III - Acesso;
nos termos do artigo 109, XXIII, da Constituição Estadual, com IV - Promoção;
as alterações promovidas pela Emenda Constitucional n.º 36, V - Transferência; VI - Readaptação;
de 13 de dezembro de 1999. VII - Aposentadoria; e VIII - Falecimento.
Art. 55 - Dar-se-á exoneração:
Art. 48. Cumprido satisfatoriamente o estágio probatório, o I - A pedido do funcionário; II - “Ex-Officio”.
servidor adquirirá estabilidade no serviço público após o terceiro a) quando se tratar de cargo em comissão e não
ano de efetivo exercício. ocorrer a hipótese do item I;
b) quando o funcionário não entrar em exercício
SEÇÃO II dentro do prazo legal;
DA ESTABILIDADE c) quando não satisfeitas as condições do estágio
probatório.
Art. 49. O servidor não aprovado no estágio será exonerado,
salvo se já estável no serviço público, hipótese em que será re- TÍTULO III CAPÍTULO ÚNICO
conduzido ao cargo de que era titular ou aproveitado em outro DO TEMPO DE SERVIÇO
de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente
ocupado, se aquele se encontrar provido. Art. 56 - Será considerado como de efetivo exercício o afas-
Art. 50 - O servidor público estável só perderá o cargo: tamento do funcionário em virtude de: I - Férias;
I - em virtude de sentença judicial transitada em jul- II - Casamento, até oito dias;
gado; III - Falecimento do cônjuge ou parente consangüí-
II - mediante processo administrativo em que lhe seja neo ou afim, até o segundo grau, não excedente a oito dias; IV
assegurada ampla defesa; - Serviços obrigatórios por lei;
III - mediante procedimento de avaliação periódica V - Licença, salvo a que determinar a perda do ven-
de desempenho, na forma de lei complementar federal, assegu- cimento;
rada ampla defesa. VI - Faltas justificadas, até o máximo de três por
mês, na forma prevista no artigo 86 deste Estatuto;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
VII - Missão ou estudo fora da sede de exercício, § 4.º - Atendida a conveniência do serviço público, obser-
quando autorizado o afastamento pela autoridade competente; var-se-á na organização da escala, quando possível, o interesse
VIII - Trânsito em decorrência de mudança da sede de do funcionário.
exercício, até quinze dias; § 5.º - A escala de férias poderá ser alterada por necessi-
IX - Competições esportivas em que represente o Bra- dade do serviço.
sil ou o Estado do Amazonas; X - Prestação de concurso público; Art. 63 - Poderão ser acumuladas até três períodos de fé-
XI - Disposição ou exercício de cargo de confiança no serviço rias, por imperiosa necessidade do serviço, declarada por escri-
público. to pelo chefe imediato do funcionário e, quando for o caso, re-
Art. 57 - O tempo de serviço do funcionário afastado para conhecida pelo titular da Secretária de Estado ou da Autarquia
exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, será competente, ou ainda, pelo Presidente do Poder Legislativo ou
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por do Judiciário e dos Tribunais de Contas.
merecimento. § 1.º - A declaração constante do “caput” deste artigo será
Art. 58 - Para efeito de aposentadoria, disponibilidade e adi- formulada até dez dias antes da data prevista para início do
cional, será computado integralmente: I - O tempo de serviço fe- gozo de férias.
deral, estadual ou municipal; § 2.º - A acumulação de períodos de férias não autoriza a
II - O tempo de serviço ativo nas Forças Armadas acumulação do valor das férias anuais remuneradas a que se
prestado durante a paz, computado em dobro quando em ope- refere o “caput” do artigo anterior, que será pago obedecendo
ração de guerra. rigorosamente a escala antes obedecida.
III - O tempo de serviço prestado em autarquia; § 3.º - O período de férias acumuladas com base neste ar-
IV - O tempo de serviço prestado à instituição ou em- tigo será incluído na escala do ano seguinte, imediatamente
presa de caráter privado, que houver sido transformada em esta- após o período normal, VETADO.
belecimento de serviço público VETADO. Art. 64 - Durante as férias o funcionário terá direito a todas
V - O tempo de licença especial não gozada, contada as vantagens do cargo, como se em efetivo exercício estivesse.
em dobro; e VI - O tempo de licença para tratamento de saúde.
CAPÍTULO II DAS LICENÇAS SEÇÃO I
Parágrafo único - VETADO.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 59 - O tempo em que o funcionário esteve em disponibili-
dade ou aposentado será considerado, exclusivamente, para nova
Art. 65 - Conceder-se-á, nos termos e condições de regula-
aposentadoria ou disponibilidade.
mento, licença: I - Para tratamento de saúde;
Art. 60 - O cômputo do tempo de serviço será feito em dias.
II - Por motivo de doença em pessoa da família; III - À ges-
§ 1.º - O número de dias será convertido em anos, considera-
tante;
do o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias. IV - Por motivo de afastamento do cônjuge, funcionário
§ 2.º - Para efeito de aposentadoria ou disponibilidade, a fra- civil, militar, ou servidor de autarquia; V - Para tratamento de
ção do ano superior a cento e oitenta dias será arredondada para interesse particular;
um ano. VI - Para serviço militar obrigatório; e VII - Especial.
§ 3.º - O tempo de serviço será computado à vista de docu- Art. 66 - A licença, concedida dentro de sessenta dias, após
mentação expedida na forma da lei, incluindo o prestado à União, o término da anterior, será considerada como prorrogada.
Estados, Municípios VETADO, bem como o relativo a mandato Parágrafo único - Para efeito do disposto neste artigo, so-
eletivo. mente serão levadas em consideração as licenças da mesma
§ 4.º - Somente após verificada a inexistência de documentos espécie.
bastantes na repartição do interessado e no Arquivo Geral corres- Art. 67 - O funcionário não poderá permanecer licenciado
pondente, admitir-se-á a comprovação de tempo de serviço atra- por prazo superior a vinte e quatro meses, consecutivos, salvo
vés de justificação judicial. nos casos dos itens IV, V e VI do artigo 65.
Art. 61 - É vedada a acumulação de tempo de serviço pres-
tado concorrente e simultaneamente em dois ou mais cargos ou SEÇÃO I
funções da União, dos Estados, do Distrito Federal, Territórios, Mu- DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
nicípios e Autarquias.
Art. 68 - A licença para tratamento de saúde depende de
TÍTULO IV inspeção médica e será concedida sem prejuízo da remuneração.
DOS DIREITOS E VANTAGENS CAPÍTULO I Art. 69 - Quando a inspeção médica verificar redução da
DAS FÉRIAS capacidade física do funcionário, ou estado de saúde a impos-
sibilitar ou desaconselhar o exercício das funções inerentes ao
Art. 62 - O funcionário gozará férias anuais de trinta dias, seu cargo, e não se configurar necessidade de aposentadoria
percebendo, sem qualquer prejuízo financeiro, um valor corres- nem licença, poderá o funcionário ser readaptado na forma do
pondente a um terço da remuneração mensal. artigo 37.
§ 1.º - Somente depois do primeiro ano de exercício, o fun- Art. 70 - O funcionário licenciado para tratamento de saú-
cionário terá direito a férias. de não poderá dedicar-se a qualquer atividade remunerada,
§ 2.º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao sob pena de imediata suspensão da licença, com perda total
serviço. de vencimento e vantagens, até reassumir o cargo.
§ 3.º - O órgão de pessoal de cada repartição organizará, no
mês de novembro, a escala de férias para o exercício seguinte. Art. 71 - (Revogado).
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§ 1.º - Os percentuais de atribuição das gratificações previstas Art. 98 - Restituirá a ajuda de custo, sem prejuízo da pena
nos incisos deste artigo, a serem fixados por ato legal, somente disciplinar cabível:
incidirão, para efeito de cálculo das referidas vantagens, sobre o I - O funcionário que não se deslocar para a nova
valor do vencimento do cargo efetivo do funcionário. sede dentro do prazo fixado, salvo por motivo devidamente
§ 2.º - O percentual para percepção da gratificação pela pres- comprovado;
tação de serviço em regime de tempo integral ou tempo integral II - Quando retornar ou pedir exoneração antes de
com dedicação exclusiva, não poderá ser superior a 60% (sessenta completar cento e oitenta dias de exercício na nova sede.
por cento) e a gratificação pela participação em comissão, grupo Parágrafo único - Se o funcionário regressar por ordem su-
de trabalho ou grupo especial de assessoramento técnico, de perior, ou por comprovado motivo de força maior, não haverá
caráter transitório, não poderá ter percentual de atribuição acima restituição.
de 100% (cem por cento). Art. 99 - O transporte do funcionário inclui as passagens e,
§ 3º - (Revogado). no limite estabelecido em regulamento próprio, as bagagens.
Art. 91 - A função gratificada é a vantagem pecuniária atri- Parágrafo único - O funcionário será obrigado a repor a im-
buída pelo exercício de encargos de chefia, assessoramento ou portância correspondente ao transporte irregularmente requisi-
secretariado e outros julgados necessários. tado, além de sofrer a pena disciplinar cabível.
§ 1.º - Em havendo recursos orçamentários, o Poder Executivo
poderá criar funções gratificadas, previstas em regulamento pró- SEÇÃO IV
prio, onde se estabelecerá também competência para designação. DAS DIÁRIAS
§ 2.º - A dispensa da função gratificada cabe à autoridade
competente para a designação. Art. 100 - O funcionário, que a serviço se deslocar da sede
Art. 92 - A gratificação por serviço extraordinário destina-se em caráter eventual e transitório, fará jus a diárias correspon-
a remunerar o trabalho executado fora do período normal de ex- dentes ao período de afastamento, para cobrir as despesas de
pediente. alimentação e pousada.
§ 1.º - A gratificação será paga por hora de trabalho, prorro- § 1.º - Entende-se por sede o lugar onde o funcionário re-
gado ou antecipado, na mesma razão de cada hora do período side.
normal de trabalho. § 2.º - Não serão pagas diárias ao funcionário removido ou
§ 2.º - Ressalvados os casos de convocação de emergência, o transferido, quando designado para função gratificada ou no-
serviço extraordinário não excederá de noventa horas mensais. meado para cargo em comissão.
§ 3.º - É vedado conceder gratificações por serviços extraordi- § 3.º - Não caberá pagamento de diárias quando a viagem
nários com o objetivo de remunerar outros serviços ou encargos. do funcionário constituir exigência inerente ao cargo ou função.
§ 4.º - O exercício de cargo em comissão ou função gratificada Art. 101 - Será paga diária especial ao funcionário designa-
impede o pagamento de gratificação por serviços extraordinários. do para serviços intensivos de campo, em qualquer lugar do
Art. 93 - Para o serviço extraordinário noturno, o valor da gra- Estado.
tificação será acrescido de vinte e cinco por cento. Art. 94 - (Revo- Parágrafo único - A diária especial de campo é devida a
gado). partir da entrada em serviço, obedecendo seu pagamento aos
Parágrafo único - (Revogado). valores fixados por ato governamental.
Art. 102 - O funcionário que, indevidamente, receber diárias,
SEÇÃO III restituirá de uma só vez igual importância, sujeito ainda à puni-
DA AJUDA DE CUSTO ção disciplinar.
Art. 95 - A administração pagará ajuda de custo ao funcio- Art. 103 - Será punido com suspensão e, na reincidência, com
nário que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova demissão, o funcionário que, indevidamente, conceder diárias.
sede.
§ 1.º - A ajuda de custo destina-se a indenizar ao funcionário SEÇÃO V
as despesas de viagem e de nova instalação. DO SALÁRIO-FAMÍLIA
§ 2.º - O transporte do funcionário, sua família e um serviçal,
ocorrerá por conta do Estado. Art. 104 - O salário-família é devido por dependente, menor
§ 3.º - O nomeado para cargo em comissão, que não seja fun- de 21 anos, do funcionário, ativo ou inativo.
cionário do Estado e não resida na sede designada, também fará § 1.º - A cada dependente corresponderá uma cota de sa-
jus aos benefícios deste artigo. lário-família.
Art. 96 - A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do § 2.º - A cota do salário-família destinada a dependente in-
cargo efetivo ou do cargo em comissão. válido será paga em dobro.
Parágrafo único - A ajuda de custo não excederá a importân- Art. 105 - Não será devido o salário-família quando o de-
cia correspondente a três meses de remuneração. pendente passar a perceber qualquer rendimento, em importân-
Art. 97 - Não será concedida ajuda de custo: cia igual ou superior à do salário-mínimo.
I - Quando o funcionário for posto à disposição de Art. 106 - Quando o pai e a mãe forem funcionários e vive-
outro órgão; rem em comum, o salário-família será pago a um deles apenas;
II - Quando o funcionário for transferido ou removido se não viverem em comum, será pago ao que tiver os depen-
a pedido, mesmo por permuta; e III - Quando o funcionário deixar dentes sob sua guarda ou; se ambos os tiverem, será concedido
a sede ou voltar em virtude de mandato eletivo. a um e a outro, de acordo com a distribuição dos dependentes.
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Art. 107 - O salário-família é devido mesmo quando o funcio- § 4.º Fica expressamente proibido o desvio de finalidade, sob as
nário não receber vencimentos ou proventos. penas da lei, devendo ser observado os termos do ato autorizativo.
Art. 108 - O salário-família não está sujeito a qualquer impos- § 5.º Somente será concedida nova autorização para afastamen-
to ou taxa, nem servirá de base para qualquer contribuição, mes- to, após o cumprimento da obrigação prevista no § 2.º deste artigo.
mo para a previdência social.
Art. 109 - (Revogado). CAPÍTULO V
Art. 110 - Quando o funcionário, em regime de acumulação DA ASSISTÊNCIA E DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
legal, ocupar mais de um cargo , só perceberá o salário-família por
um dos cargos. Art. 117 - O Estado prestará assistência ao funcionário e à
sua família através de instituição própria criada por lei.
SEÇÃO VI
DO AUXÍLIO-DOENÇA CAPÍTULO VI
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 111 - (Revogado).
Art. 112 - (Revogado). Art. 118 - É assegurado ao funcionário o direito de reque-
rer, representar, pedir reconsideração e recorrer, desde que o
SEÇÃO VII faça dentro das normas de urbanidade.
DO AUXÍLIO-FUNERAL Art. 119 - O requerimento é cabível para defesa de direito
ou de interesse legítimo e será dirigido à autoridade compe-
Art. 113 - Será pago auxílio-funeral correspondente a um tente em razão da matéria.
mês de vencimento, remuneração ou provento, mediante prova Art. 120 - A representação é cabível contra abuso de auto-
da despesa, a quem providenciou o sepultamento do funcionário ridade ou desvio de poder e, encaminhada pela via hierárqui-
falecido. ca, será obrigatoriamente apreciada pela autoridade superior
§ 1.º - O vencimento, remuneração ou provento corresponde- àquela contra a qual é interposta.
rá àquele do funcionário, no momento do óbito. Art. 121 - Caberá pedido de reconsideração dirigido à au-
§ 2.º - Em caso de acumulação legal de cargos do Estado, o toridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira
auxílio-funeral corresponderá ao pagamento do cargo de maior decisão, quando contiver novos argumentos.
vencimento ou remuneração do funcionário. Parágrafo único - O prazo para apresentação do pedido
§ 3.º - A despesa com auxílio-funeral correrá à conta da dota- de reconsideração é de quinze dias a contar da ciência do ato,
ção orçamentária própria do cargo, que não será provido antes de da decisão ou da publicação oficial.
decorridos trinta dias da vacância. Art. 122 - O recurso é cabível contra indeferimento de pe-
dido de reconsideração e contra decisões sobre recursos su-
CAPÍTULO IV DAS CONCESSÕES cessivamente interpostos.
Art. 123 - O recurso será dirigido à autoridade imediata-
Art. 114 - Sem prejuízo da remuneração e qualquer outro di- mente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a
reito ou vantagem, o funcionário poderá faltar ao serviço até oito decisão recorrida.
dias consecutivos, por motivo de : § 1.º - O recurso será interposto por intermédio da auto-
I - Casamento; ou ridade recorrida, que poderá reconsiderar a decisão, ou, man-
II - Falecimento do cônjuge ou companheiro, pais, fi- tendo-a, encaminhá-la à autoridade superior.
lhos ou irmãos. § 2.º - É de trinta dias o prazo para a interposição de re-
Art. 115 - Ao funcionário estudante será permitido ausentan- curso, a contar da publicação ou ciência, pelo interessado, da
do-se do serviço, sem prejuízo do vencimento, remuneração ou decisão recorrida.
vantagem, para submeter-se a prova ou exame, mediante apre-
sentação de atestado fornecido pelo estabelecimento de ensino. Art. 124 - O direito de pleitear na esfera administrativa
Art. 116 - Poderá o servidor público ser autorizado a se afastar prescreverá:
de suas atividades funcionais para frequentar curso de aperfeiçoa- I - Em cinco anos, quando aos atos de demissão,
mento profissional, pelo prazo máximo de 04 (quatro) anos, sem cassação de aposentadoria ou disponibilidade e aos referentes
prejuízo do vencimento e remuneração. a matéria patrimonial;
§ 1.º - A autorização prevista no “caput” deste artigo será conce- II - Em cento e vinte dias, nos demais casos.
dida por ato do Chefe do Poder Executivo Estadual, mediante indica- Art. 125 - Os prazos de prescrição estabelecidos no artigo
ção do titular do órgão ou entidade, desde que comprovada a per- anterior, contar-se-ão da data da publicação, no órgão oficial,
tinência entre a atividade funcional do servidor e o curso pretendido. do ato impugnado, ou da data da ciência pelo interessado.
§ 2.º - O servidor ficará obrigado a prestar serviço ao Estado Art. 126 - Os pedidos de reconsideração e os recursos,
por período igual ao de seu afastamento, sob pena de indeniza- quando cabíveis, e apresentados dentro do prazo, interrom-
ção aos cofres públicos da importância despendida pelo Estado. pem a prescrição até duas vezes, determinando a contagem
§ 3.º O prazo de afastamento previsto no “caput” deste artigo de novos prazos a partir da data da publicação de despacho
poderá ser estendido quando devidamente justificado pela Ins- denegatório ou restritivo ao pedido.
tituição de Ensino e ratificado pelo Titular do órgão ou entidade, Art. 127 - O ingresso em juízo não implica necessariamen-
que demonstrará a importância para o Estado e a boa-fé do ser- te suspensão, na instância administrativa, de pleito formulado
vidor público. pelo funcionário.
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Art. 159 - A pena de suspensão, que não excederá a no- Art. 164 - Constarão obrigatoriamente do seu assenta-
venta dias, será aplicada em casos de falta grave ou de rein- mento individual as penalidades disciplinares impostas ao
cidência. funcionário.
Parágrafo único - O funcionário suspenso perderá, du- Art. 165 - Além da pena judicial cabível, serão considera-
rante o período de cumprimento da pena, todos os direitos e das como de suspensão os dias em que o funcionário deixar
vantagens decorrentes do exercício do cargo. de atender, sem motivo justificado, à convocação do júri e
Art. 160 - As penas de repreensão e suspensão até cinco outros serviços obrigatórios previstos em lei.
dias serão aplicadas de imediato pela autoridade que tiver co- Art. 166 - Será cassada a aposentadoria ou a disponibi-
nhecimento direto de falta cometida. lidade do inativo que praticou, quando em atividade, falta
§ 1.º - O ato punitivo será motivado e terá efeito imediato, punível com demissão.
mas provisório, assegurando-se ao funcionário o direito de Art. 167 - Será cassada a disponibilidade quando o fun-
oferecer defesa por escrito, no prazo de três dias. cionário, nessa situação, investiu-se ilegalmente em cargo
§ 2.º - A defesa prevista no parágrafo anterior é indepen- ou função pública, ou aceitou comissão, emprego ou pensão
dente de autuação e será apresentada mediante recibo, dire- de Estado estrangeiro, sem prévia e expressa autorização do
tamente pelo funcionário à autoridade que aplicou a pena. Presidente da República.
§ 3.º - As penalidades aplicadas nas condições deste ar- Parágrafo único - Será igualmente cassada a disponi-
tigo, somente serão confirmadas mediante novo ato, após a bilidade do funcionário que não assumir no prazo legal o
apreciação da defesa, ou pelo decurso do prazo para tanto exercício do cargo em que for aproveitado.
estabelecido, se tal direito não for exercido pelo funcionário. Art. 168 - Prescreverá:
§ 4.º - Somente se confirmada a penalidade constará no I - Em dois meses, a falta sujeita à repreensão;
assentamento individual do funcionário. Art. 161 - A pena de II - Em dois anos, a falta sujeita à pena de sus-
demissão será aplicada nos casos de: pensão; e
I - Crime contra a administração pública, assim definido III - Em cinco anos, a falta sujeita às penas de de-
na Lei Penal; II - Abandono de cargo; missão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade. Pa-
III - Inassiduidade habitual; rágrafo único - Também a falta, prevista em Lei Penal como
IV - Incontinência pública ou escandalosa e prática crime, prescreverá juntamente com ele.
de jogos proibidos; V - Insubordinação grave em serviço; Art. 169 - A prescrição começa a contar da data em que
VI - Ofensa física em serviço contra funcionário a autoridade tomar conhecimento da existência da
ou particular, salvo em legítima defesa e em estrito cumpri- falta.
mento do dever legal; Parágrafo único - O curso de prescrição interrompe-se
VII - Aplicação irregular de dinheiro público; pela abertura do competente procedimento administrativo.
VIII - Revelação de fato ou informação de natureza
sigilosa que o funcionário conheça em razão do cargo; IX - CAPÍTULO VI
Corrupção passiva, nos termos da Lei Penal; DA PRISÃO ADMINISTRATIVA E DA
X - Lesão aos cofres públicos e dilapidação do pa- SUSPENSÃO PREVENTIVA
trimônio estadual;
XI - ocorrência de qualquer das vedações previstas Art. 170 - Cabe dentro das respectivas competências ao
no, art. 144, se provada a má-fé; Secretário de Estado e demais chefes de órgãos diretamente
XII - Transgressão de quaisquer dos itens IV, V, VI, subordinados ao Governador, ordenar a prisão administrati-
VII e IX do artigo 150. va, mediante despacho fundamentado, de todo e qualquer
§ 1.º - Considera-se abandono de cargo a ausência ao responsável por dinheiro ou valores pertencentes à Fazenda
serviço, sem justa causa, por mais de trinta dias consecutivos. Estadual ou que se acharem sob sua guarda, nos casos de
§ 2.º - Entende-se comao inassiduidade habitual a falta ao alcance, remissão ou omissão em efetuar as entradas nos
serviço sem causa justificada, por sessenta dias intercalados devidos prazos.
durante o período de doze meses. § 1.º - Em se tratando de funcionário dos Poderes Le-
Art. 162 - O ato de imposição de penalidade mencionará gislativo e Judiciário, e dos Tribunais de Contas do Estado e
sempre a causa da sanção e o fundamento legal. Art. 163 - São dos Municípios, a prisão administrativa será ordenada pelas
competentes para aplicação das penalidades disciplinares: autoridades designadas em regimento interno, lei orgânica
I - Governador; ou regulamento.
II - O Secretário de Estado ou autoridade direta- § 2.º - Ordenada a prisão, será ela comunicada imediata-
mente subordinada ao Governador e os dirigentes de autar- mente à autoridade judiciária competente.
quias, nos casos de suspensão por mais trinta dias; e § 3.º - A prisão administrativa não excederá de noventa
III - Os chefes de unidades administrativas, na for- dias, podendo, no entanto, ser revogada, a critério da autori-
ma regimental, nos casos de repreensão ou suspensão até dade que a decretou, sem prejuízo do processo disciplinar e
trinta dias. penas cabíveis, se o funcionário ressarcir os danos causados
Parágrafo único - Quando se tratar de funcionário dos ao erário público ou oferecer garantia idônea.
Poderes Legislativo e Judiciário, e dos Tribunais de Contas do § 4.º - No curso do processo disciplinar compete ao Pre-
Estado e dos Municípios, as penalidades serão aplicadas pelas sidente da Comissão suscitar a prisão administrativa do indi-
autoridades designadas em regimento interno, lei orgânica ciado, perante a autoridade competente para decretá-la, nos
ou regulamento. casos legalmente cabíveis.
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Assistente Técnico
Art. 171 - A suspensão preventiva até trinta dias será orde- SEÇÃO IV
nada pelo chefe da unidade administrativa, mediante despacho DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO
fundamentado, se o afastamento do funcionário for necessário,
para que não venha a influir na apuração da falta cometida. Art. 179 - Instaura-se inquérito administrativo quando a
§ 1.º - Caberá ao Secretário de Estado ou às autoridades falta disciplinar, por sua gravidade ou natureza, possa deter-
designadas em regimento interno, lei orgânica ou regulamen- minar a aplicação da penas de suspensão, por mais de trinta
to, prorrogar, até noventa dias, o prazo de suspensão já or- dias, demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
denada, mas cumprida a penalidade, cessarão os respectivos Parágrafo único - No inquérito administrativo é assegura-
efeitos, ainda que o processo disciplinar não esteja concluso. do o amplo e irrestrito exercício do direito de defesa.
§ 2.º - A suspensão preventiva do funcionário não impede Art. 180 - Além do Governador, dos Presidentes dos Po-
a decretação de sua prisão administrativa. deres Legislativo, Judiciário, dos Tribunais de Contas e do
Art. 172 - Durante o período da prisão administrativa ou Secretário de Estado, são competentes para determinar a
da suspensão preventiva, o funcionário perderá um terço do instauração do inquérito disciplinar os dirigentes dos órgãos
vencimento ou remuneração. diretamente subordinados ao Chefe do Poder Executivo e os
Parágrafo único - Reconhecida sua inocência, o funcioná- dirigentes de autarquias, respeitadas as atribuições estabeleci-
rio terá direito à diferença de remuneração e à contagem, para das em regulamento, regimento interno ou lei orgânica.
todos os efeitos, do período correspondente à prisão adminis- Art. 181 - O inquérito administrativo será conduzido por
trativa ou suspensão preventiva. uma Comissão, permanente ou especial, composta por cinco
funcionários estáveis.
CAPÍTULO VII § 1.º - Entre os membros da Comissão, dois, no mínimo
DO PROCESSO DISCIPLINAR SEÇÃO I serão Bacharéis em Direito.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS § 2.º - A Comissão obedecerá a regimento próprio e o
mandato de seus membros será de 02 (dois) anos, admitida
Art. 173 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade a recondução.
no serviço público é obrigada a tomar providências para apu- § 3.º - A Comissão procederá a todas as diligências neces-
rar os fatos e responsabilidades. sárias, recorrendo, quando aconselhável, a técnicos ou peritos.
§ 1.º - As providências de apuração começarão logo após § 4.º - Os órgãos estaduais responderão com a máxima
o conhecimento dos fatos e serão tomadas na unidade onde presteza às solicitações da Comissão, devendo comunicar a
eles ocorreram, devendo consistir, no mínimo, em relatório cir- impossibilidade de atendimento, em caso de força maior.
cunstanciado sobre as possíveis irregularidades. § 5.º - Terá caráter urgente e prioritário e expedição de do-
§ 2.º - A averiguação preliminar será cometida a um só cumentos necessários à instrução do inquérito administrativo.
funcionário ou a uma comissão. Art. 182 - O inquérito administrativo começará no prazo
de cinco dias, contados do recebimento dos autos pela Co-
SEÇÃO II missão e terminará no prazo de noventa dias.
DO PROCESSO SUMÁRIO Parágrafo único - O prazo para conclusão do inquérito po-
derá ser prorrogado, mediante justificação fundamentada e a
Art. 174 - Instaura-se o processo sumário quando a falta juízo da autoridade competente.
disciplinar, pela gravidade ou natureza, não motivar demissão, Art. 183 - Recebidos os autos, a Comissão formalizará o indi-
ressalvado o disposto nos artigos 146 e 160. ciamento do funcionário, apontado o dispositivo legal infringido.
Parágrafo único - Concluída a instrução, a decisão do pro- § 1.º - A citação será pessoal e contará com a transcrição
cesso sumário será tomada após 05 (cinco) dias do prazo para do indiciamento, bem como data, hora e local marcados para
o servidor apresentar a sua defesa. o interrogatório.
§ 2.º - Não sendo encontrado o indiciado, ou ignorando-
SEÇÃO III -se o seu paradeiro, a citação será feita por editais, publicados
DA SINDICÂNCIA no órgão oficial, durante três dias consecutivos.
§ 3.º - Se o indiciado não comparecer, será decretada a sua
Art. 175 - A sindicância constitui a peça preliminar e informativa revelia e designado um defensor dativo, de preferência Bacha-
do inquérito administrativo, devendo ser instaurada quando os fatos rel em Direito, ou funcionário da mesma classe e categoria,
não estiverem definidos ou faltarem elementos indicativos da autoria. para a promoção da defesa.
Art. 176 - A sindicância não comporta o contraditório e Art. 184 - Nenhum funcionário será processado sem assis-
tem caráter sigiloso, devendo obrigatoriamente serem ouvi- tência de defensor habilitado.
dos, no entanto, os envolvidos nos fatos. Parágrafo único - Se o funcionário não constituir advo-
Art. 177 - O relatório da sindicância conterá descrição ar- gado, ser-lhe-á designado um defensor dativo, na forma do
ticulada dos fatos e proposta objetiva ante as ocorrências veri- disposto no artigo anterior.
ficadas, recomendando o arquivamento do feito ou a abertura Art. 185 - O indiciado estará presente a todas as diligências
do inquérito administrativo. do inquérito e poderá intervir em qualquer ato da Comissão.
Parágrafo único - Quando recomendar abertura do inqué- Art. 186 - Para todas as provas e diligências será intimada
rito administrativo, o relatório deverá apontar os dispositivos a defesa, com antecedência mínima de quarenta e oito horas.
legais infringidos e a autoria do infrator. Art. 187 - Realizadas as provas da Comissão, a defesa será
Art. 178 - A sindicância deverá estar conclusa dentro de trin- intimada para apresentar, em três dias, as provas que preten-
ta dias, prazo prorrogável mediante justificação fundamentada. der produzir.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Assistente Técnico
Art. 188 - Encerrada a instrução, dar-se-á vista ao defensor Parágrafo único - Caberá, entretanto, aos Chefes dos Po-
para apresentação, por escrito e no prazo de dez dias, das ra- deres o julgamento, quando do processo revisto houver resul-
zões de defesa do indiciado. tado pena de demissão, cassação de aposentadoria ou dispo-
§ 1.º - Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será co- nibilidade.
mum de vinte dias. Art. 200 - Julgada procedente a revisão, a autoridade com-
§ 2.º - O prazo de defesa será prorrogado pelo dobro, para petente determinará a redução ou anulação da
diligências reputadas imprescindíveis. pena.
§ 3.º - Compete ao Presidente da Comissão indeferir, me- Parágrafo único - A decisão será sempre fundamentada e
diante despacho fundamentado, as diligências de caráter pro- publicada no órgão oficial do Estado.
crastinatório ou manifestamente desnecessárias. Art. 201 - Aplicam-se ao processo de revisão, no que cou-
Art. 189 - As certidões de repartições públicas, necessárias à berem, as disposições concernentes ao processo disciplinar.
defesa, serão fornecidas sem qualquer ônus, a requerimento do
TÍTULO VI
defensor, dirigido ao Presidente da Comissão.
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 190 - Produzida a defesa escrita, a Comissão apresenta-
rá o relatório no prazo de dez dias.
Art. 202 - O Dia do Funcionário Público será comemorado
Art. 191 - No relatório da Comissão serão apreciadas, em a 28 de outubro.
relação a cada indiciado, as irregularidades imputadas, as provas Art. 203 - Salvo disposição em contrário, a contagem do
colhidas e as razões da defesa, justificando-se, com fundamento tempo e dos prazos previstos neste Estatuto será feita em
objetivo, a absolvição ou punição, e indicando-se, neste caso, a dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o
pena cabível e seu embasamento legal. do seu término.
Parágrafo único - A Comissão poderá sugerir outras me- Parágrafo único - Considerar-se-á prorrogado o prazo até
didas que se fizerem necessárias à defesa do interesse público. o primeiro dia útil, se o término coincidir com sábado, domin-
Art. 192 - Recebidos os autos com o relatório, a autoridade go, feriado ou dia em que não haja expediente, ou este não
competente proferirá a decisão por despacho fundamentado. prossiga até a hora normal do encerramento.
Art. 193 - O funcionário só poderá requerer exoneração Art. 204 - São isentos de quaisquer tributos as certidões e
após a conclusão do processo disciplinar, e se reconhecida a sua outros documentos relacionados com o serviço público e de
inocência. interesse do funcionário.
Art. 194 - As decisões serão publicados no Diário Oficial, Art. 205 - O Governador determinará o número de horas
dentro do prazo de oito dias, a contar da data do despacho final. diárias de trabalho das várias categorias de funcionários nas
Art. 195 - Quando ao funcionário se imputar crime prati- repartições estaduais.
cado na esfera administrativa, a autoridade que determinou a Parágrafo único - Em se tratando de funcionários dos Po-
instauração do inquérito administrativo providenciará para se deres Legislativo e Judiciário, a providência de que trata este
instaurar, simultaneamente, o inquérito policial. artigo constará de regulamento administrativo.
Art. 206 - Nos dias úteis somente por decreto do Gover-
CAPÍTULO VIII nador deixarão de funcionar as repartições públicas estaduais
DA REVISÃO DO PROCESSO ou será suspenso o expediente.
Art. 207 - Os atos de provimento de cargos públicos, das
Art. 196 - A qualquer tempo poderá ser requerida a revisão designações para funções gratificada, bem como todos os de-
do processo administrativo de que haja resultado pena discipli- mais relativos a direitos, vantagens, concessões e licenças, só
nar, quando forem aduzidos fatos ou circunstâncias suscetíveis produzirão efeitos após publicados no órgão oficial.
de justificar a inocência do punido. Art. 208 - Para os efeitos desta Lei, e quando nela não de-
§ 1.º - Não constitui fundamento para revisão a simples ale- finida, é considerada pessoa da família do funcionário quem
gação de injustiça da penalidade. viva às suas expensas e conste de seu assentamento individual.
§ 2.º - A revisão não autoriza a agravação da pena. Art. 209 - Para fins de percepção dos benefícios pre-
§ 3.º - Ocorrendo o falecimento do punido, o pedido de vistos na legislação, obrigatoriamente são contribuintes da
previdência social do Estado os funcionários regidos por este
revisão poderá ser formulado pelo cônjuge ou parente até se-
Estatuto, ressalvados os ocupantes de cargo em comissão vin-
gundo grau.
culados a outro sistema previdenciário público.
Art. 197 - A revisão processar-se-á apensa ao processo original.
Art. 210 - (Revogado).
Art. 198 - O pedido de revisão será dirigido à autoridade
I - (Revogado).
que tiver proferido a decisão.
II - (Revogado).
§ 1.º - A revisão será realizada por uma Comissão compos-
§ 2.º - (Revogado).
ta de três funcionários estáveis, de categoria igual ou superior
§ 3.º - (Revogado).
à do punido.
Art. 211 - O Poder Executivo expedirá os atos complementa-
§ 2.º - Estarão impedidos de integrar a Comissão reviso-
res necessários à plena execução das disposições da presente Lei.
ra os funcionários que constituíram a Comissão que concluiu
Art. 212 - Ficam revogados o artigo 12 da Lei nº 1221,
pela aplicação da penalidade ao requerente.
de 30/12/1976, a Lei nº 701, de 30/12/1967, com suas alte-
Art. 199 - Conclusos os trabalhos da Comissão, em prazo não
rações, e demais disposições em contrário.
excedente a sessenta dias, será o Processo, com o respectivo re-
Art. 213 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publi-
latório, encaminhado à autoridade competente para julgamento.
cação, e terá efeitos a partir de 28 de outubro de 1986.
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