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FAB

Força Aérea Brasileira

Curso de Formação de Sargentos da Aeronáutica

Portaria DIRENS nº 268-T/DPL, de 13 de Julho de 2018

JL080-2018
DADOS DA OBRA

Título da obra: Força Aérea Brasileira - FAB

Cargo: Curso de Formação de Sargento da Aeronáutica

(Baseado no Portaria DIRENS nº 268-T/DPL, de 13 de Julho de 2018)

• Língua Portuguesa
• Língua Inglesa
• Matemática
• Física

Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza

Diagramação/ Editoração Eletrônica


Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Thais Regis
Ana Luiza Cesário

Produção Editoral
Suelen Domenica Pereira
Julia Antoneli
Leandro Filho

Capa
Joel Ferreira dos Santos
APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa

1.1 TEXTO: Interpretação de textos literários ou não-literários.............................................................................................................. 01


1.2 GRAMÁTICA: Fonética: Sílaba: separação silábica e acentuação gráfica..................................................................................... 07
Ortografia.................................................................................................................................................................................................................... 16
Morfologia: Processos de formação de palavras; Classes de palavras: substantivo (classificação e flexão); adjetivo (clas-
sificação, flexão e locução adjetiva); advérbio (classificação, colocação e locução adverbial); conjunções (coordenativas
e subordinativas); verbo: flexão verbal (número, pessoa, modo, tempo, voz), classificação (regulares, irregulares, defec-
tivos, abundantes, auxiliares e principais) e conjugação dos tempos simples; pronome (classificação e emprego)....... 20
Pontuação.................................................................................................................................................................................................................... 58
Sintaxe: Períodos Simples (termos essenciais, integrantes e acessórios da oração) e Períodos Compostos (coordenação
e subordinação);........................................................................................................................................................................................................ 62
Concordâncias verbal e nominal;....................................................................................................................................................................... 74
Regências verbal e nominal;................................................................................................................................................................................. 79
Crase.............................................................................................................................................................................................................................. 85
Tipos de discurso...................................................................................................................................................................................................... 89
Estilística: Figuras de linguagem (metáfora, metonímia, hipérbole, prosopopeia, eufemismo e antítese)........................... 92

Língua Inglesa

(Somente Para Os Candidatos Que Optarem Pela Especialidade Controle De Tráfego Aéreo – Bct)

2.1 GRAMÁTICA: Artigos: definido e indefinido....................................................................................................................................................01


Substantivos: gênero, singular e plural, composto, contável e incontável e forma possessiva........................................................02
Adjetivos: posição, formação pelo gerúndio e pelo particípio e grau de comparação.......................................................................04
Pronomes: pessoal do caso reto e do oblíquo, indefinidos (pronomes substantivos e adjetivos), relativos, demonstrativos
(pronomes substantivos e adjetivos), possessivos (pronomes substantivos e adjetivos), reflexivos e relativos.......................08
Pronomes e advérbios interrogativos........................................................................................................................................................................12
Determinantes (Determiners: all, most, no, none, either, neither, both, etc.)...........................................................................................01
Quantificadores (Quantifiers: a lot, a few, a little, etc.)........................................................................................................................................14
Advérbios: formação, tipos e uso.................................................................................................................................................................................17
Numerais.................................................................................................................................................................................................................................18
Preposições............................................................................................................................................................................................................................19
Conjunções............................................................................................................................................................................................................................20
Verbos: regulares, irregulares e auxiliares................................................................................................................................................................21
Tempos verbais: Simple present, Present progressive, Simple past, Past progressive, Future e Perfect tenses........................26
Modal verbs...........................................................................................................................................................................................................................32
Infinitivo e gerúndio...........................................................................................................................................................................................................33
Modos imperativo e subjuntivo....................................................................................................................................................................................34
Vozes do verbo: ativa, passiva e reflexiva.................................................................................................................................................................34
Phrasal verbs.........................................................................................................................................................................................................................35
Forma verbal enfática........................................................................................................................................................................................................35
Question tags e tag answers..........................................................................................................................................................................................36
Discurso direto e indireto................................................................................................................................................................................................36
Estrutura da oração: período composto (condicionais, relativas, apositivas, etc.)..................................................................................38
Prefixos e sufixos; e Marcadores do discurso (By the way, on the other hand, in addition, in my opinion, etc.).....................42
2.2 COMPREENSÃO DE TEXTOS: Textos de assuntos técnicos e gerais......................................................................................................45
SUMÁRIO

(Somente Para Os Candidatos Que Optarem Pelos Grupos De Especialidades Correspondentes Às DemaisOpções –
Exceto Bct)

3.1 GRAMÁTICA: Artigos: definido e indefinido................................................................................................................................................01


Substantivos: gênero, singular e plural, composto, contável e incontável e forma possessiva....................................................02
Adjetivos: posição, formação pelo gerúndio e pelo particípio e grau de comparação....................................................................04
Pronomes: pessoal do caso reto e do oblíquo, indefinidos (pronomes substantivos e adjetivos), relativos, demonstrativos
(pronomes substantivos e adjetivos), possessivos (pronomes substantivos e adjetivos), reflexivos e relativos....................08
Pronomes e advérbios interrogativos...................................................................................................................................................................12
Advérbios: formação, tipos e uso............................................................................................................................................................................17
Numerais: cardinal e ordinal.....................................................................................................................................................................................18
Preposições......................................................................................................................................................................................................................19
Conjunções.......................................................................................................................................................................................................................20
Verbos: regulares, irregulares e auxiliares............................................................................................................................................................21
Tempos verbais: Simple present, Present progressive, Simple past, Past progressive, Future e Present perfect tenses....26
Modal verbs......................................................................................................................................................................................................................32
Infinitivo e gerúndio.....................................................................................................................................................................................................33
Modos imperativo e subjuntivo...............................................................................................................................................................................34
Vozes do verbo: ativa, passiva e reflexiva; ..........................................................................................................................................................34
Phrasal verbs; ..................................................................................................................................................................................................................35
Forma verbal enfática; ................................................................................................................................................................................................35
Question tags e tag answers; ...................................................................................................................................................................................36
Discurso direto e indireto; .........................................................................................................................................................................................36
Estrutura da oração: período composto (condicionais, relativas, apositivas, etc.); ...........................................................................38
Prefixos e sufixos; e Marcadores do discurso (By the way, on the other hand, in addition, in my opinion, etc.)..................42
2.2 COMPREENSÃO DE TEXTOS: Textos de assuntos técnicos e gerais..................................................................................................45

Matemática

4.1 ÁLGEBRA I: Funções: definição de função; funções definidas por fórmulas; domínio, imagem e contradomínio; grá-
ficos; funções injetora, sobrejetora e bijetora; funções crescente e decrescente; função inversa; funções polinomial do
1.º grau, quadrática, modular, exponencial e logarítmica; resolução de equações, inequações e sistemas. Sequências:
progressões aritmética e geométrica...........................................................................................................................................................01
4.2 GEOMETRIA PLANA: Ângulos. Quadriláteros notáveis: definições; propriedades dos trapézios, dos paralelogramos,
do retângulo, do losango e do quadrado; base média do trapézio; perímetros; áreas. Polígonos: nomenclatura; dia-
gonais; ângulos externos e internos; polígonos regulares inscritos e circunscritos; perímetros e áreas. Circunferência:
definições; elementos; posições relativas de reta e circunferência; segmentos tangentes; potência de ponto; ângulos
na circunferência; comprimento da circunferência. Círculo e suas partes: conceitos; áreas. Triângulos: elementos; clas-
sificação; pontos notáveis; soma dos ângulos internos; ângulo externo; semelhança; relações métricas em triângulos
quaisquer e no triângulo retângulo; perímetros e áreas.......................................................................................................................17
4.3 TRIGONOMETRIA: Razões trigonométricas no triângulo retângulo; arcos e ângulos em graus e radianos; relações
de conversão; funções trigonométricas; identidades trigonométricas fundamentais; fórmulas de adição, subtração,
duplicação e bissecção de arcos; equações e inequações trigonométricas; leis dos senos e dos cossenos.....................30
4.4 ÁLGEBRA II: Matrizes: conceitos e operações; determinantes; sistemas lineares;.................................................................36
Análise combinatória: princípio fundamental da contagem; arranjos, combinações e permutações simples; probabili-
dades........................................................................................................................................................................................................................43
4.5 ESTATÍSTICA: Conceito; População; Amostra; Variável; Tabelas; Gráficos; Distribuição de Frequência sem classes;
Distribuição de Frequência com classes; Tipos de Frequência; Histograma; Polígono de Frequência; Medidas de Ten-
dência Central: Moda, Média e Mediana.....................................................................................................................................................47
4.6 GEOMETRIA ESPACIAL: Poliedros Regulares; Prismas, Pirâmides, Cilindro, Cone e Esfera (conceitos, cálculos de
diagonais, áreas e volumes).............................................................................................................................................................................54
4.7 GEOMETRIA ANALÍTICA: Estudo Analítico: do Ponto (ponto médio, cálculo do baricentro, distância entre dois pon-
SUMÁRIO

tos, área do triângulo, condição de alinhamento de três pontos); da reta (equação geral, equação reduzida, equação
segmentária, posição entre duas retas, paralelismo e perpendicularismo de retas, ângulo entre duas retas, distância de
um ponto a uma reta); e da Circunferência (equação da circunferência, posições relativas entre ponto e circunferência,
entre reta e circunferência, e entre duas circunferências)........................................................................................................................ 61
4.8 ÁLGEBRA III: Números Complexos: conceitos; conjugado, igualdade; operações; potências de i; plano de Argand-
-Gauss; módulo; argumento; forma trigonométrica; operações na forma trigonométrica. Polinômios: conceito; grau;
valor numérico; polinômio nulo; identidade; operações. Equações Polinomiais: conceitos; teorema fundamental da Ál-
gebra; teorema da decomposição; multiplicidade de uma raiz; raízes complexas; relações de Girard................................. 70

Física

5.1 ESTÁTICA: Noções de cálculo vetorial – conceito e operações com vetores; composição e decomposição de vetores;
conceito de força e suas unidades, sistemas de unidades; sistemas de forças; momento de uma força em relação a um
ponto; equilíbrio de ponto material e de corpo extenso; centro de gravidade e centro de massa; plano inclinado, e for-
mas de equilíbrio.......................................................................................................................................................................................................01
5.2 CINEMÁTICA: Conceitos básicos de repouso e movimento de ponto material e corpo extenso - referencial, trajetória,
deslocamento, velocidade e aceleração; Movimento Retilíneo Uniforme (M.R.U.) - conceito, equação horária e gráfi-
cos; Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (M.R.U.V.) - conceito, equações horárias e de Torricelli e gráficos;
aceleração da gravidade, queda livre e lançamento de projéteis; e Movimento Circular Uniforme (M.C.U.) - conceito e
aplicações.....................................................................................................................................................................................................................12
5.3 DINÂMICA: Leis de Newton - aplicações; massa e peso dos corpos; Lei de Hooke; atrito e aplicações; trabalho me-
cânico, trabalho de forças dissipativas; potência mecânica e rendimento; energias cinética, potencial gravitacional e po-
tencial elástica; energia mecânica e princípio da conservação da energia; impulso e quantidade de movimento, colisões,
conservação da quantidade de movimento, e gravitação, leis de Kepler, lei da gravitação universal.................................... 22
5.4 HIDROSTÁTICA: Pressão e densidade; pressão atmosférica - experiência de Torricelli; princípio de Stevin - vasos co-
municantes; princípio de Pascal - aplicações; e princípio de Arquimedes - Empuxo..................................................................... 46
5.5 ONDAS/ACÚSTICA: Conceito, natureza e tipos; ondas periódicas, princípio da superposição, princípio de Huygens,
reflexão e refração; ondas sonoras, propagação e qualidades do som; propriedades das ondas sonoras - reflexão, refra-
ção, difração e interferência. Tubos sonoros..................................................................................................................................................49
5.6 CALOR: Calor e temperatura: conceitos, fontes e processos de propagação de calor. Efeitos do calor: mudanças de
estado físico. Dilatação térmica de sólidos e líquidos. Termometria. Escalas termométricas e calorimetria. Estudo geral
dos gases ideais: equação de Clapeyron, leis da termodinâmica.........................................................................................................64
5.7 ÓPTICA: Luz - fenômenos luminosos, tipos de fontes e meios de propagação. Princípios da óptica geométrica.
Sombra e penumbra. Reflexão - conceito, leis e espelhos planos e esféricos. Refração: conceito, leis, lâminas, prismas e
lentes. Olho humano - principais defeitos da visão. Instrumentos ópticos.......................................................................................73
5.8 ELETRICIDADE: Conceito e processos de eletrização e princípios da eletrostática. Força elétrica. Campo, trabalho e
potencial elétricos. Lei de Coulomb. Capacidade elétrica. Capacitores e associações. Campo elétrico. Linhas de força. Lei
de Gauss. Potencial elétrico. Diferença de potencial e trabalho num campo elétrico. Corrente elétrica - conceito, efeitos
e tipos, condutores e isolantes. Leis de Ohm, resistores e associações e Ponte de Wheatstone. Circuitos elétricos. Gera-
dores e receptores. Instrumentos de medição elétrica..............................................................................................................................77
5.9 ELETROMAGNETISMO: Ímãs. Fenômenos magnéticos fundamentais. Força magnética e bússola. Classificação das
substâncias magnéticas. Campo magnético - conceito e aplicações. Campo magnético de uma corrente elétrica em
condutores retilíneos e espiras. Lei de Biot-Savart. Lei de Ampère. Eletroímã. Força magnética sobre cargas elétricas e
condutores percorridos por corrente elétrica. Indução eletromagnética. Lei de Faraday. Lei de Lenz................................... 91
LÍNGUA PORTUGUESA

1.1 TEXTO: Interpretação de textos literários ou não-literários........................................................................................................ 01


1.2 GRAMÁTICA: Fonética: Sílaba: separação silábica e acentuação gráfica................................................................................ 07
Ortografia............................................................................................................................................................................................................... 16
Morfologia: Processos de formação de palavras; Classes de palavras: substantivo (classificação e flexão); adjetivo
(classificação, flexão e locução adjetiva); advérbio (classificação, colocação e locução adverbial); conjunções (coor-
denativas e subordinativas); verbo: flexão verbal (número, pessoa, modo, tempo, voz), classificação (regulares, irre-
gulares, defectivos, abundantes, auxiliares e principais) e conjugação dos tempos simples; pronome (classificação e
emprego)................................................................................................................................................................................................................ 20
Pontuação.............................................................................................................................................................................................................. 58
Sintaxe: Períodos Simples (termos essenciais, integrantes e acessórios da oração) e Períodos Compostos (coordena-
ção e subordinação);.......................................................................................................................................................................................... 62
Concordâncias verbal e nominal;.................................................................................................................................................................. 74
Regências verbal e nominal;........................................................................................................................................................................... 79
Crase......................................................................................................................................................................................................................... 85
Tipos de discurso................................................................................................................................................................................................ 89
Estilística: Figuras de linguagem (metáfora, metonímia, hipérbole, prosopopeia, eufemismo e antítese)..................... 92
LÍNGUA PORTUGUESA

Condições básicas para interpretar


1.1- TEXTO: INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Fazem-se necessários:
LITERÁRIOS E NÃO-LITERÁRIOS. a) Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros
literários, estrutura do texto), leitura e prática;
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do
texto) e semântico;
É muito comum, entre os candidatos a um cargo pú- Observação – na semântica (significado das palavras)
blico, a preocupação com a interpretação de textos. Isso incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e cono-
acontece porque lhes faltam informações específicas a tação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
respeito desta tarefa constante em provas relacionadas a gem, entre outros.
concursos públicos. c) Capacidade de observação e de síntese e
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão aju- d) Capacidade de raciocínio.
dar no momento de responder às questões relacionadas
a textos. Interpretar X compreender

Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- Interpretar significa


nadas entre si, formando um todo significativo capaz de - explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar - Através do texto, infere-se que...
e decodificar ). - É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz
ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando con- Compreender significa
dições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. - intelecção, entendimento, atenção ao que realmente
A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que está escrito.
o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma
- o texto diz que...
frase for retirada de seu contexto original e analisada se-
- é sugerido pelo autor que...
paradamente, poderá ter um significado diferente daquele
- de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
inicial.
ção...
- o narrador afirma...
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe-
rências diretas ou indiretas a outros autores através de ci-
Erros de interpretação
tações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto.

Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias,
ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, a) Extrapolação (viagem)
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias
na prova. que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do
tema quer pela imaginação.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
b) Redução
1. Identificar – é reconhecer os elementos fundamen- É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a
tais de uma argumentação, de um processo, de uma época um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendi-
definem o tempo). mento do tema desenvolvido.
2. Comparar – é descobrir as relações de semelhança
ou de diferenças entre as situações do texto. c) Contradição
3. Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do can-
com uma realidade, opinando a respeito. didato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, conse-
4. Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secun- quentemente, errando a questão.
dárias em um só parágrafo.
5. Parafrasear – é reescrever o texto com outras pala- Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor
vras. e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova
de concurso, o que deve ser levado em consideração é o
que o autor diz e nada mais.

1
LÍNGUA PORTUGUESA

Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que - Subentendidos – de responsabilidade do ouvinte.


relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre - Falante não pode negar que tenha querido transmitir
si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de a informação expressa pelo pressuposto, mas pode negar
um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pro- que tenha desejado transmitir a informação expressa pelo
nome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se subentendido.
vai dizer e o que já foi dito. - Negação da informação não nega o pressuposto.
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia- - Pressuposto não verdadeiro – informação explícita
-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e absurda.
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do - Principais marcadores de pressupostos: a) adjetivos;
verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer b) verbos; c) advérbios; d) orações adjetivas; e) conjunções.
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante- QUESTÕES
cedente.
Os pronomes relativos são muito importantes na in- (Agente Estadual de Trânsito – DETRAN - SP – Vu-
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de nesp/2013)
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, O uso da bicicleta no Brasil
a saber:
que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, A utilização da bicicleta como meio de locomoção no
mas depende das condições da frase. Brasil ainda conta com poucos adeptos, em comparação
qual (neutro) idem ao anterior. com países como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos
quem (pessoa) quais a bicicleta é um dos principais veículos nas ruas. Ape-
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois sar disso, cada vez mais pessoas começam a acreditar que
o objeto possuído. a bicicleta é, numa comparação entre todos os meios de
como (modo) transporte, um dos que oferecem mais vantagens.
onde (lugar) A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicle-
quando (tempo) tas e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e
quanto (montante) jamais na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são
todos considerados veículos, com direito de circulação pe-
exemplo: las ruas e prioridade sobre os automotores.
Falou tudo QUANTO queria (correto) Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade,
aparecer o demonstrativo O ). pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não
consomem petróleo e produzem muito menos sucata de
Dicas para melhorar a interpretação de textos metais, plásticos e borracha; a diminuição dos congestio-
namentos por excesso de veículos motorizados, que atin-
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do gem principalmente as grandes cidades; o favorecimento
assunto; da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a economia no combustível, na manutenção, no seguro e,
a leitura; claro, nos impostos.
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto No Brasil, está sendo implantado o sistema de com-
pelo menos duas vezes; partilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo,
- Inferir; o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitu-
- Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; ra, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São
autor; Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor país aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão
compreensão; com o projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em
cada questão; Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo
- O autor defende ideias e você deve percebê-las; site. O valor do passe mensal é R$10 e o do passe diário,
R$5, podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das
Segundo Fiorin: 6h às 22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que
-Pressupostos – informações implícitas decorrentes já aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em
necessariamente de palavras ou expressões contidas na pontos estratégicos.
frase. A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção
- Subentendidos – insinuações não marcadas clara- não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda
mente na linguagem. não sabem que a bicicleta já é considerada um meio de
- Pressupostos – verdadeiros ou admitidos como tal. transporte, ou desconhecem as leis que abrangem a bike.

2
LÍNGUA PORTUGUESA

Na confusão de um trânsito caótico numa cidade grande, Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá
carros, motocicletas, ônibus e, agora, bicicletas, misturam- ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando
se, causando, muitas vezes, discussões e acidentes que po- um motorista a tomar decisões irracionais.
deriam ser evitados. Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocio-
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. nante. Para muitos de nós, os carros são a extensão de
A verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles nossa personalidade e podem ser o bem mais valioso que
estão totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. possuímos. Dirigir pode ser a expressão de liberdade para
Por isso é tão importante usar capacete e outros itens de alguns, mas também é uma atividade que tende a aumen-
segurança. A maior parte dos motoristas de carros, ônibus, tar os níveis de estresse, mesmo que não tenhamos cons-
motocicletas e caminhões desconhece as leis que abran- ciência disso no momento.
gem os direitos dos ciclistas. Mas muitos ciclistas também
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez
ignoram seus direitos e deveres. Alguém que resolve in-
que entra no trânsito, você se junta a uma comunidade
tegrar a bike ao seu estilo de vida e usá-la como meio de
locomoção precisa compreender que deverá gastar com de outros motoristas, todos com seus objetivos, medos e
alguns apetrechos necessários para poder trafegar. De habilidades ao volante. Os psicólogos Leon James e Diane
acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, as bicicletas Nahl dizem que um dos fatores da ira de trânsito é a ten-
devem, obrigatoriamente, ser equipadas com campainha, dência de nos concentrarmos em nós mesmos, descartan-
sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, do o aspecto comunitário do ato de dirigir.
além de espelho retrovisor do lado esquerdo. Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito,
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. o Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsi-
Adaptado) to não são os congestionamentos ou mais motoristas nas
ruas, e sim como nossa cultura visualiza a direção agressi-
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como va. As crianças aprendem que as regras normais em relação
meio de locomoção nas metrópoles brasileiras ao comportamento e à civilidade não se aplicam quando
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos
devido à falta de regulamentação.
em comportamentos de disputa ao volante, mudando de
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido
incentivado em várias cidades. faixa continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sem-
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela pre com pressa para chegar ao destino.
maioria dos moradores. Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era des-
os demais meios de transporte. carregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma
arriscada e pouco salutar. situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos transformar um incidente em uma violenta briga.
objetivos centrais do texto é Com isso em mente, não é surpresa que brigas vio-
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do lentas aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas
ciclista. está predisposta a apresentar um comportamento irracio-
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta nal quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a
é mais seguro do que dirigir um carro.
maior parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bi-
cicleta no Brasil. quando dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos,
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como é estar ciente de seu estado emocional e fazer as escolhas
meio de locomoção se consolidou no Brasil. corretas, mesmo quando estiver tentado a agir só com a
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista emoção.
deve dar prioridade ao pedestre. (Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.
uol.com.br/furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013.
(Oficial Estadual de Trânsito - DETRAN-SP - Vunesp Adaptado)
2013) Leia o texto para responder às questões de 3 a 5
3-) Tomando por base as informações contidas no tex-
Propensão à ira de trânsito to, é correto afirmar que
(A) os comportamentos de disputa ao volante aconte-
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente cem à medida que os motoristas se envolvem em decisões
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais se-
conscientes.
guro do mundo, existem muitas variáveis de risco no trân-
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são cau-
sito, como clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. E
com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas sadas pela constante preocupação dos motoristas com o
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, aspecto comunitário do ato de dirigir.
mas também se engajam num comportamento de risco – (C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas
algumas até agem especificamente para irritar o outro mo- é o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma di-
torista ou impedir que este chegue onde precisa. reção agressiva.

3
LÍNGUA PORTUGUESA

(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de ex- II. Parte do poder de convencimento da ficção cientí-
periências e atividades não só individuais como também fica deriva do fato de serem apresentados ao espectador
sociais. objetos imaginários que, embora não existam na vida real,
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle estão, de algum modo, conectados à realidade.
das emoções positivas por parte dos motoristas. III. A ficção científica extrapola os limites da realidade,
mas baseia-se naquilo que, pelo menos em teoria, acredi-
4. A ira de trânsito ta-se que seja possível.
A) aprimora uma atitude de reconhecimento de regras. Está correto o que se afirma APENAS em
(B) implica tomada de decisões sem racionalidade. (A) III.
(C) conduz a um comportamento coerente. (B) I e II.
(D) resulta do comportamento essencialmente comu- (C) I e III.
nitário dos motoristas. (D) II e III.
(E) decorre de imperícia na condução de um veículo. (E) II.
5. De acordo com o perito Dr. James,
7-) Sem prejuízo para o sentido original e a correção
(A) os congestionamentos representam o principal fa-
gramatical, o termo sonhar, em ... a sociedade se permite
tor para a ira no trânsito.
sonhar seus piores problemas... (2o parágrafo), pode ser
(B) a cultura dos motoristas é fator determinante para
o aumento de suas frustrações. substituído por:
(C) o motorista, ao dirigir, deve ser individualista em (A) descansar.
suas ações, a fim de expressar sua liberdade e garantir que (B) desprezar.
outros motoristas não o irritem. (C) esquecer.
(D) a principal causa da direção agressiva é o desco- (D) fugir.
nhecimento das regras de trânsito. (E) imaginar.
(E) o comportamento dos pais ao dirigirem com ira
contradiz o aprendizado das crianças em relação às regras (TRF 3ª região/2014) Atenção: Para responder às ques-
de civilidade. tões de números 8 a 10 considere o texto abaixo.
Texto I
(TRF 3ª região/2014) Para responder às questões de O canto das sereias é uma imagem que remonta às
números 6 e 7 considere o texto abaixo. mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas.
Toda ficção científica, de Metrópolis ao Senhor dos As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama
anéis, baseia-se, essencialmente, no que está acontecen- é comum.
do no mundo no momento em que o filme foi feito. Não As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de
no futuro ou numa galáxia distante, muitos e muitos anos extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do Medi-
atrás, mas agora mesmo, no presente, simbolizado em pro- terrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes,
jeções que nos confortam e tranquilizam ao nos oferecer graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Atraí-
uma adequada distância de tempo e espaço. dos por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes
Na ficção científica, a sociedade se permite sonhar seus submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então
piores problemas: desumanização, superpopulação, totali- devoravam impiedosamente os tripulantes.
tarismo, loucura, fome, epidemias. Não se imita a realida- Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com
de, mas imagina-se, sonha-se, cria-se outra realidade onde vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas
possamos colocar e resolver no plano da imaginação tudo soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por
o que nos incomoda no cotidiano. O elemento essencial
Orfeu, o incomparável gênio da música e da poesia.
para guiar a lógica interna do gênero, cuja quebra implica
Quando a embarcação na qual ele navegava entrou
o fim da magia, é a ciência. Por isso, tecnologia é essen-
cial ao gênero. Parte do poder desse tipo de magia cine- inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conse-
matográfica está em concretizar, diante dos nossos olhos, guiu impedir a tripulação de perder a cabeça tocando uma
objetos possíveis, mas inexistentes: carros voadores, robôs música ainda mais sublime do que aquela que vinha da
inteligentes. Como parte dessas coisas imaginadas acaba ilha. O navio atravessou incólume a zona de perigo.
se tornando realidade, o gênero reforça a sensação de que A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma
estamos vendo na tela projeções das nossas possibilidades para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e cora-
coletivas futuras. joso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos
(Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um fil- seus inescapáveis limites humanos.
me. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. formato ebook.) Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza
para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento
6-) Considere: em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que
I. Segundo o texto, na ficção científica abordam-se, todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e orde-
com distanciamento de tempo e espaço, questões con- nou que o amarrassem ao mastro central do navio. O sur-
troversas e moralmente incômodas da sociedade atual, de preendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios
modo que a solução oferecida pela fantasia possa ser apli- ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses
cada para resolver os problemas da realidade. foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os

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LÍNGUA PORTUGUESA

tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus Outra diferença importante é com relação ao trata-
subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de mento do conteúdo: ao passo que, nos textos não literários
não soltá-lo até que estivessem longe da zona de perigo. (jornalísticos, científicos, históricos, etc.) as palavras servem
Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, para veicular uma série de informações, o texto literário
como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante funciona de maneira a chamar a atenção para a própria
do herói era clara: a falsa promessa de gratificação ime- língua (FARACO & MOURA, 1999) no sentido de explorar
diata, de um lado, e o bem permanente do seu projeto de vários aspectos como a sonoridade, a estrutura sintática e
vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar o sentido das palavras.
Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi Veja abaixo alguns exemplos de expressões na lingua-
contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo gem não literária ou “corriqueira” e um exemplo de uso da
suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em mesma expressão, porém, de acordo com alguns escrito-
sua própria alma. res, na linguagem literária:
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São
Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK) Linguagem não literária:
1- Anoitece.
8-) Há no texto
2- Teus cabelos loiros brilham.
(A) comparação entre os meios que Orfeu e Ulisses
3- Uma nuvem cobriu parte do céu. ...
usam para enfrentar o desafio que se apresenta a eles.
(B) rivalidade entre o mortal Ulisses e o divino Orfeu,
cujo talento musical causava inveja ao primeiro. Linguagem literária:
(C) juízo de valor a respeito das atitudes das sereias em 1- A mão da noite embrulha os horizontes. (Alvarenga
relação aos navegantes e elogio à astúcia de Orfeu. Peixoto)
(D) crítica à forma pouco original com que Orfeu deci- 2- Os clarins de ouro dos teus cabelos cantam na luz!
de enganar as sereias e elogio à astúcia de Ulisses. (Mário Quintana)
(E) censura à atitude arriscada de Ulisses, cuja ousadia 3- um sujo de nuvem emporcalhou o luar em sua nas-
quase lhe custou seu projeto de vida. cença. (José Cândido de Carvalho)

9-) Depreende-se do texto que as sereias atingiam Como distinguir, na prática, a linguagem literária da
seus objetivos por meio de não literária?
(A) intolerância. - A linguagem literária é conotativa, utiliza figuras (pa-
(B) dissimulação. lavras de sentido figurado), em que as palavras adquirem
(C) lisura. sentidos mais amplos do que geralmente possuem.
(D) observação. - Na linguagem literária há uma preocupação com a
(E) condescendência. escolha e a disposição das palavras, que acabam dando
vida e beleza a um texto.
10-) O navio atravessou incólume a zona de perigo. (4o - Na linguagem literária é muito importante a maneira
parágrafo). Mantém-se o sentido original do texto substi- original de apresentar o tema escolhido.
tuindo-se o elemento grifado por - A linguagem não literária é objetiva, denotativa,
(A) insolente. preocupa-se em transmitir o conteúdo, utiliza a palavra em
(B) inatingível. seu sentido próprio, utilitário, sem preocupação artística.
(C) intacto. Geralmente, recorre à ordem direta (sujeito, verbo, com-
(D) inativo. plementos).
(E) impalpável. Leia com atenção os textos a seguir e compare as lin-
guagens utilizadas neles.
GABARITO
Texto A
1- B 2-A 3-D 4-B 5-E
6- D 7-E 8-A 9-B 10-C Amor (ô). [Do lat. amore.] S. m. 1. Sentimento que pre-
Sabemos que a “matéria-prima” da literatura são as pa- dispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma
lavras. No entanto, é necessário fazer uma distinção entre a coisa: amor ao próximo; amor ao patrimônio artístico de
linguagem literária e a linguagem não literária, isto é, aque- sua terra. 2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser
la que não caracteriza a literatura. a outro ser ou a uma coisa; devoção, culto; adoração: amor
Embora um médico faça suas prescrições em determi- à Pátria; amor a uma causa. 3. Inclinação ditada por laços
nado idioma, as palavras utilizadas por ele não podem ser de família: amor filial; amor conjugal. 4. Inclinação forte por
consideradas literárias porque se tratam de um vocabulá- pessoa de outro sexo, geralmente de caráter sexual, mas
rio especializado e de um contexto de uso específico. Ago- que apresenta grande variedade e comportamentos e rea-
ra, quando analisamos a literatura, vemos que o escritor ções.
dispensa um cuidado diferente com a linguagem escrita, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário
e que os leitores dispensam uma atenção diferenciada ao da Língua Portuguesa, Nova Fronteira.
que foi produzido.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Texto B não foi feito por mim.


Amor é fogo que arde sem se ver; Este açúcar veio
É ferida que dói e não se sente; da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,
É um contentamento descontente; dono da mercearia.
é dor que desatina sem doer. Este açúcar veio
Luís de Camões. Lírica, Cultrix. de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
Você deve ter notado que os textos tratam do mesmo e tampouco o fez o dono da usina.
assunto, porém os autores utilizam linguagens diferentes. Este açúcar era cana
No texto A, o autor preocupou-se em definir “amor”, e veio dos canaviais extensos
usando uma linguagem objetiva, científica, sem preocupa- que não nascem por acaso
ção artística. no regaço do vale.
No texto B, o autor trata do mesmo assunto, mas com Em lugares distantes, onde não há hospital
preocupação literária, artística. De fato, o poeta entra no nem escola,
campo subjetivo, com sua maneira própria de se expres- homens que não sabem ler e morrem de fome
sar, utiliza comparações (compara amor com fogo, ferida, aos 27 anos
contentamento e dor) e serve-se ainda de contrastes que plantaram e colheram a cana
acabam dando graça e força expressiva ao poema (con- que viraria açúcar.
tentamento descontente, dor sem doer, ferida que não se Em usinas escuras,
sente, fogo que não se vê). homens de vida amarga
e dura
Questões produziram este açúcar
branco e puro
1-) Leia o trecho do poema abaixo. com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
O Poeta da Roça fonte: “O açúcar” (Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de
Sou fio das mata, cantô da mão grosa Janeiro, Civilização Brasileira, 1980, pp.227-228)
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
TEXTO II
Só fumo cigarro de paia de mio.
A cana-de-açúcar
Patativa do Assaré
Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no
A respeito dele, é possível afirmar que
Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. A re-
gião que durante séculos foi a grande produtora de cana-
(A) não pode ser considerado literário, visto que a lin-
de-açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina, onde os
guagem aí utilizada não está adequada à norma culta for-
mal. férteis solos de massapé, além da menor distância em re-
(B) não pode ser considerado literário, pois nele não lação ao mercado europeu, propiciaram condições favorá-
se percebe a preservação do patrimônio cultural brasileiro. veis a esse cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional
(C) não é um texto consagrado pela crítica literária. de cana-de-açúcar é São Paulo, seguido de Pernambuco,
(D) trata-se de um texto literário, porque, no processo Alagoas, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir
criativo da Literatura, o trabalho com a linguagem pode o açúcar, que em parte é exportado e em parte abastece o
aparecer de várias formas: cômica, lúdica, erótica, popular mercado interno, a cana serve também para a produção de
etc álcool, importante nos dias atuais como fonte de energia
(E) a pobreza vocabular – palavras erradas – não permi- e de bebidas. A imensa expansão dos canaviais no Brasil,
te que o consideremos um texto literário. especialmente em São Paulo, está ligada ao uso do álcool
Leia os fragmentos abaixo para responder às questões como combustível.
que seguem: 2-) Para que um texto seja literário:
a) basta somente a correção gramatical; isto é, a ex-
TEXTO I pressão verbal segundo as leis lógicas ou naturais.
O açúcar b) deve prescindir daquilo que não tenha correspon-
O branco açúcar que adoçará meu café dência na realidade palpável e externa.
nesta manhã de Ipanema c) deve fugir do inexato, daquilo que confunda a capa-
não foi produzido por mim cidade de compreensão do leitor.
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. d) deve assemelhar-se a uma ação de desnudamento.
Vejo-o puro O escritor revela, ao escrever, o mundo, e, em especial, re-
e afável ao paladar vela o Homem aos outros homens.
como beijo de moça, água e) deve revelar diretamente as coisas do mundo: senti-
na pele, flor mentos, ideias, ações.
que se dissolve na boca. Mas este açúcar

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LÍNGUA PORTUGUESA

3-) Ainda com relação ao textos I e II, assinale a opção incorreta


a) No texto I, em lugar de apenas informar sobre o real, ou de produzi-lo, a expressão literária é utilizada principalmente
como um meio de refletir e recriar a realidade.
b) No texto II, de expressão não literária, o autor informa o leitor sobre a origem da cana-de-açúcar, os lugares onde é
produzida, como teve início seu cultivo no Brasil, etc.
c) O texto I parte de uma palavra do domínio comum – açúcar – e vai ampliando seu potencial significativo, explorando
recursos formais para estabelecer um paralelo entre o açúcar – branco, doce, puro – e a vida do trabalhador que o produz
– dura, amarga, triste.
d) No texto I, a expressão literária desconstrói hábitos de linguagem, baseando sua recriação no aproveitamento de
novas formas de dizer.
e) O texto II não é literário porque, diferentemente do literário, parte de um aspecto da realidade, e não da imaginação.

Gabarito
1-) D

2-) D – Esta alternativa está correta, pois ela remete ao caráter reflexivo do autor de um texto literário, ao passo em que
ele revela às pessoas o “seu mundo” de maneira peculiar.

3-) E – o texto I também fala da realidade, mas com um cunho diferente do texto II. No primeiro há uma colocação
diferenciada por parte do autor em que o objetivo não é unicamente passar informação, existem outros “motivadores” por
trás desta escrita.

1.2 - GRAMÁTICA: FONÉTICA: ENCONTROS


VOCÁLICOS; SÍLABA: TONICIDADE E
ACENTUAÇÃO GRÁFICA

A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimento”). Signi-
fica literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos sons da voz”. O homem, ao falar, emite sons. Cada indivíduo tem uma
maneira própria de realizar esses sons no ato da fala. Essas particularidades na pronúncia de cada falante são estudadas
pela Fonética.
Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significado entre as pala-
vras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras:
amor - ator
morro - corro
vento - cento

Cada segmento sonoro refere-se a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que
você, como falante de português, guarda de cada um deles. É essa imagem acústica, esse referencial de padrão sonoro, que
constitui o fonema. Os fonemas formam os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparecem representados entre
barras. Assim: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.

Fonema e Letra
1) O fonema não deve ser confundido com a letra. Na língua escrita, representamos os fonemas por meio de sinais
chamados letras. Portanto, letra é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por exemplo, a letra “s” representa
o fonema /s/ (lê--se sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê).

2) Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que
pode ser representado pelas letras z, s, x:
zebra
casamento
exílio

3) Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:
- o fonema /sê/: texto
- o fonema /zé/: exibir
- o fonema /che/: enxame
- o grupo de sons /ks/: táxi

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LÍNGUA PORTUGUESA

4) O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas.


tóxico fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o
1 2 3 4 5 6 7 123456
galho fonemas: /g/a/lh/o/ letras: g a l h o
1 2 3 4 12345

5) As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: Compra, conta.
Nessas palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda:
nave: o /n/ é um fonema;
dança: o “n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.

6) A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema.


hoje fonemas: ho / j / e / letras: hoje
1 2 3 1234

Classificação dos Fonemas

Os fonemas da língua portuguesa são classificados em:

1) Vogais
As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua,
desempenham o papel de núcleo das sílabas. Assim, isso significa que em toda sílaba há necessariamente uma única vogal.
Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser:
a) Orais: quando o ar sai apenas pela boca.
/a/, /e/, /i/, /o/, /u/.
b) Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.
/ã/: fã, canto, tampa
/ ẽ /: dente, tempero
/ ĩ/: lindo, mim
/õ/ bonde, tombo
/ ũ / nunca, algum
c) Átonas: pronunciadas com menor intensidade.
até, bola
d)Tônicas: pronunciadas com maior intensidade.
até, bola
Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
Abertas: pé, lata, pó
Fechadas: mês, luta, amor
Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das palavras: dedo, ave, gente
Quanto à zona de articulação:
Anteriores ou Palatais - A língua eleva-se em direção ao palato duro (céu da boca): é, ê, i
Posteriores ou Velares - A língua eleva-se em direção ao palato mole (véu palatino): ó, ô, u
Médias - A língua fica baixa, quase em repouso: a

2) Semivogais
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma só
emissão de voz (uma sílaba). Nesse caso, esses fonemas são chamados de semivogais. A diferença fundamental entre vo-
gais e semivogais está no fato de que estas últimas não desempenham o papel de núcleo silábico.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa-pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca é o
“a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, história,
série.
Obs.: os fonemas /i/ e /u/ podem aparecer representados na escrita por “e”, “o” ou “m”. Veja:
pães /pãis/ mão /mãu/ cem /c i/

3) Consoantes
Para a produção das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela cavidade
bucal. Isso faz com que as consoantes sejam verdadeiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu nome
provém justamente desse fato, pois, em português, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: /b/, /t/, /d/, /v/,
/l/, /m/, etc.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Encontros Vocálicos
Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante re-
conhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o tritongo e o
hiato.

1) Ditongo
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser:
a) Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal.
sé-rie (i = semivogal, e = vogal)
b) Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal.
pai (a = vogal, i = semivogal)
c) Oral: quando o ar sai apenas pela boca.
pai, série
d) Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.
mãe

2) Tritongo
É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, numa só sílaba. Pode
ser oral ou nasal.
Paraguai - Tritongo oral
quão - Tritongo nasal

3) Hiato
É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de
uma vogal numa sílaba.
saída (sa-í-da)
poesia (po-e-si-a)

Encontros Consonantais
O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal. Exis-
tem basicamente dois tipos:
1-) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r” e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no, a-tle-
ta, cri-se...
2-) os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta...
Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo, psi-có-
-lo-go...

Dígrafos
De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra.
lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras.

Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras.
bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras.
Na palavra acima, para representar o fonema /xe/ foram utilizadas duas letras: o “c” e o “h”.
Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + grafo = letra).
Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos:
consonantais e vocálicos.
Dígrafos Consonantais

Letras Fonemas Exemplos


Lh /lhe/ telhado
nh /nhe/ marinheiro
ch /xe/ chave
rr /re/ (no interior da palavra) carro
ss /se/ (no interior da palavra) passo
qu /k/ (qu seguido de e e i) queijo, quiabo
gu /g/ ( gu seguido de e e i) guerra, guia
sc /se/ crescer
sç /se/ desço
xc /se/ exceção

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LÍNGUA PORTUGUESA

Dígrafos Vocálicos: registram-se na representação das 05. Indique a palavra que tem 5 fonemas:
vogais nasais. A) ficha. B) molhado. C) guerra. D) fixo. E) hulha.
Fonemas Letras Exemplos
/ã/ am tampa 06. Dadas as palavras: tung-stê-nio / bis-a-vô / du-e-
an canto -lo, constatamos que a separação silábica está correta:
/ ẽ / em templo a) apenas nº 1 b) apenas nº 2
en lenda c) apenas nº 3 d) em todas as palavras
/ ĩ/ im limpo e) n. d. a.
in lindo
/õ/ om tombo 07. Há relação INCORRETA de letras e fonemas em:
on tonto A) Pássaro (7 Letras / 6 Fonemas);
/ ũ / um chumbo B) Comovente (9 Letras / 8 Fonemas);
un corcunda C) Molhada (7 Letras / 6 Fonemas);
D) Plástica (8 Letras / 8 Fonemas);
Observação: “gu” e “qu” são dígrafos somente quando E) Aquilo (6 Letras / 6 Fonemas).
seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/:
guitarra, aquilo. Nesses casos, a letra “u” não corresponde 08. Assinale a alternativa em que a letra “x” da palavra
a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” não possui a pronúncia de /ks/:
representa um fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, A) tóxico B) léxico C) máximo D) prolixo
linguiça, aquífero...). Nesse caso, “gu” e”qu” não são dígra-
fos. Também não há dígrafos quando são seguidos de “a” 09. A palavra vassoura tem:
ou “o” (quase, averiguo). A) 8 letras e 8 fonemas; B) 8 letras e 7 fonemas;
- Repare que, quando você “ouve” o som do “u” em C) 7 letras e 8 fonemas; D) 7 letras e 7 fonemas;
“gu” ou “qu”, não temos dígrafos. Exemplo: Água = /agua/ E) 8 letras e 6 fonemas.
nós pronunciamos a letra “u”, senão ficaria /aga/. Temos
aqui 4 letras e 4 fonemas. Já em guitarra = /gitara/ não 10. A palavra “charuto” apresenta:
pronunciamos o “u”, então temos dígrafo (aliás, dois dígra- A) um dígrafo e seis fonemas. B) um dígrafo e sete
fos: “rr”). Portanto: 8 letras e 6 fonemas. fonemas.
C) sete letras e sete fonemas. D) sete letras e dois
Questões sobre Letra e Fonema dígrafos.
E) sete letras e cinco fonemas.
01. Assinale a alternativa errada a respeito da palavra GABARITO
“churrasqueira”. 01. E 02. E 03. C 04. A 05. D
A) apresenta 13 letras e 10 fonemas 06. C 07. E 08. C 09. B 10. A
B) apresenta 3 dígrafos: ch, rr, qu
C) divisão silábica: chur-ras-quei-ra COMENTÁRIOS
D) é paroxítona e polissílaba
E) apresenta o tritongo: uei 1-) apresenta o tritongo: uei
Não ouço o som do “u”. Há um dígrafo (qu = duas le-
02. A alternativa que apresenta uma incorreção é: tras e um fonema). O ‘qu” tem o som de /k/.
A) o fonema está diretamente ligado ao som da fala.
B) as letras são representações gráficas dos fonemas. 2-) a letra “h” sempre representa um fonema. = não
C) a palavra “tosse” possui quatro fonemas. representa fonema quando inicia uma palavra como, por
D) uma única letra pode representar fonemas diferen- exemplo, hoje.
tes.
E) a letra “h” sempre representa um fonema. 3-) C) adstringente. = há encontro consonantal (tr),
mas não há vocálico.
03. Todas as palavras abaixo possuem um encontro vo- 4-) A) assinar / bocadinho / arredores.
cálico e um encontro consonantal, exceto: B) residência / pingue-pongue / dicionário.
A) destruir. B) magnésio. C) adstringente. C) digno / decifrar / dissesse.
D) pneu. E) autóctone. D) dizer / holandês / groenlandeses.
E) futebolísticos / diligentes / comparecimento.
04. A série em que todas as palavras apresentam dí-
grafo é. 5-)A) ficha = 4 B) molhado = 6
A) assinar / bocadinho / arredores. C) guerra = 4 D) fixo = 5 /f i k s o/
B) residência / pingue-pongue / dicionário. E) hulha = 3
C) digno / decifrar / dissesse.
D) dizer / holandês / groenlandeses. 6-) tungs – tê - nio / bi – sa - vô / du- e –lo
E) futebolísticos / diligentes / comparecimento.

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LÍNGUA PORTUGUESA

7-) Aquilo (6 Letras / 5 Fonemas = /akilo/ ) Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas
palavras, em meio a sílabas de menor intensidade, é um
8-) máximo = /s/ dos elementos que dão melodia à frase.

9-) 8 letras e 7 fonemas = v a s s o u r a (8 letras); / Classificação da Sílaba quanto à Intensidade


vasoura/ - 7 fonemas Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade.
Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensidade.
10-) charuto = /xaruto/ 7 letras e 6 fonemas; 1 dígrafo Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária.
A - MOR Ocorre, principalmente, nas palavras derivadas, correspon-
dendo à tônica da palavra primitiva. Veja o exemplo abaixo:
A palavra amor está dividida em grupos de fonemas
pronunciados separadamente: a - mor. A cada um desses Palavra primitiva: be - bê
grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome átona tônica
de sílaba. Em nossa língua, o núcleo da sílaba é sempre
uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca há mais do Palavra derivada: be - be - zi - nho
que uma vogal em cada sílaba. Dessa forma, para sabermos átona subtônica tônica átona
o número de sílabas de uma palavra, devemos perceber
quantas vogais tem essa palavra. Atenção: as letras “i” e “u” Classificação das Palavras quanto à Posição da Sí-
(mais raramente com as letras “e” e “o”) podem representar laba Tônica
semivogais. De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábu-
los da língua portuguesa que contêm duas ou mais sílabas
Classificação das Palavras quanto ao Número de Sí- são classificados em:
labas Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última.
avó, urubu, parabéns
1) Monossílabas: possuem apenas uma sílaba.
mãe, flor, lá, meu Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúl-
2) Dissílabas: possuem duas sílabas. tima.
ca-fé, i-ra, a-í, trans-por dócil, suavemente, banana
3) Trissílabas: possuem três sílabas.
ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir
Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a an-
4) Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas.
tepenúltima.
a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-
máximo, parábola, íntimo
no-la-rin-go-lo-gis-ta
Saiba que:
Divisão Silábica
São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister,
Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as Nobel, novel, ruim, sutil, transistor, ureter.
seguintes normas: São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago,
a) Não se separam os ditongos e tritongos. boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano,
foi-ce, a-ve-ri-guou filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impu-
b) Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. dico, inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo,
cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa necropsia (alguns dicionários admitem também necropsia),
c) Não se separam os encontros consonantais que ini- Normandia, pegada, policromo, pudico, quiromancia, ru-
ciam sílaba. brica, subido(a).
psi-có-lo-go, re-fres-co São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito, bá-
d) Separam-se as vogais dos hiatos. varo, bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ôme-
ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de ga, pântano, trânsfuga.
e) Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc. As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla
car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceâ-
f) Separam-se os encontros consonantais das sílabas nia/Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/rep-
internas, excetuando-se aqueles em que a segunda con- til, zângão/zangão.
soante é “l” ou “r”. Monossílabos
ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car O sol já se pôs.

Acento Tônico Essa frase é formada apenas por monossílabos. É pos-


sível verificar que os monossílabos sol, já e pôs são pronun-
Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, ciados com maior intensidade que os outros. São tônicos.
percebe-se que há uma sílaba de maior intensidade sonora Possuem acento próprio e, por isso, não precisam apoiar-
do que as demais. se nas palavras que os antecedem ou que os seguem. Já os
calor - a sílaba lor é a de maior intensidade. monossílabos “o” e “se” são átonos, pois são pronunciados
faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade. fracamente. Por não terem acento próprio, apoiam-se nas
sólido - a sílaba só é a de maior intensidade. palavras que os antecedem ou que os seguem.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Critérios de Distinção 03. As palavras abaixo são, respectivamente:


Principal - poderosa - álcool
Muitas vezes, fazer a distinção entre um monossílabo A) Oxítona, paroxítona e proparoxítona.
átono e um tônico pode ser complicado. Por isso, observe B) Oxítona, paroxítona e paroxítona.
os critérios a seguir. C) Proparoxítona, proparoxítona e proparoxítona.
1- Modificação da pronúncia da vogal final. D) Paroxítona, oxítona e paroxítona.
Nos monossílabos átonos a vogal final modifica-se ou
pode se modificar na pronúncia. Com os tônicos, não ocor- 04. Qual o único par de palavras que deve ser acen-
re tal possibilidade. tuado?
Vou de carro para o meu trabalho. (de = monossílabo A) palacio e egoista. B) quente e esquilo.
átono - é possível a pronúncia di ônibus.) C) funcionario e caqui. D) formosura e raposa.
Dê um auxílio às pessoas que necessitam. (dê = mo- E) refens e cascavel.
nossílabo tônico - é impossível a pronúncia di um auxílio.) 05. Assinale a alternativa em que as palavras estão se-
2- Significado isolado do monossílabo paradas corretamente:
O monossílabo átono não tem sentido quando isolado
A) Dis-tra-í-do, ru-im, le-gais
na frase. Veja:
B) Pri-me-iro, graú-do, paí-ses
Meus amigos já compraram os convites, mas eu não.
C) Juí-zes, faí-sca, ter-ra
O monossílabo tônico, mesmo isolado, possui signifi-
cado. Observe: D) Raí-nha, sai-da, ca-sa
Existem pessoas muito más.
Nessa frase, o monossílabo possui sentido: más = ruins. 06. Palavras proparoxítonas são classificadas quando
São monossílabos átonos: a sílaba tônica é a antepenúltima. Das palavras descritas
artigos: o, a, os, as, um, uns abaixo qual podemos classificar utilizando esta regra?
pronomes pessoais oblíquos: me, te, se, o, a, os, as, lhe, A) Café. B) Máquinas. C) Revólver. D) Espon-
nos, vos tâneo.
preposições: a, com, de, em, por, sem, sob
pronome relativo: que 07. Aponte a separação silábica correta:
conjunções: e, ou, que, se A) Ca-m-po. B) Guer-ra. C) Ami-go. D) Fo-lh-a.

São monossílabos tônicos: todos aqueles que possuem 08. As palavras das alternativas a seguir estão com sua
autonomia na frase. sílaba tônica sublinhada. Uma delas, porém, está sublinha-
mim, há, seu, lar, etc. da incorretamente. Aponte-a:
Obs.: pode ocorrer que, de acordo com a autonomia A) rubrica B) interim
fonética, um mesmo monossílabo seja átono numa frase, C) gratuito D) pudico
porém tônico em outra.
Que foi? (átono) 09. Há uma palavra dissílaba em:
Você fez isso por quê? (tônico) A) Carro. B) Pé. C) Automóvel. D) Canela.
Questões sobre Sílaba 10. Aponte a alternativa em que todas as separações
silábicas estão corretas:
01. Classifique as palavras quanto à localização do A) Psi-có-lo-go / ad-mi-rar / zoo-ló-gi-co.
acento tônico, relacionando a primeira coluna com a se- B) A-mi-úde / ex-cur-são / a-na-to-mi-a.
gunda:
C) Bí-ceps / te-so-u-ro / trans-fu-são.
(1) Oxítona
D) E-clip-se / in-fec-ci-o-so / pers-pi-caz.
(2) Paroxítona
(3) Proparoxítona
( ) Pegadas GABARITO
( ) Protótipo
( ) Gratuito 01. A 02. C 03. A 04. A 05. A
( ) Ruim 06. B 07. B 08. B 09. A 10. D
( ) Sutil
COMENTÁRIOS
Após relacionar as colunas, a ordem na numeração, de
cima para baixo, é: 1-) (1) Oxítona (2) Paroxítona (3) Proparo-
A) 2, 3, 2, 1, 1. B) 3, 3, 2, 2, 1. xítona
C) 1, 2, 3, 1, 2. D) 1, 3, 3, 2, 2. pe ga das = penúltima sílaba tônica = paroxítona 2
pro tó ti po= antepenúltima sílaba é a tônica = pro-
02. Assinale o vocábulo abaixo cuja tonicidade recai na par. 3
última sílaba. gra tui to = penúltima sílaba tônica = paroxítona 2
A) caracteres. B) austero. C) ureter. Ru im = última sílaba tônica = oxítona 1
D) rubrica. E) tambores. su til = última sílaba tônica = oxítona 1

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LÍNGUA PORTUGUESA

2-) A) caracteres = Ca rac te res Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre
B) austero = aus te ro a última sílaba.
C) ureter = u re ter Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel
D) rubrica = Ru bri Ca
E) tambores = tam bo res Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai
na penúltima sílaba.
3-) Principal - poderosa - álcool Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível
Prin ci pal = oxítona
Po de ro sa = paroxítona Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica
Ál co ol = proparoxítona está na antepenúltima sílaba.
Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus
4-) Pares que DEVEM
A) palacio e egoista. Palácio - egoísta Como podemos observar, os vocábulos possuem mais
B) quente e esquilo. Ésquilo - foi um dramaturgo da de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com
Grécia Antiga. (= pode ser acentuada) uma sílaba somente: são os chamados monossílabos, que,
C) funcionario e caqui. Funcionário - cáqui(cor) e ca- quando pronunciados, apresentam certa diferenciação
qui(fruta) = podem ser acentuadas quanto à intensidade.
D) formosura e raposa. = nenhuma Tal diferenciação só é percebida quando os pronun-
E) refens e cascavel. Reféns / cascavel ou cascável ciamos em uma dada sequência de palavras. Assim como
podemos observar no exemplo a seguir:
5-) Pri mei ro gra ú do pa í ses “Sei que não vai dar em nada,
Ju í zes fa ís ca ter-ra Seus segredos sei de cor”.
Ra i nha sa í da Ca sa
Os monossílabos classificam-se como tônicos; os de-
6-) Café Ca fé = oxítona (última sílaba) mais, como átonos (que, em, de).
Máquinas má qui nas = antepenúltima (pro-
paroxítona)
Os acentos
Revólver re vól ver = penúltima (paroxítona)
Espontâneo es pon tâ neo = penúltima (paroxítona)
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras «a», «i»,
«u» e sobre o «e» do grupo “em” - indica que estas letras
7-) Cam po Guer ra A mi go Fo lha
representam as vogais tônicas de palavras como Amapá,
8-) ín te rim = proparoxítona caí, público, parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além
9-) B) Pé = monossílaba da tonicidade, timbre aberto.
C) Automóvel = polissílaba Ex.: herói – médico – céu (ditongos abertos)
D) Canela = trissílaba acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”,
“e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado:
10-) A) Psi có lo go / ad mi rar / zo o ló gi co. Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs
B) A mi ú de / ex cur são / a na to mi a. acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com
C) Bí ceps / te sou ro / trans fu são. artigos e pronomes.
Ex.: à – às – àquelas – àqueles
A acentuação é um dos requisitos que perfazem as re-
gras estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se com- trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi totalmen-
põe de algumas particularidades, às quais devemos estar te abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em
atentos, procurando estabelecer uma relação de familia- palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros.
ridade e, consequentemente, colocando-as em prática na Ex.: mülleriano (de Müller)
linguagem escrita.
À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vo-
prática de redigir, automaticamente aprimoramos essas gais nasais.
competências, e logo nos adequamos à forma padrão. Ex.: coração – melão – órgão – ímã
Regras fundamentais:
Regras básicas – Acentuação tônica
Palavras oxítonas:
A acentuação tônica implica na intensidade com que
são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”,
de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. “o”, “em”, seguidas ou não do plural(s):
As demais, como são pronunciadas com menos intensida- Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s)
de, são denominadas de átonas. Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
De acordo com a tonicidade, as palavras são classifi- Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, se-
cadas como: guidos ou não de “s”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Ex.: pá – pé – dó – há - Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos


Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, se- que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais
guidas de lo, la, los, las. acento como antes: CRER, DAR, LER e VER.
respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo
Repare:
Paroxítonas: 1-) O menino crê em você
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: Os meninos creem em você.
- i, is 2-) Elza lê bem!
táxi – lápis – júri Todas leem bem!
- us, um, uns 3-) Espero que ele dê o recado à sala.
vírus – álbuns – fórum Esperamos que os garotos deem o recado!
- l, n, r, x, ps 4-) Rubens vê tudo!
automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps Eles veem tudo!
- ã, ãs, ão, ãos
ímã – ímãs – órfão – órgãos * Cuidado! Há o verbo vir:
Ele vem à tarde!
-- Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Re- Eles vêm à tarde!
pare que essa palavra apresenta as terminações das pa-
roxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM = Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quan-
fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memorização! do seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z:
-ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz
não de “s”. Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estive-
água – pônei – mágoa – jóquei rem seguidas do dígrafo nh:
ra-i-nha, ven-to-i-nha.
Regras especiais:
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento precedidas de vogal idêntica:
de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
palavras paroxítonas.
* Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma As formas verbais que possuíam o acento tônico na
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de
acentuados. Ex.: “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Ex.:
Antes Agora Antes Depois
assembléia assembleia apazigúe (apaziguar) apazigue
idéia ideia averigúe (averiguar) averigue
geléia geleia argúi (arguir) argui
jibóia jiboia
apóia (verbo apoiar) apoia Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa
paranóico paranoico do plural de:
ele tem – eles têm
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acom- ele vem – eles vêm (verbo vir)
panhados ou não de “s”, haverá acento:
Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís A regra prevalece também para os verbos conter, ob-
ter, reter, deter, abster.
Observação importante: ele contém – eles contêm
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando ele obtém – eles obtêm
hiato quando vierem depois de ditongo: Ex.: ele retém – eles retêm
Antes Agora ele convém – eles convêm
bocaiúva bocaiuva Não se acentuam mais as palavras homógrafas que
feiúra feiura antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras seme-
Sauípe Sauipe lhantes (regra do acento diferencial). Apenas em algumas
exceções, como:
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do
abolido. Ex.: pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sen-
Antes Agora do acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa
crêem creem do singular do presente do indicativo). Ex:
lêem leem Ela pode fazer isso agora.
vôo voo Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
enjôo enjoo

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LÍNGUA PORTUGUESA

O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da 07. Assinale a opção CORRETA em que todas as pala-
preposição por. vras estão acentuadas na mesma posição silábica.
- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “co- A) Nazaré - além - até - está - também.
locar”, então estaremos trabalhando com um verbo, por- B) Água - início - além - oásis - religião.
tanto: “pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex: C) Município - início - água - século - oásis
Faço isso por você. D) Século - símbolo - água - histórias - missionário
Posso pôr (colocar) meus livros aqui? E) Missionário - símbolo - histórias - século – município

Questões sobre Acentuação Gráfica 08. Considerando as palavras: também / revólver / lâm-
pada / lápis. Assinale a única alternativa cuja justificativa de
01. “Cadáver” é paroxítona, pois: acentuação gráfica não se refere a uma delas:
A) Tem a última sílaba como tônica. A) palavra paroxítona terminada em - is
B) Tem a penúltima sílaba como tônica. B) palavra proparoxítona terminada em - em
C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica. C) palavra paroxítona terminada em - r
D) Não tem sílaba tônica. D) palavra proparoxítona - todas devem ser acentua-
das
02. Assinale a alternativa correta.
A palavra faliu contém um: 09. Assinale a alternativa incorreta:
A) hiato B) dígrafo A) Os vocábulos sábio, régua e decência são paroxíto-
C) ditongo decrescente D) ditongo crescente nos terminadas em ditongos crescentes.
B) O vocábulo armazém é acentuado por ser um oxíto-
03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente, no terminado em em.
aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada C) Os vocábulos baú e cafeína são hiatos.
pelo mesmo motivo que: D) O vocábulo véu é acentuado por ser um oxítono
A) túnel B) voluntário terminado em u.
C) até D) insólito GABARITO
E) rótulos
01. B 02. C 03. B 04. A 05. E
04. Assinale a alternativa correta. 06. A 07. A 08. B 09. D
A) “Contrário” e “prévias” são acentuadas por serem
paroxítonas terminadas em ditongo. COMENTÁRIOS
B) Em “interruptor” e “testaria” temos, respectivamen-
te, encontro consonantal e hiato. 1-) Separando as sílabas: Ca – dá – ver: a penúltima
C) Em “erros derivam do mesmo recurso mental” as sílaba é a tônica (mais forte; nesse caso, acentuada). Penúl-
palavras grifadas são paroxítonas. tima sílaba tônica = paroxítona
D) Nas palavras “seguida”, “aquele” e “quando” as par-
tes destacadas são dígrafos. 2-) fa - liu - temos aqui duas vogais na mesma sí-
E) A divisão silábica está correta em “co-gni-ti-va”, “p- laba, portanto: ditongo. É decrescente porque apresenta
si-có-lo-ga” e “a-ci-o-na”. uma vogal e uma semivogal. Na classificação, ambas são
semivogais, mas quando juntas, a que “aparecer” mais na
05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO: pronúncia será considerada “vogal”.
A) saúde B) cooperar
C) ruim D) creem 3-) ex – pe - ri – ên - cia : paroxítona terminada em
E) pouco ditongo crescente (semivogal + vogal)
a-) Tú –nel: paroxítona terminada em L
06. “O episódio aconteceu em plena via pública de b-) vo – lun - tá – rio : paroxítona terminada em diton-
Assis. Dez mulheres começaram a cantar músicas pela paz go
mundial. A partir daquele momento outras pessoas que c-) A - té – oxítona
passavam por ali decidiram integrar ao grupo. Rapidamen- d-) in – só – li – to : proparoxítona
te, uma multidão aderiu à ideia. Assim começou a forma- e-) ró – tu los – proparoxítona
ção do maior coral popular de Assis”. O vocábulo subli-
nhado tem sua acentuação gráfica justificada pelo mesmo 4-) a-) correta
motivo das palavras: b-) inteRRuptor: não é encontro consonantal, mas sim
A) eminência, ímpio, vácuo, espécie, sério DÍGRAFO
B) aluá, cárie, pátio, aéreo, ínvio c-) todas são, exceto MENTAL, que é oxítona
C) chinês, varíola, rubéola, período, prêmio d-) são dígrafos, exceto QUANDO, que “ouço” o som
D) sábio, sábia, sabiá, curió, sério do U, portanto não é caso de dígrafo
e-) cog – ni - ti – va / psi – có- lo- ga

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LÍNGUA PORTUGUESA

5-) sa - ú - de / co - o - pe – rar / ru – im / Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes derivados


cre - em / pou - co (ditongo) dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou
com verbos terminados por tir ou meter
6-) e - pi - só - dio - paroxítona terminada em di- agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir -
tongo admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir
a-) ok - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão /
b-) a – lu –á :oxítona, então descarte esse item comprometer - compromisso / submeter - submissão
c-) chi – nês : oxítona, idem *quando o prefixo termina com vogal que se junta com
d-) sa – bi – á : idem a palavra iniciada por “s”
Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir -
7-) a-) oxítona – TODAS ressurgir
b-) paroxítona – paroxítona – oxítona – paroxítona – *no pretérito imperfeito simples do subjuntivo
não acentuada Exemplos: ficasse, falasse
c-) paroxítona – idem – idem – proparoxítona – paro-
xítona Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos
d-) proparoxítona – idem – paroxítona – idem – idem de origem árabe:
e-) paroxítona – proparoxítona – paroxítona – proparo- cetim, açucena, açúcar
xítona – paroxítona *os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica
cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique
8-) tam – bém: oxítona / re – vól – ver: paroxítona / lâm *os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
– pa – da: proparoxítona / lá – pis :paroxítona uço.
a-) é a regra do LÁPIS barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço,
b-) todas as proparoxítonas são acentuadas, indepen- esperança, carapuça, dentuço
dente de sua terminação
*nomes derivados do verbo ter.
c-) regra para REVÓLVER
abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção
d-) relativa à palavra lâmpada
/ reter - retenção
*após ditongos
9-) As alternativas A, B e C contêm afirmativas corretas.
foice, coice, traição
Na D, há erro, pois véu é monossílabo acentuado por ter-
*palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r)
minar em ditongo aberto.
marte - marciano / infrator - infração / absorto - ab-
sorção
O fonema z:
ORTOGRAFIA
Escreve-se com S e não com Z:
*os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos.
A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia cor- freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, prince-
reta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão culto da língua. sa, etc.
As palavras podem apresentar igualdade total ou par- *os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose.
cial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo ten- catequese, metamorfose.
do significados diferentes. Essas palavras são chamadas *as formas verbais pôr e querer.
de homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto, pôs, pus, quisera, quis, quiseste.
do latim, significa música vocal). As palavras homônimas *nomes derivados de verbos com radicais terminados
dividem-se em homógrafas, quando têm a mesma grafia em “d”.
(gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - em-
gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som (paço, presa / difundir - difusão
palácio ou passo, movimento durante o andar). *os diminutivos cujos radicais terminam com “s”
Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem- Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho
se observar as seguintes regras: *após ditongos
coisa, pausa, pouso
O fonema s: *em verbos derivados de nomes cujo radical termina
Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substanti- com “s”.
vadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
corr e sent.
pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender Escreve-se com Z e não com S:
- ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão / sub- *os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de ad-
mergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impul- jetivo
sivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer macio - maciez / rico - riqueza
- recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir *os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de
- consensual origem não termine com s)

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LÍNGUA PORTUGUESA

final - finalizar / concreto - concretizar - atenção para as palavras que mudam de sentido
*como consoante de ligação se o radical não terminar quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (su-
com s. perfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (ex-
pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho pandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão
- lapisinho (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo).

O fonema j: Questões sobre Ortografia

Escreve-se com G e não com J: 01. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013) Assinale a alter-


*as palavras de origem grega ou árabe nativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas
tigela, girafa, gesso. do trecho a seguir, de acordo com a norma-padrão.
*estrangeirismo, cuja letra G é originária. Além disso, ___certamente ____entre nós ____do fenô-
sargento, gim. meno da corrupção e das fraudes.
*as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com (A) a … concenso … acerca
poucas exceções) (B) há … consenso … acerca
imagem, vertigem, penugem, bege, foge. (C) a … concenso … a cerca
Observação: Exceção: pajem (D) a … consenso … há cerca
*as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio. (E) há … consenço … a cerca
sortilégio, litígio, relógio, refúgio.
*os verbos terminados em ger e gir. 02. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013). Assinale a alter-
eleger, mugir. nativa cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo
*depois da letra “r” com poucas exceções. com a norma- -padrão.
emergir, surgir. (A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
*depois da letra “a”, desde que não seja radical termi- (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
nado com j. (C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo-
ágil, agente. cal.
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
Escreve-se com J e não com G: (E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
*as palavras de origem latinas
jeito, majestade, hoje. 03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP –
*as palavras de origem árabe, africana ou exótica. 2013). Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para
alforje, jiboia, manjerona. informar os usuários sobre o festival Sounderground.
*as palavras terminada com aje. Prezado Usuário
aje, ultraje ________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do
O fonema ch: metrô, ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30,
começa o Sounderground, festival internacional que presti-
Escreve-se com X e não com CH: gia os músicos que tocam em estações do metrô.
*as palavras de origem tupi, africana ou exótica. Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen-
abacaxi, muxoxo, xucro. tarão e divirta-se!
*as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J). Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se
xampu, lagartixa. preencher as lacunas, correta e respectivamente, com as
*depois de ditongo. expressões
frouxo, feixe. A) A fim ...a partir ... as B) A fim ...à partir ... às
*depois de “en”. C) A fim ...a partir ... às D) Afim ...a partir ... às
enxurrada, enxoval E) Afim ...à partir ... as
Observação: Exceção: quando a palavra de origem não
derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente) 04. Assinale a alternativa que não apresenta erro de
ortografia:
Escreve-se com CH e não com X: A) Ela interrompeu a reunião derrepente.
*as palavras de origem estrangeira B) O governador poderá ter seu mandato caçado.
chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, C) Os espectadores aplaudiram o ministro.
sanduíche, salsicha. D) Saiu com descrição da sala.

As letras e e i: 05.Em qual das alternativas a frase está corretamente


*os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. escrita?
Com “i”, só o ditongo interno cãibra. A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou-
*os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são pansa.
escritos com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os B) O mendigo não depositou na caderneta de poupan-
verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui. ça.

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LÍNGUA PORTUGUESA

C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans- 4-) A) Ela interrompeu a reunião derrepente. =de re-
sa. pente
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou- B) O governador poderá ter seu mandato caçado. =
pansa. cassado
D) Saiu com descrição da sala. = discrição
06. Qual das alternativas abaixo apresenta palavras
que deveriam ser grafadas com S no lugar do X? 5-) A) O mindingo não depositou na cardeneta de
A) Exumar – Exultar. B) Exteriorizar – Êxtase. poupansa. = mendigo/caderneta/poupança
C) Expectador – Excursão. D) Expontâneo – Extre- C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans-
pitar. sa. = mendigo/caderneta/poupança
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou-
07. Está separada corretamente: pansa. =mendigo/depositou/caderneta/poupança
A) Sus-sur-rar. B) Ra-dio-gra-far.
C) Tin-ho-rão. D) So-bre-ssa-len-te. 6-) Espontâneo – Estrepitar
E) Li-gni-ta.
7-) B) Ra-dio-gra-far = Ra - di - o - gra - far
08. Assinale a alternativa incorreta quanto ao uso de C) Tin-ho-rão. = ti - nho - rão
“a” e “há”: D) So-bre-ssa-len-te. = so - bres - sa - len - te
A) Daqui a dois meses iremos à Europa. E) Li-gni-ta. = lig - ni - ta
B) Isto foi há muito tempo.
C) Há meses que não a vejo. 8-) Há dois meses fomos na casa de sua mãe. (= há no
D) A dois meses fomos na casa de sua mãe. sentido de tempo passado)
E) Há tempos atrás éramos muito felizes.
9-) Por que essa cara? = é uma pergunta e o pronome
09.Assinale a alternativa cuja frase esteja incorreta: está longe do ponto de interrogação.
A) Porque essa cara? B) Não vou porque
não quero.
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado para
C) Mas por quê? D) Você saiu por quê?
ligar os elementos de palavras compostas (couve-flor, ex-
-presidente) e para unir pronomes átonos a verbos (ofere-
GABARITO
ceram-me; vê-lo-ei).
01. B 02. D 03. C 04. C 05. B
Serve igualmente para fazer a translineação de pala-
06. D 07. A 08. D 09. A
vras, isto é, no fim de uma linha, separar uma palavra em
COMENTÁRIOS duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).

1-) O exercício quer a alternativa que apresenta cor- Uso do hífen que continua depois da Reforma Ortográ-
reção ortográfica. Na primeira lacuna utilizaremos “há”, já fica:
que está empregado no sentido de “existir”; na segunda, 1. Em palavras compostas por justaposição que for-
“consenso” com “s”; na terceira, “acerca” significa “a res- mam uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se
peito de”, o que se encaixa perfeitamente no contexto. “Há unem para formam um novo significado: tio-avô, porto-
cerca” = tem cerca (de arame, cerca viva, enfim...); “a cerca” -alegrense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira,
= a cerca está destruída (arame, madeira...) conta-gotas, guarda-chuva, arco- -íris, primeiro-minis-
2-) (A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = tro, azul-escuro.
tabeliães
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. 2. Em palavras compostas por espécies botânicas e
= cidadãos zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora-
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo- menina, erva-doce, feijão-verde.
cal. = certidões 3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = de- e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém-ca-
graus sado, aquém- -fiar, etc.

3-) Prezado Usuário 4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo
metrô, a partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, co- uso: cor- -de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-
meça o Sounderground, festival internacional que prestigia de-meia, água-de- -colônia, queima-roupa, deus-dará.
os músicos que tocam em estações do metrô.
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen- 5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio-
tarão e divirta-se! Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações
A fim = indica finalidade; a partir: sempre separado; históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, Al-
antes de horas: há crase sácia-Lorena, etc.

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LÍNGUA PORTUGUESA

6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su- Questões sobre Hífen
per- quando associados com outro termo que é iniciado
por r: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc. 01.Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o
novo Acordo, está sendo usado corretamente:
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, A) Ele fez sua auto-crítica ontem.
ex- -presidente, vice-governador, vice-prefeito. B) Ela é muito mal-educada.
C) Ele tomou um belo ponta-pé.
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: D) Fui ao super-mercado, mas não entrei.
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc. E) Os raios infra-vermelhos ajudam em lesões.

9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- 02.Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. hífen:
A) Pelo interfone ele comunicou bem-humorado que
10. Nas formações em que o prefixo tem como segun- faria uma superalimentação.
do termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, ele- B) Nas circunvizinhanças há uma casa malassombrada.
C) Depois de comer a sobrecoxa, tomou um antiácido.
tro-higrómetro, geo-história, neo-helênico, extra-humano,
D) Nossos antepassados realizaram vários anteprojetos.
semi-hospitalar, super- -homem.
E) O autodidata fez uma autoanálise.
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudo prefixo 03.Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego
termina na mesma vogal do segundo elemento: micro-on- do hífen, respeitando-se o novo Acordo.
das, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc. A) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo.
Obs: O hífen é suprimido quando para formar outros B) O meia-direita fez um gol de sem-pulo na semifinal
termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar. do campeonato.
C) Era um sem-vergonha, pois andava seminu.
- Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mu- D) O recém-chegado veio de além-mar.
dança de linha), caso a última palavra a ser escrita seja for- E) O vice-reitor está em estado pós-operatório.
mada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escre-
verei anti-inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na 04.Segundo o novo Acordo, entre as palavras pão duro
linha debaixo escreverei: “-inflamatório” (hífen em ambas (avarento), copo de leite (planta) e pé de moleque (doce) o
as linhas). hífen é obrigatório:
A) em nenhuma delas.
Não se emprega o hífen: B) na segunda palavra.
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo ter- C) na terceira palavra.
mina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou “s”. D) em todas as palavras.
Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antirre- E) na primeira e na segunda palavra.
ligioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia,
microrradiografia, etc. 05.Fez um esforço __ para vencer o campeonato __.
Qual alternativa completa corretamente as lacunas?
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre- A) sobreumano/interregional
fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com B) sobrehumano-interregional
vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, au- C) sobre-humano / inter-regional
D) sobrehumano/ inter-regional
toestrada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, au-
E) sobre-humano /interegional
toescola, infraestrutura, etc.
06. Suponha que você tenha que agregar o prefixo sub-
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos às palavras que aparecem nas alternativas a seguir. Assinale
“dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o h inicial: desu- aquela que tem de ser escrita com hífen:
mano, inábil, desabilitar, etc. A) (sub) chefe
B) (sub) entender
4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o C) (sub) solo
segundo elemento começar com “o”: cooperação, coobri- D) (sub) reptício
gação, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, E) (sub) liminar
etc.
5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram no- 07.Assinale a alternativa em que todas as palavras estão
ção de composição: pontapé, girassol, paraquedas, para- grafadas corretamente:
quedista, etc. A) autocrítica, contramestre, extra-oficial
B) infra-assinado, infra-vermelho, infra-som
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: ben- C) semi-círculo, semi-humano, semi-internato
feito, benquerer, benquerido, etc. D) supervida, superelegante, supermoda
E) sobre-saia, mini-saia, superssaia

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LÍNGUA PORTUGUESA

08.Assinale o item em que o uso do hífen está incor- 6-) Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também
reto. diante de palavra iniciada por r. : subchefe, subentender,
A) infraestrutura / super-homem / autoeducação subsolo, sub- -reptício (sem o hífen até a leitura da pala-
B) bem-vindo / antessala /contra-regra vra será alterada; /subre/, ao invés de /sub re/), subliminar
C) contramestre / infravermelho / autoescola
D) neoescolástico / ultrassom / pseudo-herói 7-) A) autocrítica, contramestre, extraoficial
E) extraoficial / infra-hepático /semirreta B) infra-assinado, infra-vermelho, infrassom
C) semicírculo, semi-humano, semi-internato
09.Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção D) supervida, superelegante, supermoda = corretas
quanto ao emprego do hífen. E) sobressaia, minissaia, supersaia
A) O pseudo-hermafrodita não tinha infraestrutura 8-) B) bem-vindo / antessala / contrarregra
para relacionamento extraconjugal.
B) Era extraoficial a notícia da vinda de um extraterre- 9-) D) O antissemita tomou um antibiótico e vacina an-
no. tirrábica.
C) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultrama-
rinas. 10-) C) O contrarregra comeu um contrafilé.
D) O anti-semita tomou um anti-biótico e vacina an-
tirrábica.
E) Era um suboficial de uma superpotência.
MORFOLOGIA: PROCESSOS DE FORMAÇÃO
10.Assinale a alternativa em que ocorre erro quanto ao DE PALAVRAS;
emprego do hífen. CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO
A) Foi iniciada a campanha pró-leite. (CLASSIFICAÇÃO E FLEXÃO); ADJETIVO
B) O ex-aluno fez a sua autodefesa. (CLASSIFICAÇÃO, FLEXÃO E LOCUÇÃO
C) O contrarregra comeu um contra-filé. ADJETIVA); ADVÉRBIO (CLASSIFICAÇÃO,
D) Sua vida é um verdadeiro contrassenso. COLOCAÇÃO E LOCUÇÃO ADVERBIAL);
E) O meia-direita deu início ao contra-ataque.
CONJUNÇÕES (COORDENATIVAS E
GABARITO SUBORDINATIVAS); VERBO: FLEXÃO VERBAL
01. B 02. B 03. A 04. E 05. C (NÚMEROS, PESSOAS, MODOS, TEMPOS,
VOZES), CLASSIFICAÇÃO (REGULARES,
06. D 07. D 08. B 09. D 10. C IRREGULARES, DEFECTIVOS, ABUNDANTES,
AUXILIARES E PRINCIPAIS) E CONJUGAÇÃO
COMENTÁRIOS DOS TEMPOS SIMPLES; PRONOME
(CLASSIFICAÇÃO E EMPREGO)
1-) A) autocrítica
C) pontapé
D) supermercado
E) infravermelhos Observe as seguintes palavras:
escol-a
2-)B) Nas circunvizinhanças há uma casa mal-assom- escol-ar
brada. escol-arização
escol-arizar
3-) A) O semianalfabeto desenhou um semicírculo. sub-escol-arização

4-) a) pão-duro / b) copo-de-leite (planta) / c) pé de Percebemos que há um elemento comum a todas elas:
moleque (doce) a forma escol-. Além disso, em todas há elementos des-
a) Usa-se o hífen nas palavras compostas que não tacáveis, responsáveis por algum detalhe de significação.
apresentam elementos de ligação. Compare, por exemplo, escola e escolar: partindo de es-
b) Usa-se o hífen nos compostos que designam espé- cola, formou-se escolar pelo acréscimo do elemento des-
cies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, tacável: ar.
raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Por meio desse trabalho de comparação entre as di-
c) Não se usa o hífen em compostos que apresentam versas palavras que selecionamos, podemos depreender a
elementos de ligação. existência de diferentes elementos formadores. Cada um
desses elementos formadores é uma unidade mínima de
5-) Fez um esforço sobre-humano para vencer o cam- significação, um elemento significativo indecomponível, a
peonato inter-regional. que damos o nome de morfema.
- Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
- Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma
letra com que se inicia a outra palavra

20
LÍNGUA PORTUGUESA

Classificação dos morfemas: -mos:desinência número-pessoal


cant-á-sse-is
Radical cant: radical
Há um morfema comum a todas as palavras que es- -á-: vogal temática
tamos analisando: escol-. É esse morfema comum – o ra- -sse-:desinência modo-temporal (caracteriza o pretéri-
dical – que faz com que as consideremos palavras de uma to imperfeito do subjuntivo)
mesma família de significação – os cognatos. O radical é a -is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda
parte da palavra responsável por sua significação principal. pessoa do plural)

Afixos Vogal temática


Como vimos, o acréscimo do morfema – ar - cria uma Observe que, entre o radical cant- e as desinências ver-
nova palavra a partir de escola. De maneira semelhante, bais, surge sempre o morfema –a.
o acréscimo dos morfemas sub e arização à forma escol- Esse morfema, que liga o radical às desinências, é cha-
criou subescolarização. Esses morfemas recebem o nome mado de vogal temática. Sua função é ligar-se ao radical,
de afixos. constituindo o chamado tema. É ao tema (radical + vogal
Quando são colocados antes do radical, como aconte- temática) que se acrescentam as desinências. Tanto os ver-
ce com sub, os afixos recebem o nome de prefixos. Quan- bos como os nomes apresentam vogais temáticas.
do, como arização, surgem depois do radical os afixos são
chamados de sufixos. Prefixos e sufixos, além de operar Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando
mudança de classe gramatical, são capazes de introduzir átonas finais, como em mesa, artista, busca, perda, escola,
modificações de significado no radical a que são acrescen- triste, base, combate. Nesses casos, não poderíamos pen-
tados. sar que essas terminações são desinências indicadoras de
gênero, pois a mesa, escola, por exemplo, não sofrem esse
Desinências tipo de flexão. É a essas vogais temáticas que se liga a de-
Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas sinência indicadora de plural:
como amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, ama- mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em
vam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo vogais tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não
vai sendo flexionado em número (singular e plural) e pes- apresentam vogal temática.
soa (primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se
modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara, Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que caracteri-
amasse, por exemplo). zam três grupos de verbos a que se dá o nome de conju-
Podemos concluir, assim, que existem morfemas que gações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a perten-
indicam as flexões das palavras. Esses morfemas sempre cem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática é
surgem no fim das palavras variáveis e recebem o nome de -e pertencem à segunda conjugação e os que têm vogal
desinências. Há desinências nominais e desinências verbais. temática -i pertencem à terceira conjugação.

Desinências nominais: indicam o gênero e o número Vogal ou consoante de ligação


dos nomes. Para a indicação de gênero, o português cos-
tuma opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/ As vogais ou consoantes de ligação são morfemas que
menina. surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou
Para a indicação de número, costuma-se utilizar o mor- mesmo possibilitar a leitura de uma determinada palavra.
fema –s, que indica o plural em oposição à ausência de Temos um exemplo de vogal de ligação na palavra escola-
morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/ ridade: o - i - entre os sufixos -ar- e -dade facilita a emissão
garotas; menino/meninos; menina/meninas. vocal da palavra. Outros exemplos: gasômetro, alvinegro,
No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinên- tecnocracia, paulada, cafeteira, chaleira, tricota.
cia de plural assume a forma -es:
mar/mares; Processos de formação de palavras:
revólver/revólveres;
cruz/cruzes. 1-) Composição
Haverá composição quando se juntarem dois ou mais
Desinências verbais: em nossa língua, as desinências radicais para formar nova palavra. Há dois tipos de compo-
verbais pertencem a dois tipos distintos. Há aqueles que sição; justaposição e aglutinação.
indicam o modo e o tempo (desinências modo-temporais) 1.1-) Justaposição: ocorre quando os elementos que
e aquelas que indicam o número e a pessoa dos verbos formam o composto são postos lado a lado, ou seja, justa-
(desinência número-pessoais): postos: Corre-corre, guarda-roupa, segunda-feira, girassol.
cant-á-va-mos 1.2-) Aglutinação: ocorre quando os elementos que
cant: radical - formam o composto se aglutinam e pelo menos um deles
á-: vogal temática perde sua integridade sonora: Aguardente (água + arden-
-va-:desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito te), planalto (plano + alto), pernalta (perna + alta), vinagre
imperfeito do indicativo) (vinho + acre)

21
LÍNGUA PORTUGUESA

Derivação por acréscimo de afixos - Siglas: As siglas são formadas pela combinação das
letras iniciais de uma sequência de palavras que constitui
É o processo pelo qual se obtêm palavras novas (deri- um nome. Por exemplo:IBGE (Instituto Brasileiro de Geo-
vadas) pela anexação de afixos à palavra primitiva. A deri- grafia e Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial e Ur-
vação pode ser: prefixal, sufixal e parassintética. bano).
1-) Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por As siglas escrevem-se com todas as letras maiúsculas, a
acréscimo de prefixo. não ser que haja mais de três letras e a sigla seja pronun-
In------ --feliz des----------leal ciável sílaba por sílaba. Por exemplo: Unicamp, Petrobras.
Prefixo radical prefixo radical
Questões sobre Estrutura das Palavras
2-) Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por
acréscimo de sufixo. 01. Assinale a opção em que todas as palavras se for-
Feliz---- mente leal------dade mam pelo mesmo processo:
Radical sufixo radical sufixo A) ajoelhar / antebraço / assinatura
B) atraso / embarque / pesca
3-) Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acrés-
C) o jota / o sim / o tropeço
cimo simultâneo de prefixo e sufixo (não posso retirar o
D) entrega / estupidez / sobreviver
prefixo nem o sufixo que estão ligados ao radical, pois a
E) antepor / exportação / sanguessuga
palavra não “existiria”). Por parassíntese formam-se princi-
palmente verbos.
En-- -----trist- ----ecer 02. A palavra “aguardente” formou-se por:
Prefixo radical sufixo A) hibridismo B) aglutinação
C) justaposição D) parassíntese
en----- ---tard--- --ecer E) derivação regressiva
prefixo radical sufixo
03. Que item contém somente palavras formadas por
Outros tipos de derivação justaposição?
Há dois casos em que a palavra derivada é formada A) desagradável - complemente
sem que haja a presença de afixos. São eles: a derivação B) vaga-lume - pé-de-cabra
regressiva e a derivação imprópria. C) encruzilhada - estremeceu
1-) Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por D) supersticiosa - valiosas
redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na forma- E) desatarraxou - estremeceu
ção de substantivos derivados de verbos. Exemplo: A pesca
está proibida. (pescar). Proibida a caça. (caçar) 04. “Sarampo” é:
2-) Derivação imprópria: a palavra nova (derivada) é A) forma primitiva
obtida pela mudança de categoria gramatical da palavra B) formado por derivação parassintética
primitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas tão so- C) formado por derivação regressiva
mente na classe gramatical. D) formado por derivação imprópria
Não entendi o porquê da briga. (o substantivo porquê E) formado por onomatopeia
deriva da conjunção porque)
Seu olhar me fascina! (o verbo olhar tornou-se, aqui, 05.As palavras são formadas através de derivação pa-
substantivo) rassintética em
A)infelizmente, desleal, boteco, barraco.
Outros processos de formação de palavras:
B)ajoelhar, anoitecer, entristecer, entardecer.
C)caça, pesca, choro, combate.
- Hibridismo: é a palavra formada com elementos
D)ajoelhar, pesca, choro, entristecer.
oriundos de línguas diferentes.
automóvel (auto: grego; móvel: latim)
sociologia (socio: latim; logia: grego) 06.(Escrevente TJ SP –Vunesp/2011) Leia o trecho.
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego) Estudo da ONG Instituto Pólis mostra que, infelizmen-
te, sem o tratamento e a destinação corretos,…
- Abreviação vocabular, cujo traço peculiar manifesta- Assinale a alternativa que contém uma palavra forma-
se por meio da eliminação de um segmento de uma pala- da pelo mesmo processo do termo destacado.
vra no intuito de se obter uma forma mais reduzida, ge- (A) infiel. (B) democracia.
ralmente aquelas mais longas. Vejamos alguns exemplos: (C) lobisomem. (D) ilegalidade.
metropolitano/metrô, extraordinário/extra, otorrinolarin- (E) cidadania.
gologista /otorrino, telefone/fone, pneumático/pneu
- Onomatopeia: Consiste em criar palavras, tentando 07. Assinale a letra em que as palavras são formadas
imitar sons da natureza ou sons repetidos. Por exemplo: por derivação regressiva, derivação parassintética e com-
zum-zum, cri-cri, tique-taque, pingue-pongue, blá-blá-blá. posição por aglutinação, respectivamente.

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LÍNGUA PORTUGUESA

a) neurose, infelizmente, pseudônimo; 7-) corte, emudecer, outrora


b) ajuste, aguardente, arco-íris; Cortar / emudecer (não posso retirar nem o prefixo
c) amostra, alinhar, girassol; nem o sufixo) / outra hora.
d) corte, emudecer, outrora;
e) pesca, deslealdade, vinagre. 8-) Ele tem um quê especial como gestor.
Dentre suas várias classificações (pronome, conjunção),
08. Na frase “Ele tem um quê especial como gestor”, nessa frase o “que” pertence à classe do substantivo, pois
o processo de formação da palavra destacada chama-se: vem precedido de um artigo. Quando alteramos a classe gra-
A)composição B)justaposição matical de uma palavra sem realizar nenhuma mudança na
C)aglutinação D)derivação imprópria palavra, dá-se o nome de derivação imprópria (não é a classe
gramatical “própria” dela. Outro exemplo: olhar é verbo, mas
09. Brasília comemorou seu aniversário com uma super- em “Seu olhar mexe comigo”, temos um substantivo).
festa. A cinquentona planejada por Lúcio Costa é hoje uma
metrópole que oferece alta qualidade de vida. 9-) superfesta” e “cinquentona
(Fonte: O Globo, 21/04/2010, com adaptações) = super + festa (prefixação) / cinquenta + ona (sufi-
xação)
Na notícia do jornal, as palavras “superfesta” e “cin-
quentona” exemplificam, respectivamente, casos de forma- 10-) A)limpeza...
ção de palavras por B)baronesa...
A)hibridismo e neologismo. C)despesa...
B)justaposição e aglutinação.
C)composição e derivação. Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Subs-
D)prefixação e sufixação. tantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais
E)conversão e regressão. denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos,
os substantivos também nomeiam:
-lugares: Alemanha, Porto Alegre...
10.Quero acordar sem tristeza.
-sentimentos: raiva, amor...
O sufixo eza, usado na palavra em destaque na oração
-estados: alegria, tristeza...
acima completará corretamente a grafia de:
-qualidades: honestidade, sinceridade...
A)limp... B)baron... C)desp...
-ações: corrida, pescaria...
D)nenhuma das alternativas anteriores
Morfossintaxe do substantivo
GABARITO
01. B 02. B 03. B 04. C 05. B Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em
06. D 07. D 08. D 09. D 10. A geral exerce funções diretamente relacionadas com o ver-
bo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais
COMENTÁRIOS (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ain-
da funcionar como núcleo do complemento nominal ou do
1-) atraso / embarque / pesca = formadas pelo proces- aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto
so de derivação regressiva ou como núcleo do vocativo. Também encontramos substan-
tivos como núcleos de adjuntos adnominais e de adjuntos
2-) água + ardente = aguardente ( aglutinação) adverbiais - quando essas funções são desempenhadas por
grupos de palavras.
3-) vaga-lume - pé-de-cabra = não houve alteração em
nenhuma delas (nem acréscimo, nem redução, estão ape- Classificação dos Substantivos
nas “postas” uma ao lado da outra, justaposição).
1- Substantivos Comuns e Próprios
4-) formado por derivação regressiva = a palavra pri- Observe a definição:
mitiva é sarampão! s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifí-
cios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a sede de
5-) ajoelhar, anoitecer, entristecer, entardecer = ne- município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição
nhuma delas pode ter o prefixo ou o sufixo retirados, pois aos bairros).
elas só têm significado com ambos, juntos, ligados a elas.
(Tardecer? Noitecer? Tristecer? Entarde?) Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas e
edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada cidade.
6-) infelizmente = derivação prefixal e sufixal – existe Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum.
infeliz e felizmente, portanto não é caso de derivação pa- Substantivo Comum é aquele que designa os seres de
rassintética. O outro vocábulo que também apresenta tal uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino,
formação é ilegalidade (ilegal e legalidade). homem, mulher, país, cachorro.
Estamos voando para Barcelona.

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LÍNGUA PORTUGUESA

O substantivo Barcelona designa apenas um ser da es- Substantivo coletivo Conjunto de:
pécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Pró- assembleia pessoas reunidas
prio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie alcateia lobos
de forma particular. acervo livros
Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. antologia trechos literários selecionados
arquipélago ilhas
2 - Substantivos Concretos e Abstratos banda músicos
LÂMPADA MALA bando desordeiros ou malfeitores
banca examinadores
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com batalhão soldados
existência própria, que são independentes de outros seres. cardume peixes
São assim, substantivos concretos. caravana viajantes peregrinos
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que cacho frutas
existe, independentemente de outros seres. cáfila camelos
Obs.: os substantivos concretos designam seres do cancioneiro canções, poesias líricas
mundo real e do mundo imaginário. colmeia abelhas
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, chusma gente, pessoas
Brasília, etc. concílio bispos
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantas- congresso parlamentares, cientistas.
ma, etc. elenco atores de uma peça ou filme
esquadra navios de guerra
Observe agora: enxoval roupas
Beleza exposta falange soldados, anjos
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual. fauna animais de uma região
O substantivo beleza designa uma qualidade. feixe lenha, capim
Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que flora vegetais de uma região
dependem de outros para se manifestar ou existir. frota navios mercantes, ônibus
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser girândola fogos de artifício
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa horda bandidos, invasores
ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para junta médicos, bois, credores, examinadores
se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo júri jurados
abstrato. legião soldados, anjos, demônios
Os substantivos abstratos designam estados, qualida- leva presos, recrutas
des, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser malta malfeitores ou desordeiros
abstraídos, e sem os quais não podem existir. manada búfalos, bois, elefantes,
vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), sau- matilha cães de raça
dade (sentimento). molho chaves, verduras
multidão pessoas em geral
3 - Substantivos Coletivos ninhada pintos
nuvem insetos (gafanhotos, mosquitos, etc.)
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, ou- penca bananas, chaves
tra abelha, mais outra abelha. pinacoteca pinturas, quadros
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. quadrilha ladrões, bandidos
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame. ramalhete flores
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne- rebanho ovelhas
cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, récua bestas de carga, cavalgadura
mais outra abelha... repertório peças teatrais, obras musicais
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plu- réstia alhos ou cebolas
ral. romanceiro poesias narrativas
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no revoada pássaros
singular (enxame) para designar um conjunto de seres da sínodo párocos
mesma espécie (abelhas). talha lenha
O substantivo enxame é um substantivo coletivo. tropa muares, soldados
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, turma estudantes, trabalhadores
mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres vara porcos
da mesma espécie.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Formação dos Substantivos Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam


uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto
Substantivos Simples e Compostos para o feminino. Classificam-se em:
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a - Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos.
terra. a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o
O substantivo chuva é formado por um único elemento jacaré fêmea.
ou radical. É um substantivo simples. - Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas.
Substantivo Simples: é aquele formado por um único a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o
elemento. ídolo, o indivíduo.
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja - Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas
agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois ele- por meio do artigo.
mentos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto. o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou artista.
mais elementos. Saiba que: Substantivos de origem grega terminados
Outros exemplos: beija-flor, passatempo. em ema ou oma, são masculinos: o axioma, o fonema, o
Substantivos Primitivos e Derivados poema, o sistema, o sintoma, o teorema.
Meu limão meu limoeiro, - Existem certos substantivos que, variando de gênero,
meu pé de jacarandá... variam em seu significado: o rádio (aparelho receptor) e
a rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou (cidade)
de nenhum outro dentro de língua portuguesa.
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de ne- Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
nhuma outra palavra da própria língua portuguesa.
O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a a) Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno
partir da palavra limão. - aluna
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra
palavra. b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
masculino: freguês - freguesa
Flexão dos substantivos
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá- c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino
vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por de três formas:
exemplo, pode sofrer variações para indicar: - troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
Plural: meninos Feminino: menina - troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho -troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão
Flexão de Gênero - sultana
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar d) Substantivos terminados em -or:
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há - acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero - troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
masculino os substantivos que podem vir precedidos dos
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes: e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:
O velho e o mar cônsul - consulesa abade - abadessa poeta
Um Natal inesquecível - poetisa
Os reis da praia duque - duquesa conde - condessa profe-
ta - profetisa
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que
podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas: f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e
A história sem fim final por -a: elefante - elefanta
Uma cidade sem passado
As tartarugas ninjas g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculi-
no e no feminino: bode – cabra boi - vaca
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes
h) Substantivos que formam o feminino de maneira es-
Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar no- pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
mes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está czar – czarina réu - ré
relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas for-
mas, uma para o masculino e outra para o feminino. Obser-
ve: gato – gata, homem – mulher, poeta – poetisa, prefeito
- prefeita

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LÍNGUA PORTUGUESA

Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes Masculinos


o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó (pena), o san-
- Epicenos: duíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o maracajá, o
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. clã, o hosana, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso proclama, o pernoite, o púbis,
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma
para indicar o masculino e o feminino. Femininos
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a cataplas-
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha- ma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido, a cal, a
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
macho e fêmea. - São geralmente masculinos os substantivos de ori-
A cobra macho picou o marinheiro. gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema,
Sobrecomuns: o eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o tra-
coma, o hematoma.
Entregue as crianças à natureza.
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo mas- Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o Gênero dos Nomes de Cidades:
sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.
A criança chorona chamava-se João. A histórica Ouro Preto.
A criança chorona chamava-se Maria. A dinâmica São Paulo.
Outros substantivos sobrecomuns: A acolhedora Porto Alegre.
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
Uma Londres imensa e triste.
criatura.
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
Marcela faleceu
Gênero e Significação:
Comuns de Dois Gêneros:
Muitos substantivos têm uma significação no mascu-
lino e outra no feminino. Observe: o baliza (soldado que,
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
que à frente da tropa, indica os movimentos que se deve
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma realizar em conjunto; o que vai à frente de um bloco car-
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. O navalesco, manejando um bastão), a baliza (marco, estaca;
restante da notícia informa-nos de que se trata de um ho- sinal que marca um limite ou proibição de trânsito), o ca-
mem. beça (chefe), a cabeça (parte do corpo), o cisma (separação
A distinção de gênero pode ser feita através da análise religiosa, dissidência), a cisma (ato de cismar, desconfian-
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substan- ça), o cinza (a cor cinzenta), a cinza (resíduos de combus-
tivo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jo- tão), o capital (dinheiro), a capital (cidade), o coma (perda
vem - uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter dos sentidos), a coma (cabeleira), o coral (pólipo, a cor ver-
francês - repórter francesa melha, canto em coro), a coral (cobra venenosa), o crisma
- A palavra personagem é usada indistintamente nos (óleo sagrado, usado na administração da crisma e de ou-
dois gêneros. tros sacramentos), a crisma (sacramento da confirmação),
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada o cura (pároco), a cura (ato de curar), o estepe (pneu so-
preferência pelo masculino: bressalente), a estepe (vasta planície de vegetação), o guia
O menino descobriu nas nuvens os personagens dos (pessoa que guia outras), a guia (documento, pena grande
contos de carochinha. das asas das aves), o grama (unidade de peso), a grama
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femi- (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa (recipiente,
nino: setor de pagamentos), o lente (professor), a lente (vidro
O problema está nas mulheres de mais idade, que não de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade, bons
aceitam a personagem. costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a nas-
Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar cente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva a
uma personagem. vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-
fotográfico Ana Belmonte. ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (estação emissora),
Observe o gênero dos substantivos seguintes: o voga (remador), a voga (moda, popularidade).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Flexão de Número do Substantivo a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados


Em português, há dois números gramaticais: o singular, de:
que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per-
do plural é o “s” final. feitos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-ho-
Plural dos Substantivos Simples mens
a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
e “n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã –
ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural). b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando
Exceção: cânon - cânones. formados de:
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
b) Os substantivos terminados em “m” fazem o plural palavra invariável + palavra variável = alto-falante e
em “ns”: homem - homens. alto- -falantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-re-
c) Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plu- cos
ral pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes
Atenção: O plural de caráter é caracteres. c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando
formados de:
d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexio- substantivo + preposição clara + substantivo = água-
nam-se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; de-colônia e águas-de-colônia
caracol – caracóis; hotel - hotéis substantivo + preposição oculta + substantivo = cava-
Exceções: mal e males, cônsul e cônsules. lo-vapor e cavalos-vapor
substantivo + substantivo que funciona como determi-
e) Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de nante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do
duas maneiras: termo anterior.
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis palavra-chave - palavras-chave
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis. bomba-relógio - bombas-relógio
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas notícia-bomba - notícias-bomba
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada). homem-rã - homens-rã
peixe-espada - peixes-espada
f) Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de
duas maneiras: d) Permanecem invariáveis, quando formados de:
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa-
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva- ca-rolhas
riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
e) Casos Especiais
g) Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural o louva-a-deus e os louva-a-deus
de três maneiras. o bem-te-vi e os bem-te-vis
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações o bem-me-quer e os bem-me-queres
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães o joão-ninguém e os joões-ninguém.
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos Plural das Palavras Substantivadas
h) Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis:
o látex - os látex. As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras
classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam,
Plural dos Substantivos Compostos no plural, as flexões próprias dos substantivos.
Pese bem os prós e os contras.
-A formação do plural dos substantivos compostos de- O aluno errou na prova dos noves.
pende da forma como são grafados, do tipo de palavras Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
que formam o composto e da relação que estabelecem en- Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou
tre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se “z” não variam no plural.
como os substantivos simples: Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez.
aguardente e aguardentes girassol e girassóis
pontapé e pontapés malmequer e malme- Plural dos Diminutivos
queres Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final
O plural dos substantivos compostos cujos elementos e acrescenta-se o sufixo diminutivo.
são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e pãe(s) + zinhos = pãezinhos
discussões. Algumas orientações são dadas a seguir: animai(s) + zinhos = animaizinhos

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LÍNGUA PORTUGUESA

botõe(s) + zinhos = botõezinhos Particularidades sobre o Número dos Substantivos


chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos a) Há substantivos que só se usam no singular:
farói(s) + zinhos = faroizinhos o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
tren(s) + zinhos = trenzinhos b) Outros só no plural:
colhere(s) + zinhas = colherezinhas as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os paus
flore(s) + zinhas = florezinhas (naipes de baralho), as fezes.
mão(s) + zinhas = mãozinhas c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do
papéi(s) + zinhos = papeizinhos singular:
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
bem (virtude) e bens (riquezas)
funi(s) + zinhos = funizinhos
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem,
pai(s) + zinhos = paizinhos títulos)
pé(s) + zinhos = pezinhos d) Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas
pé(s) + zitos = pezitos com sentido de plural:
Aqui morreu muito negro.
Plural dos Nomes Próprios Personativos Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas improvisadas.
sempre que a terminação preste-se à flexão.
Os Napoleões também são derrotados. Flexão de Grau do Substantivo
As Raquéis e Esteres. Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir
as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
Plural dos Substantivos Estrangeiros - Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es-
normal. Por exemplo: casa
critos como na língua original, acrescentando-se “s” (exce-
to quando terminam em “s” ou “z”). - Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do
os shows os shorts os jazz ser. Classifica-se em:
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adje-
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acor- tivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
do com as regras de nossa língua: Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
os clubes os chopes cador de aumento. Por exemplo: casarão.
os jipes os esportes - Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho
as toaletes os bibelôs do ser. Pode ser:
os garçons os réquiens Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo
Observe o exemplo: que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Este jogador faz gols toda vez que joga. Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa. cador de diminuição. Por exemplo: casinha.
Plural com Mudança de Timbre
Questões sobre Substantivo
Certos substantivos formam o plural com mudança de
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato
fonético chamado metafonia (plural metafônico). 01. (Escrevente TJ SP Vunesp/2012) A flexão de número
Singular Plural do termo “preços-sombra” também ocorre com o plural de
corpo (ô) corpos (ó) (A) reco-reco.
esforço esforços (B) guarda-costa.
fogo fogos (C) guarda-noturno.
forno fornos (D) célula-tronco.
fosso fossos (E) sem-vergonha.
imposto impostos
olho olhos 02. (Escrevente TJ SP Vunesp/2013) Assinale a alternati-
osso (ô) ossos (ó) va cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo com
ovo ovos a norma- -padrão.
poço poços
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
porto portos
posto postos (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
tijolo tijolos (C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo-
cal.
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bol- (D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, (E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
etc.
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), 03. Indique a alternativa em que a flexão do substanti-
de molho (ó) = feixe (molho de lenha). vo está errada:

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LÍNGUA PORTUGUESA

A) Catalães. 09. Entre os substantivos selecionados nas alternativas


B) Cidadãos. a seguir, há apenas um que pertence ao gênero masculino.
C) Vulcães. Indique-o:
D) Corrimões. A) alface
B) omoplata
04. Assinale o par de vocábulos que fazem o plural da C) comichão
mesma forma que “balão” e “caneta-tinteiro”: D) lança-perfume
a) vulcão, abaixo-assinado;
b) irmão, salário-família; 10. Assinale a frase correta quanto ao emprego do gê-
c) questão, manga-rosa; nero dos substantivos.
d) bênção, papel-moeda; A) A perda das esperanças provocou uma profunda dó
e) razão, guarda-chuva. na personagem.
B) O advogado não deu o ênfase necessário às milha-
05. Sabendo-se que há substantivos que no masculi- res de solicitações.
no têm um significado e no feminino têm outro, diferente, C) Ele vestiu o pijama e sentou-se para beber uma
marque a alternativa em que há um substantivo que não champanha gelada.
corresponde ao seu significado: D) O omelete e o couve foram acompanhados por do-
a) O capital = dinheiro; ses do melhor aguardente.
A capital = cidade principal; E) O beliche não coube na quitinete recém-comprada
b) O grama = unidade de medida; pelos estudantes.
A grama = vegetação rasteira;
c) O rádio = aparelho transmissor; GABARITO
A rádio = estação geradora; 01. D 02. D 03. C 04. C 05. E
d) O cabeça = o chefe; 06. A 07. D 08. A 09. D 10. E
A cabeça = parte do corpo;
e) A cura = o médico. COMENTÁRIOS
O cura = ato de curar.
1-) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando
06. Correlacione os substantivos com os respectivos formado de substantivo + substantivo que funciona como
coletivos, e indique a alternativa correta: determinante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o
I - Bispos. tipo do termo anterior. = células-tronco
II - Cães de caça.
III -Vadios. 2-) A) Os tabeliãos devem preparar o documento. =
IV -Papéis. tabeliães
( ) Resma. B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
( ) Concílio. = cidadãos
( ) Corja. C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local.
( ) Matilha. = certidões
E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! = de-
A) IV, I, III, II. graus
B) III, I, II, IV.
C) I, III, II, IV. 3-) Vulcões
D) III, I, IV, II.
4-) Assinale o par de vocábulos que fazem o plural da
07. Indique a alternativa que apresenta erro na forma- mesma forma que “balão” e “caneta-tinteiro”:
ção do plural: Balões / canetas-tinteiro
A) Os boias-frias participaram da manifestação na es- a) vulcões, abaixo-assinados;
trada. b) irmãos, salários-família;
B) Colocaram tanto alpiste, que o quintal ficou cheio d) bênçãos, papéis-moeda;
de beija-flores. e) razões, guarda-chuvas.
C) Aqueles pães de ló estavam deliciosos.
D) Os abaixos-assinados foram entregues ao diretor. 5-) o cura: sacerdote / a cura: ato ou efeito de curar

08. Das palavras abaixo, faz plural como “assombrações” 6-) I - Bispos. II - Cães de caça.
a) perdão. III -Vadios. IV -Papéis.
b) bênção. ( ) Resma = papéis IV
c) alemão. ( ) Concílio. = bispos I
d) cristão. ( ) Corja. = vadios III
e) capitão. ( ) Matilha. = cães de caça II

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LÍNGUA PORTUGUESA

7-) Os abaixo-assinados foram entregues ao diretor. África afro- / Cultura afro-americana


Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto-inglesas
8-) b) bênçãos. América américo- / Companhia américo-africana
c) alemães. Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses
d) cristãos. China sino- / Acordos sino-japoneses
e) capitães. Espanha hispano- / Mercado hispano-português
Europa euro- / Negociações euro-americanas
9-) A) a alface França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas
B) a omoplata Grécia greco- / Filmes greco-romanos
C) a comichão Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas
D) o lança-perfume Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
10-) A) A perda das esperanças provocou um profundo
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros
dó na personagem.
Flexão dos adjetivos
B) O advogado não deu a ênfase necessária às milhares
de solicitações.
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
C) Ele vestiu o pijama e sentou-se para beber um
champanha gelado.
D) A omelete e a couve foram acompanhadas por do- Gênero dos Adjetivos
ses da melhor aguardente.
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos
característica do ser e se relaciona com o substantivo. substantivos, classificam-se em:
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, per- Biformes - têm duas formas, sendo uma para o mas-
cebemos que, além de expressar uma qualidade, ela pode culino e outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa,
ser colocada ao lado de um substantivo: homem bondoso, mau e má, judeu e judia. Se o adjetivo é composto e bifor-
moça bondosa, pessoa bondosa. me, ele flexiona no feminino somente o último elemento.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qua- Por exemplo: o moço norte-americano, a moça norte-ame-
lidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: ho- ricana.
mem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
portanto, não é adjetivo, mas substantivo. Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino
como para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher
Morfossintaxe do Adjetivo: feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença
dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando político-social.
como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito Número dos Adjetivos
ou do objeto).
Plural dos adjetivos simples
Adjetivo Pátrio (ou gentílico) Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acor-
do com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
substantivos simples. Por exemplo:
Observe alguns deles:
mau e maus feliz e felizes ruim e ruins boa
e boas
Estados e cidades brasileiros:
Alagoas alagoano
Amapá amapaense Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça
Aracaju aracajuano ou aracajuense função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra
Amazonas amazonense ou baré que estiver qualificando um elemento for, originalmente,
Belo Horizonte belo-horizontino um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo:
Brasília brasiliense a palavra cinza é originalmente um substantivo; porém, se
Cabo Frio cabo-friense estiver qualificando um elemento, funcionará como adje-
Campinas campineiro ou campinense tivo. Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos
cinza.
Adjetivo Pátrio Composto Veja outros exemplos:
Motos vinho (mas: motos verdes)
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro Paredes musgo (mas: paredes brancas).
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, eru- Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
dita. Observe alguns exemplos:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Adjetivo Composto Observe que:


a) As formas menor e pior são comparativos de supe-
É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor- rioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, res-
malmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas pectivamente.
o último elemento concorda com o substantivo a que se b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéti-
refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso cas (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações
um dos elementos que formam o adjetivo composto seja feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, de-
um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto fica- ve-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais
rá invariável. Por exemplo: a palavra rosa é originalmente grande e mais pequeno. Por exemplo:
um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemen- Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois
to, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra pala- elementos.
vra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um Pedro é mais grande que pequeno - comparação de
substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará duas qualidades de um mesmo elemento.
invariável. Por exemplo:
Camisas rosa-claro. 4) Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de
Ternos rosa-claro. Inferioridade
Olhos verde-claros. Sou menos passivo (do) que tolerante.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras. Superlativo
Obs.: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qual- O superlativo expressa qualidades num grau muito
quer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser
invariáveis. absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-verme-
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de
lha têm os dois elementos flexionados.
um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apre-
senta-se nas formas:
Grau do Adjetivo
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de pala-
vras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo:
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a inten-
O secretário é muito inteligente.
sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo:
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo
o comparativo e o superlativo.
de sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo.
Comparativo
Observe alguns superlativos sintéticos:
benéfico beneficentíssimo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri- bom boníssimo ou ótimo
buída a dois ou mais seres ou duas ou mais característi- comum comuníssimo
cas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de cruel crudelíssimo
igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe difícil dificílimo
os exemplos abaixo: doce dulcíssimo
1) Sou tão alto como você. = Comparativo de Igual- fácil facílimo
dade fiel fidelíssimo
No comparativo de igualdade, o segundo termo da
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um
quão. ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa
2) Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Su- relação pode ser:
perioridade Analítico De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
No comparativo de superioridade analítico, entre os De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
dois substantivos comparados, um tem qualidade supe- Note bem:
rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais... 1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
do que” ou “mais...que”. dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente,
etc., antepostos ao adjetivo.
3) O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de 2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob
Superioridade Sintético duas formas : uma erudita, de origem latina, outra popular,
de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de su- radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo
perioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo.
bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, A forma popular é constituída do radical do adjetivo
grande/maior, baixo/inferior. português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, preca- 08. Quantos adjetivos existem na frase “Essa lanchone-
riíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, te é famosa na cidade?”
as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o A)1. B)2. C)3. D)4. E)5.
desagradável hiato i-í.
Questões sobre Adjetivo 09. Indique a alternativa incorreta quanto à correspon-
dência entre a locução adjetiva e o adjetivo equivalente:
01. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU- A)de pele = cutâneo B)de professor =
NESP – 2013-adap.) Em – características epidêmicas –, o docente
adjetivo epidêmicas corresponde a – características de epi-
C)de face = facial D)de lua = lunático
demias.
Assinale a alternativa em que, da mesma forma, o adje-
tivo em destaque corresponde, corretamente, à expressão 10. O plural correto da expressão: “alemão capaz” é:
indicada. A)alemãos capazes
A) água fluvial – água da chuva. B)alemões capazes
B) produção aurífera – produção de ouro. C)alemães capazes
C) vida rupestre – vida do campo. D)os alemão capaz
D) notícias brasileiras – notícias de Brasília.
E) costela bovina – costela de porco. GABARITO

02.Não se pluraliza os adjetivos compostos abaixo, ex- 01. B 02. C 03. D 04. B 05. C
ceto: 06. D 07. A 08. A 09. D 10. C
A)azul-celeste B)azul-pavão
C)surda-muda D)branco-gelo COMENTÁRIOS
03.Assinale a única alternativa em que os adjetivos não
estão no grau superlativo absoluto sintético: 1-) a-) fluvial – do rio b-) correta
A)Arquimilionário/ ultraconservador; c-) brasileiras – do Brasil d-) vida campestre
B)Supremo/ ínfimo; e-) suína
C)Superamigo/ paupérrimo;
D)Muito amigo/ Bastante pobre 2-) Surdas-mudas

04.Na frase: “Trata-se de um artista originalíssimo”, o 3-) d-) estão no superlativo absoluto analítico
adjetivo grifado encontra-se no grau: 4-) originalíssimo – grau superlativo absoluto sintético
A)comparativo de superioridade.
B)superlativo absoluto sintético. 5-) C) Esta panela está cheissíssima de água.
C)superlativo relativo de superioridade. O correto é cheíssima.
D)comparativo de igualdade. 6-) D)atitude muito benéfica = beneficientíssima
E)superlativo absoluto analítico.
O correto é beneficentíssima ( sem o “i” em cien)
05.Aponte a alternativa em que o superlativo do adje-
tivo está incorreto: 7-) minutíssimo é a forma correta.
A)Meu tio está elegantíssimo.
B)Joana, ela é minha amicíssima. 8-) “Essa lanchonete é famosa na cidade?”
C)Esta panela está cheissíssima de água. Essa – pronome
D)A prova foi facílima. Lanchonete – substantivo
É – verbo
06. Indique nas alternativas a seguir o adjetivo incorre- Famosa – adjetivo
to da locução adjetiva em negrito: na – preposição
A)mulher muito magra = macérrima cidade – substantivo
B)pessoa muito amiga = amicíssima
C)pessoa muito inimiga = inimicíssimo 9-) De lua – lunar
D)atitude muito benéfica = beneficientíssima
10-) Alemães capazes
07. “Ele era tão pequeno que recebeu o apelido de
miúdo”. A palavra miúdo possui, no grau superlativo abso- O advérbio, assim como muitas outras palavras exis-
luto sintético, duas formas. Uma delas é miudíssimo (regu- tentes na Língua Portuguesa, advém de outras línguas.
lar) e a outra, irregular, é: Assim sendo, tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a
A)minutíssimo ideia de proximidade, contiguidade. Essa proximidade faz
B)miudinitíssimo referência ao processo verbal, no sentido de caracterizá-lo,
C)midunitíssimo ou seja, indicando as circunstâncias em que esse processo
D)miduníssimo se desenvolve.

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LÍNGUA PORTUGUESA

O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sen- de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, efe-
tido de caracterizar os processos expressos por ele. Contu- tivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubi-
do, ele não é modificador exclusivo desta classe (verbos), tavelmente (=sem dúvida).
pois também modifica o adjetivo e até outro advérbio. Se-
guem alguns exemplos: de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, so-
Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto, mente, simplesmente, só, unicamente
você está até bem informado.
de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, tam-
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o ad- bém
jetivo alheio, representando uma qualidade, característica.
de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente
O artista canta muito mal.
de designação: Eis
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifi-
ca outro advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos de interrogação: onde? (lugar), como? (modo), quan-
pudemos verificar que se tratava de somente uma palavra do? (tempo), por quê? (causa), quanto? (preço e intensidade),
funcionando como advérbio. No entanto, ele pode estar para quê? (finalidade)
demarcado por mais de uma palavra, que mesmo assim
não deixará de ocupar tal função. Temos aí o que chama- Locução adverbial
mos de locução adverbial, representada por algumas ex-
pressões, tais como: às vezes, sem dúvida, frente a frente, de É reunião de duas ou mais palavras com valor de ad-
modo algum, entre outras. vérbio. Exemplo:
Mediante tais postulados, afirma-se que, dependendo Carlos saiu às pressas. (indicando modo)
das circunstâncias expressas pelos advérbios, eles se classi- Maria saiu à tarde. (indicando tempo)
ficam em distintas categorias, uma vez expressas por:
de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pres- Há locuções adverbiais que possuem advérbios corres-
sas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos pondentes. Exemplo:
poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu apressadamente.
frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior
parte dos que terminam em -”mente”: calmamente, triste-
Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de
mente, propositadamente, pacientemente, amorosamente,
modo são flexionados, sendo que os demais são todos in-
docemente, escandalosamente, bondosamente, generosa-
variáveis. A única flexão propriamente dita que existe na
mente
categoria dos advérbios é a de grau:
de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em
Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe
excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto,
- longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente -
quão, tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase,
inconstitucionalissimamente, etc.;
de todo, de muito, por completo.
Diminutivo: diminui a intensidade.
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora, Exemplos: perto - pertinho, pouco - pouquinho, devagar
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, - devagarinho,
doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, en-
fim, afinal, breve, constantemente, entrementes, imediata- Questões sobre Advérbio
mente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às
vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em 01. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013-
quando, de quando em quando, a qualquer momento, de adap.) Assinale a alternativa cuja expressão em destaque
tempos em tempos, em breve, hoje em dia apresenta circunstância adverbial de modo.
A) Repetidos episódios de violência (...) estão gerando
de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, ainda uma série de repercussões.
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, B) ...quebrou o braço da estudante de direito R. D., 19,
abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, em plena balada…
adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, exter- C) Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem
namente, a distância, à distancia de, de longe, de perto, em sucesso, de duas amigas…
cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta D) Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não
passou de um engano...
de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, E) O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande
de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum se quebrando por aí…
de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, provavel-
mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe 02. (Agente Educacional – VUNESP – 2013-adap.) Re-
leia os trechos apresentados a seguir.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Aqueles que não simpatizavam muito com Pitágoras 08. Em todas as alternativas há dois advérbios, exceto em:
podiam simplesmente escolher carreiras nas quais os nú- A) Ele permaneceu muito calado.
meros não encontravam muito espaço... B) Amanhã, não iremos ao cinema.
- Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com C) O menino, ontem, cantou desafinadamente.
uma ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamen- D) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo.
tal... E) Ela falou calma e sabiamente.
Os advérbios em destaque nos trechos expressam, cor-
reta e respectivamente, circunstâncias de 09. Assinale a frase em que “meio” funciona como ad-
A) afirmação e de intensidade. B) modo e de vérbio:
tempo. A) Só quero meio quilo.
C) modo e de lugar. D) lugar e de tempo. B) Achei-o meio triste.
E) intensidade e de negação. C) Descobri o meio de acertar.
D) Parou no meio da rua.
03. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013-adap.) E) Comprou um metro e meio de tecido.
Em – … mas é importante também considerar e estudar
GABARITO
em profundidade o planejamento urbano. –, a expressão
01. C 02. B 03. D 04. C
em destaque é empregada na oração para indicar circuns-
05. C 06. C 07. D 08. A 09. B
tância de
A) lugar. COMENTÁRIOS
B) causa.
C) origem. 1-) a-) ainda = tempo
D) modo. B) em plena balada = lugar
E) finalidade. C) sem sucesso = modo
D) não = negação .
04. (UFC) A opção em que há um advérbio exprimindo E) por aí = lugar
circunstância de tempo é:
A) Possivelmente viajarei para São Paulo. 2-) Simplesmente = modo / ainda = tempo
B) Maria tinha aproximadamente 15 anos.
C) As tarefas foram executadas concomitantemente. 3-) em profundidade = profundamente = advérbio de
D) Os resultados chegaram demasiadamente atrasa- modo
dos.
4-) concomitantemente = Diz-se do que acontece, de-
05. Indique a alternativa que completa a frase a seguir, senvolve--se ou é expresso ao mesmo tempo com outra(s)
respectivamente, com as circunstâncias de intensidade e coisa(s); simultâneo.
de modo. Após o telefonema, o motorista partiu...
A)às 18 h com o veículo. 5-) A alternativa deve começar com advérbio que ex-
B)rapidamente ao meio-dia. presse INTENSIDADE. Vá por eliminação:
C)bastante alerta. a-) às 18h = tempo
D)apressadamente com o caminhão. b-) rapidamente = modo
E)agora calmamente. c-) bastante= intensidade
d-) apressadamente = modo
e-) agora = tempo
06. Em qual das alternativas abaixo o adjunto adverbial
expressa o sentido de instrumento?
6-) A-) Viajou de trem. = meio
A)Viajou de trem.
B)Tânia foi almoçar com seus primos. = companhia
B)Tânia foi almoçar com seus primos. C)Cortou-se com o alicate. = instrumento
C)Cortou-se com o alicate. D)Chorou de dor. = causa
D)Chorou de dor. 7-) “A concessão de refúgio político ao italiano Cesare
07. Assinale a alternativa em que o elemento destaca- Battisti, decidida...”. = complemento nominal
do NÃO é um adjunto adverbial.
A)“...ameaçou até se acorrentar à porta da embaixada 8-)A) Ele permaneceu muito calado.
brasileira em Roma.” B) Amanhã, não iremos ao cinema.
B)“...decidida na semana passada por Tarso Genro...”. C) O menino, ontem, cantou desafinadamente.
C)“Hoje Mutti vive com identidade trocada e em lugar D) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo.
não sabido.” E) Ela falou calma e sabiamente. ( Nesse caso, suben-
D)“A concessão de refúgio político ao italiano Cesare tende--se calmamente. É a maneira correta de se escrever
Battisti, decidida...”. quando utilizarmos dois advérbios de modo: o primeiro
E)“...decida se é o caso de reabrir o processo e julgá-lo é escrito sem o sufixo “mente”, deixando este apenas no
novamente?” segundo elemento. Por exemplo: “Apresentou-se breve e
pausadamente.”)

34
LÍNGUA PORTUGUESA

09-) a) Só quero meio quilo. = numeral - EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex.
b) Achei-o meio triste. = um pouco (advérbio) É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio
c) Descobri o meio de acertar. = substantivo lá fora.
d) Parou no meio da rua. = numeral Principais conjunções explicativas: que, porque, pois
e) Comprou um metro e meio de tecido. = numeral (antes do verbo), porquanto.
Conjunções subordinativas
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações
ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por - CAUSAIS
exemplo: Principais conjunções causais: porque, visto que, já
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as que, uma vez que, como (= porque).
amiguinhas. Ele não fez o trabalho porque não tem livro.

Deste exemplo podem ser retiradas três informações: - COMPARATIVAS


1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...
as amiguinhas como, mais...do que, menos...do que.
Cada informação está estruturada em torno de um ver- Ela fala mais que um papagaio.
bo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três ora-
ções: - CONCESSIVAS
1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e Principais conjunções concessivas: embora, ainda que,
mostrou 3ª oração: quando viu as amiguinhas. mesmo que, apesar de, se bem que.
A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e Indicam uma concessão, admitem uma contradição,
a terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”. um fato inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”.
As palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações. Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar
Observe: Gosto de natação e de futebol. de estar cansada)
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são Apesar de ter chovido fui ao cinema.
partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra
- CONFORMATIVAS
“e” está ligando termos de uma mesma oração.
Principais conjunções conformativas: como, segundo,
conforme, consoante
Morfossintaxe da Conjunção
Cada um colhe conforme semeia.
Expressam uma ideia de acordo, concordância, confor-
As conjunções, a exemplo das preposições, não exer-
midade.
cem propriamente uma função sintática: são conectivos.
Classificação
- CONSECUTIVAS
- Conjunções Coordenativas
Expressam uma ideia de consequência.
- Conjunções Subordinativas Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”,
“tanto”, “tão”, “tamanho”).
Conjunções coordenativas Falou tanto que ficou rouco.
Dividem-se em: - FINAIS
- ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Ex. Expressam ideia de finalidade, objetivo.
Gosto de cantar e de dançar. Todos trabalham para que possam sobreviver.
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas Principais conjunções finais: para que, a fim de que,
também, não só...como também. porque (=para que),
- ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de opo-
sição, de compensação. Ex. Estudei, mas não entendi nada. - PROPORCIONAIS
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contu- Principais conjunções proporcionais: à medida que,
do, todavia, no entanto, entretanto. quanto mais, ao passo que, à proporção que.
À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.
- ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância.
Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho. - TEMPORAIS
Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, Principais conjunções temporais: quando, enquanto,
quer...quer, já...já. logo que.
Quando eu sair, vou passar na locadora.
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às ora-
ções. Ex. Estudei muito, por isso mereço passar.
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois
(depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.

35
LÍNGUA PORTUGUESA

Diferença entre orações causais e explicativas selecionadas. Agora, as gravações levam a mensagem de
Beethoven aos confins do planeta, convocando a multidão
Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais saudada na “Ode à alegria”: “Abracem-se, milhões!”. Glenn
(OSA) e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos de- Gould, depois de afastar-se das apresentações ao vivo em
paramos com a dúvida de como distinguir uma oração 1964, previu que dentro de um século o concerto público
causal de uma explicativa. Veja os exemplos: desapareceria no éter eletrônico, com grande efeito bené-
1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode fico sobre a cultura musical.
ser atropelado”: (Adaptado de Alex Ross. Escuta só. Tradução Pedro
a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificati- Maia Soares. São Paulo, Cia. das Letras, 2010, p. 76-77)
va ou uma explicação do fato expresso na oração anterior.
b) As orações são coordenadas e, por isso, indepen- No entanto, a música não é mais algo que fazemos nós
dentes uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as mesmos, ou até que observamos outras pessoas fazerem
orações que vêm marcadas por vírgula. diante de nós.
Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado. Considerando-se o contexto, é INCORRETO afirmar
Outra dica é, quando a oração que antecede a OC que o elemento grifado pode ser substituído por:
(Oração Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, A) Porém. B) Contudo. C) Todavia.
ela será explicativa. D) Entretanto. E) Conquanto.
Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo im-
perativo) 02.(Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) Observando as
ocorrências da palavra “como” em – Como fomos progra-
2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra mados para ver o mundo como um lugar ameaçador… – é
cidade porque não havia cemitério no local.” correto afirmar que se trata de conjunção
a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada (A) comparativa nas duas ocorrências.
(parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo (B) conformativa nas duas ocorrências.
verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-la é (C) comparativa na primeira ocorrência.
colocá-la no início do período, introduzida pela conjunção (D) causal na segunda ocorrência.
como - o que não ocorre com a CS Explicativa. (E) causal na primeira ocorrência.
Como não havia cemitério no local, precisavam enter-
rar os mortos em outra cidade. 03.(TRF 3º região/2014-adap.) Seus subordinados, con-
b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente tudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que
dependentes uma da outra. estivessem longe da zona de perigo. Sem prejuízo para o
sentido original e a correção gramatical, o elemento grifa-
Questões sobre Conjunção do acima pode ser substituído por
(A) por isso.
01.(Administrador – FCC – 2013) Leia o texto a seguir. (B) embora.
A música alcançou uma onipresença avassaladora em (C) entretanto.
nosso mundo: milhões de horas de sua história estão dis- (D) portanto.
poníveis em disco; rios de melodia digital correm na in- (E) onde.
ternet; aparelhos de mp3 com 40 mil canções podem ser
colocados no bolso. No entanto, a música não é mais algo 04. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013-
que fazemos nós mesmos, ou até que observamos outras adap.) No trecho – Temos de refletir sobre isso para mudar
pessoas fazerem diante de nós. Ela se tornou um meio ra- nossas atitudes. –, a palavra destacada apresenta sentido
dicalmente virtual, uma arte sem rosto. Quando caminha- de
mos pela cidade num dia comum, nossos ouvidos regis- A) tempo.
tram música em quase todos os momentos − pedaços de B) modo.
hip hop vazando dos fones de ouvido de adolescentes no C) origem.
metrô, o sinal do celular de um advogado tocando a “Ode D) assunto.
à alegria”, de Beethoven −, mas quase nada disso será re- E) finalidade.
sultado imediato de um trabalho físico de mãos ou vozes
humanas, como se dava no passado. 05. (Escrevente TJ SP –Vunesp/2012) No período – A
Desde que Edison inventou o cilindro fonográfico, pesquisa do Dieese é um medidor importante, pois sua
em1877, existe gente que avalia o que a gravação fez em metodologia leva em conta não só o desemprego aberto
favor e desfavor da arte da música. Inevitavelmente, a con- (quem está procurando trabalho), como também o oculto
versa descambou para os extremos retóricos. No campo (pessoas que desistiram de procurar ou estão em postos
oposto ao dos que diziam que a tecnologia acabaria com a precários). –, os termos em destaque estabelecem entre as
música estão os utópicos, que alegam que a tecnologia não orações relação de
aprisionou a música, mas libertou-a, levando a arte da elite (A) alternância. (B) oposição. (C) causa.
às massas. Antes de Edison, diziam os utópicos, as sinfonias (D) adição. (E) explicação.
de Beethoven só podiam ser ouvidas em salas de concerto

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LÍNGUA PORTUGUESA

06. (Agente Policial – Vunesp/2013) Considerando que Experiências internacionais, porém, mostram que não
o termo em destaque em – Segundo especialistas, recusar é tão fácil assim. Na Alemanha, mesmo com a exigência
o bafômetro não vai mais impedir o processo criminal... – da proficiência na língua, um estudo constatou atraso de
introduz ideia de conformidade, assinale a alternativa que diagnósticos pelo fato de o médico estrangeiro não conse-
apresenta a frase corretamente reescrita, e com seu sentido guir entender direito os sintomas de pacientes.
inalterado. Além disso, há queixa dos profissionais alemães, que
(A) A fim de que para especialistas, recusar o bafôme- se sentem sobrecarregados por terem de atuar como intér-
tro não vai mais impedir o processo criminal... pretes dos colegas de fora.
(B) A menos que para especialistas, recusar o bafôme- Nada contra a vinda dos estrangeiros, desde que este-
tro não vai mais impedir o processo criminal... jam aptos para o trabalho. Tenho dúvidas, porém, se três
(C) De acordo com especialistas, recusar o bafômetro semanas de treinamento, como aventou o ministro, é tem-
não vai mais impedir o processo criminal... po suficiente para isso.
(D) Apesar de que para especialistas, recusar o bafô- (Cláudia Collucci, Barreira da língua. Folha de S.Paulo,
metro não vai mais impedir o processo criminal... 03.07.2013. Adaptado)
(E) Desde que para especialistas, recusar o bafômetro
não vai mais impedir o processo criminal... Considere o parágrafo final do texto:
Nada contra a vinda dos estrangeiros, desde que este-
07. (Agente Policial – Vunesp/2013) Considerando que jam aptos para o trabalho. Tenho dúvidas, porém, se três
o termo em destaque em – Esse valor é dobrado caso o semanas de treinamento, como aventou o ministro, é tempo
motorista seja reincidente em um ano. – estabelece rela- suficiente para isso.
ção de condição entre as orações, assinale a alternativa que Mantendo-se os sentidos originais, ele está correta-
apresenta o trecho corretamente reescrito, e com seu sen- mente reescrito de acordo com a norma-padrão em:
tido inalterado. A) Nada contra a vinda dos estrangeiros, se estiverem
(A) Porque o motorista é reincidente em um ano, esse aptos para o trabalho. Tenho dúvidas, no entanto: três se-
valor é dobrado. manas de treinamento, como aventou o ministro, é sufi-
(B) Como o motorista é reincidente em um ano, esse ciente para isso?
valor é dobrado.
B) Nada contra a vinda dos estrangeiros, caso estão ap-
(C) Conforme o motorista for reincidente em um ano,
tos para o trabalho. Tenho dúvidas, todavia: três semanas
esse valor é dobrado.
de treinamento, como aventou o ministro, são suficiente
(D) Se o motorista for reincidente em um ano, esse va-
para isso?
lor é dobrado.
C) Nada contra a vinda dos estrangeiros, quando es-
(E) À medida que o motorista é reincidente em um ano,
tarão aptos para o trabalho. Tenho dúvidas, portanto: três
esse valor é dobrado.
semanas de treinamento, como aventou o ministro, são su-
08. Em – O projeto “Começar de Novo” busca sensibi- ficientes para isso?
lizar entidades públicas e privadas para promover a resso- D) Nada contra a vinda dos estrangeiros, mas estariam
cialização dos presos... – o termo em destaque estabelece aptos para o trabalho. Tenho dúvidas, apesar disso: três se-
uma relação de manas de treinamento, como aventou o ministro, é sufi-
A) causa. B) tempo. C) lugar. D) finalidade. E) ciente para isso.
modo. E) Nada contra a vinda dos estrangeiros, pois estarão
aptos para o trabalho. Tenho dúvidas, por conseguinte: três
09. (Agente de Promotoria – Assessoria – VUNESP – semanas de treinamento, como aventou o ministro, são su-
2013). Leia o texto a seguir. ficiente para isso.

Barreira da língua 10. (Agente Policial - Vunesp/2013) Considere o tre-


cho: – Leve para casa – ponderou meu conselheiro, como
A barreira da língua e dos regionalismos parece um quem diz: – É sua. Mas acrescentou: – procure direito e o
mero detalhe em meio a tantas outras questões mais sérias endereço aparece.
já levantadas, como a falta de remédios, de equipes e de Sem que seja alterado o sentido do texto e de acordo
infraestrutura, mas não é. com a norma-padrão da língua portuguesa, o termo em
Como é possível estabelecer uma relação médico- destaque pode ser corretamente substituído por:
paciente, um diagnóstico correto, se o médico não com- (A) Por isso. (B) Portanto. (C) Pois.
preende o paciente e vice-versa? (D) Porquanto. (E) Porém.
Sim, essa dificuldade já existe no Brasil mesmo com
médicos e pacientes falando português, mas ela só tende
a piorar com o “portunhol” que se vislumbra pela frente. GABARITO
O ministro da Saúde já disse que isso não será pro-
blema, que é mais fácil treinar um médico em português 01. E 02. E 03. C 04. E 05. D
do que ficar esperando sete ou oito anos até um médico 06. C 07. D 08. D 09. A 10. E
brasileiro ser formado.

37
LÍNGUA PORTUGUESA

COMENTÁRIOS Estrutura das Formas Verbais


Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode
1-) Conquanto é uma conjunção concessiva – abre uma apresentar os seguintes elementos:
exceção à regra. Portanto, a troca correta é por uma outra a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significa-
conjunção adversativa. do essencial do verbo. Por exemplo:
fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)
2-) Como fomos programados para ver o mundo como
um lugar ameaçador… b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que in-
Causal na primeira ocorrência e comparativa na segun- dica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo:
da. fala-r
São três as conjugações:
3-) contudo = conjunção adversativa 1ª - Vogal Temática - A - (falar)
(A) por isso.- conjunção explicativa 2ª - Vogal Temática - E - (vender)
(B) embora.- conjunção concessiva 3ª - Vogal Temática - I - (partir)
(C) entretanto. Conjunção adversativa (pode ser con-
cessiva também, mas neste caso ela inicia uma oração c) Desinência modo-temporal: é o elemento que desig-
subordinada em que se admite um fato contrário à ação na o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
proposta pela oração principal, mas incapaz de impedi-la) falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
(D) portanto.- conjunção conclusiva falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
(E) onde.- pronome relativo/interrogativo d) Desinência número-pessoal: é o elemento que de-
signa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (sin-
4-) Temos de refletir sobre isso para mudar nossas ati- gular ou plural).
tudes. falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
Apresenta a finalidade da reflexão. Devemos refletir falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)
para quê?
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados
5-) Uma junção, soma de ideias. Há a presença de con- (compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação,
junções aditivas. pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”,
apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em
6-) De acordo com especialistas, recusar o bafômetro algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.
não vai mais impedir o processo criminal...
Apresenta a mesma ideia que a do enunciado – além Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
de ser a mais coerente.
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura
7-) Esse valor é dobrado caso o motorista seja reinci- dos verbos com o conceito de acentuação tônica, percebe-
dente em um ano. – estabelece relação de condição, por- mos com facilidade que nas formas rizotônicas, o acento
tanto devemos utilizar uma conjunção condicional: SE. tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por
Se o motorista for reincidente em um ano, esse valor exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai
será dobrado. no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprende-
8-) A finalidade da sensibilização. rão, nutriríamos.

9-) A) Nada contra a vinda dos estrangeiros, se esti- Classificação dos Verbos
verem aptos para o trabalho. Tenho dúvidas, no entanto:
três semanas de treinamento, como aventou o ministro, é Classificam-se em:
suficiente para isso? = correta a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alte-
10-) Porém = conjunção adversativa. rações no radical. Por exemplo: canto cantei cantarei
cantava cantasse
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca altera-
número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros ções no radical ou nas desinências. Por exemplo: faço fiz
processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover); farei fizesse
ocorrência (nascer); c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conju-
desejo (querer). gação completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não e pessoais.
os seus possíveis significados. Observe que palavras como - Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Nor-
corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo malmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam, principais verbos impessoais são:
porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, reali-
possuem. zar-se ou fazer (em orações temporais).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)


Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)

b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo)


Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
Era primavera quando a conheci.
Estava frio naquele dia.

c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhe-
cer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci mal- -humorado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido
figurado. Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal.
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)

d) São impessoais, ainda:


1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo. Ex.: Já passa das seis.
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indicando suficiência. Ex.:
Basta de tolices. Chega de blasfêmias.
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem referência a
sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos,
então, pessoais.
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?

- Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
A fruta amadureceu.
As frutas amadureceram.

Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de animais; eis alguns:
bramar: tigre
bramir: crocodilo
cacarejar: galinha
coaxar: sapo
cricrilar: grilo

Os principais verbos unipessoais são:


1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário, etc.).
Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos bastante.)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)

2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fumar.)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.

- Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que
provavelmente causaria problemas de interpretação em certos contextos.
verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa - formas de
sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de
formas verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento
e a popularização da informática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno cos-
tuma ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas
curtas (particípio irregular). Observe:

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR


Anexar Anexado Anexo
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Matar Matado Morto
Morrer Morrido Morto
Pegar Pegado Pego
Soltar Soltado Solto

e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação.


Por exemplo: Ir Pôr Ser Saber (vou, vais, ides, fui, foste, pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja).

f) Auxiliares
São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando acom-
panhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Vou espantar as moscas.


(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora do debate.


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Os noivos foram cumprimentados por todos os presentes.


(verbo auxiliar) (verbo principal no particípio)

Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
Conjugação dos Verbos Auxiliares
SER - Modo Indicativo

Presente Pret.Perfeito Pretérito Imp. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito


sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

SER - Modo Subjuntivo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro
que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

SER - Modo Imperativo


Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

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LÍNGUA PORTUGUESA

SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

ESTAR - Modo Indicativo



Presente Pret. perf. Pret. Imperf. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.doPres. Fut.do Preté.
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

ESTAR - Formas Nominais


Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio
estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Pret.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


haja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

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LÍNGUA PORTUGUESA

HAVER - Formas Nominais


Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio
haver haver havendo havido
haveres
haver
havermos
haverdes
haverem

TER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Preté.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
Tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


Tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

g) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater- -se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibili-
dade já está implícita no radical do verbo. Por exemplo:
Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela
mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula inte-
grante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia
reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):

Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem

- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: Maria
penteou--me.

Observações:
1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.

42
LÍNGUA PORTUGUESA

2- Há verbos que também são acompanhados de pro- - d) Particípio: quando não é empregado na formação
nomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o
pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos refle- resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gê-
xivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa nero, número e grau. Por exemplo:
idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas. Terminados os exames, os candidatos saíram.
Por exemplo:
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me Quando o particípio exprime somente estado, sem ne-
(objeto direto) - 1ª pessoa do singular nhuma relação temporal, assume verdadeiramente a fun-
ção de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo:
Modos Verbais Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas
pelo verbo na expressão de um fato. Em Português, exis- Tempos Verbais
tem três modos:
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por Tomando-se como referência o momento em que se
exemplo: Eu sempre estudo. fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por tempos. Veja:
exemplo: Talvez eu estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por exem- 1. Tempos do Indicativo
plo: Estuda agora, menino. - Presente - Expressa um fato atual. Por exemplo: Eu
estudo neste colégio.
Formas Nominais - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda for- momento anterior ao atual, mas que não foi completamen-
mas que podem exercer funções de nomes (substantivo, te terminado. Por exemplo: Ele estudava as lições quando
adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas foi interrompido.
nominais. Observe: - Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocor-
- a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do ver- rido num momento anterior ao atual e que foi totalmen-
bo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função te terminado. Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à
de substantivo. Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta) noite.
É indispensável combater a corrupção. (= combate à) - Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presen- teve início no passado e que pode se prolongar até o mo-
te (forma simples) ou no passado (forma composta). Por mento atual. Por exemplo: Tenho estudado muito para os
exemplo: exames.
É preciso ler este livro. - Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocor-
Era preciso ter lido este livro. rido antes de outro fato já terminado. Por exemplo: Ele já
tinha estudado as lições quando os amigos chegaram. (for-
- b) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três ma composta) Ele já estudara as lições quando os amigos
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não chegaram. (forma simples)
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do im- - Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que
pessoal; nas demais, flexiona- -se da seguinte ma- deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao mo-
neira: mento atual. Por exemplo: Ele estudará as lições amanhã.
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu) - Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós) deve ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós) terminado antes de outro fato futuro. Por exemplo: Antes
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles) de bater o sinal, os alunos já terão terminado o teste.
Por exemplo: - Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que
Foste elogiado por teres alcançado uma boa coloca- pode ocorrer posteriormente a um determinado fato pas-
ção. sado. Por exemplo: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
- Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato
- c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjeti- que poderia ter ocorrido posteriormente a um determina-
vo ou advérbio. Por exemplo: do fato passado. Por exemplo: Se eu tivesse ganho esse
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de dinheiro, teria viajado nas férias.
advérbio)
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função ad- 2. Tempos do Subjuntivo
jetivo) - Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no mo-
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em mento atual. Por exemplo: É conveniente que estudes para
curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exem- o exame.
plo: - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. posterior a outro já ocorrido. Por exemplo: Eu esperava que
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. ele vencesse o jogo.

43
LÍNGUA PORTUGUESA

Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por
exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente terminado num momento passado. Por exemplo: Embora
tenha estudado bastante, não passou no teste.
- Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Por
exemplo: Quando ele vier à loja, levará as encomendas.
obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à
loja, levará as encomendas.
- Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior ao momento atual mas já terminado antes de outro fato
futuro. Por exemplo: Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos.

Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal

CANTAR VENDER PARTIR


canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

Pretérito mais-que-perfeito

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª/2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
Pretérito Imperfeito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

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LÍNGUA PORTUGUESA

Futuro do Presente do Indicativo


1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

Futuro do Pretérito do Indicativo


1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).

1ª conjug. 2ª conjug. 3ª conju. Des. temporal Des.temporal Desinên. pessoal


1ª conj. 2ª/3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo


Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
e pessoa correspondente.
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM PartiREM R EM

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LÍNGUA PORTUGUESA

Imperativo

Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:
Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo
Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo


Que eu cante ---
Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles

Observações:

- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

Infinitivo Pessoal
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

Questões sobre Verbo

01. (Agente Policia Vunesp 2013) Considere o trecho a seguir.

É comum que objetos ___________ esquecidos em locais públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se as
pessoas _____________ a atenção voltada para seus pertences, conservando-os junto ao corpo.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto.
(A) sejam … mantesse (B) sejam … mantivessem (C) sejam … mantém (D) seja … mantivessem (E) seja
… mantêm

02. (Escrevente TJ SP Vunesp 2012-adap.) Na frase –… os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas
sucessivas de 2005 para cá. –, a locução verbal em destaque expressa ação
(A) concluída. (B) atemporal. (C) contínua. (D) hipotética. (E) futura.

03. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013-adap.) Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas
interações sociais terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de

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LÍNGUA PORTUGUESA

(A) considerar ao acaso, sem premeditação. 07. (Papiloscopista Policial Vunesp 2013-adap.) Assina-
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido le a alternativa que substitui, corretamente e sem alterar o
dela. sentido da frase, a expressão destacada em – Se a criança se
(C) adotar como referência de qualidade. perder, quem encontrá-la verá na pulseira instruções para
(D) julgar de acordo com normas legais. que envie uma mensagem eletrônica ao grupo ou acione o
(E) classificar segundo ideias preconcebidas. código na internet.
(A) Caso a criança se havia perdido…
04. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013) Assinale a alterna- (B) Caso a criança perdeu…
tiva contendo a frase do texto na qual a expressão verbal (C) Caso a criança se perca…
destacada exprime possibilidade. (D) Caso a criança estivera perdida…
(A) ... o cientista Theodor Nelson sonhava com um sis- (E) Caso a criança se perda…
tema capaz de disponibilizar um grande número de obras
08. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013-
literárias...
adap.). Assinale a alternativa em que o verbo destacado
(B) Funcionando como um imenso sistema de informa-
está no tempo futuro.
ção e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme
A) Os consumidores são assediados pelo marketing …
arquivo virtual.
B) … somente eles podem decidir se irão ou não com-
(C) Isso acarreta uma textualidade que funciona por prar.
associação, e não mais por sequências fixas previamente C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessi-
estabelecidas. dades”…
(D) Desde o surgimento da ideia de hipertexto, esse D) … de onde vem o produto…?
conceito está ligado a uma nova concepção de textualida- E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas…
de...
(E) Criou, então, o “Xanadu”, um projeto para disponi- 09. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assina-
bilizar toda a literatura do mundo... le a alternativa em que a concordância das formas verbais
destacadas se dá em conformidade com a norma-padrão
05.(Analista – Arquitetura – FCC – 2013-adap.). Está da língua.
adequada a correlação entre tempos e modos verbais na (A) Chegou, para ajudar a família, vários amigos e vi-
frase: zinhos.
A) Os que levariam a vida pensando apenas nos valores (B) Haviam várias hipóteses acerca do que poderia ter
absolutos talvez façam melhor se pensassem no encanto acontecido com a criança.
dos pequenos bons momentos. (C) Fazia horas que a criança tinha saído e os pais já
B) Há até quem queira saber quem fosse o maior ban- estavam preocupados.
dido entre os que recebessem destaque nos popularescos (D) Era duas horas da tarde, quando a criança foi en-
programas da TV. contrada.
C) Não admira que os leitores de Manuel Bandeira gos- (E) Existia várias maneiras de voltar para casa, mas a
tam tanto de sua poesia, sobretudo porque ela não tenha criança se perdeu mesmo assim.
aspirações a ser metafísica.
D) Se os adeptos da fama a qualquer custo levarem em 10. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
conta nossa condição de mortais, não precisariam preocu- NESP – 2013-adap.).
par-se com os degraus da notoriedade. Leia as frases a seguir.
I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de
E) Quanto mais aproveitássemos o que houvesse de
madeira no animal.
grande nos momentos felizes, menos precisaríamos nos
II. Existiam muitos ferimentos no boi.
preocupar com conquistas superlativas.
III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida
movimentada.
06. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013) Assinale a alterna- Substituindo-se o verbo Haver pelo verbo Existir e este
tiva em que todos os verbos estão empregados de acordo pelo verbo Haver, nas frases, têm-se, respectivamente:
com a norma- -padrão. A) Existia – Haviam – Existiam
(A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da B) Existiam – Havia – Existiam
impressão definitiva. C) Existiam – Haviam – Existiam
(B) Não haverá prova do crime se o réu se manter em D) Existiam – Havia – Existia
silêncio. E) Existia – Havia – Existia
(C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem a tra-
balhar no feriado. GABARITO
(D) Ficarão surpresos quando o verem com a toga...
(E) Se você quer a promoção, é necessário que a reque- 01. B 02. C 03. E 04. B 05. E
ra a seu superior. 06. A 07. C 08. B 09. C 10. D

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LÍNGUA PORTUGUESA

COMENTÁRIOS 10-) I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços


de madeira no animal.
1-) É comum que objetos sejam esquecidos em II. Existiam muitos ferimentos no boi.
locais públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evi- III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida
tados se as pessoas mantivessem a atenção voltada para movimentada.
seus pertences, conservando-os junto ao corpo. Haver – sentido de existir= invariável, impessoal;
existir = variável. Portanto, temos:
2-) os níveis de pessoas sem emprego estão apresen- I – Existiam onze pessoas...
tando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução ver- II – Havia muitos ferimentos...
bal em destaque expressa ação contínua (= não concluída) III – Existia muita gente...

3-) Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: Verbos irregulares são verbos que sofrem alterações
trata-se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% em seu radical ou em suas desinências, afastando-se do
das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”. modelo a que pertencem.
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de 1) No português, para verificar se um verbo sofre alte-
classificar segundo ideias preconcebidas. rações, basta conjugá-lo no presente e no pretérito perfei-
to do indicativo. Ex: faço – fiz trago – trouxe posso - pude
4-) (B) Funcionando como um imenso sistema de infor-
mação e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enor- 2) Não é considerada irregularidade a alteração gráfica
me arquivo virtual. = verbo no futuro do pretérito do radical de certos verbos para conservação da regulari-
5-) A) Os que levam a vida pensando apenas nos valo- dade fônica. Ex: embarcar – embarco fingir – finjo
res absolutos talvez fariam melhor se pensassem no encan- Exemplo de conjugação do verbo “dar” no presente do
to dos pequenos bons momentos. indicativo:
B) Há até quem queira saber quem é o maior bandido
entre os que recebem destaque nos popularescos progra- Eu dou
mas da TV. Tu dás
C) Não admira que os leitores de Manuel Bandeira gos- Ele dá
tem tanto de sua poesia, sobretudo porque ela não tem
Nós damos
aspirações a ser metafísica.
Vós dais
D) Se os adeptos da fama a qualquer custo levassem
Eles dão
em conta nossa condição de mortais, não precisariam
preocupar-se com os degraus da notoriedade.
Percebe-se que há alteração do radical, afastando-se
do original “dar” durante a conjugação, sendo considerado
6-) (B) Não haverá prova do crime se o réu se mantiver
verbo irregular.
em silêncio.
(C) Vão pagar horas-extras aos que se dispuserem a Exemplo: Conjugação do verbo valer:
trabalhar no feriado.
(D) Ficarão surpresos quando o virem com a toga... Modo Indicativo
(E) Se você quiser a promoção, é necessário que a re- Presente
queira a seu superior. eu valho
tu vales
7-) Caso a criança se perca…(perda = substantivo: ele vale
Houve uma grande perda salarial...) nós valemos
vós valeis
8-) A) Os consumidores são assediados pelo marketing eles valem
= presente
C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessi- Pretérito Perfeito do Indicativo
dades”… = pretérito do Subjuntivo eu vali
D) … de onde vem o produto…? = presente tu valeste
E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas… = ele valeu
pretérito perfeito nós valemos
vós valestes
9-) (A) Chegaram, para ajudar a família, vários amigos eles valeram
e vizinhos. Pretérito Imperfeito do Indicativo
(B) Havia várias hipóteses acerca do que poderia ter eu valia
acontecido com a criança. tu valias
(D) Eram duas horas da tarde, quando a criança foi en- ele valia
contrada. nós valíamos
(E) Existiam várias maneiras de voltar para casa, mas a vós valíeis
criança se perdeu mesmo assim. eles valiam

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo vale tu


eu valera valha ele
tu valeras valhamos nós
ele valera valei vós
nós valêramos valham eles
vós valêreis
eles valeram Imperativo Negativo
--
Futuro do Presente do Indicativo não valhas tu
eu valerei não valha ele
tu valerás não valhamos nós
ele valerá não valhais vós
nós valeremos não valham eles
vós valereis
eles valerão Infinitivo
Infinitivo Pessoal
Futuro do Pretérito do Indicativo
eu valeria por valer eu
tu valerias por valeres tu
ele valeria por valer ele
nós valeríamos por valermos nós
vós valeríeis por valerdes vós
eles valeriam por valerem eles
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo Infinitivo Impessoal = valer
eu tinha valido
tu tinhas valido Particípio = Valido
ele tinha valido
Acompanhe abaixo uma lista com os principais verbos
nós tínhamos valido
irregulares:
vós tínheis valido
Dizer
eles tinham valido
Presente do indicativo
Gerúndio do verbo valer = valendo
Digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem
Subjuntivo Pretérito perfeito do indicativo
Presente Disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram..
que eu valha
que tu valhas Futuro do presente do indicativo
que ele valha Direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão.
que nós valhamos
que vós valhais Fazer
que eles valham Presente do indicativo
Faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
se eu valesse Pretérito perfeito do indicativo
se tu valesses Fiz, fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram
se ele valesse
se nós valêssemos Futuro do presente do indicativo
se vós valêsseis Farei, farás, fará, faremos, fareis, farão.
se eles valessem Ir
Futuro do Subjuntivo Presente do indicativo
quando eu valer Vou, vais, vai, vamos, ides, vão
quando tu valeres
quando ele valer Pretérito perfeito do indicativo
quando nós valermos Fui, foste, foi, fomos, fostes, foram
quando vós valerdes
quando eles valerem Futuro do presente do indicativo
Irei, irás, irá, iremos, ireis, irão
Imperativo
Imperativo Afirmativo Futuro do subjuntivo
-- For, fores, for, formos, fordes, forem

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LÍNGUA PORTUGUESA

Querer 1- Voz Passiva Analítica


Presente do indicativo Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particí-
Quero, queres, quer, queremos, quereis, querem pio do verbo principal. Por exemplo:
A escola será pintada.
Pretérito perfeito do indicativo O trabalho é feito por ele.
Quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram. Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado
da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a
Presente do subjuntivo preposição de. Por exemplo:
Queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram A casa ficou cercada de soldados.
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não
Ver esteja explícito na frase. Por exemplo:
Presente do indicativo A exposição será aberta amanhã.
Vejo, vês, vê, vemos, vedes, veem - A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-
Pretérito perfeito do indicativo ção das frases seguintes:
Vi, viste, viu, vimos, vistes, viram a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do in-
Futuro do presente do indicativo dicativo)
Verei, verás, verá, veremos, vereis, verão. b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)
Futuro do subjuntivo c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)
Vir, vires, vir, virmos, virdes, virem O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)
Vir - Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume
Presente do indicativo o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa.
Venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm Observe a transformação da frase seguinte:
Pretérito perfeito do indicativo O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
Vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
Futuro do presente do indicativo
Obs.: é menos frequente a construção da voz passi-
Virei, virás, virá, viremos, vireis, virão.
va analítica com outros verbos que podem eventualmente
funcionar como auxiliares. Por exemplo:
Futuro do subjuntivo
A moça ficou marcada pela doença.
Vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem.
2- Voz Passiva Sintética
Vozes do Verbo
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com
o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo
para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente Por exemplo:
da ação. São três as vozes verbais: Abriram-se as inscrições para o concurso.
- a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a Destruiu-se o velho prédio da escola.
ação expressa pelo verbo. Por exemplo: Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva
Ele fez o trabalho. sintética.
sujeito agente ação objeto (paciente) Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz la-
- b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a tina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacio-
ação expressa pelo verbo. Por exemplo: nam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem
O trabalho foi feito por ele. o significado de voz passiva como sendo a voz que expres-
sujeito paciente ação agente da passiva sa a ação sofrida pelo sujeito. Na voz passiva temos dois
elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE
- c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo e AGENTE DA PASSIVA.
agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exem-
plo: Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva
O menino feriu-se. Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com tancialmente o sentido da frase.
a noção de reciprocidade. Por exemplo: Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa)
Os lutadores feriram-se. (um ao outro) Sujeito da Ativa objeto Direto

Formação da Voz Passiva A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz


A voz passiva pode ser formada por dois processos: Passiva)
analítico e sintético. Sujeito da Passiva Agente da Passiva

50
LÍNGUA PORTUGUESA

Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o (A) são enfrentados. (B) tem enfrentado.
sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo (C) tem sido enfrentada. (D) têm sido enfrenta-
assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. dos.
Observe mais exemplos: (E) é enfrentada.
- Os mestres têm constantemente aconselhado os alu-
nos. 04. (Fundação Carlos Chagas) Transpondo para a voz
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pe- passiva a oração “O faro dos cães guiava os caçadores”,
los mestres. obtém-se a forma verbal:
- Eu o acompanharei. A) guiava-se B) ia guiando
Ele será acompanhado por mim. C) guiavam D) eram guiados
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, E) foram guiados
não haverá complemento agente na passiva. Por exemplo:
Prejudicaram-me. 05. (Analista de Procuradoria – FCC – 2013-adap)
Fui prejudicado. Transpondo- -se para a voz passiva a frase O poeta
teria aberto um diálogo entre as duas partes, a forma verbal
Saiba que: resultante será:
1) Aos verbos que não são ativos nem passivos ou re- A) fora aberto. B) abriria.
flexivos, são chamados neutros. C) teria sido aberto. D) teriam sido abertas.
O vinho é bom. E) foi aberto.
Aqui chove muito.
06. A frase que não está na voz passiva é:
2) Há formas passivas com sentido ativo: A) O filme foi estrondosamente aclamado pelo público.
É chegada a hora. (= Chegou a hora.) B) Fizeram-se apenas os consertos mais urgentes nas
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nas- ruas.
cido.) C) Cruzaram-se rapidamente na rua as duas rivais.
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou) D) Escolheu-se a pessoa errada para o cargo.
3) Inversamente, usamos formas ativas com sentido
07. Assinale a alternativa que apresenta a frase na voz
passivo:
passiva:
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas)
A) Os turcos vendem maçã.
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado)
B) As pessoas refugiam-se no vão da porta.
C) Os cães arranhavam o portão.
4) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sen-
D) O sorvete é feito pelo sorveteiro.
tido cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo
o sujeito é paciente.
Chamo-me Luís. 08. Indique a única alternativa em que a oração não
Batizei-me na Igreja do Carmo. está na voz passiva:
Operou-se de hérnia. A) Entreolharam-se apaixonadamente os dois pombi-
Vacinaram-se contra a gripe. nhos.
B) O cantor romântico foi demoradamente aplaudido.
Questões sobre Vozes dos Verbos C) Elegeu-se, infelizmente, o deputado errado.
D) Fizeram-se apenas os exercícios mais fáceis.
01. Transitando para a voz passiva a oração “O tropel
dos cavalos avisava os cangaceiros.”, a forma verbal será: 09. Em “O presidente americano Barack Obama cance-
A) ia avisando B) avisavam lou programa”, a forma verbal “cancelou” está na voz ativa.
C) avisava-se D) foram avisados A forma correspondente, na voz passiva analítica, é
E) eram avisados A) era cancelado. B) foi cancelado.
C) tinha sido cancelado. D) cancelava-se
02. (FCC-COPERGÁS – Auxiliar Técnico Administrativo - E) estava sendo cancelado.
2011) Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz. Trans-
pondo- -se a frase acima para a voz passiva, a forma 10. A oração “o engenheiro podia controlar todos os
verbal resultante será: empregados da estação ferroviária” está na voz ativa. Assi-
(A) era abatido. (B) fora abatido. nale a forma verbal passiva correspondente.
(C) abatera-se. (D) foi abatido. A) podiam ser controlados B) seriam controlados
(E) tinha abatido C) podia ser controlado D) controlavam-se

03. (FCC-TRE-Analista Judiciário – 2011) Transpondo-se GABARITO


para a voz passiva a frase Hoje a autoria institucional en-
frenta séria concorrência dos autores anônimos, obter-se-á 01. E 02. D 03. E 04. D 05. C
a seguinte forma verbal: 06. C 07. D 08. A 09. B 10. A

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LÍNGUA PORTUGUESA

COMENTÁRIOS Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.


[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
1-) Transitando para a voz passiva a oração “O tropel Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
dos cavalos avisava os cangaceiros.”, a forma verbal será: [tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se
Os cangaceiros eram avisados... fala]
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
2-) Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz. = [dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem
Ele foi abatido... se fala]

3-) Hoje a autoria institucional enfrenta séria concor- Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
rência dos autores anônimos = Séria concorrência é en- variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme-
frentada pela autoria... ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência
através do pronome seja coerente em termos de gênero
4-) O faro dos cães guiava os caçadores = Os caçado- e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
res eram guiados... mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.

5-) O poeta teria aberto um diálogo entre as duas par- Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da
tes = Um diálogo teria sido aberto... nossa escola neste ano.
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
6-) Cruzaram-se rapidamente na rua as duas rivais. = adequada]
voz reflexiva (recíproca) [neste: pronome que determina “ano” = concordância
adequada]
7-) A) Os turcos vendem maçã. = ativa [ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor-
B) As pessoas refugiam-se no vão da porta. = refle- dância inadequada]
xiva Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
C) Os cães arranhavam o portão. = ativa demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.

8-) Entreolharam-se apaixonadamente os dois pombi- Pronomes Pessoais


nhos. = reflexiva São aqueles que substituem os substantivos, indicando
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve
9-) O presidente americano Barack Obama cancelou assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”,
programa = Programa foi cancelado pelo presidente... “vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e
“ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa ou
10-) o engenheiro podia controlar todos os emprega- às pessoas de quem fala.
dos da estação = Todos os empregados da estação po- Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun-
diam ser controlados... ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto
ou do caso oblíquo.
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou
a ele se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualifi- Pronome Reto
cando-o de alguma forma. Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sen-
tença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus so- Nós lhe ofertamos flores.
nhos! Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê-
[substituição do nome] nero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bo- principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso.
nita! Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim confi-
[referência ao nome] gurado:
Essa moça morava nos meus sonhos! - 1ª pessoa do singular: eu
[qualificação do nome] - 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
Grande parte dos pronomes não possuem significados - 1ª pessoa do plural: nós
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro - 2ª pessoa do plural: vós
de um contexto, o qual nos permite recuperar a referên- - 3ª pessoa do plural: eles, elas
cia exata daquilo que está sendo colocado por meio dos
pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pro- Atenção: esses pronomes não costumam ser usados
nomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes como complementos verbais na língua-padrão. Frases como
têm por função principal apontar para as pessoas do dis- “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu até
curso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação aqui”, comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas
no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, na língua formal escrita ou falada. Na língua formal, devem
os pronomes apresentam uma forma específica para cada ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: “Vi-o
pessoa do discurso. na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram-me até aqui”.

52
LÍNGUA PORTUGUESA

Obs.: frequentemente observamos a omissão do pro- Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas
nome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as especiais depois de certas terminações verbais. Quando o
próprias formas verbais marcam, através de suas desinên- verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma
cias, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto. lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal
Fizemos boa viagem. (Nós) é suprimida.
Por exemplo:
Pronome Oblíquo fiz + o = fi-lo
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na fazeis + o = fazei-lo
sentença, exerce a função de complemento verbal (objeto dizer + a = dizê-la
direto ou indireto) ou complemento nominal. Quando o verbo termina em som nasal, o pronome as-
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto) sume as formas no, nos, na, nas.
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma Por exemplo:
variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação viram + o: viram-no
indica a função diversa que eles desempenham na oração: repõe + os = repõe-nos
pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo retém + a: retém-na
marca o complemento da oração. tem + as = tem-nas
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou Pronome Oblíquo Tônico
tônicos. Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos
por preposições, em geral as preposições a, para, de e com.
Pronome Oblíquo Átono Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica
são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica forte.
fraca.
Ele me deu um presente. O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim con-
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim con- figurado:
figurado: - 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 1ª pessoa do singular (eu): me - 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 2ª pessoa do singular (tu): te
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 1ª pessoa do plural (nós): nos
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
- 2ª pessoa do plural (vós): vos
Observe que as únicas formas próprias do pronome tô-
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
nico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As
demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
Observações:
- As preposições essenciais introduzem sempre prono-
O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se
mes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso
apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união en- reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da
tre o pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por língua formal, os pronomes costumam ser usados desta
acompanhar diretamente uma preposição, o pronome forma:
“lhe” exerce sempre a função de objeto indireto na oração. Não há mais nada entre mim e ti.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser obje- Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
tos diretos como objetos indiretos. Não há nenhuma acusação contra mim.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como Não vá sem mim.
objetos diretos.
Saiba que: Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes Atenção: Há construções em que a preposição, apesar
podem combinar-se com os pronomes o, os, a, as, dando de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir
origem a formas como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o
lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pro-
vo-la, vo-las. Observe o uso dessas formas nos exemplos nome, deverá ser do caso reto.
que seguem: Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
- Trouxeste o pacote? Não vá sem eu mandar.
- Sim, entreguei-to ainda há pouco. - A combinação da preposição “com” e alguns prono-
- Não contaram a novidade a vocês? mes originou as formas especiais comigo, contigo, consi-
- Não, no-la contaram. go, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos
frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de
No português do Brasil, essas combinações não são companhia.
usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego Ele carregava o documento consigo.
é muito raro.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são
reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral.
Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
Ele disse que iria com nós três.

Pronome Reflexivo
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da
oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo verbo.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.
Assim tu te prejudicas.
Conhece a ti mesmo.

- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.


Guilherme já se preparou.
Ela deu a si um presente.
Antônio conversou consigo mesmo.

- 1ª pessoa do plural (nós): nos.


Lavamo-nos no rio.

- 2ª pessoa do plural (vós): vos.


Vós vos beneficiastes com a esta conquista.

- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.


Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga.

A Segunda Pessoa Indireta

A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso inter-
locutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
que podem ser observados no quadro seguinte:

Pronomes de Tratamento

Vossa Alteza V. A. príncipes, duques


Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e
oficiais-generais
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores
de universidades
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento
cerimonioso
Vossa Onipotência V. O. Deus

Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados no
tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português
do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito
à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Observações: Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de 1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar
tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em da alteração fonética da palavra senhor.
relação à pessoa com quem falamos. - Muito obrigado, seu José.
Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este 2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam
encontro. posse. Podem ter outros empregos, como:
*Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da a) indicar afetividade.
pessoa. - Não faça isso, minha filha.
b) indicar cálculo aproximado.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Exce- Ele já deve ter seus 40 anos.
lência, o Senhor Presidente da República, agiu com pro- c) atribuir valor indefinido ao substantivo.
priedade. Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o
- Os pronomes de tratamento representam uma for- pronome possessivo fica na 3ª pessoa.
ma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao Vossa Excelência trouxe sua mensagem?
tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo,
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado 4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo
supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa. concorda com o mais próximo.
b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento diri- Trouxe-me seus livros e anotações.
jam-se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com
a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e 5- Em algumas construções, os pronomes pessoais
os pronomes oblíquos empregados em relação a eles de- oblíquos átonos assumem valor de possessivo.
vem ficar na 3ª pessoa. Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas pro-
messas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos. Pronomes Demonstrativos
c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos Os pronomes demonstrativos são utilizados para ex-
ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao lon- plicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras
go do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmen- ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de
espaço, no tempo ou discurso.
te. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém
No espaço:
de “você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o
exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
carro está perto da pessoa que fala.
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o
teus cabelos. (errado)
carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos
pessoa que fala.
seus cabelos. (correto)
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com
teus cabelos. (correto) quem falo.
Pronomes Possessivos Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical quanto por meio de correspondência, que é uma moda-
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo lidade escrita de fala), são particularmente importantes o
(coisa possuída). este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los
singular) pode causar ambiguidade.
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de soli-
NÚMERO PESSOA PRONOME citar informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da
singular primeira meu(s), minha(s) universidade destinatária).
singular segunda teu(s), tua(s) Reafirmamos a disposição desta universidade em par-
singular terceira seu(s), sua(s) ticipar no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da univer-
plural primeira nosso(s), nossa(s) sidade que envia a mensagem).
plural segunda vosso(s), vossa(s)
plural terceira seu(s), sua(s) No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se
Note que: A forma do possessivo depende da pessoa refere ao ano presente.
gramatical a que se refere; o gênero e o número concor- Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se
dam com o objeto possuído. refere a um passado próximo.
Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele mo- Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele
mento difícil. está se referindo a um passado distante.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-
invariáveis, observe: -plantadas.
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
aquela(s). de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
Invariáveis: isto, isso, aquilo. imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu-
- Também aparecem como pronomes demonstrativos: mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des-
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e conhecida ou não se quer revelar.
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disses- Classificam-se em:
te.) - Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu-
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.
que te indiquei.) São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin-
- mesmo(s), mesma(s): guém, outrem, quem, tudo.
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem. Algo o incomoda?
- próprio(s), própria(s): Quem avisa amigo é.
Os próprios alunos resolveram o problema. - Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser
- semelhante(s): expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade
Não compre semelhante livro. aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s).
- tal, tais: Cada povo tem seus costumes.
Tal era a solução para o problema. Certas pessoas exercem várias profissões.
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos,
Note que: ora pronomes indefinidos adjetivos:
a) Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, mui-
construções redundantes, com finalidade expressiva, para tos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, ne-
salientar algum termo anterior. Por exemplo: nhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s),
Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal,
Afonso. Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte! tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vá-
rios, várias.
b) O pronome demonstrativo neutro ou pode repre- Menos palavras e mais ações.
sentar um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, Alguns se contentam pouco.
caso em que aparece, geralmente, como objeto direto, Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
predicativo ou aposto. riáveis e invariáveis. Observe:
O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam.
c) Para evitar a repetição de um verbo anteriormente Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pou-
fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que ca, vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns,
faz as vezes de). nenhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros,
Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse. quantos, algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias,
tantas, outras, quantas.
d) Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em algo, cada.
primeiro lugar.
O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos ínti- São locuções pronominais indefinidas:
mos; aquele casado, solteiro este. [ou então: este solteiro, cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que),
aquele casado] quem quer (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele
(que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro,
e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação uma ou outra, etc.
irônica. Cada um escolheu o vinho desejado.
A menina foi a tal que ameaçou o professor?
Indefinidos Sistemáticos
f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, percebemos que existem alguns grupos que criam oposi-
disso, nisso, no, etc. ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm
Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo) sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm
sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade
Pronomes Indefinidos afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade
São palavras que se referem à terceira pessoa do dis- negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e
curso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza,
quantidade indeterminada. e qualquer, que generaliza.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Essas oposições de sentido são muito importantes na construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas vezes
dependem a solidez e a consistência dos argumentos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os pronomes
indefinidos destacados imprimem às afirmações de que fazem parte:
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado prático.
Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são pessoas quaisquer.

Pronomes Relativos
São aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as
orações subordinadas adjetivas.
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva).
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra “sis-
tema” é antecedente do pronome relativo que.
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome demonstrativo o, a, os, as.
Não sei o que você está querendo dizer.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso.
Quem casa, quer casa.
Observe:
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, quan-
tas.
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.

Note que:
a) O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituí-
do por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um substantivo.
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)

b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para
verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles
são usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas preposições:
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. (O uso de “que”, neste caso, geraria
ambiguidade.)
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.)

c) O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração.
Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural.

d) O pronome “cujo” não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos
quais, das quais.

Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas.


(antecedente) (consequente)

e) “Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:
Emprestei tantos quantos foram necessários.
(antecedente)
Ele fez tudo quanto havia falado.
(antecedente)

f) O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre precedido de preposição.


É um professor a quem muito devemos.
(preposição)

g) “Onde”, como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.
A casa onde morava foi assaltada.

57
LÍNGUA PORTUGUESA

h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou
ou em que. tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição,
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos diferentemente dos segundos que são sempre precedidos
no exterior. de preposição.
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que
i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras: eu estava fazendo.
- como (= pelo qual) - Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim
Não me parece correto o modo como você agiu sema- o que eu estava fazendo.
na passada. Vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem
- quando (= em que)
Bons eram os tempos quando podíamos jogar video-
game. PONTUAÇÃO

j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações


numa só frase.
O futebol é um esporte. Os sinais de pontuação são marcações gráficas que ser-
O povo gosta muito deste esporte. vem para compor a coesão e a coerência textual além de
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito. ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Veja-
mos as principais funções dos sinais de pontuação conhe-
k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode cidos pelo uso da língua portuguesa.
ocorrer a elipse do relativo “que”.
A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria,
Ponto
(que) fumava.
1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
Pronomes Interrogativos
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em
São usados na formulação de perguntas, sejam elas di-
que se encontra.
retas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos,
- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.
referem- se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso.
São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e varia- - Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
ções), quanto (e variações).
Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço. 2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.
Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas
preferes. Ponto e Vírgula ( ; )
Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte 1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
quantos passageiros desembarcaram. importância.
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo
Sobre os pronomes: pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função vida; os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo
quando desempenha função de complemento. Vamos en- 2- Separa partes de frases que já estão separadas por
tender, primeiramente, como o pronome pessoal surge na vírgulas.
frase e que função exerce. Observe as orações: - Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, monta-
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar. nhas, frio e cobertor.
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia 3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo-
lhe ajudar. tivos, decreto de lei, etc.
- Ir ao supermercado;
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” exer- - Pegar as crianças na escola;
cem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso reto. Já na - Caminhada na praia;
segunda oração, observamos o pronome “lhe” exercendo fun- - Reunião com amigos.
ção de complemento, e, consequentemente, é do caso oblíquo.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso, Dois pontos
o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para 1- Antes de uma citação
a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se - Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
devia ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe).
Importante: Em observação à segunda oração, o em- 2- Antes de um aposto
prego do pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do ver- - Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio
bo intransitivo “ajudar” porque o pronome oblíquo pode à tarde e calor à noite.
estar antes, depois ou entre locução verbal, caso o verbo
principal (no caso “ajudar”) esteja no infinitivo ou gerúndio. 3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
Eu desejo lhe perguntar algo. - Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vi-
Eu estou perguntando-lhe algo. vendo a rotina de sempre.

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LÍNGUA PORTUGUESA

4- Em frases de estilo direto - Para separar entre si elementos coordenados (dispos-


Maria perguntou: tos em enumeração):
- Por que você não toma uma decisão? Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e ani-
Ponto de Exclamação mais.
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, - Para marcar elipse (omissão) do verbo:
susto, súplica, etc. Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.
- Sim! Claro que eu quero me casar com você! - Para isolar:
2- Depois de interjeições ou vocativos - o aposto:
- Ai! Que susto! São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui
- João! Há quanto tempo!
um trânsito caótico.
Ponto de Interrogação
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres. - o vocativo:
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze- Ora, Thiago, não diga bobagem.
vedo)
Questões sobre Pontuação
Reticências
1- Indica que palavras foram suprimidas. 01. (Agente Policial – Vunesp – 2013). Assinale a alter-
- Comprei lápis, canetas, cadernos... nativa em que a pontuação está corretamente empregada,
de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
2- Indica interrupção violenta da frase. (A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!” embora, experimentasse, a sensação de violar uma intimi-
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando en-
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
- Este mal... pega doutor? dona.
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e,
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito embora experimentasse a sensação, de violar uma intimi-
- Deixa, depois, o coração falar... dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando en-
contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
Vírgula dona.
Não se usa vírgula (C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
*separando termos que, do ponto de vista sintático, li- embora experimentasse a sensação de violar uma intimida-
gam-se diretamente entre si: de, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar
a) entre sujeito e predicado. algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
Todos os alunos da sala foram advertidos. (D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e,
Sujeito predicado embora experimentasse a sensação de violar uma intimi-
b) entre o verbo e seus objetos.
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, en-
O trabalho custou sacrifício aos realiza-
contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
dores.
dona.
V.T.D.I. O.D. O.I.
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e,
Usa-se a vírgula: embora, experimentasse a sensação de violar uma intimi-
dade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, en-
- Para marcar intercalação: contrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a sua
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abun- dona.
dância, vem caindo de preço.
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão 02. Assinale a opção em que está corretamente indica-
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos. da a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indús- as lacunas da frase abaixo:
trias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não “Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas
querem abrir mão dos lucros altos. devem ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica
que o trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que
- Para marcar inversão: possa ter.
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fe- B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
chadas. C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de
maio de 1982.

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LÍNGUA PORTUGUESA

03. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013). Os (D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega
sinais de pontuação estão empregados corretamente em: primeiro às, areias do Guarujá.
A) Duas explicações, do treinamento para consultores (E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o te-
iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a cons- lefone de quem a encontrou e informar um ponto de re-
trução de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar das ferência
metas de vendas associadas aos dois temas.
B) Duas explicações do treinamento para consultores 06. Assinale a série de sinais cujo emprego correspon-
iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a cons- de, na mesma ordem, aos parênteses indicados no texto:
trução de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar das “Pergunta-se ( ) qual é a ideia principal desse pará-
metas de vendas associadas aos dois temas. grafo ( ) A chegada de reforços ( ) a condecoração ( ) o
C) Duas explicações do treinamento para consultores escândalo da opinião pública ou a renúncia do presidente (
iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a cons- ) Se é a chegada de reforços ( ) que relação há ( ) ou mos-
trução de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das trou seu autor haver ( ) entre esse fato e os restantes ( )”.
metas de vendas associadas aos dois temas. A) vírgula, vírgula, interrogação, interrogação, interro-
D) Duas explicações do treinamento para consulto- gação, vírgula, vírgula, vírgula, ponto final
res iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e B) dois pontos, interrogação, vírgula, vírgula, interroga-
a construção de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou ção, vírgula, travessão, travessão, interrogação
falar das metas de vendas associadas aos dois temas. C) travessão, interrogação, vírgula, vírgula, ponto final,
E) Duas explicações, do treinamento para consulto- travessão, travessão, ponto final, ponto final
res iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a D) dois pontos, interrogação, vírgula, ponto final, tra-
construção de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar vessão, vírgula, vírgula, vírgula, interrogação
das metas, de vendas associadas aos dois temas. E) dois pontos, ponto final, vírgula, vírgula, interroga-
ção, vírgula, vírgula, travessão, interrogação
04.(Escrevente TJ SP – Vunesp 2012). Assinale a alter-
nativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa 07. (SRF) Das redações abaixo, assinale a que não está
Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência pontuada corretamente:
nominal e à pontuação. A) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o re-
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapida- sultado do concurso.
mente, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço B) Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o re-
seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, sultado do concurso.
do que em outros. C) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o re-
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam ra- sultado do concurso.
pidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o D) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do
avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um concurso, em fila.
exemplo!, do que em outros. E) Os candidatos aguardavam ansiosos, em fila, o resul-
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam ra- tado do concurso.
pidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o
avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um 08. A frase em que deveria haver uma vírgula é:
exemplo, do que em outros. A) Comi uma fruta pela manhã e outra à tarde.
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida- B) Eu usei um vestido vermelho na festa e minha irmã
mente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço usou um vestido azul.
seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo C) Ela tem lábios e nariz vermelhos.
– do que em outros. D) Não limparam a sala nem a cozinha.
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapida-
mente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avan- 09. (Cefet-PR) Assinale o item em que o texto está cor-
ço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exem- retamente pontuado:
plo) do que em outros. A) Não nego, que ao avistar a cidade natal tive uma
sensação nova.
05. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013 – adap.). B) Não nego que ao avistar, a cidade natal, tive uma
Assinale a alternativa em que a frase mantém-se correta sensação nova.
após o acréscimo das vírgulas. C) Não nego que, ao avistar, a cidade natal, tive uma
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na sensação nova.
pulseira instruções para que envie, uma mensagem eletrô- D) Não nego que ao avistar a cidade natal tive uma
nica ao grupo ou acione o código na internet. sensação nova.
(B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de E) Não nego que, ao avistar a cidade natal, tive uma
onde o código foi acionado. sensação nova.
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra-
dos, recebem automaticamente, uma mensagem dizendo
que a criança foi encontrada.

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LÍNGUA PORTUGUESA

GABARITO (B) Não há dúvida de que , (X) as mulheres , (X) am-


01. C 02. C 03. B 04. D 05. E pliam rapidamente seu espaço na carreira científica ; (X)
06. B 07. B 08. B 09. E ainda que o avanço seja mais notável , (X) em alguns paí-
ses, o Brasil é um exemplo ! (X) , do que em outros.
COMENTÁRIOS (C) Não há dúvida de que as mulheres , (X) ampliam
rapidamente seu espaço , (X) na carreira científica , (X) ain-
1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas da que o avanço seja mais notável, em alguns países : (X) o
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, Brasil é um exemplo, do que em outros.
embora, (X) experimentasse , (X) a sensação de violar uma (E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida-
intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando mente , (X) seu espaço na carreira científica, ainda que , (X)
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a o avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um
sua dona. exemplo) do que em outros.
(B) Diante , (X) da testemunha o homem abriu a bolsa
e, embora experimentasse a sensação , (X) de violar uma 5-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inade-
intimidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando quadas
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la , (X) verá
sua dona. na pulseira instruções para que envie , (X) uma mensagem
(D) Diante da testemunha, o homem , (X) abriu a bolsa eletrônica ao grupo ou acione o código na internet.
e, embora experimentasse a sensação de violar uma inti- (B) Um geolocalizador também , (X) avisará , (X) os
midade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando , (X) pais de onde o código foi acionado.
encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era a (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastra-
sua dona. dos , (X) recebem ( , ) automaticamente, uma mensagem
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, dizendo que a criança foi encontrada.
embora , (X) experimentasse a sensação de violar uma in- (D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha , (X) che-
timidade, procurou a esmo entre as coisinhas, tentando , ga primeiro às , (X) areias do Guarujá.
(X) encontrar algo que pudesse ajudar a revelar quem era
a sua dona. 6-) Pergunta-se ( : ) qual é a ideia principal desse pa-
rágrafo
2-) Quando se trata de trabalho científico , duas coisas ( ? ) A chegada de reforços ( , ) a condecoração ( , ) o
devem ser consideradas : uma é a contribuição teórica escândalo da opinião pública ou a renúncia do presidente
que o trabalho oferece ; a outra é o valor prático que pos- (? ) Se é a chegada de reforços ( , ) que relação há ( - )
sa ter. vírgula, dois pontos, ponto e vírgula ou mostrou seu autor haver ( - ) entre esse fato e os res-
tantes ( ? )
3-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inade-
quadas 7-) Em fila, os candidatos , (X) aguardavam, ansiosos, o
A) Duas explicações , (X) do treinamento para consul- resultado do concurso.
tores iniciantes receberam destaque , (X) o conceito de
PPD e a construção de tabelas Price; mas por outro lado, 8-) Eu usei um vestido vermelho na festa , e minha
faltou falar das metas de vendas associadas aos dois temas. irmã usou um vestido azul.
C) Duas explicações do treinamento para consultores Há situações em que é possível usar a vírgula antes do
iniciantes receberam destaque ; (X) o conceito de PPD e a “e”. Isso ocorre quando a conjunção aditiva coordena ora-
construção de tabelas Price , (X) mas por outro lado, faltou ções de sujeitos diferentes nas quais a leitura fluente pode
falar das metas de vendas associadas aos dois temas. ser prejudicada pela ausência da pontuação.
D) Duas explicações do treinamento para consultores
iniciantes , (X) receberam destaque: o conceito de PPD e a 9-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inade-
construção de tabelas Price , (X) mas, por outro lado, faltou quadas
falar das metas de vendas associadas aos dois temas. A) Não nego , (X) que ao avistar a cidade natal tive
E) Duas explicações , (X) do treinamento para consul- uma sensação nova.
tores iniciantes , (X) receberam destaque ; (X) o conceito B) Não nego que ao avistar , (X) a cidade natal, tive
de PPD e a construção de tabelas Price , (X) mas por outro uma sensação nova.
lado, faltou falar das metas , (X) de vendas associadas aos C) Não nego que, ao avistar , (X) a cidade natal, tive
dois temas. uma sensação nova.
D) Não nego que ( , ) ao avistar a cidade natal ( , ) tive
4-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inade- uma sensação nova.
quadas
(A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam , (X) Recomendo a visualização do link abaixo para entender,
rapidamente , (X) seu espaço na carreira científica (, ) ainda de uma maneira criativa, a importância da pontuação!
que o avanço seja mais notável em alguns países, o Brasil é
um exemplo, do que em outros. http://www.youtube.com/watch?v=JxJrS6augu0

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LÍNGUA PORTUGUESA

Acima temos três orações correspondentes a três pe-


SINTAXE: PERÍODOS SIMPLES ríodos simples ou a três frases. Mas, nem sempre oração
(TERMOS ESSENCIAIS, INTEGRANTES é frase: “convém que te apresses” apresenta duas orações,
mas uma só frase, pois somente o conjunto das duas é que
E ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO) E PERÍODOS
traduz um pensamento completo.
COMPOSTOS (COORDENAÇÃO Outra definição para oração é a frase ou membro de
E SUBORDINAÇÃO) frase que se organiza ao redor de um verbo. A oração pos-
sui sempre um verbo (ou locução verbal), que implica na
existência de um predicado, ao qual pode ou não estar li-
gado um sujeito.
Frase, período e oração: Assim, a oração é caracterizada pela presença de um
Frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para verbo. Dessa forma:
estabelecer comunicação. Expressa juízo, indica ação, esta- Rua! = é uma frase, não é uma oração.
do ou fenômeno, transmite um apelo, ordem ou exterioriza Já em: “Quero a rosa mais linda que houver, para enfei-
emoções. tar a noite do meu bem.” Temos uma frase e três orações:
Normalmente a frase é composta por dois termos – o As duas últimas orações não são frases, pois em si mesmas
sujeito e o predicado – mas não obrigatoriamente, pois em não satisfazem um propósito comunicativo; são, portanto,
Português há orações ou frases sem sujeito: membros de frase.
Há muito tempo que não chove.
Quanto ao período, ele denomina a frase constituí-
Enquanto na língua falada a frase é caracterizada pela da por uma ou mais orações, formando um todo, com
entoação, na língua escrita, a entoação é reduzida a sinais sentido completo. O período pode ser simples ou com-
posto.
de pontuação.
Quanto aos tipos de frases, além da classificação em
Período simples é aquele constituído por apenas uma
verbais e nominais, feita a partir de seus elementos consti-
oração, que recebe o nome de oração absoluta.
tuintes, elas podem ser classificadas a partir de seu sentido Chove.
global: A existência é frágil.
- frases interrogativas: o emissor da mensagem formu- Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres
la uma pergunta. / Que queres fazer? de opinião.
- frases imperativas: o emissor da mensagem dá uma
ordem ou faz um pedido. / Dê-me uma mãozinha! – Faça-o Período composto é aquele constituído por duas ou
sair! mais orações:
- frases exclamativas: o emissor exterioriza um estado “Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver.”
afetivo. / Que dia difícil! Cantei, dancei e depois dormi.
- frases declarativas: o emissor constata um fato. / Ele
já chegou. Termos essenciais da oração:

Quanto à estrutura da frase, as frases que possuem O sujeito e o predicado são considerados termos es-
verbo (oração) são estruturadas por dois elementos essen- senciais da oração, ou seja, sujeito e predicado são termos
ciais: sujeito e predicado. O sujeito é o termo da frase que indispensáveis para a formação das orações. No entanto,
concorda com o verbo em número e pessoa. É o “ser de existem orações formadas exclusivamente pelo predicado.
quem se declara algo”, “o tema do que se vai comunicar”. O que define, pois, a oração, é a presença do verbo.
O predicado é a parte da frase que contém “a informação O sujeito é o termo que estabelece concordância com
nova para o ouvinte”. Ele se refere ao tema, constituindo a o verbo.
declaração do que se atribui ao sujeito. a) “Minha primeira lágrima caiu dentro dos teus olhos.”;
Quando o núcleo da declaração está no verbo, temos b) “Minhas primeiras lágrimas caíram dentro dos teus
o predicado verbal. Mas, se o núcleo estiver num nome, olhos”.
teremos um predicado nominal.
Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres Na primeira frase, o sujeito é minha primeira lágrima.
Minha e primeira referem-se ao conceito básico expresso
de opinião.
em lágrima. Lágrima é, pois, a principal palavra do sujeito,
A existência é frágil.
sendo, por isso, denominada núcleo do sujeito. O núcleo
do sujeito relaciona-se com o verbo, estabelecendo a con-
A oração, às vezes, é sinônimo de frase ou período cordância.
(simples) quando encerra um pensamento completo e vem A função do sujeito é basicamente desempenhada por
limitada por ponto-final, ponto de interrogação, ponto de substantivos, o que a torna uma função substantiva da ora-
exclamação e por reticências. ção. Pronomes, substantivos, numerais e quaisquer outras
Um vulto cresce na escuridão. Clarissa encolhe-se. É palavras substantivadas (derivação imprópria) também po-
Vasco. dem exercer a função de sujeito.

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LÍNGUA PORTUGUESA

a) Ele já partiu; O pronome se funciona como índice de indetermina-


b) Os dois sumiram; ção do sujeito.
c) Um sim é suave e sugestivo.
As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predica-
Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos: do, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A mensa-
o de determinação ou indeterminação e o de núcleo do gem está centrada no processo verbal. Os principais casos
sujeito. de orações sem sujeito com:
a) os verbos que indicam fenômenos da natureza:
Um sujeito é determinado quando é facilmente iden- 1) Amanheceu repentinamente;
tificável pela concordância verbal. O sujeito determinado 2) Está chuviscando.
pode ser simples ou composto. b) os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam
A indeterminação do sujeito ocorre quando não é pos- fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao tempo em
sível identificar claramente a que se refere a concordância geral:
verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não interessa 1) Está tarde.
indicar precisamente o sujeito de uma oração. 2) Ainda é cedo.
a) Estão gritando seu nome lá fora; 3) Já são três horas, preciso ir;
b) Trabalha-se demais neste lugar. 4) Faz frio nesta época do ano;
O sujeito simples é o sujeito determinado que possui 5) Há muitos anos aguardamos mudanças significati-
um único núcleo. Esse vocábulo pode estar no singular ou vas;
no plural; pode também ser um pronome indefinido. 6) Faz anos que esperamos melhores condições de
a) Nós nos respeitamos mutuamente; vida;
b) A existência é frágil; O predicado é o conjunto de enunciados que numa
c) Ninguém se move; dada oração contém a informação nova para o ouvinte.
d) O amar faz bem. Nas orações sem sujeito, o predicado simplesmente enun-
cia um fato qualquer:
O sujeito composto é o sujeito determinado que possui a) Chove muito nesta época do ano;
mais de um núcleo. b) Houve problemas na reunião.
a) Alimentos e roupas andam caríssimos; Nas orações que surge o sujeito, o predicado é aquilo
que se declara a respeito desse sujeito.
b) Ela e eu nos respeitamos mutuamente;
c) O amar e o odiar são tidos como duas faces da mes-
Com exceção do vocativo, que é um termo à parte,
ma moeda.
tudo o que difere do sujeito numa oração é o seu predi-
cado.
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a
a) Os homens (sujeito) pedem amor às mulheres (pre-
referência ao sujeito oculto ( ou elíptico), isto é, ao núcleo
dicado);
do sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido
b) Passou-me (predicado) uma ideia estranha (sujeito)
pela desinência verbal ou pelo contexto.
pelo pensamento (predicado).
Abolimos todas as regras. = (nós)
Para o estudo do predicado, é necessário verificar se
O sujeito indeterminado surge quando não se quer ou seu núcleo está num nome ou num verbo. Deve-se consi-
não se pode identificar claramente a que o predicado da derar também se as palavras que formam o predicado re-
oração refere--se. Existe uma referência imprecisa ao sujei- ferem-se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração.
to, caso contrário, teríamos uma oração sem sujeito. Os homens sensíveis (sujeito) pedem amor sincero às
Na língua portuguesa o sujeito pode ser indetermina- mulheres de opinião.
do de duas maneiras:
a) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que o O predicado acima apresenta apenas uma palavra que
sujeito não tenha sido identificado anteriormente: se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras ligam-se
1) Bateram à porta; direta ou indiretamente ao verbo.
2) Andam espalhando boatos a respeito da queda do A existência (sujeito) é frágil (predicado).
ministro.
O nome frágil, por intermédio do verbo, refere-se ao
b) com o verbo na terceira pessoa do singular, acresci- sujeito da oração. O verbo atua como elemento de ligação
do do pronome se. Esta é uma construção típica dos verbos entre o sujeito e a palavra a ele relacionada.
que não apresentam complemento direto:
1) Precisa-se de mentes criativas; O predicado verbal é aquele que tem como núcleo sig-
2) Vivia-se bem naqueles tempos; nificativo um verbo:
3) Trata-se de casos delicados; a) Chove muito nesta época do ano;
4) Sempre se está sujeito a erros. b) Senti seu toque suave;
c) O velho prédio foi demolido.

63
LÍNGUA PORTUGUESA

Os verbos acima são significativos, isto é, não servem O objeto direto preposicionado ocorre principalmente:
apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam pro- a) com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns
cessos. referentes a pessoas:
1) Amar a Deus;
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo 2) Adorar a Xangô;
significativo um nome; esse nome atribui uma qualidade 3) Estimar aos pais.
ou estado ao sujeito, por isso é chamado de predicativo do
sujeito. O predicativo é um nome que se liga a outro nome b) com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes
da oração por meio de um verbo. de tratamento:
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, 1) Não excluo a ninguém;
isto é, não indica um processo. O verbo une o sujeito ao 2) Não quero cansar a Vossa Senhoria.
predicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado
do sujeito: c) para evitar ambiguidade:
“Ele é senhor das suas mãos e das ferramentas.” Ao povo prejudica a crise. (sem preposição, a situação
Na frase acima o verbo ser poderia ser substituído seria outra)
por estar, andar, ficar, parecer, permanecer ou continuar, O objeto indireto é o complemento que se liga indire-
atuando como elemento de ligação entre o sujeito e as pa- tamente ao verbo, ou seja, através de uma preposição.
lavras a ele relacionadas. a) Os homens sensíveis pedem amor sincero às mu-
A função de predicativo é exercida normalmente por lheres;
um adjetivo ou substantivo. b) Os homens pedem-lhes amor sincero;
c) Gosto de música popular brasileira.
O predicado verbo-nominal é aquele que apresenta O termo que integra o sentido de um nome chama-se
dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No pre- complemento nominal. O complemento nominal liga-se ao
dicado verbo-nominal, o predicativo pode referir-se ao su- nome que completa por intermédio de preposição:
jeito ou ao complemento verbal. a) Desenvolvemos profundo respeito à arte;
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre sig- b) A arte é necessária à vida;
nificativo, indicando processos. É também sempre por in-
c) Tenho-lhe profundo respeito.
termédio do verbo que o predicativo se relaciona com o
termo a que se refere.
Termos acessórios da oração e vocativo:
a) O dia amanheceu ensolarado;
b) As mulheres julgam os homens inconstantes
Os termos acessórios recebem esse nome por serem
acidentais, explicativos, circunstanciais.
No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta
São termos acessórios o adjunto adverbial, adjunto ad-
duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de liga-
ção. Esse predicado poderia ser desdobrado em dois, um nominal, o aposto e o vocativo.
verbal e outro nominal: O adjunto adverbial é o termo da oração que indica
a) O dia amanheceu; uma circunstância do processo verbal, ou intensifica o
b) O dia estava ensolarado. sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função
adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais
No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona exercerem o papel de adjunto adverbial.
o complemento homens como o predicativo inconstantes. Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.

Termos integrantes da oração: As circunstâncias comumente expressas pelo adjunto


adverbial são:
Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o - acréscimo: Além de tristeza, sentia profundo cansaço.
complemento nominal são chamados termos integrantes - afirmação: Sim, realmente irei partir.
da oração. - assunto: Falavam sobre futebol.
Os complementos verbais integram o sentido dos ver- - causa: Morrer ou matar de fome, de raiva e de sede…
bos transitivos, com eles formando unidades significativas. - companhia: Sempre contigo bailando sob as estrelas.
Esses verbos podem se relacionar com seus complementos - concessão: Apesar de você, amanhã há de ser outro
diretamente, sem a presença de preposição ou indireta- dia.
mente, por intermédio de preposição. - conformidade: Fez tudo conforme o combinado.
O objeto direto é o complemento que se liga direta- - dúvida: Talvez nos deixem entrar.
mente ao verbo. - fim: Estudou para o exame.
a) Os homens sensíveis pedem amor às mulheres de - frequência: Sempre aparecia por lá.
opinião; - instrumento: Fez o corte com a faca.
b) Os homens sinceros pedem-no às mulheres de opi- - intensidade: Corria bastante.
nião; - limite: Andava atabalhoado do quarto à sala.
c) Dou-lhes três. - lugar: Vou à cidade.
d) Houve muita confusão na partida final. - matéria: Compunha-se de substâncias estranhas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- meio: Viajarei de trem. PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO


- modo: Foram recrutados a dedo.
- negação: Não há ninguém que mereça. O período composto caracteriza-se por possuir mais
- preço: As casas estão sendo vendidas a preços exor- de uma oração em sua composição. Sendo Assim:
bitantes. - Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma
- substituição ou troca: Abandonou suas convicções oração)
por privilégios econômicos. - Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia.
- tempo: Ontem à tarde encontrou o velho amigo. (Período Composto =locução verbal, verbo, duas orações)
- Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um
O adjunto adnominal é o termo acessório que deter- protetor solar. (Período Composto = três verbos, três ora-
mina, especifica ou explica um substantivo. É uma função ções).
adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que
exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Também Cada verbo ou locução verbal corresponde a uma
atuam como adjuntos adnominais os artigos, os numerais e oração. Isso implica que o primeiro exemplo é um perío-
os pronomes adjetivos. do simples, pois tem apenas uma oração, os dois outros
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu exemplos são períodos compostos, pois têm mais de uma
amigo de infância. oração.
O adjunto adnominal liga-se diretamente ao substan- Há dois tipos de relações que podem se estabelecer
tivo a que se refere, sem participação do verbo. Já o predi- entre as orações de um período composto: uma relação de
cativo do objeto liga-se ao objeto por meio de um verbo. coordenação ou uma relação de subordinação.
O poeta português deixou uma obra originalíssima. Duas orações são coordenadas quando estão juntas
O poeta deixou-a. em um mesmo período, (ou seja, em um mesmo bloco de
(originalíssima não precisou ser repetida, portanto: ad- informações, marcado pela pontuação final), mas têm, am-
junto adnominal) bas, estruturas individuais, como é o exemplo de:
O poeta português deixou uma obra inacabada. - Estou comprando um protetor solar, depois irei à
O poeta deixou-a inacabada.
praia. (Período Composto)
(inacabada precisou ser repetida, então: predicativo do
Podemos dizer:
objeto)
1. Estou comprando um protetor solar.
Enquanto o complemento nominal relaciona-se a um
2. Irei à praia.
substantivo, adjetivo ou advérbio; o adjunto nominal rela-
Separando as duas, vemos que elas são independentes.
ciona-se apenas ao substantivo.
É desse tipo de período que iremos falar agora: o Pe-
ríodo Composto por Coordenação.
O aposto é um termo acessório que permite ampliar,
explicar, desenvolver ou resumir a ideia contida num termo Quanto à classificação das orações coordenadas, te-
que exerça qualquer função sintática. mos dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas
Ontem, segunda-feira, passei o dia mal-humorado. Sindéticas.

Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo Coordenadas Assindéticas


ontem. Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalente São orações coordenadas entre si e que não são liga-
ao termo que se relaciona porque poderia substituí-lo: das através de nenhum conectivo. Estão apenas justapos-
Segunda-feira passei o dia mal-humorado. tas.
O aposto pode ser classificado, de acordo com seu va-
lor na oração, em: Coordenadas Sindéticas
a) explicativo: A linguística, ciência das línguas huma- Ao contrário da anterior, são orações coordenadas en-
nas, permite-nos interpretar melhor nossa relação com o tre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coor-
mundo. denativa. Esse caráter vai trazer para esse tipo de oração
b) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas uma classificação. As orações coordenadas sindéticas são
coisas: amor, arte, ação. classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alterna-
c) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho, tivas, conclusivas e explicativas.
tudo isso forma o carnaval.
d) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fi- Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas prin-
xaram-se por muito tempo na baía anoitecida. cipais conjunções são: e, nem, não só... mas também, não
só... como, assim... como.
O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar - Não só cantei como também dancei.
ou interpelar um ouvinte real ou hipotético. - Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia.
A função de vocativo é substantiva, cabendo a subs- - Comprei o protetor solar e fui à praia.
tantivos, pronomes substantivos, numerais e palavras subs-
tantivadas esse papel na linguagem. Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: suas
João, venha comigo! principais conjunções são: mas, contudo, todavia, entretan-
Traga-me doces, minha menina! to, porém, no entanto, ainda, assim, senão.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante. Obs.: as orações reduzidas não são introduzidas por
- Ainda que a noite acabasse, nós continuaríamos dan- conjunções nem pronomes relativos. Podem ser, eventual-
çando. mente, introduzidas por preposição.
- Não comprei o protetor solar, mas mesmo assim fui
à praia. 1) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
A oração subordinada substantiva tem valor de subs-
Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: suas tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção inte-
principais conjunções são: ou... ou; ora...ora; quer...quer; grante (que, se).
seja...seja.
- Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador. Suponho que você foi à biblioteca hoje.
- Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias car- Oração Subordinada Substantiva
reiras diferentes.
- Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no Você sabe se o presidente já chegou?
quarto. Oração Subordinada Substantiva

Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: suas Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também
principais conjunções são: logo, portanto, por fim, por con- introduzem as orações subordinadas substantivas, bem
seguinte, consequentemente, pois (posposto ao verbo) como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde,
- Passei no vestibular, portanto irei comemorar. como). Veja os exemplos:
- Conclui o meu projeto, logo posso descansar.
- Tomou muito sol, consequentemente ficou adoenta- O garoto perguntou qual seu nome.
da. Oração Subordinada Subs-
- A situação é delicada; devemos, pois, agir tantiva

Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: suas Não sabemos por que a vizinha se
principais conjunções são: isto é, ou seja, a saber, na verda- mudou.
de, pois (anteposto ao verbo). Oração Subordinada Substan-
tiva
- Só passei na prova porque me esforcei por muito
tempo.
Classificação das Orações Subordinadas Substanti-
- Só fiquei triste por você não ter viajado comigo.
vas
- Não fui à praia, pois queria descansar durante o Do-
mingo.
De acordo com a função que exerce no período, a ora-
ção subordinada substantiva pode ser:
Período composto por subordinação a) Subjetiva
É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito
Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes: do verbo da oração principal. Observe:
“Eu sinto que em meu gesto existe É fundamental o seu comparecimento à reu-
o teu gesto.” nião.
Oração Principal Oração Subordinada Sujeito
Observe que na oração subordinada temos o verbo É fundamental que você compareça à reu-
“existe”, que está conjugado na terceira pessoa do singular nião.
do presente do indicativo. As orações subordinadas que Oração Principal Oração Subordinada Substantiva
apresentam verbo em qualquer dos tempos finitos (tem- Subjetiva
pos do modo do indicativo, subjuntivo e imperativo), são
chamadas de orações desenvolvidas ou explícitas. Atenção:
Podemos modificar o período acima. Veja: Observe que a oração subordinada substantiva pode
Eu sinto existir em meu gesto o teu ser substituída pelo pronome “ isso”. Assim, temos um pe-
gesto. ríodo simples:
Oração Principal Oração Subordinada É fundamental isso. ou Isso é fundamental.

A análise das orações continua sendo a mesma: “Eu Dessa forma, a oração correspondente a “isso” exerce-
sinto” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração rá a função de sujeito
subordinada “existir em meu gesto o teu gesto”. Note que Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração
a oração subordinada apresenta agora verbo no infinitivo. principal:
Além disso, a conjunção “que”, conectivo que unia as duas 1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do
orações, desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo tipo:
surge numa das formas nominais (infinitivo - flexionado ou É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo
não -, gerúndio ou particípio) chamamos orações reduzi- - É claro - Está evidente - Está comprovado
das ou implícitas. É bom que você compareça à minha festa.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2- Expressões na voz passiva, como: d) Completiva Nominal


Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - A oração subordinada substantiva completiva nominal
É sabido - Foi anunciado - Ficou provado completa um nome que pertence à oração principal e tam-
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro. bém vem marcada por preposição.
Sentimos orgulho de seu comportamento.
3- Verbos como: Complemento Nominal
convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer
- acontecer Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sen-
Convém que não se atrase na entrevista. timos orgulho disso.)
Oração Subordinada Substantiva Completiva
Obs.: quando a oração subordinada substantiva é sub- Nominal
jetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pes-
soa do singular. Lembre-se:
Observe que as orações subordinadas substantivas ob-
b) Objetiva Direta jetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto
A oração subordinada substantiva objetiva direta exer- que orações subordinadas substantivas completivas nomi-
ce função de objeto direto do verbo da oração principal. nais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma
Todos querem sua aprovação no vestibular. da outra, é necessário levar em conta o termo complemen-
Objeto Direto tado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o
complemento nominal: o primeiro complementa um verbo,
Todos querem que você seja aprovado. (Todos o segundo, um nome.
querem isso)
Oração Principal oração Subordinada Substantiva e) Predicativa
Objetiva Direta A oração subordinada substantiva predicativa exerce
papel de predicativo do sujeito do verbo da oração princi-
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas pal e vem sempre depois do verbo ser.
desenvolvidas são iniciadas por: Nosso desejo era sua desistência.
1- Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e Predicativo do Sujeito
“se”:
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo
A professora verificou se todos alunos estavam presen-
era isso)
tes.
Oração Subordinada Substantiva
Predicativa
2- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às
vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva
O pessoal queria saber quem era o dono do carro im-
“de” para realce. Veja o exemplo:
portado.
A impressão é de que não fui bem na prova.
3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às f) Apositiva
vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: A oração subordinada substantiva apositiva exerce
Eu não sei por que ela fez isso. função de aposto de algum termo da oração principal.
c) Objetiva Indireta Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade!
A oração subordinada substantiva objetiva indireta Aposto
atua como objeto indireto do verbo da oração principal. (Fernanda tinha um grande sonho: isso.)
Vem precedida de preposição.
Meu pai insiste em meu estudo. Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz!
Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva
Apositiva
Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste reduzida de infinitivo
nisso)
Oração Subordinada Substantiva Objetiva * Dica: geralmente há a presença dos dois pontos!
Indireta (:)
2) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui
na oração. valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem
Oração Subordinada Substantiva Objetiva a função de adjunto adnominal do antecedente. Observe
Indireta o exemplo:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Esta foi uma redação bem-sucedida. Exemplo 1:


Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal) Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um
homem que passava naquele momento.
Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos
outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo pa- Nesse período, observe que a oração em destaque res-
pel. Veja: tringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: trata-
Esta foi uma redação que fez sucesso. se de um homem específico, único. A oração limita o uni-
Oração Principal Oração Subordinada Ad- verso de homens, isto é, não se refere a todos os homens,
jetiva mas sim àquele que estava passando naquele momento.

Perceba que a conexão entre a oração subordinada ad- Exemplo 2:


jetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita O homem, que se considera racional, muitas vezes age
pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou relacio- animalescamente.
nar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
função sintática na oração subordinada: ocupa o papel que Nesse período, a oração em destaque não tem sentido
seria exercido pelo termo que o antecede. restritivo em relação à palavra “homem”; na verdade, essa
Obs.: para que dois períodos se unam num período oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar
composto, altera-se o modo verbal da segunda oração. contida no conceito de “homem”.

Atenção: Saiba que: A oração subordinada adjetiva explicativa é


Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o separada da oração principal por uma pausa, que, na es-
pronome relativo que: ele sempre pode ser substituído por: crita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que
o qual - a qual - os quais - as quais a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as
Refiro-me ao aluno que é estudioso. orações explicativas das restritivas; de fato, as explicativas
vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
Essa oração é equivalente a:
Refiro-me ao aluno o qual estuda. 3) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

Forma das Orações Subordinadas Adjetivas Uma oração subordinada adverbial é aquela que exer-
ce a função de adjunto adverbial do verbo da oração prin-
Quando são introduzidas por um pronome relativo e cipal. Dessa forma, pode exprimir circunstância de tempo,
apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as modo, fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desen-
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi- volvida, vem introduzida por uma das conjunções subor-
das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas dinativas (com exclusão das integrantes). Classifica-se de
reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo acordo com a conjunção ou locução conjuntiva que a in-
(podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o troduz.
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou Durante a madrugada, eu olhei você dormindo.
particípio). Oração Subordinada Adverbial
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. Observe que a oração em destaque agrega uma cir-
cunstância de tempo. É, portanto, chamada de oração su-
No primeiro período, há uma oração subordinada ad- bordinada adverbial temporal. Os adjuntos adverbiais são
jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome termos acessórios que indicam uma circunstância refe-
relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito rente, via de regra, a um verbo. A classificação do adjunto
perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subor- adverbial depende da exata compreensão da circunstância
dinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome re- que exprime. Observe os exemplos abaixo:
lativo e seu verbo está no infinitivo. Naquele momento, senti uma das maiores emoções de
minha vida.
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas Quando vi a estátua, senti uma das maiores emoções
de minha vida.
Na relação que estabelecem com o termo que caracte-
rizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de No primeiro período, “naquele momento” é um ad-
duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou junto adverbial de tempo, que modifica a forma verbal
especificam o sentido do termo a que se referem, indivi- “senti”. No segundo período, esse papel é exercido pela
dualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa, oração “Quando vi a estátua”, que é, portanto, uma oração
sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem subordinada adverbial temporal. Essa oração é desenvol-
também orações que realçam um detalhe ou amplificam vida, pois é introduzida por uma conjunção subordinativa
dados sobre o antecedente, que já se encontra suficien- (quando) e apresenta uma forma verbal do modo indicati-
temente definido, as quais denominam-se subordinadas vo (“vi”, do pretérito perfeito do indicativo). Seria possível
adjetivas explicativas. reduzi-la, obtendo-se:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Ao ver a estátua, senti uma das maiores emoções de d) Concessão


minha vida. As orações subordinadas adverbiais concessivas in-
A oração em destaque é reduzida, pois apresenta uma dicam concessão às ações do verbo da oração principal,
das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. A
introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma ideia de concessão está diretamente ligada ao contraste, à
preposição (“a”, combinada com o artigo “o”). quebra de expectativa.
Obs.: a classificação das orações subordinadas adver- Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA
biais é feita do mesmo modo que a classificação dos ad- Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locu-
juntos adverbiais. Baseia-se na circunstância expressa pela ções ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem que,
oração. posto que, apesar de que.
Só irei se ele for.
Circunstâncias Expressas pelas Orações Subordina- A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu”
das Adverbiais ir só se realizará caso essa condição seja satisfeita.
Compare agora com:
a) Causa Irei mesmo que ele não vá.
A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que
provoca um determinado fato, ao motivo do que se declara A distinção fica nítida; temos agora uma concessão:
na oração principal. “É aquilo ou aquele que determina um irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A
acontecimento”. oração destacada é, portanto, subordinada adverbial con-
Principal conjunção subordinativa causal: PORQUE cessiva.
Outras conjunções e locuções causais: como (sempre
introduzido na oração anteposta à oração principal), pois, Observe outros exemplos:
pois que, já que, uma vez que, visto que. Embora fizesse calor, levei agasalho.
As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito for- Conquanto a economia tenha crescido, pelo menos
te. metade da população continua à margem do mercado de
Como ninguém se interessou pelo projeto, não houve consumo.
alternativa a não ser cancelá-lo. Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / em-
Já que você não vai, eu também não vou.
bora não estudasse). (reduzida de infinitivo)
b) Consequência
e) Comparação
As orações subordinadas adverbiais consecutivas ex-
As orações subordinadas adverbiais comparativas es-
primem um fato que é consequência, que é efeito do que
tabelecem uma comparação com a ação indicada pelo ver-
se declara na oração principal. São introduzidas pelas con-
bo da oração principal.
junções e locuções: que, de forma que, de sorte que, tanto
que, etc., e pelas estruturas tão...que, tanto...que, tama- Principal conjunção subordinativa comparativa: COMO
nho...que. Ele dorme como um urso.
Principal conjunção subordinativa consecutiva: QUE Saiba que: É comum a omissão do verbo nas orações
(precedido de tal, tanto, tão, tamanho) subordinadas adverbiais comparativas. Por exemplo:
É feio que dói. (É tão feio que, em consequência, causa Agem como crianças. (agem)
dor.) Oração Subordinada Adverbial Comparativa
Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou
concretizando-os. No entanto, quando se comparam ações diferentes,
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Redu- isso não ocorre.
zida de Infinitivo) Por exemplo: Ela fala mais do que faz. (comparação do
verbo falar e do verbo fazer).
c) Condição
Condição é aquilo que se impõe como necessário para f) Conformidade
a realização ou não de um fato. As orações subordinadas As orações subordinadas adverbiais conformativas in-
adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocor- dicam ideia de conformidade, ou seja, exprimem uma re-
rer para que se realize ou deixe de se realizar o fato expres- gra, um modelo adotado para a execução do que se decla-
so na oração principal. ra na oração principal.
Principal conjunção subordinativa condicional: SE Principal conjunção subordinativa conformativa: CON-
Outras conjunções condicionais: caso, contanto que, FORME
desde que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, Outras conjunções conformativas: como, consoante e
sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). segundo (todas com o mesmo valor de conforme).
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, Fiz o bolo conforme ensina a receita.
certamente o melhor time será campeão. Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm
Uma vez que todos aceitem a proposta, assinaremos direitos iguais.
o contrato.
Caso você se case, convide-me para a festa.

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LÍNGUA PORTUGUESA

g) Finalidade 03. (Agente Educacional – VUNESP – 2013-adap.) Re-


As orações subordinadas adverbiais finais indicam a leia o seguinte trecho:
intenção, a finalidade daquilo que se declara na oração Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a
principal. cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
Principal conjunção subordinativa final: A FIM DE QUE prática.
Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a Sem que haja alteração de sentido, e de acordo com a
locução conjuntiva para que. norma- -padrão da língua portuguesa, ao se substituir o
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos. termo em destaque, o trecho estará corretamente reescrito
Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada em:
entrasse. A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como
quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância
h) Proporção para nossa vida prática.
As orações subordinadas adverbiais proporcionais ex- B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como
primem ideia de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância
expresso na oração principal. para nossa vida prática.
Principal locução conjuntiva subordinativa proporcio- C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase
nal: À PROPORÇÃO QUE toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos-
Outras locuções conjuntivas proporcionais: à medida sa vida prática.
que, ao passo que. Há ainda as estruturas: quanto maior... D) Joyce e Mozart são ótimos, todavia eles, como qua-
(maior), quanto maior...(menor), quanto menor...(maior), se toda a cultura humanística, têm pouca relevância para
quanto menor...(menor), quanto mais...(mais), quanto nossa vida prática.
mais...(menos), quanto menos...(mais), quanto menos... E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase
(menos). toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos-
À proporção que estudávamos, acertávamos mais sa vida prática.
questões.
Visito meus amigos à medida que eles me convidam. 04. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013-adap.)
Quanto maior for a altura, maior será o tombo. Em – ...fruto não só do novo acesso da população ao auto-
móvel mas também da necessidade de maior número de
viagens... –, os termos em destaque estabelecem relação de
i) Tempo
A) explicação. B) oposição. C) alternância.
As orações subordinadas adverbiais temporais acres-
D) conclusão. E) adição.
centam uma ideia de tempo ao fato expresso na oração
principal, podendo exprimir noções de simultaneidade, an-
05. Analise a oração destacada: Não se desespere, que
terioridade ou posterioridade.
estaremos a seu lado sempre.
Principal conjunção subordinativa temporal: QUANDO
Marque a opção correta quanto à sua classificação:
Outras conjunções subordinativas temporais: enquan- A) Coordenada sindética aditiva.
to, mal e locuções conjuntivas: assim que, logo que, todas B) Coordenada sindética alternativa.
as vezes que, antes que, depois que, sempre que, desde C) Coordenada sindética conclusiva.
que, etc. D) Coordenada sindética explicativa.
Quando você foi embora, chegaram outros convida- 06. A frase abaixo em que o conectivo E tem valor ad-
dos. versativo é:
Sempre que ele vem, ocorrem problemas. A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”.
Mal você saiu, ela chegou. B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”.
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando ter- C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa
minou a festa) (Oração Reduzida de Particípio) de pedir esmola”.
D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manu-
Questões sobre Orações Coordenadas tenção da miséria E prejudica o desenvolvimento da socie-
dade”.
01. A oração “Não se verificou, todavia, uma transplan- E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de di-
tação integral de gosto e de estilo” tem valor: nheiro, de moradia digna, emprego, segurança, lazer, cul-
A) conclusivo B) adversativo C) concessivo tura, acesso à saúde E à educação”.
D) explicativo E) alternativo
07. Assinale a alternativa em que o sentido da conjun-
02. “Estudamos, logo deveremos passar nos exames”. ção sublinhada está corretamente indicado entre parênte-
A oração em destaque é: ses.
a) coordenada explicativa b) coordenada adver- A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pre-
sativa tende trabalhar como advogado. (explicação)
c) coordenada aditiva d) coordenada con- B) Não fui ao cinema nem assisti ao jogo. (adição)
clusiva C) Você está preparado para a prova; por isso, não se
e) coordenada assindética preocupe. (oposição)

70
LÍNGUA PORTUGUESA

D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã. 5-) Não se desespere, que estaremos a seu lado sem-
(alternância) pre.
E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam = conjunção explicativa (= porque) - coordenada sin-
toda a chuva. (conclusão) dética explicativa

08. Analise sintaticamente as duas orações destacadas 6-) A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”. = mas não
no texto “O assaltante pulou o muro, mas não penetrou na ajuda (ideia contrária)
casa, nem assustou seus habitantes.” A seguir, classifique- B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”.
-as, respectivamente, como coordenadas: = adição
A) adversativa e aditiva. B) explicativa e aditiva. C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa
C) adversativa e alternativa. D) aditiva e alternativa. de pedir esmola”. = adição
D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manu-
09. Um livro de receita é um bom presente porque ajuda tenção da miséria E prejudica o desenvolvimento da socie-
as pessoas que não sabem cozinhar. A palavra porque pode dade”. = adição
ser substituída, sem alteração de sentido, por E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de di-
A) entretanto. B) então. C) assim. D) pois. E) po-
nheiro, de moradia digna, emprego, segurança, lazer, cul-
rém.
tura, acesso à saúde E à educação”. = adição
10- Na oração “PEDRO NÃO JOGA E NEM ASSISTE”,
temos a presença de uma oração coordenada que pode ser 7-)A) Meu primo formou-se em Direito, porém não
classificada em: pretende trabalhar como advogado. = adversativa
A) Coordenada assindética; C) Você está preparado para a prova; por isso, não se
B) Coordenada assindética aditiva; preocupe. = conclusão
C) Coordenada sindética alternativa; D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã.
D) Coordenada sindética aditiva. = explicativa
E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam
GABARITO toda a chuva. = alternativa

01. B 02. E 03. D 04. E 05. D 8-) - mas não penetrou na casa = conjunção adversa-
06. A 07. B 08. A 09. D 10. D tiva
- nem assustou seus habitantes = conjunção aditiva
COMENTÁRIOS
9-) Um livro de receita é um bom presente porque aju-
1-) “Não se verificou, todavia, uma transplantação inte- da as pessoas que não sabem cozinhar.
gral de gosto e de estilo” = conjunção adversativa, portan- = conjunção explicativa: pois
to: oração coordenada sindética adversativa
10-) E NEM ASSISTE= conjunção aditiva (ideia de adi-
2-) Estudamos, logo deveremos passar nos exames = ção, soma de fatos) = Coordenada sindética aditiva.
a oração em destaque não é introduzida por conjunção,
então: coordenada assindética
3-) Joyce e Mozart são ótimos, mas eles... = conjunção Questões sobre Orações Subordinadas
(e ideia) adversativa
A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como 01. (Papiloscopista Policial – Vunesp/2013).
quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância
para nossa vida prática. = conclusiva
Mais denso, menos trânsito
B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como
quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância
para nossa vida prática. = conformativa As grandes cidades brasileiras estão congestionadas e
C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase em processo de deterioração agudizado pelo crescimento
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos- econômico da última década. Existem deficiências eviden-
sa vida prática. = conclusiva tes em infraestrutura, mas é importante também conside-
E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase rar o planejamento urbano.
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos- Muitas grandes cidades adotaram uma abordagem de
sa vida prática. = explicativa desconcentração, incentivando a criação de diversos cen-
Dica: conjunção pois como explicativa = dá para eu tros urbanos, na visão de que isso levaria a uma maior faci-
substituir por porque; como conclusiva: substituo por por- lidade de deslocamento.
tanto. Mas o efeito tem sido o inverso. A criação de diversos
centros e o aumento das distâncias multiplicam o núme-
4-) fruto não só do novo acesso da população ao au- ro de viagens, dificultando o investimento em transporte
tomóvel mas também da necessidade de maior número de coletivo e aumentando a necessidade do transporte indi-
viagens... estabelecem relação de adição de ideias, de fatos vidual.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Se olharmos Los Angeles como a região que levou a


desconcentração ao extremo, ficam claras as consequên-
cias. Numa região rica como a Califórnia, com enorme in-
vestimento viário, temos engarrafamentos gigantescos que
viraram característica da cidade.
Os modelos urbanos bem-sucedidos são aqueles com
elevado adensamento e predominância do transporte co-
letivo, como mostram Manhattan e Tóquio. O centro histó-
rico de São Paulo é a região da cidade mais bem servida de
transporte coletivo, com infraestrutura de telecomunica-
ção, água, eletricidade etc. Como em outras grandes cida-
des, essa deveria ser a região mais adensada da metrópole.
Mas não é o caso. Temos, hoje, um esvaziamento gradual
do centro, com deslocamento das atividades para diversas
regiões da cidade. A visão de adensamento com uso abun-
dante de transporte coletivo precisa ser recuperada. Des-
se modo, será possível reverter esse processo de uso cada
vez mais intenso do transporte individual, fruto não só do
novo acesso da população ao automóvel, mas também da
necessidade de maior número de viagens em função da
distância cada vez maior entre os destinos da população. (Dik Browne, Folha de S. Paulo, 26.01.2013)
(Henrique Meirelles, Folha de S.Paulo, 13.01.2013.
Adaptado) É correto afirmar que a expressão contanto que esta-
belece entre as orações relação de
As expressões mais denso e menos trânsito, no título, A) causa, pois Honi quer ter filhos e não deseja traba-
estabelecem entre si uma relação de lhar depois de casada.
B) comparação, pois o namorado espera ter sucesso
(A) comparação e adição. (B) causa e conse-
como cantor romântico.
quência.
C) tempo, pois ambos ainda são adolescentes, mas já
(C) conformidade e negação. (D) hipótese e con-
pensam em casamento.
cessão.
D) condição, pois Lute sabe que exercendo a profissão
(E) alternância e explicação
de músico provavelmente ganhará pouco.
E) finalidade, pois Honi espera que seu futuro marido
torne-se um artista famoso.
02. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
NESP – 2013). No trecho – Tem surtido um efeito positi- 05. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013). Em –
vo por eles se tornarem uma referência positiva dentro da Apesar da desconcentração e do aumento da extensão
unidade, já que cumprem melhor as regras, respeitam o urbana verificados no Brasil, é importante desenvolver
próximo e pensam melhor nas suas ações, refletem antes e adensar ainda mais os diversos centros já existentes... –,
de tomar uma atitude. – o termo em destaque estabelece sem que tenha seu sentido alterado, o trecho em destaque
entre as orações uma relação de está corretamente reescrito em:
A) condição. B) causa. C) comparação. D) tempo. A) Mesmo com a desconcentração e o aumento da Ex-
E) concessão. tensão urbana verificados no Brasil, é importante desenvol-
ver e adensar ainda mais os diversos centros já existentes...
B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o au-
03. (UFV-MG) As orações subordinadas substantivas mento da extensão urbana no Brasil, é importante desen-
que aparecem nos períodos abaixo são todas subjetivas, volver e adensar ainda mais os diversos centros já existen-
exceto: tes...
A) Decidiu-se que o petróleo subiria de preço. C) Assim como são verificados a desconcentração e o
B) É muito bom que o homem, vez por outra, reflita aumento da extensão urbana no Brasil, é importante de-
sobre sua vida. senvolver e adensar ainda mais os diversos centros já exis-
C) Ignoras quanto custou meu relógio? tentes...
D) Perguntou-se ao diretor quando seríamos recebi- D) Visto que com a desconcentração e o aumento da
dos. extensão urbana verificados no Brasil, é importante desen-
E) Convinha-nos que você estivesse presente à reunião volver e adensar ainda mais os diversos centros já existen-
tes...
E) De maneira que, com a desconcentração e o aumen-
04. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – to da extensão urbana verificados no Brasil, é importante
2013). Considere a tirinha em que se vê Honi conversando desenvolver e adensar ainda mais os diversos centros já
com seu Namorado Lute. existentes...

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LÍNGUA PORTUGUESA

06. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013). Em – COMENTÁRIOS


É fundamental que essa visão de adensamento com uso
abundante de transporte coletivo seja recuperada para 1-) mais denso e menos trânsito = mais denso, conse-
que possamos reverter esse processo de uso… –, a expres- quentemente, menos trânsito, então: causa e consequência
são em destaque estabelece entre as orações relação de
A) consequência. B) condição. C) fina- 2-) já que cumprem melhor as regras = estabelece en-
lidade. tre as orações uma relação de causa com a consequência
D) causa. E) concessão. de “tem um efeito positivo”.
3-) Ignoras quanto custou meu relógio? = oração
07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013 – adap.). subordinada substantiva objetiva direta
Considere o trecho: “Como as músicas eram de protesto, A oração não atende aos requisitos de tais orações, ou
naquele mesmo ano foi enquadrado na lei de segurança na- seja, não se inicia com verbo de ligação, tampouco pelos
cional pela ditadura militar e exilado.” O termo Como, em verbos “convir”, “parecer”, “importar”, “constar” etc., e tam-
destaque na primeira parte do enunciado, expressa ideia bém não inicia com as conjunções integrantes “que” e “se”.
de
A) contraste e tem sentido equivalente a porém. 4-) a expressão contanto que estabelece uma relação
de condição (condicional)
B) concessão e tem sentido equivalente a mesmo que.
C) conformidade e tem sentido equivalente a confor-
5-) Apesar da desconcentração e do aumento da ex-
me.
tensão urbana verificados no Brasil = conjunção concessiva
D) causa e tem sentido equivalente a visto que.
B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o au-
E) finalidade e tem sentido equivalente a para que. mento da extensão urbana no Brasil, = causal
C) Assim como são verificados a desconcentração e o
08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças aumento da extensão urbana no Brasil = comparativa
Públicas – VUNESP – 2013-adap.) No trecho – “Fio, disjun- D) Visto que com a desconcentração e o aumento da
tor, tomada, tudo!”, insiste o motorista, com tanto orgulho extensão urbana verificados no Brasil = causal
que chega a contaminar-me. –, a construção tanto ... que E) De maneira que, com a desconcentração e o aumen-
estabelece entre as construções [com tanto orgulho] e [que to da extensão urbana verificados no Brasil = consecutivas
chega a contaminar-me] uma relação de
A) condição e finalidade. B) conformidade e pro- 6-) para que possamos = conjunção final (finalidade)
porção.
C) finalidade e concessão. D) proporção e compa- 7-) “Como as músicas eram de protesto = expressa
ração. ideia de causa da consequência “foi enquadrado” = causa
E) causa e consequência. e tem sentido equivalente a visto que.

09. “Os Estados Unidos são considerados hoje um país 8-) com tanto orgulho que chega a contaminar-me. – a
bem mais fechado – embora em doze dias recebam o mes- construção estabelece uma relação de causa e consequên-
mo número de imigrantes que o Brasil em um ano.” A alter- cia. (a causa da “contaminação” – consequência)
nativa que substitui a expressão em negrito, sem prejuízo
ao conteúdo, é: 9-) Os Estados Unidos são considerados hoje um país
A) já que. B) todavia. C) ainda que. bem mais fechado – embora em doze dias recebam o mes-
D) entretanto. E) talvez. mo número de imigrantes que o Brasil em um ano.” =
conjunção concessiva: ainda que
10. (Escrevente TJ SP – Vunesp – 2013) Assinale a alter-
nativa que substitui o trecho em destaque na frase – Assi- 10-) contanto que garantam sua autenticidade. = con-
junção condicional = desde que
narei o documento, contanto que garantam sua autenti-
cidade. – sem que haja prejuízo de sentido.
(A) desde que garantam sua autenticidade.
(B) no entanto garantam sua autenticidade.
(C) embora garantam sua autenticidade.
(D) portanto garantam sua autenticidade.
(E) a menos que garantam sua autenticidade.

GABARITO

01. B 02. B 03. C 04. D 05. A


06. C 07. D 08. E 09. C 10. A

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LÍNGUA PORTUGUESA

Observação:
- No caso da referida expressão aparecer repetida ou
CONCORDÂNCIAS VERBAL E NOMINAL associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo,
necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais de um
aluno, mais de um professor contribuíram na campanha de
doação de alimentos.
Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos Mais de um formando se abraçaram durante as soleni-
referindo à relação de dependência estabelecida entre um dades de formatura.
termo e outro mediante um contexto oracional. Desta fei-
ta, os agentes principais desse processo são representados 6) Quando o sujeito for composto da expressão “um
pelo sujeito, que no caso funciona como subordinante; e o dos que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi
verbo, o qual desempenha a função de subordinado. um dos que atuaram na Copa América.
Dessa forma, temos que a concordância verbal caracte-
riza-se pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesi- 7) Em casos relativos à concordância com locuções
tos “número e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplifican- pronominais, representadas por “algum de nós, qual de
do, temos: O aluno chegou atrasado. vós, quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se ne-
Temos que o verbo apresenta-se na terceira pessoa do cessário nos atermos a duas questões básicas:
singular, pois faz referência a um sujeito, assim também - No caso de o primeiro pronome estar expresso no
expresso (ele). Como poderíamos também dizer: os alunos plural, o verbo poderá com ele concordar, como poderá
chegaram atrasados. também concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós
Temos aí o que podemos chamar de princípio básico. o receberemos. / Alguns de nós o receberão.
Contudo, a intenção a que se presta o artigo em evidência - Quando o primeiro pronome da locução estiver ex-
é eleger as principais ocorrências voltadas para os casos presso no singular, o verbo permanecerá, também, no sin-
de sujeito simples e para os de sujeito composto. Dessa gular: Algum de nós o receberá.
forma, vejamos:
8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo
pronome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa
Casos referentes a sujeito simples
do singular ou poderá concordar com o antecedente desse
pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para
1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com
ela. / Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela.
o núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado.
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela
2) Nos casos referentes a sujeito representado por
palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que
substantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pes-
antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós que to-
soa do singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos.
mamos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo.
Observação:
- No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto 10) No caso de o sujeito aparecer representado por ex-
adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular ou pressões que indicam porcentagens, o verbo concordará
poderá ir para o plural: Uma multidão de pessoas saiu aos com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa
gritos. porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão
Uma multidão de pessoas saíram aos gritos. da diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão.
Observações:
3) Quando o sujeito é representado por expressões - Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de por-
partitivas, representadas por “a maioria de, a maior parte centagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprova-
de, a metade de, uma porção de, entre outras”, o verbo ram a decisão da diretoria 50% dos funcionários.
tanto pode concordar com o núcleo dessas expressões - Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no
quanto com o substantivo que a segue: A maioria dos alu- singular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da
nos resolveu ficar. A maioria dos alunos resolveram ficar. diretoria.
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de
4) No caso de o sujeito ser representado por expres- determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural:
sões aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, Os 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.
o verbo concorda com o substantivo determinado por elas:
Cerca de vinte candidatos se inscreveram no concurso de 11) Nos casos em que o sujeito estiver representado
piadas. por pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empre-
gado na terceira pessoa do singular ou do plural: Vossas
5) Em casos em que o sujeito é representado pela Majestades gostaram das homenagens. Vossa Majestade
expressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: agradeceu o convite.
Mais de um candidato se inscreveu no concurso de piadas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

12) Casos relativos a sujeito representado por substan- Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à
tivo próprio no plural se encontram relacionados a alguns regra geral mostrada acima.
aspectos que os determinam: a) Um adjetivo após vários substantivos
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do ver- 1 - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o
bo ser, este permanece no singular, contanto que o predi- plural ou concorda com o substantivo mais próximo.
cativo também esteja no singular: Memórias póstumas de - Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
Brás Cubas é uma criação de Machado de Assis. - Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo tam-
bém permanece no plural: Os Estados Unidos são uma po- 2 - Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural
tência mundial. masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que - Ela tem pai e mãe louros.
ele nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados - Ela tem pai e mãe loura.
Unidos é uma potência mundial.
3 - Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigato-
riamente para o plural.
Casos referentes a sujeito composto - O homem e o menino estavam perdidos.
- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas
gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, es- b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
tando relacionado a dois pressupostos básicos: 1 - Adjetivo anteposto normalmente concorda com o
- Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as mais próximo.
demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio. Comi delicioso almoço e sobremesa.
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar Provei deliciosa fruta e suco.
na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos.
Tu e ele são primos. 2 - Adjetivo anteposto funcionando como predicativo:
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer an- concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
teposto ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus Estavam feridos o pai e os filhos.
dois filhos compareceram ao evento. Estava ferido o pai e os filhos.
c) Um substantivo e mais de um adjetivo
3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao ver- 1- antecede todos os adjetivos com um artigo.
bo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e
2- coloca o substantivo no plural.
seus dois filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.
filhos.
d) Pronomes de tratamento
4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém - sempre concordam com a 3ª pessoa.
com mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no Vossa Santidade esteve no Brasil.
singular: Meu esposo e grande companheiro merece toda
a felicidade do mundo. e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
- Concordam com o substantivo a que se referem.
5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinô- As cartas estão anexas.
nimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo A bebida está inclusa.
poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha Precisamos de nomes próprios.
vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de Obrigado, disse o rapaz.
meu esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha pre-
miação é fruto de meu esforço. f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
- Após essas expressões o substantivo fica sempre no
Concordância nominal é que o ajuste que fazemos singular e o adjetivo no plural.
aos demais termos da oração para que concordem em Renato advogou um e outro caso fáceis.
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
gênero e número com o substantivo. Teremos que alte-
rar, portanto, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome.
g) É bom, é necessário, é proibido
Além disso, temos também o verbo, que se flexionará à sua - Essas expressões não variam se o sujeito não vier pre-
maneira. cedido de artigo ou outro determinante.
Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o prono- Canja é bom. / A canja é boa.
me concordam em gênero e número com o substantivo. É necessário sua presença. / É necessária a sua presen-
- A pequena criança é uma gracinha. ça.
- O garoto que encontrei era muito gentil e simpático. É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A en-
trada é proibida.

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LÍNGUA PORTUGUESA

h) Muito, pouco, caro A) Os governos e os parlamentos devem achar que...


1- Como adjetivos: seguem a regra geral. (deve)
Comi muitas frutas durante a viagem. B) ...porque essa consciência nos torna mais fortes.
Pouco arroz é suficiente para mim. (tornam)
Os sapatos estavam caros. C) ...a astronomia é uma das ciências que custam mais
caro ... (custa)
2- Como advérbios: são invariáveis. D) E tudo isso para astros que [...] jamais desempenha-
Comi muito durante a viagem. rão qualquer papel nelas. (desempenhará)
Pouco lutei, por isso perdi a batalha. E) ...é isso que se precisa dizer. (precisam)
Comprei caro os sapatos.
02. (Agente Técnico – FCC – 2013). As normas de con-
i) Mesmo, bastante cordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas
1- Como advérbios: invariáveis em:
Preciso mesmo da sua ajuda. A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. leitura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimo-
ramento intelectual, estão na capacidade de criação do au-
2- Como pronomes: seguem a regra geral. tor, mediante palavras, sua matéria-prima.
Seus argumentos foram bastantes para me convencer. B) Obras que se considera clássicas na literatura sem-
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. pre delineia novos caminhos, pois é capaz de encantar o
leitor ao ultrapassar os limites da época em que vivem seus
j) Menos, alerta autores, gênios no domínio das palavras, sua matéria-pri-
- Em todas as ocasiões são invariáveis. ma.
Preciso de menos comida para perder peso. C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas,
Estamos alerta para com suas chamadas. lhe permitem criar todo um mundo de ficção, em que per-
k) Tal Qual sonagens se transformam em seres vivos a acompanhar os
- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda leitores, numa verdadeira interação com a realidade.
com o consequente. D) As possibilidades de comunicação entre autor e lei-
As garotas são vaidosas tais qual a tia.
tor somente se realiza plenamente caso haja afinidade de
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.
ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o
crescimento intelectual deste último e o prazer da leitura.
l) Possível
E) Consta, na literatura mundial, obras-primas que
1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”,
constitui leitura obrigatória e se tornam referências por seu
“melhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as
conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de época.
expressões.
A mais possível das alternativas é a que você expôs.
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da em- 03. (Escrevente Tj SP – Vunesp/2012) Leia o texto para
presa. responder à questão.
As piores situações possíveis são encontradas nas fa- _________dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro,
velas da cidade. não está claro até onde pode realmente chegar uma po-
lítica baseada em melhorar a eficiência sem preços ade-
m) Meio quados para o carbono, a água e (na maioria dos países
1- Como advérbio: invariável. pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos
Estou meio (um pouco) insegura. preços do carbono e da água em si ___________diferença, as
companhias não podem suportar ter de pagar, de repente,
2- Como numeral: segue a regra geral. digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qual-
Comi meia (metade) laranja pela manhã. quer preparação. Portanto, elas começam a usar preços-
-sombra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma
n) Só maneira de quantificar adequadamente os insumos bási-
1- apenas, somente (advérbio): invariável. cos. E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde
Só consegui comprar uma passagem. sempre ___________ a segunda opção.
(Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado)
2- sozinho (adjetivo): variável.
Estiveram sós durante horas. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e res-
Questões sobre Concordância Nominal e Verbal pectivamente, com:
(A) Restam… faça… será (B) Resta… faz… será
01. (Administrador – FCC – 2013-adap.) Mantém-se o (C) Restam… faz... serão (D) Restam… façam…
respeito às normas de concordância verbal caso a forma do serão
verbo grifado seja substituída pela que está entre parênte- (E) Resta… fazem… será
ses ao final da frase:

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LÍNGUA PORTUGUESA

04 (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) Assinale a alterna- 08. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP –


tiva em que o trecho 2013). Assinale a frase correta quanto à concordância ver-
– Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma ma- bal e nominal.
neira de quantificar adequadamente os insumos básicos.– A) Com os shows da banda, os músicos propõem um
está corretamente reescrito, de acordo com a norma-pa- momento de descontração para os passageiros.
drão da língua portuguesa. B) Por causa da paralisação, as férias dos alunos termi-
(A) Ainda assim, temos certeza que ninguém encon- nou mais cedo.
trou até agora uma maneira adequada de se quantificar os C) Na cidade, já se esgotou as vagas nos hotéis para o
insumos básicos. período de Carnaval.
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- D) Ela próprio passou o uniforme de trabalho.
trou até agora uma maneira adequada de os insumos bási- E) Seguem anexadas ao e-mail o cronograma do curso
cos ser quantificados. e o currículo dos inscritos.
(C) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou
até agora uma maneira adequada para que os insumos bá- 09. (Agente Educacional – VUNESP – 2013). Assinale a
sicos sejam quantificado. alternativa correta quanto à concordância, de acordo com
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- a norma--padrão da língua portuguesa.
trou até agora uma maneira adequada para que os insu- A) Estudos recente demonstram a necessidade de se
mos básicos seja quantificado. investir no ensino de matemática nos níveis fundamentais
(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- de aprendizagem.
trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem B) Muito concorrida, carreiras como as de advogado
os insumos básicos. e de jornalista também requerem conhecimento matemá-
tico.
05. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013). C) A cultura científica, apesar de fundamental para
Assinale a alternativa em que a concordância da palavra muitas carreiras, ainda é visto com certo desprezo entre
destacada está de acordo com a norma culta da língua. alguns estudantes.
A) Ela mesmo reclamou com o gerente do mercado. D) Conhecimentos básicos de estatística é de funda-
B) A vendedora ficou meia atrapalhada com o excesso
mental importância para a compreensão de algumas infor-
de clientes na loja.
mações do nosso cotidiano.
C) É proibido a entrada de animais no estabelecimen-
E) A matemática pode ser considerada a base para
to.
algumas das mais intrigantes especulações científicas da
D) Ela voltou para dizer obrigada ao vendedor.
atualidade.
E) Anexo aos comprovantes de pagamento, vão duas
amostras grátis.
10. (Agente de Apoio – Microinformática – VUNESP –
06. (Agente de Apoio Socioeducativo – VUNESP – 2013-adap.) Considere as frases:
2013). Assinale a alternativa que completa, correta e res- - Kass foi o chato escolhido para alertá-lo sobre even-
pectivamente, de acordo com a norma-padrão da língua, tuais erros que ninguém havia enxergado.
as lacunas das frases, quanto à concordância verbal e à co- - Por isso, só existem chatos em lugares onde há algu-
locação pronominal. ma perspectiva de futuro.
______muitos lares destroçados, mas______ pessoas As expressões destacadas podem ser substituídas, cor-
boas prontas para ajudar. reta e respectivamente, seguindo as regras de concordân-
Inteligente e informativa a reportagem que_____________ cia da norma- -padrão da língua portuguesa, por:
a transformar aborrecimentos em aprendizagem. A) não havia sido enxergado ...pode haver
A) Havia ...existiam ... nos ensina B) não havia sido enxergados ...podem haver
B) Haviam ... existia ... ensina-nos C) não haviam sido enxergado ...pode haver
C) Havia ...existia ... nos ensina D) não havia sido enxergado ...podem haver
D) Haviam ... existiam ... ensina-nos E) não haviam sido enxergados ...pode haver
E) Havia ...existiam ... ensina-nos
GABARITO
07. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013). 01. C 02. A 03. A 04. E 05. D
Assinale a alternativa em que o verbo foi empregado 06. A 07. C 08. A 09. E 10. E
corretamente.
A) Se a proprietária manter o valor do aluguel, podere- COMENTÁRIOS
mos permanecer no apartamento.
B) Se os operários fazerem o acordo, a greve terminará. 1-) a astronomia é uma das ciências que custam mais
C) Se a empresa propuser um estágio no exterior, ele caro.
não recusará. Nas gramáticas aborda-se sempre a expressão UM
D) Se estas caixas caberem no armário, a sala ficará or- DOS QUE como determinante de duas concordâncias. O
ganizada. verbo fica no singular só nas poucas vezes em que a ação
E) Se o microempresário querer, poderá fazer futuros se refere a um só agente:
investimentos. O Sol é um dos astros que dá luz e calor à Terra.

77
LÍNGUA PORTUGUESA

2-) A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa Verbo haver usado no sentido de existir = impessoal,
leitura, que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimo- invariável (não sofre flexão); já o verbo existir concorda
ramento intelectual, estão na capacidade de criação do au- com o sujeito.
tor, mediante palavras, sua matéria-prima. = correta Quanto à colocação pronominal: a presença do pro-
B) Obras que se consideram clássicas na literatura sem- nome relativo (que) “atrai” o pronome oblíquo, ocorrendo,
pre delineiam novos caminhos, pois são capazes de encan- então, próclise (pronome antes do verbo).
tar o leitor ao ultrapassarem os limites da época em que
vivem seus autores, gênios no domínio das palavras, sua 7-) A) Se a proprietária mantiver o valor do aluguel,
matéria-prima. poderemos permanecer no apartamento.
C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, B) Se os operários fizerem o acordo, a greve terminará.
lhes permite criar todo um mundo de ficção, em que per- C) Se a empresa propuser um estágio no exterior, ele
sonagens se transformam em seres vivos a acompanhar os não recusará. =correta
leitores, numa verdadeira interação com a realidade. D) Se estas caixas couberem no armário, a sala ficará
D) As possibilidades de comunicação entre autor e lei- organizada.
tor somente se realizam plenamente caso haja afinidade E) Se o microempresário quiser, poderá fazer futuros
de ideias entre ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o investimentos.
crescimento intelectual deste último e o prazer da leitura.
E) Constam, na literatura mundial, obras-primas que 8-) A) Com os shows da banda, os músicos propõem
constituem leitura obrigatória e se tornam referências por um momento de descontração para os passageiros. =
seu conteúdo que ultrapassa os limites de tempo e de épo- correta
ca. B) Por causa da paralisação, as férias dos alunos termi-
naram mais cedo.
3-) _Restam___dúvidas C) Na cidade, já se esgotaram as vagas nos hotéis para
mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da o período de Carnaval.
água em si __faça __diferença D) Ela própria passou o uniforme de trabalho.
a maioria das políticas de crescimento verde sempre E) Seguem anexados ao e-mail o cronograma do curso
____será_____ a segunda opção. e o currículo dos inscritos.
Em “a maioria de”, a concordância pode ser dupla: tan-
to no plural quanto no singular. Nas alternativas não há
9-) A) Estudos recentes demonstram a necessidade de
“restam/faça/serão”, portanto a A é que apresenta as op-
se investir no ensino de matemática nos níveis fundamen-
ções adequadas.
tais de aprendizagem.
B) Muito concorridas, carreiras como as de advogado
4-) (A) Ainda assim, temos certeza de que ninguém en-
e de jornalista também requerem conhecimento matemá-
controu até agora uma maneira adequada de se quantificar
tico.
os insumos básicos.
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- C) A cultura científica, apesar de fundamental para
trou até agora uma maneira adequada de os insumos bási- muitas carreiras, ainda é vista com certo desprezo entre al-
cos serem quantificados. guns estudantes.
(C) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- D) Conhecimentos básicos de estatística são de funda-
trou até agora uma maneira adequada para que os insu- mental importância para a compreensão de algumas infor-
mos básicos sejam quantificados. mações do nosso cotidiano.
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon- E) A matemática pode ser considerada a base para
trou até agora uma maneira adequada para que os insu- algumas das mais intrigantes especulações científicas da
mos básicos sejam quantificados. atualidade. = correta
(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encon-
trou até agora uma maneira adequada de se quantificarem 10-) - Kass foi o chato escolhido para alertá-lo sobre
os insumos básicos. = correta eventuais erros que não haviam sido enxergados.
5-) A) Ela mesma reclamou com o gerente do mercado. - Por isso, só pode haver chatos em lugares onde há
B) A vendedora ficou meio atrapalhada com o excesso alguma perspectiva de futuro.
de clientes na loja. No primeiro caso, havia empregado com sentido de
C) É proibida a entrada de animais no estabelecimento. ter: sofre flexão (vai para o plural concordando com o ter-
D) Ela voltou para dizer obrigada ao vendedor. = mo que o antecede (erros); já no caso do haver com senti-
correta do de existir: invariável - ele e seu auxiliar (poder).
E) Anexas aos comprovantes de pagamento, vão duas
amostras grátis.

6-) __Havia _muitos lares destroçados, mas__existiam__


pessoas boas prontas para ajudar.
Inteligente e informativa a reportagem que _nos ensi-
na_ a transformar aborrecimentos em aprendizagem.

78
LÍNGUA PORTUGUESA

Fui ao teatro.
Adjunto Adverbial de Lugar
REGÊNCIAS VERBAL E NOMINAL Ricardo foi para a Espanha.
Adjunto Adverbial de Lugar

b) Comparecer
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por
que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus comple- em ou a.
mentos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as pala- Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o
vras, criando frases não ambíguas, que expressem efetiva- último jogo.
mente o sentido desejado, que sejam corretas e claras. Verbos Transitivos Diretos

Regência Verbal Os verbos transitivos diretos são complementados por


Termo Regente: VERBO objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição
A regência verbal estuda a relação que se estabelece para o estabelecimento da relação de regência. Ao empre-
entre os verbos e os termos que os complementam (obje- gar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes oblí-
tos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos quos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses prono-
adverbiais). mes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nos- verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após
sa capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e
conhecermos as diversas significações que um verbo pode lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos.
assumir com a simples mudança ou retirada de uma pre- São verbos transitivos diretos, dentre outros: abando-
posição. Observe: nar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, ad-
A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, mirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar,
contentar. castigar, condenar, conhecer, conservar,convidar, defender,
A mãe agrada ao filho. -> agradar significa “causar eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, pre-
agrado ou prazer”, satisfazer. zar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente
como o verbo amar:
“agradar a alguém”.
Amo aquele rapaz. / Amo-o.
Saiba que:
Amo aquela moça. / Amo-a.
O conhecimento do uso adequado das preposições é
Amam aquele rapaz. / Amam-no.
um dos aspectos fundamentais do estudo da regência ver-
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
bal (e também nominal). As preposições são capazes de
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses ver-
modificar completamente o sentido do que se está sendo
bos para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos
dito. Veja os exemplos: adnominais).
Cheguei ao metrô. Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
Cheguei no metrô. Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua car-
reira)
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no se- Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau hu-
gundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A mor)
oração “Cheguei no metrô”, popularmente usada a fim de
indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da lín- Verbos Transitivos Indiretos
gua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem di-
vergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns Os verbos transitivos indiretos são complementados
verbos, e a regência culta. por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi-
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos gem uma preposição para o estabelecimento da relação de
de acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter-
não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são
diferentes formas em frases distintas. o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam
os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos
Verbos Intransitivos transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re-
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos
importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos
aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. lhe, lhes.
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:
a) Chegar, Ir a) Consistir - Tem complemento introduzido pela pre-
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adver- posição “em”.
biais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais
indicar destino ou direção são: a, para. para todos.

79
LÍNGUA PORTUGUESA

b) Obedecer e Desobedecer - Possuem seus comple- Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada
mentos introduzidos pela preposição “a”. para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar,
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. prevenir.
Eles desobedeceram às leis do trânsito.
c) Responder - Tem complemento introduzido pela Comparar
preposição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indi- Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as
car “a quem” ou “ao que” se responde. preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento
Respondi ao meu patrão. indireto.
Respondemos às perguntas. Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma
Respondeu-lhe à altura. criança.
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto
quando exprime aquilo a que se responde, admite voz pas- Pedir
siva analítica. Veja: Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na
O questionário foi respondido corretamente. forma de oração subordinada substantiva) e indireto de
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoria- pessoa.
mente. Pedi-lhe favores.
d) Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus comple- Objeto Indireto Objeto Direto
mentos introduzidos pela preposição “com”. Pedi-lhe que mantivesse em silêncio.
Antipatizo com aquela apresentadora. Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva
Simpatizo com os que condenam os políticos que go- Objetiva Direta
vernam para uma minoria privilegiada.
Saiba que:
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos 1) A construção “pedir para”, muito comum na lingua-
gem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompa- culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra
nhados de um objeto direto e um indireto. Merecem des-
licença estiver subentendida.
taque, nesse grupo:
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em
Agradecer, Perdoar e Pagar
casa.
São verbos que apresentam objeto direto relacionado
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz
a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas. Veja os
uma oração subordinada adverbial final reduzida de infini-
exemplos:
tivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
Agradeço aos ouvintes a audiência.
Objeto Indireto Objeto Direto 2) A construção “dizer para”, também muito usada po-
pularmente, é igualmente considerada incorreta.
Paguei o débito ao cobrador.
Objeto Direto Objeto Indireto Preferir
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto in-
- O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito direto introduzido pela preposição “a”. Por Exemplo:
com particular cuidado. Observe: Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
Agradeci o presente. / Agradeci-o. Prefiro trem a ônibus.
Agradeço a você. / Agradeço-lhe. Obs.: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo
Paguei minhas contas. / Paguei-as. prefixo existente no próprio verbo (pre).
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
Mudança de Transitividade versus Mudança de Sig-
Informar nificado
- Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa. Há verbos que, de acordo com a mudança de transitivi-
Informe os novos preços aos clientes. dade, apresentam mudança de significado. O conhecimen-
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os no- to das diferentes regências desses verbos é um recurso lin-
vos preços) guístico muito importante, pois além de permitir a correta
interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades
- Na utilização de pronomes como complementos, veja expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais,
as construções: estão:
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos pre-
ços. AGRADAR
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou 1) Agradar é transitivo direto no sentido de fazer cari-
sobre eles) nhos, acariciar.

80
LÍNGUA PORTUGUESA

Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agra- 2) No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransiti-
da quando o revê. vo ou transitivo indireto.
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Muito custa viver tão longe da família.
Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo. Verbo Oração Subordinada Substantiva
2) Agradar é transitivo indireto no sentido de causar Subjetiva
agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento Intransitivo Reduzida de Infinitivo
introduzido pela preposição “a”.
O cantor não agradou aos presentes. Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aque-
O cantor não lhes agradou. la atitude.
Objeto Oração Subordinada Substantiva
ASPIRAR Subjetiva
1) Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, ins- Indireto Reduzida de Infinitivo
pirar (o ar), inalar.
Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) Obs.: a Gramática Normativa condena as construções
2) Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, que atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado
ter como ambição. por pessoa. Observe o exemplo abaixo:
Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspiráva- Custei para entender o problema.
mos a elas) Forma correta: Custou-me entender o problema.
Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é
pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais áto- IMPLICAR
nas “lhe” e “lhes” e sim as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela 1) Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
(s)”. Veja o exemplo: a) dar a entender, fazer supor, pressupor
Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a Suas atitudes implicavam um firme propósito.
ela) b) Ter como consequência, trazer como consequência,
acarretar, provocar
ASSISTIR Liberdade de escolha implica amadurecimento político
1) Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, de um povo.
prestar assistência a, auxiliar. Por Exemplo: 2) Como transitivo direto e indireto, significa compro-
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. meter, envolver
Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é tran-
2) Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, pre-
sitivo indireto e rege com preposição “com”.
senciar, estar presente, caber, pertencer. Exemplos:
Implicava com quem não trabalhasse arduamente.
Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões.
PROCEDER
Essa lei assiste ao inquilino.
1) Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo,
Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é
ter cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se,
intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de
agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado
lugar introduzido pela preposição “em”. de adjunto adverbial de modo.
Assistimos numa conturbada cidade. As afirmações da testemunha procediam, não havia
como refutá-las.
CHAMAR Você procede muito mal.
1) Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, 2) Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a pre-
solicitar a atenção ou a presença de. posição” de”) e fazer, executar (rege complemento introdu-
Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá cha- zido pela preposição “a”) é transitivo indireto.
má-la. O avião procede de Maceió.
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes. Procedeu-se aos exames.
2) Chamar no sentido de denominar, apelidar pode O delegado procederá ao inquérito.
apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predi-
cativo preposicionado ou não. QUERER
A torcida chamou o jogador mercenário. 1) Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter
A torcida chamou ao jogador mercenário. vontade de, cobiçar.
A torcida chamou o jogador de mercenário. Querem melhor atendimento.
A torcida chamou ao jogador de mercenário. Queremos um país melhor.
2) Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição,
CUSTAR estimar, amar.
1) Custar é intransitivo no sentido de ter determinado Quero muito aos meus amigos.
valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial. Ele quer bem à linda menina.
Frutas e verduras não deveriam custar muito. Despede-se o filho que muito lhe quer.

81
LÍNGUA PORTUGUESA

VISAR
1) Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
O homem visou o alvo.
O gerente não quis visar o cheque.
2) No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
O ensino deve sempre visar ao progresso social.
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público.

ESQUECER – LEMBRAR
- Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal)

No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, exigem complemento sem preposição.
- Ele esqueceu o livro.

No 2º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a preposição “de”. São, portanto,
transitivos indiretos.
- Ele se esqueceu do caderno.
- Eu me esqueci da chave.
- Eles se esqueceram da prova.
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.

Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve altera-
ção de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos tanto
brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
- Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
- Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)

O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e indireto (lembrar alguma coisa a alguém ou alguém de alguma
coisa).

SIMPATIZAR
Ambos são transitivos indiretos e exigem a preposição “com”.
- Não simpatizei com os jurados.
NAMORAR
É transitivo direto, ou seja, não admite preposição.
- Maria namora João.
Obs: Não é correto dizer: “Maria namora com João”.

OBEDECER
É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com a preposição “a” (obedecer a).
- Devemos obedecer aos pais.
Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode ser usado na voz passiva.
- A fila não foi obedecida.

VER
É transitivo direto, ou seja, não exige preposição.
- Ele viu o filme.

Regência Nominal
É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome.
Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vá-
rios nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa,
nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes correspondentes:
todos regem complementos introduzidos pela preposição «a”.Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.

82
LÍNGUA PORTUGUESA

Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atenta-
mente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.

Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por

Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de

Advérbios
Longe de Perto de
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a;
paralelamente a; relativa a; relativamente a.

Questões sobre Regência Nominal e Verbal

01. (Administrador – FCC – 2013-adap.).


... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras ciências ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:
A) ...astros que ficam tão distantes ...
B) ...que a astronomia é uma das ciências ...
C) ...que nos proporcionou um espírito ...
D) ...cuja importância ninguém ignora ...
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro ...

02.(Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013-adap.).


... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos filhos do sueco.
O verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de complementos que o grifado acima está empregado em:
A) ...que existe uma coisa chamada exército...
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra?
C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia...
D) Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro...
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.

03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.).


... constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes desiguais...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:

83
LÍNGUA PORTUGUESA

A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a (D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se
extremos de sutileza. perdido de sua família.
B) ...eram comumente assinalados a golpes de macha- (E) A família toda se organizou para realizar a procura
do nos troncos mais robustos. à garotinha.
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso-
rientam, não raro, quem... 07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013). Assinale
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho a alternativa que completa, correta e respectivamente, as
na serra de Tunuí... lacunas do texto, de acordo com as regras de regência.
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou
gentio, mestre e colaborador... já assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem
corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.). A pesquisa faz um alerta ______ influência negativa que
... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... a mídia pode exercer sobre os jovens.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que A) dos … na
o da frase acima se encontra em: B) nos … entre a
A) A palavra direito, em português, vem de directum, C) aos … para a
do verbo latino dirigere... D) sobre os … pela
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das E) pelos … sob a
sociedades...
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado 08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças
pela justiça. Públicas – VUNESP – 2013). Considerando a norma-padrão
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspi- da língua, assinale a alternativa em que os trechos desta-
rações da justiça... cados estão corretos quanto à regência, verbal ou nominal.
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais
sentimento de justiça. de dez mil tomadas.
B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver
05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2012) Assinale a alter- um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
nativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de
Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência criar logotipos e negociar.
nominal e à pontuação. D) O taxista levou o autor a indagar no número de
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapida- tomadas do edifício.
mente, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço
E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor re-
seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo,
parasse a um prédio na marginal.
do que em outros.
09. (Assistente de Informática II – VUNESP – 2013). As-
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam ra-
sinale a alternativa que substitui a expressão destacada na
pidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o
frase, conforme as regras de regência da norma-padrão da
avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um
língua e sem alteração de sentido.
exemplo!, do que em outros.
Muitas organizações lutaram a favor da igualdade de
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam ra-
pidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o direitos dos trabalhadores domésticos.
avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um A) da
exemplo, do que em outros. B) na
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida- C) pela
mente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço D) sob a
seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo E) sobre a
– do que em outros.
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapida- GABARITO
mente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avan-
ço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exem- 01. D 02. D 03. A 04. A 05. D
plo) do que em outros. 06. A 07. C 08. A 09. C

06. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assina- COMENTÁRIOS


le a alternativa correta quanto à regência dos termos em
destaque. 1-) ... a que ponto a astronomia facilitou a obra das
(A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a outras ciências ...
responsabilidade pelo problema. Facilitar – verbo transitivo direto
(B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter A) ...astros que ficam tão distantes ... = verbo de li-
se perdido. gação
(C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho B) ...que a astronomia é uma das ciências ... = verbo
de um índio na porta do prédio. de ligação

84
LÍNGUA PORTUGUESA

C) ...que nos proporcionou um espírito ... = verbo tran- 7-) Os estudos aos quais a pesquisadora se re-
sitivo direto e indireto portou já assinalavam uma relação entre os distúrbios da
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro = imagem corporal e a exposição a imagens idealizadas pela
verbo transitivo indireto mídia.
A pesquisa faz um alerta para a influência negativa
2-) ... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito que a mídia pode exercer sobre os jovens.
nos filhos do sueco.
Pedir = verbo transitivo direto e indireto 8-) B) O autor fez conjecturas sobre a possibilidade
A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO... = tran- de haver um homem que estaria ouvindo as notas de um
sitivo direto oboé.
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? =verbo de C) Centenas de trabalhadores estão empenhados em
ligação criar logotipos e negociar.
C) ...compareceu em companhia da mulher à delega- D) O taxista levou o autor a indagar sobre o número de
cia... =verbo intransitivo tomadas do edifício.
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevi-
E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor re-
mento. =transitivo direto
parasse em um prédio na marginal.
3-) ... constava simplesmente de uma vareta quebrada
em partes desiguais... 9-) Muitas organizações lutaram pela igualdade de
Constar = verbo intransitivo direitos dos trabalhadores domésticos.
B) ...eram comumente assinalados a golpes de macha-
do nos troncos mais robustos. =ligação
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados deso-
rientam, não raro, quem... =transitivo direto
CRASE
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho
na serra de Tunuí... = transitivo direto
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o
gentio, mestre e colaborador...=transitivo direto A palavra crase é de origem grega e significa “fusão”,
“mistura”. Na língua portuguesa, é o nome que se dá à
4-) ... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... “junção” de duas vogais idênticas. É de grande importân-
Lidar = transitivo indireto cia a crase da preposição “a” com o artigo feminino “a”
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das (s), com o “a” inicial dos pronomes aquele(s), aquela (s),
sociedades... =transitivo direto aquilo e com o “a” do relativo a qual (as quais). Na escri-
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado ta, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O
pela justiça. =ligação uso apropriado do acento grave depende da compreensão
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspira- da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o
ções da justiça... =transitivo direto e indireto entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o nomes que exigem a preposição “a”. Aprender a usar a cra-
sentimento de justiça. =transitivo direto se, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência
simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome.
5-) A correção do item deve respeitar as regras de pon- Observe:
tuação também. Assinalei apenas os desvios quanto à re- Vou a + a igreja.
gência (pontuação encontra-se em tópico específico)
Vou à igreja.
(A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam,
(B) Não há dúvida de que (erros quanto à pon-
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição
tuação)
(C) Não há dúvida de que as mulheres, (erros quanto “a”, exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência
à pontuação) do artigo “a” que está determinando o substantivo femini-
(E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapi- no igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e
damente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave.
avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um Observe os outros exemplos:
exemplo) do que em outros. Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.
6-) (B) A menina tinha o receio de levar uma bronca por No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (co-
ter se perdido. nhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a
(C) A garota tinha apenas a lembrança do desenho de crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é
um índio na porta do prédio. transitivo indireto (referir--se a algo ou a alguém) e exige
(D) A menina não tinha orgulho do fato de ter se per- a preposição “a”. Portanto, a crase é possível, desde que o
dido de sua família. termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino
(E) A família toda se organizou para realizar a procura “a” ou um dos pronomes já especificados.
pela garotinha.

85
LÍNGUA PORTUGUESA

Casos em que a crase NÃO ocorre: 4-) em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas
1-) diante de substantivos masculinos: de que participam palavras femininas. Por exemplo:
Andamos a cavalo. à tarde màs ocultas às pressas à medida que
Fomos a pé. à noite às claras às escondidas à força
Passou a camisa a ferro. à vontade à beça à larga à escuta
Fazer o exercício a lápis. às avessas à revelia à exceção de à imitação de
Compramos os móveis a prazo. à esquerda às turras às vezes à chave
à direita à procura à deriva à toa
2-) diante de verbos no infinitivo: à luz à sombra de à frente de à proporção que
A criança começou a falar. à semelhança de às ordens à beira de
Ela não tem nada a dizer.
Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos Crase diante de Nomes de Lugar
exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá
crase. Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do
artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo
3-) diante da maioria dos pronomes e das expressões que diante deles haverá crase, desde que o termo regente
de tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita exija a preposição “a”. Para saber se um nome de lugar ad-
e dona: mite ou não a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se
Diga a ela que não estarei em casa amanhã. substituir o termo regente por um verbo que peça a prepo-
Entreguei a todos os documentos necessários. sição “de” ou “em”. A ocorrência da contração “da” ou “na”
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de on- prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso,
tem. haverá crase. Por exemplo:
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos. Vou à França. (Vim da [de+a] França. Estou na [em+a]
França.)
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pro- Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
nomes podem ser identificados pelo método: troque a pa-
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)
lavra feminina por uma masculina, caso na nova construção
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Por-
surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
to Alegre.)
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo in-
divíduo.)
*- Minha dica: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ;
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao
vou A volto DE, crase PRA QUÊ?”
senhor.)
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao
próprio Cláudio para sair mais cedo.) Vou à praia. = Volto da praia.

4-) diante de numerais cardinais: - ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especifi-
Chegou a duzentos o número de feridos. cado, ocorrerá crase. Veja:
Daqui a uma semana começa o campeonato. Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo
que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
Casos em que a crase SEMPRE ocorre: Irei à Salvador de Jorge Amado.
1-) diante de palavras femininas:
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega. Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele
Sempre vamos à praia no verão. (s), Aquela (s), Aquilo
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores. Haverá crase diante desses pronomes sempre que o
Sou grata à população. termo regente exigir a preposição “a”. Por exemplo:
Fumar é prejudicial à saúde. Refiro-me a + aquele atentado.
Este aparelho é posterior à invenção do telefone. Preposição Pronome
2-) diante da palavra “moda”, com o sentido de “à
moda de” (mesmo que a expressão moda de fique suben- Refiro-me àquele atentado.
tendida):
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. O termo regente do exemplo acima é o verbo transi-
Usava sapatos à (moda de) Luís XV. tivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige
Estava com vontade de comer frango à (moda de) pas- preposição, portanto, ocorre a crase. Observe este outro
sarinho. exemplo:
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro. Aluguei aquela casa.
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não
3-) na indicação de horas: exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. Veja
Acordei às sete horas da manhã. outros exemplos:
Elas chegaram às dez horas. Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.
Foram dormir à meia-noite. Quero agradecer àqueles que me socorreram.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai. Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA
Não obedecerei àquele sujeito.
Assisti àquele filme três vezes. 1-) diante de nomes próprios femininos:
Espero aquele rapaz. Observação: é facultativo o uso da crase diante de no-
Fiz aquilo que você disse. mes próprios femininos porque é facultativo o uso do ar-
Comprei aquela caneta. tigo. Observe:
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga.
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga.
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a
qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege es- Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo
ses pronomes exigir a preposição “a”, haverá crase. É pos- feminino diante de nomes próprios femininos, então pode-
sível detectar a ocorrência da crase nesses casos utilizando mos escrever as frases abaixo das seguintes formas:
a substituição do termo regido feminino por um termo re- Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a Ro-
gido masculino. Por exemplo: berto.
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Ro-
O monumento ao qual me refiro fica no centro da ci- berto.
dade.
2-) diante de pronome possessivo feminino:
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a Observação: é facultativo o uso da crase diante de pro-
crase. Veja outros exemplos: nomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. artigo. Observe:
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está espe-
Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam rando por você.
responder nenhuma das questões. A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está es-
A sessão à qual assisti estava vazia. perando por você.
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de
Crase com o Pronome Demonstrativo “a” pronomes possessivos femininos, então podemos escrever
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo as frases abaixo das seguintes formas:
“a” também pode ser detectada através da substituição do Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô.
termo regente feminino por um termo regido masculino. Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô.
Veja:
Minha revolta é ligada à do meu país. 3-) depois da preposição até:
Meu luto é ligado ao do meu país. Fui até a praia. ou Fui até à praia.
As orações são semelhantes às de antes. Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o
Os exemplos são semelhantes aos de antes. até à porta.
Suas perguntas são superiores às dele. A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A
Seus argumentos são superiores aos dele. palestra vai até às cinco horas da tarde.
Sua blusa é idêntica à de minha colega.
Seu casaco é idêntico ao de minha colega. Questões sobre Crase

A Palavra Distância 01.( Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) No Brasil, as dis-


Se a palavra distância estiver especificada, determina- cussões sobre drogas parecem limitar-se ______aspectos
da, a crase deve ocorrer. Por exemplo: Sua casa fica à dis- jurídicos ou policiais. É como se suas únicas consequên-
tância de 100km daqui. (A palavra está determinada) cias estivessem em legalismos, tecnicalidades e estatísticas
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A criminais. Raro ler ____respeito envolvendo questões de
palavra está especificada.) saúde pública como programas de esclarecimento e pre-
venção, de tratamento para dependentes e de reintegração
Se a palavra distância não estiver especificada, a crase desses____ vida. Quantos de nós sabemos o nome de um
não pode ocorrer. Por exemplo: médico ou clínica ____quem tentar encaminhar um droga-
Os militares ficaram a distância. do da nossa própria família?
Gostava de fotografar a distância. (Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Pau-
Ensinou a distância. lo, 17.09.2012. Adaptado)
Dizem que aquele médico cura a distância. As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
Reconheci o menino a distância. respectivamente, com:
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambi- (A) aos … à … a … a
guidade, pode-se usar a crase. Veja: (B) aos … a … à … a
Gostava de fotografar à distância. (C) a … a … à … à
Ensinou à distância. (D) à … à … à … à
Dizem que aquele médico cura à distância. (E) a … a … a … a

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LÍNGUA PORTUGUESA

02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013).Leia 06. O Ministro informou que iria resistir _____ pressões
o texto a seguir. contrárias _____ modificações relativas _____ aquisição da
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, casa própria.
correu ______ cartomante para consultá-la sobre a verda- a) às - àquelas _ à
deira causa do procedimento de Camilo. Vimos que ______ b) as - aquelas - a
cartomante restituiu--lhe ______ confiança, e que o rapaz c) às àquelas - a
repreendeu-a por ter feito o que fez. d) às - aquelas - à
(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. e) as - àquelas - à
Rio de Janeiro: Globo, 1997, p. 6)

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na 07. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
ordem dada: NESP – 2013-adap) O acento indicativo de crase está cor-
A) à – a – a retamente empregado em:
B) a – a – à A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas
C) à – a – à com as dificuldades para lidar com as frustrações de seus
D) à – à – a desejos.
E) a – à – à B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações
nos mecanismos biológicos de controle emocional.
C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ pro-
D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunida-
blemas já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”.
de alimentam a violência crescente nas cidades.
a) à - àqueles - a - há
E) Um ambiente desfavorável à formação da personali-
b) a - àqueles - a - há dade atinge os mais vulneráveis.
c) a - aqueles - à - a
d) à - àqueles - a - a
e) a - aqueles - à - há 08. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013).
O sinal indicativo de crase está correto em:
04.(Agente Técnico – FCC – 2013-adap.) Claro que não A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na
me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva e área de biotecnologia.
efervescente. B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar
O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase à educação dos filhos.
se o segmento grifado for substituído por: C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar
A) leitura apressada e sem profundidade. as instalações do prédio.
B) cada um de nós neste formigueiro. D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer
C) exemplo de obras publicadas recentemente. detalhe que envolva a segurança das pessoas.
D) uma comunicação festiva e virtual. E) É função da política é dedicar-se à todo problema
E) respeito de autores reconhecidos pelo público. que comprometa o bem-estar do cidadão.

05. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU- GABARITO


NESP – 2013).
O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP) 01. B 02. A 03. B 04. A 05. D
também desenvolve atividades lúdicas de apoio______ res- 06. A 07. E 08. B
socialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepa-
rá--lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando COMENTÁRIOS
em liberdade, ele estará capacitado______ ter uma profissão
e uma vida digna. 1-) limitar-se _aos _aspectos jurídicos ou policiais.
Raro ler __a__respeito (antes de palavra masculina
(Disponível em: www.metropolitana.com.br/blog/
não há crase)
qual_e_a_importancia_da_ressocializacao_de_presos. Aces-
de reintegração desses_à_ vida. (reintegrar a + a
so em: 18.08.2012. Adaptado)
vida = à)
o nome de um médico ou clínica __a_quem tentar en-
Assinale a alternativa que preenche, correta e respecti- caminhar um drogado da nossa própria família? (antes de
vamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-pa- pronome indefinido/relativo)
drão da língua portuguesa.
A) à … à … à 2-) correu _à (= para a ) cartomante para consultá-la
B) a … a … à sobre a verdadeira causa do procedimento de Camilo. Vi-
C) a … à … à mos que _a__cartomante (objeto direto)restituiu-lhe ___a___
D) à … à ... a confiança (objeto direto), e que o rapaz repreendeu-a por
E) a … à … a ter feito o que fez.

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LÍNGUA PORTUGUESA

3-) “Nesta oportunidade, volto _a_ referir-me àqueles__ C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar
problemas já expostos a _ V. Sª _há_ alguns dias”. as instalações do prédio. (verbo no infinitivo)
- a referir = antes de verbo no infinito não há crase; D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer de-
- quem faz referência, faz referência A algo ou A al- talhe que envolva a segurança das pessoas. (pronome inde-
guém ( a regência do verbo pede preposição) finido)
- antes de pronome de tratamento não há crase (exce- E) É função da política é dedicar-se à todo problema que
ção à senhora, que admite artigo); comprometa o bem-estar do cidadão. (pronome indefinido)
- há no sentido de tempo passado.

4-) Claro que não me estou referindo à leitura apressa- TIPOS DE DISCURSO.
da e sem profundidade.
a cada um de nós neste formigueiro. (antes de prono-
me indefinido)
a exemplo de obras publicadas recentemente. (palavra Num texto, as personagens falam, conversam entre si, ex-
masculina) põem ideias. Quando o narrador conta o que elas disseram,
a uma comunicação festiva e virtual. (artigo indefini- insere na narrativa uma fala que não é de sua autoria, cita o
do) discurso alheio. Há três maneiras principais de reproduzir a
a respeito de autores reconhecidos pelo público. (pa- fala das personagens: o discurso direto, o discurso indireto e
lavra masculina) o discurso indireto livre.

Discurso Direto
5-) O Instituto Nacional de Administração Prisio-
nal (INAP) também desenvolve atividades lúdicas de
“Longe do olhos...”
apoio___à__ ressocialização do indivíduo preso, com o ob-
- Meu pai! Disse João Aguiar com um tom de ressentimen-
jetivo de prepará--lo para o retorno___à__ sociedade. Dessa
to que fez pasmar o comendador.
forma, quando em liberdade, ele estará capacitado__a___
- Que é? Perguntou este.
ter uma profissão e uma vida digna. João Aguiar não respondeu. O comendador arrugou a tes-
- Apoio a ? Regência nominal pede preposição; ta e interrogou o roto mudo do filho. Não leu, mais adivinhou
- retorno a? regência nominal pede preposição; alguma coisa desastrosa; desastrosa, entenda-se, para os cál-
- antes de verbo no infinitivo não há crase. culos conjunto-políticos ou políticos-conjugais, como melhor
nome haja.
6-) O Ministro informou que iria resistir _às__ pressões - Dar-se-á caso que... começou a dizer comendador.
contrárias àquelas_ modificações relativas __à_ aquisição - Que eu namore? Interrompeu galhofeiramente o filho.
da casa própria. Machado de Assis. Contos. 26ª Ed. São Paulo, Ática,
- resistir a? regência verbal pede preposição; 2002, p. 43.
- contrária a? regência nominal pede preposição; O narrador introduz a fala das personagens, um pai e um
- relativas a? regência nominal pede preposição. filho, e, em seguida, como quem passa a palavra a elas e as
deixa falar. Vemos que as partes introdutórias pertencem ao
7-) A) Tendências agressivas começam à ser relaciona- narrador (por exemplo, disse João Aguiar com um tom de
das com as dificuldades para lidar com as frustrações de ressentimento que faz pasmar o comendador) e as falas, às
seus desejos. (antes de verbo no infinitivo não há crase) personagens, (por exemplo, Meu pai!).
B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações O discurso direto é o expediente de citação do discurso
nos mecanismos biológicos de controle emocional. (se alheio pela qual o narrador introduz o discurso do outro e,
o “a” está no singular e antecede palavra no plural, não há depois, reproduz literalmente a fala dele.
crase) As marcas do discurso são:
C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade. - A fala das personagens é, de princípio, anunciada por
(artigo indefinido) um verbo (disse e interrompeu no caso do filho e perguntou e
D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunida- começou a dizer no caso do pai) denominado “verbo de dizer”
de alimentam a violência crescente nas cidades. (palavra (como recrutar, retorquir, afirmar, obtem-perar declarar e ou-
masculina) tros do mesmo tipo), que pode vir antes, no meio ou depois
E) Um ambiente desfavorável à formação da personali- da fala das personagens (no nosso caso, veio depois);
dade atinge os mais vulneráveis. = correta (regência nomi- - A fala das personagens aparece nitidamente separada
nal: desfavorável a?) da fala do narrador, por aspas, dois pontos, travessão ou vír-
gula;
8-) A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na - Os pronomes pessoais, os tempos verbais e as palavras
área de biotecnologia. (artigo indefinido) que indicam espaço e tempo (por exemplo, pronomes de-
B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar monstrativos e advérbios de lugar e de tempo) são usados
à educação dos filhos. = correta (regência verbal: dedicar em relação à pessoa da personagem, ao momento em que
a) ela fala diz “eu”, o espaço em que ela se encontra é o aqui
e o tempo em que fala é o agora.

89
LÍNGUA PORTUGUESA

Discurso Indireto Se o discurso citado (fala da personagem) comporta


Observemos um fragmento do mesmo conto de Ma- um “eu” ou um “tu” que não se encontram entre as pessoas
chado de Assis: do discurso citante (fala do narrador), eles são convertidos
“Um dia, Serafina recebeu uma carta de Tavares dizen- num “ele”, se o discurso citado contém um “aqui” não cor-
do-lhe que não voltaria mais à casa de seu pai, por este lhe responde ao lugar em que foi proferido o discurso citante,
haver mostrado má cara nas últimas vezes que ele lá esti- ele é convertido num “lá”.
vera.”
Idem. Ibidem, p. 48. Pedro disse lá em Paris: - Aqui eu me sinto bem.
Eu (pessoa do discurso citado que não se encontra no
Nesse caso o narrador para citar que Tavares disse a discurso citante) converte-se em ele; aqui (espaço do dis-
Serafina, usa o outro procedimento: não reproduz literal- curso citado que é diferente do lugar em que foi proferido
mente as palavras de Tavares, mas comunica, com suas pa- o discurso citante) transforma-se em lá:
lavras, o que a personagem diz. A fala de Tavares não chega
ao leitor diretamente, mas por via indireta, isto é, por meio - Pedro disse que lá ele se sentia bem.
das palavras do narrador. Por essa razão, esse expediente é Se a pessoa do discurso citado, isto é, da fala da per-
chamado discurso indireto. sonagem (eu, tu, ele) tem um correspondente no discurso
citante, ela ocupa o estatuto que tem nesse último.
As principais marcas do discurso indireto são: Maria declarou-me: - Eu te amo.
- As falas das personagens também vem introduzidas O “te” do discurso citado corresponde ao “me” do ci-
por um verbo de dizer; tante. Por isso, “te” passa a “me”:
- As falas das personagens constituem oração subordi-
nada substantiva objetiva direta do verbo de dizer e, por- - Maria declarou-me que me amava.
tanto, são separadas da fala do narrador por uma partícula No que se refere aos tempos, o mais comum é o que o
introdutória normalmente “que” ou “se”; verbo de dizer esteja no presente ou no pretérito perfeito.
- Os pronomes pessoais, os tempos verbais e as pa-
Quando o verbo de dizer estiver no presente e o da fala
lavras que indicam espaço e tempo (como pronomes de-
da personagem estiver no presente, pretérito ou futuro do
monstrativos e advérbios de lugar e de tempo) são usados
presente, os tempos mantêm-se na passagem do discur-
e relação a narrador, ao momento em que ele fala e ao
so direto para o indireto. Se o verbo de dizer estiver no
espaço em que está.
pretérito perfeito, as alterações que ocorrerão na fala da
Passagem do Discurso Direto para o Discurso Indi-
reto personagem são as seguintes:
Pedro disse:
- Eu estarei aqui amanhã. Discurso Direto – Discurso Indireto
Presente – Pretérito Imperfeito
No discurso direto, o personagem Pedro diz “eu”; o Pretérito Perfeito – Pretérito mais-que-perfeito
“aqui” é o lugar em que a personagem está; “amanhã” é o Futuro do Presente – Futuro do Pretérito
dia seguinte ao que ele fala. Se passarmos essa frase para o
discurso indireto ficará assim: Joaquim disse: - Compro tudo isso.
Pedro disse que estaria lá no dia seguinte. - Joaquim disse que comprava tudo isso.
Joaquim disse: - Comprei tudo isso.
No discurso indireto, o “eu” passa a ele porque á al- - Joaquim disse que comprara tudo isso.
guém de quem o narrador fala; estaria é futuro do pretérito: Joaquim disse: - Comprarei tudo isso.
é um tempo relacionado ao pretérito da fala do narrador - Joaquim disse que compraria tudo isso.
(disse), e não ao presente da fala do personagem, como
estarei; lá é o espaço em que a personagem (e não o narra- Discurso Indireto Livre
dor) havia de estar; no dia seguinte é o dia que vem após o “(...) No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao
momento da fala da personagem designada por ele. fechar o negócio notou que as operações de Sinhá Vitória,
Na passagem do discurso direto para o indireto, deve- como de costume, diferiam das do patrão. Reclamou e ob-
se observar as frases que no discurso direto tem as formas teve a explicação habitual: a diferença era proveniente de
interrogativas, exclamativa ou imperativa convertem-se, no juros.
discurso indireto, em orações declarativas. Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto,
Ela me perguntou: quem está ai? sim senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mu-
Ela me perguntou quem estava lá. lher tinha miolo. Com certeza havia um erro no papel do
branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estri-
As interjeições e os vocativos do discurso direto desapa- bos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que
recem no discurso indireto ou tem seu valor semântico ex- era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar
plicitado, isto é, traduz-se o significado que elas expressam. como negro e nunca arranjar carta de alforria!
Graciliano Ramos. Vidas secas.
O papagaio disse: Oh! Lá vem a raposa. 28ª Ed. São Paulo, Martins, 1971, p. 136.
O papagaio disse admirado (explicitação do valor se-
mântico da interjeição oh!) que ao longe vinha a raposa.

90
LÍNGUA PORTUGUESA

Nesse texto, duas vozes estão misturadas: a do narrador Essa modalidade de citação permite, por exemplo, que se
e a de Fabiano. Não há indicadores que delimitem muito bem use variante linguística da personagem como forma de forne-
onde começa a fala do narrador e onde se inicia a da persona- cer pistas para caracterizá-la. Sirva de exemplo o trecho que
gem. Não se tem dúvida de que o período inicial está traduzido a segue, um diálogo entre personagens do meio rural, um far-
fala do narrador. A bem verdade, até não se conformou (início do macêutico e um agricultor, cuja fala é transcrita em discurso
segundo parágrafo), é a voz do narrador que está comandando direto pelo narrador:
a narrativa. Na oração devia haver engano, já começa haver uma
mistura de vozes: sob o ponto de vista das marcas gramaticais, Um velho brônzeo apontou, em farrapos, à janela aberta
não há nenhuma pista para se concluir, que a voz de Fabiano o azul.
é que esteja sendo citada; sob o ponto de vista do significado, - Como vai, Elesbão?
porém, pode-se pensar numa reclamação atribuída a ele. - Sua bênção...
Tomemos agora esse trecho: “Ele era bruto, sim senhor, - Cheio de doenças?
via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. - Sim sinhô.
Com certeza havia um erro no papel do branco.” Pelo conteúdo - De dores, de dificuldades?
de verdade é pelo modo de dizer, tudo nos induz a vislumbrar - Sim sinhô.
aí a voz de Fabiano ecoando por meio do discurso do narra- - De desgraças...
dor. É como se o narrador, sem abandonar as marcas linguís- O farmacêutico riu com um tímpano desmesurado. Você
ticas próprias de sua fala, estivesse incorporando as reclama- é o Brasil. Depois Indagou:
ções e suspeitas da personagem, a cuja linguagem pertencem - O que você eu Elesbão?
expressões do tipo bruto, sim senhor e a mulher tinha miolo. - To precisando de uns dinheirinho e duns gênor. Meu
Até a repetição de palavras e uma certa entonação presumi- arroizinho tá bão, tá encanando bem. Preciso de uns manti-
velmente exclamativa confirmam essa inferência. mento pra coiêta. O sinhô pode me arranjá com Nhô Salim.
Para perceber melhor o que é o discurso indireto livre, Depois eu vendo o arroiz pra ele mermo.
confrontemos uma frase do texto com a correspondente em - Você é sério, Elesbão?
discurso direito e indireto: - Sô sim sinhô!
- Quanto é que você deve pro Nhô Salim?
- Discurso Indireto Livre - Um tiquinho.
Estava direito aquilo? Oswaldo de Andrade. Marco Zero.
2ª Ed. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1974, p.
- Discurso Direto 7-8.
Fabiano perguntou: - Esta direito isto?
Quanto ao discurso indireto, pode ser de dois tipos, e
- Discurso Indireto cada um deles cria um efeito de sentido diverso.
Fabiano perguntou se aquilo estava direito - Discurso Indireto que analisa o conteúdo: elimina os
Essa forma de citação do discurso alheio tem característi- elementos emocionais ou afetivos presentes no discurso direto,
cas próprias que são tanto do discurso direto quanto do indi- assim como as interrogações, exclamações ou formas imperati-
reto. As características do discurso indireto livre são: vas, por isso produz um efeito de sentido de objetividade analí-
tica. Com efeito, nele o narrador revela somente o conteúdo do
- Não há verbos de dizer anunciando as falas das perso- discurso da personagem, e não o modo como ela diz. Com isso
nagens; estabelece uma distância entre sua posição e a da personagem,
- Estas não são introduzidas por partículas como “que” e abrindo caminho para a réplica e o comentário. Esse tipo de dis-
“se” nem separadas por sinais de pontuação; curso indireto despersonaliza discurso citado em nome de uma
- O discurso indireto livre contém, como o discurso di- objetividade analítica. Cria, assim, a impressão de que o narra-
reto, orações interrogativas, imperativas e exclamativas, bem dor analisa o discurso citado de maneira racional e isenta de
como interjeições e outros elementos expressivos; envolvimento emocional. O discurso indireto, nesse caso, não
se interessa pela individualidade do falante no modo como ele
- Os pronomes pessoais e demonstrativos, as palavras in- diz as coisas. Por isso é a forma preferida nos textos de natureza
dicadoras de espaço e de tempo são usados da mesma forma filosófica, científica, política, etc., quando se expõe as opiniões
que no discurso indireto. Por isso, o verbo estar, do exemplo dos outros com finalidade de criticá-las, rejeitá-las ou acolhê-las.
acima, ocorre no pretérito imperfeito, e não no presente (está), - Discurso Indireto que analisa a expressão: serve para
como no discurso direto. Da mesma forma o pronome de- destacar mais o modo de dizer do que o que se diz; por exem-
monstrativo ocorre na forma aquilo, como no discurso indireto. plo, as palavras típicas do vocabulário da personagem citada,
a sua maneira de pronunciá-las, etc. Nesse caso, as palavras
Funções dos diferentes modos de citar o discurso do ou expressões ressaltadas aparecem entre aspas. Veja-se este
outro exemplo. De Eça de Queirós:
O discurso direto cria um efeito de sentido de verdade.
Isso porque o leito ou ouvinte tem a impressão de que ...descobrira de repente, uma manhã, eu não devia trair
quem cita preservou a integridade do discurso citado, ou Amaro, “porque era papá do seu Carlinhos”. E disse-o ao abade;
seja, o que ele reproduziu é autêntico. É como se ouvisse a fez corar os sessenta e quatro anos do bom velho (...).
pessoa citada com suas próprias palavras e, portanto, com O crime do Padre Amaro.
a mesma carga de subjetividade. Porto, Lello e Irmão, s.d., vol. I, p. 314.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Imagine-se ainda que uma pessoa, querendo denunciar a Comparação


forma deselegante com que fora atendida por um represen- Consiste em atribuir características de um ser a outro, em
tante de uma empresa, tenha dito o seguinte: virtude de uma determinada semelhança.
A certa altura, ele me respondeu que, se eu não estivesse O meu coração está igual a um céu cinzento.
satisfeito, que fosse reclamar “para o bispo” e que ele já não O carro dele é rápido como um avião.
estava “nem aí” com “tipinhos” como eu.
Em ambos os casos, as aspas são utilizadas para dar desta- Prosopopeia
que a certas formas de dizer típicas das personagens citadas e É uma figura de linguagem que atribui características hu-
para mostrar o modo como o narrador as interpreta. No exem- manas a seres inanimados. Também podemos chamá-la de
plo de Eça de Queirós, “porque era o papá de seu Carlinhos” PERSONIFICAÇÃO.
contem uma expressão da personagem Amélia e mostra certa O céu está mostrando sua face mais bela.
dose de ironia e malícia do narrador. No segundo exemplo, as O cão mostrou grande sisudez.
aspas destacam a insatisfação do narrador com a deselegância
e o desprezo do funcionário para com os clientes. Sinestesia
O discurso indireto livre fica a meio caminho da subjetivi- Consiste na fusão de impressões sensoriais diferentes
dade e da objetividade. Tem muitas funções. Por exemplo, dá (mistura dos cinco sentidos).
verossimilhança a um texto que pretende manifestar pensa- Raquel tem um olhar frio, desesperador.
mentos, desejos, enfim, a vida interior de uma personagem. Aquela criança tem um olhar tão doce.
Em síntese, demonstra um envolvimento tal do narrador
com a personagem, que as vozes de ambos se misturam como Catacrese
se eles fossem um só ou, falando de outro modo, como se o nar- É o emprego de uma palavra no sentido figurado por fal-
rador tivesse vestido completamente a máscara da personagem, ta de um termo próprio.
aproximando-a do leitor sem a marca da sua intermediação. O menino quebrou o braço da cadeira.
Veja-se como, neste trecho: “O tímido José”, de Antônio A manga da camisa rasgou.
de Alcântara Machado, o narrador, valendo-se do discurso
indireto livre, leva o leitor a partilhar do constrangimento da Metonímia
personagem, simulando estar contaminado por ele: É a substituição de uma palavra por outra, quando existe
uma relação lógica, uma proximidade de sentidos que permi-
(...) Mais depressa não podia andar. Garoar, garoava sem- te essa troca. Ocorre metonímia quando empregamos:
pre. Mas ali o nevoeiro já não era tanto felizmente. Decidiu. Iria - O autor pela obra.
indo no caminho da Lapa. Se encontrasse a mulher bem. Se não Li Jô Soares dezenas de vezes. (a obra de Jô Soares)
encontrasse paciência. Não iria procurar. Iria é para casa. Afinal - o continente pelo conteúdo.
de contas era mesmo um trouxa. Quando podia não quis. Ago- O ginásio aplaudiu a seleção. (ginásio está substituindo
ra que era difícil queria. os torcedores)
Laranja-da-china. In: Novelas Paulistanas. - a parte pelo todo.
1ª Ed. Belo Horizonte, Itatiaia/ São Paulo, Edusp, Vários brasileiros vivem sem teto, ao relento. (teto subs-
1998, p. 184 titui casa)
- o efeito pela causa.
ESTILÍSTICA: FIGURAS DE Suou muito para conseguir a casa própria. (suor substitui
o trabalho)
LINGUAGEM (METÁFORA, METONÍMIA,
HIPÉRBOLE, EUFEMISMO, Perífrase
PROSOPOPEIA E ANTÍTESE). É a designação de um ser através de alguma de suas ca-
racterísticas ou atributos, ou de um fato que o celebrizou.
A Veneza Brasileira também é palco de grandes espetá-
culos. (Veneza Brasileira = Recife)
Segundo Mauro Ferreira, a importância em reconhecer A Cidade Maravilhosa está tomada pela violência. (Cidade
figuras de linguagem está no fato de que tal conhecimento, Maravilhosa = Rio de Janeiro)
além de auxiliar a compreender melhor os textos literários,
deixa-nos mais sensíveis à beleza da linguagem e ao signifi- Antítese
cado simbólico das palavras e dos textos. Consiste no uso de palavras de sentidos opostos.
Definição: Figuras de linguagem são certos recursos não- Nada com Deus é tudo.
-convencionais que o falante ou escritor cria para dar maior Tudo sem Deus é nada.
expressividade à sua mensagem.
Eufemismo
Metáfora Consiste em suavizar palavras ou expressões que são de-
É o emprego de uma palavra com o significado de ou- sagradáveis.
tra em vista de uma relação de semelhanças entre ambas. É Ele foi repousar no céu, junto ao Pai. (repousar no céu
uma comparação subentendida. = morrer)
Minha boca é um túmulo. Os homens públicos envergonham o povo. (homens
Essa rua é um verdadeiro deserto. públicos = políticos)

92
LÍNGUA PORTUGUESA

Hipérbole Cada alma é uma escada para Deus,


É um exagero intencional com a finalidade de tornar mais Cada alma é um corredor-Universo para Deus,
expressiva a ideia. Cada alma é um rio correndo por margens de Externo
Ela chorou rios de lágrimas. Para Deus e em Deus com um sussurro noturno. (Fernan-
Muitas pessoas morriam de medo da perna cabeluda. do Pessoa)

Ironia Silepse
Consiste na inversão dos sentidos, ou seja, afirmamos o Ocorre quando a concordância é realizada com a ideia
contrário do que pensamos. e não sua forma gramatical. Existem três tipos de silepse:
Que alunos inteligentes, não sabem nem somar. gênero, número e pessoa.
Se você gritar mais alto, eu agradeço. De gênero: Vossa excelência está preocupado com as no-
tícias. (a palavra vossa excelência é feminina quanto à forma,
Onomatopeia mas nesse exemplo a concordância se deu com a pessoa a
Consiste na reprodução ou imitação do som ou voz na- que se refere o pronome de tratamento e não com o sujeito).
tural dos seres. De número: A boiada ficou furiosa com o peão e derruba-
Com o au-au dos cachorros, os gatos desapareceram. ram a cerca. (nesse caso a concordância se deu com a ideia de
Miau-miau. – Eram os gatos miando no telhado a noite toda. plural da palavra boiada).
De pessoa: As mulheres decidimos não votar em deter-
Aliteração minado partido até prestarem conta ao povo. (nesse tipo de
Consiste na repetição de um determinado som conso- silepse, o falante se inclui mentalmente entre os participantes
nantal no início ou interior das palavras. de um sujeito em 3ª pessoa).
O rato roeu a roupa do rei de Roma.
Questões sobre Figuras de Linguagem
Elipse
Consiste na omissão de um termo que fica subentendido 01. Analista de informática II – VUNESP – 2013 Ciência e liberdades
no contexto, identificado facilmente. Aparentemente, o título deste artigo não faria nenhum
Após a queda, nenhuma fratura. sentido, considerando a época em que vivemos, na qual a
pesquisa científica goza de uma ampla liberdade, garantida
por universidades e institutos de pesquisa. Vai longe o tempo
Zeugma em que Giordano Bruno e Galileu foram condenados à morte.
Consiste na omissão de um termo já empregado ante- No entanto, a liberdade de que goza a pesquisa científica vem
riormente. tendo um contraponto na utilização pelo Estado dos produtos des-
Ele come carne, eu verduras. sa mesma pesquisa. Isso é especialmente visível no uso da ciência
Pleonasmo por políticas públicas de saúde. Resultados de pesquisas, ou mes-
Consiste na intensificação de um termo através da sua mo hipóteses não verificadas, são utilizados como instrumentos de
repetição, reforçando seu significado. ações governamentais, como se assim estivessem justificados.
Nós cantamos um canto glorioso. Tais ações públicas estão particularmente presentes nas
políticas conduzidas contra alimentos gordurosos e bebidas
Polissíndeto açucaradas. Governos arrogam-se direitos de intervenção na
É a repetição da conjunção entre as orações de um perío- vida dos cidadãos, supostamente amparados no conheci-
do ou entre os termos da oração. mento científico. É próprio do progresso científico que seus
Chegamos de viagem e tomamos banho e saímos para dançar. resultados sejam tornados públicos, vindo a balizar a vida das
pessoas se elas optarem por seguir esse conhecimento adqui-
Assíndeto rido. Mas uma coisa é as pessoas, de posse de certos conheci-
Ocorre quando há a ausência da conjunção entre duas mentos, optarem por não consumir determinado produto por
orações. considerá-lo prejudicial à sua saúde. Nesse sentido, seria fun-
Chegamos de viagem, tomamos banho, depois saímos ção do Estado informar os cidadãos sobre os malefícios reais
para dançar. ou prováveis do consumo de tais produtos. Outra, muito dife-
rente, é o Estado impor determinadas condutas restritivas da
Anacoluto liberdade de escolha, em nome de um conhecimento científi-
Consiste numa mudança repentina da construção sintá- co apropriado pelo governo com vista a seus fins específicos.
tica da frase. Consequentemente estaríamos diante de algo extrema-
Ele, nada podia assustá-lo. mente perigoso, a saber, a administração “científica” da vida.
Nota: o anacoluto ocorre com frequência na linguagem Cidadãos administrados são cidadãos tutelados, incapazes de
falada, quando o falante interrompe a frase, abandonando o discernir por si mesmos o que é “bom” para eles.
que havia dito para reconstruí-la novamente. A pior administração é a que se diz “verdadeira”, “cien-
tífica”, como se coubesse ao Estado optar no lugar dos ci-
Anáfora dadãos. Cidadãos administrados cientificamente tendem a
Consiste na repetição de uma palavra ou expressão se tornar servos do Estado. A eles é reservado um lugar espe-
para reforçar o sentido, contribuindo para uma maior ex- cífico, o de serem destituídos do conhecimento “verdadeiro”,
pressividade. esse que lhes é imposto à sua revelia.

93
LÍNGUA PORTUGUESA

A comunidade científica, à medida que avança no ter- 05. Na metáfora, a palavra adquire um sentido diferen-
reno do político, começa a abandonar o seu terreno pró- te do comum. Assim, metaforicamente, uma pessoa pode
prio, vindo a se tornar uma parte do problema, em vez de ser chamada de “flor”, ou um obstáculo ser chamado de “pe-
poder ser um elemento de sua solução. Melhor fariam os dra”. Assinale qual das frases abaixo apresenta uma metáfora:
cientistas em avançar em suas pesquisas, mostrando, por A) O céu hoje está estrelado, sem nuvens.
exemplo, os elementos e produtos eventualmente prejudi- B) Essa joia é cara, pois é toda de ouro.
ciais à saúde dos indivíduos. Não lhes compete uma con- C) Aquele trabalho foi fatigante, exigiu muito esforço.
duta de “cruzados” pelo controle “científico” dos cidadãos. D) A rainha desfilou com sua coroa de brilhantes.
Cidadãos devem ser informados, não tutelados. A sua E) João disse que a bela Maria é a estrela de sua vida.
liberdade de escolha deve ser, antes de tudo, preservada,
tratando-se de um direito fundamental do ser humano. 06. Assinale a alternativa correta de acordo com a in-
(Denis Lerrer Rosenfield, www.estadao.com.br, dicação entre parênteses, referentes às figuras de lingua-
25.03.2013. Adaptado) gem.
A) Ódio e amor são sentimentos que se manifestam no
Assinale a alternativa em que o termo em negrito é homem. (comparação)
empregado, no texto, com sentido metafórico. B) Seu olhar é uma chuva de estrelas. (metáfora)
A)... considerando a época em que vivemos, na qual a C) A noite é escura como ébano. (prosopopeia)
pesquisa científica goza de uma ampla liberdade, garanti- D) Esqueci-me de trazer Paulo Coelho para você. (an-
da por universidades e institutos de pesquisa. (primeiro títese)
parágrafo) E) Você está faltando com a verdade. (pleonasmo)
B) Resultados de pesquisas, ou mesmo hipóteses não
verificadas, são utilizados como instrumentos de ações go- 07. A figura encontrada na frase “Paula para aqui, Paula
vernamentais... (segundo parágrafo) para ali” é:
C) Tais ações públicas estão particularmente presentes A) elipse B) anacoluto C) pleonasmo D) anáfora
nas políticas conduzidas contra alimentos gordurosos e
bebidas açucaradas. (terceiro parágrafo) GABARITO
D) Nesse sentido, seria função do Estado informar os 01. E 02. B 03. C 04. A 05. E
cidadãos sobre os malefícios reais ou prováveis do consu- 06. B 07. D
mo de tais produtos. (quarto parágrafo)
E) Não lhes compete uma conduta de “cruzados” pelo COMENTÁRIOS
controle “científico” dos cidadãos. (penúltimo parágrafo)
1-) cruzados – empregado no sentido de “lutadores”,
02. “Ele fez anotações na folha do livro”. A expressão defensores”
sublinhada lembra uma figura:
A) metáfora B) catacrese C) anacoluto D) meto- 2-) folha do livro – A catacrese costuma ocorrer quan-
nímia do, por falta de um termo específico para designar um con-
ceito, toma-se outro “emprestado”. Passa-se a empregar
03. Assinale a expressão inconveniente por repetir in- algumas palavras fora de seu sentido original.
formações:
A) É preciso encarar os problemas com coragem; 3-) habitat natural – segundo a maioria dos gramáticos,
B) Ela é o elo entre mim e você; todo habitat é natural.
C) É preciso deixar o animal em seu habitat natural;
D) Iniciei os trabalhos há dois meses; 4-) Para que serve um advogado honesto quando o
E) Já não há motivo para reclamação. que você precisa é de um advogado desonesto? – uso de
palavras antônimas no mesmo contexto.
04. Antítese é uma figura de linguagem caracterizada
pela presença de vocábulos de significação oposta. A frase 5-) João disse que a bela Maria é a estrela de sua vida.
abaixo em que ocorre uma antítese é:
A) “Para que serve um advogado honesto quando o 6-) Ódio e amor são sentimentos que se manifestam
que você precisa é de um advogado desonesto?” (Eric Am- no homem. (antítese)
bler) A noite é escura como ébano. (comparação)
B) “Nunca minta para o seu médico, para o seu confes- Esqueci-me de trazer Paulo Coelho para você. (meto-
sor ou para o seu advogado”. (George Herbert) nímia)
C) “A ambição universal dos homens é viver colhendo Você está faltando com a verdade. (eufemismo)
o que nunca plantaram”. (Adam Smith)
D) “O brasileiro é um povo com os pés no chão. E as 7-) Paula para aqui, Paula para ali
mãos também”. (Ivan Lessa) – anáfora= Repetição da mesma palavra ou grupo de
E) “Mais vale um pássaro na mão, que dois voando”. palavras
(ditado popular)

94
LÍNGUA INGLESA

(Somente Para Os Candidatos Que Optarem Pela Especialidade Controle De Tráfego Aéreo – Bct)

2.1 GRAMÁTICA: Artigos: definido e indefinido....................................................................................................................................................01


Substantivos: gênero, singular e plural, composto, contável e incontável e forma possessiva........................................................02
Adjetivos: posição, formação pelo gerúndio e pelo particípio e grau de comparação.......................................................................04
Pronomes: pessoal do caso reto e do oblíquo, indefinidos (pronomes substantivos e adjetivos), relativos, demonstrativos
(pronomes substantivos e adjetivos), possessivos (pronomes substantivos e adjetivos), reflexivos e relativos.......................08
Pronomes e advérbios interrogativos........................................................................................................................................................................12
Determinantes (Determiners: all, most, no, none, either, neither, both, etc.)...........................................................................................01
Quantificadores (Quantifiers: a lot, a few, a little, etc.)........................................................................................................................................14
Advérbios: formação, tipos e uso.................................................................................................................................................................................17
Numerais.................................................................................................................................................................................................................................18
Preposições............................................................................................................................................................................................................................19
Conjunções............................................................................................................................................................................................................................20
Verbos: regulares, irregulares e auxiliares................................................................................................................................................................21
Tempos verbais: Simple present, Present progressive, Simple past, Past progressive, Future e Perfect tenses........................26
Modal verbs...........................................................................................................................................................................................................................32
Infinitivo e gerúndio...........................................................................................................................................................................................................33
Modos imperativo e subjuntivo....................................................................................................................................................................................34
Vozes do verbo: ativa, passiva e reflexiva.................................................................................................................................................................34
Phrasal verbs.........................................................................................................................................................................................................................35
Forma verbal enfática........................................................................................................................................................................................................35
Question tags e tag answers..........................................................................................................................................................................................36
Discurso direto e indireto................................................................................................................................................................................................36
Estrutura da oração: período composto (condicionais, relativas, apositivas, etc.)..................................................................................38
Prefixos e sufixos; e Marcadores do discurso (By the way, on the other hand, in addition, in my opinion, etc.).....................42
2.2 COMPREENSÃO DE TEXTOS: Textos de assuntos técnicos e gerais......................................................................................................45

(Somente Para Os Candidatos Que Optarem Pelos Grupos De Especialidades Correspondentes Às DemaisOpções –
Exceto Bct)

3.1 GRAMÁTICA: Artigos: definido e indefinido....................................................................................................................................................01


Substantivos: gênero, singular e plural, composto, contável e incontável e forma possessiva........................................................02
Adjetivos: posição, formação pelo gerúndio e pelo particípio e grau de comparação.......................................................................04
Pronomes: pessoal do caso reto e do oblíquo, indefinidos (pronomes substantivos e adjetivos), relativos, demonstrativos
(pronomes substantivos e adjetivos), possessivos (pronomes substantivos e adjetivos), reflexivos e relativos.......................08
Pronomes e advérbios interrogativos........................................................................................................................................................................12
Advérbios: formação, tipos e uso.................................................................................................................................................................................17
Numerais: cardinal e ordinal...........................................................................................................................................................................................18
Preposições............................................................................................................................................................................................................................19
Conjunções............................................................................................................................................................................................................................20
Verbos: regulares, irregulares e auxiliares................................................................................................................................................................21
Tempos verbais: Simple present, Present progressive, Simple past, Past progressive, Future e Present perfect tenses.......26
Modal verbs...........................................................................................................................................................................................................................32
Infinitivo e gerúndio...........................................................................................................................................................................................................33
Modos imperativo e subjuntivo....................................................................................................................................................................................34
Vozes do verbo: ativa, passiva e reflexiva; ...............................................................................................................................................................34
Phrasal verbs; .......................................................................................................................................................................................................................35
Forma verbal enfática; ......................................................................................................................................................................................................35
Question tags e tag answers; ........................................................................................................................................................................................36
Discurso direto e indireto; ..............................................................................................................................................................................................36
Estrutura da oração: período composto (condicionais, relativas, apositivas, etc.); ...............................................................................38
Prefixos e sufixos; e Marcadores do discurso (By the way, on the other hand, in addition, in my opinion, etc.).....................42
2.2 COMPREENSÃO DE TEXTOS: Textos de assuntos técnicos e gerais......................................................................................................45
LÍNGUA INGLESA

Exemplos:
GRAMÁTICA: ARTIGOS: DEFINIDO E
INDEFINIDO. DETERMINANTES A cow.
(DETERMINERS: ALL, MOST, NO, NONE, Uma vaca.
EITHER, NEITHER, BOTH, ETC.).
A desk.
Uma carteira.

Artigos An elephant.
Um elefante.
E geral, emprega-se o artigo definido the antes de
substantivos com a finalidade de especificá-los. An envelope.
Um envelope.
Exemplo:
I have an english dictionary.
The boy is late. Eu tenho um dicionário de Inglês.
O menino está atrasado.
A função do an é acelerar a pronuncia uma vez que o
Às vezes, pode ocorrer a presença de um ou mais adje- an já se junta na pronuncia da próxima palavra.
tivos entre o artigo the e o substantivo.
Exemplo:
Exemplos:
This is an American car.
The little boy is late. Este é um carro americano.
O pequeno menino está atrasado.
A pronuncia da frase acima não é:
The little good boy is late. This is an (pausa) American car.
O pequeno bom menino está atrasado.
A pronúncia correta é:
Na língua inglesa, os artigos indefinidos são: a e an. This is anAmerican car.
Ambos são traduzidos como: um ou uma. O artigo indefi-
nido no inglês não tem plural. Só podemos usar a/an antes Determinantes, também conhecidos como quantifi-
de substantivos que estejam no singular. cadores, são usados antes de substantivos para fazer re-
ferência a algo específico ou a um grupo em geral. São
Exemplos: palavras ou expressões usadas para indicar e fornecer in-
formações a respeito da quantidade de algo.
A car.
Um carro. Os determinantes específicos são:

A house. O artigo definido: the


Uma casa. Os pronomes demonstrativos: this, that, these, those
Os pronomes adjetivos possessivos: my, your, his, her,
Assim como no artigo definido the pode existir its, our, their
um ou mais adjetivos entre o artigo e o substantivo, o mes-
mo pode acontecer com os artigos indefinidos a/an. Exemplos:

Exemplos: The dog barked at the boy.


O cachorro latiu para o garoto
A beautiful day.
Um lindo dia. These apples are not good to eat.
Estas maçãs não estão boas para comer.
A hot summer.
Um verão quente.
Their train was early.
A diferença entre o artigo a para o artigo an é a pala- O trem deles estava adiantado.
vra que vem após estes. Se a próxima palavra (substantivo Você usa quantificadores mais gerais para falar sobre
ou adjetivo) tiver o som de consoante em sua pronuncia, pessoas ou coisas sem dizer exatamente quem ou o quê
utilizamos a. Se o som for de vogal em sua pronuncia, uti- eles são.
lizamos an, Os determinantes/quantificadores gerais são:

1
LÍNGUA INGLESA

a, an, a few, little, all, another, any, both, each, ei- Resumindo:
ther, enough, every, few, fewer, less, little, many, more,
most, much, neither, no, other, several, some.  This (singular, perto) - Este, esta, isto.
That (singular, longe) - Aquele, aquela, aquilo.
Exemplos:
These (plural, perto) - Estes, estas.
A woman sat under an umbrella. Those (plural, longe) - Aqueles, aquelas.
Uma mulher sentou-se embaixo de um guarda-chuva.

Have you got any literature books?


Você tem algum livro de literatura? SUBSTANTIVOS: GÊNERO,
PLURAL, CONTÁVEIS E
There is not enough food for everyone. INCONTÁVEIS E FORMA POSSESSIVA
Não há comida suficiente para todos.

I have no idea to give.


Substantivos
Eu não tenho nenhuma ideia para dar.
Substantivos, que no inglês são conhecidos como nou-
She has little money in her purse. ns, são palavras que dão nome a pessoas, lugares, coisas,
Ela tem pouco dinheiro em sua bolsa. conceitos, ações, sentimentos, etc. Também chamados de
nomes, eles funcionam de muitas maneiras nas sentenças.
There are fewer students in class today. Na maioria das vezes, posicionam-se como o sujeito de um
Há menos alunos na classe hoje. verbo, funcionando como o ator ou agente dele. Os no-
mes também podem receber uma ação quando funcionam
Os pronomes demonstrativos servem para apontar, como objeto do verbo. Quando atuam como sujeitos ou
demonstrar, indicar algum animal, objeto ou pessoa. São objetos, os substantivos podem ser apenas uma palavra,
quatro: this, these, that e those. No inglês não existem frases, ou cláusulas.
pronomes demonstrativos masculinos ou femininos como
temos no Português. Exemplos:

Singular Plural The plane crashed. (substantivo como sujeito da frase)


He kicked the dog. (substantivo como objeto direto do
Perto This That verbo)
Longe These Those
A maioria dos substantivos forma o plural com o acrés-
Usa-se this para referir-se a algo no singular e que está cimo de -s. Por exemplo:
perto de quem fala.
Usa-se that para referir-se a algo no singular e que Singular Plural 
está longe de quem fala. car cars 
cap caps 
Usa-se these para referir-se a algo no plural e que está
perto de quem fala. Quando o nome termina em -y e é precedido por con-
soante, faz-se o plural com -ies
Usa-se those para referir-se a algo no plural e que está
longe de quem fala.
a city cities 
a party parties
Exemplos:
a lady ladies 
a baby babies
This car is modern.
Este carro é moderno. Se o substantivo termina em -s, -ss, -z, -sh, -ch, -x (ex-
ceção: ox => oxen), acrescentamos -es para formar o plural:
These clothes are very cheap.
Estas roupas estão muito baratas. A bus two buses
A fox two foxes
That is my best friend. A watch two watches
Aquele é meu melhor amigo. A class two classes
Those are the new doctors. A whiz two whizzes (dobra a última consoante)
Aqueles são os novos médicos. A flash two flashes

2
LÍNGUA INGLESA

Acrescenta-se -es somente em alguns substantivos ter- Outros nomes têm forma plural e usam verbo no plural
minados em -o. Outros ganham apenas -s: também:
Potato potatoes
Tomato tomatoes Exemplos:
Hero heroes
Photo photos These pants are too big for me.
Radio radios Estas calças são muito grandes para mim.
Video videos
Shampoo shampoos His jeans are dark brown.
Zoo zoos Os jeans dele são marrom escuro.
Kangaroo kangaroos

Existem algumas formas irregulares de plural. Alguns My glasses are old.


exemplos comuns são: Meus óculos são velhos.
woman women 
man men  Her pajamas have holes.
child children  Os pijamas dela tem buracos.
tooth teeth 
foot f eet Há vários substantivos que são somente usados no sin-
goose geese gular. Eles concordam com verbo e pronomes no singular,
mouse mice mesmo se transmitirem ideia de plural. Estes não podem
louse lice ser precedidos pelos artigos indefinidos a/an, por isso,
person people muitas vezes, utilizamos alguma expressão quantificadora
antes deles.
Para alguns terminados em -f ou -fe, trocamos estas
letras por -ves. Para outros, apenas usamos -s: Exemplos:
Leaf leaves I have a piece of information for you.
Knife knives
Eu tenho uma informação para você.
Wife wives
Life lives
Roof roofs Can you give a word of advice?
Belief beliefs Você pode me dar algum conselho?
Safe safes
Chief chiefs He bought beautiful pieces of furniture for the be-
droom.
Outros terminados em -f admitem plural de duas maneiras: Ele comprou lindos móveis para o quarto.

Dwarf dwarfs/dwarves I bring some news for your day.


Scarf scarfs/scarves Eu trago algumas notícias para o seu dia.
Hoof hoofs/hooves
Generos dos substantivos
Alguns nomes têm a mesma forma tanto no singular
quanto no plural: Em inglês, existem três tipos de gêneros para os subs-
tantivos: feminino, masculino e neutro. Os substantivos
A species two species femininos, quando estiverem no singular, podem ser tro-
A sheep two sheep cados pelo pronome “she”. Os substantivos masculinos,
A fish two fish
quando no singular, podem ser trocados por “he”. Os subs-
A deer two deer
tantivos neutros são usados para fazer referência a coisas
A means two means
A series two series ou animais, ou, ainda, para expressar uma ideia que sirva
para ambos os sexos. Nesse último caso, podemos trocar o
Alguns nomes têm plural, mas usam verbo no singular: substantivo no singular pelo pronome pessoal “it”. No caso
do plural, para todos os substantivos utilizamos o pronome
Exemplos: pessoal “they”.

The news is positive for the country. Exemplos:


A notícia é positiva para o país.
My mother sent me a kiss. / She sent me a kiss.
Linguistics is the study of language. Minha mãe mandou-me um beijo / Ela mandou-me um
Linguística é o estudo da língua. beijo.

3
LÍNGUA INGLESA

My brother loves soccer. / He loves soccer. Anna is intelligent. Jack is intelligent.


Meu irmão ama futebol. / Ele ama futebol. Anna é inteligente. Jack é inteligente.
Is it a boy or a girl?
É menino ou menina? Quando o(s) adjetivo(s) aparece(m) junto a um subs-
tantivo, tal abjetivo(s) deve(m) vir antes do substantivo:
O gênero pode ser reconhecido em palavras de duas
formas distintas: Exemplos:
1- Por anteposição ou posposição de palavras ou
This is a big city.
afixos: vários substantivos femininos são terminados pelo
Esta é uma grande cidade.
sufixo -ess, por exemplo.

Exemplos: They live in a huge white house.


Eles moram em uma enorme casa branca.
Actor (ator) – Actress (atriz)
Prince (príncipe) – Princess (princesa) Marcos is a soccer player.
Waiter (garçom) – Waitress (garçonete) Marcos é um jogador de futebol.

2- Por palavras diferentes: o masculino é determina- Os adjetivos em inglês também possuem graus diver-
do por uma palavra e o feminino, por outra: sos, assim como ocorre em português.

Exemplos: Não existe uma regra para determinar-nos quando um


adjetivo é curto ou longo, por exemplo se baseando no
Husband (marido) – wife (esposa) número de letras ou algo do tipo. O estudante deve se fa-
Brother (irmão) – sister (irmã) miliarizar com os adjetivos já os classificando entre longos
Boy (garoto) – girl (garota) e curtos.
Nephew (sobrinho) – niece (sobrinha)
Father (pai) – mother (mãe) Grau Comparativo de Igualdade (as + adjetivo +
as) = (tão/tanto... quanto)

Exemplos:
ADJETIVOS: POSIÇÃO,
FORMAÇÃO PELO GERÚNDIO E PELO Dereck is as short as Fred.
PARTICÍPIO E GRAU DE COMPARAÇÃO. Dereck é tão baixo quanto Fred.

That motorcycle is as fast as this one.


Adjetivos e comparativos Aquela moto é tão rápida quanto esta.

Adjetivos são palavras ou grupo de palavras que indi- Julie is as beautiful as Sharon.
cam características dos substantivos, definindo-os, delimi- Julie é tão bela quanto Sharon.
tando-os ou modificando-os.
Grau Comparativo de Superioridade (adjetivo curto
Ao contrário do que ocorre na língua portuguesa, os + er + than) = (mais... do que..)
adjetivos em inglês não possuem forma singular, plural,
masculina nem feminina. Existe apenas a forma singular Exemplos:
para ambos os sexos.
Adjetivo: Strong (forte)
She is beautiful.
Tim is stronger than Peter.
Ela é linda.
Tim é mais forte do que Peter.
They are beautiful.
Elas (ou eles) são lindos. Adjetivo: Tall (alto)
An elephant is taller than a lion.
His car is red Um elefante é mais alto que um leão.
O carro dele é vermelho.
Adjetivo: Thin (magro)
Their cars are red. Nancy is thinner than Sue.
O carro deles é vermelho. Nancy é mais magra do que Sue.

4
LÍNGUA INGLESA

Grau Comparativo de Superioridade (more + adjeti- Grau Superlativo de Superioridade (the most + adje-
vo longo + than) = (mais... do que..) tivo longo) = (o mais...)

Exemplos: Exemplos:

Adjetivo: Intelligent (Inteligente) Adjetivo: Modern (moderno)


Dave is more intelligent than his brother. This is the most modern TV set nowadays.
Dave é mais inteligente que seu irmão. Este é o aparelho de TV mais moderno do momento.
Adjetivo: Handsome (bonito)
Adjetivo: Careful (cuidadoso) He is the most handsome actor in the movies.
He is more careful than his father when driving. Ele é o ator mais bonito do cinema.
Ele é mais cuidadoso que seu pai quando está dirigin-
do. Adjetivo: Famous (famoso)
Messy is the most famous soccer player now.
Adjetivo: Comfortable (confortável) Messy é o jogador de futebol mais famoso agora.
This house is more comfortable than the other.
Esta casa é mais confortável que a outra. Grau Superlativo de Inferioridade (the least + adje-
tivo) = (o menos...)
Grau Comparativo de Inferioridade (less + adjetivo +
than) = (menos... do que...) Adjetivo: Important (importante)
This is the least important detail.
Exemplos: Este é o detalhe menos importante.
Adjetivo: Famous (famoso) Adjetivo: Nervous (nervoso)
Christopher is less famous than Brad. I’m always the least nervous during the tests.
Christopher é menos famoso do que Brad. Sempre sou o menos nervoso durante as provas.
Adjetivo: Hot (quente)
Adjetivo: Safe (seguro)
Your city is less hot than mine.
That region is the least safe of the city.
Sua cidade é menos quente do que a minha.
Aquela região é a menos segura da cidade.
Adjetivo: Difficult (difícil)
Existem algumas variações quando acrescentamos er
This language is less difficult than the others.
e –est na formação dos comparativos e superlativos.
Esta língua é menos difícil do que as outras.

Os graus de comparativo devem ser utilizados apenas Adjetivos que terminam em –e, acrescentamos ape-
quando estamos comparando duas pessoas ou duas coi- nas -r (no comparativo) ou -st (no superlativo):
sas. Por outro lado os graus de superlativo (como veremos
abaixo) são utilizados quando estamos comparando três Exemplos:
ou mais pessoas ou coisas. Geralmente as frases se refe-
rem a uma totalidade (da classe, da cidade, etc.). Adjetivo Comparativo Superlativo
wide (largo) wider the widest
Passemos então a estudar, agora, o grau superlativo: late (tarde) later the latest

Grau Superlativo de Superioridade (the + adjetivo Adjetivos curtos que terminam em –y, substituímos
curto + est) = (o mais...) o -y por -i e depois colocamos -er ou -est:

Exemplos: Exemplos:
Adjetivo Comparativo Superlativo
Adjetivo: Cheap (barato) pretty (bonita) prettier the prettiest
This is the cheapest restaurant in town. dirty (sujo) .....dirtier the dirtiest
Este é o restaurante mais barato da cidade.
Adjetivos curtos que terminam em CVC
Adjetivo: Tall (alto) (consoante+vogal+consoante), dobra-se a última con-
Jennifer is the tallest girl in the group. soante antes de acrescentar -er ou -est:
Jennifer é a garota mais alta do grupo.
Exemplos:
Adjetivo: Dry (seco) Adjetivo Comparativo Superlativo
This is the driest region of the state. thin (magro/fino) thinner the thinnest
Esta é a região mais seca do estado. fat (gordo) fatter the fattest

5
LÍNGUA INGLESA

Adjetivos irregulares. Aqueles que sua forma no comparativo e superlativo mudam totalmente sem seguir qualquer
regra pré-definida.
Exemplos:

Adjetivo Comparativo Superlativo

Bad (mau) worse the worst


Good (bom) better the best
Far (longe) f arther the farthest
Far (mais/complementar) further the furthest
Little (pouco) less the least
Many (muitos/as) more the most
Much (muito/a) more the most

Adjetivos indefinidos

Os indefinite adjectives são: some, any e no. Dependendo da frase, eles podem ser traduzidos como algum(a), ne-
nhum(a). Pelo fato de serem adjetivos, perceba que sempre devem preceder um substantivo, qualificando-os.

Exemplos:

Afirmativa:
I have some money.
Eu tenho algum dinheiro.

Negativa:
I don’t need any help.
Eu não preciso de qualquer ajuda.

Negativa:
Do you need any money?
Você precisa de algum dinheiro?

Em casos mais específicos, podemos usar some também em perguntas quando se deseja se oferece algo de forma bem
educada. Esta é a forma mais utilizada por exemplo pelos garçons de restaurante e outros serviços.

Exemplo:

Would you like some coffee?


Você gostaria de um pouco de café?

O artigo indefinido no pode ser utilizado quando o verbo estiver na forma afirmativa para passar o sentido de nenhum
ou nenhuma. Outra forma seria fazer a negação da frase através de seu auxiliar e ai usando o artigo indefinido any. Porém
o candidato não pode confundir e usar os dois na mesma frase pois assim a frase fica incorreta.

Exemplos:

I have no idea to give you.


Eu tenho ideia nenhuma para dar para você.

Ou

I don’t have any idea to give you.


Eu não tenho qualquer ideia para dar para você.

I have no tasks to do today.


Eu tenho nenhum tarefas para fazer hoje.

Ou

6
LÍNGUA INGLESA

I don’t have any tasks to do today.


Eu não tenho qualquer tarefas para fazer hoje.

I have no places to go on my vacation.


Eu tenho nenhum lugares para ir durante as minhas férias.

Ou

I don’t have any places to go on my vacation.


Eu não tenho qualquer lugar par air durante as minhas férias.

Adjetivos terminados em –ed e –ing

Muitos adjetivos na língua inglesa possuem terminação –ed ou –ing.

Adjetivos com terminação –ing se referem a uma característica de uma coisa ou de uma pessoa.

Adjetivos com terminação –ed se referem ao que a pessoa está sentindo.

Exemplos:

My friend is bored.
Meu amigo está entediado.

My friend is boring.
Meu amigo é entediante.

Basketball is an addicting sport.


Basketball é um esporte viciante.

I’m addicted in basketball.


Eu sou viciado em basketball.

De forma geral dizemos que algo ou alguém é “-ing” e isso nos faz sentir “-ed”

Exemplos:

Michael Jordan is an interesting player.


Michael Jordan é um jogador interessante.

I’m interested in basketball.


Eu estou interessado em basketball.

Aqui temos uma lista dos adjetivos mais comuns, em sua forma –ed e –ing.

Adjetivo -ed Tradução Adjetivo -ing Tradução


Alarmed Alarmado Alarming Alarmante
Aggravated Agravado Aggravating Agravante
Annoyed Irritado Annoying Irritante
Bored Entediado Boring Entediante
Challenged Desafiado Challenging Desafiante
Charmed Encantado Charming Encantador
Comforted Conformado Conforting Confortante
Confused Confuso Confusing Confuso

7
LÍNGUA INGLESA

Convinced Convencido Convincing Convincente


Depressed Depressivo Depressing Depressante
Disappointed Decepcionado Disappointing Decepcionante
Disturbed Perturbado Disturbing Perturbante
Encouraged Encorajado Encouraging Encorajante
Fascinated Fascinado Fascinating Fascinante
Frightened Assustado Frightening Assustador
Frustrated Frustrado Frustrating Frustante
Inspired Inspirado Inspiring Inspirador
Interested Interessado Interesting Interessante
Relaxed Relaxado Relaxing Relaxante
Relieved Aliviado Relieving Aliviante
Shocked Chocado Shocking Chocante
Surprised Surpreso Surprising Surpriendente
Tired Cansado Tiring Cansativo
Worried Preocupado Worrying Preocupante

PRONOMES: PESSOAL DO CASO RETO E DO OBLÍQUO, INDEFINIDOS


(PRONOMES SUBSTANTIVOS E ADJETIVOS), RELATIVOS, DEMONSTRATIVOS
(PRONOMES SUBSTANTIVOS E ADJETIVOS), POSSESSIVOS (PRONOMES
SUBSTANTIVOS E ADJETIVOS), REFLEXIVOS E RELATIVOS.

Pronomes pessoais
Há dois tipos de pronomes pessoais: sujeitos e objetos.

Pronome Pessoal Sujeito Tradução Pronome Pessoal Objeto


I eu Me
You você You
He ele Him
She ela Her
It ele/ela (para coisas ou animais) It
We nós Us
You vocês You
They eles/elas Them

Os pronomes pessoais sujeitos vêm antes do verbo, como sujeito da frase.


Os pronomes pessoais objetos vêm depois de verbo ou de preposição. Além de virem depois, o verbo principal da
frase está fazendo uma ação relacionada ao pronome pessoal objeto em questão.
A tabela criada acima já trás os sujeitos do lado esquerdo e os objetos do lado direto justamente para fazer a
representação descrita acima, facilitando assim o entendimento por parte do candidato.

Exemplos:

She loves him a lot.


Ela ama ele muito.

I saw her at the party yesterday.


Eu vi ela na festa ontem.

We are going to meet them in front of the stadium.


Nós vamos encontrar eles na frente do estádio.

8
LÍNGUA INGLESA

They waited for us for two hours.


Eles esperaram por nós por duas horas.

Can you send this e-mail for me, please?


Você pode enviar este e-mail para mim, por favor?
Pronomes possessivos

Na tirinha:

Ok, Ok I’ll put mine down if you put yours down first.
Ok, Ok, eu irei abaixar o meu se você abaixar o seu primeiro.

Há dois tipos de pronomes possessivos: adjetivos e substantivos.

Pron. Possessivo Adjetivo Tradução Pron. Possessivo Substantivo


My meu(s)/minha(s) Mine
Your seu/sua Yours
His dele His
Her dela Hers
Its dele/dela (coisas ou animais) Its
Our nosso(s)/ nossa(s) Our
Your seus/suas Yours
Their deles/delas Theirs

Os pronomes possessivos adjetivos vem antes do substantivo.

Os pronomes possessivos substantivos podem vir após o substantivo ou podem substituir o substantivo a qual se re-
ferem assim reduzindo a frase.

Para facilitar o entendimento do candidato, nos exemplos abaixo os substantivos ficarão sublinhados.

Exemplos:

His kid is playing with hers.


O filho dele está brincando com o dela.

9
LÍNGUA INGLESA

No exemplo acima: Marilyn herself wrote that message.


His – pronome possessivo adjetivo, antes do substan- A própria Marilyn escreveu aquela mensagem.
tivo “kid”.
Hers – pronome possessivo substantivo, substituindo Os Pronomes reflexivos podem ser precedidos pela
o substantivo “kid”, para evitar a repetição da mesma pala- preposição by. Nesse caso, dão o sentido de que alguém
vra várias vezes na mesma frase. fez algo sozinho, sem ajuda ou companhia de ninguém.

Exemplos: Exemplos:

My friends went to the club with yours. Did you go to the party by yourself?
Meus amigos foram ao clube com os seus. Você foi à festa sozinho?

Our mother likes pizza. That old man wants to live by himself.
Nossa mãe gosta de pizza. Aquele senhor quer viver sozinho.

Did you prefer his presentation or hers? Pronomes indefinidos


Você preferiu a apresentação dele ou a dela?
Os pronomes indefinidos, também conhecidos como
Pronome reflexivo Indefinite Pronouns são utilizados para falar de lugares,
coisas e pessoas indefinidas, de modo vago ou impreciso.
Os Pronomes reflexivos são usados quando a ação do
verbo recai sobre o próprio sujeito. O pronome reflexivo SOME
vem logo após o verbo e concorda com o sujeito. Eles se Algum, alguma, alguns, algumas
caracterizam pelas terminações -self (nas pessoas do sin- É utilizado nas frases afirmativas e antes do substan-
gular) e -selves (nas pessoas do plural). tivo.

Exemplos:
Pronome Reflexivo Tradução
There are some trees in the park.
Tem algumas árvores no parquet.
Myself A mim mesmo
Yourself A ti, a você mesmo(a) Paul and Linda have some money.
Himself A si, a ele mesmo Paul e Linda tem algum dinheiro.
Herself A si, a ela mesma
SOME – Formas compostas
Itself A si mesmo(a)
Ourselves A nós mesmos Exemplos:
Yourselves A vós, a vocês mesmos Somebody / someone - alguém.
Themselves A si, a eles mesmos Somewhere - algum lugar.
Something - alguma coisa.
Exemplos: Sometime - alguma vez / alguma hora.

She is looking at herself in the mirror. Exemplos:


Ela está olhando para si mesma no espelho. There is somebody at the door.
He hurt himself with a knife. Tem alguém na porta.
Ele machucou a si mesmo com a faca. Liz lives somewhere in Atlanta.
Liz vive em algum lugar em Atlanta.
O Pronome reflexivo também é empregado certas
vezes para dar ênfase à pessoa que pratica a ação dizen- I need something from the drugstore.
do que ele mesmo por si só praticou tal ação. Para tanto, Eu preciso de alguma coisa da farmácia.
podemos posicioná-lo logo após o sujeito ou no fim da
frase. Este tipo de estrutura também é conhecida como Let’s have dinner together sometime tonight.
Emphatic pronouns. Vamos jantar juntos alguma hora hoje a noite.

Exemplos: ANY
Algum, nenhum, qualquer.
Carlos himself did the homework. Utilizamos any nas perguntas e respostas negati-
O próprio Carlos fez a tarefa. vas, antes do substantivo.

10
LÍNGUA INGLESA

Nas perguntas any se refere a qualquer quantida- Exemplos:


de, por exemplo quando perguntamos se você tem alguma
quantidade de dinheiro. Everybody at the party is happy.
Todo mundo na festa está feliz
Exemplo:
OBS: Apesar do pronome everybody e everyone pas-
Do you have any money? sar a idéia de coletividade, de pluracidade, na verdade eles
Você tem qualquer (quantidade de) dinheiro? são concordados com o verbo no singular, neste exemplo is.

Nas negativas, any tem a função de nada, zero, vazio, Nowadays violence is everywhere.
etc. Porém não podemos fazer negativas em Inglês negan- Hoje em dia a violencia está em todos os lugares.
do no auxiliar e em seguida com no quando queremos em-
pregar esta função: In this store everything is very expensive.
Nesta loja tudo é muito caro.
Exemplos:
NO – Formas compostas
There aren’t no fruits in the kitchen.
Não tem nenhuma fruta na cozinha.
Exemplos:
There aren’t any fruits in the kitchen.
Não tem qualquer fruta na cozinha. Nobody / no one - ninguém.
No way - de modo algum.
There are no fruits in the kitchen. Nowhere - em lugar algum.
Tem nenhuma fruta na cozinha. Nothing - nada.
Auxiliar na afirmativa seguido de no também está cor-
reto. Exemplos:

Lembre-se que não existe o que chamamos de dupla Nobody helped me.
negativa. Ou se nega no auxiliar ou se nega no pronome Ninguém me ajudou.
indefinido, não em ambos ao mesmo tempo.
No way you are going to that party.
I have no wine Correto De modo algum você irá para aquela festa.

I don’t have any wine Correto It is raining nowhere.


I don’t have no wine Errado Está chovendo em lugar algum.

ANY – Formas compostas Nothing makes him happy.


Nada o faz feliz.
Exemplos:
NONE
Anybody / anyone - Alguém, ninguém, qualquer um.
Anywhere - Algum lugar, nenhum lugar, qualquer lugar. nenhum, nenhuma, ninguém ou nada
Anything - Alguma coisa, nenhuma coisa, qualquer coi-
sa. Utilizado no começo ou no fim da frase quando o ver-
bo está na forma afirmativa, mas a ideia é negativa. None é
Exemplos: usado no lugar de um pronome ou substantivo.
Exemplos:
Is anybody out there?
Tem alguém aí? - Do you have any money?
You can buy bread anywhere. - None.
Você consegue comprar pão em qualquer lugar.
- Você tem algum dinheiro?
Do you have anything interesting? - Nada.
Você tem alguma coisa interessante?
None of them is my brother.
EVERY – Formas compostas Nenhum deles é meu irmão.

Exemplos: Pronomes relativos

Everybody / everyone - todos, todas, todo mundo. Os Relative Pronouns são usados quando queremos
Everywhere - todos os lugares. identificar ou adicionar alguém ou alguma coisa em uma
Everything - tudo. oração ou quando queremos informações que comple-

11
LÍNGUA INGLESA

mentem a oração anterior. Podemos também dizer que Exemplo:


os pronomes relativos unem duas orações, estabelecendo
uma “relação” entre elas. Por isso, são chamados “relati- This is the boy. The boy’s father is my boss.
vos”. Este é o menino. O pai do menino é meu chefe.

Who – quem / que - usado para pessoas. This is the boy whose father is my boss.
Este é o garoto cujo pai é meu patrão.
Exemplo:
That – que - Refere-se a coisas e pessoas. Ou seja, tem a
That is the girl. She gave me a kiss. mesma função que who e which.
Aquela é a garota. Ela me deu um beijo.
Exemplo:
That is the girl who gave me a kiss.
Aquela é a garota que me deu um beijo. My city has a nice club. This club is promoting a big
party.
Whom – que / quem / o qual / a qual - usado para pes- Minha cidade tem um belo clube. Este clube está promo-
soas, normalmente após preposição. É utilizado em frases vendo uma grande festa.
mais formais.
My city has a nice club that is promoting a big party.
Exemplo: Minha cidade tem um belo clube que está promovendo
uma grande festa.
We need to listen to my brother. My brother has a lot
of experience with this.
PRONOMES E ADVÉRBIOS
Nós precisamos escutar o meu irmão. Meu irmão tem INTERROGATIVOS.
muita experiencia com isto.

My brother is the one to whom we need to listen to


because he has a lot of experience with this. Pronomes interrogativos

Meu irmão é quem devemos ouvir porque ele tem muita Os  Pronomes Interrogativos também chamados de
experiência com isto. Question Words,  são utilizados para obtermos informa-
ções mais específicas a respeito de algo ou alguém. As per-
Which – que - usado para coisas e animais. guntas formuladas com eles são conhecidas também como
wh-questions porque todos estes pronomes interrogati-
Exemplo: vos possuem as letras wh. Na grande maioria das vezes, os
pronomes interrogativos são posicionados antes de verbos
I watched a movie. The movie was fantastic. auxiliares ou modais, no início de frases.
Eu assisti um filme. O filme foi fantástico.
What – O que, que, qual - usado para questões com
I watched a movie which was fantastic. opções mais amplas de resposta.
Eu assisti um filme que foi fantástico.
Exemplos:
Where – onde / em que / no qual / na qual - refere-se
a lugares. What time is it now?
Exemplo: Que horas são agora?
What are you doing here?
I stayed in a hotel last night. In the hotel I saw Michael O que você está fazendo aqui?
Jordan. Where – Onde
Eu fiquei em um hotel ontem a noite. No hotel eu vi
Michael Jordan. Exemplos:

I stayed in a hotel last night where I saw Michael Jor- Where do you work?
dan. Onde você trabalha?
Eu fiquei em um hotel ontem a noite onde eu vi Michael
Jordan. Where do your kids study?
Onde seus filhos estudam?
Whose – cujo / cuja / de quem - usado para indicar
posse. When – Quando

12
LÍNGUA INGLESA

Exemplos: Existem diversas formas compostas dos pronomes in-


terrogativos. Podemos juntar outras palavras a estes antes
When did they move? dos verbos auxiliares, para especificar alguma informação.
Quando eles se mudaram?
Exemplos:
When did you travel to Europe?
Quando você viajou para a Europa? What kind of movies do you like?
Que tipo de filmes você gosta?
Who – Quem
What sports do you practice?
Exemplos: Que esportes você pratica?

Who is that girl? What soccer team are you a fan of?
Quem é aquela garota? Para que time de futebol você torce?

Who arrived first in the race? How often do you go to the gym?
Quem chegou primeiro na corrida? Com que frequência você vai à academia?
Why – Por que How long is the Amazon river?
Qual o comprimento do rio Amazonas?
Exemplos:
How much does this newspaper cost?
Why did you cry? Quanto custa este jornal?
Por que você chorou?
How many brothers do you have?
Why are you late for class?
Quantos irmãos você tem?
Por que você está atrasado para a aula?
How good are you at tennis?
Whom – Quem – mais formal que who e geralmente
O quanto você é bom em tênis?
vem após uma preposição.
How old are you?
Exemplos:
Quantos anos você tem?
With whom did you go to the park?
Com quem você foi ao parque? How far is São Paulo from Rio?
Qual a distância entre São Paulo e Rio?
To whom were you speaking last night?
Com quem você estava falando ontem à noite? How deep is this river?
Quão profundo é este rio?
Whose – De quem
Quando uma pergunta questiona sobre o sujeito da
Exemplos: oração, não se usa verbo auxiliar. Assim, o pronome inter-
rogativo
Whose pen is this?
De quem é esta caneta? inicia a pergunta seguido das outras palavras na ordem
afirmativa. Observe:
Whose mansion is that?
De quem é aquela mansão? Exemplos:
Who likes to eat vegetables?
Which – Qual, quais - usado para questões com op- Quem gosta de comer vegetais?
ções limitadas de resposta.
What broke the window?
Exemplos: O que quebrou a janela?

Which of those girls is your sister? Who speaks English in this room?
Qual daquelas meninas é a sua irmã? Quem fala inglês nesta sala?

Which color do you prefer: yellow or blue? How many people survived the accident?
Qual cor você prefere: amarelo ou azul? Quantas pessoas sobreviveram ao acidente?

13
LÍNGUA INGLESA

Em muitos casos, as perguntas são finalizadas por preposições que complementam seu sentido:

Exemplos:
Where are you from?
De onde você é?
What is your city like?
Como é a sua cidade?
Who did you play against?
Contra quem você jogou?
Where did you send the letter to?
Para onde você enviou a carta?
What is this for?
Para que é isto?

QUANTIFICADORES (QUANTIFIERS:
A LOT, A FEW, A LITTLE, ETC.).

Substantivos contáveis e não contáveis

Fonte: http://goo.gl/oiXKLN

Na tabela acima nós temos os exemplos de alguns alimentos divididos nas duas categorias que iremos explicar
abaixo, contáveis e incontáveis. Aqui iremos também traduzir todos os alimentos da lista, assim o estudante não
precisa ficar procurando em um dicionário um por um.

14
LÍNGUA INGLESA

Countables – Contáveis Uncountables – Incontáveis Em geral, estudantes de língua inglesa têm dificuldade
de saber quando um substantivo é contável e quando é
Bun – Bolinho Bread – Pão não-contável. As dicas são sempre conferir a informação
Sandwich – Sanduiche Fruit – Fruta num bom dicionário e também tentar memorizar alguns
Apple – Maça Juice – Suco dos mais comuns para agilizar o seu estudo. Nos dicioná-
rios, normalmente você encontra o símbolo [U] para iden-
Orange – Laranja Meat – Carne tificar os uncountable nouns e [C] para os countable nouns.
Burguer – Hamburguer Rice – Arroz
Em várias situações necessitamos de fazer o uso de
Fries – Batata frita Cereal – Cereal
determinantes/quantificadores em conjunto com substan-
Eggs – Ovos Jam – Geléia tivos contáveis e incontáveis.
Salad – Salada Milk – Leite
Há determinantes específicos para os incontáveis: a
Vegetables – Vegetais Coffee – Café little, little, less, much.
Cookies – Biscoitos Sugar – Açucar
Potatoes – Batatas Flour – Farinha Exemplos:
Tomato – Tomates Oil – Óleo I have little time to exercise today.
Carrot – Cenoura Salt – Sal Eu tenho pouco tempo para me exercitar hoje.
Hot Dog – Cachorro quente Soup – Sopa She has little patience with her students.
Candies – Doces Tea – Chá Ela tem pouca paciência com seus alunos.
Olives – Azeitonas Cottage Cheese – Coalhada
He demonstrates less aptitude.
Peanuts – Amedoins Pasta – Massa Ele demonstra menos aptidão.
Pancakes – Panquecas Honey – Mel
Judy and her husband have much money.
Onion – Cebola Water – Água Judy e seu marido têm bastante dinheiro.
Watermelon – Melancia Cheese – Quejo
Pea – Ervilha Butter – Queijo E há alguns específicos para uso com substantivos con-
táveis: a few, few, fewer, many. 
Grapes – Uvas Seafood – Frutos do mar
Cherries – Cerejas Mustard – Mostarda Exemplos:

There are a few coins in my wallet.


Contáveis  são aqueles substantivos que podemos Há algumas moedas na minha carteira.
enumerar e contar, ou seja, que podem possuir tanto for-
ma singular quanto plural. Eles são chamados de countable Few people went to the show.
nouns ou de count nouns, em inglês. Poucas pessoas foram ao show.

Por exemplo, podemos contar pencil. Podemos dizer We can see fewer cars on the streets today.
one pencil, two pencils, three pencils, etc. Nós podemos ver menos carros nas ruas hoje.

He has many friends.


Incontáveis são os substantivos que não possuem forma
Ele tem muitos amigos.
no plural. Eles são chamados de
Existe ainda o determinante a lot of que pode ser uti-
uncountable nouns, de non-countable nouns, ou até lizado tanto para substantivos contáveis como incontáveis.
de non-count nouns, em inglês. Podem ser precedidos por Ele é apelidade de “coringa” porque serve para ambas as
alguma unidade de medida ou quantificador. Em geral, eles categorias. Mas lembre-se de focar os estudos nos demais
indicam substâncias, líquidos, pós, conceitos, etc., que não principalmente no much e many. Os concursos sempre
podemos dividir em elementos separados. Por exemplo, focam mais no much e many na tentativa de confundir o
não podemos contar “water” em por exemplo one water candidato.
ou two waters. Podemos, sim, contar “bottles of water” ou
“liters of water”, mas não podemos contar “water” em sua Exemplo:
forma líquida.
I have a lot of money.
Outros exemplos de substantivos incontáveis são: mu- Eu tenho um monte de dinheiro.
sic, art, love, happiness, advice, information, news, furnitu-
re, luggage, rice, sugar, butter, water, milk, coffee, electri- I have much money.
city, gas, power, money, etc. Eu tenho muito dinheiro.

15
LÍNGUA INGLESA

There are a lot of cars in the street tonight. Exemplos:


Tem um monte de carros na rua esta noite.
The car of Maria.
There are many cars in the street tonight. O carro de Maria.
Tem muitos carros na rua esta noite.
The pen of João.
Modificadores de substantivos A caneta de João.

Modifiers são palavras, locuções, frases, ou cláusulas Em Inglês, existe um “atalho” para este tipo de situação
que qualificam o significado de outras palavras. O termo é usando o ‘s.
bem genérico: qualquer parte da fala que funciona como
um adjetivo ou advérbio é um modificador. Exemplos:

Nos exemplos abaixo, o  modifier está em negrito e Maria’s car.


a palavra que ele modifica está sublinhada; a função do João’s pen.
modificador está descrita abaixo.
ATENÇÃO: Não podemos confundir este ‹s possessivo
Adjetivos — descrevem ou modificam nomes. Uma com o ‹s (abreviação to verbo TO BE “is”).
locução adjetiva ou cláusula adjetiva funciona da mesma
maneira que uma simples palavra funcionaria. Exemplos:

Exemplos: João’s a doctor.


João é um médico.
The yellow balloon flew away over the crying child.
O balão amarelo voou sobre a criança chorona. João’s doctor.
O adjetivo yellow  modifica o substantivo bal- O médico de João.
loon; crying modifica child.
Para evitar esse tipo de confusão quando formos
Artigos — são palavras que acompanham os substan- utilizar o to be diretamente com um nome nós não abre-
tivos e tem função de classifica-los. viamos este to be “is” com ‘s. Deixamos o ‘s com nomes
sempre para os possessivos.
Exemplos:
Exemplos:
The killer selected a knife from an antique collection.
O assassino escolheu uma faca de uma antiga coleção. He’s a good friend.
Ele é um bom amigo.
The, a, e an são artigos que especificam ou delimitam
seus respectivos substantivos. Jack is a good friend.
Jack é um bom amigo.
Advérbios — descrevem verbos, adjetivos, ou outros
advérbios, completando a ideia de como, quanto ou quan- Tom is Jack’s good friend.
do. Uma locução adverbial ou cláusula adverbial funciona Tom é um bom amigo de Jack.
da mesma forma que um único advérbio funcionaria.
Outros detalhes quanto ao ‘s.
Exemplos: Caso existam múltiplos “donos” o ‘s vai apenas no úl-
timo.
The woman  carefully  selected her best dress for the
party. Exemplo:
A mulher cuidadosamente escolheu seu melhor vestido
para a festa. Kate and Cindy’s parents.
Os pais de Kate e Cindy.
Carefully é um advérbio que modifica o verbo selec-
ted.
Casos possessivos com ‘s Caso o “dono” seja terminado em S por conta de sua
pluralidade, fazemos apenas o acréscimo do ‘ já no S exis-
Quando falamos de posse, geralmente em inglês se usa tente ficando s’.
os pronomes adjetivos ou possessivos. Porém em algumas
situações nós queremos relacionar o objeto em questão Exemplos:
diretamente ao nome de seu proprietário. My brother’s house.

16
LÍNGUA INGLESA

A casa do meu irmão. Advérbios de Intensidade: completely, completamente;


(Apenas um irmão) enough, suficientemente, bastante; entirely, inteiramente;
much, muito; nearly, quase, aproximadamente; pretty, bas-
My brothers’ house. tante; quite, completamente; slightly, ligeiramente; equally,
A casa dos meus irmãos. igualmente; exactly, exatamente; greatly, grandemente;
(Mais de um irmão – plural) very, muito; sufficiently, suficientemente; too, muito, de-
masiadamente; largely, grandemente; little, pouco; merely,
O ‘s é muito usado para informação de grau de paren- meramente; etc.
tesco o que pode confundir um pouco o estudante, por-
tanto faça a leitura com calma deste tipo de estrutura. Advérbios de Lugar: anywhere, em qualquer lugar;
around, ao redor; below, abaixo; everywhere, em todo
Exemplos: lugar; far, longe; here, aqui; near, perto; nowhere, em ne-
Jack is my father’s brother. nhum lugar; there, lá; where, onde; etc.
Jack é o irmão de meu pai.
Advérbios de Modo: actively, ativamente; wrongly, er-
Peter is her brother’s best friend. roneamente; badly, mal; faithfully, fielmente; fast, rapida-
Peter é o melhor amigo do irmão dela. mente; gladly, alegremente; quickly, rapidamente; simply,
simplesmente; steadily, firmemente; truly, verdadeiramen-
William is David’s last name. te; well, bem; etc.
William é o sobre nome do David.
Advérbios de Negação: no, not, não.

Advérbios de Ordem: firstly, primeiramente; secondly,


em segundo lugar; thirdly, em terceiro lugar; etc.
ADVÉRBIOS: FORMAÇÃO
TIPOS E USO. Advérbios de Tempo: already, já; always, sempre; early,
cedo; immediately, imediatamente; late, tarde; lately, ulti-
mamente; never, nunca; now, agora; soon, em breve, bre-
vemente; still, ainda; then, então; today, hoje; tomorrow,
amanhã; when, quando; yesterday, ontem; etc.
ADVÉRBIOS
Advérbios Interrogativos: how, como; when, quando;
Advérbios são palavras que modificam:
where, onde; why, por que; etc.
- Um verbo (He ate slowly. = Ele comeu lentamente) -
Alguns exemplos:
Como ele comeu?
- Um adjetivo (He drove a very slow car. = Ele pilotou She moved slowly and spoke quietly. (Ela se moveu
um carro muito lento) - Como era a rapidez do carro? lentamente e falou sussurrando)
- Outro advérbio (She walked quite slowly down the She still lives there now. (Ela ainda mora lá agora)
aisle. = Ela andou bem lentamente pelo corredor) - Com It’s starting to get dark now. (Está começando a ficar
que lentidão ela andou? escuro agora)
She finished her tea first. (Primeiramente ela terminou
Advérbios frequentemente nos dizem quando, onde, seu chá)
por que, ou em quais condições alguma coisa acontece ou She left early. (Ela saiu cedo)
aconteceu. Os advérbios são geralmente classificados em: Oscar is a very bright man. (Oscar é um homem muito
brilhante)
Advérbios de Afirmação: certainly, certamente; indeed, The children behaved very badly. (As crianças se com-
sem dúvida; obviously, obviamente; yes, sim; surely, certa- portaram muito mal)
mente; etc. This apartment is too small for us. (Esse apartamento é
pequeno demais para nós)
Advérbios de Dúvida: maybe, possivelmente; perhaps, The coffee is too sweet. (O café está doce demais)
talvez; possibly, possivelmente; etc. Jack is much taller than Peter. (Jack é muito mais alto
do que Peter)
Advérbios de Frequência: daily, diariamente; mon- São Paulo is far bigger than Recife. (São Paulo é muito
thly, mensalmente; occasionally, ocasionalmente; often/ maior que Recife)
frequently, frequentemente; yearly, anualmente; seldom/ The test was pretty easy. (A prova estava um tanto fácil)
rarely, raramente; weekly, semanalmente; always, sempre;
never, nunca; sometimes, às vezes; hardly ever, quase nun- Duas ou mais palavras podem ser usadas em conjunto,
ca, raramente; usually/generally, geralmente; etc. formando, assim, as Locuções Adverbiais, como:

17
LÍNGUA INGLESA

Locução Adverbial de Afirmação: by all means, certa-


mente; in fact, de fato, na verdade; no doubt, sem dúvida; NUMERAIS. CARDINAL E ORDINAL
of course, com certeza, certamente, naturalmente; etc.

Locução Adverbial de Dúvida: very likely, provavelmen- Numera


te.
CARDINAL 
Locução Adverbial de Frequência: again and again, re- ORDINAL
1   one
petidamente; day by day, dia a dia; every other day, dia sim, 1st   first
2   two
dia não; hardly ever, raramente; every now and then, once 2nd   second
3   three
in a while, de quando em quando; etc. 3rd   third
4   four
4th   fourh
5   five
Locução Adverbial de Intensidade: at most, no máximo; 5th   fifth
6   six
little by little, pouco a pouco; more or less, mais ou menos; 6th   sixth
7   seven
next to nothing, quase nada; on the whole, ao todo; to a 7th   seventh
8   eight
certain extent, até certo ponto; to a great extent, em gran- 8th   eighth
9   nine
de parte; etc. 9th   ninth
10   ten
10th   tenth
11   eleven
Locução Adverbial de Lugar: at home, em casa; at the 11th   eleventh
12   twelve
seaside, à beira-mar; far and near, por toda parte; on board, 12th   twelfth
13   thirteen
a bordo; on shore, em terra firme; to and from, para lá e 13th   thirteenth
14   fourteen
para cá; etc. 14th   fourteenth
15   fifteen
15th   fifteenth
16   sixteen
Locução Adverbial de Modo: arm in arm, de braços da- 16th   sixteenth
17   seventeen
dos; at random, ao acaso; fairly well, razoavelmente; hand 17th   seventeenth
18   eighteen
in hand, de mãos dadas; head over heels, de cabeça para 18th   eighteenth
19   nineteen
baixo; just so, assim mesmo; neck and neck, emparelhados; 19th   nineteenth
20   twenty
on credit, a crédito. 20th   twentieth
21   twenty-one
21st   twenty-first
22   twenty-two
Locução Adverbial de Negação: by no means, de ma- 22nd   twenty-second
23   twenty-three
neira alguma; in no case, em hipótese alguma; none of that, 23rd   twenty-third
30   thirty
nada disso; not at all, absolutamente; etc. 30th   thirtieth
40   forty
40th   fortieth
50   fifty
Locução Adverbial de Tempo: all of a sudden, subita- 50th   fiftieth
60   sixty
mente; at first, a princípio; at present, atualmente; at once, 60th   sixtieth
70   seventy
imediatamente; from now on, doravante, daqui em diante; 70th   seventieth
80   eighty
in after years, em anos vindouros; sooner or late, mais cedo 80th   eightieth
90   ninety
ou mais tarde; up to now, até agora; in a jiffy, in a trice, in 90th   ninetieth
100   one hundred
a twinkling of an eye, in two shakes of a dog’s tail, in two 100th   one hundredth
200   two hundred
ticks, em um momento, num abrir e fechar de olhos; etc. 200th   two hundredth
1 000   one thousand
1 000th   one thousandth
10 000   ten thousand
Mais exemplos: 10 000th   ten thousandth
100 000   one hundred
100 000th   one hundred
thousand
She has lived on the island all her life. (Ela viveu na ilha thousandth
1 000 000   one million
a vida toda) 1 000 000th   one millionth

She takes the boat every day. (Ela pega o barco todos Exemplos:
os dias) January is the first month of the year.
Janeiro é o primeiro mês do ano.
He ate too much and felt sick. (Ele comeu em excesso Michael is the third winner.
e ficou enjoado) Michael é o terceiro ganhador.
John is the ninth student in the line.
John é o nono aluno na fila.
I like studying English very much. (Gosto muito de es-
tudar Inglês) Os números ordinais também são usados em inglês
para datas.

Repare que a forma “contraída” no número ordinal tem


sempre duas letras no final que representam as duas letras
do final do número quando escrito por extenso.

18
LÍNGUA INGLESA

Exemplos: I got up at 7:00.


The store is at 456 Lincoln street.
January, twenty-eighth He arrived late at night.
January, 28th My father is at the airport now.
Vigésimo oitavo dia do mês de janeiro.
Na dúvida, algumas das seguintes sugestões podem
March, first. ajudar, mas lembre-se: o uso das preposições nem sempre
March, 1st segue a regra geral. Confira sempre num dicionário as pos-
Primeiro dia de Março. sibilidades de uso.

Os números ordinais, como seu próprio nome indica, Use in para indicar “dentro de alguma coisa”:
são utilizados também para colocar ordem nas coisas, as-
sim como para determinar os andares de um prédio. In the box
In the refrigerator
Exemplos: In a shop
In a garden
Mike lives on the third floor. In France
Mike mora no terceiro andar.
Use on para indicar contato:
The company is hosting a party on the 11th floor.
A companhia está dando uma festa no décimo primei- On a bookshelf
ro andar. On a plate
On the grass

Use at para indicar um lugar definido. Nesse caso, seu


PREPOSIÇÕES. sentido é o de “junto a”, “na”:

At the bus stop


At the top
PREPOSIÇÕES At the bottom

Preposições são palavras que usamos junto aos nomes Outras preposições, seus significados e exemplos com
e pronomes para mostrar sua relação com outros elemen- frases:
tos da frase. Apresentamos as principais preposições e seu
uso: About: sobre, a respeito de: Tell me about your expe-
riences.
In: usamos com nomes de meses, anos, estações, par- Above: acima de: John’s apartment is above mine.
tes do dia, cidades, estados, países, continentes. Across: através de, do outro lado: The dog ran across
the forest.
I was Born in January. After: depois de: She always wakes up after 9:00.
He lived here in 2012. Against: contra: The car crashed against the wall.
The classes start in the summer. Among: entre (vários ítens): The little boy was among
He works in the morning/in the afternoon, in the eve- many criminals.
ning. Around: em volta de: They traveled all around the cou-
I have a house in Belo Horizonte. ntry.
She lives in Paraná but works in Argentina. Before: antes de: She always arrives before 7 o’clock.
Steven has worked in Europe since 2011. Behind: atrás de: Tim sits behind Peter.
Below: abaixo de: Answer the questions below.
On: usado para dias da semana, datas (mês+dia), datas Beside/Next to: ao lado de: The microphone is beside/
comemorativas, ruas, praças e avenidas. next to the monitor.
Besides: além de: Besides English, she can also speak
I go to the church on Saturdays and on Sundays. Spanish.
Their baby was born on April 10TH. Between: entre (dois ítens): He was sitting between two
I always have fun on New Year’s Day. beatuful girls.
The supermarket is on Brazil street. Beyond: além de, após, atrás de: The lake is beyond the
The shopping mall is on Portugal square. mountains.
But: exceto: Everybody went to the party, but Chris.
At: usado com horas, com palavra night, com endere- By: por, junto, ao lado de: Let’s sleep by the fireplace.
ços (rua+número), lugares numa cidade. Down: abaixo, para baixo: Their house is down the hill.

19
LÍNGUA INGLESA

Up: acima, para cima: Their house is halfway up the hill. -Conjunções podem ser correlativas, cercando um ad-
During: durante: He was in the army during the war. vérbio ou adjetivo:
For: a favor de: Who’s not for us is against us. So... that, neither… nor.
For: por, para, há (tempo): Do it for me! Fish is good for
health. They’ve lived here for many years. Além disso, as conjunções podem expressar diversos
From: de (origem): Where is he from? tipos de ideias:
In front of: na frente de: Peter sits in front of the teacher
in the classroom. -Tempo: after, as, while, when, before, until, till, next,
Inside/outside: dentro de/fora de: Let the dog sleep in- meanwhile, finally.
side/outside the house. -Acréscimo de ideias: and, also, furthermore, as well as,
Instead of: em vez de: You should study more instead in other words, in addition to, besides, moreover, both...
of playing video-games. and, not only... but also.
Into: para dentro, em: The plane disappeared into the
cloud. -Alternativa: or, either... or.
Near: perto de: The post office is near here.
Off: para fora (de uma superfície): Mark fell off his mo- -Negação: neither... nor.
torcycle.
Out of: para fora de: Put these books out of the box. -Condição: if, as long as, provided that, unless, whether.
Over: sobre, acima de, por cima de, mais que: There
were over 1.000 people in the show. -Causa ou razão: as, because, since, for.
Through: através de: The guys walked through the fo-
rest. -Consequência ou resultado: so, therefore, then, accor-
Till/until: até (tempo): The message will arrive until to- dingly, thus, for this reason, as a result of, consequently,
morrow. hence.
To: para: Teresa will go to Italy next week.
Towards: para, em direção a: The boy threw the rock -Finalidade ou propósito: so that, so.
towards the window.
Under: em baixo de: The cat sleeps under the bed. -Modo: as, as if, as though.
With/without: com/sem: Come with me. I can’t live wi-
thout you. -Contraste: although, instead of, rather than, though,
Within: dentro de: I will go there within a week. but, yet, even though, however, in spite of that, neverthe-
less, whereas, while, on the other hand.

-Comparação: like, alike, likewise, correspondingly, si-


CONJUNÇÕES. milarly, in the same way, in this manner.

Exemplos:

CONJUNÇÕES Jack and Jill went to the mountains.The water was


warm, but I didn’t enter.
Uma conjunção é uma palavra ou grupo de palavras I went swimming although it was cold.
(locuções conjuntivas ou locuções adverbiais) que juntam Russia is a beautiful country. It’s very cold, though.
duas partes de uma sentença ou que unem uma cláusula I don’t care what you did as long as you love me.
dependente subordinada a uma cláusula principal. As con- He is so strong that broke the brick with his fist.
junções auxiliam na coesão textual, garantindo a interliga-
ção de ideias.

Inicialmente, podemos considerar as conjunções sob


três aspectos básicos:

-Conjunções podem ser apenas uma palavra:

And, but, because, although, or, nor, for, yet, so, since,
unless, however, though.

-Conjunções podem ser compostas de mais de uma


palavra:

Provided that, as long as, in order to, in spite of.

20
LÍNGUA INGLESA

VERBOS: REGULARES,
IRREGULARES E AUXILIARES.

VERBOS

Quanto à forma, podemos classificar os verbos ingleses em Regulares, Irregulares e Modais.

São chamados de regulares os verbos que geralmente seguem a mesma regra.

No caso do presente, verbos regulares são aqueles que recebem -s:

Exemplo:

Play – plays, sing – sings

No caso do passado, verbos regulares são aqueles que recebem -ed:

Exemplo:

Play – played, cook – cooked

Verbos irregulares são aqueles que não seguem uma mesma regra.
Tanto no caso do presente ou do passado, os verbos sofrem modificações individuais.

Exemplos:

Presente:
have – has, do – does

Passado:
Sing – sang, eat – ate

Os verbos irregulares não têm uniformidade quanto à escrita do passado simples e do particípio. Confira os três últimos
exemplos na tabela abaixo.

21
LÍNGUA INGLESA

Infinitivo Simple Past tense Past Participle Tradução

to accept accepted accepted aceitar


to add added added adicionar, somar
to arrive arrived arrived chegar
to be was, were been ser, estar
to begin began begun começar, iniciar
to buy bought bought comprar

Abaixo segue uma tabela dos verbos mais utilizados na língua inglesa. Assim como as palavras mais comuns (aquela
lista não possui verbos) os verbos também são parte fundamental das frases. Quanto mais verbos o estudante souber –
mais facilmente ele entenderá todas as frases de um texto.

# Infinitive Simple Past Tradução


1 accept Accepted aceitar
2 agree Agreed concordar
3 answer Answered responder
4 appear Appeared aparecer
5 arrive Arrived chegar
6 ask Asked perguntar
7 attack Attacked atacar
8 bake Baked assar
9 be was, were ser, estar
10 become Became tornar-se
11 begin Began começar
12 believe Believed acreditar, crer
13 bet Bet apostar
14 bite Bit morder, picar
15 bleed Bled sangrar
16 borrow Borrowed pedir emprestado
17 break Broke quebrar, interromper
18 bring Brought trazer
19 build Built construir
20 burn burned, burnt queimar
21 buy Bought comprar
22 call Called ligar, chamar
23 cancel Canceled cancelar
24 carry Carried carregar
25 celebrate Celebrated celebrar, comemorar
26 change Changed trocar, mudar
27 chat Chatted bater papo
28 clap clapped, clapt bater palma
29 clean Cleaned limpar
30 climb Climbed subir, escalar
31 close Closed fechar

22
LÍNGUA INGLESA

32 come Came vir, chegar


33 cook Cooked cozinhar
34 cost Cost custar
35 broadcast Broadcast transmitir
36 create Created criar
37 cry Cried chorar
38 cut Cut cortar
39 damage Damaged danificar, estragar
40 dance Danced dançar
41 date Dated sair para um encontro, namorar
42 decide Decided decidir
43 deliver Delivered entregar
44 depend Depended depender
45 dive dived, dove mergulhar
46 do Did fazer, executar
47 draw Drew desenhar
48 dream dreamt, dreamed sonhar
49 drink Drank beber
50 drive Drove dririgir (4 rodas)
51 eat Ate comer
52 end Ended terminar
53 enjoy Enjoyed apreciar, desfrutar, gostar
54 exercise Exercised exercitar-se, fazer exercícios
55 fall Fell cair
56 feed Fed alimentar(se), alguém
57 fight Fought lutar
58 find Found encontrar
59 finish Finished terminar
60 fish Fished pescar
61 fix Fixed consertar, arrumar
62 fly Flew voar
63 follow Followed seguir
64 forget Forgot esquecer(se)
65 fry Fried fritar
66 get Got conseguir, ganhar
67 get up got up levantar-se
68 give Gave dar, conceder
69 go Went ir
70 grow Grew crescer, cultivar
71 guess Guessed adivinhar, supor
72 happen Happened acontecer
73 hate Hated odiar
74 have Had ter, possuir

23
LÍNGUA INGLESA

75 hear Heard ouvir


76 help Helped ajudar
77 hide Hid esconder, ocultar(se)
78 hit Hit bater
79 hunt Hunted caçar
80 hurt Hurt machucar
81 improve Improved melhorar, aperfeiçoar
82 interview Interviewed entrevistar
83 jog Jog caminhar (exercício físico)
84 jump Jumped pular, saltar
85 keep Kept guardar, manter, permanecer
86 kiss Kissed beijar
87 know Knew saber, conhecer
88 listen Listened escutar
89 live Lived viver, ao vivo
90 look Looked olhar, parecer
91 lose Lost perder
92 love Loved amar
93 make Made fazer, produzir, fabricar
94 marry Married casar
95 meet Met encontrar-se com
96 miss Missed sentir saudades, perder a hora
97 move Moved mexer, mudar-se
98 need Needed precisar, necessitar
99 offer Offered oferecer
100 open Opened abrir
101 paint Painted pintar
102 park Parked estacionar
103 pay Paid pagar
104 plant Planted plantar
105 play Played tocar instrumento, brincar
106 practice Practiced praticar, treinar
107 prefer Prefered preferir
108 pull Pulled puxar
109 push Pushed empurrar
110 quit Quit desistir, sair, abandonar
111 rain Rained chover
112 read Read ler
113 relax Relaxed relaxar, descansar
114 remember Remembered lembrar, recordar
115 repair Repaired reparar, consertar
116 repeat Repeated repetir
117 rescue Rescued resgatar, socorrer

24
LÍNGUA INGLESA

118 respond Responded responder


119 rest Rested relaxar, descansar
120 review Reviewd revisar
121 ride Rode cavalgar (2 rodas)
122 run Run correr, administrar
123 save Saved salvar, economizar (dinheiro)
124 say Said dizer
125 see Saw ver
126 sell Sold vender
127 send Sent enviar
128 sing Sang cantar
129 sink Sank afundar, naufragar
130 sit Sat sentar
131 skate Skated patinar, andar de skate
132 ski Skied esquiar
133 sleep Slept dormir
134 smell Smelt cheirar
135 snow Snowed nevar
136 speak Spoke falar
137 spell Spelled soletrar
138 spend Spent gastar tempo ou dinheiro
139 spill spilled, spilt derramar liquido
140 start Started iniciar, começar
141 steal Stole roubar
142 stop Stopped parar, deter
143 study Studied estudar
144 suggest Suggested sugerir
145 swear Swore jurar, falar palavrão
146 sweat sweat, sweated suar
147 sweep Swept varrer
148 swim Swam nadar
149 take Took tomar, pegar
150 talk Talked falar
151 teach Taught ensinar
152 tell Told contar, dizer
153 thank Thanked agradecer
154 think Thought pensar, achar (opnião)
155 touch Touched tocar
156 travel Traveled viajar
157 try Tried tentar
158 turn Turn girar, rodar, virar
159 understand Understood entender, compreender
160 upset Upset ficar nervoso, com raiva

25
LÍNGUA INGLESA

161 use Used usar


162 visit Visited visitar
163 wait Waited esperar
164 wake up waked up, woke up acordar
165 walk Walked caminhar, andar
166 want Wanted querer
167 wash Washed lavar
168 watch Watched assistir, vigiar
169 water Watered regar
170 wear Wore vestir
171 welcome Welcomed dar boas vindas
172 win Won ganhar, vencer
173 wish Wished desejar
174 work Worked trabalhar, funcionar
175 worry Worried preocupar-se
176 write Wrote escrever

TEMPOS VERBAIS: SIMPLE PRESENT,


PRESENT PROGRESSIVE, SIMPLE PAST, PAST
PROGRESSIVE, FUTURE E PERFECT TENSES,
PRESENT PERFECT

TEMPOS VERBAIS

26
LÍNGUA INGLESA

PRESENTE CONTÍNUO: indica algo que acontece no You aren’t studying English.
exato momento da fala. As frases neste tempo verbal mos- Vocês não estão estudando Inglês.
tram o que alguém está fazendo (gerúndio). Necessita do
verbo to be (am, is, are) e mais algum outro verbo com They aren’t traveling.
terminação -ing (-ando, endo, -indo, -ondo): Eles não estão viajando.

Exemplos: Agora, para transformarmos as frases em interro-


gações, devemos mudar a posição do to be. Precisamos
I am writing a book. posicioná-lo (am, is, are) antes dos sujeitos das frases. As
Eu estou escrevendo um livro. outras palavras permanecem em suas posições originais.
Claro que não podemos esquecer do ponto de interroga-
You are reading. ção. Veja:
Você está lendo.
Exemplos:
He is listening to music.
Ele está escutando música. Am I writing a book?
Eu estou escrevendo um livro?
She is making lunch.
Ela está fazendo o almoço. Are you reading?
It is playing with a ball. Você está lendo?
Ele/Ela está brincando com uma bola.
Is he listening to music?
We are learning together. Ele está ouvindo música?
Nós estamos aprendendo juntos.
Is she making lunch?
You are studying English. Ela está fazendo o almoço?
Vocês estão estudando Inglês.
Is It playing with a ball?
They are traveling. Ele/ela (animal) está brincando com a bola?
Eles estão viajando.
Are we learning together?
*O pronome it é usado para coisas e animais. Pode re- Nós estamos aprendendo juntos?
ferir-se a pessoas quando não se sabe o sexo.
Are you studying English?
Tudo o que foi descrito nestas frases está acontecendo Você está estudando Inglês?
agora, neste exato momento. Por isso usamos o presente
contínuo. Para tornar todas estas frases negativas, basta Are they traveling?
posicionar a palavra not após o to be, ou fazer uma contra- Eles estão viajando?
ção ente eles (am not, isn’t, aren’t).
PASSADO CONTÍNUO: se você quiser colocar todas as
Exemplos: frases que acabamos de estudar no passado, para relatar o
que alguém estava fazendo, é muito simples. Basta trocar
I am not writing a book. (O to be am negativo não verbo to be que estava no presente pelo to be no passado
possui forma contraida) (was, were). Apenas tenha atenção na hora de saber qual
pessoa usará was e qual usará were. Exemplos:
You aren’t reading.
Você não está lendo. Exemplos:

He isn’t listening to music. I was writing a book.


Ele não está escutando música. Eu estava escrevendo um livro.

She isn’t making lunch. You were reading.


Ela não está fazendo o almoço. Você estava lendo.

It isn’t playing with a ball. He was listening to music.


Ele/Ela não está brincando com uma bola. Ele estava ouvindo musica.

We aren’t learning together. She was making lunch.


Nós não estamos aprendendo juntos. Ela estava fazendo o almoço.

27
LÍNGUA INGLESA

It was playing with a ball. PRESENTE SIMPLES: este tempo verbal nos fala de
Ele/ela (animal) estava brincando com a bola. situações que acontecem rotineiramente. Estas situações
não acontecem no exato momento da fala, mas usualmen-
We were learning together. te durante o dia a dia. Por exemplo, você pode dizer em
Nós estamos aprendendo juntos. português “eu trabalho”. Essas suas palavras indicam algo
rotineiro para você, não querem dizer que você esteja tra-
You were studying English. balhando agora, neste exato momento. É essa noção de
Você estava estudando Inglês. que algo acontece no presente mas como uma rotina é o
que o presente simples indica. Vamos ver a conjugação de
They were traveling. alguns verbos no presente simples com frases afirmativas
Eles estavam viajando. primeiro:

I work in the evening.


Perceba que usamos was com I/He/She/It, e que usa-
Eu trabalho a noite (no período da noite).
mos were com You/We/They. Agora, para formar a negativa
(wasn’t, weren’t) e a interrogativa (Was I...?, Were you...?),
You like to dance.
basta proceder da mesma forma que vimos no caso do
Você gosta de dançar.
Presente Contínuo.
He sleeps a lot.
FUTURO CONTÍNUO: para relatar aquilo que alguém Ele dorme muito.
estará fazendo em um determinado momento no futuro,
é só utilizar will be e mais qualquer outro verbo terminado She cooks well.
em -ing. Ela cozinha bem.

I will be writing a book tomorrow night. It barks too much.


Eu estarei escrevendo um livro amanhã a noite. Ele/ela* late muito. (Lembrando que o pronome it é
utilizado como ele/ela quando se refere a animais ou obje-
You will be reading when she arrives. tos, neste caso um cachorro ou cadela).
Você estará lendo quando ela chegar.
We speak English fluently.
He will be listening to music this Saturday. Nós falamos Inglês fluentemente.
Ele estará ouvindo música este sábado.
You drive fast.
She will be making lunch tomorrow at noon. Você dirige rapidamente.
Ela estará fazendo o almoço.
They drink beer.
It will be playing with a ball Monday. Eles bebem cerveja.
Ele/ela (animal) estará brincando com a bola segunda-
feira. Perceba que basta seguir a ordem “sujeito + verbo no
infinitivo sem to (+complemento)” para formar algumas
We will be learning together during the trip to Spain. sentenças. É a ordem natural das palavras em Português
também. Assim, se você souber uma boa gama de verbos,
Nós estaremos aprendendo juntos durante a viagem
poderá montar muitas frases para praticar.
para a Espanha.
Neste caso de sentenças afirmativas somente neces-
You will be studying English next semester.
sitamos tomar cuidado com os detalhes em negrito e em
Você estará estudando Inglês durante o próximo se- sublinhado. Todas as vezes em que o sujeito da frase for
mestre. a terceira pessoa do singular (he/she/it), devemos acres-
centar um -s no final do verbo. Em algumas situações será
They will be traveling to Germany next summer. um -es, e no caso do verbo ter (to have) a forma será has.
Eles estarão viajando para a Alemanha no próximo ve- Repito: só nas afirmativas com 3ª pessoa singular.
rão (férias).
As negativas precisam fazer o uso dos verbos auxiliares
Nas negativas, simplesmente posicionamos not logo do e does, acrescidos de not (do+not=don’t / does+not=-
após o auxiliar will, ou fazemos uma contração com eles doesn’t). Doesn’t será usado somente com 3ª pessoa sin-
(will+not= won’t). gular. Exemplos:

Para interrogar, faz-se a colocação do auxiliar will antes I don’t work in the evening.
do sujeito das frases (Will I...?, Will you...?). Eu não trabalho a noite (no período da noite).

28
LÍNGUA INGLESA

You don’t like to dance. I am a teacher.


Você não gosta de dançar. Eu sou um(a) professor(a).

He doesn’t sleep a lot. You are a student.


Ele não dorme muito. Você é um(a) aluno(a).

She doesn’t cook well. He is late.


Ela não cozinha bem. Ele está atrasado.

It doesn’t bark too much. She is early.


Ele/ela* não late muito. (Lembrando que o pronome Ela está adiantada.
it é utilizado como ele/ela quando se refere a animais ou
objetos, neste caso um cachorro ou cadela). It is tall.
Ele/Ela é alto(a).
We don’t speak English fluently.
Nós não falamos Inglês fluentemente. We are Brazilians.
Nós somos brasileiros.
You don’t drive fast.
Você não dirige rapidamente. You are busy.
Você(s) está(ão) ocupado(s).
They don’t drink beer.
Eles não bebem cerveja. They are happy.
Eles/Elas estão/são felizes.
Para fazermos perguntas, posicionaremos do e does
antes do sujeito da frase e acrescentaremos o ponto de Note que am é usado na primeira pessoa do singular,
interrogação. is na terceira do singular e are nas outras.
Do I work in the evening? Para negarmos, usamos not logo após o to be ou faze-
Você trabalha a noite (no período da noite)? mos contração entre eles.

Do you like to dance? I am not a teacher.


Você gosta de dançar? Eu não sou um(a) professor(a).
You aren’t a student.
Does he sleep a lot? Você não é um(a) aluno(a).
Ele dorme muito?
He isn’t late.
Does she cook well? Ele não está atrasado.
Ela cozinha bem?
She isn’t early.
Does it bark too much? Ela não está adiantada.
Ele/ela* late muito? (Lembrando que o pronome it é
utilizado como ele/ela quando se refere a animais ou obje- It isn’t tall.
tos, neste caso um cachorro ou cadela). Ele/ela não é alto(a).

Do we speak English fluently? We aren’t Brazilians.


Nós falamos Inglês fluentemente? Nós não somos Brasileiros(as)

Do you drive fast? You aren’t busy.


Você dirige rapidamente? Você não é(são)/não está(estão) ocupado(a)(s).

Do they drink beer? They aren’t happy.


Eles bebem cerveja? Eles não estão/são feliz(es).

Ótimo. Agora, para finalizarmos o presente simples, Finalizando, para transformarmos estas frases em in-
passemos ao principal verbo inglês: o to be. A conjugação terrogações, temos que por o to be antes dos sujeitos.
do presente do to be possui três formas: am, is e are. Este Lembrete: ponto de interrogação! Assim:
verbo significa duas coisas ao mesmo tempo: ser e estar.
Mas como identificar se numa frase ele quer se referir ao Am I a teacher?
verbo ser ou se ao verbo estar? Resposta: depende da fra- Are you a student?
se, depende do contexto. Veja: Is he late?

29
LÍNGUA INGLESA

Is she early? Faz-se necessário, também revisar o passado do verbo


Is it tall? to be. Ele será da seguinte forma:
Are we Brazilians?
Are you busy? I was tired.
Are they happy? You were sad.
He was late.
PASSADO SIMPLES: indica alguma ação completa no She was early.
passado, ou seja, algo já finalizado. O passado simples ca- It was beautiful.
racteriza-se pela adição da terminação -ed ao verbos RE- We were in São Paulo.
You were elegant.
GULARES nas afirmativas. Nas interrogativas, usamos Did
They were at the bank.
antes dos sujeitos das frases e, nas negativas, did not ou
didn’t. Vejamos: Nas negativas: wasn’t e weren’t. E nas interrogativas:
Was I...?, Were you...?, Was he…?, etc.
I worked yesterday. (Eu trabalhei ontem)
You answered my e-mail. (Você respondeu ao meu FUTURO SIMPLES: Usamos o futuro simples para dizer
e-mail) que algo vai acontecer ou deverá acontecer, para expres-
He traveled a lot. (Ele viajou muito) sar ações que iremos fazer mas que não tínhamos planeja-
She watched the movie. (Ela assistiu o filme) do anteriormente, para fazer previsões sobre o futuro, uma
It barked all night. (Ele/Ela latiu a noite toda) vez que não temos certeza se essa previsão irá mesmo se
We stayed here. (Nós ficamos aqui) concretizar ou não. Usamos também o futuro simples para
You played very well. (Vocês jogaram muito bem) promessas, ofertas e propostas. A estrutura é formado pela
They parked far. (Eles estacionaram longe) utilização do auxiliar will após o sujeito seguido de algum
verbo. A negativa é obtida com will not ou com a contração
I didn’t work yesterday. (Eu não trabalhei ontem) won’t. Para perguntar no futuro simples, é só colocar will
You didn’t answer my e-mail. (Você não respondeu ao antes do sujeito. Exemplos:
meu e-mail)
He didn’t travel a lot. (Ele não viajou muito) I will buy a car. (Eu vou comprar um carro.)
You will have a baby. (Você vai ter um bebê.)
She didn’t watch the movie. (Ela não assistiu o filme)
He will study abroad. (Ele irá estudar no exterior.)
It didn’t bark all night. (Ele/Ela não latiu a noite toda)
She will go to the park. (Ela irá para o parque.)
We didn’t stay here. (Nós não ficamos aqui)
You didn’t play very well. (Vocês não jogaram muito It will stay at the veterinarian. (Ele/ela* irá permanecer
bem) no veterinário.)
They didn’t park far. (Eles não estacionaram longe) We will make a barbecue. (Nós iremos fazer um chur-
rasco.)
Did I work yesterday? (Eu trabalhei ontem?) You will help me later. (Você irá me ajudar depois.)
Did you answer my e-mail? (Você respondeu ao meu They will be partners. (Eles serão parceiros.)
e-mail?)
Did he travel a lot? (Ele viajou muito?) FUTURO IMEDIATO: Utilizamos o futuro imediato
Did she watch the movie? (Ela assistiu o filme?) para expressar algo que já foi planejado e por isso existe a
Did it bark all night? (Ele/Ela latiu a noite toda?) certeza de que irá acontecer. Por ser algo que temos cer-
Did we stay here? (Nós ficamos aqui?) teza que iremos fazer o futuro imediato acaba sendo usa-
Did you play very well? (Vocês jogaram muito bem?) do frequentemente para expressar ações que acontecerão
Did they park far? (Eles estacionaram longe?) num futuro bem próximo, por isso chamado de imediato.
A estrutura do futuro imediato é o sujeito + o verbo to be
Quanto aos verbos irregulares, procederemos da mes- no presente (am, is, are) + going to + verbo principal +
complemento.
ma forma. A única diferença é nas afirmações, pois eles não
recebem terminação -ed. É essencial memorizar as formas
I’m going to visit my mother tonight (Eu irei visitar mi-
irregulares. Vejamos: nha mãe hoje a noite.)
Jack is going to swim tomorrow. (Jack irá nadar ama-
I went to the beach. (to go: ir) nhã.)
You left early. (to leave: sair, deixar) It is going to rain in a few minutes. (Irá chover em al-
He drank too much. (to drink: beber) guns minutos.)
She had a sister. (to have: ter)
It slept under the bed. (to sleep: dormir) Como o futuro imediato é composto do to be, para fa-
We stood in line. (to stand: ficar de pé) zermos frases interrogativas e negativas, basta utilizar as
You won together. (to win: vencer, ganhar) mesmas regras acrescentando not após o to be, ou colo-
They cut the meat. (to cut: cortar) cando o mesmo antes do sujeito para a interrogativa.

30
LÍNGUA INGLESA

Steve is not going to dance samba. (Steve não irá dan- Para fazermos perguntas no present perfect, basta co-
çar samba.) locar have ou has antes do sujeito da frase. Às vezes, fa-
They aren’t going to play soccer. (Eles não irão jogar zemos uso da palavra ever, que significa “alguma vez”, em
futebol.) perguntas:
(o uso da palavra ever é opcional)
Is he going to buy a new car? (Ele vai comprar um carro
novo?) Have you bought Milk for the baby? (Você comprou
Are you going to call Ann? (Você irá ligar pra Ann?) leite para o bebê?)
Has he talked to the police officer? (Ele falou com o
Apenas em conversas e diálogos informais o going to policial?)
pode ser substituído pela expressão/abreviação gonna: Has Tina ever traveled to Salvador? (A Tina viajou a Sal-
vador alguma vez?)
I’m gonna study tonight. (Eu irei estudar hoje a noite.) Have you ever seen a famous person? (Você alguma
Are you gonna help me? (Você irá me ajudar?) vez viu uma pessoa famosa?)

PRESENTE PERFEITO: formado pela utilização do auxi- PRESENTE PERFEITO CONTÍNUO: formado pela uti-
liar have ou has (has para he, she, it) mais a forma do parti- lização do auxiliar have ou has (has para he, she, it) mais o
cípio de outro verbo (conhecida como “a terceira forma do presente perfeito do verbo be e o gerúndio do verbo prin-
verbo”). Indica dois tipos de situações. cipal. Esta forma verbal enfatiza uma ação que começou no
passado e que contina se repetindo até hoje.
Quando a ação é contínua, que têm acontecido por um
certo período e que ainda não acabaram, que continuam I have been playing tennis for one hour. (Eu estou
acontecendo. jogando tennis há uma hora)
Daniel has been waiting for two hours. (Daniel está
I have worked here for five years. (Tenho trabalhado esperando a duas horas)
aqui há cinco anos)
Anna has been teaching in the university since April.
She has gone to the club a lot lately. (Ela tem ido muito
(Anna tem lecionado na universidade desde Abril.)
ao clube ultimamente)
Dave and Mike have studied together since 2010.
As formas negativas serão:
(Dave e Mike têm estudado juntos desde 2010)
She has not been working at that company for three
Quando descrevemos situações que já ocorreram, mas
que não sabemos quando. O tempo é indefinido, não inte- years (Ela não trabalha naquela companhia a três anos).
ressa, ou simplesmente não importa, pois o que importa é I haven’t been watching much television lately. (Eu
o fato acontecido. não tenho assistido muita televisão ultimamente).
Mike has seen the ocean for the first time. (Mike viu o Roberto hasn’t been feeling well in the past few days.
oceano pela primeira vez) (Roberto não tem se sentido bem nos últimos dias).
Sheila and Susan have already been to New York. Para fazermos perguntas no present perfect continuos,
(Sheila e Susan já estiveram em Nova Iorque) basta colocar have ou has antes do sujeito da frase.
I have already made my bed. (Eu já arrumei minha
cama) Has David been doing his homework everyday? (David
está fazendo sua tarefa todos os dias?).
As formas negativas podem serão: Have Donald and Mike been training for the race?
(Donald e Mike estão treinando para aquela corrida?).
I haven’t made my bed. (Eu não arrumei minha cama) Have you been playing video games all day? (Você
Mike hasn’t seen the ocean. (Mike não viu o oceano) está jogando video games o dia inteiro?)
Sheila and Susan haven’t been to New York. (Sheila e
Susan não foram a Nova Iorque) PASSADO PERFEITO: usado para dizer que alguma
coisa ocorreu antes de outra no passado. Formado por had
Se quisermos, podemos acrescentar no final da frase a mais o particípio de algum verbo. Veja no próximo exem-
palavra yet, que significa “ainda”, para modificar um pouco plo que há duas situações acontecendo, mas, aquela que
o sentido da conversa: aconteceu primeiro está usando o past perfect. E aquela
(apenas nas negativas) que aconteceu em seguida está no passado simples. Am-
bas as orações estão unidas por when.
I haven’t made my bed yet. (Eu ainda não arrumei mi-
nha cama) I had already left when my father called home. (Eu já
Mike hasn’t seen the ocean yet. (Mike ainda não viu o tinha saído quando meu pai ligou para casa)
oceano)
Sheila and Susan haven’t been to New York yet. (Sheila Não é extremamente necessário que haja duas ora-
e Susan ainda não foram a Nova Iorque) ções. Pode have apenas uma. Veja;

31
LÍNGUA INGLESA

David had bought meat for the barbecue this mor- I don’t eat pizza. (Eu não como pizza)
ning. (David tinha comprado carne para o churrasco hoje You don’t eat pizza. (Você não come pizza)
de manhã) She doesn’t eat pizza. (Ela não come pizza)
He doesn’t eat pizza. (Ele não come pizza)
A negativa é formada com had not ou hadn’t. Para per- It doesn’t eat pizza. (Ela/Ele não come pizza)
guntar, devemos posicionar o had antes do sujeito. We don’t eat pizza. (Nós não comemos pizza)
You don’t eat pizza. (Vocês não comem pizza)
He hadn’t gone to the bar. (Ele não tinha ido ao bar) They don’t eat pizza. (Eles não comem pizza)
Had you brought me those documents? (Você tinha me Do I eat pizza? (Eu como pizza?)
trazido aqueles documentos?) Do you eat pizza? (Você come pizza?)
Does she eat pizza? (Ela come pizza?)
VERBOS AUXILIARES Does he eat pizza? (Ele come pizza?)
Em perguntas você pode mudar o tempo verbal de Does it eat pizza? (Ela/Ele come pizza?)
uma frase simplesmente alterando o verbo auxiliar. Por Do we eat pizza? (Nós comemos pizza?)
exemplo:
Do you eat pizza? (Vocês comem pizza?)
Do you work? = Você trabalha?
Do they eat pizza? (Eles comem pizza?)
Does He work? = Ele trabalha?
Did you work? = Você trabalhou?
Will you work? = Você vai trabalhar?

Os verbos auxiliares não possuem tradução nas frases: MODAL VERBS


Do you play volleyball? = Você joga vôlei?
A presença de um verbo auxiliar numa frase nos indica
em que tempo verbal ela está (no presente, no passado
ou no futuro), dependendo do auxiliar que foi usado. Do e VERBOS MODAIS
does indicam tempo presente, did indica tempo passado, e
will indica tempo futuro. Os verbos modais são distintos dos regulares e irregu-
lares pois possuem características próprias:
Suas formas negativas são don’t (do not), didn’t (did
not) e won’t (will not). 1. Não precisam de auxiliares na formação de nega-
tivas e interrogativas;
Para montarmos interrogações, basta posicionar o au- 2. Sempre após os modais, usamos um verbo regular
xiliary desejado antes do sujeito da frase. ou irregular no infinitivo, mas sem o “to”;
3. Não sofrem alteração na terceira pessoa do sin-
O auxiliar também pode facilitar as coisas nas respostas. Ele gular do presente. Logo, nunca recebem “s”, “es” ou “ies”
pode substituir o verbo e todos para he/she/it.
os seus complementos. Assim, se alguém faz um per-
gunta muito longa, você pode responder rapidamente: São verbos modais: can, could, may, might, should,
must, ought to.
Do you always go to work by car on weekdays? (Você
sempre vai para o trabalho de carro nos dias da semana?). May, Might (poder):
-May pode ser usado para pedir permissão:
Sua resposta pode ser, simplesmente, “Yes, I do”.
May I open the window? (Posso abrir a janela?)
Estas respostas curtas são conhecidas como short ans-
May I use your bathroom? (Posso usar seu banheiro?)
wers.
-May e Might podem indicar possibilidade mais certa
Os verbos auxiliares seguidos de um verbo principal ou probabilidade mais remota:
são usados praticamente só em perguntas ou frases ne- It may rain. (Pode chover) => may indica algo com
gativas: mais certeza do que might.
It might rain. (Pode chover) => a probabilidade de cho-
Do you like pizza? (Você gosta de pizza?) ver é pequena.
I don’t like pizza (Eu não gosto de pizza) He might come to the party, but I don’t think he will.
(Ele pode vir à festa, mas não creio que virá)
Numa frase afirmativa diríamos: -May e might podem ser usados para exprimir um pro-
pósito, uma aspiração ou uma esperança:
I like pizza. (Eu gosto de pizza) May he rest in peace. (Que ele repouse em paz)
I hope that he might like this cake. (Espero que ele pos-
As formas does e doesn’t são usadas quando o sujeito sa gostar deste bolo)
da frase no presente for terceira pessoa do singular (he, May all your dreams come true. (Que todos os seus
she, it). sonhos se realizem)

32
LÍNGUA INGLESA

-Para dizermos algo no passado e no futuro, ao invés Could (conseguia, podia, poderia):
de may e might, normalmente usamos os verbos “to be
allowed to” ou “to be permitted to”, que significam “ser -Usamos could para expressar ideias como sendo o
permitido”: passado de Can:
He will be allowed to leave prison. (Ser-lhe-á permitido When I was a teenager I could swim better. (Quando eu
sair da prisão) era adolescente eu podia nadar melhor)
I wasn’t allowed to enter without a uniform. (Não me I could run, now I can’t anymore. (Eu podia correr, mas
deixaram entrar sem um uniforme) agora não consigo mais)
-May e might não são usados na interrogativa expri-
mindo probabilidade ou possibilidade. Usamos to think, to -Para pedir permissão, could é mais educado e formal
be likely e can: que Can:
Do you think he is listening for us? (Você acha que ele Could you help me? (Você poderia me ajudar?)
está nos ouvindo?) Could I borrow your cell phone? (Eu poderia pegar em-
Is it likely to happen? (É possível/provável que isso prestado seu celular?)
aconteça?)
Can this plan come true? (Poderá este plano se tornar Should e Ought to (deveria):
realidade?)
-May e Might podem ser empregados na negativa, -Usamos para expressar nossa opinião, para dar suges-
mas sem contração: tão ou conselho:
He may or may not agree with you. (Ele pode concordar He should travel more. (Ele deveria viajar mais)
ou não com você) I ought to go right now. (Eu deveria ir imediatamente)

Must (precisar, dever, ter que): -As formas negativas são Shouldn’t e Ought not to.
You shouldn’t talk like that. (Você não deveria falar da-
-Must é usado no presente e no futuro. Must pode ex- quele jeito)
I ought not to see her. (Eu não deveria vê-la)
primir ordem, necessidade, obrigação, dever. É equivalente
a have to (ter que):
I must go now. (Preciso ir agora)
You must obey your parents. (Você deve obedecer a
seus pais)
INFINITIVO E GERÚNDIO.
You must follow your doctor’s advice. (Você tem que
seguir os conselhos do seu médico)
He has worked a lot; he must be tired. (Ele trabalhou
O USO DO GERUNDIO
muito; deve estar cansado)
O gerúndio no inglês é usado em algumas situações
especiais. Abaixo nós iremos listar as mais comuns.
-A forma negativa mustn’t (must not) exprime uma
proibição ou faz uma advertência: Após Preposições:
Visitors must not feed the animals. (Visitantes estão Exemplos:
proibidos de alimentar os animais) She is not interested  in  living with us. - Ela não está
You mustn’t miss the 9:00 train. (Você não pode perder interessada em morar conosco.
o trem das 9:00)
Read more about this by clicking here. - Leia mais so-
Can (poder): bre isto clicando aqui.
-Pode ser usado para expressar talentos e habilidades Após alguns verbos “especiais” (existem mais verbos,
no presente: estes são os mais comuns): admit, avoid, consider, con-
They can sing really well. (Eles podem cantar realmente tinue, deny, dislike, enjoy, escape, finish, forgive, imagine,
muito bem) include, keep, mention, miss, practice, reccommend, resist,
I can speak English. (Eu sei falar Inglês) risk, suggest, try, understand, quit.
Exemplos:
-Pode ser usado para pedir permissão: I enjoy studying English.
Can I drink water, teacher? (Posso ir beber água, pro- (Eu aprecio estudar Inglês.)
fessor?) I don’t mind helping her.
Can I see your homework? (Posso ver sua tarefa?) (Eu não me importo de ajudar ela.)

-Há duas formas negativas, can’t e cannot: Após algumas expressões (novamente estas são
He can’t dance at all. (Ele não sabe dançar nada) apenas as mais comuns): can’t stand,  it’s worth,  be used
Tim cannot control his feelings. (Tim não consegue to, can’t help, feel like, it’s no good, look forward to, what
controlar seus sentimentos) about, how about, it’s no use, in spite of.

33
LÍNGUA INGLESA

Exemplos: perativo só que de uma forma mais sugestionada e leve,


I can’t stand watching this game. passando a impressão de incluir na sugestão quem está
(Eu não suporto assistir este jogo.) falando. Podemos usar let’s junto a um verbo no infinitivo,
mas sem o to.
I’m looking forward to meeting your parents.
(Eu estou ansioso para conhecer os seus pais.) Let’s correct our exercises. (Vamos corrigir nossos exer-
cícios)
Para transformar um verbo em substantivo: Let’s study more. (Vamos estudar mais)
Exemplos:
Dancing is his favorite activity.
(Dançar é sua atividade favorita.)
VOZES DO VERBO: ATIVA,
Swimming is good for you. PASSIVA E REFLEXIVA
(Nadar faz bem pra você.) .

Atividades seguidas do verbo go:


Exemplos: VOZ ATIVA E PASSIVA
Let’s go bowling this weekend.
(Vamos jogar boliche este fim de semana.) Há duas vozes verbais: ativa e passiva

They went jogging yesterday morning. A voz ativa é a voz “normal” do verbo, pois é com ela
(Eles foram caminhar ontem de manhã.) que normalmente nos comunicamos. Nela o foco é o sujei-
to fazendo uma ação sobre o objeto. Observe os exemplos
sob a ótica da ordem normal das palavras numa frase (Su-
jeito+verbo+objeto):
MODOS IMPERATIVO
Cats eat fish. (Gatos comem peixes)
E SUBJUNTIVO.
A voz passiva é menos comum de ser usada. Ela é mais
formal. Nela o foco é sobre o objeto que está recebendo a
ação. Neste caso o sujeito recebe muita pouca atenção ou
Modo Imperativo
as vezes nem aparece na frase. Se compararmos com a voz
ativa, veremos uma inversão no posicionamento do sujeito
O modo imperativo afirmativo aproveita a forma dos e do objeto.
verbos no infinitivo, mas sem o to. É usado para dar co-
mandos, ordens, conselhos, instruções, sugestões e fazer Fish are eaten by cats. (Peixes são comidos por gatos)
pedidos. Por exemplo, o infinitivo do verbo “fechar” é to
close. Se um professor precisa que um dos alunos feche a A voz passiva é comumente utilizada pelos meio de co-
porta da sala de aula, ele dirá assim: municação para a divulgação de crimes, uma vez que não
se sabe a quantidade ou o sexo dos bandidos.
Close the door.
Close the door, please. The bank was robbed last night (O banco foi roubado
noite passada.)
A frase imperativa afirmativa geralmente inicia-se com
o verbo, mas não necessariamente. Podemos antepor algo: É incorreto dizer “alguém” roubou o banco. Alguém?
Apenas uma pessoa?
Please close the door.
Diego, please, close the door. A estrutura da voz passiva é bem simples: sujeito + be
For heaven’s sake, close the door. (Pelo amor de Deus, + verbo principal no particípio.
feche a porta) O be deve ser conjugado conforme o tempo verbal da
If you can, close the door. (Se você puder, feche a por- frase. Exemplo: am, is, are para o presente. Was, were para
ta) o passado, will be para o futuro, etc. Assim como o verbo
principal também deve sofrer as modificações necessárias.
Já o modo imperativo negativo utiliza do not (mais for- Por fim, a voz passiva existe em todos os tempos verbais.
mal) ou don’t (mais informal) antes do verbo no infinitivo.
Veja: Exemplos:
Don’t close the door.
Don’t close the door, please. Simple present: It is made in Brazil. (É feito no Brasil)
Please don’t close the door. Present continuous: It  is being  made in Brazil. (Está
Além destas, há uma outra maneira de exercer o im- sendo feito no Brasil)

34
LÍNGUA INGLESA

Present perfect: It has been made in Brazil. (Tem sido • Fred put the light in the «on» position. (Fred pôs a
feito no Brasil) luz na posição “ligada”)
Simple past: Parks are destroyed by our bad habits. • Mary lowered the gas. (Mary reduziu o gás)
(Parques são destruídos por nossos maus hábitos) • Ralph raised the volume on the stereo. (Ralph au-
Simple past: Many people were called by this company. mentou o volume do som)
(Muitas pessoas foram chamadas por esta empresa) • Susan flipped the pancake. (Susan girou a panque-
ca)
A voz passiva também é utilizada para dar foto ao ob- • The committee refused the request. (O comitê re-
jeto mas por fim informando quem foi o autor da obra ou cusou o pedido)
do acontecimento. Para isso nós utilizamos a preposição
by. Muitos phrasal verbs não têm objeto:
Kennedy was killed by Lee Harvey Oswald. (Kennedy foi • After their fight, Susan and Paul made up. (Após a
morto por Lee Harvey Oswald)
briga, Susan e Paul fizeram as pazes)
• During the wedding, the groom  passed out. (Du-
rante o casamento, o noivo passou mal)
PHRASAL VERBS.
Contudo, outros phrasal verbs pedem objeto:

• They put up with the inconvenience. (Eles tolera-


PHRASAL VERBS (VERBOS DE DUAS PALAVRAS) ram a inconveniência)
• We decided on the rose wallpaper. (Nós seleciona-
O Inglês tem uma grande variedade de two-word verbs mos o papel de parede rosa)
(verbos de duas palavras). Talvez o • The scientists wrote up their research. (Os cientis-
melhor termo para identificá-los seja  phrasal verbs tas escreveram algo sobre sua pesquisa)
(verbos frasais), assim chamados pelo fato de serem com- • The traffic cop wrote up the offender. (O guarda
postos, possuindo mais de uma palavra, parecendo-se com de trânsito deu uma multa ao infrator)
um tipo de frase. Um phrasal verb é composto por um ver- • Fred flipped off the policeman. (Fred fez um gesto
bo regular ou irregular junto com alguma partícula, que ofensivo para o policial)
pode ser uma preposição ou um advérbio, ou ambos. Os
phrasal verbs têm significados novos, diferentes das pala- Quanto a posição do phrasal verb.
vras que os compõem lidas separadamente. Eles precisam Quando falamos de substantivos a grande maioria dos
ser entendidos como um grupo e não com suas palavras phrasal verbs aceitam ser colocados de duas maneiras:
de forma isolada.
I’ll hang up my coat. / I’ll hang my coat up. (Eu vou
Para ver a diferença, considere o significado do verbo pendurar o meu casaco)
to turn segundo o Dicionário Cambridge e, em seguida, as
sentenças com phrasal verbs derivados do mesmo verbo: O substantivo pode vir após o phrasal verb ou no meio
dele.
“TURN verb [I/T] (GO AROUND) to move or cause so- Entretanto, quando falamos de pronomes, eles obriga-
mething to move in a circle around a central point or line.” = toriamente devem vir no meio do phrasal verb:
Mover ou fazer com que algo se movimente em círculos ao
redor de um ponto ou de uma linha central.
I’ll hang it up (Eu vou pendurar [o meu casaco.])
Let’s help him out. (Vamos ajudar ele.)
• Fred turned on the light. (Fred acendeu a luz)
• Mary turned down the gas. (Mary diminuiu o gas)
• Ralph turned up the stereo. (Ralph aumentou o vo-
lume do aparelho de som)
• Susan turned over the pancake. (Susan virou a pan- FORMA VERBAL ENFÁTICA.
queca)
• The committee turned down the request. (O comi-
tê recusou o pedido)
Forma Verbal Enfática
Para entender como um two-word verb funciona, você
tem que refletir sobre o significado básico de “turned”. Ge- A forma verbal enfática nada mais é que dar mais ênfa-
ralmente, se for possível substituir o verbo e sua preposição se, intonação, destaque a frase. Uma técnica muito comum
por outra palavra, uma palavra que signifique exatamente para se atingir este efeito é o uso de inversion (inversão em
a mesma coisa, então, o verbo é realmente um two-word inglês). O use da forma enfática deixa a frase mais formal,
verb. Poderíamos reescrever as frases da seguinte maneira: com um recurso estilístico mais refinado.

35
LÍNGUA INGLESA

Exemplo: You should study more, shouldn’t you? (Você deveria


estudar mais, não deveria?)
Jack didn’t know how much money was left. (Jack Peter and Sue didn’t buy a new house, did they? (Peter
não sabia quanto dinheiro restava). e Sue não compraram uma casa nova, compraram?)
Esta é a forma normal/comum de se comunicar uma Roberto speaks Chinese, doesn’t he? (Roberto fala Chi-
ideia. Ela utiliza a forma padrão de sujeito + verbo + objeto. nês, não fala?)

Little did Jack know how much money was left. (Mal
sabia ele quanto dinheiro restava).
O primeiro detalhe vai para o acréscimo da palavra litt- DISCURSO DIRETO E INDIRETO.
le no início da sentença e a adição também do auxiliar did
que reforça o tempo verbal que a frase se encontra. Neste
segundo exemplo estamos comunicando a ideia de uma
forma mais forte. DISCURSO DIRETO E INDIRETO
Outra técnica para a enfática é a colocação do auxiliar
do tempo verbal na afirmativa da frase junto com o verbo.

Exemplo 2:
I go to church everyday. (Eu vou para a igreja todos
os dias)
Novamente a forma mais comum de se comunicar uma
frase. Estrutura básica de sujeito + verbo + objeto.
I do go to church everyday. (Eu realmente vou a igreja
todos os dias).
A adição do auxiliar do que representa o tempo verbal
o qual a frase se encontra torna a frase mais forte, onde o
sujeito diz que realmente ele vai a igreja todos os dias, para
que nenhuma dúvida permaneça.

QUESTION TAGS E TAG ANSWERS.

Podemos relatar o que alguém disse de duas maneiras:


Question Tags e Tag Answers
a) Pelo discurso direto (direct speech): quando repeti-
Question tags são perguntas curtas que aparecem no mos o que foi dito por alguém usando as mesmas palavras
final das frases com o intuito de questionar ou confirmar a desta pessoa. Exemplo:
informação dita previamente. -He said: “I feel well”.
-Ele disse: “Eu me sinto bem”.
b) Pelo discurso indireto (indirect speech): quando con-
Exemplo:
tamos usando nossas próprias palavras o que foi dito por
Mike is your father, isn’t he? (Mike é seu pai, não é?) alguém.
Exemplo:
Regras para question tags: -He said that he felt well.
- A question tag sempre vem na forma oposta a frase. -Ele disse que se sentia bem.
(Frase afirmativa, question tag na negativa. Frase na nega-
tiva, question tag na afirmativa); Ao reproduzir o que alguém disse de forma indireta
- A question tag sempre vem após virgula; precisamos efetuar algumas modificações na estrutura da
- A question tag sempre vem no mesmo verbal que a frase. Veja algumas das mudanças mais frequentes:
frase principal (e é importante que o leitor saiba qual tem-
po verbal a frase se encontra e qual o seu respectivo verbo Direct Speech:
auxiliar mesmo quando este não está evidente); Indirect Speech:(Simple Present) He said: She wor-
ks with me. (Simple Past) He said (that) she worked
Exemplos: with him.
The company opened yesterday, didn’t it? (A empresa (Present Continuous) She is working with me.
abriu onde, não abriu?) (Past Continuous) She was working with him.(Past Con-
Marcus will travel to Spain, won’t he? (Marcus irá viajar tinuous) She was working with me. (Past Perfect
para Espanha, não irá?) Continuous) She had been working with him.

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LÍNGUA INGLESA

(Simple Future) She will work with me. (Simple Conditional) She would work with him.
Outras trocas de palavras e expressões que devem ser feitas do discurso direto para o indireto são as seguintes:
Direct Speech: Indirect Speech:
Today That day
Yesterday The day before
Last night The night before
Now Then
Here There
Tomorrow The next day
This That
These Those

-Quando se relata uma ordem ou comando de alguém, usa-se o infinitivo no discurso indireto.

He said: “Close the door”. (Ele me disse: “Feche a porta”)


He told me to close the door. (Ele me disse para fechar a porta) He said: “Don’t close the door”. (Ele me disse: “Não
feche a porta”)
He told me not to close the door. (Ele me disse para não fechar a porta)

-Quando se relata uma pergunta, coloca-se a frase na forma afirmativa fazendo as devidas transformações: She said:
Where is Bill?

She asked where Bill was. (Ela perguntou onde Bill estava)
He said: “Is Mary here?”

He asked if Mary was there. (Ele perguntou se Mary estava lá)


-Should, Could, Must, Might e Would não alteram sua forma:

She said: “I could go”.


She said that she could go. (Ela disse que ela poderia ir)
-Say é usado com ou sem objeto indireto precedido de to. No discurso indireto, tell é usado com objeto indireto pre-
cedido de to.

Bill said: “I love Ann”. (Bill disse: “Eu amo Ana”)


Bill said that he loved Ann. (Bill disse que amava Ana)
Bill said to Ann: “I love you”. (Bill disse para Ana: “Eu te amo”)
Bill told Ann that he loved her. (Bill disse para Ana que a amava)

-Em frases que apresentam sugestões o verbo introdutório do discurso indireto é to suggest. E a forma let’s é alterada
para we should.

He said: “Let’s take a taxi”.


He suggested (that) we should take a taxi.

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LÍNGUA INGLESA

Na tirinha:
Hey, how much does it cost to have a cool website?
Ei, quanto custa para ter um site legal?
Well, I’ll need more info about your idea, which kind of features do you have in mind...?
Bem, eu irei precisar de mais informações sobre a sua idéia, que tipo de recursos você tem em mente?
Sorry, I’ll only send you more info once we have agreed a fair price!
Me desculpe, eu irei enviar mais informações assim que nós combinarmos um preço justo!
O candidato ao fazer a interpretação da tirinha, consegue classificar a sentimento do programador que não fala
nada no último quadrinho, apenas demonstra a sua frustração facialmente.

MODO CONDICIONAL

Passemos a falar, então, de sentenças Condicionais com a palavra if (tradução: se). Eles são normalmente usados para
falar sobre possíveis eventos e seus efeitos. Existem quatro tipos principais:

-Zero Conditional: não é um condicional verdadeiro, pois ambos os eventos descritos vêm a ocorrer (If/When+present
tense; present tense). Exemplos:

If I stay up late, I feel awful the next day. (Se eu fico acordado até tarde, sinto-me mau no outro dia)

When the moon passes between the earth and the sun, there is an eclipse. (Quando a lua passa entre a terra e o sol,
há um eclipse)

-First Conditional: usado para falar sobre prováveis eventos no futuro se alguma coisa vier a acontecer (If+present
tense; future tense will). Exemplos:

If I pass the exam, I will have a big party! (Se eu passar no exame, eu farei uma grande festa!)
If you don’t stop talking, I will send you to the principal. (Se você não parar de falar, eu vou te enviar ao diretor)

-Second Conditional: usado para falar sobre situações improváveis ou impossíveis (If+past tense; would, could, might).
Exemplos:’’

If I won the lottery, I would give all the money to an orphanage. (Se eu ganhasse na loteria, eu daria todo dinheiro a
um orfanato)
People might behave differently if they had the chance to repeat their lives. (As pessoas poderiam se comportar dife-
rentemente se elas tivessem a chance de repetir suas vidas)

-Third Conditional: usado para especular sobre o passado (If+past perfect; would have, could have, might have+past
participle). Exemplos:

If we had saved more money, we would have gone to Canada last year. (Se nós tivéssemos economizado mais dinheiro,
nós teríamos ido ao Canadá ano passado)
If you had told me the truth, I wouldn’t have asked the teacher. (Se você tivesse me dito a verdade, eu não teria per-
guntado ao professor)

ESTRUTURA DA ORAÇÃO: PERÍODO COMPOSTO


(CONDICIONAIS, RELATIVAS, APOSITIVAS, ETC.).

Ordem Das Palavras Na Oração

Para começar, vejamos a ordem das palavras em sentenças afirmativas:

sujeito verbo objeto


I study English.
I play tennis.

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LÍNGUA INGLESA

Se você já é um estudante um pouco mais avançado, lembre-se da seguinte regra:

Sujeito verbo objeto indireto objeto direto

lugar tempo

I will tell you

the story at school tomorrow.

A ordem das palavras em sentenças negativas é a mesma que nas afirmativas. Note, entretanto, que nas negativas nós
normalmente precisamos de um verbo auxiliar:

Sujeito verbo objeto indireto


objeto direto lugar tempo

I will not tell you the story at school tomorrow.

Em cláusulas subordinadas, a ordem das palavras é a mesma que nas sentenças afirmativas. Conjunções são frequen-
temente usadas entre duas cláusulas:

Conjunção sujeito verbo objeto

indireto objeto direto lugar tempo

I will tell you the story at school tomorrow

because I don’t have time now.

-Posição de Expressões de Tempo (recently, now, then, yesterday, etc.)

Advérbios de tempo são normalmente postos no final da sentença.

Sujeito verbo objeto indireto objeto direto tempo

I will tell you the story tomorrow.

Se você não quiser dar ênfase ao tempo, você pode também posicionar o advérbio de tempo no início da sentença.

Tempo sujeito verbo objeto indireto objeto direto

Tomorrow I will tell you the story

Note que algumas expressões de tempo são advérbios de frequência (always, never, usually, seldom, sometimes, etc.).
Estas são normalmente postas antes do verbo principal da frase, exceto quando o “to be” é o verbo principal.

Sujeito auxiliar/to be advérbio verbo principal objeto, lugar ou tempo

I often go swimming in the evenings.


He doesn’t always play tennis.
We are usually here in the summer.
I have never been abroad.

-Posição de Advérbio de modo (slowly, carefully, awfully, etc.)

Estes são postos atrás do objeto direto, ou atrás do verbo se não houver objeto direto.

Sujeito verbo objeto direto advérbio

He drove the car carefully.

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LÍNGUA INGLESA

He drove carefully.
- Advérbios de lugar (here, there, behind, above, etc.)

Assim como os advérbios de modo, estes são colocados atrás do objeto direto ou do verbo.

Sujeito verbo objeto direto advérbio

I didn’t see him there.


He stayed behind.

- Advérbios de tempo (recently, now, then, yesterday, etc.)

Advérbios de tempo são normalmente colocados no final da sentença.

Sujeito verbo objeto indireto objeto direto tempo

I will tell you the story tomorrow.

Se você não quiser impor ênfase no tempo da ação, você pode por o advérbio de tempo no início da sentença.

Tempo sujeito verbo objeto indireto objeto direto

Tomorrow I will tell you the story.

-Advérbios de Frequência (always, never, seldom, usually, etc.)

São posicionados diretamente antes do verbo principal. Se o “to be” for o verbo principal e não houver nenhum verbo
auxiliar, os advérbios de frequência devem ser postos atrás do “to be”. Se houver um verbo auxiliar, entretanto, advérbios
de frequência são posicionados antes do “to be”.

Sujeito auxiliar/to be advérbio verbo principal objeto, lugar ou tempo

I often go swimming in the evenings.


He doesn’t always play tennis.
We are usually here in the summer.
I have never been abroad.

-Ordem de palavras em sentenças interrogativas:

Em perguntas, a ordem sujeito-verbo-objeto é a mesma que nas sentenças afirmativas. A única coisa que pode se al-
terar é que você normalmente tem que interpor o verbo auxiliar antes do sujeito. Pronomes Interrogativos são colocados
no início das sentenças:

Interrog. verbo aux. Suj. outro verbo obj. indireto obj. direto lugar tempo
What would you like to tell me?
Did you have a party at home yesterday?
When were you there?

Não podemos usar um verbo auxiliar quando procuramos ou perguntamos pelo sujeito da oração. Neste caso, o pro-
nome interrogativo simplesmente toma o lugar do sujeito.

Interrogativo verbo(s) objeto

Who invited you?

The Infinitive And The “-Ing” Form.

FORMA INFINITIVA – Conhecida como a forma “padrão” ou “normal” dos verbos.

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LÍNGUA INGLESA

Usamos o verbo na forma infinitiva com a maioria dos Alguns verbos: begin, continue, hate, intend, like, love,
verbos, por exemplo: prefer, propose, start.

Forget, help, learn, teach, train, choose, expect, hope, Exemplos:


need, offer, want, would like, agree, encourage, pretend, It started to rain. It started raining. (Começou a chover).
promise, allow, decide, etc... I like to play tennis. I like playing tennis. (Eu gosto de
jogar tennis).
Exemplos:
I go to the gym everyday. (Eu vou pra a academia todos
os dias). ORAÇÕES CONDICIONAIS
You work for the goverment. (Você trabalha para o go-
verno).
I eat luch in my house with my family. (Eu como o al-
moço na minha casa com minha família). Modo Condicional

Também usamos o infinitivo sempre após os adjetivos. Passemos a falar, então, de sentenças Condicionais
Exemplos: com a palavra if (tradução: se). Eles são normalmente usa-
dos para falar sobre possíveis eventos e seus efeitos. Exis-
I was happy to help you. (Eu fiquei feliz em lhe ajudar). tem quatro tipos principais:
She will be delighted to see you. (Ela ficará muito feliz
em lhe ver). -Zero Conditional: não é um condicional verdadei-
The water was  too cold  to swim. (A água está muito ro, pois ambos os eventos descritos vêm a ocorrer (If/
fria para nadar). When+present tense; present tense). Exemplos:

FORMA COM -ING – A forma –ing é usada quando a If I stay up late, I feel awful the next day. (Se eu fico
acordado até tarde, sinto-me mau no outro dia)
palavra em questão é o sujeito da frase.
When the moon passes between the earth and the sun,
there is an eclipse. (Quando a lua passa entre a terra e o sol,
Exemplos:
há um eclipse)
Swimming is good exercise. (Nadar é um bom exercí-
cio).
-First Conditional: usado para falar sobre prováveis
Doctors say that smoking is bad for you. (Os medicos
eventos no futuro se alguma coisa vier a acontecer (If+pre-
dizem que fumar faz mal para você).
sent tense; future tense will). Exemplos:
A forma –ing também é usada após preposições. If I pass the exam, I will have a big party! (Se eu passar
no exame, eu farei uma grande festa!)
Exemplos: If you don’t stop talking, I will send you to the principal.
I look forward to meeting you. (Eu estou ancioso para (Se você não parar de falar, eu vou te enviar ao diretor)
te conhecer).
-Second Conditional: usado para falar sobre situações
They left  without  saying  «Goodbye.» (Eeles se foram improváveis ou impossíveis (If+past tense; would, could,
sem dizer “tchau”). might). Exemplos:’’
If I won the lottery, I would give all the money to an or-
A forma –ing também é usada após certos verbos es- phanage. (Se eu ganhasse na loteria, eu daria todo dinheiro
peciais. (ao invés de se colocar to entre os verbos). a um orfanato)
People might behave differently if they had the chance
Alguns verbos: to repeat their lives. (As pessoas poderiam se comportar
Avoid, dislike, enjoy, finish, give up, mind/not mind, diferentemente se elas tivessem a chance de repetir suas
practise. vidas)

Exemplos: -Third Conditional: usado para especular sobre o pas-


sado (If+past perfect; would have, could have, might ha-
Would you  mind  opening  the window? (Você se im- ve+past participle). Exemplos:
porta em abrir a janela?).
If we had saved more money, we would have gone to
I avoid talking about my uncle. (Eu evito falar sobre o Canada last year. (Se nós tivéssemos economizado mais di-
meu tio). nheiro, nós teríamos ido ao Canadá ano passado)
If you had told me the truth, I wouldn’t have asked the
Alguns verbos aceitam ambas as formas infinitivas ou teacher. (Se você tivesse me dito a verdade, eu não teria
–ing. perguntado ao professor)

41
LÍNGUA INGLESA

O prefixo anti dá ideia de oposição “against” e pode


PREFIXOS E SUFIXOS; E ser aplicado para verbos e substantivos.
MARCADORES DO DISCURSO Ex.: anti-war; antisocial; antibiotic; antibody.
(BY THE WAY, ON THE OTHER HAND,
IN ADDITION, IN MY OPINION, ETC.). O prefixo auto é reflexivo e dá ideia de autossuficiente.
Ex.: autograph, auto-pilot, automobile.

O prefixo bi dá ideia de duplicação (dois ‘twice’).


Prefixos e sufixos Ex.: bycicle, bilateral, bilingual.
Através do estudo da morfologia de uma língua, pode-
O prefixo ex é igual a ‘antigo’, ‘anterior’, ‘passado’.
se perceber a flexibilidade da mesma. Através dos afixos,
Ex.: ex-wife, ex-smoker, ex-boss.
podemos criar novas palavras e mudar o sentido destas. A
vantagem de se estudar a morfologia, é que mesmo sem
Ex também pode ser usado como ‘retirado de’.
saber o significado da palavra, pode-se identificar a classe
Ex.: extract.
gramatical da mesma, o que facilita bastante a compreen-
são textual.
Micro é igual a ‘pequeno’, ‘mínimo’, ‘minúsculo’.
 
Ex.: microwave, microbiotic, microchip.
AFFIXATION: É a adição de prefixos e sufixos.
Ex: pleasure - unpleasure, war – anti-war
Mis dá ideia de ‘erroneamente’.  Observe os exemplos
Os Sufixos têm a função de modificar a categoria gra- abaixo:
matical das palavras a que se aplicam. Isto é, um deter- Ex.: misunderstand, mistranslate, mislead.
minado sufixo será sempre aplicado a uma determinada
categoria de palavra e resultará sempre numa outra deter- O prefixo mono dá ideia de único (single).
minada categoria. Prefixos, por sua vez, normalmente não Ex.: monolingual, monologue, monosyllabic.
alteram a categoria gramatical da palavra base a que se
aplicam. Os prefixos dão aos adjetos e verbos ideias ne- Multi dá ideia de múltiplos (many).
gativas ou opostas. Sua função é predominantemente se- Ex.: multinational, multimídia.
mântico, isto é, eles alteram o significado da base.
  Over dá ideia de excesso (a lot).
PREFIXOS Ex.: overwork, overtired, oversleep.

In transforma-se em im antes de palavras que come- Post dá ideia de postergação.


çam com ‘m’ ou ‘p’. Ex.: postgraduate, post-war, postpone.
Ex: immature, impatient, impossible, impolite.
O prefixo pre é o mesmo que ‘antes’.
Desta mesma forma  in  transforma-se em  ir  antes de Ex.: pre-war, pre-judge, pre-school.
palavras que começam com ‘r’.
Ex.: irregular; irresponsible. Pro é o mesmo que ‘em favor de’.
Ex.: pro-government, pro-student, pro-revolutionary.
Seguindo ainda a mesma ideia,  in  será transformado
em il com palavras que começam com ‘l’. Pseudo, como no português é o mesmo que ‘falso’.
Ex.: Illegal, illiterate, illegible. Ex.: peseudo-scientific, pseudo-intellectual.

OBS- O prefixo  in  e suas variações, nem sempre dão O prefixo re dá ideia de ‘novamente (again)’.
um sentido negativo às palavras. Geralmente dão ideia de Ex: rewrite, replay, restart, renew.
“interno”, “dentro”.
Ex.: internal, import, insert. Semi é o mesmo que metade (half), ‘não por comple-
to.’
Os prefixos un e dis também dão ideia de oposição aos Ex.: semi circular, semi final, semi finalista.
verbos. Estes prefixos são geralmente usados para reverter
a ação dos verbos. Sub, assim como no português dá ideia de ‘embaixo’.
Ex.: conver/uncover, lock/unlock, agree/disagree, like/ Ex.: subway, submarine, subdivide.
dislike.
O prefixo under dá ideia de ‘não suficiente’.
O prefixo non também dá ideia de negação. Ex.: Underestimate, undercooked.
Ex.: non-smoker, non-conformist.

42
LÍNGUA INGLESA

SUFIXOS O sufixo ous é acrescentado a substantivos abstratos


para formar adjetivos.
Er e Or são usados para a pessoa que pratica uma ação Ex. delicious, outrageous, dangerous, ambitious.
(agente da ação”. O sufixo ful forma substantivos com o significado de “a
Ex.: writer, driver, singer, worker, actor, donor. quantidade contida em”.
Ex.: hopeful, useful, forgetful.
Er e ee  podem contrastar com outros significados.
Por exemplo, er é usado para a pessoa que pratica a ação
(quem faz), enquanto que ee é a pessoa quem recebe ou O sufixo less é frequentemente usado com o sentido
vivencia tal ação. de “falta de”, “ausência de”, e pode vir ligado a substantivos
Ex.: employer/ employee, sender/addressee/payee. para formar adjetivos.
Ex.: useless, harmless.
Tion, sion, ion são usados para formar substantivos a
partir de verbos. Ify, que se acrescenta a substantivos e adjetivos para
Ex.: compete/competition, promote/promotion, act/ac- formar verbos.
tion. Ex.: beautify, purify, terrify.
Ist (pessoa) e ism (uma atividade ou ideologia).
Fonte: http://www.centraldoingles.com/canais/grama-
Ex.: typist, terrorista, jornalismo, physicist.
tica/prefixos-e-sufixos.aspx
Able/ible é o mesmo que o sufixo …ável ou …ível do
português. Sua origem é o sufixo _abilis do latim, que sig- Marcadores de discurso
nifica ‘capaz de’, ‘merecedor de’. Transforma verbos em
adjetivos. O que são marcadores de discurso?
Ex.: drinable, washable, arorable, available, flexible. - São todas as palavras, locuções ou expressões, espe-
cialmente conjunções, advérbios e preposições, que im-
Ise/ize  (mais comuns no inglês americano) formam primem uma marca significativa no texto, direcionando o
verbos a partir de adjetivos. rumo do período ou do próprio texto.
Ex.: modernise, commercialise, industrialize, computeri-
- Elas abrigam noções diversas, interligando ideias e
se.
estabelecendo coesão entre elas.
As terminações  ment,  ance  e  ence  também são
acrescentadas a verbos para formar substantivos que As mais incidentes nos vestibulares têm sido as que
significam “a ação de” ou o “resultado da ação de”. exprimem:
Ex.: Excitement, enjoyment, replacement. a) addition (adição)
  Ex. and, as well as, besides, both... and., futhermore, in
Ity significa o estado, a qualidade de; equivalente ao sufixo addition, moreover, not only... But also
...idade do português.   b) alternation, alternative (alternância, alternativa)
Ex.: producitivity, sacarcity, possibility. Ex. either ...or, neither ...nor, or, wether ...or
Hood  significa o estado de ser. Há cerca de mil anos
atrás, no período conhecido como Old English, hood era c) cause, reason (causa, razão)
uma palavra independente, com um significado amplo, re- Ex. as, because, due to, for, in case, since
lacionado à pessoa, sua personalidade, sexo, nível social,
condição. A palavra ocorria em conjunto com outros subs- d) comparison (comparação)
tantivos para posteriormente, com o passar dos séculos, se Ex. as, as if, likewise, like than
transformar num sufixo.
Ex.: childhood, motherhood, neighborhood. e) condition (condição)
Ex. if, on he condition (that), provided that, supposing,
Ship significa o estado de ser.  Refere-se especialmen- unless, wether
te a status. f) conclusion, consequence, result (consequência, re-
Ex.: friendship, partnership, membership.
sultado, conclusão)
Ive (…ative) o mesmo que o su- Ex. hence, so thereby, therefore, thus
fixo …tivo ou …ível do português.
Ex.: active, affirmative attractive. g) contrast (contraste)
Ex. albeit, althought (though), but, despite, even, even
Os sufixos al e age são igualmente usados para formar if, even though, however, in spite of, instead of, neverthe-
substantivos derivados de verbos com o significado de “o less, or else, otherwise, rather than, still, whereas, while, yet
ato de” ou “o resultado do ato de”. Forma-se adjetivos com
estes. h) emphasis (ênfase)
Ex.: brutal, legal, drainage, approval, removal. Ex. actually, do (does did), indeed, in fact, really

43
LÍNGUA INGLESA

i) enumeration (enumeração) He is doing a good work on the company. (Ele está


Ex. finally, first, next, then fazendo um bom trabalho na empresa).

j) exception (exceção) Apesar de existirem essas regrinhas citadas acima, há


Ex. but, except (for), save algumas expressões com os verbos “to make” e “to do”,
que possuem características próprias. São elas:
l) exemplification ( exemplificação)
Ex. e.g., for example, for instance, i.e., such as, that is Ex.:

m) manner (modo) make a promise (to) - fazer uma promessa, prometer


Ex. as, as if, as though, how, like Paul made a promise to Susan to never stop loving
her. (Paul fez uma promessa para Susan de nunca deixar
n) negative (negação) de amá-la).
Ex. neither, nor
make someone nervous - deixar alguém nervoso
o) purpose (propósito, finalidade) My brother makes me nervous all the times that he en-
Ex. for, in case, in order to, lest, so (that), that, to ters in my room without knocking on the door. (Meu irmão
me deixa nervosa toda vez que entra no meu quarto sem
p) time (tempo) bater na porta).
Ex. after, as, as soon as, before, no sooner than, once,
still, till, until, when, whenever, while make a face (at) - fazer careta
The kids always make faces at their parents. (As crian-
Fonte: http://pt.slideshare.net/elaineelaine54772/mar- ças sempre fazem caretas para seus pais).
cadores-de-discurso-i-ingls
make a phone call (to) - telefonar, dar um telefonema,
fazer uma ligação.
I need to make a phone call. Could you lend me your
MAKE AND DO cell phone? (Eu preciso fazer uma ligação. Você poderia me
emprestar seu celular?).

do the laundry - lavar a roupa


Apesar de os verbos make e do possuírem o mesmo I always do the laundry on Sundays. (Eu sempre lavo
significado, fazer, existem alguns critérios para diferenciar roupa aos domingos).
seus usos:
do the dishes - lavar a louça
1- to make: usa-se esse verbo toda vez que se preten- John and Bob usually do the dishes at their home. (John
de dizer que alguém construiu, criou ou preparou alguma e Bob geralmente lavam a louça na casa deles).
coisa.
do someone a favor (for) - fazer um favor para al-
Ex.: guém
Could you do me a favor? Take theses folders to Mr.
She is making a cake. (Ela está fazendo (preparando) Willians, please. (Você poderia me fazer um favor? Leve es-
um bolo). sas pastas para o Sr. Willians, por favor).
He is making a bench. (Ele está fazendo (construindo)
um banco). do an experiment - fazer uma experiência
Mary is making a new dish at the restaurant. She is an At the science class today, the teacher asked us to do
excellent cook. (Mary está fazendo (criando) um novo prato an experiment. (Na aula de ciências hoje, a professora nos
no restaurante. Ela é uma excelente cozinheira). pediu para fazer uma experiência).

2- to do: usa-se esse verbo toda vez que se pretende Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/ingles/make-ou-
dizer que alguém está envolvido em alguma atividade, ou do.htm
ainda quando essa pessoa está executando tal atividade.

Ex.:

They are doing the homework. (Eles estão fazendo o


dever de casa).
We are doing some exercises. (Nós estamos fazendo
alguns exercícios).

44
LÍNGUA INGLESA

de um texto técnico em língua inglesa não tiver conheci-


COMPREENSÃO DE TEXTOS: TEXTOS mento de mundo, vivência, experiências variadas de vida,
DE ASSUNTOS TÉCNICOS E GERAIS conhecimento prévio sobre o assunto, seu nível de com-
preensão será mais superficial. Por isso, o ponto de partida
para uma leitura eficiente está sempre em você. Mas tam-
bém não adianta buscar apenas informação de coisas que
TÉCNICA DE LEITURA DE TEXTO DE LÍNGUA INGLE- te atraem, coisas que você gosta de saber. É preciso am-
SA pliar sua visão de mundo. Se você for mulher, busque saber
algo sobre futebol também, sobre carros, sobre coisas do
No Brasil, de um modo geral, o inglês instrumental é mundo masculino. Se você for homem, busque também
uma das abordagens do ensino do Inglês que centraliza a conhecer assuntos do mundo feminino como cosméticos
língua técnica e científica focalizando o emprego de estra- e vestuário. Busquem ambos interessar-se por assuntos
tégias específicas, em geral, voltadas à leitura. Seu foco é relacionados a crianças, idosos, povos diferentes do seu,
desenvolver a capacidade de compreensão de textos de di- países variados, regiões do mundo sobre as quais que você
versas áreas do conhecimento. O estudo da gramática res- normalmente não sabe nada. Leia jornais, revistas, sites da
tringe-se a um mínimo necessário normalmente associado internet, pesquise coisas curiosas, assista a programas de
a um texto atual ou similar que foi veiculado em periódicos. TV jornalísticos, de variedades, de humor, de esportes, de
O conhecimento de uma boa quantidade de palavras tam- ciência, de religião, de saúde, de entretenimento, converse
bém faz parte das técnicas que serão relacionadas abaixo. com pessoas de opiniões, idades e classes sociais diferen-
tes da sua, dê valor a todos os assuntos porque você nunca
Dependendo do objetivo de sua leitura, você terá que sabe qual tema será abordado num texto de uma prova.
saber utilizar algum dos três níveis diferentes de com- Esteja preparado para todos eles. Desta forma podemos
preensão: agilizar sua compreensão acerca de um texto. Desta forma
você terá mais prazer ao ler, pois compreenderá os mais
Compreensão Geral: obtida através de uma leitura variados textos. Desta forma você verá que é capaz de ad-
rápida, “uma passada de olho rápida no texto”, para cap- quirir conhecimento em uma língua estrangeira. Desta for-
tarmos as informações gerais acerca dele, ou seja, aquilo ma poderemos minimizar seus problemas e aumentar suas
que é de maior importância, seu tema geral, seu assunto chances de obter o sucesso.
principal.
Skimming (ler ou examinar superficialmente; desnatar;
Compreensão de Pontos Principais: exige que tenha- retirar aquilo de maior peso ou importância): é uma téc-
mos maior atenção na busca das informações principais nica que permite rapidez e eficiência na busca de algum
espalhadas pelo texto, observando cada parágrafo distin- direcionamento inicial acerca do texto. Realizar o skimming
tamente para identificar dados específicos que o autor quis significa ler rapidamente o texto para saber o assunto prin-
destacar. cipal trabalhado pelo autor. Esta atividade de leitura nos
proporciona um nível de compreensão geral, visando nos
Compreensão Detalhada: requer um nível de leitura dar uma visão global, aberta e ampla do texto. Ao reali-
mais aprofundado que nos níveis anteriores. Exige a com- zarmos o skimming, não podemos nos deter em detalhes
preensão de detalhes do texto, minúcias, palavra por pa- como palavras novas nem palavras das quais nos esquece-
lavra, e demanda, assim, mais tempo e atenção do leitor. mos. Estamos em busca do assunto principal e do sentido
Para tanto, em alguns casos, será preciso reler várias vezes geral do texto.
o texto.
Prediction: Com esta estratégia o leitor lança mão
Para obter um bom nível de acerto durante os níveis de do seu próprio conhecimento, através das experiências de
compreensão, temos que por em prática algumas técnicas vida que possui, e da informação linguística e contextual.
de auxílio à leitura que passaremos a ver agora. Após realizar o skimming, o leitor precisa concentrar-se
para tentar ativar as informações que já possui sobre o
Background knowledge (conhecimento prévio): para tema e prever que tipos de palavras, frases ou argumentos
que um leitor consiga identificar e entender certas infor- podem estar presentes naquele texto. É um momento de
mações em qualquer tipo de texto, torna-se extremamen- reflexão. É a hora de buscar na memória tudo o que foi lido,
te importante que ele possua algum conhecimento prévio estudado, discutido, e visto na mídia a respeito daquele
sobre seu assunto. Podemos comparar esta situação com a tema. Além do mais, esta é uma estratégia de leitura que
de um estudante tentando fazer uma prova de redação. Se também permite ao leitor prever o que vem a seguir em
ele nunca tiver lido, discutido, estudado ou ouvido falar do um texto. Trata-se do desenvolvimento sequenciado do
tema daquela redação, como poderá dissertar? Suas ideias pensamento. Isso só é possível porque quem escreve, o
podem até ir para o papel, mas correrá um grande risco de faz de maneira organizada, porque as pessoas pensam
não ter o vocabulário necessário, consistência, profundida- de maneira semelhante e porque alguns tipos de textos
de, argumentos, conhecimento de causa, exemplos a citar, possuem estruturas previsíveis levando nós leitores a
etc. sua redação será pobre. Da mesma maneira, se o leitor atingir certas formas de compreensão. Quanto mais ex-

45
LÍNGUA INGLESA

periente for o leitor, maior será sua capacidade de pre- e plural, conhecimento sobre a estrutura de textos, etc.
ver. Nesta etapa, passamos a associar o assunto do texto Tudo isso em conjunto pode ajudar numa aproximação do
com as dicas tipográficas usadas pelo autor para transmitir sentido real daquele termo que não sabemos.
significados. É preciso lembrar que estas estratégias serão mais ou
menos eficazes dependendo do tamanho do vocabulário
Grifo de palavras cognatas, das palavras já conhe- que você possui e também do seu nível de conhecimento
cidas pelo leitor e das repetidas: Muito comuns entre as gramatical.
línguas inglesa e portuguesa, os cognatos são termos bas- Há estudos que relacionaram as palavras que mais apa-
tante parecidos tanto na escrita como no significado em recem em textos e livros técnicos em língua inglesa. Desses
ambas as línguas. Grifar todas estas palavras em um texto estudos foram feitas diferentes listas com as 500 palavras
é um recurso psicológico e técnico que visa mostrar e pro- mais comuns, ou as 700 palavras mais comuns. Para faci-
var visualmente para o leitor que ele tem conhecimento de litar seu estudo, incluímos aqui as 318 mais comuns para
muitas das palavras daquele texto e de que, assim, ele é serem estudadas. Ao memorizar estas palavras você ob-
capaz de fazer uso dessas informações para responder às terá um magnífico subsídio preparando-se para enfrentar
questões propostas. Trata-se de um recurso que usamos qualquer texto. Você verá que várias destas palavras já são
para dar mais relevância e importância às palavras que já conhecidas por você, assim, na verdade, terá que memori-
sabemos em um texto, pois é nelas que nos apoiaremos zar bem menos destas. Um número bem significativo de-
para resolver exercícios e para entender os textos. É muito las está presente em qualquer tipo de texto. Quanto mais
mais inteligente voltar nosso foco para as palavras que têm palavras você souber, mais poderá grifar! Apoie-se nelas e
algum significado para nós do que destacar aquelas que bom estudo!
não conhecemos. Além disso, ao grifar, você acaba relen-
do as informações de uma maneira mais lenta, o que faz 001 although embora
com que perceba certos detalhes que não havia percebido 002 able capaz
antes. É uma forma de quantificar em porcentagem apro- 003 about sobre, aproximadamente
ximada o quanto se sabe daquele texto. É preciso lembrar 004 above acima
005 according to de acordo com
que há um número muito grande de palavras repetidas nos
006 after depois, após
textos e isso facilita para o estudante, pois ele poderá grifar
007 again novamente, de novo
mais de uma vez a mesma palavra.
008 against contra
009 age idade
Scanning: esta técnica de leitura visa dar agilidade na
010 air ar
busca por informações específicas. Muitas vezes, após ler
011 all tudo
um texto, nós queremos reencontrar alguma frase ou al-
012 almost quase
guma palavra já lida anteriormente. Para efetuar esta busca
013 alone só, sozinho
não precisamos ler o texto inteiro de novo, podemos sim- 014 along ao longo de
plesmente ir direto ao ponto aonde podemos encontrar tal 015 already já
informação. Isso é o scanning, significa encontrar respostas 016 also também
de uma forma rápida e direta sem perder tempo relendo 017 always sempre
o texto todo. Esta técnica em geral deve ser aplicada após 018 among entre (3 ou mais coisas)
uma ou mais leituras completas do texto em questão. As- 019 an um, uma
sim o leitor diminuirá o risco de confundir informações, 020 ancient antigo
perder tempo ou de dar respostas erradas. Se desejar, o es- 021 and e
tudante pode ler o que os exercícios pedirão antes de fazer 022 another um outro
o scanning, pois assim ele irá selecionar mais facilmente o 023 any algum(a), qualquer
que for mais importante para responder àquelas questões 024 anything qualquer coisa
direcionando-se melhor. 025 arm braço
026 army exército
Lexical Inference (inferência lexical): Inferir significa 027 around em torno de, perto de
deduzir. Às vezes será preciso deduzir o sentido de um ter- 028 art arte
mo, decifrando o que ele quer dizer. Mas isso não pode ser 029 as como, assim como
feito de qualquer maneira. Para inferirmos bem, é necessá- 030 at em, às
rio entender o significado daquela palavra desconhecida 031 authority autoridade
através do contexto no qual ela está inserida, observando 032 away distante, longe
as palavras vizinhas, as frases anteriores e posteriores, o 033 back de volta, atrás
parágrafo onde ela está, as noções gerais que temos do 034 because porque
texto, etc. Precisamos observar o meio no qual a palavra 035 before antes
está posta. Neste caso teremos de nos fazer valer de nos- 036 behind atrás
sos conhecimentos de classes gramaticais (substantivos, 037 best melhor (superlativo)
adjetivos, preposições, verbo, etc.), de afixos, de singular 038 better melhor (comparativo)

46
LÍNGUA INGLESA

039 between entre (2 coisas) 098 free livre, grátis


040 beyond além 099 French francês
041 big grande 100 friend amigo(a)
042 black preto(a) 101 from de (origem)
043 blood sangue 102 full completo, cheio
044 body corpo 103 general geral
045 both ambos(as) 104 girl menina, garota
046 boy menino, garoto 105 God Deus
047 brother irmão 106 gold ouro
048 but mas, porém, exceto 107 good bom(ns), boa(s)
049 by próximo a, perto de, por 108 government governo
050 captain capitão 109 great grande, maravilhoso
051 care cuidado 110 ground chão
052 case caso 111 half metade
053 certain certo 112 hand mão/entregar
054 chapter capítulo 113 he ele (pessoa)
055 character caráter, personalidade 114 head cabeça, líder
056 child criança 115 heart coração
057 children crianças 116 her dela (pessoa)
058 church igreja 117 here aqui
059 city cidade 118 high alto
060 common comum 119 him ele, o (pessoa)
061 country país, zona rural 120 himself ele mesmo (pessoa)
062 course curso 121 his dele (pessoa)
063 day dia 122 history história
064 dead morto 123 home casa, lar
065 death morte 124 horse cavalo
066 different diferente 125 hour hora
067 door porta 126 house casa
068 down para baixo 127 how como
069 during durante 128 however entretanto
070 each cada 129 human humano
071 earth terra (planeta) 130 hundred cem, centena
072 either... or ou... ou 131 idea idéia
073 emperor imperador 132 if se
074 empire império 133 ill doente
075 end fim 134 in em, dentro (de)
076 enemy inimigo 135 indeed de fato, realmente
077 England Inglaterra 136 into para dentro de
078 enough suficiente 137 it ele(a) (coisa, animal)
079 even mesmo 138 its seu, sua, (coisa, animal)
080 ever em qualquer momento, já 139 itself a si mesmo (coisa, animal)
081 every cada, todo 140 just apenas, justo
082 eye olho 141 kind tipo, gentil
083 fact fato 142 king rei
084 family família 143 knowledge conhecimento
085 far distante, longe 144 land terra
086 father pai 145 large largo, amplo, grande
087 fear medo 146 law lei
088 few poucos(as) 147 (at) least (pelo) menos
089 fire fogo 148 left esquerdo(a)
090 first primeiro 149 less menos
091 five cinco 150 life vida
092 foot/feet pé/pés 151 light luz, leve
093 footnote notas de rodapé 152 little pouco(a)
094 for para, por 153 long longo
095 force força, forçar 154 longer mais longo
096 four quatro 155 love amor
097 France França 156 man/men homem/homens

47
LÍNGUA INGLESA

157 manner maneira 216 prince príncipe


158 many muitos (as) 217 public público
159 master mestre 218 quite completamente, muito
160 matter matéria 219 rather preferencialmente
161 me me, mim 220 reason razão
162 miles milhas 221 reign reino
163 mind mente 222 religion religião
164 mine meu(s), minha(s) 223 room cômodo, quarto
165 moment momento 224 round redondo
166 money dinheiro 225 same mesmo(a)
167 more mais 226 sea mar
168 morning manhã 227 second segundo
169 most mais 228 set conjunto
170 mother mãe 229 seven sete
171 Mr. senhor 230 several vários(as)
172 Mrs. senhora 231 she ela (pessoa)
173 much muito(a) 232 short pequeno(a), curto(a)(s)
174 my meu(s), minha(s) 233 side lado
175 myself eu mesmo 234 sight vista, visão
176 name nome 235 since desde
177 nation nação 236 sir senhor
178 natural natural 237 six seis
179 nature natureza 238 small pequeno(s), pequena(s)
180 near próximo, perto 239 so então
181 neither...nor nem...nem 240 some algum(a), alguns(mas)
182 never nunca 241 something algo, alguma coisa
183 new novo(a)(s) 242 sometimes algumas vezes
184 next próximo, a seguir 243 son filho
185 night noite 244 soon logo, em breve
186 no não 245 spirit espírito
187 non não 246 state estado, situação
188 not não 247 still ainda
189 nothing nada 248 street rua
190 now agora 249 strength força
191 number número 250 strong forte
192 of de 251 subject assunto, sujeito
193 off afastado, desligado 252 such tão
194 often frequentemente 253 sure certo (certeza)
195 old velho(s), velha(s) 254 ten dez
196 on sobre, em cima 255 than do que
197 once uma vez 256 that aquele(a), esse(a)
198 one um, uma 257 the o, a, os, as
199 only apenas, único, somente 258 their deles, delas
200 or ou 259 them eles, os
201 other outro(a) 260 themselves eles mesmos
202 our nosso(a), nossos(as) 261 then então, em seguida
203 out fora 262 there lá
204 over acima, encerrado 263 therefore por esta razão
205 part parte 264 these estes(as)
206 peace paz 265 they eles, elas
207 people pessoas 266 thing coisa
208 perhaps talvez 267 thirty trinta
209 period período 268 this este(a), isto
210 person pessoa 269 those aquele(as), esses(as)
211 place lugar 270 thousand mil, milhar
212 point ponto 271 three três
213 poor pobre 272 through através
214 power poder, força 273 time tempo, momento, vez
215 present presente 274 to para, em direção a

48
LÍNGUA INGLESA

275 together junto(a)(s) Observe o exemplo abaixo.


276 too também
277 towards na direção de
278 town cidade
279 true verdade
280 truth verdade
281 twenty vinte
282 two dois
283 under sob
284 until/till até (que)
285 up para cima
286 upon sobre
287 us nos, a nós
288 very muito
289 voice voz
290 war guerra
291 water água
292 way caminho, maneira, jeito
293 we nós
294 well bem
295 what o que, qual, quais
296 when quando
297 where onde
298 whether se
299 which (o,a) qual, (os, as) quais
300 while enquanto
301 white branco
302 who/whom quem, a quem
303 whole complete, inteiro
304 whose de quem, cujo(a)(s)
305 why por que?
fonte: http://goo.gl/SKB5Zq
306 wife esposa
307 with com
Além das técnicas mencionadas anteriormente, o leitor
308 within dentro de deve sempre se apoiar em informações universais como
309 without sem imagens, números e símbolos. Neste exemplo a imagem
310 woman/women mulher/mulheres podemos identificar que se trata de uma propaganda de
311 word palavra fraldas. O estudante consegue identificar o preço de trinta
312 world mundo e três centavos nos outros supermercados. O desconto de
313 year ano 45% oferecido fazendo com que o preço fique em dezoito
314 yes sim centavos no local da promoção “ALDI”.
315 yet ainda, já
316 you você(s) ? ! , ; 4 / A a % = @ + “. Símbolos, cores, formatos, fo-
317 young jovem tos, desenhos, tamanhos de letras utilizados, estilos de le-
318 yours seu(s), sua(s) tras escolhidos, elementos de pontuação, algarismos, etc.,
ajudam-nos a desvendar muitas minúcias do conteúdo de
Dicas tipográficas um texto.

Qualquer porção de linguagem, seja ela falada, escri- Esses elementos são conhecidos como marcas, evi-
ta, gesticulada, desenhada etc., pode ser considerada tex- dências ou dicas tipográficas que os mais variados textos
to. Assim, um texto pode constituir-se de uma frase, uma utilizam para comunicar. São elementos que transmitem
palavra, um sinal, uma imagem, ou alguma porção maior informações além das palavras, complementando-as. Sa-
e mais longa como um romance ou uma novela. Por isso, ber reconhecê-las e também extrair delas algum sentido
a comunicação não envolve somente a linguagem verbal, complementar para o texto fornece um grande auxílio à
como na escrita e na fala, mas também envolve a lingua- leitura e à interpretação das ideias transmitidas.
gem não-verbal. Este tipo de linguagem se desenvolve de
maneira complexa na sociedade contemporânea e relacio-
na-se com outras linguagens como a moda, os gestos, a
arte, os sinais, etc.

49
LÍNGUA INGLESA

QUESTÕES hope to change that. As they describe in Biomedical Optics


Express, Dr. Leitbeg and his colleagues are exploring a te-
1. (ANAC – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE chnique called optical coherence tomography (OCT), which
AVIAÇÃO CIVIL – CESPE/2012)   they think will allow skin cancer to be diagnosed in situ.

Skin deep OCT works by sending infra-red light into tissues and
analyzing what bounces back. The behavior of the reflec-
Dermatologists are good at spotting unusual bits of ted rays provides information on the structures that they
skin that might or might not be cancers. Testing whether collided with. That Dr. Leitgeb hoped, could be used to ge-
they actually are, though, is quite literally a blood pain. For nerate a map of features just beneath the surface of the
a piece of skin to be identified as malignant or benign, it skin. Dr. Leitgeb and his colleagues set up an experiment
must be cut out and sent to a laboratory for examination that let them test the system on a range of skin conditions,
under a microscope. But a team of researchers led by Rai- including a healthy human palm, allergy-induced eczema
ner Leitgeb, a physicist at the Medical University of Vienna, on the forearm, inflammation of the forehead, and two
hope to change that. As they describe in Biomedical Optics previously diagnosed cases of basal-cell carcinoma. They
Express, Dr. Leitbeg and his colleagues are exploring a te- expected to see normal blood vessels in the healthy palm,
chnique called optical coherence tomography (OCT), which increased perfusion caused by dilated and altered vessels
they think will allow skin cancer to be diagnosed in situ. in the eczema and the inflammation, and a chaotic jumble
of vessels feeding the cancers.
OCT works by sending infra-red light into tissues and And that is exactly what they saw. Moreover, the ima-
analyzing what bounces back. The behavior of the reflec- ges of the vessels supplying blood to the tumors were
ted rays provides information on the structures that they good enough to allow them to calculate blood-flow rates.
collided with. That Dr. Leitgeb hoped, could be used to ge- That could also help treatment by allowing doctors to iden-
nerate a map of features just beneath the surface of the tify the times during their development when tumors are
skin. Dr. Leitgeb and his colleagues set up an experiment most vulnerable to starvation by having their blood supply
that let them test the system on a range of skin conditions, cut off.
including a healthy human palm, allergy-induced eczema
on the forearm, inflammation of the forehead, and two The experiment with samples of different skin condi-
previously diagnosed cases of basal-cell carcinoma. They tions turned out to be unsuccessful.
expected to see normal blood vessels in the healthy palm, A) Certo.
increased perfusion caused by dilated and altered vessels B) Errado.
in the eczema and the inflammation, and a chaotic jumble
of vessels feeding the cancers. 3. (ANAC – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE
AVIAÇÃO CIVIL – CESPE/2012)  
And that is exactly what they saw. Moreover, the ima-
ges of the vessels supplying blood to the tumors were Skin deep
good enough to allow them to calculate blood-flow rates.
That could also help treatment by allowing doctors to iden- Dermatologists are good at spotting unusual bits of
tify the times during their development when tumors are skin that might or might not be cancers. Testing whether
most vulnerable to starvation by having their blood supply they actually are, though, is quite literally a blood pain. For
cut off. a piece of skin to be identified as malignant or benign, it
must be cut out and sent to a laboratory for examination
The word “literally” is used in line three because the under a microscope. But a team of researchers led by Rai-
process of cutting out a piece of skin is painful and bloody. ner Leitgeb, a physicist at the Medical University of Vienna,
A) Certo. hope to change that. As they describe in Biomedical Optics
B) Errado. Express, Dr. Leitbeg and his colleagues are exploring a te-
chnique called optical coherence tomography (OCT), which
2. (ANAC – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE they think will allow skin cancer to be diagnosed in situ.
AVIAÇÃO CIVIL – CESPE/2012)  
OCT works by sending infra-red light into tissues and
Skin deep analyzing what bounces back. The behavior of the reflec-
ted rays provides information on the structures that they
Dermatologists are good at spotting unusual bits of collided with. That Dr. Leitgeb hoped, could be used to ge-
skin that might or might not be cancers. Testing whether nerate a map of features just beneath the surface of the
they actually are, though, is quite literally a blood pain. For skin. Dr. Leitgeb and his colleagues set up an experiment
a piece of skin to be identified as malignant or benign, it that let them test the system on a range of skin conditions,
must be cut out and sent to a laboratory for examination including a healthy human palm, allergy-induced eczema
under a microscope. But a team of researchers led by Rai- on the forearm, inflammation of the forehead, and two
ner Leitgeb, a physicist at the Medical University of Vienna, previously diagnosed cases of basal-cell carcinoma. They

50
LÍNGUA INGLESA

expected to see normal blood vessels in the healthy palm, 5. (ANAC – TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE AVIA-
increased perfusion caused by dilated and altered vessels ÇÃO CIVIL – CESPE/2012)  
in the eczema and the inflammation, and a chaotic jumble
of vessels feeding the cancers. Injury and Insult

And that is exactly what they saw. Moreover, the ima- Is it possible for cancer to develop as a result of an
ges of the vessels supplying blood to the tumors were injury?
good enough to allow them to calculate blood-flow rates. “It’s common myth that injuries can cause cancer,” the
That could also help treatment by allowing doctors to iden- American Cancer Society informed on its Website. Until the
tify the times during their development when tumors are 1920s, some doctors believed trauma did cause cancer,
most vulnerable to starvation by having their blood supply “despite the failure of injury to cause cancer in experimen-
cut off. tal animals.”
There is an indication that the procedure may do more But most medical authorities, including the Cancer So-
than simply identifying skin cancer.
ciety and the National Cancer Institute, see no suck link.
A) Certo.
The more likely explanation, the society suggests, is
B) Errado.
that a visit to the doctor for an injury could lead to finding
an existing cancer.
4. (ANAC – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE
AVIAÇÃO CIVIL – CESPE/2012)   Other possibilities are that scar tissue from an old trau-
ma could look like a cancerous lesion and that an injured
Skin deep breast or limb would be more closely watched for cancer
to develop.
Dermatologists are good at spotting unusual bits of A single interview-based study of breast cancer in En-
skin that might or might not be cancers. Testing whether gland found that 67 women with breast carcinoma were
they actually are, though, is quite literally a blood pain. For more likely to report physical trauma to the breast in the
a piece of skin to be identified as malignant or benign, it preceding five years than 134 women in a matched control
must be cut out and sent to a laboratory for examination group without cancer. The study was criticized because of
under a microscope. But a team of researchers led by Rai- its size and methodology.
ner Leitgeb, a physicist at the Medical University of Vienna, Published in 2002 in The European Journal of Cancer
hope to change that. As they describe in Biomedical Optics Prevention, the study has not been duplicated. Its authors
Express, Dr. Leitbeg and his colleagues are exploring a te- suggested that it was plausible that models of epithelial
chnique called optical coherence tomography (OCT), which cell generation could be a mechanism. But the case is far
they think will allow skin cancer to be diagnosed in situ. from proved, even for a single type of cancer.
OCT works by sending infra-red light into tissues and
analyzing what bounces back. The behavior of the reflec- Internet. www.nytimes.com (adapted)
ted rays provides information on the structures that they
collided with. That Dr. Leitgeb hoped, could be used to ge- The study which was subject to criticism has not been
nerate a map of features just beneath the surface of the replicated.
skin. Dr. Leitgeb and his colleagues set up an experiment A) Certo.
that let them test the system on a range of skin conditions, B) Errado.
including a healthy human palm, allergy-induced eczema
on the forearm, inflammation of the forehead, and two 6. (ANAC – TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE AVIA-
previously diagnosed cases of basal-cell carcinoma. They
ÇÃO CIVIL – CESPE/2012)  
expected to see normal blood vessels in the healthy palm,
increased perfusion caused by dilated and altered vessels
Injury and Insult
in the eczema and the inflammation, and a chaotic jumble
of vessels feeding the cancers.
And that is exactly what they saw. Moreover, the ima- Is it possible for cancer to develop as a result of an
ges of the vessels supplying blood to the tumors were injury?
good enough to allow them to calculate blood-flow rates. “It’s common myth that injuries can cause cancer,” the
That could also help treatment by allowing doctors to iden- American Cancer Society informed on its Website. Until the
tify the times during their development when tumors are 1920s, some doctors believed trauma did cause cancer,
most vulnerable to starvation by having their blood supply “despite the failure of injury to cause cancer in experimen-
cut off. tal animals.”
But most medical authorities, including the Cancer So-
The team of researchers first tested the new procedure ciety and the National Cancer Institute, see no suck link.
on lab animals. The more likely explanation, the society suggests, is
A) Certo. that a visit to the doctor for an injury could lead to finding
B) Errado. an existing cancer.

51
LÍNGUA INGLESA

Other possibilities are that scar tissue from an old trau- 8. (ANAC – TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE AVIA-
ma could look like a cancerous lesion and that an injured ÇÃO CIVIL – CESPE/2012)  
breast or limb would be more closely watched for cancer
to develop. Injury and Insult
A single interview-based study of breast cancer in En-
gland found that 67 women with breast carcinoma were Is it possible for cancer to develop as a result of an
more likely to report physical trauma to the breast in the injury?
preceding five years than 134 women in a matched control “It’s common myth that injuries can cause cancer,” the
group without cancer. The study was criticized because of American Cancer Society informed on its Website. Until the
its size and methodology. 1920s, some doctors believed trauma did cause cancer,
Published in 2002 in The European Journal of Cancer “despite the failure of injury to cause cancer in experimen-
Prevention, the study has not been duplicated. Its authors tal animals.”
suggested that it was plausible that models of epithelial But most medical authorities, including the Cancer So-
cell generation could be a mechanism. But the case is far
ciety and the National Cancer Institute, see no suck link.
from proved, even for a single type of cancer.
The more likely explanation, the society suggests, is
that a visit to the doctor for an injury could lead to finding
Internet. www.nytimes.com (adapted)
an existing cancer.
In the past some doctors believed that injuries caused Other possibilities are that scar tissue from an old trau-
cancer because this is what animal experiments indicated. ma could look like a cancerous lesion and that an injured
A) Certo. breast or limb would be more closely watched for cancer
B) Errado. to develop.
A single interview-based study of breast cancer in En-
7. (ANAC – TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE AVIA- gland found that 67 women with breast carcinoma were
ÇÃO CIVIL – CESPE/2012)   more likely to report physical trauma to the breast in the
Injury and Insult preceding five years than 134 women in a matched control
Is it possible for cancer to develop as a result of an group without cancer. The study was criticized because of
injury? its size and methodology.
“It’s common myth that injuries can cause cancer,” the Published in 2002 in The European Journal of Cancer
American Cancer Society informed on its Website. Until the Prevention, the study has not been duplicated. Its authors
1920s, some doctors believed trauma did cause cancer, suggested that it was plausible that models of epithelial
“despite the failure of injury to cause cancer in experimen- cell generation could be a mechanism. But the case is far
tal animals.” from proved, even for a single type of cancer.
But most medical authorities, including the Cancer So- Internet. www.nytimes.com (adapted)
ciety and the National Cancer Institute, see no suck link.
The more likely explanation, the society suggests, is According to the text, it has been proved that medical
that a visit to the doctor for an injury could lead to finding investigation may find cancer even if the patient has no
an existing cancer. symptoms of the disease.
Other possibilities are that scar tissue from an old trau- A) Certo.
ma could look like a cancerous lesion and that an injured B) Errado.
breast or limb would be more closely watched for cancer
to develop.
9. (ANAC – TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE AVIA-
A single interview-based study of breast cancer in En-
ÇÃO CIVIL – CESPE/2012)  
gland found that 67 women with breast carcinoma were
more likely to report physical trauma to the breast in the
Smartphone app inquiry launched in Australia
preceding five years than 134 women in a matched control
group without cancer. The study was criticized because of
its size and methodology. Australia’s Assistant Treasurer David Bradbury said he
Published in 2002 in The European Journal of Cancer would be inviting smart phone owners to “name and sha-
Prevention, the study has not been duplicated. Its authors me” apps they were unhappy with.
suggested that it was plausible that models of epithelial The inquiry will ask whether users are given enough
cell generation could be a mechanism. But the case is far information about the costs associated with apps before
from proved, even for a single type of cancer. and after they are downloaded.
“In a very short period of time, new mobile devices like
Internet. www.nytimes.com (adapted) smart phones and tablets have changed the way consumers
engage in commerce,” said Mr. Bradbury in a statement.
Not all doctors believe there is no link between trauma “At the same time though, some consumers have raised
and cancer. concerns about aspects of mobile commerce, particularly
A) Certo. when purchases can be made without much difficulty using
B) Errado. stored credit card data.”

52
LÍNGUA INGLESA

Mr. Bradbury said he was particularly concerned about RESPOSTAS COMENTADAS


apps aimed at children, and that encourage the purchase of
virtual goods and subscriptions. 1- A questão pede que o candidato determine – a
“We have strong consumer laws in Australia that pro- palavra “literally” é usada na linha três porque o processo
de cortar um pedaço da pele é doloroso e sangrento. A pa-
tect the rights of consumers and place clear obligations on lavra “literally” quer dizer literalmente, ou seja o processo
businesses,” he said. “This inquiry is an opportunity to look realmente é doloroso e sangrento.
at the adequacy of existing measures to address any con-
sumer concern.” RESPOSTA: “A”
The inquiry, which will start soon, will be carried out by
the government’s Consumer Affairs Advisory Council. 2- A questão pede que o candidato determine – o
experimento com as amostras de diferentes condições de
peles acabou sendo mal sucedida. Pelo contrário. O grande
Internet. www.bbc.com (adapted) foco do texto é que o experimento deu certo como expres-
so no final do penúltimo parágrafo onde o texto afirma o
The inquiry was motivated by the sudden change in the que os cientistas esperavam ver com o experimento e no
way shoppers shop. começo do último parágrafo onde os cientistas afirmam ter
A) Certo. visto exatamente o que esperavam.
B) Errado.
RESPOSTA: “A”.
10. (ANAC – TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE AVIA-
3- A questão pede que o candidato determine – exis-
ÇÃO CIVIL – CESPE/2012)   te uma indicação que o procedimento irá fazer mais do
que apenas mostrar tecido com câncer. O texto afirma isto
Smartphone app inquiry launched in Australia no último parágrafo. Após os cientistas confirmarem as
imagens eles completam que as mesmas foram tão boas
Australia’s Assistant Treasurer David Bradbury said he que eles conseguiram calcular a frequência da passagem
would be inviting smartphone owners to “name and sha- do sangue e que isso pode também ajudar no tratamento
fazendo com que os médicos consigam identificar o tempo
me” apps they were unhappy with.
de desenvolvimento dos tumores.
The inquiry will ask whether users are given enough RESPOSTA: “A”.
information about the costs associated with apps before
and after they are downloaded. 4- A questão pede que o candidato determine – o
time de pesquisadores primeiro testou o novo procedi-
“In a very short period of time, new mobile devices like mento em animais de laboratório. O texto não menciona
smartphones and tablets have changed the way consumers animais de laboratório.
engage in commerce,” said Mr. Bradbury in a statement. RESPOSTA: “B”.
“At the same time though, some consumers have raised
concerns about aspects of mobile commerce, particularly 5- A questão pede que o candidato determine. O es-
when purchases can be made without much difficulty using tudo, o qual foi sujeito a críticas, não foi reproduzido. Esta
stored credit card data.” é a afirmação feita no último parágrafo. Publicado em 2002
no jornal europeu de prevenção ao câncer, não foi dupli-
Mr. Bradbury said he was particularly concerned about cado.
apps aimed at children, and that encourage the purchase of RESPOSTA: “A”.
virtual goods and subscriptions. 6- A questão pede que o candidato determine. No
passado alguns médicos acreditavam que machucados
“We have strong consumer laws in Australia that pro- causavam câncer porque os experimentos em animais in-
tect the rights of consumers and place clear obligations on dicavam isso. O texto afirma no primeiro parágrafo que os
businesses,” he said. “This inquiry is an opportunity to look médicos realmente acreditavam que machucados mesmo
at the adequacy of existing measures to address any con- quando o experimentos com animais provavam o contrá-
rio.
sumer concern.”
RESPOSTA: “B”.
The inquiry, which will start soon, will be carried out by
the government’s Consumer Affairs Advisory Council. 7- A questão pede que o candidato determine. Não
Internet. www.bbc.com (adapted) são todos os médicos que acreditam que não existe ligação
entre machucados e câncer. No primeiro parágrafo o texto
The ease with which purchases can be made on mobile afirma que alguns médicos acreditavam que machucados
devices is mentioned as a specific concern. causavam câncer.
A) Certo.
B) Errado. RESPOSTA: “A”.

53
LÍNGUA INGLESA

8- A questão pede que o candidato determine. De comfortable at home and paying nothing?” Or, “Isn’t the
acordo com o texto, foi provado que a investigação médica whole point of telecommuting or starting my own business
pode encontrar câncer mesmo que o paciente não apre- a chance to avoid ‘going to the office’?”
sente sintomas da doença. O texto não faz nenhuma afir- Coworking may sound like an unnecessary expense,
mação nesse sentido. A única pesquisa que o texto men- but let’s consider what you get from being a part of the
ciona fala sobre as mulheres relatando dores físicas antes space.
do câncer aparecer em comparação com mulheres que At its most basic level, coworking is the phenomenon of
posteriormente não desenvolveram câncer. workers coming together in a shared or collaborative works-
pace or one or more of these reasons: to reduce costs by ha-
RESPOSTA: “B”. ving shared facilities and equipment, to access a community of
fellow entrepreneurs, and to seek out collaboration within and
9- A questão pede que o candidato determine. O in- across fields. Coworking spaces offer an exciting alternative for
quérito foi motivado por uma súbita mudança no modo people longing to escape the confines of their cubicle walls,
como os consumidores compram. No terceiro parágrafo o the isolation of working solo at home, or the inconveniences of
texto afirma que em um curto espaço de tempo os tele- public venues.
fones e tablets mudaram o modo como os consumidores The benefits and cost-savings in productivity and ove-
fazem seus negócios. rall happiness and well-being reaped from coworking are
also potentially huge. Enthusiasm and creativity become
RESPOSTA: “B”. contagious and multiply when you diversity your work en-
vironment with people from different fields or backgrou-
10- A questão pede que o candidato determine. A fa- nds. At coworking spaces, members pass each other during
cilidade com a qual compras podem ser feitas nos apare- the day, conversations get going, and miraculously idea-
lhos móveis é mencionada como uma preocupação espe- fusion happens with everyone benefitting from the shared
cífica. No terceiro parágrafo esta é a afirmação que o texto thinking and brainstorming.
Differences matter. Coworking hinges on the belief
faz. Ao mesmo tempo, alguns consumidores mostraram
that innovation and inspiration come from the cross-pol-
suas preocupações sobre os aspectos do comércio móvel,
lination of different people in different fields or speciali-
particularmente onde compras podem ser feitas sem gran-
zations. Random opportunities and discoveries that arise
des dificuldades quando as informações do cartão de cré-
from interactions with others play a large role In coworking.
dito já estão armazenadas.
To see this in action on a large scale, think about Goo-
gle. Google made the culture of sharing and collaboration
RESPOSTA: “A”
in the workplace legend. It deployed “grouplets” for initia-
tives that cover broader changes through the organization.
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES One remarkable story of a successful Google grouplet
involved getting engineers to write their own testing code
01. (BNDES – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2013)   to reduce the incidence of bugs in software code. Thinking
creatively, the grouplet came up with a campaign based
Coworking: Sharing How We Work on posting episodes discussing new and interesting testing
In the past, when trying to find places to work, inde- techniques on the bathroom stalls. “Testing on the Toilet”
pendent workers, small businesses, and organizations of- spread fast and garnered both rants and raves. Soon, peo-
ten had to choose between several scenarios, all with their ple were hungry for more, and the campaign ultimately de-
attendant advantages and disadvantages: working from veloped enough inertia to become a de facto part of the
home; working from a coffee shop, library, or other public coding culture. They moved out of the restrooms and into
venue; or leasing an executive suite or other commercial the mainstream.
space. Keith Sawyer, a professor of psychology and education
Is there a better way to work? Yes. Enter coworking. at Washington University in St. Louis, MO, has written wi-
Coworking takes freelancers, indie workers, and entre- dely on collaboration and innovation. In his study of jazz
preneurs who feel that they have been dormant or isolated performances, Keith Sawyer made this observation, “The
working alone at home or who have been migrating from a group has the ideas, not the individual musicians.” Some of
coffee shop to a friend’s garage or languishing in a sterile the most famous products were born out of this mosh pit
business center – to a space where they can truly roost. of interaction – in contrast to the romantic idea of a lone
“We can come out of hiding,” a coworker tells us, “and working genius driving change. According to Sawyer, more
be in a space that’s comfortable, friendly, and has an aes- often than not, true innovation emerges from an improvi-
thetic appeal that’s a far cry from the typical cookie-cutter sed process and draws from trial-by-error and many inputs.
office environment.” Unexpected insights emerge from the group dyna-
For many, it might be puzzling to pay for a well-e- mic. If increasing interaction among different peer groups
quipped space teeming with other people, even with the within a single company could lead to promising results
chance of free coffee and inspiration. You might ask your- imagine the possibilities for solopreneurs, small businesses,
self, “Well, why pay for a place to work when I’m perfectly and indie workers – if only they could reach similar levels

54
LÍNGUA INGLESA

of peer access as those experienced by their bigger coun- 03. (INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – CES-
terparts. It is this potential that coworking tries to capture PE/2012)
for its members.
Darkness and light
Available: http://workawesome.com (adapted)
Caravaggio’s art is made from darkness and light. His
The expression indie workers, found in lines 10 and 90, pictures present spotlight moments of extreme and often
refers to
agonized human experience. A man is decapitated in his
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar
por conta da diagramação do material.) bedchamber, blood spurting from a deep gash in his neck.
A) Retired civil servants. A woman is shot in the stomach with a bow and arrow at
B) Lazy businessmen aiming for profit. point-blank range.
C) Self-employed independent professionals. Caravaggio’s images freeze time but also seem to
D) Expert employees at international organizations. hover on the brink of their own disappearance. Faces are
E) Workaholic employers in large companies. brightly illuminated. Details emerge from darkness with
A questão pede que o candidato determine. A expres- such uncanny clarity that they might be hallucinations. Yet
são “indie workers” se refere a. Indie é uma abreviação para always the shadows encroach, the pools of blackness that
independent, neste caso, trabalhadores independentes. threaten to obliterate all. Looking at this picture is like loo-
king at the world of flashes of lightning.
RESPOSTA: “C”. Caravaggio’s life is like his art, a series of lightning fla-
shes in the darkness of nights. He is a man who can never
02. (ANVISA – ANALISTA ADMINISTRATIVO – CE-
be known in full because almost all that he did, said and
TRO/2013)  
thought is lost in the irrecoverable past. He was one of the
Alzheimer’s disease most electrifying original artists ever to have lived, yet we
have only one solitary sentence from him on the subject
Alzheimer’s disease (AD) is a form of dementia, whi- of painting – the sincerity of which is, in any case, ques-
ch is a brain disorder. It damages nerve cells in the brain. tionable, since it was elicited from him when he was under
This affects your ability to remember things, think clearly, interrogation for the capital crime of libel.
and care for yourself. AD begins slowly, and symptoms get When Caravaggio emerges from the obscurity of the
worse with time. Eventually, a person with AD might need past he does so, like the characters in his own paintings,
help in many areas, including eating and getting dressed. as a man in extremis. He lived much of his life as a fugiti-
For some people in the early or middle stages of the disea- ve, and that is how he is preserved in history – a man on
se, medicine might help symptoms, such as memory loss, the run, heading for the hills, keeping to the shadows. But
from getting worse for a limited time. Other drugs may he is caught, now and again, but the sweeping beam of a
help people feel less worried or depressed. Dealing with
searchlight. Each glimpse is different. He appears in many
Alzheimer’s disease can be extremely difficult, but planning
ahead and getting support can lighten the lead. AD usually guises and moods. Caravaggio throws stones at the house
begins after age 60, and risk goes up with age. The risk of his landlady and sings ribald songs outside her window.
is also higher if a family member has had AD. Scientists He has a fight with a waiter about the dressing on a plate
are working to better understand AD. Ongoing studies are of artichokes. His life is a series of intriguing and vivid ta-
looking at whether some things can help prevent or delay bleaux – scenes that abruptly switch from low farce to high
the disease. Areas that are being explored include exercise, drama.
eating omega-3 fatty acids, and keeping your brain active.
New York - London. W. W. Norton & Company, 2010
Available: www.womenshealth.gov (adapted)
In line 5, “at point-blank range” means
Read the sentence below and choose the alternative A) In a cold-blooded manner.
that presents a synonym to the underlined word. B) Summarily.
“Ongoing studies are looking at whether some things
C) Without intention.
can help prevent or delay the disease.”
D) Fatally.
A) Cut down. E) Within a short distance.
B) Suspended.
C) Ended. A questão pede que o candidato determine. Na linha
D) Continuous. cinco “at point-blank range” (à queima-roupa) significa. In
a cold-blooded manner – de forma a sangue-frio. Summa-
A palavra “ongoing” quer dizer algo contínuo, em an- rily – sumariamente. Without intention – sem intenção. Fa-
damento. Cut down – cortar, diminuir. Suspended – sus- tally – fatalmente. Within a short distance – a uma curta
penso. Ended – terminado. Continuous – contínuo. distância.

RESPOSTA: “D”. RESPOSTA: “E”.

55
LÍNGUA INGLESA

04. (INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – CES- A questão pede que o candidato determine. As pala-
PE/2012)   vras “mangled” (destroçado) e “suffused” (impregnado,
inundado) significam respectivamente. Ruined – arruinado,
Godzilla’s grandchildren destruído. Permeated – permeado, penetrado. Mutilated –
mutilado. Obscured – obscurecido. Subdued – subjugado,
dominado.
In Japan there is no kudos in going to jail for your art.
Covered – coberto. Humongous – gigante. Imbued –
Bending the rules, let alone breaking them, is largely taboo. embutido. Torn – rasgado. Zeroed in on – mirado em.
That was one reason Toshinori Mizuno was terrified as he
worked undercover at the Fukushima RESPOSTA: “A”.
Dai-ichi nuclear-power plant, trying to get the shot that
shows him in front of the mangled third reactor holding 05. (SEFAZ/ES – AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTA-
up a referee’s red card. He was also terrified of the radia- DUAL – CESPE/2013)  
tion, which registered its highest reading where he took the
photograph. The only reason he did not arouse suspicion, It is well accepted and acknowledged that service
he says, is because he was in regulation radiation kit. And in quality is essential for firm success. The problem with the
Japan people rarely challenge a man in uniform. measurement of service quality is that it is not easily iden-
tifiable and measurable. Unlike the quality of goods, which
Mr. Mizuno is part of ChimPom, a six-person collective
can be measured objectively, service quality is an abstract
of largely unschooled artists who have spent a lot of time and elusive construct because of three features unique to
getting into tight spots since the disaster, and are engagin- services: intangibility, heterogeneity, and inseparability of
gly thoughtful about the results. production and consumption. Despite the complexity of
It is easy to dismiss ChimPom’s work as a publicity the issue, a consensus has emerged in the literature to
stunt. But the artists’ actions speak at least as loudly as their measure service quality using clients’ perceptions of the
images. There is a logic to their seven years of guerrilla art service delivered.
that has become clearer since the nuclear disaster of March Only few studies in auditing have adopted the service
11th 2011. In fact, Noi Sawaragi, a prominent art critic, says quality approach, where clients are asked to assess their
they may be hinting at a new direction in Japanese con- current (and/or former) auditor (i.e., audit firm and/or audit
team). However, the latter approach has several advanta-
temporary art.
ges because it allows overall client satisfaction to be de-
Radiation and nuclear annihilation have suffused Ja- termined and also identification of the attributes that drive
pan’s subculture since the film Gojira (the Japanese God- client satisfaction.
zilla) in 1954. The two themes crop up repeatedly in manga
and anime cartoons. Internet: http://onlinelibrarywhiley.com (adapted)
Other young artists are ploughing similar ground. Kota
Takeuchi, for instance, secretly took a job at Fukushima Dai- The word “unlike” (L.4) is the same as
-ichi and is recorded pointing an angry finger at the camera (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
that streams live images of the site. Later he used public por conta da diagramação do material.)
news conferences to pressure Tepco, operator of the plant, A) Aside from.
about the conditions of its workers inside. His work, like B) Similar to.
C) Contrasted with.
ChimPom’s blurs the distinction between art and activism.
D) Resembling.
Japanese political art is unusual and the new subversi- E) Despite.
veness could be a breath of fresh air; if only anyone noti- A questão pede que o candidato determine. A palavra
ced. The ChimPom artists have received scant coverage in “unlike” (o contrário) é o mesmo que. Aside from – além de.
the stuffy arts pages of the national newspapers. The group Similar to – similar à. Contrasted with – contrastadas com.
held just one show of Mr. Mizuno’s reactor photographs in Resembling – semelhante. Despite – apesar de.
Japan. He says: “The timing has not been right. The media
will just want to make the work look like a crime.” RESPOSTA: “C”.

Internet: www.economist.com (adapted) 06. (FUNASA – TODOS OS CARGOS – CESPE/2013)  

The difficulty for health policy makers the world over is


The words “mangled” (L.6) and “suffused” (L.23) mean this: it is simply not possible to promote healthier lifestyles
respectively through presidential decree or through being overprotec-
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar tive towards people and the way they choose to live. Re-
por conta da diagramação do material.) cent history has proved that one-size-fits-all solutions are
A) “Ruined” and “permeated”. no good when public health challenges vary from one area
B) “Mutilated” and “obscured”. of the country to the next. But we cannot sit back while, in
C) “Subdued” and “covered”. spite of all this, so many people are suffering such severe
D) “Humongous” and “imbued”. lifestyle-driven ill health and such acute health inequalities.
E) “Torn” and “Zeroed in on”. Internet: www.gov.uk (adapted)

56
LÍNGUA INGLESA

The expression “the world over” (L.1) is synonymous More than any previous disclosures from the Snowden
with “in some parts of the world”. documents, the reports of spying on close U.S. allies have
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar forced the White House to promise reforms and even ack-
por conta da diagramação do material.) nowledge that America’s electronic surveillance may have
A) Certo. gone too far.
B) Errado.
Internet: www.reuters.com (adapted)
A questão pede que o candidato determine. A expres- The word “beleaguered” (L.2) is synonymous with “be-
são “the world over” (no mundo todo) é sinônimo com “in sieged”
some parts of the world” (em algumas partes do mundo). (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
por conta da diagramação do material.)
RESPOSTA: “B”. A) Certo.
B) Errado.
07. (FUNASA – TODOS OS CARGOS – CESPE/2013)  
A questão pede que o candidato determine. A palavra
“beleaguered” (cercada) é sinônimo com “besieged” (cer-
The difficulty for health policy makers the world over is cada, sob ataque).
this: it is simply not possible to promote healthier lifestyles
through presidential decree or through being overprotec- RESPOSTA: “A”.
tive towards people and the way they choose to live. Re-
cent history has proved that one-size-fits-all solutions are 09. (TCE/ES – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO –
no good when public health challenges vary from one area CESPE/2012)  
of the country to the next. But we cannot sit back while, in
Welcome to Oxford
spite of all this, so many people are suffering such severe
lifestyle-driven ill health and such acute health inequalities. Many periods of English history are impressively do-
cumented in Oxford’s streets, houses, colleges and cha-
Internet: www.gov.uk (adapted) pels. Within one square mile alone, the city has more than
900 buildings of architectural or historical interest. For the
The adjective “one-size-fits-all” (L.5) means “long-term visitor this presents a challenge – there is no single buil-
and drastic” ding that dominates Oxford, no famous fortress or huge
A) Certo. cathedral that will give you a short-cut view of the city.
B) Errado. Even Oxford’s famous University is spread amidst a tangle
of 35 different colleges and halls in various parts of the
city centre, flaunt its treasures; behind department stores
A questão pede que o candidato determine. O adjetivo
lurk grand Palladian doorways or half-hidden crannies or
“one-size-fits-all” (um tamanho serve para todos) significa medieval architecture. The entrance to a college may me
“long-term and drastic” (longo período e drástico). tucked down a narrow alleyway, and even then it is unlikely
to be signposted.
RESPOSTA: “B”.
Oxford University Press, 1999, p. 135 (adapted)
08. (STF – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA The word “tangle” (L.8) can be correctly replaced by
– CESPE/2013)   “line”
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar
The head of the National Security Agency defended his por conta da diagramação do material.)
beleaguered organization, saying it acts within the law to A) Certo.
B) Errado.
stop militant attacks and calling reports that the NSA col- A questão pede que o candidato determine. A palavra
lected data on millions of phone calls in Europe false. “tangle” (emaranhar, entrelaçar, complicar) pode ser corre-
The intelligence chiefs appeared against a backdrop of tamente substituida por “line” (linha, fila, alinhamento)
angry accusations by European allies that the United States
spies on their leaders and citizens, accusations prompted RESPOSTA: “B”.
by highly classified documents that Snowden leaked to
media organizations. 10. (DECEA – CONTROLADOR DE TRÁFEGO AÉREO
Army General Keith Alexander, testifying with other CÓDIGO – CESGRANRIO/2012)  
U.S. spy chiefs before the House of Representatives Intelli-
gence committee, sought to defuse a growing controversy Air traffic controllers asleep on the job...still
over reports of NSA snooping on citizens and leaders of Michael J. Breus, Ph. D., in Sleepnewzzz
major U.S. allies.
The hearing took place as Congress in weighing new Here’s some news of workers sleeping on the job that’s
legislative proporsals that could limit some of the NSA’s downright scary. A news investigation produced a story
more expansive electronic intelligence collection programs. and footage of air traffic controllers at Westchester County

57
LÍNGUA INGLESA

Airport sleeping during their shifts. The video, provided to • Compromises judgment.
the news outlet by an employee in the air traffic control to- • Impairs the ability to retain new information.
wer at Westchester Airport, also shows controllers reading I think we can all agree that we don’t want the peo-
and using laptops and cell phones while on duty. The Fede- ple responsible for guiding our planes to be sluggish, slo-
ral Aviation Administration (FAA) bans its controllers from w-reacting, forgetful, fatigued and of questionable judg-
use of cell phones, personal reading material and electric ment. But that’s exactly what being sleep deprived can
devices while on duty. Sleeping is prohibited anywhere in make them!
air traffic control towers. It’s the FAAs responsibility to create workplace regula-
All of these violations are alarming and dangerous, and tions that enable air traffic controllers to get the rest they
pose a serious public safety problem. It is important, I be- need. This can include not just mandating reasonable time
lieve, to separate the issue of air traffic controllers sleeping off between shifts, but also giving controllers breaks during
on the job from their choice to play with laptops and cell shifts and allowing them to nap on their breaks. There are
phones when they are supposed to be working. The video
also some basic things that controllers themselves – or any
images showing air traffic controllers slumped over and
shift workers – can do to help avoid sleep deprivation:
sleeping at their stations is truly frightening. But the issue
• Make sure to get adequate rest before a shift
of sleep deprivation among air traffic controllers is a very
beings. Take a nap before work, if needed be.
real one, and means that some instances of falling asleep
– however dangerous and wrong – is not entirely the con- • Limit your reliance on caffeine. While it’s okay as
trollers’ fault, or even within their control. an occasional pick–me–up, caffeinated beverages are not
Unfortunately this is not a new problem. We’ve seen substitutes for adequate sleep. And caffeine can interfere
several instances of air traffic controllers falling asleep on with your sleep when you actually want and need to be
duty in recent months. sleepy.
In response to these cases, the FAA in 2011 revised its • Keep a strong and consistent sleep routine both
regulations for air traffic controllers to include additional during your workdays and your days off. It’s not always
time for rest between shifts. The FAA: easy, but shift workers in particular need to build their off
• Raised the minimum amount of time off between – duty schedules around making sure they get the sleep
work shifts to 9 hours from 8 hours. they need.
• Prohibited air traffic controllers from swapping Similarly to the recent changes in health care, the FAA
shifts without having a minimum of 9 hours off in between is moving in the right direction to help its employees get
shifts. the sleep they need to do their jobs safely. As this latest
• Increased supervisor coverage in air traffic control incident at Westchester Airport confirms, there is a great
towers during late night an early morning shifts. deal of work still to be done.
• Prohibited air traffic controllers from picking up
and overnight shift after a day off. And it’s in everyone’s best – and safest – interest that
These adjustments are a step in the right direction, but progress continues to be made.
they don’t go far enough. Managing schedules for shift Sweet Dreams,
workers in these high-pressure jobs where public safety is Michael J. Breus, PhD
at stake is too important to settle for improvements that The Sleep Doctor TM
don’t actually solve the problem. www.thesleepdoctor.com
Shift workers of all types face challenges to getting Available at http://www.theinsomniablog.com
enough sleep while managing long hours, overnight shifts,
and changing schedules that fluctuate between day and
In text I, the expression “downright scary” in “Here’s
night. Research shows that:
some news of workers sleeping on the job that’s “down-
• People who engage in shift work get less sleep
right scary.”” (lines 1-2) can be replaced, without change in
overall than those of us who work more regular hours.
meaning by
• Shift workers are at higher risk for illness and chro-
nic disease.
• The sleep deprivation associated with shift work A) Faintly alarming.
increase the risk of accidents, injuries and mistakes in high- B) Really encouraging.
-profile, public-safety related industries like medicine and C) Not at all terrifying.
law enforcement, as well as air traffic control. D) A little intimidating.
In addition to making people more prone to accidents E) Absolutely frightening.
and injury, sleep deprivation causes a number of negative
effects – both physical and psychological – that can impair A questão pede que o candidato determine. A expres-
the on-the-job performance of air traffic controllers and são “downright scary” no trecho pode ser substituída sem
other shift workers. Sleep deprivation: perder o sentido por. “Downright scary” quer dizer franca-
• Slows reaction time. mente assustador.
• Interferes with memory.
• Causes fatigue. RESPOSTA: “E”.

58
LÍNGUA INGLESA

11. (CETESB – ADVOGADO – VUNESP/2013)   12. (CETESB – ADVOGADO – VUNESP/2013)  

Diet Drinks “Link to depression” questioned Diet Drinks “Link to depression” questioned

Experts are questioning whether diet drinks could raise


Experts are questioning whether diet drinks could raise depression risk, after a large study has found a link.
depression risk, after a large study has found a link.
The US research in more than 250.000 people found
The US research in more than 250.000 people found depression was more common among frequent consumers
depression was more common among frequent consumers of artificially sweetened beverages. The work, which will be
of artificially sweetened beverages. The work, which will be presented all the American Academy of Neurology’s annual
presented all the American Academy of Neurology’s annual meeting, did not look at the cause for this link.
Drinking coffee was linked with a lower risk of depres-
meeting, did not look at the cause for this link.
sion.
Drinking coffee was linked with a lower risk of depres- People who drank four cups a day were 10% less likely
sion. to be diagnosed with depression during the 10-year stu-
People who drank four cups a day were 10% less likely dy period than those who drank no coffee. But those who
to be diagnosed with depression during the 10-year stu- drank four cans or glasses of diet fizzy drinks or artificially
dy period than those who drank no coffee. But those who sweetened juice a day increased their risk of depression
drank four cans or glasses of diet fizzy drinks or artificially by about a third. Lead researcher Dr Honglei Chen, of the
sweetened juice a day increased their risk of depression National Institutes of Health in North Carolina, said: “Our
research suggests that cutting out or down on sweetened
by about a third. Lead researcher Dr Honglei Chen, of the diet drink or replacing them with unsweetened coffee may
National Institutes of Health in North Carolina, said: “Our naturally help lower your depression risk.”
research suggests that cutting out or down on sweetened But he said more studies were needed to explore this.
diet drink or replacing them with unsweetened coffee may There are many other factors that may be involved. And the
naturally help lower your depression risk.” findings – in people in their 50s, 60s, 70s and 80s and living
But he said more studies were needed to explore this. in the US – might not apply to other populations. The safety
There are many other factors that may be involved. And the of sweeteners, like aspartame, has been extensively tested
by scientists and is assured by regulators.
findings – in people in their 50s, 60s, 70s and 80s and living
Gaynor Bussell, of the British Dietetic Association, said:
in the US – might not apply to other populations. The safety “Sweeteners used to be called ‘artificial’ sweeteners and
of sweeteners, like aspartame, has been extensively tested unfortunately the term ‘artificial’ has evoked suspicion. As
by scientists and is assured by regulators. a result, sweeteners have been very widely tested and re-
Gaynor Bussell, of the British Dietetic Association, said: viewed for safety and the ones on the market have an ex-
“Sweeteners used to be called ‘artificial’ sweeteners and cellent safety track record. However, the studies on them
unfortunately the term ‘artificial’ has evoked suspicion. As continue and this one has thrown up a possible link – not a
a result, sweeteners have been very widely tested and re- cause and effect – with depression.”
(www.bbc.co.uk)
viewed for safety and the ones on the market have an ex-
cellent safety track record. However, the studies on them The term “whether” in – Experts are questioning whe-
continue and this one has thrown up a possible link – not a ther diet drinks could raise depression risk, after a large
cause and effect – with depression.” study has found a link. – introduces:
A) A supposition.
(www.bbc.co.uk) B) A certainty.
C) A denial.
D) A dismissal.
O termo likely em – People who drank four cups a day
E) An acceptance.
were 10% less likely to be diagnosed with depression du-
ring the 10-year study period than those who drank no cof- O termo “whether” é usado para fazer o contraste
fee. – transmite a ideia de: quando pode ou não acontecer. Nesta frase, experts estão
A) Preferência. perguntando se os refrigerantes diet podem ou não au-
B) Propensão. mentar o risco de depressão (...)
C) Impossibilidade.
D) Exclusividade. RESPOSTA: “A”.
E) Diminuição. 13. (CTA – TÉCNICO EM INFORMÁTICA – VU-
O trecho em questão. Pessoas que beberam quatro NESP/2013)  
copos por dia eram 10% menos prováveis de serem diag-
nosticadas (...) Two of the greatest technologies of our age are tele-
communications and computer engineering. Telecommu-
RESPOSTA: “B”. nications is concerned with moving information from one

59
LÍNGUA INGLESA

point to another point or from one point to many other A expressão and so on é usado no fim de uma lista no
points. I think it is no exaggeration to say that the tele- sentido de assim por diante, ou neste caso et cetera.
communications industry is largely taken for granted by
the vast majority of people. If you were to ask the average RESPOSTA: “C”.
person what the greatest technological feat of 1969 was,
they would probably reply ‘The first manned landing on 15. (TERMOBAHIA – TÉCNICO DE SEGURANÇA JÚ-
the moon’. A much more magnificent achievement was NIOR – CESGRANRIO/2012)  
the ability of millions of people half a million kilometers
away to watch what was taking place on the moon in their Committee decides to lower the use of thermoelectric
own homes. However, if most people are not aware of the power generation
great developments in the telecommunications industry, GTCIT Magazine
they will not have missed the microprocessor revolution. In
the last few years powerful computers have become even The Monitoring Committee of the Electric Sector
more powerful and minicomputers and microprocessors (CMSE) decided on Monday (may 30, 2012), to diminish the
have spread to industry education, research and the home. thermoelectric power generation in Brazil as of next week.
According to the Ministry of Mines and Energy, Márcio
Extraido de: The Principles of Computer Hardware, Zimmermann, the thermoelectric generation, which cur-
Alan Clements, International Student Edition, 2nd, 1991) rently averages 4.000 megawatts (MW), should now be re-
duced to 2.500 MW.
No texto, o termo aware tem significado de: These plants are used in Brazil mainly to prevent a po-
A) Preocupado. wer outage in the country in times of drought, when the
B) Indiferente. reservoirs of the dams are low. But the ministry assured
C) Insensível. that the reservoir of the hydroelectric plants are satisfac-
D) Consciente. tory, and that there will be no need to resort to the ther-
E) Desinformado. moelectric resources.
O adjetivo aware se refere ao fato de estar ciente de According to the Minister Zimmermann, the Southeast
algo, consciente de uma decisão. has an average of 90% of its reservoirs full, which is an ex-
cellent level for this time of year. Even the Northeast, whose
RESPOSTA: “D”. reservoir levels are a little lower, do not compromise sys-
tem security.
14. (CTA – TÉCNICO EM INFORMÁTICA – VU- “The system is operating perfectly within the current
NESP/2013)   conditions, which safely allows us to reduce the generation
of thermoelectric energy. This will give us an economic sur-
Web content inventories of existing sites commonly plus that can be used towards system maintenance and in
take the form of a spreadsheet file with multiple work- the implementation of new quality programs for the energy
sheets, containing long listings of every page in the site, sector”, he said.
along with such essential characteristics as the page title, He also explained that: “of course, this does not mean
URL, people responsible for the content, and so on. Each that the committee will not be flexible as to this decision in
page typically gets a row on the spreadsheet, with columns case the current conditions take an unexpected turn.” They
listing such basic information as: will be following the reduction of the projection for the co-
• Unique id number for project purposes. ming months and, if necessary, the plans will be changed
• Page title. according to the demands vis-avis resources.
• Page template or type.
• URL. Available at: www.gtcit.com
• General type of content.
• Person responsible for the content. In the text, the word in bold-face type is similar to the
• Keep/revise/discard decisions. word/expression in italics in:
• Create new content?
• Review status (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
por conta da diagramação do material.)
Extraido de: webstyleguide.com A) Prevent (line 8) – induce.
B) Outage (line 9) – abundance.
No texto, a expressão and so on pode ser substituída, C) Drought (line 9) – lack of rain.
sem perda de sentido, por: D) Dams (line 10) – river beds.
A) And finally. A) Resort (line 13) – throw.
B) Certainly.
C) Et cetera. A questão pede que o candidato determine. No texto,
D) Otherwise. a palavra em negrito similar com a palavra/expressão em
E) Thereby. itálico é. Prevent – prevenir. Induce – induzir. Outage – Fal-

60
LÍNGUA INGLESA

ta. Abundance – abundância. Drought – período de seca. D) Workers who weren’t actively looking for a job.
Lack of rain – falta de chuva. Dams – represa, reservatório E) Active employees that have just found work.
em barragem. Resort – recorrer. Throw – jogar, arremessar. O trecho em questão – trabalhadores que não procu-
ram ativamente um emprego (no mês anterior a pesquisa
RESPOSTA: “C”. (...)).
16. (CTA – ANALISTA EM C&T JÚNIOR – ADMINISTRA-
ÇÃO – VUNESP/2013)   RESPOSTA: “D”.

Brazil’s Average Unemployment Rate Falls to Record 17. ANVISA – ANALISTA ADMINISTRATIVO – CE-
Low in 2012 TRO/2013)  

By Down Jones Business News FDA seems to take light approach to Allergan and LAP-
-BAND
January 31, 2013 In 1960, a young inspector for the Food and Drug Ad-
ministration faced down a powerful drug company by re-
Brazil’s unemployment rate for 2012 fell to 5.5%, down jecting its application to sell a morning-sickness drug in the
from the previous record low of 6.0% recorded last year, United States. The company, Richardson-Merrell, griped
the Brazilian Institute of Geography and Statistics, or IBGE, about her repeated demands for more safety data. They
said Thursday. In December, unemployment fell to 4.6% complained to her superiors, branding her as nitpicker. But
compared with 4.9% in November, besting the previous she stood firm. The drug is question was thalidomide, and
record monthly low of 4.7% registered in December 2011, worldwide as many as 12.000 children were born with se-
the IBGE sad. vere birth defects after their mothers used it, in the U.S.,
The 2012 average unemployment rate was in line with where Frances Kelsey blocked Merrell from disturbing the
the 5.5% median estimate of economists polled by the local drug expect to a few doctors for ‘experimental’ trials, the
Estado news agency. Analysts had also pegged December’s toll was 17. Today’s FDA isn’t that FDA.
unemployment rate at 4.4%. Today’s FDA can be steamrolled. Today’s FDA just
Brazil’s unemployment rate remains at historically low approved an application by Allergan to expand the target
levels despite sluggish economic activity. Salaries have also market of its Lap-Band weight-loss device potentially by
been on the upswing in an ominous sign for inflation – a tens of millions of patients. How much safety data did the
key area of concern for the Brazilian Central Bank after a FDA review before giving Allergan the green light? Mainly
series of interest rate cuts brought local interest rates to the results of one year of study of 149 patients. Kelsey
record lows last year. Inflation ended 2012 at 5.84%. has said that she demanded more information form Mer-
The average monthly Brazilian salary retreated slightly rell, thalidomide’s U.S. manufacturer, because its history
to 1.805,00 Brazilian reais ($908.45) in December, down of conflicts with the agency made her suspicious. Is there
from the record high BRL 1.809,60 registered in November, any reason to mistrust Allergan? Let’s look at the record. In
the IBGE said. Wages trended higher in 2012 as employee September, Allergan pleaded guilty to one criminal count
groups called on Brazilian companies and the government and paid $600 million in fines and penalties to settle fe-
to increase wages and benefits to counter higher local pri- deral charges that it had illegally marketed Botox for uses
ces. Companies were also forced to pay more to hire and the FDA hadn’t approved. In accepting the plea bargain,
retain workers because of the country’s low unemployment. the government charged that the company had made un-
The IBGE measures unemployment in six of Brazil’s der-the-table payments to doctors who used Botox to treat
largest metropolitan areas, including São Paulo, Rio de Ja- unapproved conditions, created front groups and websites
neiro, Salvador, Belo Horizonte, Recife and Porto Alegre. to push the broader uses of the drug while concealing Al-
Brazil’s unemployment rate, however, is not fully compara- lergan’s backing, and coached physicians to over-diagnose
ble to jobless rates in developed countries as a large por- a condition for which Botox could be legally marketed so
tion of the population is either underemployed or works it could sell more product. Allergan took these steps, the
informally without paying taxes. In addition, workers not government contended, because the approved uses had
actively seeking a job in the month before the survey don’t meager sales potential. The most prevalent condition for
count as unemployed under the IBGE’s methodology. The which Botox treatment was approved, cervical dystonia, is a
survey also doesn’t take into account farm workers. neck spasm that affects only about 27.000 people, Allergan
wanted doctors to prescribe Botox for headaches. Botox’s
(www.nasdaq.com, Adaptado) sales grew 1.407% and by 2007, total Botox sales exceeded
$500 million. More than 70% of that was unapproved uses.
O trecho do quinto parágrafo – workers not actively This didn’t seem to enter into the FDA’s review of Aller-
seeking a job – pode ser reescrito, sem alteração de senti- gan’s application to expand its marketing of the Lap-Band,
do, com: a device that’s surgically implanted around the stomach. So
A) Employers that aren’t actively pursuing a job. far, the approved use has been for morbidly obese people.
B) Workers whose job wasn’t active. An FDA advisory panel, which gave preliminary approval to
C) Workers which found an active employment. Allergan’s application, wasn’t entirely happy with the com-

61
LÍNGUA INGLESA

pany’s data supporting its safety and efficacy claims for the plus that can be used towards system maintenance and in
Lap-Band – its own 149-patient study and six other studies, the implementation of new quality programs for the energy
at least three of which conducted by researchers with fi- sector”, he said.
nancial links to Allergan – but they felt that the Lap-Band’s He also explained that: “of course, this does not mean
benefits outweighed the risks. that the committee will not be flexible as to this decision in
case the current conditions take an unexpected turn.” They
(HILTZIKLOS, M., Adapted from Los Angeles Times, will be following the reduction of the projection for the co-
22/02/2011) ming months and, if necessary, the plans will be changed
“Today’s FDA can be steamrollered.” according to the demands vis-avis resources.
Choose the alternative that presents the best synony-
mous to the underlined verb. Available at: www.gtcit.com
A) To deceive. In the text, the word in bold-face type is similar to the
B) To trap. word/expression in italics in:
C) To impress. (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
D) To overpower. por conta da diagramação do material.)
E) To bully. A) Prevent (line 8) – induce.
B) Outage (line 9) – abundance.
A questão pede que o candidato escolha a melhor al- C) Drought (line 9) – lack of rain.
ternativa que represente a melhor alternativa para o verbo D) Dams (line 10) – river beds.
sublinhado. Na frase, a FDA de hoje pode ser vencida. O E) Resort (line 13) – throw.
verbo steamrollered vem da expressão do rolo compressor,
passar por cima de algo com aquela máquina que possui A questão pede que o candidato determine. No texto,
um rolo gigante que passa por cima do asfalto quando o a palavra em negrito similar com a palavra/expressão em
mesmo está sendo aplicado. No texto a expressão é usada itálico é. Prevent – prevenir. Induce – induzir. Outage – Fal-
para dizer que a agência que na década de 60 era forte ta. Abundance – abundância. Drought – período de seca.
e “peitava” as poderosas companhias farmacêuticas, hoje Lack of rain – falta de chuva. Dams – represa, reservatório
pode ser vencida, pode ser derrotada pelas companhias. em barrage. Resort – recorrer. Throw – jogar, arremessar.

RESPOSTA: “D”. RESPOSTA: “C”.

18. (TERMOBAHIA – TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E


CONTROLE JÚNIOR – CESGRANRIO/2012)  

Committee decides to lower the use of thermoelectric


power generation

GTCIT Magazine

The Monitoring Committee of the Electric Sector


(CMSE) decided on Monday (may 30, 2012), to diminish the
thermoelectric power generation in Brazil as of next week.
According to the Ministry of Mines and Energy, Márcio
Zimmermann, the thermoelectric generation, which cur-
rently averages 4.000 megawatts (MW), should now be re-
duced to 2.500 MW.
These plants are used in Brazil mainly to prevent a po-
wer outage in the country in times of drought, when the
reservoirs of the dams are low. But the ministry assured
that the reservoir of the hydroelectric plants are satisfac-
tory, and that there will be no need to resort to the ther-
moelectric resources.
According to the Minister Zimmermann, the Southeast
has an average of 90% of its reservoirs full, which is an ex-
cellent level for this time of year. Even the Northeast, whose
reservoir levels are a little lower, do not compromise sys-
tem security.
“The system is operating perfectly within the current
conditions, which safely allows us to reduce the generation
of thermoelectric energy. This will give us an economic sur-

62
MATEMÁTICA

4.1 ÁLGEBRA I: Funções: definição de função; funções definidas por fórmulas; domínio, imagem e contradomínio;
gráficos; funções injetora, sobrejetora e bijetora; funções crescente e decrescente; função inversa; funções polinomial
do 1.º grau, quadrática, modular, exponencial e logarítmica; resolução de equações, inequações e sistemas. Sequên-
cias: progressões aritmética e geométrica................................................................................................................................................ 01
4.2 GEOMETRIA PLANA: Ângulos. Quadriláteros notáveis: definições; propriedades dos trapézios, dos paralelogra-
mos, do retângulo, do losango e do quadrado; base média do trapézio; perímetros; áreas. Polígonos: nomenclatura;
diagonais; ângulos externos e internos; polígonos regulares inscritos e circunscritos; perímetros e áreas. Circunfe-
rência: definições; elementos; posições relativas de reta e circunferência; segmentos tangentes; potência de ponto;
ângulos na circunferência; comprimento da circunferência. Círculo e suas partes: conceitos; áreas. Triângulos: ele-
mentos; classificação; pontos notáveis; soma dos ângulos internos; ângulo externo; semelhança; relações métricas
em triângulos quaisquer e no triângulo retângulo; perímetros e áreas........................................................................................ 17
4.3 TRIGONOMETRIA: Razões trigonométricas no triângulo retângulo; arcos e ângulos em graus e radianos; relações
de conversão; funções trigonométricas; identidades trigonométricas fundamentais; fórmulas de adição, subtração,
duplicação e bissecção de arcos; equações e inequações trigonométricas; leis dos senos e dos cossenos.................. 30
4.4 ÁLGEBRA II: Matrizes: conceitos e operações; determinantes; sistemas lineares;.............................................................. 36
Análise combinatória: princípio fundamental da contagem; arranjos, combinações e permutações simples; probabi-
lidades..................................................................................................................................................................................................................... 43
4.5 ESTATÍSTICA: Conceito; População; Amostra; Variável; Tabelas; Gráficos; Distribuição de Frequência sem classes;
Distribuição de Frequência com classes; Tipos de Frequência; Histograma; Polígono de Frequência; Medidas de Ten-
dência Central: Moda, Média e Mediana................................................................................................................................................... 47
4.6 GEOMETRIA ESPACIAL: Poliedros Regulares; Prismas, Pirâmides, Cilindro, Cone e Esfera (conceitos, cálculos de
diagonais, áreas e volumes)............................................................................................................................................................................ 54
4.7 GEOMETRIA ANALÍTICA: Estudo Analítico: do Ponto (ponto médio, cálculo do baricentro, distância entre dois
pontos, área do triângulo, condição de alinhamento de três pontos); da reta (equação geral, equação reduzida,
equação segmentária, posição entre duas retas, paralelismo e perpendicularismo de retas, ângulo entre duas retas,
distância de um ponto a uma reta); e da Circunferência (equação da circunferência, posições relativas entre ponto e
circunferência, entre reta e circunferência, e entre duas circunferências).................................................................................... 61
4.8 ÁLGEBRA III: Números Complexos: conceitos; conjugado, igualdade; operações; potências de i; plano de Argand-
Gauss; módulo; argumento; forma trigonométrica; operações na forma trigonométrica. Polinômios: conceito; grau;
valor numérico; polinômio nulo; identidade; operações. Equações Polinomiais: conceitos; teorema fundamental da
Álgebra; teorema da decomposição; multiplicidade de uma raiz; raízes complexas; relações de Girard........................ 70
MATEMÁTICA

4.1 ÁLGEBRA I: FUNÇÕES: DEFINIÇÃO


DE FUNÇÃO; FUNÇÕES DEFINIDAS
POR FÓRMULAS; DOMÍNIO, IMAGEM E
CONTRADOMÍNIO; GRÁFICOS; FUNÇÕES
INJETORA, SOBREJETORA E BIJETORA;
FUNÇÕES CRESCENTE E DECRESCENTE;
FUNÇÃO INVERSA; FUNÇÕES POLINOMIAL
DO 1.º GRAU, QUADRÁTICA, MODULAR, No nosso exemplo, o domínio é D = {1, 4, 7}, o contra-
domínio é = {1, 4, 6, 7, 8, 9, 12} e o conjunto imagem é Im
EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA; RESOLUÇÃO
= {6, 9, 12}
DE EQUAÇÕES, INEQUAÇÕES E SISTEMAS.
SEQUÊNCIAS: PROGRESSÕES ARITMÉTICA E Representação gráfica
GEOMÉTRICA.

Muitas vezes nos deparamos com situações que en-


volvem uma relação entre grandezas. Assim, o valor a ser
pago na conta de luz depende do consumo medido no pe-
ríodo; o tempo de uma viagem de automóvel depende da
velocidade no trajeto.
Como, em geral, trabalhamos com funções numéricas,
o domínio e a imagem são conjuntos numéricos, e pode-
mos definir com mais rigor o que é uma função matemáti-
ca utilizando a linguagem da teoria dos conjuntos.
Definição: Sejam A e B dois conjuntos não vazios e f
uma relação de A em B.
Essa relação f é uma função de A em B quando a cada
elemento x do conjunto A está associado um e apenas um
elemento y do conjunto B. Injetora: Quando para ela elementos distintos do do-
Notação: f:A→B (lê-se função f de A em B) mínio apresentam imagens também distintas no contrado-
mínio.
Domínio, contradomínio, imagem

O domínio é constituído por todos os valores que po-


dem ser atribuídos à variável independente. Já a imagem
da função é formada por todos os valores correspondentes
da variável dependente.
O conjunto A é denominado domínio da função, indi-
cada por D. O domínio serve para definir em que conjun- Reconhecemos, graficamente, uma função injetora
to estamos trabalhando, isto é, os valores possíveis para a quando, uma reta horizontal, qualquer que seja interceptar
variável x. o gráfico da função, uma única vez.
O conjunto B é denominado contradomínio, CD.
Cada elemento x do domínio tem um correspondente
y no contradomínio. A esse valor de y damos o nome de
imagem de x pela função f. O conjunto de todos os valores
de y que são imagens de valores de x forma o conjunto
imagem da função, que indicaremos por Im.

Exemplo
Com os conjuntos A={1, 4, 7} e B={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12}
criamos a função f: A —> B.definida por f(x) = x + 5 que
também pode ser representada por y = x + 5. A represen-
tação, utilizando conjuntos, desta função, é:

f(x) é injetora g(x) não é injetora


(interceptou o gráfico mais de uma vez)

1
MATEMÁTICA

Sobrejetora: Quando todos os elementos do contra- Função Decrescente a < 0


domínio forem imagens de pelo menos um elemento do
domínio.

Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora


quando, qualquer que seja a reta horizontal que interceptar
o eixo no contradomínio, interceptar, também, pelo menos
uma vez o gráfico da função.

f(x) é sobrejetora g(x) não é sobrejetora


(não interceptou o gráfico)
Função Inversa
Bijetora: Quando apresentar as características de fun-
ção injetora e ao mesmo tempo, de sobrejetora, ou seja, Se representa por f-1, em que os objetos são as imagens
elementos distintos têm sempre imagens distintas e todos dadas por f.
os elementos do contradomínio são imagens de pelo me- Seja f a função definida por y = 3x - 5, a expressão que
nos um elemento do domínio. define f-1 determina-se resolvendo a equação y = 3x - 5 em
ordem a x:
y = 3x - 5 <=> 3x = y + 5 <=> x = (y + 5)/3

!+5
logo vem: ! !! ! = !
3

Conceito função do 1º grau


Função Crescente a > 0
A função do 1° grau relacionará os valores numéricos
obtidos de expressões algébricas do tipo (ax + b), consti-
tuindo, assim, a função f(x) = ax + b.

Note que para definir a função do 1° grau, basta haver


uma expressão algébrica do 1° grau. Como dito anterior-
mente, o objetivo da função é relacionar para cada valor de
x um valor para o f(x). Vejamos um exemplo para a função
f(x)= x – 2.

x = 1, temos que f(1) = 1 – 2 = –1


x = 4, temos que f(4) = 4 – 2 = 2

2
MATEMÁTICA

Note que os valores numéricos mudam conforme o Raiz da função


valor de x é alterado, sendo assim obtemos diversos pares
ordenados, constituídos da seguinte maneira: (x, f(x)). Veja Calcular o valor da raiz da função é determinar o valor
que para cada coordenada x, iremos obter uma coordena- em que a reta cruza o eixo x, para isso consideremos o
da f(x). Isso auxilia na construção de gráficos das funções. valor de y igual a zero, pois no momento em que a reta
Portanto, para que o estudo das funções do 1° grau intersecta o eixo x, y = 0. Observe a representação gráfica
seja realizado com sucesso, compreenda bem a construção a seguir:
de um gráfico e a manipulação algébrica das incógnitas e
dos coeficientes.

Estudo dos Sinais

Definimos função como relação entre duas grandezas


representadas por x e y. No caso de uma função do 1º
grau, sua lei de formação possui a seguinte característi-
ca: y = ax + b ou f(x) = ax + b, onde os coeficientes a e
b pertencem aos reais e diferem de zero.

Esse modelo de função possui como representação Podemos estabelecer uma formação geral para o cál-
gráfica a figura de uma reta, portanto, as relações entre os culo da raiz de uma função do 1º grau, basta criar uma ge-
valores do domínio e da imagem crescem ou decrescem neralização com base na própria lei de formação da função,
de acordo com o valor do coeficiente a. Se o coeficiente considerando y = 0 e isolando o valor de x (raiz da função).
possui sinal positivo, a função é crescente, e caso ele te- Veja:
nha sinal negativo, a função é decrescente. y = ax + b
y=0
Função Crescente – a > 0 ax + b = 0
ax = –b
x = –b/a

Portanto, para calcularmos a raiz de uma função do 1º


grau, basta utilizar a expressão x = –b/a.

Função Quadrática
Em geral, uma função quadrática ou polinomial do se-
gundo grau tem a seguinte forma:
f(x)=ax²+bx+c, onde a≠0
É essencial que apareça ax² para ser uma função qua-
drática e deve ser o maior termo.

Considerações
Concavidade

Função Decrescente – a < 0 A concavidade da parábola é para cima se a>0 e para


baixo se a<0

Relação do ∆= ! ! − 4!" !na função

Quando ∆> 0!, a parábola y=ax²+bx+c intercepta o


eixo x em dois pontos distintos, (x1,0) e (x2,0), onde x1 e x2
são raízes da equação ax²+bx+c=0

3
MATEMÁTICA

Quando ∆= 0!, a parábola y=ax²+bx+c é tangente ao Imagem


eixo x, no ponto – ! , 0 .! O conjunto-imagem Im da função y = ax2 + bx + c, a
2! 0, é o conjunto dos valores que y pode assumir. Há duas
Repare que, quando tivermos o discriminante , as duas possibilidades:
raízes da equação ax²+bx+c=0 são iguais a − ! ! . 1ª - quando a > 0,
2!
Raízes a>0
−! ± !! − !"#
!=
!"

−! + !! − !"#
!! =
!"

−! − !! − !"#
!! =
!"
!
Se, a parábola y=ax²+bx+c não intercepta o eixo.

Vértices e Estudo do Sinal 2ª quando a < 0,


Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada
para cima e um ponto de mínimo V; quando a < 0, a pa-
rábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de
máximo V.

Em qualquer caso, as coordenadas de V são a<0


. Veja os gráficos:

Exemplo
Vamos construir o gráfico da função y = x2 + x:
Primeiro atribuímos a x alguns valores, depois calcula-
mos o valor correspondente de y e, em seguida, ligamos os
pontos assim obtidos.

x Y
-3 6
-2 2
-1 0
-1/2 -1/4
0 0
1 2
2 6

4
MATEMÁTICA

O gráfico da função f(x)=|x²-5x+4| será

Função exponencial
Função Modular
Uma função f:R→R dada por f(x)=|x| denomina-se fun- A expressão matemática que define a função exponen-
ção modular. cial é uma potência. Nesta potência, a base é um número
As principais características dessa função modular são: real positivo e diferente de 1 e o expoente é uma variável.
-domínio:R
-imagem:R+ Função crescente

Se temos uma função exponencial crescente,


qualquer que seja o valor real de x.

No gráfico da função ao lado podemos observar que à


medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y. Grafica-
mente vemos que a curva da função é crescente.

-
Gráfico

Exemplo
Faça o gráfico da função f(x)=|x²-5x+4|
Solução
Primeiramente, fazemos o gráfico da função sem o
módulo:f(x)=x²-5x+4

Função decrescente

Se 0 < a < 1 temos uma função exponencial decrescen-


te em todo o domínio da função.

Neste outro gráfico podemos observar que à medida


que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos que a
curva da função é decrescente.

5
MATEMÁTICA

Exemplo
log ! 8 = !
2! = 8
2! = 2!
!=3
!Consequências da Definição

1.!! log ! ! = 1
2.!! log ! 1 = 0
3. log ! !! = !
1
4. log ! = −1
A Constante de Euler !
É definida por : 5.!!!!"#! ! = !
e = exp(1) !
O número e é um número irracional e positivo e em Propriedades
função da definição da função exponencial, temos que:
Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao ma-
log ! MN = log ! ! + log ! !
temático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primei- !
ros a estudar as propriedades desse número.
log ! = log ! ! − log ! !
!
log ! !! = ! ∙ log ! !
O valor deste número expresso com 10 dígitos deci- ! !
mais, é: log ! !! = log ! ! ! ≠ 0
e = 2,7182818284 !
!
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) Mudança de Base
pode ser escrita como a potência de base e com expoente log ! !
x, isto é: log ! ! =
log ! !
, (! > 0!!!! ≠ 1)!
ex = exp(x) !
Propriedades da função exponencial
Exemplo
Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um Dados log 2=0,3010 e log 3=0,4771, calcule:
número racional, então:
- ax ay= ax + y a)log 6
- ax / ay= ax - y
- (ax) y= ax.y b) log1,5
- (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx c) log 16
- a-x = 1 / ax

Logaritmo Solução
Considerando-se dois números N e a reais e positivos,
com a ≠1, existe um número c tal que: a) Log 6=log 2⋅3=log2+log3=0,3010+0,4771=0,7781
!
!! = ! a)
b) log 1,5 = log ! = log 3 − !"#2 = 0,1761
A esse expoente c damos
! o nome de logaritmo de N !
na base a a)c) log 16 = log 2! = 4 log 2 = 1,2040
!
log ! ! = ! ↔ !! = !
Função Logarítmica
Uma função dada por , em que a constante a é positiva
Ainda com base na definição podemos estabelecer e diferente de 1, denomina-se função logarítmica.
condições de existência:
! ! = log ! ! ! > 0!!!! ≠ 1
log ! ! = ! , ! > 0, ! > 0!!!!! ≠ 1 ! = !!∗ !!!!" = !
!

6
MATEMÁTICA

Equação 1º grau

Equação é toda sentença matemática aberta represen-


tada por uma igualdade, em que exista uma ou mais letras
que representam números desconhecidos.
Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação
redutível à forma ax+b=0, em que a e b são números reais,
chamados coeficientes, com a≠0.
Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor nu-
mérico de x que, substituindo no 1º membro da equação,
torna-se igual ao 2º membro.
Exemplo:
X+3=8
Equação Modular X=5
Toda equação em que a variável aparece em módulo.
Sua solução é obtida aplicando-se a definição de módulo. Resolução de equação.
-Seguimos uma ordem determinada para facilitar a ta-
Exemplo refa e não cometer erros.
-Parênteses são eliminados aplicando-se a proprieda-
!"#$%&'!!"!!: 2! − 4 = ! + 2 ! de distributiva.
-Denominadores são eliminados aplicando-se o m.m.c.
Solução -Os termos x são agrupados em um membro e os ter-
mos independentes no outro.
2! − 4 = ! + 2 !
2! − 4 = −! − 2 Exemplos

2x-4=x+2 1) Aplicando o procedimento:


X=6
2x-4=-x-2 ! !!
3x=2 5 −! = +5
! !
X=2/3 !
S={2/3, 6}
Eliminando o parênteses:
Inequação Modular
!" !!
Para resolver uma inequação modular, empregamos − 5! = +5
! !
inicialmente a propriedade seguinte, obtendo as inequa- !
ções equivalentes de resoluções conhecidas. Suprimimos os denominadores:

𝑥 − 𝑎 ≤ 𝑏 ↔ −𝑏 ≤ 𝑥 − 𝑎 ≤ 𝑏 ↔ 𝑎 − 𝑏 ≤ 𝑥 ≤ 𝑎 + 𝑏 45 − 60! = −20! + 60
𝑥 ≥ 𝑏 ↔ 𝑥 ≤ −𝑏 𝑜𝑢 𝑥 ≥ 𝑏 −40! = −15
!" !
! = − !" = − !
Exemplo !
2) O triplo de um número é igual a sua metade mais
Resolva as inequações: 20. Qual é esse número?
a) 𝑥 ≥2 Solução: Resposta: Esse número é 8.
b) 2𝑥 + 5 < 3 3!!! = !!/2! + !20!
Solução 6!/2! = ! (! + 40)/2!
a) x≤-2 ou x≥2 6!! = !!! + !40!
S={x∈R| x≤-2 ou x≥2}
6!! − !!! = 40!
b) -3<2x+5<3 5!! = !40!
-3-5<2x<3-5 !! = !40/5!
-8<2x<-2
-4<x<-1 !! = !8!
S={x∈R|-4<x<-1} !
Resposta: Esse número é 8.

7
MATEMÁTICA

Inequação Exemplo Resolva a inequação a seguir:

Uma inequação é uma sentença matemática expressa


por uma ou mais incógnitas, que ao contrário da equação
que utiliza um sinal de igualdade, apresenta sinais de desi-
gualdade. Veja os sinais de desigualdade: x-2≠0
>: maior  x≠2
<: menor
≥: maior ou igual 
≤: menor ou igual 

O princípio resolutivo de uma inequação é o mesmo da


equação, onde temos que organizar os termos semelhan-
tes em cada membro, realizando as operações indicadas.
No caso das inequações, ao realizarmos uma multiplicação
de seus elementos por –1 com o intuito de deixar a parte
da incógnita positiva, invertemos o sinal representativo da
desigualdade.

Exemplo 1
4x + 12 > 2x – 2
4x – 2x > – 2 – 12
2x > – 14 Sistemas de equações primeiro grau
x > –14/2 Duas equações do 1º grau, com duas incógnitas for-
x>–7 mam um “sistema de equações”.
Para encontramos o par ordenado solução de um siste-
Inequação-Produto ma pode-se utilizar dois métodos para a sua solução.
Esses dois métodos são: Substituição e Adição.
Quando se trata de inequações-produto, teremos uma
desigualdade que envolve o produto de duas ou mais fun- Método da substituição
ções. Portanto, surge a necessidade de realizar o estudo Esse método consiste em escolher uma das duas equa-
da desigualdade em cada função e obter a resposta final ções, isolar uma das incógnitas e substituir na outra equa-
realizando a intersecção do conjunto resposta das funções. ção, veja como:

Exemplo Dado o sistema , enumeramos as equações.


a)(-x+2)(2x-3)<0

Escolhemos a equação 1 e isolamos o x:


x + y = 20
x = 20 – y

Agora na equação 2 substituímos o valor de x = 20 – y.


3x + 4 y = 72
Inequação-Quociente 3 (20 – y) + 4y = 72
60-3y + 4y = 72
Na inequação-quociente, tem-se uma desigualdade -3y + 4y = 72 – 60
de funções fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual y = 12
uma está dividindo a outra. Diante disso, deveremos nos
atentar ao domínio da função que se encontra no denomi- Descobrimos o valor de y, para descobrir o valor de x
nador, pois não existe divisão por zero. Com isso, a função basta substituir 12 na equação
que estiver no denominador da inequação deverá ser dife- x = 20 – y.
rente de zero. O método de resolução se assemelha muito x = 20 – y
à resolução de uma inequação-produto, de modo que de- x = 20 – 12
vemos analisar o sinal das funções e realizar a intersecção x=8
do sinal dessas funções. Portanto, a solução do sistema é S = (8, 12)
Método da adição

8
MATEMÁTICA

Esse método consiste em adicionar as duas equações


de tal forma que a soma de uma das incógnitas seja zero. Se for negativo, não há solução no conjunto dos
Para que isso aconteça será preciso que multipliquemos números reais.
algumas vezes as duas equações ou apenas uma equação
por números inteiros para que a soma de uma das incóg- Se for positivo, a equação tem duas soluções:
nitas seja zero.

Dado o sistema: Exemplo

Para adicionarmos as duas equações e a soma de uma , portanto não há solução real.
das incógnitas de zero, teremos que multiplicar a primeira
equação por – 3.
2.

Agora, o sistema fica assim:

Adicionando as duas equações: 3.


- 3x – 3y = - 60
+ 3x + 4y = 72
y = 12

Para descobrirmos o valor de x basta escolher uma das


duas equações e substituir o valor de y encontrado:
x + y = 20
x + 12 = 20 Se não há solução, pois não existe raiz quadrada real
x = 20 – 12 de um número negativo.
x=8 Se , há duas soluções iguais:

Portanto, a solução desse sistema é: S = (8, 12).

Se resolver um sistema utilizando qualquer um dois


métodos o valor da solução será sempre o mesmo.
Se, há soluções reais diferentes:
Equação 2º grau
Onde a, b e c são números reais,

Discussão das Raízes

1.

9
MATEMÁTICA

Relações entre Coeficientes e Raízes


Dada as duas raízes:

Soma das Raízes

Produto das Raízes

S = {x ∈ R / –7/3 < x < –1}

Composição de uma equação do 2ºgrau, conheci- Inequação Produto


das as raízes Quando se trata de inequações-produto, teremos uma
Podemos escrever a equação da seguinte maneira: desigualdade que envolve o produto de duas ou mais fun-
ções. Portanto, surge a necessidade de realizar o estudo
x²-Sx+P=0 da desigualdade em cada função e obter a resposta final
realizando a intersecção do conjunto resposta das funções.
Exemplo
Dada as raízes -2 e 7. Componha a equação do 2º grau. Exemplo:
Resolva a inequação
Solução
S=x1+x2=-2+7=5 (𝑥2 − 4𝑥 − 5)(−𝑥2 + 8𝑥 − 15) ≥ 0
P=x1.x2=-2.7=-14 𝑓 𝑥 = 𝑥2 − 4𝑥 − 5
Então a equação é: x²-5x-14=0 Raízes: -1 e 5
𝑔 𝑥 = −𝑥2 + 8𝑥 − 15
Inequação 2º grau Raízes: 3 e 5

Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que


pode ser escrita numa das seguintes formas:
ax²+bx+c>0
ax²+bx+c≥0
ax²+bx+c<0
ax²+bx+c<0
ax²+bx+c≤0
ax²+bx+c≠0
S={x∈R|-1≤x≤3}
Exemplo
Inequação-Quociente
Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0. Na inequação-quociente, tem-se uma desigualdade
de funções fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual
uma está dividindo a outra.
Resolvendo Inequações Diante disso, deveremos nos atentar ao domínio da
função que se encontra no denominador, pois não existe
Resolver uma inequação significa determinar os valo- divisão por zero. Com isso, a função que estiver no deno-
res reais de x que satisfazem a inequação dada. minador da inequação deverá ser diferente de zero.
Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de O método de resolução se assemelha muito à resolu-
x que tornem a expressão 3x² + 10x +7 negativa. ção de uma inequação-produto, de modo que devemos
analisar o sinal das funções e realizar a intersecção do sinal
dessas funções.

10
MATEMÁTICA

Exemplo
Resolva a inequação
𝑥2 −5𝑥+6
−𝑥2 +25
≥ 0

CE: x≠-5 e x≠5

2
𝑓 𝑥 = 𝑥 − 5𝑥 + 6
Raízes: 2 e 3 Obtendo y para cada x:

𝑔 𝑥 = −𝑥2 + 25 y=3x-1
Raízes: 5 e -5

Equação Exponencial
É toda equação cuja incógnita se apresenta no expo-
ente de uma ou mais potências de bases positivas e dife-
rentes de 1.

S={x∈R|-5<x≤2 ou 3≤x<5} Exemplo


Resolva a equação no universo dos números reais.

Sistemas Simples do 2º Grau 𝑥+1 1


1) 125 = 3
625

Solução
3 𝑥+1 1
y-2x=0 5 = 3 4
y=2x 5
4
3𝑥+3 −
5 = 5 3
Substituindo na primeira equação: 4
2x-x²-2=0 3𝑥 + 3 = −
x²-2x+2=0 3
13
𝑥=−
9

Nesse caso, a equação não possui raízes reais Inequação Exponencial


2) Resolva o sistema: É toda inequação cuja incógnita se apresenta no expo-
ente de uma ou mais potências de bases positivas e dife-
rentes de 1.

Exemplo
y=-1+3x 𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑟 𝑒𝑚 𝑅 𝑎 𝑖𝑛𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 253𝑥−1 > 125𝑥+2
Substituindo na segunda equação: 52
3𝑥−1
> 53
𝑥+2

x²-2x(-1+3x)=-3 56𝑥−2 > 5 3𝑥+6


x²+2x-6x²=-3 6x-2>3x+6
-5x²+2x+3=0 (-1) 3x>8
5x²-2x-3=0 8
𝑥>
3

11
MATEMÁTICA

Equações Logarítmicas Pela Condição de Existência é possível, então


Utilizando as propriedades operatórias, podemos re- S={x∈R|x>3}
solver equações que envolvem logaritmos. A resolução de
equações logarítmicas se dá em três etapas básicas: Progressão Aritmética
1. Estabelece-se a condição de existência
2. Resolve-se a equação utilizando as propriedades Denomina-se progressão aritmética(PA) a sequência
operatórias em que cada termo, a partir do segundo, é obtido adicio-
3. Faz-se a interseção entre a solução encontrada e nando-se uma constante r ao termo anterior. Essa constan-
as condições de existência te r chama-se razão da PA.

Exemplo !! = !!!! + !! ! ≥ 2
Resolva a equação: !
Exemplo
log2 𝑥 + 7 − log2 2𝑥 − 1 = 2 𝑒𝑚 𝑅
A sequência (2,7,12) é uma PA finita de razão 5:
Condição de Existência
𝑥 + 7 > 0 → 𝑥 > −7 1
1 � 𝐷𝑎𝑠 𝑑𝑢𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖çõ𝑒𝑠, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠: 𝑥 >
2𝑥 − 1 > 0 → 𝑥 > 2
2
log2 𝑥 + 7 − log2 2𝑥 − 1 = 2
Classificação
𝑥+7
log2 =2 As progressões aritméticas podem ser classificadas de
2𝑥 − 1 acordo com o valor da razão r.
r<0, PA decrescente
Da definição, temos: r>0, PA crescente
𝑥+7 r=0 PA constante
22 =
2𝑥 − 1 Propriedades das Progressões Aritméticas
𝑥 + 7 = 8𝑥 − 4
11
𝑥= -Qualquer termo de uma PA, a partir do segundo, é a
7 média aritmética entre o anterior e o posterior.
Como x satisfaz a condição de existência:
11
𝑆=
7
-A soma de dois termos equidistantes dos extremos é
Inequação Logarítmica igual à soma dos extremos.
Chama-se inequação logarítmica aquela que apresenta
a incógnita no logaritmando ou na base do logaritmo. !! + !! = !! + !!!! = !! + !!!!
Para a resolução de uma inequação:
!
-estabelecem condições de existência dos logaritmos Termo Geral da PA
-convertem-se os logaritmos para uma mesma base
-a>1, forma uma nova inequação com os logaritman- Podemos escrever os elementos da PA(a1, a2, a3, ..., an,...)
dos, mantendo o sentido da desigualdade original() da seguinte forma:
-0<a<1, forma-se uma nova inequação com os loga-
ritmando, invertendo o sentido da desigualdade original.
-resolve-se a nova inequação e faz-se a intersecção
com as condições de existência.

Exemplo Observe que cada termo é obtido adicionando-se ao


primeiro número de razões r igual à posição do termo me-
log2 3𝑥 − 1 > 3
nos uma unidade.
CE
3x-1>0 !! + !! = !! + !!!! = !! + !!!!
x>1/3 !
3x-1>8
3x>9
x>3

12
MATEMÁTICA

Soma dos Termos de uma Progressão Aritmética Progressão Geométrica

Considerando a PA finita (6,10, 14, 18, 22, 26, 30, 34). Denomina-se progressão geométrica(PG) a sequência
6 e 34 são extremos, cuja soma é 40 em que se obtém cada termo, a partir do segundo, multi-
plicando o anterior por uma constante q, chamada razão
da PG.
Exemplo

Dada a sequência: (4, 8, 16)


Numa PA finita, a soma de dois termos equidistantes
dos extremos é igual à soma dos extremos.

Soma dos Termos


Usando essa propriedade, obtemos a fórmula que per-
mite calcular a soma dos n primeiros termos de uma pro-
gressão aritmética.
Classificação

As classificações geométricas são classificadas assim:


- Crescente: Quando cada termo é maior que o ante-
rior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e
0 < q < 1.
- Decrescente: Quando cada termo é menor que o an-
terior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando a1
< 0 e q > 1.
- Alternante: Quando cada termo apresenta sinal con-
Exemplo trário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
Uma progressão aritmética finita possui 39 termos. O - Constante: Quando todos os termos são iguais. Isto
último é igual a 176 e o central e igual a 81. Qual é o pri- ocorre quando q = 1. Uma PG constante é também uma PA
meiro termo? de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG
Solução estacionaria.
Como esta sucessão possui 39 termos, sabemos que o - Singular: Quando zero é um dos seus termos. Isto
termo central é o a20, que possui 19 termos à sua esquerda ocorre quando a1 = 0 ou q = 0.
e mais 19 à sua direita. Então temos os seguintes dados
para solucionar a questão: Termo Geral da PG

Pelo exemplo anterior, podemos perceber que cada


termo é obtido multiplicando-se o primeiro por uma po-
tência cuja base é a razão. Note que o expoente da razão é
igual à posição do termo menos uma unidade.
Sabemos também que a soma de dois termos equidis-
tantes dos extremos de uma P.A. finita é igual à soma dos
seus extremos. Como esta P.A. tem um número ímpar de
termos, então o termo central tem exatamente o valor de Portanto, o termo geral é:
metade da soma dos extremos.
!! = !! ∙ ! !!!
! temos:
Em notação matemática
Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica
Finita

Seja a PG finita de razão q e de soma dos termos Sn:

Assim sendo:
O primeiro termo desta sucessão é igual a -14.

13
MATEMÁTICA

Exemplo Exercícios

Dada a progressão geométrica (1, 3, 9, 27,..) calcular: 1. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Assinale
a) A soma dos 6 primeiros termos a alternativa que apresenta o gráfico da função polinomial
b) O valor de n para que a soma dos n primeiros ter- de 1º grau f(x)= −2x +1.
mos seja 29524

Solução

Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica


Infinita

1º Caso:-1<q<1
!!
!! = !"#$!!"#!"#
1−!

Quando a PG infinita possui soma finita, dizemos que a


série é convergente.

A PG infinita não possui soma finita, dizemos que a sé-


rie é divergente

Também não possui soma finita, portanto divergente

Produto dos termos de uma PG finita

14
MATEMÁTICA

2. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Sabe-


-se que, sob um certo ângulo de tiro, a altura h atingida por
uma bala, em metros, em função do tempo t, em segundos,
é dada por h(t)=-3t²+15t.
Portanto, é correto afirmar que, depois de 3s, a bala
atingirá
A) 18 metros.
B) 20 metros.
C) 27 metros.
D) 32 metros.

3. (PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR


– CESGRANRIO/2012) Considere as funções , ambas de
domínio R*+.
Se h(5)=1/2, então g(b+9) é um número real compre-
endido entre
A) 5 e 6 Se g(x) assume valor máximo quando x=xM, conclui-se
B) 3 e 5 que xQ é igual a
C) 3 e 4 A) 3
D) 2 e 3 B) 7
E) 1 e 2 C) 9
D) 11
4. (PM/SP – OFICIAL – VUNESP/2013) Na figura, E) 13
tem-se o gráfico de uma parábola.
6. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013)
Em um laboratório de pesquisa descobriu-se que o cres-
cimento da população de um determiado tipo de bactéria
é descrito pela função , onde é o número de bactérias no
instante t (t em horas) e a e b são constantes reais. No ínicio
da observação havia 1500 bactérias e após duas horas de
observação havia 4500. Com essas informações, concluí-
mos que os valores de a e b, respectivamente são:
A) 3000 e 1.
B) 4500 e 0,5.
C) 1500 e 0,5.
D) 1500 e 1.
E) 3000 e 0,5.

7. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) O valor de x na


𝑥+1
equação é 5 ∙ 3 + 3𝑥−2 = 408 é
Os vértices do triângulo AVB estão sobre a parábola,
sendo que os vértices A e B estão sobre o eixo das abscis- A) 1.
sas e o vértice V é o ponto máximo da parábola. A área do B) 2.
triângulo AVB, cujas medidas dos lados estão em centíme- C) 3.
tros, é, em centímetros quadrados, igual a D) 4.
A) 8.
B) 9. 8. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI-
C) 12. NISTRATIVO – FCC/2014) Uma sequência inicia-se com o
D) 14. número 0,3. A partir do 2º termo, a regra de obtenção dos
E) 16. novos termos é o termo anterior menos 0,07. Dessa manei-
ra o número que corresponde à soma do 4º e do 7º termos
5. (PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JÚ- dessa sequência é
NIOR – CESGRANRIO/2012) Sejam f(x)=-2x²+4x+16 e A) -6,7.
g(x)=ax²+bx+c funções quadráticas de domínio real, cujos B) 0,23.
gráficos estão representados acima. A função f(x) intercep- C) -3,1.
ta o eixo das abscissas nos pontos P(xP,0) e M(xM,0) e g(x), D) -0,03.
nos pontos (1,0) e Q(xQ,0). E) -0,23.

15
MATEMÁTICA

9. (SAMU/SC – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – -! ! + 2! + 3 = 0


SPDM/2012) A soma dos termos de uma P.G. de primeiro
termo igual a 3 e cuja razão é igual à da P.A. 2, 5/2,..., é
igual a: ∆
A) 9 ℎ!"#â!"#$% = !! = −
4!
B) 12
C) 6
D) 3/2 ∆= ! ! − 4!" = 4 + 12 = 16

10. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – ℎ!"#â!"#$% = 4


CESGRANRIO/2012) Qual é o produto das raízes da equa-
ção [log(x)]²- log(x²) - 3 = 0 ?
!Base: -1até 0 e 0 até 3
A) - 3.000
B) - 3 Base: 1+3=4
C) 0,001
D) 100 ℎ 4
!!"#Â!"#$% = ! ∙ = 4 ∙ = 8!"²!
E) 1.000 2 2
Respostas
5. RESPOSTA: “B”.
1. RESPOSTA: “B”.
F(x)=ax+b
∆= 16 + 128 = 144

Corta o eixo x:- b/a=1/2 −4 ± 12


X=0 !=
−4
1=b(V)
-1=-a+1
a=-2(V) !! = −2
!! = 4
2. RESPOSTA: “A”.

ℎ 3 = −3 ∙ 3! + 15 ∙ 3 = 18! !
− =4
2!
3. RESPOSTA: “A”.
ℎ 5 = log ! 5 −! = 8!
1 !
= log ! 5
2 A soma das raízes é –b/a
!
!! = 5 !
!=5 − = 8!
!
! = 25 Se já sabemos que uma raiz é 1:
! 25 + 9 = log ! 25 + 9
! 34 = ! 1 + !! = 8
2! = 34 !! = 7
2! = 32!!!2! = 64 !
! 6. RESPOSTA: “C”.
Portanto g(b+9) é um número entre 5 e 6 N(t)=a.3bt
Início: t=0
4. RESPOSTA: “A”. 1500=a.30
a=1500
As raízes são -1 e 3 N(2)=1500.32b
Sendo função do 2º grau: -(x²-Sx+P)=0(concavidade 4500=1500. 32b
pra baixo a<0) 3=32b
-x²+Sx-P=0 2b=1
S=-1+3=2 b=1/2
P=-1⋅3=-3

16
MATEMÁTICA

7. RESPOSTA: “C”.

3!!! 5 + 3!! = 408 4.2 GEOMETRIA PLANA: ÂNGULOS.


! QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS: DEFINIÇÕES;
3!!! 5 + = 408
!" PROPRIEDADES DOS TRAPÉZIOS, DOS
PARALELOGRAMOS, DO RETÂNGULO, DO
!"#
3!!! = 408
LOSANGO E DO QUADRADO; BASE MÉDIA
!"
!"
3!!! = 408 ∙ !"# DO TRAPÉZIO; PERÍMETROS; ÁREAS.
3!!! = 81 POLÍGONOS: NOMENCLATURA; DIAGONAIS;
3! . 3 = 81 ÂNGULOS EXTERNOS E INTERNOS;
3! = 27 POLÍGONOS REGULARES INSCRITOS E
3! = 3! CIRCUNSCRITOS; PERÍMETROS E ÁREAS.
!=3 CIRCUNFERÊNCIA: DEFINIÇÕES; ELEMENTOS;
! POSIÇÕES RELATIVAS DE RETA E
8. RESPOSTA: “D”. CIRCUNFERÊNCIA; SEGMENTOS TANGENTES;
!! = !! − ! − 1 ! POTÊNCIA DE PONTO; ÂNGULOS NA
!! = 0,3 − 3.0,07 = 0,09 CIRCUNFERÊNCIA; COMPRIMENTO DA
CIRCUNFERÊNCIA. CÍRCULO E SUAS
!! = 0,3 − 6.0,07 = −0,12
PARTES: CONCEITOS; ÁREAS. TRIÂNGULOS:
! = !! + !! = 0,09 − 0,12 = −0,03
ELEMENTOS; CLASSIFICAÇÃO;
PONTOS NOTÁVEIS; SOMA DOS
!9. RESPOSTA: “C”.
ÂNGULOS INTERNOS; ÂNGULO EXTERNO;
5 1 SEMELHANÇA; RELAÇÕES MÉTRICAS EM
!= −2= TRIÂNGULOS QUAISQUER E NO TRIÂNGULO
2 2 RETÂNGULO; PERÍMETROS E ÁREAS.
!
Soma PG infinita
!!
!= Denominamos ângulo a região do plano limitada por
1−! duas semirretas de mesma origem. As semirretas recebem
3 o nome de lados do ângulo e a origem delas, de vértice do
!= =6 ângulo.
1
1−2
!
10. RESPOSTA: “D”.

[log(x)]²- 2logx - 3 = 0
Fazendo logx=y
y²-2y-3=0

∆=4+12=16

2±4 Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do


!= que 90º.
2

!! = 3
!! = −1
!
Substituindo:
Log x=3
X=10³=1000
Log x=-1
X=10-1=0,1

Produto das raízes: 1000⋅0,1=100

17
MATEMÁTICA

Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do


que 90º.

Classificação dos Quadriláteros


Ângulo Raso:
- É o ângulo cuja medida é 180º; Paralelogramo: É o quadrilátero que tem lados opos-
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas. tos paralelos. Num paralelogramo, os ângulos opostos são
congruentes. Os paralelogramos mais importantes rece-
bem nomes especiais:
- Losango: 4 lados congruentes
- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

Ângulo Reto:
- É o ângulo cuja medida é 90º;
- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendi-
culares.

Trapézio: É o quadrilátero que tem apenas dois lados


opostos paralelos. Alguns elementos gráficos de um tra-
pézio (parecido com aquele de um circo).

Quadriláteros e a sua classificação


Quadrilátero é um polígono com quatro lados e os
principais quadriláteros são: quadrado, retângulo, losango,
trapézio e trapezóide.

- AB é paralelo a CD
- BC é não é paralelo a AD
- AB é a base maior
- DC é a base menor

Os trapézios recebem nomes de acordo com os triân-


gulos que têm características semelhantes. Um trapézio
No quadrilátero acima, observamos alguns elementos pode ser:
geométricos: - Retângulo: dois ângulos retos
- Os vértices são os pontos: A, B, C e D. - Isósceles: lados não paralelos congruentes
- Os ângulos internos são A, B, C e D. - Escaleno: lados não paralelos diferentes
- Os lados são os segmentos AB, BC, CD e DA.

Observação: Ao unir os vértices opostos de um quadri-


látero qualquer, obtemos sempre dois triângulos e como a
soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é
180 graus, concluímos que a soma dos ângulos internos de
um quadrilátero é igual a 360 graus.

18
MATEMÁTICA

Paralelogramo Quadrado

Propriedades
• Os ângulos opostos são congruentes
(! ≡ !!!!! ≡ !)! Definição
• Os ângulos adjacentes são suplementares
• Os lados opostos são congruentes O Quadrado é o quadrilátero regular, ou seja, ele é
(!" ! ≡ !"!!!!" ≡ !")! convexo, equilátero e equiângulo.
• As diagonais se interceptam nos pontos médios

Retângulo Propriedades

• O quadrado é um retângulo e um losango.


Base média do trapézio
Definição
A Base média de um trapézio é o segmento
que liga os pontos médios dos lados não paralelos.
(!" ≡ !"!!!!"! ≡ !")!

Definição
O Retângulo é o quadrilátero convexo equiângulo.

Propriedades
• Os ângulos internos medem 90º.
• O retângulo é um paralelogramo.
• As diagonais são congruentes (!" ! ≡ !")! .

Losango

Teorema

!"! ∥ !"!
!" + !"
!"! = !
2

Definição
O Losango é o quadrilátero convexo equilátero.

Propriedades
• O losango é um paralelogramo.
• As diagonais são perpendiculares (!" ! ⊥ ! !")!

19
MATEMÁTICA

Perímetro e Áreas
O perímetro de uma figura plana fechada é o comprimento da linha que limita a figura.

Área de uma figura plana fechada é a extensão que essa figura ocupa.

Polígono
Chama-se polígono a união de segmentos que são chamados lados do polígono, enquanto os pontos são chamados
vértices do polígono.

20
MATEMÁTICA

Diagonal de um polígono é um segmento cujas extre- Polígonos Inscritos


midades são vértices não-consecutivos desse polígono.

O apótema , sendo mediana do triângulo isósceles


COD, relativa à hipotenusa , é igual à metade da hipotenu-
Número de Diagonais sa, isto é, OL=CD/2
Sendo R=OD
Então:
𝑅 2
𝑎=
2
𝑙=𝑅 2
A=2R

Apótema do Triângulo equilátero

Ângulos Internos
A soma das medidas dos ângulos internos de um po-
lígono convexo de n lados é (n-2).180
Unindo um dos vértices aos outros n-3, conveniente-
mente escolhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das
medidas dos ângulos internos do polígono é igual à soma
das medidas dos ângulos internos dos n-2 triângulos. !
!=
2

!=! 3

3! ! 3
!=
4
!
Apótema do hexágono

Ângulos Externos

! 3
!=
2

3!! 3
A soma dos ângulos externos=360° !=
2
!

21
MATEMÁTICA

Polígonos Circunscritos c) se P é interior à circunferência, então não existe reta


tangente à circunferência passando pelo ponto P

A Importância da Circunferência
A circunferência possui características não comumente
encontradas em outras figuras planas, como o fato de ser
l=2r a única figura plana que pode ser rodada em torno de um
A=4r² ponto sem modificar sua posição aparente. É também a
única figura que é simétrica em relação a um número infi-
nito de eixos de simetria. A circunferência é importante em
praticamente todas as áreas do conhecimento como nas
Engenharias, Matemática, Física, Química, Biologia, Arqui-
tetura, Astronomia, Artes e também é muito utilizado na
indústria e bastante utilizada nas residências das pessoas.

Circunferência: A circunferência é o lugar geométrico


de todos os pontos de um plano que estão localizados a
uma mesma distância r de um ponto fixo denominado o
centro da circunferência. Esta talvez seja a curva mais im-
portante no contexto das aplicações.

! = 2 (!! − !²)

!
Condições de tangência entre reta e circunferência

Dados uma circunferência e um ponto P(x, y) do pla-


no, temos:

a) se P pertence à circunferência, então existe uma úni-


ca reta tangente à circunferência por P Círculo: (ou disco) é o conjunto de todos os pontos
de um plano cuja distância a um ponto fixo O é menor ou
igual que uma distância r dada. Quando a distância é nula,
o círculo se reduz a um ponto. O círculo é a reunião da cir-
cunferência com o conjunto de pontos localizados dentro
da mesma. No gráfico acima, a circunferência é a linha de
cor verde-escuro que envolve a região verde, enquanto o
círculo é toda a região pintada de verde reunida com a
circunferência.

Pontos interiores de um círculo e exteriores a um


b) se P é exterior à circunferência, então existem duas círculo
retas tangentes a ela por P Pontos interiores: Os pontos interiores de um círculo
são os pontos do círculo que não estão na circunferência.

22
MATEMÁTICA

Pontos exteriores: Os pontos exteriores a um círculo


são os pontos localizados fora do círculo.

Raio, Corda e Diâmetro

Raio: Raio de uma circunferência (ou de um círculo) é


um segmento de reta com uma extremidade no centro da
circunferência e a outra extremidade num ponto qualquer
da circunferência. Na figura, os segmentos de reta OA, OB
e OC são raios. - Tangentes e secantes são nomes de retas, mas tam-
Corda: Corda de uma circunferência é um segmento bém são usados para denotar segmentos de retas ou semi-
de reta cujas extremidades pertencem à circunferência. Na -retas. Por exemplo, “A tangente PQ” pode significar a reta
figura, os segmentos de reta AC e DE são cordas. tangente à circunferência que passa pelos pontos P e Q
Diâmetro: Diâmetro de uma circunferência (ou de um mas também pode ser o segmento de reta tangente à cir-
círculo) é uma corda que passa pelo centro da circunferên- cunferência que liga os pontos P e Q. Do mesmo modo, a
cia. Observamos que o diâmetro é a maior corda da circun- “secante AC” pode significar a reta que contém a corda BC
ferência. Na figura, o segmento de reta AC é um diâmetro. e também pode ser o segmento de reta ligando o ponto A
ao ponto C.

Propriedades das secantes e tangentes

Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro


O, intercepta a circunferência em dois pontos distintos A e
B e se M é o ponto médio da corda AB, então o segmento
de reta OM é perpendicular à reta secante s.

Posições relativas de uma reta e uma circunferên-


cia

Reta secante: Uma reta é secante a uma circunferên-


cia se essa reta intercepta a circunferência em dois pontos
quaisquer, podemos dizer também que é a reta que con- Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro
tém uma corda. O, intercepta a circunferência em dois pontos distintos A e
Reta tangente: Uma reta tangente a uma circunferên- B, a perpendicular à reta s que passa pelo centro O da cir-
cia é uma reta que intercepta a circunferência em um único cunferência, passa também pelo ponto médio da corda AB.
ponto P. Este ponto é conhecido como ponto de tangência
ou ponto de contato. Na figura ao lado, o ponto P é o pon-
to de tangência e a reta que passa pelos pontos E e F é uma
reta tangente à circunferência.

Seja OP um raio de uma circunferência, onde O é o


centro e P um ponto da circunferência. Toda reta perpen-
dicular ao raio OP é tangente à circunferência no ponto de
tangência P.

Observações: Raios e diâmetros são nomes de seg-


mentos de retas, mas às vezes são também usados como
os comprimentos desses segmentos. Por exemplo, pode-
mos dizer que ON é o raio da circunferência, mas é usual
dizer que o raio ON da circunferência mede 10 cm ou que
o raio ON tem 10 cm.
Toda reta tangente a uma circunferência é perpendicu-
lar ao raio no ponto de tangência.

23
MATEMÁTICA

Ângulos na circunferência Ângulo excêntrico interior


Ângulo excêntrico interior é aquele ângulo que possui
Ângulo central como vértice um ponto longe do centro da região interior
Ângulo central é todo o ângulo que possui o vértice no da circunferência.
centro da circunferência.

Na figura abaixo, AB é o arco que corresponde ao ân-


gulo central AÔB.

Se considerarmos a unidade de arco unitário, o arco


será definido por um ângulo central unitário, dessa forma
teremos a medida do ângulo AÔB igual à medida do arco
AB.

Vejamos:

!" + !"
!=
2
!
Triângulo

Elementos

Mediana

Mediana de um triângulo é um segmento de reta que


liga um vértice ao ponto médio do lado oposto.
α=AB Na figura, !" ! é uma mediana do ∆ABC.
Um triângulo tem três medianas.
Ângulo inscrito
Ângulo inscrito em uma circunferência é todo o ângulo
que tem o vértice na circunferência, onde seus lados são
secantes à ela. A medida do ângulo inscrito é sempre a
metade da medida do arco que ele estabelece na circun-
ferência.

A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo in-


tercepta o lado oposto
Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da
bissetriz de um ângulo do triângulo que liga um vértice a
um ponto do lado oposto.

Na figura, !"! é uma bissetriz interna do ∆ABC.


Um triângulo tem três bissetrizes internas.

α=AB/2

24
MATEMÁTICA

Altura de um triângulo é o segmento que liga um vér-


tice a um ponto da reta suporte do lado oposto e é perpen-
dicular a esse lado.

Na figura, !" ! é uma altura do ∆ABC.


Um triângulo tem três alturas.

Triângulo equilátero: três lados iguais.

Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpen-


dicular a esse segmento pelo seu ponto médio.
Na figura, a reta m é a mediatriz de !" ! .

!! 3
!!"#$ =
4
!
Quanto aos ângulos

Triângulo acutângulo: tem os três ângulos agudos

Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do tri-


ângulo que é mediatriz de um dos lados desse triângulo.
Na figura, a reta m é a mediatriz do lado !" ! do ∆ABC.
Um triângulo tem três mediatrizes.

! < 90°, ! < 90°, ! < 90°!

Triângulo retângulo: tem um ângulo reto

Classificação
Quanto aos lados
Triângulo escaleno: três lados desiguais.

Triângulo isósceles: Pelo menos dois lados iguais.

25
MATEMÁTICA

Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso 1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da


hipotenusa pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa.

2. O produto dos catetos é igual ao produto da hipo-


tenusa pela altura relativa à hipotenusa.

3. O quadrado da altura é igual ao produto das pro-


jeções dos catetos sobre a hipotenusa.
! > 90°!
4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos
Ângulos externos e internos quadrados dos catetos (Teorema de Pitágoras).

Um ângulo externo de um polígono convexo é forma-


do pelo prolongamento de um dos lados do polígono; o
ângulo formado entre o lado estendido e o lado oposto é Relações Métricas em triângulos quaisquer
o ângulo externo.
Na figura a seguir, o ângulo indicado pela sua medi- Triângulo Acutângulo
da d é um ângulo externo do triângulo ABC.

Os ângulos a, b, e c somam 180º


E o ângulo d=a+c
c²=a²+b²-2an
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos
são: Triângulo Obtusângulo

a: hipotenusa
b e c: catetos
h:altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipo-
tenusa C²=a²+b²+2an

Relações Métricas no Triângulo Retângulo Semelhança de Triângulos


Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os
Chamamos relações métricas as relações existentes en- seus ângulos internos tiverem, respectivamente, as mesmas
tre os diversos segmentos desse triângulo. Assim: medidas, e os lados correspondentes forem proporcionais.

26
MATEMÁTICA

Casos de Semelhança Exercícios


1º Caso:AA(ângulo-ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de 1. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO AD-
vértices correspondentes, então esses triângulos são con- MINISTRATIVO – FCC/2014) Para se obter a área de um
gruentes. círculo, multiplica-se o quadrado de medida do raio pelo
número π, que vale aproximadamente 3,14. Para se obter
a área de um quadrado, basta elevar a medida do lado ao
quadrado. Na figura, temos um círculo inscrito em um qua-
drado de área igual a 100cm².

! = !! !!!!!! = !′
!
2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes
proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles con-
gruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.
A área aproximada da região do quadrado não coberta
pelo círculo, em centímetro quadrados, é
A) 78,5.
B) 84,3.
C) 21,5.
D) 157.
E) 62,7.

2. (CREA/CREA/PR – AGENTE ADMINISTRATIVO


– FUNDATEC/2013) Acrescendo 3cm ao lado de um qua-
drado, a área aumentará em 39cm². Nesse sentido, a medi-
!" !" da da diagonal do quadrado inicial é
= !!!!!! = !′ A) 5cm
!! ! ! !! ! ! B) 5 2𝑐𝑚
! C) 6cm
D) 10 2𝑐𝑚
3º Caso: LLL(lado-lado-lado) E) 8cm
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes
proporcionais, então esses dois triângulos são semelhan-
tes. 3. (METRO/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METRO-
VIÁRIA I - FCC/2013) O raio de uma roda de trem mede,
aproximadamente, 0,4 m. Sabendo que o comprimento de
uma circunferência é dado pela fórmula C = 2. π.R (C: com-
primento; considere π igual a 3,1 nessa questão; R : raio
da roda). O número mínimo de voltas completas (descon-
sidere qualquer arrasto ou patinar da roda) para que uma
dessas rodas percorra 1 km, é
A) 248.
B) 620.
C) 800.
D) 404.
!" !" !" E) 992.
= =
!! ! ! !! ! ! ! ! ! !
! 4. (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012)
Uma empresa cobra 9 reais para efetuar serviço de acaba-
mento e pintura de parede, a cada metro quadrado. Outra
empresa cobra, pelo mesmo serviço, 12 reais.
A seguinte superfície (composta por duas paredes) de-
verá ser pintada

27
MATEMÁTICA

8. (COREN/SP – AGENTE ADMINISTRATIVO – VU-


NESP/2013) Sabe-se que, em um triângulo, o ângulo Â
mede 40°, e que, subtraindo-se a medida do ângulo da
medida do ângulo , obtém-se 60°. Nesse caso, é correto
afirmar que a medida, em graus, do maior ângulo desse
triângulo é
Considerando essa superfície, a diferença cobrada pelo A) 120°.
serviço das duas empresas será de B) 110°.
A) R$ 211,20. C) 100°.
B) R$ 311,20. D) 90°.
C) R$ 411,20. E) 80°.
D) R$ 511,20.
E) R$ 611,20. 9. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013) Em
um triângulo isósceles, o ângulo suplementar a um dos
5. (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE
ângulos congruentes mede 100°. A soma da medida do
ADMINISTRATIVO - FCC/2012) Em um triângulo isósce-
maior ângulo interno com o menor ângulo interno deste
les, o perímetro mede 105 cm. Sabe-se que a base tem
triângulo é:
a metade da medida de cada um dos outros dois lados.
A) 100°
Nessas condições, as medidas dos lados desse triângulo
correspondem a B) 80°
A) Base: 21 cm e outros lados medem 42 cm cada. C) 160°
B) Base: 26,25 cm e outros lados medem 52,5 cm D) 120°
cada. E) 90°
C) Base: 17,5 cm e outros lados medem 35 cm cada.
D) Base: 35 cm e outros lados medem 70 cm cada. 10. (COREN/SP – AGENTE ADMINISTRATIVO – VU-
NESP/2013) Dr. Lucas quer trocar o piso da sala de exa-
6. (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO mes de seu consultório. Sabe-se que a sala tem formato
– VUNESP/2013) A figura mostra um terreno retangular retangular, que a medida da largura tem dois metros a me-
cujas dimensões indicadas estão em metros. nos que a medida do comprimento, e que a terça parte da
medida do comprimento é igual à metade da medida da
largura. Nessas condições, a quantidade mínima de piso
que ele deverá comprar é, em metros quadrados, igual a
A) 36.
B) 32.
C) 24.
D) 20.
E) 16.

Respostas
O proprietário cedeu a um vizinho a região quadrada
indicada por Q na figura, com área de 225m². O perímetro 1.RESPOSTA: “C”.
(soma das medidas dos lados), em metros, do terreno re-
manescente, após a cessão, é igual a
A) 240. !!"#$%#$& = ! !
B) 210.
C) 200.
D) 230. 100 = ! !
E) 260.
! 10
7. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITEN-
! = 10 ∴ ! = = =5
2 2
CIÁRIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Um arquiteto, em
um de seus projetos, fez algumas medições e dentre elas !!"#! = !! ! = 3,14 ∙ 5² = 78,5
mediu dois ângulos complementares. Um desses ângulos
mediu 65° e o outro,
A) 115°
!!"#$ã! = !!"#$%#$& − !!"#! = 100 − 78,5 = 21,5!"²
B) 90° !
C) 180°
D) 25°
E) 60°

28
MATEMÁTICA

2. RESPOSTA “B”. 6.RESPOSTA: “D”.


lado: x
x²=A
(x+3)²=A+39
x²+6x+9=A+39
Substituindo:
A+6x+9=A+39
6x=30
x=5
diagonal do quadrado: ! 2 = 5 2!
! ! = 225
3. RESPOSTA: “D”. ! = 15
C=2πr=2.3,1.0,4=2,48m !P=5x+40+5x-x+x+x+40-x
1km=1000m P=10x+80
1000:2,48=404 P=150+80=230m

4. RESPOSTA: “A”. 7. RESPOSTA: “A”.


10⋅3,2=32m² Ângulos complementares somam 180°.
12⋅3,2=38,4 m² Se um mede 65 o outro mede: 180-65=115°

Total parede: 32+38,4=70,4m²


8. RESPOSTA: “C”.
Primeira empresa: R$9,00
9---1m² ! + ! + ! = 180
x----70,4 40° + ! + ! = 180
x= R$ 633,60 ! + ! = 140
Segunda empresa: R$ 12,00 ! − ! = 60
12----1m² ! + ! = 140
x------70,4
! − ! = 60
x=R$ 844,80
!
Diferença: R$844,80 – R$633,60=R$ 211,20 Somando as duas equações:

2! = 200
5. RESPOSTA: “A”.
Lembrando que triângulo isósceles tem dois lados ! = 100°!! ∴ ! = 40°
iguais. !
O maior ângulo é

9. RESPOSTA: “A”.

P=2x+2x+x
105=5x
X=21

Base: 21
Lados: 21.2=42

Z=100°
Z=x+y

Portanto, a soma dos ângulos internos é 100°

29
MATEMÁTICA

10. RESPOSTA: “C”.


Comprimento: C 4.3 TRIGONOMETRIA: RAZÕES
Largura: L TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO
RETÂNGULO; ARCOS E ÂNGULOS EM
! =!+2 GRAUS E RADIANOS;RELAÇÕES DE
1 1 CONVERSÃO; FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS;
!= ! IDENTIDADES TRIGONOMÉTRICAS
3 2 FUNDAMENTAIS; FÓRMULAS DE ADIÇÃO,
!
Substituindo C na segunda equação: SUBTRAÇÃO, DUPLICAÇÃO E BISSECÇÃO
DE ARCOS; EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES
1 1 TRIGONOMÉTRICAS; LEIS DOS SENOS E DOS
!+2 = !
3 2 COSSENOS.
1 2 1
!+ = !
3 3 2
Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo
1 1 2
!− !=− Considerando o triângulo retângulo ABC.
3 2 3
!
Mmc(2,3)=6

2! − 3! 2
=−
6 3

1 2 !": ℎ!"#$%&'() = !
− !=− !": !"#$#%!!"!#$!!!!!!!!!"#!$%&'%!!!! = !
6 3
!": !"#$#%!!"#!$%&'%!!!!!!!!"!#$!!!!! = !
!
2 Temos:
12
!=3= =4 cateto!oposto!a!! !
1 3 sen!α =
hipotenusa
=
!
6
!C=6
cateto!adjacente!a!! !
A=6⋅4=24m² cos ! = =
hipotenusa !

cateto!oposto!a!! !
tg!α = =
!"#$#%!!"#!$%&'%!!!! !
!
1 !"#$#%!!"#!$%&'%!!!! !
!"#$!! = = =
!"!! !"#$#%!!"!#$!!!!! !

1 ℎ!"#$%&'() !
sec ! = = =
cos ! !"#$#%!!"#!$%&'%!!!! !

1 ℎ!"#$%&'() !
!"#$!!! = = = !
!"#$ !"#$#%!!"!#$!!!!! !
!

30
MATEMÁTICA

Considere um arco , contido numa circunferência de Função Cosseno


raio r, tal que o comprimento do arco seja igual a r.
A função cosseno é uma função !: ! → ! ! que a todo
arco de medida x∈R associa a abscissa x do ponto M.

Dizemos que a medida do arco é 1 radiano(1rad)

Transformação de arcos e ângulos


D=R
Determinar em radianos a medida de 120° Im=[-1,1]
!"#$ = 180°! Exemplo
π----180 Determine o conjunto imagem da função f(x)=2+cos x.
x-----120
Solução
120! 2! -1≤cos x≤1
!= = !"# -1+2≤2+cos x≤1+2
180 3 1≤f(x)≤3
! Logo, Im=[1,3]

Função Tangente
Funções Trigonométricas A todo arco !" ! de medida x associa a ordenada yT do
pontoT. O ponto T é a interseção da reta !" ! com o eixo
Função seno das tangentes.

A função seno é uma função !: ! → ! ! que a todo ! ! = !"!! !


arco !" ! de medida x∈R associa a ordenada y’ do ponto
M.

! ! = !"#!! !

D=R e Im=[-1,1]

!
!= !∈!!≠ + !", ! ∈ ! !
2

Fórmulas Trigonométricas

Relação Fundamental
Exemplo Existe uma outra importante relação entre seno e cos-
Sem construir o gráfico, determine o conjunto imagem seno de um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.
da função f(x)=2sen x.
Solução
-1≤sen x≤1
-2≤2sen x≤2
-2≤f(x)≤2

Im=[-2,2]

31
MATEMÁTICA

Neste triângulo, temos que: c²=a²+b² Equações Trigonométricas

Dividindo os membros por c² Chamam-se equações trigonométricas igualdades que


!! !! !! podem ser escritas como, por exemplo, as indicadas abai-
= + xo:
!! !! !!
!! ! ! Exemplo
1= !+ !
! ! Resolva a equação cos x=1/2 para x∈R.
Como
! !
!"# Â = !!!!!"# ! = , !"#$%
! !

!"!! ! + !"! ! ! = 1
!
Considerados dois arcos quaisquer de medidas a e b,
as operações da soma e da diferença entre esses arcos será
dada pelas seguintes identidades:

𝜋
𝑥 = ± + 2𝑘𝜋
3
𝜋
𝑆 = 𝑥 ∈ 𝑅 𝑥 = ± + 2𝑘𝜋, 𝑘 ∈ 𝑍
3

Inequações Trigonométricas

Resolva a equação cos x<1/2 para 0<x<2π.

Duplicação de arcos
!"#2! = 2!"#$! ∙ !"#$
!"#2! = !"! ! ! − !"!! !

2!"#
!"2! =
1 − !!! !
!
Bissecção
! 1 − !"#$
!"# =±
2 2

Cos x< ½ em todo o resto da circunferência que não


! 1 + !"#$ está marcado de vermelho.
cos =
2 2
𝜋 5𝜋
𝑆 = {𝑥 ∈ 𝑅| <𝑥< }
3 3
! 1 − !"#$
!" =±
2 1 + !"#$
!

32
MATEMÁTICA

Lei dos Cossenos 2. (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012)


No clube, há um campo de futebol cujas traves retangula-
A lei dos cossenos é uma importante ferramenta mate- res têm 6 m de largura e 2 m de altura. Logo, a medida da
mática para o cálculo de medidas dos lados e dos ângulos diagonal da trave é
de triângulos quaisquer. A) menor que 6 metros.
B) maior que 6 metros e menor que 7 metros.
C) maior que 7 metros e menor que 8 metros.
D) maior que 8 metros e menor que 9 metros.
E) maior que 9 metros.

3. (PM/SP – OFICIAL – VUNESP/2013) Em um de-


terminando momento, duas viaturas da PM encontram-se
estacionadas nos pontos A e B separados por uma distân-
cia de 12km em linha reta. Acionadas via rádio, ambas par-
tem simultaneamente e se deslocam na direção do ponto
C, seguindo o trajeto mostrado na figura.

!"!#:! 2 = 1,41!

Lei dos Senos

Admita que, nesses trajetos, as velocidades médias de-


senvolvidas pelas viaturas que estavam nos pontos A e B
tenham sido de 60 km/h e 50km/h, respectivamente. Nesse
caso, pode-se afirmar que o intervalo de tempo, em minu-
tos, decorrido entre os momentos de chegada de ambas
no ponto C foi, aproximadamente,
A) 9,6.
B) 7,2.
C) 5,4.
D) 4,5.
E) 2,6.

4. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Assi-


nale a alternativa que apresenta a medida do lado AC da
Exercícios figura abaixo.

1. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITEN-


CIÁRIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Roberto irá cercar
uma parte de seu terreno para fazer um canil. Como ele
tem um alambrado de 10 metros, decidiu aproveitar o can-
to murado de seu terreno (em ângulo reto) e fechar essa
área triangular esticando todo o alambrado, sem sobra. Se
ele utilizou 6 metros de um muro, do outro muro ele irá
utilizar, em metros, !"#$#%!!"!#$!
A) 7. (Dados: sen 30°=0,5 e senx= ).!
B) 5. A) 5 metros.
ℎ!"#$%&'()
C) 8. B) 6 metros.
D) 6. C) 9 metros.
E) 9. D) 10 metros.

33
MATEMÁTICA

5. (IAMSPE – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU- 8. Dois lados de um triângulo medem 6m e 10m e


NESP/2012) Observe o desenho formam entre si um ângulo de 120º. Determinar a medida
do terceiro lado.
Representando geometricamente a situação, temos:

Respostas

1. RESPOSTA: “C”.

Todos os pontos do desenho representam as portarias


de vários prédios de um complexo hospitalar. Os segmen-
tos representados, cujas medidas estão em cm, são as ruas
internas desse complexo e representam as distâncias entre
uma portaria e outra, podendo-se circular entre duas por- 10! = 6! + ! !
tarias quaisquer a pé. Cada 1 cm do desenho corresponde
a uma distância real de 50 metros. Para ir de B a D, a menor ! ! = 100 − 36
distância que uma pessoa pode percorrer é ! ! = 64
A) 650 m. ! = 8!
B) 600m.
!
C) 500m.
D) 400m.
E) 350m. 2. RESPOSTA: “B”.

6. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013) Du-


rante a aula, uma professora pede que os alunos façam
recortes de papel em formatos triangulares. Os triângulos
devem ser triângulos retângulos pitangóricos, a hipotenusa
deve medir 13 cm, e um dos catetos deve medir 12 cm.
Dessa forma, qual será a área desses recortes triangulares?
A) 30 mm2
B) 30 cm2
C) 30 m2
D) 17 cm2
E) 25 cm2 x²=6²+2²
x²=36+4
7. No triângulo a seguir temos dois ângulos, um me- x²=40
dindo 45º, outro medindo 105º, e um dos lados medindo
90 metros. Com base nesses valores determine a medida
de x.

! = 2 10 ≈ 6,32
!
Portanto, é maior que 6 e menor que 7.

34
MATEMÁTICA

3. RESPOSTA: “E”. X=13


1cm---50m
!" 13 cm---y
!"45 =
12 Y=650m

!"
1= 6. RESPOSTA: “B”.
12

!" = 12!"

!! = 12 2 = 12 ∙ 1,41 = 16,92km
!
60km----60 minutos
16,92---x

X=16,92 minutos 13²=12²+x²


169=144+x²
50km---60 minutos 25=x²
12------x X=5

X=14,4 minutos 5
! = 12 ∙ = 30!!"²!
2
Diferença: 16,92-14,4=2,52≅2,6

4. RESPOSTA: “B”. 7.Para determinarmos a medida de x no triângulo de-


vemos utilizar a lei dos senos, mas para isso precisamos
3 descobrir o valor do terceiro ângulo do triângulo. Para tal
!"#30° = cálculo utilizamos a seguinte definição: a soma dos ângulos
!"
internos de um triângulo é igual a 180º. Portanto:
3 α + 105º + 45º = 180º
0,5 = α + 150º = 180º
‘ !" α = 180º – 150º
α = 30º
!" = 6!
! Aplicando a lei dos senos

5. RESPOSTA: “A”. ! 90
=
!"#45 !"#30
! 90
2= 1
2 2

2!
= 180
2!

180 2
!= = 90 2
2
!
A menor distância de B a D é:
X²=12²+5²
X²=144+25
X²=169

35
MATEMÁTICA

8. Pela lei dos cossenos: Tipos de Matriz

! ! = 10² + 6! − 2 ∙ 10 ∙ 6 ∙ !"#120 Matriz linha


1 Chama-se matriz linha a toda matriz que possui uma
! ! = 100 + 36 − 2 ∙ 10 ∙ 6 ∙ − única linha.
2 Assim, [2 3 7] é uma matriz do tipo 1 x 3.
! ! = 136 + 60 = 196
! = 13 Matriz coluna
! Chama-se matriz coluna a toda matriz que possui uma
única coluna.
Assim, é uma matriz coluna do tipo 2 x 1.
4.4 ÁLGEBRA II: MATRIZES: CONCEITOS
E OPERAÇÕES; DETERMINANTES; Matriz quadrada
SISTEMAS LINEARES; Chama-se matriz quadrada a toda matriz que possui
número de linhas igual ao número de colunas. Uma matriz
quadrada A do tipo n x n é dita matriz quadrada de ordem
n e indica-se por An. Exemplo:
Matriz
5 7 8
Chama-se matriz do tipo m x n, m ∈ N* e n ∈ N*, != 7 4 6
a toda tabela de m.n elementos dispostos em m linhas e n
colunas. 9 1 2
!
Indica-se a matriz por uma letra maiúscula e colocar
seus elementos entre parênteses ou entre colchetes como, Diagonais
por exemplo, a matriz A de ordem 2x3. a) Diagonal principal é a sequência tais que i=j, ou seja,
(a11, a22, a33,..)
!= 1 2!!!!5
7 5!!!!8 b) Diagonal secundária é a sequência dos elementos
tais que i+j=n+1, ou seja, (a1n, a2 n-1,...)

Representação da matriz

Forma explicita (ou forma de tabela)


A matriz A é representada indicando-se cada um de
seus elementos por uma letra minúscula acompanhada
de dois índices: o primeiro indica a linha a que pertence
o elemento: o segundo indica a coluna a que pertence o
elemento, isto é, o elemento da linha i e da coluna j é in-
dicado por ij.

Assim, a matriz A2 x 3 é representada por: Matriz diagonal


! !!"!! !!!!!!" Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de
! = !!! !!! !!!!!!!" matriz diagonal se, e somente se, todos os elementos que
!"
não pertencem à diagonal principal são iguais a zero.
Forma abreviada
A matriz A é dada por (aij)m x n e por uma lei que fornece
aij em função de i e j. 1 0 0
A=(aij)2 x 2, onde aij=2i+j != 0 3 0 !
!!! !!" 0 0 5
!!" !!! Matriz identidade
!!! = 2.1 + 1 = 3 Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de
matriz identidade se, e somente se, os elementos da diago-
!!" = 2.2 + 1 = 5
nal principal são iguais a um e os demais são iguais a zero.
!!" = 2.1 + 2 = 4
!!! = 2.2 + 2 = 6
1 0 0
!! = 1 0
3 4 !! = 0 1 0
Portanto, ! = 0 1
5 6 0 0 1
! !

36
MATEMÁTICA

Matriz nula Multiplicação de um número por uma matriz


É chamada matriz nula se, e somente se, todos os ele-
mentos são iguais a zero. Considere:

!= 0 0 ! !
!=
0 0 ! !
! 2! =
2! 2!
Matriz Transposta 2! 2!
Dada a matriz A=(aij) do tipo m x n, chama-se matriz !
transposta de A a matriz do tipo n x m. Multiplicação de matrizes

!= 2 1!!!!!3! O produto (linha por coluna) de uma matriz A = (aij)


0 4!!!!!5 mxp
por uma matriz B = (bij)p x n é uma matriz C = (cij)m x n,
2!!!0 de modo que cada elemento cij é obtido multiplicando-se
!! = 1!!!!4 ordenadamente os elementos da linha i de A pelos ele-
3!!!!!5 mentos da coluna j de B, e somando-se os produtos assim
! obtidos.
Adição de Matrizes Dada as matrizes:

Sejam A= (aij), B=(bij) e C=(cij) matrizes do mesmo tipo


m x n. Diz-se que C é a soma de A com B, e indica-se por A = ! 1 !!B = 4
A+B. 3!!! 0 2
!= !
Dada as matrizes: !"
!!! = 0.4 + 1.2 = 2!
3!! − 1 2!!!!!!3 !!" = 3.4 + 0.2 = 12
!= 1!!!!!!!!2 ! = 0!!!!!!!1
C= 2
4!!!!!!!!!0! 1!!!!!!!!2 12
!
3 + 2!!!! − 1 + 3 5!!!!!2
! + ! = ! = 1 + 0!!!!!!!!!!!2 + 1 , portanto ! = 1!!!!!!3
4 + 1!!!!!!!!!0 + 2 5!!!!!!!2 Matriz Inversa
!
Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Uma matriz B
Propriedades da adição é chamada inversa de A se, e somente se,
Comutativa: A + B = B + A
Associativa: (A + B) + C = A + (B + C) ! ∙ ! = ! ∙ ! = !!
Elemento neutro: A + O = O + A = A !"#$%!! = !!!
Elemento Oposto: A + (-A) = (-A) + A = O !
Transposta da soma: (A + B)t = At + Bt Exemplo:

Subtração de matrizes Determine a matriz inversa de A.


1 −2
Sejam A=(aij), B=(bij) e C=(cij), matrizes do mesmo tipo !=
m x n. Diz-se que C é a diferença A-B, se, e somente se, −1 3
!
C=A+(-B).
Solução
!= 2 0 != 4 −1
! !
3 −1 2 0 Seja ! =
! − ! = ! + −! =
2 0 + −4 1 ! !
! !
! ∙ ! = !! ∴ ! 1 −2 ∙
3 −1 −2 0 1 0
!−! =
−2 1
−1 3 ! ! = 0 1
1 −1 ! − 2! ! − 2! 1 0
! =
−! + 3! −! + 3! 0 1
!
Temos que x=3; y=2; z=1; t=1

!!! = ! = 3 2 !
Logo,
1 1
37
MATEMÁTICA

Determinante Em que:
Dada uma matriz quadrada, chama-se determinante o
número real a ela associado. !! , !! , … !! !!ã!!!"#ó!"#$%&
!!! , !!" , !!" , … , !!" !!ã!!!"#$%!%#&'#(!!"#é!"#$%
Cálculo do determinante !! , !! , … , !! !ã!!!"#$%&!!"#$%$"#$"&$'
!
Determinante de ordem 1 Sistema Linear 2 x 2

Chamamos de sistema linear 2 x 2 o conjunto de equa-


ções lineares a duas incógnitas, consideradas simultanea-
mente.
Determinante de ordem 2 Todo sistema linear 2 x 2 admite a forma geral abaixo:

Dada a matriz #a1 x + b1 y = c1


"
O determinante é dado por: !a2 + b2 y = c2
!
Sistema Linear 3x3

Determinante de ordem 3

Regra 1:

Repete a primeira e a segunda coluna Sistemas Lineares equivalentes

Dois sistemas lineares que admitem o mesmo conjunto


solução são ditos equivalentes. Por exemplo:

! − 2! = −3! 3! − 4! = −5
!!!!!!!!!!!
Regra 2 2! + ! = 4 ! + 2! = 5
!
São equivalentes, pois ambos têm o mesmo conjunto
solução S={(1,2)}
Denominamos solução do sistema linear toda sequ-
ência ordenada de números reais que verifica, simultane-
amente, todas as equações do sistema.
Dessa forma, resolver um sistema significa encontrar
todas as sequências ordenadas de números reais que satis-
façam as equações do sistema.
detA= a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a32 a21 a13 - a31 a22 a13 -a12
a21 a33 - a32 a23 a11 Matriz Associada a um Sistema Linear

Sistema de equações lineares Dado o seguinte sistema:


Um sistema de equações lineares mxn é um conjunto
de m equações lineares, cada uma delas com n incógnitas. 2! + 9! = −20
7! − 5! = 6
!
Matriz incompleta

!= 2 9
7 −5
2 9 ! ∙ ! ! = −20
7 −5 ! 6
!

38
MATEMÁTICA

Classificação ! + 2! − ! = 2
1. Sistema Possível e Determinado 5! + ! = 1
!=7
x+y=3 !
x−y=1 Sistema 2x3
!
!+!+! =4
O par ordenado (2, 1) é solução da equação, pois
!−! =3
2+1=3 !
2−1=1 Resolução de um Sistema Linear por Escalonamento
!
Como não existe outro par que satisfaça simultane- Podemos transformar qualquer sistema linear em um
amente as duas equações, dizemos que esse sistema é outro equivalente pelas seguintes transformações elemen-
SPD(Sistema Possível e Determinado), pois possui uma úni- tares, realizadas com suas equações:
ca solução. -trocas as posições de duas equações
-Multiplicar uma das equações por um número real di-
2. Sistema Possível e Indeterminado ferente de 0.
-Multiplicar uma equação por um número real e adi-
!+! =4 cionar o resultado a outra equação.
0! − 0! = 0
! Exemplo
Esse tipo de sistema possui infinitas soluções, os valo-
res de x e y assumem inúmeros valores. Observe o sistema
a seguir, x e y podem assumir mais de um valor, (0,4), (1,3),
(2,2), (3,1) e etc.

3. Sistema Impossível Inicialmente, trocamos a posição das equações, pois é


!+! =7 conveniente ter o coeficiente igual a 1 na primeira equação.

!+! =1
!
Não existe um par real que satisfaça simultaneamente
as duas equações. Logo o sistema não tem solução, por-
tanto é impossível. Depois eliminamos a incógnita x da segunda equação
Multiplicando a equação por -2:
Sistema Escalonado Somando as duas equações:

Sistema Linear Escalonado é todo sistema no qual as


incógnitas das equações lineares estão escritas em uma
mesma ordem e o 1º coeficiente não-nulo de cada equa-
ção está à direita do 1º coeficiente não-nulo da equação
anterior. Sistemas com Número de Equações Igual ao Núme-
ro de Incógnitas
Exemplo
Quando o sistema linear apresenta nº de equações
Sistema 2x2 escalonado. igual ao nº de incógnitas, para discutirmos o sistema, ini-
cialmente calculamos o determinante D da matriz dos coe-
! + 3! = 4 ficientes (incompleta), e:
!=1 - Se D ≠ 0, o sistema é possível e determinado.
! - Se D = 0, o sistema é possível e indeterminado ou
Sistema 3x3 impossível.

A primeira equação tem três coeficientes não-nulos, a Para identificarmos se o sistema é possível, indetermi-
segunda tem dois e a terceira, apenas um. nado ou impossível, devemos conseguir um sistema esca-
lonado equivalente pelo método de eliminação de Gauss.

39
MATEMÁTICA

Exemplos
!= 2 1 !∙ ! = 0 4!!!! − 2
- Discutir, em função de a, o sistema: 3 −1 1 −3!!!!!!!!5
!
−1 −5!!!!!!!!1
A)
1 15!!!!!!!!!11
1 5!!!!!!!!!!!!1
Resolução B)
−1 15!!!! − 11
1 3
D= = a−6 1 !!!5!!!!!!!! − 1
2 a C)
1 −15!!!!!!!!11
D = 0⇒ a−6 = 0⇒ a = 6 1 5!!!!!!!!!!!!1
D)
1 15!!!!11
Assim, para a ≠ 6, o sistema é possível e determinado.
−1 5!!!!!!!!! − !!1
Para a ≠ 6, temos: E)
1 15!!!! − 11
!
 x + 3 y = 5 x + 3 y = 5
2 x + 6 y = 1 ~ 4. (ESPCEX – CADETES DO EXÉRCITO – EXÉRCITO
 ← −2 0 x + 0 y = −9 BRASILEIRO/2013) O elemento da segunda linha e tercei-
ra coluna da matriz inversa da matriz é:
Que é um sistema impossível.
Assim, temos: 1 0 1
a ≠ 6 → SPD (Sistema possível e determinado) 2 1 0 !
a = 6 → SI (Sistema impossível)
0 1 1
2
Exercícios A) !
3
1. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Consi- 3
dere a seguinte sentença envolvendo matrizes: B) !
2
6 𝑦 1 −3 7 7
+ = C) 0
7 2 8 5 15 7

Diante do exposto, assinale a alternativa que apresenta D) -2


o valor de y que torna a sentença verdadeira.
A) 4.
B) 6. E)
1
C) 8.
− !
3
D) 10.
5. (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014)
2. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) É cor- Os cidadãos que aderem voluntariamente à Campanha Na-
reto afirmar que o determinante 1 𝑥 é igual a zero cional de Desarmamento recebem valores de indenização
para x igual a −2 4 entre R$150,00 e R$450,00 de acordo com o tipo e calibre
A) 1. do armamento. Em uma determinada semana, a campa-
B) 2. nha arrecadou 30 armas e pagou indenizações somente de
C) -2. R$150,00 e R$450,00, num total de R$7.500,00.
D) -1. Determine o total de indenizações pagas no valor de
R$150,00.
A) 20
3. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013) Assi- B) 25
nale a alternativa que apresente o resultado da multiplica- C) 22
ção das matrizes A e B abaixo: D) 24
E) 18

40
MATEMÁTICA

6. (PETROBRAS - TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E ra, consumindo, nesse percurso, 248 litros de combustível.
CONTROLE JÚNIOR – CESGRANRIO/2013) Maria vende Sabese que nesse teste ele percorreu, em média, 11,5 qui-
salgados e doces. Cada salgado custa R$2,00, e cada doce, lômetros com um litro de gasolina e 8,5 quilômetros com
R$1,50. Ontem ela faturou R$95,00 vendendo doces e sal- um litro de álcool. Desse modo, é correto afirmar que a
gados, em um total de 55 unidades. diferença entre a quantidade utilizada de cada combustível
Quantos doces Maria vendeu? nesse teste foi, em litros, igual a
A) 20 A) 84.
B) 25 B) 60.
C) 30 C) 90.
D) 35 D) 80.
E) 40 E) 68.

7. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – FCC/2013) Respostas


Dos 56 funcionários de uma agência bancária, alguns deci-
diram contribuir com uma lista beneficente. Contribuíram 1. RESPOSTA: “D”.
2 a cada 3 mulheres, e 1 a cada 4 homens, totalizando 24
pessoas. 6+1=7 !−3=7
!
A razão do número de funcionárias mulheres para o 7 + 8 = 15 2 + 5 = 7
número de funcionários homens dessa agência é de
A) 3 para 4. y=10
B) 2 para 3.
C) 1 para 2. 2. RESPOSTA: “C”.
D) 3 para 2. D=4-(-2x)
E) 4 para 5. 0=4+2x
8. (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – X=-2
VUNESP/2013) Uma empresa comprou um determinado
número de folhas de papel sulfite, embaladas em pacotes
de mesma quantidade para facilitar a sua distribuição en- 3.RESPOSTA: “B”.
tre os diversos setores.
Todo o material deverá ser entregue pelo fornecedor !∙! =
2∙0+1∙1 2 ∙ 4 + 1 ∙ (−3!)!!!!!2 ∙ (−2) + 1 ∙ 5
acondicionado em caixas, sem que haja sobras. Se o forne- 3 ∙ 0 + (−1) ∙ 1 3 ∙ 4 + −1 ∙ −3 !!!!!3 ∙ −2 + (−1) ∙ 5
cedor colocar 25 pacotes por caixa, usará 16 caixas a mais
1 5!!!!!1 !
do que se colocar 30 pacotes por caixa. O número total de !∙! =
−1 15!!! − 11
pacotes comprados, nessa encomenda, foi !
A) 2200.
B) 2000. 4. RESPOSTA: “A”.
C) 1800.
D) 2400. A.B=I
E) 2500.
1 0!!!1 ! !!!!!! 1 0!!!0
9. (TJ/PE – OFICIAL DE JUSTIÇA – JUDICIÁRIO E
2 1!!!!0 ∙ ! !!!!!!!! = 0 1!!!!0
ADMINISTRATIVO – FCC/2012) Uma pessoa vai à feira e 0!!!!!1!!!!!1!!!! !!!!!!ℎ!!!!!!!!!!! !!!!0!!!!!0!!!!!1!!!!
verifica que com a mesma quantia de dinheiro que com-
praria 50 laranjas, ela poderia comprar 3 melões mais 5 !+! ! + ℎ!!!!! + ! 1 0!!!0
abacaxis. Também verifica que com a mesma quantia de 2! + 2! 2! + !!!!!!!2! + ! = 0 1!!!!0
dinheiro que compraria 6 melões, ela poderia comprar 15 ! + !!!!!!!!!!!!!!! + ℎ!!!!!!!!!!!!! + !!!!!! !!!!0!!!!!0!!!!!1!!!!
abacaxis. Então, com a mesma quantia de dinheiro que !
compraria 1 melão mais 1 abacaxi, o número de laranjas
que ela poderia comprar é Como queremos saber o elemento da segunda linha e
A) 14. terceira coluna(f):
B) 15. !+! =0
C) 16.
D) 18. 2! + ! = 0!
E) 20. !+! =1
10. (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – Da primeira equação temos:
VUNESP/2012) Usando, inicialmente, somente gasolina e, c=-i
depois, somente álcool, um carro com motor flex rodou substituindo na terceira:
um total de 2 600 km na pista de testes de uma montado- f-c=1

41
MATEMÁTICA

2! + ! = 0 ! − 1 7. RESPOSTA: “A”.
!−! =1 Mulheres: x
−2! − ! = 0 Homens: y
!−! =1
!
2
Somando as equações: ! + ! = 56!!! ! −
3
-3c=1
C=-1/3
2 1
! + ! = 24
f=2/3 3 4
5. RESPOSTA: “A”. 2 2 112
− !− !=−
Armas de R$150,00: x 3 3 3
2 1
Armas de R$450,00: y ! + ! = 24
3 4
!
150! + 450! = 7500
! Somando as duas equações:
! + ! = 30
2 1 112
x=30-y − !+ !=− + 24
3 4 3
!
Substituindo na 1ªequação:
Mmc(3,4)=12
150 30 − ! + 450! = 7500 −8! + 3! = −448 + 288!
4500 − 150! + 450! = 7500 -5y=-160
300! = 3000 y=32
! = 10 x=24
! = 30 − 10 = 20
razão de mulheres pra homens:
!
24 3
O total de indenizações foi de 20. = !
32 4
6. RESPOSTA: “C”.
8.RESPOSTA: “D”.
Doces: x
Salgados:y Total de pacotes: x

! + ! = 55!!!!!!!(! − 1,5) Caixas y


1,5! + 2! = 95 !
= ! + 16
25
−1,5! − 1,5! = −82,5
1,5! + 2! = 95 25! + 400 = !
!
!
Somando as duas equações: =!
30
0,5! = 12,5
! = 30!
! = 25!! ∴ ! = 30
!Ela vendeu 30 doces 25! − ! = −400
! = 30!

Substituindo:
!

42
MATEMÁTICA

25! − 30! = −400


−5! = −400 ANÁLISE COMBINATÓRIA: PRINCÍPIO
FUNDAMENTAL DA CONTAGEM; ARRANJOS,
! = 80 COMBINAÇÕES E PERMUTAÇÕES SIMPLES;
! = 30 ∙ 80 = 2400 PROBABILIDADES
!
9. RESPOSTA: “A”.
Análise Combinatória
Melão: x A Análise Combinatória é a área da Matemática que
Abacaxi: y trata dos problemas de contagem.
Laranja: z
Princípio Fundamental da Contagem
3x+5y=50z Estabelece o número de maneiras distintas de ocorrên-
6x=15y cia de um evento composto de duas ou mais etapas.
Se uma decisão E1 pode ser tomada de n1 modos e, a
3! + 5! = 50!!! ! − 2 decisão E2 pode ser tomada de n2 modos, então o número
6! − 15! = 0 de maneiras de se tomarem as decisões E1 e E2 é n1.n2.

Exemplo
−6! − 10! = −100!
6! − 15! = 0
!
Somando as duas equações
-25y=-100z
Y=4z
X=15y/6
X=10z
X+y=10z+4z=14z

10. RESPOSTA: “D”. O número de maneiras diferentes de se vestir


é:2(calças). 3(blusas)=6 maneiras.
Litro de gasolina: x
Litro de álcool: y Arranjo Simples
Denomina-se arranjo simples dos n elementos de E, p a
! + ! = 248 ! − 8,5 p, toda sequência de p elementos distintos de E.
11,5! + 8,5! = 2600 Exemplo
Usando somente algarismos 5, 6 e 7. Quantos números
−8,5! − 8,5! = −2108 de 2 algarismos distintos podemos formar?
11,5! + 8,5! = 2600
!
Somando as equações:
3x=492
X=164
Y=248-164=84

Diferença: 164-84=80

43
MATEMÁTICA

Observe que os números obtidos diferem entre si: Exemplo


Pela ordem dos elementos: 56 e 65 Considere o seguinte experimento: registrar as faces
Pelos elementos componentes:56 e 67 voltadas para cima em três lançamentos de uma moeda.
Cada número assim obtido é denominado arranjo sim- a) Quantos elementos tem o espaço amostral?
ples dos 3 elementos tomados 2 a 2. b) Descreva o espaço amostral.
Indica-se A3,2 Solução

a)O espaço amostral tem 8 elementos, pois cada lança-


mento, há duas possibilidades.
2x2x2=8
Combinação Simples
b) E={(C,C,C), (C,C,R),(C,R,C),(R,C,C),(R,R,C),(R,C,R),(C,R,R
Dado o conjunto {a1, a2, ..., an} com n objetos distin- ),(R,R,R)}
tos, podemos formar subconjuntos com p elementos. Cada
subconjunto com i elementos é chamado combinação sim- Probabilidade
ples.
Considere um experimento aleatório de espaço amos-
tral E com n(E) amostras equiprováveis. Seja A um evento
com n(A) amostras.

𝑛 𝐴
Exemplo 𝑃 𝐴 =
Calcule o número de comissões compostas de 3 alunos 𝑛 𝐸
que podemos formar a partir de um grupo de 5 alunos.
Eventos complementares
Solução
Seja E um espaço amostral finito e não vazio, e seja A
um evento de E. Chama-se complementar de A, e indica-se
� , o evento formado por todos os elementos de E
por 𝐴
que não pertencem a A.

Probabilidade

Experimento Aleatório

Qualquer experiência ou ensaio cujo resultado é im- Note que


previsível, por depender exclusivamente do acaso, por
exemplo, o lançamento de um dado. 𝐴∩�𝐴 = ∅𝑒𝐴∪𝐴 � = 𝐸.
Espaço Amostral
𝑛 𝐴 +𝑛 �
𝐴 = 𝑛 𝐸 ∴ 𝑃 𝐴 +𝑃 � 𝐴 =1
Num experimento aleatório, o conjunto de todos os
resultados possíveis é chamado espaço amostral, que se Exemplo
indica por E. Uma bola é retirada de uma urna que contém bolas
No lançamento de um dado, observando a face volta- coloridas. Sabe-se que a probabilidade de ter sido retirada
da para cima, tem-se: uma bola vermelha é 5 Calcular a probabilidade de ter
E={1,2,3,4,5,6} sido retirada uma bola que não seja vermelha.
17

No lançamento de uma moeda, observando a face vol-


tada para cima: Solução
E={Ca,Co}
� = 𝑏𝑜𝑙𝑎 𝑛ã𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎
𝑂𝑠 𝑒𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝐴 = 𝑏𝑜𝑙𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎 𝑒 𝐴
Evento são complementares.
É qualquer subconjunto de um espaço amostral.
No lançamento de um dado, vimos que
E={1,2,3,4,5,6} 𝑃 𝐴 +𝑃 �
𝐴 =1 →𝑃 �
𝐴 = 1−𝑃 𝐴
Esperando ocorrer o número 5, tem-se o evento 5 12
{5}:Ocorrer um número par, tem-se {2,4,6}. ∴𝑃 �
𝐴 =1− =
17 17

44
MATEMÁTICA

Adição de probabilidades 2. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Leia


Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral E, o trecho abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que
finito e não vazio. Tem-se: preenche corretamente a lacuna.
Com a palavra PERMUTA é possível formar ____ ana-
𝑃 𝐴∪𝐵 = 𝑃 𝐴 +𝑃 𝐵 −𝑃 𝐴∩𝐵 gramas começados por consoante e terminados por vogal.
A) 120
Exemplo B) 480
No lançamento de um dado, qual é a probabilidade de C) 1.440
se obter um número par ou menor que 5, na face superior? D) 5.040
Solução
E={1,2,3,4,5,6} n(E)=6 3. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Assinale a alter-
Sejam os eventos nativa que apresenta o número de anagramas da palavra
A={2,4,6} n(A)=3 QUARTEL que começam com AR.
B={1,2,3,4} n(B)=4 A) 80.
B) 120.
𝐴 ∩ 𝐵 = 2,4 , 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 , 𝑛 𝐴 ∩ 𝐵 = 2 C) 240.
𝑃 𝐴∪𝐵 = 𝑃 𝐴 +𝑃 𝐵 −𝑃 𝐴∩𝐵 D) 720.
3 4 2 5
𝑃 𝐴∪𝐵 = + − = 4. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Uma lei de certo
6 6 6 6
país determinou que as placas das viaturas de polícia de-
veriam ter 3 algarismos seguidos de 4 letras do alfabeto
Probabilidade Condicional grego (24 letras).
Sendo assim, o número de placas diferentes será igual
É a probabilidade de ocorrer o evento A dado que a
ocorreu o evento B, definido por:
A) 175.760.000.
B) 183.617.280.
𝑃 𝐴∩𝐵 C) 331.776.000.
𝑃(𝐴/𝐵) =
𝑃 𝐵 D) 358.800.000.
E={1,2,3,4,5,6}, n(E)=6
5. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO AD-
B={2,4,6} n(B)=3
MINISTRATIVO – FCC/2014) São lançados dois dados e
A={2}
multiplicados os números de pontos obtidos em cada um
𝐴 ∩ 𝐵 = 2 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑛 𝐴 ∩ 𝐵 = 1 deles. A quantidade de produtos distintos que se pode ob-
ter nesse processo é
A) 36.
B) 27.
C) 30.
D) 21.
Eventos Simultâneos E) 18.

Considerando dois eventos, A e B, de um mesmo espa- 6. (PREF. NEPOMUCENO/MG – TÉCNICO EM SE-


ço amostral, a probabilidade de ocorrer A e B é dada por: GURANÇA DO TRABALHO – CONSULPLAN/2013) Numa
sala há 3 ventiladores de teto e 4 lâmpadas, todos com
𝑃 𝐴 ∩ 𝐵 = 𝑝 𝐴 . 𝑝(𝐵/𝐴) interruptores independentes. De quantas maneiras é pos-
sível ventilar e iluminar essa sala mantendo, pelo menos, 2
Exercícios ventiladores ligados e 3 lâmpadas acesas?
A) 12.
1. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA- B) 18.
MA/2013) Dentre os nove competidores de um campeo- C) 20.
nato municipal de esportes radicais, somente os quatro pri- D) 24.
meiros colocados participaram do campeonato estadual. E) 36.
Sendo assim, quantas combinações são possíveis de serem
formadas com quatro desses nove competidores? 7. (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014)
A) 126 Polícia autua 16 condutores durante blitz da Lei Seca
B) 120 No dia 27 de novembro, uma equipe da Companhia
C) 224 de Polícia de Trânsito(CPTran) da Polícia Militar do Estado
D) 212 de Sergipe realizou blitz da Lei Seca na Avenida Beira Mar.
E) 156 Durante a ação, a polícia autuou 16 condutores.

45
MATEMÁTICA

Segundo o capitão Fábio <achado, comandante da CP- Respostas


Tran, 12 pessoas foram notificadas por infrações diversas e
quatro por desobediência à Lei Seca[...]. 1. RESPOSTA: “A”.
O quarteto detido foi multado em R$1.910,54 cada e
teve a Carteira Nacional de Trânsito (CNH) suspensa por 9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5!
um ano. !!,! = = = 126
(Fonte: PM/SE 28/11/13, modificada) 5! 4! 5! ∙ 24
Escolhendo aleatoriamente, de uma única vez, dois
!
condutores autuados durante a blitz da Lei Seca, a proba- 2. RESPOSTA: “C”.
bilidade de que eles sejam do grupo que desobedeceu à
Lei Seca, de acordo com o texto, é: _______
1 P5.4.3.2.1 A=120
A) 𝑃 𝐸 = 120.2(letras E e U)=240
10
120+240=360 anagramas com a letra P
B) 1
𝑃 𝐸 =
32 360.4=1440 (serão 4 tipos por ter 4 consoantes)

C) 1 3. RESPOSTA: “B”.
𝑃 𝐸 =
8
AR_ _ _ _ _
1
D) 𝑃 𝐸 = 5⋅4⋅3⋅2⋅1=120
20
4.RESPOSTA: “C”.
1
E) 𝑃 𝐸 = Algarismos possíveis: 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9=10 algarismos
4 _ _ _ _ _ _ _
8. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Em 10⋅10⋅10 ⋅ 24⋅24⋅24 ⋅24=331.776.000
um batalhão, há 8 policiais do sexo masculino a mais do
que do sexo feminino. Sabendo que são 24 policiais do 5. RESPOSTA: “E”.
sexo feminino, então, é correto afirmar que a probabilida-
de de um policial do sexo masculino ser selecionado é de __
A) 1/32. 6.6=36
B) 3/4. Mas, como pode haver o mesmo produto por ser dois
C) 3/7. dados, 36/2=18
D) 4/7.
6. RESPOSTA: “C”.
9. (CRMV/RJ – AUXILIAR ADMINISTRATIVO –
FUNDAÇÃO BIO-RIO/2014) Mariana tem de sortear um 1ª possibilidade:2 ventiladores e 3 lâmpadas
número inteiro x, 20 ≤ x ≤ 24. A chance de que ela sorteie
um número par é de: !!
A) 30%
!!,! = !!!! = 3
B) 40%
C) 45% !!
D) 50% !!!,! = =4
!!!!
E) 60%

10. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-


!!,! ∙ !!,! = 3 ∙ 4 = 12
GRANRIO/2013) João e Maria estão enfrentando dificul- !
dades em algumas disciplinas do 1º ano do Ensino Médio. 2ª possibilidade:2 ventiladores e 4 lâmpadas
A probabilidade de João ser reprovado é de 20%, e a de
!!
Maria é de 40%. !!,! = !!!! = 3
Considerando-se que João e Maria são independentes,
qual é a probabilidade de que um ou outro seja reprovado?
A) 0 !!,! =
!!
=1
B) 0,2 !!!!
C) 0,4
D) 0,52 !!,! ∙ !!,! = 3 ∙ 1 = 3
E) 0,6
!

46
MATEMÁTICA

3ª possibilidade:3 ventiladores e 3 lâmpadas


!!
4.5 ESTATÍSTICA: CONCEITO; POPULAÇÃO;
!!,! = !!!! = 1 AMOSTRA; VARIÁVEL; TABELAS; GRÁFICOS;
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA SEM
!! CLASSES; DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA
!!,! = !!!! = 4 COM CLASSES; TIPOS DE FREQUÊNCIA;
HISTOGRAMA; POLÍGONO DE FREQUÊNCIA;
!!,! ∙ !!,! = 1 ∙ 4 = 4 MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL: MODA,
MÉDIA E MEDIANA.
!
4ª possibilidade:3 ventiladores e 4 lâmpadas
!!
Estatísticas
!!,! = !!!! = 1
A Estatística Descritiva lida com as formas de obter in-
formações úteis a partir de um conjunto de dados, de for-
!!
!!,! = !!!! = 1 ma a facilitar a resolução de problemas.
Ela o faz a partir de medidas resumo, gráficos e tabelas.
Possui uma grande quantidade de instrumentos de re-
!!,! ∙ !!,! = 1 ∙ 1 = 1 sumo que podem ser aplicados às diversas situações.
!
População
Somando as possibilidades:12+3+4+1=20
É a totalidade de observações individuais dentro de
7. RESPOSTA: “D”. uma área de amostragem delimitada no espaço e no tem-
Os que desobedeceram a Lei Seca foram 4 de 16 pes- po, sobre as quais serão feitas inferências.
soas autuadas. Como devem ser duas pessoas de uma úni- Podemos, então, pensar que uma população consiste
ca vez, para a segunda pessoa devemos diminuir para 3 do em um conjunto de indivíduos que compartilham de, pelo
grupo que desobedeceu à Lei e para 15 o total. menos, uma característica comum, seja ela a espécie, et-
4 3 1 1 1 nia, cidadania, filiação a uma associação, matrícula em uma
∙ = ∙ = ! universidade ...
16 15 4 5 20 A população pode ser:

-Infinita: quando o número de observações for infinito.


8. RESPOSTA: “D”. Exemplo: a população constituída de todos os resul-
Policiais sexo feminino: 24 tados (cara e coroa) em sucessivos lances de uma moeda.
Policiais sexo masculino: 24+8=32
Total de policiais 24+32=56 - Finita: quando apresenta um número limitado de in-
divíduos.
32 4 Exemplo: a população constituída por todos os copos
!= = ! de papel produzidos em uma indústria em um dia.
56 7
Amostra
9. RESPOSTA: “E”.
Os números são: 20, 21, 22, 23, 24 É muito difícil poder trabalhar com todos os elemen-
Os pares são: 20, 22, 24 tos da população, pois é comum termos pouco tempo e
! recursos.
! = ! = 0,6 = 60% Assim, geralmente, o pesquisador só estuda um pe-
queno grupo de indivíduos retirados da população, grupo
!
esse que é chamado de amostra.
10. RESPOSTA: “D”. Uma amostra estatística consiste em um subconjunto
representativo, ou seja, em um conjunto de indivíduos reti-
! ! ∪ ! = ! ! + ! ! − !(! ∩ !) rados de uma população, a fim de que seu estudo estatís-
! ! ∪ ! = 0,2 + 0,4 − 0,2 ∙ 0,4 tico possa fornecer informações importantes sobre aquela
! ! ∪ ! = 0,6 − 0,08 = 0,52 população.
Assim, analisando-se uma boa amostra chega-se a re-
! sultados que podem ser imputados a população inteira.
É importante lembrar que:
A amostra é sempre finita.

47
MATEMÁTICA

Quanto maior for a amostra mais significativo é o estudo.

Deve-se notar que os elementos amostrais podem ser:


Simples (indivíduos) ou
Coletivos (famílias, irmandades, colônias).

Tipos de Variáveis

Qualitativas
Medem uma qualidade, podendo ser:
• ordinais (possuem uma ordem natural),como, por exemplo, o índice de aprovação de um político: péssimo, ruim,
regular, bom ou ótimo)
• nominais (não há uma ordem natural),como, por exemplo, o sexo de uma pessoa.

Quantitativas
Medem uma quantidade, podendo ser:
• discretas (os possíveis valores são contáveis), como o número de alunos em uma sala ou o número de partículas
no universo.
• contínuas (podem ser observados quaisquer valores dentro de um intervalo),como a altura de uma pessoa.

Existem dois tipos de métodos que podem ser utilizados, frequentemente de forma complementar:
• Métodos Gráficos ou Tabulares: Tabelas de Frequências, Gráficos de Setores, Gráficos de barras, etc.
• Métodos Numéricos: médias, variâncias, desvio-padrão, etc.

Os gráficos e tabelas apresentam o cruzamento entre dois dados relacionados entre si. Podemos dar, como exemplos, o
peso de uma criança que depende da idade, o faturamento de uma firma que depende do mês, o índice de analfabetismo
que depende da região, o índice de chuva que depende da época do ano etc.
Podemos utilizar as tabelas para os mais diversos fins. Empresas de grande porte utilizam-nas para apresentar seus
balanços mensais; já um balconista pode usar uma tabela para agilizar seu dia-a-dia, para uso na estatística.

Para cada informação que se quer comunicar há uma linguagem mais adequada. Os textos, gráficos e tabelas, por
exemplo, são usados para facilitar a leitura do conteúdo, já que apresentam as informações de maneira visual.
Existem vários tipos de gráficos, como os de barras, de setor e de linhas, por exemplo.

Barras- Usado para comparar quantitativos e formado por barras de mesma largura e comprimento variável, pois de-
pendem do montante que representam. A barra mais longa indica a maior quantidade e, com base nela, é possível analisar
como certo dado está em relação aos demais.

48
MATEMÁTICA

Distribuição de frequência sem intervalos de classe:


É a simples condensação dos dados conforme as repeti-
ções de seu valores. Para um ROL de tamanho razoável
esta distribuição de frequência é inconveniente, já que exi-
ge muito espaço. Veja exemplo abaixo:
Setor- Útil para agrupar ou organizar quantitativa-
mente dados considerados de um total. A circunferência Dados Frequência
representa o todo e é dividida de acordo com os números
relacionados ao tema abordado. Também conhecido como 41 3
gráfico pizza. 42 2
43 1
44 1
45 1
46 2
50 2
51 1
52 1
54 1
57 1
58 2
60 2
Total 20
Linhas- Apresenta a evolução de um dado. Eixos na
vertical e na horizontal indicam as informações a que se re- Distribuição de frequência com intervalos de classe:
fere e a linha traçada entre eles, ascendente, descendente, Quando o tamanho da amostra é elevado é mais racional
constante ou com vários altos e baixos mostra o percurso efetuar o agrupamento dos valores em vários intervalos de
de um fenômeno específico. classe.
Classes Frequências
41 |------- 45 7
45 |------- 49 3
49 |------- 53 4
53 |------- 57 1
57 |------- 61 5
Total 20

Segmento - O gráfico de segmento é utilizado prin-


cipalmente para mostrar crescimento, decréscimo ou es-
tabilidade.

49
MATEMÁTICA

Tipos de Frequência 2. Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela


média aritmética entre os termos !! ! e , !!!! ! tais que o
Frequência Absoluta número de termos que precedem !! ! é igual ao número
É o número de vezes que a variável estatística assume de termos que sucedem , isto é, a mediana é a média arit-
um valor. mética entre os termos centrais da sequência (!! !) em rol.

Frequência Relativa Exemplo 1:


É o quociente entre a frequência absoluta e o número Determinar a mediana do conjunto de dados:
de elementos da amostra. {12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
Na tabela a seguir, temos exemplo dos dois tipos:
Solução:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse
rol. Logo: Md=12

Resposta: Md=12.

Exemplo 2:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.

Histograma - Dados quantitativos, agrupados em clas- Solução:


ses de frequência que permite distinguir a forma, o ponto
central e a variação da distribuição, além de outros dados Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-
como amplitude e simetria na distribuição dos dados -se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média arit-
mética entre os dois termos centrais do rol.
12 + 18
Logo: !" = = 15!
2
Resposta: Md=15

Moda (Mo)

Num conjunto de números: , chama-se moda aquele


valor que ocorre com maior frequência.

Polígono de frequência Observação:


A moda pode não existir e, se existir, pode não ser úni-
ca.

Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda
igual a 8, isto é, Mo=8.

Exemplo 2:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.

Exemplo 3:
Mediana (Md) O conjunto de dados 1, 5, 5, 5, 6, 7, 8, 8, 8 possui duas
!! , !! , !! , … , !! ! modas, 5 e 8, e é chamada bimodal.

Média aritmética
Sejam os valores escritos em rol:
Média aritmética de um conjunto de números é o valor
1. Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo tal que o que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo núme-
número de termos da sequência que precedem !! ! é igual ro de elementos do conjunto.
ao número de termos que o sucedem, isto é, !! ! é termo
médio da sequência ( !! !) em rol. Representemos a média aritmética por !!.

50
MATEMÁTICA

A média pode ser calculada apenas se a variável envol- 2. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
vida na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a GRANRIO/2013) As novas tecnologias e o empenho dos
média aritmética para variáveis quantitativas. organismos públicos, associados aos interesses e boas prá-
ticas da iniciativa privada, ampliaram a rede de esgotos.
Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre
diferentes grupos, se for possível calcular a média, ficará
mais fácil estabelecer uma comparação entre esses grupos
e perceber tendências.

Considerando uma equipe de basquete, a soma das al-


turas dos jogadores é: 1,85+1,85+1,95+1,98+1,98+1,98+2,
01+2,01+2,07+2,07+2,07+2,07+2,10+2,13+2,18=30,0

Se dividirmos esse valor pelo número total de jogado-


res, obteremos a média aritmética das alturas:

30,3
𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = 2,02
15 Considere que, em 1990, a população brasileira era de
145 milhões de habitantes e, em 2010, de 190 milhões.
A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m. Com base nos percentuais apresentados na reporta-
gem, o número de habitantes, no Brasil, que contam com
Média Ponderada saneamento básico aumentou, de 1990 para 2010, em,
aproximadamente,
A média dos elementos do conjunto numérico A relati- A) 65 milhões
va à adição e na qual cada elemento tem um “determinado B) 50 milhões
peso” é chamada média aritmética ponderada. C) 45 milhões
D) 25 milhões
𝑃1 . 𝑥 1 ; 𝑃 𝑥 2 ; 𝑥 ;
𝑃3 3
… ; 𝑃 𝑥𝑛 E) 10 milhões
𝑥= 2 𝑛
𝑃1 + 𝑃 + 𝑃3
+ …+ 𝑃 3. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO –
2 𝑛 FCC/2013) O supervisor de uma agência bancária obteve
dois gráficos que mostravam o número de atendimentos
realizados por funcionários. O gráfico I mostra o número
Exercícios de atendimentos realizados pelos funcionários A e B, du-
rante 2 horas e meia, e o Gráfico II mostra o número de
1. (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) atendimentos realizados pelos funcionários C, D e E, du-
Com a intenção de atender melhor seus clientes, os planos rante 3 horas e meia.
de saúde aumentaram a cota de consultas a algumas espe-
cialidades, destacadas na tabela seguinte:

Em comparação à antiga lei, o número de consultas ao


_______ teve um crescimento maior que 200%.
A frase anterior estará correta se esse espaço for pre-
enchido com
A) Psicólogo.
B) Fonoaudiólogo.
C) Nutricionista.
D) Psicólogo ou Fonoaudiólogo.
E) Fonoaudiólogo ou Nutricionista.

51
MATEMÁTICA

Observando os dois gráficos, o supervisor desses fun- De acordo com o gráfico, a probabilidade de escolher-
cionários calculou o número de atendimentos, por hora, mos um aluno, dentre as quatro salas de aula, de modo
que cada um deles executou. O número de atendimentos, que ele não seja das salas 3 e 4 é de:
por hora, que o funcionário B realizou a mais que o funcio- A) 13/21
nário C é B) 8/21
a) 3. C) 1/105
b) 10. D) 1/3
c) 5.
d) 6.
e) 4. 6. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – CES-
GRANRIO/2012)
4. (IAMSPE – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-
NESP/2012) Considere a figura.

Os gráficos acima apresentam dados sobre a produção


Se 132 pessoas responderam à pergunta dizendo que e a reciclagem de lixo em algumas regiões do planeta.
têm um pouco de medo, pode-se concluir que o total de Baseando-se nos dados apresentados, qual é, em mi-
pessoas entrevistadas que responderam que não têm ne- lhões de toneladas, a diferença entre as quantidades de
nhum medo foi lixo recicladas na China e nos EUA em um ano?
A) 844. A) 9,08
B) 384. B) 10,92
C) 364. C) 12,60
D) 320. D) 21,68
E) 256. E) 24,80

5. (SAMU/SC – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 7. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITEN-


SPDM/2012) O gráfico abaixo indica o total de alunos em CIÁRIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Em uma seção de
cada uma das 4 salas de aula de certa escola. uma empresa com 20 funcionários, a distribuição dos salá-
rios mensais, segundo os cargos que ocupam, é a seguinte:

Sabendo-se que o salário médio desses funcionários é


de R$ 1.490,00, pode-se concluir que o salário de cada um
dos dois gerentes é de

52
MATEMÁTICA

A) R$ 2.900,00. 2. RESPOSTA: “B”.


B) R$ 4.200,00.
C) R$ 2.100,00. 1990
D) R$ 1.900,00.
E) R$ 3.400,00. 145 ∙ 0,69 = 100,05
! população que tinha saneamento básico era de
A
8. (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/PB – ASSESSOR 100,05 milhões
TÉCNICO LEGISLATIVO – FCC/2013) A média aritmética
simples entre dois números é igual à metade da soma des- 2010
ses números. Utilizando essa definição, a média aritmética
simples entre é igual a 190 ∙ 0,79 = 150,1!
A população que tinha saneamento básico era de 150,1
A) ½ milhões

B) 2/9 Portanto, aumentou: 150,1-100,05=50,05.


Aproximadamente 50 milhões.
C) 8/9
! 3. RESPOSTA: “E”.
D) 2 !
3 Funcionário B:
1
E) (2)²! 25
= 10!!"#$%&'#$"()/ℎ!"#!
2,5
9. (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-
NESP/2014) Em uma empresa com 5 funcionários, a soma Funcionário C:
dos dois menores salários é R$4.000,00, e a soma dos três
maiores salários é R$12.000,00. Excluindo-se o menor e 21
o maior desses cinco salários, a média dos 3 restantes é !! = 6!!"#$%&'#$"()/ℎ!"#!
R$3.000,00, podendo-se concluir que a média aritmética
3,5
entre o menor e o maior desses salários é igual a Portanto, o funcionário B realizou 4 atendimentos a
A) R$3.500,00. mais.
B) R$3.400,00.
C) R$3.050,00.
D) R$2.800,00. 4. RESPOSTA: “B”.
E) R$2.500,00.
132----22%
10. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Em X------64%
um grupo de pessoas, há 5 pessoas com 1,80m de altura, X=384 pessoas não têm nenhum medo
6 com 1,70m e 4 com 1,90m. Logo, é correto afirmar que
a média aritmética das alturas desse grupo é, aproximada-
mente, de 5. RESPOSTA: “A”
A) 1,82m.
B) 1,73m. Total de alunos: 30+35+25+15=105
C) 1,87m.
D) 1,79m. 30 35 65 13
+ = =
Respostas
105 105 105 21
!
1. RESPOSTA: “D”. 6. RESPOSTA: “A”.
200
!"#$ó!"#": 12 + 12 ∙ = 36 EUA
100
238⋅0,34=80,92
200
!"#"$%&'ó!"#"!!!!"#$%&%'(%)#*: 6 + 6 ∙
100
= 18 China
! 300⋅0,3=90
Psicólogo e Fonoaudiólogo tiveram crescimento maior
que 200%. Diferença: 90-80,92=9,08

53
MATEMÁTICA

7. RESPOSTA: “C”.
4.6 GEOMETRIA ESPACIAL:
2! + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200 POLIEDROS REGULARES; PRISMAS,
!é!"# =
20 PIRÂMIDES, CILINDRO, CONE E ESFERA
(CONCEITOS, CÁLCULOS DE DIAGONAIS,
2! + 8 ∙ 1700 + 10 ∙ 1200 ÁREAS E VOLUMES).
1490 =
20
!
2! + 13600 + 12000 = 29800 Poliedros Regulares
2! = 4200
Um poliedro convexo é denominado poliedro regular
! = 2100
quando todas as faces são polígonos regulares iguais e em
! todos os vértices concorre o mesmo número de arestas.
Cada um dos gerentes recebem R$ 2100,00

8. RESPOSTA: “D”.

Pela definição:

1 5 3+5 8
+
3 9 = 9 = 9 = 8 = 4 = (2)²
2 2 2 18 9 3
!
9.RESPOSTA: “A”.
X1+x2+x3+x4+x5
X1+x2=4000 Tetraedro Regular
X3+x4+x5=12000
x2+x3+x4=9000

!!!!!! + !! + !! + !! + !! = 4000 + 12000 = 16000!


Sendo x1 e x5 o menor e o maior salário respectiva-
mente:

!! + 9000 + !! = 16000
!!! + !! = 16000 − 9000 = 7000 1
! ! = !! ∙ ℎ
3
Então, a média aritmética:
!! 3
! ! !! ! !""" !! =
= = 3500 4
! !
!
!! = !² 3
10.RESPOSTA: “D”.

! 6
5 ∙ 1,80 + 6 ∙ 1,70 + 4 ∙ 1,90 ℎ=
≈ 1,79! 3
15 !

Fórmula de Euler
Estabelece que, para todo poliedro convexo com A
arestas, V vértices e F faces, vale a relação:
V-A+F=2

54
MATEMÁTICA

Prismas Classificação pelo polígono da base


Considere dois planos α e β paralelos, um polígono R
contido em α e uma reta r concorrente aos dois. -Triangular

-Quadrangular

Chamamos prisma o sólido determinado pela reunião


de todos os segmentos paralelos a r, com extremidades no
polígono R e no plano β.

E assim por diante...


Paralelepípedos

Os prismas cujas bases são paralelogramos denomi-


nam-se paralelepípedos.

Assim, um prisma é um poliedro com duas faces con-


gruentes e paralelas cujas outras faces são paralelogramos
obtidos ligando-se os vértices correspondentes das duas
faces paralelas.

Classificação
Cubo é todo paralelepípedo retângulo com seis faces
Reto: Quando as arestas laterais são perpendiculares quadradas.
às bases

Oblíquo: quando as faces laterais são oblíquas à base.

Prisma Regular
Se o prisma for reto e as bases forem polígonos regu-
lares, o prisma é dito regular.

As faces laterais são retângulos congruentes e as bases


são congruentes (triângulo equilátero, hexágono regular,...)

55
MATEMÁTICA

Área Classificação
Área cubo:
Área paralelepípedo: Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando
A área de um prisma: as geratrizes são perpendiculares às bases.
Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é
Onde: St=área total equilátero.
Sb=área da base Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.
Sl=área lateral, soma-se todas as áreas das faces late-
rais.

Volume
Paralelepípedo:V=a.b.c

Cubo:V=a³
Demais:

Pirâmides
As pirâmides são também classificadas quanto ao nú- Diagonal
mero de lados da base.

Área e Volume Di²=h²+d²


Área lateral:
Onde n= quantidade de lados Área

Volume

Cilindros
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de
centro O contido num deles, e uma reta s concorrente com Cones
os dois.
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α,
de todos os segmentos paralelos a s, com extremidades no um ponto V que não pertence ao plano.
círculo e no outro plano. A figura geométrica formada pela reunião de todos os
segmentos de reta que tem uma extremidade no ponto V
e a outra num ponto do círculo denomina-se cone circular.

56
MATEMÁTICA

Classificação Calotas esféricas


-Reto:eixo VO perpendicular à base; É a parte da esfera cortada por um plano.
Pode ser obtido pela rotação de um triângulo retângu-
lo em torno de um de seus catetos. Por isso o cone reto é
também chamado de cone de revolução.
Quando a geratriz de um cone reto é 2R, esse cone é
denominado cone equilátero.

!! = ℎ! + !²
!-Oblíquo: eixo não é perpendicular

Áreas

!! = 4!"²
!!"#$%" = !ℎ(4! − ℎ)
!
Volumes
Volume
4
!!"#!$% = !!!
3
Esferas !ℎ! 3! − ℎ
Superfície esférica de centro O é o conjunto de pontos !!"#$%" =
do espaço cuja distância a O é igual a R. 3
!

Exercícios

1. (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/PB – ASSESSOR


TÉCNICO LEGISLATIVO – FCC/2013) Uma chapa metálica
retangular é formada por três retângulos idênticos e seis
Esfera é o conjunto de pontos do espaço cuja distância quadrados idênticos. Um dos lados dessa chapa mede x
a O é igual ou menor que o raio R. metros, conforme indica a Figura 1. Dos “cantos” da cha-
pa foram retirados quatro dos seis quadrados, conforme
indica a Figura 2. Em seguida, a chapa foi dobrada nas in-
dicações tracejadas formando uma caixa com a forma de
paralelepípedo reto retangular com uma aresta medindo 4
m, conforme indica a Figura 3.

57
MATEMÁTICA

Sabendo que o volume da caixa obtida é 25 m³, então, x é igual a


A) 8.
B) 9,5.
C) 8,5.
D) 10,5.
E) 9.

2. (CREA/PR – AGENTE ADMINISTRATIVO – FUNDATEC/2013) Para responder a questão, observe a figura a seguir:

A figura acima apresenta um porta-lápis que é formado por um cubo, com aresta de 12cm, do qual foi retirado uma
parte cônica. Nesse sentido, o volume do porta-lápis é
A) 1728π cm³
B) 1588π cm³
C) (1728-432π) cm³
D) 1548π cm³
E) (1728-144π) cm³

3. (PETROBRAS - TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE JÚNIOR – CESGRANRIO/2013) Um reservatório


em forma de paralelepípedo, com 16dm de altura, 30dm de comprimento e 20dm de largura, estava apoiado sobre uma
base horizontal e continha água até a metade de sua capacidade. Parte da água foi consumida e, assim, o nível da água
baixou 6dm, como mostra a figura a seguir.

Quantos litros de água foram consumidos?


A) 1800
B) 2400
C) 3600
D) 5400
E) 7200

4. (SEAP – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITENCIÁRIA – VUNESP/2013) Um vaso de base quadrada,


medindo 15 cm de lado, tem água até uma altura de 12 cm, conforme mostra a figura.

58
MATEMÁTICA

Sabendo que o volume máximo de água nesse vaso é


de 4,5 litros, então o número máximo de litro(s) de água
que ainda cabe(m) nele é O volume da água, quando seu nível atinge 6 cm de al-
A) 1,4. tura, é igual a 96π cm³. Quando totalmente cheio, o volume
B) 2,0. da água é igual a 178π cm³. Desse modo, é correto afirmar
C) 1,2. que R e r medem, em centímetros, respectivamente,
D) 1,8. A) 4,0 e 2,0.
E) 1,6. B) 4,0 e 2,5.
C) 5,0 e 3,0.
D) 6,25 e 4,0.
5. (PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR – E) 6,25 e 4,5.
CESGRANRIO/2012) Uma fita retangular de 2 cm de lar-
gura foi colocada em torno de uma pequena lata cilíndrica 7. (SANEAGO – AGENTE ADMINISTRATIVO –
de 12 cm de altura e 192 π cm3 de volume, dando uma IBEG/2013) Uma caixa com formato de um cubo, sem
volta completa em torno da lata, como ilustra o modelo tampa, cujas faces são quadrados com 25cm de lado, será
abaixo. pintada por dentro e por fora.

A área total que será pintada é em metros quadrados


igual a:
A) 6.250m²
B) 5.000m²
A área da região da superfície da lata ocupada pela fita C) 0,500m²
é, em cm², igual a D) 62,5m²
A) 8 π E) 0,625m²
B) 12 π
C) 16 π
D) 24 π 8. (SEED/SP – AGENTE DE ORGANIZAÇÃO ESCO-
E) 32 π LAR – VUNESP/2012) Uma embalagem de suco tem a for-
ma de paralelepípedo reto-retângulo com capacidade de
294 mL e arestas da base medindo 5 e 6 centímetros, como
6. (PM/SP – OFICIAL – VUNESP/2013) Uma garrafa mostra a figura
de vidro tem a forma de dois cilindros sobrepostos, ambos
com 8 cm de altura e bases com raios R e r, conforme mos-
tra a figura.

59
MATEMÁTICA

!!! !!!
! = 4 ∙ ! ∙ ! = 25
! ! − 8! + 16 = 25
! ! − 8! − 9 = 0
∆= 64 + 36 = 100
!±!"
!= !
!! = 9
!!! = −1 !ã!!!"#$é!

! Então valor de x=9.

2. RESPOSTA “E”.
Desprezando-se a espessura das paredes e conside-
rando que 1 mL equivale a 1 cm³, a altura da embalagem, ! = !! = 12! = 1728!"³
em centímetros, é igual a 1 12
A) 9,4. !!"#$ = !! ! ∙ ℎ = !6! ∙ = 144!"!!
3 3
B) 9,5. !!"#$% = 1728 − 144! !"³
C) 9,6.
D) 9,8. !
E) 10,2.
3. RESPOSTA: “C”.
Altura:8 dm(metade)
9. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
CESGRANRIO/2012) Um cilindro circular reto possui altu- !!!"#"!$%&ó!"# = 8 ∙ 30 ∙ 20 = 4800!!! !
ra igual ao raio de sua base. Se a razão entre o volume do
cilindro, dado em metros cúbicos, e a sua área total, dada Depois de consumida:
em metros quadrados, é igual a 2 metros, então a área la-
teral do cilindro, em m², é igual a !!"#$%& = 2 ∙ 30 ∙ 20 = 1200!"³!
A) 128π Foi consumido: 4800-1200=3600 dm³=3600 litros
B) 64π
C) 48π
D) 32π 4. RESPOSTA: “D”.
E) 16π
! = 15 ∙ 15 ∙ 12 = 2700!!! = 2700!!" = 2,7!! !
Portanto, podem ser colocados 4,5-2,7=1,8 l
10. (SAMU/SC – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
SPDM/2012) O perímetro de uma piscina de forma retan-
gular é de 17 metros, sendo que o maior lado do retângulo 5. RESPOSTA: “C”.
mede 3,5 metros a mais que o menor lado. O volume dessa
piscina, cuja altura é igual em toda sua extensão e mede 2 ! = !"² ∙ ℎ
metros, é de: 192! = !"² ∙ 12
A) 30 m3 ! ! = 16
B) 24 m3
C) 15 m3
! = 4!"
D) 36 m3 !
Respostas

1. RESPOSTA: “E”.

(x-4)/2 é o comprimento do quadrado sem o retân-


gulo.

Como o volume vai usar o comprimento do retângulo ! = 2!" = 2! ∙ 4 = 8!


e o comprimento de dois quadrados:
á!"#!!"#$ = 2 ∙ 8! = 16!!!!!
!
60
MATEMÁTICA

6.RESPOSTA: “B”. 10.RESPOSTA: “A”.


!! !"#"$%&' = !!! ℎ X+x+x+3,5+x+3,5=17
4x=17-7
96! = !!! 6 4x=10
X=2,5
!! = 16 Lado menor: 2,5 m
Lado maior: 2,5+3,5=6m
! = 4!!" Vpiscina=2,5⋅6⋅2=30m³
!! !"#$% = !!! ℎ

!! = ! ∙ 16 ∙ 8 = 128!!!!!
4.7 GEOMETRIA ANALÍTICA: ESTUDO
!!"#"$%&' !"#$% = 178! − 128! = 50!"!!
ANALÍTICO: DO PONTO (PONTO
50! = !! ! ∙ 8 MÉDIO, CÁLCULO DO BARICENTRO,
DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS,
! ! = 6,25 ÁREA DO TRIÂNGULO, CONDIÇÃO DE
ALINHAMENTO DE TRÊS PONTOS); DA RETA
! = 2,5 (EQUAÇÃO GERAL, EQUAÇÃO REDUZIDA,
! EQUAÇÃO SEGMENTÁRIA, POSIÇÃO
ENTRE DUAS RETAS, PARALELISMO
7. RESPOSTA: “E”. E PERPENDICULARISMO DE RETAS,
A=5a² ÂNGULO ENTRE DUAS RETAS, DISTÂNCIA
A área do cubo normal é 6a², mas no caso em questão DE UM PONTO A UMA RETA); E DA
não tem tampa, por isso é 5 CIRCUNFERÊNCIA (EQUAÇÃO DA
A=5.25²=3125 cm²
CIRCUNFERÊNCIA, POSIÇÕES RELATIVAS
Como vai ser pintado por dentro e por fora:
ENTRE PONTO E CIRCUNFERÊNCIA, ENTRE
3125.2=6250 cm²=0,625 m²
RETA E CIRCUNFERÊNCIA, E ENTRE DUAS
CIRCUNFERÊNCIAS).
8.RESPOSTA: “D”.
h-altura da caixa
294ml=294 cm³
Vcaixa=5.6.h Estudo do Ponto
294=30h
h=9,8 cm

9.RESPOSTA: “A”.
V=Ab.h= πr²h
At=2 πr(h+r)
Sendo h=r
V= πr³
At=2 πr(2r)=4 πr²

! !"³
=
!! 4!"²
!
2=
4
Podemos localizar um ponto P em um plano α utilizan-
!=8 do um sistema de eixos cartesianos.
- A é a abscissa do ponto P
! -B é a ordenada do ponto P
Al=2 πrh=2 π8.8=128 π -P ∈1ºQuad

61
MATEMÁTICA

Distância entre Dois Pontos

Dados os pontos P(xp,yp) e Q(xq,yq), a distância dAB entre


eles é uma função das coordenadas de P e Q:

Exemplo

Dados os pontos A (2, 5), B (3, 7) e C (5, 11), vamos


determinar se estão alinhados.

Ponto Médio

(14 + 25 + 33) – (35 + 22 + 15)

72 – 72 = 0

Dados os pontos P(xp,yp) e Q(xq,yp), as coordenadas do Os pontos somente estarão alinhados se o determi-
ponto M(xM, yM) médio entre A e B, serão dadas pelas se- nante da matriz quadrada calculado pela regra de Sarrus
missomas das coordenadas de P e Q. for igual a 0.

O ponto M terá as seguintes coordenadas: Estudo da Reta

Cálculo do coeficiente angular


Consideremos a reta que passa pelos pontos
!(!! , !! )! e !(!! , !! ),! com !! ≠ !! ! , e que forma com
o eixo um ângulo de medida ! !.
Alinhamento de três pontos
1º caso: 0! < ! < 90! !
Três pontos estão alinhados se, e somente se, perten-
cerem à mesma reta.

Para verificarmos se os pontos estão alinhados, pode-


mos utilizar a construção gráfica determinando os pontos
de acordo com suas coordenadas posicionais. Outra forma Sendo o triângulo ABC retângulo ( é reto), temos:
de determinar o alinhamento dos pontos é através do cál-
culo do determinante pela regra de Sarrus envolvendo a
matriz das coordenadas.

62
MATEMÁTICA

2º caso: 90! < ! < 180! !

Do triângulo retângulo ABC, vem:

Portanto, para os dois casos, temos:

Coeficiente angular

Coeficiente angular de uma reta não perpendicular ao


eixo é o valor da tangente do ângulo de inclinação dessa
reta.

O valor do coeficiente angular varia em função de .

63
MATEMÁTICA

A equação fundamental de é dada por: Posições relativas de duas retas

Considere duas retas distintas do plano cartesiano:

Podemos classifica-las como paralelas ou concorren-


tes.
Equação Geral da Reta
! !! ! + !! ! + !! = 0
Ax+by+c=0 !
! !! ! + !! ! + !! = 0
Equação Segmentária
Retas paralelas

As retas e têm o mesmo coeficiente angular.

!! = !! ↔ !! = !! !

! !
+ = 1!
! !

Equação reduzida da reta


Assim, para , temos:
Vamos determinar a equação da reta que passa por e
tem coeficiente angular ! = tan ! ! : !! !! !! !! ! !!
! ! = !! ↔ − =− ↔ = ↔ ! = 0!
!! !! !! !! !! !!
!−! =! !−0
! − ! = !" Retas concorrentes
! = !" + !
As retas e têm coeficientes angulares diferentes.
!! ≠ !! ↔ !! ≠ !! !

Assim, para e concorrentes, temos:

Toda equação na forma é chamada equação reduzida


da reta, em que é o coeficiente. !! !! !! !!
! ! ≠ !! ↔ − ≠− ↔ ≠
!! !! !! !!
!

64
MATEMÁTICA

Retas perpendiculares Ângulo entre duas retas


Conhecendo os coeficientes angulares e de duas retas,
Duas retas, r e , não-verticais são perpendiculares se, e , não paralelas aos eixos e , podemos determinar o ângu-
e somente se, os seus coeficientes angulares são tais que lo agudo formado entre elas:
1 .
!! = − !!
!!
!
De fato: ! ⊥ ! ↔ !! = !! + !
2
sen !! = cos !!
cos !! = −sen !! → tan !! = − cotg !! !

Se uma das retas for vertical, teremos:

Como
1
cotg !! = :
tan !!

1 1
tan !! = → !! =
tan !! !!
Então:
1
!! ⊥ ! → !! = −
!!

E, reciprocamente, se
1
!! = − → !! ⊥ !
!!
Logo,
1
!! ⊥ ! ↔ !! = −
!!
!

Distância de ponto a reta

Considere uma reta , de equação , e um ponto não


pertencente a . Pode-se demonstrar que a distância entre
e é dada por:

!!! + !!! + !
!!" = !
!! + ! !

Área de um triângulo
Na geometria plana encontramos a área de um triân-
gulo fazendo uma relação com o valor de suas dimensões,
e na trigonometria, com o valor do seno de um ângulo
interno relacionado com os lados do triângulo é possível
também encontrar a sua área.

65
MATEMÁTICA

A geometria analítica também possui seus artifícios para Circunferência. Equações da circunferência
o cálculo da área de um triângulo, nesse caso é necessário
que saibamos as coordenadas de seus três vértices para que Equação reduzida
o triângulo possa ser representado em um plano cartesiano. Circunferência é o conjunto de todos os pontos de um
Considere o triângulo de vértices A(xA, yA), B(xB, yB) e plano equidistantes de um ponto fixo, desse mesmo plano,
C(xC, yC), veja a sua representação em um plano cartesiano: denominado centro da circunferência:

Assim, sendo C(a, b) o centro e P(x, y) um ponto qual-


quer da circunferência, a distância de C a P(dCP) é o raio
dessa circunferência. Então:

!
!= !
2
A partir dessa representação podemos dizer que o cál-
culo da área (A) de um triângulo através dos conhecimen-
tos da geometria analítica é dado pelo determinante dos
vértices dividido por dois.

Onde D = .

Aplicação
Exemplos: A área de um triângulo é 25/2 e seus vértices
são (0,1), (2,4) e (-7,k). Nesse caso qual será o possível valor
de k?
Sabemos que a área A = |D|, portanto é preciso que Portanto, (x - a)2 + (y - b)2 =r2 é a equação reduzida da
encontremos o valor de D.2 circunferência e permite determinar os elementos essen-
ciais para a construção da circunferência: as coordenadas
do centro e o raio.
Observação: Quando o centro da circunfer6encia esti-
D= ver na origem (C(0,0)), a equação da circunferência será x2
+ y2 = r2.

Equação Geral
D = -7 + 2k + 28 -2 Desenvolvendo a equação reduzida, obtemos a equa-
D = 2k + 19 ção geral da circunferência:
Substituindo a fórmula teremos:

25= 2k + 19
2 2
25 = 2k + 19
25 – 19 = 2k
6 = 2k Como exemplo, vamos determinar a equação geral da
6:3 = k circunferência de centro C(2, -3) e raio r = 4.
k=3

66
MATEMÁTICA

A equação reduzida da circunferência é:

( x - 2 )2 +( y + 3 )2 = 16

Desenvolvendo os quadrados dos binômios, temos:

Determinação do centro e do raio da circunferência, dada a equação geral

Dada a equação geral de uma circunferência, utilizamos o processo de fatoração de trinômio quadrado perfeito para
transformá-la na equação reduzida e, assim, determinamos o centro e o raio da circunferência.

Para tanto, a equação geral deve obedecer a duas condições:


- Os coeficientes dos termos x2 e y2 devem ser iguais a 1;
- Não deve existir o termo xy.

Então, vamos determinar o centro e o raio da circunferência cuja equação geral é x2 + y2 - 6x + 2y - 6 = 0.

Observando a equação, vemos que ela obedece às duas condições.


Assim:

1º passo: agrupamos os termos em x e os termos em y e isolamos o termo independente


x2 - 6x + _ + y2 + 2y + _ = 6

2º passo: determinamos os termos que completam os quadrados perfeitos nas variáveis x e y, somando a ambos os
membros as parcelas correspondentes

3º passo: fatoramos os trinômios quadrados perfeitos


( x - 3 ) 2 + ( y + 1 ) 2 = 16

4º passo: obtida a equação reduzida, determinamos o centro e o raio

67
MATEMÁTICA

Posição de um ponto em relação a uma circunferência

Em relação à circunferência de equação ( x - a )2 + ( y - b )2 = r2, o ponto P(m, n) pode ocupar as seguintes posições:

a) P é exterior à circunferência

b) P pertence à circunferência

c) P é interior à circunferência

Assim, para determinar a posição de um ponto P(m, n) em relação a uma circunferência, basta substituir as coordenadas
de P na expressão (x - a)2 + (y - b)2 - r2:
- se ( m - a)2 + ( n - b)2 - r2 > 0, então P é exterior à circunferência;
- se ( m - a)2 + ( n - b)2 - r2 =    0, então P pertence à circunferência;
- se ( m - a)2 + ( n - b)2 - r2 < 0, então P é interior à circunferência.

68
MATEMÁTICA

Posição de uma reta em relação a uma circunferência Exercícios

Dadas uma reta s: Ax + Bx + C = 0 e uma circunferência 1. (ESPCEX – CADETES DO EXÉRCITO – EXÉRCITO


de equação ( x - a)2 + ( y - b)2 = r2, vamos examinar as BRASILEIRO/2013) Sejam dados a circunferência e o pon-
posições relativas entre s e : to P, que é simétrico de (-1, 1) em relação ao eixo das abs-
cissas. Determine a equação da circunferência concêntrica
à λ e que passa pelo ponto P.
A) !: ! ! ! + ! ! ! ! + !4!! + !10!! + !16! = !0
B) !: ! ! ! + ! ! ! ! + !4!! + !10!! + !12! = !0
C) !: ! ! ! − ! ! ! ! + !4!! − !5!! + !16! = !0
D) !: ! ! ! + ! ! ! − !4!! − !5!! + !12! = !0
E) !: ! ! ! − ! ! ! − !4!! − !10!! − !17! = !0
!

2. As retas 2x - y = 3 e 2x + ay = 5 são perpendicu-


lares. Então:
a) a = -1
b) a = 1
c) a = -4
d) a = 4
e) n.d.a.

3. Escreva a equação 2x +3y- 5 =0 na forma reduzi-


da e segmentária.

Também podemos determinar a posição de uma reta 4. O valor de k para que a equação kx-y-3k+6=0 re-
em relação a uma circunferência calculando a distância da presente a reta que passa pelo ponto (5,0) é?
reta ao centro da circunferência. Assim, dadas a reta s: Ax +
By + C = 0 e a circunferência : 5. (UFRGS) A distância entre os pontos A( -2,y) e
(x - a)2 + ( y - b )2 = r2, temos: B(6,7) é 10. O valor de y é
a) -1
b) 0
c) 1 ou 13
d) -1 ou 10
Assim: e) 2 ou 12

6. (UFF) Determine o(s) valor(es) que r deve assumir


para que o ponto (r,2) diste cinco unidades do ponto (0,-2).

Respostas

1.RESPOSTA: “B”.

(x+2)²-4+(y+5)²-25+25=0
(x+2)²+(y+5)²=25
C(-2,-5).

Se o ponto P é simétrico em relação ao eixo x: (-1,1).


Distância PC:

!
!!" = −2 − −1 + (−5 − −1 )² = 17!

Circunferência concêntrica:
(x+2)²+(y+5)²=17
X²+4x+4+y²+10y+25=17
X²+y²+4x+10y+12=0

69
MATEMÁTICA

2. RESPOSTA: “D”.
–y=3-2x (-1)
4.8 ÁLGEBRA III: NÚMEROS
Y=-3+2x
y=2x-3 m1=2 COMPLEXOS: CONCEITOS; CONJUGADO,
m1=-1/m2 IGUALDADE; OPERAÇÕES; POTÊNCIAS DE
2=-1/m2 I; PLANO DE ARGAND-GAUSS; MÓDULO;
M2=-1/2 ARGUMENTO; FORMA TRIGONOMÉTRICA;
OPERAÇÕES NA FORMA TRIGONOMÉTRICA.
Segunda reta POLINÔMIOS: CONCEITO; GRAU;
ay=5-2x VALOR NUMÉRICO; POLINÔMIO NULO;
y=-2x/a+5/a IDENTIDADE; OPERAÇÕES. EQUAÇÕES
POLINOMIAIS: CONCEITOS; TEOREMA
-2/a=-1/2
FUNDAMENTAL DA ÁLGEBRA; TEOREMA DA
a=4
DECOMPOSIÇÃO; MULTIPLICIDADE DE UMA
3.3y=-2x+5 RAIZ; RAÍZES COMPLEXAS; RELAÇÕES DE
GIRARD.
2! 5 2
!=− + !!!!! = −
3 3 3
Números complexos
2! + 3! = 5(: 5) Algumas equações não tem solução no conjunto dos
números reais.
! ! Exemplo
+ =1
5 5 x! + 1 = 0
2 3
! x ! = −1
4.k.5-0-3k+6=0 S=∅
5k-3k+6=0
!
2k+6=0 Mas, se tivermos um conjunto para o qual admita a
k=3 existência de, a equação passará a ter solução não-vazia.
Esse conjunto é o dos números complexos e conven-
5.RESPOSTA: “C”. ciona-se que .

! !
Solucionando então, o exemplo acima:
!!" = −2 − 6 + !−7 = 10
!
x ! = −1
−2 − 6 ! + ! − 7 ! = 10!
x = ± −1
−8 ! + ! − 7 ! = 100 x = ±i
64 + ! ! − 14! + 49 = 100 S = −i, i
! ! − 14! + 13 = 0 !
∆= −14 ! − 4.13 = 144 O número √-1 , foi denominado unidade imaginária,
14 ± 12 devido à desconfiança que os matemáticos tinham dessa
!= nova criação.
2 Para simplificar a notação:
!! = 13!!!!! = 1
! i! = −1
6. !
Assim, no conjunto dos números complexos, as equa-
! ções do 2º grau com ∆<0 possuem solução não-vazia.
!
5= !−0 + 2 − −2
Conjunto dos números complexos
5 = ! ! + 16 O conjunto C dos números complexos é aquele for-
5! = ! ! + 16 mado pelos números que podem ser expressos na forma:
!! = 9 z = a + bi, em!que!a ∈ R, b ∈ R!e!i = −1
! = ±3 C = z = a + bi a ∈ R, b ∈ R, i = −1
! !

70
MATEMÁTICA

A forma z=a+ bi é denominada forma algébrica de 4. Divisão


um número complexo em que a é a parte real e b a parte Para dividirmos dois números complexos basta multi-
imaginária. plicarmos o numerador e o denominador pelo conjugado
do denominador. Assim, se z1= a + bi e z2= c + di, temos
Se a parte imaginária do número complexo é nula, en- que:
tão o número é real.
z1 z1 ∙ z�2
z = a + 0i → z = a z!é!real = com z2 ≠ 0
z2 z2 ∙ z�2
!
O produto z2 ∙ z�2 é um número real:
Se a parte real do número complexo é nula e a parte
imaginária é diferente de zero, então o número é imaginá-
rio puro. z2 ∙ z�2 = c + di c − di = c2 − cdi + cdi − d2i2
2
= c2 + d número real
z=0+bi→z=bi (z é imaginário puro,com b≠0)
5. Potenciação
Igualdade de números complexos Efetuando algumas potências de in, com n∈N, pode-
mos obter um critério para determinar uma potência ge-
Dois números complexos são iguais se, e somente nérica de i:
se, suas partes reais e imaginárias forem respectivamente i0 = 1
iguais. i1 = i
i2 = -1
a=c i3 = i2.i = -1.i = -i
a + bi = c + di se, e somente se, �
b=d i4 = i2.i2=-1.-1=1
i5 = i4. 1=1.i= i
Conjugado de um número complexo i6 = i5. i =i.i=i2=-1
i7 = i6. i =(-1).i=-i ......
Sendo z=a+ bi, chama-se conjugado de z o número
complexo z� que se obtém trocando o sinal da parte Assim, para obter a potência in, basta calcular ir em que
imaginária de z. r é o resto da divisão de n por 4.
z� = a − bi Exemplo
Exemplo
i 23⇒23/4=5 e resto 3 então:i23=i3=-i
z = 4 + 5i → z� = 4 − 5i Módulo e Argumento de um Número Complexo

Operações com números complexos

1. Adição
Para somarmos dois números complexos basta somar-
mos, separadamente, as partes reais e imaginárias desses
números. Assim, se z=a+bi e z2=c+di, temos que:
z1+z2=(a+c) + (b+d)i

2. Subtração
Para subtrairmos dois números complexos basta sub- Do triângulo retângulo, temos:
trairmos, separadamente, as partes reais e imaginárias des-
ses números. Assim, se z=a+bi e z2=c+di, temos que:
z1-z2=(a-c) + (b-d)i
A distância de ρ de P até a origem O é denominada
3. Multiplicação módulo de z, e indicamos:
Para multiplicarmos dois números complexos basta
efetuarmos a multiplicação de dois binômios, observando
os valores das potência de i. Assim, se z1=a+bi e z2=c+di,
temos que:
z1.z2 = a.c + adi + bci + bdi2 Denomina-se argumento do complexo z não-nulo, a
z1.z2= a.c + bdi2 = adi + bci medida do ângulo formado por com o semi-eixo real
z1.z2= (ac - bd) + (ad + bc)i Ox.
Observar que : i2= -1

71
MATEMÁTICA

O argumento que pertence ao intervalo [0,2π[ é deno- Radiciação


minado argumento principal e é representado por : Denomina-se raiz enésima do número complexo
z=ρ(cosθ+i∙senθ) a todo número complexo w, tal que
wn=z, para n=1, 2, 3,...
Observe que:
Para k=0,1, 2, 3,...temos:

! !
θ + 2kπ θ + 2kπ
w! = z= p(cos + i ∙ sen! )
n n
!
Os números ρ e θ são as coordenadas polares do pon- Polinômios
to P(a,b). Denomina-se polinômio a função:

Forma Trigonométrica
Todo número complexo z=a+bi, não0nulo, pode sr ex-
presso em função do módulo, do seno e do cosseno do
argumento z:
Grau de um polinômio
Se an ≠0, o expoente máximo n é dito grau do polinô-
mio. Indicamos: gr(P)=n
Exemplo
P(x)=7 gr(P)=0
P(x)=7x+1 gr(P)=1

Substituindo, temos: Valor Numérico


O valor numérico de um polinômio P(x), para x=a, é
z=a+bi o número que se obtém substituindo x por a e efetuando
todas as operações.
Exemplo
P(x)=x³+x²+1 , o valor numérico para P(x), para x=2 é:
P(2)=2³+2²+1=13
O número a é denominado raiz de P(x).
Operações com Complexos na Forma Trigonométri-
ca Igualdade de polinômios
Dados os complexos: Os polinômios p e q em P(x), definidos por:
P(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn
Q(x) = bo + b1x + b2x² + b3x³ +...+ bnxn
São iguais se, e somente se, para todo k = 0,1,2,3,...,n:
ak = bk
Multiplicação
Redução de Termos Semelhantes
Assim como fizemos no caso dos monômios, também
podemos fazer a redução de polinômios através da adição
Divisão algébrica dos seus termos semelhantes.
No exemplo abaixo realizamos a soma algébrica do
primeiro com o terceiro termo, e do segundo com o quarto
termo, reduzindo um polinômio de quatro termos a um
outro de apenas dois.
3xy+2a²-xy+3a²=2xy+5a²
Polinômios reduzidos de dois termos também são de-
Potenciação nominados binômios. Polinômios reduzidos de três termos,
também são denominados trinômios.
Sendo:z=ρ(cos θ+i∙sen θ) e n um número inteiro maior
que 1, temos: Ordenação de um polinômio
z^n=ρ^n (cos nθ+i∙sen nθ) A ordem de um polinômio deve ser do maior para o
menor expoente.
4x4+2x³-x²+5x-1
Este polinômio não está ordenado:
3x³+4x5-x²

72
MATEMÁTICA

Operações
Adição e Subtração de Polinômios
Para somar dois polinômios, adicionamos os termos
com expoentes de mesmo grau. Da mesma forma, para ob-
ter a diferença de dois polinômios, subtraímos os termos
com expoentes de mesmo grau.
Exemplo

Método de Descartes

Consiste basicamente na determinação dos coeficien-


tes do quociente e do resto a partir da identidade:

Multiplicação de Polinômios

Para obter o produto de dois polinômios, multiplica-


mos cada termo de um deles por todos os termos do outro, Exemplo
somando os coeficientes. Divida P(x)=x³-4x²+7x-3 por D(x)=x²-3x+2

Exemplo Solução
Devemos encontrar Q(x) e R(x) tais que:

Vamos analisar os graus:

Divisão de Polinômios
Considere P(x) e D(x), não nulos, tais que o grau de Como Gr( R) < Gr(D), devemos impor Gr(R )=Gr(D)-
P(x) seja maior ou igual ao grau de D(x). Nessas condições, 1=2-1=1
podemos efetuar a divisão de P(x) por D(x), encontrando o
polinômio Q(x) e R(x):
P(x)=D(x)⋅Q(x)+R(x)
P(x)=dividendo
Q(x)=quociente
D(x)=divisor
R(x)=resto Para que haja igualdade:

Método da Chave

Passos
1. Ordenamos os polinômios segundo as potências
decrescentes de x.
2. Dividimos o primeiro termo de P(x) pelo primeiro
de D(x), obtendo o primeiro termo de Q(x).
3. Multiplicamos o termo obtido pelo divisor D(x) e
subtraímos de P(x). Algoritmo de Briot-Ruffini
4. Continuamos até obter um resto de grau menor
que o de D(x), ou resto nulo. Consiste em um dispositivo prático para efetuar a divi-
são de um polinômio P(x) por um binômio D(x)=x-a
Exemplo
Exemplo
Divida os polinômios P(x)=6x³-13x²+x+3 por D(x)=2x³-
3x-1 Divida P(x)=3x³-5x+x-2 por D(x)=x-2

73
MATEMÁTICA

Solução Teorema da Decomposição

Passos Todo o polinômio de grau n tem exatamente n raízes


-Dispõem-se todos os coeficientes de P(x) na chave reais e com plexas.
-Colocar a esquerda a raiz de D(x)=x-a=0. Demonstração
-Abaixar o primeiro coeficiente. Em seguida multiplica- Pelo teorema fundamental, P(x) tem pelo menos uma
-se pela raiz a e soma-se o resultado ao segundo coeficien- raiz. Seja ela r1. Logo:
te de P(x), obtendo o segundo coeficiente. E assim suces- P(x) = (x - r1) . Q(x)
sivamente. Q(x) é um novo polinômio de grau n-1, que possui,
também, pelo menos uma raiz. Seja ela r2. Logo:
Q(x) = (x - r2) . Q1(x)
Fazendo o mesmo procedimento com q1(x) e continu-
ando até a n-ésima expressão temos
Qn-1(x) = (x - rn) . Qn(x)

Em Qn o grau do polinômio será zero e Qn será igual a


uma constante que chamamos de an

Substituindo todas as equações obtidas na decompo-


sição de P(x), teremos:
Portanto, Q(x)=3x²+x+3 e R(x)=4 P(x) = an.(x-r1).(x-r2). ... (x-rn)
Exemplo:
Equação Polinomial Compor o polinômio, sabendo que suas raízes são 1,
Denomina-se equação polinomial de grau n, na vari- 2e4
ável x∈C, toda equação que pode ser reduzida à forma: Como existem 3 raízes, n=3, então o polinômio é da
forma:
Exemplos P(x) = an.(x-r1).(x-r2).(x-r3)
3x-4=0 Fazendo an = 1, temos que:
X³+x²-x+1=0 P(x) = 1. (x-1).(x-2).(x-4)
P(x) = x3 - 7x2 + 14x – 8
!! ! ! + !!!! ! !!! + !!!! ! !!! + ⋯ + !! ! + !! = 0!
Teorema Fundamental da Álgebra
Relação de Girard
Toda equação polinomial de grau n, com n≥1, tem pelo
menos uma raiz complexa. Dada uma equação polinomial de grau n, podemos
estabelecer n relações entre seus coeficientes e as raízes,
Raízes complexas e reais denominadas relações de Girard.

“Toda equação polinomial, de grau n, com n ≥ 1 possui Equação de grau n


pelo menos 1 raiz complexa (real ou imaginário)”.
Obs.: Lembrar que os números complexos englobam ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn=0, com an≠0 de raízes
os números reais, ou seja, um número real é também um valem as n relações:
número complexo.
“Toda equação polinomial que possua uma raiz imagi-
!!!!
!! + !! + ⋯ + !! =
nária possuirá também o conjugado dessa raiz como raiz”. !!
!!!!
Ou seja, se z=a+bi é raiz de uma equação polino- !! !! + !! !! + ⋯ + !! !! + !! !! + ⋯ + !!!! !! =
mial z=a−bi também será raiz. Sendo a,b�? e i2=−1 . !!
Exemplo: Sabendo-se que a equação polino- !! ∙ !! ∙ !! … !! =
−1 ! !!
mial x3−2x2+x−2=0 possui uma raiz imaginária igual a i, !!
com i2=−1 encontrar as outras raízes. !
Se i é uma raiz então -i, seu conjugado, é outra e con-
segue-se encontrar a terceira raiz que é 2.

Raízes racionais
“Se um número racional p/q , com p e q primos entre si,
é raiz de uma equação polinomial de coeficientes inteiros
do tipo P(x)=anxn+an−1xn−1+…+a2x2+a1x+a0então p é
divisor de a0 e q é divisor de an “.

74
MATEMÁTICA

Exercícios 6. (ESPCEX – CADETES DO EXÉRCITO – EXÉRCITO


BRASILEIRO/2013) Sabendo que 2 é uma raiz do polinô-
1. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Assinale a al- mio !(!) ! = !2! ! ! − !5! ! ! + !!! + !2!, então o conjun-
ternativa que apresenta o módulo do número complexo to de todos os números reais x para os quais a expressão
abaixo. !(!)! está definida é:
1 + 2i ! A) {!! ∈ ℝ!/1! ≤ !! ≤ 2}
z= !
i B) {!"ℝ/!!!! ≤ − !}
!

A) 36. !
C) {! ∈ ℝ/!− ! ≤ ! ≤ 1!!"!! ≥ 2!}!
B) 25.
C) 5. D) {! ∈ ℝ!/!! ≠ 2}
D) 6. E) {! ∈ ℝ/!! ≠ 2!!!!! ≠ 1}
!
2. (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012)
Considere a igualdade x + (4 + y) . i = (6 − x) + 2yi , em que 7. (ESPCEX – CADETES DO EXÉRCITO – EXÉRCI-
x e y são números reais e i é a unidade imaginária. O módu- TO BRASILEIRO/2013) Dado o polinômio que satisfaz a
lo do número complexo z = x + yi, é um número equação ! ! ! + !!! ! ! − !!! + !! = ! (!! − !1) ! · !!(!)!
A) maior que 10. e sabendo que 1 e 2 são raízes da equação
B) quadrado perfeito. ! ! ! + !!! ! ! − !!! + !! = !0! , determine o intervalo no
C) irracional. qual ! ! ≤ 0! :
D) racional não inteiro. A) [-5,-4]
E) primo. B) [-3,-2]
C) [-1,2]
3. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013) As- D) [3,5]
sinale a alternativa correspondente à forma trigonométrica E) [6,7]
do número complexo z=1+i:
8. (Escola de Aprendizes-Marinheiros/2012) Os
! !
A) z = 2(cos ! + i ∙ sen ! ) valores numéricos do quociente e do resto da divisão de
p(x) = 5x4 – 3x2 + 6x – 1 por d(x) = x2 + x + 1, para x = -1 são,
! ! respectivamente,
B) z = 2(cos + i ∙ sen ) a) -7 e -12
! !
b) -7 e 14
! ! !
c) 7 e -14
C) z = (cos + i ∙ sen ) d) 7 e -12
! ! !
e) -7 e 12
! ! !
D) z = (cos + i ∙ sen ) 8. Escreve de forma reduzida o polinômio: 0,3x – 5xy +
! ! !
1,8y + 2x – y + 3,4xy.
! ! !
E) z = (cos + i ∙ sen ) 9. Qual é a forma mais simples de se escrever o po-
! ! !
linômio expresso por: 2x(3a – 2x) + a(2x – a) – 3x(a + x)?
!
4. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013) O 10. Calcule: (12a5b² – 20a4b³ + 48a³b4) (4ab).
valor do módulo do número complexo (i62+i123) é:
A) Um número natural. Respostas
B) Um número irracional maior que 5. 1. RESPOSTA: “C”.
C) Um número racional menor que 2. !=
1 + 4! − 4 −3 + 4! !
= ∙ = 3! + 4
D) Um número irracional maior que 3. ! ! !
E) Um número irracional menor que 2.
! = 3! + 4² = 5
!
5. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Se 1 é raiz da
2.RESPOSTA: “E”.
equação ,3x³-15x²-3x+m=0 então as outras duas raízes x=6-x
são x=3
A) -1 e 5. 4+y=2y
B) -2 e 3. y=4
C) -1 e -5.
D) -2 e -3. ! = 3! + 4² = 5!

75
MATEMÁTICA

3.RESPOSTA “A”. 5. RESPOSTA: “C”.

!= 1! + 1² = 2

1 2
!"#$ = = = !"#$
2 2 2x²-x-1=0
∆=1+8=9
!
!= 1±3
4 !=
4
! !
! = 2(cos + ! ∙ !"# ) !! = 1
4 4
!
1
!! = −
2
4.RESPOSTA: “E”. !P(x) ≥0
62/4=15 e resto 2 então i62=i2=-1
123/4=30 e resto 3 então i123=i3=-i

! !" + ! !"# = −1 − !

! 1
−1 + (−1)² = 2 {! ∈ ℝ/!− ≤ ! ≤ 1!!"!! ≥ 2!}!!
2
!
6. RESPOSTA: “C”.

5. RESPOSTA: “A”.

X=1
3-15-3+m=0
m=15

Dividindo por 3:
x³-5x²-x+5=0

Como 1 e 2 são raízes


! + ! = 0!!(! − 1)
x²-4x-5=0 4! + ! = −6
∆= 16 + 20 = 36
−! − ! = 0!!
!±! 4! + ! = −6
!= !
!
Somando:
!! = 5!!!!!! = −1 3a=-6
! a=-2
b=2

76
MATEMÁTICA

Substituindo no primeiro algoritmo de briot-ruffini: 10.Resposta “3a4b – 5a³b² + 12a²b³”.


X²+(1-2)x-2=0 Solução:
X²-x-2=0 (12a5b² – 20a4b³ + 48a³b4) (4ab) =
∆=1+8=9 = (12a5b² 4ab) – (20a4b³ 4ab) + (48a³b4 4ab) =
1±3 = 3a4b – 5a³b² + 12a²b³
!=
2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

!! = 2 PAIVA, Manuel. Matemática. São Paulo: Moderna, 1995


(Ensino Médio, vol. 1)
!! = −1 YOUSSEF, Nicolau, Elizabeth Soares, Vicente Paz Fer-
! nandez. Editora Scipione, 2005(Ensino Médio, Volume úni-
co)

GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto, Jr.


Giovanni, José Ruy. Matemática Fundamental - uma nova
abordagem. São Paulo: FTD, 2009. (Ensino Médio -Vol. úni-
Q(x)<0 co).
[-1,2]
http://www.ime.unicamp.br/
7.RESPOSTA: “D”.
http://www.oocities.org/

Para x=-1
Q(-1)=5(-1)²-5(-1)-3=7
R(-1)=14(-1)+2=-12

8.Resposta “2,3x – 1,65xy + 0,8y”.


Solução:
0,3x – 5xy + 1,8y + 2x – y + 3,4xy =
= 0,3x + 2x – 5xy + 3,4xy + 1,8y – y = → propriedade
comutativa
= 2,3x – 1,65xy + 0,8y → reduzindo os termos seme-
lhantes

Então: 2,3x – 1,65xy + 0,8y é a forma reduzida do po-


linômio dado.

9.Resposta “5ax – 7x² – a²”.


Solução:
2x(3a – 2x) + a(2x – a) – 3x(a + x) =
= 6ax – 4x² + 2ax – a² – 3ax – 3x² =
= 6ax + 2ax – 3ax – 4x² – 3x² – a² =
= 5ax – 7x² – a²

77
MATEMÁTICA

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
!,!"
= 0,15
1. (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPE- !
RACIONAL – VUNESP/2013) Em um estado do Sudeste, ! Cada bala custa R$ 0,15.
um Agente de Apoio Operacional tem um salário men-
sal de: saláriobase R$ 617,16 e uma gratificação de R$ RESPOSTA: “B”.
185,15. No mês passado, ele fez 8 horas extras a R$ 8,50
cada hora, mas precisou faltar um dia e foi descontado 4. (DPE/RS – ANALISTA ADMINISTRAÇÃO –
em R$ 28,40. No mês passado, seu salário totalizou FCC/2013) Em uma empresa, 2/3 dos funcionários são
A) R$ 810,81. homens e 3/5 falam inglês. Sabendo que 1/12 dos fun-
B) R$ 821,31. cionários são mulheres que não falam inglês, pode-se
C) R$ 838,51. concluir que os homens que falam inglês representam,
D) R$ 841,91. em relação ao total de funcionários, uma fração equi-
E) R$ 870,31. valente a
!"#á!"#!!"#$%&: 617,16 + 185,15 = 802,31 A) 3/10
B) 7/20
ℎ!"#$!!"#$%&: 8,5 ∙ 8 = 68
C) 2/5
!ê!!!"##"$%: 802,31 + 68,00 − 28,40 = 841,91 D) 9/20
!
E) 1/2
Salário foi R$ 841,91.
Mmc(3,5,12)=60
RESPOSTA: “D”. 2 40
= !!ã!!ℎ!"#$%
3 60
2. (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPE-
RACIONAL – VUNESP/2013) Dois irmãos dividiram 40 20
1− = !ã!!!"#ℎ!"!#
igualmente entre si uma herança. 60 60
Após um ano, um deles, com aplicações financei- 1 5
ras, havia triplicado o valor recebido, enquanto o outro = !"#!!"#ℎ!"!#!!ã!!!"#"$!!"#$ê!
havia gasto grande parte, reduzindo o valor recebido a 12 60
sua terça parte. 20 5 15
− = !"#!!"#ℎ!"!#!!"#"$!!"#$ê!
60 60 60
Em relação ao valor que coube a cada um na heran-
ça, o irmão que aplicou tinha a mais do que aquele que 3 36
gastou o equivalente a = !"#!!"##$%#!!"#"$!!"#$ê!
5 60
A) 2/3
B) 4/3 36 15 21
− = !"#!ℎ!"#$%!!"#"$!!"#$ê!
C) 5/3 60 60 60
D) 7/3
E) 8/3 21 7
=
60 20
Herança: x RESPOSTA: “B”.
!

! !
3! − ! ! = ! ! 5. (DPE/RS – ANALISTA ADMINISTRAÇÃO –
! FCC/2013) A soma S é dada por:

RESPOSTA: “E”. != !+ !+! !+! !+! !+! !+! !+! !+


! = ! + ! + ! ! + ! ! + ! ! + ! ! + ! ! + ! ! + ! ! + ! !!
3. (PETROBRAS - TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO
E CONTROLE JÚNIOR – CESGRANRIO/2013) Ao com- Dessa forma, S é igual a
prar seis balas e um bombom, Júlio gastou R$1,70. Se
o bombom custa R$0,80, qual é o preço de cada bala? A) !"!
A) R$0,05
B) R$0,15 B) !"#!
C) R$0,18
D) R$0,30 C) !""!
E) R$0,50
D) !"#"!
1,70-0,80=0,90
Ele gastou R$ 0,90 em balas. E) !"""!

78
MATEMÁTICA

C) - 56
! = 15 2 + 15 8 D) - 49
8=2 2 E) – 42
! = 15 2 + 30 2 = 45 2 Maior inteiro menor que 8 é o 7
! = 4050 Menor inteiro maior que -8 é o -7.
Portanto: 7⋅(-7)=-49
RESPOSTA: “D”.
! RESPOSTA: “D”.
6. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
GRANRIO/2013) Parque Estadual Serra do Conduru,
localizado no Sul da Bahia, ocupa uma área de apro- 9. (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012)
ximadamente 9.270 hectares. Dessa área, 7 em cada 9 O sucessor do dobro de determinado número é 23. Esse
hectares são ocupados por florestas. mesmo determinado número somado a 1 e, depois, do-
Qual é, em hectares, a área desse Parque NÃO ocu- brado será igual a
pada por florestas? A) 24.
A) 2.060 B) 22.
B) 2.640 C) 20.
C) 3.210 D) 18.
D) 5.100 E) E6.
E) 7.210
Se o sucessor é 23, o dobro do número é 22, portanto
!
∙ 9270 = 7210!ℎ!"#$%!&!!ã!!!"#$%&!'!!"#!!"#$%&'( o número é 11.
(11+1)⋅2=24
!

9270 − 7210 = 2060!!ã!!é!!"#$%&%


! RESPOSTA: “A”.

RESPOSTA: “A”.
10. (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE
7. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- ADMINISTRATIVO - FCC/2012) Um atleta, participando
GRANRIO/2013) Gilberto levava no bolso três moedas de uma prova de triatlo, percorreu 120 km da seguinte
de R$ 0,50, cinco de R$ 0,10 e quatro de R$ 0,25. Gilber- maneira: 1/10 em corrida, 7/10 de bicicleta e o restan-
to retirou do bolso oito dessas moedas, dando quatro te a nado. Esse atleta, para completar a prova, teve de
para cada filho. nadar
A diferença entre as quantias recebidas pelos dois A) 18 km.
filhos de Gilberto é de, no máximo, B) 20 km.
A) R$ 0,45 C) 24 km.
B) R$ 0,90 D) 26 km.
C) R$ 1,10 ! ! !
D) R$ 1,15 !"
+
!"
=
!"
!!"!!"##$%&!!!!"#"#$%&'
E) R$ 1,35
! !
!"#$: 1 − =
Supondo que as quatro primeiras moedas sejam as 3 !" !"
de R$ 0,50 e 1 de R$0,25(maiores valores).
!
Um filho receberia : 1,50+0,25=R$1,75 120 ∙
!"
= 24!"
E as ouras quatro moedas sejam de menor valor: 4 de
R$0,10=R$0,40. !RESPOSTA: “C”.
A maior diferença seria de 1,75-0,40=1,35

Dica: sempre que fala a maior diferença tem que o 11. (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE
maior valor possível – o menor valor. ADMINISTRATIVO - FCC/2012) Em um jogo de tabuleiro,
Carla e Mateus obtiveram os seguintes resultados:
RESPOSTA: “E”.
8. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
GRANRIO/2013) Multiplicando-se o maior número in-
teiro menor do que 8 pelo menor número inteiro maior
do que - 8, o resultado encontrado será
A) - 72
B) - 63

79
MATEMÁTICA

90 números de 2 algarismos: 0,002⋅90=0,18ml


De 100 a 999
999-100+1=900 números
900⋅0,003=2,7ml
1000=0,004ml

Somando: 0,009+0,18+2,7+0,004=2,893

Ao término dessas quatro partidas, RESPOSTA: “C”.


A) Carla perdeu por uma diferença de 150 pontos.
B) Mateus perdeu por uma diferença de 175 pontos. 14. (TJ/SP - AUXILIAR DE SAÚDE JUDICIÁRIO - AU-
C) Mateus ganhou por uma diferença de 125 pontos. XILIAR EM SAÚDE BUCAL – VUNESP/2013) O número
D) Carla e Mateus empataram. de frações cujo valor está entre 1/4 e 5/9 e que pos-
suem numerador inteiro positivo e denominador igual
Carla: 520-220-485+635=450 pontos a 36, é
Mateus: -280+675+295-115=575 pontos A) 9.
Diferença: 575-450=125 pontos B) 8.
C) 12.
RESPOSTA: “C”. D) 10.
E) 11.
1 9
12. (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIO- =
NISTA – INDEC/2013) O resultado do produto: 4 36
(! ! + !) ∙ ( ! − !)! é:
5 20
A) ! − !! =
9 36
B) 2 !
O número de frações é:
C) ! !!
20-9-1=10
D) ! − !!
! RESPOSTA: “D”.
2 2+1 ∙ 2−1 =2 2 −2 2+ 2−1
=4− 2−1=3− 2 15. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITEN-
! CIÁRIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Observe a se-
RESPOSTA: “D”. quência de figuras com bolinhas.

13. (TJ/SP - AUXILIAR DE SAÚDE JUDICIÁRIO - AU-


XILIAR EM SAÚDE BUCAL – VUNESP/2013) Para nume-
rar as páginas de um livro, uma impressora gasta 0,001
mL por cada algarismo impresso. Por exemplo, para nu-
merar as páginas 7, 58 e 290 gasta-se, respectivamente, Mantendo-se essa lei de formação, o número de
0,001 mL, 0,002 mL e 0,003 mL de tinta. O total de tinta bolinhas na 13ª posição (P13) será de
que será gasto para numerar da página 1 até a página 1 A) 91.
000 de um livro, em mL, será B) 74.
A) 1,111. C) 63.
B) 2,003. D) 58.
C) 2,893. E) 89.
D) 1,003.
E) 2,561. P(13)=13+12+11+10+9+8+7+6+5+4+3+2+1=91 bo-
linhas
1 a 9 =9 algarismos=0,001⋅9=0,009 ml
De 10 a 99, temos que saber quantos números tem. RESPOSTA: “A”.
99-10+1=90.
16. (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF.
OBS: soma 1, pois quanto subtraímos exclui-se o pri- IMARUÍ/2014) Sobre o conjunto dos números reais é
meiro número. CORRETO dizer:

80
MATEMÁTICA

A) O conjunto dos números reais reúne somente os !"


números racionais. E) −!;!−!;!! ;! !"; !"!
B) R* é o conjunto dos números reais não negativos. !
C) Sendo A = {-1,0}, os elementos do conjunto A 16 = 4
não são números reais.
D) As dízimas não periódicas são números reais.
25 = 5
A) errada - O conjunto dos números reais tem os con-
juntos: naturais, inteiros, racionais e irracionais. !"
B) errada – R* são os reais sem o zero.
= 4,67
!
C) errada - -1 e 0 são números reais. ! 14
A ordem crescente é : −4;!−1;!! 16; ;! 25!!
RESPOSTA: “D”.
3
RESPOSTA: “D”.
17. (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILI-
DADE – FCC/2012) Uma montadora de automóveis pos- 19. (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTEN-
sui cinco unidades produtivas num mesmo país. No úl- TE ADMINISTRATIVO - FCC/2012) Uma forma de gelo
timo ano, cada uma dessas unidades produziu 364.098 tem 21 compartimentos iguais com capacidade de 8
automóveis. Toda a produção foi igualmente distribuí- ml cada. Para encher totalmente com água três formas
da entre os mercados consumidores de sete países. O iguais a essa é necessário
número de automóveis que cada país recebeu foi A) exatamente um litro.
A) 26.007 B) exatamente meio litro.
B) 26.070 C) mais de um litro.
C) 206.070 D) entre meio litro e um litro.
D) 260.007
E) 260.070 21 ∙ 8 = 168!!"!!"#"!!"#$%
364098�5=1820490 automóveis 168 ∙ 3 = 504!!"
! Portanto, são necessários entre meio litro e um litro.
1820490
= 260070
7 RESPOSTA: “D”.
!
20. (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE
RESPOSTA: “E”. ADMINISTRATIVO - FCC/2012) Amanda trabalha em
uma ONG que cuida de crianças e vai etiquetar as caixas
de recreação, especificando nelas o tipo e a turma mais
adequada ao uso.

18. (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Em um jogo


matemático, cada jogador tem direito a 5 cartões mar-
cados com um número, sendo que todos os jogadores
recebem os mesmos números. Após todos os jogadores
receberem seus cartões, aleatoriamente, realizam uma
determinada tarefa que também é sorteada. Vence o
jogo quem cumprir a tarefa corretamente. Em uma ro-
dada em que a tarefa era colocar os números marcados Como exemplo, a etiqueta QC - III será colocada na
nos cartões em ordem crescente, venceu o jogador que caixa que contém um quebra-cabeça para o grupo de
apresentou a sequência 5 a 6 anos.
!" Considerando que há recreação de todos os tipos
A) −!;!−!;! !";! !"; ! para todas as turmas, o número de tipos diferentes de
! etiquetas que Amanda irá fazer é
B) !" A) 25.
−!;!−!;! !";! ;! !"!
! B) 125.
C) 625.
C) −!;!−!;!!
!" D) 3125.
;! !"; ;! !"!
!
!" 5 recreações para 5 turmas: 5.5=25
D) −!;!−!;!! !"; ;! !"!
! RESPOSTA: “A”.

81
MATEMÁTICA

21. (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTEN- registrado 2 litros iguais de óleo a mais do que ele havia
TE ADMINISTRATIVO - FCC/2012) Parte de uma estra- comprado e que não havia registrado um litro de leite,
da está dividida em cinco trechos iguais por postos de o que fez com que o valor da compra ficasse R$ 5,10
combustíveis. De acordo com a figura abaixo, o carro maior do que o valor correto. Se o valor do litro de leite
estacionado no posto A está localizado no quilômetro era de R$ 2,50, então o valor de um litro de óleo era de
250,4 e o B está no quilômetro 376. O carro C está loca- A) R$ 3,40.
lizado no quilômetro B) R$ 3,80.
C) R$ 3,20.
D) R$ 3,60.
E) R$ 3,00.

A) 350,88. 63,50-5,10=58,40
B) 325,76. R$58,40 é o valor certo da compra com o leite.
C) 300,64. 58,40-2,50=55,90 –valor sem o leite
D) 275,52. 63,50-55,90=7,60 valor dos dois óleos
!,!"
A diferença entre A e B é de 125,6 = 3,80
376 − 250,4 = 125,6 !
!
O valor de cada óleo é R$3,80
125,6
= 25,12!!"#"!!"#$%
5 RESPOSTA: “B”.

25,12 ∙ 3 = 75,36
250,4 + 75,36 = 325,76 24. (ANVISA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CE-
! TRO/2013) No planejamento de uma festa, considera-
se que, em média, cada pessoa bebe 3 copos de 300mL
RESPOSTA: “B”. de refrigerante. Numa festa, foram servidas integral-
22. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Para certo cri- mente 36 garrafas de 2,5L. Com base nesses números,
me, com pena de reclusão de seis a vinte anos, poderá e admitindo que todos tomaram refrigerante, é correto
ocorrer a diminuição da pena de um sexto a um terço. afirmar que o número médio de pessoas nessa festa era
Supondo que ao infrator tenha sido aplicada a dimi- A) 90.
nuição mínima sobre a pena máxima, a pena atribuída B) 95.
a ele é de C) 100.
A) 14 anos e 4 meses. D) 105.
B) 15 anos e 3 meses. E) 110.
C) 16 anos e 8 meses.
D) 17 anos e 2 meses. 36 ∙ 2,5 = 90! = 90000!!"
Pena máxima: 20 anos !!""""
= 300!!"#"$
!""
Diminuição mínima: um sexto !
1
20 ∙ = 3,33!!"# Como cada pessoa consumiu em média 3 copos
6
!""
= 100!!"##$%#
20 − 3,33 = 16,67!!"#$ !
!
!
1 ano-----12 meses RESPOSTA: “C”.
0,67----x
X=8 meses
25. (METRÔ/SP – ENGENHEIRO SEGURANÇA DO
A pena atribuída é de 16 anos e 8 meses TRABALHO – FCC/2014) resultado dessa expressão nu-
mérica:
RESPOSTA: “C”.

23. (SEAP – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PE-


NITENCIÁRIA – VUNESP/2013) Ao conferir a nota fiscal
de uma compra feita em um supermercado, no valor de
R$ 63,50, José percebeu que, por engano, o caixa havia

82
MATEMÁTICA

é igual a : 28. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013) As-


A) 256. sinale a alternativa correspondente à forma trigonomé-
B) 128. trica do número complexo z=1+i:
C) 64. ! !
D) 512. A) ! = !(!"# ! + ! ∙ !"# ! )!
E) 1. ! !
B) ! = !(!"# + ! ∙ !"# )!
!! ! !
2! = 2!" ! ! !
C) ! = ! (!"# ! + ! ∙ !"# ! )!
2! ! ! = 2!
! ! ! !
2! ! = 2! D) ! = (!"# + ! ∙ !"# )!
! ! !
! !
2! = 2! ! ! !
E) ! = (!"# + ! ∙ !"# )!
! ! !

! !" !! != 1! + 1² = 2
∙ !! = 2! = 256 1 2
!!
! !"#$ = = = !"#$
2 2
RESPOSTA: “A”. !
!=
26. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Assinale a al- 4
ternativa que apresenta o módulo do número comple-
! !
! = 2(cos + ! ∙ !"# )
xo abaixo. 4 4
!
! + !" !
!= RESPOSTA: “A”.
!
A) 36. 29. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA/2013) O
B) 25. valor do módulo do número complexo (i62+i123) é:
C) 5. A) Um número natural.
D) 6. B) Um número irracional maior que 5.
C) Um número racional menor que 2.
1 + 4! − 4 −3 + 4! ! D) Um número irracional maior que 3.
!= = ∙ = 3! + 4 E) Um número irracional menor que 2.
! ! !
62/4=15 e resto 2 então i62=i2=-1
! = 3! + 4² = 5 123/4=30 e resto 3 então i123=i3=-i
! ! !" + ! !"# = −1 − !
RESPOSTA: “C”.
−1 ! + (−1)² = 2
27. (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012)
Considere a igualdade x + (4 + y) . i = (6 − x) + 2yi , em !
que x e y são números reais e i é a unidade imaginária. RESPOSTA: “E”.
O módulo do número complexo z = x + yi, é um número
A) maior que 10.
B) quadrado perfeito.
C) irracional.
D) racional não inteiro.
E) primo.

x=6-x
x=3
4+y=2y
y=4

! = 3! + 4² = 5!

RESPOSTA “E”.

83
MATEMÁTICA

30. (PREF. AMPARO/SP – AGENTE ESCOLAR – CON- 33. (PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTA-
RIO/2014) Descubra o 99º termo da P.A. (45, 48, 51,...) DOR SOCIAL – IDECAN/2013) Durante uma pesquisa,
A) 339 foi constatado que a cada dia triplicava o volume de
B) 337 lixo em um certo lago. Se no 7º dia dessa pesquisa ha-
C) 333 via 3645 m³ de lixo nesse lago, então o volume de lixo
D) 331 que havia no 1º dia da pesquisa era
A) 4 m³.
r=48-45=3 B) 5 m³.
C) 6 m³.
!! = 45 D) 7 m³.
!! = !! + ! − 1 ! E) 8 m³.
!!! = 45 + 98 ∙ 3 = 339
q=3
!
RESPOSTA: “A”. !!! = !! ∙ ! !!!
3645 = !! ∙ 3!
31. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI- !"#$
NISTRATIVO – FCC/2014) Uma sequência inicia-se com !! = !"# = 5
o número 0,3. A partir do 2º termo, a regra de obtenção !
dos novos termos é o termo anterior menos 0,07. Dessa RESPOSTA: “B”.
maneira o número que corresponde à soma do 4º e do
7º termos dessa sequência é 34. (PREF. NEPOMUCENO/MG – TÉCNICO EM SE-
A) -6,7. GURANÇA DO TRABALHO – CONSULPLAN/2013) O pri-
B) 0,23. meiro e o terceiro termos de uma progressão geomé-
C) -3,1. trica crescente são, respectivamente, 4 e 100. A soma
D) -0,03. do segundo e quarto termos dessa sequência é igual a
E) -0,23. A) 210.
!! = !! − ! − 1 ! B) 250.
!! = 0,3 − 3.0,07 = 0,09 C) 360.
!! = 0,3 − 6.0,07 = −0,12 D) 480.
E) 520.
! = !! + !! = 0,09 − 0,12 = −0,03
!
!! = !! ∙ ! !!!
!! = !! ∙ ! !
RESPOSTA: “D”.
100 = 4 ∙ !!
32. (MPE/AM – AGENTE DE APOIO- ADMINISTRA- !! = 25
TIVO – FCC/2013) Considere a sequência numérica for- !=5
mada pelos números inteiros positivos que são divisí-
veis por 4, cujos oito primeiros elementos são dados a
!! = !! ∙ ! = 4 ∙ 5 = 20
seguir. !! = !! ∙ ! = 100 ∙ 5 = 500
!! + !! = 20 + 500 = 520
(4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32,...) !
RESPOSTA: “E”.
O último algarismo do 234º elemento dessa se- 35. (PREF. NEPOMUCENO/MG – TÉCNICO EM SE-
quência é GURANÇA DO TRABALHO – CONSULPLAN/2013) Jonas
A) 0 começou uma caminhada no quarteirão com a intenção
B) 2 de completar 4 voltas em torno do mesmo. Se, a cada
C) 4 volta, ele demora 5 minutos a mais que o tempo gasto
D) 6 na volta anterior, gastando nas 4 voltas um total de 1
E) 8 hora e 2 minutos, então o tempo gasto para completar
r=4 a primeira volta foi de
!! = !! + ! − 1 ! A) 6 minutos.
B) 7 minutos.
!!"# = 4 + 233 ∙ 4 = 936 C) 8 minutos.
! D) 9 minutos.
Portanto, o último algarismo é 6. E) 10 minutos.

RESPOSTA: “D”. r=5 minutos


1 hora e 2 minutos=62 minutos

84
MATEMÁTICA

Décimo terceiro termo é o 7º termo da sequência im-


!! = !! + 3! par
!! = !! + 3 ∙ 5 = !! + 15
!! + !! ! A sequência ímpar(1ºtermo,3ºtermo..) a r=-1
!! = !! = !! − ! − 1 !
2
!! + !! 4 !!! = 20 − 6 = 14 = !
!! = ! !"
2 = = 0,56 = 56%
! !"
62 = 2 !! + !! + 15 !
31 = 2!! + 15 RESPOSTA: “C”.
2!! = 16
!! = 8!!"#$%&' 38. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
! GRANRIO/2013) Progressões aritméticas são sequên-
RESPOSTA: “C”. cias numéricas nas quais a diferença entre dois termos
consecutivos é constante.
36. (TRF 3ª – ANALISTA JUDICIÁRIO-INFORMÁTI- A sequência (5, 8, 11, 14, 17, ..., 68, 71) é uma pro-
CA – FCC/2014) Um tabuleiro de xadrez possui 64 casas. gressão aritmética finita que possui
Se fosse possível colocar 1 grão de arroz na primeira A) 67 termos
casa, 4 grãos na segunda, 16 grãos na terceira, 64 grãos B) 33 termos
na quarta, 256 na quinta, e assim sucessivamente, o to- C) 28 termos
tal de grãos de arroz que deveria ser colocado na 64ª D) 23 termos
casa desse tabuleiro seria igual a E) 21 termos
A) 264.
B) 2126. an=71
C) 266. a1=5
D) 2128. r=8-5=3
E) 2256. !! = !! + ! − 1 !
71 = 5 + ! − 1 3
Pelos valores apresentados, é uma PG de razão 4
A64=? 3! − 3 + 5 = 71
a1=1 3! = 69
q=4 ! = 23!!"#$%&
n=64
!! = !! ∙ ! !!!
! RESPOSTA: “D”.
!! = 1 ∙ 4!" = 2! !" = 2!"# 39. (TJ/SP - AUXILIAR DE SAÚDE JUDICIÁRIO - AU-
! XILIAR EM SAÚDE BUCAL – VUNESP/2013) Em uma re-
RESPOSTA: “B”. união de condomínio com 160 pessoas presentes, cada
37. (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) uma recebeu um número diferente, a partir de 1 até
Considere que os termos da sucessão seguinte foram 160. Na reunião, foram feitas duas comissões (A e B)
obtidos segundo determinado padrão. com os seguintes integrantes: na comissão A, as pes-
(20, 21, 19, 22, 18, 23, 17, ...) soas portadoras de número ímpar e, na comissão B, as
Se, de acordo com o padrão estabelecido, X e Y são pessoas portadoras de número múltiplo de 3. Dentre as
o décimo e o décimo terceiro termos dessa sucessão, pessoas presentes na reunião, os participantes de am-
então a razão Y/X é igual a bas as comissões correspondem à
A) 44%. A) 16,875%.
B) 48%. B) 16,250%.
C) 56%. C) 17,500%.
D) 58%. D) 18,750%.
E) 64%. E) 18,125%.

Pensando no décimo termo da sequência como o 5º O último número ímpar e múltiplo de 3 é o 159.
termo da sequência par(2ºtermo,4ºtermo..):
Sequência ímpar: 1,3,5,7,9 11,13,15,17,19,21....
!! = 21!!!! = 1
!!!! = !! + ! − 1 ! Sequência múltiplo: 3,6,9,12,15,18,21...
!! = 21 + 4 = 25 = !
!

85
MATEMÁTICA

A cada 6 números (3,9,15..) o número estará nas duas


comissões. !!" = !! + 11!
!!" = −7 + 11 ∙ −2
a1=3 !!" = −7 − 22 = −29
an=159
r=6
!
!! = !! + ! − 1 ! RESPOSTA: “B”.
159 = 3 + ! − 1 6
42. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Para participar
6! − 6 + 3 = 159 da Corrida Ciclística da Polícia Militar, um policial faz
6! = 156 o seguinte treinamento: na primeira hora, ele percorre
! = 26 30km; na segunda hora, ele percorre 27km, e, assim por
26 diante, em progressão aritmética. Portanto, após 5 ho-
!= = 0,1625 = 16,25% ras de treinamento, ele terá percorrido
160 A) 90km.
B) 100km.
!Participarão de ambas as comissões 16,25% C) 110km.
D) 120km.
RESPOSTA: “B”.
!! = !! + 4!
40. (PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR –
CESGRANRIO/2012) Álvaro, Bento, Carlos e Danilo tra- !! = 30 − 12 = 18
balham em uma mesma empresa, e os valores de seus
salários mensais formam, nessa ordem, uma progres- !
são aritmética. Danilo ganha mensalmente R$ 1.200,00 !! = (!! + !! ) ∙ !
a mais que Álvaro, enquanto Bento e Carlos recebem,
juntos, R$ 3.400,00 por mês. !
Qual é, em reais, o salário mensal de Carlos? !! = 30 + 18 ∙ ! = 120!!"
A) 1.500,00 !
B) 1.550,00 RESPOSTA: “D”.
C) 1.700,00 43. (METRÔ/SP – USINADOR FERRAMENTEIRO –
D) 1.850,00 FCC/2014) O setor de almoxarifado do Metrô necessita
E) 1.900,00 numerar peças de 1 até 100 com adesivos. Cada adesivo
Álvaro ganha: x utilizado no processo tem um único algarismo de 0 a 9.
De Álvaro para Bento:r Por exemplo, para fazer a numeração da peça número
Álvaro para Carlos: 2r 100 são gastos três adesivos (um algarismo 1 e dois al-
Álvaro para Danilo: 3r garismos 0). Sendo assim, o total de algarismos 9 que
3r=1200 serão usados no processo completo de numeração das
r=400 peças é igual a
A) 20.
x+r+x+2r=3400 B) 10.
x+400+x+800=3400 C) 19.
2x=2200 D) 18.
X=1100 E) 9.
Portanto, o salário de Carlos é 1100+800=1900 99 = 9 + ! − 1 10
10! − 10 + 9 = 99
RESPOSTA: “E”.
! = 10
!
41. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) O 12 Vamos tirar o 99 pra ser contato a parte: 10-1=9
termo da progressão aritmética (-7, -9, -11,...) é
A) -27. 99 = 90 + ! − 1
B) -29. ! = 99 − 90 + 1 = 10
!
C) -31. São 19 números que possuem o algarismo 9, mas o 99
D) -32. possui 2
19+1=20
a1=-7
r=-9-(-7)=-2 RESPOSTA: “A”.

86
FÍSICA

5.1 ESTÁTICA: Noções de cálculo vetorial – conceito e operações com vetores; composição e decomposição de vetores;
conceito de força e suas unidades, sistemas de unidades; sistemas de forças; momento de uma força em relação a um
ponto; equilíbrio de ponto material e de corpo extenso; centro de gravidade e centro de massa; plano inclinado, e for-
mas de equilíbrio.......................................................................................................................................................................................................01
5.2 CINEMÁTICA: Conceitos básicos de repouso e movimento de ponto material e corpo extenso - referencial, trajetória,
deslocamento, velocidade e aceleração; Movimento Retilíneo Uniforme (M.R.U.) - conceito, equação horária e gráfi-
cos; Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (M.R.U.V.) - conceito, equações horárias e de Torricelli e gráficos;
aceleração da gravidade, queda livre e lançamento de projéteis; e Movimento Circular Uniforme (M.C.U.) - conceito e
aplicações.....................................................................................................................................................................................................................12
5.3 DINÂMICA: Leis de Newton - aplicações; massa e peso dos corpos; Lei de Hooke; atrito e aplicações; trabalho me-
cânico, trabalho de forças dissipativas; potência mecânica e rendimento; energias cinética, potencial gravitacional e po-
tencial elástica; energia mecânica e princípio da conservação da energia; impulso e quantidade de movimento, colisões,
conservação da quantidade de movimento, e gravitação, leis de Kepler, lei da gravitação universal.................................... 22
5.4 HIDROSTÁTICA: Pressão e densidade; pressão atmosférica - experiência de Torricelli; princípio de Stevin - vasos co-
municantes; princípio de Pascal - aplicações; e princípio de Arquimedes - Empuxo..................................................................... 46
5.5 ONDAS/ACÚSTICA: Conceito, natureza e tipos; ondas periódicas, princípio da superposição, princípio de Huygens,
reflexão e refração; ondas sonoras, propagação e qualidades do som; propriedades das ondas sonoras - reflexão, refra-
ção, difração e interferência. Tubos sonoros..................................................................................................................................................49
5.6 CALOR: Calor e temperatura: conceitos, fontes e processos de propagação de calor. Efeitos do calor: mudanças de
estado físico. Dilatação térmica de sólidos e líquidos. Termometria. Escalas termométricas e calorimetria. Estudo geral
dos gases ideais: equação de Clapeyron, leis da termodinâmica.........................................................................................................64
5.7 ÓPTICA: Luz - fenômenos luminosos, tipos de fontes e meios de propagação. Princípios da óptica geométrica.
Sombra e penumbra. Reflexão - conceito, leis e espelhos planos e esféricos. Refração: conceito, leis, lâminas, prismas e
lentes. Olho humano - principais defeitos da visão. Instrumentos ópticos.......................................................................................73
5.8 ELETRICIDADE: Conceito e processos de eletrização e princípios da eletrostática. Força elétrica. Campo, trabalho e
potencial elétricos. Lei de Coulomb. Capacidade elétrica. Capacitores e associações. Campo elétrico. Linhas de força. Lei
de Gauss. Potencial elétrico. Diferença de potencial e trabalho num campo elétrico. Corrente elétrica - conceito, efeitos
e tipos, condutores e isolantes. Leis de Ohm, resistores e associações e Ponte de Wheatstone. Circuitos elétricos. Gera-
dores e receptores. Instrumentos de medição elétrica..............................................................................................................................77
5.9 ELETROMAGNETISMO: Ímãs. Fenômenos magnéticos fundamentais. Força magnética e bússola. Classificação das
substâncias magnéticas. Campo magnético - conceito e aplicações. Campo magnético de uma corrente elétrica em
condutores retilíneos e espiras. Lei de Biot-Savart. Lei de Ampère. Eletroímã. Força magnética sobre cargas elétricas e
condutores percorridos por corrente elétrica. Indução eletromagnética. Lei de Faraday. Lei de Lenz................................... 91
FÍSICA

5.1 ESTÁTICA: NOÇÕES DE CÁLCULO


VETORIAL – CONCEITO E OPERAÇÕES COM
VETORES; COMPOSIÇÃO E DE
COMPOSIÇÃO DE VETORES; CONCEITO
DE FORÇA E SUAS UNIDADES, SISTEMAS
DE UNIDADES; SISTEMAS DE FORÇAS;
MOMENTO DE UMA FORÇA EM RELAÇÃO
A UM PONTO; EQUILÍBRIO DE PONTO sentido
MATERIAL E DE CORPO EXTENSO;
CENTRO DE GRAVIDADE E CENTRO Portanto, para cada direção existem dois sentidos.
DE MASSA; PLANO INCLINADO, E Além da posição, a velocidade, a aceleração e a força são,
FORMAS DE EQUILÍBRIO. por exemplo, grandezas vetoriais relevantes na Mecânica.
Através de atividades realizadas numa mesa de for-
ças, identificaremos e determinaremos a equilibrante de
um sistema de duas forças colineares ou não-colineares e
calcular a resultante de duas forças utilizando método al-
Grandezas Escalares e Vetoriais gébrico e geométrico. Comprovar o efeito de mudança de
ângulo no módulo da força resultante. Forças são definidas
A Física lida com um amplo conjunto de grandezas. como grandezas vetoriais em Física. Com efeito, uma for-
Dentro dessa gama enorme de grandezas existem algu- ça tem módulo, direção e sentido e obedecem as leis de
mas, cuja caracterização completa requer tão somente um soma, subtração e multiplicação vetoriais da Álgebra. Este
número seguido de uma unidade de medida. Tais grande- é um conceito de extrema valia, pois comumente o movi-
zas são chamadas grandezas escalares. mento ou comportamento de um corpo pode ser estudado
em função da somatória vetorial das forças atuantes sobre
Exemplos dessas grandezas são a massa e a tempera- ele, e não de cada uma individualmente. Por outro lado,
tura. Uma vez especificado que a massa é 1kg ou a tem- uma determinada força pode também ser decomposta em
peratura é 32ºC, não precisamos de mais nada para carac- subvetores, segundo as regras da Álgebra, de modo a me-
terizá-las. lhor analisar determinado comportamento.
Outras grandezas há que requerem três atributos para Advém da compreensão da força como uma grande-
a sua completa especificação como, por exemplo, a posi- za vetorial a definição da Primeira Lei de Newton. Esta lei
ção de um objeto. Não basta dizer que o objeto está a 200 postula que:
metros. Considerando um corpo no qual não atue nenhuma
Se você disser que está a 200 metros existem muitas força resultante, este corpo manterá seu estado de movi-
possíveis localizações desse objeto (para cima, para baixo, mento: se estiver em repouso, permanecerá em repouso;
para os lados, por exemplo). se estiver em movimento com velocidade constante, conti-
Dizer que um objeto está a 200 metros é necessário, nuará neste estado de movimento. Assim, pode-se de fato
porém não é suficiente. aplicar várias forças a um corpo, mas se a resultante veto-
A distância (200 metros) é o que denominamos, em rial destas for nula, o corpo agirá como se nenhuma força
Física, módulo da grandeza. Para localizar o objeto, é pre- estivesse sendo aplicada a ele. Este é o estado comum de
ciso especificar também a direção e o sentido em que ele “equilíbrio” da quase totalidade dos corpos no cotidiano,
se encontra. já que sempre há, na proximidade da Terra, a força da gra-
vidade ou peso atuando sobre todos os corpos. Um livro
Isto é, para encontrar alguém a 200 metros, precisamos deitado sobre uma mesa está na verdade sofrendo a ação
abrir os dois braços indicando a direção e depois fechar um de pelo menos duas forças, que se equilibram ou anulam
deles especificando o sentido. Na vida cotidiana, fazemos e dão-lhe a aparência de estar parado. Os experimentos a
os dois passos ao mesmo tempo, economizando abrir os seguir ajudarão a demonstrar o comportamento algébrico
dois braços. e geométrico de duas forças. A discussão, quando apro-
priado, far-se-á intercalada à descrição dos experimentos.
Resumindo: Uma grandeza vetorial é tal que sua ca-
racterização completa requer um conjunto de três atribu-
tos: o módulo, a direção e o sentido.

Direção: é aquilo que existe de comum num feixe de


retas paralelas.

Sentido: podemos percorrer uma direção em dois sen-


tidos.

1
FÍSICA

Composição de Forças Colineares Alinhou-se a altura do dinamômetro com a altura da


mesa de forças, de modo a que os fios de ligação ficas-
   sem paralelos à mesa, mas que não a tocassem, evitando
assim forças de atrito indesejáveis. Batendo com o dedo
levemente sobre a mesa e sobre a capa de proteção do
dinamômetro, tensões foram aliviadas enquanto movia-se
o conjunto do dinamômetro, mantendo o anel centrado no
meio da mesa. Ver novamente a Figura 3.
Criou-se, assim, um sistema de duas forças de mesma
direção, mesmo módulo e sentidos opostos, que equilibra-
ram o conjunto de massa m numa ponta. Uma das forças
é a força peso exercida pelo conjunto de massa, e a outra
força é exercida pelo dinamômetro. Fazendo a leitura do
dinamômetro, obteve-se o valor: Fe = 1,18 N
Este valor é muito próximo da força F1 anteriormente
medida do conjunto de massa, que foi de 1,154N. Impre-
Figura 1: Mesa de Forças. cisões do dinamômetro e influência de forças de atrito e
inércia rotacional da roldana e fio resultam na diferença
encontrada, uma vez que a teoria prevê valores idênticos.
Entretanto, o fato de que o sistema não se movimenta in-
dica a existência do equilíbrio, independente dos valores
lidos no dinamômetro. Veja Figura 4 para uma ilustração
das forças atuantes.

Figura 2: Mesa de forças e suporte para dinamômetro.


Figura 4: Forças em equilíbrio.
Procedimento e Discussão Se o sistema está em equilíbrio e não apresenta mo-
vimento, conclui-se que nenhuma força resultante deverá
Determinou-se o peso F1 do um conjunto de massa m estar agindo sobre ele. Assim, a força equilibrante Fe anula
formado por um gancho lastro mais duas massas acoplá- completamente a força peso F1. Acrescentando outra mas-
veis. sa de peso 0,5N ao conjunto de massa m, novamente mo-
F1 = 1,154 N vimentou-se o dinamômetro de modo a posicionar o anel
Uma roldana foi afixada na posição 0o da mesa de for- no centro da mesa de forças. Fez-se nova leitura então do
ças, e o conjunto de massa m, através do cordão, foi passa- dinamômetro, que representa a força equilibrante Fe.
do por ela e afixado no anel central. Ver Figura 3.
Fe = 1,68 N

Conclui-se que esse peso de 0,5N foi somado em mó-


dulo à força Fe, que apresentou um aumento de precisos
0,5N. É lícito então afirmar que duas forças colineares de
sentidos opostos se subtraem.
No experimento acima, como os módulos eram idên-
ticos, o resultado foi um vetor zero. Da mesma maneira, é
Figura 3: Vista superior da mesa de forças. possível afirmar que o vetor força resultante de duas ou
  mais forças colineares de mesmos sentidos é a somató-
 A fim de conferir equilíbrio ao sistema, uma segunda ria dos módulos de cada vetor força. É precisamente o
força Fe, denominada equilibrante, será aplicada segundo que ocorreu na adição de um peso de 0,5N ao conjunto
direção e sentido apropriados. A fim de obter tal façanha, de massa m no experimento acima. Um vetor força peso
prendeu-se o conjunto de suporte com o dinamômetro na de módulo 0,5N, de mesmo sentido e direção que o vetor
ponta oposta da massa m, de modo que o anel central que peso anterior de 1,154N foi a ele somado.
prende os ganchos com fios ficasse centrado no pino exis- Graficamente, isso pode ser representado conforme
tente no meio do disco de forças. observado na Figura 5.

2
FÍSICA

O dinamômetro foi movimentado até que o anel ficas-


se centrado no pino da mesa de forças.
Inicialmente escolheu-se um ângulo qualquer entre F1
e F2 e fez-se uma leitura no dinamômetro. À medida em
que o ângulo entre estas forças foi sendo ajustado de modo
a aumentar, percebeu-se que o dinamômetro tendia a indi-
car forças menores. Chegou-se a um ângulo de 180o entre
as forças, e o dinamômetro indicou zero. Isso é consistente
com a regra de soma vetorial. Vejamos a Figura 7.

Figura 5: Soma e subtração de vetores força.


Figura 7: Vetores em 90 graus.
Em I, os vetores F1 e F2 são somados, posicionando-se
a origem do vetor F2 coincidente com a extremidade do O vetor resultante de F1 e F2, traçado com auxílio de um
vetor F1. O vetor resultante então é traçado da origem de paralelogramo conforme indicado na figura, tem mesmo
F1 à extremidade de F2, conforme as regras geométricas da módulo, direção e sentido oposto ao vetor Fe, que é o valor
somatória vetorial. Na subtração, em II, F2 é subtraído de indicado no dinamômetro. Ao aumentar o ângulo entre F1
F1, posicionando-se pois a origem de F2 na extremidade e F2, este vetor resultante vai diminuindo em módulo, con-
de F1 e traçando-se então o vetor resultante da origem de forme foi indicado no dinamômetro. Se este ângulo chega
F1 à extremidade de F2. Observar que F2 em II é o mes- a 180o , isso significaria vetores colineares e de sentidos
mo vetor F2 em I, porém de sentido oposto. A resultante é opostos. Como têm o mesmo módulo, anular-se-iam mu-
tuamente e o resultante seria zero.
portanto menor. Tomando-se F1 e F2 de mesmo módulo, é
Por outro lado, diminuindo-se o ângulo entre F1 e F2
óbvio que a resultante seria zero, conforme demonstrou-se
até chegar a 0o, a resultante seria a soma dos módulos de
no experimento.
ambos. Assim sendo, tomando a equação vetorial:
Composição de Forças Ortogonais F r = F1 + F2

Procedimento e Discussão Fr atinge valor máximo quando o ângulo entre os ve-


tores F1 e F2 for de 0o, sendo F1 e F2 de mesmo sentido. Fr
Tomou-se dois conjuntos de massa com pesos F1 e F2, atinge seu valor mínimo, ou zero, quando o ângulo é 180o.
medidos com o dinamômetro, conforme abaixo:
Forças Concorrentes Quaisquer
F1 = 0,66N  
F2 = 0,66N Procedimento e Discussão
O objetivo deste experimento é determinar o ângulo a
Montou-se esses pesos na mesa de forças conforme a entre duas forças F1 e F2, de mesmo módulo, de modo que
Figura 6. uma terceira força F3 de módulo igual às anteriores equili-
bre o sistema. Usando a Lei dos Cossenos adaptada para o
formato abaixo:

É possível determinar algebricamente este ângulo.


Esta é uma equação modificada da Lei dos Cossenos, pois
considera o menor ângulo formado pelos vetores (que são
posicionados de forma a terem a mesma origem). Este me-
nor ângulo é o suplemento do maior ângulo formado se se
posicionar a origem de um vetor na extremidade de outro.
Como cos(180-a ) = -cos(a ), o sinal do termo 2F1F2cosa é
positivo, ao invés do esperado negativo da Lei dos Cosse-
Figura 6: Vista superior. nos. Ver Figura 8.

3
FÍSICA

Um erro consideravelmente baixo, levando em con-


ta que desconsiderou-se para efeito de cálculo influência
do atrito das roldanas, inércia rotacional das mesmas e er-
ros de leitura e precisão do dinamômetro. De fato, pois, o
ângulo de 120o é o indicado para equilibrar três forças de
iguais módulos e mesma origem.

A equação pode
portanto ser usada para calcular o módulo da força resul-
Figura 8: Representação geométrica da tante de quaisquer forças coplanares, sabendo-se o menor
Lei dos Cossenos adaptada. ângulo entre elas e tendo a origem dos vetores num ponto
comum.
Determinou-se então algebricamente o ângulo neces-
sário para estabelecer equilíbrio entre as forças. Tomando
F3 = F2 = F1 = F, vem:

Os experimentos realizados puderam demonstrar as


fórmulas e teorias algébricas da composição e decompo-
A fim de comprovar este valor experimentalmente, to- sição de vetores, ou seja, a soma vetorial e a resultante
mou-se dois pesos F de módulos iguais, 0,66N, e montou- de vetores. Foi possível experimentar várias configurações
se todo o conjunto sobre a mesa de forças de modo que diferentes de pesos e ângulos e observar de imediato as
o ângulo entre todas as forças fosse de 120o. Ver Figura 9. alterações e influência, registradas no dinamômetro. O ex-
perimento com forças concorrentes foi de especial valia,
pois com ele podia-se vislumbrar o efeito na resultante do
ângulo formado pelas forças e serviu de comprovação ir-
refutável do ângulo fixo e constante que equilibra três for-
ças de mesmo módulo e origem. Esta é uma configuração
comum e importante em geradores de corrente alternada
trifásicos, obtendo-se aproximadamente 380 Volts de três
fases de 110 V em ângulos de 120o.

Figura 9: Sistema em equilíbrio de forças de módulos Vetores – Movimento Curvilíneo


iguais.
Para que se determine uma grandeza escalar, é neces-
sário determinar um valor para todos os problemas que se
Obteve para a leitura do dinamômetro o valor da força
deseja medir. Por exemplo: dizemos que a área coberta de
equilibrante Fe.
uma casa é de 300 m², ou que uma criança tem uma febre
de 38ºC. Podemos então entender que todos as grandezas,
Fe = 0,65N ficam mais fáceis de se visualizar quando se estipula apenas
o seu valor, denominada de grandezas escalares. A gran-
Usando-se a Lei dos Cossenos, calculou-se o valor teó- deza vetorial, só é determinada quando se conhece o seu
rico a ser obtido no sistema para o módulo da força Fe. módulo, a sua direção e o seu sentido. Podemos considerar
Assim, como grandeza vetorial, a velocidade, a força, onde devere-
mos especificar o seu módulo (intensidade) e direção (hori-
zontal ou vertical) e seu sentido (para cima ou para baixo).
As grandezas escalares, se adicionam segundo espe-
cificações da álgebra, porém para se operar as grandezas
vetoriais, usaremos recursos diferentes. Podemos concluir,
Comparando-se este valor com o achado experimen- com relação as grandezas vetoriais, que:
talmente, vem: Considerando um deslocamento de A para B, em segui-
da de B para C, seu efeito final é levar o carro de A para C.
Consideramos então, que o vetor c é a soma ou resultante
dos vetores a e b. Esta é a forma de adicionar dois desloca-
mentos para qualquer grandeza vetorial.

4
FÍSICA

Concluímos então conforme o autor que, “para encon- Medir é comprar uma quantidade de uma grandeza
trar a resultante, c, de dois vetores a e b traçamos o vetor qualquer com outra quantidade da mesma grandeza que
b de modo que sua origem coincida com a extremidade se escolhe como “unidade”. Careceria de sentido tentar
do vetor a com a extremidade do vetor b, obtendo a re- medir uma quantidade de uma grandeza com uma unida-
sultante c. de de outra grandeza. Ninguém, mesmo que esteja louco,
Regra do Paralelogramo – Para se determinar o para- pretenderá medir a extensão de um terreno em quilogra-
lelogramo, é necessário fazer com que a resultante c seja mas, ou o comprimento de uma rua em litros. A Física não
dada pela diagonal deste paralelogramo que parte da trabalha com números abstratos. O fundamental é medir
origem comum dos dois vetores, sendo denominado tal e o resultado da medição é um número e o nome da uni-
processo de regra do paralelogramo. Resultante de vários
dade que se empregou. Assim, pois, cada quantidade fica
vetores – Utilizaremos o mesmo processo para o resultante
expressa por uma parte numérica e outra literal. Exemplos:
de dois vetores, porém a sua resultante deverá ser capaz de
substituir os deslocamentos sucessivos combinados, que 10 km; 30 km/h; 8h. Opera-se com as unidades como se
una a sua origem do primeiro vetor com a extremidade fossem números; assim:
do último. Para que se determine os componentes de um
vetor, é necessário saber que: o componente de um vetor,
segundo uma direção, é a projeção (ortogonal) do vetor
naquela direção ao determinarmos as componentes retan- A Grandeza Tempo
gulares de um vetor v, encontramos dois vetores, que em
conjunto podem substituir o vetor v. Feche seus olhos por alguns instantes. Abra-os, então,
enquanto conta “um, dois, três”. Feche-os novamente. Que
Vetor Velocidade e Vetor Aceleração notou você enquanto seus olhos estavam abertos? Se você
estiver numa sala comum, pouca coisa terá acontecido.
Vetor velocidade – Conforme esclarece o autor, “a di- Nada pareceu sofrer modificação. Mas se você tivesse es-
reção de v é tangente à trajetória no ponto que a partícula tado sentado durante algumas horas, mantendo os olhos
ocupa no instante considerado e o seu ponto que a par- abertos, veria pessoas indo e vindo, movendo cadeiras,
tícula ocupa no instante considerado e o seu sentido é o abrindo janelas. O que aconteceu na sala parece depender
sentido do movimento da partícula naquele instante”. do intervalo de tempo durante o qual você observa. Olhe
Aceleração centrípeta – É necessário que sua velocida-
durante um ano, e a planta em seu vaso há de crescer, florir
de permaneça constante, sendo um vetor perpendicular à
e murchar. As medidas de tempo às quais nos referimos
velocidade e dirigida para o centro da trajetória, também
sendo chamada de aceleração normal. nesses exemplos dizem respeito à duração de um aconteci-
Aceleração tangencial – É aquela onde possui vetores mento e são indicadas por um “intervalo de tempo”. Entre-
na mesma direção de v (tangente a trajetória), se caracteri- tanto, também usamos medidas de tempo para definirmos
zando pela variação do módulo de v. quando se deu tal acontecimento e, nesse caso, estamos
Podemos concluir que: sempre que variar a direção do indicando um “instante de tempo”.
vetor velocidade de um corpo, este corpo possuirá acele- Para medirmos intervalos de tempo podemos usar
ração centrípeta. Sempre que variar o módulo do vetor ve- apenas um cronômetro - ele é destravado, parte do zero, e
locidade de um corpo possuirá uma aceleração tangencial. mede a extensão de um intervalo de tempo. Por outro lado,
As Ciências chamadas Exatas (a Física, a Química, a As- para medirmos instantes de tempo podem ser medidas
tronomia, etc.) baseiam-se na “medição”, sendo esta sua com as mesmas unidades e entre elas as mais comumente
característica fundamental. Em outras Ciências, ao con- usadas são a hora, o minuto e o segundo. As relações en-
trário, o principal é a descrição e a classificação. Assim, a tre estas três unidades são muito conhecidas, mas vamos
Zoologia descreve e classifica os animais, estabelecendo mencioná-las aqui:
categorias de separação entre os seres vivos existentes. To- 1 h = 60 min
dos temos uma certa noção do que é medir e o que é uma 1 s = 1/60 h
medida. 1 min = 60 s
O dono de uma quitanda não pode realizar seus negó-
1 s = 1/3600 h
cios se não mede; com uma balança mede a quantidade de
1 h = 3600 s
farinha ou de feijão pedida. Um lojista, com o metro, mede
a quantidade de fazenda que lhe solicitaram. Em uma fá- 1 min = 1/60 h
brica mede-se com o relógio o tempo que os operários
trabalham. Há diferentes coisas que podem ser medidas; o As Grandezas Comprimento, Área e Volume
dono da quitanda mede “pesos”, o lojista “comprimentos”,
a fábrica “tempos”. Também podem ser medidos volumes, Comprimento
áreas, temperaturas, etc. Tudo aquilo que pode ser medi-
do chama-se “grandeza”, assim, o peso, o comprimento, o A unidade de comprimento é o metro (m), o qual pode
tempo, o volume, a área, a temperatura, são “grandezas”. ser dividido em 100 centímetros (cm) ou 1000 milímetros
Ao contrário, visto que não podem ser medidas, não são (mm). O múltiplo do metro mais usado é o quilômetro
grandezas a Verdade ou a Alegria. (km), que vale 1000 m.

5
FÍSICA

kg. Dentro do possível, fêz-se que a massa deste padrão


fosse igual à massa de 1 litro de água destilada a 150 C. Os
submúltiplos mais comuns do quilograma são a grama (g)
e a miligrama (mg), sendo 1 kg = 1000 g e 1g = 1000 mg. O
múltiplo mais usual do quilograma é a tonelada (t), sendo
1 t = 1000 kg.

Forças e suas Características

A ideia de força é bastante relacionada com a expe-


Área: A unidade de área é o metro-quadrado (m2). riência diária de qualquer pessoa: sempre que puxamos
Muitas vezes se faz confusão nas medidas de área, pois um ou empurramos um objeto, dizemos que estamos fazendo
quadrado com 10 unidades de comprimento de lado con-
uma força sobre ele. É possível encontrar forças que se ma-
tém 10 x 10 = 100 unidades de área. Assim 1cm = 10mm,
nifestam sem que haja contato entre os corpos que intera-
entretanto, 1cm2 = 100mm2, o que explica ao examinar-
mos a figura 8. Da mesma forma: gem. Por exemplo: um imã exerce uma força magnética de
atração sobre um prego mesmo que haja certa distância
1 m2 = 1m x 1m = 100cm x 100cm = 10000 cm2 entre eles; um pente eletrizado exerce uma força elétrica de
1 m2 = 1000mm x 1000mm = 1.000.000 mm2 atração sobre os cabelos de uma pessoa sem necessidade
de entrar em contato com eles; de forma semelhante a Ter-
Volume: A unidade é o metro cúbico (m3). De forma ra atrai os objetos próximos à sua superfície, mesmo que
análoga à área, podemos provar que um cubo com 10 uni- eles não estejam em contato com ela.
dades de comprimento contém 10 x 10 x 10 = 1000 unida-
des de volume. Intensidade, Direção e Sentido de uma Força

Imagine que uma pessoa lhe informe que exerceu so-


bre uma mola seu esforço muscular, deformando-a Apenas
com essa informação, você não pode fazer ideia de como
foi essa deformação, pois o esforço pode Ter sido feito
inclinadamente, verticalmente ou horizontalmente. Se ela
acrescentasse que o esforço foi feito na vertical, ainda as-
sim voc6e poderia ficar na dúvida se o esforço foi dirigido
para baixo ou para cima. Assim você só pode ter uma ideia
completa da força se a pessoa lhe fornecer as seguintes
informações:

Obtém-se assim que: 1m3 = 1m X 1m X 1m = 100cm - intensidade ou módulo da força


X 100cm X 100cm = 1.000.000 cm3. Uma unidade muito - direção da força
usual de volume é o litro (l), definido como o volume de - sentido da força
um cubo com 10 cm de lado. A milésima parte de um litro
é o mililitro (ml). A maioria das garrafas tem seu volume, Sendo fornecidas essas características, módulo, dire-
escrito no rótulo, e gravado no fundo das garrafas, expres- ção e sentido, a força fica completamente conhecida. A
so em mililitros (ml). força faz parte de um conjunto de grandezas da física, tais
Também estão expressos em ml os volumes de vidros como a velocidade e a aceleração, por exemplo, denomina-
de remédios, mamadeiras, frascos de soro hospitalar, etc. das grandezas vetoriais, que só ficam determinadas quan-
do essas características são indicadas.
A Grandeza Massa  
Medida de uma Força
O sistema métrico decimal foi criado pela Revolução
 
Francesa, que com isso tentou uma renovação não apenas
na vida social, mas também nas Ciências. Originalmente se Quando vamos medir uma grandeza, precisamos esco-
definiu como unidade de massa, a massa de um litro de lher uma unidade para realizar a medida. No caso da força,
água a 150 C. Essa massa foi chamada de um quilogra- uma unidade muito usada na prática diária é 1 quilograma-
ma (1 kg). Mais tarde percebeu-se o inconveniente desta força, que se representa pelo símbolo 1 Kgf. Esta unidade
definição, pois o volume da água varia com a pureza da é o peso de um objeto, denominado quilograma-padrão,
mesma. Passou-se, então, a adotar como padrão de massa que é guardado na Repartição Internacional de Pesos e
um certo objeto chamado “padrão internacional de massa”. Medidas, em Paris, na França. Obs.: 1 quilograma-força
Tal padrão é conservado no Museu Internacional de Pesos (1Kgf) é a força com que a Terra atrai o quilograma-padrão
e Medidas, em Sèvres, Paris. A massa deste objeto é de 1 (isto é, o seu peso) ao nível do mar e a 45º de latitude.

6
FÍSICA

O Kgf não é a unidade de força do SI, a unidade de As forças têm a mesma direção e o mesmo sentido
força nesse sistema é denominada 1newton = 1N, em ho-
menagem a Issac Newton. A relação entre essas duas uni- Esta é a situação mostrada na figura 1. Neste caso, a
dades é: 1Kgf = 9,8N experiência mostra que a resultante R, do sistema, tem a
Portanto, a força de 1N é aproximadamente igual a mesma direção e o mesmo sentido das componentes (F e
0,1Kgf (praticamente igual à força que a Terra exerce sobre S) e seu módulo é dado por R = F + S (soma dos módulo
das componentes).
um pacote de 100g).

Inércia

Várias experiências do nosso cotidiano comprovam as


afirmações de Galileu. Assim, temos:
- se um corpo está em repouso, ele tende a continuar
em repouso. Se uma pessoa estiver em repouso sobre um As forças têm a mesma direção e sentidos contrários
cavalo, e este partir repentinamente, ela tende a permane- Neste caso, a resultante R tem a mesma direção das
cer onde estava. componentes (F e S), mas seu sentido é aquele da força de
- se um corpo está em movimento, ele tende a conti- maior módulo. O módulo de R é dado por R = F – S (dife-
nuar em movimento retilíneo uniforme. rença entre os módulos das componentes).

O garoto em movimento, junto com o skate, conti-


nua a se mover quando o skate pára repentinamente. Esses
exemplos, e vários outros que nós já devemos ter observa-
do, mostram que os corpos têm a tendência de permane-
cer como estão: continuar em repouso, quando estão em As forças não têm a mesma direção
repouso, e continuar em movimento, quando estão se mo-
vendo. Esta propriedade dos corpos de se comportarem
 
Suponha que duas forças, F e S, de direções diferen-
dessa maneira é denominada inércia. Então: tes, estejam atuando sobre uma pequena esfera, forman-
- por inércia, um corpo em repouso tende a ficar em do entre elas um certo ângulo, como mostra a figura 3.
repouso Realizando experiências cuidadosas, os físicos chegaram
- por inércia, um corpo em movimento tende a ficar à conclusão de que a resultante R destas forças deve ser
em movimento determinada da seguinte maneira, conhecida como a re-
Vários anos mais tarde, após Galileu ter estabelecido o gra do paralelogramo: da extremidade da força F traça-se
conceito de inércia, Issac Newton, ao formular as leis bá- uma paralela à força S e, da extremidade da força S, traça-
sicas da mecânica, conhecidas como “as três leis de New- se uma paralela à força F. Assim, estará construindo um
paralelogramo, que tem F e S como lados. A resultante é
ton”, concordou com as conclusões de Galileu e usou-as no
dada, em módulo, direção e sentido, pela diagonal do pa-
enunciado de sua primeira lei:
ralelogramo, que tem sua origem no ponto de aplicação
das duas forças, como mostra a figura.
“Na ausência de forças, um corpo em repouso continua
em repouso, e um corpo em movimento continua em movi-
mento em linha reta e com velocidade constante.”

Logo, tanto Galileu quanto Newton perceberam que


um corpo pode estar em movimento sem que nenhuma
força atue sobre ele. Observe que, quando isto ocorre, o
movimento é retilíneo uniforme.

Resultante de duas Forças

Considere a situação mostrada na figura 1, na qual


duas pessoas exercem sobre um bloco as forças F e S mos-
Forças em equilíbrio
tradas. Quando duas ou mais forças atuam sobre um cor-
po, muitas vezes temos necessidade de substituí-las por Na figura mostramos uma esfera de peso P sendo sus-
uma força única, capaz de produzir o mesmo efeito que tentada por uma pessoa que exerce sobre a esfera uma
elas, em conjunto, produzem. Esta força única é denomina- força F. Suponha que o módulo de F seja tal que F = P. Te-
da resultante das forças consideradas. mos assim, atuando sobre a esfera, duas forças de mesmo

7
FÍSICA

módulo, mesma direção e sentidos contrários. Pelo que vi- Algarismos Significativos e Erros
mos anteriormente, é claro que a resultante das forças que
atuam na esfera é nula, isto é, R = 0. Esta situação é, então, Quando realizamos uma medida precisamos estabele-
equivalente àquela em que nenhuma força atua sobre a es- cer a confiança que o valor encontrado para a medida re-
fera. Podemos, pois, concluir, pela primeira lei de Newton, presenta. Medir é um ato de comparar e esta comparação
que a esfera estará em repouso ou em movimento retilíneo envolve erros dos instrumentos, do operador, do processo
de medida e outros. Podemos ter erros sistemáticos que
uniforme. Quando isto ocorre, dizemos que a esfera está
ocorrem quando há falhas no método empregado, defei-
em equilíbrio.
to dos instrumentos, etc... e erros acidentais que ocorrem
quando há imperícia do operador, erro de leitura em uma
escala, erro que se comete na avaliação da menor divisão
da escala utilizada etc...
Em qualquer situação deve-se adotar um valor que
melhor represente a grandeza e uma margem de erro den-
tro da qual deve estar compreendido o valor real. Vamos
aprender como determinar esse valor e o seu respectivo
desvio ou erro.

A ordem de grandeza de um número é a potência de Valor Médio - Desvio Médio


dez mais próxima deste número. Ordem de grandeza é
uma forma de avaliação rápida, do intervalo de valores em Quando você realiza uma medida e vai estimar o valor
situado entre as duas menores divisões do seu aparelho
que o resultado deverá ser esperado. Para se determinar
de medida, você pode obter diferentes valores para uma
com facilidade a ordem de grandeza, deve-se escrever o
mesma medida. Como exemplo, vamos medir o espaço (S)
número em notação científica (isto é, na forma de produto percorrido pelo PUCK utilizando uma régua milimetrada (a
N.10n) e verificar se N é maior ou menor que (10)1/2. menor divisão é 1 mm).
a) se N > 3,16 , a ordem de grandeza do número é
10n+1.
b) se N < 3,16, a ordem de grandeza do número é 10n.
onde (10)1/2 = 3,16
Exemplo 1 - Se formos medir a massa de um homem, é
razoável esperarmos que a massa se encontre mais próxi-
mo de 100 (102) kg do que de 10 (101) kg ou 1000 (103) kg.
Medindo com uma régua milimetrada o espaço S.
Exemplo 2 – Dê a ordem de grandeza das medidas
abaixo. Você observa que o valor de S ficou situado entre 5,80
e 5,90. Vamos supor que mentalmente você tenha dividido
a) 2 = 100
esse intervalo em 10 partes iguais e fez cinco medidas ob-
b) 69= 102
tendo os valores de S apresentados na tabela 1.
c) 0,3= 10-1
d) 0,7= 100
e) 3 x 10-4= 10-4 N SN (cm) (S) (cm)
f) 4 x 103 =104 1 5,82 0,01
g) 8 x 105 = 106 2 5,83 0,00
h) 9 x 107 = 108
3 5,85 0,02
Exemplo 3 – Qual a ordem de grandeza do número de 4 5,81 0,02
segundos existentes em um século. 5 5,86 0,03
solução: 1 hora = 60 x 60 = 3600 s
N=5 SN = 29,17 = 0,08
1 dia = 24 x 3600 = 86.400 = 8,64 x 104 s N

1 ano = 365 x 8,64 x 104 = 3,1436 x 107 s


Valores obtidos para S e os respectivos desvios (S).
1 século = 100 x 3,1536 x 107 = 109 s
De acordo com o postulado de Gauss:
Obs: A razão do uso de (10)1/2 para acrescentar ou não “O valor mais provável que uma série de medidas de
uma unidade ao expoente decorre do fato de se ter uma igual confiança nos permite atribuir a uma grandeza é a
operação exponencial. O valor médio, que é diferente da média aritmética dos valores individuais da série”. Fazendo
média aritmética ao se passar de um expoente 100 para a média aritmética dos valores encontrados temos o valor
outro 101, é 101/2 = 3,16... médio, ou seja, o valor mais provável de S como sendo:

8
FÍSICA

Valor médio de S = (5,82 + 5,83 + 5,85 + 5,81 + 5,86) Propagação de Erros


/ 5 = 5,83 cm.
O erro absoluto ou desvio absoluto ( A) de uma medi- Para obtermos a densidade de um corpo temos que
da é calculado como sendo a diferença entre valor experi- medir a massa do corpo e o volume. A densidade é obtida
mental ou medido e o valor adotado que no caso é o valor indiretamente pelo quociente entre a massa e o volume: d
médio: A = valor adotado - valor experimental =m/V
Como as grandezas medidas, massa e volume, são afe-
Calculando os desvios, obtemos: tadas por desvios, a grandeza densidade também será. Para
1
= | 5,83 - 5,82 | = 0,01 a determinação dos desvios correspondentes às grandezas
2
= | 5,83 - 5,83 | = 0,00 que são obtidas indiretamente, deve-se investigar como os
3
= | 5,83 - 5,85 | = 0,02 desvios se propagam através das operações aritméticas:
4
= | 5,83 - 5,81 | = 0,02
5
= | 5,83 - 5,86 | = 0,03 Soma e Subtração

O desvio médio de S será dado pela média aritmética Na soma e subtração os desvios se somam, indepen-
dos desvios: dentemente do sinal.
médio
S = (0.01 + 0,00 + 0,02 + 0,02 + 0,03) / 5 = 0,02 S = S1 + S2 + S3 + ... + Sn

O valor medido de S mais provável, portanto, será Vamos provar para dois desvios que por indução fica
dado como: S = Smédio ± médioS provado para n desvios.
S = 5,83 ± 0,02 Considerando as medidas S1 ± S1 e S2 ± S2, fazemos
a soma:
Quando é realizada uma única medida, você considera S1 ± S1 + S2 ± S2 = (S1 +S2 ) ± ( S1 + S2 )
desvio a metade da menor divisão do aparelho de medida.
No caso da régua esse desvio é 0,05 cm. Uma única medida Portanto na soma, os desvios se somam.
seria representada como:
S = 5.81 ± 0,05 cm Multiplicação e Divisão

Erro ou Desvio Relativo Na multiplicação e divisão os desvios relativos se so-


Vamos supor que você tenha medido o espaço com- mam.
preendido entre dois pontos igual a 49,0 cm, sendo que o S / S = S 1 / S1 + S2 / S2 + S3 / S3 + ... + Sn / Sn
valor verdadeiro era igual a 50,00 cm. Com a mesma régua
você mediu o espaço entre dois pontos igual a 9,00 cm, Provando novamente para dois desvios ficará provado
sendo que o valor verdadeiro era igual a 10,00 cm. Os erros para n desvios.
absolutos cometidos nas duas medidas foram iguais: Fazendo a multiplicação:
absoluto 1
S= | 50,00 - 49,00 | = 1,00 cm (S1 ± S1 ). (S2 ± S2 )= S1 S2 ± S1 S2 ± S2 S1 ± S1 S2
absoluto 2
S = | 10,00 - 9,00 | = 1,00 cm
Desprezando-se a parcela S1 S2 (que é um número
Apesar de os erros ou desvios absolutos serem iguais, muito pequeno) e colocando S1 S2 em evidência, obtemos:
você observa que a medida 1 apresenta erro menor que a (S1 ± S1 ). (S2 ± S2 )= S1 S2 ± ( S1 / S1 + S2 / S2)
medida 2. Neste caso o erro ou desvio relativo é a razão
entre o desvio absoluto e o valor verdadeiro. Portanto na multiplicação, os desvios relativosAlgaris-
Desvio relativo = desvio absoluto / valor verdadeiro. mos Significativos e Erros
Exemplo: Quando realizamos uma medida precisamos estabele-
relativo1
S= 1 cm / 50 cm = 0,02 cer a confiança que o valor encontrado para a medida re-
relativo2
S= 1 cm / 10 cm = 0,1 presenta. Medir é um ato de comparar e esta comparação
envolve erros dos instrumentos, do operador, do processo
Isso nos mostra que a medida 1 apresenta erro 5 vezes de medida e outros. Podemos ter erros sistemáticos que
menor que a medida 2. Os desvios relativos são geralmente ocorrem quando há falhas no método empregado, defei-
representados em porcentagem, bastando multiplicar por to dos instrumentos, etc... e erros acidentais que ocorrem
100 os desvios relativos encontrados anteriormente, ob- quando há imperícia do operador, erro de leitura em uma
tendo: escala, erro que se comete na avaliação da menor divisão
relativo1
S=2% da escala utilizada etc...
relativo2
S = 10 %
Em qualquer situação deve-se adotar um valor que
Concluímos que o erro ou desvio relativo de uma me- melhor represente a grandeza e uma margem de erro den-
dida de qualquer grandeza é um número puro, indepen- tro da qual deve estar compreendido o valor real. Vamos
dente da unidade utilizada. Os erros relativos são de im- aprender como determinar esse valor e o seu respectivo
portância fundamental em tecnologia. desvio ou erro.

9
FÍSICA

Valor Médio - Desvio Médio O desvio médio de S será dado pela média aritmética
dos desvios:
Quando você realiza uma medida e vai estimar o valor
situado entre as duas menores divisões do seu aparelho médio
S = (0.01 + 0,00 + 0,02 + 0,02 + 0,03) / 5 = 0,02
de medida, você pode obter diferentes valores para uma
mesma medida. Como exemplo, vamos medir o espaço (S) O valor medido de S mais provável, portanto, será
percorrido pelo PUCK utilizando uma régua milimetrada (a dado como: S = Smédio ± médioS
menor divisão é 1 mm).
S = 5,83 ± 0,02
Quando é realizada uma única medida, você considera
desvio a metade da menor divisão do aparelho de medida.
No caso da régua esse desvio é 0,05 cm. Uma única medida
seria representada como:
S = 5.81 ± 0,05 cm
Medindo com uma régua milimetrada o espaço S. Erro ou Desvio Relativo

Você observa que o valor de S ficou situado entre 5,80 Vamos supor que você tenha medido o espaço com-
e 5,90. Vamos supor que mentalmente você tenha dividido preendido entre dois pontos igual a 49,0 cm, sendo que o
esse intervalo em 10 partes iguais e fez cinco medidas ob- valor verdadeiro era igual a 50,00 cm. Com a mesma régua
tendo os valores de S apresentados na tabela 1. você mediu o espaço entre dois pontos igual a 9,00 cm,
sendo que o valor verdadeiro era igual a 10,00 cm. Os erros
absolutos cometidos nas duas medidas foram iguais:
absoluto 1
S= | 50,00 - 49,00 | = 1,00 cm
absoluto 2
S = | 10,00 - 9,00 | = 1,00 cm

Apesar de os erros ou desvios absolutos serem iguais,


você observa que a medida 1 apresenta erro menor que a
medida 2. Neste caso o erro ou desvio relativo é a razão
entre o desvio absoluto e o valor verdadeiro.
Desvio relativo = desvio absoluto / valor verdadeiro.
Exemplo:
relativo1
S= 1 cm / 50 cm = 0,02
relativo2
S= 1 cm / 10 cm = 0,1

Isso nos mostra que a medida 1 apresenta erro 5 vezes


menor que a medida 2. Os desvios relativos são geralmente
representados em porcentagem, bastando multiplicar por
Valores obtidos para S e os respectivos desvios (S). 100 os desvios relativos encontrados anteriormente, ob-
tendo:
De acordo com o postulado de Gauss: relativo1
S=2%
“O valor mais provável que uma série de medidas de relativo2
S = 10 %
igual confiança nos permite atribuir a uma grandeza é a
média aritmética dos valores individuais da série”. Fazendo Concluímos que o erro ou desvio relativo de uma me-
a média aritmética dos valores encontrados temos o valor dida de qualquer grandeza é um número puro, indepen-
médio, ou seja, o valor mais provável de S como sendo: dente da unidade utilizada. Os erros relativos são de im-
Valor médio de S = (5,82 + 5,83 + 5,85 + 5,81 + 5,86) portância fundamental em tecnologia.
/ 5 = 5,83 cm.
O erro absoluto ou desvio absoluto ( A) de uma medi- Propagação de Erros
da é calculado como sendo a diferença entre valor experi-
mental ou medido e o valor adotado que no caso é o valor Para obtermos a densidade de um corpo temos que
médio: A = valor adotado - valor experimental medir a massa do corpo e o volume. A densidade é obtida
indiretamente pelo quociente entre a massa e o volume: d
Calculando os desvios, obtemos: =m/V
1
= | 5,83 - 5,82 | = 0,01 Como as grandezas medidas, massa e volume, são afe-
2
= | 5,83 - 5,83 | = 0,00 tadas por desvios, a grandeza densidade também será. Para
3
= | 5,83 - 5,85 | = 0,02 a determinação dos desvios correspondentes às grandezas
4
= | 5,83 - 5,81 | = 0,02 que são obtidas indiretamente, deve-se investigar como os
5
= | 5,83 - 5,86 | = 0,03 desvios se propagam através das operações aritméticas:

10
FÍSICA

Soma e Subtração Observação: Para as medidas de espaço obtidas a par-


tir da trajetória do PUCK serão considerados apenas os
Na soma e subtração os desvios se somam, idepen- algarismos corretos: não há necessidade de considerar o
dentemente do sinal. algarismo duvidoso já que não estamos calculando os des-
S = S1 + S2 + S3 + ... + Sn vios. Os zeros à esquerda não são considerados algarismos
significativos com no exemplo: 0,000123 contém apenas
Vamos provar para dois desvios que por indução fica três algarismos significativos.
provado para n desvios.
Considerando as medidas S1 ± S1 e S2 ± S2, faze- Operações com Algarismos Significativos
mos a soma:
S1 ± S1 + S2 ± S2 = (S1 +S2 ) ± ( S1 + S2 ) Há regras para operar com algarismos significativos. Se
estas regras não forem obedecidas você pode obter resul-
Portanto na soma, os desvios se somam. tados que podem conter algarismos que não são signifi-
cativos.
Multiplicação e Divisão
Adição e Subtração
Na multiplicação e divisão os desvios relativos se so-
mam. Vamos supor que você queira fazer a seguinte adição:
S / S = S 1 / S1 + S2 / S2 + S3 / S3 + ... + Sn / Sn 250,657 + 0,0648 + 53,6 =
Provando novamente para dois desvios ficará prova- Para tal veja qual parcela apresenta o menor número
do para n desvios. de algarismos significativos. No caso 53,6 que apresenta
apenas uma casa decimal. Esta parcela será mantida e as
Fazendo a multiplicação: demais serão aproximadas para uma casa decimal. Você
(S1 ± S1 ). (S2 ± S2 )= S1 S2 ± S1 S2 ± S2 S1 ± S1 S2 tem que observar as regras de arredondamento que resu-
midamente são:
Ao abandonarmos algarismos em um número, o últi-
Desprezando-se a parcela S1 S2 (que é um número
mo algarismo mantido será acrescido de uma unidade se
muito pequeno) e colocando S1 S2 em evidência, obte-
o primeiro algarismo abandonado for superior a 5; quando
mos:
o primeiro algarismo abandonado for inferior a 5, o últi-
(S1 ± S1 ). (S2 ± S2 )= S1 S2 ± ( S1 / S1 + S2 / S2)
mo algarismo permanece invariável, e quando o primeiro
Portanto na multiplicação, os desvios relativos se so-
algarismo abandonado for exatamente igual a 5, é indife-
mam.
rente acrescentar ou não uma unidade ao último algarismo
mantido.
Algarismos Significativos
No nosso exemplo teremos as seguinte aproximações:
Quando você realizou as medidas com a régua mili- 250,657 250,6
metrada do espaço S, você colocou duas casas decimais. 0,0648 0,1
é correto o que você fez? Sim, porque você considerou Adicionando os números aproximados, teremos:
os algarismos significativos. O que são os algarismos 250,6 + 0,1 + 53,6 = 304,3 cm
significativos? Quando você mediu o valor de S = 5,81
cm com a régua milimetrada você teve certeza sobre os Na subtração, você faz o mesmo procedimento.
algarismos 5 e 8, que são os algarismos corretos (divi-
sões inteiras da régua), sendo o algarismo 1 avaliado Multiplicação e Divisão
denominado duvidoso. Consideramos algarismos signi-
ficativos de uma medida os algarismos corretos mais o Vamos multiplicar 6,78 por 3,5 normalmente:
primeiro duvidoso. 6,78 x 3,5 = 23,73
Aparece no produto algarismos que não são significa-
Algarismos algarismos primeiro algarismo tivos. A seguinte regra é adotada: Verificar qual o fator que
significativos = corretos + duvidoso. apresenta o menor número de algarismos significativos e
apresentar no resultado apenas a quantidade de algarismo
igual a deste fator, observando as regras de arredonda-
mento.
5,81 5,8 1
6,78 x 3,5 = 23,7

Sempre que apresentamos o resultado de uma me- Para a divisão o procedimento é análogo.
dida, este será representado pelos algarismos significa- Observação: As regras para operar com algarismos sig-
tivos. Veja que as duas medidas 5,81cm e 5,83m não são nificativos não são rígidas. Poderia ser mantido perfeita-
fundamentalmente diferentes, porque diferem apenas mente um algarismo a mais no produto. Os dois resultados
no algarismo duvidoso. são aceitáveis: 6,78 x 3,5 = 23,73 ou 6,78 x 3,5 = 23,7.

11
FÍSICA

Cinemática Escalar e Vetorial da Partícula


5.2 CINEMÁTICA: CONCEITOS
BÁSICOS DE REPOUSO E MOVIMENTO Sabemos que o universo e tudo o que ele contém está
DE PONTO MATERIAL E CORPO EXTENSO - em movimento. Logo cedo aprendemos que a Terra está em
REFERENCIAL, TRAJETÓRIA, D movimento em torno de seu eixo (rotação) e também em
movimento ao redor do Sol (translação). O Sol por sua vez
ESLOCAMENTO, VELOCIDADE E
está em movimento de translação em relação ao centro da
ACELERAÇÃO; MOVIMENTO RETILÍNEO Via-Láctea e nossa galáxia também se desloca em relação às
UNIFORME (M.R.U.) - CONCEITO, outras galáxias.
EQUAÇÃO HORÁRIA E GRÁFICOS; Deixando o macrocosmo à parte, o nosso dia a dia tam-
MOVIMENTO RETILÍNEO bém é marcado pelos movimentos e sua observação. Pássa-
UNIFORMEMENTE VARIADO (M.R.U.V.) - ros voando no céu, carros trafegando, ventiladores girando,
CONCEITO, EQUAÇÕES HORÁRIAS E enfim, vivemos num mundo em movimento. Mas qual a di-
DE TORRICELLI E GRÁFICOS; ferença entre potente de um jogador de futebol numa bola
ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE, e o lançamento de uma bala de canhão? Como poderíamos
QUEDA LIVRE E LANÇAMENTO DE comparar o corredor jamaicano Usain Bolt numa prova de
PROJÉTEIS NO VÁCUO; 100m com a velocidade de um carro de Fórmula 1?
Chamamos de Mecânica o ramo da Física que estuda os
E MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME
movimentos. Dentro da Mecânica, a responsável pela clas-
(M.C.U.) - CONCEITO E APLICAÇÕES.
sificação e comparação dos movimentos é a Cinemática. A
Cinemática é a parte da Mecânica que estuda os movimen-
tos sem levar em consideração as suas causas. Essa parte da
Mecânica Física se preocupa apenas com a descrição do movimento e
É o ramo da física que compreende o estudo e análise a determinação da posição, velocidade e aceleração de um
do movimento e repouso dos corpos, e sua evolução no móvel num determinado instante.
tempo, seus deslocamentos, sob a ação de forças, e seus
efeitos subsequentes sobre seu ambiente. A disciplina tem Ponto Material: Um móvel pode ser uma partícula,
suas raízes em diversas civilizações antigas. Durante a Ida- puntiforme como o elétron, ou um corpo que se move como
de Moderna, cientistas tais como Galileu, Kepler, e espe- uma partícula, isto é, todos os pontos se deslocando na
cialmente Newton, lançaram as bases para o que é conhe- mesma direção e com a mesma velocidade. Um bloco desli-
cido como mecânica clássica. zando sobre um escorregador de playground pode ser tra-
A mecânica clássica é composta pelo conjunto de duas tado como uma partícula. Já um catavento em rotação não
disciplinas, a cinemática, que compreende ao estudo pu- pode ter esse mesmo tratamento na medida em os pontos
ramente descritivo do movimento, sem consideração das de sua borda seguem em direções diferentes. Durante nosso
suas causas e a dinâmica, que estuda a conexão do mo- estudo, trabalharemos com um móvel denominado ponto
vimento com suas causas. O conjunto de disciplinas que material. Um ponto material é um corpo cujas dimensões
abarca a mecânica convencional é muito amplo e é possível são desprezíveis em relação às dimensões envolvidas no fe-
agrupá-las em quatro blocos principais: nômeno em estudo. Por exemplo, o tamanho da Terra em
relação a sua órbita ao redor do Sol pode ser desprezado
Mecânica clássica Mecânica quântica ao estudarmos seu movimento de translação. Nesse caso,
Teoria quântica de a Terra seria considerada um ponto material. Um trem em
Mecânica relativistica uma ferrovia pode ser considerado um ponto material. No
campos
entanto, o mesmo trem atravessando uma ponte cujo ta-
Veremos a explanação do assunto nos próximos tópicos. manho é semelhante ao do trem é considerado um corpo
extenso e não um ponto material. Isso porque nesse caso o
Cinemática Escalar: conceitos e propriedades da Ci- tamanho do trem não é desprezível em relação ao tamanho
nemática, movimento e repouso, referenciais inerciais e da ponte.
não inerciais, ponto material, trajetória, movimentos re-
tilíneos uniforme e uniformemente variado, movimento Referencial: É impossível afirmarmos se um ponto ma-
vertical e queda livre dos corpos. terial está em movimento ou em repouso sem antes ado-
tarmos um outro corpo qualquer como referencial. Dessa
Conceito de Partícula forma, um ponto material estará em movimento em relação
Em física, o termo partícula é utilizado para designar a um dado referencial se sua posição em relação a ele for
elementos muito pequenos (a própria palavra deriva do la- variável. Da mesma forma, se o ponto material permanecer
tim partícula que significa parte muito pequena, corpo mui- com sua posição inalterada em relação a um determinado
to diminuto ou corpúsculo). Geralmente quando se fala de referencial, então estará em repouso em relação a ele. To-
partícula está-se a falar de partículas subatômicas, isto é, memos como exemplo o caso de um elevador. Se você en-
partículas menores do que um átomo. Ao estudo das partí- trar em um elevador no andar térreo de um edifício e subir
culas é dada a designação de física de partículas. até o décimo andar, durante o tempo em que o elevador se

12
FÍSICA

deslocar você estará em movimento em relação ao edifício Trajetória: Os rastros na neve deixados por um es-
ao mesmo tempo em seu corpo estará em repouso em re- quiador mostram o caminho percorrido por ele durante a
lação ao elevador, pois entre o térreo e décimo andar sua descida de uma montanha. Se considerarmos o esquiador
posição será a mesma em relação a ele. como sendo um ponto material, podemos dizer que a cur-
Perceba que nesse caso citado, a questão de você estar va traçada na neve unindo suas sucessivas posições em re-
ou não em movimento depende do referencial adotado. lação a um dado referencial, recebe o nome de trajetória.
Poderíamos utilizar o exemplo de um carro em movimento O trilho de um trem é um exemplo claro de trajetória. A
na estrada. O motorista nesse caso está em movimento em bola chutada por um jogador de futebol ao bater uma falta
relação a uma árvore à beira da estrada, mas continua em pode seguir trajetórias diferentes, dependendo da maneira
repouso em relação ao carro já que acompanha o movi- que é chutada, às vezes indo reta no meio do gol, outras
mento do veículo. Nesse caso, podemos dizer também que vezes sendo colocadinha no ângulo através de uma curva.
a árvore está em movimento em relação ao motorista e em Repare que a trajetória de um ponto material também
repouso em relação à estrada. Isso nos leva a propriedade depende de um referencial. Isso quer dizer que um ponto
simétrica: Se A está em movimento em relação a B, então B material pode traçar uma trajetória reta e outra curva ao mes-
está em movimento em relação a A. E Se A está em repouso mo tempo? Sim. Veja o caso de uma caixa com ajuda huma-
em relação a B, então B está em repouso em relação a A. nitária sendo lançada de um avião (geralmente esse exemplo
Se a distância entre dois corpos for a mesma no de- é dado com bombas, mas somos pacíficos por aqui).
correr do tempo, você pode dizer que um está parado em Para quem estiver no chão, olhando de longe, a traje-
relação ao outro? tória da caixa será um arco de parábola. Já para quem esti-
A resposta é não. Se na ponta de um barbante for ver dentro do avião, a trajetória será uma reta, isso porque
amarrada uma pedra e alguém pegar a outra ponta do o avião segue acompanhando a caixa. Na verdade, você irá
barbante e passar a girar fazendo um movimento circular entender isso melhor quando já tiver em mente o conceito
com a pedra, as posições sucessivas da pedra no espaço de inércia, mas por hora, fique tranquilo com o que foi de-
irão mudar em relação a outra ponta do barbante, mas a monstrado até o momento.
distância continuará a mesma. Note então que o conceito
de movimento implica em variação de posição e não de
distância. Um ponto material está em movimento em rela-
ção a um certo referencial se a sua posição no decorrer do
tempo variar em relação a esse referencial.

Movimento Retilíneo e Curvilíneo Plano, Uniforme


Um ponto material está em repouso em relação a um e Uniformemente Variado
certo referencial se a sua posição não variar no decorrer do
tempo em relação a esse referencial. Movimentos Retilíneos

Quando não nos preocupamos com as causas a partir


do movimentos, podemos chamar este fato de Cinemáti-
ca, como por exemplo um carro em uma estrada reta, com
velocidade de 100 Km/h, onde em determinado percurso
vai para 120 Km/h, ultrapassando um caminhão, onde não
nos preocupamos em saber as causas de tais mudanças.
Qualquer que seja o movimento de um corpo, podemos
considerá-lo como uma partícula, onde a mesma é deno-
minada devido as suas dimensões serem menores do que
as outras que participam dos fenômenos. Podemos consi-
derar o movimento como sendo relativo, de acordo com o
ângulo com que podemos ver os acontecimentos. Como
exemplo do autor, considerando um avião voando, onde

13
FÍSICA

o mesmo solta uma bomba. Se observarmos a queda da Qual foi o tempo total de viagem?
bomba de dentro do avião, você verá que ela cai ao longo t1 = 120/80 ou t1 = 1,5h
de uma reta vertical. Porém se observarmos a queda da
bomba parado sobre a superfície da terra, verificaremos Na Segunda parte do percurso, teremos:
que ela cai numa trajetória curva. t2 = 30/60 ou t2 = 0,5h
Podemos concluir que, “o movimento de um corpo,
visto por um observador, depende do referencial no qual o Assim, o tempo total da viagem foi de: t = 1,5 + 0,5h
observador está situado”. Para que o movimento seja rela- ou t = 2,0h
tivo, é necessário apenas saber qual é o ponto de referên- Qual foi a velocidade média do automóvel no percurso
cia, isto é, se afirmarmos que o sol gira em torno da terra, total? Sendo de 150km a distância total percorrida e 2,0h o
teremos que ter como referencial a terra, caso contrário, se tempo total de viagem, a velocidade média, neste percur-
o referencial for o sol, o correto é afirmar que a terra gira so, terá sido: Vm = 150km/2,0h ou Vm = 75 Km/h
em torno do sol. Tudo depende de onde o observador se Movimento Retilíneo Uniformemente Variado
localiza.
Para se definir tal movimento, é necessário saber o que
Movimento Retilíneo Uniforme vem a ser aceleração. Tal definição é dada sempre quando
a mudança de velocidade, conforme exemplo:
Quando a velocidade permanece a mesma, isto é, Um carro em certo instante tem uma velocidade de 90
constante ao longo de uma trajetória podemos conside- Km/h, após 1 segundo o mesmo encontra-se com velo-
rá-la como retilíneo uniforme. Podemos representar a fór- cidade de 100 Km/h, aumentando sua velocidade em 10
mula como sendo: Km/h. Podemos então afirmar que houve aceleração devi-
d = vt, onde: d é a distância percorrida do à mudança de velocidade do carro.
v é a velocidade (constante) A fórmula para que se descreva a aceleração é dada
t é o tempo gasto para percorrer a distância d. por:
Essa fórmula pode ser aplicada também para uma a = variação da velocidade
trajetória não retilínea, porém só é válida se uma condi- ∆t = intervalo do tempo decorrido
ção for verdadeira: velocidade ser constante. Podemos
considerar uma velocidade como sendo negativa quando Para classificar a aceleração é necessário estabelecer
considerarmos um automóvel chegando em seu ponto de alguns conceitos, como:
partida, pois quando o mesmo se afasta da chegada consi- - Se o valor da velocidade aumentar, consideraremos
deramos como sendo velocidade positiva. Podemos então como aceleração positiva, sendo chamado de movimento
concluir segundo o autor que, “no movimento com velo- acelerado.
cidade constante, a distância percorrida, d, é diretamente - Se o valor da velocidade diminuir, consideraremos
proporcional ao tempo t. O gráfico d X t será uma reta, como aceleração negativa, sendo chamado de movimento
que passa pela origem, cuja inclinação é igual ao valor da retardado.
velocidade v”. Para fazermos o cálculo da velocidade, considerare-
mos como velocidade inicial, o valor no qual iniciaremos
Velocidade Instantânea e Média a contagem de tempo, isto é, no instante t = 0. O corpo
possuindo uma aceleração constante, ou seja, a velocidade
Para se considerar uma velocidade como instantânea, varia a cada 1 segundo, é numericamente igual ao valor de
devemos considerar que um corpo esteja em movimen- a. Assim a velocidade se dará dá seguinte maneira:
to acelerado, isto é, o mesmo não mantém sua velocida- Em t = 0 - a velocidade é v0
de constante. Segundo o autor o melhor exemplo que se Em t = 1s - a velocidade é v0 + a . 1
pode ter é o velocímetro de um carro, onde o valor indica- Em t = 2s - a velocidade é v0 + a . 2
do é a velocidade instantânea do automóvel naquele mo- E, após t segundos a velocidade será v0 + at.
mento. Para se calcular a velocidade instantânea deve-se
usar a fórmula dada por v = delta d/ delta t, sendo delta t Após essa análise podemos concluir que a velocidade
o menor possível. Para o autor “a inclinação da tangente, se determina de acordo com a seguinte fórmula: v = v0 + at
no gráfico d X t nos fornece o valor da velocidade instan-
tânea”, conforme o gráfico. Movimento Circular Uniforme
A velocidade média é medida através da fórmula: vm
= distância total percorrida tempo gasto no percurso. Se- O movimento só poderá ser considerado como circular
gundo exemplo didático, consideremos o seguinte enun- uniforme, se:
ciado: - quando sua trajetória for uma circunferência, ou
Um automóvel percorre uma distância de 150 Km de- - quando o valor da velocidade permanecer constante.
senvolvendo, nos primeiros 120 Km, uma velocidade mé- O período do movimento, sendo representado pela le-
dia de 80 Km/h e, nos 30 Km restantes, uma velocidade tra T, significa o tempo que a partícula gasta para efetuar
média de 60 Km/h. uma volta completa em torno de seu eixo.

14
FÍSICA

Composição de Velocidade sua aceleração constante. Para se determinar o valor de g


seguiram-se vários estudos chegando a conclusão de que
Podemos considerar várias velocidades para os o seu valor é de 9,8 m/s², sendo que se o objeto for lançado
mais variados casos de nossas vidas. Como sugere o para baixo a aceleração da gravidade é considerada positi-
exemplo do autor, a velocidade de um barco que desce va (+ 9,8 m/s²), e quando o objeto for lançado para cima a
o rio é dada por v = vB + vC, e a velocidade do mesmo aceleração da gravidade é negativa (- 9,8 m/s²).
barco subindo o rio é v = v B – v C. Independentemente Breve biografia sobre Galileu Galilei: Nascido em
das velocidades, notamos que, as velocidades tanto do Pisa em 1564, o físico e astrônomo, depois de uma in-
barco como da correnteza são perpendiculares entre si, fância pobre, aos 17 anos foi encaminhado para o estu-
significando que a velocidade da correnteza não tem do da Medicina, devido a mesma apresentar fins lucra-
componente na velocidade do barco, concluindo que tivos muito alto para a época. Porém não interessando a
a correnteza não vai ter nenhum tipo de influência no Galileu, dedicou-se a outros tipos de problemas, o qual
com o passar do tempo, mostrou-se capaz de resolvê-
tempo gasto pelo barco para se atravessar o rio. Segun-
-los com muito êxito. Com relação a Medicina, Galileu
do o autor, podemos concluir que: quando um corpo
foi um grande contribuidor, pois inventou um aparelho
está animado, simultaneamente, por dois movimentos capaz de medir a pulsação de pacientes, sendo essa a
perpendiculares entre si, o deslocamento na direção de última contribuição de Galileu para a Medicina, pois o
um deles é determinado apenas pela velocidade na- estudo do pêndulo e de outros dispositivos mecânicos
quela direção, sendo observada por Galileu, pois ambos alteraram completamente sua orientação profissional.
caem simultaneamente, gastando o mesmo tempo até Após essas ocorrências Galileu resolveu estudar a Ma-
atingir o solo. temática e Ciências.
Além da Mecânica, Galileu também ajudou muito a
Queda Livre Astronomia. Construiu o primeiro telescópio para o uso
em observações astronômicas. Entre algumas de suas
É quando perto da superfície da terra, ocorre a descobertas o autor coloca algumas de suma importân-
queda de corpos (pedra, por exemplo) de certas altu- cia para a humanidade conforme segue:
ras, onde a um crescimento de sua velocidade, carac- - percebeu que a superfície da Lua é rugosa e irre-
terizando um movimento acelerado. Porém quando gular e não lisa e perfeitamente esférica como se acre-
o mesmo objeto ou corpo é lançado para cima a sua ditava;
velocidade decresce gradualmente até se anular e - descobriu três satélites girando ao redor de Jú-
consequentemente voltar ao seu local de lançamen- piter, contrariando a ideia aristotélica de que todos os
to. Segundo Aristóteles, grande filósofo, que viveu astros deviam girar em torno da terra.
aproximadamente 300 anos a.C., acreditava que aban- - verificou que o planeta Vênus apresenta fases
donando corpos leves e pesados de uma mesma altura, (como as da Lua) e esta observação levou-o a concluir
seus tempos de queda não seriam iguais: os corpos mais que Vênus gira em torno do Sol, como afirmava o astrô-
pesados alcançariam o solo antes dos mais leves. nomo Copêrnico em sua teoria heliocêntrica.
Segundo Galileu, considerado como introdutor do - lançou o Livro “Diálogos Sobre os Dois Grandes
método experimental, chegou a seguinte conclusão: Sistemas do Mundo”, no qual afirmava que a terra, as-
sim como os demais planetas, girava em torno do Sol,
“abandonados de uma mesma altura, um corpo leve e
em 1632. A sua obra foi condenada pela Igreja, onde
um corpo pesado caem simultaneamente, atingindo o
Galileu foi taxado como herético, preso e submetido a
chão no mesmo instante”. Após essa afirmação Galileu julgamento pela Inquisição em 1663.
passou a ser alvo de perseguição devido a descrença Galileu para evitar a morte acabou obrigado a rene-
do povo e também por considerá-lo como revolucioná- gar suas ideias através de “confissão”, lida em voz alta
rio. O ar exerce efeito retardador na queda de qualquer perante o Santo Conselho da Igreja.
objeto e que este efeito exerce maior influência sobre Ainda assim Galileu foi condenado por heresia e
o movimento da Pedra. Porém se retirarmos o ar, ob- obrigado a permanecer confinado em sua casa, impe-
serva-se que os dois objetos caem na mesma hora e no dido de se afastar daquele local, até o fim de sua vida.
mesmo instante, conforme a figura representa, confir- Galileu mesmo doente ainda teve forças para lançar seu
mando também as afirmações feitas por Galileu. Atra- último livro, chamado de “Duas Novas Ciências”, com
vés desse fato concluímos também que as experiências dados de Mecânica e morreu completamente cego em
de Galileu, só têm coerência se forem feitas para os 8 de Janeiro de 1642, deixando descobertas de fun-
corpos em queda livre no vácuo, e que o ar é desprezí- damental importância para a humanidade. Os trechos
vel para materiais mais pesados como algodão, pena ou acima foram elaborados pelo próprio autor.
uma folha de papel.
Denomina-se então queda livre, para os corpos que
não tem influência do ar, isto é, materiais pesados e lan-
çados no vácuo. Aceleração da Gravidade – Podemos con-
siderar a aceleração da gravidade como sendo o mesmo
valor para todos os corpos que caem em queda livre, sen-
do representada pela letra g, sendo também considerada
como um movimento uniformemente acelerado, devido a

15
FÍSICA

Cinemática Vetorial: conceitos e propriedades ve- Regra do Polígono – Para determinar a resultante
toriais composições de movimentos, movimentos circu- dos vetores e , traçamos, como na figura acima, os ve-
lares uniforme e uniformemente variado, lançamento tores de modo que a origem de um coincida com a extre-
horizontal e oblíquo. midade do outro. O vetor que une a origem de com a
extremidade de é o resultante .
Cinemática Vetorial
Regra do Paralelogramo – Os vetores são dispostos
Na Cinemática Escalar, estudamos a descrição de um de modo que suas origens coincidam. Traçando-se um pa-
movimento em trajetória conhecida, utilizando as grande- ralelogramo, que tenha e como lados, a resultante
zas escalares. Agora, veremos como obter e correlacionar será dada pela diagonal que parte da origem comum dos
as grandezas vetoriais descritivas de um movimento, mes- dois vetores.
mo que não sejam conhecidas previamente as trajetórias.
Grandezas Escalares – Ficam perfeitamente definidas
por seus valores numéricos acompanhados das respectivas
unidades de medida. Exemplos: massa, temperatura, volu-
me, densidade, comprimento, etc.
Grandezas vetoriais – Exigem, além do valor numérico
e da unidade de medida, uma direção e um sentido para
que fiquem completamente determinadas. Exemplos: des-
locamento, velocidade, aceleração, força, etc.

Vetores

Para representar as grandezas vetoriais, são utilizados Componentes ortogonais de um vetor – A compo-
os vetores: entes matemáticos abstratos caracterizados por nente de um vetor, segundo uma dada direção, é a pro-
um módulo, por uma direção e por um sentido. Represen- jeção ortogonal (perpendicular) do vetor naquela direção.
tação de um vetor – Graficamente, um vetor é representado Decompondo-se um vetor , encontramos suas compo-
por um segmento orientado de reta: nentes retangulares, x e y, que conjuntamente podem
substituí-lo, ou seja, = x + y.

Componentes da aceleração vetorial

Estudo da aceleração tangencial

Aceleração tangencial (a t) – é o componente da ace-


leração vetorial na direção do vetor velocidade e indica a
variação do módulo deste. Possui módulo igual ao da ace-
leração escalar:
Elementos de um vetor:
Direção – Dada pela reta suporte (r) do vetor.
Módulo – Dado pelo comprimento do vetor.
Sentido – Dado pela orientação do segmento.
Módulo de at: O módulo da aceleração tangencial é
Resultante de vetores (vetor-soma) – Considere um totalmente igual ao valor absoluto da aceleração.
automóvel deslocando-se de A para B e, em seguida, para
C. O efeito desses dois deslocamentos combinados é levar
o carro de A para C. Dizemos, então, que o vetor é a soma
ou resultante dos vetores e .

Direção de at: A direção da aceleração tangencial é pa-


ralela à velocidade vetorial, isto é, tangente à trajetória.

16
FÍSICA

Sentido de at: o sentido irá depender do movimento, Propriedades:


vejamos: - Quando falamos de movimento uniforme, podemos
dizer que a velocidade vetorial apresenta um módulo cons-
Se o movimento for acelerado, consequentemente o tante, e por isso sua aceleração tangencial é sempre nula,
módulo da sua velocidade irá aumentar e sua aceleração independente da sua trajetória.
tangencial irá ter o mesmo sentido da velocidade vetorial. - Quando falamos de movimento não uniforme, pode-
Vejamos: mos dizer que a velocidade vetorial apresenta um módulo
variável, e por isso sua aceleração tangencial não será sem-
pre nula.
- Sempre que um corpo ou um objeto estiver em re-
pouso, sua aceleração tangencial será nula.
- No instante em que y = 0, a aceleração tangencial
será nula, independente de o móvel estar em repouso ou
em movimento.

Estudo da aceleração centrípeta

Aceleração centrípeta ou normal (c) – é o compo-


nente da aceleração vetorial na direção do raio de curva-
tura (R) e indica a variação da direção do vetor velocidade
( ). Tem sentido apontando para o centro da trajetória (por
isso, centrípeta) e módulo dado por:

Se o movimento for retardado, consequentemente o


módulo da velocidade irá diminuir e sua aceleração tan-
gencial irá ter o sentido oposto ao da velocidade vetorial.
Vejamos:
Sendo que, V é a velocidade escalar e R é o raio de
curvatura da trajetória.
Importante: nos movimentos retilíneos, c é nula por-
que o móvel não muda de direção nesses movimentos.
Direção de acp: A direção da aceleração centrípeta é
considerada normal em relação à tangente à trajetória, ou
seja, ela é igual a velocidade vetorial. Vejamos:

Sentido de acp: O sentido da aceleração centrípeta sem-


pre será voltado para o centro da circunferência, osculado-
ra à trajetória, ou seja, direcionado para uma região conve-
Notação de at: é quando a grandeza vetorial é repre- xa limitada pela curva.
sentada matematicamente. Vejamos: Notação de acp: A função que podemos usar para re-
presentarmos a notação da aceleração centrípeta é:


Efeito at
Efeito de acp: Quando falamos de trajetória retilínea,
podemos considerar R ⇒ ∞ e acp= 0. Já quando falamos
Podemos dizer que a aceleração escalar y, tem uma que a trajetória é curva, podemos dizer que a velocidade
relação direta com a variação da velocidade escalar V, do vetorial varia em direção e sua aceleração centrípeta nem
módulo da velocidade vetorial V. sempre difere de zero.

17
FÍSICA

Notas: Velocidade vetorial média (Vm)


- Quando falamos de movimentos retilíneos, pode-
mos dizer que a velocidade vetorial apresenta uma direção A velocidade vetorial média é considerada a razão
constante, e com isso, sua aceleração centrípeta se torna entre o deslocamento vetorial d e o tempo gasto no in-
constantemente nula. tervalo de tempo delta t deste deslocamento.
- Sempre que o móvel estiver em repouso, sua acelera-
ção centrípeta, será nula.

Vetor deslocamento ou deslocamento vetorial entre


dois instantes
Quando falamos em módulo de Vm, temos:
O deslocamento vetorial pode ser representado por d,
esse deslocamento é definido entre dois instantes t1 e t2,
sendo o vetor P1 e P2, o vetor de origem P1 e extremidade
P2. Vejamos:

Orientação de Vm
Com isso, o deslocamento vetorial é definido como a
diferença entre os vetores posição.

Relação entre os módulos do e da variação de espa-


ço (deslocamento escalar)

Pensando em uma trajetória arbitrária L, não retilínea e


entre as posições P1 e P2, teremos:

Movimentos Circulares
Notas:
- Todo deslocamento escalar é dependente da forma Na Mecânica clássica, movimento circular é aquele
da trajetória; em que o objeto ou ponto material se desloca numa tra-
- Todo deslocamento vetorial é independente da for- jetória circular. Uma força centrípeta muda de direção o
ma da trajetória; vetor velocidade, sendo continuamente aplicada para o
- Toda variação de espaço ou deslocamento escalar, centro do círculo. Esta força é responsável pela chamada
é medido no percurso da trajetória, e com isso, ele irá aceleração centrípeta, orientada para o centro da circun-
depender da forma da trajetória; ferência-trajetória.
- Como o deslocamento vetorial não depende da for- Pode haver ainda uma aceleração tangencial, que
ma da trajetória, ele irá servir somente para a posição obviamente deve ser compensada por um incremen-
inicial de P1 e para a posição final de P2. to na intensidade da aceleração centrípeta a fim de que

18
FÍSICA

não deixe de ser circular a trajetória. O movimento circu- A unidade é o radiano por segundo, ou radiano por
lar classifica-se, de acordo com a ausência ou a presença segundo ao quadrado. A aceleração angular guarda re-
de aceleração tangencial, em movimento circular unifor- lação somente com a aceleração tangencial e não com a
me (MCU) e movimento circular uniformemente variado aceleração centrípeta: , onde é a aceleração
(MCUV). tangencial.
Como fica evidente pelas conversões, esses valores an-
Propriedades e Equações gulares não são mais do que maneiras de se expressar as
propriedades lineares de forma conveniente ao movimento
circular. Uma vez quer a direção dos vectores deslocamen-
to, velocidade e aceleração modifica-se a cada instante, é
mais fácil trabalhar com ângulos. Tal não é o caso da acele-
ração centrípeta, que não encontra nenhum corresponden-
te no movimento linear.
Surge a necessidade de uma força que produza essa
aceleração centrípeta, força que é chamada analogamente
de força centrípeta, dirigida também ao centro da trajetó-
ria. A força centrípeta é aquela que mantém o objeto em
movimento circular, provocando a constante mudança da
direção do vector velocidade.

Movimento da Circunferência A aceleração centrípeta é proporcional ao quadrado da


velocidade angular e ao raio da trajetória:
Uma vez que é preciso analisarmos propriedades an-
gulares mais do que as lineares, no movimento circular são f
introduzidas propriedades angulares como o deslocamen-
to angular, a velocidade angular e a aceleração angular e A função horária de posição para movimentos circu-
centrípeta. No caso do MCU existe ainda o período, que lares, e usando propriedades angulares, assume a forma:
é propriedade também utilizada no estudo dos movimen- , onde é o deslocamento angular no início
tos periódicos. O deslocamento angular (indicado por ) do movimento. É possível obter a velocidade angular a
se define de modo similar ao deslocamento linear. Porém, qualquer instante , no MCUV, a partir da fórmula:
ao invés de considerarmos um vetor deslocamento, consi-
deramos um ângulo de deslocamento. Há um ângulo de
referência, adotado de acordo como problema. O deslo-
camento angular não precisa se limitar a uma medida de
circunferência Para o MCU define-se período T como o intervalo de
( ); para quantificar as outras propriedades do movi- tempo gasto para que o móvel complete um deslocamento
mento circular, será preciso muitas vezes um dado sobre o angular em volta de uma circunferência completa ( ).
deslocamento completo do móvel, independentemente de Também define-se frequência (indicada por f) como o nú-
quantas vezes ele deu voltas em uma circunferência. Se mero de vezes que essa volta é completada em determina-
for expresso em radianos, temos a relação , onde do intervalo de tempo (geralmente 1 segundo, o que leva
R é o raio da circunferência e s é o deslocamento linear. a definir a unidade de frequência como ciclos por segun-
Pegue-se a velocidade angular (indicada por ), por do ou hertz). Assim, o período é o inverso da frequência:
exemplo, que é a derivada do deslocamento angular pelo
intervalo de tempo que dura esse deslocamento: Por exemplo, um objeto que tenha velocidade angular
de 3,14 radianos por segundo tem período aproximada-
mente igual a 2 segundos, e frequência igual a 0,5 hertz.

Transmissão do movimento circular


Muitos mecanismos utilizam a transmissão de um ci-
A unidade é o radiano por segundo. Novamente há lindro ou anel em movimento circular uniforme para outro
uma relação entre propriedades lineares e angulares: cilindro ou anel. É o caso típico de engrenagens e correias
, onde é a velocidade linear. acopladas as polias. Nessa transmissão é mantida sempre
Por fim a aceleração angular (indicada por ), somente a velocidade linear, mas nem sempre a velocidade angular.
no MCUV, é definida como a derivada da velocidade angu- A velocidade do elemento movido em relação ao motor
lar pelo intervalo tempo em que a velocidade varia: cresce em proporção inversa a seu tamanho. Se os dois
elementos tiverem o mesmo diâmetro, a velocidade angu-
lar será igual; no entanto, se o elemento movido for menor
que o motor, vai ter velocidade angular maior. Como a ve-
locidade linear é mantida, e , então:

19
FÍSICA

Funções Horárias do Movimento Vertical

Como os movimentos verticais são uniformemente va-


O movimento circular ocorre quando em diversas si- riados, as funções horárias que os descrevem são iguais às
tuações que podem ser tomadas como exemplo: do MUV. Vejamos no esquema abaixo:
- Uma pedra fixada a um barbante e colocada a gi-
rar por uma pessoa descreverá um movimento circular
uniforme.

Análise Matemática do Movimento Vertical

Estudando as características do movimento vertical,


podemos dizer que na queda livre o módulo da velocidade
escalar aumenta no decorrer do movimento. Concluímos
assim que o movimento, nesse caso, é acelerado. Entre-
tanto, no lançamento para cima, o módulo da velocidade
escalar diminui, de modo que o classificamos como retar-
dado. Observação I: Nas fórmulas acima, v representa a velo-
cidade final, vo, a velocidade inicial. O mesmo se aplica a S
Queda livre
(espaço final) e So (espaço inicial).
Acelerado Observação II: Vale ressaltar que “a” = “g”, uma vez que
se trata da aceleração da gravidade. O sinal de g, como foi
dito acima, independe de o corpo subir ou descer, estabe-
lecendo relação com a orientação da trajetória. Orientação
para cima: g é negativo; orientação para baixo: g é positivo.

Lançamento Oblíquo

Retardado O lançamento oblíquo é um exemplo típico de com-


Lançamento para cima posição de dois movimentos. Galileu notou esta particula-
ridade do movimento balístico. Esta verificação se traduz
no princípio da simultaneidade: “Se um corpo apresenta um
movimento composto, cada um dos movimentos componen-
Uma importante propriedade do lançamento vertical tes se realiza como se os demais não existissem e no mesmo
para cima é o fato de a velocidade do móvel ir decrescendo intervalo de tempo”.
com o passar do tempo, tornando-se nula quando ele che-
ga ao ponto mais alto da trajetória (altura máxima). Nes- Composição de Movimentos.
se instante, o móvel muda de sentido, passando a cair em
movimento acelerado. Outras considerações que merecem O lançamento oblíquo estuda o movimento de corpos,
atenção são os sinais da velocidade escalar e da aceleração lançados com velocidade inicial V0 da superfície da Terra.
escalar. Se a orientação da trajetória é para cima, a acele- Na figura a seguir vemos um exemplo típico de lançamen-
ração escalar é negativa durante todo o movimento (g < to obliquo realizado por um jogador de golfe.
0). Portanto, o que determina se o corpo sobe ou desce é
o sinal da velocidade escalar, que na subida é positivo (v >
0) e na descida negativo (v < 0). Por outro lado, se a orien-
tação da trajetória é para baixo, a aceleração é positiva, e o
valor da velocidade é negativo na subida (v < 0) e positivo
na descida (v > 0).

Observação: As definições sobre o movimento vertical


são feitas desconsiderando a resistência do ar.

20
FÍSICA

A trajetória é parabólica, como você pode notar na fi-


gura acima. Como a análise deste movimento não é fácil,
é conveniente aplicarmos o princípio da simultaneidade de
Galileu. Veremos que ao projetamos o corpo simultanea-
mente no eixo x e y teremos dois movimentos:
- Em relação a vertical, a projeção da bola executa um
movimento de aceleração constante e de módulo igual a g.
Trata-se de um M.U.V. (lançamento vertical).
- Em relação a horizontal, a projeção da bola executa
um M. U.

Lançamento Horizontal

O lançamento balístico é um exemplo típico de com-


posição de dois movimentos. Galileu notou esta particula-
ridade do movimento balístico. Esta verificação se traduz
no princípio da simultaneidade: “Se um corpo apresenta um
movimento composto, cada um dos movimentos componen-
tes se realiza como se os demais não existissem e no mesmo
intervalo de tempo”.

Composição de Movimentos

O princípio da simultaneidade poderá ser verificado no


Lançamento Horizontal.

- A projeção horizontal (x) do móvel descreve um Mo-


vimento Uniforme.
O vetor velocidade no eixo x se mantém constante,
sem alterar a direção, sentido e o módulo.
- A projeção vertical (y) do móvel descreve um movi-
mento uniformemente variado.
Um observador no solo, (o que corresponde a nossa O vetor velocidade no eixo y mantém a direção e o
posição diante da tela) ao notar a queda do corpo do he- sentido porém o módulo aumenta a medida que se apro-
licóptero, verá a trajetória indicada na figura. A trajetória xima do solo
traçada pelo corpo, corresponde a um arco de parábola,
que poderá ser decomposta em dois movimentos:

21
FÍSICA

Como:
5.3 DINÂMICA: LEIS DE NEWTON - F1= 2,0N, sua representaçãoé um seguimento de 2,0cm
APLICAÇÕES; MASSA E PESO DOS CORPOS; F2 = 2,0N, sua representação é um seguimento de
LEI DE HOOKE; ATRITO E 2,0cm
APLICAÇÕES; TRABALHO MECÂNICO,
Portanto a resultante ou o vetor soma tem intensidade
TRABALHO DE FORÇAS DISSIPATIVAS;
de 2,8N, pois seu tamanho é de 2,8cm
POTÊNCIA MECÂNICA E RENDIMENTO;
ENERGIAS CINÉTICA, POTENCIAL Quando as forças concorrentes formam um angulo de
GRAVITACIONAL E POTENCIAL ELÁSTICA; 90°, a intensidade do vetor soma pode ser encontrada apli-
ENERGIA MECÂNICA E PRINCÍPIO DA cando-se o Teorema de Pitagoras, ou seja, pela formula:
CONSERVAÇÃO DA ENERGIA; IMPULSO E
QUANTIDADE DE MOVIMENTO, COLISÕES, R2 = F12 + F22
CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE
DE MOVIMENTO, E GRAVITAÇÃO, LEIS DE
KEPLER, LEI DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL. R=

O termo dinâmica significa “forte”. Em física, a dinâmi-


ca é um ramo da mecânica que estuda o movimento de um
corpo e as causas desse movimento. Em experiências diá-
rias podemos observar o movimento de um corpo a partir
da interação deste com um (ou mais) corpo(s). Como por
exemplo, quando um jogador de tênis dá uma raquetada
numa bola, a raquete interage com ela e modifica o seu
R2 = 32 + 42
movimento. Quando soltamos algum objeto a uma certa R = 9! + !16
altura do solo e ele cai, é resultado da interação da terra R = 25
com este objeto. Esta interação é convenientemente des-
crita por um conceito chamado força. Os Princípios de di- R = 5N
nâmica foram formulados por Galileu e Newton, porém foi !
Newton que os enunciou da forma que conhecemos hoje. Sistemas de Forças Concorrentes num Ponto

Forças Concorrentes Se as linhas de ação das todas as forças concorrem no


mesmo ponto O, o sistema é equivalente a uma única força
Forças concorrentes são aquelas as componentes for- resultante R que passa por O e coincide com o eixo central.
mam um angulo no ponto de aplicação.

Se o vetor , o sistemas está em equilíbrio. Para


calcular o momento do sistema em qualquer ponto Q dife-
rente de O aplica-se o teorema de Varignon.

O vetor soma em forças concorrentes é representado


em intensidade, direção e sentido pela diagonal do para-
lelogramo traçado sobre as componentes. A intensidade é Equivalência a zero: .
graficamente representada pelo tamanho da diagonal em
uma escala. Vemos na escala dada que: 1N = 1cm

22
FÍSICA

Leis de Newton Galileu podemos considerar que: se um corpo estiver em


repouso, é necessária a ação de uma força sobre ele para
Em primeiro lugar, para que se possa entender as fa- colocá-lo em movimento. Uma vez iniciado o movimento,
mosas leis de Newton, é necessário ter o conhecimento cessando a ação das forças que atuam sobre o corpo, ele
do conceito de força. Assim existem alguns exemplos que continuará a se mover indefinidamente, em linha reta, com
podem definir tal conceito, como a força exercida por uma velocidade constante.
locomotiva para arrastar os vagões, a força exercida pelos Todo corpo que permanece em sue estado de re-
jatos d’água para que se acione as turbinas ou a força de pouso ou de movimento, é considerado segundo Galileu
atração da terra sobre os corpos situados próximo à sua
como um corpo em estado de Inércia. Isto significa que se
superfície. Porém é necessário também definir o seu mó-
um corpo está em inércia, ele ficará parado até que sob
dulo, sua direção e o seu sentido, para que a força pos-
ele seja exercida uma ação para que ele possa sair de tal
sa ser bem entendida, sendo que o conceito que melhor
a defini é uma grandeza vetorial e poderá, portanto ser estado, onde se a força não for exercida o corpo perma-
representada por um vetor. Então podemos concluir que: necerá parado. Já um corpo em movimento em linha reta,
peso de um corpo é a força com que a terra atrai este em inércia, também deverá ser exercido sob ele uma força
corpo. para movimentá-lo para os lados, diminuindo ou aumentan-
Podemos definir as forças de atração, como aquela do a sua velocidade. Vários são os estados onde tal conceito
em que se tem a necessidade de contato entre os corpos de Galileu pode ser apontado, como um carro considerado
(ação à distância). Para que se possa medir a quantidade corpo pode se movimentar em linha reta ou como uma pes-
de força usada em nossos dias, os pesquisadores estabe- soa dormindo estando em repouso (por inércia), tende a
leceram a medida de 1 quilograma força = 1 kgf, sendo continuar em repouso.
este o peso de um quilograma-padrão, ao nível do mar e
a 45º de latitude. Um dinamômetro, aparelho com o qual Primeira Lei de Newton
se consegue saber a força usada em determinados casos,
se monta colocando pesos de 1 kgf, 2 kgf, na extremidade A primeira lei de Newton pode ser considerada como
de uma mola, onde as balanças usadas em muitas farmá- sendo uma síntese das ideias de Galileu, pois Newton se ba-
cias contém tal método, onde podemos afirmar que uma seou em estudos de grandes físicos da Mecânica, relativas
pessoa com aproximadamente 100 Kg, pesa na realidade principalmente a Inércia; por este fato pode-se considerar
100 kgf. também a primeira lei de Newton como sendo a lei da Inér-
Outra unidade para se saber a força usada, também cia. Conforme Newton, a primeira Lei diz que: Na ausência
muito utilizada, é o newton, onde 1 newton = 1 N e equi- de forças, um corpo em repouso continua em repouso e um
vale a 1kgf = 9,8 N. Portanto, conforme a tabela, a força corpo em movimento move-se em linha reta, com velocida-
de 1 N equivale, aproximadamente, ao peso de um pacote de constante. Para que ocorra um equilíbrio de uma partícula
de 100 gramas (0,1 kgf). Segundo Aristóteles, ele afirmava é necessário que duas forças ajam em um corpo, sendo que
que “um corpo só poderia permanecer em movimento se as mesmas podem ser substituídas por uma resultante r das
existisse uma força atuando sobre ele. Então, se um corpo duas forças exercidas, determinada em módulo, direção e
estivesse em repouso e nenhuma força atuasse sobre ele, sentido, pela regra principal do paralelogramo.
este corpo permaneceria em repouso. Quando uma for- Podemos concluir que: quando a resultante das forças
ça agisse sobre o corpo, ele se poria em movimento mas, que atuam em um corpo for nula, se ele estiver em repou-
cessando a ação da força, o corpo voltaria ao repouso” so continuará em repouso e, se ele estiver em movimento,
conforme figura abaixo. A primeira vista tais ideias podem estará se deslocando com movimento retilíneo uniforme.
estas certas, porém com o passar do tempo descobriu-se Para que uma partícula consiga o seu real equilíbrio é ne-
que não eram bem assim.
cessário que:
Segundo Galileu, devido às afirmações de Aristóte-
- a partícula esteja em repouso
les, decidiu analisar certas experiências e descobriu que
- a partícula esteja em movimento retilíneo uniforme.
uma esfera quando empurrada, se movimentava, e mesmo
cessando a força principal, a mesma continuava a se mo-
vimentar por um certo tempo, gerando assim uma nova Segunda Lei de Newton
conclusão sobre as afirmações de Aristóteles. Assim Ga-
lileu, verificou que um corpo podia estar em movimento Para que um corpo esteja em repouso ou em movi-
sem a ação de uma força que o empurrasse, conforme fi- mento retilíneo uniforme, é necessário que o mesmo en-
gura demonstrando tal experiência. Galileu repetiu a mes- contre-se com a resultante das forças que atuam sobre o
ma experiência em uma superfície mais lisa, e chegou a corpo, nula, conforme vimos anteriormente. Um corpo, sob
conclusão que o corpo percorria uma distância maior após a ação de uma força única, adquire uma aceleração, isto é,
cessar a ação da força, concluindo que o corpo parava, se F diferente de 0 temos a (vetor) diferente de 0. Podemos
após cessado o empurrão, em virtude da ação do atrito perceber que:
entre a superfície e o corpo, cujo efeito sempre seria re- - duplicando F, o valor de a também duplica.
tardar o seu movimento. Segundo a conclusão do próprio - triplicando F, o valor de a também triplica.

23
FÍSICA

Podemos concluir que: Terceira Lei de Newton


- a força F que atua em um corpo é diretamente pro-
porcional à aceleração a que ela produz no corpo, isto é, Segundo Newton, para que um corpo sofra ação é
F α a. necessário que a ação provocada para tal movimentação,
- a massa de um corpo é o quociente entre a força que também seja provocada por algum outro tipo de força. Tal
atua no corpo e a aceleração que ela produz nele, sendo: definição ocorreu segundo estudos no campo da Dinâmi-
ca. Além disso, Newton, percebeu também que na intera-
M=F ção de dois corpos, as forças sempre se apresentam aos
A pares: para cada ação de um corpo sobre outro existirá
sempre uma ação contraria e igual deste outro sobre o pri-
meiro. Podemos concluir que: Quando um corpo A exerce
Quanto maior for a massa de um corpo, maior será a
uma força sobre um corpo B, o corpo B reage sobre A com
sua inércia, isto é, a massa de um corpo é uma medida de uma força de mesmo módulo, mesma direção e de sentido
inércia deste corpo. A resultante do vetor a terá sempre a contrário.
mesma direção e o mesmo sentido do vetor F , quando se As forças de ação e reação são enunciadas conforme a
aplica uma força sobre um corpo, alterando a sua acele- terceira lei de Newton, sendo que a ação está aplicada em
ração. um corpo, e a reação está aplicada no corpo que provocou
De acordo com Newton, a sua Segunda Lei diz o se- a ação, isto é, elas estão aplicadas em corpos diferentes.
guinte: A aceleração que um corpo adquire é diretamen- As forças de ação e reação não podem se equilibrar se-
te proporcional à resultante das forças que atuam nele e gundo Newton, porque para isso, seria necessário que elas
tem a mesma direção e o mesmo sentido desta resultante, estivessem aplicadas em um mesmo corpo, o que nunca
sendo uma das leis básicas da Mecânica, utilizada muito acontece. Podemos considerar o atrito, como sendo a ten-
na análise dos movimentos que observamos próximos à dência de um corpo não se movimentar em contato com
superfície da Terra e também no estudo dos movimentos a superfície.
dos corpos celestes. O corpo em repouso indica que vai continuar em re-
Para a Segunda Lei de Newton, não se costuma usar pouso, pois as forças resultantes sobre o corpo é nula. Po-
a medida de força de 1 kgf (quilograma-força); sendo rém deve existir uma força que atuando no corpo faz com
utilizado o Sistema Internacional de Unidades (S.I.), o que ele permaneça em repouso, sendo que este equilíbrio
(corpo em repouso e superfície) é consequência direta do
qual é utilizado pelo mundo todo, sendo aceito e apro-
atrito, denominada de força de atrito. Podemos então per-
vado conforme decreto lei já visto anteriormente. As uni-
ceber que existe uma diferença muito grande entre atrito
dades podem ser sugeridas, desde que tenham-se como e força de atrito.
padrões as seguintes medidas escolhidas pelo S.I.: Podemos definir o atrito como: a força de atrito estáti-
A unidade de comprimento: 1 metro (1 m) co f, que atua sobre um corpo é variável, estando sempre
A unidade de massa: 1 quilograma (1 Kg) a equilibrar as forças que tendem a colocar o corpo em
A unidade de tempo: 1 segundo (s) movimento. A força de atrito estático cresce até um va-
lor máximo. Este valor é dado em micras, onde a micras é
O Sistema MKS, é assim conhecido por ser o Sistema o coeficiente de atrito estático entre as superfícies. Toda
Internacional da Mecânica, de uso exclusivo dessa área força que atua sobre um corpo em movimento é denomi-
de atuação, pelos profissionais. Para as unidades deri- nada de força de atrito cinético. Pequena biografia de Isaac
vadas, são obtidas a partir de unidades fundamentais, Newton: Após a morte de Galileu, em 1642, nascia uma na
conforme descreve o autor: pequena cidade da Inglaterra, Issac Newton, grande físico
De área (produto de dois comprimentos) = 1 m X 1 e matemático que formulou as leis básicas da Mecânica.
m X 1 m² Foi criado por sua avó sendo abandonado quando ainda
De volume (produto de três comprimentos) = 1 m X criança, pela mãe, marcando a vida de Newton pelo seu
1 m X 1 m = 1 m³ temperamento tímido, introspectivo, intolerante que o ca-
De velocidade (relação entre comprimento e tempo) racterizou quando adulto. Com a morte de seu padrasto,
é solicitado a assumir a fazenda da família, demonstrando
= 1m/1s = 1 m/s
pouco interesse, tornando-se num verdadeiro fracasso.
De aceleração (entre velocidade e tempo) = 1 m/s/1s
Aos 18 anos, em 1661, Newton é enviado ao Trinity
= 1 m/s² College da Universidade de Cambridge (próximo a Lon-
dres), para prosseguir seus estudos. Dedicou-se primeira-
Podemos definir que: 1 N = 1 g m/s², ou seja, 1 N é mente ao estudo da Matemática e em 1664, escrevia seu
a força que, atuando na massa de 1 Kg, imprime a esta primeiro trabalho (não publicado) com apenas 21 anos de
massa a aceleração de 1 m/s². Para a Segunda Lei de idade, sob a forma de anotações, denominado “Algumas
Newton, deve-se usar as seguintes unidades: Questões Filosóficas”. Em 1665, com o avanço da peste
R (em N) negra (peste bubônica), Newtom retornou a sua cidade
m (em kg) natal, refugiando-se na tranquila fazenda de sua família,
a(em m/s²) onde permaneceu por 18 meses, até que os males da peste
fossem afastados, permitindo o seu retorno a Cambridge.

24
FÍSICA

Alguns trabalhos executados por Newton durante seu Várias experiências como essa levam-nos às seguintes
refúgio: propriedades da força de atrito (direção, sentido e módu-
- Desenvolvimento em série da potência de um binô- lo):
mio ensinado atualmente nas escolas com o nome de “bi- Direção: As forças de atrito resultantes do contato en-
nômio de Newton”. tre os dois corpos sólidos são forças tangenciais à super-
- Criação e desenvolvimento das bases do Cálculo Di- fície de contato. No exemplo acima, a direção da força de
atrito é dada pela direção horizontal. Por exemplo, ela não
ferencial e do Cálculo Integral, uma poderosa ferramenta
aparecerá se você levantar a caixa.
para o estudo dos fenômenos físicos, que ele próprio utili- Sentido: A força de atrito tende sempre a se opor ao
zou pela primeira vez. movimento relativo das superfícies em contato. Assim, o
- Estudo de alguns fenômenos óticos, que culminaram sentido da força de atrito é sempre o sentido contrário ao
com a elaboração de uma teoria sobre as cores dos corpos. movimento relativo das superfícies
- Concepção da 1º e da 2º leis do movimento (1º e 2º
leis de Newton), lançando, assim, as bases da Mecânica.
- Desenvolvimento das primeiras ideias relativas à Gra-
vidade Universal.

Em 1667, retornando a Cambridge, dedicou-se a de-


senvolver as ideias que havia concebido durante o tempo
que permaneceu afastado da Universidade. Aos 50 anos de
idade Newton, abandonava a carreira universitária em bus-
ca de uma profissão mais rendosa. Em 1699 foi nomeado Módulo: Sobre o módulo da força de atrito cabem aqui
diretor da Casa da Moeda de Londres, recebendo venci- alguns esclarecimentos: enquanto a força que empurra a
mentos bastante elevados, que tornaram um homem rico. caixa for pequena, o valor do módulo da força de atrito
Neste cargo, desempenhou brilhante missão, conseguindo é igual à força que empurra a caixa. Ela anula o efeito da
reestruturar as finanças inglesas, então bastante abaladas. força aplicada.  Uma vez iniciado o movimento, o módulo
Foi membro do Parlamento inglês, em 1705, aos 62 anos da força de atrito é proporcional à força (de reação) do
de idade, sagrando-se cavaleiro pela rainha da Inglaterra, plano-N.
o que lhe dava condição de nobreza e lhe conferia o título
de “Sir”, passando a ser tratado como Sir Issac Newton. Até Escrevemos:
1703 até a sua morte em 1727, Newton permaneceu na
presidência da Real Academia de Ciências de Londres. Com O coeficiente é conhecido como coeficiente de atri-
a modéstia própria de muitos sábios, Newton afirmava que to. Como a força de atrito será tanto maior quanto maior
ele conseguiu enxergar mais longe do que os outros cole- for , vê-se que ele expressa propriedades das superfícies
gas porque se apoiou em “ombros de gigantes”. em contato (da sua rugosidade, por exemplo). Em geral,
devemos considerar dois coeficientes de atrito: um cha-
Aplicações Envolvendo Forças de Atrito mado cinemático e outro, estático, . Em geral,
, refletindo o fato de que a força de atrito é ligeiramente
maior quando o corpo está a ponto de se deslocar (atrito
Podemos perceber a existência da força de atrito e en-
estático) do que quando ela está em movimento (atrito ci-
tender as suas características através de uma experiência
nemático).
muito simples. Tomemos uma caixa bem grande, colocada
O fato de a força de atrito ser proporcional à força de
no solo, contendo madeira.
reação normal representa a observação de que é mais fácil
Podemos até imaginar que, à menor força aplicada, ela empurrar uma caixa à medida que a vamos esvaziando. Re-
se deslocará. Isso, no entanto, não ocorre. Quando a caixa presenta também por que fica mais difícil empurrá-la de-
ficar mais leve, à medida que formos retirando a madeira, pois que alguém se senta sobre ela (ao aumentar o peso N
atingiremos um ponto no qual conseguiremos movimentá- também aumenta).
-la. A dificuldade de mover a caixa é devida ao surgimento Podemos resumir o comportamento do módulo da
da força de atrito Fat entre o solo e a caixa. força de atrito em função de uma força externa aplicada a
um corpo, a partir do gráfico ao lado.
Note-se nesse gráfico que, para uma pequena força
aplicada ao corpo, a força de atrito é igual à mesma. A for-
ça de atrito surge tão somente para impedir o movimento.
Ou seja, ela surge para anular a força aplicada. No entanto,
isso vale até um certo ponto. Quando o módulo da força
aplicada for maior do que

25
FÍSICA

O corpo se desloca. Esse é o valor máximo atingido Movimento dos Veículos a motor
pela força de atrito. Quando o corpo se desloca, a força de
atrito diminui, se mantém constante e o seu valor é As rodas dos veículos, cujo movimento é devido à quei-
ma de combustível do motor, são revestidas por pneus. A
função dos pneus é tirar o máximo proveito possível da
força de atrito (com o intuito de tirar esse proveito máximo,
as equipes de carros de corrida trocam frequentemente os
pneus).
Os pneus, acoplados às rodas, impulsionam a Terra
para trás. O surgimento da força de atrito impulsiona o veí-
culo para frente.
Quando aplicamos o freio vale o mesmo raciocínio an-
terior e a força de atrito atua agora no sentido contrário ao
do movimento do veículo como um todo.

Impedindo a Derrapagem

A força de atrito impede a derrapagem nas curvas, isto


é, o deslizamento de uma superfície - dos pneus - sobre a
outra (o asfalto).
Origem da Força de Atrito
Momento linear, conservação do momento linear,
A força de atrito se origina, em última análise, de for- impulso e variação do momento linear
ças interatômicas, ou seja, da força de interação entre os
átomos. O Momento linear (também chamado de quantidade
Quando as superfícies estão em contato, criam-se pon- de movimento linear ou momentum linear, a que a lingua-
tos de aderência ou colagem (ou ainda solda) entre as su- gem popular chama, por vezes, balanço ou “embalo”) é
perfícies. É o resultado da força atrativa entre os átomos uma das duas grandezas físicas fundamentais necessárias à
próximos uns dos outros. correta descrição do inter-relacionamento (sempre mútuo)
Se as superfícies forem muito rugosas, a força de atrito entre dois entes ou sistemas físicos. A segunda grandeza é
é grande porque a rugosidade pode favorecer o apareci- a energia. Os entes ou sistemas em interação trocam ener-
mento de vários pontos de aderência. gia e momento, mas o fazem de forma que ambas as gran-
Isso dificulta o deslizamento de uma superfície sobre dezas sempre obedeçam à respectiva lei de conservação.
a outra. Assim, a eliminação das imperfeições (polindo as Em mecânica clássica o momento linear é definido pelo
superfícies) diminui o atrito. Mas isto funciona até um certo produto entre massa e velocidade de um corpo. É uma
ponto. À medida que a superfície for ficando mais e mais grandeza vetorial, com direção e sentido, cujo módulo é o
lisa o atrito aumenta. Aumenta-se, no polimento, o número produto da massa pelo módulo da velocidade, e cuja dire-
de pontos de “solda”. Aumentamos o número de átomos ção e sentido são os mesmos da velocidade. A quantidade
que interagem entre si. Pneus “carecas” reduzem o atrito e, de movimento total de um conjunto de objetos permanece
por isso, devem ser substituídos. No entanto, pneus muito inalterada, a não ser que uma força externa seja exercida
lisos (mas bem constituídos) são utilizados nos carros de sobre o sistema. Esta propriedade foi percebida por Ne-
corrida. wton e publicada na obra Philosophiæ Naturalis Principia
Mathematica, na qual Newton define a quantidade de mo-
Força de Atrito no Cotidiano vimento e demonstra a sua conservação.
Particularmente importante não só em mecânica clás-
A força de atrito é muito comum no nosso mundo físi- sica como em todas as teorias que estuam a dinâmica de
co. É ela que torna possível o movimento da grande maio- matéria e energia (relatividade, mecânica quântica, etc.), é
ria dos objetos que se movem apoiados sobre o solo. Va- a relação existente entre o momento e a energia para cada
mos dar três exemplos: um dos entes físicos. A relação entre energia e momento é
expressa em todas as teorias dinâmicas, normalmente via
Movimento dos Animais uma relação de dispersão para cada ente, e grandezas im-
portantes como força e massa têm seus conceitos direta-
mente relacionados com estas grandezas.
Os animais usam as patas ou os pés (o caso do ho-
mem) para se movimentar. O que esses membros fazem é
comprimir o solo e forçá-lo ligeiramente para trás. Ao fazê-
-lo surge a força de atrito. Como ela é do contra (na direção
contrária ao movimento), a força de atrito surge nas patas
ou pés impulsionando os animais ou o homem para frente.

26
FÍSICA

Fórmulas Princípio da Conservação do Momento Linear

Na física clássica, a quantidade de movimento linear ( ) Quando dois ou mais corpos interagem, o momen-
é definida pelo produto de massa ( ) e velocidade ( ). to linear desse sistema (conjunto dos corpos) permanece
constante:

O valor é constante em sistemas nos quais não há for- Colisões entre partículas, elásticas e inelásticas, uni
ças externas atuando. e bidimensionais
Mesmo em uma colisão inelástica - onde a conserva-
ção da energia mecânica não é observada - a conservação Empregamos o termo de colisão para representar a si-
do momento linear permanece válida se sobre o sistema tuação na qual duas ou mais partículas interagem durante
não atuar força externa resultante. um tempo muito curto. Supomos que as forças impulsivas
A unidade da quantidade de movimento linear no SI é devidas a colisão são muito maiores que qualquer outra
o quilograma.metro por segundo(kg.m/s). força externa presente.
O momento linear total é conservado nas colisões. No
Sistema mecânico entanto, a energia cinética não se conserva devido a que
parte da energia cinética se transforma em energia térmica
Diz-se que um sistema está mecanicamente isolado e em energia potencial elástica interna quando os corpos
quando o somatório das forças externas é nulo. se deformam durante a colisão.
Consideremos um casal patinando sobre uma pista de Definimos colisão inelástica como a colisão na qual não
gelo, desprezando os efeitos do ar e as forças de atrito en-
se conserva a energia cinética. Quando dois objetos que
tre a pista e as botas que eles estão usando. Veja que na
chocam e ficam juntos depois do choque dizemos que a
vertical, a força peso é equilibrada com a normal, ou seja
colisão é perfeitamente inelástica. Por exemplo, um meteo-
P = N, tanto no homem quanto na mulher, e neste eixo as
forças se cancelam. rito que se choca com a Terra.
Mesmo que o casal resolva empurrar um ao outro (a Em uma colisão elástica a energia cinética se conserva.
terceira lei de newton garante que o empurrão é sempre Por exemplo, as colisões entre bolas de bilhar são aproxi-
mútuo), não haverá força externa resultante uma vez que a madamente elásticas. A nível atômico as colisões podem
força externa expressa a interação de um ente pertencente ser perfeitamente elásticas.
ao sistema com outro externo ao sistema: apesar de haver
força resultante tanto no homem como sobre a mulher,
ambos estão dentro do sistema em questão, e estas for-
ças são forças internas ao mesmo. Na ausência de forças
externas há conservação do momento linear do sistema. A
conservação do momento linear permite calcular a razão A grandeza Q é a diferença entre as energias cinéticas
entre a velocidade do homem e a velocidade da mulher depois e antes da colisão. Q toma o valor zero nas colisões
após o empurrão, conhecidas as suas massas e velocidades perfeitamente elásticas, porém pode ser menor que zero se
iniciais: Como o momento total deve ser conservado, a va- no choque se perde energia cinética como resultado da de-
riação da velocidade do homem é VH = − MM / MHVM, onde formação, ou pode ser maior que zero, se a energia cinética
VM é a variação da velocidade da mulher. das partículas depois da colisão é maior que a inicial, por
A variação da quantidade de movimento é chamada exemplo, na explosão de uma granada ou na desintegra-
Impulso. ção radiativa, parte da energia química ou energia nuclear
Fórmula: I = ΔP = Pf − Po se converte em energia cinética dos produtos.
I = Impulso, a unidade usada é N.s (Newton vezes se-
gundo) Coeficiente de Restituição
Lei da Variação do Momento Linear (ou da Variação Foi encontrado experimentalmente que em uma coli-
da Quantidade de Movimento) são frontal de duas esferas sólidas como as que experimen-
tam as bolas de bilhar, as velocidades depois do choque
O impulso de uma força constante que actua num cor-
estão relacionadas com as velocidades antes do choque,
po durante um intervalo de tempo é igual à variação do
pela expressão
momento linear desse corpo, nesse intervalo de tempo,

ou seja,

27
FÍSICA

onde e é o coeficiente de restituição e tem um valor Colisão Inelástica


entre 0 e 1, relação foi proposta por Newton . O valor de
um é para um choque perfeitamente elástico e o valor de Para dois corpos A e B em colisão inelástica, há perda
zero para um choque perfeitamente inelástico. de energia cinética, mas conservando-se a energia mecâ-
O coeficiente de restituição é a razão entre a velocida- nica. Após o choque, os corpos deslocam-se em conjunto
de relativa de afastamento depois do choque, e a velocida- com velocidades finais iguais e um coeficiente de restitui-
de relativa de aproximação antes do choque das partículas. ção e = 0.
Como é válida a conservação da quantidade de movi-
Colisão Elástica mento
Para dois corpos A e B em colisão elástica, não há per-
da de energia cinética (conservação da energia) entre os
instantes antes e depois do choque. As energias cinéticas
são escritas como
O que é importante relembrar? As colisões são di-
vididas em dois grupos: as Elásticas e as Inelásticas (essa
subdivida em colisões inelásticas e perfeitamente inelás-
ticas). A colisão inelástica tem como característica o fato
A quantidade de movimento é conservada por ser nulo do momento linear do sistema se conservar, mas a energia
o somatório das forças externas e para os dois corpos A e cinética do sistema não. A colisão elástica tem como pro-
B os seus momentos lineares antes e depois da colisão são priedade o fato de tanto o momento linear como a energia
dados por: cinética do sistema se conservarem.

Estudo das Colisões


Colocando-se as massas mA e mB em evidência, temos
Quando dois corpos colidem como, por exemplo, no
choque entre duas bolas de bilhar, pode acontecer que a
direção do movimento dos corpos não seja alterada pelo
podendo ser escrito como choque, isto é, eles se movimentam sobre uma mesma reta
antes e depois da colisão. Quando isso acontece, dizemos
que ocorreu uma colisão unidimensional.
Reescrevendo a primeira equação após colocarmos as Entretanto, pode ocorrer que os corpos se movimen-
massas em evidência tem-se tem em direções diferentes, antes ou depois da colisão.
Nesse caso, a colisão é denominada de colisão bidimen-
sional.
Dividindo-se a segunda equação pela terceira equação
encontramos Para uma colisão unidimensional entre duas partículas,
temos que:

em termos das velocidades relativas antes e depois do


choque, a quarta equação terá a forma Conceito de Trabalho

Se denomina trabalho infinitesimal, ao produto escalar


do vetor força pelo vetor deslocamento.
Para o cálculo da colisão elástica, empregamos a pri-
meira e a quinta equação em conjunto. A relação entre a
velocidade relativa dos dois corpos depois do choque e
a velocidade relativa dos corpos antes do choque é de-
nominada coeficiente de restituição e, mostrado na sexta
equação.

O coeficiente de restituição “e” assume sempre o valor


e = 1 para a colisão perfeitamente elástica.

28
FÍSICA

Onde Ft é a componente da força ao longo do deslo- Exemplo:


camento, ds é o módulo do vetor deslocamento dr, e q o
ângulo que forma o vetor força com o vetor deslocamento. Calcular o trabalho de uma força constante de 12 N,
cujo ponto de aplicação se translada 7 m, se o ângulo entre
O trabalho total ao longo da trajetória entre os pontos as direções da força e do deslocamento são 0º, 60º, 90º,
A e B é a soma de todos os trabalhos infinitesimais 135º, 180º.

Seu significado geométrico é a área sob a representa-


ção gráfica da função que relaciona a componente tangen-
cial da força Ft, e o deslocamento s.

- Se a força e o deslocamento tem o mesmo sentido, o


trabalho é positivo
- Se a força e o deslocamento tem sentidos contrários,
Exemplo: Calcular o trabalho necessário para alongar o trabalho é negativo
uma mola 5 cm, se a constante da mola é 1000 N/m. - Se a força é perpendicular ao deslocamento, o traba-
lho é nulo.
A força necessária para deformar uma mola é F=1000·x Conceito de Energia Cinética
N, onde x é a deformação. O trabalho desta força é calcu-
lado mediante a integral Suponhamos que F é a resultante das forças que atuam
sobre uma partícula de massa m. O trabalho desta força é
igual a diferença entre o valor final e o valor inicial da ener-
gia cinética da partícula.

Na primeira linha aplicamos a segunda lei de Newton;


a componente tangencial da força é igual ao produto da
massa pela aceleração tangencial.
Na segunda linha, a aceleração tangencial at é igual a
derivada do módulo da velocidade, e o quociente entre o
deslocamento ds e o tempo dt gasto em deslocar-se é igual
a velocidade v do móvel.
A área do triângulo da figura é (0.05·50)/2=1.25 J
Define-se energia cinética pela expressão
Quando a força é constante, o trabalho é obtido multi-
plicando a componente da força ao longo do deslocamen-
to pelo deslocamento.

W=Ft·s

29
FÍSICA

O teorema do trabalho-energia indica que o trabalho O trabalho infinitesimal dW é o produto escalar do ve-
da resultante das forças que atuam sobre uma partícula tor força pelo vetor deslocamento
modifica sua energia cinética.
Exemplo: Achar a velocidade com a qual sai uma bala dW=F·dr=(Fxi+Fyj)·(dxi+dyj)=Fxdx+Fydy
depois de atravessar uma tabela de 7 cm de espessura e
que opõe uma resistência constante de F=1800 N. A velo- As variáveis x e y são relacionadas através da equação
cidade inicial da bala é de 450 m/s e sua massa é de 15 g. da trajetória y=f(x), e os deslocamentos infinitesimais dx e
O trabalho realizado pela força F é -1800·0.07=-126 J dy são relacionadas através da interpretação geométrica
da derivada dy=f’(x)·dx. onde f’(x) quer dizer, derivada da
função f(x) relativo a x.

A velocidade final v é

Força Conservativa - Energia Potencial


Uma força é conservativa quando o trabalho de desta
força é igual a diferença entre os valores inicial e final de
uma função que só depende das coordenadas. A dita fun-
ção é denominada energia potencial. Vamos calcular o trabalho em cada um dos ramos e o
trabalho total no caminho fechado.

- Ramo AB
Trajetória y=x2/3, dy=(2/3)x·dx.
O trabalho de uma força conservativa não depende do
caminho seguido para ir do ponto A ao ponto B.
O trabalho de uma força conservativa ao longo de um
caminho fechado é zero.

Exemplo: Sobre uma partícula atua a força F=2xyi+x2j - Ramo BC


N A trajetória é a reta que passa pelos pontos (0,1) e (3,3).
Se trata de uma reta de inclinação 2/3 e cuja ordenada na
Calcular o trabalho efetuado pela força ao longo do origem é 1.
caminho fechado ABCA. y=(2/3)x+1, dy=(2/3)·dx
- A curva AB é um ramo de parábola y=x2/3.
- BC é o segmento de reta que passa pelos pontos (0,1)
e (3,3) e
- CA é a porção do eixo Y que vai desde a origem ao
ponto (0,1)

- Ramo CA
A trajetória é a reta x=0, dx=0, A força F=0 e por tanto,
o trabalho WCA=0

• O trabalho total

WABCA=WAB+WBC+WCA=27+(-27)+0=0

30
FÍSICA

O Peso é uma Força Conservativa A função energia potencial Ep correspondente a força


conservativa F vale
Calculemos o trabalho da força peso F=-mg j quando
o corpo se desloca da posição A cuja ordenada é yA até a
posição B cuja ordenada é yB.

O nível zero de energia potencial é estabelecido do se-


guinte modo: quando a deformação é zero x=0, o valor
da energia potencial é tomado zero, Ep=0, de modo que a
constante aditiva vale c=0.

Princípio de Conservação da Energia

Se somente uma força conservativa F atua sobre uma


partícula, o trabalho desta força é igual a diferença entre o
valor inicial e final da energia potencial

A energia potencial Ep correspondente a força conser-


vativa peso tem a forma funcional
Como vimos no relato anterior, o trabalho da resultan-
te das forças que atua sobre a partícula é igual a diferença
entre o valor final e inicial da energia cinética.

Onde c é uma constante aditiva que nos permite esta-


belecer o nível zero da energia potencial.

A Força que exerce uma Mola é Conservativa Igualando ambos trabalhos, obtemos a expressão do
princípio de conservação da energia
Como vemos na figura quando um mola se deforma x, EkA+EpA=EkB+EpB
exerce uma força sobre a partícula proporcional a defor-
mação x e de sinal contrária a esta. A energia mecânica da partícula (soma da energia po-
tencial mais cinética) é constante em todos os pontos de
sua trajetória.

Comprovação do Princípio de Conservação da Ener-


gia

Um corpo de 2 kg é deixado cair desde uma altura de


3 m. Calcular
- A velocidade do corpo quando está a 1 m de altura e
quando atinge o solo, aplicando as fórmulas do movimen-
Para x>0, F=-kx to retilíneo uniformemente acelerado
Para x<0, F=kx - A energia cinética, potencial e total nestas posições
O trabalho desta força é, quando a partícula se desloca
da posição xA a posição xB é

31
FÍSICA

Tomar g=10 m/s2

WAB=mg x
WBA=-mg x
O trabalho total ao longo do caminho fechado A-B-A,
WABA é zero.

A Força de Atrito é uma Força não Conservativa

Quando a partícula se move de A para B, ou de B para


- Posição inicial x=3 m, v=0. A a força de atrito é oposta ao movimento, o trabalho é ne-
gativo por que a força é de sinal contrário ao deslocamento
Ep=2·10·3=60 J, Ek=0, EA=Ek+Ep=60 J

- Quando x=1 m

WAB=-Fr x
Ep=2·10·1=20 J, Ek=40, EB=Ek+Ep=60 J WBA=-Fr x

O trabalho total ao longo do caminho fechado A-B-A,


- Quando x=0 m WABA é diferente de zero
WABA=-2Fr x

De um modo geral, a energia pode ser definida como


capacidade de realizar trabalho ou como o resultado da
realização de um trabalho. Na prática, a energia pode ser
Ep=2·10·0=0 J, Ek=60, EC=Ek+Ep=60 J melhor entendida do que definida. Quando se olha para o
Sol, tem-se a sensação de que ele é dotado de muita ener-
gia, devido à luz e ao calor que emite constantemente. A
A energia total do corpo é constante. A energia poten- humanidade tem procurado usar a energia que a cerca e a
cial diminui e a energia cinética aumenta. energia do próprio corpo, para obter maior conforto, me-
lhores condições de vida, maior facilidade de trabalho, etc.
Forças não Conservativas Para a fabricação de um carro, de um caminhão, de
uma geladeira ou de uma bicicleta, é preciso Ter disponível
Para darmos conta do significado de uma força não muita energia elétrica, térmica e mecânica.
conservativa, vamos compará-la com a força conservativa A energia elétrica é muito importante para as indús-
peso. trias, porque torna possível a iluminação dos locais de tra-
balho, o acionamento de motores, equipamentos e instru-
O Peso é uma Força Conservativa. mentos de medição.
Para todas as pessoas, entre outras aplicações, serve
Calculemos o trabalho da força peso quando a partí- para iluminar as ruas e as casas, para fazer funcionar os
cula se translada de A para B, e continuando quando se aparelhos de televisão, os eletrodomésticos e os elevado-
translada de B para A. res. Por todos esses motivos, é interessante converter outras
formas de energia em energia elétrica.

32
FÍSICA

Energia Cinética No século dezessete formou-se a ideia de que o tra-


balho que um sistema podia realizar era ‘armazenado’ de
A energia que um corpo adquire quando está em mo- alguma maneira no interior do próprio sistema e que o
vimento chama-se energia cinética. A energia cinética de- ‘trabalho armazenado’ era sempre igual ao ‘trabalho rea-
pende de dois fatores: da massa e da velocidade do corpo lizado’.
em movimento. Não sabemos o que a energia é. Todavia, se falamos
que a energia pode ser armazenada, está-se assumir que
Potencial sabemos o que é – “como queijo armazenado no frigorí-
fico, talvez”, na pitoresca imagem de Benyon. Benyon per-
É um tipo de energia que o corpo armazena, quando gunta, então, ‘como a energia é armazenada no objeto e
está a uma certa distância de um referencial de atração onde?’. A ‘energia’ é uma quantidade abstrata, um conceito
gravitacional ou associado a uma mola. inventado por conveniência do estudo da Natureza. Como
se pode então, armazenar uma abstração? E, comparando
Energia Cinética energia com os números, outra abstração, como se pode
armazenar um número? Pode-se evidentemente armaze-
Qualquer corpo que possuir velocidade terá energia nar objetos em forma de números ou quantidades de ob-
cinética. A equação matemática que a expressa é: jetos correspondentes a números, mas não os números em
si. Benyon sugere, então, que a idéia do armazenamento
de energia decorre da energia ser tratada não como um
conceito físico abstrato mas como algo real, como um flui-
do ou um combustível que possa ser armazenado ou trans-
Teorema da  energia cinética ferido de um corpo a outro.
Frequentemente o conceito de armazenamento de
O trabalho realizado pela resultante de todas as forças
energia refere-se a combustíveis, como se houvesse ener-
aplicadas a uma partícula durante certo intervalo de tempo
gia, geralmente referida como energia química, armazena-
é igual à variação de sua energia cinética, nesse intervalo
da no combustível. Um exemplo é ilustrativo: Um pedaço
de tempo.
de carvão, não possui energia química neste sentido, pois
não pode, por si só, ser transformado em gás carbônico e
tR,AB = m.v2B/2 - m.v2A/2 = [DEcin.]A==>B
libertar energia.
O que ocorre é que a mistura inicial do carvão e oxi-
gênio está num estado energético mais alto que o produto
Conservação da Energia Mecânica
da combustão, gás carbônico, tal como a pedra antes de
A energia mecânica (Emec) de um sistema é a soma da cair estava numa posição mais alta. Durante sua queima,
energia cinética e da energia potencial. os átomos de carbono reagem quimicamente com as mo-
Quando um objeto está a uma altura h, como já foi vis- léculas de oxigênio do ar num processo exotérmico, o que
to, ele possui energia potencial; à medida que está caindo, significa que a diferença positiva no valor da energia quí-
desprezando a resistência do ar, a energia potencial gravi- mica do sistema é transferida para o meio ambiente em
tacional do objeto que ele possui no topo da trajetória vai forma de calor, neste caso, aquecendo o ar circundante,
se transformando em energia cinética e quando atinge o por exemplo. Note-se, todavia, para que essa reação de
nível de referência a energia potencial é totalmente trans- combustão aconteça, é necessário que a mistura seja aque-
formada em energia cinética (fig.6). Este é um exemplo de cida a 750 ºC, isto é, é necessária a transferência energia
conservação de energia mecânica. em forma de calor à mistura de carvão e oxigênio antes
Na ausência de forças dissipativas, a energia mecânica que a reação aconteça, mais um motivo para não fazer sen-
total do sistema se conserva, ocorrendo transformação de tido dizer-se que ‘o carvão tem energia’.
energia potencial em cinética e vice-versa. Outra analogia fornecida por McClelland é interessan-
te: Se algo será armazenado em sentido metafórico, deverá
Energia Mecânica estar associado a algo material que possa ser armazena-
do fisicamente. Assim, podemos armazenar combustíveis
Chamamos de Energia Mecânica a todas as formas de e podemos armazenar livros; mas há tanto sentido falar em
energia relacionadas com o movimento de corpos ou com armazenar energia quanto armazenar informação.
a capacidade de colocá-los em movimento ou deformá-los. Um livro não contém informação, mas apenas man-
chas de tinta sobre folhas de papel – cabe a um leitor, que
Armazenamento de Energia aprendeu a reconhecer aquelas manchas de tinta como le-
tras e palavras e a associar palavras a conceitos, ‘extrair’
Note-se que o princípio de conservação é facilmente informação do livro.
confundido com a ideia de ‘armazenamento’ de energia no
interior de um sistema material.

33
FÍSICA

A Conservação da Energia Mecânica Nessa equação, “x” representa a deformação (con-


tração ou distensão) sofrida pela mola, e “K” chamada de
O sinal negativo na definição da função energia po- constante elástica, de certa forma, mede a dificuldade para
tencial (D U= U2-U1= -W= -ò s1 s2 F.ds), é introduzido de se conseguir deformá-la. Molas frágeis, que se esticam ou
modo que o trabalho efetuado por uma força conservati- comprimem facilmente, possuem pequena constante elás-
va sobre uma partícula, seja igual a diminuição de energia tica. Já molas bastante duras, como as usadas na suspen-
potencial do sistema. Consideremos um sistema no qual o são de um automóvel, possuem essa constante com valor
trabalho seja efetuado apenas sobre uma das partículas, elevado. Pela equação de energia potencial elástica, po-
como o caso esquiador-terra. Se a única força que efetuar demos notar algo que nossa experiência diária confirma:
o trabalho sobre a partícula for uma força conservativa, quanto maior a deformação que se quer causar em umas
o trabalho feito pela força é igual a diminuição da ener- mola e quanto maior a dificuldade para se deformá-la (K),
gia potencial do sistema, e também igual ao aumento da maior a quantidade de energia que deve ser fornecida a
energia cinética da partícula (que no caso, é o aumento de ela (e consequentemente maior a quantidade de energia
energia cinética do sistema): potencial elástica que essa mola armazenará).

Wtotal= ò F.ds= -D U= +D K Exemplos de Ocorrências

Portanto, Quando alguém puxa a corda de um arco e flecha,


D K+D U= D (K+U)=0 quando estica ou comprime uma mola ou quando salta
em um Bungee jumping, em todos esses casos, energia
A soma da Energia cinética com a energia potencial do está sendo utilizada para deformar um corpo. Para poder
sistema é a energia mecânica total E: acertar o alvo, um arqueiro tem que usar energia de seus
músculos para puxar a flecha para trás e o arco para fren-
E= K+U te. Dessa forma, a corda desse instrumento fica esticada e
com certa quantidade de energia armazenada. Quando o
Se apenas forças conservativas efetuam trabalho, a arqueiro solta a corda, a flecha recebe parte dessa energia
equação D K+D U= D (K+U)=0, afirma que a variação da e, com isso, adquire movimento.
energia mecânica total é nula. Então a energia mecânica Assim como nos exemplos citados, sempre que um
total permanece constante durante o movimento da par- corpo é deformado e mantém a capacidade de diminuir
tícula. essa deformação (voltando ao formato original ou não),
dizemos que esse corpo armazenou uma modalidade de
E= K+U= constante energia chamada de energia potencial elástica. Agora, o
nome potencial é originado do fato de o corpo esticado ou
Esta é a lei da conservação da energia mecânica e é a comprimido pode adquirir movimento espontaneamente
origem da denominação “força conservativa”. após ser liberado. A denominação elástica vem do fato de a
capacidade de deformar e voltar ao normal ser chamada de
Símbolos elasticidade. Nosso organismo, por exemplo, possui uma
W: Trabalho; proteína chamada elastina - responsável por dar elastici-
K: Energia cinética; dade à nossa pele. Quando pressionamos ou puxamos a
U: Energia Potencial ; pele de alguém, energia potencial elástica fica armazenada
E: Energia Mecânica; permitindo que a pele retorne ao formato natural. Se não
ò : Integral. fosse assim, caso apertássemos o braço de alguém, ele fi-
D : variação (D K: variação de energia cinética, D U: va- caria deformado para sempre.
riação de energia potencial, ...) A energia potencial gravitacional depende da acelera-
ção da gravidade, então em que situações essa energia é
ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA DE UMA MOLA positiva, nula ou negativa?
IDEAL A força elástica depende da massa da mola? Por quê?
Se uma mola é comprimida por um objeto de massa
Define-se ‘energia potencial elástica’ a energia poten- grande, quando solto a mola não consegue se mover, o
cial de uma corda ou mola que possui elasticidade. que acontece com a energia potencial elástica?
Se considerarmos que uma mola apresenta comporta-
mento ideal, ou seja, que toda energia que ela recebe para Sistema Massa-Mola
se deformar ela realmente armazena, podemos escrever
que a energia potencial acumulada nessa mola vale: Esse modelo é extremamente importante para a o es-
tudo de fenômenos naturais, pois é usado como uma boa
aproximação para oscilações de pequenas amplitudes, de
sistemas que originalmente se encontram em equilíbrio
estável. 

34
FÍSICA

Uma mola com uma extremidade presa a um suporte As condições iniciais são dadas através dos valores da
fixo e a outra extremidade presa a uma mola. Nesta situa- amplitude de oscilação e constante de fase. Consideremos
ção a mola se encontra numa posição horizontal, e a mas- um sistema massa-mola onde a frequência angular vale  w
sa pode mover-se horizontalmente em um plano com um = 5rad/s. Se a constante de fase for  j = 0  e a amplitude de
coeficiente de atrito desprezível. oscilação for  A=3m , teremos
 x(0) = 0
v(0) = -15m/s
 
Velocidade e posição: A solução x(t) da equação de
movimento do sistema massa-mola que nos informa como
a posição da mola varia com o tempo é dada por:
 x(t) = A sen(wt+j)
v(t) = -wA cos(wt+j)

Uma massa presa a uma mola. Com uma boa aproxi-  onde
mação podemos considerar que quando a massa é des- A = amplitude de oscilação
locada de sua posição de equilíbrio, a mola exerce uma
wt+j  = fase
força proporcional a distância até a posição de equilíbrio.
Essa relação é conhecida como Lei de Hooke, e pode ser w = frequência angular
expressa como j = constante de fase
Podemos inverter as relações de dependência e encon-
trar que

F=-kx
Velocidade nula e posição diferente da posição de
onde  x  é a distância até a posição de equilíbrio e  k  é equilíbrio: Considerando a solução x(t) da equação de mo-
a constante da mola. Essa força também é chamada de for- vimento do sistema massa-mola que nos informa como a
ça restauradora, pois tende a fazer com que a massa vol- posição da mola varia com o tempo é dada por:
te até a posição de equilíbrio. A energia potencial elástica  x(t) = A sen(wt+j)
U(x)  associada a força restauradora tem a forma de uma v(t) = -wA cos(wt+j)
parábola U(x) = k x2/2

Ponto de equilíbrio: O ponto de equilíbrio é aquele encontramos


onde a força exercida pela mola sobre a massa é nula. E v(0) = 0
esse ponto representa o menor valor da energia potencial x(0) = x0 ≠ 0
elástica. ou seja:
A = x0
Condições iniciais: As condições iniciais determinam j = p/2
as especificidades do movimento do sistema massa-mola.
Podemos ter uma situação inicial onde a mola está disten- Posição de equilíbrio e velocidade não nula: Conside-
dida e em repouso. Podemos também ter a condição inicial rando a solução x(t) da equação de movimento do sistema
onde a distensão é nula (a massa está no ponto de equi- massa-mola que nos informa como a posição da mola varia
líbrio) mas a velocidade é não nula. Ou podemos ter uma
com o tempo é dada por:
combinação das condições anteriores.
   x(t) = A sen(wt+j)
Amplitude de oscilação e constante de fase v(t) = -wA cos(wt+j)
x(t) = A sen(wt+j)
v(t) = -wA cos(wt+j) encontramos
onde v(0) = v0 = - wA  ≠  0
A = amplitude de oscilação x(0) = 0
wt+ j = fase ou seja:
w = frequência angular A = v0 /w
j = constante de fase j=0

35
FÍSICA

Posição diferente da posição de equilíbrio e velocidade


não nula: Considerando a solução x(t) da equação de mo-
vimento do sistema massa-mola que nos informa como a
posição da mola varia com o tempo é dada por:

x(t) = A sen(wt+j)
v(t) = -wA cos(wt+j)

encontramos
A energia potencial do gráfico anterior é um exemplo
de uma função não simétrica em torno do ponto de míni-
mo  xMIN  .
Se considerarmos um sistema onde a massa está sob
a ação de um potencial da forma acima, e inicialmente se
encontra na posição de equilíbrio  xMIN  , caso seja afastado
de sua posição de equilíbrio ele tenderá a retornar a essa
posição.
Características do sistema: O sistema massa mola é de- Se o afastamento da posição de equilíbrio for mui-
finido pelos valores da massa  m  e da constante elástica da to pequeno, a massa se deslocará por uma região onde
mola  k , e considerando esses parâmetros, encontramos a energia potencial é vizinha do ponto de mínimo, e essa
que a frequência angular  w  tem a forma: região tem uma forma muito parecida com a parábola. Daí
dizermos que para qualquer forma que tenha a energia po-
tencial, para oscilações de pequenas amplitudes podemos
aproximar o movimento por um oscilador harmônico.

e o período T Energia potencial atrativa, mas não simétrica em torno


do ponto de mínimo: A energia potencial  U(x)  do gráfico
ao lado é um exemplo de uma função não simétrica em
torno do ponto de mínimo  xMIN  . Se considerarmos um sis-
Sistema conservativo (Ausência de atrito): O sistema tema onde a massa está sob a ação de um potencial da for-
será considerado conservativo, quando forem conservati- ma acima, e inicialmente se encontra na posição de equilí-
vas as forças que nele atuam. Uma força é dita conservativa brio  xMIN  , caso seja afastado de sua posição de equilíbrio
quando o trabalho que ela produz em um percurso fecha- ele tenderá a retornar a essa posição. Se o afastamento da
do é nulo. Chamamos de percurso fechado a trajetória que posição de equilíbrio for muito pequeno, a massa se des-
retorna até a sua posição original. Consideremos um sis- locará por uma região onde a energia potencial é vizinha
tema composto pela Terra e uma bola que está localizada do ponto de mínimo, e essa região tem uma forma muito
próximo a sua superfície. A força gravitacional entre a Terra parecida com a parábola.
e a bola é uma força conservativa, pois o trabalho que a
força da Terra exerce sobre a bola em um percurso fechado
é nulo.

Por exemplo, se a bola for lançada verticalmente para


cima ela retornará até a posição original com a mesma
energia. Ou seja: o trabalho que a força gravitacional exer-
ceu na subida da bola é exatamente igual e de sinal contrá-
rio ao trabalho que ela exerceu na descida.

Conservação da Energia Mecânica: Quando em um sis-


tema só existirem forças conservativas, esse sistema será
conservativo, e portanto a sua energia será uma constante.

Pequenas oscilações de sistemas reais em equilíbrio Daí dizermos que para qualquer forma que tenha a
estável: A energia potencial de um sistema ideal tal como energia potencial, para oscilações de pequenas amplitu-
o sistema massa-mola, é simétrica em torno da sua posi- des podemos aproximar o movimento por um oscilador
ção de mínimo. No entanto a energia potencial de sistemas harmônico.
reais não têm uma forma tão idealizada, mas apresenta-se Dissipação da energia mecânica: Quando as forças
como o exemplo adiante: que atuam em um corpo são conservativas, a energia
mecânica se mantém constante enquanto esse corpo se
movimenta. No entanto, quando pelo menos uma dessas

36
FÍSICA

forças for não-conservativa, a energia mecânica desse cor- O trem da montanha russa não cai devido à força cen-
po não se manterá constante. Poderá aumentar ou dimi- trípeta. A resultante das forças que atuam sobre o corpo,
nuir dependendo do tipo de força não conservativa que gerando uma aceleração. Resultante centrípeta num mo-
esteja atuando. vimento curvilíneo podemos observar a atuação de duas
Sistema dissipativo (Presença de atrito): Uma categoria forças, uma de componente tangencial (responsável pela
de força não conservativa são as forças dissipativas. Quan- variação do módulo da velocidade) sempre tangente à tra-
do for dissipativa pelo menos uma das forças que atuam jetória e outra de componente centrípeta (responsável pela
em um corpo, a sua energia mecânica diminui enquanto variação da trajetória).
ele se movimenta. As forças de atrito são forças de contato Num sistema onde co-atuam força centrípeta e for-
entre duas superfícies, onde se dificulta o movimento re- ça tangencial, a decomposição da força resultante é dada
lativo e como consequência existe uma transformação de como mostra abaixo.
parte da energia mecânica em calor.
Diminuição da Energia Mecânica: A energia mecânica
de um sistema é a soma dos seus vários possíveis tipos de
energia potencial e a sua energia cinética. Quando consi-
deramos uma sistema conservativo, as forças que atuam
nele são todas conservativas, e a sua energia mecânica se
conserva, apesar se existir uma transformação permanente
entre as energias potenciais e cinética. No entanto, na pre-
sença de uma força dissipativa, parte da energia mecânica
do sistema vai se transformando de maneira irreversível em
calor.

Força Centrípeta
Observe que Ft = Fr.cosθ, e que Fc = Fr.senθ
Inicialmente deveremos definir que sempre que um Quando o movimento é uniforme, Ft é zero.
corpo descreve uma curva, sua velocidade vetorial varia em
direção. Para que isso ocorra, pelo principio fundamental Força em um referencial não-inercial
da dinâmica, as forças que atuam sobre o corpo devem
gerar uma aceleração centrípeta.

Sendo Fr a resultante das forças que atuam sobre o


corpo, gerando uma aceleração centrípeta na mesma di-
reção da força.

Um observador no interior do carro, sobre uma ace-


leração em relação à estrada, quando entra em uma curva
sente-se atirado para fora do carro, ou seja para fora da
curva.
Esta poderia ser considerada a força centrífuga, que o
atira para fora da trajetória circular, porém a força centrifu-
ga só é válida para o observador em movimento junto ao
carro, ou seja um observador não-inercial. A força centrífu-
ga não é reação da força centrípeta.

37
FÍSICA

Impulso Porém a fórmula mais geral, aplicável a qualquer si-


tuação, deve incluir os casos em que há variação não ape-
Impulso é a grandeza física que mede a variação da nas na velocidade como na massa. Neste caso o impulso é
quantidade de movimento de um objeto. É causado pela dado pela quantidade de movimento final ( ) subtraída
ação de uma força atuando durante um intervalo de da quantidade de movimento inicial ( ).
tempo . Uma pequena força aplicada durante muito
tempo pode provocar a mesma variação de quantidade de
movimento que uma força grande aplicada durante pouco
tempo. Ambas as forças provocaram o mesmo impulso. A Ou ainda
unidade no Sistema Internacional de Unidades para o im-
pulso é o N•s (newton segundo ou newton vezes segundo).
A velocidade de um corpo é transferida a outro idêntico.
A unidade do Impulso também pode ser escrita como
o produto da unidade de massa, o quilograma, pela unida- O impulso sofrido por um objeto (massa constante)
de de velocidade, o metro por segundo, demonstrando-se depende apenas das quantidades de movimento associa-
facilmente que “quilograma metro por segundo” (kg.m/s) é das ao instante antes da colisão e após a colisão, e não de
equivalente a “newton segundo” (N.s). Via de regra, ao fa- quão rápido se processam as colisões que levam o mesmo
lar-se de impulso, dá-se preferência pelo “N.s”; ao falar-se estado incial ao mesmo estado final.
de variação da quantidade e movimento, dá-se preferência A exemplo considere um ovo abandonado em queda
ao “kg.m/s”. livre de uma determinada altura, primeiro sobre uma almo-
Contudo não há problema algum em se intercambiar fada, posteriormente sobre o chão.
as duas. A massa do ovo é a mesma em ambos os casos, e pro-
vido que as alturas de queda - entre o ponto de soltura e
Equações o ponto de contato do ovo com o obstáculo seja manti-
da a mesma, as velocidades do ovo após cair a distância
O impulso( ) é igual à variação da quantidade de mo- em consideração também serão a mesma em ambos os
vimento ( ) de um corpo. casos. Visto que P = mV, tem-se pois que as quantidades
de movimento imediatamente antes da colisão são iguais
em ambas as situações.
Em ambas as situações o estado final do ovo corres-
Em situações onde a força mostra-se constante ao lon- ponde ao ovo parado - com velocidade zero, quer este te-
go do intervalo de atuação, o impulso pode também ser nha quebrado, quer não - de forma que as quantidades
calculado a partir do produto entre a força ( ) aplicada ao de movimento finais do ovo são ambas nulas ao fim do
corpo e o intervalo de tempo ( ) durante o qual a força processo.
atua. A conclusão pode surpreender alguns: se as quantida-
des de movimento inciais são iguais em ambos os casos,
ocorrendo o mesmo com as quantidades de movimento fi-
nais, tem-se que os impulsos sofridos pelo ovo, determiná-
vel pela diferença entre a quantidade de movimento final e
Em situações mais complicadas - onde a força resul- inicial, são também iguais.
tante atuanto no corpo é variável - a equação anterior A pergunta iminente é: porque o ovo quebra em um
contudo não se aplica. Deve-se determinar o impulso nes- caso, e não no outro? A resposta é: embora o impulso so-
tes casos pela integração de no tempo: frido seja o mesmo, as forças que atuam em cada caso não
são iguais, sendo muito maiores na colisão com o chão.
Supondo uma força média contante atuando em ambos
os casos, o produto determina o impulso sofrido,
e deve fornecer o mesmo resultado em ambos os casos.
Variação da Quantidade de Movimento Contudo o tempo de colisão no caso da almofada - dada
a deformação gradual desta - é consideravelmente maior,
Na maioria dos casos a massa do corpo permanece de forma que a força de interação almofada-ovo é consi-
constante, e nestes casos a variação da quantidade de mo- deravelmente menor. Na interação ovo-piso os papeis se
vimento pode ser calculada como o produto da massa ( invertem: o choque deve ser completado em um intervalo
) pela variação de velocidade ( ). de tempo muito menor que no caso da almofada, e por tal,
para que o produto continue o mesmo, a força neste
caso deve ser consideravelmente maior.

38
FÍSICA

Em verdade, a força é definida como:

Dado o mesmo impulso, quanto menor o intervalo de Em geral, a posição rcm do centro de massa de um sis-
tempo necessário à sua aplicação, maior a força necessária tema de N partículas é
à situação, e vice versa. No caso do ovo colidindo com o
chão a intensa força aplicada no ponto de colisão leva à
tensões na estrutura do ovo além dos limites mecânicos
desta, e por tal o ovo se quebra.
Assim as forças de interação em colisões dependem
não apenas das condições iniciais e finais em questão
como também das propriedades físicas dos objetos que
colidem: quanto mais elásticos são os objetos em colisão
maiores são os tempos de colisão e menores são as forças A velocidade do centro de massas vcm  é obtida deri-
envolvidas na colisão, e vice-versa. Materiais inelásticos são vando com relação ao tempo
geralmente frágeis.
Se antes da leitura deste artigo não de forma cons-
ciente, intuitivamente parece que os seres humanos - e os
animais - conhecem tal princípio: ao pularem de locais al-
tos, estes flexionam os joelhos de forma a promoverem o
aumento do tempo de interação no processo de colisão
com chão, e assim o fazendo reduzem as forças que atuam
sobre os seus corpos no processo que os leva ao estado
estático. Se as pernas fossem mantidas totalmente estica-
das, estas certamente se quebrariam com maior facilidade. No numerador figura o momento linear total e no de-
nominador a massa total do sistema de partículas.
Estática: conceitos e propriedades da Estática, cen- Da dinâmica de um sistema de partículas temos que
tro de massa e centro de gravidade, equilíbrios de um
ponto material e dos corpos extensos.

CENTRO DE MASSA DE UM SÓLIDO, CENTRO DE


MASSA DE UMA DISTRIBUIÇÃO DE PARTÍCULAS
O centro de massas de um sistema de partículas se
O Centro de Massa move como se fosse uma partícula de massa igual a massa
total do sistema sob a ação da força externa aplicada ao
O Sistema de Referência do Centro de Massa (sistema- sistema.
-C) é especialmente útil para descrever as colisões compa- Em um sistema isolado Fext=0 o centro de massas se
rando com o Sistema de Referência do Laboratório (siste- move com velocidade constante vcm=cte.
ma-L).
O Sistema de Referência do Centro de Massas

Movimento do Centro de Massas Para um sistema de duas partículas


Na figura, temos duas partículas de massas m1 e m2,
como m1 é maior que m2, a posição do centro de massas do
sistema de duas partículas estará próxima da massa maior.

A velocidade da partícula 1 relativa ao centro de mas-


sas é

39
FÍSICA

A velocidade da partícula 2 relativa ao centro de mas- O aparelho é constituído por uma peça de ferro, tendo
sas é uma parte direita de secção quadrada e outra parte encur-
vada, terminando por um gancho, no qual se suspende um
corpo relativamente pesado.
A porção direita entra numa bainha, também de ferro,
cujas dimensões são tais que há um ajuste perfeito entre
esta e a parte reta da peça.
Para a realização de experiências destinadas às lições
No sistema-C, as duas partículas se movem em direções de Física Experimental, o professor deveria apoiar a bainha
opostas. sobre uma mesa, de maneira a poder fazer deslocar por de-
baixo do tampo a parte curva que suspende o peso, enfian-
A massa também pode ser considerada como sendo do ou retirando a parte reta no interior da bainha. Esta, ao
uma medida do conceito de Inércia, sendo pequena, apre- ser puxada para o exterior da bainha, faz com que o corpo
sentando Inércia. É também uma grandeza escalar, onde suspenso se aproxime da vertical que passa pela periferia
em sua fórmula F é o módulo da força que atua no cor- do tampo da mesa. Desta forma, o centro de gravidade do
po e a é o valor da aceleração que F produz nele, sendo conjunto desloca-se no mesmo sentido. Quando a vertical
uma propriedade constante, não variando de corpo para que passa pelo centro de gravidade do conjunto intersecta
qualquer outro local, ou quando se altera a temperatura a superfície de apoio da bainha sobre a mesa, este fica em
do corpo. equilíbrio, apesar de o vértice de ligação entre a parte reta
A força com que a Terra atrai um corpo, podemos cha- e a parte encurvada da peça estar consideravelmente afas-
mar de Peso do corpo, também denominada de grandeza tado da base de apoio.
vetorial, então podemos concluir que: o peso de um corpo Caso a peça seja puxada quase totalmente para o ex-
é uma força que imprime a este corpo uma aceleração g. terior da bainha, de forma a que o centro de gravidade
Podemos entender as variações de peso, onde uma do conjunto fique localizado sobre uma vertical que não
pessoa situada mais próxima aos pólos da terra tem um intersecte o tampo da mesa, a bainha inclina-se e o peso
peso maior do que se estivesse próximo ao equador, de- suspenso move-se, aproximando-se da vertical que passa
vendo esse fato simplesmente ao valor da força da gra-
pela periferia da mesa. Nestas condições, o conjunto ficará
vidade, sendo que há lugares onde a força gravitacional,
apoiado sobre a mesa apenas por uma linha de apoio que
embora com o mesmo valor, exerce maior pressão nos in-
é transversal ao eixo longitudinal da bainha. A configura-
divíduos, sendo que na lua a gravidade é cerca de 6 vezes
ção de equilíbrio exige que esta linha se encontre, neces-
menor que na terra, consequentemente o indivíduo pesará
sariamente, acima do centro de gravidade do conjunto. Se
6 vezes menos que na terra.
o conjunto for largado duma posição tal que a vertical que
Medida de Massa passa pelo seu centro de gravidade não intersecte a linha
de apoio, então iniciará um movimento pendular amorteci-
A massa é medida, pela sua simples fórmula m = F/a, do, até atingir a posição de equilíbrio.
definindo assim a massa de um corpo, onde o quociente de Um equilibrista segura uma vara dobrada, nas extremi-
F/a nos fornecerá o valor de m. dades da qual existem duas esferas de latão. Era utilizado
Exemplos de Aplicação da Segunda Lei de Newton nas lições de Física Experimental, para mostrar a importân-
É usado para que consiga resolver o maior núme- cia da posição do centro de gravidade de um corpo relati-
ro de problemas, principalmente em Física, onde atra- vamente à sua base de sustentação, quando em equilíbrio
vés da observação de um objeto e determinando a sua estável.
aceleração, podemos definir a resultante das forças O equilibrista tem a particularidade de se encontrar
que atuam no corpo, sendo que o contrário também apoiado sobre um pequeno disco de latão, através de um
é verdadeiro, ou seja, sabendo as forças que atuam em espigão de ferro existente sob o seu pé esquerdo. O disco
um corpo e determinando a sua resultante, poderemos encontra-se no topo de uma coluna de madeira ricamente
calcular a aceleração de um corpo (a = R/m). Com base trabalhada.
na aceleração, podemos conseguir a velocidade do cor-
po e a posição que ele ocupará em qualquer instante, Momento de uma Força
onde podemos tirar conclusões sobre o movimento que
o corpo descreve. O momento de uma força , em relação a um ponto
de um eixo, exercida num ponto (por exemplo, o momen-
EQUILÍBRIO ESTÁTICO DE UM CORPO RÍGIDO, MO- to da força exercida por uma mão num ponto de uma porta
MENTO DE UMA FORÇA em relação ao eixo de rotação da porta), cuja posição é
descrita por um vector posição , é uma grandeza vectorial
Um dispositivo que é utilizado para demonstrar que que se obtém através do produto vectorial entre o vector
um corpo fica em equilíbrio desde que a vertical que passa posição e o vector força:
pelo seu centro de gravidade intersecte a sua base de sus-
tentação. O equilíbrio será estável se o centro de gravidade
do corpo estiver localizado abaixo dessa base.

40
FÍSICA

A direção e o sentido da resultante livre correspondem


à direção e o sentido do efeito de translação. O módulo da
resultante livre nos informa sobre a intensidade do efeito
de translação
Momento resultante de um sistema de forças em rela-
ção a um ponto P é igual à soma dos momentos das forças
componentes do sistema em relação à este mesmo ponto
P.

MP = MPF1 + MPF1 ........ >>> MP =  S MPFi  


O momento de uma força em relação a um eixo é
uma grandeza escalar que consiste na projeção, sobre o Observação importante: Se as forças componentes do
eixo de rotação, do momento de uma força em relação a sistema e o ponto P forem coplanares, os vetores momen-
um ponto. A figura seguinte representa a porta citada no to serão paralelos e a soma vetorial acima se reduz a uma
exemplo e, ao lado, o esquema geométrico da força e da soma escalar.
distância ao eixo:
MP = MPF1 + MPF1 ........ >>> MP =  S MPFi  

O momento resultante de um sistema de forças em re-


lação a um ponto P, mede o efeito de rotação em torno do
ponto P, produzido pelo sistema.

Define-se o momento de uma força , M, em relação


a um eixo de rotação, como o produto do módulo da força
pela distância entre o seu ponto de aplicação e o eixo e
pelo seno do ângulo (que não tem unidade) formado entre
a direção da força e a distância referida:

A direção do momento resultante é normal ao plano


de rotação. O sentido do momento resultante é indicati-
vo do sentido do efeito de translação, isto é, o sentido do
As unidades em jogo são: momento resultante é dos pés à cabeça de um observador
• ou M em N.m; que em pé sobre o plano de rotação veria a rotação se rea-
• F em N; lizar no sentido anti-horário. O módulo do momento resul-
• d em m. tante nos informa sobre a intensidade do efeito de rotação.
Resultante de um sistema de forças é uma força única
capaz de produzir o mesmo efeito do sistema.
MOMENTO RESULTANTE
Existem sistemas de forças cujo efeito não pode ser
produzido por uma única força.
A resultante livre de um sistema de forças é igual à O binário é um sistema constituído por duas forças de
soma das forças componentes do sistema. RL = F1 + F2 + mesma direção, mesmo módulo e sentidos contrários.
...... >>>  RL = S Fi
A resultante livre de um sistema de forças mede o efei-
to de translação produzido pelo sistema.

41
FÍSICA

A resultante livre de um binário é nula. A resultante Uma força única não é capaz de produzir o efeito de
livre é a soma das forças componentes do sistema >>> RL rotação que o binário produz. 
= F1 + F2 como F1 = - F2 >>> RL = 0 Sabemos que a resultante livre mede o efeito de trans-
lação e que o momento resultante mede o efeito de rota-
ção. Se RL não é zero >>> sistema produz efeito de trans-
lação. Se M = 0 >>> sistema não produz efeito de rotação.
Na sua forma mais simples o sistema se reduz à uma
única força. O sistema admite resultante sendo esta igual à
sua resultante livre. Sabemos que a resultante livre mede
o efeito de translação e que o momento resultante mede o
efeito de rotação. Se RL = 0  >>> sistema não produz efeito
de translação. Se M  não é zero >>> sistema produz efeito
de rotação.
Na sua forma mais simples o sistema se reduz à um
binário.
O sistema não admite resultante. Sabemos que a resul-
tante livre mede o efeito de translação e que o momento
resultante mede o efeito de rotação. Se RL não é zero >>>
Considere o binário da figura, vamos calcular o módulo sistema produz efeito de translação. Se M não é zero >>>
de seu momento resultante em relação ao ponto P. sistema produz efeito de rotação.
Na sua forma mais simples o sistema se reduz à um
conjunto constituído por uma força e um binário.
O sistema não admite resultante. Sabemos que a resul-
tante livre mede o efeito de translação e que o momento
resultante mede o efeito de rotação. Se RL = 0 >>> sistema
não produz efeito de translação. Se M = 0 >>> sistema não
produz efeito de rotação.
Na sua forma mais simples o sistema se reduz à uma
única força nula.
O sistema admite resultante sendo esta igual à uma
força nula.
Este sistema que não produz efeito é chamado de sis-
tema de forças em equilíbrio.

As Leis de Kepler (1571-1630) 


Convencionaremos que uma rotação no sentido horá- O astrônomo Tycho Brahe (1546-1601) realizou me-
rio corresponde a uma momento positivo. MP = - F1.PA + dições de notável precisão. Johannes Kepler (1571-1630),
F2. PB, representando o módulo das forças componentes discípulo de Tycho Brahe, utilizando os dados colhidos por
do binário por F >>>> F1 = F2 = F >>> MP = - F.PA + F.PB seu mestre, descreveu, de modo singelo e preciso, os mo-
>>> MP = F.(PB - PA) >>> MP = F.d vimentos planetários.

Significa dizer que o momento do binário não varia 1ª Lei (Lei das órbitas): 
quando o ponto P muda de posição, como já mostramos. – Tomando o Sol como referencial, todos os planetas
movem-se em órbitas elípticas, localizando-se o Sol em
dos focos da elipse descrita. 

42
FÍSICA

O que é uma elipse? Enunciado da 1ª Lei de Kepler

Denomina-se elipse uma curva correspondente ao es- É importante sabermos que todas as órbitas que são
paço geométrico de todos os pontos de um plano, onde a expostas por todos os planetas em volta do Sol, estarão lo-
distância entre dois pontos fixos do plano é considerada calizadas em um dos focos. Vejamos agora uma tabela que
uma soma constante. Esses pontos fixos são denominados apenas Mercúrio e Plutão apresentam uma elipse maior, ou
focos da elipse. seja, uma elipse que contenha maior excentricidade, já os
outros planetas apresentam as elipses mais perto das cir-
Vejamos uma elipse: cunferências, ou seja, as que possuem uma excentricidade
menor. 

Vejamos essa tabela:

Em relação ao ponto P da elipse acima, temos: 


Porém é importante sabermos que a órbita de um pla-
neta em volta de uma estrela, teoricamente pode ser cir-
cular.

2.a Lei (Lei das Áreas):


Essa lei é referente à parte de um planeta que foi “varri-
Como podemos observar na elipse acima, existe uma da” pelo raio vetor, durante um intervalo de tempo. 
distância entre os pontos A e A, essa distância é considera- – O segmento de reta traçada do centro de massa do
da uma medida denominada eixo maior da elipse.  Sol ao centro de massa de um planeta do Sistema Solar
Já a letra a é o semi eixo maior, e o f representa a me- varre áreas iguais em tempos iguais.
dida da semi distância focal. Podemos adotar e para repre-
sentar a excentricidade da elipse. 

Vejamos: 

Se e = 0, a elipse irá se degenerar dentro de uma cir-


cunferência, ou seja, no caso da elipse acima, F1 e F2 irão Importante! 
coincidir com 0.
O tamanho da elipse irá depender do valor de e, ou Considerando a figura acima, que representa um pla-
seja, quanto maior for o valor de e maior será a elipse. Já neta em quatro posições de sua órbita elíptica em torno
quando e = 1, irá se degenerar em um único segmento de do Sol. O ponto mais próximo do Sol chama-se periélio e o
reta. mais afastado, afélio.

43
FÍSICA

a) No periélio, a velocidade escalar de um planeta tem Com base na conclusão acima, podemos dizer que o
módulo máximo, enquanto que, no afélio, tem módulo mí- planeta vai chegando próximo do Sol, e a sua órbita elípti-
nimo. ca, e com isso sua velocidade de translação vai aumentan-
b) Do periélio para o afélio, um planeta descreve mo- do. Com isso podemos ver que conforme o Sol vai chegan-
vimento retardado, enquanto que, do afélio para o periélio, do perto o raio vetor vai diminuindo e para que ele consiga
movimento acelerado. “varrer” a mesma área, o planeta deverá se movimentar
mais rápido. 
Enunciados da 2ª lei de Kepler: No ponto mais próximo do Sol, a velocidade de trans-
A) Quando falamos dos raios vetores que ligam os pla- lação irá ser a maior. Isso recebe o nome de periélio. Já
netas com o Sol, devemos saber que esses raios varrem as quando o ponto estiver bem longe do Sol, a velocidade de
áreas iguais nos intervalos de tempos iguais.  translação irá ser a menor. Isso recebe o nome de afélio.
Com isso temos que: 
Vejamos a ilustração: 

B) Se tratando da área que foi varrida pelo raio vetor de


um dos planetas, podemos dizer que ela é proporcional ao
intervalo de tempo que foi gasto. 
Com isso temos que: 

Com base na figura acima, podemos observar que o


movimento de translação se torna uniforme, pois a órbita
do planeta é circular, onde do afélio para o periélio o movi-
Onde K é considerada a constante de proporcionalida- mento é considerado acelerado e do periélio para o afélio,
de, que pode ser chamada de velocidade areolar do pla- o movimento é considerado retardado.
neta.
c) Essa velocidade areolar é considerada constante, Velocidade média de translação 
pois ela é a razão entre a área varrida e o intervalo de tem-
po gasto. É importante lembrar que essa velocidade é va- Com relação a um planeta, essa velocidade possui uma
riável, ou seja, ela pode variar de um planeta para o outro, função decrescente em relação à distância média de cada
fazendo com que a distância média do planeta ao Sol au- planeta ao Sol. 
mente se tornando mínima para Mercúrio e máxima para O planeta mais rápido possui uma velocidade média
Plutão. de 50 Km/s, que é o Mercúrio, sendo que a Terra possui
uma velocidade de mais ou menos 30 Km/s. 
Consequência da 2ª lei de Kepler Considerando as órbitas como circulares, podemos
afirmar que a velocidade média possui um valor totalmen-
Como vimos anteriormente à velocidade areolar de um
te inversamente proporcional à raiz quadrada do raio de
planeta é constante, e por este fator ela pode interferir na
cada órbita. 
velocidade de translação, ou seja, ela não deixa com que a
velocidade de translação seja variável.
Como podemos observar na figura acima, A1 e A2, são Vejamos: 
iguais, porém essa igualdade impede que a medida do arco
t1 t2 seja maior do que a medida do arco t3 t 4, portanto
podemos concluir que a velocidade de translação em t1 t2
se torna maior do que em t3 t 4, pelo fato do intervalo de
tempo ser o mesmo. 

Portanto:  O raio de órbita de Plutão é considerado mais ou me-


nos 100 vezes maior que o raio de órbita de Mercúrio, com
isso a velocidade média de Mercúrio chega a ser 10 vezes
maior que a de Plutão.

44
FÍSICA

Vejamos:  Se tratando da constante de proporcionalidade da 3ª


lei de Kepler, temos: 

3.a Lei (Lei dos Períodos):


Onde G representa a constante de gravitação universal,
– Para qualquer planeta do sistema solar, o quociente e M representa a massa do Sol.
entre o cubo do raio médio (r) da órbita e o quadrado do
período de revolução (T) em torno do Sol é constante. 
Vejamos algumas observações:

1- Considerando m como a massa do planeta, e M >>


m podemos desconsiderar m, quando comparado com M,
podendo chegar à expressão da 3ª Lei de Kepler. Vejamos: 

2- Quanto menor o tempo de translação do planeta,


mais próximo do Sol estaremos, pois quanto mais longe do
Sol, mais a velocidade média do planeta vai diminuir, assim
aumentando a extensão da sua órbita. Isso é o que pode-
mos chamar de período de translação crescente. 
A unidade as astronômica, representada por UA, é con-
siderada a distância média da Terra ao Sol, que vale: 

T é o período de revolução do planeta em torno do Sol


(intervalo de tempo também chamado de ano do planeta).

Período de translação ou ano de um planeta


Vejamos agora um quadro que apresenta a variação do
O período de translação de um planeta é o intervalo período com a distância média ao Sol que é medida em UA. 
de tempo, representado por T, em que o planeta consegue
dar uma volta completa em volta do Sol.

Enunciado da 3ª Lei de Kepler

É importante sabermos que dentre os planetas do Sis-


tema Solar, a razão entre o cubo do raio médio da órbita e
o quadrado do período de translação, são constantes. Por-
tanto: 

Quando falamos de dois planetas, representados por


A e B, teremos: 

45
FÍSICA

3- Vejamos alguns fatores que são funções de órbita, Uma unidade muito usual para a massa específica é o
ou seja, são totalmente dependentes da massa do Sol e do g/cm3 , mas no SI a unidade é o kg/m3 . A relação entre elas
raio médio da órbita:  é a seguinte:
- velocidade areolar; 
- velocidade média de translação. 
Porém esses fatores não são dependentes das caracte-
rísticas do planeta que está gravitando. 
Isso nos mostra que se um corpo celeste resolver gra-
vitar em volta do Sol e na órbita da Terra, ele irá adquirir:  Assim, para transformar uma massa específica de g/
- Uma velocidade areolar igual a da Terra;  cm3 para kg/m3, devemos multiplicá-la por 1.000 . Na ta-
- Uma velocidade média de translação, que é de apro- bela a seguir estão relacionadas as massas específicas de
ximadamente 30 km/s;  algumas substâncias. 
- Um período de translação de 1 ano.
4- Todas as Leis de Kepler são válidas tanto para os Substância
planetas do nosso sistema solar, como para os corpos que
gravitam em volta das grandes massas centrais, ou seja, Água 1,0 1.000
planetas que estejam em volta de estrelas, satélites tanto Gelo 0,92 920
naturais como artificiais que estejam em volta de um pla-
neta e corpos celestes que estejam em volta da Lua. Álcool 0,79 790
Ferro 7,8 7.800
5- Quando falamos a respeito dos satélites da Terra, é Chumbo 11,2 11.200
importantíssimo ressaltar que:
Mercúrio 13,6 13.600
• Suas órbitas podem ser tanto elíptica como circular; 
• Em relação à Terra, podemos afirmar que seu pon-
Observação: É comum encontrarmos o termo densida-
to mais próximo é denominado perigeu, e seu ponto mais
afastado é denominado apogeu.  de (d) em lugar de massa específica (m ). Usa-se “densida-
• Alguns fatores como a velocidade areolar e a veloci- de” para representar a razão entre a massa e o volume de
dade média da translação, dependem somente da massa objetos sólidos (ocos ou maciços), e “massa específica”pa-
da Terra e do raio médio da órbita, porém não dependem ra líquidos e substâncias.
da massa do satélite.  A densidade absoluta de uma substância é definida
• Quanto à translação da Lua, podemos considerar sua como a relação entre a sua massa e o seu volume.
velocidade média como ordem de 1,0 km/s, já de um saté- A densidade relativa é a relação entre a densidade
lite estacionário, consideramos sua ordem como 3,0 km/s absoluta de um material e a densidade absoluta de uma
e de um satélite rasante 8,0 km/s. Lembrando que esses substância estabelecida como padrão. No cálculo da den-
valores é sem considerar os efeitos do ar. sidade relativa de sólidos e líquidos, o padrão usualmente
escolhido é a densidade absoluta da água, que é igual a
1,000 kg/dm³ (equivalente a 1,000 g/cm³) a 4°C.
A massa específica (m) de uma substância é a razão
5.4 HIDROSTÁTICA: PRESSÃO E entre a massa (m) de uma quantidade da substância e o
DENSIDADE; PRESSÃO ATMOSFÉRICA - volume (V) correspondente, ou seja, é representado pelo
EXPERIÊNCIA DE TORRICELLI; mesmo cálculo da densidade. Obviamente, é comum o
PRINCÍPIO DE STEVIN - VASOS termo densidade (d) em lugar de massa específica (m )...
COMUNICANTES; PRINCÍPIO DE PASCAL - Uma explicação que encontrei seria que se usaria
APLICAÇÕES; E PRINCÍPIO DE “densidade” para representar a razão entre a massa e o
ARQUIMEDES - EMPUXO. volume de objetos sólidos (ocos ou maciços), e “massa
específica”para líquidos e soluções. Mas se assim fosse,
não poderíamos falar densidade da água, mas somen-
te massa específica. Curiosamente já encontrei também
HIDROSTÁTICA:  Massa Específica e Densidade massa específica se referindo a solo, que não é líquido.
Em termos gerais, a principal diferença observada que
A massa específica (m ) de uma substância é a razão densidade é um conceito mais usado na química e massa
entre a massa (m) de uma quantidade da substância e o específica na física (hidrostática).
volume (V) correspondente:

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FÍSICA

Conceito de Pressão, Pressão em um Fluido Unifor- Líquidos em Equilíbrio em um Campo Gravitacional


me em Equilíbrio Uniforme, Princípios de Pascal e de Arquimedes

Muitas pessoas pensam que pressão é sinônimo de Princípio de Arquimedes


fôrça. Pressão, no entanto, leva em conta não apenas a fôr-
ça que você exerce mas também a área em que a fôrça Todo corpo imerso, total ou parcialmente, num fluido
atua. Um bloco de 1 decímetro quadrado por dois decíme- em equilíbrio, sofre a ação de uma força vertical, para cima,
tros de altura, pesando 4 kg. O pêso do bloco é distribuído aplicada pelo fluido. Essa força é denominada empuxo ,
sobre uma área de 1dm2, de modo que exerce uma pressão cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo
de 4kg por decímetro quadrado. Se o bloco estiver apoiado corpo. E = Pfd = mfd . g E = df . Vfd . g 
na face lateral de modo que a área em contato com a mesa
seja de 2 dm2, a pressão será de 2kg por dm2. Um pneu de
automóvel, de cerca de 20 centímetros de largura tem uma
grande superfície em contato com o chão. Com esse pneu
um carro pesado roda mais suavemente que com um pneu
menor que exigiria maior pressão.
Pressão = Força / Área.
(A) O peso do bloco (4 kg), distribuído em 1 dm2, exer-
ce uma pressão de 4 kg por dm2.
(B) Qual é a pressão? (A) representa um homem de
80kg tentando andar em areia movediça. Seu peso produz
grande pressão porque a área dos seus sapatos é pequena
e ele afunda na areia. Se ele se deitar de costas seu peso
atuará sobre uma área maior causando pressão muito me-
nor e ele não afundará.
Pressão e Área. (A) Quando o homem tenta ficar de
pé na areia movediça, ele afunda porque seu peso causa
uma grande pressão na pequena área de seus sapatos. (B)
Assim, quando um barco está flutuando na água, em
Quando se deita na areia ele não afunda porquê seu peso
equilíbrio, ele está recebendo um empuxo cujo valor é
atua numa área maior e a pressão que ele exerce é menor.
igual ao seu próprio peso, isto é, o peso do barco está sen-
Um veículo perigoso tem as rodas formadas por gran-
do equilibrado pelo empuxo que ele recebe da água: E = P.
des sacos cheios de ar com uma pressão 8 vezes que o
dos pneus de um jipe. Os sacos podem sustentar o enorme Aplicação
peso do veículo porquê têm uma grande área em contato
com o solo. O veículo anda facilmente nas piores estradas Um mergulhador e seu equipamento têm massa to-
porque os sacos amortecem os choques ou solavancos. tal de 80kg. Qual deve ser o volume total do mergulhador
Uma patinadora de gelo produz uma pressão de 45kg para que o conjunto permaneça em equilíbrio imerso na
por cm2 em vista da pequena área da lâmina do patim. A água?
moça está patinando no gelo com patins que se apóiam
sobre uma lâmina estreita, seu peso causa enorme pressão. Solução: Dados: g = 10m/s2; dágua = 103kg/m3; m =
Pressão é a força dividida pela área. 80kg. Como o conjunto deve estar imerso na água, o volu-
me de líquido deslocado (Vld) é igual ao volume do conjun-
to (V). Condição de equilíbrio:

E=P
d . Vld . g = m . g
Exemplo: Uma caixa pesando 150kg mede 1,20m de 103 x V x 10 = 80 x 10
comprimento por 0,5m de largura. Que pressão exerce ela V = 8 x 10-2m3
sôbre o chão?
120 kg = peso da caixa;
0,5 m = largura da caixa;
1,2 m = comprimento da caixa.

Determinar a pressão.

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FÍSICA

Princípio de Pascal Equilíbrio de Corpos Flutuantes

Quando um ponto de um líquido em equilíbrio sofre Quando um corpo emerge na superfície da água, ele
uma variação de pressão, todos os outros pontos do líqui- passa a deslocar um menor volume de água. De acordo
do também sofrem a mesma variação. com o Princípio de Arquimedes, seu empuxo (que antes era
maior do que seu peso) diminui. O bloco ficará em equi-
líbrio de flutuação na superfície da água quando a força
de empuxo for exatamente igual ao peso. Dizemos que o
corpo ficará flutuando em equilíbrio estático.
Ocasionalmente, algumas embarcações ou navios po-
dem ser modificadas, introduzindo-se mastros maiores ou
canhões mais pesados; nestes casos, eles se tornam mais
pesados e tendem a emborcar em mares mais agitados. Os
“icebergs” muitas vezes também viram quando derretem
parcialmente.
Estes fatos sugerem que, além das forças, os torques
destas forças também são importantes para o estudo do
equilíbrio de flutuação.
Dois recipientes ligados pela base são preenchidos por
um líquido (geralmente óleo) em equilíbrio. Sobre a super-
fície livre do líquido são colocados êmbolos de áreas S1 e
S2. Ao aplicar uma força F1 ao êmbolo de área menor, o
êmbolo maior ficará sujeito a uma força F2, em razão da
transmissão do acréscimo de pressão p. Segundo o Princí-
pio de Pascal:

Importante: o Princípio de Pascal é largamente utili-


zado na construção de dispositivos ampliadores de força
– macaco hidráulico, prensa hidráulica, direção hidráulica,
etc. Quando um corpo está flutuando em um líquido, ele
está sujeito à ação de duas forças de mesma intensidade,
Aplicação mesma direção (vertical) e sentidos opostos: a força-peso
e o empuxo. Os pontos de aplicação dessas forças são, res-
Numa prensa hidráulica, as áreas dos êmbolos são SA pectivamente, o centro de gravidade do corpo G e o centro
= 100cm2 e SB = 20cm2. Sobre o êmbolo menor, aplica-se de empuxo C, que corresponde ao centro de gravidade do
uma força de intensidade de 30N que o desloca 15cm. De- líquido deslocado ou centro de empuxo.
termine:
Se o centro de gravidade G coincide com o centro de
empuxo C, situação mais comum quando o corpo está to-
a) a intensidade da força que atua sobre o êmbolo
talmente mergulhado, o equilíbrio é indiferente, isto é, o
maior;
corpo permanece na posição em que for colocado.
b) o deslocamento sofrido pelo êmbolo maior.

Solução:

a) Pelo Princípio de Pascal:

b) O volume de líquido transferido do êmbolo menor


para o maior é o mesmo:
Quando um corpo flutua parcialmente imerso no fluido
e se inclina num pequeno ângulo, o volume da parte da
água deslocada se altera e, portanto, o centro de empuxo
muda de posição. Para que um objeto flutuante permaneça

48
FÍSICA

em equilíbrio estável, seu centro de empuxo deve ser des-


locado de tal modo que a força de empuxo (de baixo para 5.5 ONDAS/ACÚSTICA: CONCEITO,
cima) e o peso (de cima para baixo) produzam um torque NATUREZA E TIPOS; ONDAS PERIÓDICAS,
restaurador, que tende a fazer o corpo retornar a sua po- PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO,
sição anterior. PRINCÍPIO DE HUYGENS, REFLEXÃO
E REFRAÇÃO; ONDAS SONORAS,
PROPAGAÇÃO E QUALIDADES DO SOM;
PROPRIEDADES DAS ONDAS SONORAS -
REFLEXÃO, REFRAÇÃO, DIFRAÇÃO
E INTERFERÊNCIA. TUBOS SONOROS.

Ondulatória é a parte da Física que estuda as ondas.


Quando o centro de gravidade G estiver acima do cen- Qualquer onda pode ser estudada aqui, seja a onda do
tro de empuxo C, o equilíbrio pode ser estável ou não. Vai mar, ou ondas eletromagnéticas, como a luz. A definição
depender de como se desloca o centro de empuxo em vir- de onda é qualquer perturbação (pulso) que se propaga
tude da mudança na força do volume de líquido deslocado. em um meio. Ex: uma pedra jogada em uma piscina (a fon-
As figuras mostram essa situação, onde o centro de gravi- te), provocará ondas na água, pois houve uma perturbação.
dade G está acima do centro de empuxo mas, ao deslocar Essa onda se propagará para todos os lados, quando ve-
o corpo da posição inicial, o centro de empuxo muda, de mos as perturbações partindo do local da queda da pedra,
modo que o torque resultante faz com que o corpo volte até ir na borda. Uma sequência de pulsos formam as ondas.
para sua posição inicial de equilíbrio. Chamamos de Fonte qualquer objeto que possa criar
Obs.: A diferença conceitual entre centro de empuxo ondas. A onda é somente energia, pois ela só faz a transfe-
e centro de gravidade é que a posição do centro de gravi- rência de energia cinética da fonte, para o meio. Portanto,
dade não se altera em relação ao corpo, a menos que ele qualquer tipo de onda, não transporta matéria!. As ondas
seja deformado. podem ser classificadas seguindo três critérios:
Mas o centro de empuxo do corpo flutuante muda de
acordo com a forma do líquido deslocado porque o centro Classificação das ondas segundo a sua Natureza
de empuxo está localizado no centro de gravidade do líqui-
do deslocado pelo corpo. Quanto a natureza, as ondas podem ser dividas em
dois tipos:

- Ondas mecânicas: são todas as ondas que precisam


de um meio material para se propagar. Por exemplo: ondas
no mar, ondas sonoras, ondas em uma corda, etc.
- Ondas eletromagnéticas: são ondas que não preci-
sam de um meio material para se propagar. Elas também
podem se propagar em meios materiais. Exemplos: luz, raio-
-x , sinais de rádio, etc.

As figuras abaixo mostram o equilíbrio chamado ins- Classificação em relação à direção de propagação
tável. Movimentando o corpo (oscilando) de sua posição
inicial, o deslocamento do centro de empuxo faz com que As ondas podem ser dividas em três tipos, segundo
o torque resultante vire o corpo. as direções em que se propaga:
A tarefa de um engenheiro naval consiste em projetar
os navios de modo que isto não ocorra. - Ondas unidimensionais: só se propagam em uma di-
reção (uma dimensão), como uma onda em uma corda.
- Ondas bidimensionais: se propagam em duas dire-
ções (x e y do plano cartesiano), como a onda provocada
pela queda de um objeto na superfície da água.
- Ondas tridimensionais: se propagam em todas as di-
reções possíveis, como ondas sonoras, a luz, etc.

49
FÍSICA

Classificação quanto a direção de propagação Muitos comportamentos oscilatórios surgem a partir


da existência de forças restauradoras que tendem a trazer
- Ondas longitudinais: são as ondas onde a vibração ou manter sistemas em certos estados ou posições, sen-
da fonte é paralela ao deslocamento da onda. Exemplos de do essas forças restauradoras basicamente do tipo forças
ondas longitudinais são as ondas sonoras (o alto falante vi- elásticas, obedecendo, portanto, a Lei de Hooke (F = - kX).
bra no eixo x, e as ondas seguem essa mesma direção), etc. Um sistema conhecido que se comporta dessa maneira
- Ondas transversais: a vibração é perpendicular à pro- é o sistema massa-mola (veja a figura abaixo). Consiste de
pagação da onda. Ex.: ondas eletromagnéticas, ondas em uma massa de valor m, presa por uma das extremidades
uma corda (você balança a mão para cima e para baixo de uma certa mola de fator de restauração k e cuja outra
para gerar as ondas na corda). extremidade está ligada a um ponto fixo.

Características das ondas

Todas as ondas possuem algumas grandezas físicas,


que são:

- Frequência: é o número de oscilações da onda, por


um certo período de tempo. A unidade de frequência do
Sistema Internacional (SI), é o hertz (Hz), que equivale a 1 Sistema Massa-Mola
segundo, e é representada pela letra f. Então, quando di-
zemos que uma onda vibra a 60Hz, significa que ela oscila Esse sistema possui um ponto de equilíbrio ao qual
60 vezes por segundo. A frequência de uma onda só muda chamaremos de ponto 0. Toda vez que tentamos tirar o
quando houver alterações na fonte. nosso sistema desse ponto 0, surge uma força restauradora
-Período: é o tempo necessário para a fonte produzir
(F = -kX) que tenta trazê-lo de volta a situação inicial.
uma onda completa. No SI, é representado pela letra T, e é
medido em segundos.
É possível criar uma equação relacionando a frequên-
cia e o período de uma onda:
f = 1/T
ou
T = 1/f

- Comprimento de onda: é o tamanho de uma onda,


que pode ser medida em três pontos diferentes: de crista
a crista, do início ao final de um período ou de vale a vale.
Crista é a parte alta da onda, vale, a parte baixa. É represen-
tada no SI pela letra grega lambda (λ) Sistema Massa-Mola na Posição de Equilíbrio

- Velocidade: todas as ondas possuem uma velocidade,


que sempre é determinada pela distância percorrida, sobre
o tempo gasto. Nas ondas, essa equação fica:

v = λ / T ou v = λ . 1/T ou ainda v = λ . f

- Amplitude: é a “altura” da onda, é a distância entre


o eixo da onda até a crista. Quanto maior for a amplitude,
maior será a quantidade de energia transportada.

Movimento Harmônico Simples, Período, Fre- Sistema Massa-Mola Estendido


quência, Pêndulo Simples, Lei de Hooke, Sistema
Massa-Mola

Movimento Harmônico Simples (MHS)

Um dos comportamentos oscilatórios mais simples de


se estender, sendo encontrado em vários sistemas, poden-
do ser estendido a muitos outros com variações é o Movi-
mento Harmônico Simples (M.H.S).

50
FÍSICA

Sistema Massa-Mola Comprimido e ela lhe dá outra função. Sendo a derivada segunda de
À medida que afastamos o bloco de massa m da po- uma função, o resultado depois de ter passado duas vezes
sição de equilíbrio, a força restauradora vai aumentando uma função por uma derivada. Passado esse ponto vamos
(estamos tomando o valor de X crescendo positivamente à tentar entender melhor o que seja resolver uma equação
direita do ponto de equilíbrio e vice-versa), se empurramos diferencial. Você sabe resolver uma equação de 2o. Grau
o bloco de massa m para a esquerda da posição 0, uma for- não sabe? Pois bem, você deve se lembrar que você tem
ça de sentido contrário e proporcional ao deslocamento X algo do tipo: aX2 + bX + c2 = 0
surgirá tentando manter o bloco na posição de equilíbrio 0. E que a ideia de resolver a equação de segundo grau é
Se dermos um puxão no bloco de massa m e o soltar- encontrar valores de X que satisfaçam a equação, ou seja,
mos veremos o nosso sistema oscilando. Você teria ideia que se forem substituídos na expressão acima ela será
de por quê o nosso sistema oscila? Se haveria, e se sim, igual a zero. Você se lembra do procedimento do algorit-
qual a relação da força restauradora e do fato de nosso mo, não?
sistema ficar oscilando? delta = b2 - 4ac X = (-b ± ((delta)1/2))/2a
Na tentativa de respondermos a essa pergunta come- Onde você encontra aos valores que satisfazem a equa-
çaremos discutindo o tipo de movimento realizado por ção de 2o. Grau. Pois bem, a ideia de resolver uma equação
nosso sistema massa-mola e a natureza matemática deste diferencial não é muito diferente, somente que em vez de
tipo de movimento. valores você deverá encontrar as funções que satisfazem a
Perfil de um comportamento tipo M.H.S. equação diferencial, funções que quando substituídas na
Oscilando em torno de um ponto central, apresentan- equação diferencial no nosso caso dê uma expressão final
do uma variação de espaço maior nas proximidades do igual a zero. Mesmo sem sabermos como resolver à equa-
ponto central do que nas extremidades. Você saberia dizer ção, posso dizer que um conjunto de funções que a resolve
qual o tipo de função representada em nosso esquema? são funções do tipo seno e coseno, o que corrobora muito
Esse formato característico pertence a que tipo de funções? bem com o esquema apresentado no começo da seção.
Uma explicação para esse tipo de gráfico obtido po- Em outras palavras, a nossa função de movimento X(t)
deria sair de uma análise das forças existentes no sistema
terá a forma A cos(wt + ø) ou A sen(wt + ø), ou seja, X(t) =
massa-mola, mesmo que a compreensão total da mesma
A cos(wt + ø) ou X(t) = A sen(wt + ø).
somente possa ser entendida a fundo a nível universitário.
Onde A é amplitude do nosso M.H.S, que seria o des-
Sabendo-se que a força aplicada no bloco m do nosso
locamento máximo realizado pelo bloco em relação à po-
sistema massa-mola na direção do eixo X será igual à força
sição de equilíbrio, w é a frequência angular do nosso mo-
restauradora exercida pela mola sobre o bloco na posição
vimento periódico em radianos por segundo (w = 2*p*f,
X aonde o mesmo se encontrar (3a. Lei de Newton) pode-
mos escrever a seguinte equação: sendo f o número de vezes que o ciclo se repete a cada uni-
F (X) = - kX dade de tempo), t é a nossa grandeza de tempo, e ø é uma
Passando o segundo termo para o primeiro membro fase ou deslocamento angular acrescida ao nosso M.H.S.
temos: Não existe grande diferença entre uma função seno ou co-
F (x) + kX = 0 seno se virmos pela questão de que uma função seno ou
Usando da 1a. Lei de Newton sabemos que F(X) = coseno se transforma na outra ou essa multiplicada por (-1)
ma(X), tendo nós agora: se deslocarmos 90 graus ou p/2 uma em relação à outra.
ma(X) + kX = 0 Uma outra forma para se ver que a equação de mo-
Podemos perceber também que X = X(t) já que a po- vimento do M.H.S. é do tipo seno ou coseno é a partir da
sição de X varia com o tempo enquanto o nosso sistema projeção do Movimento Circular Uniforme (M.C.U.) sobre o
oscila, ficando a nossa equação: eixo x, onde sabemos que projeções são feitas a partir das
ma(X(t)) + kX(t) = 0 funções seno e coseno.
É possível se ver em um curso de Cálculo Diferencial
e Integral a nível superior que em sistemas dependentes
do tempo como este podemos aplicar uma função de fun-
ção chamada derivada aonde podemos dizer que a(X(t)) =
d^2X(t)/d^2t, ou seja, que a derivada segunda de X em re-
lação ao tempo é igual à aceleração de nosso sistema. Ten-
do a nossa equação o seguinte aspecto agora: m(d2X(t)/
d2t) + kX(t) = 0
Onde a solução desta equação sendo chamada de
equação diferencial é a função de movimento de nosso sis-
tema massa-mola. Apesar de não termos conhecimentos
para resolvê-la, comentários podem ser feitos sobre a mes-
ma para termos uma ideia de como se resolve. Primeiro
vamos tentar entender melhor o que seja uma derivada.
Em uma função você sempre dá um número e a função
lhe devolve outro número. A derivada que é uma função
de função não é muito diferente, você lhe dar uma função

51
FÍSICA

Projeção do M.C.U. sobre o M.C.U. com uma diferença Vetores Velocidade e Aceleração do M.C.U.
de fase ø.

M.C.U. eixo x produzindo um M.H.S.


A função obtida é do tipo seno ou coseno.
O comportamento dessa equação de movimento pode Gráficos da função deslocamento, função velocidade e
ser mais bem compreendido ao tratarmos também outros função aceleração do M.H.S.
parâmetros importantes como a velocidade, a aceleração,
Entretanto, podemos fazer uma análise dimensional e
a dinâmica e a energia no M.H.S.
verificar a coerência da forma apresentada. Podemos usar
A partir da projeção do vetor velocidade no M.C.U.
uma análise dimensional para verificar se em termos de
(usando de um pouco de conhecimentos de trigonometria)
unidades a expressão é coerente. Por exemplo, os termos
também podemos deduzir que a função velocidade tam-
cos(wt + ø) e sen(wt + ø) são termos adimensionais, ou
bém será do tipo seno ou coseno, sendo somente que v(t)
seja, não são representarmos em termos de m/s, m/s2, kg,
= -wA sen(wt + ø) ou v(t) = wA cos(wt + ø), o que também
N, oC, J ou qualquer unidade física, são apenas números
pode ser escrito v(t) = ±wX(t).
que no caso dessas funções apenas assumem valores que
Em um curso de Cálculo Diferencial e Integral podere- vão de (-1) a 1.
mos ver que a função velocidade é a derivada da função
deslocamento em relação ao tempo, ou seja, que dX(t)/dt A amplitude A, no entanto está representando o valor
= v(t). E que disso, poderemos deduzir que v(t) = dX(t)/dt = máximo de deslocamento do nosso sistema massa-mola
-wA sen(wt + ø) ou wA cos(wt + ø), considerando que X(t) em relação à posição de equilíbrio em unidades de distân-
será igual a A cos(wt + ø) ou a A sen(wt + ø). cia, que no nosso caso usaremos o m. A frequência angular
w, que é igual a 2*p*f, onde a frequência linear f é dada em
termos de 1 sobre a nossa unidade de tempo t ,(1/t), já que
f dá o número de repetições de ciclos em uma unidade de
tempo t, também será dada em termos de 1 sobre a unida-
de de tempo t já que 2*p também é adimensional. A nossa
unidade de tempo no caso será o segundo. A expressão
será coerente dimensionalmente se as unidades do primei-
ro membro forem iguais a do segundo membro. Ou seja,
que as unidades do segundo membro deem a unidade m/s
que é correspondente à grandeza velocidade.
Tudo isso pode ser escrito da seguinte maneira: 1o.
Membro: [v] = m/s 2o. Membro: [A][w] = m * 1/s = m/s
Então dimensionalmente, a expressão é coerente. A
análise dimensional não permite definir se existem cons-
tantes ou outros termos adimensionais multiplicando as
grandezas, mas com certeza é uma ferramenta útil para
dirimir discrepâncias e vermos a coerência de expressões.
Para a aceleração do M.H.S. também podemos ver que a
mesma é do tipo seno ou coseno a partir da projeção do
vetor aceleração do M.C.U., somente que a sua expressão é
dada por a(t) = -(w2)A cos(wt + ø) ou -(w2)A sem(wt + ø).
A partir de um curso de Cálculo Diferencial e Integral tam-

52
FÍSICA

bém podemos ver que a aceleração é a derivada segunda A partir da figura com a decomposição de forças exis-
em relação ao tempo da função deslocamento X(t), ou seja, tentes no pêndulo simples podemos ver que a força res-
que a(t) = dv(t)/dt = d(dX(t)/dt)/dt = d2X(t)/dt = -(w2)X(t), tauradora do sistema pêndulo simples é do tipo F(teta) =
de onde podemos deduzir que a(t) = -(w2)A cos(wt + ø) ou -mg sen(teta), que é diferente do tipo de força restaura-
-(w2)A sen(wt + ø); mas podemos fazer uma análise dimen- dora do nosso sistema massa-mola e que caracteriza um
sional para a função aceleração assim como fizemos para a movimento harmônico simples F(X) = -kX, contudo para
função velocidade. ângulos pequenos de teta, sen teta ~ teta, podendo nós
Assim sendo: 1o. Membro: [a] = m/(s2) 2o. Membro: fazermos a seguinte substituição para a força restauradora
[A][w2] = [A][w][w] = m * 1/s * 1/s = m * 1/(s2) = m/(s2) do pêndulo simples para ângulos pequenos, F(teta) = -mg
O que comprova que a equação dimensionalmente é coe- sen (teta) ~ -mg(teta).
rente. O que nos permitiria chegarmos a uma equação mui-
A essa altura você deve estar se perguntando como to parecida com a que encontramos para o nosso sistema
podemos saber qual é o valor de w? Posso dizer que w, que massa-mola:
é a nossa frequência angular, determinando a variação an- F(teta) + mg*teta = 0
gular do nosso oscilador no tempo, que está diretamente Onde teta também é teta = teta(t), conseguindo nós
relacionado a nossa frequência linear f, que determina o assim que:
número de ciclos realizados por nosso oscilador em uma F(teta(t)) + mg*teta(t) = 0
unidade de tempo, dependerá do fator de restauração k da Que pelo o que comentamos anteriormente podemos
mola e do fator de inércia m do bloco, ambas respectiva- reescrever como:
mente com unidades físicas de [k] = N/m e [m] = kg. Como d2(teta(t))/dt + mg*teta(t) = 0
[w] = 1/s, podemos encontrar uma maneira de arranjar as De onde dessa equação diferencial se é possível obter
grandezas físicas k e m de maneira a termos uma expressão uma equação de movimento similar à equação de movi-
aproximada para w. mento do sistema massa-mola:
De antemão já digo que essa expressão será obtida ti- teta(t) = A cos (wt + ø)
rando-se a raiz quadrada da razão de k/m, ficando: (([k]/
Todas as demais considerações que foram feitas para
[m])1/2) = (((N/m)/kg)1/2) = ((((kg * m/(s2))/m)/kg)1/2)
o sistema massa-mola poderão ser generalizadas para o
= ((((kg/m)*(m/(s2)))/kg)1/2) = (((kg/(s2))/kg)1/2) = (((kg/
pêndulo simples agora, com a observação que a única re-
kg)*(1/(s2)))1/2) = ((1/(s2))1/2) = 1/s
presentante de energia potencial a entrar no somatório
Onde já poderíamos considerar pela análise dimen-
de energias para dar Et é a energia potencial gravitacional
sional que uma expressão próxima da que determinasse
(Epg), de maneira a conservar a energia total do sistema,
w seria w ~ ((k/m)1/2), o que não permite sabermos se
com energia potencial gravitacional se convertendo em
existiriam termos adimensionais ou constantes, mas expe-
energia cinética e vice-versa, sendo que a nossa posição
rimentalmente já fora comprovado a bastante tempo que
realmente w = ((k/m)1/2). de equilíbrio é exatamente o ponto mais baixo do sistema.
Na próxima seção, compreendermos como se dá o De maneira análoga a que fizemos para encontrar a
processo de conservação de energia dentro do sistema expressão de w para o sistema massa-mola podemos fazer
massa-mola, como se dão as conversões de energia poten- para encontrar a expressão de w para o pêndulo simples;
cial em cinética e vice-versa, antes de chegarmos a Dinâ- onde em vez de k e m, as grandezas físicas a serem consi-
mica do M.H.S., onde poderemos ver algumas variações do deradas serão as grandezas g e l.
nosso sistema massa-mola apresentado. Reescrevendo a equação de w agora com g e l ficamos
que w = ((g/l)1/2), sobre a qual podemos fazer uma análise
Pêndulo Simples dimensional para verificar a sua coerência:
O pêndulo simples é um tipo de oscilador que para (([g]/[l])1/2) = (((m/(s2))/m)1/2) = ((1/(s2))1/2) = 1/s [w]
certas condições pode ser considerado um oscilador har- = 1/s o que confere com o esperado, podendo se reescre-
mônico simples. ver a expressão w = ((g/l)1/2) como o período de oscila-
ção T, onde T = 1/f = 1/(w/2*p) = 2*p/w = 2*p/((g/l)1/2) =
2*p*((l/g)1/2), tendo nós deduzido a expressão:
T = 2* p * ((l/g)1/2)

Esse resultado nós diz que o período de oscilação do


pêndulo simples independe da abertura angular em que
ele é solto, somente dependendo de parâmetros consi-
derados fixos como o comprimento do fio do pêndulo ou
haste e da gravidade local (no caso do sistema massa-mola
os parâmetros a ser considerados como vimos é o fator de
restauração k e o fator de inércia m). Dessa forma pode-
mos concluir que não deverá haver variações no período
do pêndulo podendo o mesmo ser utilizado como medidor
do tempo.

53
FÍSICA

Lei de Hooke Quanto à direção de vibração

Medida de uma força: deformação elástica. Pode- Transversais: são aquelas cujas vibrações são perpendi-
mos medir a intensidade de uma força pela deformação que culares à direção de propagação.
ela produz num corpo elástico. O dispositivo utilizado é o Exemplo: Ondas em corda.
dinamômetro, que consiste numa mola helicoidal envol-
vida por um protetor. Na extremidade livre da mola há um
ponteiro que se desloca do ponto de uma escala. A medi-
da de uma força é feita por comparação da deformação
causada da deformação causada por essa força com a
de força padrão. Uma mola apresenta uma deformação
elástica se, retirada a força que a deforma, ela retorna ao
seu comprimento e forma originais.
Robert Hooke, cientista inglês enunciou a seguinte lei,
valida para as deformações elásticas: “A intensidade da  
força deformadora (F) é proporcional à deformada (X).”
A expressão matemática da Lei de Hooke é: F = K . X Longitudinais: são aquelas cujas vibrações coincidem
Onde K = constante de proporcionalidade característi- com a direção de propagação.
ca da mola (constante elástica da mola).
Exemplos: Ondas sonoras, ondas em molas.
Ondas Mecânicas, Ondas Transversais e Longitudi-
nais

As ondas podem ser classificadas de três modos.  

Quanto à natureza

Ondas mecânicas: são aquelas que precisam de um


meio material para se propagar (não se propagam no vá-
cuo).
Exemplo: Ondas em cordas e ondas sonoras (som).  
Ondas eletromagnéticas: são geradas por cargas elétri-
cas oscilantes e não necessitam de uma meio material para
ONDAS EM UMA CORDA, VELOCIDADE, FREQUÊNCIA
se propagar, podendo se propagar no vácuo.
Exemplos: Ondas de rádio, de televisão, de luz, raios X, E COMPRIMENTO DE ONDA, ONDAS ESTACIONÁRIAS
raios laser, ondas de radar etc. NUMA CORDA FIXA EM AMBAS AS EXTREMIDADES

Quanto à direção de propagação Velocidade de Propagação de uma Onda Unidimen-


  sional  
Unidimensionais: são aquelas que se propagam numa
só direção. Considere uma corda de massa m e comprimento ℓ,
Exemplo: Ondas em cordas. sob a ação de uma força de tração .
Bidimensionais: são aquelas que se propagam num
plano.
Exemplo: Ondas na superfície de um lago.
Tridimensionais: são aquelas que se propagam em to-
das as direções.
Exemplo: Ondas sonoras no ar atmosférico ou em me-
tais. Suponha que a mão de uma pessoa, agindo na extremi-
   dade livre da corda, realiza um movimento vertical, pe-
riódico, de sobe-e-desce. Uma onda passa a se propagar
horizontalmente com velocidade .
Cada ponto da corda sobe e desce. Assim que o ponto
A começa seu movimento (quando O sobe), B inicia seu
movimento (quando O se encontra na posição inicial), mo-
vendo-se para baixo.
O ponto D inicia seu movimento quando o ponto O
descreveu um ciclo completo (subiu, baixou e voltou a su-
bir e regressou à posição inicial).

54
FÍSICA

Se continuarmos a movimentar o ponto O, chegará o Extremidade fixa


instante em que todos os pontos da corda estarão em vi- Se a extremidade é fixa, o pulso sofre reflexão com in-
bração. versão de fase, mantendo todas as outras características.

A velocidade de propagação da onda depende da den-


sidade linear da corda e da intensidade da força de tração
, e é dada por:

Extremidade livre
Se a extremidade é livre, o pulso sofre reflexão e volta
ao mesmo semiplano, isto é, ocorre inversão de fase.

   

Em que: F = a força de tração na corda µ = , a den-


sidade linear da corda Refração de um pulso numa corda
 Aplicação: Uma corda de comprimento 3 m e massa  
60 g é mantida tensa sob ação de uma força de intensidade Se, propagando-se numa corda de menor densidade,
800 N. Determine a velocidade de propagação de um pulso um pulso passa para outra de maior densidade, dizemos
nessa corda. que sofreu uma refração.

Resolução:

A experiência mostra que a freqüência não se modifica


quando um pulso passa de um meio para outro.

 
Reflexão de um pulso numa corda Essa fórmula é válida também para a refração de ondas
  bidimensionais e tridimensionais.
Quando um pulso, propagando-se numa corda, atinge Observe que o comprimento de onda e a velocidade
sua extremidade, pode retornar para o meio em que estava de propagação variam com a mudança do meio de pro-
se propagando. Esse fenômeno é denominado reflexão. pagação.
  
Essa reflexão pode ocorrer de duas formas:

55
FÍSICA

Aplicação: Uma onda periódica propaga-se em uma corda A, com velocidade de 40 cm/s e comprimento de onda 5 cm.
Ao passar para uma corda B, sua velocidade passa a ser 30 cm/s. Determine:
a) o comprimento de onda no meio B
b) a frequência da onda

Princípio da Superposição

Quando duas ou mais ondas se propagam, simultaneamente, num mesmo meio, diz-se que há uma superposição de
ondas.
Como exemplo, considere duas ondas propagando-se conforme indicam as figuras:
Supondo que atinjam o ponto P no mesmo instante, elas causarão nesse ponto uma perturbação que é igual à soma
das perturbações que cada onda causaria se o tivesse atingido individualmente, ou seja, a onda resultante é igual à soma
algébrica das ondas que cada uma produziria individualmente no ponto P, no instante considerado.

Após a superposição, as ondas continuam a se propagar com as mesmas características que tinham antes.
Os efeitos são subtraídos (soma algébrica), podendo-se anular no caso de duas propagações com deslocamento in-
vertido.

56
FÍSICA

Em resumo:
Quando ocorre o encontro de duas cristas, ambas levantam o meio naquele ponto; por isso ele sobe muito mais.
Quando dois vales se encontram eles tendem a baixar o meio naquele ponto.
Quando ocorre o encontro entre um vale e uma crista, um deles quer puxar o ponto para baixo e o outro quer puxá-lo
para cima. Se a amplitude das duas ondas for a mesma, não ocorrerá deslocamento, pois eles se cancelam (amplitude zero)
e o meio não sobe e nem desce naquele ponto.

Ondas Estacionárias
São ondas resultantes da superposição de duas ondas de mesma frequência, mesma amplitude, mesmo comprimento
de onda, mesma direção e sentidos opostos.
Pode-se obter uma onda estacionária através de uma corda fixa numa das extremidades.
Com uma fonte faz-se a outra extremidade vibrar com movimentos verticais periódicos, produzindo-se perturbações
regulares que se propagam pela corda.

Em que: N = nós ou nodos e V= ventres.


Ao atingirem a extremidade fica, elas se refletem, retornando com sentido de deslocamento contrário ao anterior.
Dessa forma, as perturbações se superpõem às outras que estão chegando à parede, originando o fenômeno das ondas
estacionárias.
Uma onda estacionária se caracteriza pela amplitude variável de ponto para ponto, isto é, há pontos da corda que
não se movimentam (amplitude nula), chamados nós (ou nodos), e pontos que vibram com amplitude máxima, chamados
ventres.
É evidente que, entre nós, os pontos da corda vibram com a mesma frequência, mas com amplitudes diferentes.
Observe que: Como os nós estão em repouso, não pode haver passagem de energia por eles, não havendo, então, em
uma corda estacionária o transporte de energia.

57
FÍSICA

d) Equação da velocidade:
A distância entre dois nós consecutivos vale .

A distância entre dois ventres consecutivos vale . 

A distância entre um nó e um ventre consecutivo vale


. ou ainda pode ser V = l.f
Aplicação: Uma onda estacionária de frequência 8 Hz * A equação acima nos mostra que quanto mais rápida
se estabelece numa linha fixada entre dois pontos distantes for a onda maior será a frequência e mais energia ela tem.
60 cm. Incluindo os extremos, contam-se 7 nodos. Calcule Porém, a frequência é o inverso do comprimento de onda
a velocidade da onda progressiva que deu origem à onda (l), isto quer dizer que ondas com alta frequência têm l pe-
estacionária. quenos. Ondas de baixa frequência têm l grandes

Resolução:

 
* Ondas Unidimensionais: São aquelas que se propa-
gam em um plano apenas. Em uma única linha de propa-
gação.
* Ondas Bidimensionais: São aquelas que se propagam
em duas dimensões. Em uma superfície, geralmente. Movi-
mentam-se apenas em superfícies planas.
* Ondas Tridimensionais: São aquelas que se propagam
em todas as direções possíveis.

Som
O som é uma onda (perturbação) longitudinal e tri-
dimensional, produzida por um corpo vibrante sendo de
cunho mecânico.
* Fonte sonora: qualquer corpo capaz de produzir vi-
brações. Estas vibrações são transmitidas às moléculas do
ONDAS SONORAS, NATUREZA DO SOM, PROPAGA- meio, que por sua vez, transmitem a outras e a outras, e
assim por diante. Uma molécula pressiona a outra passan-
ÇÃO, VELOCIDADE, ALTURA, INTENSIDADE, TIMBRE
do energia sonora.
* Não causa aquecimento: As ondas sonoras se propagam
Ondas Sonoras em expansões e contrações adiabáticas. Ou seja, cada expan-
são e cada contração, não retira nem cede calor ao meio.
Som é uma onda que se propaga em meio material, * Velocidade do som no ar: 337m/s
água, ar, etc. O som não se propaga no vácuo, não se per- * Nível sonoro: o mínimo que o ouvido de um ser hu-
cebe o som sem um meio material. mano normal consegue captar é de 20Hz, ou seja, qual-
A intensidade do som é tanto quanto maior que a am- quer corpo que vibre em 20 ciclos por segundo. O máximo
plitude da onda sonora. da sensação auditiva, para o ser humano é de 20.000Hz
* Velocidade de propagação das ondas: (20.000 ciclos por segundo). Este mínimo é acompanhado
de muita dor, por isso também é conhecido como o limiar
da dor.
a) Quanto mais tracionado o material, mais rápido o
Há uma outra medida de intensidade de som, que cha-
pulso se propagará. mada de Bell. Inicialmente os valores eram medidos em
Béis, mas tornaram-se muito grandes numericamente. En-
b) O pulso se propaga mais rápido em um meio de tão, introduziram o valor dez vezes menor, o deciBell, dB.
menor massa. Esta medida foi uma homenagem a Alexander Graham Bell.
Eis a medida de alguns sons familiares:
c) O pulso se propaga mais rápido quando o compri- Fonte sonora ou dB Intensidade descrição de ruído em
mento é grande. W.m-2

58
FÍSICA

Limiar da dor 120 1 exemplo). Desta forma, consegue contorná-los. A difração


depende do comprimento de onda. Como o comprimento
Rebitamento 95 3,2.10-3 de onda (?) das ondas sonoras é muito grande - enorme
Trem elevado 90 10-3 quando comparado com o comprimento de onda da luz - a
difração sonora é intensa.
Tráfego urbano    
A reflexão do som obedece às leis da reflexão ondula-
pesado 70 10-5 tória nos meios materiais elásticos. Simplificando, quando
Conversação 65 3,2.10-6 uma onda sonora encontra um obstáculo que não possa
ser contornado, ela “bate e volta”. É importante notar que
Automóvel silencioso 50 10-7
a reflexão do som ocorre bem em superfícies cuja exten-
Rádio moderado 40 10-8 são seja grande em comparação com seu comprimento de
Sussurro médio 20 10-10 onda.
A reflexão, por sua vez, determina novos fenômenos
Roçar de folhas 10 10-11 conhecidos como reforço, reverberação e eco. Esses fenô-
Limite de audição 0 10-12 menos se devem ao fato de que o ouvido humano só é
capaz de discernir duas excitações breves e sucessivas se
* Refração: mudanças na direção e na velocidade. o intervalo de tempo que as separa for maior ou igual a
Refrata quando muda de meio. 1/10 do segundo. Este décimo de segundo é a chamada
Refrata quando há mudanças na temperatura persistência auditiva.

* Difração:Capacidade de contornar obstáculos. O som Reflexão do som


tem grande poder de difração, porque as ondas têm um l
relativamente grande.

* Interferência: na superposição de ondas pode haver


aumento de intensidade sonora ou a sua diminuição.
Destrutiva - Crista + Vale - som diminui ou para.
Construtiva - Crista + Crista ou Vale + Vale - som au-
menta de intensidade.
Difração:
Ocorre quando uma onda encontra obstáculos à sua
propagação e seus raios sofrem encurvamento.
Timbre
O Timbre é a “cor” do som. Aquilo que distingue a qua-
lidade do tom ou voz de um instrumento ou cantor, por
exemplo a flauta do clarinete, o soprano do tenor.
Cada objeto ou material possui um timbre que é único,
assim como cada pessoa possui um timbre próprio de voz.

Fenômenos Ondulatórios, Reflexão, Eco, Reverbera-


ção, Refração, Difração e Interferência
Suponhamos que uma fonte emita um som breve que
Já que sabemos o que é o som, nada mais justo do que siga dois raios sonoros. Um dos raios vai diretamente ao
entender como o som se comporta. Vamos então explorar receptor (o ouvido, por exemplo) e outro, que incide num
um pouco os fenômenos sonoros. anteparo, reflete-se e dirige-se para ao mesmo receptor.
Na propagação do som observam-se os fenômenos Dependendo do intervalo de tempo (?t) com que esses
gerais da propagação ondulatória. Devido à sua natureza sons breves (Direto e Refletido) atingem o ouvido, pode-
longitudinal, o som não pode ser polarizado; sofre, entre- mos ter uma das três sensações distintas já citadas: reforço,
tanto, os demais fenômenos, a saber: difração, reflexão, re- reverberação e eco.
fração, interferência e efeito Doppler.
Se você achar esta matéria cansativa, não se preocupe. Quando o som breve direto atinge o tímpano dos nos-
Estaremos voltando a estes tópicos toda vez que precisar- sos ouvidos, ele o excita. A excitação completa ocorre em
mos deles como suporte. Você vai cansar de vê-los aplica- 0,1 segundo. Se o som refletido chegar ao tímpano antes
dos na prática... e acaba aprendendo ;-) do décimo de segundo, o som refletido reforça a excitação
A difração é a propriedade de contornar obstáculos. do tímpano e reforça a ação do som direto. É o fenômeno
Ao encontrar obstáculos à sua frente, a onda sonora con- do reforço.
tinua a provocar compressões e rarefações no meio em Na reverberação, o som breve refletido chega ao ouvi-
que está se propagando e ao redor de obstáculos envol- do antes que o tímpano, já excitado pelo som direto, tenha
vidos pelo mesmo meio (uma pedra envolta por ar, por tempo de se recuperar da excitação (fase de persistência

59
FÍSICA

auditiva). Desta forma, começa a ser excitado novamente, do meio e, consequentemente, da velocidade de propaga-
combinando duas excitações diferentes. Isso ocorre quan- ção do som neste meio. A resistência é a parte da impe-
do o intervalo de tempo entre o ramo direto e o ramo refle- dância que não depende da frequência. É medida em ohms
tido é maior ou igual a zero, porém menor que 0,1 segun- acústicos. A reactância acústica (X) é a parte da impedância
do. O resultado é uma ‘confusão’ auditiva, o que prejudica que está relacionada com a frequência do movimento re-
o discernimento tanto do som direto quanto do refletido. É sultante (onda sonora que se propaga). É proveniente do
a chamada continuidade sonora e o que ocorre em auditó- efeito produzido pela massa e elasticidade do meio mate-
rios acusticamente mal planejados. rial sobre o movimento ondulatório.
No eco, o som breve refletido chega ao tímpano após Se existe a impedância, uma oposição à onda sonora,
este ter sido excitado pelo som direto e ter-se recuperado podemos também falar em admitância, uma facilitação à
dessa excitação. Depois de ter voltado completamente ao passagem da onda sonora. A admitância acústica (Y) é a
seu estado natural (completou a fase de persistência au- recíproca da impedância e define a facilitação que o meio
ditiva), começa a ser excitado novamente pelo som breve
elástico oferece ao movimento vibratório. Quanto maior
refletido. Isto permite discernir perfeitamente as duas ex-
for a impedância, menor será a admitância e vice-versa. É
citações.
medida em mho acústico (contrário de ohm acústico).
Ainda derivado do fenômeno da reflexão do som, é
preciso considerar a formação de ondas estacionárias nos
campos ondulatórios limitados, como é o caso de colunas A impedância também pode ser expressa em unidades
gasosas aprisionadas em tubos. rayls (homenagem a Rayleigh). A impedância característica
O tubo de Kundt, abaixo ilustrado, permite visualizar do ar é de 420 rayles, o que significa que há necessidade de
através de montículos de pó de cortiça a localização de nós uma pressão de 420 N/m2 para se obter o deslocamento
(regiões isentas de vibração e de som) no sistema de ondas de 1 metro, em cada segundo, nas partículas do meio.
estacionárias que se estabelece como resultado da super- Para o som, o ar é mais refringente que a água pois a
posição da onda sonora direta e da onda sonora refletida. impedância do ar é maior. Tanto é verdade que a onda so-
nora se desloca com maior velocidade na água do que no
Ondas Estacionárias ar porque encontra uma resistência menor.
Quando uma onda sonora passa do ar para a água, ela
A distância (d) entre dois nós consecutivos é de meio tende a se horizontalizar, ou seja, se afasta da normal, a
comprimento de onda ( d = ? / 2 ). Sendo a velocidade linha marcada em verde (fig.6). O ângulo de incidência em
da onda no gás Vgás = ?×f tem-se Vgás = 2×f×d, o que relação à água é importante porque, se não for suficiente, a
resulta num processo que permite calcular a velocidade de onda sonora não consegue “entrar” na água e acaba sendo
propagação do som em um qualquer gás! A frequência f é refletida.
fornecida pelo oscilador de áudio-frequência que alimenta
o auto-falante. Refração da água para o ar
A refração do som obedece às leis da refração ondu-
latória. Este fenômeno caracteriza o desvio sofrido pela A refração, portanto, muda a direção da onda sonora
frente da onda quando ela passa de um meio para outro, (mas não muda o seu sentido). A refração pode ocorrer
cuja elasticidade (ou compressibilidade, para as ondas lon- num mesmo meio, por exemplo, no ar. Camadas de ar de
gitudinais) seja diferente. Um exemplo seria a onda sonora temperaturas diferentes possuem impedâncias diferentes e
passar do ar para a água. o som sofre refrações a cada camada que encontra.
Quando uma onda sonora sofre refração, ocorre uma Da água para o ar, o som se aproxima da normal. O
mudança no seu comprimento de onda e na sua velocida-
som passa da água para o ar, qualquer que seja o ângulo
de de propagação. Sua frequência, que depende apenas da
de incidência.
fonte emissora, se mantém inalterada.
Dada a grande importância da impedância, tratada
Como já vimos, o som é uma onda mecânica e trans-
aqui apenas para explicar o fenômeno da refração, ela pos-
porta apenas energia mecânica. Para se deslocar no ar, a
onda sonora precisa ter energia suficiente para fazer vibrar sui um módulo próprio. É um assunto relevante na geração
as partículas do ar. Para se deslocar na água, precisa de e na transmissão de sons.
energia suficiente para fazer vibrar as partículas da água.
Todo meio material elástico oferece uma certa “resistência” Interferência
à transmissão de ondas sonoras: é a chamada impedância.
A impedância acústica de um sistema vibratório ou meio A interferência é a consequência da superposição de
de propagação, é a oposição que este oferece à passagem ondas sonoras. Quando duas fontes sonoras produzem, ao
da onda sonora, em função de sua frequência e velocidade. mesmo tempo e num mesmo ponto, ondas concordantes,
A impedância acústica (Z) é composta por duas gran- seus efeitos se somam; mas se essas ondas estão em dis-
dezas: a resistência e a reactância. As vibrações produzidas cordância, isto é, se a primeira produz uma compressão
por uma onda sonora não continuam indefinidamente pois num ponto em que a segunda produz uma rarefação, seus
são amortecidas pela resistência que o meio material lhes efeitos se neutralizam e a combinação desses dois sons
oferece. Essa resistência acústica (R) é função da densidade provoca o silêncio.

60
FÍSICA

Trombone de Quincke

O trombone de Quincke é um dispositivo que permi-


te constatar o fenômeno da interferência sonora além de
permitir a determinação do comprimento de onda. O pro-
cesso consiste em encaminhar um som simples produzido
por uma dada fonte (diapasão, por exemplo) por duas vias
diferentes (denominados ‘caminhos de marcha’) e depois
reuni-los novamente em um receptor analisador (que pode
ser o próprio ouvido).
Observando a fig.9 percebe-se que o som emitido pela
fonte percorre dois caminhos: o da esquerda (amarelo),
mais longo, e o da direita (laranja), mais curto. As ondas
entram no interior do trombone formando ondas estacio-
nárias dentro do tubo. Como o meio no tubo é um só e
O efeito doppler ocorre quando um som é gerado ou
as ondas sonoras são provenientes de uma mesma fon-
refletido por um objeto em movimento. Um efeito do-
te, é óbvio que as que percorrem o caminho mais curto ppler ao extremo causa o chamado estrondo sônico. Se
cheguem primeiro ao receptor. Depois de um determinado tiver curiosidade, leia mais sobre o assunto em “A Barreira
período de tempo, chegam as ondas do caminho mais lon- Sônica”. A seguir, veja um exemplo para explicar o efeito
go e se misturam às do caminho mais curto: é a interferên- doppler.
cia. De acordo com as fases em que se encontram as ondas Imagine-se parado numa calçada. Em sua direção vem
do caminho mais longo e as ondas do caminho mais curto, um automóvel tocando a buzina, a uma velocidade de 60
o efeito pode ser totalmente diverso. km/h. Você vai ouvir a buzina tocando uma “nota” enquan-
Se as ondas amarelas chegarem em concordância de to o carro se aproxima porém, quando ele passar por você,
fase com as ondas laranja, ocorre uma interferência cons- o som da buzina repentinamente desce para uma “nota”
trutiva e, o que se ouve, é um aumento na intensidade do mais baixa - o som passa de mais agudo para mais grave.
som. Esta mudança na percepção do som se deve ao efeito do-
Se as ondas amarelas chegarem em oposição de fase ppler.
com as ondas laranja, ocorre uma interferência destrutiva, A velocidade do som através do ar é fixa. Para simplifi-
o que determina o anulamento ou extinção delas. O resul- car, digamos que seja de 300 m/s. Se o carro estiver parado
tado é o silêncio. a uma distância de 1.500 metros e tocar a buzina durante 1
Dois sons de alturas iguais, ou seja, de frequências minuto, você ouvirá o som da buzina após 5 segundos pelo
iguais, se reforçam ou se extinguem permanentemente tempo de 1 minuto.
conforme se superponham em concordância ou em opo- Porém, se o carro estiver em movimento, vindo em sua
sição de fase. direção a 90 km/h, o som ainda será ouvido com um atraso
de 5 segundos, mas você só ouvirá o som por 55 segundos
Batimento (ao invés de 1 minuto). O que ocorre é que, após 1 minuto
o carro estará ao seu lado (90 km/h = 1.500 m/min) e o
Se suas frequências não forem rigorosamente iguais, som, ao fim de 1 minuto, chega até você instantaneamente.
ora eles se superpõem em concordância de fase, ora em Da sua perspectiva, a buzinada de 1 minuto foi “empacota-
da” em 55 segundos, ou seja, o mesmo número de ondas
oposição de fase, ocorrendo isso a intervalos de tempo
sonoras foi comprimida num menor espaço de tempo. Isto
iguais, isto é, periodicamente se reforçam e se extinguem.
significa que a frequência foi aumentada e você percebe o
É o fenômeno de batimento e o intervalo de tempo é de-
som da buzina como mais agudo.
nominado período do batimento.
Quando o automóvel passa por você e se distancia,
Distingue-se um som forte de um som fraco pela in- ocorre o processo inverso - o som é expandido para preen-
tensidade. Distingue-se um som agudo de um som grava cher um tempo maior. Mesmo número de ondas num es-
pela altura. Distingue-se o som de um violino do som de paço de tempo maior significa uma frequência menor e um
uma flauta pelo timbre. som mais grave.

Efeito Doppler Reflexão do Som

O Efeito Doppler é consequência do movimento rela- Se você joga uma bola de borracha perpendicularmen-
tivo entre o observador e a fonte sonora, o que determina te contra uma parede, ela bate na parede e volta na mesma
uma modificação aparente na altura do som recebido pelo direção. Se a bola é jogada obliquamente contra a parede,
observador. depois de bater ela se desvia para outra direção. Nos dois
casos a bola foi refletida pela parede. O mesmo acontece
com as ondas sonoras.

61
FÍSICA

Timbre: o “documento de identidade” dos instrumentos. Estudo do som


Todo instrumento musical tem o seu timbre, isto é, seu
som característico. Assim, o acordeão e o violão podem Encoste a mão na frente de seu pescoço e emita um
emitir uma mesma nota musical, de mesma frequência e som qualquer. Você vai sentir a garganta vibrar enquanto
intensidade, mas será fácil distinguir o som de um e do dura o som de sua voz. O som produzido resulta de um
outro. movimento vibratório das cordas vocais, que provoca uma
Na música, o importante não é a frequência do som perturbação no ar a sua volta, cujo efeito é capaz de im-
emitido pelos diversos instrumentos, mas sim a relação en- pressionar o ouvido.
tre as diversas frequências de cada um. Os, por exemplo, Quando uma lâmina de aço vibra, ela também provo-
um dó e um mi são tocados ao mesmo tempo, o som que ca uma perturbação no ar em sua volta. Propagando-se
ouvimos é agradável e nos dá uma sensação de música pelo ar, essa perturbação produz regiões de compressão e
acabada. Mas, se forem tocadas simultaneamente o fá e distensão. Como nosso aparelho auditivo é sensível e essa
o sí, ou sí e o ré, os sons resultantes serão desagradáveis, vibração do ar, podemos percebê-las sob a forma de som.
dando a sensação de que falta alguma coisa para comple- Além das cordas vocais e lâminas de aço, existem inú-
tá-las. Isso acontece porque, no primeiro caso, as relações meros outros corpos capazes de emitir som. Corpos com
entre frequências são compostas de números pequenos, essa capacidade são denominados fontes sonoras. Como
enquanto no segundo, esses números são relativamente exemplo, podemos citar os diapasões, os sinos, as mem-
grandes. branas, as palhetas e os tubos.
Com o progresso da eletrônica, novos instrumentos
foram produzidos, como a guitarra elétrica, o órgão eletrô- Frequência do som audível
nico etc., que nos proporcionam novos timbres.
O órgão eletrônico chega mesmo a emitir os sons dos O ouvido humano só é capaz de perceber sons de fre-
outros instrumentos. Ele pode ter, inclusive, acompanha- quências compreendidas entre 16Hz e 20.000Hz, aproxima-
mento de bateria, violoncelo, contrabaixo e outros, consti- damente. Os infra-sons, cuja frequência é inferior a 16Hz,
tuindo-se numa autentica orquestra eletrônica, regida por e os ultra-sons, cuja frequência é superior a 20.000Hz, não
um maestro: executante da música.
são captados por nosso olvido, mas são percebidos por al-
guns animais, como os cães, que ouvem sons de 25.000Hz,
Características das Ondas
e os morcegos, que chegam a ouvir sons de até 50.000Hz.
As ondas do mar são semelhantes às que se formam
Propagação do som
numa corda: apresentam pontos mais elevados – chama-
dos cristas ou montes – e pontos mais baixos – chamados
vales ou depressões. O som exige um meio material para propagar-se. Esse
As ondas são caracterizadas pelos seguintes elemen- meio pode ser sólido, líquido ou gasoso.
tos: O som não se propaga no vácuo, o q poder ser com-
Amplitude – que vai do eixo médio da onda até o pon- provado pela seguinte experiência: colocando um desper-
to mais auto de uma crista ou até o ponto mais baixo de tador dentro de uma campânula onde o ar é rarefeito, isto
um vale. é, onde se fez “vácuo”, o som da campainha praticamente
Comprimento da onda – distâncias entre duas cristas deixa de ser ouvido.
sucessivas ou entre dois vales sucessivos.
Frequência – números de ondas formadas em 1s; a fre- Velocidade do som
quência é medida em hertz: 1 Hz equivale a uma onda por
segundo; A propagação do som não é instantânea. Podemos ve-
Período – tempo gasto para formar uma onda. O perío- rificar esse fato durante as tempestades: o trovão chega aos
do é o inverso da frequência. nossos ouvidos segundos depois do relâmpago, embora
ambos os fenômenos (relâmpago e trovão) se formem ao
Tipos de onda mesmo tempo. (A propagação da luz, neste caso o relâm-
pago, também não é instantânea, embora sua velocidade
Ondas como as do mar ou as que se formam quan- seja superior à do som.)
do movimentamos uma corda vibram nas direções verti- Assim, o som leva algum tempo para percorrer deter-
cal, mas se propagam na direção horizontal. Nessas ondas, minada distância. E a velocidade de sua propagação de-
chamadas ondas transversais, a direção de vibração é per- pende do meio em que ele se propaga e da temperatura
pendicular à direção de propagação. em que esse meio se encontra.
Existem ondas que vibram na mesma direção em que No ar, a temperatura de 15ºC a velocidade do som é
se propagam: são as ondas longitudinais. Pegue uma mola de cerca de 340m/s. Essa velocidade varia em 55cm/s para
e fixe uma de suas extremidades no teto. Pela outra extre- cada grau de temperatura acima de zero. A 20ºC, a veloci-
midade, mantenha a mola esticada e puxe levemente uma dade do som é 342m/s, a 0ºC, é de 331m/s.
das espirais para baixo. Em seguida, solte a mola. Você verá Na água a 20ºC, a velocidade do som é de aproxima-
que esta perturbação se propaga até o teto produzido na damente 1130m/s. Nos sólidos, a velocidade depende da
mola zonas de compressão e distensão. natureza das substâncias.

62
FÍSICA

Qualidades fisiológicas do som ambas com a mesma força os dois sons terão a mesma al-
tura (frequência) e a mesma intensidade. Mesmo sem ver
A todo instante distinguimos os mais diferentes sons. os instrumentos, o ouvinte da outra sala saberá distinguir
Essa diferenças que nossos ouvidos percebem se devem facilmente um som de outro, porque cada instrumento
às qualidades fisiológicas do som: altura, intensidade e tem seu som caracterizado, ou seja, seu timbre.
timbre. Podemos afirmar, portanto, que timbre é a qualidade
que nos permite perceber a diferença entre dois sons de
Altura mesma altura e intensidade produzidos por fontes sonoras
diferentes.
Mesmo sem conhecer música, é fácil distinguir o som
agudo (ou fino) de um violino do som grave (ou grosso) INFRA-SOM E ULTRASSOM.
de um violoncelo. Essa qualidade que permite distinguir
um som grave de um som agudo se chama altura. Infrassons são ondas sonoras extremamente graves,
Assim, costuma-se dizer qu o som do violino é alto com frequências abaixo dos 20 Hz, portanto abaixo da faixa
e o do violoncelo é baixo. A altura de um som depende audível do ouvido humano que é de 20 Hz a 20.000 Hz.
da frequência, isto é, do número de vibrações por segun- Ondas infrassônicas podem se propagar por longas
do. Quanto maior a frequência mais agudo é o som e distâncias, pois são menos sujeitas às perturbações ou in-
vice versa. Por sua vez, a frequência depende do compri- terferências que as de frequências mais altas.
mento do corpo que vibra e de sua elasticidade; Quanto Infrassons podem ser produzidos pelo vento e por al-
maior a atração é mais curta for uma corda de violão, por guns tipos de terremotos. Os elefantes são capazes de emi-
exemplo, mais agudo vai será o som por ela emitido. tir infrassons que podem ser detectados a uma distância
Você pode constatar também a diferença de frequên- de 2 km.
cias usando um pente que tenha dentes finos e grossos. É comprovado que os tigres têm a mais forte capacida-
Passando os dentes do pente na bosta de um cartão você de de identificar infrassons. Seu rugido emite ondas infras-
ouvirá dois tipos de som emitidos pelo cartão: o som sônicas tão poderosas que são capazes de paralisar suas
agudo, produzido pelos dentes finos (maior frequência), presas e até pessoas. Há mais de 50 anos é estudada uma
forma de usar o infrassom em armas de guerra, já que sua
e o som grave, produzido pelos dentes mais grossos (me-
potência pode destruir construções e até mesmo estourar
nor frequência).
órgãos humanos.

Intensidade Ultrassom é um som a uma frequência superior àquela


que o ouvido do ser humano pode perceber, aproximada-
É a qualidade que permite distinguir um som forte mente 20.000 Hz.
de um som fraco. Ele depende da amplitude de vibração: Alguns animais, como o cão, golfinho e o morcego,
quanto maior a amplitude mais forte é o som e vice versa. têm um limite de percepção sonora superior ao do ouvido
Na prática não se usa unidades de intensidade so- humano e podem, assim, ouvir ultrassons. Existem “apitos”
nora, mas de nível de intensidade sonora, uma grande- especiais nestas frequências que servem a estes princípios.
za relacionada à intensidade sonora e à forma como o Um som é caracterizado por vibrações (variação de
nosso ouvido reage a essa intensidade. Essas unidades pressão) no ar. O ser humano normal médio consegue dis-
são o bel e o seu submúltiplo o decibel (dB), que vale 1 tinguir, ou ouvir, sons na faixa de frequência que se esten-
décimo do bel. O ouvido humano é capaz de suportar de de 20Hz a 20.000Hz aproximadamente. Acima deste in-
sons de até 120dB, como é o da buzina estridente de tervalo, os sinais são conhecidos como ultrassons e abaixo
um carro. O ruído produzido por um motor de avião a dele, infrassons.
jato a poucos metros do observador produz um som O emissor de som, em aparelhos de som, é o alto-fa-
lante. Um cone de papelão movido por uma bobina imersa
de cerca de 140dB, capaz de causar estímulos doloro-
em um campo magnético , produzido por um imã perma-
sos ao ouvido humano. A agitação das grandes cidades
nente. Este cone pode “vibrar” a frequências de áudio e
provocam a chamada poluição sonora composta dos
com isto impulsionar o ar promovendo ondas de pressão
mais variados ruídos: motores e buzinas de automó- que ao atingirem o ouvido humano, são interpretados
veis, martelos de ar comprimido, rádios, televisores e como sons audíveis. Porém, à medida que a frequência
etc. Já foi comprovado que uma exposição prolongada das vibrações aumenta, a amplitude das vibrações vai se
a níveis maiores que 80dB pode causar dano perma- reduzindo. Para gerar sons de alta-frequência e ultrassons
nente ao ouvido. A intensidade diminui à medida que o geralmente são utilizados cerâmicas ou cristais piezoelétri-
som se propaga ou seja, quanto mais distante da fonte, cos, os quais produzem oscilações mecânicas em resposta
menos intenso é o som. a impulsos elétricos.
Timbre – imagine a seguinte situação: um ouvinte
que não entende de música está numa sala, ao lado da A óptica é um ramo da Física que estuda a luz ou, mais
qual existe outra sala onde se encontram um piano e um amplamente, a radiação eletromagnética, visível ou não. A
violino. Se uma pessoa tocar a nota dó no piano e ao óptica explica os fenômenos de reflexão, refração e difra-
mesmo tempo outra pessoa tocar a nota dó no violino, ção, a interação entre a luz e o meio, entre outras coisas.

63
FÍSICA

Geralmente, a disciplina estuda fenômenos envolvendo a partículas constituintes do corpo. Essa grandeza física que
luz visível, infravermelha, e ultravioleta; entretanto, uma nos permite dizer se algo está quente ou esquentando, frio
vez que a luz é uma onda electromagnética, fenômenos ou esfriando é a Temperatura. Temperatura é a grandeza
análogos acontecem com os raios X, microondas, ondas escalar que nos permite medir a energia cinética média das
de rádio, e outras formas de radiação electromagnética. A moléculas de um corpo.
óptica, nesse caso, pode se enquadrar como uma subdis-
ciplina do eletromagnetismo. Alguns fenômenos ópticos Equilíbrio Térmico
dependem da natureza da luz e, nesse caso, a óptica se
relaciona com a mecânica quântica. Quando corpos de diferentes temperaturas são colo-
Segundo o modelo para a luz utilizada, distingue-se
cados em contato um com os outros, se não houver in-
entre os seguintes ramos, por ordem crescente de precisão
fluência do meio externo, estes passarão a ter a mesma
(cada ramo utiliza um modelo simplificado do empregado
pela seguinte): temperatura final. Ou seja, quando colocamos dois corpos
- Óptica geométrica: Trata a luz como um conjunto de em contato (isolados das influências do meio externo) com
raios que cumprem o princípio de Fermat. Utiliza-se no es- diferentes temperaturas iniciais, após um certo intervalo de
tudo da transmissão da luz por meios homogêneos (lentes, tempo, eles atingirão o equilíbrio térmico e possuirão uma
espelhos), a reflexão e a refração. mesma temperatura final.
- Óptica ondulatória: Considera a luz como uma onda
plana, tendo em conta sua frequência e comprimento de Medida de Temperatura
onda. Utiliza-se para o estudo da difração e interferência.
- Óptica eletromagnética: Considera a luz como uma Quando a temperatura de um corpo muda, algumas
onda eletromagnética, explicando assim a reflexão e trans-
propriedades desse corpo se modificam. Por exemplo:
missão, e os fenômenos de polarização e anisotrópicos.
- Óptica quântica ou óptica física: Estudo quântico da
interação entre as ondas eletromagnéticas e a matéria, no - Quando aquecemos um líquido, o volume deste au-
que a dualidade onda-corpúsculo joga um papel crucial. menta.
- Quando aquecemos uma barra de metal, o compri-
mento desta barra aumenta.
- Quando aquecemos um fio elétrico, a resistência des-
5.6 CALOR: CALOR E TEMPERATURA: te aumenta.
CONCEITOS, FONTES E PROCESSOS DE - Quando aquecemos um gás confinado, a pressão
PROPAGAÇÃO DE CALOR. EFEITOS DO deste gás aumenta.
CALOR: MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO.
DILATAÇÃO TÉRMICA DE Podemos usar estas propriedades para criar uma fer-
ramenta capaz de medir a temperatura de um corpo, co-
SÓLIDOS E LÍQUIDOS. TERMOMETRIA.
locando um destes tipos de material em contato com o
ESCALAS TERMOMÉTRICAS E corpo. O nome desta ferramenta usada para medir a tem-
CALORIMETRIA. ESTUDO GERAL DOS GASES peratura de um corpo é Termômetro.
IDEAIS: EQUAÇÃO DE CLAPEYRON, LEIS DA Existem vários tipos de termômetros que usam diver-
TERMODINÂMICA. sas propriedades físicas da matéria para medir a tempe-
ratura, por exemplo: Termômetro Clínico, Termômetro de
Cristal Líquido, Termômetro a Álcool, Termômetro a Gás,
A Termologia ou Termofísica é a parte da Física que Termômetro de Radiação, Pirômetro Óptico, Termômetro
estuda o calor. Os fenômenos são interpretados a partir de Digital, entre outros. O tipo mais comum de termômetro
modelos da estrutura da ma que existe é o termômetro de mercúrio, que consiste em
téria, sob dois pontos de vista distintos, porém com- um bulbo (recipiente) ligado a um tubo capilar. No inte-
plementares: o macroscópico (temperatura, energia inter- rior deste bulbo, existe uma certa quantidade de mercúrio.
na e pressão) e o microscópico (velocidade e energia ciné- Quando colocamos este termômetro em contato com um
tica de átomos e moléculas). Veremos a explanação deste corpo mais quente, o mercúrio vai se aquecer e dilatar, en-
assunto nos próximos tópicos. tão a altura de mercúrio no tubo capilar vai aumentar até
parar, quando o mercúrio entra em equilíbrio térmico com
Termometria: conceitos de Termometria, tempera- o corpo.
tura, unidades de medidas térmicas, termômetros, es-
Cada altura da coluna de mercúrio no tubo capilar cor-
calas termométricas e suas conversões.
responde a uma temperatura. Para determinar a escala de
Termometria é a parte da termologia voltada para o temperatura, colocamos o termômetro na água e gelo em
estudo da Temperatura, dos Termômetros e das Escalas ter- equilíbrio térmico (sempre à pressão de 1 atm), esperamos
mométricas. Apenas com o nosso tato, é possível perceber o mercúrio entrar em equilíbrio térmico com o gelo em
se um objeto está mais quente ou mais frio que outro cor- fusão, então o mercúrio para. Chamamos este ponto, onde
po tomado como referência. Essa noção de quente e frio o mercúrio se estabilizou de Primeiro Ponto Fixo Funda-
está intimamente relacionada com o grau de agitação das mental. Depois colocamos o termômetro em contato com

64
FÍSICA

água em ebulição, quando o mercúrio entrar em equilíbrio Conversão de Escalas


térmico com a água e vapor, marcamos o Segundo Ponto
Fixo Fundamental. Entre estes pontos, dividimos a altura Celsius para Fahrenheit: C = 5/9 (F – 32)
do tubo capilar em partes iguais, montando assim, uma es- Kelvin para Celsius: K = 273 + C
cala termométrica, onde cada altura corresponderá a uma
temperatura. Onde C corresponde à temperatura em graus Celsius,
F corresponde à temperatura em graus Fahrenheit e K cor-
Escalas Termométricas responde à temperatura em Kelvin.

Existem várias escalas termométricas, que foram cria- Dilatação térmica: dilatação térmica dos sólidos e
das por vários cientistas em situações diferentes. Mas exis- dos líquidos.
tem três escalas que são as mais utilizadas:
Escala Celsius - É uma escala usada na maioria dos
Mudanças de estado físico, dilatação dos corpos, calor
países de opção para uso popular, anteriormente chamada
latente, trabalho a pressão constante, transmissão de ca-
de escala centígrada. Esta escala foi apresentada a 1742,
lor, condução, convecção, erradiação, regime estacionário,
pelo astrônomo sueco Anders Celsius (1701-1744). O in-
coeficiente de condutividade térmica. O diagrama a seguir
tervalo entre os Pontos Fixos Fundamentais desta escala é
dividido em 100 partes iguais, cada um valendo 1 °C (um mostra as mudanças de estado, com os nomes particulares
grau Celsius). O primeiro ponto fixo fundamental, chamado que cada uma delas recebe.
de ponto de fusão do gelo a 1 atm, corresponde ao valor
de 0 °C e o segundo ponto fixo fundamental, chamado de
ponto de ebulição da água a 1 atm, corresponde ao valor
de 100 °C.

Escala Fahrenheit - É uma escala utilizada nos países


de língua inglesa. Esta escala foi apresentada a 1727, pelo
físico alemão Gabriel Daniel Fahrenheit (1686-1736). O in-
tervalo entre os pontos fixos fundamentais desta escala é
dividido em 180 partes iguais. O ponto de fusão do gelo Como citado anteriormente, dois fatores são impor-
corresponde a 32 °F (trinta e dois graus Fahrenheit) e o tantes nas mudanças de estado das substâncias: tempera-
ponto de ebulição da água corresponde a 212 °F (ambos a tura e pressão.
pressão de 1 atm).
Influência da temperatura
0°C = 32°F
100°C = 212°F A vaporização, que é a passagem do estado líquido
para o gasoso, pode ocorrer de três modos: evaporação,
Escala Kelvin - é conhecida como escala absoluta, ebulição e calefação.
usada no meio científico. Esta escala foi inventada pelo en- A evaporação acontece com líquidos a qualquer tem-
genheiro, matemático e fisco britânico William Thomson peratura. É o caso, por exemplo, da água líquida colocada
Kelvin (Lord Kelvin, 1824-1907). Nesta escala, o ponto de em um prato que após algum tempo desaparece, ou seja,
fusão do gelo corresponde a 273 K (duzentos e setenta e transforma-se em vapor e mistura-se à atmosfera.
três kelvins) e o ponto de ebulição da água corresponde
Já a calefação é um processo rápido de vaporização,
a 373 K (ambos a pressão de 1 atm). A escala Kelvin não
que ocorre quando há um aumento violento de temperatu-
apresenta a notação em graus. Esta escala é absoluta por-
ra. É o que acontece quando colocamos água em pequenas
que tem origem na temperatura zero absoluto, ou seja, a
quantidades em uma frigideira bem quente. Ela vaporiza
menor temperatura que existe é o zero absoluto (0 K). Já
que a temperatura está relacionada com o grau de agita- de modo brusco, quase instantâneo.
ção das moléculas, o zero absoluto seria o valor de tem- A ebulição é a vaporização que acontece a uma deter-
peratura que um corpo não possuiria nenhuma agitação minada temperatura.
molecular. Se colocarmos água para esquentar, notaremos que
quando sua temperatura chega a 100ºC, ela ferve, entrando
-273,15°C = 0K em ebulição. Isso acontece ao nível do mar, onde a pressão
0°C = 273,15K exercida pelo ar (pressão atmosférica) corresponde a uma
100°C = 373,15K atmosfera - 1 atm. A essa temperatura damos o nome de
ponto (ou temperatura) de ebulição.
A temperatura em que ocorre a ebulição, acontece
também a condensação. Assim, se for resfriado, o vapor
d’água começa a transformar-se em água no estado líqui-
do a partir de 100ºC.

65
FÍSICA

Ainda ao nível do mar, se resfriarmos água no esta- Apesar dos líquidos não terem a mesma forma que os
do líquido, notaremos que ela se solidifica a 0ºC. A essa sólidos, eles de dilatam da mesma forma que os sólidos,
temperatura damos o nome de ponto (ou temperatura) de tomando forma do recipiente. Quando usamos um reci-
solidificação. piente com dilatação muito pequena, a dilatação aparente
O contrário da solidificação, a fusão, também ocorre torna-se igual a dilatação real.
a essa temperatura, chamada de ponto (ou temperatura)
de fusão. Mudanças de Fases
De modo geral, cada substância apresenta um ponto
de fusão (ou de solidificação) e um ponto de ebulição (ou Os átomos da substância se encontra próximos uns
de condensação) específico. dos outros e ligados por uma forças elétricas grandes. Eles
encontram-se em constante movimentação de vibração.
Influência da pressão em torno de uma posição média de equilíbrio. Quase todos
os sólido se apresentam em forma de cristais, os átomos
Além da temperatura, a pressão também influi na mu- que os constituem são organizados de maneira regular.
dança de estado. Note que até agora falamos em ponto de Uma mesma substância pode se apresentar em estruturas
fusão e ponto de ebulição ao nível do mar. cristalinas diferentes. Um exemplo é o diamante e a grafite.
Quanto menor a pressão exercida sobre a superfície Os seus átomos não estão distribuídos em uma estrutura
de um líquido, mais fácil é a vaporização, pois as moléculas organizada.
do líquido encontram menor resistência para aandoná-lo e Líquido - Os átomos de uma substância líquida são
transformar-se em vapor. mais afastados uns dos outros do que no estado sólido. É
Vejamos, por exemplo, o caso da água. Ao nível do por este motivo que os líquidos podem escoar com uma
mar, a pressão exercida pelo ar é, como já dito anterior- facilidade, não oferece resistência à penetração e tomam a
mente, de 1 atmosfera. A água ferve então a 100ºC. Já na forma do recipiente onde são colocados.
cidade de São Paulo, por exemplo, que está a uma altitude Gasoso - A separação entre os átomos gasoso é muito
maior, a pressão atmosférica é menor, e a água ferve a cer- maior do que os sólidos é líquidos, sendo sua força nula.
da de 98ºC. O aumento de agitação dos átomo faz com que a for-
O mesmo efeito notamos na fusão. Uma alteração na ça de ligação entre os átomos seja alterada, acarretando
pressão atmosférica modifica o ponto de fusão das subs- modificações na organização e separação destes átomos.
tâncias. Uma diminuição na pressão atmosférica costuma Assim a absorção de calor por um corpo provoca mudança
provocar também uma diminuição no ponto de fusão. de fase. Estas mudanças ocorrem com uma substância re-
Com relação à fusão, no entanto, a água é uma exceção cebendo denominações como:
a essa regra. Para essa substância, um aumento na pressão - fusão - passagem de sólido para líquido
provoca uma diminuição do seu ponto de fusão. - solidificação - passagem de líquido para sólido
Um caso curioso acontece na Lua. Lá não existe ar - vaporização - passagem de líquido para gás
e, portanto, a pressão atmosférica é nula. Se levarmos - condensação (ou liquefação) - passagem de gás para
até lá um bloco de gelo e colocarmos ao sol para derre- líquido
ter, observaremos uma sublimação, isto é, a passagem - sublimação - passagem direta de sólido para gás ou
direta da água do estádo sólido para o estado gasoso. para sólido (sem passar para o estado líquido).
Como se explica esse fato?
Acontece que a ausência de pressão impede que lá Fusão - a energia recebida pelo sólido provoca au-
exista água no estado líquido. A falta de forças de pressão mento na agitação dos átomos na rede cristalina provo-
faria a água ferver, mesmo estando a qualquer tempera- cando um aumento na temperatura do corpo. Atingindo
tura. um certo grau de intensidade sendo suficiente para desfa-
zer a rede cristalina.
Dilatação dos Sólidos
Leis da Fusão
Todos os corpos sólidos, líquidos ou gasosos, se di-
latam quando a temperatura aumenta. Quando a tempe- 1ª a temperatura onde ocorre a fusão é determinada
ratura do sólido é aumentada, aumentando a agitação de para cada substância.
seus átomos, que ao vibrar afastam-se mais da posição de 2ª fornecimento de calor para que ocorra a mudança
equilíbrio. de estado. Calor este que deve ser fornecido por uma uni-
A dilatação também influi na densidade das substân- dade de massa denominada calor latente de fusão.
cias. Quando a temperatura do corpo cresce seu volume 3ª a temperatura do sólido permanece constante.
aumenta e como sua massa não varia sua densidade dimi- A solidificação acontece de forma inversa da fusão. Du-
nui. A variação de densidade causa a formação dos ventos. rante a solidificação a temperatura permanece constante
devendo assim retirar o líquido, a mesma quantidade de
Dilatação dos Líquidos calor.

66
FÍSICA

A vaporização ocorre de duas maneiras: pela evapora- Condução


ção, e pela ebulição.
A evaporação ocorre quando as moléculas de um líqui- É o processo de transmissão de calor pelo qual a ener-
do a qualquer temperatura, encontra-se em agitação em gia passa de molécula para molécula sem que elas sejam
todas as direções com velocidades variadas. Quando alcan- deslocadas. Exemplo: aquecendo-se a extremidade de uma
çam a superfície, conseguem escapar do seio do líquido. barra metálica, as moléculas passam a vibrar com maior
Ao escaparem Estas moléculas passam a se encontrarem intensidade, transmitindo essa energia adicional às molé-
muito afastadas umas das outras sendo essa força nula. culas mais próximas, que também passam a vibrar mais
A ebulição ocorre quando o líquido atinge um deter- intensamente e assim sucessivamente até alcançar a outra
minado valor observando uma rápida formação e tumul- extremidade.
tuosa de vapores. Os metais, por exemplo, são bons condutores e outras
substâncias, como a cortiça, o ar, a madeira, o gelo, a lã, o
Influência da Pressão algodão, etc., são isolantes térmicos.
Nos líquidos e nos gases, a condução térmica é baixa.
Quando um substância se funde ela aumenta de vo- Por esse motivo é que os gases são utilizados como isolan-
lume. Observa-se um aumento na pressão exercida sobre tes térmicos.
ela acarreta um aumento em sua temperatura de fusão. O
aumento da pressão diminui a temperatura de fusão. Lei da Condução Térmica
A influência da pressão na temperatura de ebulição, o
aumento da pressão acarreta um aumento na temperatura Considere dois ambientes a temperaturas 1 e 2, tais
de ebulição, dificultando a vaporização. A diminuição de que 2 > 1, separados por uma parede de área A e espessu-
pressão abaixa a temperatura da ebulição. ra e (figura abaixo)
São poucas as substâncias que sublimam nas condi-
ções ambientes, podendo ocorrer com qualquer substância
dependendo da temperatura e da pressão que está sendo
submetida.
Uma substância pode apresentar-se nos estados líqui-
dos, sólido e gasoso., dependendo da temperatura e da
pressão. Com os valores de temperatura e de pressão em
que uma substância se localiza, se encontra o diagrama de
fases permitindo determinar se ela está sólida, líquida ou
gasosa.

Transmissão de Calor

A propagação do calor efetua-se por três modos dife-


rentes: condução, convecção e irradiação. Para os três mo- A experiência mostra que: Em regime estacionário, o
dos de propagação, definimos a grandeza fluxo de calor . fluxo de calor por condução num material homogêneo é
Seja S uma superfície localizada na região onde ocorre diretamente proporcional à área da seção transversal atra-
a propagação de calor. O fluxo de calor através da superfí- vessada e à diferença de temperatura entre os extremos,
cie S é dado pela relação entre a quantidade de calor Q que e inversamente proporcional à espessura da camada con-
atravessa a superfície e o intervalo de tempo t decorrido. siderada. Esse enunciado é conhecido como lei Fourier,
expressa pela equação:

A constante de proporcionalidade K depende da na-


tureza, sendo denominada, coeficiente de condutibilida-
de térmica. Seu valor é elevado para os bons condutores,
como os metais, e baixo para os isolantes térmicos.

Exemplos:
Prata: 0,99cal/s . cm . ºC
Alumínio: 0,50cal/s . cm . ºC
Ferro: 0,16cal/s . cm . ºC
As unidades usuais de fluxo de calor são cal/s e kcal/s. Água: 0,0014cal/s . cm . ºC
Como é energia, podemos também usar a unidade watt Lã: 0,000086cal/s . cm . ºC
(W), que corresponde ao joule por segundo (J/s). Ar seco: 0,000061cal/s . cm . ºC

67
FÍSICA

Convecção (Q / ΔT) = U x A x ΔT
(Q / ΔT) = energia transferida, como calor, por segundo
É o processo de transmissão do calor, nos líquidos ou (J/s)
nos gases, por efeito das camadas aquecidas que se cha- U= coeficiente de condutividade térmica
mam correntes de convecção. Na convecção, não ocorre A= área (m²)
passagem de energia de um corpo para outro, mas movi- ΔT= diferença de temperaturas (K)
mento de partículas, levando consigo a energia de uma po-
sição para outra. Por isso, a convecção não pode ocorrer no A condutividade térmica e o coeficiente de condutivi-
dade térmica relacionam-se através da seguinte expressão:
vácuo. A convecção explica, por exemplo, as brisas maríti-
U=K/L
mas e terrestres; porque os aparelhos de ar-condicionado
devem ser instalados elevados; porque os refrigeradores A unidade U pode estar expressa em watt por metro
têm o congelador na parte superior. quadrado vezes graus Celsius (símbolo: W/m²/°C)
Condutividade Térmica Condutividade térmica de materiais a 27°C

Condutividade térmica é uma propriedade física dos


Condutividade térmica
materiais que descreve a habilidade dessa de conduzir ca- Material
lor.  E (W/m^2/°C)
Equivale a quantidade de calor Q transmitida através Prata 426
de uma espessura L, numa direção normal a superfície de Cobre 398
área A, devido ao gradiente de temperatura ΔT, sob con-
dições de estado fixo e quando a transferência de calor é Alumínio 237
dependente apenas do gradiente de temperatura. Tungsténio 178
A quantidade de calor que atravessa, por exemplo, Ferro 80,3
uma parede, por segundo, depende dos seguintes fatores:
Vidro 0,72 - 0,86
Area A Água 0,61
Tijolo 0,4 - 0,8
Madeira (pinho) 0,11 - 0,14
largura → Fibra de vidro
Espuma de poliestireno
0,046
0,033

T1 Ar
Espuma de poliuretano
0,026
0,020
T2 Calorimetria: calor, calorímetro, capacidade térmi-
ca, calor específico e equação fundamental da calori-
metria, calores sensível e latente, mudanças de estado,
equilíbrio térmico, trocas de calor e propagações do ca-
lor.
-é diretamente proporcional à área da parede (A);
Calorimetria é a parte da física que estuda as trocas
-é diretamente proporcional à diferença de temperatu-
de energia entre corpos ou sistemas quando essas trocas
ras entre o interior da habitação (T2) e o exterior (T1);
se dão na forma de calor. Calor significa uma transferên-
-é inversamente proporcional à espessura (L) da pa- cia de energia térmica de um sistema para outro, ou seja:
rede. podemos dizer que um corpo recebe calor, mas não que
(Q / ΔT) = K x A x (ΔT / L) ele possui calor. A Calorimetria é uma ramificação da ter-
(Q / ΔT) = energia transferida, como calor, por segundo mologia.
(J/s)
K= condutividade térmica (W/m.K) Calor - Energia térmica que flui de um corpo para
A= área (m²) outro em virtude da diferença de temperatura entre eles.
ΔT= diferença de temperaturas (K) Pode ser adicionado ou removido de uma substância. É
L= espessura (m) medido em calorias ou joules S.I.
Coeficiente de condutividade térmica é uma caracte-
rística da natureza do material. Corresponde à quantidade Capacidade térmica (C) - É a capacidade de um corpo
de energia, sob a forma de calor, que passa, num segundo, de mudar sua temperatura ao receber ou liberar calor. Ela é
através de 1m² de superfície, quando a diferença de tem- dada como a razão entre a quantidade de calor e a variação
peratura entre o interior e o exterior é de 1°C. de temperatura.

68
FÍSICA

Propriedades envolvidas nas trocas de Calor (Prin-


cípios da Calorimetria)
- Princípios de transformações inversas: a quantidade
de calor que um corpo recebe é igual, em módulo, à quan-
tidade de calor que um corpo cede ao voltar, pelo mesmo
- C: capacidade térmica do corpo. processo, à situação inicial.
- Q: quantidade de calor trocada pelo corpo. - Princípio do Equilíbrio Térmico: quando vários corpos
- : variação de temperatura do corpo. inicialmente a temperaturas diferentes trocam calor entre
si, e só entre si, observamos que alguns perdem enquan-
A unidade de capacidade térmica no S.I. é o J/K (joule to outros recebem calor, de tal maneira que decorrido um
por kelvin). certo tempo, todos estacionam numa mesma temperatura,
chamada temperatura de equilíbrio térmico.
- Princípio da Igualdade das Trocas de Calor: quando
Calor específico (c) - É a capacidade específica de uma
vários corpos trocam calor apenas entre si, a soma das
substância de mudar sua temperatura ao receber ou liberar
quantidades de calor que alguns cedem é igual, em mó-
calor para cada massa unitária que esta vier a se incluir. Isto
dulo, à soma das quantidades de calor que os restantes
quer dizer que a Capacidade Térmica de um corpo é dada recebem.
pelo Calor Específico da substância que o compõe e sua
massa. A unidade usual para determinar o calor específico é

e no S.I. é o J/K.kg
Unidades

C= capacidade térmica (cal/°C)


Q= quantidade de calor (cal)
∆T ou ∆Θ= variação de temperatura (K)
- c: calor específico de um dado material. c= calor específico (cal/g°C ou J/kg K)
- C: capacidade térmica da amostra deste material. M= massa (g)
- M: massa da amostra deste material. T= temperatura (°C)

Uma caloria (1 cal): é a quantidade de calor necessária Exemplo


para aquecer, sob pressão normal, 1,0 g de água de 14,5°C
1. Ao receber 6000 cal, um corpo de 250 g aumenta
a 15,5°C.
sua temperatura em 40°C, sem mudar de fase. Qual o calor
específico do material desse corpo?
Função Fundamental da Calorimetria (Quantidade Quantidade de calor sensíveis:
de Calor Sensível) Q = m.c.Δθ
6000 = 250.c.40
Ocorre mudança de temperatura nas substâncias. c = 6000/(250.40)
c = 0,6 cal/g.°C

2. Um bloco de vidro com massa de m=300g está ini-


cialmente á temperatura θi=25°C. Sabendo que o calor
- Q>0 (o corpo recebe calor) (o corpo especifico do vidro é c=0,20cal/g°C, calcule a quantidade
se aquece). de calor necessária para elevar a temperatura do bloco até
- Q<0 (o corpo cede calor) (o corpo se Θf=40°C.
esfria). Q = m.c.Δθ Q = 300.0.20.15 Q = 300.20/100.15 Q =
30.2.15 = 900cal
Quantidade de Calor Latente
3. Uma fonte térmica fornece, em cada minuto, 20 cal.
Para produzir um aquecimento de 30°C em 50g de um lí-
Ocorre mudança de estado físico nas substâncias.
quido, são necessários 15 min. Determine o calor específi-
co do líquido e a capacidade térmica dessa quantidade de
líquido.

69
FÍSICA

Capacidade Térmica:

20/1 = x/15 Q = 300 C = 300/30 C = 10 cal/°C

Calor Específico: Observações: Quando nos referimos a uma dada mas-


Q = 300 Δθ = 30ºC m = 50g sa gasosa, nas transformações, isto significa que a equação
Q = m.c.Δθ 300 = 50.c.30 300 = 1500.c c = 0,2 cal/g.ºC geral dos gases perfeitos só se aplica para massa constante
do gás, no estado inicial e final. Ao se referir a condições
Comportamento térmico dos gases: propriedades normais de temperatura e pressão, abreviadamente CNTP,
dos gases perfeitos ou ideais e leis físicas dos gases. a temperatura considerada é 273K e a pressão de 1 atm
(105 Pa). As variáveis de estado são medidas:
Variáveis de Estado T - temperatura medida no termômetro.
V - volume do gás é o volume do recipiente.
Todo gás é constituído de partículas (moléculas, áto- P - pressão medida no manômetro.
mos ou íons) que estão em contínuo movimento desorde-
nado, por isso ocupa sempre o volume total do recipiente Lei de Boyle-Mariotte:
que o contém. A pressão que o gás exerce sobre uma su-
perfície é o efeito causado pelos choques das partículas Na transformação isotérmica de uma dada massa ga-
constituintes sobre essa superfície. Com o aumento da sosa, a pressão é inversamente proporcional ao volume.
temperatura, a velocidade média das partículas constituin-
tes do gás aumenta; a pressão aumenta se o recipiente que
contém o gás conserva o mesmo volume. Sejam P (Pa), V
(m3) e T (K), respectivamente, a pressão, o volume e a tem-
peratura absoluta. As variáveis P, V e T especificam o esta-
do de uma dada massa gasosa; por isso são denominadas
variáveis de estado.

Transformações dos Gases

Uma dada massa sofre uma transformação gasosa


quando passa a um novo estado, isto é, quando ocorrem
variações nas grandezas P, V e T. Há transformações mais
simples, onde uma das grandezas é fixa, modificando-se
apenas as outras duas. Transformação isotérmica é aquela
na qual a temperatura do gás é mantida constante.

Transformação isobárica é aquela na qual a pressão do


gás é mantida constante.

Transformação isométrica ou isocórica é aquela na qual


o volume do gás é mantido constante. O diagrama anterior P x V denomina-se diagrama de
Clapeyron e a isoterma é o conjunto de todos os pontos de
mesma temperatura.

Gases Perfeitos ou Ideais

São aqueles que (só existem teoricamente) obede-


cem à risca a equação geral dos gases perfeitos. Os gases
reais apresentam comportamentos que se aproximam dos
ideais quanto mais baixa for a pressão e mais alta sua tem-
peratura.

70
FÍSICA

Lei de Charles (1ª Lei de Gay-Lussac) Termodinâmica: trabalho, energia interna, princí-
pios da Termodinâmica.
Na transformação isobárica de uma dada massa ga-
sosa, o volume é diretamente proporcional à temperatura O Calor como Energia
absoluta.
Quando dois corpos a temperatura diferente são colo-
cadas em contato, eles atingem, depois de um certo tem-
po uma mesma temperatura. Quando os corpos atingem a
mesma temperatura, o fluxo de calórico era interrompido e
eles permanecem em equilíbrio térmico.
A energia transferida de um corpo para outro em vir-
tude de uma diferença de temperatura entre eles é calor.
O termo calor é empregado para designar a energia em
trânsito, enquanto está sendo transferida de um corpo
para outro por causa da diferença de temperatura. Se um
corpo está com a temperatura mais elevada do que outro,
ele pode transferir parte dela para outro. Mesmo receben-
do outra forma de energia , a energia interna de um corpo
pode aumentar sem que o corpo receba calor. O aumento
da energia interna, ocorre pelo fato da energia mecânica
transferida à água.

Transferência de Calor

A transmissão de calor é denominado condução. A


maior parte do calor é transferido através dos corpos sóli-
dos é transmitida de um ponto para outro por condução.
Lei de Charles (2ª Lei de Gay-Lussac) Se a temperatura do ambiente for baixa, esta transmissão
se faz com maior rapidez
Na transformação isométrica (isocórica) de uma dada A transferência de calor nos líquidos e gases podem
massa gasosa, a pressão é diretamente proporcional à ser feitas por condução, mas é pelo processo de convecção
temperatura absoluta. que responsável pela maior parte de calor transferido atra-
vés dos fluidos.

Capacidade Térmica de Calor Específico

Quando se fornece a mesma quantidade de calor a um


outro corpo, verificamos a elevação de temperatura dife-
rente. Este processo e definido por capacidade térmica.
O calor específico da água é maior que os calores es-
pecíficos de quase todas as substâncias.

Trabalho em uma Variação de Volume

Na física, sistema é usado para designar corpo. Tudo


aquilo que pertence ao sistema, o resto do universo, é a
vizinhança do sistema.
Um sistema pode trocar energia sob a forma de calor
ou pela realização de trabalho. Quando há um diferença
de temperatura entre o sistema e a vizinhança uma certa
quantidade de calor pode ser transferida de um outro.
Trabalho Positivo e Trabalho Negativo

Trabalho Positivo é sempre que um sistema aumenta


de volume.
Trabalho Negativo quando o sistema realiza um traba-
lho o seu volume é reduzido.

71
FÍSICA

Primeira Lei da Termodinâmica Assim temos enunciada a primeira lei da termodinâmi-


ca: a variação de energia interna ΔU de um sistema é igual
Essa energia representa a soma das diversas formas a diferença entre o calor Q trocado com o meio externo e
de energia de um corpo possuem. Quando um sistema vai o trabalho t por ele realizado durante uma transformação.
do estado inicial a outro estado final ele geralmente troca Aplicando a lei de conservação da energia, temos:
energia com a sua vizinhança. Com isso a energia sofre va- ΔU= Q – t à Q = ΔU + t
riações passando de valor inicial para valor final.
* Q à Quantidade de calor trocado com o meio:
Transformações Adiabáticas Q > 0 à o sistema recebe calor;
Q < 0 à o sistema perde calor.
Quando um gás se expande ele não pode ceder nem * ΔU à Variação da energia interna do gás:
receber calor da vizinhança. Uma transformação em que o ΔU > 0 à a energia interna aumenta, portanto, sua tem-
sistema não troca calor com a vizinhança. Se a transforma- peratura aumenta;
ção é muito rápida, a quantidade de calor que o sistema ΔU < 0 à a energia interna diminui, portanto, sua tem-
poderá ceder ou absorver é muito pequena. peratura diminui.
* t à Energia que o gás troca com o meio sob a forma
Transformações Isotérmicas de trabalho:
t > 0 à o gás fornece energia ao meio, portanto, o vo-
Se o trabalho que o gás realiza for igual ao calor que lume aumenta;
ele absorve. A energia interna permanece constante indi- t < 0 à o gás recebe energia do meio, portanto, o vo-
cando que a temperatura não sofreu alterações, assim o lume diminui.
gás se expandiu isotermicamente, recebendo uma quanti-
dade de calor igual ao trabalho realizado na expansão. Termodinâmica é a área da física que estuda a trans-
formação de energia térmica em energia mecânica ou vice-
Calor Absorvido por um Gás versa. Um fato importante de falarmos nesse tema, é que
está intimamente ligado ao trabalho de uma força, bem
Quando massas iguais de um mesmo gás é aqueci- como a temperatura, volume e energia interna de um gás
do uma dela o volume é constante e na outra a pressão é perfeito.
constante. Para as duas a mesma elevação de temperatura, No estudo da termodinâmica temos que, para um de-
a quantidade de calor que fornecemos a pressão constante terminado gás, podemos calcular o trabalho da força exer-
é maior do que aquela que devemos fornecer a volume cida por ele. Para isso, vamos imaginar um vaso com um
constante. êmbolo móvel na parte superior (uma seringa, por exem-
plo), de forma que este possa se mover sempre que ne-
Calorímetro cessário.
Quando aplicamos uma força F sobre o embolo esta
Calorímetro é um aparelho usado na medida do ca- pode ser expressa pela equação F = P . A, onde P é a pres-
lor trocado entre corpos, podendo obter como resultado são exercida sobre a área de contato (A). Sobre o trabalho
dessa medida, o calor específico de uma substância qual- de uma força, sabemos que ele é descrito pelo produto en-
quer. quando um ou mais corpos são colocados no interior tre a força e a variação do espaço promovida pelo mesmo,
de um calorímetro, sendo suas temperaturas diferentes da logo temos que,
temperatura dos corpos existentes, havendo assim troca de
calor entre eles alcançando assim o equilíbrio térmico.
A primeira lei da termodinâmica nada mais é que
o princípio da conservação de energia e, apesar de ser
estudado para os gases, pode ser aplicado em quaisquer
processos em que a energia de um sistema é trocado com
o meio externo na forma de calor e trabalho. Porém temos que
Quando fornecemos a um sistema certa quantidade de
energia Q, esta energia pode ser usada de duas maneiras: Portanto:
1. Uma parte da energia pode ser usada para o sistema
realizar um trabalho (t), expandindo-se ou contraindo-se, Podemos também, calcular o trabalho através da área
ou também pode acontecer de o sistema não alterar seu do gráfico expresso no plano P x Δv, conforme a figura.
volume (t = 0);
2. A outra parte pode ser absorvida pelo sistema, viran-
do energia interna, ou seja, essa outra parte de energia é
igual à variação de energia (ΔU) do sistema. Se a variação
de energia for zero (ΔU = 0) o sistema utilizou toda a ener-
gia em forma de trabalho.
ΔU= Q – t

72
FÍSICA

A óptica geométrica fundamentalmente estuda o fenô-


5.7 ÓPTICA: LUZ - FENÔMENOS meno da reflexão luminosa e o fenômeno da refração lu-
LUMINOSOS, TIPOS DE FONTES E MEIOS minosa. O primeiro fenômeno tem sua máxima expressão
DE PROPAGAÇÃO. PRINCÍPIOS DA ÓPTICA no estudo dos espelhos, enquanto que o segundo, tem nas
GEOMÉTRICA. SOMBRA E lentes o mesmo papel. Durante sua propagação no espaço,
a onda propicia fenômenos que acontecem naturalmente
PENUMBRA. REFLEXÃO - CONCEITO, LEIS E
e frequentemente.
ESPELHOS PLANOS E ESFÉRICOS. REFRAÇÃO: O conhecimento dos fenômenos ondulatórios culmi-
CONCEITO, LEIS, LÂMINAS, PRISMAS E nou em várias pesquisas de importantes cientistas, como
LENTES. OLHO HUMANO - PRINCIPAIS Christiaan Huygens e Thomas Young, estes defendiam que
DEFEITOS DA VISÃO. a luz tinha características ondulatórias e não corpusculares
INSTRUMENTOS ÓPTICOS. como Isaac Newton acreditava, isso foi possível mediante
a uma importante experiência feita por Young, a da “Dupla
fenda”, baseada no fenômeno de interferência e difração
A Óptica Geométrica ocupa-se de estudar a propaga- (veja a figura Fig.1), inerente às ondas. Mais tarde, um ou-
ção da luz com base em alguns postulados simples e sem tro cientista célebre chamado Heinrich Rudolf Hertz, runes-
grandes preocupações com sua natureza, se ondulatória cape fotoelétrico que foi muito bem entendido e explicado
ou particular. pelo físico Albert Einstein, o que lhe rendeu o Nobel de
Física. Essa contradição permitiu à luz ter caráter dualista,
ou seja, ora se comporta como onda ora como partícula.
Princípios
Outro exemplo importante foi o de Gauss, no campo da
Os princípios em que se baseia a Óptica Geométrica óptica, com suas descobertas e teorias sobre a reflexão da
são três: Propagação Retilínea da Luz: Em um meio ho- luz em espelhos esféricos e criador das fórmulas que per-
mogêneo e transparente a luz se propaga em linha reta. mite calcular a altura e distancia de uma imagem do espe-
Cada uma dessas “retas de luz” é chamada de raio de luz. lho com relação ao objeto.
Independência dos Raios de Luz: Quando dois raios de luz
se cruzam, um não interfere na trajetória do outro, cada Reflexão
um se comportando como se o outro não existisse. Rever- Há muitos séculos, curiosos gregos como Heron de
sibilidade dos Raios de Luz: Se revertermos o sentido de Alexandria tentavam desvendar os mistérios da natureza,
propagação de um raio de luz ele continua a percorrer a em especial a ele a reflexão luminosa. Atualmente os co-
mesma trajetória, em sentido contrário. nhecimentos adquiridos sobre este campo culminaram,
O princípio da propagação retilínea da luz pode ser ve- em parte, na contemporânea mecânica quântica, cientistas
rificado no fato de que, por exemplo, um objeto quadrado como Niels Bohr (com seu modelo atômico mais comple-
projeta sobre uma superfície plana, uma sombra também xo) perpassaram por estudos na área da reflexão, quando
um de seus postulados dizia que fótons poderiam intera-
quadrada. O princípio da independência pode ser observa-
gir com os elétrons da camada mais exterior da eletrosfera
do, por exemplo, em peças de teatro no momento que ho-
de um átomo, excitando-os e proporcionando-os a estes
lofotes específicos iluminam determinados atores no palco.
os chamados saltos quânticos que resultariam na “devo-
Mesmo que os atores troquem suas posições nos palcos lução” da radiação(pacote destes fótons) incidente. A re-
e os feixes de luz sejam obrigados a se cruzar, ainda sim flexão, no entanto, não vale só para as ondas luminosas
os atores serão iluminados da mesma forma, até mesmo, e sim para todas as ondas, ou seja, acústica, do mar, etc.
por luzes de cores diferentes. O terceiro princípio pode ser Tomando como exemplo ondas originadas de inúmeras
verificado por exemplo na situação em que um motoris- perturbações superficiais (pulsos) periódicas em um balde
ta de táxi e seu passageiro, este último no banco de trás, largo e comprido de água inerte (parada), percebe-se que
conversam, um olhando para o outro através do espelho as ondas se propagam no meio “batem” nas paredes do
central retrovisor. recipiente e “voltam” sem sofrerem perdas consideráveis
O domínio de validade da óptica geométrica é o de a de energia, esse fenômeno é chamado de reflexão. Os es-
escala em estudo ser muito maior do que o comprimento tudos do grego Alexandria resultaram na conclusão de que
as ondas luminosas, natureza de onda estudada por ele,
de onda da luz considerada e em que as fases das diver-
incidiam sobre um espelho e eram refletidas, e ainda que
sas fontes luminosas não têm qualquer correlação entre si.
o ângulo de incidência é igual ao de reflexão. Esta teoria,
Assim, por exemplo é legítimo utilizar a óptica geométrica aceita até os dias atuais, é valida para todas as naturezas de
para explicar a refração mas não a difração. Todos os três onda, com exceção à acústica, por se propagar em todas as
princípios podem ser derivados do Princípio de Fermat, de direções (tridimensional).
Pierre de Fermat, que diz que quando a luz vai de um pon-
to a outro, ela segue a trajetória que minimiza o tempo Refração
do percurso (tal princípio foi utilizado por Bernoulli para Propagando-se numa corda de menor densidade,
resolver o problema da braquistócrona. Note a semelhança quando um pulso passa para outra de maior densidade,
entre os enunciados do princípio e do problema). está sofrendo uma refração.

73
FÍSICA

Leis da refração A figura acima representa um dioptro plano, na sepa-


1.Os raios de onda incidente, refratado e normal são ração entre a água e o ar, que são dois meios homogêneos
coplanares. e transparentes.
2.Lei de Snell - Descartes: a frequência e a fase não
variam. A velocidade de propagação e o comprimento de Formação de imagens através de um dioptro
onda variam na mesma proporção.
Considere um pescador que vê um peixe em um lago.
Difração O peixe encontra-se a uma profundidade H da superfície
Uma onda quando perpassa um obstáculo que possui a da água. O pescador o vê a uma profundidade h. Conforme
mesma ordem de grandeza de seu comprimento de onda, mostra a figura abaixo:
apresenta um fenômeno denominado difração, modifican-
do sua direção de propagação e contornando um obstácu-
lo. Esse fenômeno foi estudado pelo físico Thomas Young e
representado em sua experiência junto ao de interferência
- utilizado pra provar a característica ondulatória da luz. Se
uma pessoa tentar se comunicar com outra, sendo estes
separados por uma parede espessa e relativamente alta, os
dois se ouvirão em uma conversa, isso é possível graças ao
fenômeno de difração, pois como a onda sonora possui um
comprimento de onda na escala métrica, esta contornar a
parede e atingir os ouvidos dos indivíduos. A luz não po-
deria contornar a parede, pois possui um comprimento de
onda na escala manométrica o que faz os indivíduos não se
verem apenas se escutarem.
A fórmula que determina esta distância é:
Interferência
É quando duas ondas, simultaneamente, se propagam ! !!
no mesmo meio. Denomina-se então uma superposição de
=! !
ℎ !!
ondas. Quando ocorre o encontro entre duas cristas ambas
aumentam sua amplitude. Quando dois vales se encontram Prisma
sua amplitude é igualmente aumentada e os dois abaixam
naquele ponto. Quando um vale e uma crista encontram- Um prisma é um sólido geométrico formado por uma
se, ambos irão querer puxar cada elevação para o seu lado. face superior e uma face inferior paralelas e congruentes
Se as amplitudes forem iguais elas se cancelam (a=0). Se as (também chamadas de bases) ligadas por arestas. As late-
amplitudes foram diferentes elas se subtraem. rais de um prisma são paralelogramos. No entanto, para o
contexto da óptica, é chamado prisma o elemento óptico
Polarização transparente com superfícies retas e polidas que é capaz
A polarização é um fenômeno que pode ocorrer apenas de refratar a luz nele incidida. O formato mais usual de um
com ondas transversais, aquelas em que a direção de vibra- prisma óptico é o de pirâmide com base quadrangular e
ção é perpendicular à de propagação, como a produzida em lados triangulares.
uma corda esticada. A onda é chamada polarizada quando
a vibração ocorre em uma única direção. Polarizar uma onda
significa orientá-la em uma única direção ou plano.

Dioptro
É todo o sistema formado por dois meios homogêneos
e transparentes. Quando esta separação acontece em um
meio plano, chamamos então, dioptro plano.

A aplicação usual dos prismas ópticos é seu uso para


separar a luz branca policromática nas sete cores mono-
cromáticas do espectro visível, além de que, em algumas
situações poder refletir tais luzes.

74
FÍSICA

Funcionamento do prisma Lentes esféricas divergentes

Quando a luz branca incide sobre a superfície do pri- Em uma lente esférica com comportamento divergen-
ma, sua velocidade é alterada, no entanto, cada cor da luz te, a luz que incide paralelamente entre si é refratada, to-
branca tem um índice de refração diferente, e logo ângulos mando direções que divergem a partir de um único ponto.
de refração diferentes, chegando à outra extremidade do Tanto lentes de bordas espessas como de bordas finas po-
prima separadas. dem ser divergentes, dependendo do seu índice de refra-
ção em relação ao do meio externo.
Tipos de prismas O caso mais comum é o que a lente tem índice de refra-
ção maior que o índice de refração do meio externo. Nesse
- Prismas dispersivos são usados para separar a luz em caso, um exemplo de lente com comportamento divergen-
suas cores de espectro. te é o de uma lente bicôncava (com bordas espessas):
- Prismas refletivos são usados para refletir a luz.
- Prismas polarizados podem dividir o feixe de luz em
componentes de variadas polaridades.

Lentes esféricas convergentes

- Em uma lente esférica com comportamento conver-


gente, a luz que incide paralelamente entre si é refratada,
tomando direções que convergem a um único ponto.
- Tanto lentes de bordas finas como de bordas espes-
sas podem ser convergentes, dependendo do seu índice de
refração em relação ao do meio externo.
- O caso mais comum é o que a lente tem índice de
refração maior que o índice de refração do meio externo. Já o caso menos comum ocorre quando a lente tem
Nesse caso, um exemplo de lente com comportamento menor índice de refração que o meio. Nesse caso, um
convergente é o de uma lente biconvexa (com bordas fi- exemplo de lente com comportamento divergente é o de
nas): uma lente biconvexa (com bordas finas):

Já o caso menos comum ocorre quando a lente tem


menor índice de refração que o meio. Nesse caso, um
Física - Óptica da Visão
exemplo de lente com comportamento convergente é o de
uma lente bicôncava (com bordas espessas):
Na Física, o estudo do comportamento dos raios lumi-
nosos em relação ao globo ocular é conhecido como óp-
tica da visão. Para entender a óptica da visão será neces-
sário estudar, anteriormente, a estrutura do olho humano.
Nossos olhos são constituídos de vários meios trans-
parentes que levam os raios luminosos até a retina (onde
formam-se as imagens).

75
FÍSICA

Observe a figura abaixo: Acomodação visual

As pessoas que tem visão considerada normal, emé-


tropes, têm a capacidade de acomodar objetos de distân-
cias de 25 cm em média, até distâncias no infinito visual.

Ponto próximo

A primeira distância (25cm) corresponde ao ponto pró-


ximo, que é a mínima distância que um pessoa pode enxer-
gar corretamente. O que caracteriza esta situação é que os
músculos ciliares encontram-se totalmente contraídos.

Neste caso, pela equação de Gauss:

Considerando o olho com distância entre a lente e a


retina de 15mm, ou seja, p’=15mm:
Na óptica da visão é importante entender a função das
partes mais importantes na formação de imagens no globo
ocular. Vamos ver estas partes e suas funções:
O cristalino funciona como uma lente convergente bi-
convexa.
A pupila funciona como um diafragma, controlando a
quantidade de luz que penetra no olho.
Os músculos ciliares alteram a distância focal do crista-
lino, comprimindo-o.
A retina é a parte do olho sensível à luz. É nesta região
que se formam as imagens. Neste caso, o foco da imagem será encontrado 14,1mm
Para que o olho consiga formar uma imagem com ni- distante da lente.
tidez, um objeto é focalizado variando-se a forma do cris-
talino. Essa variação da distância focal do cristalino é feita Ponto remoto
pelos músculos ciliares, através de uma maior ou menor
compressão destes sobre o cristalino. Esse processo é cha- Quanto a distância infinita, corresponde ao ponto re-
moto, que a distância máxima alcançada para uma ima-
mado de acomodação visual.
gem focada. Nesta situação os músculos cilires encontram-
O sistema óptico do globo ocular forma uma imagem
se totalmente relaxados.
real e invertida no fundo do olho, mais precisamente na
retina. Como esta região é sensível à luz, as informações lu- Da mesma forma que para o ponto próximo, podemos
minosas são transformadas em sinais elétricos que escoam utilizar a equação de Gauss, para determinar o foco da ima-
pelo nervo óptico até o centro da visão (região do cérebro). gem.
O cérebro trata de decodificar estes sinais elétricos e nos
mostrar a imagem do objeto focalizado.

Adaptação visual

Chama-se adaptação visual a capacidade apresentada


pela pupila de se adequar a luminosidade de cada ambien- No entanto, é um valor indeterminado, mas se
te, comprimindo-se ou dilatando-se.
pensarmos que infinito corresponde a um valor muito alto,
Em ambientes com grande luminosidade a pupila pode veremos que esta divisão resultará em um valor muito pe-
atingir um diâmetro de até 1,5mm, fazendo com que en- queno, podendo ser desprezado. Assim, teremos que:
tre menos luz no globo ocular, protegendo a retina de um
possível ofuscamento. Já em ambientes mais escuros, a pu-
pila se dilata, atingindo diâmetro de até 10mm. Assim a
incidência de luminosidade aumenta no globo ocular, pos-
sibilitando a visão em tais ambientes.

76
FÍSICA

Ilusão de Óptica
5.8 ELETRICIDADE: CONCEITO E PROCESSOS
Ilusão de óptica são imagens que enganam momen- DE ELETRIZAÇÃO E
taneamente o cérebro deixando o inconsciente confuso PRINCÍPIOS DA ELETROSTÁTICA. FORÇA
e fazendo com que este capte ideias falsas, preenchendo
ELÉTRICA. CAMPO,
espaços que não ficam claros à primeira vista. Podem ser
fisiológicas quando surgem naturalmente ou cognitivas
TRABALHO E POTENCIAL ELÉTRICOS. LEI
quando se cria com artifícios visuais. DE COULOMB. CAPACIDADE ELÉTRICA.
Uma das mais famosas imagens, que causa ilusão de CAPACITORES E ASSOCIAÇÕES. CAMPO
óptica, foi criada em 1915 pelo cartunista W. E. Hill. Nesta ELÉTRICO. LINHAS DE FORÇA. LEI DE
figura duas imagens podem ser vistas. Uma é uma garota, GAUSS. POTENCIAL ELÉTRICO. DIFERENÇA
posicionada de perfil olhando para longe, a outra é o rosto DE POTENCIAL E TRABALHO NUM
de uma senhora idosa que olha para o chão. CAMPO ELÉTRICO. CORRENTE ELÉTRICA -
CONCEITO, EFEITOS E TIPOS, CONDUTORES
E ISOLANTES. LEIS DE OHM, RESISTORES E
ASSOCIAÇÕES E PONTE DE WHEATSTONE.
CIRCUITOS ELÉTRICOS. GERADORES E
RECEPTORES. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO
ELÉTRICA.

A eletricidade é um termo geral que abrange uma va-


riedade de fenômenos resultantes da presença e do fluxo
de carga elétrica. Esses incluem muitos fenômenos facil-
mente reconhecíveis, tais como relâmpagos, eletricidade
estática, e correntes elétricas em fios elétricos. Além disso,
a eletricidade engloba conceitos menos conhecidos, como
o campo eletromagnético e indução eletromagnética.
A palavra deriva do termo em neolatim “ēlectricus”, que
por sua vez deriva do latim clássico “electrum”, “amante
do âmbar”, termo esse cunhado a partir do termo grego
ήλεκτρον (elétrons) no ano de 1600 e traduzido para o
português como âmbar. O termo remonta às primeiras ob-
servações mais atentas sobre o assunto, feitas esfregando-
se pedaços de âmbar e pele.
No uso geral, a palavra “eletricidade” se refere de for-
ma igualmente satisfatória a uma série de efeitos físicos.
Em um contexto científico, no entanto, o termo é muito
geral para ser empregado de forma única, e conceitos dis-
tintos contudo a ele diretamente relacionados são usual-
mente melhor identificadas por termos ou expressões es-
pecíficos. Alguns conceitos importantes com nomenclatura
específica que dizem respeito à eletricidade são:
- Carga elétrica: propriedade das partículas subatômi-
cas que determina as interações eletromagnéticas dessas.
Matéria eletricamente carregada produz, e é influenciada
por, campos eletromagnéticos. Unidade SI (Sistema In-
ternacional de Unidades): ampère segundo (A.s), unidade
também denominada coulomb (C).
- Campo elétrico: efeito produzido por uma carga no
espaço que a contém, o qual pode exercer força sobre
outras partículas carregadas. Unidade SI: volt por metro
(V/m); ou newton por coulomb (N/C), ambas equivalentes.
- Potencial elétrico: capacidade de uma carga elétrica
de realizar trabalho ao alterar sua posição. A quantidade de
energia potencial elétrica armazenada em cada unidade de
carga em dada posição. Unidade SI: volt (V); o mesmo que
joule por coulomb (J/C).

77
FÍSICA

- Corrente elétrica: quantidade de carga que ultrapas- - Elementos químicos diferentes indicam átomos com
sa determinada secção por unidade de tempo. Unidade SI: massas, tamanhos e propriedades diferentes.
ampère (A); o mesmo que coulomb por segundo (C/s). - Substâncias diferentes são resultantes da combina-
- Potência elétrica: quantidade de energia elétrica con- ção de átomos de elementos diversos.
vertida por unidade de tempo. Unidade SI: watt (W); o mes- - A origem de novas substâncias está relacionada ao
mo que joules por segundo (J/s). rearranjo dos átomos, uma vez que eles não são criados e
- Energia elétrica: energia armazenada ou distribuída nem destruídos.
na forma elétrica. Unidade SI: a mesma da energia, o joule A madeira, a argila, a água, o ferro são exemplos de
(J). matéria, podemos vê-los e tocá-los, mas existem matérias
- Eletromagnetismo: interação fundamental entre o que não podem ser vistas e nem sentidas, é o caso do ar
campo magnético e a carga elétrica, estática ou em mo- que respiramos e que enche nossos pulmões. O calor que
vimento. sentimos, as cores, os nossos sentimentos, os sonhos, ne-
O uso mais comum da palavra “eletricidade” atrela-se
nhum deles é matéria, já que não são materiais.
à sua acepção menos precisa, contudo. Refere-se a: Energia
Através da matéria podemos dar origem a materiais
elétrica (referindo-se de forma menos precisa a uma quan-
(objetos). Exemplificando seria assim: com um pedaço de
tidade de energia potencial elétrica ou, então, de forma
madeira o carpinteiro faz um móvel. Ao relacionarmos ma-
mais precisa, à energia elétrica por unidade de tempo) que
é fornecida comercialmente pelas distribuidoras de ener- téria com o exemplo, ficaria assim:
gia elétrica. Em um uso flexível contudo comum do termo, Madeira – matéria
“eletricidade” pode referir-se à “fiação elétrica”, situação tábua – corpo
em que significa uma conexão física e em operação a uma mesa – objeto
estação de energia elétrica. Tal conexão garante o acesso
do usuário de “eletricidade” ao campo elétrico presente na Surge assim outra definição, a de corpo e objeto: Cor-
fiação elétrica, e, portanto, à energia elétrica distribuída por po é qualquer porção limitada de matéria e objeto, é aquilo
meio desse. que o corpo se transforma quando é trabalhado.
Embora os primeiros avanços científicos na área re- Mais exemplos: o escultor usa um pedaço de mármore
montem aos séculos XVII e XVIII, os fenômenos elétricos (corpo) para fazer uma estátua (objeto). O ourives faz um
têm sido estudados desde a antiguidade. Contudo, antes anel (objeto), de uma barra (corpo) de ouro (matéria).
dos avanços científicos na área, as aplicações práticas para
a eletricidade permaneceram muito limitadas, e tardaria CONDUTORES E ISOLANTES
até o final do século XIX para que os engenheiros fossem
capazes de disponibilizá-la ao uso industrial e residencial, Em alguns tipos de átomos, especialmente os que
possibilitando assim seu uso generalizado. A rápida ex- compõem os metais - ferro, ouro, platina, cobre, prata e
pansão da tecnologia elétrica nesse período transformou outros -, a última órbita eletrônica perde um elétron com
a indústria e a sociedade da época. A extraordinária versa- grande facilidade. Por isso seus elétrons recebem o nome
tilidade da eletricidade como fonte de energia levou a um de elétrons livres.
conjunto quase ilimitado de aplicações, conjunto que em Estes elétrons livres se desgarram das últimas órbitas
tempos modernos certamente inclui as aplicações nos se- eletrônicas e ficam vagando de átomo para átomo, sem
tores de transportes, aquecimento, iluminação, comunica- direção definida. Mas os átomos que perdem elétrons tam-
ções e computação. A energia elétrica é a espinha dorsal da bém os readquirem com facilidade dos átomos vizinhos,
sociedade industrial moderna, e deverá permanecer assim para voltar a perdê-los momentos depois. No interior dos
no futuro tangível.
metais os elétrons livres vagueiam por entre os átomos, em
Eletrostática é o ramo da eletricidade que estuda as
todos os sentidos.
propriedades e o comportamento de cargas elétricas em
repouso, ou que estuda os fenômenos do equilíbrio da
eletricidade nos corpos que de alguma forma se tornam
carregados de carga elétrica, ou eletrizados.

CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA, PARTÍCULA FUNDA-


MENTAIS

Tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço


pode ser definido como sendo matéria. Toda matéria é for-
mada por pequenas partículas, designadas átomos. Segun-
do a teoria atômica de Dalton podemos definir que:
- A matéria é constituída de pequenas partículas esféri- Devido à facilidade de fornecer elétrons livres, os me-
cas, maciças e indivisíveis, denominadas de átomos. tais são usados para fabricar os fios de cabos e aparelhos
- Elemento químico é composto de um conjunto de elétricos: eles são bons condutores do fluxo de elétrons li-
átomos com as mesmas massas e tamanhos. vres.

78
FÍSICA

Já outras substâncias - como o vidro, a cerâmica, o O cientista francês Charles Coulomb conseguiu estabe-
plástico ou a borracha - não permitem a passagem do fluxo lecer experimentalmente uma expressão matemática que
de elétrons ou deixam passar apenas um pequeno número nos permite calcular o valor da força entre dois pequenos
deles. Seus átomos têm grande dificuldade em ceder ou corpos eletrizados. Coulomb verificou que o valor dessa
receber os elétrons livres das últimas camadas eletrônicas. força (seja de atração ou de repulsão) é tanto maior quan-
São os chamados materiais isolantes, usados para recobrir to maiores forem os valores das cargas nos corpos, e tanto
os fios, cabos e aparelhos elétricos. menor quanto maior for a distância entre eles. Ou seja: a
força com que duas cargas se atraem ou repelem é propor-
cional às cargas e inversamente proporcional ao quadrado
da distância que as separa. Assim, se a distância entre duas
cargas é dobrada, a força de uma sobre a outra é reduzida
a um quarto da força original.
Para medir as forças, Coulomb aperfeiçoou o método
de detectar a força elétrica entre duas cargas por meio da
torção de um fio. A partir dessa idéia criou um medidor
de força extremamente sensível, denominado balança de
torção.

Lei de Coulomb
Os fenômenos elétricos e magnéticos só começaram a
ser compreendidos no final do século XVIII, quando prin-
Essa distinção das substâncias em condutores e iso- cipiaram os experimentos nesse campo. Em 1785, o físico
lantes se aplica não apenas aos sólidos, mas também aos francês Charles de Coulomb confirmou, pela primeira vez
líquidos e aos gases. Dentre os líquidos, por exemplo, são de forma experimental, que as cargas elétricas se atraem
ou se repelem com uma intensidade inversamente propor-
bons condutores as soluções de ácidos, de bases e de sais;
cional ao quadrado da distância que as separa. A possibili-
são isolantes muitos óleos minerais. Os gases podem se
dade de manter uma força eletromotriz capaz de impulsio-
comportar como isolantes ou como condutores, depen-
nar de forma contínua partículas eletricamente carregadas
dendo das condições em que se encontrem.
chegou com o desenvolvimento da bateria de pilha quími-
ca em 1800, pelo físico italiano Alessandro Volta.
Condutores E Isolantes
O cientista francês André Marie Ampère demonstrou
O que determina se um material será bom ou mau con-
experimentalmente que dois cabos por onde circula uma
dutor térmico são as ligações em sua estrutura atômica ou
corrente exercem uma influência mútua igual à dos pó-
molecular. Assim, os metais são excelentes condutores de los de um ímã. Em 1831, o físico e químico britânico Mi-
calor devido ao fato de possuírem os elétrons mais exter- chael Faraday descobriu que podia induzir o fluxo de uma
nos “fracamente” ligados, tornando-se livres para transpor- corrente elétrica num condutor em forma de espiral, não
tar energia por meio de colisões através do metal. Por ou- conectado a uma bateria, movendo um ímã em suas pro-
tro lado temos que materiais como lã, madeira, vidro, papel ximidades ou colocando perto outro condutor, pelo qual
e isopor são maus condutores de calor (isolantes térmicos), circulava uma corrente variável.
pois, os elétrons mais externos de seus átomos estão fir- Coulomb, Charles de (1736-1806), físico francês e pio-
memente ligados. neiro na teoria elétrica. Em 1777, inventou a balança de
Os líquidos e gases, em geral, são maus condutores torção para medir a força da atração magnética e elétrica.
de calor. O ar, por exemplo, é um ótimo isolante térmico. A unidade de medida de carga elétrica recebeu o nome de
Por este motivo quando você põe sua mão em um forno Coulomb em sua homenagem (ver Unidades elétricas).
quente, não se queima. Entretanto, ao tocar numa forma Unidades elétricas, unidades empregadas para medir
de metal dentro dele você se queimaria, pois, a forma me- quantitativamente toda espécie de fenômenos eletrostáti-
tálica conduz o calor rapidamente. cos e eletromagnéticos, assim como as características ele-
A neve é outro exemplo de um bom isolante térmico. tromagnéticas dos componentes de um circuito elétrico. As
Isto acontece porque os flocos de neve são formados por unidades elétricas empregadas estão definidas no Sistema
cristais, que se acumulam formando camadas fofas apri- Internacional de unidades.
sionando o ar e dessa forma dificultando a transmissão do A unidade de intensidade de corrente é o ampère. A da
calor da superfície da Terra para a atmosfera. carga elétrica é o coulomb, que é a quantidade de eletri-
cidade que passa em um segundo por qualquer ponto de
FORÇA DA LEI DE COULOMBI um circuito através do qual flui uma corrente de um ampè-
re. O volt é a unidade de diferença de potencial. A unidade
As forças entre cargas elétricas são forças de campo, de potência elétrica é o watt.
isto é, forças de ação à distância, como as forças gravita- A unidade de resistência é o ohm, que é a resistência
cionais (com a diferença que as gravitacionais são sempre de um condutor em que uma diferença de potencial de um
forças atrativas). volt produz uma corrente de um ampère. A capacidade de

79
FÍSICA

um condensador é medida em farad: um condensador de e corrente alternada (CA), se flui alternativamente em um


um farad tem uma diferença de potencial de um volt entre e outro sentido. Em função da resistência que oferece um
suas placas quando estas apresentam uma carga de um material à passagem da corrente, podemos classificá-lo em
coulomb. condutor, semicondutor e isolante.
O Henry é a unidade de indutância, a propriedade O fluxo de carga ou intensidade da corrente que per-
de um circuito elétrico em que uma variação na corrente corre um cabo é medido pelo número de coulombs que
provoca indução no próprio circuito ou num circuito vizi- passam em um segundo por uma seção determinada do
nho. Uma bobina tem uma auto-indutância de um Henry cabo. Um Coulomb por segundo equivale a 1 ampère,
quando uma mudança de um ampère/segundo na corren- unidade de intensidade de corrente elétrica cujo nome é
te elétrica que a atravessa provoca uma força eletromotriz uma homenagem ao físico francês André Marie Ampère.
oposta de um volt. Quando uma carga de 1 coulomb se desloca através de
Lei de Coulomb, lei que governa a interação eletros- uma diferença de potencial de 1 volt, o trabalho realizado
tática entre duas cargas pontuais, descrita por Charles de corresponde a 1 joule. Essa definição facilita a conversão de
Coulomb. Entre as muitas manifestações da eletricidade, quantidades mecânicas em elétricas.
encontramos o fenômeno da atração ou repulsão entre A primeira constatação de que a interação entre cargas
dois ou mais corpos eletricamente carregados que se en- elétricas obedece à lei de força
contram em repouso.
De modo geral, estas forças de atração ou repulsão
estáticas têm uma forma matemática muito complicada.
No entanto, no caso de dois corpos carregados que têm
tamanho desprezível em relação à distância que os separa,
a força de atração ou repulsão estática entre eles assume onde r é a distância entre as cargas F e é o módulo
uma forma muito simples, que é chamada lei de Coulomb. da força, foi feita por Priestley em 1766. Priestley observou
A lei de Coulomb afirma que a intensidade da força F que um recipiente metálico carregado, não possui cargas
entre duas cargas pontuais Q1 e Q2 é diretamente propor- na superfície interna, 1, não exercendo forças sobre uma
cional ao produto das cargas, e inversamente proporcional carga colocada dentro dele. A partir deste fato experimen-
ao inverso do quadrado da distância R que as separa. tal, pode-se deduzir matematicamente a validade de (1) O
Eletricidade, categoria de fenômenos físicos origina- mesmo tipo de dedução pode ser feita na gravitação, para
dos pela existência de cargas elétricas e pela sua intera- mostrar que dentro de uma cavidade não há força gravi-
ção. Quando uma carga elétrica encontra-se estacionária, tacional.
ou estática, produz forças elétricas sobre as outras cargas Medidas diretas da lei (1) foram realizadas em 1785 por
situadas na mesma região do espaço; quando está em mo- Coulomb , utilizando um aparato denominado balança de
vimento, produz, além disso, efeitos magnéticos. torção . Medidas modernas mostram que supondo uma lei
dada por
Os efeitos elétricos e magnéticos dependem da posi-
ção e do movimento relativos das partículas carregadas.
No que diz respeito aos efeitos elétricos, essas partículas
podem ser neutras, positivas ou negativas (ver Átomo).
A eletricidade se ocupa das partículas carregadas positi- Então
vamente, como os prótons, que se repelem mutuamente,
e das partículas carregadas negativamente, como os elé-
trons, que também se repelem mutuamente (ver Elétron;
Próton).
Em troca, as partículas negativas e positivas se atraem
entre si. Esse comportamento pode ser resumido dizendo- O resultado completo obtido por Coulomb pode ser
se que cargas do mesmo sinal se repelem e cargas de sinal expresso como
diferente se atraem.
A força entre duas partículas com cargas q1 e q2 pode
ser calculada a partir da lei de Coulomb segundo a qual a
força é proporcional ao produto das cargas, dividido pelo
quadrado da distância que as separa. A lei é assim chama-
da em homenagem ao físico francês Charles de Coulomb. Onde a notação está explicada na figura 2.
Se dois corpos de carga igual e oposta são conectados
por meio de um condutor metálico, por exemplo, um cabo,
as cargas se neutralizam mutuamente. Essa neutralização
é devida a um fluxo de elétrons através do condutor, do
corpo carregado negativamente para o carregado positiva-
mente. A corrente que passa por um circuito é denominada
corrente contínua (CC), se flui sempre no mesmo sentido,

80
FÍSICA

Forca entre duas cargas Eletroscópio


Um outro fato experimental é a validade da terceira lei É um dispositivo que nos permite verificar se um
de Newton , corpo está eletrizado.
Quando o corpo está eletrizado, ele possui um excesso
de prótons ou de elétrons que por isso pode ser medido
pelo n.º de elétrons que o corpo perder ou ganhar.
Campo Elétrico
CAMPO E POTENCIAL ELÉTRICO ASSOCIADOS A O ponto de uma região que corresponde ao valor de
UMA CARGA PUNTIFORME E UMA DISTRIBUIÇÃO SIM- uma grandeza, dizemos que existe um campo àquela gran-
PLES DE CARGAS, PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO, CON- deza.
CEITOS FUNDAMENTAIS Quando uma carga positiva é colocada em um ponto
de campo elétrico, ela se desloca no sentido do campo, e a
Campo e Potencial Elétrico carga negativa se desloca em sentido contrário ao campo.

Linhas de Força
A todo instante estamos relacionando os fatos de na- Traçar uma linha tem valores que tem a mesma dire-
tureza e o nosso modo de vida que depende de técnicas e ção, essa linha é tangente em cada vetor.
aparelhos elétricos modernos. Caso um condutor seja atritado em uma curta região,
Analisaremos os fenômenos magnéticos que são cau- ele vai adquirir uma carga de valor negativo.
sados por cargas elétricas em movimento. Essas cargas se repelem e atuam sobre os elétrons li-
Carga Positiva – corpos que tem comportamento como vres do condutor fazendo com que eles se desloquem atin-
o de uma barra de vidro atritada com seda, neste caso to- gindo uma situação de equilíbrio eletrostático.
dos os corpos se repelem uns aos outros, estando detriza- Ao atingir esse equilíbrio verifica-se que a carga nega-
dos positivamente, adquirindo carga positiva. tiva esta distribuída na superfície.
A carga positiva adquirida pelo condutor atrai elétrons
Carga Negativa – corpos que se comportam com uma
livres desse corpo, que se deslocam até atingir equilíbrio
barra de ferro de borracha atritada com um pedaço de lã,
eletrostático
todos os corpos se repelem uns aos outros, mas atraem
Blindagem Eletrostática
os corpos do grupo anterior. Estando eletrizados negativa-
Quando um aparelho está blindado dizemos que ne-
mente, possuindo carga positiva.
nhum fenômeno elétrico externo afetará o funcionamento.
É por isso que em aparelhos de TV, válvulas se apre-
Porque um corpo se eletriza
sentam envolvidas por capas metálicas, blindadas por
Quando dois corpos são atritados um contra o outro,
estes condutores.
se um deles se eletriza positivamente, o outro irá adquirir Este fato já era conhecido por Foraday.
carga negativa.
Os fenômenos elétricos eram produzidos pela existên- Potencial Elétrico
cia de um “fluído elétrico” que está presente em todos os Consideremos o exemplo abaixo:
corpos. Um corpo eletrizado com 1 campo elétrico no espaço
Em um corpo não eletrizado este fluido existe em ao redor. Neste, dois pontos A e B.
quantidade normal. Uma carga positiva q, é abandonada em A, sobre ela
Existem também os condutores elétricos ou também atuando uma força elétrica F devida ao campo. A carga se
chamados de condutores isolantes. deslocando de A para B.
Os corpos são constituídos de átomos que possuem A força elétrica realiza um trabalho que denominamos
partículas eletrizadas, e quando esses átomos se reúnem Tab, que representa uma quantidade de energia elétrica
para formar certos sólidos, os elétrons não permanecem transferida de F para q no deslocamento citado.
ligados aos átomos, adquirindo liberdade para se movi- Neste trabalho está relacionada uma grandeza deno-
mentarem no interior do sólido. minada diferença de potencial entre os pontos A e B.
Existem sólidos que estão firmemente ligados aos áto- A diferença de potencial pode também ser chamada de
mos que não possuem elétrons livres. Onde não é possível voltagem ou tensão entre 2 pontos.
o deslocamento de cargas elétricas através destes corpos Quando a voltagem de dois pontos é muito grande, a
são denominados de isolantes elétricos ou dielétricos. alta voltagem, quer dizer que o campo elétrico realiza um
A indução eletrostática é a separação de cargas em um grande trabalho sobre uma carga que se desloca entre tais
condutor, provocada pela aproximação de um corpo ele- pontos.
trizado. O conceito de voltagem é utilizado por nós no dia-a-
A utilização por indução é quando o condutor, provo- dia, isto pode ser notado em nossas residências, como é o
cada pela aproximação de um corpo eletrizado. caso das tomadas elétricas e das baterias dos carros.
A eletrização por indução é quando o condutor adquiri O trabalho realizado pela força elétrica é o mesmo, in-
carga negativa, uma carga de sinal contrária ao do indutor, dependentemente da trajetória seguida pela carga. Isto é
não podendo receber nem carga durante o processo. denominado de força conservativa.

81
FÍSICA

Desta forma, seja qual for a trajetória seguida pela car- Concluímos também que os elétrons livres podem
ga, a diferença de potencial entre dois pontos tem o valor deslocar dentro de um condutor metálico, sendo que suas
único. cargas negativas tendem a se deslocar entre os pontos
Uma carga positiva abandonada em um campo elétrico onde o potencial é menor para aqueles que possuem po-
se desloca de pontos de maior potencial para pontos de tencial maior.
menor potencial. Com a carga negativa o deslocamento é Após essa transferência de elétrons, ocorrerá alteração
contrário, ou seja, de pontos de menor potencial para pon- e consequentemente os condutores ficaram com os mes-
tos de maior potencial. mos valores, em relação aos seus potenciais.
Podemos concluir então, com o auxílio do autor que: Uma rápida biografia de Van de Graaff: Engenheiro
uma carga positiva abandonada em um campo elétrico americano que após estudar alguns anos em Paris, onde
tende a se deslocar de pontos onde o potencial é maior teve a oportunidade de assistir a conferências de Marie
para pontos onde ele é menor. Uma carga negativa tende- Curie, passou a se dedicar à pesquisas no campo da Física
rá a se mover em sentido contrário, isto é, de pontos onde Atômica. Trabalhando na Universidade de Oxford, Van de
o potencial é menor para pontos onde ele é maior. Graaff, sentiu a necessidade, para desenvolver suas pes-
quisas, de uma fonte de partículas subatômicas de alta
Voltagem de um Campo Elétrico energia, criando então o gerador de Van de Graaff, acele-
Para que se calcule o valor da voltagem usa-se a se- rador de partículas que recebeu seu próprio nome e que
guinte fórmula: Vab = Ed encontrou larga aplicação, não só na Física Atômica, como
Essa expressão permite que calculemos a diferença de também na Medicina e na indústria. Mais tarde, voltando
potencial entre dois pontos quaisquer de um campo uni- aos Estados Unidos, depois de se dedicar à pesquisa du-
forme. Ela é muito importante nos dias de hoje, pois per- rante um certo tempo, montou uma indústria para fabricar
mite que possamos obter o valor do campo elétrico através exemplares de seu gerador.
da medida da voltagem. Os aparelhos mais usados para O gerador de Van, se baseia nos seguintes princípios
se medir a voltagem em nossos dias é o Voltímetro, não físicos: Um corpo metálico eletrizado coloca-se em con-
existindo ainda aparelhos capazes de medir a intensidade tato interno com outro, transferindo toda a sua carga. O
de um campo. A unidade para se representar a voltagem conceito básico do gerador de Van, é o fato de as cargas
está incluída no Sistema Internacional sendo representada elétricas se transferirem integralmente de um corpo para
por 1 V/m. outro, quando ocorrer contato interno. No lugar de motor,
Potencial de um ponto, significa a diferença de poten- utiliza-se uma manivela para movimentar a polia e a cor-
cial entre este ponto e outro ponto, tomado como refe- reia, podendo obter tal gerador alguns milhares de volts.
rência, sendo muito usado nos dias de hoje. Para que se Segundo o americano Robert Millikan (1868-1953), os
calcule tal potencial, é necessário achar o valor de A (VA) valores das grandezas podem sofrer variações em saltos,
em relação a P, onde P representa um ponto qualquer de- dizemos então que ela é quantizada. Millikan realizou uma
nominado nível de potencial, cujo valor é nulo. grande número de experiências, medindo o valor da carga
Para se calcular o valor de uma carga puntual, usare- elétrica adquirida por milhares de gotículas de óleo, con-
mos a seguinte fórmula: V = K0 Q cluindo que a carga elétrica será quantizada, possibilitando
Essa expressão nos permite obter considerando-se determinar o valor do quantum de carga do elétron.
como referência um ponto muito afastado de carga Q, sen-
do que a mesma consegue calcular seus valores até o seu Princípio da Superposição
infinito. Até agora, discutimos as forças elétricas devido a in-
Para que se calcule a fórmula acima com total acerto, é teração entre dois corpos carregados. Vamos supor que
necessário saber analisar os valores de Q, sendo : uma carga de prova positiva (qo) tenha sido colocada na
Se Q positivo, o potencial será também positivo presença de várias outras cargas. Qual será, então, a força
Se Q negativo, o valor de V em P será negativo. eletrostática resultante sobre qo? Somos tentado a resol-
ver este problema da mesma maneira como é feito com
De acordo com a figura podemos estabelecer que Q1, a força gravitacional na mecânica, isto é, adicionar veto-
Q2, Q3, é igual à soma algébrica dos potenciais que cada rialmente as forças que atuam separadamente entre dois
carga produz naquele ponto P. corpos, para obter a força resultante. Este método é co-
Para que se determine uma superfície equipotencial, é nhecido como princípio da superposição. Na Fig.1, mostra-
necessário que todos os seus pontos possuam o mesmo mos a representação esquemática das forças atuando em
potencial, onde uma superfície esférica com centro Q será, qo, devido a todas as outras forças. Embora este resultado
uma superfície equipotencial, pois todos os seus pontos possa parecer óbvio, ele não pode ser derivado de algo
estão igualmente distanciados de Q, conforme figura abai- mais fundamental. A única forma de verificá-lo é testando-
xo, onde as superfícies equipontenciais do campo criado -o experimentalmente.
pela carga Q.
Através da afirmação de que é nulo o interior de um
campo elétrico de um condutor em equilíbrio eletrostático,
concluímos que no potencial de uma esfera, os pontos en-
tão no mesmo potencial.

82
FÍSICA

materiais se denominam dispositivos eletrônicos. A Lei de


Ohm descreve a relação entre a intensidade e a tensão em
uma corrente eléctrica: a diferença de potencial elétrico é
diretamente proporcional à intensidade de corrente e à re-
sistência elétrica. Isso é descrito pela seguinte fórmula:

V = R*I

Onde:

V = Diferença de potencial elétrico I = Corrente elé-


trica R = Resistencia

A quantidade de corrente em uma seção dada de um


condutor se define como a carga elétrica que a atravessa
em uma unidade de tempo.

I=Q/T
Forças elétricas sobre uma carga de prova qo devido a
uma distribuição de cargas infinitesimais (qi). Numa corrente elétrica devemos considerar três as-
No caso de N partículas carregadas, temos que a força pectos:
resultante sobre qo será, então a soma vetorial de todas  - Voltagem - (Que é igual a diferença de potencial) é a
, como a seguir diferença entre a quantidade de elétrons nos dois pólos do
gerador. A voltagem é medida em volts (em homenagem
ao físico italiano Volta). O aparelho que registra a voltagem
denomina-se Voltímetro;
- Resistênsia - é a dificuldade que o condutor oferece
á passagem da corrente elétrica. A resistência é medida em
                                                                    
ohms (em homenagem ao físico alemão G.S. Ohms). Repre-
sentamos a resistência pela letra grega (W).
ou que
- Intensidade - é a relação entre a voltagem e a resis-
tência da corrente elétrica. A intensidade é medida num
aparelho chamado Amperímetro, através de uma unidade
física denominada Ampére.

Lei de Ohm pode ser assim enunciada: A intensidade


de uma corrente elétrica é diretamente proporcional à vol-
tagem e inversamente proporcional à resistência.
onde ri é a distância entre a carga de prova qo e uma
outra carga qi. Neste caso, dizemos que a força resultante Assim podemos estabelecer suas fórmulas:
sobre qo deve-se à uma distribuição de cargas discreta.  Nas I = V ou I = E R R I = Intensidade (ampère)
próximas seções discutiremos o princípio da superposição V = Voltagem ou força eletromotriz
devido a diferentes distribuições de cargas contínuas. R = Resistência

CAMPO UNIFORME, SUPERFÍCIES EQUIPOTENCIAIS, Corrente Continua ou Alternada


DIFERENÇA DE POTENCIAL ENTRE DOIS PONTOS E A diferença entre uma e outra esta no sentido do “ca-
ANÁLISE DO MOVIMENTO DE UMA CARGA PUNTIFOR- minhar” dos elétrons. Na corrente continua os elétrons es-
ME NO CAMPO tão sempre no mesmo sentido. Na corrente alternada os
elétrons mudam de direção, ora num sentido, ora no outro.
Corrente elétrica Este movimento denomina Ciclagem.
Chama-se corrente elétrica o fluxo ordenado de elé- Corrente Alternada - utilizadas nas residências e em-
trons em uma determinada secção. A corrente contínua presas.
tem um fluxo constante, enquanto a corrente alternada Corrente Contínua - proveniente das pilhas e baterias .
tem um fluxo de média zero, ainda que não tenha valor
nulo todo o tempo. Esta definição de corrente alternada
implica que o fluxo de elétrons muda de direção continua-
mente. O fluxo de cargas elétricas pode gerar-se em um
condutor, mas não existe nos isolantes. Alguns dispositi-
vos elétricos que usam estas características elétricas nos

83
FÍSICA

Efeitos Produzidos pela Energia Elétrica Fisicamente, é a diferença de potencial que interessa,
pois corresponde ao trabalho da força elétrica por unidade
Os efeitos são variados e podem ser: Luminosos - pro- de carga.
duz luminosidade; Caloríficos - produz calor - aquecen-
do a água ou mesmo ambientes; Químico - produzindo Com relação a um campo elétrico interessa-nos a ca-
a quebra de ligações química exp. Eletrolise da água ou pacidade de realizar trabalho, associada ao campo em si,
mesmo compor a água juntando dois gases - hidrogênio independentemente do valor da carga q colocada num
e oxigênio. Fisiológico - podendo ser útil a saúde ou mes- ponto desse campo. Para medir essa capacidade, utiliza-se
mo maléfico. Magnético - o mais comum é a formação de a grandeza potencial elétrico.
eletroimã.
Para obter o potencial elétrico de um ponto, coloca-se
Imagine dois objetos eletrizados, com cargas de mes- nele uma carga de prova q e mede-se a energia potencial
mo sinal, inicialmente afastados. Para aproximá-los, é ne- adquirida por ela. Essa energia potencial é proporcional ao
cessária a ação de uma força externa, capaz de vencer a valor de q. Portanto, o quociente entre a energia potencial
repulsão elétrica entre eles. O trabalho realizado por esta e a carga é constante. Esse quociente chama-se potencial
força externa mede a energia transferida ao sistema, na elétrico do ponto. Ele pode ser calculado pela expressão:
forma de energia potencial de interação elétrica. Eliminada
a força externa, os objetos afastam-se novamente, trans-
formando a energia potencial de interação elétrica em
energia cinética à medida que aumentam de velocidade.
O aumento da energia cinética corresponde exatamente à
diminuição da energia potencial de interação elétrica. onde V é o potencial elétrico, Ep a energia potencial e q
a carga. A unidade no S.I. é J/C = V (volt). Portanto, quando
Potencial Elétrico se fala que o potencial elétrico de um ponto L é VL = 10
V, entende-se que este ponto consegue dotar de 10J de
Com relação a um campo elétrico, interessa-nos a ca- energia cada unidade de carga da 1C. Se a carga elétrica
pacidade de realizar trabalho, associada ao campo em si, for 3C por exemplo, ela será dotada de uma energia de
independentemente do valor da carga q colocada num 30J, obedecendo à proporção. Vale lembrar que é preciso
ponto desse campo. Para medir essa capacidade, utiliza-se adotar um referncial para tal potencial elétrico. Ele é uma
a grandeza potencial elétrico. região que se encontra muito distante da carga, localizado
Para obter o potencial elétrico de um ponto, coloca-se no infinito.
nele uma carga de prova q e mede-se a energia potencial
adquirida por ela. Essa energia potencial é proporcional ao
valor de q. Portanto, o quociente entre a energia potencial
e a carga é constante. Esse quociente chama-se potencial
elétrico do ponto.

Diferença de Potencial

Para calcular o potencial elétrico devido a uma carga


puntiforme usa-se a fórmula:

No S.I. , d em metros, K é a constante dielétrica do


meio, e Q a carga geradora.
Como o potencial é uma quantidade linear, o potencial
gerado por várias cargas é a soma algébrica (usa-se o sinal)
dos potenciais gerados por cada uma delas como se esti-
vessem sozinhas:
A diferença de potencial entre dois pontos, em uma
região sujeita a um campo elétrico, depende apenas da
posição dos pontos. Assim, podemos atribuir a cada ponto
um potencial elétrico, de tal maneira que a diferença de
potencial entre eles corresponda exatamente à diferença
entre seus potenciais, como o próprio nome indica.

84
FÍSICA

Superfície Equipotencial Em muitas caldeiras, a madeira, o carvão, o petróleo ou


o gás natural são queimados para produzir calor. O interior
da caldeira é constituído por uma série de tubos de metal
por onde passa água corrente. A energia calorífica aquece
os tubos e a água até ferver. A água ferve a 100º Celsius
ou a 212º Fahrenheit. A turbina contém várias lâminas se-
melhantes a uma ventoinha. O vapor da água chega ás lâ-
minas que começam a girar. O gerador encontra-se ligado
á turbina e recebe a sua energia mecânica transformando-
-a em energia eléctrica. O gerador é constituído por um
imã gigante situado dentro de um círculo enrolado com
um grande fio. O eixo que liga a turbina ao gerador está
Superfície equipotencial quando uma carga puntifor- sempre a rodar; ao mesmo tempo que a parte magnética
me está isolada no espaço, ela gera um campo elétrico gira. Quando o fio ou outro condutor eléctrico atravessa o
em sua volta. Qualquer ponto que estiver a uma mesma campo magnético produz-se uma corrente eléctrica. Um
distância dessa carga possuirá o mesmo potencial elétrico. gerador é o contrário de um motor eléctrico. Em vez de
Portanto, aparece ai uma superfície equipotencial esférica. usar a energia eléctrica para por a trabalhar o motor ou
Podemos também encontrar superfícies equipotenciais no leme como nos brinquedos eléctricos, o eixo da turbina
campo elétrico uniforme, onde as linhas de força são pa- põe a trabalhar o motor que produz a electricidade.
ralelas e equidistantes. Nesse caso, as superfícies equipo- Depois do vapor passar pela turbina vai para um zona
tenciais localizam-se perpendicularmente às linhas de força de arrefecimento e em seguida é canalizada pelos tubos de
(mesma distância do referencial). O potencial elétrico e dis- metal para novo aquecimento nas caldeiras. Existem cen-
tância são inversamente proporcionais, portanto o gráfico trais eléctricas que usam energia nuclear para aquecer a
cartesiano Vxd é uma assimptota. água, noutras a água quente vem naturalmente de reser-
Nota-se que, percorrendo uma linha de força no seu vatórios subterrâneos sem queimar nenhum combustível.
sentido, encontramos potenciais elétricos cada vez menores.
Vale ainda lembrar que o vetor campo elétrico é sem- Lei de Ohm
pre perpendicular à superfície equipotencial, e consequen- Segundo o inventor de tal lei, verificou-se que para
temente a linha de força que o tangencia também. muitos dos materiais existentes, a relação entre a voltagem
e a corrente mantinham-se constante, onde se conclui que:
Geradores, Turbinas e Sistemas de Condução Eléctrica o valor da resistência permanece constante, não depen-
Tal como aprendemos no 2º capítulo a eletricidade dendo da voltagem aplicada ao condutor.
desloca-se nos fios elétricos até acender as lâmpadas, tele- Para tais condutores, denominamos de condutores de
visões, computadores e todos os outros aparelhos eletróni- ôhmicos, onde a resistividade do material é alterada pela
cos. Mas de onde é que vem a eletricidade? Sabemos que modificação na voltagem.
a energia não pode ser gerada, mas sim transformada. Nas
barragens e outras centrais elétricas a energia mecânica é Associação de Resistências
transformada em energia elétrica. É a mesma coisa quando se determina uma resis-
O processo inicia-se com o aquecimento de água em tência em série, como por exemplo as lâmpadas de natal
grandes caldeiras. Nestas, queimam-se combustíveis para na decoração de uma árvore, com os mesmos valores de
produzir calor e ferve-se a água de forma a transformá-la resistência, onde as mesmas serão percorridas pela corren-
em vapor. O vapor é condensado em alta pressão na tur- te elétrica.
bina, que gira a grande velocidade; o gerador ligado á tur- Podemos concluir segundo o autor que: quando várias
bina transforma a energia da rotação mecânica da turbina resistências R1, R2, R3, etc., são associadas em série, todas
em electricidade. Vamos aprofundar melhor este processo. elas são percorridas pela mesma corrente e a resistência
equivalente da associação é dada por: R = R1 + R2 + ......
quando várias resistências R1, R2, R3, etc., associadas em
paralelo, todas elas ficam submetidas à mesma voltagem e
a resistência equivalente da associação é dada por

1 = 1 + 1 +...
R R1 R2

Instrumentos Elétricos de Medida


Muitos instrumentos são usados hoje para se medir
a eletricidade, pois há a necessidade de saber valores de
grandezas envolvidas nos mais variados tipos de circuitos.
Para que tais aparelhos funcionem é necessário que
consigam interpretar os seguintes itens:

85
FÍSICA

- intensidade da corrente O tungstênio, ao contrário, quando aquecido aumen-


- diferença de potencial ta sua resistência sendo usado hoje em dia em lâmpadas
- resistência elétrica convencionais. Os cientistas analisaram também os sólidos
Então através dessas preocupações usamos os seguin- e perceberam que a resistência desses corpos varia com
tes aparelhos: a temperatura, dependendo basicamente de dois fatores
- quando se indica a presença de corrente elétrica, usa- principais:
mos o galvanômetro - o número de elétrons livres
- quando se indica a presença de intensidade utiliza- -mobilidade desses elétrons
mos o amperímetro
- para se medir o valor de uma resistência utilizamos o Para que se determine que uma temperatura seja de
ohmímetros transição, é necessário que ela torne-se supercondutora,
- para se medir a diferença de potencial utilizamos o variando de um material para outro, podendo num futuro
voltímetro. próximo desempenhar importantíssimo na descoberta de
novas tecnologias. A figura abaixo mostra tal explicação, na
Para que um amperímetro consiga indicar o valor substância Mercúrio.
da corrente, é necessário que dentro do mesmo, possua
fios condutores que devem ser percorridos pela corrente Efeito Joule
elétrica, denominando-os como resistência interna do am- O efeito joule é explicado pelo o aquecimento dos con-
perímetro. dutores, ao serem percorridos por uma corrente elétrica,
O multímetro é um dos únicos aparelhos com que se estando os elétrons livres no condutor metálico possuem
mede todos os tipos de valores, sendo adaptado para ser grande mobilidade podendo se deslocar se chocando com
utilizado como ohmímetro, bastando ligar a resistência R outros átomos da rede cristalina, durante seus movimentos,
desconhecida aos terminais A e B do aparelho conforme sofrem contínuas colisões com os átomos da rede cristalina
ilustração. desse condutor. A cada colisão, parte da energia cinética
do elétron livre é transferida para o átomo com o qual ele
Potência em um elemento do circuito
colidiu, e esse passa a vibrar com uma energia maior. Esse
Quando um aparelho elétrico, ao ser submetido a uma
aumento no grau de vibração dos átomos do condutor tem
diferença de potencial, sendo percorrido por uma corrente
como consequência um aumento de temperatura. Através
, sendo potência desenvolvida será dada por: P = iVAB
desse aumento de temperatura ocorre o aparecimento da
As correntes elétricas são transformadas em forma de
incandescência que nada mais é do que a luz emitida nessa
energia, através dos aparelhos usados hoje em dia em nos-
temperatura. Para cada temperatura há um espectro de luz.
sas vidas.
Alguns dos equipamentos que possuem resistores e por-
Porém as cargas perdem energias, sendo que as mes-
tanto produzem o efeito joule são: chuveiro elétrico, seca-
mas não desaparecem, aparecendo em outras formas de
energia, onde podemos exemplificar através de um simples dor de cabelo, aquecedor elétrico, ferro de passar roupas,
aquecedor onde a corrente elétrica é transformada em ca- pirógrafos, etc.
lor, ou então através de uma lâmpada de mercúrio, onde a
mesma é transformada em energia luminosa. CIRCUITO ELEMENTARES COM AMPERÍMETROS E
Segundo observações feitas pelo autor, segue uma VOLTÍMETROS IDEAIS
breve biografia de Kamerlingh Onnes.
Físico holandês que se tornou conhecido pelos seus Aparelhos de medição elétrica (amperímetros, vol-
trabalhos no campo das baixas temperaturas e pela produ- tímetros, ponte de Wheatstone)
ção de hélio líquido. Onnes descobriu que a superconduti-  
vidade dos materiais, é a redução da resistência elétrica de Amperímetro – instrumento que mede a intensidade
algumas substâncias praticamente a zero, quando resfria- de corrente elétrica. Alguns amperímetros indicam tam-
das a temperatura próximas do zero absoluto. Em 1913 ele bém, além da intensidade da corrente, seu sentido que ,
recebeu o Prêmio Nobel de Física por estes trabalhos. quando a indicação for positiva ela circula no sentido horá-
rio e negativa, no sentido anti horário.
Variação da Resistência com a Temperatura
É necessário saber que qualquer que seja a resistência Símbolo
de um condutor a uma certa temperatura, uma resistência
R, a qualquer temperatura é dada por : R = R0 ( 1 + delta t)
Para todos os materiais, os cientistas chegaram a con-
clusão que sempre terão: α > 0.
Existem, porém outras substâncias que possuem o va- Se você quer medir a intensidade da corrente na lâm-
lor 0, para alfa, sendo silício, germânio e o próprio carbo- pada L1 da figura, você deve inserir o amperímetro no
no, sendo que as suas resistências diminuem quando são trecho onde ela está, pois ele “lê” a corrente que passa
aquecidas. através dele.

86
FÍSICA

Assim o amperímetro deve ser associado em série no


trecho onde você deseja medir a corrente.
Como o amperímetro indica a corrente que passa por
ele no trecho do circuito onde ele está inserido, sua re-
sistência interna deve ser nula, caso contrário ele indica-
ria uma corrente de intensidade menor que aquela que
realmente passa pelo trecho. Então ele deve se comportar
como um fio ideal, de resistência interna nula, ou seja, deve
se comportar como se estivesse em curto circuito. Para isso, você deve abrir o circuito em B e inserir aí
o amperímetro, pois ele deve ficar em série com o trecho
Um amperímetro ideal deve possuir resistência in- percorrido por iB, de modo que iB passe por ele. Os termi-
nais do voltímetro devem ser ligados aos pontos C e D de
terna nula.
modo que o voltímetro fique em paralelo com o trecho
entre C e D, onde você quer medir a ddp.
Voltímetro – instrumento que mede a diferença de
Observe que a resistência interna do amperímetro
potencial ou tensão
ideal dever ser nula de modo que toda iB passe por ele e
que a resistência interna do voltímetro deve ser infinita de
Símbolo modo que iCD não desvie para ele

Medidas Elétricas

É de vital importância, em eletricidade, a utilização de


dois aparelhos de medidas elétricas: o amperímetro e o
Como em qualquer ligação em paralelo a diferença de voltímetro.
potencial (tensão) é a mesma, o voltímetro deve ser ligado
em paralelo ao aparelho em cujos terminais você quer de- Voltímetro
terminar a ddp, assim o aparelho e o voltímetro indicarão
a mesma ddp. Aparelho utilizado para medir a diferença de potencial
entre dois pontos; por esse motivo deve ser ligado sempre
em paralelo com o trecho do circuito do qual se deseja
obter a tensão elétrica. Para não atrapalhar o circuito, sua
resistência interna deve ser muito alta, a maior possível.
Se sua resistência interna for muito alta, comparada
às resistências do circuito, consideramos o aparelho como
sendo ideal.

O voltímetro deve ser ligado em paralelo com o apare- Os voltímetros podem medir tensões contínuas ou al-
lho ou trecho cuja diferença de potencial (tensão) se deseja ternadas dependendo da qualidade do aparelho.
medir.
Para que a corrente que passa pelo aparelho cuja ddp Voltímetro Ideal → Resistência interna infinita.
se deseja medir não se desvie para o voltímetro, um voltí-
metro ideal deve possuir resistência interna extremamente
alta, tendendo ao infinito.

Um voltímetro ideal deve possuir resistência inter-


na infinita.

Suponha que você deseja medir a corrente que passa


pelo ponto B e a diferença de potencial entre os pontos
C e D, da figura, dispondo de voltímetro e amperímetro, Voltímetro Ideal Voltímetro não-ideal
ambos ideais.

87
FÍSICA

Amperímetro onde, delta Q, representa a quantidade de carga, delta


t o intervalo de tempo, concluindo assim que o valor de i,
Aparelho utilizado para medir a intensidade de corren- é a intensidade.
te elétrica que passa por um fio. Pode medir tanto corrente Quando uma quantidade de carga delta Q passa atra-
contínua como corrente alternada. A unidade utilizada é o vés da secção de um condutor, durante o intervalo de tem-
àmpere. po delta t, a intensidade i da corrente nesta secção, é a sua
O amperímetro deve ser ligado sempre em série, para relação dividida.
aferir a corrente que passa por determinada região do cir- Segundo o fundador do Eletromagnetismo, André-Ma-
cuito. Para isso o amperímetro deve ter sua resistência in- rie Ampère (1775-1836), desenvolveu a teoria da matemá-
terna muito pequena, a menor possível. tica dos fenômenos eletromagnéticos, a Lei de Ampère,
Se sua resistência interna for muito pequena, compara- sendo a primeira pessoa a utilizar medidas elétricas, tendo
da às resistências do circuito, consideramos o amperímetro construído um instrumento que foi o precursor dos apare-
como sendo ideal. lhos de medidas hoje conhecidos.
Amperímetro Ideal → Resistência interna nula A corrente elétrica quando muda de sentido, e deno-
minada de corrente alternada, sendo hoje as usadas pelas
companhias elétricas, não são correntes contínuas, sendo
que as mesmas se mantêm em seus sentidos, podendo se
usar como exemplo de tal corrente, a das pilhas convencio-
nais ou as baterias dos automóveis.
Podemos concluir que: Uma corrente alternada pode
ser transformada em corrente contínua por meio de dispo-
sitivos especiais, denominado de retificadores, sendo intro-
duzidos em um fio condutor no qual existe uma corrente
Voltímetro não-ideal Amperímetro Ideal alternada, se transformando em corrente contínua.

CIRCUITOS SIMPLES COM GERADORES, LEIS DE KIR- Circuitos Simples


CHHOF
Vamos verificar tal circuito através da de um “corte”
Corrente Contínua em uma pilha, mostrando seus componentes, entretanto
a diferença de potencial entre os polos da pilha abaixo é
É preciso considerar que as cargas estejam sempre mantida graças à energia liberada em reações químicas.
em repouso. Para que possamos considerar o que é Consideraremos também dois polos sendo um positivo
uma corrente elétrica, é necessário que façamos algu- e um negativo, sendo que sem esses componentes a cor-
mas experiências, como ligar as extremidades de fios rente elétrica jamais se formaria.
aos polos de uma pilha. A voltagem que sempre é fornecida em uma pilha é
Podemos concluir que o fio possui muitos elétrons de 1,5 V, entretanto há aparelhos que se utilizam mais do
livres., estando em movimento devido a força elétrica do que essa quantidade de Volts. Sendo assim é necessário
campo, possuindo carga negativa, em movimento contrá- que mais de uma pilha sejam colocadas para o devido fun-
rio ao do campo ampliado, gerando portanto a chamada cionamento, onde a corrente elétrica é o valor da pilha x
corrente elétrica. o seu próprio número. Como exemplo, confira o seguinte
Quando um campo elétrico é estabelecido em um raciocínio: Um carrinho de criança que se coloca 3 pilhas,
condutor qualquer, as cargas livres aí presentes entram em o valor de sua corrente elétrica se dá por: 1,5 V + 1,5 V +
movimento sob a ação deste campo, ocorrendo um deslo- 1,5 V = 4,5 V
camento constituindo uma corrente elétrica. Já as baterias de automóvel vem com uma carga elé-
Nos metais, a corrente elétrica é conduzida por elé- trica de 2 V, onde suas placas são mergulhadas em uma
trons livres em movimento. solução de ácido sulfúrico e colocando-as dentro de um
Nos líquidos, as cargas livres que se movimentam são invólucro resistente, para que não ocorra seu vazamento.
íons positivos e íons negativos enquanto que, nos gases, Se por acaso houver uma diferença de potencial entre os
são íons positivos, íons negativos e também elétrons livres. seus polos, a voltagem será estabelecida nas extremida-
Segundo os físicos para se determinar uma corrente des dos fios, gerando assim um circuito elétrico simples.
convencional seria necessário que uma carga negativa em A figura abaixo nos mostra uma sistema convencional de
movimento seja sempre imaginada como se fosse uma car- corrente elétrica.
ga positiva, movendo-se em sentido contrário, conforme
ilustração abaixo. Resistência Elétrica
A intensidade da corrente se da pela fórmula:
Para um condutor AB, estando ele ligado a uma bate-
I = delta Q ria, ocorrerá sempre que se estabelecer contato, uma dife-
delta t rença de potencial nas extremidades, e consequentemente
a passagem da corrente i através dele.

88
FÍSICA

As cargas realizarão colisões contra os átomos ou mo- Corrente


léculas havendo, então oposição a corrente elétrica, po-
dendo ser maior ou menor, dependendo da natureza do Corrente (I) é simplesmente o fluxo de elétrons. Essa
fio ligado em A e B. crrente é produzida pelo deslocamento de elétrons atra-
A resistência elétrica se baseia na seguinte fórmula: R vés de uma ddp em um condutor. A unidade fundamental
= VAB de corrente é o ampère (A). 1 A é o deslocamento de 1 C
através de um ponto qualquer de um condutor durante 1 s.
Portanto, quanto menor for o valor da corrente i, I=Q/t
maior será o valor de R. A unidade de representação da O fluxo real de elétrons é do potencial negativo para
medida de resistência é a do sistema internacional, sendo o positivo. No entanto, é convenção representar a corrente
que 1 volt/ampère = 1 V/A, sendo denominada como 1 como indo do positivo para o negativo.
ohm (ou representada pela letra grega Ω, em homenagem
ao físico alemão do século passado, Georg Ohm. Correntes e Tensões Contínuas e Alternadas
Podemos concluir que: quando uma voltagem VAB é
aplicada nas extremidades de um condutor, estabelecendo A corrente contínua (CC ou DC) é aquela que passa
nele uma corrente elétrica i, a resistência é dada pela fór- através de um condutor ou de um circuito num só sentido.
mula acima descrita. Isso se deve ao fato de suas fontes de tensão (pilhas, bate-
Quanto maior for o valor de R, maior será a oposição rias,...) manterem a mesma polaridade de tensão de saída.
que o condutor oferecerá à passagem da corrente. Uma fonte de tensão alternada alterna a polaridade
O valor da resistividade pode ser considerada como constantemente com o tempo. Consequentemente a cor-
sendo uma grandeza característica de todo material que rente também muda de sentido periódicamente. A linha
constitui um fio, sendo definida como: uma substância será de tensão usada na maioria das residências é de tensão
tanto melhor condutora de eletricidade quanto menor for alternada.
o valor de sua resistividade.
Reostato segundo seus criadores, é um aparelho onde Resistência Elétrica
se pode variar a resistência de um circuito e, assim, tor-
nando-se possível aumentar ou diminuir, a intensidade da Resistência é a oposição à passagem de corrente elé-
corrente elétrica. trica. É medida em ohms (W). Quanto maior a resistência,
Dado um comprido fio AC, de grande resistência, um menor é a corrente que passa.
cursor B, que se desloca através do fio, entrando em conta- Os resistores são elementos que apresentam resistên-
to com A e C, observe a corrente que sai do pólo positivo cia conhecida bem definida. Podem ter uma resistência fixa
da bateria percorrendo o trecho AB do reostato. Verifica-se ou variável.
que não há corrente passando no trecho BC, pois estando Símbolos em eletrônica e eletricidade
o circuito interrompido em C, a corrente não poderá pros- Abaixo estão alguns símbolos de componentens elétri-
seguir através desse trecho. cos e eletrônicos:

Carga Elétrica

Um corpo tem carga negativa se nele há um excesso


de elétrons e positiva se há falta de elétrons em relação ao
número de prótons.
A quantidade de carga elétrica de um corpo é determi-
nada pela diferença entre o número de prótons e o núme-
ro de elétrons que um corpo contém. O símbolo da carga
elétrica de um corpo é Q, expresso pela unidade coulomb
(C). A carga de um coulomb negativo significa que o corpo
contém uma carga de 6,25 x 1018 mais elétrons do que
prótons.
Diferença de Potencial
Graças à força do seu campo eletrostático, uma carga
pode realizar trabalho ao desligar outra carga por atração
ou repulsão. Essa capacidade de realizar trabalho é cha-
mada potencial. Quando uma carga for diferente da outra,
haverá entre elas uma diferença de potencial(E). Associações de Resistores
A soma das diferenças de potencial de todas as cargas
de um campo eletrostático é conhecida como força eletro- Os resistores podem se associar em paralelo ou em sé-
motriz. rie. (Na verdade existem outras formas de associação, mas
A diferença de potencial (ou tensão) tem como unida- elas são um pouco mais complicadas e serão vistas futura-
de fundamental o volt(V). mente)

89
FÍSICA

Associação Série Lei de Kirchhoff para Correntes: A soma das corren-


Na associação série, dois resistores consecutivos têm tes que entram num nó (junção) é igual à soma das corren-
um ponto em comum. A resistência equivalente é a soma tes que saem desse nó.
das resistências individuais. Ou seja:
Req = R1 + R2 + R3 + ...
Exemplificando:
Calcule a resistência equivalente no esquema abaixo:

Req = 10kW + 1MW + 470W


Req = 10000W + 1000000W + 470W I1+I2= I3+I4+I5 As leis de Kirchhoff serão úteis na re-
Req = 1010470W solução de diversos problemas.Na próxima atualização, fa-
rei uma série de exercícios sobre todos os conceitos que
Associação Paralelo expliquei até aqui.

Dois resistores estão em paralelo se há dois pontos em Capacitor


comum entre eles. Neste caso, a fórmula para a resistência
equivalente é: 1/Req = 1/R1 + 1/R2 + 1/R3 + ... O capacitor é constituído por duas placas condutoras
Exemplo: paralelas, separadas por um diélétrico. Quando se aplica
uma ddp nos seus dois terminais, começa a haver um mo-
Calcule a resistência equivalente no circuito abaixo: vimento de cargas para as placas paralelas. A capacitância
de um capacitor é a razão entre a carga acumulada e a
tensão aplicada.
C = Q/V
Deve-se também ter em mente que a capacitância é
maior quanto maior for a área das placas paralelas, e quan-
to menor for a distância entre elas. Desta forma: A (8,85 x
10-12 ) C= ---------------------- k d
Onde: C = capacitância A = área da placa d = distância
entre as placas k = constante dielétrica do material isolante
Vamos agora estudar o comportamento do capacitor
Note que a resistência equivalente é menor do que as quando nele aplicamos uma tensão DC. Quando isto acon-
resistências individuais. Isto acontece pois a corrente elétri- tece, a tensão no capacitor varia segundo a fórmula: Vc=-
ca tên mais um ramo por onde prosseguir, e quanto maior VT(1-e-t/RC)
a corrente, menor a resistência. Isso gera o seguinte gráfico Vc X t
As Leis de Kirchhoff

Lei de Kirchhoff para Tensão: A tensão aplicada a um


circuito fechado é igual ao somatório das quedas de tensão
naquela circuito.

Isto acontece porque a medida que mais cargas vão se


acumulando no capacitor, maior é a oposição do capacitor
à corrente (ele funciona como uma bateria).
Ou seja: a soma algébrica das subidas e quedas de ten- Note que no exemplo abaixo ligamos um resistor em
são é igual a zero (SV). Então, se temos o seguinte circuito: série com o capacitor. Ele serve para limitar a corrente ini-
podemos dizer que VA = VR1 + VR2 + VR3 cial (quando o capacitor funciona como um curto). O tem-
po de carga do capacitor é 5t, onde t = RC (resistência ve-
zes capacitância).

90
FÍSICA

5.9 ELETROMAGNETISMO: ÍMÃS.


FENÔMENOS MAGNÉTICOS
FUNDAMENTAIS. FORÇA MAGNÉTICA
E BÚSSOLA. CLASSIFICAÇÃO DAS
SUBSTÂNCIAS MAGNÉTICAS.
CAMPO MAGNÉTICO - CONCEITO E
APLICAÇÕES. CAMPO MAGNÉTICO
DE UMA CORRENTE ELÉTRICA EM
No exemplo abaixo, o tempo de carga é: Tc= 5 x 1000 CONDUTORES RETILÍNEOS E ESPIRAS. LEI DE
x 10-6 = 5ms BIOT-SAVART. LEI DE AMPÈRE. ELETROÍMÃ.
Se aplicarmos no capacitor uma tensão alternada, ele FORÇA MAGNÉTICA
vai oferecer uma “oposição à corrente” (na verdade é opo- SOBRE CARGAS ELÉTRICAS E
sição à variação de tensão) chamada reatância capacitiva CONDUTORES PERCORRIDOS
(Xc). POR CORRENTE ELÉTRICA.
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA.
Xc=1/2pfC
LEI DE FARADAY. LEI DE LENZ
A oposição total de um circuito à corrente chama-se
impedância (Z). Num circuito composto de uma resistência
em série com uma capacitância: No estudo da Física, o eletromagnetismo é o nome da
teoria unificada desenvolvida por James Maxwell para ex-
Z = (R22+Xc2) 1/2 ou Z = Ö R22+XC2 plicar a relação entre a eletricidade e o magnetismo. Esta
teoria baseia-se no conceito de campo eletromagnético.
Podemos imaginar a impedância como a soma vetorial
O campo magnético é resultado do movimento de cargas
de resistência e reatância. O ângulo da impedância com a
elétricas, ou seja, é resultado de corrente elétrica. O cam-
abscissa é o atraso da tensão em relação à corrente.
Aplicações: Se temos um circuito RC série, a medida po magnético pode resultar em uma força eletromagnética
que aumentarmor a frequência, a tensão no capacitor di- quando associada a ímãs. A variação do fluxo magnético
minuirá e a tensão no resistor aumentará. Podemos então resulta em um campo elétrico (fenômeno conhecido por
fazer filtros, dos quais só passarão frequências acima de indução eletromagnética, mecanismo utilizado em gera-
uma frequência estabelecida ou abaixo dela. Estes são os dores elétricos, motores e transformadores de tensão). Se-
filtros passa alta e passa baixa. melhantemente, a variação de um campo elétrico gera um
campo magnético. Devido a essa interdependência entre
Frequência de corte: é a frequência onde XC=R. campo elétrico e campo magnético, faz sentido falar em
uma única entidade chamada campo eletromagnético.
Quando temos uma fonte CA de várias frequencias, um Conta uma lenda que a palavra magnetismo deriva do
resistor e um capacitor em série, em frequências mais bai- nome de um pastor da Grécia antiga, chamado Magnes,
xas XC é maior, desta forma, a tensão no capacitor é bem que teria descoberto que um determinado tipo de pedra
maior que no resistor. A partir da frequência de corte, a
atraía a ponta metálica de seu cajado. Em homenagem a
tensão no resistor torna-se maior. Dessa forma, a tensão no
Magnes, a pedra foi chamada de magnetita, de onde deri-
capacitor é alta em frequências mais baixas que a frequên-
cia de corte. Quando a frequência é maior que a frequência vam as palavras magnético e magnetismo. Uma outra ver-
de corte, é o resistor que terá alta tensão. são atribui o nome do mineral ao fato de ele ser abundan-
te na região asiática da Magnésia. Seja qual for a versão
Filtro passa baixa: verdadeira da origem da palavra, a magnetita é um imã
natural - um minério com propriedades magnéticas. Sejam
naturais ou artificiais, os ímãs são materiais capazes de se
atraírem ou repelirem entre, si bem como de atrair ferro e
outros metais magnéticos, como o níquel e o cobalto.

Polaridade

Vsaída=It XC Os imãs possuem dois polos magnéticos, chamados de


polo norte e polo sul, em torno dos quais existe um campo
Filtro passa alta magnético. Seguindo a regra da atração entre opostos, co-
mum na física, o polo norte e o sul de dois imãs se atraem

91
FÍSICA

mutuamente. Por outro lado, se aproximarmos os polos as propriedades dos imãs já eram conhecidas desde a an-
iguais de dois imãs o efeito será a repulsão. O campo mag- tiguidade, demorou um bom tempo até que as correlações
nético é um conjunto de linhas de força orientadas que entre os fenômenos elétricos e magnéticos fossem estabe-
partem do polo norte para o pólo sul dos imãs, promoven- lecidos. O cientista inglês Michael Faraday (1791-1867) foi
do sua capacidade de atração e repulsão, mecanismo que um dos pioneiros do estudo desta correlação.
fica explicado na figura que segue:
Indução eletromagnética

Faraday descobriu que uma corrente elétrica era gera-


da ao posicionar um imã no interior de uma bobina de fio
condutor. Deduziu que se movesse a bobina em relação ao
imã obteria uma corrente elétrica contínua, efeito que após
comprovado recebeu o nome de indução eletromagnética.
A indução eletromagnética é o princípio básico de fun-
cionamento dos geradores e motores elétricos, sendo estes
dois equipamentos iguais na sua concepção e diferentes
apenas na sua utilização. No gerador elétrico, a movimen-
tação de uma bobina em relação a um imã produz uma
corrente elétrica, enquanto no motor elétrico uma corrente
elétrica produz a movimentação de uma bobina em relação
ao imã. A seguir, a ilustração representa o efeito de indu-
As linhas de força promovem a atração entre polos ção eletromagnética, como pesquisado por Faraday:
opostos e repulsão entre polos iguais.

Um fato interessante sobre os polos de um imã é que


impossível separá-los. Se cortarmos um imã ao meio, exa-
tamente sobre a linha neutra que divide os dois polos, cada
uma das metades formará um novo imã completo, com seu
próprio polo norte e sul.

Perfis magnéticos

Um modo de visualizarmos as linhas de força do cam-


po magnético é pulverizando limalha de ferro em torno de
um imã. Abaixo, a figura ilustra esse efeito pelo qual as
partículas metálicas atraídas desenham o perfil do campo
magnético.

A movimentação de um campo elétrico próximo a


uma bobina produz a corrente elétrica i.

O Princípio Da Indução Eletromagnética É Também A


Base De Funcionamento Dos Eletroímãs, Equipamentos
Que Geram Campos Magnéticos Apenas, Enquanto Uma
Corrente Elétrica Produz O Efeito De Indução. Uma Vez
Desligados Perdem Suas Propriedades, Ao Contrário Dos
Imãs Permanentes. Hoje, As Leis Do Eletromagnetismo
Fundamentam Boa Parte Da Nossa Tecnologia Mecânica E
Eletroeletrônica. Os Campos Magnéticos E Suas Interações
Limalha de ferro desenha as linhas de força do Elétricas Fazem Funcionar Desde Um Secador De Cabelos
campo magnético de um imã. Até Os Complexos Sistemas De Telecomunicações, Desde
Os Poderosos Geradores Elétricos Das Usinas Nucleares
Como os planetas também possuem polos magnéticos Até Os Minúsculos Componentes Utilizados Nos Circuitos
norte e sul, a Terra se comporta como um imenso imã, ra- Eletrônicos. Magnes, O Lendário Pastor Grego, Ficaria Mui-
zão pela qual, numa bússola, o polo sul da agulha imantada to Impressionado Com O Que Se Descobriu Fazer Possível
aponta sempre para o polo norte da Terra. Entretanto, se Com Os Poderes Da Pedra Que Encontrou Por Acaso.

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FÍSICA

QUESTÃO 03
5.10 BIBLIOGRAFIA
O gráfico do espaço em função do tempo de dois veí-
culos está representado abaixo, onde o eixo das ordenadas
5.10.1 BONJORNO, José Roberto; BONJORNO, Regi- está associado ao espaço percorrido por cada veículo.
na Azenha; BONJORNO, Valter; RAMOS, Clinton Márci-
co. Física: História & Cotidiano. São Paulo: FTD, 2003.
v.1, v.2 e v.3.

5.10.2 GASPAR, Alberto. Física 1: Mecânica; Física


2: Ondas, Óptica e Termodinâmica; Física 3: Eletromag-
netismo e Física Moderna. 2. ed. São Paulo: Ática, 2009.

QUESTÕES

QUESTÃO 01

A figura abaixo apresenta um conjunto constituído por


uma mola presa a um corpo de massa m que pode mo-
ver-se sobre uma superfície horizontal sem atrito. A mola é
comprimida por uma distância ΔX devido à ação da força
F, que é proporcional à deformação da mola. A constante
elástica da mola é de 400 N/m. O trabalho realizado ao
comprimir a mola foi de 50 J, proporcional ao quadrado do
deslocamento sofrido pela mola.
As equações horárias, no SI, desses veículos são:
a) S=5-t e S=2+3t+t2
b) S=2-t e S=5+3t-t2
c) S=5+t e S=2+3t+t2
d) S=5-t e S=2+3t-t2
e) S=2+t e S=5+3t-t2

QUESTÃO 04
É correto afirmar que os valores de F e ΔX valem, res-
O rendimento de uma máquina térmica é medido
pectivamente:
pela razão entre o trabalho realizado e o calor fornecido
a) 2000N; 80 cm
pelo sistema. Uma caldeira a vapor tem rendimento de 0,1
b) 8N; 20 cm
c) 200N; 0,025 m (10%), um motor a gasolina de 0,3 e um motor diesel têm
d) 200N; 50 cm rendimento de 0,4. Portanto, é correto afirmar que:
e) 20N; 80 cm a) 40% do calor fornecido pela combustão em um mo-
QUESTÃO 02 tor diesel é transformado em trabalho.
b) 30% do trabalho realizado por um motor a gasolina
Um objeto de altura h é colocado a 50 cm do vértice de é transformado em calor.
um espelho esférico côncavo de raio de curvatura igual a c) 30% da gasolina fornecida ao motor é desperdiçada.
40 cm. A partir destes dados, assinale a alternativa correta. d) 40% dos motores diesel têm maior rendimento do
a) A imagem será formada atrás do espelho (virtual) e que 30% dos motores a gasolina.
com altura menor que o objeto. e) Todas as alternativas estão erradas, pois, veículos a
b) A imagem será formada atrás do espelho (virtual) e gasolina (como carros) ultrapassam com facilidade veículos
com altura maior que o objeto. a diesel (como caminhões).
c) A imagem será formada atrás do espelho (virtual) e
da mesma altura que o objeto. QUESTÃO 05
d) A imagem será formada na frente do espelho (real)
e com altura menor que o objeto. Jacques Alexandre César Charles nasceu em novembro
e) A imagem será formada na frente do espelho (real) e
de 1746, em Beaugency, França. Recebe a denominação de
com altura maior que o objeto.
LEI de CHARLES a lei que rege as transformações a volume
constante de determinada massa de gás. As transforma-
ções a volume constante são chamadas de:

93
FÍSICA

a) isocóricas QUESTÃO 08
b) isotérmicas
c) isobáricas A figura abaixo mostra duas forças com intensidades
d) isochárlicas F1= 4 N e F2= 3 N, perpendiculares entre si, atuando sobre
e) Gay-Lussac uma massa (m) de 5 kg. Sabe-se que as foças e os pontos
A, B, C e D estão situados no mesmo plano.
QUESTÃO 06

Os principais defeitos da visão são a miopia, a hiper-


metropia, a presbiopia, o astigmatismo e o estrabismo.
Analise as definições.
I. Este defeito consiste em um encurtamento do bulbo
do olho na direção anteroposterior. A correção é feita com
uso de lentes convergentes.
II. Este defeito consiste em imperfeições na simetria de
revolução do sistema óptico ocular em torno de seu eixo
óptico. A correção é feita com uso de lentes cilíndricas.
III. Este defeito consiste em um alongamento do bulbo
do olho na direção anteroposterior. A correção é feita com
uso de lentes divergentes.

Assinale a alternativa correta.


a) A afirmativa I trata de Hipermetropia e a II trata de
Miopia.
b) A afirmativa I trata de Miopia e a II trata de Hiper-
metropia.
Assinale a alternativa correta.
c) A afirmativa I trata de Miopia e a III trata de Hiper-
a) A Força resultante aponta para o ponto D e sua in-
metropia.
tensidade é igual a 1 N.
d) A afirmativa II trata de Hipermetropia e a III trata de
b) A Força resultante aponta para o ponto A e sua in-
Miopia.
tensidade é igual a 25 N.
e) A afirmativa I trata de Hipermetropia e a III trata de
c) A massa desloca-se rumo ao ponto A. A Força resul-
Miopia.
tante possui intensidade igual a 5 N que proporciona ao
QUESTÃO 07 corpo uma aceleração igual a 1m/s2.
d) A massa m desloca-se rumo ao ponto A. A Força
A tabela abaixo apresenta o valor máximo da corrente resultante possui intensidade igual a 5 N que proporciona
que cada tipo de fio suporta sem aquecimento excessivo à massa m uma aceleração igual a 5m/s2.
que possa comprometer seu isolamento, isto é, sem danifi- e) A massa m desloca-se rumo ao ponto B. A Força
car a capa plástica que o envolve. resultante é igual a 1 N. Pela segunda lei de Newton, a ace-
A danificação deste isolamento pode trazer sérias con- leração e a força apontam sempre em direções contrárias.
sequências (curto-circuito e ou incêndio).
Respostas: 01-D / 02-D / 03-D / 04-A / 05-A/ 06-E
/ 07-D / 08-C

Na instalação de um chuveiro de 110V com potência


3,5kW, assinale a alternativa que indica qual(is) o(s) núme-
ro(s) do fio que se deve utilizar para que não ocorra exces-
sivo aquecimento da fiação.
a) Fio 14, 12, 10 ou 8
b) Fio 12, 10 ou 8
c) Fio 10 ou 8
d) Somente fio 8
e) Fio que suporte mais de 40A

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