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Civil e Criminal
Marlus Eduardo F. Losso
Marcelo Ribeiro Losso
PARANÁ
Educação a Distância
Curitiba-PR
2012
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Prezado estudante,
Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica
Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro 2007,
com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na mo-
dalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre o Minis-
tério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distância (SEED)
e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e escolas
técnicas estaduais e federais.
O e-Tec Brasil leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de en-
sino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir
o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino
e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das
redes públicas municipais e estaduais.
Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br
e-Tec Brasil
Indicação de ícones
e-Tec Brasil
Sumário
e-Tec Brasil
Aula 9 - Modalidades da responsabilidade civil I..................... 49
9.1 Responsabilidade civil contratual...................................... 49
9.2 Responsabilidade civil extracontratual............................... 50
e-Tec Brasil
Aula 19 - Medicina e Segurança no Trabalho III....................... 95
19.1 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)....... 95
19.2 Programa de controle médico de saúde ocupacional
(PCMSO)................................................................................ 97
19.3 Programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA)....... 97
19.4 Edificações..................................................................... 98
e-Tec Brasil
28.2 Crime de perigo........................................................... 135
28.3 Homicídio culposo........................................................ 136
Referências................................................................................ 147
Atividades autoinstrutivas....................................................... 153
Currículo dos professores-autores........................................... 169
e-Tec Brasil
Palavra dos professores-autores
Prezados alunos
Em nosso dia a dia podemos causar um dano a outrem (seja pessoal/físico, patrimonial ou
mesmo moral). Nasce, do dano causado, um dever de repará-lo ou, se não for possível, de
indenizá-lo. Isso também ocorre em nossa atividade profissional.
A sociedade em que vivemos está evoluindo de tal forma que a ocorrência do dano não é mais
a única preocupação. Pelo contrário, sua reparação é a última instância. Deve-se, sim, dar total
atenção e agir com tal cautela para evitar que ele ocorra, por meio de medidas preventivas.
Para o técnico em segurança no trabalho é de fundamental importância que conheça pelo
menos em síntese, o que é a responsabilidade civil e como ela é aplicada, inclusive como se
dá essa precaução e a decorrente reparação do dano, a fim de que tenha consciência de suas
atitudes, que tome conhecimento da importância de seu trabalho bem feito, executado com
todo o zelo e atenção.
Da mesma forma, é imprescindível o conhecimento da responsabilidade criminal que lhe po-
derá ser atribuído pelo desempenho omisso de suas competências.
O que iremos estudar neste livro é uma síntese desses principais aspectos, com exemplos prá-
ticos que facilmente correlacionamos com nosso cotidiano.
Bons estudos!
11 e-Tec Brasil
Aula 1 - Iniciando nossos estudos:
contextualização
1.1 Contextualização
Você certamente já deve ter presenciado um acidente de trânsito, em que o
veículo que vinha atrás não conseguiu parar e bateu na traseira daquele que
transitava em sua frente.
13 e-Tec Brasil
de nossa vida produzem consequências, e no campo jurídico essas consequ-
ências podem se dar em diversos âmbitos. Por isso estudar responsabilidade
é tão importante.
Resumo
Nossa primeira aula foi apenas para contextualizar o assunto. Pudemos ver,
desde já, que os atos da vida humana podem acarretar consequências pre-
vistas na lei, como o dever de reparar um dano.
Atividades de aprendizagem
Analise a jurisprudência abaixo, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, e
discuta com seus colegas se a decisão é acertada e qual é a lição que se pode
tirar dela.
2.1 Histórico
Pois bem, em um primeiro momento histórico, independentemente da cul-
pa, se o indivíduo causava um dano, havia uma brutal, desproporcional e
violenta resposta a essa injusta agressão.
Você sabia?
17 e-Tec Brasil
(197); se alguém bate numa mulher livre e a fez abortar, deverá
pagar dez siclos pelo feto (209); se essa mulher morre, então deverá
matar o filho dele (210); se o mestre de obras construiu a casa e
esta caindo mata o proprietário, o construtor será morto. E se for
morto o filho do proprietário, será morto o filho do construtor (229
e 230). Esse Código foi descoberto em 1901, e hoje se encontra
exposto à visitação publica no Museu do Louvre, em Paris.
Essa regra da Lei do Talião nos remete à expressão bíblica “olho por olho,
dente por dente”:
Esse período foi muito importante porque os povos antigos eram muito atre-
lados a esses deuses, sendo que a intimidação foi uma forma de evitar o ato
danoso. Ademais, o castigo também era brutal e violento, visto que deveria
ser na proporção da grandeza do deus ofendido.
Para Canto (2005), “neste período o Estado tornou-se forte e chamou para
si a aplicação da pena, que perde seu cunho religioso, assumindo uma finali-
dade política. O objetivo era a segurança do príncipe ou soberano, por meio
da pena, também cruel e severa”.
Você sabia?
Por isso que a responsabilidade civil é muito importante por ser uma das
razões que proporcionam a paz social. Afinal, quem descumpre as normas
jurídicas certamente estará sujeito à reparação do dano que vier a causar, na
forma que veremos adiante em nosso curso.
Resumo
Em conjunto com a primeira aula, hoje foi possível compreender os anteceden-
tes históricos que darão embasamento para a continuidade de nossos estudos.
Atividades de aprendizagem
Em conjunto com um colega, imagine como seria viver em um mundo primiti-
vo, sem leis e sem regras. Nesse contexto, descreva como seria a responsabiliza-
ção de alguém que cometeu algum dano a outrem.
23 e-Tec Brasil
de um ato, fato ou negócio jurídico. Sob essa noção, toda atividade
humana, portanto, pode acarretar o dever de indenizar; Desse modo, o
estudo da responsabilidade civil abrange todo o conjunto de princípios
e normas que regem a obrigação de indenizar.
Nessa linha de raciocínio, Diniz (2002, p.754) explica que “o ato ilícito cria,
portanto, para o autor, a obrigação de reparar danos por ele causados a
terceiros. Essa obrigação recebe a denominação de responsabilidade civil.”
Pois bem, podemos concluir que o dano material, ou seja, aquele em que é
possível mensurar economicamente deve ser reparado.
Resumo
Tivemos uma aula um pouco mais conceitual, em que foi possível compre-
ender os conceitos iniciais de responsabilidade civil e do dever de reparar o
dano material.
Atividades de aprendizagem
Após essas primeiras lições, responda o motivo de haver o instituto da res-
ponsabilidade civil em nosso Direito.
27 e-Tec Brasil
Apesar de possuir várias disposições tratando do tema que estamos estudan-
do ao longo de seu texto, dá especial atenção quando reserva um Título es-
pecial para o instituto da responsabilidade civil (Título IX, Capítulos I e II).
Maria Helena Diniz melhor detalha como funciona a lógica jurídica dessa
questão, explicando que “com isso estabelece a independência da res-
ponsabilidade civil em relação à criminal, ante a diversidade dos cam-
pos de atuação da lei civil e da lei penal. A lei civil procura proteger
interesses de ordem privada; a penal, combater o crime, que constitui
a violação da ordem social”.
Resumo
Verificamos que além do dano material, o dano moral também é indenizável.
Além disso, fizemos a diferenciação entre a responsabilização civil e criminal.
Atividades de aprendizagem
Juntamente com seus colegas, faça a correlação entre o art. 186 e 927 do
Código Civil.
Para Amaral (2008, p.551), “o ato ilícito pode ser penal ou civil, conforme
resulte da infração da norma de direito público penal, que visa defender a
sociedade, prevenindo e penalizando a infração e retribuindo com a pena
cominada, ou da infração de norma de direito privado, que tem por objetivo
a defesa dos interesses particulares, de natureza pessoal (direitos da perso-
nalidade) ou econômica”.
31 e-Tec Brasil
Entende que ato ilícito “é o ato praticado com infração de um dever legal ou
contratual, de que resulta dano para outrem”.
Também há diferenciação nas esferas cível e penal, visto que “o ilícito civil
produz a coação patrimonial, gerando uma obrigação de restituir, ou de inde-
nizar, ou a execução forçada ou, ainda, a declaração de nulidade de um ato”,
enquanto o “ilícito penal além de poder acarretar todas essas consequências,
vai mais além, determinando uma coação pessoal, através da pena privativa de
liberdade ou de uma medida de segurança” (Maggio, 2001. p.71).
Você sabia que as penas podem ser classificadas entre quatro tipos? São elas:
Como dito, a conduta humana pode ser ativa (ação) ou passiva (omissão).
Portanto, é possível sim que uma pessoa seja responsabilizada porque de-
veria fazer algo e não o fez. Um exemplo disso é o crime de omissão de
socorro previsto no art. 304 do Código de Trânsito Brasileiro (Lei Federal nº
9.503/97):
Mas o que isso tem a ver comigo? Bem, tem muito ver. Para melhor enten-
der, veja o próximo item abaixo.
Resumo
Vimos o primeiro requisito para configuração da responsabilidade civil, seus
diversos aspectos e conceitos.
Atividades de aprendizagem
Qual a diferença entre “dolo” e “culpa”. Pesquise em jornais, revistas e na
Internet situações que possam exemplificar o conceito de cada um
Esta aula está intimamente ligada com a aula anterior, em que analisa-
mos o primeiro requisito para a configuração da responsabilidade civil.
Agora iremos verificar situações específicas do técnico em segurança no
trabalho.
Pois bem, você que será um futuro Técnico em Segurança no Trabalho deve
estar muito atento às suas obrigações legais específicas para não incorrer em
um crime por omissão, além da responsabilização civil, é claro! Para tanto,
vale dar uma olhada na Portaria nº 3.275, de 21 de setembro de 1989, ex-
pedida pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
35 e-Tec Brasil
• analisar os métodos e os processos de trabalho e identificar os fatores
de risco de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho e
a presença de agentes ambientais agressivos ao trabalhador, propondo
sua eliminação ou seu controle;
Resumo
Nesta aula foi possível verificar alguns exemplos de ações e omissões aplicá-
veis ao técnico em segurança no trabalho.
Atividades de aprendizagem
Relacione, em uma listagem, quais são as principais ações, em sua opinião,
que competem ao técnico em segurança no trabalho. Justifique a escolha de
pelo menos três delas.
De forma resumida:
Em qualquer dos casos, será definido como dano material (como já expli-
camos anteriormente, é aquele que se pode traduzir em uma quantia em
dinheiro. Ex: quebrou o vidro, deverá providenciar outro) ou dano moral (de
índole psicológica, ou seja, interna de um indivíduo, que atinge sua perso-
nalidade).
39 e-Tec Brasil
Nesse caso, não haverá vínculo quando o dano não tiver correlação com a
conduta humana ilícita.
7.3 Imputabilidade
De maneira simplista, imputabilidade se traduz na possibilidade de se atri-
buir a alguém alguma responsabilidade. E para tanto, será necessário verifi-
car se essa pessoa possuir alguns requisitos pessoais mínimos. Para melhor
exemplificar Venosa (2009, p.66) explica que:
Pois bem, várias são as situações em que uma pessoa pode ser inimputável,
dentre as quais destacamos: menores de 16 (dezesseis) anos de idade, os
que não possuem o necessário entendimento.
Resumo
Nesta aula vimos os dois últimos pressupostos para a caracterização da res-
ponsabilidade civil, que é o dano e o nexo causal existente entre ele e a con-
duta humana ilícita (primeiro dos requisitos). Também foi possível conhecer
o que é o instituto da imputabilidade, tema de grande relevância para a
responsabilidade civil.
Atividades de aprendizagem
Leia a notícia a seguir e debata com seus colegas como fica a responsabilida-
de do motorista de um automóvel que causar sério acidente de trânsito. No
caso em questão, o motorista poderá ser considerado inimputável?
Para esclarecer essa questão, Venosa (2009, p.50) nos explica que “o caso
fortuito (Act of God, Ato de Deus no direito anglo-saxão) decorreria de for-
ças da natureza, tais como terremoto, a inundação, o incêndio não provo-
cado, enquanto a força maior decorreria de atos humanos inelutáveis, tais
como guerras, revoluções, greves e determinação de autoridades”.
Em resumo, podemos afirmar que caso fortuito e força maior são situações
alheias à vontade do agente.
43 e-Tec Brasil
está com as luzes do veículo completamente apagadas e não utiliza qualquer
sinalização; o condutor de outro veículo, dirigindo dentro do limite de ve-
locidade, ao se deparar com a situação, não consegue frear seu automóvel
e colide com o veículo parado; em regra a culpa é de quem causa a batida,
mas no caso será do motorista do veículo sem combustível, que não cumpriu
as normas de trânsito que determinam a sinalização do local.
A esse respeito, Lopes (2000, p.525) esclarece que “o direito deve ser exer-
cido em conformidade com o seu destino social e na proporção do interesse
de seu titular [...] no abuso de direito trata-se de uma conduta consistente no
exercício de um determinado direito, porém ultrapassando os seus limites”.
Aponta, ainda, o mesmo autor que “por duas maneiras o abuso do direito é
sancionado pela ordem jurídica: de um modo geral, o ressarcimento por per-
das e danos; de um modo especial e quando possível e adequado, mediante
a supressão ou anulação do fato ou ato abusivo, restabelecendo-se o statu
quo ante” (situação anterior).
Destacamos que o nosso Direito não protege quem praticar um ato que seja
manifestamente ilegal, mesmo que haja uma determinação de seu superior
hierárquico (ex: chefe que determina ao empregado para agredir um tercei-
ro que é seu desafeto). Afinal, não é porque você é empregado que deve
cometer um ato ilegal somente porque seu chefe pediu. Ainda mais porque
tal solicitação poderá ser enquadrada como um crime pela legislação penal.
A esse respeito o art. 22 Código Penal entende que: “se o fato é cometido
sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifesta-
mente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou
da ordem”.
Está prevista no art. 188, inciso II, do Código Civil Brasileiro, e também é
uma causa de exclusão da ilicitude.
Resumo
Aprendemos nesta aula que nem todas as ações humanas ilícitas podem
acarretar o dever de deparar o dano. São situações que excluem a ilicitude
do ato, e elas foram analisadas em nossa aula de hoje (caso fortuito e força
maior; culpa exclusiva da vítima; fato de terceiro; legítima defesa; exercício
regular de um direito e estado de necessidade).
Atividades de aprendizagem
Analise as duas decisões abaixo, aponte quais são as hipóteses de exclusão
da ilicitude que os respectivos julgadores utilizaram:
49 e-Tec Brasil
9.2 Responsabilidade civil extracontratual
Já na responsabilidade civil extracontratual, também conhecida como “aqui-
liana”, a situação é bem diferente, pois não há partes previamente definidas,
muito menos um contrato para dar origem a direitos e obrigações.
Resumo
Nesta aula vimos duas das modalidades de responsabilidade civil (contratual
e extracontratual), que serão complementadas por mais duas em nossa pró-
xima aula.
Atividades de aprendizagem
Explique qual é a diferença entre a responsabilidade civil contratual e respon-
sabilidade civil extracontratual, apontando exemplos de cada um.
53 e-Tec Brasil
Os teóricos trazem um alerta importante: Jorge Neto e Cavalcante (2005,
p.753) advertem que “nas hipóteses de responsabilidade objetiva, a ativida-
de exercida é lícita, mas, por expor terceiros a perigo, podendo causar-lhes
danos, tem o dever de tomar todas as cautelas para que efetivamente isso
não ocorra”.
Fonte: <http://oglobo.globo.com/blogs/cat/posts/2009/07/07/o-predio-que-caiu-chapado-para-tras-202703.asp>.
Acesso em: 05 out. 2011.
Você sabia?
Resumo
O estudo que realizamos hoje encerra as quatro modalidades de responsa-
bilidade civil, quais sejam: contratual, extracontratual, subjetiva e objetiva.
Atividades de aprendizagem
O Código de Defesa do Consumidor – CDC traz alguns conceitos a respeito
da responsabilidade civil do fornecedor. Após ler o art. 12 e seus parágrafos,
responda se o CDC prevê a modalidade objetiva ou subjetiva do fornece-
dor em relação ao fato do produto ou serviço. Para ter acesso ao CDC,
consulte diretamente o link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/
L8078compilado.htm
59 e-Tec Brasil
De acordo com esse dispositivo, o devedor deverá arcar com perdas e danos,
juros e correção monetária, além dos honorários do advogado do credor
fixados pelo Juiz.
• Lucro Cessante: é tudo aquilo que a vítima deixou de lucrar com o ato
ilícito sofrido, ou seja, representa uma expectativa razoável de aumento
de patrimônio não ocorrida pelo evento.
Resumo
Vimos nesta aula o que significa reparar um dano. Também estudamos que
o dano pode ser ressarcido por meio de “perdas e danos”, seja por “dano
emergente” ou “lucro cessante”.
Por essa razão, na falta de legislação específica, os juízes e teóricos que estu-
dam o tema traçam alguns parâmetros para a definição dos critérios a serem
considerados para fixação da indenização para ressarcimento do dano moral
que, por exemplo, são:
63 e-Tec Brasil
Antigamente, com origem no direito norte-americano, começaram a surgir
algumas ações sem fundamento para pedir o ressarcimento de danos mo-
rais. A imprensa passou a chamar esses casos de “indústria do dano moral”.
Art. 951. O disposto nos art. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no
caso de indenização devida por aquele que, no exercício de ativi-
dade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, cau-
sar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou
inabilitá-lo para o trabalho.
Você já se deparou com alguma situação em que teve que provar que o pro-
duto adquirido estava com problemas?
Resumo
O indivíduo causador de um dano deverá repará-lo, e hoje vimos que diver-
sos são os elementos que são analisados para medir a extensão do prejuízo
causado à vítima, inclusive em relação ao dano moral.
Atividades de aprendizagem
Pesquise em jornais, livros, revistas e na Internet como os juízes aplicam os
elementos que estudamos na aula de hoje em suas decisões.
Com certeza você deve estar percebendo que na medida em que avan-
çamos na matéria tudo parece ficar mais claro a respeito da responsabili-
dade. Agora vamos iniciar um conteúdo que está muito próximo de sua
realidade como técnico em segurança no trabalho.
67 e-Tec Brasil
Para Martins (2004, p.50), o Direito do Trabalho “é o conjunto de princí-
pios, regras e instituições atinentes à relação de trabalho e situações
análogas, visando assegurar melhores condições de trabalho e sociais
ao trabalhador, de acordo com as medidas de proteção que lhe são
destinadas”.
Atividades de aprendizagem
Discuta com seus colegas quais são as diferenças entre o empregado e o
empregador.
Caso seja violado, o mesmo autor aponta que é muito mais grave violar um
princípio do que uma regra ou lei específica, pois implica na ofensa de todo
o sistema de comandos.
De uma forma geral, o Direito abrange uma série de princípios (que podem
ou não estar previstos em regras jurídicas de forma expressa), dentre eles
podemos destacar:
• Proteção à vida;
• Dignidade da pessoa humana;
• Igualdade;
• Liberdade para ir e vir;
• Liberdade religiosa;
• Proteção da propriedade privada;
• Função social da propriedade;
• Boa-fé;
• O contrato faz lei entre as partes (pacta sunt servanda)
• Presunção de inocência;
• Etc.
73 e-Tec Brasil
O Direito do Trabalho, por ser um ramo específico do Direito, também res-
peita uma série de princípios. Destes, podemos destacar os seguintes:
Caso o empregador desejar romper esse vínculo, deverá arcar com “pesa-
das” verbas trabalhistas (multa de 40% do FGTS, aviso prévio, etc) exata-
mente para desestimular tal prática. Porém existem algumas exceções como
o conhecido contrato de experiência, o contrato de aprendizagem, etc.
Por essa razão, não se admite que o empregado renuncie direitos trabalhis-
tas (ex: férias, 13º salário, descanso semanal, etc), pois há uma presunção
implícita de que essa renúncia decorre da superioridade econômica do em-
pregador.
Resumo
Esta aula foi dedicada ao aprendizado do que são princípios.
Atividades de aprendizagem
Imagine um estudante que foi contratado como estagiário (inclusive assi-
nando um contrato na forma exigida pela Lei nº 11.788/08), porém nunca
teve qualquer acompanhamento ou supervisão da Instituição de Ensino, e
desempenhava exatamente as mesmas atividades que seus colegas de traba-
lho faziam, mas estes eram empregados com Carteira de Trabalho assinada.
Assim, considerando os princípios que acabamos de ver, você entende que
esse contrato de estágio é válido? Por quê? Poderíamos considerá-lo como
contrato de emprego? Qual a responsabilidade da empresa no caso de des-
virtuar o contrato de estágio?
Diniz (2003, p.122) entende com muito acerto que nas relações jurídicas
normalmente a responsabilidade está quase que ligada a uma ação. Porém,
“no campo as saúde do trabalho, entretanto, predominam as situa-
ções de omissão”.
Por essa razão muitas situações encontradas nas relações trabalhistas devem
ser vistas com especial atenção pelo Técnico em Segurança no Trabalho,
visando afastar qualquer possibilidade de responsabilização.
77 e-Tec Brasil
caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde
que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do
empregado”.
Resumo
Você já reparou na quantidade de situações em que encontramos o insti-
tuto da responsabilidade no Direito do Trabalho? Nesta aula vimos quatro
exemplos, que são: a responsabilidade do empregado pelos danos causados
ao empregador, a responsabilidade civil do empregador frente a terceiros
por dano causado pelo empregado, a responsabilidade do empregador pelo
pagamento do salário e das verbas trabalhistas e a responsabilidade do em-
pregador no caso de acidente de trabalho.
81 e-Tec Brasil
de economia mista, desde que hajam participado da relação processual
e constem também do título executivo judicial (art. 71 da Lei nº 8.666,
de 21.06.1993)”;
Resumo
A cada aula que passa vamos avançando no conteúdo programático. Nesta
aula, em continuidade à aula anterior, pudemos verificar vários exemplos de
responsabilidades aplicáveis ao Direito do Trabalho.
Atividades de aprendizagem
Leia o texto a seguir e reflita com seus colegas se a decisão está em conso-
nância com o que vimos na aula de hoje e na anterior:
17.1 Histórico
A Revolução Industrial foi, sem dúvida alguma, um importante marco his-
tórico em que houve um exponencial desenvolvimento das máquinas e dos
métodos de produção.
17.2 Conceituação
Para Martins (2004, p.636), “a segurança e medicina do trabalho são o seg-
mento do Direito do Trabalho incumbido de oferecer condições de proteção
à saúde do trabalhador no local de trabalho, e de sua recuperação quando
não se encontrar em condições de prestar os serviços ao empregador”.
85 e-Tec Brasil
A medicina e segurança do trabalho preocupa-se com as medidas de pre-
venção, com a ergonomia e com os adicionais (de insalubridade e periculo-
sidade).
Como exemplos de EPIs, podemos citar: botas, luvas, óculos, aventais, jale-
cos, respiradores, protetores auriculares, etc.
Abastecimento de aeronaves
Pó molhável / Grânulos WG
Embalagem hidro-solúvel
Varreção dos armazéns
Termo-nebulização
Sementes tratadas
Granulado de solo
Costal motorizado
Carga e descarga
Isca granulada
Granuladeira
Polvilhadeira
Bandeirinha
Mangueira
Granulado
Sementes
Pó seco
Líquido
Líquido
Costal
Turbo
Capacete
Boné Árabe
Protetor de ouvido
Viseira facial
Respirador
Calça hidro-repelente
Jaleco hidro-repelente
Avental impermeável
Botas impermeáveis
Luvas impermeáveis
Fonte: http://www.andef.com.br/epi/aquisicao.htm
Resumo
Na aula de hoje vimos que não havia preocupação com a proteção do em-
pregado na época da Revolução Industrial, e tal pensamento foi de funda-
mental importância para o desenvolvimento da Medicina e Segurança no
Atividades de aprendizagem
Verifique junto à empresa onde você trabalha, ou em que trabalha algum
colega, se os EPIs utilizados possuem o Certificado de Aprovação.
91 e-Tec Brasil
18.2.1 Atribuições do SESMT
Segundo o item 4.12 da NR nº. 04, compete ao SESMT as seguintes atribuições:
Na lição Martins (2004, p.641), “tem a CIPA por objetivo observar e rela-
tar as condições de risco nos ambientes de trabalho e solicitar as medidas
para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou neutralizá-los, discutindo
os acidentes ocorridos e solicitando medidas que os previnam, assim como
orientando os trabalhadores quanto a sua prevenção”.
Em relação aos eleitos para os cargos de Direção da CIPA, para que possam
desempenhar sua atividade com empenho e tranquilidade, lhes é assegura-
da a vedação da despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não
se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro, desde o
registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato (art.
165 da CLT e item 5.8 da NR nº 5).
95 e-Tec Brasil
Veja abaixo a ata de uma reunião da CIPA:
Aos doze dias do mês de setembro de dois mil e onze, às oito horas
e trinta minutos, na sala trezentos e onze do bloco “S”, realizou-se
a reunião ordinária da comissão Interna de Prevenção de Acidentes
– CIPA, da FÁBRICA DE PREGOS JARDIM FLORIDO, presidida por
João da Silva, com a presença dos representantes da empregado-
ra: Nilton Fagundes, Antônio José e Florilda Rosa; representantes
dos empregados: Ana Claudia Josefa, Pedro Martelo e Antonieta
Crisântemo; representante do SESMT: Ageu Flores, José Serrote e
Juvenildo Campina. Ausentes com justificativa: Jucenilda Paixão e
Gustavo Girassol. Ausentes sem justificativa: Carlos Passos Curtos
e Juvência Miraflores. Dando início à reunião, o presidente João
Silva apresentou a pauta, conforme segue: 1. Elaboração dos Ma-
pas de Risco: o membro do SESMT, Ageu Flores, juntamente com
os membros da comissão de Inspeção de Ambientes de Trabalho,
José Serrote e Juvenildo Campina, apresentaram o modelo final
dos Mapas de Risco, que foi aprovado pelos membros da CIPA.
Até o momento foram elaborados os mapas de risco de 23 locais
que serão afixados em locais de fácil visibilidade. Na oportunidade,
o Engenheiro Pedro Martelo entregou o cronograma de agenda-
mento de visitas aos Blocos para a elaboração dos Mapas de Risco.
2. Informativo: foi aprovado e será distribuído em breve. 3. SIPAT:
foi aprovada a data da próxima SIPAT, a qual será realizada nos dias
doze, treze e quatorze de maio dois mil e dez, no horário das doze
às treze horas, em local a ser definido. O tema sugerido foi TABA-
GISMO, com depoimentos de fumantes e palestras com profissio-
nais da área; teatro com participação dos alunos com deficiência
auditiva; exposição de desenhos e distribuição de cartões elabora-
dos pelas crianças da escola infantil e também a participação do
coral com a terceira idade. Uma sugestão do presidente da CIPA
foi convidar representantes do plano de saúde da empresa para
contribuir com distribuição de folhetos e programas preventivos. 4.
Site da CIPA: Antonieta Crisântemo será a responsável por divulgar
na internet todas as atas. 5. Vistoria nos depósitos do setor “A”:
a Comissão de Inspeção de Ambientes de Trabalho irá fazer uma
vistoria nos depósitos, com fotos e relatório a pedido dos funcio-
nários, pois estes estão apresentando riscos de acidentes e presen-
ça de ratos e aranhas. 6. Velocidade dos veículos dentro das de-
pendências da fábrica: os colegas do Florilda Rosa e Antônio José
comunicaram que alguns funcionários vêm ultrapassando o limite
Também é importante que você saiba quais são as suas etapas (item 9.3.1):
19.4 Edificações
De forma geral, o tema das edificações é tratado pelos arts. 170 a 174 da
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
Resumo
Nesta aula conhecemos um pouco mais a respeito das atribuições da Comis-
são Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), como funciona o Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e, também, noções básicas de como
devem ser as edificações onde os trabalhadores prestam seus serviços.
Atividades de aprendizagem
Agora é a sua vez de colocar em prática o que está aprendendo: elabore
um estudo acerca do dimensionamento da CIPA em uma empresa de sua
cidade. Para começar essa atividade, veja como o estabelecimento se enqua-
dra no Cadastro Nacional de Atividades Econômicas – CNAE e consulte os
anexos da NR nº. 5 do Ministério do Trabalho e Emprego.
20.1 Iluminação
Não se admite locais de trabalho sem que haja adequada iluminação, seja
ela natural ou artificial.
Segundo o art. 175 da CLT, deve-se procurar a melhor disposição para que
seja uniformemente distribuída a fim de evitar reflexos, ofuscamentos, som-
bras e contrastes excessivos.
Resumo
Hoje nosso encontro foi muito rico em informações. Aprendemos noções de
iluminação, de conforto térmico e outros conceitos aplicáveis. Além disso,
percebemos também que há divisão de responsabilidades entre os envolvi-
dos, de forma a prevenir a ocorrência de acidentes e preservar a integridade
dos trabalhadores.
Atividades de aprendizagem
Reflita se o empregado pode se recusar a utilizar um Equipamento de Pro-
teção Individual fornecido pela empresa. E na hipótese do EPI não possuir o
Certificado de Aprovação? Justifique sua resposta.
Você sabia?
Para se ter uma ideia, exemplificamos com o Anexo nº. 1, da NR nº. 15, que
traça os limites máximos de tolerância para ruídos contínuos ou intermitentes.
Você sabia?
Resumo
Finalizamos todo o conteúdo a respeito de Medicina e Segurança no Traba-
lho com a análise do que são atividades perigosas, seus conceitos, exemplos
e reflexos.
Atividades de aprendizagem
Agora, para consolidar seu aprendizado, explique abaixo qual é a diferença
entre atividade insalubre e atividade perigosa.
Em nosso livro estamos estudando como evitar que você tenha que ser
responsabilizado civil e até criminalmente por um dano que eventual-
mente cause especialmente em sua atuação profissional (e até mesmo
em sua vida pessoal). Pois bem, nesta aula veremos quando se configura-
rá o acidente de trabalho, suas consequências e a distinção que há entre
doença profissional e a doença do trabalho.
Nesse sentido, Vieira (2005, p.53) considera que “todo acidente é, geral-
mente, uma ocorrência violenta e repentina, com consequências normal-
mente imprevisíveis e, às vezes, até catastróficas, em que todos, trabalhado-
res, empregadores e a própria nação, saem perdendo”.
A definição que a legislação nos traz (Lei nº 8.213/91, art. 19) é a seguinte:
“acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII
do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional
que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho”.
Para Angher (2002, citado por Chaves, 2009, p.13) “acidente do trabalho é
o sinistro sofrido pelo empregado, decorrente da relação de emprego, cau-
sando lesão corporal ou perturbação funcional motivadora de morte, perda
ou redução, permanente ou temporária, da capacidade de trabalho”.
Fonte: <http://ext02.tst.jus.br/pls/no01/NO_NOTICIASNOVO.Exibe_Noticia?
p_cod_noticia=9766&p_cod_area_noticia=ASCS. Acesso em 08.11.2011
Você sabia?
Diniz (2003, p.116) explica que “as doenças profissionais, também deno-
minadas de ergopatias, tecnopatias ou doenças típicas, são moléstias produ-
zidas pelo exercício de atividade profissional específica”.
Como exemplo cita: a) pneumoconiose: doença dos pulmões proveniente de
inalação habitual de partículas minerais ou metálicas como o carvão, a sílica,
o alumínio, o ferro, etc; b) saturnismo ou plumbismo: intoxicação crônica
pelo chumbo; c) hidrargismo: intoxicação por mercúrio (por via respiratória,
cutânea ou digestiva).
Resumo
Nessa aula vimos quando se configura o acidente de trabalho, seus reflexos
e estatísticas. Esses dados nos fizeram concluir que o técnico em segurança
no trabalho tem a missão de evitar que sejam aumentados os registros de
acidentes. Além disso, também estudamos o que é acidente de trajeto, e foi
analisada a diferença entre doença profissional e doença do trabalho.
Atividades de aprendizagem
Responda às seguintes perguntas:
É isso que diz o art. 22 da Lei nº. 8.213/91: “a empresa deverá comunicar o
acidente do trabalho à Previdência Social até o 1º (primeiro) dia útil seguinte
ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade compe- Para conhecer como é o
formulário do Comunicado de
tente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo Acidente de Trabalho, acesse:
http://www.previdencia.gov.
do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, br/forms/formularios/form001.
aplicada e cobrada pela Previdência Social”. html
Isso porque há uma Súmula (de nº 229) do Supremo Tribunal Federal enten-
dendo que “a indenização acidentária não exclui a do direito comum, em
caso de dolo ou culpa grave do empregador”.
Resumo
Avançamos em nosso conteúdo. Nesta aula pudemos aprender quais são as
providências administrativas a serem tomadas no caso de acidentes de traba-
lho. Também vimos quais são os prazos da garantia de emprego a que possui
o acidentado, e descobrimos que a Previdência Social pode ajuizar uma ação
Atividades de aprendizagem
Como você viu, a Previdência Social alterou a alíquota SAT em 2009. Sua mis-
são é pesquisar como as empresas receberam essa modificação de critério.
Seu conceito legal pode ser encontrado no art. 216-A do Código Penal:
“constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento
sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou
ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.”
Em 1996 foi objeto de reportagem de capa da Revista Veja (1995), que nos
trouxe o alarmante dado de que “uma pesquisa feita na semana passada em
doze capitais pela Brasmarket, Análise e Investigação de Mercado, informa
que 52% das mulheres que trabalham consideram que já foram assediadas
sexualmente”.
Resumo
Vimos nesta aula que o assédio sexual, cada vez mais frequente no ambiente
de trabalho, é crime, e muitas vezes a vítima, por medo, não toma as provi-
dências necessárias para a responsabilização do ofensor. Esse quadro precisa
mudar.
Após a leitura, discuta com seus colegas o enfoque dado, inclusive respon-
dendo quais os reflexos do assédio moral na esfera trabalhista e na esfera
penal.
A reparação pelo dano moral deve ter caráter punitivo e didático, vi-
sando penalizar o agressor e impedir que volte a reincidir na conduta.
Por outro lado, sua finalidade não é enriquecer a vítima, mas apenas
proporcionar-lhe certo conforto, já que a pecúnia jamais será suficiente
para reparar o sofrimento moral, que é inestimável. Para o arbitramen-
to da quantia, também será levado em conta o grau de culpa da ré,
que, no caso, considero grave, ante a forma deliberada com que a con-
duta foi praticada. Na hipótese, reconheço como justa, a indenização
por danos morais arbitrada no importe de R$ 5.000,00 (cinco mil reais),
a qual atenderá às finalidades acima.
Resumo
Cada vez mais encontramos casos de assédio moral no trabalho, tema de
nossa aula de hoje. Os empregadores, seus prepostos e os empregados pre-
cisam estar atentos para que ele não ocorra. Isso também vale para os casos
de assédio sexual estudados na aula anterior.
Atividades de aprendizagem
Faça uma pesquisa com seus amigos e familiares e verifique se eles já foram
vítimas de assédio moral no trabalho. Depois discuta com seus colegas os
resultados obtidos.
27.1 Conceito
Um conceito clássico de Direito Penal, ensinado por Garcia (1956, p.8), nos
diz que “é um conjunto de normas jurídicas que o Estado estabelece para
combater as infrações penais, consistentes em crimes ou delitos e contra-
venções, disciplinando a aplicação, assim, das penas e das medidas de se-
gurança”.
27.2 Histórico
O Direito Penal, segundo Maggio (2001, p.31), passou por diversas fases ao
longo da história, e elas foram estudadas em nossas primeiras aulas (fase da
vingança privada, da vingança divina e da vingança pública).
Resumo
Nesta aula vimos os conceitos iniciais de responsabilização criminal,
seu histórico e também estudamos a contravenção penal.
Nesse crime, se a lesão corporal foi ocasionada por culpa do agente (imagine
o técnico em segurança no trabalho que não observa as atribuições profis-
sionais previstas na legislação já referida nas aulas anteriores), a pena é de
detenção de dois meses a um ano.
Resumo
Na aula de hoje vimos os três principais crimes que podem ser atribuídos ao
técnico em segurança no trabalho. Para afastá-los, é seu dever, como futuro
técnico em segurança no trabalho, cumprir todas as atribuições da profissão,
evitando-se a ocorrência de um acidente.
Atividades de aprendizagem
Analise qual pode ser a responsabilidade criminal dos integrantes do Pro-
grama de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), do Serviço Especializado
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) ou da
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) quando da ocorrência
de um acidente não previsto em seus documentos de identificação de riscos.
Discuta com seus colegas as suas conclusões.
29.1 Contexto
A empresa, ente jurídico de personalidade própria, é formada pela união de
vários fatores: o capital, a técnica e os bens (sejam eles materiais ou mesmo
imateriais, como a própria marca comercial). Além disso, é a gestora de ou-
tros, como a mão-de-obra.
Resumo
Hoje vimos que a busca pelo lucro indiscriminado pelas empresas possui
limitações, sendo esse o campo de estudo do que seja sua responsabilidade
perante a sociedade.
Atividades de aprendizagem
Assista ao vídeo disponível no link http://www.youtube.com/
watch?v=kYV5ZYdx2L4 e aponte o que você tem feito para melhorar o
mundo em que vivemos.
Nesta aula, última de nossa apostila, faremos uma breve revisão dos con-
teúdos abordados ao longo de nosso curso, nos dez temas.
Estudamos conceitos legais, dados estatísticos (que nos fazem refletir a res-
peito da importância da correta atuação do técnico em segurança no tra-
balho), garantia de emprego e o direito de regresso da Previdência Social
contra a empresa que descumpriu as normas.
Tema de certa forma polêmico, que muitas vezes acaba não denunciado por
medo do próprio ofendido, seja pelo assédio moral ou mesmo sexual.
Essa aula foi um presente especial a você aluno, que passou a compreender
que os atos que praticamos hoje repercutirão em grande intensidade para
as futuras gerações, além de influenciar diretamente os nossos stakeholders.
Aula 30 - Uma breve revisão do que foi visto no livro 145 e-Tec Brasil
Resumo
Hoje chegamos ao final de nossa caminhada, e esperamos que tenham com-
preendido a real e constante necessidade de vocês, como futuros técnicos
em segurança no trabalho, atentarem para o respeito às normas de segu-
rança dentro das empresas e indústrias. É a vida humana que está em jogo.
Atividades de aprendizagem
Discuta com seus colegas os pontos mais importantes estudados em nosso
livro e que são aplicáveis ao o técnico em segurança no trabalho.
Legislação consultada
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso em: 14
dez. 2009.
______. Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999. Aprova o Regulamento da
Previdência Social, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.
br/ccivil/decreto/D3048.htm>. Acesso em: 14 dez. 2009.
______. Decreto-Lei nº. 2.848 de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del2848.htm2848.htm>. Acesso em:
14 dez. 2009.
______. Decreto-Lei nº. 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis
do Trabalho. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/Decreto-Lei/Del5452.
htm>. Acesso em: 14 dez. 2009.
______. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da
Previdência Social e dá outras providências. Disponível em: <http://www3.dataprev.gov.
br/SISLEX/paginas/42/1991/8213.htm>. Acesso em: 14 dez. 2009.
______. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 14 dez. 2009.
______. Portaria n.° 3.214, de 08 de junho de 1978. Ministério do Trabalho e Emprego.
Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação da
Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.
Disponível em: <http://www.mte.gov.br/legislacao/Portarias/1978/p_19780608_3214.
pdf>. Acesso em: 14 dez. 2009.