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MARCELO COSSETIN
Ijuí
2018
MARCELO COSSETIN
Ijuí /RS
2018
MARCELO COSSETIN
BANCA EXAMINADORA
Em primeiro lugar a Deus, pois sem a fé que tenho nele não chegaria até aqui.
A minha esposa, por ter me servido de inspiração com sua determinação, autoestima e
amor, mostrando-me que posso ser e ter tudo o que o mundo tem a oferecer de melhor com a
força do nosso pensamento e perseverança.
A minha orientadora, pela chance que me concedeu de realizar esse estudo, passando
toda a informação necessária para a compreensão do mesmo, o meu muito obrigado.
Napoleon Hill
RESUMO
O DDS é uma reunião realizada todos os dias entre os trabalhadores onde é feita a
conscientização e troca de experiências sobre fatos ocorridos, meios de acontecer e formas de
se evitar acidentes. O presente trabalho teve sua realização com o objetivo de ressaltar os
benefícios que uma boa comunicação entre empresa e colaboradores sobre os acidentes, seus
relatos e os meios de proteção trazem, fazendo com que aumente a importância que a prevenção
tem no local de trabalho. Foram realizadas pesquisas em artigos e trabalhos de conclusão de
curso, revistas, livros para sanar as dúvidas e aprimorar o conhecimento sobre Diálogo Diário
de Segurança (DDS). A pesquisa qualitativa foi utilizada para resolver as questões de pesquisa
sobre como a comunicação e o ambiente influenciam no risco de sofrer acidentes. Neste
trabalho foram explanados questionamentos, temas, locais, proposta e em anexo uma ficha de
controle para realização do DDS.
The DDS is a meeting held every day between workers where awareness is made and exchange
of experiences about events, ways to happen and ways to avoid accidents. The present work
was carried out with the aim of highlighting the benefits that good communication between
company and employees about accidents, their reports and the means of protection bring,
increasing the importance of prevention in the workplace. Research was done on articles and
course completion papers, journals, books to solve doubts and improve knowledge about the
Daily Safety Dialogue (DDS). Qualitative research was used to solve research questions about
how communication and the environment influence the risk of accidents. In this paper,
questionnaires, themes, locations, proposal and enclosed a control sheet for DDS were
explained.
1 Introdução ................................................................................................... 13
1.1 OBJETIVOS ................................................................................................ 14
1.1.1 Objetivo geral ............................................................................................. 14
1.1.2 Objetivo específico ..................................................................................... 14
1.1.3 Metodologia ................................................................................................ 15
1.1.4 Estrutura do trabalho ................................................................................ 15
2 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................. 17
2.1 ACIDENTE DE TRABALHO ..................................................................... 17
2.1.1 Causas dos acidentes de trabalho ............................................................. 22
2.1.2 Prevenção de acidentes de trabalho.......................................................... 24
2.1.3 Consequências dos acidentes de trabalho ................................................ 24
2.2 DIÁLOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA ..................................................... 26
2.2.1 Normas Regulamentadores e o Diálogo Diário de Segurança ............... 27
2.2.2 Comunicação aliada a prevenção ............................................................. 29
3 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS ...................... 33
3.1 QUESTIONAMENTOS .............................................................................. 33
3.2 TEMAS PARA DDS.................................................................................... 33
3.3 LOCAIS PARA REALIZAÇÃO ................................................................. 34
3.4 PROPOSTA DE REALIZAÇÃO ................................................................ 35
3.4.1 Formato do DDS ......................................................................................... 36
3.5 PROPOSTA DE DDS APLICADO A MANUTENÇÃO ELÉTRICA ....... 37
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 41
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 43
APÊNDICE A – SUGESTÃO DE FICHA DE CONTROLE DE DDS ................. 45
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1 INTRODUÇÃO
Estamos vivendo uma época em que o diálogo com contato visual se torna cada vez mais
essencial para um bom entendimento, no que se refere a formas de conscientização de
colaboradores de empresas onde, a todo tempo em que se está executando uma atividade, mesmo,
sendo ela rotineira, se deve ter um nível de atenção e uma clara compreensão da sua atividade e
riscos que ela apresenta. Desse modo o Diálogo Diário de Segurança chega como ferramenta da
empresa para o colaborador.
“O Diálogo Diário de Segurança é o nome dado a uma reunião realizada diariamente entre
os trabalhadores e nas reuniões deve haver a comunicação de possíveis áreas ou
equipamentos que podem colocar o trabalhador em risco de sofrer algum tipo de acidente.
Em todas as atividades que envolvam trabalhadores, de qualquer segmento ou de qualquer
ramo, há uma grande necessidade de se comunicar. Uma comunicação é eficiente quando
se atinge os objetivos do conteúdo que na comunicação deve estar explícita para que todos
os interessados fiquem bem informados sobre o que se quer comunicar.”
Assim, esse estudo tem por finalidade definir o quão importante é a comunicação entre
funcionários sobre os perigos rotineiros e eventuais para que se previna todo e qualquer tipo de
acidente e também mostrar as melhores formas de comunicação interna para a prevenção da saúde
e segurança e evitar que nenhum funcionário coloque o outro em perigo.
“Ao presenciar um colega fazendo um ato ou sendo colocado em um ato de risco, sem ter
a intenção que isso aconteça, é claro, você deve pedir para que ele pare de fazer o que está
fazendo e explicar o que pode acontecer caso ele continue, para que não ocorra um
acidente, você estará apto a fazer isto porque você ouviu em um DDS que aquela situação
já pode ter acontecido antes e houve um acidente.”
De acordo com Araújo (2014), “As empresas tem buscado investir em ferramentas, simples
e eficazes para influenciar pessoas, tais como o uso de DDS. Implantar cultura de segurança nos
trabalhadores requer uma longa jornada, que compete à liderança definir estratégias, tendo
disciplina para cumpri-las.”
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1.1 OBJETIVOS
O presente trabalho tem por objetivo central realizar um estudo sobre a importância do
diálogo diário de segurança em manutenção elétrica, a fim de prevenir futuros acidentes.
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Demonstrar o estudo do DDS para sanar as principais dúvidas e melhorar sua forma
de aplicação;
1.1.3 Metodologia
A metodologia utilizada para o trabalho foi a teórica qualitativa que não visa expressar em
números os seus resultados, mas sim, compreender o comportamento do trabalhador e suas
particularidades.
“A pesquisa teórica qualitativa parte pelo princípio da obtenção de dados descritivos sobre
as pessoas, lugares e processos interativos dos sujeitos com a problemática estudada e
procura compreender os fenômenos que envolvem o cotidiano dos participantes e oferece
três diferentes possibilidades de realização que é a pesquisa documental, o estudo de caso
e a etnografia.”
Esse modelo de pesquisa faz com que o pesquisador (LUDKE, ANDRE, 1986), esteja
observando e participando atentamente a todas as atividades, verificando a experiência que se vive
no trabalho, interpretando o mundo real do trabalhador, tendo assim, uma variedade enorme de
informações disponíveis.
A forma de coleta de dados foi a obtenção de informações de várias fontes, bem como de
publicações de periódicos, documentos extraídos da internet e livros da área de Segurança e Saúde
do Trabalhador (SST).
Para o seu melhor entendimento, este trabalho é composto por quatro (4) capítulos, sendo
que cada um deles tem suma importância para o entendimento do estudo.
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O Diálogo Diário de Segurança e sua Importância
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O primeiro capítulo traz a parte introdutória, dando uma ideia do tema proposto para o
estudo, seus objetivos e definições.
Já o quarto capítulo trata das considerações finais referentes ao estudo realizado. Por fim,
apresentam-se as referências bibliográficas.
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2 REVISÃO DA LITERATURA
Quando se trata de segurança do trabalho, logo, se tem em mente o risco zero, sem nenhuma
ocorrência, sem nenhuma morte onde, em uma empresa, manter essa meta de qualidade em
segurança é uma tarefa árdua e permanente.
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O Diálogo Diário de Segurança e sua Importância
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a) a doença degenerativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva,
salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza
do trabalho.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos
incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele
se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho,
ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
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IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro
de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção
utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja
o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
O acidente de trabalho é uma consequência de uma série de fatores que nenhuma empresa
deseja experimentar, pois, o evento em si pode provocar na vítima impactos socioemocionais e
além disso provocar problemas legais que podem afetar todo o ambiente de trabalho.
CAT inicial: irá se referir a acidente de trabalho típico, trajeto, doença profissional,
do trabalho ou óbito imediato;
CAT de reabertura: será utilizada para casos de afastamento por agravamento de
lesão de acidente do trabalho ou de doença profissional ou do trabalho, já
comunicada anteriormente ao INSS;
CAT de comunicação de óbito: será emitida exclusivamente para casos de
falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, após o
registro da CAT inicial.
A Tabela 1 apresenta o registro dos dados dos acidentes do trabalho, segundo o INSS, nos
anos de 2014 à 2016.
ACIDENTES DO
ANO TRABALHO
REGISTRADOS POR CAT
2014 564.283
2015 507.753
2016 474.736
Fonte: Anuário Estatístico de Acidente de Trabalho de 2016 da Previdência Social.
A tabela anterior apresenta os acidentes registrados, sendo que, ainda hoje muito dos
acidentes não são registrados conforme mostra a Tabela 2.
ACIDENTES DO
ANO TRABALHO NÃO
REGISTRADOS
2014 148.019
2015 114.626
2016 104.199
Fonte: Anuário Estatístico de Acidente de Trabalho de 2016 da Previdência Social.
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Segundo Custódio et al. (2010), “o acidente do trabalho gera um impacto negativo em toda
a empresa onde ele acontece, principalmente se for um acidente grave. Dentro dos impactos
podemos listar os seguintes:”
Art. 10. A alíquota de contribuição de um, dois ou três por cento, destinada ao
financiamento do benefício de aposentadoria especial ou daqueles concedidos em razão do grau de
incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, poderá ser
reduzida, em até cinquenta por cento, ou aumentada, em até cem por cento, conforme dispuser o
regulamento, em razão do desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econômica,
apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir dos índices de frequência, gravidade
e custo, calculados segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social.
“Todo esse processo gera um determinado custo para a empresa, custo este que de alguma
forma é repassado ao cliente, que em termos de mercado globalizado e de extrema
concorrência, pode ensejar na perda da clientela, pois o cliente compra do concorrente o
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produto ou serviço, uma vez que o produto ou serviço em questão tornou-se oneroso em
função dos custos de acidentes e doenças profissionais a ele imputados.”
Para o auxílio nas formas de diminuição de acidentes com todos os riscos envolvidos, nada
melhor que uma ferramenta que pode ser muito eficaz se realizada com qualidade, como o DDS, e
um fator muito importante para a aprovação de sua utilização é que ela é gratuita.
O fator pessoal: Causa relativa ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência
do acidente ou à prática do ato inseguro.
“Muitos dos acidentes são comumente atribuídos a falhas humanas ou ao fator humano
representado por desatenção, descuido, brincadeira, despreparo, incapacidade de quem se
acidentou. Autores estudiosos do comportamento humano nos acidentes de trabalho,
mostram que para haver negligência ou desatenção de um trabalhador, houve
anteriormente uma série de decisões, atitudes, comportamentos organizacionais que
criaram condições para que o acidente ocorresse.”
O ato inseguro: Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou
favorecer a ocorrência de acidente, conforme Figura 1.
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Fonte: https://petcivilufjf.wordpress.com/2011/06/28/seguranca-do-trabalho-na-construcao-civil-%E2%80%93-
parte-iv-%E2%80%93-humor/amp/ - acesso em 07/11/2018.
As condições inseguras: Condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua
ocorrência, conforme Figura 2.
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O Diálogo Diário de Segurança e sua Importância
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De acordo com Soares (2016), “Para a prevenção de acidentes de trabalho existem três
formas que tem origem da análise e investigação dos acidentes:”
Engenharia: esta supõe uma inspeção e revisão cuidadosa das condições inseguras.
Ademais, implica uma revisão dos processos e operações que contribuem ao
melhoramento da produção. Nesse aspecto é interessante notar a importância que
tem as sugestões do pessoal mais experiente;
Treinamento e educação: isto implica o conhecimento das regras de segurança,
análise de função, o treinamento e desempenho da função, instruções sobre
primeiros socorros e prevenção de incêndios, conferência aos supervisores, a
educação profissional, a propaganda por meio de cartazes, sinais e avisos e quadros
de segurança, concursos e campanhas organizadas, publicações, etc.
Medidas disciplinares: constituem um último recurso e não são bem aceitas. O
problema não consiste em achar um culpado, senão modificar os atos inseguros e
atitudes inseguras do pessoal por meio do treinamento e propaganda para evitar
acidentes. Em outras palavras, é fundamental criar a mentalidade de segurança entre
o pessoal.
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A empresa por sua vez precisa treinar outro funcionário, fica com as despesas com
transporte do acidentado, o acidente causa prejuízos financeiros e econômicos para a
empresa, a empresa precisa trocar funcionários de setor, a empresa tem perda e atraso de
produção, a máquina quebra, precisa ficar parada para vistoria, há o custo com
funcionários, custo com atendimento médico, custo com advogados e assistentes técnicos
em reclamações judiciais, custos com a investigação do acidente, entre outros.”
De acordo com Araújo (2014), “O acidente é um fato que nenhuma empresa gostaria de
vivenciar devido ao impacto social/emocional que este evento pode provocar na vítima bem como
as várias preocupações legais que podem repercutir para o empreendimento.”
Art. 286. A infração ao disposto no art. 336 sujeita o responsável à multa variável entre os
limites mínimo e máximo do salário-de-contribuição, por acidente que tenha deixado de comunicar
nesse prazo.
§ 1º Em caso de morte, a comunicação a que se refere este artigo deverá ser efetuada de
imediato à autoridade competente.
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§ 3º A multa será aplicada no seu grau mínimo na ocorrência da primeira comunicação feita
fora do prazo estabelecido neste artigo, ou não comunicada, observado o disposto nos arts. 290 a
292.
“Os acidentes de trabalho geram custos também para o Estado. Incumbe ao Instituto
Nacional do Seguro Social – INSS administrar a prestação de benefícios, tais como
auxílio-doença acidentário, auxílio-acidente, habilitação e reabilitação profissional e
pessoal, aposentadoria por invalidez e pensão por morte. Estima-se que a Previdência
Social gastou, só em 2010, cerca de 17 bilhões de reais com esses benefícios.”
Independentemente do tipo, todo acidente, deve ser evitado. Prevenção é a melhor maneira
de se defender de qualquer tipo de consequência negativa quanto aos problemas envolvidos com
os acidentes de trabalho.
“O Diálogo Diário de Segurança (DDS) é uma ferramenta que surgiu na década de 90 para
prevenir acidentes nos locais de trabalho e devem ser realizados todos os dias antes do
início das atividades da equipe no próprio local de trabalho por uma duração de cinco a
dez minutos, o diálogo visa a comunicação a conscientização e a informação para os
colaboradores sobre possíveis riscos de acidentes.”
“O DDS é uma ferramenta já bastante antiga e que já foi chamada de minuto da segurança,
mas que continua muito atual. Na década de 90 o DDS surgiu como uma ferramenta
poderosa na prevenção de acidentes e até hoje o seu formato não mudou. O que mudou
foi a amplitude de sua aplicação o que acabou por gerar novas siglas, tais como: DDHS –
Diálogo Diário de Higiene e Segurança; DDHSMA – Diálogo Diário de Higiene
Segurança e Meio Ambiente; DHSMQ – Diálogo Diário de Higiene, Segurança, Meio
Ambiente e Qualidade, etc.”
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As empresas visam, com essa vasta quantidade de assuntos atrair a atenção dos
colaboradores para os assunto não somente do seu trabalho, mas também, mescla com assuntos do
dia a dia.
“Os supervisores são obrigados a conversar pelo menos uma vez, em cada período
determinado, com todos os subordinados, individualmente, sobre segurança do trabalho.
Os assuntos discutidos são registrados em formulário especialmente impresso, onde
constam, também, o nome do subordinado e a data em que participou do diálogo. O
formulário é documento que comprova e registra as instruções recebidas pelos
trabalhadores.”
O DDS somente está sendo citado na NR 34- Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção e Reparação Naval, item 34.2.1 tópico “e”:
e) realizar, antes do início das atividades operacionais, Diálogo Diário de Segurança - DDS,
contemplando as atividades que serão desenvolvidas, o processo de trabalho, os riscos e as medidas
de proteção, consignando o tema tratado em um documento, rubricado pelos participantes e
arquivado, juntamente com a lista de presença;
Somente nesta NR o DDS é apresentado como exigência de lei, sendo ainda, citado em
outras NR como uma obrigação do empregador, conforme é descrita na NR 1- Disposições Gerais,
item 1.7 tópico “c”:
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II. os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de
trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador,
para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionado à segurança
e saúde dos trabalhadores;
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Segundo Custódio et al. (2010), “Quando o funcionário é motivado a falar sobre algum
acidente, que tenha acontecido com ele ou que ele tenha presenciado, ou até mesmo que tenha
ouvido alguém comentar, ele começa a se preocupar mais sobre o assunto, dando mais importância
à segurança.”
A juíza do trabalho Theresa Cristina Nahas ressalta que, apenas no ano passado, foram
recebidas cerca de 125 mil ações trabalhistas em São Paulo e na Baixada Santista. Ela reforça a
necessidade de se agir na prevenção destes acidentes.
“É necessário evitar que os trabalhadores sofram um dano físico ou moral e que tenham
de entrar com ação para reclamar. Queremos trabalhar com a prevenção e não com a
reparação. A reparação deve ser a exceção, e ela tem sido a regra.” (RBA REDE BRASIL
ATUAL, 2013).
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“A conscientização gera muito mais benefícios do que um atitude coercitiva. Pois o clima
fica tenso no ambiente de trabalho e o técnico em segurança do trabalho é visto como um
inimigo pelos colaboradores. É necessário que haja o diálogo e que os colaboradores usem
os equipamentos de proteção, não por uma obrigação, mas por uma necessidade de
preservar sua saúde e integridade física.”
Uma pesquisa realizada entre outubro de 2015 e fevereiro de 2016 pelo SESI (Serviço
Social da Indústria) com 500 empresas de médio e grande porte revelou dados importantes sobre o
investimento em Saúde e Segurança no Trabalho (SST). Em um dos dados divulgados, 48% das
empresas entrevistadas acreditam que, ao desenvolver ações para a segurança no ambiente de
trabalho e promover a saúde dos trabalhadores, tem um impacto positivo nas faltas ao trabalho e
34,8% apontam que essas ações reduzem custos desnecessários. Atualmente, para as empresas o
que mais prejudica a produtividade dos trabalhadores são os acidentes e o stress seguidos de
doenças crônicas causadas pela rotina de trabalho, como problemas de alta pressão,
osteomusculares, diabetes, entre outras. Hoje o cenário é muito mais positivo e faz com que as
empresas deem cada vez mais importância ao tema. Hoje, 71,6% das indústria já afirmam dar alta
atenção à saúde e segurança dos trabalhadores. O panorama também mostra que, para a grande
maioria (76,4%) dos entrevistados, o investimento em segurança deverá crescer muito nos
próximos 5 anos.
Hoje as empresas dão maior prioridade para o bem-estar dos trabalhadores, e isso tem efeito
direto na redução dos acidentes. Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS)
o número de acidentes de trabalho caiu em 17% entre 2007 e 2013, gerando uma economia muito
grande com custos médicos e indenizações. Dessa forma, as empresas que realizam programas de
promoção à saúde de seus trabalhadores têm a possibilidade ir além do cumprimento dos requisitos
exigidos pela legislação Brasileira.
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Outro veículo de comunicação são os Quadros Hoshin (apontar a direção) Kanri (gestão ou
controle), 112 espalhados pela empresa, para alinhar objetivos funcionais e individuais com as
metas corporativas da Nissan e do Conquista 2016, comunicando o progresso relativo a cada meta
a todos os colaboradores. Existem, também, os informativos One Voice (Uma Só Voz), Giro Nissan
e o Boletim de Saúde, Segurança e Meio Ambiente. O Programa de Comunicação da Nissan
também engloba o Comunicado Diário de Ocorrências (acidentes, incidentes ou danos materiais),
feito por e-mail e durante o DDS (Diálogo Diário de Segurança).
Acidente zero é o resultado das boas práticas de Segurança e Saúde do Trabalho aplicadas
nas atividades com eletricidade da unidade de Sorocaba/SP da Toyota do Brasil. Embasado na
cultura prevencionista da empresa e por meio da padronização das atividades e do gerenciamento
de terceiros, o case Segurança com Eletricidade conquistou o Ouro na Categoria Segurança com
Eletricidade no Prêmio Proteção Brasil 2017. "A cultura de segurança e meio ambiente da Toyota
é um processo de transformação resultante da mudança de hábitos, atitudes e comportamentos dos
colaboradores e influencia a organização como um todo. O objetivo é que todos se preocupem com
a sua própria segurança e com a do próximo, além de se preocuparem com o meio ambiente",
ressalta o Engenheiro Eletricista e de Segurança do Trabalho da empresa Ricardo Henrique Kato.
Na Tabela 3, de acordo com Soares (2016), são apresentadas algumas empresas em que
adotaram o DDS.
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Na Tabela 4, de acordo com Soares (2016), estão relacionados os autores que defendem a
implantação do DDS.
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3.1 QUESTIONAMENTOS
Os questionamentos para as reuniões de DDS são diversos, mas, para o início da aplicação
deve-se fazer um questionamento, conforme aponta Soares (2016):
“O primeiro questionamento que deve ser feito aos trabalhadores em uma reunião de DDS
deve ser feita pelo coordenador da reunião e ela poderá ser iniciada assim:
"Se você estiver em perigo ou vir qualquer outra pessoa em perigo o que você faz?"
Em algumas reuniões de DDS irão aparecer relatos de acidentes ou situações que ocorreram
com os próprios colaboradores ou colegas e os mesmos poderão sugerir melhorias para a resolução
dos problemas.
Os questionamentos após os relatos podem ser os seguintes, de acordo com Soares (2016):
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A empresa é a responsável pela divulgação dos riscos, de acordo com Soares (2016), “A
empresa precisa divulgar de forma clara os riscos a que estão expostos os funcionários da empresa.
O trabalhador pode se acidentar em uma fração de segundo por não conhecer ou não ter o relato do
perigo que está no ambiente de trabalho.”
Sendo as reuniões de DDS para a área de manutenção elétrica, devem ser tratados temas
relacionados a eletricidade, poeira, utilização de EPI’s, choque elétrico, sinalização de segurança,
trabalho em altura, manuseio correto de ferramentas, etc.
O local para a realização das reuniões de DDS deve ser na própria empresa. Podem ser
efetuadas na sala/ambiente onde os trabalhadores ficam antes de iniciarem as atividades ou no
próprio local da referida atividade.
“Reuniões fazem parte de todo tipo de empresa e elas não deixarão de existir, então é
necessário que sejam realizadas de uma forma dinâmica e eficaz e para isso é recomendado
que as DDSs fossem realizadas próximas do local de trabalho.
"Diálogo Diário de Segurança é uma prática que deve ser valorizada no local de trabalho.
O comportamento humano pode ser moldado para que a atitude de segurança floresça em
cada indivíduo. Essa conversa diária com os colaboradores indica o caminho certo para
que essa crença se dissemine nos ambientes fabris".
Para a realização do DDS em uma empresa, devem ser levados em conta alguns fatores.
O DDS que tem como objetivo a conscientização dos trabalhadores sobre as medidas de
segurança do trabalho a serem tomadas na sua atividade diária.
De acordo com Custódio et al. (2010) “Para se obter um resultado positivo com o programa
DDS é importante:”
a) Deixar claro aos empregados o que é DDS, qual o seu objetivo e funcionamento, e a
importância da participação de todos;
b) Ter sempre em foco o objetivo do DDS, criando condições para que os empregados
possam trocar informações, apresentar ideias, sugestões, comentar dúvidas e dificuldades
relacionadas à Segurança e Saúde no trabalho;
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f) Convidar, eventualmente, profissionais de outras áreas para falar sobre temas técnicos,
como por exemplo, enfermeiros, psicólogos, engenheiros e técnicos.
g) Concluir a ideia inicial, dando oportunidades para exposição de ideias, tomando cuidado
para que não tenha conotação de promessa, pois se a mesma não for cumprida o DDS (e até o
próprio instrutor) poderá perder a credibilidade.
“Sendo assim, o responsável pelas reuniões do DDS deve-se reunir com os colaboradores
preferencialmente no próprio local de trabalho e iniciar a reunião questionando se algum
colaborador tem algo a relatar sobre segurança, se não houver nenhum relato o responsável
deve começar a reunião com um dos temas escolhidos para o dia.”
De acordo com Araújo (2014), “O fluxograma de realização do DDS nas empresas segue a
sistemática”, conforme Figura 3.
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Este é o formato mais simples de aplicação do DDS nas empresas, que pode ser alterado de
acordo com a percepção do departamento de Segurança do Trabalho.
A primeira medida a ser adotada para se criar uma rotina de DDS no ambiente de trabalho
é informar a equipe sobre o local, horário e principalmente os motivos que levam ao Diálogo Diário
de Segurança. É fundamental que o profissional sinta que sua atenção e preocupação fazem total
diferença para evitar a ocorrência de acidentes durante o trabalho.
Dessa forma será apresentado um passo a passo para realização de DDS em um setor de
manutenção elétrica.
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De acordo com a atividade que será realizada no dia, pode-se definir o tema a ser tratado
na reunião de DDS, porém, deve-se ter uma lista de temas previamente encaminhado pelo
departamento de Segurança do Trabalho.
Segue uma lista de exemplo de temas a serem tratados para os serviços de manutenção
elétrica:
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Se você estiver em perigo ou vir qualquer outra pessoa em perigo o que você faz?
O ideal é que ocorra o debate entre os funcionários, onde, os mesmos possam sugerir
melhorias. Após esse debate deve-se realizar os seguintes questionamentos:
O debate gerado por meio desses questionamentos fará com que os funcionários comecem
a ter consciência sobre atos prevencionistas. Nas reuniões seguintes segue-se com os temas
definidos para as atividades diárias.
Quando definido o responsável pela reunião, o mesmo deve estudar o tema e treinar a
apresentação para que ela não ultrapasse o tempo definido, que normalmente é de 5 a 10 minutos.
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Em todas as reuniões é fundamental que seja dado espaço aos funcionários para tirarem
dúvidas e relatarem situações reais de ocorrência de possíveis acidentes ou de acidentes, tendo
ocorrido com eles ou com colegas de trabalho.
Passo 6: Registrar.
Ao final de todas as reuniões de DDS deve-se fazer o registro, o mesmo deve ser realizado
em ficha de controle de DDS, conforme Apêndice A, sendo coletadas todas as assinaturas dos
presentes.
O DDS sendo realizado com seriedade leva a ótimos resultados. O objetivo principal do
DDS é a prevenção e a conversação entre lideranças e funcionários para que seja mantido um bom
relacionamento entre as partes a fim de melhorar a percepção sobre acidentes de trabalho e evita-
los.
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Marcelo Cossetin (marcelocossetin@gmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2018
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste estudo foi verificado que quando se fala em acidente de trabalho, logo, presume-se
duas situações, ou a empresa é culpada, ou o trabalhador é culpado. Isso não se trata somente de
achar um culpado, pois, o acidente de trabalho sendo ele causado pelo próprio trabalhador por um
ato inseguro que pode o prejudicar e aos seus colegas, ou sendo, por uma condição insegura que
pode ser algum local em obra que coloca os trabalhadores em risco, deve ser evitado a todo custo.
Foi realizada uma apresentação e discussão de resultados com base nas bibliografias
estudadas do DDS, onde foi realizada uma pesquisa sobre os questionamentos que devem ser feitos
aos participantes, os temas que devem ser tratados nas reuniões, os locais corretos para a realização
das mesmas e foi considerada uma proposta de como se realizam as DDS’s na empresas,
considerando fatores que devem ser levados em conta para o correto uso, a fim de se ter um
resultado positivo na aplicação e por fim um fluxograma de com as empresas procedem para a
realização das reuniões.
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O Diálogo Diário de Segurança e sua Importância
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que a prevenção se instale dentro da empresa. A empresa sendo ela de pequeno ou grande porte
fazendo a aplicação dessa ferramenta só tem a ganhar, tanto em melhora na qualidade dos serviços,
como na preservação da saúde do trabalhador.
Toda ferramenta aplicada com seriedade trará resultados satisfatórios, toda ferramenta
aplicada com desleixo trará resultados insatisfatórios. Independente da ferramenta escolhida pela
empresa para a instalação da prevenção na mente dos funcionários deve ser tratada com respeito e
seriedade, levada com qualidade aos funcionários e mantida, pois, só se praticando pode se chegar
a perfeição que é o risco zero de acidentes de trabalho.
Dessa forma, conclui-se que o DDS é uma ferramenta muito simples, sua simplicidade a
torna prática e eficaz se realizada com seriedade. Trata-se de uma ferramenta de conscientização
que ajuda e muito na prevenção de acidentes, sendo assim, recomenda-se a ser adotado no setor de
manutenção elétrica das empresas, pois, irá criar uma cultura de prevenção e valorização da vida,
se possível deve ser expandida a mais locais de trabalho que sejam necessários.
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Marcelo Cossetin (marcelocossetin@gmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2018
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SEGUNDA
TERÇA
QUARTA
QUINTA
SEXTA
SABADO
DOMINGO