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c) Usa‐se ês(esa) nos substantivos concretos. A letra d) A terminação dir pode ser grafada com s( com
e que aparece no final das palavras concretas vem som de z ).
sempre acentuada. Exemplos: freguês-freguesa, Exemplo: iludir - ilusão.
Holandês-Holandesa, burguês- burguesa.
e) A terminação gir será substituída por ç quando
d) Usa‐se ez(eza) nas palavras abstratas que desaparecer.
derivam de adjetivos. A letra e que aparece no final Exemplo: agir - ação.
das palavras abstratas não vem acentuada.
Exemplos: estupidez (estúpido), embriaguez f) Terminação gir será substituída por s quando
(embriagado), beleza (belo), sensatez (sensato). desaparecer, mas precedida pelo R.
Exemplo: aspergir - aspersão.
e) Usa‐se isa nos substantivos concretos. Exemplo:
profetisa, poetisa, papisa. g) A terminação to será substituída por ç.
Exemplo: canto - canção. exceto - exceção.
f) Usamos isar nos verbos cuja forma primitiva
termina em i + s + vogal. Devemos colocar o verbo h) As terminações que não aparecem até aqui serão
na forma primitiva, se nela, a palavra terminar em trocadas por ç.
i + s + vogal, o verbo será grafado com isar, do Exemplo: integrar - integração.
contrário, será grafado com izar. Exemplo:
pesquisar (pesquisa terminado em i+s+vogal), i) após me, no início das palavras, usa‐se x.
analisar (análise terminado em i+s+vogal) Exemplo: México, mexilhão, mexerica. Exceto
mecha de cabelo ( substantivo ).
g) O verbo catequizar é grafado com z, pois vem do Exemplo: Não mexa(verbo) na
substantivo primitivo catequese, que não termina mecha(substantivo) de cabelo branco.
em i + s + vogal.
Uso de por que, por quê, porque e porquê:
USO DO S, SS e Ç: a) Por que é usado no início ou no meio de frase
I- As terminações ter, tir, der, dir e mir dos verbos interrogativa.
transformados em substantivos serão Exemplo: Por que não está na sala de aula?
substituídas por: Também é usado quando trocado pela
a) Quando as terminações desaparecerem expressão pelo qual.
totalmente, usamos ss: Exemplo: Este é o caminho por que você seguirá.
LÍNGUA PORTUGUESA
b) Porque é usado quando substituído por pois. Exemplo: Falávamos acerca de mulheres sábias.
Exemplo: Por que o professor o expulsou? Porque
(pois) estava tumultuando a aula. c) Há cerca de é usado na indicação de existência
ou tempo passado. Exemplo: Há cerca de mil
c) Por quê é usado no final da frase interrogativa. pessoas desempregadas na cidade.
Exemplo: O ônibus está atrasado por quê?
OBS.: Este acento é marca da entonação. Quando MAU / MAL:
usamos o “que” em final de frase, o som sai mais a) Mau é usado como o contrário de bom.
forte. Por isso, usamos o acento circunflexo para Exemplo: Aquele menino é um mau aluno.
diferenciar.
b) Mal é usado como o contrário de bem ou como
d) Porquê é usado quando antes dele aparece ou sinônimo de quando. Exemplo: Ela é uma moça
admite a colocação do artigo. mal sucedida. Mal cheguei, ouvi reclamações.
Exemplo: O patrão não entendeu o porquê de
tanta insatisfação. AFIM / A FIM:
a) Afim é adjetivo, equivale a igual, semelhante, ou
USO DE A / HÁ: parentesco. Exemplo: Os filhos dos irmãos Pedro e
a) A é usado na indicação de distância e de tempo Paulo são pessoas afins.
futuro. Exemplo: Do Rio a(distância) Belém, há
pistas que serão privatizadas daqui a(tempo b) A fim é usado sempre que pudermos trocar pela
futuro) dois anos. preposição para. Exemplo: Sairemos cedo a fim de
(para) não perdermos o trem.
b) Há é usado quando o verbo admitir ser trocado
pelo verbo existir ou indicar tempo passado. EM PRINCÍPIO / A PRINCÍPIO:
Exemplo: Há(existe) um grupo de amigos que não a) Em princípio: Antes de examinar a questão.
vejo. há(tempo passado) quatro anos. Exemplo: Em princípio a resposta está correta.
“Sinais de pontuação servem para, na língua h) Separar palavras ou expressões que introduzem
escrita, marcar as pausas e entonações” explicação ou retificação (isto é, ou melhor, por
exemplo, a saber, quer dizer...) Exemplo: Ela falou
VÍRGULA: alto, ou melhor, berrou. Ele já está em casa, ou
Serve para indicar uma pequena pausa. seja, já saiu do hospital.
a) Separar o vocativo.
Exemplo: Maria, vá ao mercado logo! i) Separar orações coordenadas assindéticas.
Exemplo: O professor chegou, subiu ao tablado,
b) Separar o aposto. cumprimentou a turma, começou a escrever.
Exemplo: Maria, minha filha, não gosta de estudar.
j) Separar orações coordenadas sindéticas
c) Separar, nas orações que contêm funções adversativas, conclusivas e explicativas. Exemplo:
sintáticas pleonásticas, as funções sintáticas Entrei, mas saí rapidamente. "O senhor é meu
verdadeiras. pastor, e nada me faltará" (salmo 23); Volta logo,
Exemplo: As alunas, adoro-as. A João, chamaram- pois está tarde.
lhe de covarde.
k) Quando a referida conjunção (conclusiva)
d) Separar os adjuntos adverbiais deslocados. aparecer deslocada, ficará entre vírgulas. Exemplo:
Exemplo: Ao acordar, deparei-me com o ladrão. Ricardo estudou pouco, será, portanto, reprovado.
Deparei-me, ao acordar, com o ladrão.
*Deparei-me com o ladrão ao acordar. l) Isolar conjunção adversativa ou conclusiva
deslocada. Exemplo: A chuva, no entanto, não
OBS: Neste caso, a vírgula é obrigatória se o atrapalhou a festa. João deve, portanto, chegar
adjunto adverbial for formado por uma locução mais tarde.
adverbial, ou seja, mais de uma palavra. Sendo de
pequeno corpo, um advérbio, por exemplo, m) Separar orações coordenadas sindéticas
costuma-se dispensar a vírgula. aditivas com sujeitos diferentes. Exemplo: Robson
foi ao cinema, e Nádia foi ao teatro.
Exemplo: Depois levaram Ricardo para a casa de OBS.: Aceita-se também o emprego desse tipo de
sua mãe. PONTUAÇÃO construção sem o uso da vírgula.
e) Separar termos que exercem a mesma função n) A conjunção pois, quando antecedida por apenas
sintática (sujeito composto, complementos, uma vírgula, é explicativa; quando entre vírgulas, é
adjuntos) quando não vêm unidos pelas conjunções conclusiva. Exemplo: Ele se esforçou, pois tinha de
e, ou e nem. passar.(explicativa); Ela estudou muito, será, pois,
Exemplo: Os professores, os diretores, os aprovada.(conclusiva)
inspetores e os alunos foram ao churrasco.
Pai, mãe, filhos e primos estão sempre unidos. o) Separar orações subordinadas adjetivas
explicativas. Exemplo: O real, que é a moeda do
f) Separar, nas datas, o nome do lugar. Exemplo: Brasil, está muito desvalorizado.
Rio de Janeiro, 21 de Julho de 2015.
p) Separar orações subordinadas adverbiais
g) Indicar elipse do verbo. Exemplo: Sobre a mesa, antepostas à principal. Exemplo: "Quando o
pratos vazios. inverno chegar, eu quero estar junto a ti..."
O Brasil perdeu um herói; e nós, um amigo.
(deixar de repetir a palavra também é chamado
de zeugma ).
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b) Servem para anunciar uma enumeração. b) Serve para indicar mudança de interlocutor nos
Exemplo: Este colégio possui: biblioteca, sala de diálogos. Exemplo: - Manoel, por que você falou? -
vídeo, salão de jogos, quadras de esportes e João, falei porque estava doente.
lanchonete.
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Quando houver dois ou mais termos no Exemplo: Ele mandou os alunos fazerem os
mesmo campo semântico, o verbo poderá exercícios.
concordar com a soma deles ou com o mais
próximo. w) Quando o sujeito (substantivo no plural)
Exemplo: A tristeza, a angústia, o sofrimento estiver posposto a os dois verbos:
tomou / tomaram conta dos vascaínos. Preferencialmente o segundo deverá estar no
singular, podendo também ocorrer no plural.
s) Verbos Parecer e Costumar: Exemplo: Ele viu entrar / entrarem as
Estes verbos poderão ou não formar uma crianças. Manda sair / saírem os dois.
locução com a forma verbal seguinte. Se não
formarem, os verbos PARECER e COSTUMAR x) Quando o sujeito for pronome oblíquo:
deverão ficar na terceira pessoa do singular,
caso contrário, eles concordarão com o Concordância normalmente faz com singular,
sujeito. admitindo‐se plural, forma mais rara.
Exemplo: Eles parecem fazer o trabalho. (O Exemplo: Nós deixamo‐los partir / partirem.
verbo PARECEM concordou com o sujeito
ELES, formando assim uma locução verbal com
y) Verbo ser:
o FAZER). Eles parece fazerem o trabalho. (O
verbo PARECE forma sozinho uma oração, por Predominância da pessoa sobre a coisa.
isso o verbo FAZEREM é obrigado a concordar Exemplo: A vida são as mulheres. A criança é
com ELES). as minhas esperanças.
t) Títulos no plural:
Predominância do pronome pessoal sobre o
Quando o título estiver precedido de artigo, o nome. Exemplo: O errado aqui sou eu. Loucos
verbo concordará com ele. somos nós.
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Predominância do pronome pessoal ou nome ab) Sujeitos ligados pela conjunção nem:
sobre pronome interrogativos. O verbo poderá ocorrer no singular,
Exemplo: Quem és tu? Que são tristezas? destacando‐se apenas um dos núcleos, ou no
plural, em concordância com a soma.
Predominância do plural sobre singular ou Exemplo: Nem o professor nem o diretor
palavra invariável. compreendeu / compreenderam a
Exemplo: Tudo são flores. A vida eram uns reivindicação dos alunos.
problemas.
ac) Sujeitos resumidos por pronome indefinido:
OBS: Também já são aceitas as formas desse A concordância se dá com o pronome
item concordando com o outro termo. indefinido.
Exemplo: Tudo é flores. A vida era uns Exemplo: A chuva, os ventos, o cansaço, a
problemas. pouca visibilidade, nada o fazia desistir.
Assistir: No sentido de ter direito pede a Lembrar / esquecer : Quando aparecer com
preposição a. VTI. Exemplo: Este é um direito que pronome, usa-se a preposição de; VTI. Se não tiver
assiste ao trabalhador e à aposentada. pronome, não pede preposição. VTD. Exemplo:
Lembrei-me do fato ocorrido. Lembrei o fato
Assistir: No sentido de morar pede a preposição ocorrido. Esqueci-me do caderno/Esqueci o
em. VI. Exemplo: O presidente da firma assiste no caderno.
Rio de Janeiro.
Obedecer / desobedecer: Pede a preposição a.
Aspirar: No sentido de respirar não pede VTI. Exemplo: O filho não obedece ao pai e nem à
preposição. VTD. Exemplo: É lá na fazenda que mãe.
aspiramos o ar puro.
Aspirar: No sentido de querer, estimar, pede a Preferir: Pede dois complementos ( um sem
preposição preposição e outro com a preposição A ). VTDI.
a. VTI. Exemplo: Joaquim aspirava ao cargo de Exemplo: Prefiro português a física.
chefia. OBS. Há uma tendência de as pessoas
construírem frases como “Prefiro mais sorvete
Visar: No sentido de querer, estimar, pede a do que picolé”. Está errado, porque o verbo
preposição a. VTI. Exemplo: Joaquim visava ao “preferir” já tem a ideia de que é algo a mais.
cago de chefia. Sendo redundante acrescentar “mais do que”.
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Custar: No sentido de ter valor: Verbo *Usa‐se crase na expressão "à moda de" mesmo
intransitivo. Exemplo: A casa custou trezentos mil que ela venha subentendida.
reais.
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12) Vou à Itália. (Diante dos topônimos (nomes OBS: é interessante perceber que em nenhum
de lugares), devemos usar a expressão "venho momento foi admitida a troca das preposições
/ volto da" para saber se existe o artigo A. por AO, por isso não houve a presença de
crase.
* Vou à Bahia. (Volto da Bahia )
* Agradecemos Aquele que nos criou. Não se usa
* Vou a Belo horizonte (Volto de Belo Horizonte) crase na palavra aquele quando se refere a Deus.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Coesão
Textualidade Os dois principais tipos de coesão são:
Qualidade daquilo que é texto. Conjunto de I‐ Referencial: faz o texto progredir através da
características que fazem de uma ocorrência retomada de palavras, expressões ou frases (ou
linguística um texto e não, por exemplo, um da antecipação, no lugar da retomada, embora
emaranhado de frases. São vários os fatores que seja um processo menos utilizado).
caracterizam a textualidade. Fávero (2001, p.7)
cita, entre outros, os seguintes: coesão, coerência, Retomada: Meu irmão vai viajar. Ele está de
intencionalidade, situacionalidade e férias.
intertextualidade. No primeiro exemplo, “meu irmão” e “ele” são
elementos correferenciais (possuem o mesmo
referente). No segundo exemplo, a correferência é
Coesão e Coerência estabelecida entre “o meu bebê” e “ele”.
Numa relação ente todo/parte ou Muitas vezes, não convém que passemos de uma
classe/elemento, o hiperônimo é a expressão frase a outra, ou de um parágrafo a outro, de
que representa o “todo” ou a “classe”. Portanto, modo estanque, sem uma palavra/expressão de
“eletrodoméstico” é hiperônimo de “batedeira” ligação; faz se necessária a presença de um
e “animal” é hiperônimo de “cão”. elemento sequenciador no discurso.
Ex.: O governo estadual adquiriu cem
ambulâncias. Há suspeita de superfaturamento
na venda dos veículos. (veículos é hiperônimo de Veja a diferença:
ambulâncias) . a) O funcionário saiu de casa cedo; Chegou
atrasado ao trabalho (duas frases - dois períodos
c) Uso da elipse simples);
A elipse é a omissão de um termo que pode ser b) O funcionário saiu de casa cedo, mas chegou
recuperado pelo contexto. atrasado ao trabalho (apenas uma frase - período
No exemplo a seguir há elipse do sujeito. O “zero” composto, articulado pela conjunção adversativa
entre colchetes marca o ponto do texto onde “mas”).
houve a omissão.
Ex.: José viajou ontem. [0] Foi visitar uns Os elementos de ligação entre os enunciados são
parentes. chamados de conectores ou conectivos
sequenciais (alguns estudiosos chamam de
Exemplo de elipse do verbo: “operadores discursivos”).
Meu colega de trabalho ganha muito; mas eu,
muito pouco. (a forma verbal “ganho” é
substituída pela vírgula) . Vejamos algumas estratégias de conexão:
d) Uso de expressão nominal definida a) Condição: se, caso, desde que, etc.
Ex.: Se houver ponto facultativo, vamos viajar.
Podemos usar uma expressão que define o
elemento retomado. Muitas vezes, quem lê ou b) Causa: porque, já que, como, etc.
ouve tal expressão precisa ter um conhecimento Ex.: Viajamos porque houve ponto facultativo.
prévio para interpretar o fenômeno da retomada.
Por exemplo, pode-se retomar “Sting” por “o ex‐ c) Mediação/ finalidade: para, para que, a fim
líder da banda Police”, “Machado de Assis” por de, a fim de que
“o bruxo de Cosme Velho” e assim por diante. Ex.: Saiu cedo para pegar o metrô menos cheio.