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3.

SIGNIFICADO DAS PALAVRAS:


a) Denotação: sentido verdadeiro e literal da palavra. Ex.: com um soco quebrei o espelho;

b) Conotação: sentido figurado da palavra. Ex.: meu pai é meu espelho;

c) Sinônimo: palavras com significado igual ou semelhante. Ex.: alegria e felicidade, baleia e mamífero;

d) Antônimo: palavras contrárias, opostas. Ex.: alegria e tristeza, amor e ódio;

e) Homônimos: mesma grafia ou pronuncia, com significados diferentes. Ex.: sede - beber e sede –
espaço;
Homônimos homógrafos: mesma grafia, pronuncia e significados diferentes. Ex.: sede - beber e sede
– espaço;
Homônimos homófonos: mesmo som, grafia e significado diverso. Ex.: sessão (tempo), seção
(departamento), cessão (ceder);
Homônimo perfeito: mesma grafia e pronuncia, com significado diferente: paciente (adjetivo e
substantivo);

f) Parônimo: palavras parecidas na grafia e pronuncia. Ex.: tráfego e tráfico;

g) Polissemia: palavra igual, mesma classe gramatical, significado diverso. Ex.: substantivo tênis (sapato,
esporte);

8. ORTOGRAFIA
Ç
a) nas palavras derivadas de vocábulos terminados em to, tor, tivo;
Exs.: erudito = erudição, setor = seção, intuitivo = intuição.

b) nos substantivos formados pela posposição ção ao tema de um verbo (ao tirar desinência de infinitivo ‘r’).
Exs.: educar - r + ção = educação, repartir - r + ção = repartição.

c) na palavra original sem ‘s’.


Exs.: conjunção, provém de conjunto.

d) nos substantivos derivados do verbo ‘ter’.


Exs.: manter = manutenção, reter = retenção, deter = detenção, conter = contenção.

c) nos verbos que derivam de substantivo terminado em ‘ce’.


Exs.: alcance = alcançar, lance = lançar.

S
a) nas palavras derivadas de verbos terminados em ‘nder’ e ‘ndir’
Exs.: pretender = pretensão, fundir = fusão.

b) nas palavras derivadas de verbos terminados em ‘erter’, ‘ertir’ e ‘ergir’.


Exs.: perverter = perversão, divertir = diversão, imergir = imersão.

c) nas palavras derivadas de verbos terminados em ‘pelir’ ‘correr’.


Exs.: expelir = expulsão, impelir = impulso; concorrer = concurso, discorrer = discurso.

d) nas palavras terminadas em ‘oso’ e ‘osa’, com exceção de gozo.


Exs.: gostosa, glamorosa, horroroso.

e) nas palavras terminadas em ‘ase’, ‘ese’, ‘ise’ e ‘ose’, com exceção de gaze e deslize.
Exs.: fase, crase, tese, osmose.

f) nas palavras femininas terminadas em ‘isa’.


Exs.: poetisa, profetisa, Heloísa, Marisa.

g) na conjugação dos verbos ‘pôr’, ‘querer’ e ‘usar’.


Exs.: eu pus; ele quis; nós usamos.

Ç ou S?
a) após ditongo, usamos ‘Ç’ quando houver som de ‘S’; e usaremos ‘S’ quando houver som de ‘Z’.
Exs.: eleição, traição, Neusa, coisa.

S ou Z?
a) usamos ‘S’ nas palavras terminadas em ‘ês’ e ‘esa’ que indiquem nacionalidade, títulos ou nomes próprios.
Exs.: português, marquês, duquesa, Inês, Teresa.

b) usamos ‘Z’ n os substantivos abstratos terminados em ‘ez’ e ‘eza’, decorrentes de adjetivos.


Exs.: embriaguez, limpeza, lucidez, nobreza, acidez, pobreza.

c) usamos ‘S’ nos verbos terminados em ‘isar’, quando a palavra primitiva possuir o ‘s’.
Exs: análise = analisar, pesquisa = pesquisar, paralisia = paralisar.

d) usamos o ‘Z’ nos verbos terminados em ‘izar’, quando palavra primitiva não possuir ‘s’.
Exs.: economia = economizar, terror = aterrorizar, frágil = fragilizar

→ Cuidado: catequese = catequizar, síntese = sintetizar, hipnose = hipnotizar, batismo = batizar.

e) usamos ‘S’ nos diminutivos terminados em ‘sinho’ e ‘sito’, na palavra primitiva que possuir ‘s’ no fim radical.
Exs.: casinha, asinha, portuguesinho, camponesinha, Teresinha, Inesita.

f) usamos ‘Z’ nos diminutivos terminados em ‘zinho’ e ‘zito’, se palavra primitiva não possuir ‘s’ no fim radical.
Exs.: mulherzinha, arvorezinha, alemãozinho, aviãozinho, pincelzinho, corzinha.

SS
a) nas palavras derivadas de verbos terminados em ‘ceder’.
Exs.: anteceder = antecessor, exceder = excesso, conceder = concessão.

b) nas palavras derivadas de verbos terminados em ‘primir'.


Exs.: imprimir = impressão, comprimir = compressa, deprimir = depressivo.

c) nas palavras derivadas de verbos terminados em ‘gredir’.


Exs.: agredir = agressão, progredir = progresso, transgredir = transgressor.

d) nas palavras derivadas de verbos terminados em ‘meter’.


Exs.: comprometer = compromisso, intrometer = intromissão, prometer = promessa, remeter = remessa.

Ç, S ou SS.
Nos verbos terminados em -tir, teremos:
a) usamos ‘Ç’, se apenas retirarmos a desinência de infinitivo ‘r’.
Ex.: curtir - r = curtição.

b) usamos ‘S’, quando retiramos a terminação ‘tir’ e última letra for consoante.
Ex.: divertir - tir = diversão.

c) usamos ‘SS’ quando retiramos a terminação ‘tir’ e última letra for vogal.
Ex.: discutir - tir = discussão.

J
a) nas palavras derivadas dos verbos terminados em ‘jar’.
Exs.: trajar = traje, trajei; encorajar = encorajem; viajar = que eles viajem.

b) nas palavras derivadas de vocábulos terminados em ‘ja’.


Exs.: loja = lojista, gorja = gorjeta, canja = canjica.

c) nas palavras de origem tupi, africana ou popular.


Exs.: jeca, jiboia, jiló, pajé.
G
a) nas palavras terminadas em ‘ágio’, ‘égio’, ‘ígio’, ‘ógio’, ‘úgio’.
Exs.: pedágio, colégio, sacrilégio, prestígio, relógio, refúgio.

b) nas palavras terminadas em ‘gem’, exceto pajem, lambujem e conjugação dos verbos terminados em ‘jar’.
Exs.: a viagem, a coragem, a personagem, a vernissagem, a ferrugem, a penugem. (que eles viajem)

X
a) nas palavras iniciadas por ‘mex’, exceto mecha.
Exs.: mexilhão, mexer, mexerica, México, mexerico, mexido.

b) nas palavras iniciadas por ‘enx’, exceto derivadas de vocábulos iniciados por ‘ch’ e da palavra enchova.
Exs.: enxada, enxerto, enxerido, enxurrada.
Exceção: cheio = encher, enchente; charco = encharcar; chiqueiro = enchiqueirar.

c) após ditongo, com exceção de recauchutar e guache.


Exs.: ameixa, deixar, queixa, feixe, peixe, gueixa.

UIR e OER
Verbos com final ‘uir’ e ‘oer’, na 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo são escritos com ‘I’.
Exs.: tu possuis; ele possui; tu constróis; ele constrói; tu móis; ele mói; tu róis; ele rói.

UAR e OAR
Verbos terminados em ‘uar’ e ‘oar’ terão todas as pessoas do Presente do Subjuntivo escritas com ‘E’.
Ex.: Que eu efetue; Que tu efetues; Que ele atenue; Que nós atenuemos; Que vós entoeis; Que eles entoem.

USO DOS PORQUES


1.Por que: em início de frase interrogativa. Testa trocando ‘por qual motivo’;
2.Por quê: fim de frase interrogativa, sem acompanhamento de artigo.
3.Porque: conjunção explicativa, resposta, explicação. Exs.: Porque não quis; Fui embora porque quis;
4.Porquê: equivale a substantivo, acompanhado de artigo ou adjunto adnominal (numeral, pronome, adjetivo),
podendo substituir por ‘motivo’. Exs.: Foste embora sem explicar o porquê; O meu porquê não te diz respeito.
9. ACENTUAÇÃO
Sílaba tônica é a mais forte a átona é a mais fraca.
Oxítonas: última sílaba tônica acentuada, terminadas em – a (s), e(s), o(s), êm (s), ém (s), éns,
ditongo aberto, inclusive seguidas de lo (s), la (s).
Não acentuamos as oxítonas terminadas em ‘i’ ou ‘u’, exceto quanto hiato.
Ex.: jacaré, Amapá, cipó, corrói, chapéu, compô-los, baú;

Paroxítonas: penúltima sílaba tônica, terminadas em – r, x, n, l (rouxinol), os, um, uns, on, ons, i (s),
e ditongo crescente (SV+V).
Ex.: mártir, fácil, bíceps, álbum, prótons, táxi, água, série, calvície.

Proparoxítonas: antepenúltima sílaba tônica, todas são acentuadas.


Ex.: médico, tímpano, matemática.

Hiato tônico: I e U. Ex.: saúde, caíste, caído.

NOVAS REGRAS DE ACENTUAÇÃO


Trema – usado apenas em palavras estrangeiras e nomes próprios, caindo nos termos de origem ou
‘aportuguesados’;

Acento Diferencial – permanece nas palavras pôde (passado), pôr (verbo) e nos verbos ter e vir na
3ª pessoa do plural, inclusive seus derivados (conter, manter, deter,reter, intervir, sobrevir, etc.);
Obs.: o acento diferencial não é mais usado para diferenciar as palavras: para, pela, polo,
pera.

Acento agudo - acentua os ditongos abertos ‘ei’ e ‘oi’ quando estiverem na última sílaba. Ex.: véu,
beleléu, comeu, dói;
Obs.: o acento agudo não é mais usado no ditongo aberto ‘ei’ e ‘oi’ quando aparece na
penúltima sílaba.
Ex.: jiboia, joia, ideia, assembleia, heroico;

Não acentuamos mais o hiato tônico ‘i’ e ‘u’ quando:


-palavras paroxítonas precedidas de ditongo. Ex.: baiuca, bainha; (ditongo = encontro
vocálico)
-seguido de nh. Ex.: rainha, moinho;
-seguidos de m, r, l. Ex.: ruim, cair, Raul;
-verbos dos grupos ‘gue’, ‘gui’, ‘que’, ‘qui’. Ex.: averiguo/averíguo, enxague/enxágue, arguem;

Acento circunflexo – não se acentuam mais as vogais dobradas ‘ee’ e ‘oo’. Ex.: creem, releem, voo, enjoo;
15. CRASE

A A
artigo + preposiçã = À
definido o

Regra GERAL: antes de palavras femininas. Ex.: Fumar é prejudicial (a+a) à saúde.

1. Aquele, aquela, aquilo.


Exs.: entrega o livro àquela menina; Devolve a chave àquele rapaz.

2. Verbo IR. “Vou a, volto da, crase há. Ex.: Vou à Bahia; Vou à França.
Vou a, volto de, crase pra que?” Ex.: Vou a Brasília.

Obs.: Roma: se especificar (adjunto adnominal) há crase.


Ex.: Vou à Roma dos padres e bispos.

3. Antes de expressões Femininas.


Ex.: À noite gosto de ver as estrelas; Fábio está à beira da loucura; À medida que estudo, aprendo
mais.

4. Indicação do modo de como algo é – “a moda de”. Ex.: Bife à milanesa; Bigode à Hitler.

5. CASA: -específica usa crase. Ex.: Vou à casa de Paulo; Volto da casa de Paulo.
-genérica não usa crase. Ex.: Vou a casa; Volto de casa.

6. HORAS: quando puder substituir por ‘ao meio-dia’ há crase.


Exs.: Irei ao teatro às quinze horas.
Ficarei até as nove e vinte (precedida da preposição até as, após as, desde as, entre as, para as)

Crase PROIBIDA.
1. Antes de palavras masculinas. Ex.: Fui a cavalo; Dirigi-me a Eduardo; Dirigi-me a ele.

2. Antes de verbo. Ex.: A criança começou a chorar; A Empresa começou a lucrar com aquela
papelada.

3. Antes de pronomes em geral, ‘eu, tu, ela, nós, vós, mim’, já que não são antecedidos de artigo.
Ex.: Otávio devolveu a carta a ela. (=|=) Otávio devolveu a carta à menina.
Exceção: antes de pronome relativo.

4. Antes de artigo indefinido. Ex.: Dirigi-me a uma Empresa distante.

5. Entre palavras repetidas ou mesmo campo semântico.


Exs.: Ficamos cara a cara; Trabalho de segunda a segunda.

Crase FACULTATIVA: antes de nome próprio.


CONJUNÇÕES: unem palavras e orações com atribuição direta de significado.
Exs.: Estudei Português e Matemática para a prova – 1 oração, união de palavras.
Conversei com meus colegas e fui embora – 2 orações, união de orações.

Conjunções Coordenativas: ideia de independência, apenas organizando ideias.


 Aditivas: acréscimo, adição - e, nem, mas também, bem como, como também;
 Adversativas: quebra de expectativa, oposição – mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto;
 Alternativas: alternância ou exclusão – ou, ou; ora, ora; já, já; quer, quer;
Ex.: Quer decore, quer estude, fica nervoso na hora da prova.
 Conclusivas: conclusão – logo, portanto, por isso, assim então, pois (depois do verbo);
 Explicativas – que, porque, porquanto, pois (antes do verbo);
Ex.: Vamos rápido que tá chovendo. (redução do porque)

Conjunções Subordinativas: ideia de dependência.


 Integrantes - que, se;
 Causais: explicação – porque, como, visto que, já que, uma vez que, dado que, sendo que;
 Consecutivas: consequência – de maneira que, que (relacionada a palavra de caráter intensivo: tão,
tal, tanto);
 Concessivas: quebra de expectativa, oposição – embora, mesmo que, ainda que, por mais que, se
bem que;
 Condicionais - se, caso, contanto que, a menos que, salvo se, sem que;
 Comparativas – como, tal qual, mais que, menos que, quanto;
 Conformativas – conforme, consoante, segundo, como, assim como;
 Temporais: quando, enquanto, logo que, sempre que, depois que, desde que, assim que;
 Proporcionais: quanto mais, quanto menos, tanto mais, à medida que, à proporção que;
 Finais: objetivo, finalidade - para que, a fim de que, que (=para que);
 Pedro pede que eu faça exercícios de Português – subordinativa integrante, une orações;
 Se o conhecesse, não o condenarias – subordinativa condicional;
 Fui à entrevista e almocei com meus familiares - coordenativa aditiva;
 Cantei, fui aplaudido e fui embora – coordenativa aditiva;
 Estudei muito e não fui aprovado – coordenativa adversativa ‘mas’;
 Vanessa fez um bom trabalho, será, pois promovida - coordenativa conclusiva (portanto);
 Vanessa foi promovida, pois fez um bom trabalho – coordenativa explicativa (porque);
 Embora tenha estudado, não fui bem no teste – subordinativa concessivas;
 Estudei muito, mas não fui bem no teste – coordenativa adversativa;
 Como estava doente, não fui trabalhar – subordinativa causal;
 A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro – subordinativa comparativa;
 Assinei os documentos como combinamos – subordinativa conformativa;
11. FUNÇÕES SINTÁTICAS – termos essenciais, integrantes e acessórios.
 TERMOS ESSENCIAIS:
1.Sujeito: é de quem se fala, ele conjuga o verbo (=/= do complemento verbal), podendo ser:
• Simples – um só núcleo.
Ex.: [O prédio novo da cidade] foi inaugurado.
núcleo
• Composto – dois ou mais núcleos.
Ex.: [Os donos da Empresa e os funcionários] entraram em acordo.
Núcleo núcleo
• Oculto (elíptico ou desinencial) – recuperação pela desinência verbal.
Exs.: Selecionaremos novos candidatos. O Nós
Fizeste os exercícios de língua portuguesa? O Tu
• Indeterminado – tudo é predicado.
3a pessoa do singular (ele), + 'se' (índice de indeterminação do sujeito)
3a pessoa do plural (eles);
Exs.: Vende-se esta casa; Roubaram meu talão de cheques.
=/= Os ladrões invadiram minha casa. Roubaram meu talão de cheques. O Eles
• Oração sem sujeito: sujeito inexistente, verbo impessoal, sendo:
-fenômenos da natureza;
-ser/estar = tempo/clima;
-fazer = tempo;
-haver = tempo/existir;
Exs.: Trovejou nesta madrugada – fenômeno;
Está calor hoje – clima;
Hoje são vinte e nove de janeiro – tempo;
Faz anos de minha formatura – tempo;
Há manifestantes aqui – existir; (=/= Existem manifestantes aqui – existir é pessoal)
Há dias de meu casamento;

2.Predicado: é o que se fala do sujeito.


• Verbal: representa ação do sujeito.
Exs.: Os candidatos [realizaram a prova].
Manuel [comprou as apostilas do curso].
• Nominal: apresentam estado, mudança estado, informações características do sujeito (predicativo).
ATENÇÃO: não representa ação, são os verbos de ligação – ser, estar, permanecer, etc.
Ex.: Pedro [ continuou calado].
PN P. Sujeito
• Verbo Nominal: ação + predicativo do sujeito.
Exs.: João [chegou cansado]. (João chegou. + João estava cansado.)
ação PS-PVN
O aluno [chegou alegre]. Caracteriza sujeito.
PVN
=/= O aluno [chegou alegremente]. Advérbio de modo, caracteriza verbo.
ação PV
Patricia, [surpresa, abriu o pacote de presente].
PS-PVN ação
[Nervoso,] aquele Ministro [respondeu às perguntas do repórter].
PS-PVN ação
=/= Aquele ministro, [respondeu ironicamente ao relator]. Advérbio modo, caracteriza verbo.
PV (advérbio modo)
 TERMOS INTEGRANTES:
1.Objetos Verbais: complementam o verbo de acordo com a transitividade
• Objeto Direto: complementa o verbo sem preposição. Ex.: Confirmamos [o gabarito do concurso].
VT o. Direto
• Objeto Indireto: complementa o verbo com preposição. Ex.: Conversamos [sobre política].
VTI o. Indireto
Devolvi [as chaves] [ao dono].
VTDI o. direto o. indireto

2.Complemento Nominal: completa a ideia de nomes sempre com preposição – substantivo, adjetivo ou
advérbio.
Exs.: Fumar é prejudicial / ao homem.
Pedro tem medo / de surpresas.
João tem necessidade [de ajuda].
João necessita [de ajuda]. (=|=, objeto indireto do verbo necessitar).

3.Agente da Passiva: é o agente da ação verbal dentro da voz passiva.


Ex.: O crime foi descoberto pelo delegado.
A. Passiva
[O Delegado] descobriu [o crime.] (=|=)
Agente voz ativa paciente

 TERMOS ACESSÓRIOS (se retirados, não fazem falta):


1. Adjunto Adnominal - acompanha núcleos substantivos, sendo: artigo, numeral, pronome,
adjetivo, locução adjetiva.
Ex.: [Os melhores funcionários] receberão [um excelente aumento].
Sujeito núcleo O. Direto núcleo
Funcionário + receberão + aumento – é o essencial;
Os, melhores, um, excelente – é o adjunto adnominal.
→ Dica: sempre encontrar sujeito + verbo + objeto.

Ex.: [Aqueles três rapazes da Empresa] entregaram [os meus instrumentos de trabalho].
Sujeito núcleo OD núcleo
Rapazes + entregaram + instrumentos.
Aqueles, três, da, Empresa, os, meus, de, trabalho - é o adjunto adnominal.
Lembrando: Sujeito simples, predicado verbal, verbo transitivo direto.

2. Adjunto Adverbial - acompanham os verbos, sendo: advérbios ou locuções adverbiais.


Ex.: Ontem no curso, a professora conversou muito sobre função
sintática.
AAtempo AAlugar AAintensidade

3. Aposto: informação extra sobre o sujeito ou objeto. Existe o tradicional entre “,” e o enumerativo após “:”.
Ex.: O internacional, [campeão do Mundo da da Fifa], passou por maus momentos em 2017.
Compramos três coisas: [frutas, verduras e doces].
O autor [Machado de Assis] publicou obras incríveis – aposto especificativo.

Vocativo: termo independente (não acessório), sempre entre vírgulas, utilizado para chamar, evocar algo ou
alguém.
Ex.: Professora, o que veremos hoje.
Oh, verdes mares, levem-me daqui.
12. PERÍODO COMPOSTO
1.COORDENAÇÃO: relação de independência.
1.1. Oração coordenada assindética: sem conjunção;

1.2. Oração coordenada sindética: com conjunção, sendo:


a) OCS Aditiva: ideia de acréscimo, adição – e, nem (=e não), mas também;
Ex.: Conversamos muito / e fizemos muitos relatórios.
OCA OCS Aditiva
b) OCS Adversativa: ideia de quebra de expectativa, oposição – mas, porém, contudo, entretanto, todavia;
Ex.: Fizemos o projeto / mas não fomos aprovados.
OCA OCS Adversativa
c) OCS Alternativa: ideia de alternância ou exclusão – ‘ou, ou’, ‘ora, ora’, ‘quer, quer’.
Ex.: Deves assumir teus erros / ou poderás ser punido. Ora chora, /ora ri.
OCA OCS alternativa OCS alt. OCS alt.
d) OCS Conclusiva: ideia de conclusão – logo, portanto, pois (depois do verbo);
Ex.: Concluímos o trabalho, / então podemos ir embora. Concluímos o trabalho, /podemos, pois, ir embora.
OCA OCS conclusiva OCA OCS conclusiva
e) OCS Explicativa: porque, pois, que;
Ex.: Saímos mais cedo, / por que estávamos com problemas. Vamos embora, / que a chuva começou.
OCA OCS explicativa OCA OCS explicativa

ORAÇÕES SUBORDINADAS: relação de dependência, sentido.


Oração principal é sem conjunção e oração subordinada apresenta conjunção.

ORAÇÕES SUBSTANTIVAS: equivalem a substantivos e completam ideia da oração principal,


podendo ser:
a) OSS Subjetiva: equivale ao sujeito. Ex. É preciso [que Lurdes faça os exercícios.]
OP OSS subjetiva
Macetes: -verbo de ligação aparece em 98% dos casos na oração principal;
-trocar oração subordinada por um substantivo (batata, laranja). Ex.: é preciso batata.
Ex.02. : Era necessário [que o aluno viesse]. Convém [que você compareça].
OP OSS subjetiva OP OSS subjetiva

b) OSS Predicativa: equivale ao predicado. Ex.: A verdade era [que eu precisava de aula].
OP OSS predicativa
Ex. 02. : O combinado era [que só os vermelhos viessem].
OP OSS predicativa
Macete: verbo de ligação no final da OP em 100% dos casos.

c) OSS Objetiva Direta: equivale ao objeto direto, completando verbo da oração principal sem
preposição.
Exs.: O aluno quer [que a aula comece]. Perguntei [se estava cedo demais].
OP OSS objetiva direta OP OSS objetiva direta

d) OSS Objetiva Indireta: equivale ao objeto indireto, completando verbo da oração principal com
preposição.
Exs.: Aqueles rapazes precisam [de quem lhes ajude].
OP

e) OSS Completiva Nominal: equivale ao complemento nominal, completando nomes da oração


principal com preposição.
Ex.: O aluno tem receio [de que a aula seja sábado].
(nome) OSS completiva nominal (completa receio)

Exs.: O rapaz tem necessidade [de que lhe ajudem]. (=|=) O rapaz necessita [de que lhe
ajudem].
(nome) OSS CN (verbo) OSS OI
f) OSS Apositiva: equivale ao aposto. Ex.: Gostaria de uma coisa: [que o concurso chegasse logo].
OP OSS apositiva

ORAÇÕES ADJETIVAS: adjetiva e retoma termos da OP, com presença de pronome obliquo, podendo ser:
a) OSA Explicativas: generalização.
Ex.: Os funcionários/, que fizeram greve,/ serão demitidos – todos que fizeram greve serão demitidos.
b) OSA Restritivas: sem vírgulas.
Ex.: Os funcionários / que fizeram greve / serão demitidos – somente os que fizeram.
Outros exemplos:
Escrevi para meu irmão/, que mora em Portugal. Escrevi para meu irmão / que mora em Portugal.
OSA explicativa OSA restritiva
Meu namorado/, que mora em POA/, vem me visitar. Meu namorado/ que mora em POA / vem me visitar.
OSA explicativa OSA restritiva

ORAÇÕES ADVERBIAIS: equivalem a advérbios que circunstanciam as ações da oração principal.


a) OSA Causal: ideia de causa, explicação – porque, visto que, como;
Ex.: Visto que estava doente/, não fui trabalhar.
OSA causal OP
b) OSA Consecutiva: ideia de consequência, resultado – que, de maneira que;
Ex.: Gritou tanto/ que ficou sem voz. É feio /que dói.
OP OSA consecutiva OP OSAC
c) OSA Concessiva: quebra de expectativa, oposição – mesmo que, ainda que, embora;
Ex.: Embora estivesse cansado, / foi trabalhar.
OSA consecutiva OP
d) OSA Comparativa: comparação – como, mais que, menos que;
Ex.: Os rapazes agiram / como verdadeiros animais.
OP OSA comparativa
e) OSA Condicional: ideia de condição – se, sem que, caso;
Ex.: Se chegares cedo, / liga para mim.
OSA condicional OP
f) OSA Conformativa: ideia de conformidade – conforme, segundo, como.
Ex.: Assina os documentos, conforme combinamos. Como diz o povo, / tristezas não pagam
dívidas.
OP OSA conformativa OSA conformativa OP
g) OSA Proporcional: ideia de proporção – quanto mais, à medida que;
Ex.: À medida que trabalha,/ percebe o valor do dinheiro.
OSA proporcional OP
h) OSA Temporal: ideia de tempo – quando, assim que, logo que.
Ex.: Assim que terminamos o conteúdo,/ fomos embora.
OSA temporal OP
i) OSA Final: ideia de finalidade, objetivo – para que, afim de que.
Ex.: Gritei /a fim de que me ouvissem melhor.
OP OSA final

FUNÇÕES DO “QUE”:
1.Conjunção Explicativa: motivo (o. coordenadas). Ex.: Faça silêncio / que a prova começou.

2.Conjunção Consecutiva: consequência (OSA consecutiva).


Ex.: Escrevi tanto / que fiquei com dor nas mãos.

3.Pronome interrogativo: introduz perguntas diretas. Ex.: Que dia é hoje?

4.Conjunção Integrante: une (OS substantivas). Ex.: Perguntamos /[que conteúdo viria depois.]
O. Direto
5.Pronome Relativo: retoma termo (OS adjetivas). Ex.: O rapaz <- que indiquei é muito competente.
FUNÇÕES DO “SE”:
1.Conjunção Condicional (OSA condicionais). Ex.: Se me emprestares o livro/, eu faço os exercícios.
Condição OP
2.Índice de indeterminação do sujeito.
Ex.: Precisa-se de funcionários. (sujeito indeterminado – alguém, não sei quem)

3.Partícula apassivadora (voz analítica sintética). Ex.: Encontrou-se [a solução.]


Sujeito
4.Pronome Oblíquo: conjugador. Ex.: Fez-se de louco perante a situação.
16. PONTUAÇÃO
1. Ponto (.)
a) Indicar o final de uma frase declarativa:
Acho que Pedro está gostando de você.

b) Separar períodos:
Ela vai estudar mais tempo. Ainda é cedo.

c) Abreviar palavras:
Ex.: V. Ex.ª (Vossa excelência)

2. Dois-pontos (:)
a) Iniciar fala de personagens:
Ela gritou:
– Vá embora!

b) Anteceder apostos, enumerações ou sequência de palavras que explicam ou resumem ideias


anteriores:
Esse é o problema dessa geração: tem liberdade, mas não tem responsabilidade.
Anote meu número de telefone: 863820847.

c) Anteceder citação direta:


É como disse Platão: “De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais difícil de domar.”

3. Reticências (...)
a) Indicar dúvidas ou hesitação:
Sabe... preciso confessar uma coisa: naquela viagem gastei todas as minhas economias.

b) Interromper uma frase incompleta sintaticamente:


Talvez se você pedisse com jeitinho...

c) Concluir uma frase gramaticalmente incompleta com a intenção de estender a reflexão:


Pedofilia, assassinatos, pessoas sem teto, escândalos ligados à corrupção... assim caminha a
humanidade.

d) Suprimir palavras em uma transcrição:


“O Cristo não pediu muita coisa. (...) Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.” (Chico
Xavier)

4. Parênteses ( )
a) Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo, datas, substituir a vírgula ou o
travessão:
Rosa Luxemburgo nasceu em Zamosc (1871).
Numa linda tarde primaveril (meu caçula era um bebê nessa época), ele veio nos visitar pela última
vez.

5. Ponto de exclamação (!)


a) Após vocativo:
Juliana, bom dia!

b) Final de frases imperativas:


Fuja!

c) Após interjeição:
Ufa! Graças a Deus!
d) Após palavras ou frases de caráter emotivo, expressivo:
Que lástima!

6. Ponto de interrogação (?)


a) Em perguntas diretas:
Quando você chegou?

b) Às vezes, pode ser utilizada junto com o ponto de exclamação para enfatizar o enunciado:
Não acredito, é sério?!

7. Vírgula (,)
Marca pausas no enunciado, indicando que os termos separados não formam uma unidade sintática.
Casos:
a) Separar o vocativo:
Marília, vá à padaria comprar pães para o lanche.

b) Separar apostos:
Camila, minha filha caçula, presenteou-me com este relógio.

c) Separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado:


Os políticos, muitas vezes, visam somente os próprios interesses.

d) Separar elementos de uma enumeração:


Meus bolos prediletos são os de chocolate, coco, doce de leite e nata com morangos.

e) Isolar expressões explicativas:


Faça um bolo de chocolate, ou melhor, de chocolate e morangos.

f) Separar conjunções intercaladas:


Os deputados não explicaram, porém, o porquê de tantas faltas.

g) Separar o complemento pleonástico antecipado:


Havia no rosto dela ódio, uma ira, uma raiva que não possuía justificativa.

h) Isolar o nome do lugar na indicação de datas:


São Paulo, 10 de Dezembro de 2016.

i) Separar termos coordenados assindéticos*: (*não introduzidas por conjunção)


Vim, vi, venci. (Júlio César)

j) Marcar a omissão de um termo:


Maria gosta de praticar esportes, e eu, de comer. (omissão do verbo gostar)

→ Antes da conjunção, como nos casos abaixo:


k) Quando as orações coordenadas possuem sujeitos diferentes:
Os políticos estão cada vez mais ricos, e seus eleitores, cada vez mais pobres.

l) Quando a conjunção “e” repete-se com o objetivo de enfatizar alguma ideia (polissíndeto):
Eu alerto, e brigo, e repito, e faço de tudo para ela perceber que está errada, porém nunca me
escuta.

m) Utilizamos a vírgula quando a conjunção “e” assume valores distintos que não retratam sentido
de adição (adversidade, consequência, por):

Teve febre a noite toda, e ainda está muito fraca.


→ Entre orações:
n) Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas:
Amélia, que não se parece em nada com a Amélia da canção, não suportou seu jeito mandão.

o) Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, exceto as iniciadas pela


conjunção “e”:
Pediu muito, mas não conseguiu convencer-lhe.

p) Para separar orações subordinadas adverbiais, principalmente se estiverem antepostas à oração


principal:
A casa, tão cara que ela desistiu da compra, hoje está entregue às baratas.

q) Para separar as orações intercaladas:


Ficou doente, creio eu, por conta da chuva de ontem.

r) Para separar as orações substantivas antepostas à principal:


Quando me formarei, ainda não sei.

8. Ponto e vírgula (;)


a) separa os itens de uma sequência de outros itens:
Para preparar o pudim vamos precisar dos seguintes ingredientes:
4 ovos;
1 xícara de leite;
1 xícara de leite condensado.

b) separar orações coordenadas muito extensas ou nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente
vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde
moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto
tenso." (O Visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)

9. Travessão (—)
a) Iniciar a fala de um personagem no discurso direto:
Então ela disse:
— Gostaria que fosse possível fazer a viagem antes de Outubro.

b) Indicar mudança do interlocutor nos diálogos:


— Querido, você já lavou a louça?
— Sim, já comecei a secar, inclusive.

c) Unir palavras que indicam itinerários:


O descaso do poder público com relação à rodovia Belém—Brasília é decepcionante.

d) Substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:


Dizem que Elvis — o rei do rock — na verdade, detestava atuar.

10. Aspas (“”)


a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões,
neologismos, arcaísmos e expressões populares:
Exs.: A aula do professor foi “irada”. / Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente.

b) Indicar uma citação direta:


“Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e
refiz a mala.” (O prazer de viajar - Eça de Queirós)
Obs.: para utilizar aspas dentro de uma sentença onde ela já esteja presente, usa-se a marcação
simples (').

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