Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
Palavras Cognatas
Conceito: são palavras que possuem o mesmo radical. Conhecidas por famílias
etimológicas.
Exemplo: Seguro: assecuratório, asseguração, assegurar, segurança.
DERIVAÇÃO
Conceito:
Acréscimo de afixos (Prefixos e/ou Sufixos) à palavra primitiva
Tipos de Derivação
• Derivação Prefixal
Exemplos: desleal, inapto, infeliz, subsolo, retroagir, etc
• Derivação Sufixal
Exemplos: lealdade, deslocamento, felizmente, idiotismo, etc.
• Derivação Parassintética
4
Forma-se palavra pela anexação SIMULTÂNEA de prefixo e sufixo à
palavra primitiva.
Exemplos: a + noite + ecer = anoitecer; en + gaiola + ar = engaiolar; a +
manhã + ecer =amanhecer.
IMPORTANTE!!!
Derivação Regressiva
A palavra primitiva reduz-se ao formar a palavra derivada. Também pode ser
conhecida derivação deverbal.
Exemplo: trabalhar trabalho.
Observação: A diferença entre derivação regressiva e derivação sufixal é a
seguinte: Na primeira, o substantivo se forma a partir do verbo. Já na segunda,
o verbo se forma a partir do substantivo.
Derivação Imprópria
Ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou
supressão na forma, muda de classe gramatical.
Como, por exemplo, os adjetivos passam a substantivos.
Exemplo: Os bons serão contemplados.
COMPOSIÇÃO
5
Tipos de Composição
Por Justaposição
Consiste em formar compostos que ficam lado a lado, ou seja, justapostos, sem
que nenhum dos agregados sofra alteração em sua forma original.
Exemplos: passatempo (passa + tempo), girassol (gira + sol), couve-flor (couve
+ flor).
Por Aglutinação
Consiste em formar compostos em que ao menos um dos elementos agregados
sofre alteração em sua forma original
Exemplos: aguardente (água + ardente), planalto (plano + alto), embora (em +
boa + hora)
Hibridismo
Consiste na formação de palavras compostas por elementos provenientes de
idiomas distintos.
Exemplos: automóvel (grego e latim) burocracia (francês e grego) sociologia
(latim e grego)
Estrangeirismo
Ocorre quando não existe, na nossa língua, uma palavra que nomeie o
determinado ser, sensação ou fenômeno. Há, portanto, uma incorporação literal
de um vocábulo usado em outra língua, sem nenhuma adaptação ao português
falado.
Exemplos: internet, hardware, iceberg, software, startup.
Empréstimo Linguístico
Ocorre quando há incorporação de um vocábulo pertencente a outra língua,
adaptando-o ao português falado.
Exemplos: estresse, futebol, bife, blecaute, etc.
6
EXERCÍCIOS
7
d) Licitação.
e) Entardecer.
8
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8
E D D B A A C C
ACENTUAÇÃO
CONCEITOS INICIAIS
Sílaba tônica - A sílaba proferida com mais intensidade que as outras é a sílaba
tônica. Esta possui o acento tônico, também chamado acento de intensidade ou
prosódico. Temos que resaltar que nem sempre a sílaba tônica recebe acento.
Exemplos: Pa-rá, con-fu-são, Ca-sa.
Não confunda acento tônico com acento gráfico. Nesse primeiro momento,
devemos analisar apenas a tonicidade uma vez que o acento tônico está
relacionado com intensidade de som e existe em todas as palavras com duas ou
mais sílabas. O acento gráfico existirá em apenas algumas palavras e será
usado de acordo com regras de acentuação.
9
Dê o anel de noivado.
Tenho dó do menino.
Para finalizarmos nossa introdução, podemos resumir o que foi visto até o
presente momento da seguinte maneira: Acento tônico é o acento da fala; marca
a maior intensidade na pronúncia de uma sílaba. O acento gráfico é o sinal
utilizado, em algumas palavras, para indicar a sílaba tônica.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Proparoxítonas
Recai sobre as proparoxítonas o papel mais tranquilo no nosso estudo sobre
acentuação, uma vez que todos os vocábulos proparoxítonos são acentuados.
Exemplos: árvore, metafísica, lâmpada, pêssego, quiséssemos, África, Ângela.
Paroxítonas
São acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em:
10
i(s): júri, júris, lápis, tênis.
us: vírus, bônus.
um/uns: álbum, álbuns.
r: caráter, mártir, revólver.
x: tórax, ônix, látex.
n: hífen, pólen, mícron, próton.
l: fácil, amável, indelével.
ão(s): órgão(s), sótão(s), ófão(s), bênção(s).
ã(s): órfã(s), ímã(s).
ps: bíceps, fórceps
Ditongo: Itália, Áustria, memória, cárie, róseo, Ásia, Cássia, fáceis, imóveis,
fósseis, jérsei. Mas, professor! O que seria um ditongo?
- É uma vogal e uma semivogal pronunciadas em uma só sílaba. Pode ser
classificado como crescente ou decrescente.
Oxítonas
São acentuados os vocábulos terminados em: a(s), e(s), o(s)
Exemplos: maracujá, ananás, café, você, dominó, paletós, vovô, vovó, Paraná.
em/ens: armazém, vintém, armazéns, vinténs.
11
As formas verbais terminadas em a, e, o tônicos seguidos de lo, la, los, las
também são acentuadas: amá-lo, vivê-lo, estudá-lo.
PARA GABARITAR!!!
12
EXERCÍCIOS
13
c) Desemprego e iris.
d) Bussola e caju.
14
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8
A D A E A D B C
MORFOLOGIA
CLASSES DE PALAVRAS
A NGB Nomenclatura Gramatical Brasileira faz a divisão das classes de palavras
em dez classes, essa divisão tem como fundamento o comportamento e a
utilização das palavras no Brasil. Dentre as dez classes, duas são primordiais
para o nosso estudo, nós chamá-las-emos de termos nucleares: o substantivo e
o verbo.
Artigo
Classe que serve, basicamente, para indicar se o substantivo é concebido como
algo já definidoe conhecido previamente, ou como algo indefinido e ainda não
nomeado. O artigo é variável, varia em gênero e número para concordar com o
substantivo.
15
Exemplos: Um homem tocou a campainha, era o técnico chamado para
consertar a televisão.
Adjetivo
Classe de palavras que servem para indicar as qualidades, as propriedades do
substantivo.
Exemplos: Carro
Bonito
Branco
Pequeno
Locução adjetiva
Trata-se de uma expressão formada de preposição mais substantivo,
qualificadora de outro substantivo.
Exemplos: mesa
de madeira
de palha
com adereços
Pronome
O pronome é a palavra que substitui o substantivo (pronome substantivo) ou o
acompanha (pronome adjetivo), indicando sua posição em relação às pessoas
do discurso ou situando-o no espaço e tempo.
Exemplos: ele é um grande jogador.
16
PRONOMES PESSOAIS
Numeral
Classe que, em princípio, tem como objetivo quantificar o substantivo, quantos
são eles (um,dois, dez, o triplo, o quádruplo, um terço, um quinto).
Exemplos: Duas crianças foram ao parque ontem.
Deste modo, finalizamos o grupo dos nomes. Lembre-se de que todos os
integrantes do grupo dos nomes subordinam- se ao substantivo.
Advérbio
Pertencem a essa classe as palavras que se associam ao verbo para indicar as
várias circunstâncias que envolvem a ação, podendo ser: tempo, modo,
circunstância, lugar. A principal peculiaridade dessa classe é o fato de o advérbio
ser invariável.
Exemplos: visitei ontem
17
IMPORTANTE!!!
Locução adverbial
Trata-se de uma expressão formada de preposição mais substantivo,
modificadora do verbo.
Exemplos: a mesa quebrou de manhã
Verbos
Pertencem a essa classe as palavras que designam ações, processos que
ocorrem com os seres em geral. Sua identificação é simples, pois são a única
classe gramatical que possui a capacidade de conjugação.
Exemplos: caminhar, fazer, querer, nadar, pôr, ter.
Preposição
Classe de palavras que serve para estabelecer conexão entre uma palavra e
outra, sendo que a segunda palavra informa algo sobre a primeira.
Exemplos: Sobrevivi com o amor
Principais preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre,
para, perante, por sem, sob, sobre.
18
Conjunção
Classe de palavras que estabelece conexão entre orações ou temos de mesma
função sintática.
Interjeição
Pertencem a essa classe palavras invariáveis que exprimem, de maneira
inarticulada (impossível de segmentar), sentimentos e reações de natureza
emocional. São, na grande maioria das situações, fáceis de serem identificados,
pois há uma marca de pontuação que entrega a sua presença: as reticências.
Exemplos: Ah! Oh! Alô! Olá!
19
EXERCÍCIOS
20
d) “Todos os aplicativos existentes são baseados no design mais viciante de que
se tem notícia, uma espécie de caça-níquel que faz o sistema produzir o maior
número possível de pequenos eventos inesperados no menor tempo possível.”
e) O estudo é parte do processo, podendo o ajudar.
21
d) pronome.
e) Artigo.
( ) o menino rápido
( ) nós o conhecemos muito bem
( ) um dos pássaros era branco
( ) a casa de madeira
9. Leia as assertivas
I. Correram ( ) quilômetros. (Bastante/Bastantes)
II. Eles estavam ( ) felizes. (Bastante/Bastantes)
Está correta a relação em:
a) Advérbio e adjetivo.
b) Adjetivo e advérbio.
c) Substantivo e artigo.
d) Numeral e artigo.
e) Advérbio e pronome.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9
A A D D E A C C B
22
PRONOMES
CONCEITO
O pronome é a palavra que substitui o substantivo (pronome substantivo) ou o
acompanha (pronome adjetivo), indicando sua posição em relação às pessoas
do discurso ou situando-o no espaço e tempo. O pronome flexiona-se em gênero
(masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda
e terceira) Pronomes Pessoais Pronome pessoal é aquele que indica as pessoas
do discurso.
Primeira pessoa: aquela que fala (emissor)
Segunda pessoa: aquela com que se fala (receptor)
Terceira pessoa: aquela de quem se fala (referente)
23
DIFERENCIAÇÃO IMPORTANTE!!!
EXERCÍCIOS
1. Sobre o uso correto dos pronomes eu e tu, qual sentença encontra-se correta:
a) Este segredo deve ficar entre eu e tu.
b) Este segredo deve ficar entre mim e ti.
c) Este segredo deve ficar entre você e eu.
d) Este segredo deve ficar entre tu e eu.
e) Este segredo deve ficar entre tu e você.
24
4. Assinale a alternativa que representa corretamente um pronome pessoal do
caso oblíquo átono:
a) Ele.
b) Comigo.
c) Te.
d) Vós.
e) Nós.
5. Leia o texto.
Os pesquisadores fizeram uma série de testes com 584 alunos de 10 a 15 anos
de sete escolas da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Eles queriam avaliar
o que estava sendo registrado na mente dos indivíduos em uma soneca logo
após a aula.
No trecho “Eles queriam avaliar o que estava sendo registrado na mente dos
indivíduos em uma soneca logo após a aula.” O pronome grifado refere-se a
a) indivíduos.
b) alunos.
c) pesquisadores.
d) testes.
e) partes.
25
dado aos três cientistas que ajudaram a desenvolvê- ______: Stanley
Whittingham, Akira Yoshino e John Goodenough, sendo______ a pessoa mais
velha a receber o prêmio Nobel, aos 97 anos de idade.
a) lo, por isso, elas, portanto, las, esse.
b) lo, por causa, elas, por isso, las, esse.
c) los, porque, mim, assim, las, este
d) las, por que, ele, por isso, las, esse
e) lo, por causa, ele, por isso, lo, este
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8
B E C C C E B E
26
SINTAXE
ESTRUTURA DO PERÍODO
O período é dividido em dois
27
A GNB (Nomenclatura Gramatical da Língua Portuguesa) faz a divisão da sintaxe
da seguinte maneira:
SUJEITO E PREDICADO
Sujeito é o termo do qual se declara algo em uma oração.
Predicado é o que se declara sobre o sujeito.
Exemplo: Carlos caminhou pela manhã
Estudo do Sujeito
Núcleo do Sujeito Núcleo é a principal palavra do sujeito.
Exemplo: meus pais são pessoas especiais.
Classificação do Sujeito
Sujeito Simples: é o sujeito determinado que apresenta um único núcleo.
Exemplo: Nós vimos as crianças.
• O sujeito simples pode ser singular ou plural
28
Atenção: o sujeito composto pode ser facilmente identificado, pois, entre seus
núcleos, identificaremos a conjunção (e) ou a (,) vígula os separando.
EXERCÍCIOS
29
b) Sujeito Indeterminado.
c) Sujeito Simples.
d) Sujeito Composto.
e) Oração sem sujeito.
30
b) Sujeito composto.
c) Sujeito oculto.
d) Sujeito indeterminado.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8
D B C A D B B C
INEXISTÊNCIA DO SUJEITO
31
Principais exemplos de prova!!!!
EXERCÍCIOS
32
d) Haviam amigos verdadeiros.
e) Há moça é bela.
5. Na oração “Cabia tudo em uma mala só”, o vocábulo “tudo” exerce a função
de sujeito.
Certo ( ) Errado ( )
33
7. Assinale a alternativa que apresenta um sujeito composto.
a) “O propósito original das posturas é garantir um fluxo de energia em camadas
mais sutis da nossa fisiologia”
b) “Ela pode oferecer isso, mas também pode dar muito mais”
c) “os números não surpreendem”
d) “Na ioga, corpo, mente e espírito não estão separados”
10. No verso “Há tempos treino/ o equilíbrio sobre” (v.4/v.5), destacam-se dois
verbos. Ao analisá-los com atenção, é correto afirmar que:
a) O verbo “há” é impessoal e poderia ser substituído por “existir”
b) “treino” está no singular, concordando com um substantivo “equilíbrio”.
c) “há” está flexionado na primeira pessoa do singular, assim como “treino”.
d) O verbo “treino” concorda com um sujeito que não está explícito no verso.
e) O verbo “há” poderia, facultativamente, concordar com o substantivo “tempos”.
34
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A B B E CERTO B D B D D
Expressões partitivas
O núcleo do sujeito funciona com uma expressão partitivas (uma parte de, a
metade de, uma porção de...) OU coletivos especificados (um bando de, um
grupo de, uma multidão de...): o verbo pode concordar tanto com o núcleo quanto
com o especificante do núcleo:
Exemplo: Uma parte das pessoas reclamou/reclamaram da fila no banco.
Sujeito = Uma parte das pessoas Núcleo (substantivo sem preposição) = “parte”.
parte está no singular – concordância com “reclamou”. candidatos está no plural
– concordância com “reclamaram”.
Expressões fracionárias
Exemplo: 1/4 dos alunos está/ estão sem aulas.
Sujeito = 1/4 dos alunos.
Núcleo = 1/4 (fração – observar o numerador. Nesse caso, é “1”, portanto
35
singular).
médicos = plural.
Ambas as formas verbais são aceitas.
Porcentagem
Do 0 ao 1,99999... = singular. Do 2 em diante = plural.
Lembre-se de que se o núcleo estiver determinado, a concordância pode ser
feita com ele.
Exemplo: 1,8% dos aposentados será/serão prejudicados.
Sujeitos compostos
Sujeito composto, anteposto ao verbo, dois núcleos: verbo no plural.
Exemplo: João e Antônio querem café.
Verbo SER
Exemplo(1): Maria é minhas preocupações.
O sujeito tem como representante uma pessoa, um ser animado. A concordância
será com o ser animado.
36
Ser associado a tempo:
1) São cinco horas da tarde. São concorda com “cinco”
2) É meio-dia. É concorda com “dia”.
3) Hoje são quatorze de maio. São concorda com “quatorze”.
4) Hoje é dia quatorze de maio. É concorda com “dia”.
5) Hoje é (dia) quatorze de maio. A palavra dia está implícita.
EXERCÍCIOS
37
d) 1/2 da população apreendem rápido;
e) 4/5 dos atletas olímpicos é de origem africana.
38
GABARITO
1 2 3 4 5 6
A B B B C C
ESTUDO DO PREDICADO
COMPLEMENTOS VERBAIS
Necessitam de complemento os verbos que indicam ação (verbos significativos
ou nocionais). Esses verbos fazem parte de predicados verbais ou verbo-
nominais. Os verbos de ligação não necessitam de complemento, pois servem
apenas para ligar o predicativo ao sujeito.
Chama-se transitividade a relação que se estabelece entre os verbos e seus
complementos. Os complementos verbais são chamados objetos.
Tipos de verbos
Os tipos de complementos dependem do tipo de verbo utilizado.
Podemos classificar os verbos, de um modo geral, da seguinte maneira:
Temos aqui uma resalva: esses verbos, para indicarem fenômenos da natureza,
têm que indicar a realização propriamente dita, do contrário, a análise torna-se
errada.
Exemplo: choveu canivete ontem.
O verbo chover em questão não indica chuva, pois foi empregado no sentido
conotativo, logo esse verbo será transitivo direto.
II. Verbos de estado: ser, estar, permanecer, continuar, tornar-se, virar, andar...
são os principais
39
III. Verbos de ação: os verbos que não se enquadrarem como de estado ou
fenômenos da natureza serão chamados de verbos de ação.
OBSERVAÇÃO!!!
Os únicos complementos verbais são: objeto direto e objeto indireto.
40
Verbos Transitivos intransitivos
São aqueles cujo sentido não necessita de um objeto.
Exemplo: um menino nasceu.
Perceba! O verbo em questão não transita nem liga, logo, ele é classificado como
intransitivo.
EXERCÍCIOS
41
3. No período “Quem destrói florestas não mata apenas árvores.”, os termos
grifados são:
a) Objeto direto e objeto direto.
b) Objeto indireto e objeto indireto.
c) Objeto direto e predicativo do objeto.
d) Objeto direto e objeto indireto.
4. Leia o texto
Anteontem, eu, meu irmão e meu pai fomos ao lago pescar.
Os termos destacados na oração acima correspondem a:
a) Adjunto adverbial, predicativo do sujeito.
b) Predicado.
c) Adjunto adverbial, objeto indireto.
d) Adjunto adnominal, predicado.
42
O termo destacado no texto classifica-se como
a) Objeto direto.
b) Objeto indireto.
c) Predicativo do Sujeito.
d) Complemento Nominal.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8
D A A C B A A D
Predicativo do sujeito
Predicativo do Sujeito é o termo que caracteriza o sujeito, tendo um verbo como
intermediário. O predicativo do sujeito pode ser um substantivo, um adjetivo ou
uma palavra com valor de substantivo. O predicativo do sujeito é o núcleo do
predicado nominal, e um dos núcleos do predicado verbo-nominal. Em
predicados nominais, o sujeito é ligado ao predicativo através de um verbo de
ligação.
Exemplo: Ela estava triste.
43
Predicativo do Objeto
Predicativo do Objeto é uma qualidade atribuída ao objeto através do verbo. O
predicativo do objeto pode ser um substantivo, um adjetivo ou uma palavra com
valor de substantivo. O predicativo do objeto é um dos núcleos do predicado
verbo-nominal.
Adjunto Adverbial
Adjunto Adverbial é o termo que indica uma circunstância em que ocorre o
processo verbal ou o termo que intensifica o adjetivo, o verbo ou o advérbio.
Adjunto adverbial é uma função adverbial, isto é, desempenhada por advérbios
(e locuções adverbiais).
Exemplo: ele é muito inteligente
44
Companhia: Fui ao museu com meus amigos.
Instrumento: Redações devem ser escritas à caneta.
Assunto: Falarei com ele sobre o ocorrido.
Preço: trabalhei por 20 reais.
TIPOS DE PREDICADO
EXERCÍCIOS
45
b) Os alunos estavam felizes.
c) O cientista encontrou a cura.
d) Minha mãe fez o café.
6. Assinale a alternativa que indica o termo que exerce a função de objeto direto
no trecho a seguir, retirado do
texto: “queria resolver (1) a situação (2) na melhor (3) forma possível (4)”.
a) 1.
46
b) 2.
c) 3.
d) 4.
a) “Estendidas
b) “as faixas”
c) "usadas”
d) “campanha eleitoral”
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8
B D B B C B D A
47
TERMOS LIGADOS AO NOME
Complemento nominal
Complemento Nominal: é o complemento exigido por alguns substantivos,
adjetivos e advérbios. Assim como os verbos, alguns nomes necessitam de
complemento. Observe:
Exemplo: Nós temos amor por nossa família.
Adjunto adnominal
Adjunto adnominal: termo ligado aos substantivos, mantendo uma relação de
completude do termo.
Exemplo: a menina bonita.
Atenção!!!
Artigos, pronomes e termos não preposicionados ligados aos nomes são sempre
adjuntos adnominais.
48
EXERCÍCIOS
49
A sequência está correta em
a) ADN, ADN, CN e CN.
b) CN, ADN, CN e ADN.
c) CN, CN, ADN e ADN.
d) ADN, CN, ADN e CN.
e) CN, ADN, ADN e CN.
7. A opção cujo termo sublinhado exerce a função de adjunto adnominal por ser
o agente do termo anterior é:
a) “reestruturação de seus sistemas de segurança”;
b) “repressão à violência”;
c) “fatores geradores da insegurança”;
d) “busca de soluções efetivas”;
e) “altos índices de criminalidade”.
50
8. Os termos sublinhados em “luta por algo ou representação de algo”
desempenham a mesma função sintática que:
a) “capaz de se virar”
b) “tensão do futebol”
c) “vida do homem”
d) “governo do Presidente Médici”
e) “lição de vida”
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8
A C A A C B E A
Agradar
VTD: no sentido de “fazer carinho”
Exemplo: O filho agradava o pai.
Ajudar
VTD ou VTI (sem alteração de sentido).
Exemplo: O professor ajudou os (aos) alunos.
Assistir
VTI: no sentido de ver, presenciar.
Exemplo: Eu assisti ao clássico réi.
51
VTD (preferencialmente) ou VTI: no sentido de dar assistência, ajudar.
Exemplo: O médico assiste os (aos) enfermos.
Atender
VTI ou VTD (sem alteração de sentido).
Exemplo: O menino atendeu (a) o carteiro.
Chamar
VTD: no sentido de convocar.
Exemplo: A mãe chamou o filho para almoçar.
Chegar
VI: mas, quando acompanhado de expressões locativas, deve-se usar a
preposição “a”.
Exemplo: Chegaremos ao prédio do Objetivo.
OBS!!! Aqui temos uma polêmica, pois alguns gramáticos não compartilham
desta opinião. Então, para embasar seus estudos, deixo aqui uma ponderação.
Se sua banca examinadora for a FCC, fique tranquilo, pois o que prevalece é a
dupla transitividade. Já se a sua examinadora for CEBRASPE, FGV ou qualquer
outra banca, aconselho que você opte apenas pela transitividade direta.
52
Lembrar/lembrar-se (também válido para esquecer/esquecer-se)
VTD: lembrar/esquecer (sem o pronome).
Exemplo: Meu pai lembra o seu nome. Eu esqueci a sua blusa.
Obedecer
VTI.
Exemplo: Eles não obedecem ao regulamento.
Preferir
VTDI (algo a algo):
Exemplo: Prefiro português a qualquer outra materia.
Proceder
VTI: no sentido “de iniciar”, “executar”.
Exemplo: O ator procedeu à apresentação.
Visar
VTD: no sentido “de mirar”, “ver”.
Exemplo: O atirador visou o alvo.
53
EXERCÍCIO
54
4. Em relação à regência verbal, assinalar a alternativa CORRETA:
a) Simpatizei com a vendedora.
b) Tal ação implicará em sua demissão.
c) Prefiro café do que chá.
d) O técnico chamou aos jogadores.
GABARITO
1 2 3 4 5
A A D A D
55
PONTUAÇÃO DO PERÍODO SIMPLES
PONTO FINAL
É um dos sinais que marcam fim de período e o que assinala a pausa de máxima
duração. Além do ponto final, também marcam o fim de período os sinais de
exclamação(!) e interrogação(?).
VÍRGULA
A vírgula é o sinal que indica uma pequena pausa na leitura, o que equivale a
uma pequena ou grande mudança na entoação.
Estatuto da vírgula
Proibições
Art.1° Não se usa vírgula:
Entre sujeito e verbo
Exemplo: eu, fui a São Paulo ano passado.
56
Art. 2° Usa-se a vírgula:
Para separar palavras ou expressões de mesma função sintática
Exemplo: eu prenderei bandido, vagabundo, homicida e estelionatário.
EXERCÍCIOS
57
2. Na linha 16, mantém a correção gramatical a inserção de vírgula anteriormente
à expressão “por diferentes pensadores contemporâneos”, que tem natureza
adverbial.
Quadrilha
João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim
que amava Lili que não amava ninguém.
ANDRADE, C. D. de. Quadrilha. Em: Poesia completa. Rio de Janeiro:
Nova Aguilar, 2006. p. 26.
58
É correto o que se afirma
a) apenas em I.
b) apenas em II.
c) apenas em III.
d) em I, II e III.
59
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7
B ERRADO D A E C A
EXERCÍCIOS
3. Analise: “Em uma manhã fria de segunda-feira em São Paulo, a sala de aula
virtual do professor Marcos Rojo, cofundador do Instituto de Ensino e Pesquisa
em Yoga, estava cheia.” E assinale a alternativa incorreta.
a) Há a presença de um advérbio de tempo.
b) Há um aposto explicativo.
c) Há uma oração subordinada.
d) Há um sujeito simples.
60
a) Verbo.
b) Vocativo.
c) Aposto.
d) Adjunto adnominal.
6. Dançar, nadar, brincar, nada lhe interessava.”. Com base no termo destacado,
assinale a alternativa correta:
a) Aposto resumitivo.
b) Aposto explicativo
c) Aposto especificativo.
d) Aposto enumerativo.
61
9. Assinale a alternativa que corresponde à função sintática CORRETA do
elemento em destaque no trecho a seguir: O Brasil participou ativamente das
discussões internacionais que culminaram, em 1989, na Convenção Sobre os
Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU), assinada por
196 países. Disponível: https://agenciabrasil.ebc.com.br
a) Vocativo.
b) Predicativo do sujeito.
c) Adjunto adverbial de modo.
d) Objeto indireto.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A D C B B A C E C C
62
SINTÁXE DO PERIODO COMPOSTO
Subordinação
Ocorre subordinação quando uma oração, chamada de oração subordinada,
exerce uma função sintática em outra oração, chamada de oração principal.
Exemplo: ele não sabia que a mãe estava em casa.
Coordenação
Ocorre coordenação quando as orações, chamadas de orações coordenadas,
são independentes sintaticamente.
Exemplo: eu estudei e voltei para casa.
63
Quanto à forma, as orações podem ser desenvolvidas ou reduzidas.
CONHECENDO OS TIPOS
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
Oração subjetiva é aquela que exerce a função de sujeito do verbo da oração
principal. Havendo oração subordinada substantiva subjetiva, o verbo da oração
principal está necessariamente na terceira pessoa do singular.
64
Exemplo: Convém que haja muitos inscritos.
Isso convém.
Este tipo de oração é pouco cobrado em provas de concurso uma vez que sua
identificação é muito simples, a pontuação (:) dois pontos indicará sua existência.
65
ocorre porque sujeitos, objetos e complementos nunca são separados por
vírgula dos termos a que estão ligados.
EXERCÍCIOS
1. Nos versos “Queria que a minha voz tivesse um formato de canto Porque eu
não sou da informática:...”, as orações
grifadas são classificadas como:
a) 1. subordinada substantiva objetiva direta / 2. coordenada sindética
explicativa.
b) 1. subordinada substantiva subjetiva / 2. subordinada adjetiva explicativa.
c) 1. coordenada sindética explicativa / 2. subordinada adjetiva explicativa.
d) 1. subordinada substantiva objetiva indireta / 2. coordenada sindética
explicativa.
66
a) adjetiva restritiva.
b) adjetiva explicativa.
c) substantiva objetiva direta.
d) substantiva objetiva indireta.
GABARITO
1 2 3 4 5
A D B C D
67
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVA
68
EXERCÍCIOS
1. No período “Uma delas foi inventada por homens que amam a precisão dos
números,...”, a oração destacada é classificada como:
a) subordinada adverbial final.
b) subordinada adjetiva restritiva.
c) coordenada sindética explicativa.
d) subordinada substantiva objetiva direta.
3. No período composto “Não posso ser uma mulher como nossas mães, que se
conformam em aprender corte e costura”, a oração destacada é classificada
como:
a) coordenada sindética conclusiva.
b) subordinada adjetiva explicativa.
c) subordinada adjetiva restritiva.
d) subordinada adverbial causal.
69
d) Oração subordinada adjetiva restritiva.
Texto: “se a emancipação, em 1867 e 1868, era tão urgente, que o imperador a
mandava estudar”.
A oração iniciada por “que” (linha 39) introduz uma explicação acerca da oração
que inicia o período, sendo classificada como adjetiva explicativa.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1 2 3 4 5 6
A D C B ERRADO B
70
ESTUDO DO PRONOME RELATIVO
Outro exemplo:
O jogador que eu vi parecia-se com o Pelé.
71
4) Predicativo: Lembro-me com saudade das crianças que nós éramos.
5) Complemento Nominal: A pessoa a quem fiz referência não estava presente.
6) Agente da Passiva: O policial por quem fomos salvos recebeu uma medalha.
7) Adjunto Adverbial: O lugar em que vivo é muito bonito. Observe que o
pronome relativo ―quem‖ sempre é precedido de preposição.
CUJO
Estabelece uma relação de posse entre o antecedente e o termo que especifica.
Sua função principal é de adjunto adnominal. Em alguns casos, pode ser também
complemento nominal.
Adjunto Adnominal: O autor cujos livros admiro fez uma palestra ontem. (livros
do autor)
Complemento Nominal: Os salários, cujo aumento foi adiado, são a causa da
greve. (aumento dos salários)
ATENÇÃO: o pronome cujo não aceita colocação de artigo nem antes nem após
seu uso.
72
EXERCÍCIOS
73
que
primeiro roeu as frias carnes
do meu cadáver
a) Machado escreveu doente Memórias Póstumas.
b) O narrador de Memórias Póstumas é onisciente.
c) Machado é um dos mais consagrados escritores no Brasil.
d) Machado foi fundador da Academia Brasileira de Letras.
e) A ideia de Machado era explicar a corrupção brasileira.
a) E - C - C – C
b) C - C - E – E
c) E - E - C - C
d) C - E - E – E
GABARITO
1 2 3 4 5
C A A D C
74
Oração Subordinada Adverbial
75
Orações Subordinadas Adverbiais Conformativas:
Exemplo: fiz o caderno do papiro como o professor mandou.
EXERCÍCIOS
76
3. Há noção de causa no segmento sublinhado que se encontra em:
a) Ele tem grande percepção para o comportamento social e suas mudanças...
(1° parágrafo).
b) Há uma mescla de artigo e crônica nos seus textos, como se você estivesse
interessado nas ideias (4° parágrafo).
c) ...e tentar pensar bem, mas nunca esquecer que nada vai ficar gravado em
pedra... (4° parágrafo).
d)...a crônica pegou no Brasil pelo acidente de aparecerem bons cronistas... (2°
parágrafo).
e) Ser mais pessoal, mais coloquial, depende do estilo de cada um. (3°
parágrafo).
GABARITO
1 2 3
C A D
Orações coordenadas assindéticas são aquelas que não são ligadas por
conjunção.
Exemplo: As crianças trabalham, a infância não é tão bela.
77
1. Aditivas:
Ele trabalha e estuda.
2. Adversativas:
Eu gosto de carne, mas ela não.
3. Alternativas:
Ora chove, ora bate sol.
4. Conclusivas:
Ele estudou. Portanto, foi aprovado.
5. Explicativas:
Ele estudou, pois queria aprender.
78
EXERCÍCIOS
1. A frase: "Ele correu pra ver a borboleta, ela nadava pelo óleo lentamente" pode
ser classificada como:
a) Oração Coordenada Sindética Adversativa
b) Oração Coordenada Assindética
c) Oração Assindética Explicativa
d) Oração Coordenada Conclusiva
e) Oração Coordenada Alternativa
79
4. No texto temos
Texto: Você vista meu pensamento, rouba meu sono, acelera meu coração e me
enche de saudade.
a) Quatro orações coordenadas assindéticas.
b) Três orações coordenadas assindéticas e outra, coordenada sindética
adversativa.
c) Três orações coordenadas assindéticas e outra, coordenada sindética aditiva.
d) Quatro orações subordinadas adverbiais.
80
6. Assinale a alternativa cuja oração sublinhada exemplifica o processo de
coordenação.
a) "É dever do Estado (em atendimento a um direito inalienável) prover crianças
e adolescentes com cuidados, segurança, oportunidades, inclusive de
recuperação diante de deslizes sociais".
b) "Neste sentido, o ECA mantém dispositivos importantes, que asseguram
proteção a uma parcela da população em geral incapaz de discernir entre o certo
e o errado à luz das regras sociais".
c) "Mas, se estes são aspectos consideráveis, por outro lado é condenável o viés
paternalista de uma lei orgânica que mais contempla direitos do que cobra
obrigações daqueles a quem pretende proteger".
d) "É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade, como
o emprego de menores em ações - inclusive armadas - de quadrilhas
organizadas, ou serve de salvo-conduto a jovens criminosos para afrontar a lei".
e) "É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade, como
o emprego de menores em ações - inclusive armadas - de quadrilhas
organizadas, ou serve de salvo-conduto a jovens criminosos para afrontar a lei".
GABARITO
1 2 3 4 5 6
B D A C C D
81
PONTUAÇÃO DO PERÍODO COMPOSTO
1) Subordinadas Substantivas
Não se separam da oração principal por meio de vírgula a oração principal da
oração subordinada substantiva. A exceção é a substantiva apositiva, que se
separa por dois-pontos.
Exemplo: ele não queria que a festa acabasse.
2 - Obrigatória sempre:
Concessivas
Condicionais
Conformativas
82
EXERCÍCIOS
83
d) palavras de mesma função sintática.
e) um vocativo.
GABARITO
1 2 3 4 5
C C A E B
84
PONTUAÇÃO DO PERÍODO COMPOSTO
ORAÇÕES COORDENDAS
ADITIVAS
Mesmo sujeito: vírgula proibida
Exemplo: Ele estuda, e trabalha.
Sujeitos diferentes: vírgula obrigatória para a maioria das bancas, salvo banca
Cespe, que entende esta vírgula como facultativa.
Exemplo: Ele estuda e você acerta questões.
ALTERNATIVAS:
Duas conjunções: vírgula obrigatória
Exemplo: ou faça o certo, ou mude-se daqui.
85
EXERCÍCIOS
1. a vírgula foi empregada para separar termos da oração com a mesma função
sintática no trecho
a) “alguma alma, mesmo que penada” (segunda estrofe).
b) “em qualquer cruzamento, / acostamento, encruzilhada” (quarta estrofe).
c) “Já não sinto amor nem dor, / já não sinto nada” (segunda estrofe).
d) “Por favor, uma emoção pequena” (terceira estrofe).
e) “tem tantos sentimentos, / deve ter algum que sirva” (terceira estrofe).
86
2. Assinale a alternativa que corresponde ao período de pontuação correta.
a) Ele prefere cinema e, eu teatro
b) Hoje, eu, daria o mesmo conselho: mais doutrina e menos análise
c) Precisando de um grande conselho, procurou José, seu amigo de longas
conversas.
d) Ele que era o novo técnico, não convocou os melhores!
e) Quando eu chego, em casa tudo me alegra, canto sem parar.
GABARITO
1 2 3
B C D
87
PRONOMES
CONCEITO
O pronome é a palavra que substitui o substantivo (pronome substantivo) ou o
acompanha (pronome adjetivo), indicando sua posição em relação às pessoas
do discurso ou situando-o no espaço e tempo. O pronome flexiona-se em gênero
(masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda
e terceira) Pronomes Pessoais Pronome pessoal é aquele que indica as pessoas
do discurso.
88
EXERCÍCIOS
89
4. Certos cientistas ...... que os mosquitos, em países tropicais e
subdesenvolvidos, ..... graves causadores de doenças a partir da década de
2000, em virtude de ..... sérios problemas de saneamento básico. Preenchem
corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada, as formas verbais em:
a) declaram – se tornaram − haverem
b) declaram – tornaram-se – existir
c) declaram − tornaram-se − haver
d) declara – tornara-se – existirem
e) declara – se tornara – haver
5. Ao tratar uma letra de música como sendo um poema, o agente está a elogiar
a música, como se o fato de uma letra de música ser um poema tornasse a letra
mais relevante para o mundo. Do mesmo modo, chamar um compositor de poeta
é exaltar o compositor. Pergunto: ser poeta aos olhos do mundo é mais
importante do que ser compositor?
(Adaptado de: MENEZES, Raquel. Disponível em:
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/literatura)
Fazendo-se as devidas alterações, os elementos sublinhados acima foram
corretamente substituídos por um pronome em:
a) elogiar-lhe – a tornasse – exaltá-lo
b) elogiá-la – a tornasse – exaltá-lo
c) elogiá-la – lhe tornasse – lhe exaltar
d) lhe elogiar – tornasse-lhe – lhe exaltar
e) elogiá-la – tornasse-lhe – o exaltar
GABRITO
1 2 3 4 5
A B E C B
90
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Em relação ao verbo os pronomes oblíquos átonos (me, nos, te, vos, o, a, os,
as, lhe, lhes, se) podem aparecer em três posições distintas:
REGRA PRINCIPAL
Proibições
1. Começar frases, oração ou período com pronome oblíquo átono;
2. Utilizar pronome oblíquo átono depois de pausa;
3. Utilizar pronome oblíquo átono depois de verbos no futuro;
4. Utilizar pronome oblíquo átono depois de verbos no particípio.
PRÓCLISE
Esse tipo de colocação pronominal é utilizada quando há palavras que atraiam
o pronome para antes do verbo. Tais palavras são:
3) Pronomes Indefinidos
Exemplo: Ninguém me deu apoio.
4) Pronomes Demonstrativos
91
Exemplo: Isso me deixou irritado.
5) Conjunções subordinativas
Exemplo: Embora me interesse pelo carro, não posso comprá-lo.
6) Frases interrogativas
Exemplo: Quem lhe deu a bola?
7) Frases exclamativas
Exemplo: Isso me deixou feliz!
8) Frases optativas
Exemplo: Deus o ilumine
ATENÇÃO!!!
Existem casos que se pode utilizar tanto a próclise como a ênclise: - Pronomes
pessoais do caso reto. Se houver palavra atrativa, usa-se a próclise.
Exemplo: Ele lhe entregou a carta.
Ele entregou-lhe a carta.
MESÓCLISE
Essa colocação pronominal é usada apenas com verbos no futuro do presente
ou futuro do pretérito, desde que não haja uma palavra que exija a próclise.
Exemplo: Contar-te-ei um grande segredo. (futuro do presente)
92
ÊNCLISE
Sempre ocorre ênclise nos casos abaixo:
Se o verbo terminar em som nasal (am, em, -ão), os pronomes assumem a forma
NO, NA, NOS, NAS.
Exemplo: Estudam-na.
93
EXERCÍCIOS
2. Ao tratar uma letra de música como sendo um poema, o agente está a elogiar
a música, como se o fato de uma letra de música ser um poema tornasse a letra
mais relevante para o mundo. Do mesmo modo, chamar um compositor de poeta
é exaltar o compositor. Pergunto: ser poeta aos olhos do mundo é mais
importante do que ser compositor?
(Adaptado de: MENEZES, Raquel. Disponível em:
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/literatura)
94
3. É inegável que o século XX deixou-nos um legado de impasses, a gravidade
desses impasses se faz sentir até hoje, uma vez que não solucionamos esses
impasses nem mesmo amenizamos as consequências desses impasses.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
a) em cuja gravidade − lhes solucionamos − suas consequências;
b) cuja gravidade − os solucionamos − suas consequências;
c) da qual gravidade − solucionamo-los − as consequências dos mesmos;
d) onde a gravidade − lhes solucionamos − as próprias consequências;
e) gravidade de cujos − os solucionamos − as consequências em si mesmas.
GABARITO
1 2 3 4
C B B C
95
EXERCÍCIOS
4. Poucas vezes a gente pensa nisso, do mesmo jeito que devem ser poucas as
pessoas que acordam se sentindo primatas, mamíferos ou terráqueos, outros
rótulos que nos cabem por força da natureza das coisas.
96
5. O trecho “Quanto mais escapa o tempo dos falsos educandários, mais a dor
é o documento que os agride e os separa” (v.18-21) poderia, sem prejuízo para
a correção gramatical, ser reescrito da seguinte forma: À medida que escapa o
tempo dos falsos educandários, a dor vai se tornando o documento que os agride
e os separa.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1 2 3 4 5
ERRADO CERTO ERRADO ANULADA ERRADO
É a forma que o verbo assume para indicar sua relação com o sujeito. Há três
tipos principais:
a) Voz Ativa: indica que o sujeito pratica a ação verbal (sujeito agente).
Exemplo: Eu fiz os exercícios.
b) Voz passiva: indica que o sujeito sofre a ação verbal (sujeito paciente).
Exemplo: o menino quebrou a janela.
97
O “se”, neste caso, é chamado de pronome apassivador.
Aqui, percebe-se que quem executou a ação na voz ativa tornou-se o agente da
voz passiva e o tempo verbal permaneceu o mesmo.
Voz reflexiva: indica que o sujeito pratica e sofre a ação verbal (sujeito agente
e paciente). Exemplo: Ele se escondeu da polícia.
98
EXERCÍCIOS
2. Não que seja um índice para se aplaudir em cena aberta: foram 705
homicídios, uma média de um assassinato a cada duas horas. (linhas 2 e 3)
Nos trechos acima, foram destacadas três ocorrências do SE, que se classificam
correta e respectivamente como:
a) partícula apassivadora, indeterminador do sujeito e partícula apassivadora.
b) indeterminador do sujeito, indeterminador do sujeito e indeterminador do
sujeito.
c) partícula apassivadora, partícula apassivadora e partícula apassivadora.
d) indeterminador do sujeito, partícula apassivadora e indeterminador do sujeito.
e) pronome oblíquo, pronome reflexivo e conjunção subordinativa.
99
a) partícula apassivadora;
b) índice de indeterminação do sujeito;
c) parte integrante do verbo;
d) partícula expletiva;
GABARITO
1 2 3
B A A
1) CONJUNÇÃO CONDICIONAL
Exemplo: se você soubesse o quanto o tempo é cruel, não perderia tempo com
discussões.
3) PARTÍCULA APASSIVADORA:
VTD, VTDI (Concordância entre sujeito e verbo)
Exemplo: vendem-se casas.
5) REFLEXIVO: “A SI MESMO”
100
Exemplo: a menina se penteou em frente ao espelho.
EXERCÍCIOS
101
Alternativas:
a) Partícula apassivadora
b) Índice de indeterminação do sujeito
c) Objeto direto
d) Conjunção condicional
e) Conjunção integrante
3. “O ‘se’ dos trechos ‘... a falta dessa infraestrutura se tornou...’ (1º§) e ‘Se
olharmos a perda de água potável...’ (3º§), indica_____________________.”
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa
anterior.
a) concessão nos dois empregos
b) condição na primeira ocorrência
c) condição apenas no segundo emprego
d) a mesma classificação nos dois empregos
GABARITO
1 2 3
A B C
102
CRASE
Ocorrerá a crase sempre que houver um termo que exija a preposição a e outro
termo que aceite o artigo a. Para termos certeza de que o "a" aparece repetido,
basta utilizarmos alguns artifícios:
II. Substituir o "a" por para ou para a. Se aparecer para a, ocorre a crase:
Exemplo: Contarei uma estória a você. (Contarei uma estória para você.) Fui à
Holanda (Fui para a Holanda)
III. Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo verbo "voltar". Se aparecer a expressão
voltar da, é porque ocorre a crase.
Exemplo: Fui à França (voltei da França)
103
d) Antes de pronomes em geral:
Exemplo: Não vou a qualquer parte.
Crase facultativa
1. Antes de nome próprio feminino: Refiro-me à(a) aluna.
2. Antes de pronome possessivo feminino: Dirija-se à (a) sua fazenda.
3. Depois da preposição até: Dirija-se até à (a) porta.
Casos particulares
1. Casa Quando a palavra casa é empregada no sentido de lar e não vem
determinada por nenhum adjunto adnominal, não ocorre a crase.
Exemplo: Regressaram a casa para almoçar
Regressaram à casa de seus pais
2. Terra Quando a palavra terra for utilizada para designar chão firme, não
ocorre crase.
Exemplo: Regressaram a terra depois de muitos dias.
Regressaram à terra natal.
104
Ocorre também a crase
a) Na indicação do número de horas:
Exemplo: Chegamos às nove horas.
EXERCÍCIOS
2. “Todos aqueles que devem deliberar sobre questões dúbias devem também
manter-se imunes ao ódio e à simpatia, à ira e ao sentimentalismo”.
Nesse pensamento de um historiador latino, ocorreu duas vezes a utilização
correta do acento grave indicativo de que houve crase; a frase abaixo em que
esse mesmo acento está equivocado é:
105
a) Quem perdoa uma culpa encoraja à cometer muitas outras;
b) A aspiração à glória é a última da qual se conseguem libertar os homens mais
sábios;
c) Quem aspira à sumidade, raras vezes consegue passar do meio;
d) Veja o que ocorreu com muitos intelectuais, condenados à fama imortal;
e) Todos somos levados à obediência eterna a Deus.
106
GABARITO
1 2 3 4
B A C D
EXERCÍCIOS
___ 6ª edição do evento, que ocorre de 10 ___ 13 de outubro, contará com três
shows nacionais gratuitos: do cantor de pagode Xande de Pilares e das duplas
sertanejas César Menotti e Fabiano e João Bosco e Vinícius, além, é claro, de
atrações regionais e locais que prometem agitar ___ Praça da Bandeira. [...]
Como o próprio nome já diz, o evento trará para o público diversos pratos ___
base de camarão. Uma das opções mais procuradas pelos visitantes é o famoso
Pastel de Camarão produzido pelas esposas dos pescadores da Associação de
Pescadores de Porto Belo.
107
e) A – a – a – a
4. Em " _Claro, vocês podem fazer a prova hoje à tarde, após o almoço.", o
fenômeno linguístico da crase teve de ocorrer porque:
a) O substantivo "prova" pede a preposição A e também aceita o artigo feminino
A.
b) O advérbio "hoje" pede a preposição A e o substantivo "tarde" aceita o artigo
feminino.
c) Trata-se de uma locução adverbial feminina que sempre é apresentada com
a contração À.
d) O substantivo "prova" por estar determinado pede a preposição A e o
substantivo "tarde" aceita o artigo feminino A.
108
e) Há contração entre preposição exigida por regência verbal de “respondem” e
artigo definido feminino.
GABARITO
1 2 3 4 5
C C C C E
EXERCÍCIOS
109
b) Ela pode ser constatada a partir de uma alteração no padrão racial ou no
aumento significativo de peso em relação aquele ideal do cachorro.
c) Em 1984, fomos a Roma na primeira reunião da confederação internacional
dos sacerdotes casados.
d) Gota a gota, economia de água nas lavouras pode chegar a até 70%.
GABARITO
1 2 3 4 5
C A B D D
110
ASPECTOS GERAIS DO VERBO
FLEXÔES DO VERBO
111
EXERCÍCIOS
112
a) Presente do modo subjuntivo.
b) Pretérito imperfeito do modo subjuntivo.
c) Presente do modo indicativo.
d) Pretérito perfeito do modo indicativo.
GABARITO
1 2 3
D D C
113
EXERCÍCIOS
1. Neste trecho “Eles tem uma crise de identidade (...)” (4º§), é correto afirmar
que a forma verbal tem:
a) Aparece grafada no plural para indeterminar o sujeito a que se refere.
b) Aparece grafada na terceira pessoa do plural do verbo “ter” do presente do
indicativo.
c) Deveria ser grafada com acento (têm) para marcar a terceira pessoa do plural
do presente do indicativo.
d) Concorda com o sujeito a que se refere, porque foi grafada na terceira pessoa
do singular do verbo “ter” do
presente do indicativo.
2. Em “Vejo então o mundo com bom humor.” (3º§), a ação verbal exprime um
fato:
a) Habitual.
b) Duvidoso.
c) Ocorrido no passado.
d) Esperado e que não aconteceu.
114
a) 1° conjugação;
b) 2° conjugação;
c) 3° conjugação;
d) 4° conjugação;
GABARITO
1 2 3 4
C A B A
CONJUGAÇÃO VERBAL
Presente do Indicativo
• Presente do subjuntivo
• Imperativo afirmativo
• Imperativo negativo
115
Infinitivo impessoal
• Infinitivo pessoal
• Futuro do presente
• Futuro do pretérito
• Pretérito imperfeito do indicativo
EXERCÍCIOS
2. No TEXTO II, o trecho “Só saímos de lá meia hora”, a forma verbal “saímos”
está conjugada na primeira pessoa do:
a) plural do pretérito perfeito do indicativo.
b) singular do pretérito imperfeito do indicativo.
c) plural do pretérito mais que perfeito do indicativo.
d) singular do pretérito imperfeito do subjuntivo.
e) plural do pretérito perfeito do subjuntivo.
116
c) Na 3ª pessoa do singular do pretérito imperfeito do subjuntivo.
d) Na 3ª pessoa do singular do pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
GABARITO
1 2 3
D A D
EXERCÍCIOS
3. A forma verbal em destaque no trecho “Há quanto tempo estava ele ali?”
exprime uma ação
a) passada habitual.
b) incerta sobre fatos atuais.
c) que se produziu no passado.
117
d) que ocorreu antes de outra ação passada.
GABARITO
1 2 3
C A A
EXERCÍCIOS
118
4. "A experiência mundial mostra que as campanhas para alertar e convencer a
população, de forma periódica, da necessidade de obedecer, regras básicas de
trânsito, não são suficientes para frear veículos...”
GABARITO
1 2 3 4
D D D C
119
Formação de tempos compostos
INDICATIVO
1. Pretérito perfeito: presente+particípio
2. Pretérito mais-que-perfeito: pretérito imperfeito + particípio
3. Futuro do presente: futuro do presente + particípio
4. Futuro do pretérito: futuro do pretérito + particípio
SUBJUNTIVO
1. Pretérito perfeito: presente + particípio
2. Pretérito mais-que-perfeito: pretérito imperfeito + particípio
3. Futuro composto: futuro + particípio
120
EXERCÍCIOS
1. Considerando o trecho “Por fim, o melhor é ter uma cadeira com a braçadeira
na altura da mesa, uma tela de computador um pouco mais alta do que um laptop
na mesa e manter os cotovelos apoiados na superfície, não o antebraço”, analise
as assertivas a seguir e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) Há dois verbos no infinitivo e um no particípio.
( ) A preposição “na” surge a partir da união da preposição “em” + artigo “a”.
( ) Cadeira, mesa e computador são substantivos concretos.
3. Analise: “Após sair da escola, Bezos segue o caminho de seu pai e resolve se
matricular para cursar Engenharia.”
E assinale a alternativa correta.
a) Há um verbo no infinitivo.
b) Há um verbo no particípio.
c) Há dois verbos no infinitivo.
d) Há três verbos no infinitivo.
121
4. No texto, a sentença “Ele havia aceito o emprego” o uso do particípio irregular
na sentença fere o que prescreve a norma culta padrão da língua portuguesa.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1. C
2. B
3. D
4. Certo
EXERCÍCIOS
122
d) O tumulto começava na esquina de minha rua e que era perto dos gabinetes
do ministro e do secretário.
e) Tenho o hábito de sempre carregar meus óculos escuros, por precaução e
porque nunca se sabe se vai abrir o sol.
5. “Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu
a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente.” Henfil,
cartunista. Sobre a estruturação desse pensamento, assinale a afirmativa
correta.
a) Os termos frutos, flores, folhas, semente indicam uma progressão de lugar e
tempo.
123
b) As três frases que compõem o pensamento apresentam paralelismo sintático,
ou seja, mostram estruturação sintática idêntica.
c) Cada uma das frases que compõem o pensamento de Henfil apresenta uma
retificação da frase anterior.
d) As formas verbais das frases componentes desse pensamento indicam uma
ação futura.
e) Os termos beleza, sombra e intenção indicam aspectos negativos da ação da
natureza.
GABARITO
1. C
2. A
3. Certo
4. E
5. B
POR QUE
O “por que” separado é empregado em duas situações:
1) Quando puder ser substituído por “pelo qual” ou variações.
Exemplo: Os lugares por que passei eram belos.
2) Quando puder ser substituído pelas expressões “por qual razão” ou “por qual
motivo”.
Exemplo: Por que você não veio ao nosso encontro?
124
PORQUE
O “porque” junto é empregado quando funciona como conjunção, sobretudo
explicativa ou causal. Substituível por “pois”.
Exemplo: Ela foi embora, porque eu não a amava mais.
PORQUÊ
O “porquê” é empregado quando equivale a “motivo, razão”. Neste caso, teremos
uma palavra substantivada.
Geralmente, virá acompanhado de um determinante.
Exemplo: o porquê de sua ignorância eu não sei.
SENÃO – SE NÃO
SENÃO: em uma só palavra significa “do contrário”, “de outro modo”, “a não ser”,
“mas sim”.
Exemplo: Estude, senão você será reprovado. (do contrário).
EM PRINCÍPIO – A PRINCÍPIO
EM PRINCÍPIO: significa em tese, de um modo geral.
Exemplo: Em princípio todos somos iguais.
125
CERCA DE: aproximadamente, perto de, próximo de.
Exemplo: estávamos cerca de 20 metros do posto.
AFERIR – AUFERIR
AFIM – A FIM DE
126
EXERCÍCIOS
3. Leia o texto.
Ladrões teriam usado a estrutura do próprio equipamento como alavanca para
quebrar as travas de segurança nas estações, que, a não ser por isso,
permaneceram intactas.
A locução “a não ser” (linha 3) poderia, sem prejuízo sintático ou semântico para
o texto, ser substituída por senão.
4. Leia o trecho.
“O europeu tem a respeito da mulher brasileira uma noção falsíssima”.
127
5. Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos originais do texto, o trecho
“para que se conserve a lição do passado como intocável e permanente” (ℓ. 14
e 15) poderia ser reescrito da seguinte forma: afim de conservar, intocável e
permanentemente, a lição do passado.
GABARITO
1. B
2. E
3. Certo
4. Certo
5. Errado
AO INVÉS DE – EM VEZ DE
AO INVÉS DE: locução prepositiva que significa “ao contrário de”
Exemplo: ao invés de comer, não comi.
EM VEZ DE: locução que indica troca, substituição (equivale a “em lugar de”).
Exemplo: em vez de você ficar pensando nele.
DE ENCONTRO A – AO ENCONTRO DE
DE ENCONTRO A: significa oposição, contrariedade.
Exemplo: o voto foi de encontro a fala do ministro.
128
DESCRIMINAR – DISCRIMINAR
DESCRIMINAR: significa inocentar, retirar a qualificação de crime.
Exemplo: Alguns parlamentares lutam para descriminar o uso da maconha.
DO QUE – QUE
Para unir elementos de uma comparação, pode-se empregar indiferentemente
do que ou que. Exemplos: havia mais meninos do que meninas na prova.
Havia mais meninos que meninas na prova.
O GRAMA – A GRAMA
O GRAMA: unidade de medida de massa, é substantivo masculino.
Exemplo: comprei duzentos gramas de presunto.
INFLIGIR – INFRINGIR
INFLIGIR: aplicar pena.
Exemplo: O magistrado infligiu uma pena mínima aos falsários.
AMORAL – IMORAL
AMORAL: indiferente à moral, moralmente neutro (nem moral, nem imoral).
Exemplo: Infelizmente as leis econômicas são amorais, indiferentes a questões
de apelo humano.
129
IMORAL: contrário à moral, libertino, desonesto, sem moral.
Exemplo: Dividir royalties do pré-sal é imoral, indecente e ilegal.
EXERCÍCIOS
1. Leia o texto.
O aumento do emprego e os programas de transferência de renda continuam a
beneficiar mais as famílias que ganham menos, cujo consumo tende a aumentar
proporcionalmente mais do que o das famílias de renda mais alta. A oferta de
crédito, igualmente, atinge mais diretamente essa faixa.
130
4. Assinale a opção que mostra a frase cuja lacuna deve ser preenchida com a
primeira das formas entre parênteses.
a) “_______ é um homem que jamais bate numa mulher sem primeiro tirar o
chapéu”. (cavaleiro / cavalheiro)
b) “A indústria do _______ se beneficia do sexo, ou você acha que as pessoas
andariam com os jeans apertados desse jeito se não fosse pela conotação
sexual?”. (vestiário/vestuário)
c) “A diminuição _______ do nível da água dos reservatórios trazia preocupação
aos governadores de Estado”. (eminente/iminente)
d) “As mudanças no Código Penal incluem possibilidades de______ penas mais
duras aos criminosos”. (infligir/infringir)
e) “As novas medidas presidenciais vieram______ o acerto das votações no
Congresso Nacional”. (retificar / ratificar)
GABARITO
1. Errado
2. Errado
3. E
4. D
131
Guarda – roupa: Guarda – roupas.
Beija – flor: beija – flores.
Ave – Maria: ave – Marias.
SUBSTANTIVOS COLETIVOS
132
Conclave: coletivo de cardeais reunidos para eleger o papa
Congregação: coletivo de religiosos
Corja: coletivo de malandros ou de ladrões
Corpo docente: coletivo de professores
Corpo discente: coletivo de alunos
Elenco: coletivo de atores ou artistas
Família: coletivo de parentes
Horda: coletivo de bandidos invasores ou selvagens
Junta: coletivo de médicos, examinadores
Prole: coletivo de filhos
Tripulação: coletivo de marinheiros ou aviadores
Alcateia: coletivo de lobos
Bando: coletivo de aves ou pássaros
Boiada: coletivo de bois
Burricada: coletivo de burros
Cáfila: coletivo de camelos ou dromedários
Cambada: coletivo de caranguejos
Cardume: coletivo de peixes
Cavalaria: coletivo de cavalos
Colmeia ou enxame: coletivo de abelhas
Colônia: coletivo de bactérias
Fauna: coletivo de animais de uma região
Flora: coletivo de plantas de uma região
Gataria: coletivo de gatos
Manada: coletivo de bois, elefantes
Matilha: coletivo de cachorros, cães
Ninhada: coletivo de filhotes
Nuvem: coletivo de gafanhotos
Panapaná: coletivo de borboletas
Praga: coletivo de insetos nocivos
133
Vara: coletivo de porcos
Arvoredo ou bosque: coletivo de árvores
Buquê ou ramalhete: coletivo de flores
Cacho ou penca: coletivo de frutas
Pomar: coletivo de árvores frutíferas
Réstia: coletivo de alhos
Acervo: coletivo de obras de arte
Álbum: coletivo de fotografias, selos ou figurinhas
Arsenal: coletivo de armas
Biblioteca: coletivo de livros
Baixela: coletivo de pratos, vasilhas, travessas, talheres
Cinemateca: coletivo de filmes
Discoteca: coletivo de discos
Enxoval ou trouxa: coletivo de roupas
Esquadra: coletivo de navios de guerra
Esquadrilha: coletivo de aviões
Frota: coletivo de carros, ônibus ou navios
Molho: coletivo de chaves
Resma: coletivo de papel
Alfabeto: coletivo de letras
Arquipélago: coletivo de ilhas
Atlas: coletivo de mapas
Cancioneiro: coletivo de poesias líricas ou de canções
Coletânea ou antologia: coletivo de textos ou músicas
Constelação: coletivo de estrelas
Cordilheira: coletivo de montanhas
Estrofe: coletivo de versos
Fornada: coletivo de pães ou tijolos
Universidade: coletivo de faculdades
Vocabulário: coletivo de palavras
134
EXERCÍCIOS
2. A palavra cujo plural se faz do mesmo modo que fura - buxos (L. 22-23) e
pelas mesmas razões é
a) navio-escola
b) surdo-mudo
c) bolsa-família
d) guarda-roupa
e) auxílio-educação
1. Cafila.
2. Baixela.
3. Molho.
135
( ) coletivo de pratos
( ) coletivo de chaves
( ) coletivo de camelos.
GABARITO
1-C
2-D
3-E
4-B
136
semântico: cada elemento gráfico ou sonoro pode gerar diferentes significados
a cada contexto de uso.
Exemplo: A manga estava madura.
Tome nota: Pressuposta é informação não escrita, mas que permite certeza com
base em relações lógicas entre ideias do texto, ou com base em aspectos
gramaticais que impliquem certas significações.
137
EXERCÍCIOS
Leia o texto.
138
Com relação à interpretação do texto e à significação das palavras nele
empregadas, julgue os seguintes itens.
5. “Por outro lado, nas sociedades complexas, a violência deixou de ser uma
ferramenta de sobrevivência e passou a ser um instrumento da organização da
vida comunitária. Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem a
qual, acreditam alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria nem se
complexificaria”. A utilização do termo “ou seja” introduz:
a) uma informação sobre o significado de um termo anteriormente empregado;
b) a explicação de uma expressão de difícil entendimento;
c) uma outra maneira de dizer-se rigorosamente a mesma coisa;
d) acréscimo de um esclarecimento sobre o que foi dito antes;
e) a ênfase de algo que parece importante para o texto.
139
Gabarito
1 - CERTO
2 - ERRADO
3 - CERTO
4-B
5-D
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
A linguagem é um código de comunicação que pode ser verbal e não verbal. Há
muitas possibilidades de linguagem e de junção de linguagens para que se
estabeleça a comunicação através do texto. Então, o texto é o resultado de um
processo enorme, e um dos elementos desse processo é o uso da linguagem. A
linguagem verbal tem muitas variações. Não se usa o mesmo tipo de linguagem
para, por exemplo, conversar com os amigos em uma roda de conversa informal
e com um entrevistador durante uma entrevista de emprego. Usa-se linguagens
diferentes em contextos diferentes. A língua é múltipla, por isso há diferentes
níveis de linguagem, dependendo do contexto em que o falante está inserido. A
língua varia dependendo da circunstância, época, região.
TIPOS DE VARIAÇÃO
Diacrônicas: é a variação presenta uma mudança linguística histórica, aos
diferentes estágios pelos quais qualquer língua passa no decorrer do tempo
Exemplo: o verbo “por” este verbo deriva do verbo poer. Devido ao processo de
economia linguística - próprio de todas as línguas – teve sua estrura reduzida.
140
podendo ser formal ou informal.
Exemplo: quando estamos em uma reunião de família, falamos: cuida, pessoal!
Bora comer. Já em uma reunião de trabalho com o chefe, diremos: por favor,
vamos almoçar.
NÍVEIS DE LINGUAGEM
1. FORMAL, CULTA: nível prescrito pelas gramáticas.
2. INFORMAL COLOQUIAL: próprio das relações do dia a dia.
EXERCÍCIOS
A língua que falamos, seja qual for (português, inglês...), não é uma, são
várias. Tanto que um dos mais eminentes gramáticos brasileiros, Evanildo
Bechara, disse a respeito: “Todos temos de ser poliglotas em nossa própria
língua”. Qualquer um sabe que não se deve falar em uma reunião de trabalho
como se falaria em uma mesa de bar. A língua varia com, no mínimo, quatro
parâmetros básicos: no tempo (daí o português medieval, renascentista, do
século XIX, dos anos 1940, de hoje em dia); no espaço (português lusitano,
brasileiro e mais: um português carioca, paulista, sulista, nordestino); segundo a
escolaridade do falante (que resulta em duas variedades de língua: a
escolarizada e a não escolarizada) e finalmente varia segundo a situação de
comunicação, isto é, o local em que estamos, a pessoa com quem falamos e o
motivo da nossa comunicação ― e, nesse caso, há, pelo menos, duas
variedades de fala: formal e informal.
A língua é como a roupa que vestimos: há um traje para cada ocasião. Há
situações em que se deve usar traje social, outras em que o mais adequado é o
casual, sem falar nas situações em que se usa maiô ou mesmo nada, quando
se toma banho. Trata-se de normas indumentárias que pressupõem um uso
“normal”. Não é proibido ir à praia de terno, mas não é normal, pois causa
141
Estranheza.
A língua funciona do mesmo modo: há uma norma para entrevistas de
emprego, audiências judiciais; e outra para a comunicação em compras no
supermercado. A norma culta é o padrão de linguagem que se deve usar em
situações formais. A questão é a seguinte: devemos usar a norma culta em todas
as situações? Evidentemente que não, sob pena de parecermos pedantes. Dizer
“nós fôramos” em vez de “a gente tinha ido” em uma conversa de botequim é
como ir de terno à praia. E quanto a corrigir quem fala errado? É claro que os
pais devem ensinar seus filhos a se expressar corretamente, e o professor deve
corrigir o aluno, mas será que temos o direito de advertir o balconista que nos
cobra “dois real” pelo cafezinho? Língua Portuguesa.
2. Depreende-se do texto que a língua falada não é uma, mas são várias porque,
a depender da situação, o falante pode se expressar com maior ou menor
formalidade.
Certo ( ) Errado ( )
142
B) Criaram normas rígidas para impedir o movimento das mulheres, com
discursos de que seriam perigosas. (linhas 13 e 14)
C) Agnodice se vestiu de homem para assistir conferências médicas, num templo
de Atenas...(linhas 28 e 29)
D) Foi morta pelos monges e pela plebe, que foram fanatizados pelo patriarca
Cirilo. (linhas 30 e 31)
GABARITO
1 2 3 4 5
C C C E C
Linguagem
EXERCÍCIOS
1. As palavras de uma língua podem ser usadas com sentido próprio ou figurado,
dependendo do contexto de que fazem parte. Tem-se uma palavra usada em
sentido figurado no fragmento:
A) “Sem perceber, fazemos publicidade gratuitamente ao usar roupas, sapatos,
bolsas e outros objetos com etiquetas visíveis.” (L.10/11)
143
B) “É preciso esclarecer que propaganda e publicidade são dois termos que
geralmente se confundem.” (L.13)
C) “Também chama a nossa atenção em bancos, escritórios, hospitais,
restaurantes, cinema e outros lugares
públicos.” (L.5/6)
D) “..não teria sido possível sem que o bombardeio incessante da publicidade
tente nos convencer...” (L.1/2)
144
3. Assinale a alternativa em que a palavra grifada está empregada em sentido
denotativo:
A) Como lê muito, dizem que João é uma ilha cercada de livros por todos os
lados.
B) Apenas Édipo encontrou a chave para decifrar o enigma da Esfinge.
C) A neblina flutua, desfazendo os edifícios e as árvores da cidade.
D) Quando o sol cair, encerraremos nosso expediente no banco.
E) Alessandro rompeu a camisa no arame farpado que cerca a fazenda
GABARITO
1 2 3 4 5
D D E C B
145
TIPOLOGIAS TEXTUAIS
NARRAÇÃO
Objetivo: reproduzir uma realidade dinâmica (com progressão temporal, ou seja,
relação de anterioridade e posterioridade entre os acontecimentos).
Características
Elementos narrativos:
Narrador: quem conta a história (pode dela participar); Personagem: quem vive
o enredo; °
Enredo: sucessão de acontecimentos (em regra, tem como elementos a
apresentação, a complicação, o clímax e o desfecho);
Tempo: quando a história acontece e quanto tempo dura;
Espaço: onde a história acontece;
Discurso: voz das personagens.
Verbos no pretérito.
EXERCÍCIOS
146
1. No texto, predominantemente narrativo, ocorrem tanto o discurso direto como
o discurso indireto livre.
Certo ( ) Errado ( )
2. A escassez de verbos nas duas primeiras frases do texto e o uso de forma
verbal na voz passiva realçam a situação de imobilidade e fragilidade do
personagem em foco.
4. O uso das formas verbais “ergue” (l. 7) e “Revira” (l. 8), denotativas de
movimento, indica a recuperação física do personagem, decorrente da retomada
da “ânsia de viver”.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1 2 3 4 5
C C E E C
147
TIPOLOGIAS TEXTUAIS
DESCRIÇÃO
Objetivo: reproduzir uma realidade estática (com ocorrência simultânea das
informações e sem relação de antes e depois entre os acontecimentos).
Características
Retrato verbal;
Ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre as
frases;
Predomínio de substantivos, adjetivos e locuções adjetivas;
Utilização da enumeração e comparação;
Com frequência, presença de verbos de ligação.
EXERCÍCIOS
Como você pode ver, uma garotinha está deitada displicentemente no colo
de um senhor bem velhinho e bem simpático. Ela parece um anjo. Loirinha,
cabelo castanho claro, encaracolado, nariz e boca perfeitos, ar inteligente e
sadio, uma dessas crianças que a gente vê em anúncios. Pelo jeito, deve ter uns
três ou quatro anos, não mais que isso.
Ela está vestida em um desses macaquinhos de flanela, com florezinhas
azuis e vermelhas e uma malha creme por baixo. Calçando um tênis
transadíssimo nas discretas cores amarelo, vermelho e azul, o que nos mostra
que a mocinha não é apenas novinha, mas moderninha também. O velhinho tem
um tipo bem italiano.
O boné cinza é típico desses senhores que a gente vê passeando pelo Bixiga
nos domingos à tarde. Estatura mediana, cabelos e bigodes branquinhos, rosto
e mãos enrugadas que traem uma idade bem avançada. Paletó marrom e calça
cinza, ambos de lã, malha creme, abotoada até o último botão, como faz todo
148
senhor que se preze. Embaixo da malha, uma camisa azul, mas bem azul
mesmo, que destoa de todo o conjunto.
O que prova que o cavalheiro e a mocinha apreciam cores fortes. Pela roupa
que os dois estão vestindo e pela carinha rosada dela, deve estar fazendo muito
frio. Fato que o ar enevoado e cinzento do jardim, que está atrás deles, vem a
comprovar. Os dois estão sentados em um balanço de madeira de cor verde,
desses em que cabem apenas duas pessoas e que são bastante comuns em
quintais, varandas e jardins de casas de classe média, classe média alta. Ela
está comodamente estirada. Com a cabeça entre o ombro e a barriga do velhinho
e os pés apoiados numa almofada de crochê de cor creme.
Nas mãos, ela traz um livro de histórias cheio de desenhos coloridos. Livro
esse que, olhando atentamente, você verá que se trata da história da Bela
Adormecida. O que, aliás, é muito engraçado, porque enquanto a bela conta a
história da Bela Adormecida, o velho é que adormeceu. Ele dorme a sono solto.
Com uma mão envolta na dela e a outra apoiada sobre sua própria perna direita,
na altura do joelho, ambos, à sua maneira, estão sonhando.
Ele sonha dormindo, ela sonha acordada. A menina está divagando no colo
do avô. Isso mesmo: do avô. Porque o velho que você está vendo só pode ser o
avô dela. Pela intimidade com que ela está comodamente instalada no colo dele,
percebe-se que não pode ser visita, pessoa de cerimônia. E, sim, alguém bem
chegado, alguém da família. Para um estranho, ouvir essa história contada por
uma criaturinha tão linda seria uma novidade excitante, que dificilmente o faria
cair no sono. E, se não fosse por isso, um estranho também não cairia no sono,
pelo menos por dever de educação. Resistiria bravamente até a Bela
Adormecida acordar. Além disso, é só olhar para a roupa caseira que ele está
usando para perceber que não é alguém que foi fazer uma visita.
É pessoa da casa mesmo, pai não é. Ele é muito velhinho para ser o pai dela.
E pouco provavelmente seria um tio. Tanto pela idade quanto pela
disponibilidade e paciência. Tio dá doces, presentes, mas ouvir histórias
intermináveis, contadas por uma narradora que de vez em quando divaga, tio
não faz. Só pode ser mesmo um avô ouvindo pela milésima vez a mesma
história, que para ele deve ser sempre igual e para ela deve ser sempre diferente.
Ela, por sua vez, não se deve importar com que seu ouvinte durma. Afinal, ela
só quer colo e aquela mão terna, enrugada e querida em volta da sua cintura
pequenina.
Mesmo desatento, ele está dando a ela seu tempo e seu carinho sonolento.
O balanço de jardim pode ser gostoso de sentar. Mas como você pode ver não
é o local mais confortável para se dormir. Principalmente em um dia frio como
esse, em um descampado de uma varanda. Mas o fato é que ele não sente a
dureza do balanço porque dorme, e ela, igualmente, não sente a dureza da
madeira e a frieza do tempo por vários motivos: primeiro, porque sonha, e no
sonho não há desconforto ou frio. E, segundo, porque ela tem a barriga do avô
como travesseiro, o braço dele como edredom e uma almofada como encosto
para seus pés e seu tênis multicolorido.
149
Juntos os dois, ali na varanda, vivem um momento de que ela vai se lembrar
sempre e ele não vai se lembrar de nada. Até mesmo nada da história. Por isso,
é que ela vai ter de contar e recontar essa história para o avô centenas de vezes.
Principalmente para reviver os trechos que ele perdeu com seus cochilos. Assim
como você vai ter de ler e reler muitas vezes esse texto até conseguir enxergar
toda a beleza e ternura contidas nessa cena. Ou pelo menos uma pequena parte
dela.
1. Há ironia nos trechos “deve ter uns três ou quatro anos, não mais que isso” e
“um tênis transadíssimo nas discretas cores amarelo,vermelho e azul”
Certo ( ) Errado ( )
4. Segundo o texto, há mais afinidade entre avôs e netos do que entre tios e
sobrinhos.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1 2 3 4 5
E E C E E
150
TIPOLOGIAS TEXTUAIS
Características
Tipos:
Expositiva: apresenta informações/dados sobre o assunto, logo, também pode
ser chamada de informativa. Além disso, o texto informativo pode apresentar
opiniões de terceiros, mas não do autor;
151
EXERCÍCIOS
1. No trecho “Tentar subornar o guarda para evitar multas”, a oração “para evitar
multas” expressa a causa, o motivo que leva alguém a cometer suborno.
Certo ( ) Errado ( )
152
Leia o cartaz a seguir.
Leia o texto.
153
beneficiar a humanidade, dotando-a de recursos que tornam a vida melhor, se
possível para todos”.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7
E E E C C C D
COESÃO
O conceito de coesão diz respeito à conexão discursiva/linguística entre as
partes do texto. Os principais tipos de coesão são a referenciação e a
sequenciação.
Exemplo: o jogador anunciou sua saída do clube.
Ele estava infeliz com a situação. (Coesão referencial)
Apreendo à medida que estudo.
Nesse mecanismo de coesão é empregado um termo, que pode ser um
pronome, um advérbio ou um substantivo, para retomar ou antecipar um outro
termo do texto.
154
Termos de referenciação:
Endofóricos (o referente está no próprio discurso):
• Anafóricos: retomam o referente;
• Catafóricos: antecipam o referente;
COERÊNCIA
Alguns elementos fazem de um monte de palavras um texto. Se alguém,
aleatoriamente, começar a juntar palavras, isso não necessariamente formará
um texto, pois não se terá um todo significativo, mas, apenas, um monte de
palavras. Para que esse conjunto de palavras forme um texto é preciso que
estejam presentes alguns elementos conhecidos como fatores de textualidade.
Eles são muitos, mas dois deles interessam mais a quem está estudando para
concursos públicos, pois são recorrentemente cobrados em prova, são eles:
coerência e coesão. Fatores de textualidade são os elementos capazes de
transformar um conjunto de códigos (palavras) em um texto, são eles:
A coerência está no nível dos sentidos, já a coesão está no nível das palavras.
Sendo assim, a coerência deve vir antes da coesão. Primeiro deve-se buscar
uma relação de harmonia entre duas partes do texto para, depois, encontrar uma
forma de conectá-los.
COERÊNCIA
Relações de sentido entre as partes do texto.
Decorre:
• da unidade semântica: o tema central deve perpassar todo o texto;
155
• da progressão temática: conceito, causa, efeito e intervenção;
• da não contradição entre as partes: a contradição, talvez, seja a mais
visível das incoerências.
EXERCÍCIOS
156
d) Mais vale um vizinho perto que um irmão longe.
e) Os velhos deviam ser mortos quando nascem.
5. A frase abaixo que poderia ser vista como uma definição de coerência textual
é:
a) “A palavra foi dada ao homem para disfarçar o próprio pensamento”;
b) “As ideias acendem umas às outras como centelhas elétricas”;
c) “Uma vez fixadas nas palavras, as imagens de memória se apagam”;
d) “Uma ideia não executada é um sonho”;
e) “O estilo é um modo muito simples de dizer coisas complicadas”.
7. Um escritor americano é autor da seguinte frase: “Não grite por socorro à noite.
Pode acordar os vizinhos.”
Tal frase apresenta um problema textual, que é:
157
a) a falta de coerência;
b) a inadequação vocabular;
c) a pontuação equivocada;
d) a ausência de coesão;
e) o desrespeito à norma culta.
158
10. Na passagem “Hoje estou comemorando mais um ano de vida, isso é
maravilhoso. Este ano será muito bom” os termos sublinhados são
respectivamente:
a) Anafórico, dêitico e catafórico.
b) Catafórico, anafórico e dêitico.
c) Dêitico, anafórico e dêitico.
d) Catafórico, catafórico e anafórico.
e) Dêitico, catafórico e anafórico.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A D E B B A A E A C
Figuras de palavras
159
Perífrase/Antonomásia: mais palavras em vez de menos (circunlóquio).
Exemplo: o boto vem buscar moça que nunca conheceu homem.
Figuras de pensamento
160
EXERCÍCIOS
Nessa frase do texto 1, o vocábulo “cidades" está usado, como termo geral, em
lugar de “algumas pessoas das
cidades", num exemplo de linguagem figurada denominada metonímia.
2. “...ele já disse que as perdas são de curto prazo, mas os benefícios de longo
prazo são muitos”. Nesse segmento do texto há a presença de uma figura de
linguagem denominada:
a) pleonasmo.
b) hipérbole.
c) eufemismo;
d) metáfora.
e) antítese.
161
4. Em “evitar a inevitável violência", o autor emprega o recurso expressivo que
se denomina antítese. Isso, porém, não se verifica no seguinte fragmento:
a) Na maior parte das vezes, esse desejo tem origem em nosso exibicionismo
b) O homem sempre foi violento e essa violência nunca foi provocada apenas
por necessidades
c) nasce puro e a sociedade o corrompe com seus hábitos
d) o homem nasce bom e se torna mau.
Leia a charge.
162
d) paradoxo
Leia a charge.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8
D E C B A D C A
163
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
164
Função Conativa ou Apelativa
Tem objetivo de convencer e/ou persuadir o destinatário (segunda pessoa do
discurso).
Possui como características o emprego da segunda pessoa e verbos no
imperativo.
Exemplo: “Vem pra Caixa você também.”
Função Fática
É a função de um texto que não tem assunto. Tem por objetivo iniciar, manter,
testar ou finalizar contato. Geralmente utilizada em cumprimentos, saudações e
expressões.
Na maioria das vezes, quando se inicia ou finaliza o canal de comunicação, isso
está associado à polidez da comunicação.
Exemplo: Bom dia/Tudo bem?/Tchau.
Quando o objetivo é manter ou testar o contato pode virar vício de linguagem.
Exemplo: Né?/Tá?.
Função Metalinguística
Tem por objetivo explicar o código utilizado usando para isso o próprio código.
Encontrado em dicionários, gramáticas etc.
Exemplo: poema sobre escrever poema “A mão que escreve este poema não
sabe o que está escrevendo, mas é possível que se soubesse nem ligasse”.
Função Poética
Tem objetivo de elaborar de maneira estética/expressiva a mensagem cujo
elemento em destaque é a própria mensagem.
É caracterizada pela preocupação com a expressão do texto, como figuras de
linguagem, rimas, métricas, ritmo, etc.
Exemplo: “De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre,
e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu
pensamento.”
165
EXERCÍCIOS
Texto 1
Alguma vez você já contabilizou ou avaliou o número de projetos pessoais que
abandonou durante a vida?
Por que é que temos tanta dificuldade em manter relacionamentos e afetos,
terminar e fechar o “ciclo” de cursos e estudos que nós mesmos escolhemos?
Tudo a nossa volta perde o brilho muito rápido onde vivemos a todo tempo, entre
a rápida euforia e o tédio. Se essa realidade tivesse uma cor, pra mim seria cinza.
2. Em “Já deve ter acontecido com você. Sabe quando você está no trabalho, e
dois ou três amigos postam fotos de viagem?”, em função da valorização a um
elemento da comunicação, predomina qual função da linguagem?
a) Metalinguística.
b) Apelativa.
c) Referencial.
d) Emotiva.
e) Fática.
166
Texto 2
Sempre pensei que ser um cidadão do mundo era o melhor que podia
acontecer a uma pessoa, e continuo pensando assim. Que as fronteiras são a
fonte dos piores preconceitos, que elas criam inimizades entre os povos e
provocam as estúpidas guerras.
E que, por isso, é preciso tentar afiná-las pouco a pouco, até que
desapareçam totalmente. Isso está ocorrendo, sem dúvida, e essa é uma das
boas coisas da globalização, embora haja também algumas ruins, como o
aumento, até extremos vertiginosos, da desigualdade econômica entre as
pessoas. Mas é verdade que a língua primeira, aquela em que você aprende a
dar nome à família e às coisas deste mundo, é uma verdadeira pátria, que
depois, com a correria da vida moderna, às vezes vai se perdendo, confundindo-
se com outras.
E isso é provavelmente a prova mais difícil que os imigrantes têm de
enfrentar, essa maré humana que cresce a cada dia, à medida que se amplia o
abismo entre os países prósperos e os miseráveis, a de aprender a viver em
outra língua, isto é, em outra maneira de entender o mundo e expressar a
experiência, as crenças, as pequenas e grandes circunstâncias da vida
cotidiana.
Texto 3
Retrato Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
167
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
- Eu não dei por esta mudança,
- tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?
- MEIRELES, Cecília.
GABARITO
1 2 3 4 5
D B B B E
168
VÍCIOS DE LINGUAGEM
Barbarismo
Barbarismo é qualquer erro de grafia ou de pronúncia.
Tipos:
• Silabada (rúbrica, em vez de rubrica)
• Cacoépia (pronúncia errada. Ex.: Mortandela, em vez de mortadela)
• Cacografia (grafia errada: quiz, tráz, geito)
• Estrangeirismo (show, em vez de espetáculo) OBS: Nem toda palavra
estrangeira é um barbarismo. Palavra estrangeira é barbarismo quando
ela tem um equivalente na língua portuguesa.
Solecismo
Solecismo é um erro de sintaxe. Pode incidir sobre a concordância, a regência
ou a colocação.
Tipos:
• Concordância Ex.: Ocorreu muitos fatos desagradáveis. O sujeito da
oração é “fatos desagradáveis”, logo a concordância deve acontecer no
plural.
• Regência Ex.: A decisão do gerente implica em alteração do cronograma.
Não há correto uso da preposição “em” na sentença, uma vez que o verbo
não a rege.
• Colocação Ex.: Te amo. Os pronomes átonos não podem ser usados em
início de período. Portanto, o correto seria dizer “amo-te”, colocando o
pronome em posição enclítica.
Ambiguidade
Ocorre quando a frase tem dois sentidos.
Exemplo: Paula conversou com Helena sobre seu trabalho
169
Eco
É a repetição de um mesmo som no final de palavras, em sequência.
Exemplo: Nesta cidade não há honestidade, apenas vaidade.
Cacofonia
Junção de sons em diferentes palavras que formam uma palavra esquisita,
vulgar, de baixo calão.
Exemplo: Eu beijei a boca dela; vi ela; por cada.
Colisão
Repetição do mesmo som de um fonema consonantal.
Exemplo: Fazendo fiado fico freguês.
Hiato
Repetição de vogais.
Exemplo: Vou ao alto da colina.
Plebeísmo/Vulgarismo
É uma construção típica da linguagem coloquial.
Exemplo: Custa cinco real! O correto seria – custa cinco reais.
Arcaísmo
São expressões arcaicas, antigas, que não são mais usadas.
Exemplo: Vosmecê precisa de ajuda?
Gerundismo
É o mau uso do gerúndio.
Exemplo: Vou estar transferindo sua ligação. O correto seria: vou transferir sua
ligação.
170
Neologismo
São palavras novas, que ainda não foram incorporadas à língua.
Exemplo: Deleta essa informação!
EXERCÍCIOS
a) Barbarismo.
b) Arcaísmo.
c) Neologismo.
d) Ambiguidade.
e) Pleonasmo.
"Embora frequentes no dia a dia dos falantes, os vícios de linguagem são desvios
gramaticais, ou seja, palavras, expressões e construções que fogem às regras
da norma padrão ou norma culta. Os vícios de linguagem ocorrem, normalmente,
por falta de atenção e pouco conhecimento dos significados das palavras pelos
falantes".
171
2. Considerando as informações presentes no texto acima, em qual dos pares
de frases identificam-se vícios de linguagem?
a) O anfitrião comprimentou meus amigos. / Certos voos provocam enjoos.
b) Fazem dois meses que ele partiu. / Faltaram muitos convidados hoje.
c) Eu o vi na esquina da minha rua. / A vaca da sua irmã é muito brava.
d) Houveram dias de paz no país. / Quando eu pôr o jornal na mesa, saia.
GABARITO
1 2 3
E D A
172
INFORMÁTICA
173
Redes Sociais (Detalhamento)
Cada rede social possui uma característica que a destaca das outras quanto ao
objetivo, formas de relacionamentos e ferramentas existentes. Seguem as
características das principais redes sociais.
Facebook
• Criado em 2004 por mark Zuckerberg
• Abrangência – Até 2005 apenas nos Estados Unidos.
• A partir de 2005 – Mundo (sem restrição).
• Final de 2012 – 1 bilhão de usuários.
• Gratuito e gera receitas provenientes de publicidade.
Subsidiárias:
• Instagram.
• Whatsapp.
Características
• Adicionando pessoas.
• Publicar vídeos.
• Publicar imagens.
• Publicar fotos.
• Executar aplicativos.
• Fan-page (característica de mídia social).
Twitter
• É uma rede social que funciona como um microblog.
• Criação – 2006.
Interação:
• Seguir contas.
• Mensagens de texto (280 caracteres).
Ferramentas:
• Retweet.
• Twitter List ou Lista do Twetter
174
• Trending Topics ou Assuntos do Momento
Ferramentas:
• Círculos
• Hangout On Air
• Sparks_
• Instant Upload
• Fotos
• Hangouts
EXERCÍCIOS
175
E) I e V.
176
5. Atualmente é muito comum o uso dos recursos das redes sociais, definidas
como estruturas formadas na internet, por pessoas e organizações que se
conectam a partir de interesses ou valores comuns, sites e aplicativos que
operam em níveis diversos, como profissional e de relacionamento, mas sempre
permitindo o compartilhamento de informações entre pessoas elou empresas.
Entre as redes sociais, uma é direcionada particularmente para reunir
profissionais, com interesses empresariais e de trabalho, permitindo a
interatividade entre os profissionais, ao passo que outra visa prioritariamente o
compartilhamento de fotos e vídeos entre usuários. São exemplos desses dois
tipos de redes sociais, respectivamente:
A) Linkedin e Instagram.
B) Instagram e Dropbox.
C) Dropbox e Spotify.
D) Spotify e Linkedin.
177
D) LinkedIn.
8. A rede social Linkedin, fundada em 2002, tem como um dos seus principais
diferenciais permitir que qualquer pessoa estabeleça uma rede de contatos
profissionais. Entre uma das principais funcionalidades, está a possibilidade de
submissão de currículos para diversas vagas registradas na plataforma. Um dos
requisitos para submissão de arquivos é que o currículo seja, exclusivamente,
em formato
A) Word e tenha menos de 10 MB.
B) PDF ou Word e tenha menos de 10MB.
C) PDF e tenha menos de 5MB.
D) Word ou PDF e tenha menos de 5 MB.
GABARITO
1-C
2-A
3-B
4-A
5-A
6-A
7-B
8-D
178
Serviço de Hipertexto
O hipertexto é de longe um dos temas que mais é cobrado em provas de
concursos, em se tratando de Internet, pois é o serviço mais utilizado tanto pelos
usuários no acesso privado à internet quanto no uso corporativo, em
organizações públicas e privadas, uma vez que se trata do serviço que possibilita
a navegação em sites. O Hipertexto representa uma linguagem que possibilita a
navegação na internet por meio de link e hiperlinks em que sites se vinculam a
outros, possibilitando a navegação. O sistema de hipertexto utilizado por padrão
na Internet é o WWW..( Word Wide Web)
Protocolos
Cada serviço da internet tem um modo distinto para transmissão de dados,
recebendo e enviando informações, e esses modos são chamados de
protocolos. São considerados os principais protocolos do serviço de navegação
o HTTP e o HTTPs, os dois tendo características bem semelhantes, porém
algumas distintas, que seguem abaixo:
• HTTP – Protocolo de hipertexto que possibilita visualização de terceiros,
pois não estabelece uma conexão criptografa, e portanto, não possui o
critério de segurança da confidencialidade.
• HTTPS – Protocolo de hipertexto que possibilita não visualização de
terceiros, pois estabelece uma conexão criptografada, e portanto, possui
o critério de segurança da confidencialidade
Obs. Não é possível estar, de forma simultânea, em um site utilizando os
protocolos HTTP e HTTPs, porém em um mesmo site é possível estar em HTTP
e em outra página ou após acesso restrito migrar para HTTPs, como em sites de
bancos, comércio eletrônico ou webmail.
Browsers
São os programas utilizados para navegação, em WWW, por meio dos
protocolos específicos para hipertexto. Dentre eles se destacam:
• Internet Explorer;
• Google Chrome;
• Mozzila;
• Firefox;
• Opera;
• Safari;
• Netscape Navegator.
179
URL (Uniform Resource Locator)
A URL a Sua tradução literal significa a Localização universal de registro é a
estrutura utiliza pelos usuários para acessar determinado site. Ex.
WWW.PREPARATORIOOBJETIVO. COM.BR. As partes de uma URL são:
• WWW – Identificação do serviço de hipertexto.
• PREPARATORIOOBJETIVO – Domínio (nome do site).
• COM.BR – EXTENSÃO DE DOMINIO.
Endereço IP
É o Internet Protocol, simplesmente o endereço do dispositivo, computador em
que o site está fisicamente armazenado/hospedado.
Representa de fato o endereço de um site, o local onde ele se encontra nas
redes que compõe a internet. Essa está migrando do IP V4 para o IP V6, uma
vez que o V4 está com sua capacidade de endereços esgotada.
• IPV4 – Composto por 4 octetos. (32 bits)
• IPV6 – Composto por 8 duoctetos. (128 bits)
EXERCÍCIOS
180
3. No Microsoft Internet Explorer, a função do histórico é:
A) Exibir o histórico do programa (data de criação, história etc.) e itens de ajuda
ao usuário.
B) Armazenar e exibir os sites preferidos dos usuários, permitindo seu acesso
rápido.
C) Armazenar os links das páginas visitadas recentemente, e permitir seu acesso
rápido e verificação das páginas acessadas. Exibir o histórico do Sistema
Operacional (Versão, configuração atual etc.) e itens de ajuda do Windows.
D) Exibir o histórico do Sistema Operacional (Versão, configuração atual etc.) e
itens de ajuda do Windows.
GABARITO
1-E
2-B
3-C
4-D
181
Motor De Pesquisa Ou_Ferramenta De Busca
Um motor de pesquisa ou ainda chamado de ferramenta de busca, nada mais é
do que um programa que é desenvolvido com o intuito de pesquisar por palavras-
chave, que são fornecidas pelos usuários do serviço, e realizar a busca desejada
em determinados documentos ou em bases de dados dos sites.
Funcionamento do Google
O Google que é a o motor mais utilizado faz a utilização do denominado
PageRank que é um algoritmo Utilizado com intuito de posicionar, na listagem
de relevância, entre os resultados de suas buscas. O PageRank mede a
importância de uma página contabilizando a quantidade e qualidade de links
apontando para ela em outras páginas da Internet.
182
• Tipo de Arquivo - Comando: filetype:.pdf (pode ser “.gif, .jpg e etc).
EXERCÍCIOS
1. Motores de busca como o Google, Bing e Yahoo apresentam os mesmos
resultados para as mesmas pesquisas, pois têm a mesma base de dados.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1-E
2-E
3-C
183
Navegador (Browser) - podemos defini-lo como o programa para utilizado para
abrir e exibir as páginas da Web.
Existem diversos navegadores diferentes, alguns são gratuitos tais como: o
Mozilla Firefox, o Opera, o Netscape Navigator e o Konqueror; outros são
proprietários como o Internet Explorer.
184
código HTML São Exemplos de navegador: Internet Explorer, Mozilla Firefox,
Opera e Netscape Navigator, Chrome são alguns browsers comuns.
185
Barra de títulos
Nessa barra são exibidos o título da página do qual o usuário está visitando, bem
como os botões tradicionais das janelas do Windows.
Bizu Cavernoso!
Os cookies são pequenos arquivos de texto armazenados em nosso computador
que são gerenciados pelos navegadores. Eles têm por função enviar algumas
informações aos servidores web dos diversos sites que visitamos para que
saibam quem somos, quando foi nossa última visita àquele site etc.
Mozilla Firefox
Esse Browser conta com recursos bastante interessantes e uma vasta
diversidade de recursos adicionais isso tem de certa forma conquistado o
mercado, especialmente dos defensores do software livre. O Firefox é um
navegador baseado na filosofia open source. Diz-se que um software é open
source quando o seu código fonte é público, não proprietário.
186
Figura. Tela Principal do Mozilla Firefox
Barra de Navegação
Menu Favoritos
O Firefox permite que o usuário adicione as páginas aos favoritos para isso
utilizando as teclas de atalho (Ctrl + D):
os favoritos (marcadores) são atalhos criados para facilitar a a vida do usuário,
indo diretamente a uma página pré-determinada. Para criar um favorito para a
página, abra a página e depois clique em Favoritos->Adicionar página.
Menu Ferramentas
Pesquisar na web (ctrl + k): abre automaticamente a página de procura do
Mozilla Firefox.
187
Downloads (ctrl + J): possibilita ao usuário visualizar os downloads feitos dos
arquivos. Durante o processo de download também aparece esta mesma tela e
enquanto acontece o download ele mostra a porcentagem de conclusão.
Firefox Sync
A partir do Firefox 4, o navegador conta com integração ao Firefox Sync. Para
quem não está familiarizado com o nome, a ferramenta era um complemento
para o browser, que permitia sincronizar os seus favoritos, histórico e
preferências entre computadores.
EXERCÍCIOS
1. O navegador Firefox, versão 66.x, permite acessar vários sites
simultaneamente, em uma mesma janela através do sistema de abas. Quais
teclas de atalho são utilizadas para criar uma nova aba e navegar entre as abas
existentes, respectivamente?
A) SHIFT+T e ALT+TAB
B) SHIFT+T e SHIFT+TAB
C) CTRL+N e SHIFT+TAB
D) CTRL+A e CTRL+TAB
E) CTRL+T e CTRL+TAB
188
2. A navegação na internet e intranet ocorre de diversas formas, e uma delas é
por meio de navegadores. Quanto às funções dos navegadores, assinale a
alternativa correta.
A) A navegação privada do navegador Chrome só funciona na intranet.
B) O acesso à internet com a rede off-line é uma das vantagens do navegador
Firefox.
C) A função Atualizar recupera as informações perdidas quando uma página é
fechada incorretamente.
D) Na internet, a navegação privada ou anônima do navegador Firefox se
assemelha funcionalmente à do Chrome.
E) Os cookies, em regra, não são salvos pelos navegadores quando estão em
uma rede da internet.
189
pastas. No Mozilla Firefox, as teclas de atalho e
são usadas para abrir uma nova aba e uma nova janela, respectivamente.
GABARITO
1-E
2-D
3 - ERRADO
4-B
5 - ERRADO
Camadas do TCP/IP
190
CAMADA DE APLICAÇÃO
Estrutura do e-mail
Desde que foi desenvolvido por volta dos anos 70, a estrutura do e-mail
praticamente continua a mesma:
abaixo temos a listagem dos campos de um e-mail:
• Cabeçalho (header)
• Corpo (body)
Campos de um e-mail
• Remetente
• Destinatário, PARA
• Destinatário CC
• Destinatário CCO
Protocolos de e-mail
O serviço de e-mail tem as suas próprias formas tanto para o envio do conteúdo
quanto para o recebimento do mesmo e esses respectivos serviços são
chamados de protocolos.
Abaixo citados os principais protocolos de e-mail:
• Protocolo de Envio – SMTP
• Protocolos de Recebimento- POP3 e IMAP4
Formas de acesso
Temos duas formas básicas de acesso a um e-mail:
• Webmail
• Cliente de e-mail
191
EXERCÍCIOS
192
5. O Reitor de uma Universidade precisa enviar um E-mail ao Governador do
Estado, utilizando o Microsoft Outlook, copiando o Secretário de Educação e o
Profissional de Secretariado que o assessora, solicitando uma audiência. Para
que nem o Governador nem o Secretário saibam que o Profissional de
Secretariado está sendo informado do assunto, o Reitor enviará um único e-mail
para os 3 destinatários, preenchendo o campo ___________ com o título da
mensagem, o campo ___________ endereçando o e-mail para o Governador do
Estado. Preencherá, ainda, os campos ___________ e ___________ com o
endereço de e-mail do Secretário de Educação e do Profissional de Secretariado,
respectivamente.
GABARITO
1 - CERTO
2 - CERTO
3-D
4-A
5-C
193
Microsoft Excel
O Excel - é uma poderosa ferramenta de planilhas eletrônicas desenvolvido pela
Empresa Microsoft, a sua formação dar-se-á por Células, que é a junção de
Colunas e Linhas:
Sendo que as Colunas são representadas pelas Letras (de A até XFD)... e as
Linhas Representadas por Números (de 1 até 1.048,576).
194
Bizu Caveira!!!
PAin INiciou Linguagens e Formulas dos dados revisados e exibidos.
Operadores
> Maior Que
= Igual
< Menor Que
<> Diferente
>= Maior ou igual
<= Menor ou igual.
^ Exponenciação & Concatenar
+ Adição
- Subtração
* Multiplicação
/ Divisão
Bizu Cavernoso!!!
• Toda e qualquer fórmula do Excel deverá iniciar com o sinal de igualdade
(=)
• PODENDO AINDA SER INICIADAS COM SINAL DE SUBTRAÇÃO ( - ) E
TAMBÉM COM SINAL DE ADIÇÃO ( + ).
Função SOMA
=Soma(A1:A4)
=Soma(A1;A4)
=(A1+A2+A3+A4)
195
Nesse caso por exemplo temos em 3 Modelos distintos de realizar a função de
soma.
Por exemplo no primeiro método teremos:
= Soma (A1 : (dois pontos) A4, ou seja, nesse caso a soma vai ser feita de todos
os valores da ce´lula A1 ate´ a Ce´lula A4, resultando assim no resultado 80.
No segundo método:
= Soma (A1;(ponto e vÍrgula) A4), ou seja, nesse caso a soma vai ser feita
apenas dos valores contidos em A1 e A4, resultando assim no resultado 30.
No terceiro método teremos:
=(A1+A2+A3+A4), ou seja, a soma dos 4 valores contidos nas células citadas.
Função SOMAQUAD
=SOMAQUAD(A1:A4)
Nesse caso essa FÓRMULA específica deseja saber o resultado da soma
Quadrada, ou seja, o resultado da soma dos número elevados a potência de 2...
Por exemplo:
=SOMAQUAD(A1:A4)
somaria os valores 2²+3²+4²+5²
Assim teríamos como valor: 2x2=4+ 3x3=9+4x4=16+5x5=25 Somando todos os
valores obtidos teríamos: 54.
Função MÉDIA
=MÉDIA(A1:B4)
=MÉDIA(A1;B4)
=(A1+ A2+ A3+ A4+B1+B2+B3+B4)/8
Nessa Fórmula é trabalhada a média Aritmética, ou seja, significa somar os
valores e dividir pela quantidade de valores que se tem por exemplo:
A fórmula vai ser lida da seguinte forma:
Calcule a média de A1 até B4, ou seja, todos os valores que estiverem contidos
nesse intervalo deverão ser somados e consequentemente divididos:
Então teremos:
A1(2) + A2(4) + A3(4) + A4(10) + B1(4) + B2(8) + B3(6) + B4(6) somar todos e
dividir por 8, haja vista que temos em questão 8 valores, obtendo na soma 44 e
dividindo por 8 (5,5).
196
Função MÉDIASE
=MÉDIASE(A1:B4; ‘>3”)
Nesse Caso teremos uma média calculada, seguida de uma condição, ou seja,
só será somado e consequentemente divido, caso atenda ao critério por
exemplo:
Analisaremos de A1 ATÉ B4 quais os valores maiores que 3, obteremos assim
os valores 6+4+8+12, então somaremos os que satisfizeram a condição e como
foram 4 valores será realizado a divisão por 4, obtendo assim: 32/4=8.
EXERCÍCIOS
197
a) 30
b) 20
c) 76,5
d) 72,5
GABARITO
1-B
2 - CERTO
198
Função MED
=MED (A1 : A4)
Nesse caso será calculada a mediana, existe uma sucessão de passos pra
resolver essa FÓRMULA:
199
2º Caso = Mínimo (A1:A5)
1º - Analisar quais valores se encontram dentro do intervalo citado:
2º - Identificar qual é o valor imediatamente menor e só, obtendo assim: 2.
EXERCÍCIOS
200
Qual será o resultado da expressão =MAIOR (A1:A6;3) aplicada na tabela:
a) R$ 4.500,00
b) R$ 2.750,00
c) R$ 2.800,00
d) R$ 1.000.00
GABARITO
1-C
Esse bloco vamos dividir especificamente para as Fórmulas que servem para
contar células, vamos iniciar com a (CONT.NUM)
No caso da célula
201
=Cont.valores (A1:C5) - Nesse caso serão contadas as células que não
estiverem vazias ou seja que tiverem qualquer valor nela, seja letra ou número,
então será retornado o valor: 9.
Já em se tratando da fórmula
=CONTAR.VAZIO(A1:C5) - Nesse caso serão contadas as células vazias.
Temos ainda uma fórmula bem recorrente em prova de concurso público que e´
a CONT.SE
=Cont.se (A1:C5; >3) - Será contado nesse caso as células que são maiores
que 3, ou seja, só será contado mediante a condição.
Função CONCATENAR
=A1&A2
=CONCATENAR(A1;B2)
Função INTERSEÇÃO
=Soma(A1:C4 B2:C4)
=Média(A1:C4 B2:C4)
202
Nesse Caso, vamos remeter a ideia da teoria dos conjuntos, no primeiro caso
ele desejo calcular a soma da interseção, ou seja, a soma dos valores que fazem
parte dos dois intervalos ao mesmo tempo, assim no primeiro caso
teremos=Soma(A1:C4 B2:C4) : 10+4+4+5+12+8=43.
No segundo caso teremos que calcular a média aritmética dos valores que
fazem parte dos dois intervalos ao mesmo tempo, assim teríamos que pegar a
soma 43 e dividir por 6.
EXERCÍCIOS
1. Na seguinte Planilha eletrônica do programa EXCEL, se for aplicada a função
contida na célula
203
2.
a) 250
b) 100
c) 109
d) 108
GABARITO
1-E
2-C
204
Modo de referenciação de células:
Relativo
Os valores tanto das colunas quanto das linhas poderão ser alterados quando
copiado e colado em uma célula distinta da original.
Absoluto
Os valores tanto das colunas quanto das linhas NÃO poderão ser alterados
quando copiados e colados em uma célula distinta da original.
Misto
Os valores das colunas ou das linhas poderão ser alterados quando copiado e
colado em uma célula distinta da original.
Função ARRED
A função ARRED arredonda um número para um número especificado de
dígitos. Por exemplo, se a célula A1 contiver 23,7825 e você quiser arredondar
esse valor para duas casas decimais, poderá usar a seguinte fórmula:
=ARRED(A1, 2) O resultado dessa função é 23,78.
Função TRUNCAR
Essa função tem como o intuito quebrar o valor, ou seja, diferente do ARRED
que faz o arredondamento vejamos o exemplo:
=Truncar(98,98787676987;2) essa segunda parte (;2) significa o número que se
deseja quebrar após a (Vírgula), então assim teríamos, 98,98.
205
EXERCÍCIOS
a) 6
b) 6,25
c) 5
d) 6,23
a) 5,07
b) 5,1
c) 5,06
d) 5,071
e) 5,2
GABARITO
1-B
2-A
206
Funções do Excel
Função SE
A função SE é a mais importante função de Excel para concursos, pois é a que
tem maior incidência em provas de concursos.
Função SOMASE
SOMASES EM EXERCÍOS:
1. Uma planilha do MS-Excel 2010, a partir da sua configuração padrão, utilizada
por uma empresa de contabilidade para controlar os salários de funcionários de
diversas empresas, conforme ilustra a figura, contém, na coluna A, o nome do
funcionário, na coluna B, o nome da empresa em que o funcionário trabalha, na
coluna C, o nome do setor a que o funcionário pertence e, na coluna D, contém
o salário do funcionário.
207
A fórmula a aplicada na célula C12 para calcular o total de salários do Setor B
da Empresa Indústria de Panela Sousa foi
=SOMASES(D2:D10;B2:B10;"Indústria de Panela Sousa";C2:C10;"B") e o valor
obtido com a mesma foi de 1.200.
EXERCÍCIOS
A execução da fórmula:
"=SOMASES(E5:E11;C5:C11;"=Nome2";D5:D11;"=X")" produz como resultado
o valor
208
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
a) 31
b) 52
c) 76
d) 96
e) 172
GABARITO
1-C
2-B
209
Mensagens de ERRO EXCEL:
#nome? Ocorre quando o usuário digita erroneamente a fórmula/função por
exemplo:
A fórmula correta é SOMA e o usuário por equivoco escreveu SONA, nesse dado
momento será exibido uma mensagem de erro “#NOME?”
#valor!
Argumento errado como parâmetro
Essa Mensagem ocorre quando o usuário tenta realizar por exemplo uma soma
entre caracteres,
Exemplo: A1=maria, a2= João, =a1+a2, nesse caso a mensagem de erro será
exibida.
#ref!
Referência inexistente (Célula Excluída)
Exemplo o usuário realizou uma fórmula de soma com valores contidos em A1
hipoteticamente falando, depois por algum motivo essa célula foi excluída, nesse
caso será exibido a mensagem de erro “#ref!”
#num!
Número muito grande
Existem números que até o poderoso EXCEL, pica das galáxias não consegue
calcular, por exemplo =9999999999999^9999999999999999 nesse caso será
exibido a mensagem #num!
EXERCÍCIOS
210
A fórmula =PROCV(A10;A2:C7;3;0), se digitada na célula B10, trará como
resultado
a) #N/A
b) #ERRO
c) 3
d) Guarulhos
e) 22/10/2015
211
Na planilha foi inserida a expressão =PROCH(C9;A9:C13;4;1) em C15. Como
resultado, o valor mostrado em C15 é:
a) CURRAIS NOVOS
b) 32326543.
c) VERA CRUZ
d) S1.
e) S4.
a) R$ 0,00
b) R$ 500,00
c) R$ 800,00
d) Vídeo game
212
Assinale a alternativa que apresenta o resultado da função
=PROCV(C7;B2:E6;3;FALSO), levando em consideração que o valor de C7 é
A003.
a) SP003
b) B3
c) Filtro de Ar
d) R$ 15,40
e) Indisponível
imagem a seguir.
Suponha que alguém clicou no canto inferior direito da alça (que está
selecionada) da célula C1 e a arrastou para a célula C2. Depois fez o mesmo
com a alça na célula C2, arrastando-a para a célula D2. Assinale a alternativa
que apresenta o valor que foi mostrado na célula D2 após essas operações.
a) 5.
b) 6.
c) 7
d) 8
e) 9.
213
O resultado obtido através do uso desta função no valor contido nesta planilha
é:
a) 51,38.
b) 25,69.
d) 20.
d) 128,4.
e) 0.
a) 6.
b) 8.
c) 21.
d) 16.
e) 12.
214
Se a célula K1 for copiada para J2, qual será o valor em J2?
a) 6
b) 7
c) 14
d) 15
e) #REF!
GABARITO
1-D
2-A
3-B
4-D
5-D
6-B
7-C
8-A
215
Microsoft Word
O Word é uma poderosa ferramenta de edição de textos desenvolvido Microsoft,
e traz uma série de recursos a fim de facilitar a vida do usuário. Há muito vem
sendo recorrente em provas de concursos a suíte de escritório, então é de
fundamental importância que estudemos afim esse assunto. Dependendo do
certame, pode ser abordado também o editor de textos do pacote BrOffice –
LibreOffice, o Writer, porém o mais comum, particularmente em concursos
federais, é serem abordados os dois programas. Uma diferença fundamental
entre o Word e o Writer são as extensões de arquivos, pois enquanto o Word
tem a extensão padrão “.docx” e de modelos “.dotx”, o Writer tem como extensão
padrão “.odt” e de modelos “.ott”.
Guias e Menus
BIZU CAVERNOSO!!!
PAin INSERIU DESIGN E LAYOUTS Referentes as correspondências
revisadas e exibidas.
OBS: Existem algumas guias dentro do pacote office que são semelhantes aos
demais programas do pacote, e existem guias que por sua vez são exclusivas.
As guias que são exclusivas do Word, ou seja, que não existem em outros
aplicativos, são aquelas que estão no PLURAL (e agora é aula de português
professor?) e são as guias REFERÊNCIAS e CORRESPONDÊNCIAS.
216
Configuração Padrão do Word
As últimas versões do Word permaneceram com as mesmas definições de
configuração padrão, esse tema é bastante relevância e comumente explorado
em concursos públicos.
Hiperlink
No Word ainda é possível acrescentar hiperlinks, que são atalhos que podem ser
tanto externos (para um site, por exemplo http://www.ronaldobandeira.com.br),
quanto internos (para outra página do mesmo documento, por exemplo). Por
padrão, um hiperlink inserido e ainda não
217
3ºEscolher no grupo “links” a ferramenta “hiperlink”. Ao abrir a janela de
formatação do hiperlink
é escolhido o endereço do atalho interno ou externo.
BIZU CAVERNOSO!!!
Pincel de Formatação
Estilos e Efeitos
No Ms-Word é possível inserir estilos e efeitos ao texto em edição, e esses
seguem abaixo:
• Regular (Normal)
• Negrito (Crtl + N) (EXEMPLO)
• Itálico (Crtl + I) (EXEMPLO)
• Negrito Itálico (Crtl + N+I) (EXEMPLO)
• Tachado (EXEMPLO)
• Subscrito (Crtl + =) (EXEMPLO)exemplo
• Sobrescrito (Crtl + Shift + +) (EXEMPLO)12345
218
EXERCÍCIOS
1. Observe as palavras digitadas e formatadas no MS-Word 2010, na sua
configuração padrão.
I. Clique em
a) ativos; passivos:
b) ativos; passivos; PATRIMÔNIO
c) ATIVOS; PASSIVOS; PATRIMÔNIO.
d) ATIVOS; PASSIVOS;
e) ativos; passivos;
219
Assinale a alternativa que indica corretamente a explicação para a caixa de
seleção com o tamanho da fonte ter ficado em branco.
a) Itálico.
b) Subscrito.
c) Sublinhado.
d) Sobrescrito.
e) Tachado
220
GABARITO
1-A
2-E
3-D
4-B
221
O caminho para inserção de uma planilha do Excel em um documento em edição
no Word é :
• 1º Ir na guia “INSERIR”,
• 2º Selecionar o grupo “TABELAS
• 3º ferramenta planilha do Excel.
1ª Regra - A planilha que for inserida irá seguir todas as regras do Excel e não
de tabela do Word.
2ª Regra - Se o usuário clicar fora da área de edição da planilha, ela
automaticamente se transformará em uma imagem e nunca em uma tabela.
Caso o usuário clique novamente na área de edição, ela volta a ser uma planilha
editável do EXCEL
3ª Regra - Se o usuário selecionar a imagem e copiar, colocando em outro
documento de qualquer aplicativo do pacote MS office, será colada como
imagem, porém poderá ser editada no Ms-Word. De acordo com os termos desta
constituição.
222
EXERCÍCIOS
1. Utilizando o Word 2016, para o Windows 10, ambos na versão PT-BR, com o
objetivo de aplicar uma formatação específica de fonte na palavra
contemporânea, na linha 2, pode- se clicar
Parágrafo da guia Página Inicial. Essa ação fará com que o texto do parágrafo
selecionado seja
03. A seleção de um texto com o cursor do mouse tem no clique duplo a seleção
da palavra e espaços existentes até o próximo caractere.
Certo ( ) Errado ( )
223
GABARITO
1-B
2-B
3 - CERTO
Menu Arquivo
Delete e Backspace
São botões muito utilizados ao longo da digitação, principalmente para a
correção de erros.
Cursor
• Home - Inicio da linha
• End - Final da linha
• Ctrl+Home - Inicio da 1ª Página
• Ctrl+End - Final da última Página
• Ctrl+PGUP - Inicio da página Anterior
• Ctrl+PgDown - Início da próxima Página.
224
Erros gramaticais:
• Versão 2010 - Sublinhado verde;
• Versão 2013 - Sublinhado Azul;
• Versão 2016 - Duplo Sublinhado Azul;
• Versão 365 - Sublinhado Azul;
EXERCÍCIOS
a) Shift+Q
b) Alt+U
c) Ctrl+]
d) Ctrl+Alt+I
e) Alt+[
225
3. Uma das formas de se inserir Índices e Notas de Rodapé no Microsoft Word
2013, em português, é por intermédio da guia
a) Design.
b) Layout da Página.
c) Referências.
d) Correspondência.
e) Inserir.
GABARITO
1-D
2-C
3-C
4-B
226
EXERCÍCIOS
2. No editor de textos Word 2016, para selecionar uma única palavra do texto,
basta:
227
a) Estilos.
b) Fontes.
c) Formas.
d) Padrões ortográficos.
e) Símbolos especiais.
a) Design
b) Inserir
c) Arquivo
d) Exibir
228
d) Será aberto um Novo documento e, em seguida, irá aplicar o estilo de
formatação sublinhado.
e) Será aberto um Novo documento e, em seguida, será salvo.
a) Centralizado;
b) Alinhado ao centro;
c) Alinhado às margens;
d) Justificado.
a) Centralizar o texto.
b) Alinha à esquerda.
c) Alinha à direita.
d) Justifica o texto.
e) Sublinhar o texto.
EXERCÍCIOS
1-B 5-E
2-E 6-C
3-A 7-D
4-B 8-B
229
POWER POINT
O primeiro deles é botão Normal ele mostra a tela como está no momento, o
segundo botão é Classificação de Slides é através dele que podemos visualizar
os slides em miniatura, essa opção é útil quando precisamos mover excluir
slides, quando se aplica transição de slides, etc... O terceiro botão é a
Apresentação de Slides, como o próprio nome diz, é através dele que podemos
ver como fica a apresentação pronta.
230
Layout e Design
Para definirmos qual o layout a ser utilizado no slide na ABA Início, existe o
grupo Slides.
Neste grupo temos o botão de Novo Slide que permite adicionar slides a sua
apresentação. Ao clicar nele será aberta à possibilidade de escolha do tipo de
slide, a opção de duplicar um slide existente.
Nessa guia temos o grupo Configurar Página que permite configurar o slide e
definir a orientação do mesmo, a guia ao lado Temas, permite que você possa
aplicar diversos temas a sua apresentação, estes temas mudam as cores de
fundo e fonte, e o tipo de letra a ser utilizado, ao clicar no canto a direita do grupo
231
serão mostrados mais alguns modelos e a possibilidade de buscar temas o Office
On-line.
Formatação de Textos
A formatação de textos é semelhante ao Word e Excel, a grande diferença é que
no Power Point todo texto é baseado em caixas de texto. No slide que se abriu
junto com a apresentação temos uma caixa de texto para o título e uma caixa de
texto para o subtítulo.
232
O grupo Parágrafo permite definir o alinhamento do texto, colocar o texto em
colunas, o espaçamento entre as linhas, direção do texto, alinhamento do texto
em relação à caixa e Converter em SmartArt. Podemos também clicar na faixa
parágrafo.
233
Áudio e Vídeo
Atualmente o recurso de uso de áudio e vídeo em apresentações se tornou muito
comum devido a equipamentos mais potentes e a novos formatos de vídeo. Para
adicionar um arquivo de áudio ou vídeo a sua apresentação, inicie um novo slide
coloque como título 3D Modelagem e Animação, depois no formato do slide
escolha a opção Inserir Clipe de Mídia. Ao escolher um arquivo de áudio ou
vídeo, será solicitado se o arquivo deve ser tocado imediatamente ao entrar no
slide ou ao ser clicado no mesmo.
234
Classificação de Slides
O modo classificação de slides permite organizar os slides, reposiciona-los na
apresentação, excluir slides desnecessários, aplicar transição de slides, etc...
Para visualizar sua apresentação neste modo de visualização clique no
respectivo botão no rodapé a direita da tela.
Transição de slides
É a forma como os slides vão aparecer em sua apresentação, ou seja, qual será
o movimento que será feito toda vez que estiver terminando um slide e
começando outro.
Hiperlink
Um grande atrativo do Power Point é a possibilidade de apresentar documentos
com o conceito de hipertexto: um slide se liga a outros slides, páginas da web,
documentos de texto etc... por meio de conexões especiais chamadas vínculos
(hiperlinks). Estas conexões podem ser dadas através de uma palavra, texto ou
um objeto como uma imagem, gráfico, forma ou WordArt. No Power Point, os
hiperlinks tornam-se ativos quando você executa sua apresentação, não
enquanto você a cria. Durante a apresentação, quando apontamos para um
hiperlink, automaticamente, a seta do mouse se transforma em um símbolo de
mão, indicando que consiste em algo que se pode clicar. O texto que representa
um hiperlink é exibido sublinhado.
235
Slide Mestre
Quando você quiser que todos os seus slides contenham as mesmas fontes e
imagens (como logotipos), poderá fazer essas alterações em um só lugar — no
Slide Mestre, e elas serão aplicadas a todos os slides. Para abrir o modo de
exibição do Slide Mestre, na guia Exibir, selecione Slide Mestre:
Quando você edita o slide mestre, todos os slides subsequentes conterão essas
alterações. Entretanto, a maioria das alterações feitas se aplicarão aos layouts
de slide relacionados ao slide mestre.
Quando você faz alterações nos layouts e no slide mestre no modo de exibição
de Slide Mestre, outras pessoas que estejam trabalhando em sua apresentação
(no modo de exibição Normal) não podem excluir nem editar acidentalmente
suas alterações.
Por outro lado, se você estiver trabalhando no modo de exibição Normal e
perceber que não consegue editar um elemento em um slide (por exemplo, "por
que não posso remover esta imagem?"), talvez o que você está tentando alterar
seja definido no Slide Mestre.
Para editar esse item, você deve alternar para o modo de exibição de Slide
Mestre.
236
EXERCÍCIOS
a) Adobe Photoshop.
b) Microsoft Power Point.
c) Microsoft Picture Publisher.
d) Adobe Acrobat.
237
GABARITO
1-C
2-B
3-B
238
RACIOCÍNIO
LÓGICO MATEMÁTICO
239
Estruturas Lógicas
Uma hipótese é uma teoria provável, mas não demonstrada, uma suposição
admissível. Na matemática, é o conjunto de condições para poder iniciar uma
demonstração. Surge no pensamento científico após a coleta de dados
observados e na consequência da necessidade de explicação dos fenômenos
associados a esses dados.
1º CASO - ORDENAÇÃO
2º CASO - ASSICIAÇÃO
3º CASO - SUPOSIÇÃO
Exemplo:
3, 5, 7, 9. O 7 está mediatamente atrás do 3 e imediatamente atrás do 5.
240
Exemplo:
Andressa é mais velha que Brena, que é mais nova que Carol, mas esta não é
a mais velha de todas. Sejam A, B e C as respectivas idades de Andressa, Brena
e Carol, defina a ordem das idades:
ACIMA ≠ EM CIMA
Acima é qualquer lugar acima, em cima é o próximo, logo em seguida.
ABAIXO ≠ EM BAIXO
Abaixo é qualquer lugar abaixo, em baixo é o próximo, logo em seguida.
MEDIATAMENTE ≠ IMEDIATAMENTE
Imediatamente é logo em seguida.
Mediatamente é pulando um
Estruturas Lógicas
2º CASO - ASSICIAÇÃO
Nesse caso todas as informações dadas são verdadeiras, o que será importante
é saber organizar as informações em uma tabela para cruzar os dados. Por
exemplo, cada coluna trata das informações de uma determinada pessoa e as
linhas tratam das características dessas pessoas. O que devemos fazer é
preencher a tabela cruzando as informações de cada uma das pessoas,
iniciando pelas informações diretas e posteriormente deduzindo as outras.
Exemplo:
Andressa, Brena e Carol fazem aniversário no mesmo dia, porém não possuem
a mesma idade, pois nasceram em três anos consecutivos. Uma delas é
psicóloga, a outra é fonoaudióloga e a mais nova é terapeuta. Bruna é a mais
nova e tem 25 anos. Carol é a mais velha e não é psicóloga.
241
3º CASO - SUPOSIÇÃO
Esse último caso requer maior atenção, pois existem verdades e mentiras
envolvidas no enunciado e através da análise das hipóteses chegaremos às
devidas conclusões.
Exemplo:
Aline, Bruna e Carol são suspeitas de ter comido a última fatia do bolo da vovó.
Quando perguntadas sobre o fato, declararam o seguinte:
– ALINE: “Foi a Bruna que comeu”
– BRUNA: “Aline está mentindo”
– CAROL: “Não fui eu”
Sabendo que apenas uma delas está dizendo a verdade e que apenas uma delas
comeu o bolo, descubra quem comeu o bolo.
EXERCÍCIOS
242
3. Três bolas A, B e C foram pintadas: uma de vermelho, uma de preto e uma de
azul, não necessariamente nessa ordem. Leia atentamente as declarações
abaixo:
• A é azul
• B não é azul
• C não é preta
Sabendo-se que apenas uma das declarações acima é verdadeira, marque o
item correto
a) A bola A é preta e a bola B é azul.
b) A bola A não é azul e a bola C não é preta.
c) A bola A não é preta e a bola B é azul.
d) A bola A é azul e a bola C é preta.
Gabarito
1-A
2-C
3-A
Problemas que envolvem datas e calendários são muito comuns nas provas de
raciocínio lógico. Informações que você precisa saber.
Semana = 7 dias.
Meses = uns tem 30, outros 31 e o mês de fevereiro pode ter 28 ou 29 dias (se
for bissexto)
Ano = 365 dias ou 366 dias se for bissexto.
243
Para saber se uma data cai em um determinado dia da semana, pega-se a
quantidade de dias entre uma data e outra e divide-se por 7 para verificar
quantas semanas completas tem-se e quantos dias passam.
EXERCÍCIOS
1. Uma dada semana terminou em um sábado, dia 19. É correto afirmar que
certamente esse mês
a) começou em uma segunda-feira.
b) começou em uma quarta-feira.
c) terminou em uma quarta-feira.
d) terminou em uma quinta-feira.
e) não terminou em uma sexta-feira.
244
4. Num certo ano o primeiro dia caiu numa quarta-feira e o último dia caiu numa
quinta-feira. Neste ano, o dia do trabalho, ou seja, 1º de maio caiu num(a):
a) Quarta-feira.
b) Quinta-feira.
c) Sexta-feira.
d) Sábado.
6. Antônia faz aniversário no dia 23 de agosto e sua amiga Isabel faz aniversário
no dia 18 de novembro. Em certo ano, no qual Antônia fez aniversário numa
quarta-feira, Isabel fez aniversário num(a):
a) Sábado.
b) Domingo.
c) Sexta-feira.
d) Quarta-feira.
e) Segunda-feira.
Gabarito
1-E 5-E
2-C 6-A
3-C
4-D
245
Lógica Sequencial
Sequências numéricas
Algumas sequências de números que devem ser conhecidas pelo aluno:
246
8) Progressões aritméticas: aumentam ou diminuem sempre a mesma
quantidade.
(1, 4, 7, 10, 13, 16, 19, ...) aumentam de 3 em 3
(5, 11, 17, 23, 29, 35, ...) aumentam de 6 em 6
(15, 11, 7, 3, -1, -5, ...) diminuem de 4 em 4
247
Qual o próximo número da sequência 1 1 1 3 5 9 17?
A sequência: 2; 3; 5; 6; 11; 12; 23; 24; ..., foi criada com um padrão.
Quais os próximos dois números?
A sequência numérica 6, 42, 114, 222, 366, .... Obedece, a partir do segundo
número, a uma determinada lei de formação. O sexto termo dessa sequência é?
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-A
248
Lógica Sequencial
Chamamos de sequências toda fila ordenada de termos (números, símbolos,
figuras, palavras etc.) que obedeçam a um padrão de formação.
Exemplos:
Qual o próximo termo da sequência JJASOND?
Exemplos:
BFHLNR
ACEGI
CFHKM
249
EXERCÍCIOS
250
b) DESDITA.
c) GIGANTE.
d) HULHA.
e) ILIBADO.
A mesma relação deve existir entre a terceira palavra e a quarta, que está
faltando.
Essa quarta palavra é
a) bondade.
b) infinito.
c) largueza.
d) qualidade.
e) mesquinhez.
De acordo com o padrão estabelecido, uma palavra que poderia dar continuidade
a essa sucessão é:
a) GELADO.
b) ARREBALDE.
c) FÁCIL.
d) FILANTROPIA.
e) SOPA.
251
Afirma-se que uma nova sequência tem a mesma estrutura da sequência dada
quando as distâncias relativas entre as letras é a mesma da sequência original.
Considere as sequências:
1) D G I A
2) Q T V O
3) H K N F
Gabarito
1-D 5-C
2-B 6-A
3-A 7-D
4-E
252
Lógica Sequencial
Chamamos de sequências toda fila ordenada de termos (números, símbolos,
figuras, palavras etc.) que obedeçam a um padrão de formação.
Sequências de figuras
EXERCÍCIOS
a)
b)
c)
d)
253
4. Observe a sequência das figuras a seguir:
a)
b)
c)
d)
e)
a) 256.
254
b) 289.
c) 324
d) 361.
e) 400.
Gabarito
1-E
2-A
3-C
4-D
EXERCÍCIOS
255
2. Em uma gaveta há 9 meias brancas, 10 meias pretas e 11 meias vermelhas.
O número mínimo de meias que devem ser retiradas da gaveta, sem lhes ver a
cor, para ter certeza de haver retirado pelo menos duas meias pretas é:
a) 2;
b) 19;
c) 20;
d) 21;
e) 22.
256
d) pelo menos três começaram a trabalhar no mesmo dia da semana.
e) pelo menos um deles começou a trabalhar em uma segunda-feira.
Gabarito
1-C
2-E
3-E
4-D
5-D
ANÁLISE COMBINATÓRIA
PFC – Princípio Fundamental da Contagem
257
Pela árvore anterior, verificamos que são 8 resultados possíveis. Pelo P.F.C.,
temos:
p x q maneiras.
EXERCÍCIOS
Gabarito
1 - Errado
2 - Certo
3 - Certo
258
Arranjo Simples
Combinação Simples
Chamamos de combinação de n elementos tomados p a p, a qualquer
agrupamento não-ordenado dos p elementos distintos escolhidos dos n
elementos existentes.
Duas combinações diferem entre si quando possuem elementos distintos, não
importando a ordem em que os elementos são colocados.
Para calcularmos a combinação de n tomados p a p, temos:
Observação
Critério para diferenciar: Arranjo e Combinação
1 – Construímos um dos agrupamentos sugeridos pelo problema e, a seguir,
mudamos a ordem de apresentação dos elementos desse agrupamento.
1.1 – Se com essa mudança na ordem dos elementos obtivermos um
agrupamento diferente do original, então esse agrupamento é um arranjo.
1.2 – Se com essa mudança na ordem dos elementos obtivermos um
agrupamento igual ao original, então esse agrupamento será uma combinação.
259
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-D
2 - A) CERTO B) CERTO
3 - CERTO
260
ANÁLISE COMBINATÓRIA
Permutação
Na análise combinatória, as permutações dos elementos de uma sequência
nada mais são do que um tipo particular de arranjo.
Denominamos permutação de n elementos dados a toda sucessão de n termos
formada com os n elementos dados. Todo problema onde apenas a ordem em
que os elementos aparecem distingue os agrupamentos é empregado o
conceito de permutação. Definimos por permutação a expressão abaixo:
Pn = n!
Permutação
Permutação com repetição
Se entre os n elementos de um conjunto, existem a elementos repetidos, b
elementos repetidos, c elementos repetidos e assim sucessivamente, o número
total de permutações que se pode formar é dado por:
EXERCÍCIOS
261
3. (CESPE) Em um campeonato de futebol amador de pontos corridos, do qual
participam 10 times, cada um desses times joga duas vezes com cada
adversário, o que totaliza exatas 18 partidas para cada. Considerando-se que o
time vencedor do campeonato venceu 13 partidas e empatou 5, é correto afirmar
que a quantidade de maneiras possíveis para que esses resultados ocorram
dentro do campeonato é:
a) superior a 4.000 e inferior a 6.000.
b) superior a 6.000 e inferior a 8.000.
c) superior a 8.000.
d) inferior a 2.000.
e) superior a 2.000 e inferior a 4.000.
Gabarito
1 - ERRADO
2 - ERRADO
3-C
PROBABILIDADE I
(Conceitos Preliminares)
Vamos iniciar com alguns conceitos importantes:
Experimento aleatório:
É todo experimento que não podemos predizer o resultado.
Espaço amostral (A)
É o conjunto de resultados possíveis de um experimento aleatório.
Evento (E)
É qualquer subconjunto do espaço amostral.
262
Probabilidade
É a chance de ocorrência de determinado acontecimento (evento).
Observação
Eventos complementares - São eventos mutuamente exclusivos cuja união é
igual ao espaço amostral e a probabilidade de eles ocorrerem é igual a 1 ou
100%.
EXERCÍCIOS
Gabarito
1 - CERTO
2 - ERRADO
3 - ERRADO
263
PROBABILIDADE II
Pois,
Probabilidade (Regra do E)
Também denominada probabilidade dos eventos simultâneos ou sucessivo.
Uma característica é que vários sorteios consecutivos são realizados e a ordem
dos sorteios é conhecida.
Se os eventos forem independentes a probabilidade de ocorrerem dois eventos
simultâneos (ou sucessivos) é igual a:
EXERCÍCIOS
264
e) 0,625.
2. (CESPE) Em uma urna há 100 bolas numeradas de 1 a 100. Nesse caso, a
probabilidade de se retirar uma bola cuja numeração seja um múltiplo de 10 ou
de 25 será inferior a 0,13.
3. (CESPE) Um dado não viciado é lançado duas vezes. Nesse caso, a
probabilidade de se ter um número par no primeiro lançamento e um número
múltiplo de três no segundo lançamento é igual a 1/6.
Gabarito
1-C
2 - CERTO
3 - CERTO
LÓGICA PROPOSICIONAL
Disposições Preliminares
Exemplo(s):
p: Natal é a capital de Minas Gerais.
q: José é Médico.
r: Samuel foi ao Shopping.
Observações
I – As proposições simples apresentam um único verbo.
265
II – Observe nos exemplos acima que cada proposição simples é representada
por uma letra minúscula.
Exemplo(s):
P: João é Médico e Maria é Professora.
Q: José é Cearense ou Pernambucano.
R: Se chover, então não vou à praia.
Negação de uma Proposição
É a mudança de valor lógico de uma proposição, sem perder o sentido (temos
que expor uma situação contraditória, ou seja, apresentam valores lógicos
diferentes).
Exemplo:
p: Pitágoras foi jogador do Vasco.
~p: Pitágoras não foi jogador do Vasco
266
EXERCÍCIOS
Uma negação correta da proposição “Acredito que estou certo” seria “Acredito
que não estou certo”.
Certo ( ) Errado ( )
267
Gabarito
1 - Errado
2-C
3 - Errado.
LÓGICA PROPOSICIONAL
Tabela - Verdade
É um dispositivo prático de organizar os valores lógicos de uma proposição
(Simples ou Composta).
Exemplo(s):
I – Proposição P: p
Uma proposição simples (no caso, representado pela letra p), logo:
2n = 2¹ = 2 linhas
II – Proposição P: p → q
Duas proposições simples (no caso, representado pelas letras p e q), logo:
2n = 2² = 4 linhas
268
III – Proposição P: (p → q) ∧ r
Três proposições simples (no caso, representado pelas letras p , q e r), logo:
Observação
Sugestão para a construção de uma Tabela – Verdade
269
Em termos de tabela verdade, reconhecemos uma TAUTOLOGIA quando a
coluna referente a afirmação considerada ocorrerem somente avaliações
verdadeiras.
Por outro lado, dizemos que ocorre uma CONTRADIÇÃO quando a coluna
correspondente a afirmação contém somente valorações falsas.
Símbolo: ∨
Disjunção Exclusiva
Símbolo: ∨
270
Observe na tabela que a DISJUNÇÃO EXCLUSIVA é verdadeira quando apenas
uma das condições é verdadeira.
Observação
Muitas vezes o “OU EXCLUSIVO” deve ser reconhecido pelo contexto.
Conjunção
Símbolo: ∧
Condicional
Símbolo: →
p (antecedente) e q (consequente)
271
Tabela – Verdade
Bicondicional
Símbolo: ⟷
P se, e somente se q
Tabela – Verdade
Observação
Sempre que a RECIPROCA de uma afirmação de uma CONDICIONAL for
verdadeira estaremos diante de uma BICONDICIONAL.
272
EXERCÍCIOS
Gabarito
1 - CERTO
2 - CERTO
3 - ERRADO
273
LÓGICA PROPOSICIONAL
Equivalência e Negações
Negações
Vamos trabalhar inicialmente as negações, ou seja, vamos estudar “as regras”
que possibilitam tal efeito. Veja as duas situações abaixo:
■ Nesse caso específico, vamos utilizar o modificador “não” antes do “1° verbo”,
ou seja, sua negação será:
~P: Antônio não foi passear no parque.
Negação de P ∨ Q
(P∨Q)≡P∧Q
Negação de P ∧ Q
( P ∧Q ) ≡ P ∨ Q
274
Negação de P → Q
( P→ Q ) ≡ P ∧ Q
Equivalência de P → Q
A condicional apresenta duas equivalências.
( P→Q ) ≡ Q → P
( P→Q ) ≡ P ∨ Q
Equivalência de P↔Q
( P↔Q ) ≡ ( P→Q ) ∧ (Q→P)
EXERCÍCIOS
275
A negação da proposição Q pode ser expressa por:
Gabarito
1 - ERRADO
2-A
3 - CERTO
276
Lógica de Argumentação
Argumento Válido?
Julgar se um argumento é válido ou inválido é um objetivo da lógica.
277
EXERCÍCIOS
P1: Se se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões, então o policial toma
decisões ruins.
P2: Se não tem informações precisas ao tomar decisões, então o policial toma
decisões ruins.
P3: Se está em situação de estresse e não teve treinamento adequado, o policial
se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões.
P4: Se teve treinamento adequado e se dedicou nos estudos, então o policial
tem informações precisas ao tomar decisões.
2. A partir das proposições P2 e P4, é correto inferir que “O policial que tenha
tido treinamento adequado e tenha se dedicado nos estudos não toma decisões
ruins” é uma proposição verdadeira.
Certo ( ) Errado ( )
3. O cenário político de uma pequena cidade tem sido movimentado por
denúncias a respeito da existência de um esquema de compra de votos dos
vereadores. A dúvida quanto a esse esquema persiste em três pontos,
correspondentes às proposições P, Q e R, abaixo:
P: O vereador Vitor não participou do esquema;
Q: O prefeito Pérsio sabia do esquema;
R: O chefe de gabinete do prefeito foi o mentor do esquema.
278
Os trabalhos de investigação de uma CPI da câmara municipal conduziram às
premissas P1, P2 e P3 seguintes:
P1: Se o vereador Vitor não participou do esquema, então o prefeito Pérsio não
sabia do esquema.
P2: Ou o chefe de gabinete foi o mentor do esquema, ou o prefeito Pérsio sabia
do esquema, mas não ambos.
P3: Se o vereador Vitor não participou do esquema, então o chefe de gabinete
não foi o mentor do esquema.
A partir das premissas P1, P2 e P3 é correto inferir que “O chefe de gabinete foi
o mentor do esquema ou o vereador Vitor participou do esquema”.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1 - CERTO
2 - ERRADO
3 - ERRADO
279
Lógica de Argumentação
Onde:
• Todo A é B
• Nenhum A é B
• Algum A é B
• Algum A não é B
280
Observe que os conjuntos A e B são conjuntos disjuntos, ou seja, não possuem
elementos comuns.
III – Algum A é B.
Exercícios
281
que A e B são as premissas e C é a conclusão. Nesse caso, é correto afirmar
que o argumento é um argumento válido.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - CERTO
02 - CERTO
03 - ERRADO
282
GEOGRAFIA DA PARAÍBA
283
DADOS GERAIS DA PARAÍBA
Região: Nordeste.
Capital: João Pessoa.
Área territorial: 56.467 km² (IBGE, 2019).
População: 4.039.277 habitantes (IBGE, 2020).
Densidade demográfica: 66,7 hab./km² (IBGE, 2010).
Clima: tropical.
284
frentes de ocupação portuguesa na região, em especial por meio da resistência
dos índios e da influência de exploradores franceses, que utilizavam o litoral
paraibano para a extração ilegal de pau-brasil. O primeiro centro urbano da
Paraíba foi fundado apenas em 1585, a chamada Cidade da Paraíba, hoje a
atual capital do estado, João Pessoa.
EXERCÍCIOS
1. Esta capital nordestina já foi eleita a capital mais verde do mundo, ficando
atrás apenas de Paris. A cidade apresenta o melhor Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) do Estado, e tem aproximadamente 900 mil habitantes.
Indique-a:
a) João Pessoa.
b) Fortaleza.
c) São Luís.
d) Branco.
e) Campo Grande.
285
2. João Pessoa é um município brasileiro, capital e principal centro financeiro e
econômico do Estado da Paraíba. A respeito do município de João Pessoa, é
correto afirmar que, EXCETO:
a) A Região Metropolitana de João Pessoa é formada por João Pessoa e mais
onze municípios.
b) É uma das cidades mais verdes do planeta, com mais de 7 m² de floresta por
habitante, rodeada por duas grandes reservas de Mata Atlântica.
c) No ano de 2021 a capital da Paraíba – João Pessoa completará 435 anos de
fundação.
d) É conhecida como "Porta do Sol", devido ao fato de, no município, estar
localizada a Ponta do Seixas, que é o ponto mais oriental das Américas, o que
faz a cidade ser conhecida como o lugar "onde o sol nasce primeiro nas
Américas”.
e) O clima de João Pessoa é tropical úmido com índices relativamente elevados
de umidade do ar.
Gabarito
1-A 3-E
2-C 4-B
286
GEOGRAFIA DA PARAÍBA
287
capital, João Pessoa, e da cidade de Campina Grande. No século XX, a Paraíba
foi um dos principais centros de migração expulsora do Nordeste, em especial
para o Sudeste do Brasil. Porém, nas últimas duas décadas, tem-se verificado
um alto índice de migração de retorno.
A maior cidade em população da Paraíba é a capital, João Pessoa, com cerca
de 800 mil habitantes. As cidades de Campina Grande, Santa Rita e Patos
também são importantes centros demográficos do estado, ambas com mais de
100 mil habitantes.
CLIMA DA PARAÍBA
A HIDROGRAFIA PARAIBANA
EXERCÍCIOS
288
b) Os rios sertanejos são rios que vão em direção ao norte em busca de terras
baixas e desaguando no litoral do Rio Grande do Norte.
c) Dentre os rios litorâneos, o mais importante é o Piranhas.
d) Dentre os rios sertanejos, o mais importante é o Paraíba.
4. A Paraíba está localizada no Nordeste do Brasil. O estado faz divisa com: Rio
Grande do Norte, Acre e Ceará.
Certo ( ) Errado ( )
289
Gabarito
1-D
2-E
3-C
4 - ERRADO
5 - CERTO
ASPECTOS ECONÔMICOS
290
Os principais produtos agrícolas paraibanos são:
• Abacaxi: Sobre o qual a Paraíba se destaca como o maior produtor, tendo
grande importância para a exportação. O abacaxi é cultivado em Sapé,
Mari e Mamanguape.
• Sisal: Nos anos 50 e 60 foi o principal produto agrícola paraibano. Hoje
ocupa o terceiro lugar na exportação estadual.
• Cana-de-açúcar: Possui grande importância econômica, pois dela se
fabrica o álcool usado como combustível. As principais áreas de cultivo
são os vales, os tabuleiros e o litoral.
• Algodão: Na região sertaneja, ocupa lugar de destaque. Essa cultura já
representou o principal produto agrícola paraibano.
• Mandioca, milho e feijão: São culturas de subsistência.
291
inegável a importância desta cidade na divulgação de artistas do quilate de Luiz
Gonzaga, Rosil Cavalcante, Jackson do Pandeiro, Zé Calixto, dentre muitos, e
até pelo surgimento de outros tantos como Marinês, Elba Ramalho, etc. Eventos
como "O Maior São João do Mundo", Festival de Violeiros, "Canta Nordeste", as
vaquejadas que se realizam na cidade, além de programações específicas das
emissoras de rádio campinenses, contribuem fortemente para a preservação da
cultura regional.
ASPECTOS SOCIAIS
Nosso povo surgiu na mistura das raças branca, negra e índia. Esta última já
habitava a região.
A população da Paraíba é essencialmente mestiça, o que resulta da união de
três etnias: a mulata, a cabocla e a cafuza.
Área territorial: 56.467,242 km² (IBGE, 2020).
População: 4.039.277 habitantes (IBGE, 2020).
Densidade demográfica: 66,70 hab/km² (IBGE, 2010).
51,85% são mulheres.
292
(66,97%) é composto pela população em idade ativa, ou seja, pessoas entre 15
e 64 anos, idade considerada adequada para desenvolver atividades
remuneradas. O estado tem a segunda menor população em idade ativa de toda
a região Nordeste, perdendo somente para o Maranhão.
A taxa de crescimento populacional do estado vem caindo ano após ano, a taxa
de fecundidade da Paraíba é a terceira menor do Nordeste.
Um dos grandes problemas do estado é a educação. Paraíba apresenta a
terceira maior taxa de analfabetismo do Brasil.
A esperança de vida ao nascer na Paraíba também está entre os índices mais
baixos em relação aos demais estados do Brasil. A estimativa média é a de que
os paraibanos vivam até os 72 anos, dois a menos que a média nacional, que é
de 73,94 anos. Além disso, o estado registra a sexta pior taxa de mortalidade
infantil do país. Para cada mil crianças nascidas vivas, 21,67 morrem antes de
completar um ano de vida.
A pobreza também é um fator preocupante para a Paraíba. De toda a população,
13,39% é extremamente pobre, ou seja, possui renda inferior a setenta reais per
capita por mês.
Outro dado alarmante é o da violência no estado. Em 2000, os índices de
homicídio ficavam entre os mais baixos de todo o país, entretanto, a partir de
2010, a Paraíba passou a figurar na lista dos seis estados mais violentos do
Brasil. Para cada 100 mil habitantes, 38,6 são mortos. A Região Metropolitana
de João Pessoa é a terceira mais violenta do país, atrás apenas de Maceió e
Belém. Tudo isso coloca a Paraíba entre os mais baixos índices de qualidade de
vida do Brasil.
ASPECTOS CULTURAIS
293
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-C
2-C
294
HISTÓRIA DA PARAÍBA
295
SISTEMA DE CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
EXERCÍCIOS
296
c) a centralização político-administrativa da Colônia, através do sistema de
donatarias, correspondia aos interesses gerais dos donatários.
d) as doações hereditárias de vastas províncias brasileiras, com o seu sistema
de sesmaria gratuitas, faziam parte do próprio sistema colonial. “O Estado doava
títulos e terras para receber divisas”.
e) os amplos poderes dados aos donatários não entravam em contradição com
a tendência da política portuguesa, pois importava oferecer condições para o
efetivo desenvolvimento da colonização das terras portuguesas.
297
Gabarito
1-C
2-A
3-C
EXERCÍCIOS
298
b) a animosidade dos índios Tabajaras que, ao resistirem às tentativas de
ocupação, provocou seu extermínio.
c) os ataques empreendidos pelas vilas coloniais, fundadas por espanhóis e
densamente fortificadas.
d) o descaso da Coroa com a conquista dessa região, uma vez que nenhum tipo
de exploração econômica havia sido implantado.
e) o fracasso das sucessivas expedições de conquista que, devido às
intempéries marítimas, jamais chegaram ao seu destino.
299
Gabarito
1-A
2-B
3-B
Em 1540 foi nomeado a João Gonçalves como administrador real, mas este só
chegaria em 1548.
O fim da capitania de Itamaracá foi precipitado pelo episódio conhecido como
Tragédia de Tracunhaém, ou chacina de Tracunhaém.
A capitania foi extinta e foi criada a capitania da Paraíba em 1574, a qual só viria
a ser instalada em 1585 com recursos para evitar mais invasões francesas,
repelir ataques dos tabajaras e potiguaras e assegurar a conquista do norte do
Nordeste brasileiro.
A colonização portuguesa da Paraíba e Pernambuco expandiram para
Itamaracá. Desde então, as menções de Itamaracá como entidade política tende
a sumir na história [carece de fontes]. Durante o domínio holandês o cronista
Elias Erickmann no século XVII em uma crônica para o Instituto de Utretch
descreve a capitania como uma província da Nova Holanda entre as duas já
citadas.
No século XVIII um autor luso-baiano cita a capitania como ainda existente tal
como duas do sul baiano posteriormente anexadas pela Bahia a exemplo do que
ocorreu a Itamaracá frente a Pernambuco.
Somente em 1763, com a morte de seu último donatário, foi oficialmente extinta
a capitania de Itamaracá, sendo anexada a Pernambuco, cuja sede original era
Olinda.
EXERCÍCIOS
300
densamente fortificadas.
d) o descaso da Coroa com a conquista dessa região, uma vez que nenhum tipo
de exploração econômica havia sido implantado.
e) o fracasso das sucessivas expedições de conquista que, devido às
intempéries marítimas, jamais chegaram ao seu destino.
301
Gabarito
1 -A
2-B
3-B
TEXTO I
Documentos do século XVI algumas vezes se referem aos habitantes
indígenas como “os brasis”, ou “gente brasília” e, ocasionalmente no século XVII,
o termo “brasileiro” era a eles aplicado, mas as referências ao status econômico
e jurídico desses eram muito mais populares. Assim, os termos “negro da terra”
e “índios” eram utilizados com mais frequência do que qualquer outro.
SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação.
Pensando o Brasil: a construção de um povo. In: MOTA, C. G. (Org.).
Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).
302
TEXTO II
Índio é um conceito construído no processo de conquista da América pelos
europeus. Desinteressados pela diversidade cultural, imbuídos de forte
preconceito para com o outro, o indivíduo de outras culturas, espanhóis,
portugueses, franceses e anglo-saxões terminaram por denominar da mesma
forma povos tão díspares quanto os tupinambás e os astecas.
SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos.
São Paulo: Contexto, 2005.
2. A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber,
não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não
têm Fé, nem Lei, nem Rei, e dessa maneira vivem desordenadamente, sem
terem além disto conta, nem peso, nem medida.
GÂNDAVO, P. M. A primeira história do Brasil: história da província de Santa Cruz a que
vulgarmente chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado).
303
3. Eram características dos indígenas nativos do Brasil na chegada dos
portugueses, em 1500:
a) a obtenção de recursos baseada na coleta, caça e agricultura.
b) a existência de apenas um idioma comum a todas as tribos.
c) a existência de grandes cidades, como a dos astecas.
d) a ausência de artesanato.
Gabarito
1-C
2-D
3-A
EUROPEUS NA PARAÍBA
304
exterminados. Os caetés deviam ter chegado na parte de Itamaracá, tendo sido
exterminados desde a morte do padre Fernando Sardinha. A parte do interior era
toda ocupada pelos tarairiús. A parte sul ao longo do rio Paraíba era ocupada
por poucas tribos cariris. Eram cariris os bultrins de Alagoa Nova, os bultrins de
Pilar, os fagundes, perto de Campina Grande, os carnoiós da região próxima a
Campina Grande. Esses bultrins chegaram até Pilar, centro principal dos cariris
e já tinham sido catequizados no São Francisco, donde vieram, e ficaram ao lado
dos portugueses.
Quando os portugueses começaram a entrar para o sertão começaram a lutar
contra os tarairiús, que tinham sido aliados dos holandeses. Mesmo depois da
guerra dos holandeses, quando foram feitas as pazes, o Tratado de Paz feito
entre o Brasil e a Holanda não citava o perdão aos índios tarairiús. E Janduí
exigiu e os governos português e holandês tiveram que aceitar, dando perdão a
Janduí, que era o cacique tarairiú. O governador André Fernandes Vieira não
tolerava esses índios, que tinham sido combatidos por ele. Tanto que aprisionou
alguns deles aqui e mandou para Portugal e Portugal devolveu porque já tinha
feito as pazes.
Para a conquista do sertão, os portugueses foram entrando e até certo ponto
foram invadindo as terras ocupadas pelos tarairiús. A guerra contra os tarairiús
começou nos anos 1630 e se estendeu até 1730, uma guerra de cem anos. Foi
a maior guerra indígena do Brasil. A dos tamoios não chega nem perto. Foi uma
guerra de cem anos até quase dizimar praticamente quase toda a população
tarairiú. Existe apenas um remanescente tarairiú, que está em Pernambuco, na
serra de Ararobá, próximo a Pesqueira, com o nome de sucurus. Existem lá
cerca de 3.000 índios. Já perderam a língua e ainda têm algumas palavras; eu
consegui coletar algumas palavras e fazer uma comparação de termos,
mostrando o parentesco da língua tarairiú com o grupo jê. Por exemplo, em
tarairiú água é caeté e nos dialetos jês é incoul, mas no cariri é tzu, uma palavra
totalmente diferente. Cabeça é crecar em tarairiú, nos dialetos jês é cran e no
cariri é tsanbu. E assim por diante. Todas essas palavras fazem com que a gente
aproxime os tarairiús dos jês. Isso não somente já tinha sido feito pelos traços
culturais, etnográficos e físicos, como também pelos traços lingüísticos. Então
não há dúvida, nossos cariris eram aparentados dos jês. Mas isso só foi aceito
recentemente, principalmente através dos trabalhos de Pompeu Sobrinho, do
Ceará, que estudou esse assunto e publicou um trabalho. Apesar disso, os
paraibanos insistiam em dizer: tupi no litoral e cariri no interior.
Vejamos as tribos tarairiús: os janduís (Janduí era o cacique principal); os
canindés (Canindé foi o rei que substituiu Janduí, quando Janduí morreu e
continuou a guerra contra os portugueses); os sucurus, que é um caso
interessante (eles escaparam de ser dizimados porque Sacramento, o primeiro
bispo de Pernambuco foi catequizar esses índios logo depois da saída dos
holandeses e trouxe esses índios para Pernambuco, em Limoeiro, e depois
conseguiu com João Fernandes Vieira e outros as terras da serra de Ararobá,
onde estão até hoje. São os remanescentes dos sucurus da Paraíba e do Rio
Grande do Norte).
305
Sobre esses índios já foram coletadas algumas palavras da língua deles por
alguns membros da Fundação do Índio; outras palavras já haviam sido coletadas
por Nimiendaju e eu pude coletar um vocabulário de mais ou menos 200 palavras
para comparar com os outros topônimos tarairiús das sesmarias, para verificar
mais alguma coisa sobre a língua.
A minha tese de doutorado é sobre a língua cariri. Eu já conhecia a língua tupi,
de modo que eu posso perceber perfeitamente quando a palavra é tarairiú ou é
cariri.
Eram tarairiús os ariús de Campina Grande, os sucurus, os canindés, os janduís,
os pegas, os ariús dos paiacús, os panatis, e alguns outros grupos menores.
Quanto aos cariris, havia os cariris do oeste da Paraíba porque eles tinham vindo
da região do São Francisco. O centro e o núcleo dos cariris é a Bahia e
principalmente aquela parte de Pernambuco que é exatamente a região de
Cabrobó, da Cachoeira de Paulo Afonso mais abaixo e a cidade de Petrolina. Os
índios cariris tinham a sua capital ali, chamada Aracapá, palavra tupi, que quer
dizer “escudo redondo” ou rodela. De modo que aquela parte do sertão de
Pernambuco é conhecida por sertão de rodela. Isto tudo está relatado no livro
que vocês conhecem de Martim de Nantes, já traduzido para o português.
EXERCÍCIOS
306
2. Assumindo os ideais iluministas no reino, o Marquês de Pombal expulsou os
jesuítas de Portugal e colônias. Na Paraíba, os jesuítas foram expulsos por
Pombal, em 1759. A consequência dessa expulsão para a capitania foi a:
a) criação de uma cultura formada por valores Indígenas Católicos.
b) expansão da pecuária sobre as terras dos indígenas no Sertão da Paraíba.
c) introdução de novos conhecimentos espirituais e científicos vindos da Europa.
d) intensificação dos conflitos que ocorriam entre colonos e os Tupis-Guaranis.
e) desarticulação do sistema de ensino mantido por essa Ordem Religiosa.
Gabarito
1-C
2-E
307
Em dezembro de 1634 os holandeses entraram na cidade de Filipéia de Nossa
Senhora das Neves e passaram a administra-las até 1645.
A preocupação inicial dos holandeses consistiu em manter defesas, para
estabilizar a conquista, e atrair a simpatia dos habitantes da Paraíba, cuja capital
teve a denominação mudada para Frederica. A Fortaleza de Santa Catarina, no
Cabedelo, foi rebatizada como Margareth.
Alguns dos nossos moradores pressentindo a derrota e não querendo se
submeter aos inimigos, retiraram-se da Capitania. Porém antes da retirada,
queimavam os canaviais e inutilizavam os engenhos. André Vital de Negreiros
foi o primeiro a tocar fogo no engenho do seu pai e muitos seguiram o exemplo.
Para impedir possível rebelião, os holandeses tanto fortificaram a Igreja de São
Francisco e o convento de Santo Antônio, a cujas portas instalaram
entrincheiramentos e bateria, quanto ocuparam a inacabada Igreja de São
Bento, na Rua Nova. Quando os religiosos franciscanos tentaram desobedecer
às ordens dos novos senhores, foram expulsos da Capitania.
EXERCÍCIOS
308
2. Considere as seguintes afirmações sobre a Revolução de 1817, também
chamada de “Revolução Pernambucana”, da qual a Paraíba participou:
I. Essa revolução, influenciada pelos ideais da Revolução Francesa, buscava a
criação de uma república independente, sediada em Pernambuco.
II. A maioria de seus integrantes, dentre os quais havia muitos proprietários
rurais, defendia a manutenção da escravidão, que garantia o status econômico
da elite agrária.
III. A revolução foi reprimida meses após sua eclosão, sem conseguir mobilizar
a população ou tomar o poder local, uma vez que as oligarquias locais
permaneceram leais à Coroa Portuguesa.
IV. Após essa Revolução, Rio Grande e Alagoas tornaram-se comarcas
independentes de Pernambuco. Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
Gabarito
1-A
2-D
309
propiciava a vingança entre vizinhos ou parentes em decorrência de desavenças
cotidianas. Havia uma lista preparada pela igreja onde constavam os que eram
considerados crimes de heresia, dentre os quais se incluía feitiçaria, práticas
judaicas, bigamia, adultério, sodomia, entre outros.
Assim, os principais perseguidos, os considerados hereges (ameaça para a
doutrina cristã) eram curandeiros e especialmente judeus convertidos - os
cristãos novos - que se acreditava que mantivessem às escondidas seus
costumes religiosos.
Vale lembrar que os primeiros habitantes do Brasil eram os índios cujas práticas
de cura de enfermidades iam sendo disseminadas pelos novos habitantes e as
quais deram origem aos curandeiros, então perseguidos.
No que respeita aos cristãos novos (judeus) eles tinham sido obrigados a se
converter em Portugal, mas tendo muitos fugidos para o Brasil, Portugal
acreditava que distantes teriam a oportunidade de regressar ao judaísmo
praticando sua fé e tendo espaço para a sua divulgação.
Desde que houvesse suspeição, os clérigos nomeados abriam processos (foram
abertos cerca de mil no Brasil), na sequência as pessoas eram presas - muitas
vezes sem conhecer o crime de que eram acusadas - e eram extraditadas para
Portugal para lá serem julgadas e torturadas através de métodos como a roda
ou o polé ou mesmo a morte na fogueira.
EXERCÍCIOS
310
se uma verdadeira inversão de papéis, tornando-se Portugal uma “colônia de
uma colônia sua”. A tentativa de Portugal de reverter essa situação e tornar-se
novamente metrópole do Brasil foi revelada de forma mais contundente através
da:
a) Inconfidência Mineira, de 1789.
b) Revolução do Porto, de 1820.
c) Revolução Pernambucana, de 1817.
d) Revolução Francesa, de 1789.
e) Revolução Praieira, de 1848.
311
orientação do seu Secretário de Estado dos Negócios Interiores do Reino, o
futuro Marquês de Pombal. Portugal foi o primeiro país europeu a expulsar os
jesuítas.
Assim, no ano de 1759, centenas de jesuítas foram expulsos do Brasil, pelo
secretário de estado português: o Marques de Pombal. O que acabou
desestruturando por completo a ordem dos jesuítas no Brasil, gerando grandes
prejuízos para os aldeamentos indígenas, para a educação e o ensino na
colônia. Outra importante medida trazida com a administração de Pombal foi a
expulsão dos jesuítas do Brasil. Essa medida foi tomada com o objetivo de dar
fim às contendas envolvendo os colonos e os jesuítas. ...
Vendo os prejuízos trazidos com essa situação, Pombal expulsou os jesuítas e
instituiu o fim da escravidão indígena.
No Brasil, entretanto, as consequências do desmantelamento da organização
educacional jesuítica e a não-implantação de um novo projeto educacional foram
graves, pois, somente em 1776, dezessete anos após a expulsão dos jesuítas,
é que se instituíram escolas com cursos graduados e sistematizados.
EXERCÍCIOS
312
2. No final do século XVI, na Bahia, Guiomar de Oliveira denunciou Antônia
Nóbrega à Inquisição. Segundo o depoimento, est lhe dava “uns pós não sabe
de quê, e outros pós de osso de finado, os quais pós ela confessante deu a beber
em vinho ao dito seu marido para ser seu amigo e serem bem casados, e que
todas estas coisas fizeram tendo-lhe dito a dita Antônia e ensinado que eram
coisas diabólicas e que os diabos lhe ensinaram”.
(ARAÚJO, E. O teatro dos vícios. Transgressão e transigência na sociedade urbana colonial.
Brasília: UnB/José Olympio, 1997.)
Alternativas:
a) Dos padres estarem com o patrimônio das antigas fazendas dadas como
herança pelo sesmeiro Capitão Domingos Afonso Mafrese.
b) Da contribuição social elevadas que a Companhia de Jesus vinha fazendo
pela população mais pobre na região e que deixou de ser continuada.
c) Da falta que a Companhia de Jesus iria fazer na organização social da região,
pois o padre Gabriel Malagrida havia contribuído com a organização social.
d) Do alto investimento que os jesuítas faziam na região e que foi levado embora,
de volta para a Europa, com sua expulsão.
313
Gabarito
1-B
2-B
3-A
314
chegariam a Lisboa em até quatro dias e autorizou o início dos preparativos de
uma viagem ao Brasil. A corte portuguesa tinha o compromisso dos ingleses de
ser escoltada em segurança até o Brasil.
EXERCÍCIOS
315
Gabarito
1-A
2-C
316
no Brasil com o aval do príncipe regente. No mês seguinte, em junho, foi
determinada a convocação de eleição para a formação de uma Assembleia
Constituinte no Brasil.
Essas medidas reforçavam a progressiva separação entre Brasil e Portugal, uma
vez que as ordens de Portugal já não teriam validade aqui conforme determinava
o “Cumpra-se” e, além disso, esboçava-se a elaboração de uma nova
Constituição para o país com a convocação de uma Constituinte.
A relação das Cortes portuguesas com as autoridades brasileiras permaneceu
irreconciliável e prejudicial aos interesses dos brasileiros. Em 28 de agosto de
1822, ordens de Lisboa chegaram ao Brasil com a mensagem que o retorno de
D. Pedro para Portugal deveria ser imediato. Além disso, anunciava-se o fim de
uma série de medidas em vigor no Brasil e tidas pelos portugueses como
“privilégios”, e os ministros de D. Pedro eram acusados de traição.
A ordem, lida por Maria Leopoldina, a convenceu da necessidade do rompimento
com Portugal e, em 2 de setembro, organizou uma sessão extraordinária,
assinou uma declaração de independência e a enviou para D. Pedro que estava
em viagem a São Paulo. O mensageiro, chamado Paulo Bregaro, alcançou a
comitiva de D. Pedro, na altura de São Paulo, quando estavam próximos ao Rio
Ipiranga.
Na ocasião, D. Pedro I estava sofrendo de problemas intestinais (que não se
sabe sua origem específica). O príncipe regente leu todas as notícias e ratificou
a ordem de independência com um grito às margens do Rio Ipiranga, conforme
registrado na história oficial. Atualmente, os historiadores não têm evidências
que comprovem o grito do Ipiranga.
O 7 de setembro não encerrou o processo de independência do Brasil. Esse
processo seguiu-se com uma guerra de independência e nos meses seguintes
acontecimentos importantes aconteceram, como a Aclamação de D. Pedro como
imperador do Brasil, no dia 12 de outubro, e sua coroação que aconteceu no dia
1º de dezembro.
EXERCÍCIOS
317
d) desconheceu, ao contrário do que ocorreu com os Estados Unidos, guerras
externas e conflitos internos.
e) adquiriu um espírito interior republicano muito semelhante ao argentino,
apesar da forma exterior monárquica.
APOIO.
Para chegar ao 'ponto de virada', o histórico 7 de setembro de 1822, data em
que ocorreu o chamado 'Grito do Ipiranga', Dom Pedro precisou arregimentar
apoio econômico e político à causa da independência.
Para tanto, escolheu o Vale do Paraíba, uma das regiões mais ricas daquela
época, em razão do auge da produção do café, baseada na exploração do
318
trabalho escravo. As fazendas do Vale estavam no topo da cadeia produtiva
cafeeira da colônia.
"É um pecado os livros de história não levarem em consideração, mas o Brasil
nasceu no Vale do Paraíba", diz Diego Amaro, mestre em História Social pela
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor do Centro Unisal de
Lorena, ele também é membro do IEV (Instituto de Estudos Valeparaibanos) e
da Academia de Letras de Lorena.
VIAGEM.
A história por trás do "Grito da Independência" começa em 14 de agosto de 1822,
quando Dom Pedro deixa o Rio de Janeiro em direção à Província de São Paulo.
Partiu a cavalo com uma pequena comitiva, composta por cinco homens, sendo
um ministro, dois oficiais e dois criados.
Passou por cidades do Vale do Paraíba fluminense até chegar à fazenda das
Três Barras, em Bananal, no dia 16 de agosto. Começava ali a missão do
príncipe em atrair apoiadores.
Com várias obras sobre o período, o historiador José Luiz Pasin, morto em 2008,
atesta a importância do Vale para o contexto histórico daquela época. Escreveu
ele: "O Vale do Paraíba foi a única região do Brasil a participar diretamente dos
acontecimentos que culminaram com a separação do Reino do Brasil do Reino
de Portugal".
Na tarde de 7 de setembro de 1822, na colina do Ipiranga, segundo Pasin,
estavam, além do príncipe, os "elementos vale paraibanos, testemunhas
oculares do gesto de Dom Pedro, decisivo para o processo final que
desmembrava o Brasil de Portugal".
GUARDA.
Segundo Amaro, Dom Pedro sabia que, sem o apoio dos nobres do Vale do
Paraíba, a causa da independência teria problemas.
Na viagem, então, ele passou a juntar aliados da região e a aumentar sua
comitiva.
Jovens oficiais de cidades como Areias, Guaratinguetá, Taubaté e
Pindamonhangaba, esta principalmente, foram se unindo ao príncipe e formando
sua "Guarda de Honra" que, segundo Pasin, foi "composta de 32 praças, tiradas
dos oficiais de milícias e comerciantes, sob o fundamento de não haver
precedido licença para a sua criação".
Amaro explica que, por ser a aristocracia do Vale mais ligada ao trabalho do que
à política, ao contrário do que ocorria no Rio, Dom Pedro teve pouco problema
em garantir apoio na região. Além de ser uma honra estar ao lado do príncipe, o
319
que aumentava a concorrência. "Estar ao lado do rei dá status. Todos queriam
estar ao lado do príncipe, que vai agregando pessoas da elite da região até
chegar às margens do Ipiranga", afirma o historiador.
Para entender a decisão de pedir apoio aos nobres do Vale, Amaro diz que, se
a independência fosse hoje, D.om Pedro recorreria aos barões do agronegócio,
percorrendo a região Centro-oeste. "A força do Vale vinha das fazendas de café,
que estava no auge. As plantações começaram a surgir. Tinha também a riqueza
do ouro, mas é o café que começa a consolida a sua pujança. A base econômica
da nação veio disso", diz o historiador.
Segundo ele, no famoso quadro "Independência ou Morte" de Pedro Américo,
que enaltece o príncipe, há "muita gente do Vale".
Pasin também ressaltava a cena, em suas obras: "No dia 7 de setembro, o brado
'Independência ou Morte' selou o destino político do Brasil e ali, diante dos seus
auxiliares e dos jovens valeparaibanos integrantes da Guarda de Honra, o
Príncipe separou o Reino do Brasil".
EXERCÍCIOS
320
d) a independência brasileira foi um arranjo político que preservou a monarquia
como forma de governo e também os privilégios da classe proprietária.
e) a independência brasileira resultou do receio de D. Pedro I de perder o poder
aliado ao seu espírito de brasilidade.
Gabarito
1-C
2-D
3-D
A Revolução Praieira ocorreu de 1848 a 1850 e foi motivada pelas disputas entre
os praieiros e os conservadores. Os principais combates travados nessa
revolução aconteceram no interior da província de Pernambuco, embora um
grande ataque tenha sido liderado por Pedro Ivo contra Recife. Os praieiros
saíram derrotados, e os conservadores permaneceram no poder.
321
Contexto da Revolução Praieira
Política em Pernambuco
A política brasileira durante o Segundo Reinado foi uma grande disputa entre
liberais e conservadores, dois grupos políticos que tinham a mesma origem
social e que muitas vezes mantinham posições parecidas (como na questão da
manutenção da escravidão). Os dois grupos diferenciavam-se em poucos
aspectos.
Recife foi palco de tensão entre praieiros e conservadores na década de 1840.
Os primeiros anos do Segundo Reinado ficaram marcados pelo revezamento
desses partidos no poder. Essa disputa acontecia no Parlamento, mas também
se dava nas províncias brasileiras e, no caso pernambucano, foi crucial para que
a Revolução Praieira acontecesse. No contexto da província de Pernambuco,
essa disputa se deu entre o Partido Praieiro e o Partido Conservador.
O Partido Praieiro surgiu como uma dissidência nascida no interior do Partido
Liberal por causa da influência que a família Cavalcanti tinha entre liberais e
322
conservadores em Pernambuco. O Partido Praieiro levou esse nome porque os
seus membros se reuniam em um jornal que publicava as ideias deles: o Diário
Novo, localizado em Recife, na Rua da Praia.
Essa disputa dos praieiros contra os conservadores, sobretudo como oposição
aos Cavalcanti, ganhou um novo contorno a partir de 1845. Nesse ano, o
gabinete ministerial passou para as mãos dos liberais, e os praieiros,
aproveitando-se da sua proximidade com um dos nomes que formavam o
gabinete – Aureliano de Souza Coutinho –, conseguiram a nomeação de Antônio
Pinto Chichorro para a presidência da província.
A partir daí, os praieiros começaram a realizar uma série de intervenções, que
tinham como objetivo entregar cargos de influência da província para pessoas
que os apoiassem. Assim, diversas pessoas que tinham ligações com os
Cavalcanti e com os conservadores começaram a ser desligadas de seus
cargos, e praieiros foram nomeados no lugar.
A ação dos praieiros para destituir os aliados dos conservadores resultou na
demissão de cerca de 650 pessoas de cargos como os de delegados e outras
funções importantes no interior da Polícia Civil e da Guarda Nacional, por
exemplo. Aliados dos praieiros do campo e das cidades começaram a ocupar
esses lugares.
Além disso, os praieiros começaram a desarmar os aliados dos conservadores.
Isso se explica porque, quando os conservadores estavam à frente da província,
seus aliados que ocupavam cargos na polícia e na Guarda Nacional recebiam
armas do governo pernambucano. Os praieiros se aproveitaram que a força
policial estava em suas mãos agora para desarmar os conservadores.
Assim, autoridades praieiras começaram a invadir propriedades de
conservadores e aliados dos Cavalcanti para apreender armas do Estado,
prender criminosos que se escondiam nesses locais e capturar escravos que
tinham sido furtados de outros engenhos. Isso começou a gerar pequenos
conflitos, uma vez que aqueles que tinham suas propriedades invadidas
começaram a se defender.
Além disso, os conservadores e aliados dos Cavalcanti começaram a se utilizar
de jornais locais para denunciar a ação dos praieiros, principalmente porque
essas ações só eram realizadas nas propriedades de opositores dos praieiros.
Na questão popular, os praieiros começaram a organizar eventos públicos com
uma retórica mais popular e que fazia uma grande defesa da nacionalização do
comércio a retalho, isto é, do comércio a varejo. Na época, essa atividade era
dominada por portugueses e ingleses, e a população recifense, insatisfeita com
o alto desemprego e com o encarecimento do custo de vida, viu nessa questão
uma solução imediata para os seus problemas.
Os praieiros chegaram a levar essa pauta para a Câmara dos Deputados, e essa
questão do comércio a retalho começou a radicalizar a população recifense
contra os estrangeiros. Tanto que, entre 1845 e 1848,
323
foram comuns ataques da população contra estrangeiros e suas lojas. Esses
ataques receberam o nome de “mata-marinheiros” e, no mata-marinheiro de
julho de 1848, cinco portugueses morreram espancados.
324
perseguido e preso, mas com o início do conflito, viu nele uma possibilidade de
realizar uma transformação na província.
Borges da Fonseca representou o lado nativista e com maior apelo popular da
Revolução Praieira. Esse liberal escreveu um manifesto, que foi apoiado por
muitos senhores de engenho defensores dos praieiros. Esse manifesto ficou
conhecido como Manifesto ao Mundo e trazia algumas reivindicações que
ecoavam ideias manifestadas pelas classes populares europeias e que eram
muito influenciadas pelo socialismo utópico.
O Manifesto de Borges da Fonseca continha as seguintes exigências:
• voto livre e universal;
• liberdade de imprensa;
• trabalho como garantia de vida dos brasileiros;
• nacionalização do comércio a retalho;
• independência dos poderes;
• extinção do Poder Moderador;
• implantação do federalismo;
• reforma do Judiciário;
• fim do recrutamento militar;
• fim da lei de juro convencional.
Desfecho
Depois que Nunes Machado morreu, Borges da Fonseca seguiu na liderança do
movimento. A luta seguiu no interior de Pernambuco (na região da Zona da Mata)
por meio de uma guerrilha e só foi contida definitivamente em 1850. Grande parte
dos senhores de engenho que se envolveram na luta recebeu anistia.
A Revolução Praieira foi a última rebelião de caráter liberal no Nordeste e marcou
também a derrocada dos liberais. Com sua reputação manchada pelo
envolvimento na luta em Pernambuco, esse partido só retomou o poder no
Parlamento em 1864.
EXERCÍCIOS
325
c) Pretendia a expropriação dos senhores da terra para a proclamação de uma
república independente.
d) Foi um movimento popular que visava a reformas sociais, principalmente a
nacionalização do comércio e a desapropriação dos engenhos.
e) Tinha um cunho nitidamente republicano como os demais movimentos de
oposição à ordem imperial.
326
Gabarito
1-D
2-B
3-B
327
Somente em janeiro de 1875 as autoridades provinciais conseguiram sufocar as
manifestações populares nas quatro províncias nordestinas. Uma das práticas
repressivas comum empregada no castigo aos acusados de serem quebra-
quilos foi o chamado colete de couro, que consistia num pedaço de couro cru
colocado sobre o tórax e as costas do prisioneiro. Em seguida, esse couro era
molhado e, ao secar, este comprimia o peito violentamente, causando lesões
cardíacas e tuberculose como sequelas.
EXERCÍCIOS
328
( ) Revolta que ficou assim conhecida pela modificação que provocou no sistema
de pesos e medidas.
( ) Revolta contra a atitude autoritária de D. Pedro I. O objetivo do seu líder era
reunir as províncias do Nordeste em uma república
( ) Foi o último movimento revolucionário do Império. Teve início com os choques
entre liberais e conservadores de Olinda
( ) A revolta deu-se nos sertões de Pernambuco, Alagoas, Ceará e Paraíba com
o intuito de fazer o controle sobre os trabalhadores, visto que, com o fim do tráfico
negreiro, os homens livres tiveram que trabalhar.
( ) Movimento de caráter republicano e separatista. Teve início em Pernambuco
e logo se estendeu às províncias de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e
Ceará.
Assinale a alternativa que indica a sequência CORRETA.
a) 4, 1, 3, 2, 5
b) 4, 2, 3, 5, 1
c) 2, 4, 1, 3, 5
d) 5, 3, 1, 2, 4
e) 5, 1, 4, 3, 2
329
b) Revolta do Ronco da Abelha; Guerra dos Mascates; Revolução Praieira
c) Guerra dos Mascates; Revolta do Ronco da Abelha; Revolução de Princesa
d) Revolução de Princesa; Revolta do Quebra-Quilos; Intentona Comunista de
1935
Gabarito
1-E
2-B
2-A
Até 1930 a política no Brasil era conduzida pelas oligarquias de Minas Gerais e
São Paulo, por meio de eleições fraudulentas e que mantinham o país sob um
regime econômico agroexportador.
As elites paulista e mineira alternavam a presidência da República elegendo
candidatos que defendiam seus interesses. Este sistema político ficou conhecido
como "política do café com leite" ou política dos governadores.
O modelo funcionou até os demais estados brasileiros crescerem em
importância e reivindicarem mais espaço no cenário político brasileiro.
Por outro lado, a Crise de 1929, atingiu a economia brasileira, provocando
desemprego e dificuldades financeiras.
O fato do Brasil ser um país de monocultura cafeeira fez que a crise fosse
profunda, pois as exportações do produto caíram vertiginosamente. A crise
econômica contribuiu para o clima de insatisfação popular com o governo de
Washington Luís.
Igualmente, havia o descontentamento de oficiais de baixa patente do exército,
os quais desejavam derrubar as oligarquias e instaurar uma nova ordem no
Brasil.
Devemos lembrar que os tenentes já haviam mostrado seu desagrado com a
situação política brasileira através de episódios como a Revolta do Forte de
Copacabana ou na Revolta Paulista de 1924.
330
A indicação de Júlio Prestes rompia com a alternância de poderes entre Minas e
São Paulo, por isso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, não deram
suporte à Prestes.
Eleições de 1930
Charge mostrando Getúlio Vargas derrubando Júlio Prestes da cadeira
presidencial.
Estas províncias se aliaram aos políticos de oposição e criaram a Aliança Liberal.
Desta maneira, os candidatos desta agrupação foram o presidente do Rio
Grande do Sul, Getúlio Vargas e, para vice, o presidente da Paraíba, João
Pessoa.
Tudo parecia indicar a vitória de Júlio Prestes e assim aconteceu. Nas eleições
realizadas em março de 1930, Júlio Prestes foi eleito com grande maioria de
votos (1.091.709), contra 742.794 de Getúlio Vargas. Diante dos resultados, a
Aliança Liberal alegou fraude e rejeitou a validade das eleições.
331
Governo Provisório de Vargas
Os aliados de Getúlio Vargas esperavam que o novo presidente convocasse
eleições gerais para formar uma Assembleia Constituinte, mas o assunto era
sempre adiado.
Cansados de esperar, várias vozes começaram a criticar o governo provisório
como o partido comunista, a Aliança Nacional Libertadora, os paulistas, etc.
Em São Paulo, cresce o movimento pedindo eleições presidenciais e uma
Constituição. Diante da negativa do governo central e do aumento da repressão
policial, o estado de São Paulo, declara guerra ao governo no episódio que será
conhecido como a Revolução de 1932.
Veja também: Revolução Constitucionalista de 1932 Revolução ou Golpe?
A Revolução de 1930 foi chamada desta maneira pelos seus membros. No
entanto, trata-se de um golpe de estado e não uma revolução.
Uma revolução possui amplo apoio popular, propõe e causa drásticas mudanças
quando instalada no poder.
Já o golpe de Estado, é a retirada do poder por meio da violência de um político
constitucionalmente eleito ou consagrado para aquele cargo.
Os acontecimentos de 30 foram uma luta pelo poder entre as elites, com margem
de vitória a qualquer uma delas e que pouco mudariam a estrutura social
brasileira em profundidade.
Curiosidades
Washington Luís só retornaria ao Brasil em 1947. Por sua vez, Júlio Prestes
pediu asilo ao consulado britânico e voltaria em 1934.
Três ex-ministros de Getúlio Vargas e três tenentes de 1930 chegaram à
Presidência da República: Eurico Gaspar Dutra, João Goulart e Tancredo Neves
(ministros); Castelo Branco, Emílio Médici e Ernesto Geisel (militares).
Getúlio teve quase 100% dos votos no Rio Grande do Sul durante a eleição de
30.
EXERCÍCIOS
332
b) o País, não tendo uma economia capitalista desenvolvida, ficou menos sujeito
aos efeitos da crise;
c) houve redução do consumo de bens e, com isso foi possível equilibrar as
finanças públicas;
d) acordos internacionais, fixando um preço mínimo para o café, facilitaram a
retomada da economia;
e) um efeito combinado positivo resultou da diversificação das exportações e do
crescimento industrial.
Gabarito
1-E
2-E
3-B
333
Revolução Constitucionalista de 1932:
Combates militares
Os paulistas esperavam o apoio de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. No
entanto, ambos os estados não aderiram à causa.
Em pouco tempo, São Paulo, que planejava uma ofensiva rápida contra a capital,
se viu cercado de tropas federais. Assim, apelaram à população para doarem
ouro a fim comprar armamentos e alimentar as tropas.
No total, foram 87 dias de combates, de 9 de julho a 4 de outubro de 1932, sendo
os últimos enfrentamentos ocorridos dois dias depois da rendição paulista.
Em 2 de outubro, na cidade de Cruzeiro, as tropas paulistas se rendem ao líder
da ofensiva federal e no dia seguinte, 3 de outubro, assinam a rendição.
334
Consequências da Revolução Constitucionalista
Foi registrado um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas não oficiais
reportem até 2200 falecidos. Apesar da derrota no campo de batalha,
politicamente o movimento atingiu seus objetivos.
A luta pela constituição foi fortalecida e, em 1933, as eleições foram realizadas
colocando o civil Armando Sales (1887-1945) como Governador do Estado, em
1935.
Igualmente, em 1934 foi reunida a Assembleia Constituinte que faria a nova
Carta Magna do país, promulgada no mesmo ano. Esta seria a mais curta das
constituições que o Brasil já teve, pois foi suspensa com o golpe que instituiu o
Estado Novo, em 1937.
Até hoje, o dia 9 de julho é uma data comemorada por todo estado de São Paulo
e lembrada em diversos monumentos.
O Obelisco do Ibirapuera, por exemplo, é o monumento funerário do movimento
e abriga os restos mortais daqueles que morreram na Revolução. Ali também
estão os corpos de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo.
EXERCÍCIOS
335
a) Foi um movimento encabeçado pelas oligarquias agrárias do Nordeste, Minas
Gerais e do Rio Grande Sul, visando à restauração do poder perdido após o
movimento de 1930.
b) Após a derrota dos rebeldes, o governo Vargas não mais negociou com as
oligarquias que o confrontaram e passou a apoiar, tão somente, os tenentes que
sempre estiveram ao seu lado.
c) O principal líder do movimento o capitão Luiz Carlos Prestes, acabou preso e
deportado para a União Soviética.
d) Por se tratar de um movimento da classe trabalhadora o governo Vargas
resolveu negociar e acabar o movimento de forma pacífica.
e) O movimento conseguiu mobilizar pessoas de todas as camadas sociais de
São Paulo. Participaram do movimento industriais, fazendeiros, comerciantes,
operários e muitos intelectuais de classe média.
Gabarito
1-A
2-E
3-C
336
A PARAÍBA NA INTENTONA COMUNISTA
Durante esses dias, o movimento contou com baixa adesão popular e militar e,
se o intuito era acabar com o governo de Vargas, as consequências
demostraram o contrário.
Isso porque resultou num maior autoritarismo do governo, caça aos comunistas,
prisão de líderes, suspensão dos direitos civis, dentre outras medidas expressas
dois anos depois na Constituição de 1937.
EXERCÍCIOS
337
b) Levante comunista em várias guarnições do Exército, em 1935, conhecida
como “Intentona Comunista”.
c) Fechamento da Ação Integralista Brasileira e perseguição dos seus militares,
já que o governo opunha- se aos ideais fascistas.
d) Oposição das classes médias urbanas, operárias e militares à aliança com os
EUA visando à entrada do país na Segunda Guerra.
e) Reorganização das oligarquias estaduais afastadas do poder em 1930, mas
agora pregando o separatismo dos Estados.
338
Gabarito
1-B
2-C
3-B
RONCO DA ABELHA
339
utilização de padre Capuchinhos que, ao se darem conta de que o movimento
fugiu do controle, passaram a conclamar os fiéis para o respeito à ordem pública,
prometendo ao revoltoso que desistisse dos protestos a salvação, e o fogo do
inferno a quem não se submetesse.
Já no final de janeiro 1852 a paz social foi restabelecida, mas, em meio à baderna
resultante, ficou difícil identificar os verdadeiros líderes do movimento. Muitas
pessoas são acusadas, mas não se consegue obter provas concretas do
envolvimento das mesmas. Finalmente, o governo edita o decreto 970, de 29 de
janeiro de 1852, que suspende os decretos 797 e 798, adiando a realização do
primeiro censo no Brasil para vinte anos depois, sendo que o registro civil só
será adotado com o advento da república.
EXERCÍCIOS
340
3. A respeito dos boatos do censo paraibano, é correto afirmar que:
a) implicou em transformações radicais da estrutura social de pensamento, que
reagiu violentamente.
b) significou a instauração do sistema republicano de governo, como o dos outros
países da América Latina.
c) trouxe consigo o fim do escravismo e a implementação do trabalho livre como
única forma de trabalho e o fim do domínio metropolitano.
d) implicou em autonomia política e em reformas moderadas na ordem social
decorrentes do novo status político.
e) decorreu da luta palaciana entre João VI, Carlota Joaquina e Pedro I, e teve
como consequência imediata a abertura dos portos.
Gabarito
1-D
2-B
3-A
341
terras do interior, possuidores de grandes riquezas baseadas no cultivo do
algodão e na pecuária. Estes “coronéis” atuavam através de uma estrutura
política arcaica, que se valia entre outras coisas do mandonismo, da utilização
de grupo de jagunços armados e outras ações as quais o novo governador não
concordava. Nos seus redutos, eram eles que apontavam os candidatos a cargos
executivos, além de nomearem delegados, promotores e juízes. Eles julgavam,
mas não eram julgados. Verdadeiros senhores feudais, nada era feito ou deixava
de ser feito em seus territórios que não tivesse a sua aprovação. Mas João
Pessoa passou a não respeitar mais as indicações de mandatários para
nomeações de cargos públicos.
Por esta época, esses coronéis exportavam seus produtos através do principal
porto de Pernambuco, em Recife, provocando enormes perdas de divisas
tributárias para a Paraíba. Procurando evitar esta sangria financeira e
efetivamente cobrar os coronéis, João Pessoa implantou diversos postos de
fiscalização nas fronteiras da Paraíba, irritando de tal forma estes caudilhos, que
pejorativamente passaram a chamar o governador de “João Cancela”.
A gota d’água foi a escolha dos candidatos paraibanos à deputação federal.
Como presidente do estado, João Pessoa dirigiu o conclave da comissão
executiva do Partido Republicano da Paraíba que escolheu os nomes de tais
pessoas. A ideia diretriz era a rotatividade. Quem já era deputado não entraria
no rol de candidatos. Tal orientação objetivava afastar o Sr. João Suassuna,
grande aliado de José Pereira que, como presidente do estado que antecedeu a
João Pessoa, teria maltratado parentes de Epitácio na cidade natal de ambos,
Umbuzeiro. No entanto, João Pessoa deixou na relação dos candidatos o nome
de seu primo, Carlos Pessoa, que já era deputado. Isso valeu controvérsia na
comissão executiva e apenas João Pessoa assinou o rol dos candidatos.
No dia 19 de fevereiro de 1930, o presidente do estado da Paraíba, João Pessoa,
na tentativa de contornar a crise política provocada pela divergência na
composição da chapa para deputado federal, viaja a Princesa. A chapa para
deputado federal fora publicada um dia antes da viagem, no jornal “A União”. O
presidente é recebido com festa. Por falta de habilidade política, o presidente
João Pessoa e o “coronel” José Pereira, chefe político princesense, não
encontraram um denominador comum.
342
coronel José Pereira decidiu resistir a essas investidas contra seus poderes.
Partiu então para a arregimentação de aliados.
Como resposta, no dia 24 de fevereiro de 1930, o presidente João Pessoa,
visando desestabilizar o poder de mando do “coronel”, retira os funcionários do
Estado, lotados em Princesa; quase todos os parentes do “coronel”, e exonera o
prefeito José Frazão de Medeiros Lima, o vice-prefeito Glicério Florentino Diniz
e o adjunto de promotor Manoel Medeiros Lima, indicados pelo oligarca
princesense. O juiz Clímaco Xavier abandonou a cidade por falta de garantias.
O jornal “A União” de 28 de fevereiro de 1930, trazia decretos de exoneração do
subdelegado de Tavares, Belém, Alagoa Nova (Manaíra) e São José, distritos
de Princesa na época. Com o rompimento oficial do “coronel” José Pereira em
22 de fevereiro de 1930 no município de Princesa, a justiça deixou de funcionar,
as aulas foram interrompidas e foi suspensa a arrecadação de impostos.
Combatentes da Guerra de Princesa (2) Como resposta José Pereira declarou a
independência provisória de Princesa do Estado da Paraíba. Neste mesmo dia
28 era publicado o Decreto nº 01 foi aclamado pela população, que declarou
oficialmente a independência da cidade (República de Princesa), com hino,
bandeira e leis próprias. Ainda em 28 de fevereiro de 1930, data aceita como
início da Revolta de Princesa, João Pessoa mandou a polícia estadual ocupar o
município de Teixeira, sob o comando dos capitães João da Costa e Irineu
Rangel reduto dos Dantas, aliados de José Pereira, prendendo pessoas da
família e impedindo que ocorresse votação naquela cidade. Houve reação
armada dos Dantas.
343
feiticeiro que “benzia a estrada, a cada parada, dizendo: ‘Vamos pegar Zé
Pereira à unha!’. Os soldados sentiam-se mais protegidos e aplaudiam com
entusiasmo o novo protetor, pois com ele estariam imunes às balas. Não foi o
que aconteceu. Ao chegarem ao povoado de Água Branca, no dia 5 de junho de
1930, foram recebidos à bala, numa emboscada fulminante. O primeiro a ser
atingido, com um tiro na testa, foi o dito feiticeiro. Os caminhões foram
queimados; quem não conseguiu fugir, morreu; inclusive o tenente Francisco
Genésio. Mais de cem mortos e quarenta feridos.
João Pessoa tenta nova investida. Incapaz de dominar a cidade rebelde, ele
apela para a guerra psicológica. Uma avioneta, pilotada por um italiano, lança
panfletos sobre Princesa, exortando a população a depor as armas. Caso
contrário, haveria bombardeio aéreo. Mas a resistência continua e as bombas
não vêm. Nas semanas seguintes, os homens do “coronel” José Pereira, usando
táticas de guerrilha, espalham sua ação pelo sertão, dando a entender que o
conflito seria longo.
344
Combatentes e destruições da Guerra de Princesa
E conforme sua previsão, os paraibanos ficaram chocados com o assassinato (a
partir daí criou-se todo um mito). O crime foi apresentado como obra dos
perrepistas, o Partido Republicano Paulista. Seus partidários, em retaliação,
foram perseguidos e tiveram suas casas incendiadas, além de sofrerem outros
tipos de perseguição e violência. O Presidente da República, Washington Luiz,
decidiu então terminar com a Revolta de Princesa e o “coronel” José Pereira não
ofereceu resistência, conforme acordo prévio, quando seiscentos soldados do
19º e 21º Batalhão de Caçadores do Exército, comandados pelo Capitão João
Facó, ocuparam a cidade em 11 de agosto de 1930. José Pereira deixa a cidade
no dia 5 de outubro de 1930.
No dia 29 de outubro de 1930, a Polícia Estadual ocupa a cidade de Princesa
com trezentos e sessenta soldados comandados pelo capitão Emerson
Benjamim, passando a perseguir os que lutaram para defender a cidade
ameaçada, humilhando e torturando os que foram presos, sem direito a defesa.
A luta teve um balanço final de, aproximadamente, 600 mortos.
EXERCÍCIOS
345
a) Guerra dos Mascates. Expandiu o “coronelismo” para o território brasileiro
b) Revolução de 1930. Getúlio Vargas foi eleito o presidente do Brasil
c) A Revolta do Ronco da Abelha. Dividiu as fronteiras das províncias de
Pernambuco e Paraíba
d) A Revolta da Princesa. Assassinato de João Pessoa, candidato a vice-
presidente de Getúlio Vargas
3. “Esse estudo traz em sua essência a discussão sobre os fatos que ocorreram
na Paraíba, durante o período da ‘Primeira República’. Fatos estes que vieram a
desencadear um conflito armado, dentro deste estado, entre dois tipos de poder:
o ‘poder privado’ [representado, no conflito específico, pelo ‘coronel’ José Pereira
Lima] e o ‘poder instituído’ [representado por João Pessoa Cavalcanti de
Albuquerque]. O primeiro, caracterizado pelo coronel, figura que constituía a
base do sistema político da época; e, o segundo, concentrado nas mãos do chefe
político estadual.
Fonte: JANUÁRIO, 2009. (Adaptado).
Alternativas:
a) Guerra de Canudos
b) Revolução Praieira
c) A Revolta de Princesa
d) A Revolta do Quebra-Quilos
Gabarito
1-A
2-D
3-C
346
DIREITO CONSTITUCIONAL
347
Classificação das Constituições
Quanto à Origem
Outorgada: são aquelas impostas, que surgem sem participação popular.
Resultam de ato natural de classe ou pessoa dominante no sentido de limitar seu
próprio poder, por meio da outorga de um texto constitucional.
Quanto à Forma
348
Históricas: Também chamadas de costumeiras, são do tipo não escritas. São
criadas lentamente com as tradições, sendo uma síntese dos valores históricos.
São mais estáveis do que as dogmáticas.
Quanto ao Conteúdo
Quanto ao conteúdo, a Constituição pode ser material ou formal.
Quanto à Estabilidade
Imutável: é aquela Constituição cujo texto não pode ser modificado jamais.
349
Poder Constituinte
Poder Constituinte é o poder de elaborar e modificar normas constitucionais.
Esse poder encontra-se presente em Constituições escritas e rígidas, nas quais
se assegura a Supremacia Constitucional.
Titularidade e Exercício
O Titular do Poder Constituinte é o POVO (sempre), mesmo em regimes
ditatoriais; é apenas o povo que tem legitimidade para determinar como deve ser
feita a Constituição ou como ela deve ser alterada.
Povo é aquele que detém a nacionalidade de um determinado Estado, no nosso
caso, aquele que for brasileiro nato ou naturalizado. Essa titularidade é
assegurada no art. 1°, parágrafo único da CF/88:
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
350
Existem dois momentos de atuação do Poder Constituinte originário:
351
2) Derivado: porque decorre do originário.
3) Limitado ou subordinado: o seu exercício encontra limites constitucionais,
que podem ser expressos ou implícitos, que são as chamadas cláusulas pétreas.
Por conta disso, o seu exercício pode ser submetido ao controle de
constitucionalidade.
4) Condicionado: deve seguir a forma e os procedimentos preestabelecidos na
própria Constituição, sob pena de inconstitucionalidade.
Emendas Constitucionais
As emendas constitucionais, por sua vez, permitem a alteração do texto
constitucional por meio de um procedimento rígido. Essa dificuldade assegura a
supremacia da CF sobre as demais normas. Assim, como o exaurimento da
revisão constitucional, as emendas constitucionais são o único meio legitimo de
se alterar a redação do texto Constitucional.
O processo de elaboração de um EC compreende as seguintes etapas:
352
Discussão e votação: a proposta deve ser discutida e votada em cada uma das
casas, em dois turnos de votação, e será considerada aprovada se obtiver em
cada casa e em ambos os turnos o voto de 3/5 dos respectivos membros, ou
seja, pelo menos 308 deputados federais e 49 Senadores.
353
EXERCÍCIOS
Alternativas:
a) Quanto ao conteúdo, as constituições podem ser classificadas como
constituição garantia ou constituição dirigente.
b) A constituição classificada como substancial ou material, segundo a doutrina,
está mais relacionada ao universo do “ser” que do “dever ser”.
c) A constituição garantia, que também é chamada de programática ou social,
disciplina o mínimo possível de matérias.
d) O Brasil é regido por uma Constituição classificada pela doutrina, quanto ao
conteúdo, como constituição garantia.
e) O Brasil é regido por uma Constituição classificada pela doutrina, quanto à
função, ou finalidade, como constituição formal.
Alternativas:
a) A atual Constituição brasileira foi outorgada no ano de 1988, por iniciativa do
presidente da República.
b) O texto da Constituição da República é considerado "flexível".
c) Em razão de seu conteúdo, a Constituição Federal é qualificada como
"analítica".
d) Embora publicada em 1988, a Constituição só entrou em vigência a partir de
1993, após a revisão constitucional prevista após 5 anos de sua publicação.
354
a outra parte poderia ser alterada conforme o processo legislativo da lei ordinária.
Alternativas:
a) outorgada e rígida;
b) popular e dogmática;
c) bonapartista e flexível;
d) cesarista e semirrígida;
e) promulgada e analítica.
Alternativas:
a) despótica.
b) imutável.
c) autoritária.
d) democrática.
e) elástica
Alternativas:
a) flexível e programática.
b) rígida e programática.
c) flexível e promulgada.
355
d) rígida e não-escrita.
e) flexível e outorgada.
Alternativas:
a) É uma constituição outorgada.
b) É uma constituição flexível.
c) É uma constituição sintética.
d) É uma constituição dogmática.
e) É uma constituição costumeira.
356
Certo ( ) Errado ( )
O fato de o texto constitucional ter sido alterado quase cem vezes em razão de
emendas constitucionais não é suficiente para classificar a vigente Constituição
Federal brasileira como flexível.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-B 7 - CERTO
2-C 8 - CERTO
3-D 9 - ERRADO
4-D 10 - CERTO
5-B
6-D
Estado
Sociedade política dotada de características próprias e elementos essenciais.
São eles:
357
Povo – (Elemento humano) – Conjunto de indivíduos que se encontram em
determinado território de um Estado.
Princípio federativo
Considere o caput do Art. 1° da Constituição Federal
358
Sujeitos ao princípio da indissolubilidade do vínculo federativo
• Não existe no Brasil o direto a secessão.
Pessoas jurídicas descentralizadas, que possuem poder de:
• Auto-organização
• Competência legislativa e administrativa
• Autonomia financeira
FICA LIGADO!!!
O federalismo brasileiro é clausula pétrea
Art. 60 § 4°, da CF - § 4° Não será objetivo de deliberação a proposta de emenda
tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
Princípio Republicano
Características
1. Temporariedade – Esse atributo revela o caráter temporário do exercício do
poder político. Por causa desse princípio, no Estado brasileiro, o governante
permanece no poder por tempo determinado.
2. Eletividade – Em uma República, o governante é escolhido pelo povo. O
poder político é adquirido através das eleições, ou seja, através da vontade
popular.
3. Responsabilidade – Em um Republica, o governante pode ser
responsabilizado por seus atos.
359
CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Art. 34: A União não intervira nos Estados nem
no Distrito Federal, exceto para:
VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana sistema representativo e regime democrático (grifo nosso)
Princípio Democrático
Esse princípio revela o Regime de Governo adotado no Brasil: Democracia.
Caracteriza-se pela existência do Estado Democrático de Direito e pela
preservação da dignidade da pessoa humana.
360
A democracia significa o governo do povo, pelo povo e para o povo. É chamada
soberania popular. Sua fundamentação constitucional encontra-se no artigo 1°
da CF:
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Esse princípio também é conhecido como princípio sensível, e no Brasil,
caracteriza-se por seu exercício se dar de forma direta e indireta. Por esse
motivo, a democracia brasileira é conhecida como semidireta ou participativa.
Esses são os três poderes, cada qual responsável pelo desenvolvimento de uma
função principal do Estado:
Poder Executivo – Função principal (típica) de administrar o Estado;
Poder Legislativo – Função principal (típica) de legislar e fiscalizar as contas
públicas;
Poder Judiciário – função principal (típicas) jurisdicional.
361
Além da sua própria função, a Constituição criou uma sistemática que permite a
cada um dos poderes o exercício da função do outro poder. A essa função
acessória, damos o nome de função atípica.
Dessa forma, pode-se dizer que além da própria função, cada poder exerce de
forma acessória a função do outro poder.
EXERCÍCIO
362
exerce, em pequena proporção, função que seria originariamente de outro. Isso
ocorre para assegurar-se a própria autonomia institucional de cada poder e para
que um poder exerça, em última instancia, um controle sobre o outro, evitando-
se o arbítrio e o desmando.
Certo ( ) Errado ( )
363
7. Acerca dos princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 (CF),
julgue o item.
A redução da pobreza e a marginalização e erradicação das desigualdades
sociais e nacionais são objetivos da União.
Gabarito
1 - CERTO
2 - CERTO
3 - CERTO
4-B
5-A
6 - ERRADO
7 - ERRADO
364
Soberania
Por esse princípio, o Brasil deve preservar e afirmar a exclusividade de seu poder
dentro do território nacional, devendo ser tratado de forma igual em seu
relacionamento com outros países.
Ordem Interna
• Poder do Estado brasileiro é superior a todas as demais manifestações
de poder.
• Não é superado por nenhuma forma de poder
Ordem Internacional
• Brasil encontra-se em igualdade com os demais Estados independentes.
Cidadania
Não existe um conceito unanime para a cidadania. Modernamente esse termo
vem sendo interpretado como o direito do brasileiro a uma vida digna, como a
possibilidade de definir o seu futuro e de intervir na vida política de seu país,
tendo para isso, acesso a serviços de saúde e educação de qualidade, bem
como à informação transparente por parte do Estado.
365
• Reconhecimento de um valor social na relação entre capital e trabalho.
Pluralismo Político
Dever de reconhecer e garantir a inclusão das diversas correntes de pensamento
e grupos representantes de interesse existentes no seio do corpo comunitário.
366
• Para autodeterminar e lograr atingir suas aspirações materiais e
espirituais
Independência Nacional
Decorre da própria soberania o princípio de que o Brasil deve manter uma
posição independente frente a outros países, nunca subordinado os interesses
nacionais aos estrangeiros.
367
O princípio da não intervenção, porém, é relativo, não impedindo que o Brasil
venha a participar de missões organizadas pela ONU, ou intervir em outros
países para resguardar os interesses dos cidadãos brasileiros, ou quando
houver justificativa humanitária para tal.
368
INdependência nacional
Prevalência dos direitos humanos
Autodeterminação dos povos
Não intervenção
Igualdade entre os estados
Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade
Solução pacifica dos conflitos
DEfesa da paz
COncessão de asilo político
REpúdio ao terrorismo e ao racismo
EXERCÍCIOS
1. O fundamento do Estado Democrático de Direito, previsto no art. 1° da
Constituição Federal, que torna o cidadão titular de direitos e qualifica como
participante da vida do Estado é
a) a livre iniciativa e os valores sociais do trabalho
b) a soberania
c) a dignidade da pessoa humana
d) a cidadania
e) o pluralismo politico
369
3. Acerca dos princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 (CF),
julgue o item.
A soberania, a cidadania e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são
alguns dos fundamentos da República Federativa do Brasil.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-D 5 - ERRADO
2-C 6 - CERTO
3 - CERTO 7 - CERTO
4 - CERTO
370
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONTITUCIONAIS
Eficácia é a aptidão da norma para produzir os efeitos que lhe são próprios.
371
Produzem todos os efeitos de imediato, independentemente de lei posterior que
lhes complete o alcance e o sentido.
372
ATENÇÃO!!!
As normas de eficácia limitadas, embora não produzam todos os efeitos com sua
promulgação, não é verdade que estas sejam completamente desprovidas de
eficácia jurídica.
Independentemente de regulação pelo legislador infraconstitucional, produzem
alguns efeitos: revogam disposições anteriores em sentido contrário e impedem
a validade das leis posteriores que se oponham a seus comandos.
373
EXERCÍCIOS
374
e) são listadas em rol taxativo na Constituição Federal de 1988 (CF).
O grau de eficácia de uma norma constitucional não pode ser aferido a partir da
sua entrada em vigor, sendo necessária, para tal aferição, a verificação da
incidência da lei em um caso concreto.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1 - ERRADO
2 - ERRADO
3 - ERRADO
4-B
5 - ERRADO
6 - CERTO
7 - ERRADO
375
Direitos e Garantias Fundamentais: Origem e
Características
Características
Historicidade
Essas características revelam que os Direitos Fundamentais são frutos da
evolução histórica da humanidade. O indivíduo evolui com o passar do tempo.
Inalienabilidade
Os Direitos Fundamentais não podem ser alienados, não podem ser negociados,
não podem ser transigidos.
Irrenunciabilidade
Os Direitos Fundamentais não podem ser renunciados
Imprescritibilidade
Os Direitos Fundamentais não se sujeitam aos prazos prescricionais. Não se
perde um direito fundamental com o passar do tempo.
376
Universalidade
Os Direitos Fundamentais pertencem a todas as pessoas, independentemente
de sua condição.
Máxima Efetividade
Essa característica é mais uma imposição ao Estado, que está coagido a garantir
a máxima efetividade dos direitos fundamentais. Esses direitos não podem ser
ofertados de qualquer forma. É necessário que eles sejam garantidos da melhor
forma possível.
Concorrência
Os direitos fundamentais podem ser utilizados em conjunto com os outros
direitos. Não é necessário abandonar um para usufruir outro direito.
Complementariedade
Um direito fundamental não é interpretado sozinho. Cada direito é analisado
juntamente com os outros direitos fundamentais.
Proibição do Retrocesso
Essa característica proíbe que os direitos já conquistados sejam perdidos.
Limitabilidade
Não existe direito fundamental absoluto. Todos são direitos relativos.
Não Taxatividade
O rol de direitos fundamentais é meramente exemplificativo, tendo em vista a
possibilidade de novos direitos.
377
DIREITOS DA 1ª GERAÇÃO – Direitos civis e políticos. Estão ligados à ideia de
liberdades negativas, pois impõem ao Estado o direito de não fazer. Constituem
limites ao Estado em relação à vida das pessoas, trazendo a ideia de direitos
individuais. Ligados fundamentalmente aos valores de liberdade dos indivíduos
DIREITOS DE 2ª GERAÇÃO – Direitos sociais, econômicos e cultuais. Os
direitos sociais foram criados no intuito de reduzir as diferenças sociais, sendo
necessária nesse caso a intervenção do Estado através de ações prestacionais,
buscando garantir uma existência digna aos cidadãos. São chamadas de
liberdades positivas, e podem estar associadas à igualdade.
DIREITOS DE 3ª GERAÇÃO – Direitos difusos ou transindividuais. Surgem
aproximadamente em meados de 1970. São direitos de titularidade coletiva, não
se limitando aos direitos dos indivíduos, mas de toda a coletividade como, por
exemplo, o direito ao meio ambiente. Pois, em casos de degradação do meio
ambiente, todas as pessoas, independentemente de onde morem, serão
atingidas. Estão relacionados à ideia de Solidariedade/Fraternidade.
378
EXERCÍCIOS
379
6. Considere as duas afirmações a seguir.
GABARITO
1 - ERRADO
2 - CERTO
3-C
4 - CERTO
5 - CERTO
6-D
7-C
380
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS:
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Art. 5°: “Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros e
aos residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade à igualdade,
à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I – Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição
Direito à Vida
O direito à vida assegura não somente o direito de permanecer vivo, mas
também o direito a ter uma vida digna.
Assim como os demais direitos, o direito à vida não é absoluto. A Carta Magna
e outras leis infraconstitucionais estabelecem a relativização destes direitos.
Pena de Morte
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – XLVII: Não haverá penas:
a) De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art 84. XIX.
Aborto
O aborto é proibido no Brasil em respeito ao direito à Vida, porém a lei o permite
em alguns casos.
O art. 128 do Código Penal Brasileiro apresenta duas possibilidades de aborto
que são verdadeiras excludentes de ilicitude.
381
CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Art. 128: Não se pune o aborto praticado por
médico: Aborto necessário
Direito à Igualdade
IGUALDADE FORMAL X IGUALDADE MATERIAL
É uma igualdade jurídica, que apenas evita que alguém seja tratado de forma
discriminatória.
Na lei: vincula o legislador (dá uma direção ao legislador)
382
Igualdade material
É a igualdade que se preocupa com a realidade. Chamada ou substancial. Dá-
se através de ações afirmativas.
DICA IMPARÁVEL:
A igualdade formal é a regra utilizada pelo Estado, buscando promover um
tratamento isonômico à sociedade.
No entanto, em alguns casos, se faz necessário a aplicação da igualdade
material, para que se atinja a equidade e a verdadeira isonomia.
Aposentadoria
• A mulher se aposenta 5 anos mais cedo que o homem
383
EXERCÍCIOS
384
autorizadas em lei federal, viola o direito à vida, pela potencialidade de formação
de pessoa humana, cuja dignidade recebe proteção máxima constitucional.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1-A 4 - ERRADO
2 - ERRADO 5 - CERTO
3 - CERTO 6 - ERRADO
Direito à Liberdade
O direito à liberdade pertence à primeira geração dos direitos fundamentais e
expressa um dos direitos mais ansiados pela sociedade.
Esta ideia de liberdade trazida pela Constituição Federal é bem ampla e abrange
liberdades como locomoção, pensamento, reunião, consciência, entre outros.
Conforme analisaremos a seguir.
Liberdade de Ação
De acordo com o inciso II da Carta Magna:
385
a proibir ou compelir determinada atitude ou comportamento. Por este motivo,
este inciso também é chamado de Princípio da Legalidade.
Para o particular: Para o particular, a liberdade significa “fazer tudo aquilo que
não lhe é proibido.” Há aqui uma autonomia de vontade.
386
lei 13.188/2015 Art. 2°
DICA!!!
1. De acordo com o Art. 3° da Lei 13.188/2015, o prazo para o exercício do direito
de resposta é decadencial de 60 dia;
2. As indenizações por dano Material, Moral e à imagem são cumulativas;
3. o direito de respostas se dá nas esferas cíveis, administrativas e penal.
E a denúncia anônima?
De acordo com o entendimento do STF, a denúncia anônima poderá servir como
ferramenta de comunicação de crime, no entanto, não poderá servir como
amparo para a instauração de inquérito policial, ou como fundamento para a
condenação de qualquer indivíduo.
387
Este inciso marca a liberdade religiosa do Brasil, que se consagra como um
Estado laico, leigo ou não confessional. Isso não quer dizer que o Brasil é um
País ateu, mas sim que deve respeitar as convicções religiosas existentes.
No Brasil existe uma relação de separação entre Estados e Igreja. Esta vedação
está expressa na Carta Magna (Art. 19, I, CF)
Escusa de Consciência
388
previstas no Art. 15, IV.
EXERCÍCIOS
389
4. Segundo o Supremo Tribunal Federal, os direitos e deveres individuais e
coletivos não se restringem ao artigo 5º da Constituição Federal de 1988,
podendo ser encontrados ao longo do texto constitucional, expressos ou
decorrentes do regime e dos princípios adotados pela Magna Carta, ou, ainda,
em virtude de tratados internacionais de que o Brasil seja signatário. Sobre o
tema, assinale a alternativa correta.
a) É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais
de culto e a suas liturgias
b) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou
para prestar socorro, ou, em qualquer horário, por determinação judicial
c) A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas dependem de
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento
d) Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
involuntário e escusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel
Se, com o intuito de eximir-se de obrigação legal a todos imposta, uma pessoa
se recusar a cumprir prestação alternativa, invocando convicção filosófica e
política ou crença religiosa, os direitos associados a tais convicções poderão ser
restringidos.
Certo ( ) Errado ( )
390
Gabarito
1 - ERRADO
2 - CERTO
3 - CERTO
4-A
5 - ERRADO
6 - CERTO
7 - ERRADO
Direito a Liberdade
Liberdade de Locomoção
391
CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Art. 5°. LXVIII – conceder-se-á habeas corpus
sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação
em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder
Liberdade de Reunião
392
Esse direito de reunião poderá ser restringido em caso de estado de defesa e
estado de sitio.
ESTADO DE DEFESA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 136 O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da Republica e o
Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou
prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública
ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou
atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
§ 1° O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua
duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e
limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
I – restrições aos direitos de?
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações
ESTADO DE SÍTIO
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 139. Na vigência do estado de sitio decretado com fundamento no art. 137,
I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
IV – suspensão de liberdade de reunião;
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO
A Constituição Federal traz diversos dispositivos que tratam de liberdade de
associação:
393
XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter
paramilitar;
XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas
independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu
funcionamento;
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas
atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o
trânsito em julgado;
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associados
394
A Carta Magna assegura o direito de se associar ou deixar de sê-lo a qualquer
momento. Lembrando que o desrespeito a este inciso poderá configurar crime,
conforme Art. 199 do Código Penal.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, tem
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
Liberdade Profissional
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer;
EXERCÍCIOS
395
autoridade competente não poderá usar de propriedade particular.
e) Em situações específicas, poderá haver juízo ou tribunal de exceção.
a) F – V – F – V.
b) F – V– V – F.
c) V – V – F – V
d) V – F – V – F.
e) V – F – V – V.
396
d) a interferência estatal no funcionamento das associações somente se justifica
para garantia da ordem pública, social e econômica do país.
e) todos podem associar-se pacificamente em locais abertos ao público, sendo
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
Alternativas:
a) Cooperativas.
b) Associação para fins lícitos
c) Associação de caráter paramilitar.
d) Entidades associativas para representar seus filiados extrajudicialmente.
e) Associação espontânea ou permanência como associado.
397
6. A Constituição Federal, no que se refere aos Direitos e Deveres Individuais e
Coletivos, estabelece que
Alternativas:
a) o direito de resposta deve ser proporcional ao agravo e a indenização deverá
ser estabelecida por meio de acordo bilateral.
b) a não privação de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política é absoluta
c) interesse social é a única motivação legal para a realização de
desapropriações.
d) a reunião pacífica, sem armas, em locais abertos ao público, depende de não
frustrar reunião anteriormente convocada para o mesmo local e de aviso prévio
à autoridade competente.
d) a autoridade competente poderá usar de propriedade particular no caso de
iminente perigo público, assegurada ao proprietário indenização prévia.
398
11. A CF assegura a liberdade de expressão, apesar de possibilitar,
expressamente, sua limitação por meio da edição de leis ordinárias destinadas
à proteção da juventude.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1-A 7 - CERTO
2-A 8 - CERTO
3-A 9 - ERRADO
4-A 10 - ERRADO
5-A 11 - ERRADO
6-A 12 - ERRADO
Direito à Propriedade
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – Art 5. XXII – é garantido o direito de propriedade;
399
No entanto, a propriedade deverá atender sua função social, ou seja, o direito de
propriedade não poderá ser exercido em detrimento da sociedade.
Propriedade Urbana
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – Art. 182 – A política de desenvolvimento
urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerias
fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
§ 2°A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às
exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
Propriedade Rural
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – Art. 186 – A função social é cumprida
quando a propriedade rural atende, a simultaneamente, segundo critérios e
graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I – aproveitamento racional e adequados;
II – utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio
ambiente;
III – observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV – exploração que favoreça o bem – estar dos proprietários e dos
trabalhadores.
Desapropriação
Desapropriação é o ato administrativo pelo qual o Estado retira a propriedade do
indivíduo.
400
A Carta Magna traz em seu bojo as razões pelas quais isso pode ser feito. São
elas: interesse social ou utilidade pública.
→ Necessidade Pública: a administração está diante de uma situação de risco
iminente.
→ Utilidade Pública: a desapropriação é conveniente ao interesse público.
→ Interesse Social: finalidade de reduzir as desigualdades sócias.
401
§ 4° É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei especifica para área
incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I – parcelamento ou edificação compulsória;
II – impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no
tempo;
III – desapropriação com pagamento mediante títulos da divida publica de
emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de
até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real
da indenização e os juros legais.
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de
reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social,
mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula
de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do
segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
Desapropriação confiscatória
Ocorre quando a propriedade é utilizada para o cultivo de plantas psicotrópicas.
402
expropriadas e destinadas à reforma agraria e a programas de habitação
popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras
sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5°.
Nesse caso o proprietário, além de não ser indenizado, poderá ser processado
pelo ilícito penal.
Requisição Administrativa
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – XXV – no caso de iminente perigo público, a
autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao
proprietário indenização ulterior, se houver dano;
Nesse caso, não se trata de desapropriação, uma vez que o dono não perde a
propriedade, apenas a empresta para uso público temporariamente, e em caso
de iminente perigo público.
Bem de Família
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – XXVI – a pequena propriedade rural, assim
definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora
para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a
lei sobre os meios de funcionar o seu desenvolvimento.
O inciso XXVI proíbe que a pequena propriedade rural, que seja trabalhada pela
família, seja penhorada apara quitar débitos decorrentes de sua própria atividade
produtiva.
Propriedades Imaterial
403
Direito dos Autores
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – XXVII – aos autores pertence o direito exclusivo
de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos
herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
Direitos de Participação
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – XXVIII – são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da
imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem
ou de que participam aos criadores, aos interpretes e às respectivas
representações sindicais e associativas;
O inciso XXIX prevê ainda a proteção às marcas, logotipos, entre outros. Esta
proteção é de interesse do País, além do interesse do titular.
404
Direito à Herança
EXERCÍCIOS
Alternativas:
a) Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime
comum, praticado após a naturalização, ou de comprovado envolvimento em
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.
b) É livre, exclusivamente aos brasileiros natos e naturalizados, a locomoção no
território nacional em tempo de paz, podendo, nos termos da lei, nele entrar,
permanecer ou dele sair com seus bens.
c) Admite-se a prática de tortura em caso de guerra declarada.
d) A pequena propriedade rural, assim definida em lei e trabalhada pela família,
somente poderá ser objeto de penhora para o pagamento de débitos decorrentes
de sua atividade produtiva.
e) A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado.
405
Alternativas:
a) cabe à lei assegurar proteção às participações individuais em obras coletivas
e à reprodução da imagem e voz humanas, exceto nas atividades desportivas,
sujeitas à autorregulamentação pelas entidades representativas das diferentes
categorias.
b) caberá à autoridade competente, desde que mediante ordem judicial, usar de
propriedade particular, em caso de iminente perigo público, assegurada
indenização posterior ao proprietário, se houver dano.
c) a desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social,
deve seguir procedimento estabelecido em lei, observada, sem ressalvas, a
garantia de justa e prévia indenização em dinheiro.
d) a sucessão de bens estrangeiros situados no país será regulada pela lei
pessoal do de cujus sempre que esta for mais favorável a cônjuge ou filhos
brasileiros do que a lei brasileira.
e) é vedada a penhora da pequena propriedade rural para pagamentos de
débitos decorrentes de sua atividade produtiva, devendo seu desenvolvimento
ser financiado pelos meios legalmente definidos.
Alternativas:
a) ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente, ainda que nos casos de
crime propriamente militar, definidos em lei.
b) às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer
com seus filhos durante a infância da criança.
c) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de
sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu
desenvolvimento.
d) será admitida ação pública nos crimes de ação privada, se esta não for
intentada no prazo legal.
e) é livre a locomoção no território nacional em tempos de guerra ou de paz,
podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele
sair com seus bens.
406
4. Em relação aos direitos e garantias fundamentais, analise as afirmativas a
seguir:
Alternativas:
a) se nenhuma alternativa estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
407
O Estado, por interesse social, pode impor ao proprietário a perda do seu imóvel.
Certo ( ) Errado ( )
408
12. De acordo com a CF, é assegurado a todos o direito de propriedade
intelectual, industrial e de direitos autorais, sendo a propriedade intelectual e a
de direitos autorais sempre permanentes, tanto para o autor quanto para o
sucessor.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-E 7 - CERTO
2-D 8 - CERTO
3-C 9 - ERRADO
4-E 10 - ERRADO
5-C 11 - CERTO
6 - CERTO 12 - ERRADO
Direito à Segurança
409
• Inquérito Policial;
• Sindicância investigativa;
• Inquérito Civil.
Proporcionalidade e Razoabilidade
A referida garantia não está expressa no texto constitucional. Trata-se de um
princípio implícito que decorre do Princípio do Devido Processo Legal.
Inafastabilidade da Jurisdição
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – ART 5. XXXV – a lei não excluirá da apreciação
do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
Nenhuma lei pode impedir o Judiciário de aprecia uma alegada lesão ou ameaça
de lesão a direito, e, por outro lado, os juízes não podem se omitir em cumprir
sua função jurisdicional.
Inexiste a obrigatoriedade de esgotamento da via administrativa para que a parte
possa acessar o Judiciário.
O texto constitucional não proíbe que os particulares, por sua livre e espontânea
vontade, ao invés de submeterem a questão ao Judiciário, acordem por delegar
a resolução da questão a terceiro, através do instituto da arbitragem.
Há, no entanto, casos em que será necessário que se esgote as vias
administrativas antes de buscar o Poder Judiciário, como é o caso da justiça
desportiva.
410
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – Art. 217, § 1° O Poder Judiciário só admitirá
ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as
instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.
O direito de petição pode ainda ser definido como o direito de invocar a atenção
do Poder Público sobre uma questão ou situação.
Já a CERTIDÃO é um atestado que prova determinado fato. Ex.: A Certidão de
Nascimento. Ambas servem para defesa de direitos.
411
Tribunal do Júri
O Tribunal do Júri pertence ao Poder Judiciário, e possui competência para o
julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
412
Crimes Imprescritíveis, Inafiançáveis e Insuscetíveis de Graça e Anistia
A Carta Magna, no Art. 4°, VIII, traz o repúdio ao racismo no que diz respeito às
relações internacionais.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – Art. 4° – A República Federativa do Brasil rege-
se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
413
EXERCÍCIOS
Alternativas:
a) É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos
veredictos e a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
b) A lei penal retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
c) Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal, exceto por medida cautelar determinada pela autoridade policial.
d) São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos, salvo as
que forem indiretamente obtidas de boa-fé.
Alternativas:
a) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização prévia em
dinheiro.
b) A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas dependem de
autorização estatal, sendo, contudo, após a sua constituição, vedada a
interferência do Estado em seu funcionamento.
c) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei,
sob pena de responsabilidade, ainda que seu conteúdo possa causar risco à
segurança da sociedade e do Estado.
d) São gratuitas as ações de habeas corpus, habeas data e mandado de
segurança e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
e) O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial.
414
3. À luz do que dispõe a Constituição Federal sobre os direitos e deveres
individuais e coletivos,
Alternativas:
a) é a todos assegurada, após o regular pagamento de taxas, a obtenção de
certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal.
b) a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
c) a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ainda que lhes seja
mais favorável a lei pessoal do de cujus.
d) no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização prévia em
dinheiro.
e) a lei não excluirá da apreciação do Poder Legislativo lesão ou ameaça a
direito.
Alternativas:
a) São admissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.
b) As presidiárias não podem permanecer com seus filhos para amamentá-los
no cumprimento da pena.
c) Não haverá pena de morte, exceto em caso de guerra declarada, nos termos
do art. 84, XIX, da CF/88.
d) Haverá pena de trabalho forçado.
e) Não é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral.
415
Alternativas:
a) a prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena
de detenção, nos termos da lei.
b) as associações somente poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter
suas atividades suspensas por decisão judicial transitada em julgado.
c) no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se
houver dano
d) é assegurada, nos termos da lei, a proteção às participações individuais em
obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, exceto nas atividades
desportivas.
e) são gratuitas as ações de habeas corpus, habeas data e mandado de
segurança, bem como, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da
cidadania.
Alternativas:
a) Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis
ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
b) Brasileiros naturalizados não podem ser extraditados, em caso de crimes
comuns praticados antes da naturalização, ou da comprovação em envolvimento
em tráfico ilícito de entorpecentes ou drogas afins, na forma da lei.
c) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém, sob nenhuma hipótese,
podendo nela entrar sem o consentimento do morador.
d) Ainda que reconhecidamente pobre, a certidão de óbito será cobrada, na
forma da lei.
e) Será concedida a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.
416
8. Acerca do enfrentamento ao preconceito e da promoção da igualdade, julgue
o próximo item.
O crime de racismo, em decorrência de seu caráter mais amplo, somente é
cometido quando seu sujeito ativo é constituído por coletividades ou pelo Estado.
Certo ( ) Errado ( )
A lei não pode prejudicar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a expectativa
de direito. Alternativas
Certo ( ) Errado ( )
417
hediondos, inafiançáveis e insuscetíveis de graça e anistia.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-A 7 - ERRADO
2-E 8 - ERRADO
3-B 9 - ERRADO
4-C 10 - CERTO
5-C 11 - ERRADO
6-A 12 - ERRADO
Remédios Constitucionais
Habeas Corpus
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – Art. 5. LXVIII – conceder-se-á habeas corpus
sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação
em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder
418
Nesse caso e concedido um salvo-conduto buscando prevenir a efetivação da
ameaça
FICA LIGADO!!!
• A pessoa jurídica pode ser apenas impetrante, porem jamais poderá ser
paciente, em virtude de sua natureza jurídica.
• O habeas corpus é gratuito, conforme consta no Art. 5°, LXXVII
“LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data,
e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.”
• O Habeas Corpus não pode ser apócrifo, ou seja, sem assinatura.
Legitimação Ativa
É a capacidade jurídica de alguém de impetrar um Habeas Corpus. Em outras
palavras, é a capacidade de ser autor em uma ação de Habeas Corpus.
Esta legitimação é a mais ampla possível, não se exigindo sequer que seja
assinado por um advogado
419
Habeas Corpus e Punições Disciplinares Militares
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – Art. 142, § 2°, da CF, proíbe a utilização do
Habeas Corpus em relação às punições disciplinares militares.
“§ 2 ° - Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares
militares.”
Habeas Data
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Previsto no Art. 5° – LXXII, o Habeas Data objetiva a proteção ao direito da
liberdade de informação.
Legitimação Ativa
O Habeas Data poderá ser impetrado por pessoa física ou jurídica, brasileira ou
estrangeira.
420
Legitimação Passiva
Poderão ser sujeitos passivos do Habeas Data ou responsáveis por entidades
governamentais, da administração pública direta e indireta. Além desses,
poderão ser sujeitos passivos também, as pessoas jurídicas privadas, desde que
tenham caráter público.
FICA LIGADO!!!
• Assim como o habeas corpus, o habeas data também é gratuito, conforme
consta no Art. 5°, LXXVII.
“ LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data,
e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. ”
• Só poderão ser conhecidas as informações do próprio impetrante.
• A petição inicial do Habeas Data deve ser sempre subscrita por um
advogado.
EXERCÍCIOS
Alternativas:
421
a) Mandado de segurança, mandado de injunção e ação popular.
b) Ação popular, reclamação e salvo conduto.
c) Salvo conduto, ação de inconstitucionalidade e habeas corpus.
d) Habeas corpus, arguição de direito fundamental e agravo mandamental.
e) Agravo mandamental, recurso de revista e mandado de segurança.
Alternativas:
a) Mandado de Segurança.
b) Mandado de Injunção.
c) Direito de Petição.
d) Habeas Corpus.
e) Habeas Data
Alternativas:
a) habeas data.
b) habeas corpus.
c) mandado de segurança.
422
d) mandado de injunção.
e) recurso especial.
423
Gabarito
1 - CERTO 6 - ERRADO
2-C 7 - ERRADO
3-A 8 - CERTO
4-A 9 - ERRADO
5-B 10 - CERTO
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Mandado de Injunção
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – Art. 5. LXXI – conceder-se-á mandado de
injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável, o exercício
dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade à soberania e à cidadania
Competência
É de competência do STF processar e julgar, originalmente, o mandado de
injunção, sempre que a norma regulamentadora for atribuição do Presidente da
República do Congresso Nacional, da Câmara Federal, do Senado Federal, da
Mesa de uma dessas Casas, do TCU, de um dos Tribunais Superiores, ou do
próprio STF.
424
As Justiças Estaduais também têm competência para julgar originalmente o
mandado de injunção conforme previsto nas Constituições Estaduais.
Efeitos da Decisão
Em relação à efetividade do mandado de injunção, há a possibilidade de adoção
pelo STF, de duas correntes doutrinarias, a saber:
Ação Popular
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – Art. 5. LXXIII – qualquer cidadão é parte legitima
para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou
de entidade de que o Estado participe, à modalidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus dá sucumbência.
425
Legitimação Ativa
Qualquer CIDADÃO pode propor ação popular.
Cidadão – o indivíduo que possui capacidade eleitoral ativa. A prova de
cidadania se faz com a apresentação do título do eleitor.
Legitimação Passiva
Deverão figurar no polo passivo:
• União, Estados, DF ou Municípios do qual emanou o ato lesivo;
• Autoridades, funcionários ou administradores que autorizaram,
aprovaram, ratificaram, praticaram ou se omitiram em relação a ato;
• Beneficiários diretos do ato.
FICA LIGADO!!!
• O Ministério Público não pode ajuizar ação popular, visto que essa é uma
prerrogativa apenas do cidadão. No entanto, em caso de abandono ou
omissão do autor, o MP poderá substitui-lo na ação. Nos demais casos o
MP atua como fiscal da lei.
• O autor de Ação Popular está isento do pagamento das custas judiciais
ou ônus dá sucumbência, salvo em caso de má fé.
• Não existe competência originaria para o julgamento da Ação Popular.
• A Ação Popular é regulada pela Lei n° 4.717/65
426
EXÉRCICIOS
Alternativas:
a) Mandado de segurança, mandado de injunção e ação popular.
b) Ação popular, reclamação e salvo conduto.
c) Salvo conduto, ação de inconstitucionalidade e habeas corpus.
d) Habeas corpus, arguição de direito fundamental e agravo mandamental.
e) Agravo mandamental, recurso de revista e mandado de segurança
Alternativas:
a) mandado de segurança, gratuitamente, ainda que não seja reconhecidamente
pobre, na forma da lei.
b) habeas data, gratuitamente, ainda que não seja reconhecidamente pobre, na
forma da lei.
c) mandado de injunção, não lhe sendo assegurada, contudo, gratuidade.
d) mandado de segurança, assegurada gratuidade desde que seja
reconhecidamente pobre, na forma da lei.
e) habeas data, assegurada gratuidade desde que seja reconhecidamente
pobre, na forma da lei.
427
Alternativas:
a) mandado de injunção.
b) mandado de segurança coletivo.
c) habeas data.
d) habeas corpus.
e) mandado de segurança individual.
Alternativas:
428
a) Mandado de Injunção.
b) Habeas Data.
c) Mandado de Segurança.
d) Ação Popular.
e) Reclamação.
Alternativas:
a) o mandado de segurança;
b) o mandado de injunção;
c) a reclamação constitucional;
d) o habeas data;
e) o direito de petição.
A decisão que concede mandado de injunção, em regra, gera efeitos ultra partes.
Certo ( ) Errado ( )
429
Entre os legitimados para a impetração do mandado de injunção, figura a pessoa
natural.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-A 6-B
2-B 7 - ERRADO
3-E 8 - CERTO
4-A 9 - CERTO
5-D 10 - CERTO
Remédios Constitucionais
Mandado de Segurança
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – Art. 5. LXIX – conceder-se-á mandado de
segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus
ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
Poder Público.
Direito líquido e certo – Direito certo é aquele que não necessita de mais
provas. O Mandado de Segurança não admite dilatação probatória.
430
Direito liquido é aquele que já tem seu valor definido. Não precisa de
averiguações para verificar a extensão econômica.
FICA LIGADO!!!
• O direito é sempre certo. O que podem ser duvidosos são os fatos
apresentados.
• O direito pode ser certo, mas não ser liquido.
Legitimidade Ativa
A legitimidade é do titular do direito líquido e certo. Seja pessoa física ou jurídica,
nacional ou estrangeiro, domiciliada ou não em nosso país.
Legitimidade Passiva
Só poderá figurar no polo passivo do Mandado de Segurança, a autoridade
pública ou agente de pessoa jurídica com atribuições do Poder Público.
FICA LIGADO!!!
O mandado de segurança possui prazo decadencial de 120 dias. Mandado de
Segurança Coletivo
XX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
431
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente
constituídas em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos
interesses de seus membros ou associados.
Objeto
O Mandado de Segurança tem por objeto a defesa dos mesmos direitos
amparados pelo Mandado de Segurança individual, porem direcionado à
coletividade.
432
EXERCÍCIOS
Alternativas:
a) O remédio constitucional que protege o direito de certidão é o mandado de
segurança.
b) O direito de obter certidão tem como finalidade a defesa de direitos e a defesa
contra ilegalidade ou abuso de poder.
c) O direito à obtenção de certidões tem como finalidades a defesa de direitos e
o esclarecimento de situações de interesse de terceiros.
d) O direito à obtenção de certidões em repartições públicas depende do
pagamento de taxas, pois trata-se de prerrogativa de todas as pessoas.
e) O remédio constitucional destinado a proteger o direito de certidão é o habeas
data.
Alternativas:
a) mandado de segurança, gratuitamente, ainda que não seja reconhecidamente
pobre, na forma da lei.
433
b) habeas data, gratuitamente, ainda que não seja reconhecidamente pobre, na
forma da lei.
c) mandado de injunção, não lhe sendo assegurada, contudo, gratuidade.
d) mandado de segurança, assegurada gratuidade desde que seja
reconhecidamente pobre, na forma da lei.
e) habeas data, assegurada gratuidade desde que seja reconhecidamente
pobre, na forma da lei.
Por entender que o indeferimento era incompatível com a ordem jurídica, Maria
solicitou que o seu advogado ajuizasse a ação constitucional cabível para que o
juízo competente determinasse a matrícula de seu filho na escola, Trata-se da
seguinte ação:
Alternativas:
a) habeas corpus;
b) habeas data;
c) mandado de segurança;
d) mandado de injunção;
e) mandado de educação.
Alternativas:
a) Mandado de Injunção.
434
b) Habeas Data.
c) Mandado de Segurança.
d) Ação Popular.
e) Reclamação.
Alternativas:
a) o mandado de segurança.
b) o mandado de injunção.
c) o direito de petição.
d) o habeas data.
e) a reclamação.
435
7. Acerca dos direitos e das garantias fundamentais, julgue o item subsequente.
É cabível mandado de segurança para proteger direito líquido e certo contra
ilegalidade praticada por diretor de sociedade de economia mista em decisão
que homologa o resultado de licitação ou em atos de gestão comercial.
Certo ( ) Errado ( )
10. A respeito das associações, julgue o item subsequente à luz das disposições
da CF.
A atuação das associações na defesa de seus associados em mandado de
segurança coletivo independe de autorização.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-A 6-D
2-B 7 - ERRADO
3-C 8 - ERRADO
4-D 9 - CERTO
5-B 10 - CERTO
436
SEGURANÇA PÚBLICA
437
Órgãos de Segurança Pública
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de
todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - a polícia federal;
II - policia rodoviária federal;
III - policia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital.
438
Polícia Rodoviária Federal e Polícia Ferroviária Federal
§ 2° A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela
União e estruturado em carreiras, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento
ostensivo das rodovias federeis.
§ 3° A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela
União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento
ostensivo das ferrovias federais.
439
EXERCÍCIO
Gabarito
1-D
2 - CERTO
3 - ERRADO
440
SEGURANÇA PÚBLICA
Polícia Civil
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem,
ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração
de infrações penais, exceto as militares. (grifo nosso).
Policial Penal
§ 5º - A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador do sistema penal
da unidade federativa a que pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos
penais.,
Polícia Militar
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem
pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em
lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.
As polícias militares bem como os corpos de bombeiros militares, subordinam-
se aos Governos dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, assim com
a Polícia Civil As Polícias Militares são forças auxiliares e reserva do exército
441
De acordo com o STF, a polícia militar poderá realizar flagrante ou participar de
apreensão determinada por ordem judicial, ainda que não seja polícia judiciária
Guardas Municipais
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção
de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
Segurança Viária
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:
442
I – compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de
outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à
mobilidade urbana eficiente; e
II – compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos
respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito,
estruturados em Carreira, na forma da lei.
443
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-E
2 - ERRADO
3 - ERRADO
444
DIREITO PENAL
445
FATO TÍPICO I
CONDUTA
INFRAÇÃO PENAL – Sistema Dicotômico. Se divide em:
446
FATO TÍPICO
CONDUTA
Antes de iniciar o estudo sobre a conduta, você precisa entender a diferença
entre sujeito ativo e passivo do crime:
SUJEITO ATIVO: aquele que pratica a ação ou omissão (autor)
SUJEITO PASSIVO: aquele que sofre a ação ou omissão (vítima)
FORMAS DE CONDUTA.
COMISSIVA: fazer
447
OMISSIVA: não fazer
Próprio – a lei prevê apenas um deixar de fazer do agente quando ele poderia
agir para evitar o resultado, não havendo uma caraterística própria do agente,
qualquer pessoa, naquela situação, poderia ser responsabilizada pelo crime.
Ex: omissão de socorro – art. 135, CP.
Impróprio - a lei prevê um deixar de fazer, agora quando existe a obrigação de
fazer.
Ex: salva vidas que não impede um afogamento – art. 13, § 2°, CP.
EXCLUDENTES DA CONDUTA
• COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL
• HIPINOSE/ SONAMBULISMO
• ATOS REFLEXOS
• CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR
EXERCÍCIOS
448
c) presente doença mental do agente da conduta.
d) presente coação física, seja resistível, seja irresistível.
e) presente embriaguez preordenada.
Gabarito
1-A
2-B
3-E
FATO TÍPICO II
CONDUTA
449
nesse caso, ele responde pelo crime de acordo com o seu dolo, mesmo que o
resultado tenha sido ocasionado por uma segunda conduta.
Ex: dou um tiro na vítima, acreditando que ela já estava morta, jogo o
corpo ao mar, no entanto, ela morre afogada, respondo pelo meu dolo,
morte pelos tiros.
450
CULPA IMPRÓPRIA: Ocorre nos casos de Erro Evitável quanto a Ilicitude do
fato, ou seja, o agente tem um dolo porque credita estar amparado por uma
excludente de ilicitude, apesar do dolo, ele responde pela culpa (art.20 §1°,
segunda parte do CP) – DESCRIMINANTE PUTATIVA - admite tentativa.
Ex: mato meu tio que entra bêbado na minha casa, achando ser um
ladrão.
ERRO DE TIPO
Há uma falsa percepção da realidade, o agente sabe que determinada conduta
é considerada crime, mas ele não tem consciência que está praticando essa
conduta, ou seja, o agente não sabe o que faz.
ERRO DE TIPO ESSENCIAL – Art. 20, CP: o agente tem uma falsa percepção
da realidade, o erro recai sobre elementares do tipo, devendo-se analisar se ele
poderia ou não evitar sua ocorrência.
ERRO SOBRE A PESSOA/IN PERSONA (art. 20, §3°, CP): o agente erra
quanto a vítima com a qual ele quer praticar a conduta criminosa, confunde, o
erro é irrelevante e ele responde pelo crime considerando as qualidades da
vítima pretendida (virtual);
451
RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO / ABERRATIO CRIMINIS (Art. 74,
CP): quando por erro na execução, sobrevém resultado diverso daquele
pretendido pelo agente, o agente responde a título de culpa se o fato é previsto
como crime culposo, se o correr também o resultado pretendido, o agente
responde pelos dois crimes em concurso formal (art.70, CP).
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-A
2-E
3-E
452
FATO TÍPICO III
RESULTADO
É quando o crime chega na fase de consumação (nem todos os crimes exigem
o resultado naturalístico para estarem consumados).
CRIMES MATERIAIS: exigem um resultado para a consumação.
Ex: homicídio
CRIMES FORMAIS: não exigem um resultado para a consumação, embora ele
possa ocorrer.
Ex: extorsão
CRIMES DE MERA CONDUTA: não existe um resultado naturalístico.
Ex: porte de arma
INTER CRIMINIS
Caminho imaginário do crime, se divide em:
• COGITAÇÃO: fase interna não punível, representação mental do agente
• PREPARAÇÃO: começa a adotar algumas medidas para a realização do
crime, só é punível se constituir crime autônomo
• EXECUÇÃO: início da conduta delituosa, é punível
• CONSUMAÇÃO: final da tentativa, o agente consegue realizar
completamente sua conduta, crime acabado, é punível
CONSUMAÇÃO
“Art. 14 - Diz-se o crime:
I – Consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição
legal”
453
TENTATIVA
“Art. 14 - Diz-se o crime:
II - Tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias
alheias à vontade do agente.
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a
pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços”
Observe que o crime tentado não é punido da mesma forma que o crime
consumado, pois o resultado naturalístico não chegou a ocorrer, temos a
aplicação da pena do crime consumado, com uma redução que varia de 1/3 a
2/3 – o quanto dessa redução fica a critério do juiz, que analisará a proximidade
da conduta ao resultado.
ESPÉCIES DE TENTATIVA
BRANCA/INCRUENTA: o objeto do crime não é atingido;
VERMELHA/CRUENTA: o objeto do crime é atingido;
PERFEITA/ACABADA: esgoto todos os meios necessários a consumação;
IMPERFEITA/INACABADA: o agente ainda não esgotou todos os meios para
a execução.
454
EXERCÍCIOS
3. A fim de garantir o sustento de sua família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs
piratas para posteriormente revende-los. Certo dia, enquanto expunha os
produtos para venda em determinada praça pública de uma cidade brasileira,
Pedro foi surpreendido por policiais, que apreenderam a mercadoria e o
conduziram coercitivamente até a delegacia.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Se a conduta de Pedro não se consumar em razão de circunstâncias alheias à
sua vontade, ele responderá pelo crime tentado, para o que está prevista a pena
correspondente ao crime consumado diminuída de um a dois terços.
Certo ( ) Errado ( )
455
Gabarito
1-C
2-E
3-C
FATO TÍPICO IV
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
“Art. 16. - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à
pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da
denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será
reduzida de um a dois terços.”
Diferentemente do art. 15, em que o agente só responderá pelos atos já
praticados, aqui, preenchidos os requisitos do arrependimento posterior, o
agente responderá pelo crime com uma redução de pena, observe que aqui, o
crime já está consumado, por isso não há de se falar em responsabilização
apenas dos atos já praticados.
Temos o que a doutrina chama de “ponte de prata” do direito penal, já que o
agente não pode ser beneficiado pela exclusão da tipicidade do crime.
CRIME IMPOSSÍVEL
“Art. 17. - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do
meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-
se o crime.”
456
No crime impossível, que também pode aparecer na sua prova com o nome de
tentativa inidônea, a ineficácia absoluta do meio ou a absoluta impropriedade
do objeto devem ser “absolutas”, ou seja, não pode haver a mínima possibilidade
de o crime chegar a consumação.
O Código Penal adota como teoria a: TEORIA OBJETIVA DA PUNIBILIDADE
DO CRIME IMPOSSÍVEL, em que há a impossibilidade de punição da tentativa
inidônea, tornando a conduta atípica.
EXERCÍCIOS
2. O arrependimento eficaz
a) configura-se quando a execução do crime é interrompida pela vontade do
agente.
b) dá-se após a execução, mas antes da consumação do crime.
c) decorre da interrupção casuística do iter criminis.
457
d) é causa inominada de exclusão da ilicitude.
e) exige que a manifestação do autor do crime seja posterior à consumação do
delito.
Gabarito
1-C
2-B
3-E
FATO TÍPICO V
NEXO CAUSAL
“Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é
imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão
sem a qual o resultado não teria ocorrido.”
O nexo causal é o elo entre a conduta do agente e o resultado. Ausente esse
componente, não teremos crime. Existem algumas teorias que buscam explicar
a causa, são elas:
458
Causa, é toda conduta sem a qual o resultado não teria ocorrido. Para saber o
que seria causa, é necessário retirar a conduta e observar se mesmo assim o
resultado teria ocorrido, é o chamado “MÉTODO DE THYRÉN”. Se analisada
apenas por esse método, teríamos uma regressão infinita do que seria causa,
para eliminar essa hipótese de regressão infinita, torna-se necessário a análise
do dolo, agregando-se a essa teria, tem-se a CAUSALIDADE OBJETIVA.
459
PREEXISTENTE: a conduta que produziu o resultado foi anterior a conduta do
agente
TIPICIDADE
• FORMAL: Adequação da conduta do agente à norma;
• MATERIAL: Lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico.
460
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-E
2-C
3-E
461
ILICITUDE/ANTIJURIDICIDADE I
ILICITUDE
Art. 23- Não há crime quando o agente pratica o fato:
I- Em estado de necessidade;
II- Em legítima defesa;
III- Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Parágrafo único- O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá
pelo excesso doloso ou culposo.
Segundo elemento do crime, a ilicitude é a contrariedade entre a conduta do
agente e o ordenamento jurídico. Passamos a analisar da ilicitude após a análise
do fato típico.
Observe que, a ação do agente tem que ser necessária e suficiente para reprimir
a conduta injusta, seu excesso será punido.
462
EST ADO DE NECESSIDADE
“Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para
salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de
outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 1º- Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de
enfrentar o perigo.
§ 2º- Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena
poderá ser reduzida de um a dois terços.”
Estado justificante – o bem protegido deve ser maior ou igual ao bem sacrificado,
caso contrário, haverá a redução de pena prevista no § 2º.
A teoria adotada pelo estado de necessidade foi a TEORIA UNITÁRIA
TEORIA UNITÁRIA: O bem protegido deve ser igual ou maior que o sacrificado.
TEORIA UNITÁRIA
463
1. Sobre as excludentes de ilicitude previstas no Código Penal, é correto afirmar:
a) Quem exerce função de guarda ou vigilância privada não pode alegar legítima
defesa.
b) Quem tem o dever legal de enfrentar o perigo não pode alegar estado de
necessidade.
c) O excesso culposo não é punível no exercício regular de direito.
d) Não é possível alegar legítima defesa se houver alternativa mais cômoda
(commodus discessus).
e) O vigilante que repele injusta agressão, atual ou iminente, age em estrito
cumprimento do dever legal.
Gabarito
1-B
2-E
3-C
464
ILICITUDE/ANTIJURIDICIDADE II
ILICITUDE
LEGÍTIMA DEFESA
“Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente
dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a
direito seu ou de outrem.”
Parágrafo único: observados os requisitos previstos no caput desse
artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de segurança
pública que repele agressão ou risco da agressão a vítima mantida refém
durante a prática de crime
(Lei 13.964/2019)
465
USO MODERADO DOS MEIOS: se não for moderado, estarei diante do
excesso, que pode ser punido a título de dolo ou de culpa. STF entende pela
mitigação.
EXERCÍCIOS
1. Bruna é atacada a tiros desferidos por arma de fogo por Otávio, que não logra
acertar os dois primeiros tiros.
Antes de desfechar o terceiro tiro, Bruna saca de arma que carrega em sua bolsa
com autorização legal e vem a atingir Otávio, que veio a óbito. Nesse caso, pode
ser assentado que ficou caracterizado, nos termos do Código Penal, por parte
de Bruna:
466
a) exercício regular de direito
b) estado de necessidade
c) arrependimento eficaz
d) legitima defesa
Gabarito
1-D
2-E
3-E
467
ILICITUDE/ANTIJURIDICIDADE III:
ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL E
EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO
O “DEVER LEGAL”, deve ser entendido de forma ampla, como uma obrigação
que deriva de uma lei em sentido genérico ou de atos administrativos de
caráter geral. Esse dever legal, não precisa ter conteúdo penal.
468
CRIME CULPOSO – essa descriminante é incompatível com os crimes culposos.
EXCESSO – O excesso doloso ou culposo será punido.
CONCURSO DE PESSOAS – estende-se aos coautores e partícipes, o crime é
excluído em relação a todos.
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-A
2-E
3-E
469
CULPABILIDADE I
ELEMENTOS EXCLUDENTES
Embriaguez
Doença mental
470
IMPUTABILIDADE
Quando tratamos de imputabilidade, a teoria adotada pelo código penal é a
TEORIA BIOPSICOLÓGICA, além de analisar o biológico, ou seja, a idade da
vítima, devo analisar seu psicológico, a plena capacidade de entender o caráter
ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento.
MENORIDADE
“Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis,
ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.”
Exceção a adoção da regra da teoria Biopsicológica, quando tratamos da
menoridade, o Código Penal adota a teoria BIOLÓGICA, ou seja, não
interessa, para análise da imputabilidade, se o agente tinha o potencial
conhecimento sobre seus atos, sendo ele menor de 18 anos, sempre será
considerado inimputável.
EMBRIAGUEZ
“Art.28- Não excluem a imputabilidade penal
II- A embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos
análogos.
§ 1º- É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de
caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento.
§ 2º- A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por
embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao
tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito
do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.”
471
NÃO ACIDENTAL
O agente se embriaga para cometer O agente só queria ficar bêbado, não O agente não queria ficar bêbado,
o crime. tinha nenhum dolo específico. porém, bebeu demais.
Aumento de pena: art. 61, I, CP
ACID ENTAL
FORTUITA PATOLÓGICA
DOENÇA MENTAL
“Art. 26- É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.
Parágrafo único- A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em
virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental
incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito
do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento”
Devo fazer a análise com base no caso concreto, se o crime foi cometido em um
momento de lucidez, a culpabilidade não será afastada.
As consequências para uma pessoa que comete o crime e possui doença mental
são as seguintes:
472
EXERCÍCIOS
2. Pessoas doentes mentais, que tenham dezoito ou mais anos de idade, mesmo
que sejam inteiramente incapazes de entender o caráter ilícito da conduta
criminosa ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, são
penalmente imputáveis.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-D
2-E
3-C
473
CULPABILIDADE II
EXERCÍCIOS
474
a) erro de tipo.
b) excludente de ilicitude.
c) arrependimento posterior.
d) erro de proibição.
e) crime impossível.
2. Antony, estrangeiro que reside no Brasil há dois meses, inicia em seu quintal
uma plantação de maconha, com a intenção de utilizar aquele material para fins
medicinais, já que sua doença respiratória melhora com o uso da droga. Ao
tomar conhecimento de que seu vizinho, João, possui a mesma doença, decide
transportar o material até a residência de João, mas vem a ser abordado por
policiais civis. Após denúncia pela prática do crime de tráfico, durante seu
interrogatório, Antony esclarece que tinha conhecimento de que transportar
maconha no Brasil era crime, mas acreditava na licitude de sua conduta diante
da intenção de utilizar o material para fins medicinais, esclarecendo, ainda, que
essa conduta seria válida em seu país de origem.
Com base apenas nas informações expostas, Antony agiu:
a) em erro de proibição, podendo gerar reconhecimento de causa de redução de
pena ou afastamento da culpabilidade;
b) em erro de tipo, o que gera o reconhecimento de causa de diminuição de
pena;
c) com desconhecimento da lei, o que não afasta a culpabilidade; D) em erro de
proibição, afastando a tipicidade da conduta;
d) em erro de tipo, afastando a tipicidade da conduta.
Gabarito
1-A
2-A
3-C
475
CULPABILIDADE III
EXERCÍCIOS
1. De acordo com o Código Penal, aquele que pratica o fato em estrita obediência
a ordem não manifestamente ilegal de superior hierárquico
a) responde criminalmente como partícipe de menor importância.
b) não comete crime, pois tem a ilicitude de sua conduta afastada.
c) não é punido criminalmente.
476
d) responde criminalmente como partícipe.
e) responde criminalmente como coautor.
Gabarito
1-C
2-B
3-C
4-E
477
CONCURSO DE PESSOAS
478
Quanto as modalidades de concurso de pessoas, existem algumas
diferenciações de extrema importância para a sua prova, observe:
AUTORIA - Algumas teorias dever ser estabelecidas sobre o que seria autoria:
Teoria Objetivo Formal/ Objetiva/ Restritiva/ Dualista: AUTOR é quem realiza
o núcleo do tipo, PARTÍCIPE é quem concorre para o crime sem realizar o núcleo
do tipo. Adotada pelo CP, porém, deve ser completada pela Teoria da Autoria
Mediata.
Teoria Objetivo Material: AUTOR é quem presta uma contribuição mais
relevante para a consumação do fato, PARTÍCIPE é aquele que contribui de
forma menos relevante. 👉Teoria Extensiva: não distingue autor e partícipe.
Teoria do Domínio do Fato/ Teoria objetivo-subjetiva: AUTOR é aquele que
detém o controle sobre o fato, mesmo sem realizar diretamente o núcleo do tipo,
PARTÍCIPE é quem concorre para o cometimento do crime, porém, sem deter o
domínio do fato e sem realizar o núcleo do tipo.
Quanto a participação, observe as regras estabelecidas pelo próprio art. 29, CP:
PARTICIPAÇÃO DE MENOR IMPORTÂNCIA: Pena reduzida: - 1/6 a 1/3
PARTICIPAÇÃO DE CRIME MENOS GRAVE: Aplicada a pena deste!
No caso de ser previsível o resultado mais gravoso – a pena será aumentada
de metade.
COMUNICABILIDADE
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal,
salvo quando elementares do crime.
Elementar é tudo aquilo que é fundamental para a tipificação da conduta, cuja
ausência pode provocar uma atipicidade absoluta ou uma desclassificação para
outro crime.
Se existem circunstâncias pessoais, elas só serão transmitidas a outra pessoa
(concurso de pessoas) se forem elementares do crime
479
CASOS DE IMPUTABILIDADE
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição
expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a
ser tentado.
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-E
2-C
3-C
480
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
DETRAÇÃO PENAL
Art. 42- Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de
segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão
administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no
artigo anterior
Não cabe detração em pena de multa, pois esta não pode ser convertida em
pena privativa de liberdade.
Nem para medidas cautelares diversas da prisão.
REGIME PENITENCIÁRIO
FECHADO: Estabelecimento de segurança máxima ou média.
SEMIABERTO: Colônia agrícola, Industrial ou estabelecimento similar.
ABERTO: Casa de Albergado ou estabelecimento adequado.
481
Súmula 269 STJ: “É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos
reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as
circunstâncias judicias.”
CUIDADO!!! Aqui, o regime inicial não será o fechado, mas nada impede que o
indivíduo passe a esse regime por uma regressão.
482
EXAME CRIMINOLÓGICO - Será submetido, no início do cumprimento de pena
pana classificação e individualização
TRABALHO - período diurno.
ISOLAMENTO - período noturno
O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, nas conformidades das
aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis com a
execução da pena.
TRABALHO EXTERNO - admissível, em serviços ou obras públicas.
483
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-D
2-C
3-E
484
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
485
ROL DAS PRDs – Art. 43, CP.
Art. 43. As penas restritivas de direitos são:
I - prestação pecuniária;
II - perda de bens e valores;
III - limitação de fim de semana.
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas;
V - interdição temporária de direitos;
VI - limitação de fim de semana.
EXERCÍCIOS
486
e) penas privativas de até 2 (dois) anos em regime aberto podem ser substituídas
por uma multa ou por uma pena restritiva de direitos.
Gabarito
1-D
2-B
3-E
487
PENA DE MULTA
SÚMULA 693, STF: Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a
pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena
pecuniária seja a única cominada.
488
EXECUÇÃO DA PENA DE MULTA
Art. 51 -Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será executada
perante o juiz da execução penal e será considerada dívida de valor, aplicáveis
as normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne
às causas interruptivas e suspensivas da prescrição. (Redação dada pela Lei
nº 13.964, de 2019)
Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida
de valor, aplicando-se-lhe as normas da legislação relativa à dívida ativa da
Fazenda Pública, inclusive em relação às causas interruptivas e suspensivas da
prescrição, não se permitindo a conversão de pena de multa em detenção
pela ausência de pagamento.
EXERCÍCIOS
489
2. A prescrição da pena de multa ocorrerá em 3 anos, quando a multa for a única
cominada ou aplicada
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-B
2-E
3-E
CONCURSO DE CRIMES
490
§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado
cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente
as demais.”
491
O sistema de Exasperação não poderá ser mais prejudicial ao réu do que o
sistema de Cúmulo Material, quando isso ocorrer, usarei o cúmulo material e o
denominarei de SISTEMA DE CÚMULO MATERIAL BENÉFICO.
492
Em todos os casos, o sistema adotado é o SISTEMA DA EXASPERAÇÃO, a
distinção será relacionada ao quantum de aumento de pena.
EXERCÍCIOS
3. No concurso formal, caso o agente tenha praticado dois crimes mediante uma
ação dolosa, devem-se aplicar cumulativamente as penas se os crimes
concorrentes resultarem de desígnios autônomos.
Certo ( ) Errado ( )
493
Gabarito
1-A
2-D
3-C
494
lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente
favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas
seguintes condições, aplicadas cumulativamente:
a) proibição de frequentar determinados lugares;
b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz;
c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar
e justificar suas atividades.
Nesse caso, necessito que a pena imposta não seja superior a 2 anos, período
de provas estabelecido entre 2 a 4 anos, reparado o dano, salvo a
impossibilidade de fazê-lo, e presentes as circunstâncias do art. 59 de forma
totalmente favoráveis.
Revogação facultativa
§ 1º- A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer
outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou
por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos.
495
3º- Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés de decretá-la, prorrogar
o período de prova até o máximo, se este não foi o fixado.
EXERCÍCIOS
496
Gabarito
1-B
2-C
3-C
LIVRAMENTO CONDICIONAL
497
liberado não voltará a delinquir.
REQUISITOS OBJETIVOS:
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE IGUAL OU SUPERIOR A 2 ANOS;
TER REPARADO O DANO (salvo impossibilidade)
TER CUMPRIDO:
+ 1/3 DA PENA – Não reincidente em crime doloso ou portador de bons
antecedentes;
+1/2 DA PENA – Se for reincidente
+2/3 DA PENA – Tratando-se de crime hediondo ou equiparado, tráfico de
pessoas, desde que o agente não seja reincidente específico em crime desta
natureza
REQUISITOS SUBJETIVOS:
• bom comportamento durante a execução da pena;
• tenha aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho
honesto;
• bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído;
• nos crimes previstos na lei de crimes hediondos, não seja reincidente
específico
498
mínimo, o art. 84 autoriza as somas das infrações diversas, mesmo que
aplicadas em processos distintos.
REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA – Art. 86, CP
Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena
privativa de liberdade, em sentença irrecorrível:
I - por crime cometido durante a vigência do benefício;
II - por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste Código
EXERCÍCIOS
499
c) Revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e, salvo
quando a revogação resulta de condenação por outro crime anterior àquele
benefício, não se desconta na pena o tempo em que esteve solto o condenado.
d) O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a
sentença em processo a que responde o liberado, por crime cometido na
vigência do livramento.
Gabarito
1-A
2-C
3-C
500
MEDIDA DE SEGURANÇA
501
SISTEMA VICARIANTE: a medida de segurança não poderá ser aplicada ao
mesmo tempo com a pena privativa de liberdade.
SÚMULA 527, STJ: "O tempo de duração da medida de segurança não deve
ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito
praticado."
Para evitar a prisão perpétua, o STF entende ainda que deve ser obedecido o
limite estabelecido no art. 75, CP, ou seja, de 40 anos.
502
EXERCÍCIOS
503
Gabarito
1-D
2-A
3-C
504
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO – Art. 121, § 1º, CP
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social
ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta
provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
505
Pena - reclusão, de doze a trinta anos
§ 2°-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o
crime envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - Violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - Menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº
13.104, de 2015)
506
• Contra pessoa menor de 14 anos ou maios de 60 anos
• Contra pessoa deficiente ou portador de doença degenerativa
• Na presença de ascendente ou descendente
• Em descumprimento de medida protetiva e urgência.
HOMICÍDIO QUALIFICADO-PRIVILEGIADO!
➢ É possível desde que a qualificadora seja de ordem objetiva, ou seja,
quanto aos meios e modos de execução. O privilegio afasta a hediondez.
507
AUMENTO DE PENA
508
ELEMENTO SUBJETIVO: Dolo
AÇÃO PENAL – Pública Incondicionada
EXERCÍCIOS
1. Assinale, dentre as alternativas a seguir, a única que NÃO majora de 1/3 até
a metade a pena para o autor do delito de feminicídio.
a) Praticar o crime nos 5 meses posteriores ao parto.
b) Praticar o crime contra pessoa menor de 14 anos.
c) Praticar o crime contra pessoa com deficiência.
d) Praticar o crime na presença física ou virtual de descendente ou de
ascendente da vítima
e) Praticar o crime contra pessoa maior de 60 anos.
3 - Considere que uma mulher, logo após o parto, sob a influência do estado
puerperal, estrangule seu próprio filho e acredite tê-lo matado. Entretanto, o
laudo pericial constatou que, antes da ação da mãe, a criança já estava morta
em decorrência de parada cardíaca. Nessa situação, a mãe responderá pelo
crime de homicídio, com a atenuante de ter agido sob a influência do estado
puerperal.
Certo ( ) Errado ( )
509
Gabarito
1-A
2-D
3-E
IMPORTANTE!!! NOVIDADE...
A primeira alteração operada, no preceito primário, foi a inclusão da figura da
participação em automutilação. Isto é, também passa a ser típica a conduta de
instigar, induzir ou auxiliar alguém a praticar a automutilação, anteriormente, não
havia essa previsão de forma expressa.
510
§2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte: Pena -
reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
511
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14
(quatorze) anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a
prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência,
responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste
Código.”
512
executórios, responderá pelo art. 126, CP. Exceção pluralista a teoria monista
do concurso de pessoas.
513
ABORTO PERMITIDO – art. 128, CP
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico Aborto necessário
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; Aborto no caso de gravidez
resultante de estupro
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da
gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.
EXERCÍCIOS
1. Ana, após realizar exame médico, descobriu estar grávida. Estando convicta
de que a gravidez se deu em decorrência da prática de relação sexual
extraconjugal que manteve com Pedro, seu colega de faculdade, e temendo por
seu matrimônio decidiu por si só que iria praticar um aborto. A jovem comunicou
a Pedro que estava grávida e pretendia realizar um aborto em uma clínica
clandestina. Pedro, por sua vez, procurou Robson, colega que cursava medicina,
e o convenceu a praticar o aborto em Ana. Assim, alguns dias depois de
combinar com Pedro, Robson encontrou Ana e realizou o procedimento de
aborto.
Sobre a questão apresentada, é correto afirmar que a conduta de Ana se amolda
ao crime previsto no
a) art. 124, segunda parte, do Código Penal (consentimento para o aborto).
Robson, por sua vez, tem sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 126,
do Código Penal (aborto provocado por terceiro com consentimento). Já Pedro
responderá como partícipe no crime de Robson.
b) art. 124, segunda parte, do Código Penal (consentimento para o aborto).
Robson, por sua vez, tem sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 124,
segunda parte, do Código Penal. Já Pedro responderá como partícipe no crime
de Ana.
514
c) art. 125, segunda parte, do Código Penal (consentimento para o aborto).
Robson, por sua vez, tem sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 124
do Código Penal (aborto provocado por terceiro sem consentimento). Já Pedro
responderá como partícipe no crime de Robson.
d) art. 124, primeira parte, do Código Penal (autoaborto). Robson, por sua vez,
tem sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 126 do Código Penal
(aborto provocado por terceiro com consentimento). Já Pedro responderá como
partícipe no crime de Ana.
e) art. 126, primeira parte, do Código Penal (autoaborto). Robson, por sua vez,
tem sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 124 do Código Penal
(aborto provocado por terceiro com consentimento). Já Pedro responderá como
participe no crime de Ana.
3. José, inconformado com o fato de sua irmã Marta ter engravidado, e temendo
“falatórios”, decide entregar a ela um copo de suco contendo substância abortiva,
ao ingerir a bebida, Marta passa mal e acaba perdendo a criança. Nesse caso,
José praticou o crime de aborto provocado por terceiro, previsto no art. 125, CP
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-A
2-E
3-C
4-E
515
DAS LESÕES CORPORAIS
Possui conceito residual, feito por exclusão, sempre que a lesão não se
enquadrar em nenhuma das modalidades do art. 129, será simples.
É um crime de menor potencial ofensivo.
516
LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA – Art. 129, §2°, CP.
§ 2º Se resulta:
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos
517
Ação Penal Pública Incondicionada
Crime Hediondo???
A lesão corporal seguida de morte será considerada como CRIME
HEDIONDO quando praticada contra autoridades ou agentes descritos nos arts.
142 e 144, CF, Integrantes do Sistema Prisional e da Força Nacional de
Segurança Pública, no exercício da função ou em razão dela, ou contra o seu
cônjuge ou companheiro, ou parentes consanguíneos até o 3° grau.
518
Configura-se quando a lesão é praticada contra:
519
PERDÃO JUDICIAL – Art. 129, §8°, CP
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121, CP
EM RAZÃO DA FUNÇÃO
• CÔNJUGE/COMPANHEIRO
• PARENTES CONSANGUINEOS ATÉ O 3° GRAU
No Homicídio é qualificadora
Na Lesão Corporal é causa de aumento de pena
Sendo a lesão, grave, gravíssima ou seguida de morte, será CRIME HEDIONDO.
§ 7º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos
§§ 4º e 6º do art. 121 deste Código
520
Casos de majorantes genéricas aplicadas às lesões culposas e dolosas
EXERCÍCIOS
521
3. Fernando trabalhava em um circo como atirador de facas. Em uma de suas
apresentações, deveria atirar uma faca em uma maçã localizada em cima da
cabeça de Mércia. Acreditando sinceramente que não lesionaria Mércia, em face
de sua habilidade profissional, atirou a faca. Com tal conduta, lesionou
levemente o rosto da vítima, errando o alvo inicial. Nessa situação, Fernando
praticou lesão corporal dolosa de natureza leve, na modalidade dolo eventual.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-C
2-E
3-E
522
CONSUMAÇÃO: conhecimento da falsa imputação por terceira pessoa
TENTATIVA: doutrina entende ser cabível de forma escrita
CONDUTA EQUIPARADA: quem sabe que a acusação é falsa, propala ou
divulga
CALÚNIA CONTRA OS MORTOS: o sujeito passivo é a família
Ofende a HONRA OBJETIVA
523
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou
pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente
à violência.
§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia,
religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
Pena - reclusão de um a três anos e multa
524
INJÚRIA RACIAL/PRECONCEITUOSA– Art. 140, §3°, CP
§3º- Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia,
religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
Pena - reclusão de um a três anos e multa.
✓ RAÇA
✓ COR
✓ ETNIA
✓ RELIGIÃO
✓ ORIGEM
✓ PESSOA IDOSA
✓ PESSOA DEFICIENTE
525
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando
inequívoca a intenção de injuriar ou difamar;
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou
informação que preste no cumprimento de dever do ofício.
Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela injúria ou pela
difamação quem lhe dá publicidade.
526
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-E
2-A
3-E
527
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
528
ELEMENTO SUBJETIVO: dolo, não existe uma finalidade específica
CONSUMAÇÃO: com a privação da liberdade da vítima, que durará durante
determinado período de tempo, até a cessação.
ADMITE-SE A TENTATIVA
AÇÃO PENAL: Pública Incondicionada
529
SÚMULA 711, STF: A lei penal mais grave aplicasse aos crimes permanentes e
continuados se a sua vigência é anterior a cessação da permanência ou da
continuidade.
A prescrição começa a correr do dia em que cessou a permanência, e não do
início do sequestro (art. 111, III, CP)
O que é casa???
§ 4º- A expressão "casa" compreende:
I - Qualquer compartimento habitado;
II - Aposento ocupado de habitação coletiva;
III - Compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou
atividade.
Casa não é apenas aquele local que o indivíduo estabelece sua residência.
530
O que não posso considerar como casa???
§ 5º- Não se compreendem na expressão "casa":
I - Hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta,
salvo a restrição do n.º II do parágrafo anterior;
II - Taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.
QUALIFICADORAS – Art.150, § 1º CP
§ 1º- Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego
de violência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à
violência.
Não podemos estabelecer uma hora em exatidão para o que seria considerado
noite, tudo se faz com análise do caso concreto.
531
EXERCÍCIOS
532
Gabarito
1-A
2-C
3-B
4-C
533
AUMENTO DE PENA – Art. 155, §1°, CP
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso
noturno
534
FIGURA EQUIPARADA – Art. 155, §3°, CP
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha
valor econômico.
Única modalidade de furto que configura crime permanente.
Para o STJ, não posso dar a essa modalidade de crime, o mesmo tratamento
referente ao inadimplemento tributário, ou seja, mesmo havendo o pagamento
antes do recebimento da denúncia, não ensejará a extinção da punibilidade,
podendo, no entanto, ser analisado no arrependimento posterior.
TV A CABO – STF – fato atípico, não é energia, não pode ser objeto do crime
de furto. STJ – fato atípico, não pode ser equiparado a energia elétrica. Fato
típico, pode ser equiparado a energia elétrica. Para a sua prova, considere a
atipicidade do fato.
FURTO DE USO – fato atípico – o agente não tem o dolo de ter a coisa para si,
porém, a coisa furtada tem que ser devolvida no mesmo estado de conservação,
não posso aplicar a bens consumíveis.
535
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas
536
Denominado abigeato, o animal tem que ser domesticável e de produção, ou
seja, aqueles destinados a abate, não entram animais domésticos.
537
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
538
ESTORSÃO QUALIFICADA PELA RESTRIÇÃO DE LIBERDADE DA VÍTIMA–
Art. 158, §3°, CP
§ 3º Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa
condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de
reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal
grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2º e 3º,
respectivamente.
É o denominado SEQUESTRO RELÂMPAGO!
Aqui, é necessária a participação da vítima para se alcançar a vantagem
indevida.
EXERCÍCIOS
539
d) furto qualificado.
e) extorsão indireta.
3. O crime de furto de coisa comum, previsto no Art. 165, CP, é de ação pública
incondicionada a representação.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-D
2-C
3-E
540
Não existe a figura do ROUBO PRIVILEGIADO!
541
III - Se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal
circunstância.
IV - Se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para
outro Estado ou para o exterior;
V - Se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade
VI - Se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta
ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído
pela Lei nº 13.654, de 2018)
VII - Se a violência ou grave ameaça é exercida com o emprego de arma branca.
(Incluído pela Lei nº 13. 964, de 2019)
542
I - Lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e
multa; (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
II - Morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, e multa. (Incluído
pela Lei nº 13.654, de 2018)
O resultado que agrava o crime pode ser cometido tanto a título de dolo como
de culpa, porém, a violência usada para se alcançar o resultado deve ser
necessariamente dolosa.
Não posso aplicar as majorantes dos §§2° e 2°- A.
Tenho que ter a finalidade especial de obter qualquer vantagem como condição
ou preço do resgate.
543
EXTORSÃO QUALIFICADA Art. 159, §1°, CP
§ 1° Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado
é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é
cometido por bando ou quadrilha.
Pena - reclusão, de doze a vinte anos.
544
EXERCÍCIOS
Gabarito
01 - E
02 - E
03 - C
545
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO III
COISA ABANDONADA
COISA SEM DONO
546
ELEMENTO SUBJETIVO: dolo
CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO
ADMITE TENTATIVA
AÇÃO PRIVADA - Art.167, CP.
EXERCÍCIOS
547
2. Considerando o que dispõe o Código Penal, o crime de dano é qualificado se
cometido
a) durante o repouso noturno.
b) mediante concurso de duas ou mais pessoas.
c) com destreza.
d) com escalada.
e) por motivo egoístico.
4. Considere que determinada pessoa, indignada por não ter resolvido uma
questão particular em órgão público da União, destrua o balcão de recepção do
referido órgão. Nessa situação, a conduta do agente classifica-se como dano
qualificado, para o qual é prevista multa e pena de detenção de seis meses a
três anos.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1-D
2-E
3-E
4-C
548
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO IV
549
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa
550
Não cabe outra interpretação a não ser a de que o adimplemento do débito
tributário, a qualquer tempo, é causa extintiva da punibilidade (HC 362,478/SP,
rel. Min. Jorge Mussi DJe 20/09/2017)
551
CRIME COMUM: Qualquer pessoa pode ser o sujeito ativo
CRIME MATERIAL: A consumação ocorre com a apropriação da coisa alheia
ELEMENTO SUBJETIVO: dolo
CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO
ADMITE TENTATIVA
552
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-A
2-C
3-C
553
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO V
O sujeito ativo usa de uma fraude para ludibriar uma pessoa, induzindo-a em
erro, ou mantendo em erro quem já se encontra, para obter uma vantagem ilícita.
CRIME COMUM: qualquer pessoa pode ser o sujeito ativo do crime.
CRIME MATERIAL: é necessário a obtenção da vantagem indevida
ELEMENTO SUBJETIVO: dolo
NÃO É CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO
ADMITE TENTATIVA
AÇÃO PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO
Nossa jurisprudência entende como sendo coisa de pequeno valor, aquela que
não ultrapassa um salário mínimo. Nesse caso, o juiz poderá:
SUBSTITUIR A PENA DE RECLUSÃO PENA DE DETENÇÃO;
REDUZI-LA DE 1/3 A 2/3;
APLICAR SOMENTE A PENA DE MULTA
554
CONDUTAS EQUIPARADAS– Art. 171, §2º CP
Disposição de coisa alheia como própria
I - Vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia
como própria;
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria
II - Vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável,
gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante
pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias;
Defraudação de penhor
III - Defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo,
a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado;
Fraude na entrega de coisa
IV - Defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar
a alguém;
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro
V - Destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo
ou a saúde, ou agrava as consequências da lesão ou doença, com o intuito de
haver indenização ou valor de seguro;
Fraude no pagamento por meio de cheque
VI - Emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou
lhe frustra o pagamento.
555
AÇÃO PENAL – Art. 171, §5º CP
§ 5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for: (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - A Administração Pública, direta ou indireta; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
II - Criança ou adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - Pessoa com deficiência mental; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
IV - Maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)
EXERCÍCIOS
1. Hugo estava em via pública com seu currículo na mão, considerando o fato de
estar desempregado. Ao observar aquela situação, Carlos apresentou-se como
funcionário da sociedade empresária que funcionava naquela rua e afirmou que
teria um emprego para oferecer a Hugo. Para isso, Hugo precisaria inicialmente
apresentar seus documentos. Posteriormente, Carlos solicitou que Hugo lhe
entregasse seu aparelho de telefonia celular, afirmando que iria ao interior do
estabelecimento comercial para registrar o wi-fi no aparelho. Hugo, então,
entregou a Carlos seu celular e permitiu que ele fosse ao estabelecimento,
combinando de aguardá-lo em via pública. Uma hora depois, entendendo que
Carlos estava demorando, Hugo o procurou no estabelecimento, descobrindo
que, na verdade, Carlos nunca trabalhara no local e que deixara a localidade na
posse do seu telefone assim que o recebeu.
Os fatos são informados ao Ministério Público.
Com base apenas nas informações expostas, a conduta de Carlos condiz com a
figura típica do crime de:
a) apropriação indébita majorada em razão do ofício, emprego ou profissão;
b) furto qualificado pelo emprego de fraude;
c) apropriação indébita simples;
d) furto simples;
e) estelionato.
556
2. Para a caracterização do estelionato, é necessário haver o emprego de fraude,
a provocação ou a manutenção em erro, a vantagem ilícita e a lesão patrimonial
de outrem
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-E
2-C
3-E
4-E
557
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO VI
558
Aqui, eu tenho a figura de um CRIME PRÓPRIO, ou seja, somente pode ser
sujeito ativo deste crime, o comerciante ou industrial.
O § 2º traz a figura de uma NORMA PENAL EXPLICATIVA.
559
QUALIFICADAS – Art. 180, §6º, CP
§ 6º -Tratando-se de bens do patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal,
de Município ou de autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de
economia mista ou empresa concessionária de serviços públicos, aplica-se em
dobro a pena prevista no caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.531,
de 2017)
Aplica-se somente a receptação simples, própria e imprópria.
EXERCÍCIOS
560
03 - A extinção da punibilidade pela prática do crime de furto alcança o crime de
receptação, haja vista que este último só foi possível em razão do primeiro.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-B
2-D
3-E
561
II - De irmão, legítimo ou ilegítimo;
III - De tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
Aqui, a imunidade é relativa tendo em vista não mais existir isenção de pena,
mas, se a ação penal for pública incondicionada, passará a ser PÚBLICA
CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO.
EXERCÍCIOS
562
e) Se o crime for cometido em prejuízo de tio ou sobrinho com quem o agente
coabita, a ação penal será pública condicionada à representação.
3. É correto afirmar que é isento de pena a esposa que pratica crime de furto
qualificado com emprego de chave falsa contra seu marido na constância do
casamento, gozando está de imunidade penal absoluta.
Certo ( ) Errado ( )
563
Gabarito
1-E
2-C
3-C
4-A
5-E
564
PECULATO – Art. 312, CP
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro
bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou
desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos,
e multa.
565
REPARAÇÃO DE DANO NO PECULATO CULPOSO – Art. 312, §3°, CP
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena
imposta.
EXERCÍCIOS
566
c) Peculato.
d) corrupção passiva.
e) excesso de exação.
Gabarito
1-C 3-B
2-E 4-A
567
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA II
568
CORRUPÇÃO PASSIVA – Art. 317, CP
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Tipo misto alternativo, a realização de qualquer das condutas, ou mais de uma
configurará crime único.
BIZU: SRA!!!
• SOLICITAR - Crime formal
• RECEBER – Crime material
• ACEITAR PROMESSA – Crime formal
569
CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA – Art. 317, §2°, CP
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com
infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Aqui, não existe vantagem indevida, por isso a corrupção é privilegiada, ocorre
quando o agente cede a pedido ou influência de terceira pessoa, existindo
assim, a interferência direta de terceira pessoa na tomada de decisão do agente.
É considerada infração de menor potencial ofensivo.
Crime material, o funcionário deverá deixar de praticar, retardar ou praticar ato
de ofício, infringindo dever funcional.
EXERCÍCIOS
2. João, oficial de justiça, solicita o pagamento de dois mil reais para não cumprir
rapidamente um mandado de citação, o que acaba ocorrendo.
Nessa situação, João sujeita-se às penas previstas para o crime de:
a) concussão;
b) corrupção passiva simples;
c) prevaricação;
d) corrupção passiva com aumento de pena;
e) tráfico de influência.
570
3. João, policial civil, exigiu vantagem indevida de particular para não prendê-lo
em flagrante. A vítima não realizou o pagamento e prontamente comunicou o
fato a policiais civis. Nessa situação, como o delito de concussão é formal, o
crime consumou-se com a exigência da vantagem indevida, devendo João por
ele responder.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-B
2-D
3-C
571
É uma infração de menor potencial ofensivo.
572
CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
EXERCÍCIOS
573
2. De acordo com Jesus (2006), aquele que se valendo de sua qualidade de
funcionário público patrocina interesse privado perante a administração pública
pratica qual crime?
a) Condescendência criminosa.
b) Advocacia administrativa.
c) Excesso de exação.
d) Concussão.
Gabarito
1-E
2-B
3-E
574
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA IV
575
DESOBEDIÊNCIA – Art. 330, CP
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
Saiba que, para existir o crime, é necessário que a ordem legal tenha sido
dirigida de forma expressa a quem tem o dever de obedecê-la, além disso, é
necessário que haja notificação pessoal do responsável pelo cumprimento da
ordem, para que fique demonstrada a sua ciência da existência e, depois, a sua
intenção de não cumpri-la.
576
ELEMENTO SUBJETIVO: dolo, não necessitando de finalidade específica.
ADMITE TENTATIVA
CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO
AÇÃO PÚBLICA INCONDICIONADA
577
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-E
2-C
3-E
578
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA V
BIZU: PÓ!!!
579
DESCAMINHO – Art. 334, CP
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido
pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
MERCADORIA LÍCITA
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: exceção à regra de que não se aplica o
princípio da insignificância nos crimes contra a administração pública, a regra é
pela não admissibilidade, porém, atualmente, nossos tribunais superiores (STF
e STJ) já entendem que quando o débito tributário verificado não ultrapassar o
limite de R$20.000,00 (vinte e mil reais) será irrelevante para fins de execução
fiscal.
580
NORMA PENAL EXPLICATIVA – Art. 334, §2°, CP
§ 2 º Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer
forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras,
inclusive o exercido em residências
MERCADORIA ILÍCITA
581
NORMA PENAL EXPLICATIVA – Art. 334-A, §2°, CP
§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo,
qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias
estrangeiras, inclusive o exercido em residências.
EXERCÍCIOS
582
03 - Em razão do princípio da proteção da coisa pública, o tipo penal que prevê
o crime de descaminho não permite a aplicação do princípio da insignificância.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-D
2-D
3-E
583
AUMENTO DE PENA– Art. 339, §1º CP
§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato
ou de nome suposto.
Temos uma terceira pessoa que cometeu um crime anterior, e o sujeito ático
deste crime o ajuda a subtrair-se de ação de autoridade pública.
Caso o sujeito ativo também tenha praticado o crime anterior, responderá por ele
como coautor ou partícipe, e não pelo crime de favorecimento pessoal.
O auxílio é dirigido a pessoa que cometeu o crime, e não ao objeto do crime.
CRIME COMUM: qualquer pessoa pode ser o sujeito ativo do crime.
ELEMENTO SUBJETIVO: dolo
CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO
ADMITE TENTATIVA
AÇÃO PÚBLICA INCONDICIONADA
584
ISENÇÃO DE PENA– Art. 348, §2º CP
§ 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do
criminoso, fica isento de pena.
CUIDADO!!! A isenção de pena só é aplicada nos casos de favorecimento
pessoal, quando trato de favorecimento real, não existe qualquer isenção de
pena.
EXERCÍCIOS
1. Policial Militar que forja situação de flagrância, a fim de increpar indivíduo que
sabe inocente e, com isso, dá causa à instauração de inquérito policial, comete
crime de
a) falso testemunho (CP, art. 342).
b) calúnia qualificada (CP, art. 138, § 3o).
c) exercício arbitrário (CP, art. 350).
d) denunciação caluniosa (CP, art. 339).
e) comunicação falsa de crime (CP, art. 340).
585
2. Rui e Lino, irmãos, combinaram a prática de furto a uma loja. Depois de
subtraídos os bens, Pedro, pai de Rui e de Lino, foi procurado e permitiu, em
benefício dos filhos, a ocultação dos objetos furtados em sua residência por
algum tempo, porque eles estavam sendo investigados. Nessa situação
hipotética, a conduta de Pedro configura
a) receptação.
b) favorecimento real.
c) favorecimento pessoal.
d) hipótese de isenção de pena.
e) furto.
4. Considere que José, penalmente imputável, tenha fornecido abrigo para que
o seu irmão Alfredo, autor de crime de homicídio, se escondesse e evitasse a
ação da autoridade policial. Nessa situação, a conduta de José é isenta de pena
em face de seu parentesco com Alfredo.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-D
2-B
3-E
4-C
586
DIREITO PROCESSUAL
PENAL
587
INQUÉRITO POLICIAL I
CONCEITO
CARACTERÍSTICAS
588
ESCRITO – Art. 9º, CPP – os procedimentos deverão ser escritos, quando
existirem atos orais, esses deverão ser reduzidos a termo.
SIGILOSO – Art. 20, CPP – Não será disponível para qualquer do povo, porém,
em relação as partes diretamente envolvidas, o IP são será sigiloso (ofendido,
indiciado e advogado). Determinadas partes poderão ser declaradas sigilosas
para a necessária eficácia da medida, ex: posso restringir ao advogado as partes
que ainda não estejam documentadas (súmula vinculante 14).
OFICIAL – Deve ser presidido por órgão oficial do Estado, no caso, a Polícia
Judiciária.
OFICIOSO – Nos crimes de ação penal pública incondicionada, pode ser iniciado
de ofício pela autoridade policial.
PRAZOS
§1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará
autos ao juiz competente.
§2o No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido
inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas.
589
prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após
o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será
imediatamente relaxada.
590
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-A
2-C
3-C
INQUÉRITO POLICIAL II
I - de ofício;
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
591
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de
convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de
impossibilidade de o fazer;
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.
592
APF
Embora não esteja contida no art.5º, é um entendimento doutrinário
REQUISIÇÃO DO MP
Da mesma forma da ação pública incondicionada, admite-se a requisição do MP,
porém, aqui, necessito da representação da vítima somada a essa requisição.
APF
Embora não esteja contida no art.5º, é um entendimento doutrinário. Também é
necessária a representação do o fendido, que se não exercer dentro de 24h do
momento da prisão, o agente deverá ser imediatamente solto, mas permanece
o direito de exercer a representação dentro do prazo de 6 meses.
AÇÃO PRIVADA
APF
Embora não esteja contida no art.5º, é um entendimento doutrinário. Também é
necessária a representação do o fendido, que se não exercer dentro de 24h do
momento da prisão, o agente deverá ser imediatamente solto, mas permanece
o direito de exercer a representação dentro do prazo de 6 meses.
593
DELATIO CRIMINIS E NOTITIA CRIMINIS
SIMPLES – ART. 5º, §3º, CPP – comunicação feita por qualquer do povo. A
instauração do Inquérito será feita depois de uma verificação de procedibilidade
das informações.
EXERCÍCIOS
594
Gabarito
1-B
2-E
595
O rol do art. 6º não é taxativo, já sabemos disso analisando que o art. 13 traz
diversos outros atos de competência da autoridade policial.
REQUISIÇÃO DE DADOS
Art. 13 - A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158
e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal),
e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente), o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá
requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa
privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos. Parágrafo
único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
conterá:
596
Quanto a qualquer desses crimes for cometido, será autorizada a requisição
direta, tando pelo MP quanto pela autoridade policial, que pode ser destinada
tanto a órgãos públicos quanto as empresas privadas.
CUIDADO!!! Quando os crimes forem relacionados ao TRÁFICO DE
PESSOAS, o art. 13-B, CPP, autoriza a requisição da AUTORIDADE POLICIAL
e do MP, porém, mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de
serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente
os dados (meios técnicos) que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos
do delito em curso (como sinais, informações e outros). Com algumas
observações como:
FORMAS DE TRAMITAÇÃO
SIGILOSIDADE
597
INCOMUNICABILIDADE DO PRESO
INDICIAMENTO
Art. 2º (...)
§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato
fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a
autoria, materialidade e suas circunstâncias.
598
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-D
2-C
3-E
599
INQUÉRITO POLICIAL IV
Quando se esgotar o prazo para a conclusão, de acordo com o art. 10, CPP (já
estudado) ou quando encerradas as investigações, a autoridade policial fará
minucioso relatório daquilo que foi investigado e enviará ao juiz competente.
PRESO: art. 3º-B, §2º do CPP - pode ser prorrogado pelo Juiz uma vez, por até
15 dia (eficácia suspensa pelo STF – ADI 6298)
CONTAGEM DO PRAZO
600
ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL
A regra é que NÃO! Pois, o próprio CPP admite a autoridade policial proceder a
novas diligências se de novas provas tiver notícias. O que acontece é que o MP
não poderá ajuizar ação penal com base nos mesmos elementos anteriores de
prova.
601
• ATIPICIDADE DO FATO;
• RECONHECIMENTO DE EXCLUDENTE DE ILICITUDE OU
CULPABILIDADE;
• RECONHECIMENTO DE EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE
EXERCÍCIOS
Como Lúcio está solto, o inquérito policial não terá prazo para ser concluído
602
3. Com relação ao inquérito policial e à ação penal, julgue o item que se segue.
A doutrina e a jurisprudência majoritárias admitem o denominado arquivamento
implícito, que consiste no fato de o oferecimento de denúncia pelo Ministério
Público por apenas alguns dos crimes imputados ao indiciado impedir que os
demais sejam objeto de futura ação penal.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-C
2-E
3-E
INQUÉRITO POLICIAL V
VALOR PROBANTE
PODER DE INVESTIGAÇÃO DO MP
603
• MP TEM PODERES INVESTIGATIVOS (por meio de procedimentos
próprios de investigação)
• MP NÃO PODE PRESIDIR NEM INSTAURAR INQUÉRITO POLICIAL
(somente a polícia judiciária possui essa prerrogativa)
EXERCÍCIOS
No final da tarde de uma sexta-feira, por volta das 17 horas, três guardas
municipais, em patrulhamento de rotina, deparam-se com duas pessoas,
maiores de 18 anos, sentadas em um banco de uma praça. Uma delas fumava
maconha (aproximadamente 0,5 g) e a outra cheirava cocaína
(aproximadamente 0,3 g), em circunstâncias indicativas da destinação ao
consumo pessoal.
604
2. O mérito da suficiência de suporte probatório para a instauração da ação penal
é juízo exclusivo do órgão acusatório, razão por que não cabem recursos
judiciais do arquivamento do inquérito policial.
Certo ( ) Errado ( )
4. Arquivado o IP, por falta de elementos que evidenciem a justa causa, admite-
se que a autoridade policial realize novas diligências, se de outras provas tiver
notícia.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-B
2-C
3-E
4-C
AÇÃO PENAL I
605
Possui fundamento constitucional, a ação penal é considerada um direito
fundamental (art.5º, XXXV, CF), quando é estabelecido que “a lei não excluirá
da apreciação do poder judiciário qualquer lesão ou ameaça a direito”
Art. 100- A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara
privativa do ofendido.
§ 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando
a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da
Justiça.
§ 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou
de quem tenha qualidade para representá-lo.
§ 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública,
se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal.
§ 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão
judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.
Ainda existe a regra dentro da própria ação penal pública, é que seja pública
incondicionada, as exceções, se previstas em lei, é que a ação pública seja
condicionada a representação do ofendido ou a requisição do ministro da justiça.
606
EXCLUSIVA/PROPRIAMENTE Ofendido/ representante legal, ou no
AÇÃO PENAL PRIVADA DITA caso de morte ou ausência– CADI, Art.
(QUEIXA) 31, CPP
PERSONALÍSSIMA Somente o ofendido
CONDIÇÕES GENÉRICAS
607
JUSTA CAUSA: Pode ser analisada como o conjunto de todas as condições da
ação, faltando qualquer delas, faltará justa causa
CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
• Representação do ofendido
• Requisição do ministro da justiça
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-C
2-E
3-C
608
AÇÃO PENAL II
A ação pública tem como titular o Ministério Público, rege-se por alguns
princípios
PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE
Decorre do princípio da obrigatoriedade, aqui, o MP não poderá desistir da ação
penal instaurada (art. 42, CPP). Quando nos referimos aos recursos,
logicamente o MP não será obrigado a recorrer, mas se já interposto, não poderá
desistir (art. 576, CPP).
PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE
As atividades persecutórias serão exercidas, necessariamente, por órgão oficial
do Estado, não sendo possível que essa função seja exercida por particulares.
Essa função será exercida por três órgãos estatais:
PRINCÍPIO DA OFICIOSIDADE
A autoridade pública competente deve agir de ofício, sem necessitar de qualquer
assentimento ou provocação de terceira pessoa.
PRINCÍPIO DA AUTORITARIEDADE
Os órgãos que investigam e processam devem ser autoridades públicas
609
CUIDADO!!! Este princípio não se aplica a ação privada, pois esta deve ser
oferecida pelo particular.
Essa controvérsia não se torna tão importante quando temos a consciência que
a ação penal pública obedece o princípio da obrigatoriedade, em que todos os
agentes delitivos devem ser incluídos na demanda, desde que existem indícios
de autoria e prova da materialidade.
REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO
610
REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA
PRAZO: não obedece o prazo decadencial, podendo ser exercida enquanto não
houver prescrição.
DESTINATÁRIO: dirigida ao MP
DISCRICIONARIEDADE: a requisição é discricionária do Ministro da Justiça,
que decide com base na conveniência e oportunidade.
RETRATAÇÃO: existe uma enorme polêmica doutrinária quanto a isso, parte
entende ser possível com base em analogia do art. 25, outra parte entende não
ser possível por falta de previsão legal e por ser um ato político
HIPÓTESES: só será cabível para casos específicos, são eles:
611
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-A
2-C
3-E
612
AÇÃO PENAL III
613
RENÚNCIA
Ocorre quando a vítima não deseja tomar qualquer providência contra o seu
agressor. Aplicada na AÇÃO PRIVADA.
A renúncia feita em relação a um dos acusados, aproveita a todos (art. 49, CPP).
É ato unilateral do indivíduo, não necessita ser aceito para causar efeito.
Podendo ainda ser expresso ou tácito.
PERDÃO
O perdão poderá ser operado até o trânsito em julgado (art.106, §2º, CP).
Se existe mais de uma vítima e qualquer delas perdoou o autor, isso não afetará
a situação das outras (art. 106, II, CP).
614
RENÚNCIA PERDÃO
UNILATERAL BILATERAL
PRÉ-PROCESSUAL PROCESSUAL
EXERCÍCIOS
1. João sofreu calúnia, mas veio a falecer dentro do prazo decadencial de seis
meses, antes de ajuizar ação contra o ofensor. Ele não tinha filhos e mantinha
um relacionamento homoafetivo com Márcio, em união estável reconhecida.
João era filho único e tinha como parente próximo sua mãe.
Nessa situação hipotética, o ajuizamento de ação pelo crime de calúnia
a) somente poderá ser promovido pela mãe de João.
b) poderá ser realizado pelo Ministério Público.
c) poderá ser realizado por Márcio.
d) não é cabível, haja vista a morte de João
e) deverá ser realizado por curador especial, a ser nomeado para essa
finalidade.
615
2. Situação hipotética: Antônio e Pedro são autores de um mesmo crime contra
João. Assertiva: Nessa situação, João poderá renunciar ao exercício de seu
direito de queixa em relação a Antônio e mantê-lo em relação a Pedro.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-C
2-E
3-C
AÇÃO PENAL IV
616
PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA: Ocorre quando o MP faz-se inerte
frente ao oferecimento da denúncia, o ofendido ou seu representante legal
ingressa diretamente com a ação penal, através do oferecimento da queixa
(art.46, CPP).
Acontece que, esgotado o prazo decadencial, seu único efeito será a perca da
legitimidade ativa por parte do ofendido, autorizando o órgão do MP a iniciar a
ação como seu autor.
O MP poderá entender que a ação oferecida não possui justa causa, nesse caso,
deverá fornecer parecer pugnando pela rejeição da peça, o magistrado, porém,
não estará vinculado ao parecer ministerial.
DENÚNCIA X QUEIXA
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5
dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do
inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último
caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-
á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os
autos.
§ 1º. Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o
oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças
de informações ou a representação.
§ 2º. O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em
que o órgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não se pronunciar
dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar, prosseguindo-se nos
demais termos do processo.
617
PRESO: 5 dias (da data em que o MP receber os autos do Inquérito Policial)
SOLTO: 15 dias.
CRIMES CONTRA A ECONOMIA POPULAR: 2 DIAS (art. 10, §2º, Lei 1.521/51)
618
SENTENÇA QUE, POR MOTIVO DE ERRO OU IMPEDIMENTO, ANULE CASAMENTO: 6 meses
do trânsito em julgado da sentença (art. 236, § único, CP)
ATENÇÃO!!! Nesse último caso, é necessário que ele seja contabilizado junto
com o prazo geral indicado no art. 38, CPP. Ficando da seguinte forma,
“conhecido o infrator, é deflagrado o prazo decadencial de 6 meses. Ficando
pronto o laudo, com a respectiva homologação, terá então a vítima, no máximo
de 30 dias para deflagrar a ação. É como se o prazo geral fosse limitado pela
homologação do laudo. ” (TÁVORA; ALENCAR, 2009, p. 670).
EXERCÍCIOS
619
Gabarito
01 - C
02 - C
03 - C
PRISÃO CAUTELAR: não se trata de uma punição, pois ainda não existe
sentença irrecorrível, mas sim de uma medida que busca garantir o regular
desenvolvimento da instrução processual ou da aplicação da lei penal, ou ainda
para evitar o cometimento de novas infrações.
• FLAGRANTE
• PREVENTIVA
• TEMPORÁRIA
Antes de iniciarmos nosso estudo sobre essas prisões, é importante que você
memorize regras gerais aplicadas a elas, principalmente que observe as
alterações estabelecidas pela Lei 13.964/2019 - (PACOTE ANTICRIME).
Art. 282.As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas
observando-se a:
620
II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e
condições pessoais do indiciado ou acusado.
§2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes
ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade
policial ou mediante requerimento do Ministério Público. (Redação dada pela Lei
nº 13.964, de 2019).
§ 5ºO juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar
ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como
voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação dada pela
Lei nº 13.964, de 2019).
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua
substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o
não cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado
de forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma
individualizada. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019).
621
INTIMAÇÃO DA PARTE CONTRÁRIA - §3º
ANTES DA LEI 13.964/2019: será determinada quando não for cabível a sua
substituição por outra cautelar.
622
O art. 283, CPP (Lei 13.964/2019), estabelece inovações ao estabelecer que:
ninguém será preso senão:
• em flagrante delito;
• por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária;
• em decorrência de prisão cautelar;
• em virtude de condenação criminal transitada em julgado.
• MINISTROS DE ESTADO
• GOVERNADORES OU INTERVENTORES DE ESTADO OU
TERRITÓRIO;
• PREFEITO DO DF E SEUS RESPECTIVOS SECRETÁRIOS;
• PREFEITOS MUNICIPAIS;
• VEREADORES;
• CHEFES DE POLÍCIA;
• MEMBROS DO PARLAMENTO NACIONAL;
623
• CONSELHO DE ECONOMIA NACIONAL;
• ASSEMBLEIAS LEGISLATIVAS DOS ESTADOS;
• CIDADÃO INSCRITO NO “LIVRO DE MÉRITO”;
• OFICIAIS DAS FORÇAS ARMADAS;
• MILITARES DOS ESTADOS, DF E TERRITÓRIOS;
• MAGISTRADOS;
• DIPLOMADOS POR QUALQUER DAS FACULDADES SUPERIORES
DA REPÚBLICA;
• MINISTROS DE CONFISSÃO RELIGIOSA;
• MINISTRO DO TRIBUNAL DE CONTAS
• CIDADÃO QUE TIVER EXERCIDO EFETIVAMENTE A SITUAÇÃO DE
JURADO – SALVO: QUANDO EXCLUÍDO DA LISTA POR MOTIVO DE
INCAPACIDADE DE QUALQUER FUNÇÃO;
• DELEGADOS DE POLÍCIA;
• GUARDA CIVIS DOS ESTADOS E TERRITÓRIOS – ATIVOS E
INATIVOS.
EXERCÍCIOS
1. Nos expressos e literais termos do artigo 295 do CPP, têm direito à prisão
especial – que nada mais é do que o recolhimento em local distinto da prisão
comum – entre outros,
a) o Vereador, o Magistrado e o Ministro de Confissão Religiosa.
b) o Ministro de Estado, o Governador e o Agente Municipal de Trânsito.
c) o Prefeito Municipal, o Praça das Forças Armadas e o Ministro do Tribunal de
Contas.
d) o Agente Fiscal de Posturas Públicas, o membro da Assembleia Legislativa
dos Estados e os Delegados de Polícia.
e) o Oficial das Forças Armadas, o diplomado por qualquer das faculdades
superiores da República e o Agente Fiscal de Rendas.
Gabarito
01 - A
02 - C
03 - E
624
PRISÃO, MEDIDAS CAUTELARES, LIBERDADE
PROVISÓRIA II
MODALIDADES DE FLAGRANTE
IMPRÓPRIO – art. 302, III do CPP – é perseguido, logo após, pela autoridade,
pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser o autor
da infração;
625
Obs.: nos crimes permanentes, entende-se em flagrante enquanto não cessar a
permanência – art. 303, CPP A prisão em fragrante possui ainda, quatro etapas,
nesta ordem:
CAPTURA (1º)
CONDUÇÃO COERCITIVA (2º)
LAVRATURA DO APF (3º)
CÁRCERE (4º)
626
do local em que ocorreu a prisão, ou, não existindo autoridade, a do local mais
próximo (onde o preso deve ser apresentado). - art. 308, CPP. Porém, nada
impede que o juiz possa lavrar o APF, nos crimes cometidos na sua presença –
art. 307, CPP.
O Juiz que determinar a prisão em flagrante, poderá ele mesmo lavrar o APFD,
remetendo ao Juiz competente para apreciar a legalidade da prisão em flagrante
e adotar as providências legais.
EXERCÍCIOS
2. Nos exatos termos do art. 302 do CPP, considera-se em flagrante delito quem;
a) cometeu a infração penal nas últimas 24h.
b) é imediatamente reconhecido como autor do crime pela vítima.
c) é avistado em conduta que gera fundada suspeita, logo após o crime.
d) é encontrado com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir
ser ele autor da infração.
e) é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração.
Gabarito
1-D
2-E
3-E
627
PRISÃO, MEDIDAS CAUTELARES, LIBERDADE
PROVISÓRIA III
Lavrado o APF pelo escrivão, ou por quem lhe faça as vezes com base no art.
305, CPP, os autos serão remetidos a autoridade competente, se não foi esta
quem lavrou o auto.
COMUNICAÇÃO DA PRISÃO
§1º Dentro em 24h (vinte e quatro horas) depois da prisão, será encaminhado
ao juiz competente o auto de prisão em flagrante acompanhado de todas as
628
oitivas colhidas e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia
integral para a Defensoria Pública.
Sua assinatura será suprida pela assinatura de duas testemunhas – art. 304,
§3º, CPP
JUIZ
FAMÍLIA/PESSOA
PROCEDIMENTO CÓPIA DO POR ELE INDICADA
DA PRISÃO APF AO JUIZ
CÓPIA DO APF A DP
24H (Caso não tenha adv.)
ENTREGA DA
NOTA DE CULPA
Além disso, o art. 304, §4º, estabelece que no APF, deve constar de forma
expressa sobre a existência de filhos, suas respectivas idades e se possuem
alguma deficiência, bem como o nome e o contato de eventual responsável pelos
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
O art. 310, CPP estabelece que após receber o auto de prisão em flagrante, no
prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz
deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu
advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do
629
Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: (Lei
nº 13.964, de 2019)
• RELAXAR A PRISÃO ILEGAL;
• CONVERTER EM PREVENTIVA (desde que preenchidos os requisitos e
se mostrar insuficiente outra medida);
• CONCEDER LIBERDADE PROVISÓRIA (com o sem fiança).
Importante salientar que o Pacote Anticrime trouxa alguns parágrafos para o art.
310, CPP.
Art. 310 (…) § 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o
agente praticou o fato em qualquer das condições constantes dos incisos I, II ou
III do caput do art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade
provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a todos os atos
processuais, sob pena de revogação. (Renumerado do parágrafo único pela Lei
nº 13.964, de 2019)
630
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
Atualmente a audiência de custódia está positivada no art. 310, CPP, mas, antes
da reforma estabelecida pelo pacote anticrime, já encontrava a previsão no
Pacto de San José da Costa Rica (art.7, item 5).
EXERCÍCIOS
1. ao Ministério Público.
2. ao Departamento Prisional.
3. à família do preso.
4. à defensoria pública ou ao advogado do preso.
631
condução do preso deverá ser ouvido logo após a oitiva das testemunhas e o
interrogatório do preso.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-A
2-C
3-E
CUIDADO!!! Com a nova redação do art. 311, não cabe mais a decretação da
preventiva de ofício pelo juiz, devendo ser provocado. Antes do pacote anticrime,
o juiz poderia decretar a preventiva de ofício de durante o processo.
Art. 313 (…) § 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a
finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência
imediata de investigação criminal ou da apresentação ou recebimento de
denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019).
632
O motivo de ser “investigado” ou de ser “réu”, por si só, não é motivo para a
decretação da prisão preventiva.
633
Diz respeito a hipótese na qual a sentença condenatória anterior não gera
reincidência.
Por ser a prisão preventiva uma prisão cautelar e não uma punição, as
circunstancias que a autorizam ou não, podem mudar ao longo do tempo, nesse
caso, poderá o magistrado revogá-la, tornar a decretá-la – art. 316, CPP.
EXERCÍCIOS
634
Gabarito
1-C
2-E
3-C
O juiz poderá substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for –
art.318, CPP:
• maior de 80 anos;
• extremamente debilitado por motivo de doença grave;
635
• imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 anos ou
com deficiência;
• gestante;
• mulher com filho de até 12 anos incompletos;
• homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12
anos incompletos
Será exigida prova idônea desses requisitos, para a substituição – art. 318, §
único, CPP
636
CUIDADO!!! A fiança possui suas regras previstas no Capítulo VI, do Título IX,
podendo ser cumulada com outras cautelares – art. 319, §4º. Porém, a doutrina
aponta para o fato de que, por sua própria natureza, a fiança não pode ser
cumulada com as medias de:
• internação provisória;
• monitoração eletrônica;
EXERCÍCIOS
637
4. O juiz poderá substituir a prisão preventiva pela prisão domiciliar, caso o réu
tenha mais de oitenta anos ou prove ser portador de doença grave que cause
extrema debilidade.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-D
2-D
3-C
4-C
LIBERDADE PROVISÓRIA I
“Ninguém será levado a prisão ou nela mantido quando a lei admitir liberdade
provisória” – art. 5º, LXVI, CF.
CRIMES INAFIANÇÁVEIS
1. RACISMO
638
3. AÇÃO DE GRUPOS ARMADOS CONTRA A ORDEM CONSTITUCIONAL E O ESTADO
DEMOCRÁTICO DE DIREITO
4. CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL APENADOS COM RECLUSÃO, SE
PRESENTES OS MOTIVOS DA
PREVENTIVA – LEI 7.492/86
Observe que a fiança também tem força de medida cautela – art. 319, VII, CPP.
SIM! Nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja
superior a 4 anos – art.322, CPP. Nos demais casos, a fiança será requerida ao
juiz que decidirá num prazo de 48 horas. Além disso, a concessão da fiança pela
639
autoridade policial só poderá ocorrer durante a fase de inquérito policial, iniciada
a instrução criminal, sua concessão ficará a cargo do juiz!
Além disso, não será ainda concedida fiança – art. 324, CPP:
• no mesmo processo – quebrado a fiança anteriormente concedida/
infringido, sem motivo, qualquer das obrigações estabelecidas nos artigos
327 e 328, cpp;
• prisão civil ou militar;
• quando presentes os motivos que autorizem a preventiva.
VALOR D A FIANÇA
PPL NO GRAU MÁXIMO NÃO FOR SUPERIOR 1 A 100 SALÁRIOS MÍNIMOS
A 4 ANOS
PPL NO GRAU MÁXIMO FOR SUPERIOR A 4 10 A 200 SALÁRIOS MÍNIMOS
ANOS
640
• dispensada – na forma do art.350, cpp;
• reduzida até o máximo de 2/3;
• aumentada até 1.000x
Os critérios para a fixação desse valor são estabelecidos no art. 326, CPP:
• natureza da infração;
• condições pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado;
• periculosidade;
• importância provável das custas do processo, até final julgamento.
REDUÇÃO DA FIANÇA: Pode ser realizada pelo juiz ou pela autoridade policial;
AUMENTO DA FIANÇA: Pode ser realizada pelo juiz, não havendo nenhuma
restrição de ser realizada pela autoridade policial;
NÃO APLICAÇÃO DA FIANÇA: Somente poderá ser feita pelo juiz – art. 350,
CPP.
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-A
2-E
3-E
641
PRISÃO, MEDIDAS CAUTELARES, LIBERDADE
PROVISÓRIA VII
LIBERDADE PROVISÓRIA II
É definitiva no sentido de não ser exigida verificação posterior do seu valor, mas
nada impede que a fiança seja reforçada nas hipóteses do art. 340, CPP.
A fiança poderá ser concedia a qualquer tempo, desde a prisão em flagrante até
o trânsito em julgado da decisão condenatória – art. 334, CPP.
O preso, ou alguém por ele, poderá prestá-la, mediante simples petição, perante
o juiz competente, que decidirá em 48 horas.
642
CONSEQUÊNCIAS DA FIANÇA
FIANÇA INIDÔNEA: É aquela que “não poderia ter sido concedida, seja porque
a lei proíbe, seja porque os requisitos legais não foram corretamente
preenchidos” – art. 338, CPP (NUCCI, 2008. p. 632).
643
RESTAURAÇÃO DA FIANÇA: Caso a fiança seja cassada, é possível a
restauração através de Recurso em Sentido Estrito – art. 581, V, CPP.
EXERCÍCIOS
644
prisão preventiva, se presentes seus requisitos.
b) A perda da fiança decorrente da não apresentação do condenado para o
cumprimento da pena imposta independe de que esta seja privativa de liberdade
ou não.
c) A cassação da fiança ocorrerá na hipótese em que, instado a reforçá-la, o
acusado não o fizer.
d) Não se cogita de liberdade provisória mediante fiança nas hipóteses em que
estejam presentes os requisitos de que depende a decretação da prisão
preventiva e da temporária.
Gabarito
1-C
2-C
3-E
Modalidade de prisão cautelar que não está prevista no CPP, encontra-se na Lei
7.960/89. Possui características próprias, com prazo certo e o fato de só pode
ser decretada no período de investigação criminal, ou seja, após o recebimento
da denúncia ou queixa, não poderá ser decretada nem mantida a prisão
temporária.
645
Caberá prisão temporária – art. 1º da Lei 7.960/89
a) homicídio doloso;
b) sequestro ou cárcere privado;
c) roubo;
d) extorsão;
e) extorsão mediante sequestro;
f) estupro;
g) atentado violento ao pudor – revogado pela lei 12.015/2009;
h) rapto violento - revogado pela lei 11.106/2005;
i) epidemia com resultado morte;
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal
qualificado pela morte;
l) associação criminosa;
m) genocídio;
n) tráfico de drogas;
o) crimes contra o sistema financeiro;
p) crimes previstos na lei de terrorismo;
646
Importante ainda lembrar que, se o crime for HEDIONDO OU EQUIPARADO, o
prazo da prisão temporária será de 30 dias prorrogáveis por mais 30 – art. 2º,
§4º
REGRA 5+5
HEDIONDO OU EQUIPARADOS 30 + 30
PROCEDIMENTO
Antes de decidir o Juiz pode determinar que o preso lhe seja apresentado,
submetê-lo a exame de corpo de delito ou solicitar informações à autoridade
policial - art. 2°, § 3°:
• de ofício;
• a requerimento do MP ou do advogado;
Os presos temporários deverão ficar separados dos demais detentos - art. 3°.
Além disso, em cada comarca ou seção judiciária, deve existir um membro do
Poder Judiciário e um do MP, em plantão, 24 horas, para apreciação dos pedidos
de prisão temporária - art. 5°.
647
EXERCÍCIOS
Recebida a denúncia, não será mais cabível prisão temporária para Lúcio e
Carlos.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-C
2-D
3-C
648
ESTATUTO DA POLÍCIA
MILITAR DA PARAÍBA
649
ESTATUTO DOS POLICIAIS MILITARES DA PARAÍBA
(LEI 3.909/77) - BLOCO 01
Da Hierarquia e da Disciplina
Imagino que você tenha lido o quadro, mas acho que algumas informações não
ficaram tão claras, não é mesmo? Por isso mesmo precisaremos fixar algumas
definições para que você possa entender todos os detalhes!
650
Além disso, é importante saber que os Alunos-Oficiais PM são declarados
Aspirantes-a-Oficial PM pelo Comandante-Geral.
EXERCÍCIOS
Gabarito
01 - D
651
ESTATUTO DOS POLICIAIS MILITARES DA PARAÍBA
(LEI 3.909/77) - BLOCO 02
Aqui estamos falando sobre militares que ocupam o mesmo posto ou graduação.
Como você já sabe, a precedência (ordenação hierárquica) nesses casos será
estabelecida pela antiguidade ou pela precedência funcional. A antiguidade
nesses casos é contada a partir da data da assinatura do ato da respectiva
promoção, nomeação, declaração ou inclusão, salvo quando estiver
taxativamente fixada a outra data. Quando esta data for a mesma, serão
aplicados os seguintes critérios:
Além disso, temos algumas regras adicionais que você também deve conhecer:
• Em igualdade de posto ou graduação, os policiais militares da ativa têm
precedência sobre os da inatividade;
• Em igualdade de posto ou graduação, a precedência entre os policiais
militares de carreira da ativa e os da reserva remunerada que estiverem
convocados é definida pelo tempo de efetivo serviço no posto ou
graduação.
• Por último, temos as relações de precedência entre as praças especiais
e as demais praças, regulada pelo art. 16.
Art. 19. Cargo policial-militar é aquele que só pode ser exercido por policial-militar
em serviço ativo.
652
Os postos e graduações dos policiais militares correspondem aos cargos da
Corporação Militar, que são ocupados por militares da ativa. As atribuições e
obrigações inerentes ao cargo Policial Militar devem ser compatíveis com o
correspondente grau hierárquico. Acredito que o mais importante agora seja
diferenciar o Cargo Militar da Função Militar. Trata-se de uma distinção
puramente conceitual, pois a função nada mais é do que o exercício das
atribuições inerentes a um determinado cargo, mas você precisa conhecer as
definições legais para ter certeza e não errar na hora da prova, ok!?
653
VI - zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual, físico próprio e, também, pelo
dos subordinados;
VII - praticar a camaradagem e desenvolver permanentemente o espírito de
cooperação;
VIII - ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e
falada;
IX - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa relativa à
Segurança Nacional;
X - acatar as autoridades civis;
XI - cumprir seus deveres de cidadão;
XII - proceder de maneira ilibada na vida pública e no particular;
XIII - observar as normas da boa educação;
XIV - garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe
de família modelar;
XV - conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo que não
sejam prejudicados os princípios da disciplina, do respeito e do decoro policial
militar;
XVI - abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades
pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de
terceiros;
XVII - abster-se o policial militar na inatividade do uso das designações
hierárquicas quando:
a) em atividades político-partidárias;
b) em atividades comerciais;
c) em atividades industriais;
d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos
políticos ou policiais militares, excetuando-se os de natureza exclusivamente
técnica, se autorizado;
XVIII - zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um dos seus integrantes,
obedecendo e fazendo obedecer aos preceitos da ética policial militar.
Agora estamos falando da conduta moral do policial militar, que deve pautar-se
pelos preceitos éticos da carreira policial. Esses preceitos podem ser observados
na conduta do dia a dia do policial, e devem ser manifestações do respeito de
três valores importantes: o sentimento do dever, o pundonor policial militar e o
decoro da classe. Esses três valores podem ser definidos na forma a seguir:
654
DECORO DA CLASSE - é o valor moral e social da instituição, representando o
conceito do policial militar em sua amplitude social, estendendo-se à classe que
o militar compõe, não subsistindo sem ele.
Quanto aos preceitos éticos, você verá que também aqui não temos nada muito
complexo. Basicamente são manifestações de valores morais, como a verdade
e a dignidade da pessoa humana, por exemplo. Além disso, esses preceitos
também estão presentes, e de forma ainda mais detalhada, no Código de Ética
e Disciplina.
Art. 28. Ao policial militar da ativa, ressalvado o disposto nos parágrafos 2º e 3º,
é vedado comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade
ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou quotista em sociedade
anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.
Perceba que ele pode até participar de sociedade, mas não deve exercer a
atividade diretamente.
655
EXERCÍCIOS
1. O círculo dos oficiais superiores da PM-PB é composto por oficiais dos postos
de coronel, tenente-coronel e major. O círculo dos oficiais subalternos, por seu
turno, é composto por oficiais com a graduação de primeiro tenente, segundo
tenente e subtenente.
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1 - ERRADO
2 - CERTO
656
ESTATUTO DOS POLICIAIS MILITARES DA PARAÍBA
(LEI 3.909/77) - BLOCO 03
Art. 29. O Comandante da Polícia Militar poderá determinar aos policiais militares
da ativa que, no interesse da salvaguarda da dignidade dos mesmos, informem
sobre a origem e natureza de seus bens, sempre que houver razões que
recomendem tal medida.
Chamo sua atenção ainda para a disciplina e a hierarquia, que, como você já
deve estar percebendo, permeiam todo o Estatuto, como os grandes princípios
que norteiam a vida e o trabalho do militar. Logo em seguida temos ainda o
rigoroso cumprimento das obrigações e ordens, que também é um dever por
meio do qual se manifestam a hierarquia e a disciplina.
Art. 31. Todo cidadão, após ingressar na Polícia Militar, mediante inclusão,
matrícula ou nomeação, prestará compromisso de honra, no qual afirmará a sua
aceitação consciente das obrigações e dos deveres policiais e manifestará sua
firme disposição de bem cumpri-los.
657
compromisso de honra. Esse compromisso terá caráter solene e será prestado
na presença de tropa, assim que o Policial Militar tenha adquirido o grau de
instrução compatível com o perfeito entendimento de seus deveres como
integrante da Corporação Militar.
Do Comando e da Subordinação
658
Essas praças devem observar rigorosamente os regulamentos do
estabelecimento de ensino policial militar onde estiverem matriculados, delas se
exigindo inteira dedicação ao estudo e ao aprendizado técnico profissional.
Art. 39. Cabe ao policial militar a responsabilidade integral pelas decisões que
tomar, pelas ordens que emitir e pelos atos que praticar.
659
EXERCÍCIOS
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1 - ERRADO
2 - CERTO
3 - ERRADO
660
LEI COMPLEMENTAR 096/10
(LEI DE ORGANIZAÇÃO E DIVISÃO JUDICIÁRIA DO
ESTADO DA PARAÍBA) - BLOCO 01
Art. 187. A Justiça Militar estadual, com sede na Capital e jurisdição em todo o
Estado é composta:
Art. 188. Compete à Justiça Militar processar e julgar os militares do Estado, nos
crimes militares definidos em lei, e as ações judiciais contra atos disciplinares
militares, ressalvada a competência do Tribunal do Júri quando a vítima for civil,
cabendo ao Tribunal de Justiça decidir sobre a perda do posto e da patente dos
oficiais e da graduação das praças.
Art. 189. O cargo de juiz de direito de Vara Militar será provido por juiz de direito
de terceira entrância, observadas as normas estabelecidas para o provimento
dos demais cargos de carreira da magistratura estadual.
661
Voltando ao art. 189, a Vara Militar será ocupada por um juiz de direito, como já
expliquei para você. Esse juiz de direito será aquele que está “no topo da
carreira”, ou seja, na terceira entrância.
O cargo de juiz de direito de Vara Militar será provido por juiz de direito de terceira
entrância, observadas as normas estabelecidas para o provimento dos demais
cargos de carreira da magistratura estadual.
Art. 191. O cartório de vara Militar terá seus cargos preenchidos por membros
da Polícia Militar e/ou do Corpo de Bombeiros do Estado, habilitados para o
exercício da função, sem prejuízo da participação de servidores da justiça
comum, quando necessário.
662
nas varas militares a regra é diferente: os quadros são preenchidos por policiais
militares e/ou bombeiros militares. De qualquer forma, pode também haver a
participação de servidores da justiça estadual, se necessário.
O cartório de vara militar terá seus cargos preenchidos por membros da Polícia
Militar e/ou do Corpo de Bombeiros do Estado, habilitados para o exercício da
função, sem prejuízo da participação de servidores da justiça comum, quando
necessário.
§ 2° O militar a serviço de vara militar tem fé de ofício quando da prática dos atos
inerentes às respectivas funções, que correspondem à função de analista
judiciário, de técnico judiciário, de movimentador e de oficial de justiça.
663
EXERCÍCIOS
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1 - CERTO
2-A
664
LEI COMPLEMENTAR 096/10
(LEI DE ORGANIZAÇÃO E DIVISÃO JUDICIÁRIA DA
PARAÍBA) - BLOCO 02
I. Conselhos Especiais;
II. Conselhos Permanentes ou Trimestrais.
Art. 194. Os Conselhos Especiais são compostos por quatro juízes militares,
todos oficiais de postos não inferiores ao do acusado.
O Conselho Especial é convocado para cada processo. Isso significa que para
cada processo haverá um conselho especial diferente, ok? Esta é a grande
diferença entre o conselho especial e o conselho permanente. Apesar de o
conselho permanente ser temporário (convocado trimestralmente), ele julga
todos os processos que aparecerem nesse período. “Mas professor, como vou
saber se o processo será julgado pelo conselho especial ou pelo conselho
permanente? ” É fácil! A competência é atribuída em razão do grau hierárquico
do réu: se o réu for praça, será julgado pelo conselho permanente, e se for oficial,
será julgado pelo conselho especial, nos termos do art. 196.
Art. 196. Compete aos Conselhos de Justiça Militar processar e julgar os crimes
militares não compreendidos na competência monocrática de juiz de vara militar.
Parágrafo único. Aos Conselhos Especiais compete o julgamento de oficiais,
enquanto aos Conselhos Permanentes ou Trimestrais compete o julgamento das
praças em geral.
665
Agora voltemos à análise dos parágrafos do art. 194.
Os Conselhos Especiais são compostos por quatro juízes militares, todos oficiais
de postos não inferiores ao do acusado.
Se não houver coronel mais antigo que ele, ainda que na reserva, serão
convocados coronéis da outra Corporação estadual. Se o acusado for bombeiro
militar, neste caso será julgado por coronéis da Polícia Militar, por exemplo.
Se ainda assim não tiver jeito de compor o conselho especial, o acusado será
julgado pelo Tribunal de Justiça.
666
EXERCÍCIOS
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - A
02 - ERRADO
03 - A
667
DIREITO PENAL MILITAR
668
CRIMES CONTRA A PESSOA I
CAPÍTULO I
DO HOMICÍDIO
Art. 205. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Minoração facultativa da pena
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social
ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta
provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena, de um sexto a um terço.
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - por motivo fútil;
II - mediante paga ou promessa de recompensa, por cupidez, para excitar ou
saciar desejos sexuais, ou por outro motivo torpe;
III - com emprego de veneno, asfixia, tortura, fogo, explosivo, ou qualquer outro
meio dissimulado ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, com surpresa ou mediante outro recurso insidioso,
que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro
crime;
VI - prevalecendo-se o agente da situação de serviço: Pena - reclusão, de doze
a trinta anos.
Homicídio culposo
Art. 206. Se o homicídio é culposo:
Pena - detenção, de um a quatro anos.
§1° A pena pode ser agravada se o crime resulta de inobservância de regra
técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato
socorro à vítima.
669
Multiplicidade de vítimas
§2º Se, em consequência de uma só ação ou omissão culposa, ocorre morte de
mais de uma pessoa ou também lesões corporais em outras pessoas, a pena é
aumentada de um sexto até metade.
Redução de pena
§ 3° Se o suicídio é apenas tentado, e da tentativa resulta lesão grave, a pena é
reduzida de um a dois terços.
DO GENOCÍDIO
Genocídio
Art. 208. Matar membros de um grupo nacional, étnico, religioso ou pertencente
a determinada raça, com o fim de destruição total ou parcial desse grupo:
Pena - reclusão, de quinze a trinta anos.
Casos assimilados
Parágrafo único. Será punido com reclusão, de quatro a quinze anos, quem, com
o mesmo fim:
I - inflige lesões graves a membros do grupo;
II - submete o grupo a condições de existência, físicas ou morais, capazes de
ocasionar a eliminação de todos os seus membros ou parte deles;
670
III - força o grupo à sua dispersão;
IV - impõe medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;
V - efetua coativamente a transferência de crianças do grupo para outro grupo.
EXERCÍCIOS
Gabarito
A - Errado
B - Errado
Lesão leve
Art. 209. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção,
de três meses a um ano.
671
Lesão grave
§ 1° Se se produz, dolosamente, perigo de vida, debilidade permanente de
membro, sentido ou função, ou incapacidade para as ocupações habituais, por
mais de trinta dias:
Pena - reclusão, até cinco anos.
§2º Se se produz, dolosamente, enfermidade incurável, perda ou inutilização de
membro, sentido ou função, incapacidade permanente para o trabalho, ou
deformidade duradoura:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Lesão levíssima
§6º No caso de lesões levíssimas, o juiz pode considerar a infração como
disciplinar.
Lesão culposa
Art. 210. Se a lesão é culposa:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
§1º A pena pode ser agravada se o crime resulta de inobservância de regra
técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato
socorro à vítima.
672
Aumento de pena
§2º Se, em consequência de uma só ação ou omissão culposa, ocorrem lesões
em várias pessoas, a pena é aumentada de um sexto até metade.
Participação em rixa
Art. 211. Participar de rixa, salvo para separar os contendores: Pena - detenção,
até dois meses.
Parágrafo único. Se ocorre morte ou lesão grave, aplica-se, pelo fato de
participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos.
EXERCÍCIOS
Gabarito
1 - ERRADO
2 - ERRADO
673
CRIMES CONTRA A AUTORIDADE OU DISCIPLINA MILITAR
Conspiração
Art. 152. Concertarem-se militares ou assemelhados para a prática do crime
previsto no artigo 149:
Pena - reclusão, de três a cinco anos.
674
Isenção de pena
Parágrafo único. É isento de pena aquele que, antes da execução do crime e
quando era ainda possível evitar-lhe as consequências, denuncia o ajuste de
que participou.
EXERCÍCIO
Gabarito
1-C
675
ou à prática de qualquer crime militar.
676
EXERCÍCIOS
Gabarito
A-C
677
Violência contra militar de serviço
Art. 158. Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou
contra sentinela, vigia ou plantão:
Pena - reclusão, de três a oito anos.
sujeito ativo é o militar.
Bizu monstruoso: Esse militar pode ser tanto da esfera federal quanto da
estadual.
Desrespeito a superior
Art. 160. Desrespeitar superior diante de outro militar:
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais
grave.
Crime propriamente militar.
Consumação: ocorre quando o autor ofende a vítima secundária, seja de que
forma for.
É crime propriamente militar, pois só pode ser cometido por militar e diz
respeito aos deveres que lhe são inerentes.
O desrespeito pode ser visto como várias formas como por exemplo uma
crítica, um menosprezo, uma ofensa.
678
Bizu monstruoso: É agravante o fato de o ofendido ser o Comandante da
unidade, oficial general ou oficial de dia ou de quarto da unidade ou da
embarcação.
EXERCÍCIOS
1. O direto penal militar, tem uma série de crimes, com vários aspectos
diferentes, de acordo com os crimes em espécie, assinale a alternativa incorreta:
a) Praticar violência contra superior gera pena de detenção, de três meses a um
ano.
b) Desrespeitar superior diante de outro militar gera pena de detenção, de três
meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.
c) Desrespeitar superior diante de outro militar é crime propriamente militar e sua
consumação ocorre quando o autor ofende a vítima secundária, seja de que
forma for.
d) De acordo com o crime de desrespeito a superior não é considerado agravante
o fato de o ofendido ser o Comandante da unidade, oficial general ou oficial de
dia ou de quarto da unidade ou da embarcação.
Gabarito
1-D
Recusa de obediência
Art. 163. Recusar obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de
serviço, ou relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução:
679
Pena - detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Crime propriamente militar.
Consumação: ocorre quando o autor recusa obediência à ordem, seja por ação,
seja por omissão, sendo um desrespeito a disciplina militar.
EXERCÍCIOS
680
III - No crime de recusa de obediência caso dois ou mais militares recusarem a
obedecer a qualquer tipo de ordem, a conduta já passa a ser considerada revolta.
Está incorreto o que se afirma em:
a) I e II
b) I e III
c) I
d) II e III
Gabarito
1-D
Reunião ilícita
Art. 165. Promover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para discussão
de ato de superior ou assunto atinente à disciplina militar:
Bizu monstruoso: Basta a presença de pelo menos dois militares. Não há o que
falar em “promover”, já que não existiu, nem em “tomar parte”, pelo mesmo
motivo. Não se exige, no entanto, ..., que ocorra a efetiva discussão dos assuntos
grafados no tipo. (COIMBRA NEVES, Cícero Robson e STREIFINGER,
Marcello. Manual de Direito Penal Militar. São Paulo: Saraiva, 3ª edição, 2013,
p. 829.)
681
Publicação ou crítica indevida
682
Bizu monstruoso: não esquecer que essa subordinação ao governador do
estado não vale só para as instituições militares, pois as policias civis também
se subordinam a ele.
Forma qualificada
§ 1º Se o ato não se executa em razão da resistência:
Pena - reclusão de dois a quatro anos.
Cumulação de penas
§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das
correspondentes à violência, ou ao fato que constitua crime mais grave.
EXERCÍCIOS
683
Gabarito
1-D
Resumo
• Só admite forma dolosa
• O delito se consuma após decorrer mais de oito dias de ausência.
• O desertor desde a deserção fica sujeito a prisão.
• É um crime que de acordo com a doutrina majoritária NÃO ADMITE
TENTATIVA.
• É um crime propriamente militar.
Abandono de posto
Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar de serviço que lhe
tenha sido designado, ou o serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Descumprimento de missão
Art. 196. Deixar o militar de desempenhar a missão que lhe foi confiada:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais
grave.
§ 1º Se é oficial o agente, a pena é aumentada de um terço.
684
§ 2º Se o agente exercia função de comando, a pena é aumentada de metade.
Modalidade culposa
§ 3º Se a abstenção é culposa:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-D
Desacato
Art. 341. Desacatar autoridade judiciária militar no exercício da função ou em
razão dela:
685
Pena - reclusão, até quatro anos.
Desacato a superior
Art. 298. Desacatar superior, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, ou
procurando deprimir-lhe a autoridade:
Pena - reclusão, até quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.
• É desacatar superior.
• Só pode ser praticado por inferior hierárquico.
Agravação de pena
A pena é agravada, se o superior é oficial-general ou comandante da unidade a
que pertence o agente.
Desacato a militar
Art. 299. Desacatar militar no exercício de função de natureza militar ou em
razão dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui outro
crime.
• Só pode ser praticado por civil no âmbito da união.
• Só acontece se ofender a bens jurídicos militares e se houver o
chamado dolo especifico.
686
CORRUPÇÃO ATIVA, CORRUPÇÃO PASSIVA,
PREVARICAÇÃO
CORRUPÇÃO ATIVA
É um crime impropriamente militar, pois está previsto tanto no código penal
militar, quanto no código penal.
CORRUPÇÃO PASSIVA
Art. 308. Receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função, ou antes de assumi-la, mas em razão dela vantagem indevida,
ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Aumento de pena
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou
promessa, o agente retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o
pratica infringindo dever funcional.
687
Diminuição de pena
§ 2º - Se o agente pratica, deixa de praticar ou retarda o ato de ofício com
infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Prevaricação
Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou
praticá-lo contra expressa disposição de lei, para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
• crime funcional ou crime próprio - praticado por funcionário público.
• Sujeito Ativo - É o funcionário público
EXERCÍCIOS
688
c) O desacato a militar não pode ser praticado por civil no âmbito da união.
d) Em relação ao crime de desacato a superior, a pena é agravada, se o
superior é oficial-general ou comandante da unidade a que pertence o agente.
Gabarito
1-D
2-C
689
CRIMES EM TEMPO DE GUERRA
CORRESPONDÊNCIA LEGISLATIVA
TRAIÇÃO
Art. 355. Tomar o nacional armas contra o Brasil ou Estado aliado, ou prestar
serviço nas forças armadas de nação em guerra contra o Brasil:
Pena - morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau mínimo.
FAVOR AO INIMIGO
Art. 356. Favorecer ou tentar o nacional favorecer o inimigo, prejudicar ou tentar
prejudicar o bom êxito das operações militares, comprometer ou tentar
comprometer a eficiência militar:
I - empreendendo ou deixando de empreender ação militar;
II - entregando ao inimigo ou expondo a perigo dessa consequência navio,
aeronave, força ou posição, engenho de guerra motomecanizado, provisões ou
qualquer outro elemento de ação militar;
III - perdendo, destruindo, inutilizando, deteriorando ou expondo a perigo de
perda, destruição, inutilização ou deterioração, navio, aeronave, engenho de
guerra motomecanizado, provisões ou qualquer outro elemento de ação militar;
IV - sacrificando ou expondo a perigo de sacrifício força militar;
690
V - abandonando posição ou deixando de cumprir missão ou ordem: Pena -
morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau mínimo.
COAÇÃO A COMANDANTE
Art. 358. Entrar o nacional em conluio, usar de violência ou ameaça, provocar
tumulto ou desordem com o fim de obrigar o comandante a não empreender ou
a cessar ação militar, a recuar ou render-se:
Pena - morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau mínimo.
ALICIAÇÃO DE MILITAR
Art. 360. Aliciar o nacional algum militar a passar-se para o inimigo ou prestar-
lhe auxílio para esse fim:
Pena - morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau mínimo.
691
COBARDIA
Art. 363. Subtrair-se ou tentar subtrair-se o militar, por temor, em presença do
inimigo, ao cumprimento do dever militar:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
COBARDIA QUALIFICADA
Art. 364. Provocar o militar, por temor, em presença do inimigo, a debandada de
tropa ou guarnição; impedir a reunião de uma ou outra, ou causar alarme com o
fim de nelas produzir confusão, desalento ou desordem:
Pena - morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau mínimo.
ESPIONAGEM
Art. 366. Praticar qualquer dos crimes previstos nos arts. 143 e seu § 1°, 144 e
seus §§ 1º e 2º, e 146, em favor do inimigo ou comprometendo a preparação, a
eficiência ou as operações militares:
Pena - morte, grau máximo; reclusão, de vinte anos, grau mínimo.
CASO DE CONCURSO
Parágrafo único. No caso de concurso por culpa, para execução do crime
previsto no art. 143, §2º, ou de revelação culposa (art. 144, §3º):
Pena - reclusão, de três a seis anos.
692
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-E
693
NOÇÕES DE SOCIOLOGIA
694
MOVIMENTOS POPULARES URBANOS
Uma escavação das lutas populares urbanas revela que os movimentos sociais
continuam a dar uma contribuição substancial para uma democratização
profunda da política brasileira. As organizações de moradores, de fato formam a
base do projeto de democracia popular do Brasil ao facilitar estrutural e
cognitivamente um grau de participação popular.
695
Assim, a luta por direitos dos movimentos sociais é essencial para o
aprofundamento e universalização da cidadania, ou seja, para a crescente
democratização das relações sócias. As lutas e ações sociais nos anos 90 e
2000 se configuraram, entre outras tendências, pela participação da população
nas estruturas de conselhos e colegiados criados por exigência da constituição
de 1988 ou como fruto de políticas especificas, o crescimento das organizações
não governamentais e as políticas de parcerias implementadas pelo poder
público, principalmente no âmbito do poder local.
INTRODUÇÃO
Conforme aponta Santos (2013, p.2), a princípio qualquer lugar era local para
estabelecer-se como abrigo: uma caverna, uma árvore e a superfície do gelo,
pois eram suficientes para sobrevivência digna das pessoas. Contudo, os
espaços livres foram reduzindo com o desenvolvimento da sociedade, a
globalização e o capitalismo, acarretando “uma segregação social em relação
aos menos favorecidos”.
696
Ainda, de acordo com Santos (2013), os espaços foram se comprimindo cada
vez mais a ponto de sua drástica redução ou extinção para os mais
desfavorecidos; esses vivendo nas ruas, pontes, entre outros.
Neste sentido, Alves e Cavenaghi (2004) destacam que a habitação está ligada
às desigualdades sociais, definidas por Montaño (2012, p. 278) como
“contradição capital trabalho, na exploração da força de trabalho, na acumulação
e centralização de capital”, quanto mais acúmulo do capital mais exploração do
trabalho igual a desigualdade social. As condições de habitação e moradia no
Brasil e na América Latina definem o grau da desigualdade, isto é, educação e
cultura, lazer, transportes, pois a precariedade habitacional abrange
contingentes ainda maiores da população.
De acordo com Gohn (2013 p.141), os movimentos sociais são vistos como
“ações sociais coletivas de caráter sociopolítico e cultural”, são comportamentos
conflituosos gerados no seio da ordem, realizam diagnósticos da realidade
social, transformam pessoas simples em atores da sociedade civil, onde muitos
entram para a história através de sua participação nos movimentos sociais.
697
Já em 1987, foi instituído o Fórum Nacional de Reforma Urbana - FNRU que atua
para modificar o processo de segregação social e espacial existente nas cidades
brasileiras, a fim de que se tornem mais justas, inclusivas e democráticas,
através da articulação nacional que reúne movimentos populares, sociais,
ONGs, associações de classe e instituições de pesquisa.
Em 1989 a União Nacional por Moradia Popular - UNMP, por sua vez, vem com
objetivo de articular e mobilizar os movimentos de moradia, lutar pelo direito à
moradia, por reforma urbana e autogestão e assim resgatar a esperança do povo
rumo a uma sociedade sem exclusão social; atuando favelas e cortiços,
articulando a questão do sem-teto, mutirões ocupações e loteamentos. Esses
movimentos contribuíram depois para a criação da Constituição Federal de 1988,
principalmente na inserção dos direitos sociais, que foram inscritos em leis na
nova Constituição brasileira de 1988.
A criação de uma Central dos Movimentos Populares foi outro fato marcante nos
anos 1990, pois formou vários movimentos populares em nível nacional, tal como
a luta pela moradia, também buscou uma articulação e criou colaborações entre
diferentes tipos de movimentos sociais, populares e não populares.
698
✓ 1 - Desenvolvimento social e programas complementares,
✓ 2 - Participação popular
✓ 3 - Instrumentos de política de desenvolvimento urbano.
Em 2008, segundo Leher e al. (2010), entidades como a União Nacional por
Moradia Popular (UNMP), a Confederação Nacional das Associações de
Moradores (CONAM), a Central de Movimentos Populares (CMP), o Movimento
nacional de luta pela moradia (MNLM), se reuniram junto ao Fórum Nacional de
Reforma Urbana (FNRU) e protagonizarão uma jornada de luta pela reforma
urbana e pelo direito a cidade.
Todavia, como aponta Santos (2013, p. 2). “[o] direito à moradia passou de direito
de todos para apenas direitos dos mais favorecidos. E quando fornecido a
minoria, não abrange o perfeito desenvolvimento da dignidade da pessoa
humana”. Assim sendo, não ter uma moradia segura e salubre corrobora com a
situação de vulnerabilidade social da população, na qual as famílias estão
699
MOVIMENTOS SOCIAIS E EDUCAÇÃO
700
pessoas em determinado campo de habilidade, fora das grades curriculares,
certificadoras de graus e níveis de ensino.
701
educação, a exemplo dos Movimentos de Educação Popular. Embora ele nunca
tivesse tido grande visibilidade como um ator independente, no início deste
milênio ele está 5 ganhando formato novo entre as camadas populares. Suas
demandas foram, frequentemente, incorporadas pelos sindicatos dos
professores e demais profissionais da educação, ou por articulações amplas,
como a luta pela educação no período da Constituição levadas a efeito pelo
Fórum Nacional de Luta pela Escola Pública, protagonizada basicamente por
atores das camadas médias.
702
Outro movimento importante que é o MOVIMENTO DA INFÂNCIA, ele abrange
crianças e adolescentes que vivem em situação de exclusão, usualmente nas
ruas. Inúmeros projetos sociais têm sido desenvolvidos com estas crianças e
adolescentes. Este movimento conta com o apoio de pastorais da Igreja Católica
e o apoio de inúmeros voluntários.
703
GIFE, apoio da Unesco. A proposta é no sentido de fazer da Educação uma
ferramenta básica para o próprio desenvolvimento do país, pressionando o
governo para que ela se torne a principal política pública. A proposta é focalizar
a rede pública da escola básica. Quando o Compromisso foi lançado, cinco
metas básicas foram propostas para serem atingidas, até 2022.
Para não irmos tão longe relembro apenas a luta por transporte (ônibus) ao final
dos anos de 1970, em movimentos sociais populares em bairros da periferia
apoiados pelas (CEBS) Comunidades Eclesiais de Base. A mobilidade urbana é
uma questão central para o cidadão, para o exercício da cidadania e une todas
as camadas sociais, que sofrem o pesadelo do deslocamento diários no transito,
de ônibus, carro ou metro lotado. A insuficiência dos meios de locomoção e a
lentidão das ações governamentais (nunca há, obras quando aprovadas são
adiadas continuamente) é uma das responsáveis pelo “desencanto” com a
política e com os políticos.
704
MOVIMENTOS E LUTAS SOCIAIS NA HISTÓRIA DO
BRASIL
BREVE RESUMO
Sobre o papel dos movimentos sociais neste contexto, Gohn (2011, p. 23)
pondera o quanto é inegável “que os movimentos sociais dos anos 1970/1980,
no Brasil, contribuíram decisivamente, via demandas e pressões organizadas,
para a conquista de vários direitos sociais, que foram inscritos em leis na nova
Consti-tuição Federal de 1988”. O movimento de oposição e contestação ao
705
regime militar tinha um propósito claro: defesa dos valores do Estado
democrático e crítica a toda forma de autoritarismo estatal.
Nesse período, cada movimento social foi forjando sua identidade, suas formas
de atuação, pautas de reivindicações, valores, seus discursos que o
caracterizavam e o diferenciavam de outros. "Foram grupos que construíram
uma nova forma de fazer política e politizaram novos temas ainda não discutidos
e pensados como constituintes do campo político.
Nesse período a sociedade civil organizada, por meio dos movimentos sociais e
populares, irá buscar espaço para influenciar nas decisões políticas e na
construção da Constituinte de 1988. É uma participação efetiva de cidadãos e
cidadãs, na busca por direitos e por políticas que os afetam diretamente. E foi a
própria Constituição Federal de 1988 que "[...] abriu espaço, por meio de
legislação específica, para práticas participativas nas áreas de políticas públicas,
em particular na saúde, na assistência social, nas políticas urbanas e no meio
ambiente” (AVRITZER, 2009, p. 29-30), seja através de plebiscitos, referendos
e projetos de lei de iniciativa popular (art. 14, incisos I, II e III; art. 27, parágrafo
4º; art. 29. Incisos XII e XIII), seja através da participação na gestão das políticas
de seguridade social (art. 194), de assistência social (art. 204) ou dos programas
de assistência à saúde da criança e do adolescente (art. 227).
706
vida popular por intermédio de 70 mil CEBs [Comunidades Eclesiais de Base]
que organizavam cerca de 2 milhões de ativistas cristãos, agindo dos anos 1960
até os anos 1990” (GUIMARÃES, 2009, p. 18). Essa corrente direcionou suas
atividades para os temas da cidadania, fazendo uma opção preferencial pelos
pobres com base em princípios da moral cristã como a igualdade e a
solidariedade.
707
Constituição Federal de 1988, vem desempenhando um papel fundamental para
consolidação do nosso Estado Democrático de Direito. Além disso, os
movimentos sociais ampliam, aprofundam e redefinem “a Democracia tradicional
do Estado político e a democracia econômica para uma democracia civil numa
sociedade civil” (FRANK; FUENTES, 1989, p. 20).
E para que este papel possa se efetivar, não temos dúvida do quão importante
a ideia de uma educação dos movimentos populares se torna fundamental e
necessária. Uma educação voltada para o exercício da cidadania em seu sentido
mais pleno, em que os cidadãos efetivamente participam das decisões políticas
que os afetam. Uma concepção de cidadão enquanto sujeito político que exige “
uma revisão profunda na relação tradicional entre educação, cidadania e
participação política” (ARROYO, 1995, p. 74 apud RIBEIRO, 2002, p. 115).
INTRODUÇÃO
708
da divisão social do trabalho. Embora as sociedades romanas e gregas foram
sociedades classistas, foi na sociedade moderna que esse fenômeno se
complexificou. A emergência do modo de produção capitalista, engendrou duas
classes sociais fundamentais (burguesia e proletariado), no entanto, em torno
dessas duas classes sociais existem outras classes e fragmentos de classes.
Assim, a questão das classes sociais também é uma temática complexa, sua
análise implica entender o desenvolvimento do próprio modo de produção,
formas de distribuição, divisão social do trabalho, formas de propriedade e outras
determinações sociais e históricas. Portanto, os movimentos sociais não estão
dissociados das lutas de classes, sendo que muitos movimentos sociais
emergem a partir de tal dinâmica. No entanto, há grande diferença entre um
movimento social e uma classe social. Um movimento social, é um conjunto de
indivíduos organizados em torno de um objetivo comum, ou uma demanda
social, etc., e pode ter uma motivação política, étnica e cultural. Ao mesmo tempo
em que pode ser conservador, reformista ou revolucionário, (VIANA, 2016).
709
sexo feminino cria a necessidade de ação coletiva. Essas relações sociais
certamente baseiam na opressão do sexo feminino e é esta a motivação externa
deste movimento social. O mesmo ocorre com o movimento negro: o simples
fato de pertencer a raça negra não é motivo suficiente para um movimento social,
mas, quando a raça negra se vê oprimida, então surge a sua necessidade. Um
movimento social só existe quando o conjunto de pessoas que o compõem
possuem aspectos comuns, que podem ser tanto biológicos (raça, sexo) quanto
culturais e ideológicos (projeto político) (JENSEN, 2014, apud VIANA, 2016,
p.25).
“Um grupo social deve ser entendido como “um conjunto de indivíduos que
possuem aspectos em comum, que pode ser cultura, a constituição física, um
projeto político, demandas sociais, ou qualquer outro”. Definido o que é um grupo
social, e que ele é a base dos movimentos sociais, agora precisamos entender
o que o leva, a transformar-se, em movimento social.
AS CLASSES SOCIAIS
710
as suas condições de vida e, com esta, o seu desenvolvimento pessoal estão
subsumidos a ela (MARX & ENGELS, 2008, p.93).
Assim, podemos entender que as classes sociais são compostas por conjuntos
de indivíduos, que possuem interesses comuns (valores, sentimentos,
concepções, etc.), que são determinados pela posição desses indivíduos na
divisão social do trabalho. Isso também, gera modos de vidas e interesses
contrários, a outros grupos de indivíduos, também determinados pela divisão
social do trabalho. No capitalismo, esse antagonismo está colocado pelos
detentores dos meios de produção (capital), e possuidores de força de trabalho
(mais-valor), ou seja, capitalistas e proletariado.
711
LEGISLAÇÃO
EXTRAVAGANTE
712
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
LEI 10. 826/03 I
Competência – SINARM
Art. 2° Ao SINARM compete:
I – identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante
cadastro
II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no país:
III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações
expedidas pela Polícia Federal;
IV – cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras
ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes
de fechamento de empresas de segurança privada e de transporte de valores;
V – identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento
de arma de fogo;
VI – integrar no cadastro os acervos policiais já existentes;
VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a
procedimentos policiais e judiciais;
VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença
para exercer a atividade;
IX – cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas,
exportadores e importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e
713
munições;
X – cadastrar a identificação do cano da arma, as características das impressões
de raiamento e de microestriamento de projétil disparado, conforme marcação e
testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante;
XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito
Federal os registros e autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos
territórios, bem como manter o cadastro atualizado para consulta.
Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo
das Forças Armadas e Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus
registros próprios.
Observe que o SINARM não controlará todas as armas de fogo, serão
excluídas, por exemplo, as de Forças Armadas e Auxiliares – Exército, Marinha
e Aeronáutica, que possuem seus arsenais próprios. Tais armas estão sujeitas
ao seu próprio regramento – Sistema de Gerenciamento Militar de Armas –
SIGMA.
Cadastro
O Decreto nº 9.847 de 2019 regulamenta a Lei nº 10.826/03 para tratar, inclusive,
sobre o cadastro:
714
O Cadastro consiste em colocar a arma em um banco de dados, não está
vinculada a nenhuma pessoa.
DO REGISTRO
Diferentemente do Cadastro, o registro da arma de fogo consiste na matrícula
da arma que esteja vinculada à identificação do respectivo proprietário em banco
de dados, ou seja, aqui, há a vinculação a determinada pessoa.
715
ATENÇÃO!!! A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre
correspondente à arma registrada e na quantidade estabelecida no regulamento
desta Lei. (§2º)
CUIDADO!!!
Estará dispensado das exigências constantes do inciso III do caput deste artigo,
na forma do regulamento, o interessado em adquirir arma de fogo de uso
permitido que comprove estar autorizado a portar arma com as mesmas
características daquela a ser adquirida. (§8º)
716
§ 1º O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia
Federal e será precedido de autorização do SINARM.
§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto no caput deste artigo,
considera-se residência ou domicílio toda a extensão do respectivo imóvel rural.
(Incluído pela Lei nº 13.870, de 2019)
717
EXERCÍCIOS
Gabarito
1 - CERTO
2-D
3 - CERTO
718
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
LEI 10. 826/03 II
ATENÇÃO!!!
É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os
casos previstos em legislação própria.
Observe então, que a regra é de que o porte de arma de fogo é proibido, com
algumas ressalvas estabelecidas em lei.
719
serviço)
VI – Os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII,
da Constituição Federal (terão direito de portar arma de fogo de propriedade
particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de
serviço)
VII – Os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os
integrantes das escoltas de presos e as guardas portuárias;
VIII – As empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas,
nos termos desta Lei;
IX – Para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas,
cujas atividades esportivas demandem o uso de armas de fogo, na forma do
regulamento desta Lei, observando- se, no que couber, a legislação ambiental.
X - Integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de
Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário.
XI – Os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal
e os Ministérios Públicos da União e dos Estados, para uso exclusivo de
servidores de seus quadros pessoais que efetivamente estejam no exercício de
funções de segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo Conselho
Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público -
CNMP.
§ 1º As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput deste artigo terão
direito de portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela
respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, nos termos do
regulamento desta Lei, com validade em âmbito nacional para aquelas
constantes dos incisos I, II, V e VI.
§ 1º - B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais
poderão portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela
respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, desde que estejam:
I - Submetidos a regime de dedicação exclusiva;
II - Sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento; e
III - Subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle interno.
720
III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos
Municípios com mais de 500.000 habitantes, nas condições estabelecidas no
regulamento desta Lei;
(…)
§ 7º Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram
regiões metropolitanas será autorizado porte de arma de fogo, quando em
serviço.
CUIDADO!!!
O STF AUTORIZA PORTE DE ARMA PARA GUARDAS MUNICIPAIS DE
CIDADES PEQUENAS
ADI 5.948: Diante do exposto, nos termos dos arts.10, § 3º, da Lei 9.868/99 e
21, V, do RISTF, CONCEDO A MEDIDA CAUTELAR PLEITEADA, ad
referendum do Plenário, DETERMINANDO A IMEDIATA SUSPENSÃO DA
EFICÁCIA das expressões das capitais dos Estados e com mais de 500.00
(quinhentos mil) habitantes, no inciso III, bem como o inciso IV, ambos do art. 6º
da Lei Federal nº 10.826/2003.
Com a decisão do STF, podemos afirmar que guarda municipal poderá arma
mesmo fora do serviço, independentemente da quantidade de população.
721
PORTE PARA CAÇADOR DE SUBSISTÊNCIA
Art. 6º § 5º Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 anos que comprovem
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar
familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na
categoria caçador para subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro
simples, com 1 ou 2 canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16, desde
que o interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual
deverão ser anexados os seguintes documentos:
I - Documento de identificação pessoal
II - Comprovante de residência em área rural;
III - Atestado de bons antecedentes.
§ 6º O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo,
independentemente de outras tipificações penais, responderá, conforme o caso,
por porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso permitido.
COLECIONADORES
Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei,
722
compete ao Comando do Exército autorizar e fiscalizar a produção,
exportação, importação, desembaraço alfandegário e o comércio de
armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro e o
porte de trânsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e
caçadores.
EXERCÍCIOS
723
familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo,
comprovados os requisitos legais, na categoria:
a) atirador amador
b) competidor eventual
c) caçador para subsistência
d) profissional de segurança
Gabarito
1-B
2 - ERRADO
3-C
CUIDADO!!! Existem dois crimes que não possuem os três objetos materiais de
forma alternativa:
724
ARMA DE FOGO
Alguns entendimentos que você não encontra na letra da Lei são de extrema
importância para a sua prova, vamos a elas:
725
Restringe-se à seara administrativa.
726
ACESSÓRIO
ATENÇÃO!!!
Partes isoladas da arma não configuram objeto material (cano, cabo…) nem
objetos que não alteram o funcionamento (coldre).
MUNIÇÃO
Projétil a ser disparado de uma arma de fogo (incluindo o cartucho)
EXERCÍCIOS
727
3. O porte de arma de fogo sem autorização e em desacordo com determinação
legal ou regulamentar, ainda que a arma esteja desmuniciada ou
comprovadamente inapta a realizar disparos, configura delito de porte ilegal de
arma de fogo.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-C
2-E
3-E
ELEMENTO SUBJETIVO
A regra é que todos os crimes do Estatuto do Desarmamento tenham como
elemento subjetivo o dolo.
ATENÇÃO!!!
Existe um crime que é punido na modalidade culposa – OMISSÃO DE CAUTELA
(Art. 15, “caput”).
AÇÃO PENAL
Pública Incondicionada
NATUREZA JURÍDICA
Crimes de Perigo Abstrato
728
CRIMES EM ESPÉCIE
Quando estamos nos referindo aos crimes em espécie, é importante que você
observe essa sequência para melhor compreensão e memorização.
Art. 12. possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou
munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou,
ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável
legal do estabelecimento ou empresa. pena – detenção, de 1 (um) a 3
(três) anos, e multa.
CUIDADO!!!
O tipo penal fala em “possuir” ou “manter”, não se exigindo a propriedade para a
configuração do crime.
729
BOLEIA DE CAMINHÃO – STJ considera como PORTE ILEGAL (Art.14) por
entender não ser casa.
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob
guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena –
reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a
arma de fogo estiver registrada em nome do agente.
730
POSSE OU PORTE DE ARMA DE FOGO DE USO PROIBIDO OU RESTRITO
- ART. 16
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter,
empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou
munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 3 a 6 anos, e
multa.
CONDUTAS EQUIPARADAS
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:
I – Suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de
identificação de arma de fogo ou artefato;
II – Modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la
equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de
dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou
juiz;
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou
incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação legal
ou regulamentar;
731
IV – Portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com
numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado,
suprimido ou adulterado;
V – Vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo,
acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente;
VI – Produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar,
de qualquer forma, munição ou explosivo.
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem
arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4 a 12 anos.
ATENÇÃO!!!
PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE – O crime do Estatuto do Desarmamento é
especial em relação ao crime de fraude processual (art. 347 do CP) Ou seja,
esse inciso II é norma especial em relação ao inciso 347 do CP.
732
POSSE, FABRICAÇÃO OU EMPREGO DE ARTEFATO EXPLOSIVO OU
INCENDIÁRIO:
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou
incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação legal
ou regulamentar;
CUIDADO!!!
Se a questão trouxer que a numeração desapareceu pelo simples decurso de
tempo (arma estava muito velha e ocorreu oxidação), a conduta não se amolda
aqui!
733
ARMA DE FOGO, ACESSÓRIO ou MUNIÇÃO – Estatuto do Desarmamento
ARMA BRANCA – Estatuto da Criança e do Adolescente
QUALIFICADORA
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem
arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4 a 12 anos.
EXERCÍCIOS
1. Juliano estava em dúvida após a aula de Direito Penal sobre o crime definido
pela conduta típica de “possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo,
acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal
ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda
no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do
estabelecimento ou empresa” previsto na Lei nº 10.826/2003. Para sanar sua
dúvida, Juliano buscou auxílio do professor Gilmar que prontamente lhe informou
se tratar do crime de:
a) Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
b) Porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
c) Posse irregular de arma de fogo de uso permitido.
d) Disparo de arma de fogo.
734
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-C
2 - ERRADO
3 - ERRADO
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
LEI 10. 826/03 V
CRIMES EM ESPÉCIE
735
ATENÇÃO!!!
Não estão incluídas na tipificação do crime, ACESSÓRIOS ou MUNIÇÃO, ou
seja, de a omissão ocorrer em relação a esses elementos, o fato será atípico.
CUIDADO!!!
Estamos tratando de um crime culposo, então, não será admitida a tentativa.
O agente deverá:
• REGISTRAR OCORRÊNCIA.
• COMUNICAR À PF
736
DISPARO DE ARMA DE FOGO - ART. 15
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou
em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa
conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime: Pena –
reclusão, de 2 a 4 anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável
O indivíduo que tenha o porte legal de arma também poderá figurar como sujeito
ativo deste crime.
CUIDADO!!!
Se essas condutas ocorrerem em local ERMO ou DESABITADO – FATO
ATÍPICO.
ATENÇÃO!!!
O parágrafo único, que estabelece ser o crime inafiançável, é considerado
INCONSTITUCIONAL.
737
pena - reclusão, de 6 a 12 anos, e multa.
§ 2º. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo,
acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com a
determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando
presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente.
738
autorização da autoridade competente, a agente policial disfarçado,
quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente.
Princípio da insignificância
Não cabe princípio da insignificância no tráfico internacional de munição.
STF (HC97777) e STJ (HC 45099)
739
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA – Art. 19
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade
se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada
da metade se:
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos
arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou
II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.
A causa de aumento de pena engloba os seguintes crimes:
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade
provisória.
ATENÇÃO!!!
O Art. 21 do Estatuto teve sua inconstitucionalidade declarada pelo STF na ADI
3112/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 02/05/2007.
740
EXERCÍCIOS
2. Samuel disparou, sem querer, sua arma de fogo em via pública. Nessa
situação, ainda que o disparo tenha sido de forma acidental, culposamente,
Samuel responderá pelo crime de disparo de arma de fogo, previsto no Estatuto
do Desarmamento.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-E
2 - ERRADO
3 - CERTO
741
Lei 13.869/2019 – Lei de Abuso de Autoridade
Aspectos Iniciais
ALTERAÇÕES IMPORTANTES:
1) Prisão temporária
• O mandado de prisão deverá ter o tempo de duração da prisão
temporária, assim como o dia que o preso será solto.
• Após tendo ocorrido o tempo contido no mandado de prisão, a autoridade
responsável pela custódia deverá, independentemente de nova ordem da
autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já
742
tiver sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da
decretação da prisão preventiva.
BIZU MONSTRUOSO!!!
Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do prazo de
prisão temporária.
743
EXERCÍCIOS
2. Para que os agentes públicos não se aproveitem dos seus cargos, funções ou
até mesmo mandatos eletivos para constranger ilegalmente os cidadãos, por
motivos pessoais por exemplo, visando benefício próprio ou de outrem foi feito a
criminalização do abuso de autoridade.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-E
2-C
Da ação penal
• Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada.
Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo
legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer
denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornece
elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do
querelante, retomar a ação como parte principal.
744
- A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado
da data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.
745
EXERCÍCIO
1. De acordo com a lei 13.869/2019 os crimes previstos nela são de ação penal
pública condicionada.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-E
2-E
Tortura – Crime
Art. 1º, I, “b” – Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego
de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou me para
provocar ação ou omissão de natureza criminosa.
746
previsão legal, bem como por configurar analogia in malan partem, não configura
crime de tortura.
Rol Taxativo
A primeira observação a ser feita diz respeito ao motivo da discriminação.
Convém perceber que o legislador restringiu a discriminação racial ou religiosa,
não abarcando a hipótese de discriminação por opção sexual, social, política ou
outa qualquer.
A prática de racismo abrange a discriminação contra judeus.
O STF, em 2003, entendeu que a prática de racismo abrange a discriminação
contra judeus, portanto é crime imprescritível e inafiançável. (Habeas Corpus
82424; julgado em 17 de setembro de 2003). Transcrevemos parte do HC.
Vejamos:
O julgamento do pedido de Habeas Corpus (HC 82424) de Sigfried Ellwanger,
iniciado em dezembro do ano passado, levou nove meses para ser concluído. O
pedido, no entanto, foi negado em junho, quando a maioria dos ministros
entendeu que a prática de racismo abrange a discriminação contra os judeus.
(grifo nosso)
Tortura-Castigo (Art. 1°, II)
Art. 1°, II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com
emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental,
como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
747
Classificação do Crime
748
IV. Para a configuração da segunda figura do crime de tortura é
indispensável a prova cabal da intenção deliberada de causar o
sofrimento físico ou moral, desvinculada do objetivo de educação.
V. Evidenciado ter o Tribunal a quo desclassificado a conduta de tortura
para a de maus-tratos por entender pela inexistência provas capazes a
conduzir a certeza do propósito de causar sofrimento físico ou moral à
vítima, inviável a desconstituição da decisão pela via do recurso especial.
(REsp 610.395/SC, Rel. Min. Gilson Dipp, Quinta Turma, julgado em
25.05.2004, DJ 02.08.2004 p. 544).
749
LEI DE EXECUÇÃO PENAL – LEI 7.210/84
Art. 1º – A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de
sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica
integração social do condenado e do internado.
Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos
não atingidos pela sentença ou pela lei.
Art. 40 – Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física
e moral dos condenados e dos presos provisórios.
750
OMISSÃO CULPOSA – Como não existe participação culposa em crime doloso,
caso o omitente tenha agido culposamente, o fato será atípico.
PREVARICAÇÃO x TORTURA-OMISSIVA – A principal diferença entre os
dispositivos reside no fato de que a Prevaricação (Art. 319, CP) tem com fim a
satisfação de interesse ou sentimento pessoal. No delito de tortura, não há essa
finalidade específica.
Prevaricação
Art. 319 – Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal.
PRINCÍPIO DO NO BIS IN IDEM – Consiste na repetição (bis) de uma sanção
sobre mesmo fato (in idem). Para evitar o bis in idem, não se aplica a causa de
aumento de pena do Art. 1°, § 4º, I desta lei.
NÃO EQUIPARAÇÃO A HEDIONDO – Por força constitucional (como já vimos
acima) e conforme previsão expressa na Lei 8.072/90 (LCH), o delito de tortura
é equiparado a hediondo. No entanto, essa modalidade não é equiparada a
hediondo.
Tortura Qualificada
Art. 1°. § 3º – Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima,
a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão
é de oito a dezesseis anos.
751
Concurso Material de Crimes – Tortura + Homicídio
É perfeitamente possível o concurso de crimes entre tortura e homicídio.
Temos, portanto, crime de tortura-prova (Art. 1°, I, “a”) em concurso com
homicídio qualificado pela conexão consequencial (Art. 121, § 2º, V).
EXERCÍCIO
Gabarito
01 - ERRADO
752
Lei nº 9.455/1997 (Definição dos Crimes de Tortura)
Constituição Federal
CF/88, Art. 5°, III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento
desumano ou degradante. (grifo nosso)
CF/88, Art. 5° – XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes
hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evitá-los, se omitirem. (grifo nosso)
Internacional
CRIME PRÓPRIO Conceito: A Convenção contra a tortura e outros
tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes traz o conceito de
tortura em seu artigo 1°. Trata-se de um conceito amplo e abrangente.
753
Convenção contra a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis,
desumanos ou degradantes – Adotada pela Resolução 39/46, da Assembleia
Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1984.
Artigo 1: Para os fins desta Convenção, o termo tortura designa qualquer
ato pelo qual uma violenta dor ou sofrimento, físico ou mental, é infligido
intencionalmente a uma pessoa, com o fim de se obter dela ou de uma
terceira pessoa informações ou confissão; de puni-la por um ato que ela
ou uma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido;
de intimidar ou coagir ela ou uma terceira pessoa; ou por qualquer razão
baseada em discriminação de qualquer espécie, quando tal dor ou
sofrimento é imposto por um funcionário público ou por outra pessoa
atuando no exercício de funções públicas, ou ainda por instigação dele ou
com o seu consentimento ou aquiescência. Não se considerará como
tortura as dores ou sofrimentos que sejam consequência, inerentes ou
decorrentes de sanções legítimas.
Nacional – Brasil
CRIME COMUM
Porém, no Brasil, o crime de tortura destoou da tortura dos Tratados
Internacionais, tratando o delito como crime comum, podendo ser praticado por
qualquer pessoa. dessa forma, não se exige a qualidade de representante
estatal.
PRESCRITÍVEL
A Constituição Federal de 1988, em seu Art.5°, incisos XLII e XLIV, apenas
dois crimes como imprescritíveis – Racismo e ação de grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
754
Vejamos:
CF/88 – Art. 5°XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado
Democrático. (grifo nosso)
755
CONSUMAÇÃO – consuma-se no momento em que são empregados a violência
ou grave ameaça, isto é, no momento em que o agente constrange,
efetivamente, a vítima, embora não consiga alcançar o resultado pretendido.
756
EXERCÍCIO
Gabarito
01 - CERTO
Saliente-se que a Constituição Federal, em seu artigo 5º, XLIII, estabeleceu que
os crimes definidos como hediondos seriam:
Insuscetíveis de fiança, graça ou anistia. Com essa medida, a Carta Magna visou
punir os agentes de crimes considerados mais repugnantes com maior
severidade.
757
A Lei n° 8.072, de 25 de julho de 1990, em seu parágrafo 1º, classificava como
hediondos os seguintes crimes: "latrocínio (art. 157, parágrafo 3º, in fine),
• extorsão qualificada pela morte (art. 158, parágrafo 2º),
• extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput e
parágrafos 1º, 2º e 3°),
• estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput e
parágrafo único),
• atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223,
caput e parágrafo único),
• epidemia com resultado morte (art. 267, parágrafo 1º), envenenamento
de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal,
• qualificado pela morte (art. 270, combinado com o art. 285), todos do
Código Penal, e de genocídio (arts. 1º, 2º e 3º da Lei n° 2.889, de 01-10-
56),
• tentados ou consumados".
Houve então uma longa pressão da mídia e da sociedade, que se comoveu com
um caso em especial, o assassinato da atriz Daniela Perez, por ter sido praticado
com requintes de crueldade, levou o legislador a incluir tal delito – homicídio
qualificado (art. 121, parágrafo 2º, inc. I a VII do CP) e o homicídio simples
praticado em atividade típica de grupo de extermínio (art. 121, caput) – no rol
dos hediondos.
Assim sendo, em 1994, a Lei dos Crimes Hediondos ganhou nova redação com
a promulgação da Lei n° 8.930/94.
Essa nova redação da Lei dos Crimes Hediondos não se limitou a inserir o crime
de homicídio no texto anterior, mas também exclui a conduta do envenenamento
de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal, qualificada pelo
resultado morte do rol dos crimes hediondos.
758
As infrações apenadas com detenção são reservadas para os delitos mais leves.
O caráter hediondo atribuído a tal conduta é um contraditório ao objetivo da Lei
nº 8.072/90, que rotula como hediondo os crimes mais graves e repugnantes,
visando uma punição mais severa aos crimes de maior crueldade.
Por fim, a Lei nº 13.497/2017 incluiu o crime de posse ou porte ilegal de arma de
fogo de uso restrito àquele rol.
DEFINIÇÃO
O Brasil adota o Sistema Legal para definição da hediondez, de modo que cabe
ao legislador, no plano abstrato, selecionar previamente os tipos penais que
serão considerados hediondos, quando vierem a ser praticados: O juiz não tem
liberdade alguma para definir a hediondez na apreciação do caso concreto.
A Doutrina (Alberto Toron), por sua vez, sugere que seja inserido na Lei nº
8.072/90 um dispositivo legal que permita ao juiz afastar a hediondez da infração
penal no caso concreto. É a chamada Cláusula Salvatória.
759
RESTRIÇÕES CONSTITUCIONAIS
Nos termos do art. 2º, incisos I e II, da Lei 8.072/90, os crimes hediondos, a
prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo
são insuscetíveis de anistia, graça, indulto e fiança.
Note-se que o texto constitucional - art. 5º, XLIII não prevê expressamente a
restrição ao indulto. Diante disso, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no
julgamento do Habeas Corpus nº 81.810/SP, estabeleceu que a proibição do
indulto aos condenados por crimes hediondos é plenamente constitucional, pois
decorre diretamente da norma constitucional, e está contida no termo "graça",
que foi empregado pelo legislador constituinte em seu sentido amplo.
a) ANISTIA: Perdão decorrente do Poder Legislativo por meio de Lei Federal em
relação a um determinado fato;
b) GRAÇA: Perdão concedido pelo Presidente da República através de decreto
para indivíduo específico;
c) INDULTO: Perdão concedido pelo Presidente da República através de
decreto para uma coletividade.
d) FIANÇA: A CF/88 veda a fiança como condição para a concessão da
liberdade provisória aos acusados da prática de crime hediondo ou equiparado,
de forma que é possível a obtenção da liberdade provisória, desde que fixada
outra medida cautelar diversa da prisão que não seja a fiança
760
121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII); (Redação dada pela Lei nº 13.964,
de 2019)
O crime homicídio doloso simples - art. 121, caput, CP, quando praticado em
atividade típica de grupo de extermínio, ou homicídio condicionado, como é
chamado pela doutrina, é hediondo ainda que cometido por um só agente. O
homicídio qualificado, por sua vez, será hediondo independentemente da
qualificadora.
I - A lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2°) e lesão corporal
seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente
descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema
prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou
em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei nº
13.142, de 2015)
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V);
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou
pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B);
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º);
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso incluído pela Lei nº
8.930, de 1994)
761
IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo,
2o e 3o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
V - estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único);
(Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de
2009)
VI - atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223, caput
e parágrafo único); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994)
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído pela Lei nº
8.930, de 1994) VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998)
762
previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, e o de
posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, previsto no art. 16 da Lei
no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, todos tentados ou consumados.
(Redação dada pela Lei nº 13.497, de 2017)
763
Ocorre que o art. 2º, inciso III, alínas "a" e "b" do Decreto nº 9.847, de 25 de
junho de 2019, estabalece que: Art. 2º Para fins do disposto neste Decreto,
considera-se:
Trata-se, portanto, neste aspecto de novatio legis in mellius, uma vez que a Lei
Anticrime foi benéfica nesse sentido.
764
diploma legal TERIA DEIXADO DE SER CRIME HEDIONDO, de modo que,
neste ponto, a Lei Anticrime teria sido benéfica, portanto, retroativa.
CONCLUSÃO
Como o Brasil adota o SISTEMA LEGAL para definição de crime hediondo, e a
Lei Anticrime nº 13.964/19, que entrou em vigor em 25 de janeiro de 2020,
equivocadamente, não fez referência à posse ou ao porte ilegal de arma de fogo
de USO RESTRITO, mas tão somente à posse ou porte ilegal de USO
PROIBIDO, a princípio, tem-se que tais condutas deixaram de ter natureza
hedionda, até que sobrevenham decisões dos Tribunais Superiores em sentido
contrário.
§ 1° A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime
fechado. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007)
765
§ 2° A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos
neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o
apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Redação dada pela
Lei nº 11.464, de 2007)
Art. 4º (Vetado).
EXERCÍCIOS
766
os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem"
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-C
2-C
3-E
4-E
5-C
767
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS E DIREITOS FUNDAMENTAIS I
DIREITOS FUNDAMENTAIS
768
incluir o dia 1º de fevereiro – O objetivo é disseminar informações sobre medidas
preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da
gravidez na adolescência. (art.8º - A).
769
a finalidade de facilitar a detecção, em consulta pediátrica de acompanhamento
da criança, de risco para seu desenvolvimento psíquico (art.14, §5º)
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-A
2-C
3-C
770
DIREITOS FUNDAMENTAIS II
DIREITO Á LIBERDADE, AO RESPEITO E A DIGNIDADE
DIREITO A LIBERDADE
Podemos conceituar como DIREITOS A LIBERDADE - art.16:
• ir, vir, estar nos logradouros públicos e espaços comunitários – salvo
restrições legais;
• opinião e expressão;
• crença e culto religioso;
• brincar, praticar esportes e divertir-se;
• participar da vida familiar e comunitária sem discriminação;
• participar da vida política, na forma da lei;
• buscar refúgio, auxílio e orientação.
771
pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los (art.18-
A)
772
EXERCÍCIOS
2. O pai que usa de força física contra seu filho menor de idade para discipliná-
lo incide no que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) denomina
a) tratamento degradante.
b) tratamento cruel.
c) vexame.
d) violência doméstica.
e) castigo físico.
3. Maurício, com treze anos de idade, foi atendido em hospital público. Depois
de realizados os exames clínicos e a entrevista pessoal com o adolescente, o
médico que o atendeu comunicou ao conselho tutelar local a suspeita de que
Maurício havia sido vítima de castigo físico praticado pelos próprios pais. O
conselho tutelar averiguou o caso e concluiu que os pais de Maurício haviam
lesionado os braços do garoto, mediante emprego de pedaço de madeira, em
razão de ele ter se recusado a ir à escola. Com base nisso, o conselho tutelar
aplicou aos pais uma advertência e os encaminhou para tratamento psicológico.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue, de acordo
com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/1990).
773
Gabarito
1-E
2-E
3-C
774
reclusão contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar ou contra o
filho ou filha ou outro descendente (art.23, §2º).
A perca e a suspensão do poder familiar serão decretados judicialmente, em
procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na
hipótese de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações previstos no
art. 22 (art. 24)
Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai
privado de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável
ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade responsável,
independentemente de autorização judicial. (art.19, §4º)
FAMÍLIA SUBSTITUTA
GUARDA
Excepcionalmente deferir-se-á a guarda fora dos casos de tutela e adoção, para
atender a situação peculiar ou suprir a falta eventual dos pais ou responsáveis,
podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos
determinados.
A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial
fundamentado, ouvido o MP.
TUTELA
Será definida a pessoa até 18 anos incompletos. O deferimento da tutela
pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar e
implica necessariamente o dever de guarda.
775
ADOÇÃO
Medida excepcional e irrevogável, deve ser utilizada somente quando esgotarem
os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou
extensa.
Obs: é vedada a adoção por procuração.
O adotando deverá possuir mais de 18 anos à data do pedido, independente do
estado civil. A adoção contribui a situação de filho ao adotado, desligando-se de
qualquer vínculo com os pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais.
• não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando
• adotante – pelo menos 16 anos mais velho do que o adotado
• a adoção será precedida de estágio de convivência pelo prazo máximo de
90 dias.
• a morte dos adotantes não reestabelece o poder familiar dos pais naturais.
776
• acesso aos níveis mais elevados de ensino, da pesquisa e da criação
artística, segundo a capacidade de cada um;
• oferta de ensino noturno e regular, adequado as condições do
adolescente trabalhador;
• atendimento no ensino fundamental, através de programas
suplementares de material didático-escolar, transporte, educação e
assistência à saúde.
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-D
2-E
3-C
777
DIREITOS FUNDAMENTAIS IV
DIREITO A PROFISSIONALIZAÇÃO E A PROTEÇÃO NO TRABALHO
778
O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob
responsabilidade de entidade governamental e não governamental sem fins
lucrativos, deverá assegurar ao adolescente que dele participe, condições de
capacitação para o exercício de atividade regular remunerada
A remuneração que o adolescente receber pelo trabalho efetuado ou a
participação na venda dos produtos de seu trabalho, não desfigura o caráter
educativo. (art. 68)
O adolescente tem direito à profissionalização e a proteção no trabalho,
observando os seguintes aspectos (art.69):
• respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento;
• capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho
EXERCÍCIOS
779
I. É proibido o trabalho noturno, realizado entre as 22h de um dia e as cinco
horas do dia seguinte.
II. Esses adolescentes não podem ser expostos a trabalhos perigosos,
insalubres e / ou penosos.
III. Qualquer tipo de trabalho poderá ser realizado em horários e locais que
coincidam com o horário de frequência à escola.
780
c) com salário maior que um salário-mínimo.
d) cuja remuneração do trabalho diurno seja inferior à do trabalho noturno
e) que lhe prejudique a saúde ou a educação ou que interfira em seu
desenvolvimento físico, mental ou moral.
GABARITO
1-A
2-A
3-D
4-E
DA PREVENÇÃO
781
• a inclusão, nas políticas públicas, de ações que visem a garantir os seus
direitos
• a promoção de espaços intersetoriais locais para articulação de ações e
a elaboração de planos de atuação conjunta focados nas famílias em
situação de violência.
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos
classificados como adequados à sua faixa etária. (Art. 75)
OBS: As crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e
permanecer nos locais de apresentação ou exibição quando acompanhadas dos
pais ou responsável.
PRODUTOS E SERVIÇOS
782
• fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido
potencial sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de
utilização indevida;
• revistas e publicações com conteúdo impróprio;
• bilhetes lotéricos e equivalentes;
783
EXERCÍCIOS
784
3. De acordo com a Lei n. 8.069/1990, a autorização para viajar não será exigida
quando: tratar-se de comarca contígua à da residência da criança ou do
adolescente menor de 16 (dezesseis) anos, se na mesma unidade da
Federação, ou incluída na mesma região metropolitana; e a criança ou o
adolescente menor de 16 (dezesseis) anos estiver acompanhado: de
ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado
documentalmente o parentesco; e de pessoa maior, expressamente autorizada
pelo pai, mãe ou responsável.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-E
2-B
3-C
785
PRINCÍPIOS QUE REGEM A APLICAÇÃO DAS MEDIDAS:
• condição da criança e do adolescente como sujeitos de direitos;
• proteção integral e prioritária;
• responsabilidade primária e solidária do poder público;
• interesse superior da criança e do adolescente;
• privacidade;
• intervenção precoce;
• intervenção mínima;
• proporcionalidade e atualidade;
• responsabilidade parental;
• prevalência da família;
• obrigatoriedade de informação;
• oitiva obrigatória e participação.
786
Crianças e adolescentes poderão ser encaminhados a instituições que
executam programas de acolhimento institucional???
SIM!!! Mas somente por meio de uma Guia de Acompanhamento, expedida pela
autoridade judiciária, na qual, obrigatoriamente conterá, dentre outros:
• sua identificação e a qualificação completa de seus pais ou responsáveis
(se conhecidos);
• o endereço de residência dos pais ou responsável, com pontos de
referência;
• os nomes de parentes ou de terceiros interessados em tê-los sob sua
guarda;
• os motivos de retirada ou não da reintegração ao convívio familiar.
787
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-C
2-B
3-C
788
ATOS INFRACIONAIS I
789
• igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e
testemunhas e produzir todas as provas necessárias à sua defesa;
• defesa técnica por advogado;
• assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei;
• direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente;
• direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer
fase do procedimento.
EXERCÍCIOS
790
d) nenhum adolescente será preso sem ordem escrita do Juiz ou do Delegado
de Polícia.
e) não poderá ser apreendido pelo simples cometimento de ato infracional,
somente podendo ser preso em flagrante delito.
2. Aristarco tinha 17 anos de idade e praticou uma conduta descrita como crime
no Código Penal. Mas a Polícia, após um período de investigações, veio a detê-
lo por conta do referido delito somente quanto ele já havia completado 18 anos
de idade. Nessa situação hipotética, o Estatuto da Criança e do Adolescente
estabelece que Aristarco
a) terá que ser libertado imediatamente pelo juiz, uma vez que somente poderia
ter sido detido antes de atingir a maioridade.
b) não poderá sofrer qualquer punição, uma vez que o crime prescreveu quando
atingiu a maioridade.
c) era inimputável à época do fato criminoso e não será punido pelo Estatuto na
referida hipótese.
d) ficará sujeito às medidas previstas no Estatuto pelo ato cometido, pois é
considerada a sua idade à data do fato.
e) ficará sujeito às penas previstas no Código Penal pelo ato que cometeu, uma
vez que foi preso quando já era maior de idade.
Gabarito
1-A
2-D
3-E
4-C
791
ATOS INFRACIONAIS II
792
• defensor
793
Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autorização judicial,
ouvido o Ministério Público.
A determinação judicial mencionada no §1º (da impossibilidade de realização de
atividades externas) poderá ser revista a qualquer tempo pela autoridade
judiciária.
794
Em nenhum caso haverá incomunicabilidade.
A autoridade judiciária poderá suspender temporariamente a visita, inclusive, de
pais ou responsável, se existirem motivos sérios e fundamentados de sua
prejudicialidade ao interesse do adolescente.
Súmula 492 STJ. O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não
conduz obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação
do adolescente.
EXERCÍCIO
Gabarito
1-B
2-E
3-C
795
Lei n° 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente)
796
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
O tipo penal em comento busca proteger a norma prevista no art. 106 do ECA.
Vejamos:
797
Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante
de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária
competente.
Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação dos responsáveis
pela sua apreensão, devendo ser informado acerca de seus direitos.
798
Pena – detenção de seis meses a dois anos.
799
Crimes Diversos
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer
meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou
adolescente:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Art. 241. Vender ou expor a venda fotografia, vídeo ou outro registro que
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou
adolescente:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
800
II. Assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores as
fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo.
Art. 241 - B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo
ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica
envolvendo criança ou adolescente:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
801
Art. 241 - D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de
comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Art. 241 - E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de
sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva
criança ou adolescente em atividades sexuais explicitas, reais ou simuladas, ou
exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins
primordialmente sexuais.
802
§ 1o Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou o responsável pelo
local em que se verifique a submissão de criança ou adolescente as práticas
referidas no caput deste artigo.
§ 1o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas
ali tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de
bate-papo da internet.
São as infrações:
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de
atenção a saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar
a autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo
suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando- se o dobro em
caso de reincidência.
803
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer
meio de comunicação, nome, ato ou documento de procedimento policial,
administrativo ou judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato
infracional:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso
de reincidência.
§ 1o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas
ali tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de
bate-papo da internet.
§ 2o As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no
caso de a infração cometida ou induzida estar incluída no rol do Art. 1o da Lei no
8.072, de 25 de julho de 1990.
804
Das Infrações Administrativas
As infrações tem natureza administrativa como consequência de violação dos
direitos da criança e adolescente, punível com multa.
São as infrações:
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de
atenção a saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar
a autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo
suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando- se o dobro em
caso de reincidência.
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer
meio de comunicação, nome, ato ou documento de procedimento policial,
administrativo ou judicial relativo à criança ou adolescente a que se atribua ato
infracional:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso
de reincidência.
805
Art. 256. Vender ou locar a criança ou adolescente fita de programação em
vídeo, em desacordo com a classificação atribuída pelo órgão competente:
Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso de reincidência, a
autoridade judiciaria poderá determinar o fechamento do estabelecimento por
ate quinze dias.
806
EXERCÍCIO
2. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena
de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena –
reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-C
2-C
807
comunitários - art. 100.
808
Crianças e adolescentes poderão ser encaminhados a instituições que
executam programas de acolhimento institucional???
SIM!!! Mas somente por meio de uma Guia de Acompanhamento, expedida pela
autoridade judiciária, na qual, obrigatoriamente conterá, dentre outros:
• sua identificação e a qualificação completa de seus pais ou responsáveis
(se conhecidos);
• o endereço de residência dos pais ou responsável, com pontos de
referência;
• os nomes de parentes ou de terceiros interessados em tê-los sob sua
guarda;
• os motivos de retirada ou não da reintegração ao convívio familiar.
809
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-C
2-B
3-C
810
DA PREVENÇÃO
DA PREVENÇÃO ESPECIAL
Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos
classificados como adequados à sua faixa etária. (Art. 75)
OBS: As crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e
permanecer nos locais de apresentação ou exibição quando acompanhadas dos
pais ou responsável.
Os proprietários, diretores, gerentes e funcionários de empresas que explorem
a venda ou aluguel de fitas de programação em vídeo cuidarão para que não
811
haja venda ou locação em desacordo com a classificação atribuída pelo órgão
competente (Art. 77)
Os responsáveis por estabelecimentos que explorem comercialmente bilhar,
sinuca ou congênere ou por casas de jogos, assim entendidas as que realizem
apostas, ainda que eventualmente, cuidarão para que não seja permitida a
entrada e a permanência de crianças e adolescentes no local, afixando aviso
para orientação do público (Art. 80)
PRODUTOS E SERVIÇOS
• é proibida a venda a criança ou adolescente de (art. 81):
• arma, munição, explosivo; bebidas alcoólicas;
• produtos cujos componentes possam causar dependência física ou
psíquica ainda que por utilização indevida;
• fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido
potencial sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de
utilização indevida;
• revistas e publicações com conteúdo impróprio;
• bilhetes lotéricos e equivalentes;
812
A autoridade judicial poderá conceder autorização válida por 2 anos, a pedido
dos pais. Autorização será dispensável se a viagem for para o exterior, e a
criança ou adolescente (art. 84):
• estiver acompanhada de ambos os pais ou responsável;
• viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro
através de documento com firma reconhecida.
EXERCÍCIOS
813
c) É dispensável a autorização judicial para a criança ou adolescente nascido em
território nacional que estiver de saída do país em companhia de estrangeiro
residente ou domiciliado no exterior.
d) Será exigida autorização judicial quando se tratar de comarca contigua à da
residência da criança, se na mesma unidade da federação, ou incluída na
mesma região metropolitana.
3. De acordo com a Lei n. 8.069/1990, a autorização para viajar não será exigida
quando: tratar-se de comarca contigua à da residência da criança ou do
adolescente menor de 16 (dezesseis) anos, se na mesma unidade da
Federação, ou incluída na mesma região metropolitana; e a criança ou o
adolescente menor de 16 (dezesseis) anos estiver acompanhado: de
ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado
documentalmente o parentesco; e de pessoa maior, expressamente autorizada
pelo pai, mãe ou responsável.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
1-E
2-B
3-C
814
ATOS INFRACIONAIS I
815
• igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e
testemunhas e produzir todas as provas necessárias à sua defesa;
• defesa técnica por advogado;
• assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei;
• direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente;
• direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer
fase do procedimento.
EXERCÍCIOS
816
d) nenhum adolescente será preso sem ordem escrita do Juiz ou do Delegado
de Polícia.
e) não poderá ser apreendido pelo simples cometimento de ato infracional,
somente podendo ser preso em flagrante delito.
2. Aristarco tinha 17 anos de idade e praticou uma conduta descrita como crime
no Código Penal. Mas a Polícia, após um período de investigações, veio a detê-
lo por conta do referido delito somente quanto ele já havia completado 18 anos
de idade. Nessa situação hipotética, o Estatuto da Criança e do Adolescente
estabelece que Aristarco
a) terá que ser libertado imediatamente pelo juiz, uma vez que somente poderia
ter sido detido antes de atingir a maioridade.
b) não poderá sofrer qualquer punição, uma vez que o crime prescreveu quando
atingiu a maioridade.
c) era inimputável à época do fato criminoso e não será punido pelo Estatuto na
referida hipótese.
d) ficará sujeito às medidas previstas no Estatuto pelo ato cometido, pois é
considerada a sua idade à data do fato.
e) ficará sujeito às penas previstas no Código Penal pelo ato que cometeu, uma
vez que foi preso quando já era maior de idade.
Gabarito
1-A
2-D
3-E
4-C
817
ATOS INFRACIONAIS II
818
Incumbe ao ORIENTADOR, com o apoio e a supervisão da autoridade
competente, a realização dos seguintes encargos, entre outros:
• promover socialmente o adolescente a sua família, fornecendo-lhes
orientação e inserindo-os, se necessário, em programa oficial ou
comunitário de auxílio e assistência social;
• supervisionar a frequência e o aproveitamento escolar do adolescente,
promovendo, inclusive, sua matrícula;
• diligenciar o sentido da profissionalização do adolescente e de sua
inserção no mercado de trabalho;
• apresentar relatório do caso.
819
A determinação judicial mencionada no §1º (da impossibilidade de realização de
atividades externas) poderá ser revista a qualquer tempo pela autoridade
judiciária.
820
Em nenhum caso haverá incomunicabilidade.
A autoridade judiciária poderá suspender temporariamente a visita, inclusive, de
pais ou responsável, se existirem motivos sérios e fundamentados de sua
prejudicialidade ao interesse do adolescente.
Súmula 492 STJ. O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não
conduz obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação
do adolescente.
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-B 2-E
3-C
821
DAS MEDIAS PERTINENTES AOS PAIS OU RESPONSÁVEIS E DO
CONSELHO TUTELAR
CONSELHO TUTELAR
O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional,
encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança
e do adolescente.
Em cada Município e em casa Região Administrativa do DF, haverá, no mínimo,
1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local,
composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato
de 4 (quatro) anos, permitida recondução por novos processos de escolha - Lei
nº 13.824, de 2019
Para candidatar-se como membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os
seguintes requisitos:
822
• reconhecida a idoneidade moral;
• idade superior a 21 anos;
• residir no município.
823
Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o
afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério
Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as
providências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família.
As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade
judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse.
824
EXERCÍCIOS
Gabarito
1-B
2 - CERTO
3 - ERRADO
825