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Morfologia

... Morfologia é estudo da


formação e da
estrutur a da s palavr a s ...
Estrutura das palavras
A menor unidade estrutur al de uma palavr a chama-se morfema.

- Radical: é o morfema em que está a ideia principal da palavr a.


Ex.:
Terr a
Aterr ar Parte que não se
Terreno alter a quando são
Enterr ar feita s a s derivações.
Terráqueo

- Vogal temática é a primeir a vogal que se junta ao r adical par a


a construção de uma palavr a, podendo, tam bém, ligá-lo a um
sufixo.
Ex.:
Terr a

- Prefixo: morfema que vem antes do r adical, construindo uma


nova palavr a a partir desse prefixo.
Ex.:
Aterr a
Enterr ar

- Sufixo: morfema que vem depois do r adical, formando uma


nova palavr a.
Ex.:
Aterr ado
Enterr ar
Formação de palavras
Há, em língua portuguesa, palavr a s primitiva s, derivada s, simples e
composta s.

Palavr a s primitiva s: são a s palavr a s ba se, aquela s que, na língua por-


tuguesa, não provêm de outr a palavr a.
Ex.:
pedr a, flor, leite, dente, terr a, boca, etc.

Palavr a s derivada s: aquela s que, na língua portuguesa, provêm de


outr a palavr a.
Ex.:
Pedreiro, floricultur a, leiteiro, dentista, terreno, bocarr a, etc.

Palavr a s simples: aquela s que possuem um só r adical.


Ex.:
Azeite, cavalosol, flor, pé, etc.

Palavr a s composta s: aquela s que são formada s por mais de um vocábulo,


podendo ter seus elementos ligados ou não por hífen.
Ex.:
Boquia berto, dente de leite, doce de leite, couve-flor, planalto.
Formação de palavras por derivação
Derivação é o processo pelo qual se obtêm palavr a s nova s (derivada s)
por meio do acréscimo de prefixos, sufixos, ou dos dois morfema s
(simultaneamente ou não). A derivação pode ser: prefixal, sufixal,
prefixal e sufixal ou par a ssintética.

Prefixal (ou prefixação): a palavr a nova é obtida por acréscimo


de prefixo.

Sufixal (ou sufixação): a palavr a nova é obtida por acréscimo de


sufixo.
Triste + mente = tristemente
r adical sufixo

Mal + dade = maldade


r adical sufixo

Prefixal e sufixal: a nova palavr a é obtida pelo acréscimo de


prefixo e sufixo, sendo que a exclusão de um deles não faz com
que a palavr a restante perca seu significado.

Note que “infeliz”,


In + feliz + mente = infelizmente
“felizmente”,
prefixo r adical sufixo
“desigual” e
“igualdade” tam bém
Des + igual + dade = desigualdade
são palavr a s
prefixo r adical sufixo
possíveis.
Par a ssintética: a palavr a nova é obtida pelo acréscimo simultâneo de
prefixo e sufixo, sendo inseparável, pois a retir ada do sufixo ou do
prefixo não forma palavr a reconhecida. Por par a ssíntese, formam-se
principalmente os verbos.
Note que “empobre”,
Em + pobr + ecer = empobrecer “pobrecer”, “ema gre” e
prefixo r adical sufixo “ma grecer” não são
palavr a s
Em + ma gro + ecer = ema grecer reconhecida s em
prefixal r adical sufixo língua portuguesa.

Há, ainda, dois ca sos em que a palavr a derivada é formada sem que
haja a presença de afixos. São eles: a derivação regressiva e a
derivação imprópria.

• Derivação regressiva: a nova palavr a é obtida com a redução da


palavr a primitiva, pela retir ada de sua parte final, alter ando
tam bém a cla sse gr amatical. Ocorre, sobretudo, na formação de
su bstantivos derivados de verbos.

• Derivação imprópria: a palavr a nova é obtida pela mudança da


cla sse gr amatical da palavr a primitiva, sem ocorrer alter ação em
sua estrutur a, ou seja, apena s seu uso é modificado dentro de
determinado contexto.
Os bons serão recompensados.
su bstantivo “bom” deriva do adjetivo “bom”

Não entendi o porquê da briga.


su bstantivo “porquê” deriva da conjunção “porque”

Seu falar er a misterioso.


su bstantivo “falar” deriva do verbo “falar”

O professor explicou bem claro o a ssunto que cairá na prova.


advérbio “claro” deriva do adjetivo “claro”
Formação de palavras por composição
Haverá composição quando se juntarem dois ou mais r adicais par a
formar uma nova palavr a. A composição pode ser por justaposição
e por a glutinação.

• Justaposição: ocorre quando os elementos que formam o


composto são colocados lado a lado, ou seja, justapostos, sem que
haja perda fonética.
Par a-r aios
Corre-corre
Guarda-chuva
Quinta-feir a
Gir a ssol
Beija-flor
Pontapé
Bem-me-quer
Par aqueda s
Pé de moleque
• Aglutinação: ocorre quando se com bina os elementos que
formam o composto, sendo que pelo menos um deles perde sua
integridade sonor a. Poderá haver, tam bém, a tr ansformação de
fonema s.
Aguardente = água + ardente
Planalto = plano + alto
Pernalta = perna + alta
Vina gre = vinho + acre
Outror a = outr a + hor a
Planície = plano + superfície
Em bor a = em + boa + hor a
Agridoce = acre + doce
Destarte = desta + arte
Fidalgo = filho + de + algo
Processos secundários de formação de palavras
• Hibridismo: é a palavr a formada pela união de vocábulos
oriundos de língua s diferentes.

Automóvel (grego “auto” + latim “movel”)


Sociologia (latim “socio” + grego “logia”)
Sam bódromo (dialeto africano “sam ba” + grego “dromo”)
Burocr acia (fr ancês “bureau” + grego “cr acia”)
Monóculo (grego “mono” + latim “oculus”)
Telemarketing (grego “tele” + inglês “marketing”)

• Onomatopeia: palavr a s que procur am reproduzir os sons


por meio da escrita.
Toque-toque
Reco-reco
Zum-zum-zum
Tique-taque
Pingue-pongue

• Sigla: palavr a formada a partir da s letr a s iniciais ou trechos


de um nome composto por dua s ou mais palavr a s.

ENEM = Exame Nacional do Ensino Médio


USP = Universidade de São Paulo
BOVESPA = Bolsa de Valores do Estado de São Paulo
IBGE = Instituto Br a sileiro de Geogr afia e Estatística
ONU = Organização da s Nações Unida s
• Abreviação voca bular: Na redução ou a breviação usa-se
parte da palavr a, em vez de ser utilizada a palavr a na sua totalidade.

Foto (de fotogr afia)


Moto (de motocicleta)
Pneu (de pneumático)
Cinema (de cinematógr afo)
Vídeo (videoca ssete)

• Neologismo: criação de nova s palavr a s e expressões ou


atribuição de novo sentido a um termo já existente.

Imexível (negação “i” + verbo “mexer”)


Deletar (estr angeirismo inglês “delet” + 1.ª conjugação “ar”)
Internetês (lingua gem da internet)
Dar o bolo (faltar a um compromisso)

• Estr angeirismo: emprego de palavr a s e expressões


estr angeir a s tomada s por empréstimos de outr a língua, sendo em
alguns ca sos “aportuguesada s”.

Observação
Futebol (football)
Abajur (a bat-jour) Em alguns ca sos, pode haver
Balé (ballet) palavr a s formada s por
Sutiã (soutien) estr angeirismo e neologismo
Toalete (toilette) simultaneamente, como “tuitar”
Pen drive (fazer pu blicação no Twitter) e
Mouse “marqueteiro” (profissional que
Design tr a balha com marketing).
Marketing

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