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PORTUGUÊS
Prof. Muniz
Acentuação gráfica
OXÍTONAS
Levam acento todas as oxítonas terminadas em “a(s)”, “e(s)”, “o(s)” e
“em(ens)”, seguidas ou não de “s”.
Sendo assim, não se acentuam oxítonos como: saci(s), tatu(s), talvez, tambor
e etc.
PAROXÍTONAS
São acentuados graficamente todos os paroxítonos, exceto os terminados
por –a(s), -e(s), -o(s) (desde que não formem ditongos), -am, -em e ens:
útil, caráter, pólen, tórax, bíceps, imã, glória, série, empório, jóquei, órfão,
órgão...
PROPAROXÍTONOS
Todos os proparoxítonos são acentuados, sem exceção: médico, álibi,
ômega, etc.
HIATOS
Acentuam-se as letras –i e –u desde sejam a segunda vogal tônica de um
hiato e estejam sozinhas ou seguidas de –s na sílaba: caí (ca-í), país (pa-ís),
baú (ba-ú) e etc.
Hiatos formados por –ee e –oo não devem ser acentuados: creem, deem,
leem, magoo, enjoo e etc.
ACENTO DIFERENCIAL
TREMA
Crase
CASOS OBRIGATÓRIOS:
a) Diante de palavra feminina, expressa ou oculta, que não repele artigo.
Fui à praia.
Casos Proibidos
b) antes de nomes de mulheres que não sejam célebres (Foi à/a Ana falar
de seu amor);
c) com “até”: Foi até à/a escola mais próxima fazer sua matrícula.
Classes de Palavras
1. SUBSTANTIVO
Substantivo é a palavra que nomeia os seres em geral, desde objetos,
fenômenos, lugares, qualidades, ações, dentre outros, tais como: Ana, Brasil,
beleza.
2.ADJETIVO
Adjetivo é a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos,
tais como: feliz, superinteressante, amável.
ARTIGO
Artigo é a palavra que antecede o substantivo, tais como: o, as, uns, uma.
• O menino saiu.
• As meninas saíram.
• Uns constroem, outros destroem.
• Uma chance é o que preciso.
NUMERAL
Numeral é a palavra que indica a posição ou o número de elementos, tais
como: um, primeiro, dezenas.
INTERJEIÇÃO
Interjeição é a palavra que exprime emoções e sentimentos, tais como:
Olá!, Viva! Psiu!.
PRONOME
Poderíamos comprá-los.
O dever de casa, Carlos fê-lo com atenção.
Buscamo-la logo após à nossa chegada.
Façam-na falar!
As cadeiras, põe-nas em ordem.
Isso eles dão-nos com frequência.
Exemplo:
Obedecemos-lhe cegamente.
2. Pronomes de tratamento
3. Pronome possessivo
OBS:
Quando o pronome possessivo determina mais de um substantivo, ele deverá
concordar em gênero e número com o substantivo mais próximo.
4. Pronome demonstrativo
Exemplo:
- o, a, os, as, quando equivalem a isto, isso, aquele, aquela, aqueles, aquelas;
Em relação ao espaço
- Este(s), esta(s) e isto indicam o que está perto da pessoa que fala:
Ex: Este relógio de bolso que eu estou usando pertenceu ao meu avô.
- Esse(s), essa(s) e isso indicam o que está perto da pessoa com quem se fala:
Em relação ao tempo
- Este(s), esta(s) e isto fazem referência a algo sobre o qual ainda se vai falar:
Ex: São estes os assuntos que temos a tratar: o aumento dos salários, as férias
dos funcionários e as horas extras.
- Esse(s), essa(s) e isso fazem referência a algo que já foi citado anteriormente:
Ex: Pedro e Paulo são alunos que se destacam na classe: este pela rapidez
com que resolve os exercícios de Matemática, aquele pela criatividade na
produção de textos.
5. Pronome Indefinido
Ex: Nós não estamos nada satisfeitos com os resultados. (=adv. Negação)
6. Pronomes relativos
10. O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido
aproximado de em que, no qual.
a) onde é empregado com verbos que não dão ideia de movimento. Pode
ser usado sem antecedente.
Sempre morei no país onde nasci.
Advérbios
Conjunções
Coordenadas
Exemplos
Exemplos
• Gisele desistiu de comprar um automóvel, porém ela tem vontade de
possuir um veículo.
• As pessoas gostam de consumir, mas ninguém está comprando roupas
atualmente.
Exemplos
Exemplos
Exemplos
• Marina cometeu um erro, a menos que haja duas maneiras de fazer este
tipo de bolo.
Exemplos
• Conforme Caetano Veloso canta, “Gente é pra brilhar. Não pra morrer
de fome”.
Exemplos
Exemplos
Exemplos
• Os estudos presenciais foram paralisados, de modo que os alunos
tiveram um prejuízo no andamento da matéria.
• A violência dos ladrões foi tamanha que levou a mulher a ter um infarto.
Exemplos
Exemplos
Exemplos
• Victor, faça a tarefa de casa para que a professora não chame a sua
atenção.
Exemplos
• Veja se me compreende.
Tempos e modos verbais + vozes verbais
Presente
O presente do subjuntivo exprime uma ação na atualidade que é incerta ou
duvidosa.
Exemplo:
Que eles leiam!
Conjugação do verbo ler no futuro do subjuntivo: (que eu) leia, (que tu) leias,
(que ele) leia, (que nós) leiamos, (que vós) leiais, (que eles) leiam.
Pretérito
O pretérito imperfeito do subjuntivo exprime um verbo no passado
dependente de uma ação também já passada.
Exemplo: Se eles lessem estariam informados.
Conjugação do verbo ler no pretérito imperfeito do subjuntivo: (se eu) lesse,
(se tu) lesses, (se ele) lesse, (se nós) lêssemos, (se vós) lêsseis, (se eles)
lessem.
Futuro
O futuro do subjuntivo exprime uma ação que irá se realizar dependendo de
outra ação futura.
Exemplo:
Quando eles lerem ficarão informados.
Vozes verbais
As vozes verbais manifestam a relação do sujeito com a ação expressa.
Pois bem, dentro de uma frase podemos ter uma ou mais orações. Por exemplo:
“Socorro, eu preciso de ajuda!”. Nesta frase, temos uma oração: “Eu preciso de
ajuda.” Ou seja, todas as vezes que tivermos um verbo dentro da frase, temos
uma oração.
A questão aqui é que não necessariamente essa oração, sozinha, faz sentido. Muitas
vezes, ela depende de outros elementos que se encontram dentro da frase para
isso.
E quando pensamos num texto, muito facilmente teremos frases com muitos
verbos, certo? É aí que temos um período.
O que é um período?
Período é uma frase que tem uma oração ou mais, por exemplo: “Assim que
ela chegou, apresentou as novas ações a serem executadas.”. Note que há 3
verbos; portanto, temos mais de uma oração, formando, assim, um período
composto. Inclusive, temos um caso de subordinação, que revela a dependência
dos períodos e confirma que nem toda oração tem sentido sozinha.
Essa estrutura sintática, então, reúne orações e tem sentido completo. Os períodos
se subdividem em simples e composto. O primeiro é formado por apenas uma
oração, já o segundo por mais de uma.
Orações Coordenadas
As orações coordenadas podem ser sindéticas (com conjunção) ou
assindéticas (sem conjunção), respectivamente, conforme são utilizadas ou
não conjunções.
Exemplos:
Ora fala, ora não fala.
(oração coordenada sindética, marcada pelo uso da conjunção “ora...ora”).
Exemplos:
Exemplos:
É provável que ela venha jantar. (Sujeito)
Meu desejo era que me dessem um presente. (Predicativo do sujeito)
Temos necessidade de que nos apoiem. (Complemento nominal)
Nós desejamos que sua vida seja boa. (Objeto Direto)
Recordo-me de que tu me amavas. (Objeto indireto)
Desejo-te uma coisa: que tenhas muita sorte. (Aposto)
Bizu: Se retirar a vírgula das orações adjetivas o sentido muda, porém não
terá nenhum erro gramatical.
Adverbiais: quando as orações têm função de advérbio. Exemplo: À medida
que crescem, aumentam as preocupações.
1) Essenciais
Também conhecidos como termos "fundamentais", são representados
pelo sujeito e predicado nas orações.
2) Integrantes
3) Acessórios
adjunto adnominal;
adjunto adverbial;
aposto.
Obs.:
O vocativo, em análise sintática, é um termo à parte: não pertence à
estrutura da oração.
Tipos de sujeito
1. Sujeito simples
Quando o verbo principal de uma frase faz referência a um sujeito de núcleo
único, temos um sujeito simples.
2. Sujeito composto
Quando o verbo principal de uma frase faz referência a dois ou mais núcleos
do sujeito, temos um sujeito composto.
Exemplo:
Os netos presentearam a avó.
Já na segunda frase, sabemos que alguém disse que vai chover, mas não
sabemos quem.
5. Sujeito indeterminado
O sujeito indeterminado é aquele que faz referência a alguém, mas não o
identifica.
Predicados
Predicado Nominal
Indica estado ou qualidade, sendo constituído por um verbo de
ligação (verbo que indica estado) e o predicativo do sujeito (complementa o
sujeito atribuindo-lhe uma qualidade).
Há somente um núcleo, caracterizado por um nome (substantivo ou adjetivo),
por exemplo:
• Alan está feliz. (núcleo: feliz)
• Fiquei exausta. (núcleo: exausta)
• Ele continua atencioso comigo. (núcleo: atencioso)
Predicado Verbo-Nominal
Ao mesmo tempo que indica ação do sujeito, esse tipo de predicado informa
sua qualidade ou estado, sendo constituído por dois núcleos: um nome e
um verbo.
Nesse caso, há presença de predicativo do sujeito ou predicativo do
objeto (complementa o objeto direto ou indireto, atribuindo-lhes uma
característica), por exemplo:
• Suzana chegou cansada. (Predicativo do sujeito com verbo que indica
ação)
• Terminaram satisfeitos o trabalho. (predicativo do sujeito com verbo que
indica ação)
• Considerou a caminhada desagradável. (Considerou-a desagradável-
temos um predicativo do objeto)
Complemento verbal
Objeto direto
O objeto direto é o complemento de um verbo transitivo direto sem
preposição obrigatória. Ele indica o ser para a qual se dirige a ação verbal.
Pode ser apresentado por substantivo, pronome, numeral, palavra ou
expressão substantivada ou oração substantiva.
Exemplo:
Algumas pessoas tomam vinho.
Sujeito: algumas pessoas.
Verbo transitivo direto: tomam.
Objeto direto: vinho.
Objeto indireto
O objeto indireto completa a significação de um verbo e vem sempre
acompanhado de preposição. Pode ser representado por substantivo ou
palavra substantivada, pronome, numeral, expressão substantivada ou
oração substantiva.
Exemplo:
Amélia acredita em discos voadores.
Sujeito: Amélia.
Verbo transitivo direto: acredita.
Objeto indireto: em discos voadores.
Exemplo:
A proposta interessava-lhe.
Verbo transitivo indireto: interessava.
Objeto indireto: lhe.
Agente da passiva
O agente da passiva é o complemento preposicionado que representa o ser
que pratica a ação expressa por um verbo na voz passiva.
Exemplo:
A criança foi orientada pelo professor.
Sujeito: a criança.
Verbo na voz passiva: foi orientada.
Agente da passiva: professor.
O adjunto adnominal formado por uma locução adjetiva pode ser confundido
com o complemento nominal. Normalmente não haverá dúvida, pois o
adjunto adnominal é constituído de vocábulo de valor restritivo que
caracteriza o núcleo do termo de que faz parte. Já o complemento nominal
é termo que completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou
advérbio).
Adjuntos adnominais:
Complementos nominais:
• Adjetivo:
Cessaram as vozes.
• Numerais adjetivos:
1) Aposto explicativo:
3) Aposto recapitulativo:
4) Aposto comparativo:
Atenção!
Vocativo
Vocativos são termos isolados da oração que cumprem função de chamar a
atenção do interlocutor ou colocá-lo em evidência no discurso.
REGÊNCIA VERBAL
Aquele problema carece de relevância. (sentido de "não ter" relevância, a ser definido pelo
contexto)
A vovozinha carece de cuidados médicos. (sentido de "precisar", a ser definido pelo contexto)
Alertamos que o assunto é meio "decoreba", pois infelizmente demanda uma certa fixação das
preposições regidas pelos termos regentes e o domínio da transitividade verbal (verbo
intransitivo, transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto), assim aconselhamos
a leitura constante da lista de verbos que passaremos neste módulo, pois eles são os mais
recorrentes em provas de concurso, ok? Façam uma forcinha, pois de tanto ler, algumas regências
tornam-se automáticas.
AGRADAR:
Com sentido de acariciar, fazer carinho: Pedro agradava um cachorrinho de rua. (VTD, sem
preposição)
Com sentido de causar agrado, contentar, satisfazer: O comediante agradou ao público. (VTI,
preposição "a")
ASSISTIR:
Com sentido de prestar assistência, socorrer, cuidar: O médicos assistiram o paciente. (VTD,
sem preposição)
Com sentido de presenciar, ver: Samuel assistiu ao filme. (VTI, preposição "a")
Com sentido de caber/pertencer: Assiste aos réus o direito de defesa. (VTI, preposição "a")
Com sentido de morar: Aquele professor assiste em Recife. (VI, mas exige a preposição "em"
para o adjunto adverbial)
ASPIRAR:
Com sentido de respirar, sorver, inalar: João aspirou o aroma de café quentinho. (VTD, sem
preposição)
Com sentido de pretender, desejar: Marina aspirava a um cargo mais alto na empresa. (VTI,
preposição "a")
ANSIAR:
Com sentido de causar mal-estar: Voltar a ser anônimo ansiava aquele ator. (VTD, sem
preposição)
Com sentido de desejar muito:Ansiava por este encontro. (VTI, preposição "por")
APELAR:
Com sentido de recorrer, interpor recurso: A advogada apelará da decisão. (VTI - preposição
"de")
Com sentido de pedir ajuda, socorro: Precisarei apelar para as autoridades. (VTI - preposição
"para")
Também com sentido de pedir ajuda, socorro: O rapaz apelava, sem sucesso, a quem passava.
(VTI - preposição "a")
BATER:
Com sentido de espancar, machucar alguém: João batia nos colegas. (VTI, preposição "em" ->
nos = em + os)
Com sentido de fechar a porta com força: Ele bateu a porta com raiva. (VTD, sem preposição)
Com sentido de bater junto à porta: O vizinho batia à porta dela todos os dias. (VTI, preposição
"a" -> à = preposição a + artigo a)
Com sentido de dar pancadas nas porta: Bate, bate,bate na porta do céu... (VTI, preposição
"em" -> na = em + a)
CONFERIR:
Com sentido de atribuir característica: O laudo pericial conferiu veracidade à alegação do réu.
(VTDI , OD = veracidade, OI = à alegação do réu, preposição "a")
Com sentido de estar de acordo: O crime denunciado não confere com a prova testemunhal.
(VTI, preposição "com")
CONTENTAR:
Com sentido de agradar, satisfazer: Alfredo contentou os filhos neste Natal. (VTD, sem
preposição)
Com sentido de ficar contente: Contentou-se em comer uma fatia de pizza. (verbo pronominal,
preposição "em")
CUSTAR:
Com sentido de ter valor: Aquela blusa custou cem reais. (VTD para alguns, sem preposição e VI
para outros)
Com sentido de acarretar, provocar: A impaciência custou-lhe (a ele) a vida. (VTDI, OD= vida, OI
= lhe)
FUGIR:
IMPLICAR:
Com sentido de zombar, provocar briga, aperrear (no meu querido Nordeste,
rs): Maria implica com a irmã mais nova. (VTI, preposição "COM")
Com sentido de acarretar consequência: Viver livremente implica riscos. (VTD, sem
preposição) ATENÇÃO! Cai muito em prova!
IMPORTAR:
Com sentido de trazer para o país, para dentro:Importamos alguns perfumes. (VTD, sem
preposição)
Com sentido de resultar: Todo esforço importa resultados. (VTD, sem preposição)
Também com sentido de resultar: Todo esforço importa em resultados. (VTI, preposição "em")
Com sentido de dar importância: Ninguém se importava com a crise. (verbo pronominal e
transitivo indireto, preposição "com")
INVESTIR:
Com sentido de atacar: O exército investia contra o castelo. (VTI, preposição "contra")
PRECISAR:
Com sentido de indicar com precisão: A vítima precisou o local do crime. (VTD, sem preposição)
PROCEDER:
Com sentido de agir, ter fundamento: Aquele profissional procede muito bem. (Verbo
intransitivo, acompanhado de adjunto adverbial de modo)
Com sentido de ter origem, procedência: O avião procede de São Paulo. (para uns é VTI com
preposição "de", para outros é verbo intransitivo com adjunto adverbial de lugar)
Com sentido de executar algo: O juiz procedeu ao julgamento. (VTI, com preposição "a")
QUERER:
Com sentido de ter afeto, estimar: Quero muito aos meus pais. (VTI, com preposição "a")
TORCER:
Com sentido de entortar, distorcer: O jogador torceu o pé. (VTD, sem preposição)
Com sentido de desejar sucesso: Eu torço pelo Brasil. (VTI, com preposição "por" ou "para")
VISAR:
Com sentido de mirar, apontar: O atirador visou o alvo. (VTD, sem preposição)
Com sentido de ter em vista, ter como objetivo: As medidas visam ao bem-estar dos
funcionários. (VTI, com preposição "a")
Com sentido de dar visto: É necessário visar o passaporte. (VTD, sem preposição)
Alguns verbos são chatinhos e adoram nos confundir, mas agora saberemos lidar com eles, vejam
só:
CHEGAR/IR:
Sei que é tentador, mas em prova de concurso não devemos usar a frase "Cheguei em casa",
gente! É claro que na linguagem cotidiana utilizamos bastante essa construção, mas na hora de
marcar o X ou de dissertar, lembrem:
Uma forma de nunca mais errarmos a regência deste verbo é guardar a seguinte frase:
Exemplo: Certos fatores contribuíram para o aumento da inflação. ("o aumento da inflação" foi
estimulado por "certos fatores")
Certo, professora! Mas qual a transitividade desse verbo "contribuir"? Gente, a MAIORIA dos
gramáticos entende que ele é intransitivo, assim "com alguma coisa" e "para alguém" são
adjuntos adverbiais, ok?
Celso Luft, por exemplo, apresenta o verbo "contibuir" como "intransitivo" na maioria dos
exemplos, mas defende a possibilidade da construção de oração empregando ele como transitivo
indireto, vejamos: O centralismo administrativo contribuiu para a ruína da empresa.
Neste caso, o termo "para a ruína da empresa" é classificado como objeto indireto.
- o verbo "contribuir" rege as preposições "com" (com alguma coisa) e "para" (para alguém).
- a maioria dos gramáticos entende que esse verbo é intransitivo e que os termos
preposicionados são adjuntos adverbiais.
- se aparecer algum exemplo de oração com os dois termos (um com a preposição "com" e outro
com a preposição "para") e indicarem que o termo com a preposição "para" é o objeto indireto, o
outro não poderá ser também objeto indireto, mas permanecerá classificado como adjunto
adverbial.
ESQUECER/LEMBRAR:
VTI: quando for verbo pronominal ("se" é parte integrante dele): A atriz esqueceu-se do texto./A
atriz lembrou-se do texto. Preposição "de".
VTDI: O diretor lembrou a atriz da informação. (OD = atriz, OI = da informação) Preposição "de".
VTDI: O diretor lembrou à atriz a informação. (OD = a informação, OI = à atriz) Preposição "a".
NAMORAR:
Namorar é muito bom, não é? Entretanto este verbo gosta de nos fazer errar na hora da prova,
pois o modo como o empregamos na linguagem coloquial é "danado" pra grudar na cabeça...
OBEDECER/DESOBEDECER:
PAGAR/PERDOAR:
Se o complemento for alguém (pessoa, instituição), VTI - Pedro pagou ao banco. (Preposição "a")
Se houver dois complementos, VTDI: Pedro pagou as dívidas ao banco. (OD = "as dívidas", OI =
"ao banco")
PREFERIR:
SIMPATIZAR/ANTIPATIZAR:
São transitivos indiretos e regem a preposição "com". Cuidado, não existe "simpatizar-se",
"antipatizar-se", esses verbos não são pronominais, povo!
SOBRESSAIR:
Significar "estar em destaque" e é um verbo transitivo indireto, rege a preposição "em". Não é
pronominal, gente!
O "lhe" é um pronome oblíquo que exerce função de objeto indireto, entretanto alguns verbos
não o aceitam como complemento. E aí, professora? Nesses casos empregaremos "a ele(s)/ a
ela(s)", vejamos:
Recorrer: Recorri ao meu talento. / Recorri a ele. (não podemos empregar: recorri-lhe)
Visar:Elas visam ao sucesso / Elas visam a ele. (Não podemos empregar: visam-lhe)
REGÊNCIA NOMINAL
A regência nominal é o modo pelo qual um nome estabelece relação com o termo que o
complementa. Listaremos neste tópico nomes que exigem complementos preposicionados, ok?
ACESSO A
ACESSÍVEL A
ACOSTUMADO A/COM
ADEQUADO A
ADMIRAÇÃO A/POR
COMPATÍVEL COM
COMPREENSÍVEL A
COMUM A
IMUNE A, DE
INÁBIL PARA
INAPTO A, PARA
INCAPAZ DE, PARA
CONCORDÂNCIA VERBAL:
SUJEITO SIMPLES
- REGRA GERAL: Se o sujeito é simples, o verbo concorda com ele em número e em pessoa, olhem
só:
sujeito verbo
O sujeito "As crianças" (mesmo indicando pluralidade) é simples e está na terceira pessoa do
plural ("as crianças" = elas), assim o verbo deve flexionar na terceira pessoa do plural: brincavam.
verbo sujeito
No caso acima, "aconteceram" flexionou na terceira pessoa do plural para concordar com
"muitos desastres". Não importa se o sujeito simples aparecer antes ou depois do verbo, a
concordância ocorrerá do mesmo modo.
- SE O SUJEITO FOR COLETIVO PARTITIVO (a maior parte de, a maioria de, um grupo de, uma
porção de, uma parte de...)
O verbo pode ficar no singular para concordar com o núcleo do sujeito ou flexionar no plural para
concordar com o núcleo do adjunto, vejamos:
- SE O SUJEITO FOR PALAVRA PLURALIZADA (nome de livro, país, estado, cidade, etc.)
Quando o sujeito estiver acompanhado de artigo no plural, o verbo flexionará no plural. Se não
houver artigo no plural, o verbo permanecerá no singular, vejamos:
Exemplo: Os Estados Unidos são um país de primeiro mundo. (com artigo no plural)
Exemplo: 1/8 das pessoas está desempregada. (concorda com o numerador "1")
Exemplo: 1/8 das pessoas estão desempregadas. (concorda com o especificador "pessoas")
Exemplo: 2/5 das crianças adoecem com frequência. (concorda com o numerador "2" ou com o
especificador "crianças")
Exemplo: 1% dos alunos faz todos os exercícios. (concordando com o número "1")
Exemplo: Os 20% da turma fazem todos os exercícios. (só pode concordar com o "20", por causa
do artigo "os" que é determinante)
Exemplo: Aquele 1% dos alunos faz todos os exercícios. (só pode concordar com o "1", por causa
do pronome "aquele" que é determinante)
Quando "algum"/"qual" estiver no singular, o verbo concordará apenas com ele, vejamos:
Quando "algum"/"qual" estiver no plural: o verbo poderá concordar com ele ou com os pronomes
pessoais (nós/vós), vejamos:
Exemplo: Alguns de nós estudavam inglês. (concordando com "alguns")
O verbo concorda com o sujeito paciente. Na dúvida, passe o sujeito para a voz passiva analítica
para enxergar melhor.
SUJEITO COMPOSTO
Ou seja, na maioria das combinações o verbo flexiona na primeira pessoa do plural!! Apenas
o caso "Tu+ele" admite a 2ª ou a 3ª pessoa do plural.
Quando o sujeito é composto com aposto resumidor (tudo, nada, ninguém, nenhum), o verbo
deve permanecer no singular para concordar com ele.
Quando o sujeito aparecer após o verbo, deverá flexionar no plural ou concordar com o núcleo
mais próximo.
Exemplo: Cada aluno, cada professor, cada diretor precisa cumprir as regras.
Exemplo: Nenhuma atriz, nenhuma cantora, nenhuma pintora foi homenageada na festa.
Exemplo: João ou Maria ganhará o prêmio. (apenas um deles ganhará, sentido de exclusão)
Exemplo: Ptesiofobia ou medo de voar pode ser tratado com eficácia. (sentido de sinonímia)
O verbo flexionará no plural (maioria dos gramáticos) ou concordará com o núcleo mais próximo.
Exemplo: Tanto Joana quanto Maria foram ao cinema.
Abordaremos agora mais alguns "casinhos" que podem dar trabalho em provas de concurso, ok?
Tenham paciência e sorriam, vocês serão aprovados, rs.
Em regra, concordará com o predicativo. Quando indicar data poderá permanecer no singular ou
flexionar no plural:
Percebam que o sujeito do período acima é uma oração subordinada substantiva subjetiva, assim
o verbo da oração principal deve ser conjugado na 3ª do singular
CONCORDÂNCIA NOMINAL
REGRA GERAL
Artigo, adjetivo, pronome e numeral concordam em gênero e em número com o substantivo a que
fazem referência.
ARTIGOS E ADJETIVOS
Exemplo: Apequena menina corria na linda montanha. Exemplo: O pequeno menino corria
no lindo monte.
A: concorda com menina O: concorda com menino.
NUMERAIS
PRONOMES
Exemplo: Aquela mulher mudou minha vida. Exemplo: Aquele homem mudou minha
vida.
CASOS ESPECIAIS
- Quando o adjetivo fizer referência a mais de um substantivo, concordará com todos ou com
o mais próximo.
Atenção! Nos casos acima, o adjetivo caracteriza os dois substantivos, ok? Assim, no segundo
exemplo, não são apenas as garotas que são estudiosas, mas ambos.
- Quando o adjetivo aparecer antes do substantivo(s) (mesmo que hajam dois, três...),
concordará com o mais próximo.
Exemplo: Maria observava lindas flores, pássaros e árvores. ("lindas" concorda com flores)
Exemplo: Minha tia disse: - Muito obrigada. / Meu tio disse: - Muito obrigado.
- O uso das palavras: BARATO, CARO, JUNTO, BASTANTE, MEIO, ALTO, SÓ.
Exemplo: Eles ficaram junto do pai. (advérbio) - Eles estudaram juntos (adjetivo)
Exemplo: Só restaram cacos de vidro pelo chão. (advérbio) - As alunas de balé ficaram sós.
(adjetivo)
Exemplo: O público ultrapassou 1,3 milhão de pessoas. (Milhão no singular para concordar com
1)
Exemplo: O público ultrapassou 2,3 milhões de pessoas. (Milhões no plural para concordar com
2)
Concordam com o substantivo a que fazem referência. Caso haja substantivos masculinos e
femininos, o pronome ficará no masculino plural.
Exemplo: A miss da Venezuela era linda, mas a do Brasil ganhou a plateia. (O pronome "a" está
no feminino singular, pois faz referência à miss.)
Exemplo: Conquistei a vida pela qual tanto lutei. ("Pela qual" está no feminino por fazer
referência à "vida".)
Exemplo: Conquistei o título pelo qual tanto lutei. ("Pelo qual" está no masculino por fazer
referência a "título".)
- O uso da expressão TAL QUAL: o "tal" concorda com o termo antecedente e o "qual" com o
termo consequente.
Exemplo: A criança é tal qual o pai. (tal concorda com criança, qual concorda com pai)
<----- ------>
Exemplo: As crianças são tais qual o pai. (tais concorda com crianças, qual concorda com pai)
<------- ------>
Exemplo: As crianças são tais quais os pais. (tais concorda com crianças, quais concorda com
pais)
<------- ------>
Exemplo: A criança é tal quais os pais. (tal concorda com criança, quais concorda com pais)
<------ ------->
São invariáveis.
Devem concordar com o substantivo a que se referirem, mas permanece invariável se for locução
de tempo verbal composto.
Exemplo: As casas foram vendidas ontem. (particípio flexiona para concordar com "casas")
Exemplo: Nossos alunos foram aprovados no concurso. (particípio flexiona para concordar com
"alunos")
Exemplo: Eles têm estudado muito. (tempo composto, particípio permanece no singular)
Atenção! No exemplo acima, o verbo "ter" flexiona ("têm") para concordar com "eles", mas o
particípio permanece no singular.
Pontuação
PONTO
A "tia" do colégio sempre falava para colocarmos ponto no final das frases, vocês lembram? E,
realmente, esse sinal de pontuação serve basicamente para isto: indicar o fim de uma frase
declarativa.
O ponto também é utilizado em abreviações: adj. (adjetivo), març. (março), etc. (et caetera).
PONTO DE INTERROGAÇÃO
Exemplo: Você foi mesmo aprovado no concurso?! (pergunta com sentido de admiração)
Exemplo: Pedro bebeu muito, poderia dirigir daquele modo? (Pergunta retórica: o interlocutor
elabora um questionamento já sabendo a resposta ideal.)
PONTO DE EXCLAMAÇÃO
DOIS-PONTOS
O sinal de dois-pontos pode ser utilizado para: (olha ele aí em prática, rs...)
TRAVESSÃO
Exemplo: - Você é boba Rose! Por que você fez isso? (Jack Falando)
Exemplo: A imagem de minha avó- mulher honesta, trabalhadora - não sai da minha cabeça.
PARÊNTESES
Exemplo: A China (país mais populoso do mundo) foi o destino escolhido para nossa próxima
viagem.
Exemplo: “Agora eu quero contar as histórias da beira do cais da Bahia.” (Jorge Amado, Mar
Morto, 1936.)
ASPAS
Com frequência empregamos as aspas em citações, mas existem outras ocasiões em que elas
podem ser usadas, vejamos:
Exemplo: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas." (Antoine de Saint
Exupéry)
Exemplo tirado de prova da FUNDEP/2016: Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que
ele tem “cabeça de jovem”.
As aspas empregadas para destacar a expressão "cabeça de jovem" relativizam o significado dela
que, neste contexto, assume característica pejorativa/negativa. Assim, o significado habitual da
expressão é relativizado no contexto da frase e isto é demarcado pelo emprego das aspas.
RETICÊNCIAS
- Cale-se, Jussara!
Para sugerir uma hesitação normal da fala
PONTO E VÍRGULA
O ponto e vírgula é um sinal que indica uma pausa maior que a da vírgula e serve para:
Separar orações coordenadas que guardam relação semântica não unidas por conjunção
poucos professores;
VÍRGULA
Gente, não importa o quanto o sujeito seja enorme, não devemos separá-lo do verbo, ok?
Está ERRADO: A fábrica alemã de calçados de couro legítimo, fechou as portas ontem.
sujeito verbo
Está CERTO: A fábrica alemã de calçados de couro legítimo fechou as portas ontem.
verbo predicativo
VTD O.D
subst. C.N
7) Se a oração coordenada sindética aditiva estiver ligada por "e" ou por "nem"
Entendo que a estrutura acima é a "normal", qualquer termo que aparecer no meio dela causando
interrupção, em regra, será demarcado por vírgulas. Também demarcaremos com vírgula termos
que aparecerem em posições "anormais" (deslocados).
No exemplo acima, "filho do professor" é um aposto explicativo que "surgiu" entre o sujeito e o
verbo, interrompendo a ordem normal da oração e, por isso, isolado por vírgulas.
adjunto adverbial
Agora temos o adjunto adverbial "no coral" em uma posição "atípica", perceberam? Na primeira
frase ele apareceu no final (posição ideal) e agora aparece antecipado. Quando esse tipo de
deslocamento ocorrer, poderemos (ou deveremos) empregar a vírgula. No caso de adjuntos
adverbiais longos (três palavras ou mais) a vírgula é obrigatória, quando os adjuntos adverbiais
forem curtos (exemplo em análise), a vírgula é facultativa.
Entendendo a estrutura básica da oração e tendo noção sobre o deslocamento de termos dentro
dela, fica mais fácil assimilar os casos de emprego da vírgula, vamos a eles?
Usamos a vírgula...
vocativo
aposto
2) Para separar termos de uma enumeração (os termos possuem mesma função sintática)
Exemplo: Chiquinha, Seu Madruga, Quico e Dona Florinda são meus personagens favoritos da
turma do Chaves.
predicativo do sujeito
Exemplo: O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara, ou seja, de fácil
compreensão. (exemplo retirado do Manual de Redação da Presidência da República)
Como explicamos no início desse tópico, o adjunto adverbial normalmente aparece no final da
oração, assim o deslocamento dele pode (ou deve) ser marcado por vírgula, vejamos:
Adjunto adverbial
Adjunto adverbial
A vírgula empregada após o pronome "ela" indica elipse (omissão) do verbo "estudar", pois a frase
tem o seguinte sentido: Eu estudo francês, ela estuda inglês.
Exemplo: Nadou tanto, e morreu na praia. (sentido de -> Nadou tanto, mas morreu na praia.)
Exemplo: Correu muito, e não alcançou o ônibus. (sentido de -> Correu muito, mas não alcançou
o ônibus.)
Exemplo: O Brasil, que é um país tropical, é procurado por turistas do mundo inteiro.
or.adv. condicional
Atenção! Quando a oração subordinada adverbial aparece na ordem "normal" (fim do período),
a vírgula é facultativa, vejamos:
• Romance
• Novela
• Crônica
• Contos de Fada
• Fábula
• Lendas
Texto Descritivo
• Diário
• Relatos (viagens, históricos, etc.)
• Biografia e autobiografia
• Notícia
• Currículo
• Lista de compras
• Cardápio
• Anúncios de classificados
Texto Dissertativo-Argumentativo
• Editorial Jornalístico
• Carta de opinião
• Resenha
• Artigo
• Ensaio
• Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado
Texto Expositivo
• Seminários
• Palestras
• Conferências
• Entrevistas
• Trabalhos acadêmicos
• Enciclopédia
• Verbetes de dicionários
Texto Injuntivo
• Propaganda
• Receita culinária
• Bula de remédio
• Manual de instruções
• Regulamento
• Textos prescritivos
Questão
(Aristóteles. Adaptado)
a) propaganda
b) enciclopédia
c) texto didático
d) texto de opinião
e) texto prescritivo
Questão
Pena pode chegar a até 10 anos de prisão caso o autor da notícia esteja por
trás de um grupo de disseminação de fake News.
Para não cair em notícias falsas, confira sempre o veículo em que ela foi
publicada, se ele é renomado, por exemplo, duvide de sites poucos
conhecidos e de conteúdos compartilhados em grupos de WhatsApp,
principalmente de textos copiados e colados que não têm links ou fontes.
a) narrativo-descritivo
b) descritivo-narrativo
c) prescritivo-descritivo
d) dissertativo-argumentativo
e) injuntivo-opinativo
Questão
a) notícia
b) propaganda
c) editorial
d) bilhete
e) declaração
Compreensão de textos: é a decodificação da mensagem, ou seja, análise
do que está no explícito no texto. Interpretação de textos: é
a interpretação que fazemos do conteúdo, ou seja, quais conclusões
chegamos por meio da conexão de ideias e, por isso, vai além do texto.
Questão
Questão
“Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda,
“um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou
inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido
autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil.
SENTIDO FIGURADO
a)Em – Há alguns meses, troquei meu celular. –, o verbo haver indica tempo
decorrido e pode ser substituído, corretamente, por Fazem.
Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários
da internet:
João e Maria foram aprisionados pela bruxa. Essas crianças foram trancadas
em uma gaiola. (anáfora - "Essas crianças" substitui o termo "João e Maria"
dito anteriormente).
Elipse
A elipse é uma figura sintática que tem como objetivo evitar a repetição de
um termo, atua como um elemento de coesão.
Todos sabiam que era possível, mas alguns duvidavam de sua capacidade.
(adversativa)
Sinônimo é a palavra que quer dizer a mesma coisa ou quase a mesma coisa
que a outra. são palavras diferentes que tem o mesmo significado.
Ex.:
Antônimo são palavras que tem o sentido contrário de outra. são palavras
diferentes com significado oposto.
ex.:
A metáfora é, provavelmente, a figura de linguagem que mais utilizamos no nosso dia a dia. Ela se
baseia em uma comparação implícita, sem o elemento comparativo (“como” ou “tal qual”, por
exemplo), em que uma característica de determinada coisa é atribuída ao elemento metaforizado.
Consiste em usar a palavra referente a essa coisa no lugar da característica propriamente dita,
depreendendo uma relação de semelhança que, por termos uma linguagem flexível e complexa,
conseguimos entender.
Por exemplo, se dizemos que “Maria Rita é uma flor”, nosso cérebro já tem mecanismos para
compreender que o que queremos dizer é que ela é delicada, perfumada, bonita etc., e não que ela
seja literalmente uma flor.
Para textos na web, é interessante utilizar algumas metáforas para validar seus argumentos e
enriquecer linguisticamente o seu texto.
Se você está escrevendo sobre novas tecnologias, por que não contar com metáforas referentes a
objetivos tecnológicos? Dessa forma, seu leitor ficará mais preso ao tema proposto e sua produção
lhe parecerá mais atraente e bem escrita.
Mas tenha cuidado, pois há mais de uma possibilidade de interpretação da metáfora, já que a
identificação entre os dois elementos em comum pode ficar por conta do leitor. Portanto, procure
esclarecer ao máximo o que você quer dizer quando usar esse recurso.
2. SÍMILE OU COMPARAÇÃO
“TE VER E NÃO TE QUERER (…) / É COMO MERGULHAR NO RIO / E NÃO SE MOLHAR /
É COMO NÃO MORRER DE FRIO / NO GELO POLAR” (TE VER — SAMUEL ROSA, LELO
ZANETI E CHICO AMARAL)
A símile é, assim como a metáfora, uma figura de comparação — mas, dessa vez, explícita. Como
assim?
A metáfora é mais subjetiva, pois sugere implicitamente uma ligação entre dois seres ou entidades
diferentes a partir de uma característica em comum, enquanto a símile apenas aponta que existe
uma semelhança específica e objetiva entre os dois elementos comparados.
Retomando o exemplo que trouxemos quando explicamos a metáfora, uma símile seria “Maria Rita
é BELA COMO uma flor” ou “Maria Rita é CHEIROSA, ASSIM COMO uma flor” — dessa forma,
ressaltamos o determinado atributo que queremos comparar e trazemos um elemento comparativo
(“como”, “que nem”, “assim como”, “tal qual”).
Quando se escreve para a web, fazer comparações explícitas pode ajudar você a ressaltar um
argumento ou contrastar opções com mais propriedade e clareza.
Como a símile é mais objetiva que a metáfora, ela é uma opção mais segura para ser utilizada em
textos com uma linguagem mais séria. Além disso, a relação de similaridade (daí o nome “símile”!)
entre os vocábulos pode ser uma carta na manga na hora de convencer o leitor do seu ponto de
vista.
3. ANALOGIA
A analogia também é uma espécie de comparação, mas, nesse caso, feita por meio de uma
correspondência entre duas entidades distintas. O termo também é utilizado no Direito e na
Biologia.
Na escrita, a analogia pode ocorrer quando o autor quer estabelecer uma aproximação equivalente
entre elementos por meio do sentido figurado e dos conectivos de comparação.
Por exemplo, em um trecho do romance “A Redoma de Vidro”, a autora Sylvia Plath faz uma
analogia entre a abundância de opções que temos para escolher o que faremos da vida e uma
árvore cheia de figos:
Para a web, usar analogias pode ser eficiente quando você quer simplificar o assunto abordado.
Caso ele seja muito complexo, é só fazer uma analogia com algo mais simples que o leitor
entenderá mais facilmente e seu texto se enriquecerá.
4. METONÍMIA
“E NO NORDESTE TUDO EM PAZ / SÓ MESMO MORTO EU DESCANSO / MAS O SANGUE
ANDA SOLTO / (…) / TERCEIRO MUNDO, SE FOR / PIADA NO EXTERIOR / MAS O BRASIL
VAI FICAR RICO” (QUE PAÍS É ESSE? — RENATO RUSSO)
A metonímia é mais uma figura de linguagem que tem a ver com semelhanças. Ela ocorre quando
um único nome é citado para representar um todo referente a ele. Por exemplo, é comum dizermos
frases como “Adoro ler Clarice Lispector” ou, ainda mais comum, “bebi um copo de leite”.
No primeiro caso, o que eu adoro ler são os livros escritos pela autora Clarice Lispector, e não a
pessoa dela em si. No segundo caso, ocorre o mesmo: o que eu bebi foi o conteúdo (leite) que
estava dentro do copo, e não o objeto copo propriamente dito.
Ao escrever para a web, a metonímia é muito útil e, muitas vezes, usada sem nem percebermos.
Acontece quando substituímos uma marca por um tipo específico de produto — por exemplo, Durex
substituindo fita adesiva, Toddy substituindo achocolatado em pó e Maizena substituindo amido de
milho. Ela traz maior fluidez à escrita, além de levar o leitor a se identificar com o texto.
5. PERÍFRASE
“CIDADE MARAVILHOSA / CHEIA DE ENCANTOS MIL / CIDADE MARAVILHOSA /
CORAÇÃO DO MEU BRASIL” (CIDADE MARAVILHOSA — ANDRÉ FILHO)
A perífrase acontece quando um nome ou termo é substituído por alguma característica marcante
sua ou por algum fato que o tenha tornado célebre.
Por exemplo, quando falamos no “rei da selva”, estamos falando do leão. Da mesma forma,
podemos nos referir à capital francesa como “Cidade Luz” e ao Rio São Francisco como “Velho
Chico”. Já no caso de pessoas, essa substituição tem o nome de antonomásia (para saber mais,
veja o item 13).
Essa figura de linguagem difere da metáfora, uma vez que a expressão usada para substituição
refere-se unicamente ao termo original, de modo que ele é facilmente identificado.
Na web, a perífrase pode ser utilizada para evitar a repetição de um nome, dando maior riqueza ao
texto. Atenção apenas para não usar codinomes que não sejam populares, pois isso pode dificultar
o entendimento do leitor.
6. SINESTESIA
“PALAVRAS NÃO SÃO MÁS / PALAVRAS NÃO SÃO QUENTES / PALAVRAS SÃO IGUAIS /
SENDO DIFERENTES” (PALAVRAS — SÉRGIO BRITTO E MARCELO FROMER)
É uma figura de linguagem bastante utilizada na arte, principalmente em músicas e poesias, uma
vez que ela trabalha com a mistura de dois ou mais sentidos humanos (olfato, paladar, audição,
visão e tato).
Na frase “Um silêncio amargo invadiu a sala”, há um tipo de gosto (paladar) servindo de adjetivo
para o silêncio (audição), por exemplo.
Na web, é possível utilizar essa figura quando a pauta permitir: moda, culinária e fotografia, por
exemplo, são categorias em que, dependendo do foco desejado, a metonímia cai muito bem,
intensificando as sensações que o texto eventualmente pode querer passar ao leitor.
7. HIPÉRBOLE
“POR VOCÊ EU LARGO TUDO / VOU MENDIGAR, ROUBAR, MATAR / ATÉ NAS COISAS
MAIS BANAIS / PRA MIM É TUDO OU NUNCA MAIS” (EXAGERADO — CAZUZA)
Ao contrário do eufemismo, a hipérbole serve para exaltar uma ideia, com o objetivo de causar
maior impacto e entusiasmo. Ela é muito usada em nosso cotidiano, como na expressão “Estou
morta de fome”, em que a intenção é enfatizar propositalmente o quanto estamos precisando
comer.
Para a web, esse recurso é maravilhoso, pois, se a intenção é convencer o leitor do que estamos
dizendo, nada melhor que chamar a atenção dele para o que queremos, apenas usando termos
exagerados.
8. CATACRESE
“ME AME DEVAGARINHO / SEM FAZER NENHUM ESFORÇO / TÔ DOIDO POR SEU
CARINHO / PRA SENTIR AQUELE GOSTO / QUE VOCÊ TEM NA MAÇÃ DO ROSTO / QUE
VOCÊ TEM NA MAÇÃ DO SEU ROSTO” (MAÇÃ DO ROSTO — DJAVAN)
A catacrese é o nome que utilizamos para algo que não tem um nome próprio. Em outras palavras,
pegamos um termo que já existe e o “emprestamos” para alguma outra coisa. Assim,
o substantivo representa dois significados diferentes, que não têm associação.
Maçã do rosto, pé da mesa e asa da xícara são alguns dos exemplos de catacrese muito utilizados
no dia a dia.
9. EUFEMISMO
“DAR À LUZ A UMA CRIANÇA / É ILUMINAR OS SEUS DIAS / DIVIDIR SUAS TRISTEZAS /
SOMAR SUAS ALEGRIAS / É SER O PRÓPRIO CALOR / NAQUELAS NOITES MAIS FRIAS”
(DAR À LUZ — BRÁULIO BESSA)
O recurso do eufemismo é utilizado quando se deseja dar um tom mais leve para uma expressão
— ou seja, é diretamente oposto à hipérbole. O significado permanece, mas a frase se torna menos
direta, pesada, negativa ou depreciativa. “Fulano descansou em paz” é um ótimo exemplo de
eufemismo muito utilizado.
10. PLEONASMO
“VAMOS FUGIR / PRA OUTRO LUGAR, BABY!” (VAMOS FUGIR — SKANK)
O pleonasmo ocorre quando se repete uma palavra ou expressão na mesma frase com o mesmo
significado. Do ponto de vista da gramática, ele é considerado um vício de linguagem (deixando a
frase redundante). Entretanto, na literatura, costuma ser usado para dar ênfase.
11. ANÁFORA
“É PRECISO AMOR / PRA PODER PULSAR / É PRECISO PAZ PRA PODER SORRIR / É
PRECISO A CHUVA PARA FLORIR” (TOCANDO EM FRENTE — ALMIR SATER)
É um recurso utilizado para dar mais ênfase à mensagem, por meio da repetição de palavras. Ela
acontece de forma sucessiva no começo das frases, versos ou períodos.
Ambiguidade é uma figura de linguagem muito utilizada no meio artístico, de forma poética e
literária. Porém, em textos técnicos e redações ela é considerada um vício (e deve ser evitada). Ela
ocorre quando uma frase fica com duplo sentido, confundindo a interpretação.
13. ANTONOMÁSIA
“A ‘DAMA DE FERRO’ DESPERTOU ADMIRAÇÃO E ÓDIO.” (ÉPOCA NEGÓCIOS)
Trata-se de um tipo de metonímia. Nesse caso, ocorre a substituição de um nome de pessoa por
um conjunto de palavras que a caracteriza. Quando a substituição é de um nome comum ou lugar,
o recurso utilizado é a perífrase.
Por exemplo, quando falamos “rei do futebol”, no Brasil, nos referimos ao jogador Pelé. Essa figura
de linguagem difere da metáfora, uma vez que a expressão usada para substituição refere-se
unicamente ao termo original, de modo que ele é facilmente identificado.
A antonomásia também pode ser utilizada para eliminar repetições e tornar o texto mais rico — e,
assim como a perífrase, deve trazer termos que sejam conhecidos pelo público, de modo a não
prejudicar a compreensão.
14. ALEGORIA
“A VIDA É UMA ÓPERA, É UMA GRANDE ÓPERA. O TENOR E O BARÍTONO LUTAM PELO
SOPRANO, EM PRESENÇA DO BAIXO E DOS COMPRIMÁRIOS, QUANDO NÃO SÃO O
SOPRANO E O CONTRALTO QUE LUTAM PELO TENOR, EM PRESENÇA DO MESMO
BAIXO E DOS MESMOS COMPRIMÁRIOS. HÁ COROS NUMEROSOS, MUITOS BAILADOS,
E A ORQUESTRA É EXCELENTE…” (DOM CASMURRO — MACHADO DE ASSIS)
É usada de forma retórica, a fim de ampliar o significado de uma palavra (ou oração). Ela ajuda a
transmitir um (ou mais) sentidos do texto, além do literal.
15. SIMBOLOGIA
“A POMBA BRANCA SIMBOLIZA A PAZ.”
O conceito é bem simples: trata-se do uso de simbologias para indicar alguma coisa.
16. ELIPSE
“A TARDE TALVEZ FOSSE AZUL, / NÃO HOUVESSE TANTOS DESEJOS” (POEMA DE SETE
FACES — CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE)
A elipse consiste na omissão de um termo sem que a frase tenha seu sentido alterado. Por exemplo,
na frase “(eu) Quero (receber) mais respeito”, os termos em parênteses podem ser omitidos sem
que o sentido da frase seja alterado.
17. ZEUGMA
“O MEU PAI ERA PAULISTA / MEU AVÔ, PERNAMBUCANO / O MEU BISAVÔ, MINEIRO /
MEU TATARAVÔ, BAIANO” (PARATODOS — CHICO BUARQUE)
O zeugma é basicamente o mesmo que a elipse, com a diferença de que ele é específico para
omitir nomes ou verbos citados anteriormente — por exemplo, quando dizemos “Eu prefiro
literatura, ele, linguística”, e deixamos de repetir o verbo “preferir”.
18. SILEPSE
“NEM TUDO TINHAM OS ANTIGOS, NEM TUDO TEMOS, OS MODERNOS.” (MACHADO DE
ASSIS)
A silepse é quando há concordância com uma ideia, e não com uma palavra — ou seja, ela é feita
com um elemento implícito. Pode ocorrer nos seguintes âmbitos: de gênero, de número e de
pessoa.
20. POLISSÍNDETO
“E O OLHAR ESTARIA ANSIOSO ESPERANDO / E A CABEÇA AO SABOR DA MÁGOA
BALANÇADA / E O CORAÇÃO FUGINDO E O CORAÇÃO VOLTANDO / E OS MINUTOS
PASSANDO E OS MINUTOS PASSANDO…” (OLHAR PARA TRÁS — VINÍCIUS DE MORAES)
Nem sempre esse recurso pode ser utilizado na redação para web, considerando que a repetição
desnecessária pode deixar o texto cansativo.
21. ASSÍNDETO
“TEM QUE SER SELADO, REGISTRADO, CARIMBADO / AVALIADO, ROTULADO SE
QUISER VOAR! / SE QUISER VOAR / PRA LUA: A TAXA É ALTA / PRO SOL: IDENTIDADE /
MAS JÁ PRO SEU FOGUETE VIAJAR PELO UNIVERSO / É PRECISO MEU CARIMBO
DANDO O SIM / SIM, SIM, SIM” (CARIMBADOR MALUCO — RAUL SEIXAS)
Ocorre quando um conectivo é excluído da frase (como o “e”), a fim de trazer uma sequência de
informações. Geralmente, é substituído por uma vírgula. É o contrário do que ocorre com o
polissíndeto.
22. ANACOLUTO
“UMAS CARABINAS QUE GUARDAVA ATRÁS DO GUARDA-ROUPA, A GENTE BRINCAVA
COM ELAS, DE TÃO IMPRESTÁVEIS.” (JOSÉ LINS DO REGO)
Trata-se de uma alteração na estrutura da frase, a qual é interrompida por algum elemento inserido
de forma “solta”. Alguns estudiosos defendem que o anacoluto é um erro gramatical.
FIGURAS DE PENSAMENTO
23. ANTÍTESE
“NÃO EXISTIRIA SOM SE NÃO / HOUVESSE O SILÊNCIO / NÃO HAVERIA LUZ SE NÃO /
FOSSE A ESCURIDÃO / A VIDA É MESMO ASSIM / DIA E NOITE, NÃO E SIM” (CERTAS
COISAS — LULU SANTOS)
O uso de palavras com sentidos opostos é outro possível recurso para fortalecer o discurso e deixar
um ponto de vista ainda mais claro. A antítese é, justamente, o contraste que ocorre quando os
termos estão bem próximos e acentuam a expressividade do período.
Curiosamente, a antítese é marco da escrita barroca, tida como a arte do contraste, mas ainda tem
espaço na escrita atual, principalmente no contexto digital. O contraste, além de enfatizar o sentido
das palavras, esclarece que a divergência entre elas é o que garante, de certa forma, o argumento
colocado.
24. PARADOXO
“SE VOCÊ QUISER ME PRENDER, VAI TER QUE SABER ME SOLTAR” (TIRANIZAR —
CAETANO VELOSO)
O termo, formado pelo prefixo “para”, que indica “contrário a”, e o sufixo “doxa”, que quer dizer
“opinião”, é consagrado pelos filósofos e seus sentidos vão além do uso na escrita.
Apesar de ser parecido com a antítese, o paradoxo é uma figura de linguagem usada para transmitir
sentidos opostos em uma mesma construção sintática. As duas ideias devem estar na mesma frase
para expressar essa contradição lógica e, geralmente, estão lado a lado.
No exemplo acima, o paradoxo é produzido pela oposição lógica das palavras “prender” e “soltar”.
Outros bons exemplos são: “O riso é uma coisa séria”, “O melhor improviso é aquele que é mais
bem preparado” e “(O amor) é ferida que dói e não se sente”, de Luís de Camões.
No trecho do poema, a prosopopeia é percebida no ato de dar ação à casa, que teria a qualidade
de espiar os homens.
27. IRONIA
“MOÇA LINDA BEM TRATADA, / TRÊS SÉCULOS DE FAMÍLIA, / BURRA COMO UMA
PORTA: UM AMOR!” (MOÇA LINDA BEM TRATADA — MÁRIO DE ANDRADE)
Na ironia, o interlocutor diz uma coisa, mas o significado é outro. Ela é muito conhecida e utilizada
no dia a dia, mas ainda pode gerar certa confusão — principalmente na língua escrita. É utilizada
para se expressar de forma sarcástica ou bem-humorada, além de servir como disfarce ou
dissimulação.
28. APÓSTROFE
“OH! DEUS, PERDOE ESTE POBRE COITADO / QUE DE JOELHOS REZOU UM BOCADO /
PEDINDO PRA CHUVA CAIR SEM PARAR” (SÚPLICA CEARENSE — LUIZ GONZAGA)
Trata-se da figura utilizada para invocação ou chamamento. Também é usada para indicar
surpresa, indignação ou outro sentimento. Um exemplo muito comum é a expressão “minha Nossa
Senhora!”, usada quando alguém se espanta com algo.
29. ALUSÃO
“ELES ESTAVAM APAIXONADOS COMO ROMEU E JULIETA.”
A alusão é um recurso utilizado para fazer referência ou citação, relacionando uma ideia a outra —
o que pode ocorrer de forma explícita ou não. Ao fazer referência a um acontecimento, pessoas,
personagens ou outros trabalhos, a alusão ajuda no entendimento da ideia que se deseja passar.
No caso do exemplo acima, o objetivo é explicar tamanha paixão que uma pessoa sente pela outra.
30. QUIASMO
“CHEGUEI. CHEGASTE / TU VINHAS FATIGADA E TRISTE / E TRISTE E FATIGADO EU
VINHA.” (NO MEIO DO CAMINHO — OLAVO BILAC)
O quiasmo ocorre quando existe um cruzamento de palavras (ou expressões), fazendo com que
elas se repitam. Geralmente é usado para enfatizar algum feito. Um bom exemplo de como ele é
usado no dia a dia: “Ele quase não sai. Vai de casa para o trabalho, do trabalho para casa.”.
FIGURAS SONORAS
31. CACOFONIA
“ALMA MINHA GENTIL, QUE TE PARTISTE / TÃO CEDO DESTA VIDA DESCONTENTE, /
REPOUSA LÁ NO CÉU ETERNAMENTE, / E VIVA EU CÁ NA TERRA SEMPRE TRISTE” (LUÍS
DE CAMÕES)
Na cacofonia, a junção de duas palavras (as últimas sílabas de uma + as sílabas iniciais da outra)
pode tornar o som diferente e criar um novo significado — ela é percebida ao falar, com o som
fazendo parecer algo diferente do que realmente foi dito.
Nos versos acima, a cacofonia acontece logo no início: “alma minha“. Veja alguns exemplos de
cacofonia que podemos produzir até mesmo sem perceber no dia a a dia:
32. ONOMATOPEIA
“PASSA, TEMPO, TIC-TAC / TIC-TAC, PASSA, HORA / CHEGA LOGO, TIC-TAC / TIC-TAC,
E VAI-TE EMBORA” (O RELÓGIO — VINÍCIUS DE MORAES)
33. ALITERAÇÃO
“LÁ VEM O PATO / PATA AQUI, PATA ACOLÁ / LÁ VEM O PATO / PARA VER O QUE É QUE
HÁ” (O PATO — VINÍCIUS DE MORAES)
Aliteração é quando se faz a repetição do som de uma consoante na mesma frase. É usada para
dar ênfase ao texto e para criar trava-línguas. Ela tem a sonoridade como base, o que ajuda a ditar
o ritmo.
34. ASSONÂNCIA
A assonância é parecida com a aliteração, mas ocorre quando existe a repetição da vogal tônica
ou de sílabas com as mesmas consoantes e vogais distintas. Como no exemplo a seguir, em que
há repetição das mesmas consoantes com vogais diferentes:
Apesar de não estarem restritos à oralidade, os recursos sonoros em textos escritos podem
complicar um pouco mais a compreensão do texto, por isso, não são tão aproveitados.
35. PARONOMÁSIA
“ENQUANTO É TÃO CEDO / TÃO CEDO / ENQUANTO FOR… UM BERÇO MEU /
ENQUANTO FOR… UM TERÇO MEU / SERÁS VIDA… BEM-VINDA / SERÁS VIVA… BEM
VIVA / EM MIM” (REALEJO — O TEATRO MÁGICO)
Consiste no uso de palavras iguais ou com sons semelhantes, mas que têm sentidos diferentes.
Um exemplo de como ela é utilizada no cotidiano é o velho provérbio “quem casa, quer casa”, no
qual a mesma palavra diz respeito ao casamento e à moradia.
Ortografia
REGRAS DE USO DO S E Z
O emprego das letras S e Z gera várias dúvidas para quem escreve. Isso
acontece porque em algumas palavras o s tem som de z.
1° A ortografia indica que se usa S nos sufixos oso, enso, osa que formam
adjetivos.
2º Usa-se s nos sufixos ês, esa, isa quando indicam nacionalidade, origem ou
título.
Regras do uso do g e j
O uso de g ou j também gera dúvidas nos falantes da língua inglesa. Isso
também acontece devido à semelhança no som que é produzido em
algumas palavras.
Observações:
Regras do uso de x e ch
Regras de uso do x
Exceções:
1º Encher e derivados;
2º Recauchutar e derivados;
Regras de uso do ch
2º Usa-se ch em palavras derivadas do latim e que são escritas com pl, cl e fl.
Regras de uso do h
A letra h não tem valor fonético, mas a sua utilização ficou marcada pela
força da etimologia. As regras de uso são:
Atenção!
Regras do Hífen
Exemplos:
• O local por que passei é muito bonito. (O local por qual passei é muito
bonito.)
• A razão por que sobra sempre para mim, eu não sei. (A razão pela qual
sobra sempre para mim, eu não sei.)
• Não sei o motivo por que as pessoas têm dúvidas. (Não sei o motivo pelo
qual as pessoas têm dúvidas.)
Quando usar Porque?
"Porque", escrito junto e sem acento, é utilizado em respostas. Ele exerce a
função de uma conjunção subordinativa causal ou coordenativa explicativa.
Pode ser substituído por palavras, como “pois”, ou pelas expressões “para
que” e “uma vez que”.
Exemplos:
• Não fui à escola ontem porque fiquei doente.
• Leve o casaco porque está frio.
• Não preciso de mais exemplos, porque já entendi.
Exemplos:
• Não foi explicado o porquê de tanto barulho na noite de ontem.
• Queria entender o porquê de isto estar acontecendo.
• Você pode me explicar o porquê de tanta gente complicar algo fácil?
Sessão: tem sentido de reunião ou algo que você faz sentado, já que a
palavra é derivada do latim “sessio”, que significa “sentar-se”. Cessão: tem
sentido de ceder, doar, transferir algo a alguém, encerrar. Seção: tem sentido
de separar, repartição.
Vejamos:
Não confunda o significado de “a cerca de” com “há cerca de”. O primeiro faz relação
com a distância e o segundo com o tempo. Assim também, sempre quando houver
dúvidas, faça a seguinte averiguação: