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2022

PORTUGUÊS

MATERIAL EXCLUSIVO PARA O CONCURSO DA PMCE


PROF.MUNIZ

VETORIAL CONCURSOS | O MELHOR DIRECIONAMENTO PARA VOCÊ.


Português

Prof. Muniz

Compreensão e interpretação de textos. 2. Gênero Textual. 3. Coesão e


Coerência. 4. Ortografia oficial; emprego das letras. 5. Acentuação gráfica.
6. Crase. 7. Classes de palavras e suas flexões. 8. Emprego dos tempos, modos
e vozes verbais. 9. Sintaxe: frase, oração e período. 10. Termos essenciais e
integrantes da oração. 11. Concordância verbal e nominal. 12. Regência
verbal e nominal. 13. Pontuação. 14. Significação das palavras. 15. Sinônimos,
antônimos, homônimos, parônimos e figuras de linguagem.

Acentuação gráfica

OXÍTONAS
Levam acento todas as oxítonas terminadas em “a(s)”, “e(s)”, “o(s)” e
“em(ens)”, seguidas ou não de “s”.

cajá – até – jiló – armazém – parabéns

Sendo assim, não se acentuam oxítonos como: saci(s), tatu(s), talvez, tambor
e etc.

PAROXÍTONAS
São acentuados graficamente todos os paroxítonos, exceto os terminados
por –a(s), -e(s), -o(s) (desde que não formem ditongos), -am, -em e ens:

útil, caráter, pólen, tórax, bíceps, imã, glória, série, empório, jóquei, órfão,
órgão...

Paroxítonos como glória, série, empório e etc. não terminam,


respectivamente, por –a, -e e –o, mas por ditongo crescente.

Não se acentuam as paroxítonas formadas pelos ditongos orais abertos –ei e


–oi: ideia, geleia, boleia, assembleia, jiboia, paranoia, claraboia,
espermatozoide, androide ...

Não se acentuam as vogas i e u, precedidas de ditongos, das palavras


paroxítonas: sainha, cheinho, feiura e etc.

PROPAROXÍTONOS
Todos os proparoxítonos são acentuados, sem exceção: médico, álibi,
ômega, etc.
HIATOS
Acentuam-se as letras –i e –u desde sejam a segunda vogal tônica de um
hiato e estejam sozinhas ou seguidas de –s na sílaba: caí (ca-í), país (pa-ís),
baú (ba-ú) e etc.

Quando o –i é seguido de –nh, não recebe acento: rainha, bainha, moinho


etc.

O –i e o –u não recebem acento quando aparecem repetidos: xiita, juuna e


etc

Hiatos formados por –ee e –oo não devem ser acentuados: creem, deem,
leem, magoo, enjoo e etc.

ACENTO DIFERENCIAL

O acento diferencial foi eliminado na última reforma ortográfica, em 2008.


Assim, apenas as palavras seguintes devem receber acento:

• Pôde ( 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo do verbo


poder) para diferenciar de pode (3ª pessoa do singular do presente do
indicativo desse verbo);
• Têm (3ª pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ter) e seus
derivados (contêm, detêm, mantêm etc.) para diferenciar do tem (3ª
pessoa do singular do presente do indicativo desse verbo e seus
derivados);
• O verbo pôr para diferenciar da preposição por.

TREMA

O sinal de trema (¨) é inteiramente suprimido em palavras da língua


portuguesa. Deve, no entanto, ser empregado em palavras derivadas de
nomes próprios estrangeiros: mülleriano (de Müller).

Crase

A crase é a união do artigo feminino a com a preposição a e com certos


pronomes cuja letra inicial também é o a.

Essa união é indicada ortograficamente através do uso do acento grave


(à), também designado de acento indicador de crase.

CASOS OBRIGATÓRIOS:
a) Diante de palavra feminina, expressa ou oculta, que não repele artigo.

Fui à praia.

b) Diante do artigo “a” e dos demonstrativos “aquele”, “aquela”, “aquilo”.

Referiu-se àquele que estava ao seu lado.

c) Diante de pronome possessivo em referência a um substantivo oculto.

Dirigiu-se àquela casa, e não à sua.

d) Diante de locuções adverbiais constituídas de substantivo feminino plural.

O documento foi elaborado às claras.

Casos Proibidos

Em meio a tantas exceções, às vezes é mais simples você memorizar


quando a crase não é utilizada do que quando é!
Então, vejamos os casos:

• Antes de substantivos masculinos


a) Ele veio a pé.
b) Não vendemos a prazo.
c) Vamos conhecer a fazenda a cavalo.
d) Você deve se vestir a caráter.
• Antes de verbo no infinitivo
a) Começou a sorrir quando dei a notícia!
b) Ficou a pensar nela o dia todo!
c) Estava a celebrar sua vitória!
• Diante de nomes de cidades (volta..de)
a) Chegou a Belo Horizonte em segurança.
b) Quem tem boca, vai a Roma.
c) Foi a Vitória conhecer o mar.
Detalhe importante: Quando especificar a cidade, coloque a crase: Irei à
Veneza dos apaixonados. Refiro-me à Inglaterra do século XVIII.

• Em substantivos que se repetem


gota a gota, cara a cara, dia a dia, frente a frente, ponta a ponta.

• Diante de pronomes (pessoais, demonstrativos, de tratamento,


indefinidos e relativos)
a) Solicitei a ela que tivesse calma, pois tudo daria certo!
b) Você vai sair a esta hora?
c) Comunicarei a Vossa Alteza a sua decisão!
d) Dê comida a qualquer um que tenha fome!
e) Agradeço a Deus, a quem pertence tudo que sou e tenho!
• Antes do artigo indefinido “uma”:
Ele foi a uma comunhão.

• Diante de substantivos no plural:


a) O prêmio foi concedido a alunos vencedores.
b) Não gosto de ficar próximo a pessoas que conversam demais!
c) Gosto de ir a praças para ler!
• Antes de números cardinais
Vou embora daqui a quinze minutos.

• Antes de nomes de mulheres consideradas célebres:


a) Refiro-me a Brigitte Bardot e sua má postura!
b) Este livro faz referência a Joana D’Arc.
• Diante da palavra “casa” quando esta não estiver especificada
Foi a casa. Voltou a casa.

Detalhe importante: Se a palavra “casa” vier determinada por adjunto


adnominal, ou seja, caso esteja especificada, aceita-se a crase: Fui à
casa de meus avós ou voltei à casa de meus pais.

• Diante da palavra “terra” quando significar “terra firme” e não


estiver especificada
Após viajarmos muito pelos mares, voltamos a terra.
Porém, quando possuir o sentido de planeta, ocorrerá a crase. Ex.: Os
astronautas voltaram à Terra.
No caso de a palavra terra estiver especificada, a crase estará confirmada.
Ex.: Voltamos à terra de meus avós.
Observação importante
O uso da crase é facultativo:
a) antes de possessivo (Leve o presente à/a sua amiga);

b) antes de nomes de mulheres que não sejam célebres (Foi à/a Ana falar
de seu amor);

c) com “até”: Foi até à/a escola mais próxima fazer sua matrícula.

Classes de Palavras

1. SUBSTANTIVO
Substantivo é a palavra que nomeia os seres em geral, desde objetos,
fenômenos, lugares, qualidades, ações, dentre outros, tais como: Ana, Brasil,
beleza.

Exemplos de frases com substantivo:

• A Ana é super inteligente.


• O Brasil é lindo.
• A tua beleza me encanta.

2.ADJETIVO
Adjetivo é a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos,
tais como: feliz, superinteressante, amável.

Exemplos de frases com adjetivo:

• A criança ficou feliz.


• O artigo ficou superinteressante.
• Sempre foi amável comigo.

ARTIGO
Artigo é a palavra que antecede o substantivo, tais como: o, as, uns, uma.

Exemplos de frases com artigo:

• O menino saiu.
• As meninas saíram.
• Uns constroem, outros destroem.
• Uma chance é o que preciso.

Os artigos são classificados em: definidos e indefinidos.

NUMERAL
Numeral é a palavra que indica a posição ou o número de elementos, tais
como: um, primeiro, dezenas.

Exemplos de frases com numeral:

• Um pastel, por favor!


• Primeiro as damas.
• Dezenas de pessoas estiveram presentes.

Os numerais são classificados em: cardinais, ordinais, multiplicativos,


fracionários e coletivos.

INTERJEIÇÃO
Interjeição é a palavra que exprime emoções e sentimentos, tais como:
Olá!, Viva! Psiu!.

Exemplos de frases com interjeição:

• Olá! Sou a Maria.


• Viva! Conseguimos ganhar o campeonato.
• Psiu! Não faça barulho aqui.

PRONOME

O pronome é uma classe gramatical variável, ou seja, flexiona-se em gênero


e número. Ele tem a função de relacionar o substantivo a uma das três
pessoas do discurso (quem fala, com quem se fala e de quem se fala),
podendo ainda indicar a posse de um objeto ou sua localização. Quando
substituem o substantivo, denominam-se pronome substantivo; quando o
acompanham, pronome adjetivo.

• Os pronomes classificam-se em: pessoais, possessivos, demonstrativos,


interrogativos, indefinidos e relativos.
1.Pronomes pessoais
Os pronomes pessoais indicam as pessoas gramaticais, também chamadas
de pessoas do discurso (Eu, tu, ele, nós, vós, eles). Eles podem pertencer ao
caso reto e ao caso oblíquo. Para cada pronome reto, há um
correspondente no caso oblíquo. Veja a explicação!

Eu →Me, mim, comigo.

Tu → Te, ti, contigo.

Ele → Se, o, a, lhe, si, consigo.

Nós→ Nos, conosco.

Vós →Vos, convosco.

Eles →Se, os, as, lhes, si, consigo.

As modalidades dos pronomes oblíquos átonos


1) -lo, -la, -los, -las

Quando os verbos apresentarem as terminações -r, -s ou -z, os pronomes o,


os, a, as assumirão as formas -lo, -la, -los, -las:

Poderíamos comprá-los.
O dever de casa, Carlos fê-lo com atenção.
Buscamo-la logo após à nossa chegada.

2) -no, -na, -nos, -nas

Quando as terminações são ditongos nasais (-ão, -õe(m), -am, -em), os


pronomes o, os, a, as assumem as formas -no, -na, -nos, -nas:

Façam-na falar!
As cadeiras, põe-nas em ordem.
Isso eles dão-nos com frequência.

Objeto direto: me, te, o, a, nos, vos, os, as.


Exemplo:
Respeite-me.

Objeto indireto: me, te, lhe, nos, vos, lhes.

Exemplo:
Obedecemos-lhe cegamente.

2. Pronomes de tratamento

3. Pronome possessivo

Posso usar sua blusa? Eu manchei a minha...

(sua= pr. poss. adjetivo, minha= pr. poss. substantivo)

Nossas dançarinas tiveram mais tempo para ensaio do que as suas.

(nossas= pr. poss. adjetivo, suas= pr. poss. substantivo)

OBS:
Quando o pronome possessivo determina mais de um substantivo, ele deverá
concordar em gênero e número com o substantivo mais próximo.

Vou lavar meu tênis e bolsa.

4. Pronome demonstrativo

Exemplo:

Você deveria ouvir este disco de vinil.

O pronome este no exemplo acima, refere-se ao substantivo disco,


localizando-o próximo à pessoa que fala (1ª pessoa).

São também pronomes demonstrativos

- o, a, os, as, quando equivalem a isto, isso, aquele, aquela, aqueles, aquelas;

Ex: Imagino o que ela já sofreu. (=aquilo)

- mesmo e próprio, quando reforçam pronomes pessoais ou fazem


referência a algo expresso anteriormente;

Ex: Eu mesma vi a cena repetir-se.

- tal e semelhante, quando equivalem a esse, essa, aquela.

Ex: Em tais ocasiões é preciso prudência. (=essas)

EMPREGO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Em relação ao espaço

- Este(s), esta(s) e isto indicam o que está perto da pessoa que fala:

Ex: Este relógio de bolso que eu estou usando pertenceu ao meu avô.

- Esse(s), essa(s) e isso indicam o que está perto da pessoa com quem se fala:

Ex: Mamãe, passe-me essa revista que está perto de você.

- Aquele(s), aquela(s) e aquilo indicam o que está distante tanto da pessoa


que fala quanto da pessoa com quem se fala:
Ex: Olhem aquela casa!

Em relação ao tempo

- Este(s), esta(s) e isto indicam o tempo presente em relação à pessoa que


fala:

Ex: Esta tarde irei ao supermercado fazer as compras do mês.

- Esse(s), essa(s) e isso indicam o tempo passado próximo ao momento da


fala:

Ex: Essa noite dormi mal, tive pesadelos horríveis.

- Aquele(s), aquela(s) e aquilo indicam um afastamento no tempo, tempo


remoto:

Ex: Naquele tempo, os jovens de famílias ricas iam estudar na França.

Quando são usados como referente

- Este(s), esta(s) e isto fazem referência a algo sobre o qual ainda se vai falar:

Ex: São estes os assuntos que temos a tratar: o aumento dos salários, as férias
dos funcionários e as horas extras.

- Esse(s), essa(s) e isso fazem referência a algo que já foi citado anteriormente:

Ex: Sua participação nas Olimpíadas de Matemática, isso é o que mais


desejamos agora.

- Este e aquele são empregados quando se faz referência a termos já


mencionados, como se exemplifica a seguir:

Ex: Pedro e Paulo são alunos que se destacam na classe: este pela rapidez
com que resolve os exercícios de Matemática, aquele pela criatividade na
produção de textos.

5. Pronome Indefinido

Vejamos a frase a seguir:

Alguns cães fazem festinha quando o dono chega.

A palavra alguns se refere, de modo genérico, a um certo número de cães.


Podemos constatar isso por se tratar de um pronome indefinido.
Pronomes indefinidos são aqueles que se referem a substantivos de modo
vago, impreciso ou genérico.

Os pronomes indefinidos também aparecem na forma de locuções: cada


um, cada qual, qualquer um, seja qual for, seja quem for, todo aquele
que, etc.

Observações sobre o uso do pronome indefinido:

- algum, após o substantivo a que se refere, assume valor negativo.

Ex: Dinheiro algum trará sua família de volta. (= nenhum)

- pronome certo(a)(s), depois do nome, passa a ser adjetivo:

Ex: Certas pessoas não inspiram confiança. (pronome indefinido)

Encontramos a pessoa certa para o serviço. (adjetivo)

- o pronome nada pode equivaler a um advérbio:

Ex: Nós não estamos nada satisfeitos com os resultados. (=adv. Negação)

6. Pronomes relativos

Emprego dos pronomes relativos


1. Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência
assim determinar.
Este é o pintor a cuja obra me refiro.
Este é o pintor de cuja obra gosto.

2. O pronome relativo quem é empregado com referência a pessoas:

Não conheço o político de quem você falou.

3. O relativo quem pode aparecer sem antecedente claro, sendo


classificado como pronome relativo indefinido.

Quem faltou foi advertido.

4. Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá precedido


de preposição.

Marcelo era o homem a quem ela amava.


5. O pronome relativo que é o de mais largo emprego, chamado de relativo
universal, pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas, no
singular ou no plural.

Não conheço o rapaz que saiu.


Gostei muito do vestido que comprei.
Eis os ingredientes de que necessitamos.

6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o, a,


os, as.

Falo o que sinto. (o pronome o equivale a aquilo)

7. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o


pronome relativo que. Com preposições de mais de uma sílaba, usa-se o
relativo o qual (e flexões).

Aquele é o livro com que trabalho.


Aquela é a senhora para a qual trabalho.

8. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo equivalente a


do qual, de que, de quem. Deve concordar com a coisa possuída.

Apresentaram provas em cuja veracidade eu creio.

9. O pronome relativo quanto, quantos e quantas são pronomes relativos


quando seguem os pronomes indefinidos tudo, todos ou todas.

Comprou tudo quanto viu.

10. O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido
aproximado de em que, no qual.

Este é o país onde habito.

a) onde é empregado com verbos que não dão ideia de movimento. Pode
ser usado sem antecedente.
Sempre morei no país onde nasci.

b) aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento e


equivale a para onde, sendo resultado da combinação da preposição a +
onde.

Voltei àquele lugar aonde minha mãe me levava quando criança.

Advérbios

EXEMPLOS DE FRASES COM ADVÉRBIOS

• Estudei aqui até aos doze anos. (lugar)


• Tudo parecerá melhor amanhã. (tempo)
• Falou lentamente, para que todos entendessem. (modo)
• Vou, decididamente, cumprir esta promessa. (afirmação)
• Ele nunca se esqueceu das palavras da sua avó. (negação)
• Poderemos, talvez, esperar mais uns minutos. (dúvida)
• Eu vi que ele estudou muito para a prova. (intensidade)
• O bebê somente comeu a banana. (exclusão)
• Quero, inclusivamente, que você venha conosco. (inclusão)
• Primeiramente, peça desculpa pelo que você fez. (ordem)

A Nomenclatura Gramatical Brasileira distingue as seguintes classificações:

• Advérbios de afirmação: sim, certamente, efetivamente, realmente,


etc.;
• Advérbios de dúvida: acaso, porventura, possivelmente,
provavelmente, quiçá, talvez, etc.;
• Advérbios de intensidade: bastante, bem, demais, mais, menos, pouco,
muito, quanto, quão, quase, tanto, tão, etc.;
• Advérbios de lugar: abaixo, acima, adiante, aí, além, ali, aquém, aqui,
atrás, através, cá, defronte, dentro, detrás, fora, junto, lá, longe, onde,
perto, etc.;
• Advérbios de modo: assim, bem, debalde, depressa, devagar, mal,
melhor, pior e quase todos terminados em –mente: fielmente,
levemente, etc.;
• Advérbios de negação: não;
• Advérbios de tempo: agora, ainda, amanhã, anteontem, antes, breve,
cedo, depois, então, hoje, já, jamais, logo, nunca, ontem, outrora,
sempre, tarde, etc.
LOCUÇÃO ADVERBIAL

Denomina-se locução adverbial o conjunto de duas ou mais palavras que


funciona com advérbio. Dessa maneira, as locuções adverbiais são
compostas por uma preposição com um substantivo, com um adjetivo ou
com um advérbio, Assim:

A criança chorou em silêncio.

As locuções adverbiais podem ser:

• DE AFIRMAÇÃO (ou DÚVIDA): com certeza, por certo, sem dúvida.


• DE INTENSIDADE: de muito, de pouco, de todo, etc.;
• DE LUGAR: à direita, à esquerda, à distância, ao lado, de dentro, de
cima, de longe, de perto, em cima, para dentro, para onde, por ali, por
aqui, por dentro, por fora, por onde, por perto, etc.;
• DE MODO: à toa, à vontade, ao contrário, ao léu, às avessas, às claras,
às direitas, às pressas, com gosto, com amor, de bom grado, de cor, de
má vontade, de regra, em geral, em silêncio, em vão, gota a gota,
passo a passo, por acaso, etc.;
• DE NEGAÇÃO: de forma alguma, de modo nenhum, etc.;
• DE TEMPO: à noite, à tarde, à tardinha, de dia, de manhã, de noite, de
quando em quando, de vez em quando, de tempos em tempos, em
breve, pela manhã, etc.

Conjunções

Coordenadas

CLASSIFICAÇÃO E FUNÇÃO DAS CONJUNÇÕES COORDENATIVAS


→ Conjunções aditivas: expressam soma. A conjunção permite que à
primeira oração seja acrescida uma informação.

Exemplos

• Fui ao shopping e comi um sanduíche.


• Ele não me agradece, nem eu lhe dou tempo (Botelho).
→ Conjunções adversativas: estabelecem uma oposição ou um contraste
entre a ideia presente na primeira oração e a que consta na segunda.

Exemplos
• Gisele desistiu de comprar um automóvel, porém ela tem vontade de
possuir um veículo.
• As pessoas gostam de consumir, mas ninguém está comprando roupas
atualmente.

→ Conjunções alternativas: denotam uma alternância de ideias. Também


manifestam a exclusão de um pensamento em prol da ascensão de um
outro.

Exemplos

• Seja trabalhador, seja estudante, todos merecem respeito.


• Ora tem muito sono, ora tem insônia.
• Independência ou morte! (D. Pedro I)

→ Conjunções conclusivas: estabelecem uma consequência em relação ao


que consta na oração anterior. Além disso, introduzem o sentido de
fechamento de uma ideia.

Exemplos

• Encontrei, pois, Alexandre, quando estive no parque Ibirapuera.


• O prazo de entrega das atividades termina hoje, logo, conclua-as
rapidamente.

→ Conjunções explicativas: apresentam um motivo, uma razão, ou seja, uma


das frases justifica o conteúdo da outra.

• A festa foi um desastre, pois a energia elétrica foi cortada.


• A escolha da roupa foi equivocada, porque não foi compatível com a
sugestão presente no convite de casamento.
CLASSIFICAÇÃO E FUNÇÃO DAS CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
→ Conjunções causais: iniciam a oração que expressa a razão de um
determinado acontecimento exposto em outra oração.

Exemplos

• Reescreva este trecho da redação, pois está confuso.

• Elaborei o projeto da minha casa, visto que sou engenheiro.

→ Conjunções condicionais: iniciam a oração que contém uma condição ou


uma hipótese relacionada a um acontecimento expresso em outra oração.
Exemplos

• Se eu conseguir estudar toda a matéria, poderei sair.

• Marina cometeu um erro, a menos que haja duas maneiras de fazer este
tipo de bolo.

→ Conjunções conformativas: introduzem uma oração que expressa uma


concordância, uma associação com o que está contido na outra oração.

Exemplos

• Conforme Caetano Veloso canta, “Gente é pra brilhar. Não pra morrer
de fome”.

• Segundos dados do IBGE, o número de idosos deve dobrar até 2042.

→ Conjunções concessivas: introduzem uma oração na qual se percebe um


fato diverso, mas não capaz de anular o que foi estabelecido na outra
oração. Há uma convivência entre as duas informações.

Exemplos

• Apesar de a empresa estar em crise, ela mantém a carga horária dos


funcionários.

• Não sei sobre o que você está falando, embora imagine.

→ Conjunções comparativas: iniciam uma oração responsável por fazer um


paralelo, uma comparação com o que foi manifestado em outra oração.

Exemplos

• Maria chegou à festa como um belo cisne chega ao lago.

• Os estudos mostram uma incidência maior de cloreto de sódio nos


alimentos industrializados.

• João teve um desempenho melhor do que Cássio.

→ Conjunções consecutivas: apresentam uma consequência, um


desdobramento de uma informação presente numa outra oração.

Exemplos
• Os estudos presenciais foram paralisados, de modo que os alunos
tiveram um prejuízo no andamento da matéria.

• A violência dos ladrões foi tamanha que levou a mulher a ter um infarto.

→ Conjunções proporcionais: introduzem uma oração, cujos


acontecimentos são simultâneos, concomitantes, ou seja, ocorrem no
mesmo espaço temporal daqueles contidos na outra oração.

Exemplos

• À medida que a família cresceu, as despesas aumentaram.

• O curso de Medicina continua atraindo muitas pessoas, ao passo que a


maioria delas não sabe sobre as dificuldades enfrentadas pelos
médicos.

→ Conjunções temporais: iniciam uma oração que expressa circunstância de


tempo.

Exemplos

• Quando fui à igreja, encontrei a Chiquinha.

• Antes que a noite surja, a roupa precisa secar.

→ Conjunções finais: introduzem uma oração que expõe a finalidade, o


objetivo de uma ação presente numa outra oração.

Exemplos

• Victor, faça a tarefa de casa para que a professora não chame a sua
atenção.

• Escovo os dentes a fim de manter a saúde bucal.

→ Conjunções integrantes: apresentam uma oração que figura


como sujeito, objeto direto ou indireto, predicativo, complemento
nominal ou aposto de uma outra oração.

Exemplos

• Tive receio, percebi que tinha cometido um erro.

• Veja se me compreende.
Tempos e modos verbais + vozes verbais

O verbo é uma classe gramatical que EXPRESSA AÇÕES E


ACONTECIMENTOS, ESTADOS OU FENÔMENOS NATURAIS, de acordo
com o sujeito que executa o verbo e com o tempo em que a ação foi
executada.

Ex: Ele correu rápido


Ex: Ele está doente
Ex: Choveu muito ontem.

Tempo: Presente, Pretérito e Futuro.


Modo: Indicativo, Subjuntivo e Imperativo.
Voz: Voz Ativa, Voz Passiva e Voz Reflexiva.

O modo indicativo expressa certezas.


Exemplo: O aluno entendeu.

O modo subjuntivo expressa desejos e possibilidades.


Exemplo: Tomara que o aluno entenda.

O modo imperativo expressa ordens, pedidos.


Exemplo: Por favor, entenda!

Muito cuidado isso despenca em prova caro aluno vetorial!

1.Pretérito perfeito - o pretérito perfeito do indicativo exprime uma ação


concluída.
Exemplo:
Porém, ontem não li o jornal.
Conjugação do verbo ler no pretérito perfeito: (eu) li, (tu) leste, (ele) leu, (nós)
lemos, (vós) lestes, (eles) leram.
2. Pretérito imperfeito - o pretérito imperfeito do indicativo exprime uma ação
anterior ao presente, mas ainda não concluída.
Exemplo: Antes não lia nenhum tipo de publicação.
Conjugação do verbo ler no pretérito imperfeito do indicativo: (eu) lia, (tu) lias,
(ele) lia, (nós) líamos, (vós) líeis, (eles) liam.
3. Pretérito mais-que-perfeito - o pretérito mais-que-perfeito exprime uma
ação anterior a outra já concluída.
Exemplo: Quando saí para trabalhar, já lera o jornal de hoje.
Esse tempo está em desuso, porém embora não seja empregado, é
importante conhecê-lo. É mais comum combinar dois ou mais verbos que
transmitam o mesmo sentido. Exemplo: Quando saí para trabalhar,
já tinha lido o jornal de hoje.
Os tempos do subjuntivo são: presente, pretérito (imperfeito) e futuro.

Presente
O presente do subjuntivo exprime uma ação na atualidade que é incerta ou
duvidosa.
Exemplo:
Que eles leiam!
Conjugação do verbo ler no futuro do subjuntivo: (que eu) leia, (que tu) leias,
(que ele) leia, (que nós) leiamos, (que vós) leiais, (que eles) leiam.

Pretérito
O pretérito imperfeito do subjuntivo exprime um verbo no passado
dependente de uma ação também já passada.
Exemplo: Se eles lessem estariam informados.
Conjugação do verbo ler no pretérito imperfeito do subjuntivo: (se eu) lesse,
(se tu) lesses, (se ele) lesse, (se nós) lêssemos, (se vós) lêsseis, (se eles)
lessem.

Futuro
O futuro do subjuntivo exprime uma ação que irá se realizar dependendo de
outra ação futura.
Exemplo:
Quando eles lerem ficarão informados.

O tempo verbal indica QUANDO OCORRE A AÇÃO EM RELAÇÃO AO


ENUNCIADO, podendo ser essencialmente passado/pretérito (antes do
enunciado), presente (junto com o enunciado) e futuro (após o enunciado). Os
tempos verbais são diferentes de acordo com o modo verbal. Veja:
→ Tempos verbais do modo indicativo(Certeza,afirmação)
• PRESENTE: ação OCORRE no momento da fala.
• PRETÉRITO PERFEITO (AÇÃO CONCLUÍDA): ação OCORREU em

momento anterior ao da fala.


• PRETÉRITO IMPERFEITO (AÇÃO NÃO
CONCLUÍDA): ação OCORRIA em momento anterior ao da fala, mas
parou de ocorrer.
• PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO: ação OCORRERA em momento

anterior ao de outra ação já ocorrida em momento anterior ao da fala. É


o passado do passado. (Pode ser escrito na sua forma composta:
Tinha/Havia ocorrido
• FUTURO DO PRESENTE: ação OCORRERÁ em momento posterior ao
da fala.
• FUTURO DO PRETÉRITO: ação OCORRERIA em momento posterior ao
de outra ação já ocorrida no passado, mas ambas anteriores ao momento
da fala. É o futuro do passado.
→ Tempos verbais do modo subjuntivo (Possibilidade, dúvida)
• PRESENTE: suposição de QUE a ação OCORRA.
• PRETÉRITO IMPERFEITO: hipótese de como seria SE a
ação OCORRESSE.
• FUTURO DO PRESENTE: hipótese de QUANDO a ação OCORRER.

→ Tempo verbal do modo imperativo(ordem)


• PRESENTE: por se tratar de uma ordem, o imperativo só é conjugado no

presente. Ex.: FAÇA algo!

Vozes verbais
As vozes verbais manifestam a relação do sujeito com a ação expressa.

Voz ativa: o sujeito pratica a ação do verbo.


Ex.: João penteou Maria.

Voz passiva: a ação do verbo é sofrida pelo sujeito.


Ex.: João foi penteado por Maria.

Voz passiva sintética: Penteou-se João.

Voz reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação do verbo ao mesmo tempo.


Ex.: João se penteou.

Sintaxe: frase, oração e período

O que é uma frase?


Frase é um emaranhado de palavras com sentido completo, que não
necessariamente precisa ter um verbo para ter sentido. Por exemplo: “Socorro!”
é uma frase com sentido completo, alguém precisa de ajuda, pede por socorro.
Claro que existem frases com verbos, mas, quando isso ocorre, essa frase é
constituída de orações.

O que é uma oração?


Oração é toda construção linguística que contém um verbo ou uma locução
verbal. Opa! Mas não acabamos de dizer que a frase também pode conter verbos?

Pois bem, dentro de uma frase podemos ter uma ou mais orações. Por exemplo:
“Socorro, eu preciso de ajuda!”. Nesta frase, temos uma oração: “Eu preciso de
ajuda.” Ou seja, todas as vezes que tivermos um verbo dentro da frase, temos
uma oração.

A questão aqui é que não necessariamente essa oração, sozinha, faz sentido. Muitas
vezes, ela depende de outros elementos que se encontram dentro da frase para
isso.

E quando pensamos num texto, muito facilmente teremos frases com muitos
verbos, certo? É aí que temos um período.

O que é um período?
Período é uma frase que tem uma oração ou mais, por exemplo: “Assim que
ela chegou, apresentou as novas ações a serem executadas.”. Note que há 3
verbos; portanto, temos mais de uma oração, formando, assim, um período
composto. Inclusive, temos um caso de subordinação, que revela a dependência
dos períodos e confirma que nem toda oração tem sentido sozinha.

Essa estrutura sintática, então, reúne orações e tem sentido completo. Os períodos
se subdividem em simples e composto. O primeiro é formado por apenas uma
oração, já o segundo por mais de uma.

Período Simples - apresenta apenas uma oração, a qual é chamada


de oração absoluta.
Exemplos:
Já acordamos.
Hoje está tão quente!
Preciso disto.

Período Composto - apresenta duas ou mais orações.


Exemplos:
Conversamos quando eu voltar.
É sua obrigação explicar o que aconteceu.
Descansou, passeou e fez o que mais quis nas férias.

O número de orações depende do número de verbos presentes num


enunciado.

Orações Coordenadas
As orações coordenadas podem ser sindéticas (com conjunção) ou
assindéticas (sem conjunção), respectivamente, conforme são utilizadas ou
não conjunções.

Exemplos:
Ora fala, ora não fala.
(oração coordenada sindética, marcada pelo uso da conjunção “ora...ora”).

As aulas começaram, os deveres começaram e a preguiça deu lugar à


determinação.
(orações coordenadas assindéticas: “As aulas começaram, os deveres
começaram”, oração coordenada sindética: “e a preguiça deu lugar à
determinação”.)

As orações coordenadas sindéticas podem ser:

Aditivas: quando as orações expressam soma.


Exemplo: Gosta de praia, mas também gosta de campo.
Adversativas: quando as orações expressam adversidade.
Exemplo: Gostava do curso, contudo não havia vaga na sua cidade.
Alternativas: quando as orações expressam alternativa.
Exemplo: Vai ele ou vou eu.
Conclusivas: quando as orações expressam conclusão.
Exemplo: Estão de acordo, então vamos.
Explicativas: quando as orações expressam explicação. Exemplo: Fizemos o
trabalho hoje porque tivemos tempo.
Orações Subordinadas
As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais,
conforme a sua função.

Exemplos:

Substantivas: quando as orações têm função de substantivo.


Exemplo: Espero que vocês consigam.
ISSO

Exemplos:
É provável que ela venha jantar. (Sujeito)
Meu desejo era que me dessem um presente. (Predicativo do sujeito)
Temos necessidade de que nos apoiem. (Complemento nominal)
Nós desejamos que sua vida seja boa. (Objeto Direto)
Recordo-me de que tu me amavas. (Objeto indireto)
Desejo-te uma coisa: que tenhas muita sorte. (Aposto)

As orações em amarelo que são substantivas tem uma função em cada


emprego. Olhem do lado da oração acima a função que ela exerce e
percebam que todas essas orações conseguimos substituir por “isso”.

Bizu! : As orações substantivas começam com “que” e “se” (Conjunções


integrantes) e você consegue substituir por “isso” a oração que a conjunção
inicia.

Adjetivas: quando as orações têm função de adjetivo.

Exemplo: Os concorrentes que dormem mais têm um desempenho melhor.

• As orações adjetivas são introduzidas por um pronome relativo.

que, quem, o qual (a qual, os quais, as quais), onde (equivalendo a em que),


quanto (quanta, quantos, quantas) e cujo (cuja, cujos, cujas) e podem ser
precedidos ou não por preposições.

São classificadas em: Explicativa e Restritiva.

Oração Subordinada Adjetiva Explicativa - Destaca um detalhe do termo


antecedente. (Com vírgulas)
Exemplo: A África, que é um continente no hemisfério sul, tem um alto índice
de pobreza.

Oração Subordinada Adjetiva Restritiva - Restringe a significação de seu


antecedente. (Sem vírgulas)
Exemplo: As pessoas que são alegres vivem melhor.

Bizu: Se retirar a vírgula das orações adjetivas o sentido muda, porém não
terá nenhum erro gramatical.
Adverbiais: quando as orações têm função de advérbio. Exemplo: À medida
que crescem, aumentam as preocupações.

As orações subordinadas adverbiais são aquelas que exercem função de


advérbio. São classificadas em: Causais, Comparativas, Concessivas,
Condicionais, Conformativas, Consecutivas, Finais, Temporais, Proporcionais.
Oração Subordinada Adverbial Causal - Exprime a causa.
Exemplo: Já que está nevando ficaremos em casa.

Oração Subordinada Adverbial Comparativa - Estabelece comparação entre


a oração principal e a oração subordinada.
Exemplo: Maria era mais estudiosa que sua irmã.

Oração Subordinada Adverbial Concessiva - Indica permissão (concessão)


entre as orações.
Exemplo: Alguns se retiraram da reunião apesar de não terem terminado a
exposição.

Oração Subordinada Adverbial Condicional - Exprime condição.


Exemplo: Você fará uma boa prova desde que se esforce.

Oração Subordinada Adverbial Conformativa - Exprime concordância.


Exemplo: Realizamos nosso projeto conforme as especificações da
biblioteca.

Oração Subordinada Adverbial Consecutiva - exprime a consequência


referente a oração principal.
Exemplo: Gritei tanto, que fiquei sem voz.

Oração Subordinada Adverbial Final - Exprime finalidade.


Exemplo: Todos trabalham para que possam vencer.

Oração Subordinada Adverbial Temporal - Indica circunstância de tempo.


Exemplo: Fico feliz sempre que vou visitar minha mãe.
Oração Subordinada Adverbial Proporcional - Exprime proporção entre as
orações: principal e subordinada.
Exemplo: À medida que o tempo passa, a chuva aumenta.

Termos essenciais e integrantes da oração.

1) Essenciais
Também conhecidos como termos "fundamentais", são representados
pelo sujeito e predicado nas orações.

2) Integrantes

Completam o sentido dos verbos e dos nomes, são representados por:

complemento verbal - objeto direto e indireto;


complemento nominal;
agente da passiva.

3) Acessórios

Desempenham função secundária (especificam o substantivo ou expressam


circunstância). São representados por:

adjunto adnominal;
adjunto adverbial;
aposto.

Obs.:
O vocativo, em análise sintática, é um termo à parte: não pertence à
estrutura da oração.

Tipos de sujeito

1. Sujeito simples
Quando o verbo principal de uma frase faz referência a um sujeito de núcleo
único, temos um sujeito simples.

O núcleo do sujeito é a sua palavra principal e mais importante.

É importante referir que um sujeito simples não é necessariamente


representado por apenas uma palavra ou por um termo flexionado no
singular.

Exemplos de sujeito simples:


• Paulo comprou uma bicicleta.
• Os meninos estão brincando no quintal.

Relativamente ao primeiro exemplo, se nos perguntarmos “Quem comprou


a bicicleta”?, teremos como resposta: “Paulo”. Nesse caso, o verbo “comprou”
faz referência a um sujeito de núcleo único: Paulo.
Já no segundo exemplo, se nos perguntarmos “Quem está brincando no
quintal?”, teremos como resposta “Os meninos”. Veja que, nesse caso, o
sujeito é formado por duas palavras. No entanto, o núcleo do sujeito é o
elemento “meninos”.

2. Sujeito composto
Quando o verbo principal de uma frase faz referência a dois ou mais núcleos
do sujeito, temos um sujeito composto.

É importante referir que um sujeito composto não necessariamente é um


vocábulo no plural. Observe abaixo.

Exemplos de sujeito composto:


• Camila e Lorena fizeram os doces da festa.
• A professora e os alunos ensaiaram para a festa da escola.

No primeiro exemplo, se nos perguntarmos “Quem fez os doces da festa?”,


teremos como resposta “Camila e Lorena”, ou seja, um sujeito com dois
núcleos; núcleo 1: Camila; núcleo 2: Lorena.

O mesmo acontece com o segundo exemplo. Quando nos perguntamos


“Quem ensaiou para a festa da escola?”, teremos como resposta “A
professora e os alunos”. Núcleo 1: professora; núcleo 2: alunos.

No entanto, veja como a frase abaixo é diferente:

Exemplo:
Os netos presentearam a avó.

Se nos perguntarmos “Quem presenteou a avó?”, teremos como resposta “Os


netos”. Observe que, as palavras de tal resposta estão no plural, mas isso não
é indicativo de sujeito composto.

Como o sujeito tem um núcleo só (netos), temos um caso de sujeito simples.

3. Sujeito oculto ou sujeito desinencial


Também designado de sujeito elíptico, sujeito implícito e sujeito
subentendido, o sujeito oculto/desinencial é aquele que não aparece na
frase de forma explícita. Podemos dizer que sabemos que ele está ali, mas
não conseguimos vê-lo.
No entanto, podemos identificá-lo por conta da desinência do verbo da frase.
A desinência consiste em elementos do final da palavra que permitem
identificar a pessoa verbal à qual ela se refere, compreender se a palavra é
masculina ou feminina, singular ou plural, etc.

Ao analisarmos a flexão verbal "estamos", por exemplo, observamos o


seguinte: -mos: desinência número pessoal indicativa da 1ª pessoa do plural
(nós).

Exemplos de sujeito oculto:


• Estamos muito orgulhosos de você.
• Deixei minha chave em casa.
Em ambos os exemplos, o que nos indica qual é o sujeito é a desinência da
flexão verbal. No primeiro exemplo, o verbo “estamos” nos indica que o
sujeito só pode ser “nós”. Já no segundo exemplo, o verbo “deixei” é indicativo
de que o sujeito da frase é “eu”.
4. Sujeito determinado
O sujeito determinado é aquele que pode ser identificado. Compare os
exemplos abaixo:

• Rita disse que vai chover (sujeito determinado).


• Disseram que vai chover (sujeito indeterminado).

Observe que, no primeiro exemplo, podemos identificar o sujeito (Rita). Por


isso, temos um caso de sujeito determinado.

Já na segunda frase, sabemos que alguém disse que vai chover, mas não
sabemos quem.

Os sujeitos simples, compostos ou ocultos são sujeitos determinados.

5. Sujeito indeterminado
O sujeito indeterminado é aquele que faz referência a alguém, mas não o
identifica.

Esse tipo de sujeito geralmente é acompanhado de verbos flexionados na


terceira pessoa do plural, ou de verbos flexionados na terceira pessoa do
singular, acompanhados da partícula -se.

Exemplos de sujeito indeterminado:


• Esqueceram de trancar a porta.
• Precisa-se de vendedores.
Observe que, no primeiro exemplo, sabemos que alguém esqueceu de
trancar a porta, mas não exatamente quem.

Já na segunda frase, identificamos que alguém ou algum lugar precisa de


vendedores, mas não compreendemos quem ou que lugar.

6. Sujeito inexistente (oração sem sujeito)


O sujeito inexistente ocorre no que chamamos de oração sem sujeito, e é
acompanhado por um verbo impessoal.
Os verbos impessoais não são acompanhados por sujeitos e podem indicar:
fenômenos da natureza (chover, nevar, fazer frio, fazer calor etc.); tempo
decorrido (ser, fazer, etc.) e existência ou acontecimento de algo (haver).

Exemplos de sujeito inexistente:


• Nevou o dia todo.
• Faz três anos que estudo nesta escola.
• Há muita gente na praia.
• Na minha família houve um caso parecido.

Atenção! Sujeito oracional ocorre quando há uma oração subordinada


substantiva fazendo papel de sujeito, a chamada oração subjetiva.

Ex: Praticar exercícios frequentemente é bom para a saúde.

Perceba que a oração “Praticar exercícios frequentemente” é sujeito do


predicativo “é bom para saúde”.

Para identificar um sujeito oracional, basta substituir a oração pelo pronome


“isso” e verificar se ele exerce a função de sujeito.

Ex: Isso é bom para saúde.

Concordância com sujeito oracional

O sujeito oracional equivale a um substantivo singular. Por isso, a


concordância deve ocorrer na terceira pessoa do singular. Vejamos abaixo
alguns exemplos:

• Seria importante que você começasse a me escutar.


• Saber o que você quer da vida é fundamental para escolher quais
caminhos trilhar.
• Chegar na hora marcada representa um compromisso com as
pessoas ao seu redor.

Predicados

O predicado, formado por um ou mais verbos, é aquilo que se declara sobre


a ação do sujeito, concordando em número e pessoa com ele.
Para compreender melhor, observe o exemplo:
Lúcia correu no final da semana passada.

No exemplo acima, temos:


• Sujeito da ação: para determinar o sujeito devemos fazer a pergunta:
Quem correu no final de semana passada? “Lúcia”é o sujeito simples
que realiza a ação.
• Predicado: após identificar o sujeito da ação, todo o restante é o
predicado. Trata-se da ação realizada pelo sujeito que, nesse caso,
corresponde a “correu a semana passada”.
Tipos de Predicado
De acordo com seu núcleo significativo, os predicados são classificados em
três tipos:
Predicado Verbal
Indica uma ação, sendo constituído por um núcleo, que é um verbo
nocional (verbo que indica uma ação). Nesse caso, não há presença
de predicativo do sujeito, por exemplo:
• Nós caminhamos muito hoje. (núcleo: caminhamos)
• Cheguei hoje de viagem. (núcleo: cheguei)
• O cliente perdeu os documentos. (núcleo: perdeu)

Predicado Nominal
Indica estado ou qualidade, sendo constituído por um verbo de
ligação (verbo que indica estado) e o predicativo do sujeito (complementa o
sujeito atribuindo-lhe uma qualidade).
Há somente um núcleo, caracterizado por um nome (substantivo ou adjetivo),
por exemplo:
• Alan está feliz. (núcleo: feliz)
• Fiquei exausta. (núcleo: exausta)
• Ele continua atencioso comigo. (núcleo: atencioso)

Predicado Verbo-Nominal
Ao mesmo tempo que indica ação do sujeito, esse tipo de predicado informa
sua qualidade ou estado, sendo constituído por dois núcleos: um nome e
um verbo.
Nesse caso, há presença de predicativo do sujeito ou predicativo do
objeto (complementa o objeto direto ou indireto, atribuindo-lhes uma
característica), por exemplo:
• Suzana chegou cansada. (Predicativo do sujeito com verbo que indica
ação)
• Terminaram satisfeitos o trabalho. (predicativo do sujeito com verbo que
indica ação)
• Considerou a caminhada desagradável. (Considerou-a desagradável-
temos um predicativo do objeto)

Para identificar um predicado verbo-nominal, o verbo que indica ação está


expresso na oração. O verbo que indica estado ou qualidade, por sua vez,
está oculto.

Assim, “Suzana chegou” caracteriza o verbo nocional, o qual representa a


ação do sujeito. Enquanto que “(estava) cansada” indica o estado do sujeito,
onde o verbo não nocional não aparece declarado na frase.

Termos integrantes da oração

Complemento verbal

Objeto direto
O objeto direto é o complemento de um verbo transitivo direto sem
preposição obrigatória. Ele indica o ser para a qual se dirige a ação verbal.
Pode ser apresentado por substantivo, pronome, numeral, palavra ou
expressão substantivada ou oração substantiva.

Exemplo:
Algumas pessoas tomam vinho.
Sujeito: algumas pessoas.
Verbo transitivo direto: tomam.
Objeto direto: vinho.
Objeto indireto
O objeto indireto completa a significação de um verbo e vem sempre
acompanhado de preposição. Pode ser representado por substantivo ou
palavra substantivada, pronome, numeral, expressão substantivada ou
oração substantiva.

Exemplo:
Amélia acredita em discos voadores.
Sujeito: Amélia.
Verbo transitivo direto: acredita.
Objeto indireto: em discos voadores.

Pronomes oblíquos como complementos verbais

Há casos em que os pronomes oblíquos assumem a função de


complementos verbais.

Exemplo:
A proposta interessava-lhe.
Verbo transitivo indireto: interessava.
Objeto indireto: lhe.

Agente da passiva
O agente da passiva é o complemento preposicionado que representa o ser
que pratica a ação expressa por um verbo na voz passiva.

Exemplo:
A criança foi orientada pelo professor.
Sujeito: a criança.
Verbo na voz passiva: foi orientada.
Agente da passiva: professor.

Transposição da voz ativa para a voz passiva


O agente da passiva é o sujeito na voz ativa. O objeto direto da voz ativa
passa a sujeito da voz passiva.

Exemplo de oração na VOZ ATIVA:


O jardineiro colheu as flores.
Sujeito: o jardineiro.
Verbo transitivo: colheu.
Objeto direto: as flores.
Exemplo de oração na VOZ PASSIVA:
As flores foram colhidas pelo jardineiro.
Sujeito: as flores.
Locução verbal: foram colhidas.
Agente da passiva: pelo jardineiro.
COMPLEMENTO NOMINAL
O complemento nominal é sempre precedido de preposição e completa o
sentido de substantivos, adjetivos e advérbios que apresentam transitividade.

Observe os exemplos a seguir:

1) complemento nominal de um substantivo abstrato:

Você fez uma boa leitura do texto.

Nota: Substantivo abstrato é que depende de pessoas para existirem com


por exemplo o sentimento. Concreto é o que se pode desenhar.

Veja a aplicação do substantivo abstrato em frases:

1 – A alegria era marca registrada do cantor.


2 – Ela estuda visivelmente sem paciência.
3 – Cleane tinha muito medo de fracassar no trabalho.
4 – O amor do pai pelo seu filho é incomparável.

Confira também os substantivos concretos:

1 – Márcia bebeu uma taça de vinho durante o arraial junino.


2 – Andressa costurou meu vestido para o casamento.
3 – Fui pegar os óculos escuros na ótica.
4– Francisco comeu o bolo que estava sobre a mesa durante a madrugada?
Note que o substantivo “leitura” é o nome da ação de “ler”. Como é natural o
verbo ser transitivo, o substantivo também fica transitivo e exige
complemento nominal.

2) complemento nominal de um adjetivo:

Você precisa ser fiel aos seus ideais.

Quem é fiel é fiel a alguém ou a alguma coisa. Assim, o adjetivo “fiel” é


transitivo, ou seja, necessita de complemento.

3) Complemento nominal de advérbio:

Você mora perto de Maria.

Note que o advérbio de lugar “perto” necessita de um complemento: perto


de algo ou de alguém.

Visto isso, agora podemos entender como distinguir o adjunto adnominal do


complemento nominal.

O adjunto adnominal formado por uma locução adjetiva pode ser confundido
com o complemento nominal. Normalmente não haverá dúvida, pois o
adjunto adnominal é constituído de vocábulo de valor restritivo que
caracteriza o núcleo do termo de que faz parte. Já o complemento nominal
é termo que completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou
advérbio).

A dúvida ocorre, portanto, quando os dois termos são preposicionados. Por


exemplo:

A leitura do livro é instigante. A leitura do aluno foi boa.

No primeiro exemplo o termo é passivo: o livro é lido, portanto complemento


nominal. No segundo exemplo o termo é ativo: O aluno ler, portanto, é um
adjunto adnominal.

Em orações como “Estava cheio de problemas.”, “Moro perto de você.”, logo


no primeiro critério, já sabemos que “de problemas” e “de você” são
complementos nominais, pois completam o sentido do adjetivo “cheio” e do
advérbio “perto”, respectivamente.
Sabendo-se que um substantivo abstrato normalmente é o nome de uma
ação (corrida, pesca) ou de uma característica (tristeza, igualdade) e que
o substantivo concreto é o nome de um ser independente, que conseguimos
visualizar, pegar (casa, copo). Nas orações “Trouxe copos de vidro.” e “Vi a
casa de pedra.”, os termos “de vidro” e “de pedra” são adjuntos adnominais,
pois caracterizam os substantivos concretos “copos” e “casa”,
respectivamente.

Adjuntos adnominais:

O amor de mãe é especial.

(agente: a mãe ama)

A invenção do cientista mudou o mundo.

(agente: o cientista inventou)

A leitura do aluno foi boa.

(agente: o aluno leu)

Complementos nominais:

O amor à mãe também é especial.

(paciente: a mãe é amada)

A invenção do rádio mudou o mundo.

(paciente: o rádio foi inventado)

A leitura do livro é instigante.

(paciente: o livro é lido)

Termos acessórios da oração

a) Adjunto adnominal – é um termo que possui valor adjetivo e que especifica


ou delimita o significado de um substantivo. Ele pode ser expresso
por adjetivo, locução adjetiva, artigo, pronome e numeral adjetivo.

• Adjetivo:

Os políticos corruptos foram presos.


• Locução adjetiva:

O doce de leite está quente.

• Artigo definido ou indefinido:

Cessaram as vozes.

• Pronomes adjetivos possessivos, demonstrativos, indefinidos,


interrogativos e relativos:

Alguns livros foram organizados.

• Numerais adjetivos:

Os dois garotos estavam fascinados.

b) Adjunto adverbial – é um termo de valor adverbial que se associa a um


verbo, a um adjetivo ou a outro advérbio, intensificando-lhe o sentido ou
denotando alguma circunstância. Ele pode vir representado por advérbio,
locução ou expressão adverbial, ou uma oração.

Lugar Moro em uma cidade pequena.


Modo Os idosos andam devagar.
Intensidade O exame foi extremamente fácil.
Tempo Voltarei do trabalho às quatro da tarde.
Negação Não quero mais cantar
Causa Não falei com ele, por medo das consequências.
Afirmação Sim, ele certamente virá à reunião.
Dúvida Antônio talvez passe por aqui no final da tarde.

c) Aposto – termo de caráter nominal que se junta a um substantivo, a


um pronome, ou a um equivalente a eles, para ampliar, resumir, explicar ou
desenvolver o sentido dessas palavras. Ele pode ser:

1) Aposto explicativo:

Monalisa, obra de Leonardo da Vinci, está exposta no Museu do Louvre em


Paris.
2) Aposto enumerativo:

A Revolução Francesa defendia três ideais: liberdade, igualdade e


fraternidade.

3) Aposto recapitulativo:

Reeducação alimentar, exercícios físicos e determinação, todos esses


fatores são essenciais para a perda de peso.

4) Aposto comparativo:

Viajarei para Cancún, paraíso dos deuses.

Atenção!

1) O aposto pode ser representado por uma oração. Veja:

Depressa, tomou uma decisão: conseguiria um novo emprego.

2) Na escrita, o aposto é sempre antecedido de vírgula ou dois-pontos. Os


apostos explicativo e comparativo são antecedidos e seguidos de vírgula.

Vocativo
Vocativos são termos isolados da oração que cumprem função de chamar a
atenção do interlocutor ou colocá-lo em evidência no discurso.

Os vocativos costumam aparecer isolados da oração por uma vírgula. É


comum que estejam no início do enunciado.

• Amiga, você sabe que horas são?


• Pessoal, venha ver isso!
• Carlos e Letícia, já mandei pararem de conversar durante a aula!

Os vocativos também podem aparecer ao final do enunciado. Veja:

• Você sabe que horas são, amiga?


• Venha ver isso, pessoal!
• Já mandei pararem de conversar durante a aula, Carlos e Letícia!

Em casos mais específicos, o aposto pode aparecer no meio da oração,


entrecortando-a.

• Você sabe, amiga, que horas são?


Veja que, nesse caso, o vocativo aparece entre duas vírgulas. Lembre-se: é
um termo isolado da oração.

REGÊNCIA VERBAL

A regência verbal é o modo pelo qual um verbo (termo regente) estabelece


relação com os termos que o complementam ou o caracterizam.

Boa parte dessas relações serão estabelecidas pelo emprego de


preposições (em alguns verbos intransitivos, em verbos transitivos indiretos
ou em verbos transitivos diretos e indiretos).

Alguns verbos aceitam mais de uma regência sem alteração de sentido,


outros mudam de significado de acordo com a regência e, por fim, alguns
podem ter a mesma regência e significados diferentes de acordo com o
contexto.

Regências diferentes, mesmo significado:

O senador abdicou do mandato. / O senador abdicou o mandato. (mesmo sentido de


"renunciar", "desistir")

Regências diferentes, significados diferentes:

A menina agradou o cachorrinho. (sentido de acariciar, fazer carinho)

A menina agradou ao cachorrinho com brincadeiras. (sentido de satisfazer, alegrar)

Regências iguais, significados diferentes:

Aquele problema carece de relevância. (sentido de "não ter" relevância, a ser definido pelo
contexto)
A vovozinha carece de cuidados médicos. (sentido de "precisar", a ser definido pelo contexto)

Alertamos que o assunto é meio "decoreba", pois infelizmente demanda uma certa fixação das
preposições regidas pelos termos regentes e o domínio da transitividade verbal (verbo
intransitivo, transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto), assim aconselhamos
a leitura constante da lista de verbos que passaremos neste módulo, pois eles são os mais
recorrentes em provas de concurso, ok? Façam uma forcinha, pois de tanto ler, algumas regências
tornam-se automáticas.

VERBOS QUE MUDAM DE SENTIDO DE ACORDO COM A REGÊNCIA

AGRADAR:

Com sentido de acariciar, fazer carinho: Pedro agradava um cachorrinho de rua. (VTD, sem
preposição)

Com sentido de causar agrado, contentar, satisfazer: O comediante agradou ao público. (VTI,
preposição "a")

ASSISTIR:

Com sentido de prestar assistência, socorrer, cuidar: O médicos assistiram o paciente. (VTD,
sem preposição)

Com sentido de presenciar, ver: Samuel assistiu ao filme. (VTI, preposição "a")

Com sentido de caber/pertencer: Assiste aos réus o direito de defesa. (VTI, preposição "a")

Com sentido de morar: Aquele professor assiste em Recife. (VI, mas exige a preposição "em"
para o adjunto adverbial)

ASPIRAR:

Com sentido de respirar, sorver, inalar: João aspirou o aroma de café quentinho. (VTD, sem
preposição)
Com sentido de pretender, desejar: Marina aspirava a um cargo mais alto na empresa. (VTI,
preposição "a")

ANSIAR:

Com sentido de causar mal-estar: Voltar a ser anônimo ansiava aquele ator. (VTD, sem
preposição)

Com sentido de desejar muito:Ansiava por este encontro. (VTI, preposição "por")

APELAR:

Com sentido de recorrer, interpor recurso: A advogada apelará da decisão. (VTI - preposição
"de")

Com sentido de pedir ajuda, socorro: Precisarei apelar para as autoridades. (VTI - preposição
"para")

Também com sentido de pedir ajuda, socorro: O rapaz apelava, sem sucesso, a quem passava.
(VTI - preposição "a")

BATER:

Com sentido de espancar, machucar alguém: João batia nos colegas. (VTI, preposição "em" ->
nos = em + os)

Com sentido de fechar a porta com força: Ele bateu a porta com raiva. (VTD, sem preposição)

Com sentido de bater junto à porta: O vizinho batia à porta dela todos os dias. (VTI, preposição
"a" -> à = preposição a + artigo a)

Com sentido de dar pancadas nas porta: Bate, bate,bate na porta do céu... (VTI, preposição
"em" -> na = em + a)
CONFERIR:

Com sentido de atribuir característica: O laudo pericial conferiu veracidade à alegação do réu.
(VTDI , OD = veracidade, OI = à alegação do réu, preposição "a")

Com sentido de verificar, examinar:Conferimos o bilhete da loteria. (VTD, sem preposição)

Com sentido de estar de acordo: O crime denunciado não confere com a prova testemunhal.
(VTI, preposição "com")

CONTENTAR:

Com sentido de agradar, satisfazer: Alfredo contentou os filhos neste Natal. (VTD, sem
preposição)

Com sentido de ficar contente: Contentou-se em comer uma fatia de pizza. (verbo pronominal,
preposição "em")

CUSTAR:

Com sentido de ter valor: Aquela blusa custou cem reais. (VTD para alguns, sem preposição e VI
para outros)

Com sentido de acarretar, provocar: A impaciência custou-lhe (a ele) a vida. (VTDI, OD= vida, OI
= lhe)

Com sentido de demorar: O sucesso custou, mas chegou. (VI)

FUGIR:

Com sentido de escapar: O bandido fugiu da cadeia. (VTI, preposição "DE")


Com sentido de evitar, distanciar-se: A atriz fugiu à pergunta do repórter. / A atriz fugiu
da pergunta do repórter (VTI, preposição "a" ou "de")

IMPLICAR:

Com sentido de zombar, provocar briga, aperrear (no meu querido Nordeste,
rs): Maria implica com a irmã mais nova. (VTI, preposição "COM")

Com sentido de acarretar consequência: Viver livremente implica riscos. (VTD, sem
preposição) ATENÇÃO! Cai muito em prova!

Com sentido de comprometer, envolver: Maus comportamentos o implicaram em alguns


problemas. (VTDI, OD = o, OI = em alguns problemas)

IMPORTAR:

Com sentido de trazer para o país, para dentro:Importamos alguns perfumes. (VTD, sem
preposição)

Com sentido de resultar: Todo esforço importa resultados. (VTD, sem preposição)

Também com sentido de resultar: Todo esforço importa em resultados. (VTI, preposição "em")

Com sentido de dar importância: Ninguém se importava com a crise. (verbo pronominal e
transitivo indireto, preposição "com")

INVESTIR:

Com sentido de empregar dinheiro, fazer investimento: Aquela empresa investe


em tecnologia. (VTI, preposição "em")

Também com sentido de empregar dinheiro, fazer investimento: Aquela


empresa investe parte do capital em tecnologia (VTDI, OD = parte do capital, OI =em tecnologia)
Com sentido de dar pose: Pedro foi investido nas funções de secretário. (VTI, preposição "em")

Com sentido de atacar: O exército investia contra o castelo. (VTI, preposição "contra")

PRECISAR:

Com sentido de indicar com precisão: A vítima precisou o local do crime. (VTD, sem preposição)

Com sentido de necessitar: A aluna precisa de ajuda. (VTI, preposição "de")

PROCEDER:

Com sentido de agir, ter fundamento: Aquele profissional procede muito bem. (Verbo
intransitivo, acompanhado de adjunto adverbial de modo)

Com sentido de ter origem, procedência: O avião procede de São Paulo. (para uns é VTI com
preposição "de", para outros é verbo intransitivo com adjunto adverbial de lugar)

Com sentido de executar algo: O juiz procedeu ao julgamento. (VTI, com preposição "a")

QUERER:

Com sentido de desejar: Eu quero um emprego melhor. (VTD, sem preposição)

Com sentido de ter afeto, estimar: Quero muito aos meus pais. (VTI, com preposição "a")

TORCER:

Com sentido de entortar, distorcer: O jogador torceu o pé. (VTD, sem preposição)

Com sentido de desejar sucesso: Eu torço pelo Brasil. (VTI, com preposição "por" ou "para")
VISAR:

Com sentido de mirar, apontar: O atirador visou o alvo. (VTD, sem preposição)

Com sentido de ter em vista, ter como objetivo: As medidas visam ao bem-estar dos
funcionários. (VTI, com preposição "a")

Com sentido de dar visto: É necessário visar o passaporte. (VTD, sem preposição)

VERBOS QUE ADORAM NOS CONFUNDIR

Alguns verbos são chatinhos e adoram nos confundir, mas agora saberemos lidar com eles, vejam
só:

CHEGAR/IR:

Sei que é tentador, mas em prova de concurso não devemos usar a frase "Cheguei em casa",
gente! É claro que na linguagem cotidiana utilizamos bastante essa construção, mas na hora de
marcar o X ou de dissertar, lembrem:

Ela chegou no consultório. ERRADO!!!!

Ela chegou ao consultório. CERTO!!!

O pastor foi no culto. ERRADO!!!!

O pastor foi ao culto. CERTO!!!

CONTRIBUIR:(ATENÇÃO! Esta regência cai muito em prova!)

Uma forma de nunca mais errarmos a regência deste verbo é guardar a seguinte frase:

Contribui COM alguma coisa PARA alguém (algo/ algum lugar).


COM introduz aquilo que é contribuído/dado/fornecido (dinheiro, trabalho, roupas, alimentos)

PARA introduz o beneficiado/estimulado pela contribuição (o país, a igreja, pessoas carentes, o


sucesso, o fracasso)

Exemplo: Contribuirei com doações para a igreja.

Exemplo: O estudo contribui para o sucesso. ("O sucesso" é beneficiado/estimulado pelo


estudo.)

Exemplo: Certos fatores contribuíram para o aumento da inflação. ("o aumento da inflação" foi
estimulado por "certos fatores")

Certo, professora! Mas qual a transitividade desse verbo "contribuir"? Gente, a MAIORIA dos
gramáticos entende que ele é intransitivo, assim "com alguma coisa" e "para alguém" são
adjuntos adverbiais, ok?

Celso Luft, por exemplo, apresenta o verbo "contibuir" como "intransitivo" na maioria dos
exemplos, mas defende a possibilidade da construção de oração empregando ele como transitivo
indireto, vejamos: O centralismo administrativo contribuiu para a ruína da empresa.

Neste caso, o termo "para a ruína da empresa" é classificado como objeto indireto.

O que realmente importa saber:

- o verbo "contribuir" rege as preposições "com" (com alguma coisa) e "para" (para alguém).

- a maioria dos gramáticos entende que esse verbo é intransitivo e que os termos
preposicionados são adjuntos adverbiais.

- se aparecer algum exemplo de oração com os dois termos (um com a preposição "com" e outro
com a preposição "para") e indicarem que o termo com a preposição "para" é o objeto indireto, o
outro não poderá ser também objeto indireto, mas permanecerá classificado como adjunto
adverbial.
ESQUECER/LEMBRAR:

Temos várias hipóteses de construção, fiquem ligados:

VTD : A menina lembra o pai.

Com sentido de ser semelhante, SEM PREPOSIÇÃO!

VTD: A atriz lembrava os textos./ A atriz esquecia os textos.

Com sentido de ter na memória ou de perder a memória, SEM PREPOSIÇÃO!

VTI: quando for verbo pronominal ("se" é parte integrante dele): A atriz esqueceu-se do texto./A
atriz lembrou-se do texto. Preposição "de".

Quando for VTDI são duas possibilidades:

VTDI: O diretor lembrou a atriz da informação. (OD = atriz, OI = da informação) Preposição "de".

O objeto direto é pessoa, o objeto indireto é assunto.

VTDI: O diretor lembrou à atriz a informação. (OD = a informação, OI = à atriz) Preposição "a".

O objeto direto é assunto, o objeto indireto é pessoa.

NAMORAR:

Namorar é muito bom, não é? Entretanto este verbo gosta de nos fazer errar na hora da prova,
pois o modo como o empregamos na linguagem coloquial é "danado" pra grudar na cabeça...

Não namoramos com alguém, namoramos alguém, sem a preposição COM!!!


João namora com Daniele. ERRADO

João namora Daniele. CERTO

OBEDECER/DESOBEDECER:

É um verbo transitivo indireto e exige a preposição "a", ok?

O bom menino obedece os pais. ERRADO

O bom menino obedece aos pais. CERTO

PAGAR/PERDOAR:

Se o complemento for coisa, VTD - Pedro pagou as dívidas hoje.

Se o complemento for alguém (pessoa, instituição), VTI - Pedro pagou ao banco. (Preposição "a")

Se houver dois complementos, VTDI: Pedro pagou as dívidas ao banco. (OD = "as dívidas", OI =
"ao banco")

PREFERIR:

É verbo transitivo direto e indireto, exigindo a preposição "a":

Prefiro mais feijão preto do que feijão carioca. ERRADO

Prefiro feijão preto a feijão carioca. CERTO

SIMPATIZAR/ANTIPATIZAR:
São transitivos indiretos e regem a preposição "com". Cuidado, não existe "simpatizar-se",
"antipatizar-se", esses verbos não são pronominais, povo!

Lili simpatizou-se com a causa. ERRADO

Lili simpatizou com a causa. CERTO

SOBRESSAIR:

Significar "estar em destaque" e é um verbo transitivo indireto, rege a preposição "em". Não é
pronominal, gente!

A atriz sobressaiu-se na peça. ERRADO

A atriz sobressaiu na peça. CERTO

O "lhe" é um pronome oblíquo que exerce função de objeto indireto, entretanto alguns verbos
não o aceitam como complemento. E aí, professora? Nesses casos empregaremos "a ele(s)/ a
ela(s)", vejamos:

Aludir: Aludiu ao compositor./ Aludiu a ele. (Não podemos empregar: aludiu-lhe)

Assistir: Assistimos a peça. / Assistimos a ela. (Não podemos empregar: assistimos-lhe)

Aspirar: Aspirava ao cargo. /Aspirava a ele. (Não podemos empregar: aspirava-lhe)

Recorrer: Recorri ao meu talento. / Recorri a ele. (não podemos empregar: recorri-lhe)

Visar:Elas visam ao sucesso / Elas visam a ele. (Não podemos empregar: visam-lhe)

REGÊNCIA NOMINAL
A regência nominal é o modo pelo qual um nome estabelece relação com o termo que o
complementa. Listaremos neste tópico nomes que exigem complementos preposicionados, ok?
ACESSO A

ACESSÍVEL A

ACOSTUMADO A/COM

ADEQUADO A

ADMIRAÇÃO A/POR

BRIGA COM, ENTRE, POR

BUSCA A, DE, POR

CAPACIDADE DE, PARA

CAPAZ DE, PARA

COMPATÍVEL COM

COMPREENSÍVEL A

COMUM A

IMUNE A, DE

INÁBIL PARA

INAPTO A, PARA
INCAPAZ DE, PARA

CONCORDÂNCIA VERBAL:

Os verbos realizam a concordância em função do sujeito.

SUJEITO SIMPLES

- REGRA GERAL: Se o sujeito é simples, o verbo concorda com ele em número e em pessoa, olhem
só:

Exemplo: As crianças brincavam no parque.

sujeito verbo

O sujeito "As crianças" (mesmo indicando pluralidade) é simples e está na terceira pessoa do
plural ("as crianças" = elas), assim o verbo deve flexionar na terceira pessoa do plural: brincavam.

Exemplo: Aconteceram muitos desastres no carnaval deste ano.

verbo sujeito

No caso acima, "aconteceram" flexionou na terceira pessoa do plural para concordar com
"muitos desastres". Não importa se o sujeito simples aparecer antes ou depois do verbo, a
concordância ocorrerá do mesmo modo.

- SE O SUJEITO FOR "QUEM"

O verbo deve flexionar na 3ª pessoa, vejamos:


Exemplo: Fui eu quem fez o bolo.

Exemplo: Foi ela quem gritou alto na sala.

- SE O SUJEITO FOR "QUE" (com função de sujeito)

O verbo deve concordar com o termo que antecede o pronome.

Exemplo: Fui eu que cantei.

Exemplo: Foi ele que cantou.

Exemplo: Foram elas que cantaram.

- SE O SUJEITO FOR COLETIVO

O verbo permanece no singular.

Exemplo: A multidão dançava ao som de U2.

Exemplo: O grupo foi capturado pelos policiais.

- SE O SUJEITO FOR COLETIVO PARTITIVO (a maior parte de, a maioria de, um grupo de, uma
porção de, uma parte de...)

O verbo pode ficar no singular para concordar com o núcleo do sujeito ou flexionar no plural para
concordar com o núcleo do adjunto, vejamos:

Exemplo: A maioria dos fãs dançava ao som de U2.


Exemplo: A maioria dos fãs dançavam ao som de U2.

- SE O SUJEITO FOR PALAVRA PLURALIZADA (nome de livro, país, estado, cidade, etc.)

Quando o sujeito estiver acompanhado de artigo no plural, o verbo flexionará no plural. Se não
houver artigo no plural, o verbo permanecerá no singular, vejamos:

Exemplo: Estados Unidos é um país de primeiro mundo. (sem artigo no plural)

Exemplo: Os Estados Unidos são um país de primeiro mundo. (com artigo no plural)

Exemplo: O Emirados Árabes está em guerra. (artigo no singular)

Exemplo: O Lusíadas é uma maravilhosa obra. (artigo no singular)

- SE O SUJEITO FOR: MAIS DE, MENOS DE, PERTO DE, CERCA DE

O verbo concordará com o numeral, vejamos:

Exemplo: Mais de um aluno foi aprovado. (concordando com "um")

Exemplo: Mais de quatro alunos foram aprovados. (concordando com "quatro")

Atenção! No caso de "milhão", "bilhão", "trilhão"... o verbo pode permanecer no singular ou


flexionar no plural (igual ao caso de coletivos partitivos).

Exemplo: Menos de um milhão de eleitores votou nulo para senador.

Exemplo: Menos de um milhão de eleitores votaram nulo para senador.

- SE O SUJEITO FOR NÚMERO FRACIONÁRIO


O verbo concordará com o numerador da fração (número da frente) ou com o especificador dele
vejamos:

Exemplo: 1/8 das pessoas está desempregada. (concorda com o numerador "1")

Exemplo: 1/8 das pessoas estão desempregadas. (concorda com o especificador "pessoas")

Exemplo: 2/5 das crianças adoecem com frequência. (concorda com o numerador "2" ou com o
especificador "crianças")

- SE O SUJEITO FOR PORCENTAGEM + SUBSTANTIVO

O verbo concordará com o número da porcentagem ou com o substantivo especificador. Se antes


da porcentagem houver determinante, o verbo concordará apenas com o numeral, vejamos:

Exemplo: 1% dos alunos faz todos os exercícios. (concordando com o número "1")

Exemplo: 1% dos alunos fazem todos os exercícios. (concordando com "alunos")

Exemplo: Os 20% da turma fazem todos os exercícios. (só pode concordar com o "20", por causa
do artigo "os" que é determinante)

Exemplo: Aquele 1% dos alunos faz todos os exercícios. (só pode concordar com o "1", por causa
do pronome "aquele" que é determinante)

- SE O SUJEITO FOR: ALGUM DE NÓS/VÓS OU QUAL DE NÓS/VÓS

Quando "algum"/"qual" estiver no singular, o verbo concordará apenas com ele, vejamos:

Exemplo: Qual de vós foi à igreja ontem? (concorda com "qual")

Quando "algum"/"qual" estiver no plural: o verbo poderá concordar com ele ou com os pronomes
pessoais (nós/vós), vejamos:
Exemplo: Alguns de nós estudavam inglês. (concordando com "alguns")

Exemplo: Alguns de nós estudávamos inglês. (concordando com "nós")

- SE O SUJEITO ESTIVER NA VOZ PASSIVA SINTÉTICA

O verbo concorda com o sujeito paciente. Na dúvida, passe o sujeito para a voz passiva analítica
para enxergar melhor.

Está CERTO: Vendem-se móveis. (Móveis são vendidos.)

Está ERRADO: Vende-se móveis. (Móveis é vendido? Não, né gente...)

- SE O SUJEITO FOR UM PRONOME DE TRATAMENTO

O verbo ficará na 3ª pessoa do singular ou do plural

Exemplo: Vossa Santidade esteve ontem em Portugal.

Exemplo: Suas Excelências pediram respeito.

SUJEITO COMPOSTO

REGRA GERAL: Se o sujeito é composto, em regra, o verbo flexiona na 3ª pessoa do plural.

Exemplo: Os copos, talheres e pratos custaram muito caro.

sujeito composto verbo

- SE O SUJEITO FOR COMPOSTO POR PALAVRAS SINÔNIMAS NO SINGULAR


Quando o sujeito é composto e formado por palavras sinônimas, o verbo pode flexionar no plural
ou concordar com o núcleo mais próximo.

Exemplo: Fé e esperança enchia o coração daquelas pessoas. / Fé e esperança enchiam o coração


daquelas pessoas.

Exemplo: Abatimento e consternação são o sentimento do dia. / Abatimento e consternação é o


sentimento do dia.

- SE O SUJEITO FOR COMPOSTO POR PESSOAS DIFERENTES

a) Eu + tu + ele = verbo na 1ª pessoa do plural

Exemplo: Eu, tu e ele dançaremos na festa.

b) Eu + tu = verbo na 1ª pessoa do plural

Exemplo: Eu e tu dançaremos na festa.

c) Eu + ele = verbo na 1ª pessoa do plural

Exemplo: Eu e ele dançaremos na festa.

d) Tu + ele = verbo na 2ª ou 3ª pessoa do plural.

Exemplo: Tu e ele dançareis/dançarão na festa.

Ou seja, na maioria das combinações o verbo flexiona na primeira pessoa do plural!! Apenas
o caso "Tu+ele" admite a 2ª ou a 3ª pessoa do plural.

- SE O SUJEITO FOR COMPOSTO POR PALAVRAS EM GRADAÇÃO


Quando o sujeito é composto por palavras em gradação, o verbo pode flexionar no plural ou
concordar com o núcleo mais próximo.

Exemplo: Um incômodo, uma ansiedade, um pânico invadiu meu ser.

Exemplo: Um incômodo, uma ansiedade, um pânico invadiram meu ser.

- SE O SUJEITO FOR COMPOSTO COM APOSTO RESUMIDOR

Quando o sujeito é composto com aposto resumidor (tudo, nada, ninguém, nenhum), o verbo
deve permanecer no singular para concordar com ele.

Exemplo: Dinheiro, fama, festas, nada garantia a paz dele.

Exemplo: Jovens, crianças, adultos, ninguém está seguro naquelas ruas.

- SE O SUJEITO COMPOSTO FOR POSPOSTO AO VERBO

Quando o sujeito aparecer após o verbo, deverá flexionar no plural ou concordar com o núcleo
mais próximo.

Exemplo: Ontem, apareceram um cachorro e um gato no prédio. Ontem, apareceu um cachorro


e um gato no prédio.

verbo sujeito verbo sujeito

- SE O SUJEITO COMPOSTO APRESENTAR NÚCLEOS LIGADOS POR "COM"

O verbo flexionará no plural.

Exemplo: A atriz com seus seguranças chegaram ao festival.

- SE O SUJEITO COMPOSTO FOR ACOMPANHADO DE: CADA, NENHUM


O verbo permanecerá no singular.

Exemplo: Cada aluno, cada professor, cada diretor precisa cumprir as regras.

Exemplo: Nenhuma atriz, nenhuma cantora, nenhuma pintora foi homenageada na festa.

- SE O SUJEITO FOR COMPOSTO PELAS EXPRESSÕES: UM E OUTRO, NEM UM NEM OUTRO

O verbo pode permanecer no singular ou flexionar no plural.

Exemplo: Um e outro estudaram Português.

Exemplo: Um e outro estudou Português.

- SE O SUJEITO COMPOSTO APRESENTAR NÚCLEOS LIGADOS POR "OU"

Quando o sentido for de exclusão/correção/sinonímia, o verbo permanecerá no singular. Quando


o sentido for de adição ou inclusão, o verbo flexionará no plural.

Exemplo: João ou Maria ganhará o prêmio. (apenas um deles ganhará, sentido de exclusão)

Exemplo: Ptesiofobia ou medo de voar pode ser tratado com eficácia. (sentido de sinonímia)

Exemplo: Laranja ou beterraba fazem bem à saúde. (inclusão)

Atenção! Alguns gramáticos, como Cegalla e Bechara, defendem a possibilidade de singular


mesmo quando a conjunção "ou" tiver sentido de inclusão.

- SE O SUJEITO COMPOSTO APRESENTAR NÚCLEOS LIGADOS POR: TANTO..QUANTO, ASSIM


COMO, NÃO SÓ...MAS TAMBÉM

O verbo flexionará no plural (maioria dos gramáticos) ou concordará com o núcleo mais próximo.
Exemplo: Tanto Joana quanto Maria foram ao cinema.

Exemplo: Tanto Joana quanto Maria foi ao cinema.

- SE O SUJEITO COMPOSTO APRESENTAR NÚCLEOS LIGADOS POR "NEM...NEM"

O verbo flexionará no plural.

Exemplo: Nem pedidos, nem lágrimas convencerão o juiz.

Exemplo: Nem dinheiro, nem poder conseguirão corrompê-lo.

CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL

Abordaremos agora mais alguns "casinhos" que podem dar trabalho em provas de concurso, ok?
Tenham paciência e sorriam, vocês serão aprovados, rs.

- QUANDO O VERBO SER INDICAR HORA, TEMPO, DATA, DISTÂNCIA

Em regra, concordará com o predicativo. Quando indicar data poderá permanecer no singular ou
flexionar no plural:

Exemplo: São dezoito horas. (verbo concorda com "dezoito horas")

Exemplo: Aqui está quente. (verbo concorda com "quente")

Exemplo: Hoje é cinco de abril. / Hoje são cinco de abril.

- QUANDO O SUJEITO É ORAÇÃO SUBORDINADA


O verbo da oração principal deve ser conjugado na 3ª do singular, vejamos:

Exemplo: É fundamental que os alunos façam as atividades propostas.

or. principal oração subord. subs. subjetiva (função de sujeito)

Percebam que o sujeito do período acima é uma oração subordinada substantiva subjetiva, assim
o verbo da oração principal deve ser conjugado na 3ª do singular

Exemplo: Sabe-se que João ama Maria.

or. principal oração subord. subs. subjetiva (função de sujeito)

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Os nomes realizam a concordância em função do substantivo.

REGRA GERAL

Artigo, adjetivo, pronome e numeral concordam em gênero e em número com o substantivo a que
fazem referência.

ARTIGOS E ADJETIVOS

Exemplo: Apequena menina corria na linda montanha. Exemplo: O pequeno menino corria
no lindo monte.
A: concorda com menina O: concorda com menino.

Pequena: concorda com menina. Pequeno: concorda com menino.

Linda: concorda com montanha. Lindo: concorda com monte.

NUMERAIS

Exemplo: Fui perseguida por quinhentas muriçocas. Exemplo: Fui perseguida


por quinhentos pernilongos.

quinhentas: concorda com muriçocas quinhentos: concorda com pernilongos

PRONOMES

Exemplo: Aquela mulher mudou minha vida. Exemplo: Aquele homem mudou minha
vida.

Aquela: concorda com mulher. Aquele: concorda com homem

Perceberam como a regra funciona? Os exemplos deixaram bem claro, não é?

CASOS ESPECIAIS

- Quando o adjetivo fizer referência a mais de um substantivo, concordará com todos ou com
o mais próximo.

Exemplo: Eu dou aula para garotos e garotas estudiosos.

Exemplo: Eu dou aula para garotos e garotas estudiosas.

Atenção! Nos casos acima, o adjetivo caracteriza os dois substantivos, ok? Assim, no segundo
exemplo, não são apenas as garotas que são estudiosas, mas ambos.
- Quando o adjetivo aparecer antes do substantivo(s) (mesmo que hajam dois, três...),
concordará com o mais próximo.

Exemplo: Maria observava lindas flores, pássaros e árvores. ("lindas" concorda com flores)

- O uso das palavras: MESMO, ANEXO, PRÓPRIO, EXTRA, OBRIGADO, INCLUSO.

Variam quando têm valor de adjetivo.

Exemplo: Enviei as fotos anexas. / Guardei o documento anexo.

Exemplo: Tive que pagar as horas extras./ Fiz um trabalho extra.

Exemplo: A aluna mesma apresentou o projeto. / Ele mesmo apresentou o projeto.

Exemplo: Os serviços foram inclusos. / A taxa está inclusa.

Exemplo: Nós próprios faremos o trabalho./ Ela própria fez o trabalho.

Exemplo: Minha tia disse: - Muito obrigada. / Meu tio disse: - Muito obrigado.

- O uso das palavras: BARATO, CARO, JUNTO, BASTANTE, MEIO, ALTO, SÓ.

Variam quando são adjetivos.

Exemplo: As roupas custam caro. (advérbio) - As roupas estão caras. (adjetivo)

Exemplo: A mulher canta alto. (advérbio) - A mulher é alta. (adjetivo)


Exemplo: Estou meio triste. (advérbio) - Preenchi meia folha de papel com versos. (adjetivo)

Exemplo: Pedro estuda bastante. (advérbio) - Temos bastantes livros? (adjetivo)

Exemplo: Eles ficaram junto do pai. (advérbio) - Eles estudaram juntos (adjetivo)

Exemplo: Só restaram cacos de vidro pelo chão. (advérbio) - As alunas de balé ficaram sós.
(adjetivo)

- A concordância da palavra MIL : o numeral concorda com o substantivo que o acompanha.

Exemplo: Três mil soldados foram recrutados.

Exemplo: Duas mil mulheres foram à manifestação.

- A concordância da palavra MILHÃO/BILHÃO/TRILHÃO: o numeral concorda com a parte


inteira do numeral cardinal relacionado.

Exemplo: O público ultrapassou 1,3 milhão de pessoas. (Milhão no singular para concordar com
1)

Exemplo: O público ultrapassou 2,3 milhões de pessoas. (Milhões no plural para concordar com
2)

- Substantivos que, pelo contexto, tornaram-se adjetivos: permanecem invariáveis.

Exemplo: Presenciamos algumas aparições relâmpago daquele artista.

A palavra relâmpago é, normalmente, substantivo, mas no contexto acima funcionou como


adjetivo que qualifica as aparições do artista.

Exemplo: Aquela instituição possui alguns funcionários fantasma.


Exemplo: Não gosto de festas surpresa.

- o uso das expressões: É BOM, É PROIBIDO, É NECESSÁRIO, É PERMITIDO.

Com elemento determinante: a expressão varia.

Sem elemento determinante: a expressão é invariável.

Exemplo: É proibido entrada de crianças. (sem determinante)

Exemplo: É proibida a entrada de crianças. (com determinante - artigo definido "a")

Exemplo: A cerveja é boa. (com determinante - artigo definido "a")

Exemplo: Cerveja é bom. (sem determinante)

Exemplo: É necessário fé para seguir a vida. (sem determinante)

Exemplo: É necessária toda a fé para seguir a vida. (com determinante: toda a)

Atenção! Quando essas expressões são acompanhadas de "muito(s)/muita(s)", permanecem


invariáveis.

Exemplo: É necessário muita fé para seguir a vida.

- A concordância dos pronomes

Concordam com o substantivo a que fazem referência. Caso haja substantivos masculinos e
femininos, o pronome ficará no masculino plural.

Exemplo: A miss da Venezuela era linda, mas a do Brasil ganhou a plateia. (O pronome "a" está
no feminino singular, pois faz referência à miss.)
Exemplo: Conquistei a vida pela qual tanto lutei. ("Pela qual" está no feminino por fazer
referência à "vida".)

Exemplo: Conquistei o título pelo qual tanto lutei. ("Pelo qual" está no masculino por fazer
referência a "título".)

- O uso da expressão TAL QUAL: o "tal" concorda com o termo antecedente e o "qual" com o
termo consequente.

Exemplo: A criança é tal qual o pai. (tal concorda com criança, qual concorda com pai)

<----- ------>

Exemplo: As crianças são tais qual o pai. (tais concorda com crianças, qual concorda com pai)

<------- ------>

Exemplo: As crianças são tais quais os pais. (tais concorda com crianças, quais concorda com
pais)

<------- ------>

Exemplo: A criança é tal quais os pais. (tal concorda com criança, quais concorda com pais)

<------ ------->

- O uso das palavras: MENOS e ALERTA.

São invariáveis.

Exemplo: Ela está menos feliz hoje.


Exemplo: Elas estão menos feliz hoje.

Exemplo: O soldado está alerta.

Exemplo: Os soldados estão alerta.

- A concordância dos particípios

Devem concordar com o substantivo a que se referirem, mas permanece invariável se for locução
de tempo verbal composto.

Exemplo: A casa foi vendida ontem.

Exemplo: As casas foram vendidas ontem. (particípio flexiona para concordar com "casas")

Exemplo: João foi aprovado no concurso.

Exemplo: Nossos alunos foram aprovados no concurso. (particípio flexiona para concordar com
"alunos")

Exemplo: Eu tenho estudado muito. (tempo composto, particípio permanece no singular)

Exemplo: Eles têm estudado muito. (tempo composto, particípio permanece no singular)

Atenção! No exemplo acima, o verbo "ter" flexiona ("têm") para concordar com "eles", mas o
particípio permanece no singular.

Pontuação

PONTO
A "tia" do colégio sempre falava para colocarmos ponto no final das frases, vocês lembram? E,
realmente, esse sinal de pontuação serve basicamente para isto: indicar o fim de uma frase
declarativa.

Exemplo: Fui à feira.

Exemplo: Estudei muito, mas não tirei boas notas.

O ponto também é utilizado em abreviações: adj. (adjetivo), març. (março), etc. (et caetera).

Atenção! Não devemos utilizar reticências após "etc.", vejamos:

Está ERRADO: Ela comprou tomate, alface, cenoura, pepino, etc....

Está CERTO: Ela comprou tomate, alface, cenoura, pepino, etc.

PONTO DE INTERROGAÇÃO

O ponto de interrogação, como o próprio nome diz, indica um questionamento.

Exemplo: Você quer ir ao circo? (frase interrogativa direta)

Exemplo: Você foi mesmo aprovado no concurso?! (pergunta com sentido de admiração)

Exemplo: Pedro bebeu muito, poderia dirigir daquele modo? (Pergunta retórica: o interlocutor
elabora um questionamento já sabendo a resposta ideal.)

PONTO DE EXCLAMAÇÃO

O ponto de exclamação é utilizado para denotar admiração, surpresa, empolgação.

Exemplo: Eita! O jogo é hoje!


Exemplo: João foi aprovado no concurso!!

DOIS-PONTOS

O sinal de dois-pontos pode ser utilizado para: (olha ele aí em prática, rs...)

Exemplo: Eis as cores da bandeira: verde, amarelo, azul e branco.

Indicar enumeração Anteceder uma explicação

Exemplo: Ela só queria isto: ser aprovada no concurso.

Anteceder uma citação

Exemplo: Dizia o sábio: "Conhece-te a ti mesmo".

Indicar fala de personagens

Exemplo: A menina gritou: - Saia daqui!

TRAVESSÃO

O travessão é um sinal frequentemente utilizado em narrações, descrições e em diálogos.


Vejamos alguns casos de seu uso:

Indicar a fala de personagem, mudança de interlocutor (discurso direto)

Exemplo: - Você é boba Rose! Por que você fez isso? (Jack Falando)

- Se você pula, eu pulo... Lembra? (Rose falando)


Saudades, Titanic, rsrsrsrs.

Para separar palavras, expressões ou frases explicativas intercaladas

Exemplo: A imagem de minha avó- mulher honesta, trabalhadora - não sai da minha cabeça.

PARÊNTESES

Os parênteses são utilizados para:

Destacar certas palavras, expressões ou orações

Exemplo: A China (país mais populoso do mundo) foi o destino escolhido para nossa próxima
viagem.

Incluir dados bibliográficos

Exemplo: “Agora eu quero contar as histórias da beira do cais da Bahia.” (Jorge Amado, Mar
Morto, 1936.)

ASPAS

Com frequência empregamos as aspas em citações, mas existem outras ocasiões em que elas
podem ser usadas, vejamos:

Para indicar citações

Exemplo: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas." (Antoine de Saint
Exupéry)

Para indicar o uso de palavras estrangeiras

Exemplo: Aquela menina é viciada no "facebook".


Para indicar o uso de gírias, expressões populares

Exemplo: Ele gostar de dar um "rolé" aos sábados.

Para indicar nomes de sites, livros, jornais

Exemplo: A entrevista foi concedida ao jornal "O Globo".

Para indicar ironia

Exemplo: Percebendo a "beleza" do quadro, escolheu outro.

Para relativizar o significado de uma palavra ou expressão

Exemplo tirado de prova da FUNDEP/2016: Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que
ele tem “cabeça de jovem”.

As aspas empregadas para destacar a expressão "cabeça de jovem" relativizam o significado dela
que, neste contexto, assume característica pejorativa/negativa. Assim, o significado habitual da
expressão é relativizado no contexto da frase e isto é demarcado pelo emprego das aspas.

RETICÊNCIAS

As reticências marcam a suspensão lógica de um enunciado, vejamos algumas situações de uso


desse sinal de pontuação:

Para indicar interrupção do pensamento

Exemplo: - Gostaria de dizer que...

- Cale-se, Jussara!
Para sugerir uma hesitação normal da fala

Exemplo: Eu gostaria de...conversar com você agora.

Para indicar continuidade de ação ou fato

Exemplo: O tempo voa...

Para deixar o sentido da frase incompleto (permite interpretação pessoal do leitor)

Exemplo: Se você não atender o telefone...

PONTO E VÍRGULA

O ponto e vírgula é um sinal que indica uma pausa maior que a da vírgula e serve para:

Separar orações coordenadas que guardam relação semântica não unidas por conjunção

Exemplo: A seca castiga o sertanejo; a lavoura clama por água.

Separar itens de uma enumeração ou incisos de um artigo de lei

Exemplo: Na educação pública encontramos alguns problemas:

poucos professores;

falta de material escolar;

instalações físicas precárias.

Separar orações coordenadas que já possuem vírgula em seu interior


Exemplo: Pacificamente, os empregados pleiteavam alguns direitos; o patrão, todavia, de forma
alguma, cedeu.

VÍRGULA

Agora falaremos sobre a "cereja do bolo", a queridinha das bancas, a maravilhosa e


indispensável vírgula!

Não podemos usar a vírgula...

Apresentaremos, primeiramente, os casos de proibição do uso da vírgula, sabendo disso o


candidato "desenrolará" boa parte das questões que envolvem o tema.

1) Se ela separar sujeito de verbo

Gente, não importa o quanto o sujeito seja enorme, não devemos separá-lo do verbo, ok?

Está ERRADO: A fábrica alemã de calçados de couro legítimo, fechou as portas ontem.

sujeito verbo

Está CERTO: A fábrica alemã de calçados de couro legítimo fechou as portas ontem.

2) Se ela separar verbo de predicativo do sujeito

Está ERRADO: As meninas ficaram, felizes.

verbo predicativo

Está CERTO: As meninas ficaram felizes.


3) Se ela separar verbo de complemento

Está ERRADO: Maurício pacientemente comprou, alguns livros.

VTD O.D

Está CERTO: Maurício pacientemente comprou alguns livros.

4) Se ela separar adjunto adnominal (A.A) do substantivo correspondente

Está ERRADO: A querida, professora fará aniversário amanhã.

A.A substantivo (nome)

Está CERTO: Nossa querida professora fará aniversário amanhã.

5) Se ela separar complemento nominal (C.N) de substantivo correspondente

Está ERRADO: José tem orgulho, do filho.

subst. C.N

Está CERTO: José tem orgulho do filho.

6) Se ela separar locução verbal de voz passiva do agente da passiva

Está ERRADO: A paciente foi atendida, por um cardiologista.

locução verbal agente da passiva


Esta CERTO: A paciente foi atendida por um cardiologista.

7) Se a oração coordenada sindética aditiva estiver ligada por "e" ou por "nem"

Está ERRADO: Ela não foi à aula, nem justificou a falta.

Esta CERTO: Ela não foi à aula nem justificou a falta.

Antes de apresentarmos os casos de emprego da vírgula, precisamos ter em mente a "ordem


normal" básica de uma oração:

SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO + A (Adjunto adverbial, Agente da passiva)

Entendo que a estrutura acima é a "normal", qualquer termo que aparecer no meio dela causando
interrupção, em regra, será demarcado por vírgulas. Também demarcaremos com vírgula termos
que aparecerem em posições "anormais" (deslocados).

Exemplo: João, filho do professor, cantava hinos no coral.

sujeito VTD O.D adjunto adverbial

No exemplo acima, "filho do professor" é um aposto explicativo que "surgiu" entre o sujeito e o
verbo, interrompendo a ordem normal da oração e, por isso, isolado por vírgulas.

Exemplo: No coral, João, filho do professor, cantava hinos.

adjunto adverbial

Agora temos o adjunto adverbial "no coral" em uma posição "atípica", perceberam? Na primeira
frase ele apareceu no final (posição ideal) e agora aparece antecipado. Quando esse tipo de
deslocamento ocorrer, poderemos (ou deveremos) empregar a vírgula. No caso de adjuntos
adverbiais longos (três palavras ou mais) a vírgula é obrigatória, quando os adjuntos adverbiais
forem curtos (exemplo em análise), a vírgula é facultativa.
Entendendo a estrutura básica da oração e tendo noção sobre o deslocamento de termos dentro
dela, fica mais fácil assimilar os casos de emprego da vírgula, vamos a eles?

Usamos a vírgula...

1) Para separar apostos e vocativos

Exemplo: Amor, estou muito cansada.

vocativo

Exemplo: Lili, irmã de João, está doente.

aposto

2) Para separar termos de uma enumeração (os termos possuem mesma função sintática)

Exemplo: Chiquinha, Seu Madruga, Quico e Dona Florinda são meus personagens favoritos da
turma do Chaves.

3) Para isolar predicativo do sujeito deslocado

Exemplo: Conformada, a dançarina aceitou o troféu de terceiro lugar.

predicativo do sujeito

4) Para separar termos repetidos

Exemplo: A aluna estava cansada, cansada.

5) Para separar expressões retificativas, exemplificativas, explicativas


Exemplo: Eu queria passar no concurso, ou melhor, eu passarei!

Exemplo: O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara, ou seja, de fácil
compreensão. (exemplo retirado do Manual de Redação da Presidência da República)

6) Para isolar adjuntos adverbiais deslocados

Adjunto longo (três palavras ou mais) - vírgula obrigatória

Adjunto curto - vírgula facultativa

Como explicamos no início desse tópico, o adjunto adverbial normalmente aparece no final da
oração, assim o deslocamento dele pode (ou deve) ser marcado por vírgula, vejamos:

Exemplo: No parque, as crianças corriam. -> Vírgula facultativa

Adjunto adverbial

Exemplo: Na reunião de ontem, os empresários resolveram alguns problemas. -> Vírgula


obrigatória

Adjunto adverbial

7) Para indicar elipse (omissão) de um verbo

Exemplo: Eu estudo francês; ela, inglês.

A vírgula empregada após o pronome "ela" indica elipse (omissão) do verbo "estudar", pois a frase
tem o seguinte sentido: Eu estudo francês, ela estuda inglês.

8) Para separar orações coordenadas assindéticas (sem conjunção)


Exemplo: Acordava às sete horas da manhã, tomava um banho demorado, estudava por três
horas.

9) Quando a conjunção "e" tiver sentido adversativo

Exemplo: Nadou tanto, e morreu na praia. (sentido de -> Nadou tanto, mas morreu na praia.)

Exemplo: Correu muito, e não alcançou o ônibus. (sentido de -> Correu muito, mas não alcançou
o ônibus.)

10) Para separar orações coordenadas sindéticas adversativas

(mas, porém, contudo, todavia, entretanto, não obstante...)

Exemplo: Queria tomar sorvete, mas comi uma barrinha de cereais.

11) Para separar orações coordenadas sindéticas explicativas

(pois, porque, porquanto)

Exemplo: Precisamos trabalhar muito, pois a vida não é fácil.

12)Para separar orações coordenadas sindéticas conclusivas

(portanto, por isso, logo, assim, pois (depois do verbo)

Exemplo: Aquele colar é ouro; não enferruja, pois.

Exemplo: A chuva era muito forte, logo não saí de casa.

13)Para separar orações coordenadas sindéticas alternativas


(ou...ou, ora...ora, já...já)

Exemplo: Ou escolho agora, ou fico sem presente.

14) Para separar orações subordinadas adjetivas explicativas

Exemplo: O Brasil, que é um país tropical, é procurado por turistas do mundo inteiro.

or. adj. explicativa

15) Para separar orações subordinadas adverbiais (especialmente antecipadas ou


intercaladas)

Exemplo: Quando ela chegou, João brincava no parque.

or. adv. temporal

Exemplo: Se a chuva diminuir, irei ao centro da cidade.

or.adv. condicional

Atenção! Quando a oração subordinada adverbial aparece na ordem "normal" (fim do período),
a vírgula é facultativa, vejamos:

Exemplo: João brincava no parque, quando ela chegou. CERTO

Exemplo: João brincava no parque quando ela chegou. CERTO

16) Para isolar o lugar (topônimo) nas datas

Exemplo: João Pessoa, 20 de março de 2015.


Gêneros textuais são estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de
textos: narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e injuntivo.

Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no


espaço. A estrutura da narração é dividida em: apresentação,
desenvolvimento, clímax e desfecho.

Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos:

• Romance
• Novela
• Crônica
• Contos de Fada
• Fábula
• Lendas

Texto Descritivo

Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa,


objeto, lugar, acontecimento. Dessa forma, são textos repletos de adjetivos,
os quais descrevem ou apresentam imagens a partir das percepções
sensoriais do locutor (emissor).

São exemplos de gêneros textuais descritivos:

• Diário
• Relatos (viagens, históricos, etc.)
• Biografia e autobiografia
• Notícia
• Currículo
• Lista de compras
• Cardápio
• Anúncios de classificados

Texto Dissertativo-Argumentativo

Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou


assunto por meio de argumentações. São marcados pela defesa de um
ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura
textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese
(desenvolvimento), nova tese (conclusão).

Exemplos de gêneros textuais dissertativos:

• Editorial Jornalístico
• Carta de opinião
• Resenha
• Artigo
• Ensaio
• Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado

Texto Expositivo

Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por meio


de recursos como: definição, conceituação, informação, descrição e
comparação.

Alguns exemplos de gêneros textuais expositivos:

• Seminários
• Palestras
• Conferências
• Entrevistas
• Trabalhos acadêmicos
• Enciclopédia
• Verbetes de dicionários

Texto Injuntivo

O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que


indica uma ordem, de modo que o locutor (emissor) objetiva orientar e
persuadir o interlocutor (receptor). Por isso, apresentam, na maioria dos casos,
verbos no imperativo.

Alguns exemplos de gêneros textuais injuntivos:

• Propaganda
• Receita culinária
• Bula de remédio
• Manual de instruções
• Regulamento
• Textos prescritivos
Questão

Leia o trecho abaixo:

"A ciência mais imperativa e predominante sobre tudo é a ciência política,


pois esta determina quais são as demais ciências que devem ser estudadas
na pólis. Nessa medida, a ciência política inclui a finalidade das demais, e,
então, essa finalidade deve ser o bem do homem."

(Aristóteles. Adaptado)

O gênero textual utilizado pelo autor é

a) propaganda
b) enciclopédia
c) texto didático
d) texto de opinião
e) texto prescritivo

Questão

“Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã


de fazenda preta, bordado a sutache, com largos botões de madrepérola;
o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do
travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil
bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo
encostado à mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos
seus dedos, dois anéis de rubis miudinhos davam cintilações escarlates."

De acordo com os gêneros textuais, a intenção do autor foi

a) relatar sobre a manhã da personagem


b) narrar os fatos habituais daquela manhã
c) descrever aspectos da personagem e de suas ações
d) apresentar o principal jornal lido pela personagem
e) dissertar sobre a roupa utilizada pela personagem
Projeto de Lei prevê multa e prisão para quem cria e compartilha fake news

Pena pode chegar a até 10 anos de prisão caso o autor da notícia esteja por
trás de um grupo de disseminação de fake News.

“É um desserviço à população e um atentado à segurança coletiva, um


gesto de desumanidade e prejuízo frontal (…). A notícia falsa, além de afetar
seriamente a vida das pessoas, pode também ajudar a reforçar um
pensamento errôneo”, disse a deputada autora do projeto, que reforçou
como a disseminação de fake news na atual época de pandemia que
estamos vivendo é perigosíssima e um atentado à vida das pessoas.

Em análise na Câmara dos Deputados, o texto já está dando o que falar e


algumas pessoas, inclusive que trabalham com política, estão dizendo que a
PL é um complô e é tendenciosa. A pergunta é: para quem?

Para não cair em notícias falsas, confira sempre o veículo em que ela foi
publicada, se ele é renomado, por exemplo, duvide de sites poucos
conhecidos e de conteúdos compartilhados em grupos de WhatsApp,
principalmente de textos copiados e colados que não têm links ou fontes.

O editorial é um gênero textual sendo um texto essencialmente

a) narrativo-descritivo
b) descritivo-narrativo
c) prescritivo-descritivo
d) dissertativo-argumentativo
e) injuntivo-opinativo

Questão

"Experimente o nova e deliciosa barrinha de chocolate asteca: com mais


de 70% de cacau e 0% de gordura saturada."

A oração acima faz parte do gênero textual

a) notícia
b) propaganda
c) editorial
d) bilhete
e) declaração
Compreensão de textos: é a decodificação da mensagem, ou seja, análise
do que está no explícito no texto. Interpretação de textos: é
a interpretação que fazemos do conteúdo, ou seja, quais conclusões
chegamos por meio da conexão de ideias e, por isso, vai além do texto.

O humor gerado pela charge advém da polissemia da palavra "rede", ou


seja, dos diferentes significados que ela carrega.

Uma interpretação que podemos obter com a observação da charge é


sobre a desigualdade social que atinge muitas pessoas as quais não
possuem condições financeiras de ter acesso à internet.

Questão

"Em um mundo marcado por conflitos em diferentes regiões, as operações


de manutenção da paz das Nações Unidas são a expressão mais visível do
compromisso solidário da comunidade internacional com a promoção da
paz e da segurança.

Embora não estejam expressamente mencionadas na Carta da ONU, elas


funcionam como instrumento para assegurar a presença dessa organização
em áreas conflagradas, de modo a incentivar as partes em conflito a superar
suas disputas por meio pacífico – razão pela qual não devem ser vistas como
forma de intervenção armada.“

Historicamente, o Brasil envia soldados para participar de operações de paz.


Em 2004, foi criada pelo Conselho de Segurança da ONU a Missão das
Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah).
De acordo com o texto, essa missão foi criada para

a) restabelecer a segurança e normalidade institucional do Haiti após


sucessivos episódios de turbulência política e de violência, que marcaram
esse país no início do século XXI.
b) atacar os garimpos ilegais de diamantes no interior do Haiti, que usavam
mão de obra infantil nas minas onde esse minério é encontrado.
c) combater o narcotráfico comandado pelo Cartel de Medelin, que a
partir do Haiti distribuía drogas para todos os países da América Latina.
d) acabar com os problemas ambientais crônicos no Haiti, pois esse país era
o principal responsável pela poluição ambiental no Caribe.
e) extinguir a rede de trabalho escravo existente no Haiti, que utilizava esse
tipo de mão de obra nas plantações de soja e trigo.

Questão

“Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda,
“um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou
inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido
autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil.

Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas


e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de
teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar
na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte
de seu acervo inédito será digitalizada.

História Viva, n.° 99, 2011.

Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da


futura digitalização de sua obra, depreende-se que

a) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam


compreender seus romances.
b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou
uma vasta obra literária com temática atemporal.
c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização,
demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial.
d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na
preservação da memória linguística e da identidade nacional.
e) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou
por sua temática indianista.
SENTIDO PRÓPRIO

O sentido próprio das palavras é também chamado de sentido literal ou


sentido denotativo.

Apresenta as seguintes características:

• Transmite o significado original da palavra, normalmente associado ao


primeiro significado que aparece na definição do dicionário;
• Transmite o sentido mais comum da palavra, sendo aquele que é
imediatamente reconhecido;
• Transmite o significado mais objetivo da palavra, independentemente
do contexto frásico em que ocorre;
• A principal função da mensagem é transmitir uma informação clara e
objetiva.

Exemplos com sentido próprio das palavras

• Minha avó faz um pão salgado delicioso.


• Ganhei o jogo com o ás de copas.
• Não sei se acredito em anjos…

SENTIDO FIGURADO

O sentido figurado das palavras é também chamado de sentido


conotativo.

Apresenta as seguintes características:

• Surge em situações particulares de uso da língua, estando


dependente do contexto frásico em que ocorre;
• Transmite um significado subjetivo da palavra, sujeito à interpretação
dos interlocutores;
• Apresenta um sentido simbólico da palavra, influenciado por
associações e ideias que ampliam o sentido original de uma palavra;
• A principal função da mensagem é ser expressiva para provocar
sentimentos nos interlocutores.
Questão

Analise as afirmações sobre trechos do texto e assinale a correta.

a)Em – Há alguns meses, troquei meu celular. –, o verbo haver indica tempo
decorrido e pode ser substituído, corretamente, por Fazem.

b) Em – Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar.


–, o termo em destaque expressa a ideia de exclusão.

c) Em – Virou um labirinto de instruções! –, o termo em destaque foi


empregado em sentido figurado, indicando confusão, incompreensibilidade.

d) Em – Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. –, o termo em destaque pode


ser substituído, corretamente e sem alteração do sentido do texto, por
limitada.

e) Em – Mas não posso me alimentar só de pipoca! –, a conjunção em


destaque expressa a ideia de comparação.

A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala a


ausência de um elemento fundamental para a instalação de um tribunal: a
existência de alguém que esteja sendo acusado.

Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários
da internet:

a) proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do processo


b) configuram julgamentos vazios ainda que existam crimes comprovados
c) emitem juízos sobre os outros mas não se veem na posição de acusados
d) apressam-se em opiniões superficiais mesmo que possuam dados
concretos
A tirinha é uma sequência de quadrinhos que geralmente faz uma crítica aos
valores sociais. Este tipo de texto humorístico é publicado com regularidade.

Quanto à tirinha acima, é correto afirmar:

a) A linguagem verbal isoladamente não consegue transmitir a mensagem


pretendida.
b) Transmite que faz parte da infância pegar as coisas da mãe para brincar.
c) A frase do primeiro quadrinho não pertence à sequência.
d) A principal mensagem da tirinha é a inocência de Mafalda, que responde
à mãe que pegou “só” os cremes de beleza, querendo com isso dizer que
não pegou outros tipos de cremes para brincar, como de culinária, por
exemplo.
e) A mãe está brava com Mafalda, por isso, a sua fala está com letras
maiúsculas.

A tirinha acima é uma crítica:

a) ao fato de os pais não explicarem as coisas corretamente às crianças.


b) quanto à cautela dos pais para que as crianças não distorçam na rua o
que ouvem em casa.
c) ao fato de as crianças contarem aos amigos o que os pais falam em
casa.
d) à fala das pessoas, que muitas vezes não tem importância.
e) ao fato de Mafalda ter criado uma expectativa no amigo que o
desiludiu.
A coesão nada mais é que a ligação harmoniosa entre os parágrafos,
fazendo com que fiquem ajustados entre si, mantendo uma relação de
significância.

Quando falamos sobre coerência, nos referimos à lógica interna de um texto,


isto é, o assunto abordado tem que se manter intacto, sem que haja
distorções, facilitando, assim, o entendimento da mensagem.

João e Maria foram aprisionados pela bruxa. Essas crianças foram trancadas
em uma gaiola. (anáfora - "Essas crianças" substitui o termo "João e Maria"
dito anteriormente).

Ana Cláudia estudou para a prova do concurso. Mariana fez o mesmo. (a


ação de “estudar” é realizada por ambas pessoas, no entanto, na segunda
oração, o verbo “fazer” é utilizado como substituto do verbo “estudar”).

Elipse

A elipse é uma figura sintática que tem como objetivo evitar a repetição de
um termo, atua como um elemento de coesão.

João Pedro foi para a escola e depois para a academia.

Maria era conhecida por ser honesta e competente. (aditiva)

Conjunções que são usadas para ligar termos.

Todos sabiam que era possível, mas alguns duvidavam de sua capacidade.
(adversativa)

Se chover, não vou à praia. (condicional)

Tão logo chegue em casa, envie-me uma mensagem. (temporal)

A coerência diz respeito à visão global do texto, diferentemente da coesão


que preza pela estrutura interna dos elementos que compõem o texto.

Princípios da coerência textual

• Princípio de não-contradição - O texto não deve possuir contradições


internas. José é muito alto e baixo. Hoje à noite, vai fazer sol.

• Princípio de não-tautologia - O texto não deve se repetir, mesmo que


com o uso de palavras distintas. João entrou no carro, embarcou na
viatura, adentrou o automóvel e partiu.
Sinônimos e Antônimos

Sinônimo é a palavra que quer dizer a mesma coisa ou quase a mesma coisa
que a outra. são palavras diferentes que tem o mesmo significado.

Ex.:

as meninas estão sempre alegres.

as meninas estão sempre contentes.

Antônimo são palavras que tem o sentido contrário de outra. são palavras
diferentes com significado oposto.

ex.:

os meninos estão alegres.

os meninos estão tristes.

Homônimos: são palavras que têm a mesma pronúncia, mas significados


diferentes.

Acender (pôr fogo) / ascender (subir)


Estrato (camada) / extrato (o que se extrai de)
Bucho (estômago) / buxo (arbusto)
Espiar (observar) / expiar (reparar falta mediante cumprimento de pena)
Tachar (atribuir defeito a) / taxar (fixar taxa)
Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamente aplicada:
a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes.
b) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros.
c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.
d) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever.
e) A cessão de terras compete ao Estado.

Comentário: O Correto é beneficente.


Parônimos

São palavras semelhantes na grafia e no som, mas com significados distintos.


Constatemos alguns casos:
FIGURAS SEMÂNTICAS
1. METÁFORA
“DEIXE A META DO POETA, NÃO DISCUTA / DEIXE A SUA META FORA DA DISPUTA /
META DENTRO E FORA, LATA ABSOLUTA / DEIXE-A SIMPLESMENTE METÁFORA”
(METÁFORA — GILBERTO GIL)

A metáfora é, provavelmente, a figura de linguagem que mais utilizamos no nosso dia a dia. Ela se
baseia em uma comparação implícita, sem o elemento comparativo (“como” ou “tal qual”, por
exemplo), em que uma característica de determinada coisa é atribuída ao elemento metaforizado.

Consiste em usar a palavra referente a essa coisa no lugar da característica propriamente dita,
depreendendo uma relação de semelhança que, por termos uma linguagem flexível e complexa,
conseguimos entender.

Por exemplo, se dizemos que “Maria Rita é uma flor”, nosso cérebro já tem mecanismos para
compreender que o que queremos dizer é que ela é delicada, perfumada, bonita etc., e não que ela
seja literalmente uma flor.

Para textos na web, é interessante utilizar algumas metáforas para validar seus argumentos e
enriquecer linguisticamente o seu texto.

Se você está escrevendo sobre novas tecnologias, por que não contar com metáforas referentes a
objetivos tecnológicos? Dessa forma, seu leitor ficará mais preso ao tema proposto e sua produção
lhe parecerá mais atraente e bem escrita.

Mas tenha cuidado, pois há mais de uma possibilidade de interpretação da metáfora, já que a
identificação entre os dois elementos em comum pode ficar por conta do leitor. Portanto, procure
esclarecer ao máximo o que você quer dizer quando usar esse recurso.

2. SÍMILE OU COMPARAÇÃO
“TE VER E NÃO TE QUERER (…) / É COMO MERGULHAR NO RIO / E NÃO SE MOLHAR /
É COMO NÃO MORRER DE FRIO / NO GELO POLAR” (TE VER — SAMUEL ROSA, LELO
ZANETI E CHICO AMARAL)

A símile é, assim como a metáfora, uma figura de comparação — mas, dessa vez, explícita. Como
assim?

A metáfora é mais subjetiva, pois sugere implicitamente uma ligação entre dois seres ou entidades
diferentes a partir de uma característica em comum, enquanto a símile apenas aponta que existe
uma semelhança específica e objetiva entre os dois elementos comparados.

Retomando o exemplo que trouxemos quando explicamos a metáfora, uma símile seria “Maria Rita
é BELA COMO uma flor” ou “Maria Rita é CHEIROSA, ASSIM COMO uma flor” — dessa forma,
ressaltamos o determinado atributo que queremos comparar e trazemos um elemento comparativo
(“como”, “que nem”, “assim como”, “tal qual”).

Quando se escreve para a web, fazer comparações explícitas pode ajudar você a ressaltar um
argumento ou contrastar opções com mais propriedade e clareza.
Como a símile é mais objetiva que a metáfora, ela é uma opção mais segura para ser utilizada em
textos com uma linguagem mais séria. Além disso, a relação de similaridade (daí o nome “símile”!)
entre os vocábulos pode ser uma carta na manga na hora de convencer o leitor do seu ponto de
vista.

3. ANALOGIA
A analogia também é uma espécie de comparação, mas, nesse caso, feita por meio de uma
correspondência entre duas entidades distintas. O termo também é utilizado no Direito e na
Biologia.

Na escrita, a analogia pode ocorrer quando o autor quer estabelecer uma aproximação equivalente
entre elementos por meio do sentido figurado e dos conectivos de comparação.

Por exemplo, em um trecho do romance “A Redoma de Vidro”, a autora Sylvia Plath faz uma
analogia entre a abundância de opções que temos para escolher o que faremos da vida e uma
árvore cheia de figos:

“DA PONTA DE CADA GALHO, COMO UM ENORME FIGO PÚRPURA, UM FUTURO


MARAVILHOSO ACENAVA E CINTILAVA. UM DESSES FIGOS ERA UM LAR FELIZ COM
MARIDO E FILHOS, OUTRO ERA UMA POETA FAMOSA, OUTRO, UMA PROFESSORA
BRILHANTE, OUTRO ERA Ê GÊ, A FANTÁSTICA EDITORA, OUTRO ERA FEITO DE
VIAGENS À EUROPA, ÁFRICA E AMÉRICA DO SUL, OUTRO ERA CONSTANTIN E
SÓCRATES E ÁTILA E UM MONTE DE AMANTES COM NOMES ESTRANHOS E
PROFISSÕES EXCÊNTRICAS, OUTRO ERA UMA CAMPEÃ OLÍMPICA DE REMO, E ACIMA
DESSES FIGOS HAVIA MUITOS OUTROS QUE EU NÃO CONSEGUIA ENXERGAR. ME VI
SENTADA EMBAIXO DA ÁRVORE, MORRENDO DE FOME, SIMPLESMENTE PORQUE NÃO
CONSEGUIA DECIDIR COM QUAL FIGO EU FICARIA. EU QUERIA TODOS ELES, MAS
ESCOLHER UM SIGNIFICAVA PERDER TODO O RESTO, E ENQUANTO EU FICAVA ALI
SENTADA, INCAPAZ DE TOMAR UMA DECISÃO, OS FIGOS COMEÇARAM A ENCOLHER E
FICAR PRETOS E, UM POR UM, DESABARAM NO CHÃO AOS MEUS PÉS.”

Para a web, usar analogias pode ser eficiente quando você quer simplificar o assunto abordado.
Caso ele seja muito complexo, é só fazer uma analogia com algo mais simples que o leitor
entenderá mais facilmente e seu texto se enriquecerá.

4. METONÍMIA
“E NO NORDESTE TUDO EM PAZ / SÓ MESMO MORTO EU DESCANSO / MAS O SANGUE
ANDA SOLTO / (…) / TERCEIRO MUNDO, SE FOR / PIADA NO EXTERIOR / MAS O BRASIL
VAI FICAR RICO” (QUE PAÍS É ESSE? — RENATO RUSSO)

A metonímia é mais uma figura de linguagem que tem a ver com semelhanças. Ela ocorre quando
um único nome é citado para representar um todo referente a ele. Por exemplo, é comum dizermos
frases como “Adoro ler Clarice Lispector” ou, ainda mais comum, “bebi um copo de leite”.

No primeiro caso, o que eu adoro ler são os livros escritos pela autora Clarice Lispector, e não a
pessoa dela em si. No segundo caso, ocorre o mesmo: o que eu bebi foi o conteúdo (leite) que
estava dentro do copo, e não o objeto copo propriamente dito.

Ao escrever para a web, a metonímia é muito útil e, muitas vezes, usada sem nem percebermos.

Acontece quando substituímos uma marca por um tipo específico de produto — por exemplo, Durex
substituindo fita adesiva, Toddy substituindo achocolatado em pó e Maizena substituindo amido de
milho. Ela traz maior fluidez à escrita, além de levar o leitor a se identificar com o texto.
5. PERÍFRASE
“CIDADE MARAVILHOSA / CHEIA DE ENCANTOS MIL / CIDADE MARAVILHOSA /
CORAÇÃO DO MEU BRASIL” (CIDADE MARAVILHOSA — ANDRÉ FILHO)

A perífrase acontece quando um nome ou termo é substituído por alguma característica marcante
sua ou por algum fato que o tenha tornado célebre.

Por exemplo, quando falamos no “rei da selva”, estamos falando do leão. Da mesma forma,
podemos nos referir à capital francesa como “Cidade Luz” e ao Rio São Francisco como “Velho
Chico”. Já no caso de pessoas, essa substituição tem o nome de antonomásia (para saber mais,
veja o item 13).

Essa figura de linguagem difere da metáfora, uma vez que a expressão usada para substituição
refere-se unicamente ao termo original, de modo que ele é facilmente identificado.

Na web, a perífrase pode ser utilizada para evitar a repetição de um nome, dando maior riqueza ao
texto. Atenção apenas para não usar codinomes que não sejam populares, pois isso pode dificultar
o entendimento do leitor.

6. SINESTESIA
“PALAVRAS NÃO SÃO MÁS / PALAVRAS NÃO SÃO QUENTES / PALAVRAS SÃO IGUAIS /
SENDO DIFERENTES” (PALAVRAS — SÉRGIO BRITTO E MARCELO FROMER)

É uma figura de linguagem bastante utilizada na arte, principalmente em músicas e poesias, uma
vez que ela trabalha com a mistura de dois ou mais sentidos humanos (olfato, paladar, audição,
visão e tato).

Na frase “Um silêncio amargo invadiu a sala”, há um tipo de gosto (paladar) servindo de adjetivo
para o silêncio (audição), por exemplo.

Na web, é possível utilizar essa figura quando a pauta permitir: moda, culinária e fotografia, por
exemplo, são categorias em que, dependendo do foco desejado, a metonímia cai muito bem,
intensificando as sensações que o texto eventualmente pode querer passar ao leitor.

7. HIPÉRBOLE
“POR VOCÊ EU LARGO TUDO / VOU MENDIGAR, ROUBAR, MATAR / ATÉ NAS COISAS
MAIS BANAIS / PRA MIM É TUDO OU NUNCA MAIS” (EXAGERADO — CAZUZA)

Ao contrário do eufemismo, a hipérbole serve para exaltar uma ideia, com o objetivo de causar
maior impacto e entusiasmo. Ela é muito usada em nosso cotidiano, como na expressão “Estou
morta de fome”, em que a intenção é enfatizar propositalmente o quanto estamos precisando
comer.

Para a web, esse recurso é maravilhoso, pois, se a intenção é convencer o leitor do que estamos
dizendo, nada melhor que chamar a atenção dele para o que queremos, apenas usando termos
exagerados.
8. CATACRESE
“ME AME DEVAGARINHO / SEM FAZER NENHUM ESFORÇO / TÔ DOIDO POR SEU
CARINHO / PRA SENTIR AQUELE GOSTO / QUE VOCÊ TEM NA MAÇÃ DO ROSTO / QUE
VOCÊ TEM NA MAÇÃ DO SEU ROSTO” (MAÇÃ DO ROSTO — DJAVAN)

A catacrese é o nome que utilizamos para algo que não tem um nome próprio. Em outras palavras,
pegamos um termo que já existe e o “emprestamos” para alguma outra coisa. Assim,
o substantivo representa dois significados diferentes, que não têm associação.

Maçã do rosto, pé da mesa e asa da xícara são alguns dos exemplos de catacrese muito utilizados
no dia a dia.

9. EUFEMISMO
“DAR À LUZ A UMA CRIANÇA / É ILUMINAR OS SEUS DIAS / DIVIDIR SUAS TRISTEZAS /
SOMAR SUAS ALEGRIAS / É SER O PRÓPRIO CALOR / NAQUELAS NOITES MAIS FRIAS”
(DAR À LUZ — BRÁULIO BESSA)

O recurso do eufemismo é utilizado quando se deseja dar um tom mais leve para uma expressão
— ou seja, é diretamente oposto à hipérbole. O significado permanece, mas a frase se torna menos
direta, pesada, negativa ou depreciativa. “Fulano descansou em paz” é um ótimo exemplo de
eufemismo muito utilizado.

10. PLEONASMO
“VAMOS FUGIR / PRA OUTRO LUGAR, BABY!” (VAMOS FUGIR — SKANK)

O pleonasmo ocorre quando se repete uma palavra ou expressão na mesma frase com o mesmo
significado. Do ponto de vista da gramática, ele é considerado um vício de linguagem (deixando a
frase redundante). Entretanto, na literatura, costuma ser usado para dar ênfase.

11. ANÁFORA
“É PRECISO AMOR / PRA PODER PULSAR / É PRECISO PAZ PRA PODER SORRIR / É
PRECISO A CHUVA PARA FLORIR” (TOCANDO EM FRENTE — ALMIR SATER)

É um recurso utilizado para dar mais ênfase à mensagem, por meio da repetição de palavras. Ela
acontece de forma sucessiva no começo das frases, versos ou períodos.

12. AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA


“UM PRIMO CONTOU AO OUTRO QUE SUA MÃE ESTAVA DOENTE.”

Ambiguidade é uma figura de linguagem muito utilizada no meio artístico, de forma poética e
literária. Porém, em textos técnicos e redações ela é considerada um vício (e deve ser evitada). Ela
ocorre quando uma frase fica com duplo sentido, confundindo a interpretação.

13. ANTONOMÁSIA
“A ‘DAMA DE FERRO’ DESPERTOU ADMIRAÇÃO E ÓDIO.” (ÉPOCA NEGÓCIOS)
Trata-se de um tipo de metonímia. Nesse caso, ocorre a substituição de um nome de pessoa por
um conjunto de palavras que a caracteriza. Quando a substituição é de um nome comum ou lugar,
o recurso utilizado é a perífrase.

Por exemplo, quando falamos “rei do futebol”, no Brasil, nos referimos ao jogador Pelé. Essa figura
de linguagem difere da metáfora, uma vez que a expressão usada para substituição refere-se
unicamente ao termo original, de modo que ele é facilmente identificado.

A antonomásia também pode ser utilizada para eliminar repetições e tornar o texto mais rico — e,
assim como a perífrase, deve trazer termos que sejam conhecidos pelo público, de modo a não
prejudicar a compreensão.

14. ALEGORIA
“A VIDA É UMA ÓPERA, É UMA GRANDE ÓPERA. O TENOR E O BARÍTONO LUTAM PELO
SOPRANO, EM PRESENÇA DO BAIXO E DOS COMPRIMÁRIOS, QUANDO NÃO SÃO O
SOPRANO E O CONTRALTO QUE LUTAM PELO TENOR, EM PRESENÇA DO MESMO
BAIXO E DOS MESMOS COMPRIMÁRIOS. HÁ COROS NUMEROSOS, MUITOS BAILADOS,
E A ORQUESTRA É EXCELENTE…” (DOM CASMURRO — MACHADO DE ASSIS)

É usada de forma retórica, a fim de ampliar o significado de uma palavra (ou oração). Ela ajuda a
transmitir um (ou mais) sentidos do texto, além do literal.

15. SIMBOLOGIA
“A POMBA BRANCA SIMBOLIZA A PAZ.”

O conceito é bem simples: trata-se do uso de simbologias para indicar alguma coisa.

FIGURAS SINTÁTICAS (OU DE


CONSTRUÇÃO)
De modo geral, esses recursos são utilizados em textos da web para dar maior fluidez ao texto, ao
mesmo tempo que realçam a informação passada, deixando a escrita levemente mais rebuscada,
mas sem perder a informalidade necessária nessas situações.

16. ELIPSE
“A TARDE TALVEZ FOSSE AZUL, / NÃO HOUVESSE TANTOS DESEJOS” (POEMA DE SETE
FACES — CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE)

A elipse consiste na omissão de um termo sem que a frase tenha seu sentido alterado. Por exemplo,
na frase “(eu) Quero (receber) mais respeito”, os termos em parênteses podem ser omitidos sem
que o sentido da frase seja alterado.

17. ZEUGMA
“O MEU PAI ERA PAULISTA / MEU AVÔ, PERNAMBUCANO / O MEU BISAVÔ, MINEIRO /
MEU TATARAVÔ, BAIANO” (PARATODOS — CHICO BUARQUE)
O zeugma é basicamente o mesmo que a elipse, com a diferença de que ele é específico para
omitir nomes ou verbos citados anteriormente — por exemplo, quando dizemos “Eu prefiro
literatura, ele, linguística”, e deixamos de repetir o verbo “preferir”.

18. SILEPSE
“NEM TUDO TINHAM OS ANTIGOS, NEM TUDO TEMOS, OS MODERNOS.” (MACHADO DE
ASSIS)

A silepse é quando há concordância com uma ideia, e não com uma palavra — ou seja, ela é feita
com um elemento implícito. Pode ocorrer nos seguintes âmbitos: de gênero, de número e de
pessoa.

No exemplo “O casal se atrasou, estavam se arrumando”, temos uma silepse de número. A


princípio, a frase parece estar errada — já que o verbo “estar” deveria vir no singular, para
concordar com “casal” —, mas não se preocupe, essa construção é permitida.

19. HIPÉRBATO OU INVERSÃO


“OUVIRAM DO IPIRANGA AS MARGENS PLÁCIDAS / DE UM POVO HEROICO O BRADO
RETUMBANTE” (HINO NACIONAL — JOAQUIM OSÓRIO DUQUE ESTRADA)

O hipérbato é um recurso de inversão da ordem direta da frase (sujeito-verbo-objeto-


complementos). Um exemplo de inversão está na frase “Dorme tranquila a menina” — a ordem
natural seria “A menina dorme tranquila”.

Quando a inversão é muito violenta, recebe o nome de sínquise e, quando é especificamente da


posição do adjetivo, se chama hipálage.

20. POLISSÍNDETO
“E O OLHAR ESTARIA ANSIOSO ESPERANDO / E A CABEÇA AO SABOR DA MÁGOA
BALANÇADA / E O CORAÇÃO FUGINDO E O CORAÇÃO VOLTANDO / E OS MINUTOS
PASSANDO E OS MINUTOS PASSANDO…” (OLHAR PARA TRÁS — VINÍCIUS DE MORAES)

Essa figura de linguagem é a repetição de conectivos ligando termos da oração ou períodos.


Normalmente, as conjunções coordenativas são repetidas, entre elas, o “e” é a mais comum.

Nem sempre esse recurso pode ser utilizado na redação para web, considerando que a repetição
desnecessária pode deixar o texto cansativo.

21. ASSÍNDETO
“TEM QUE SER SELADO, REGISTRADO, CARIMBADO / AVALIADO, ROTULADO SE
QUISER VOAR! / SE QUISER VOAR / PRA LUA: A TAXA É ALTA / PRO SOL: IDENTIDADE /
MAS JÁ PRO SEU FOGUETE VIAJAR PELO UNIVERSO / É PRECISO MEU CARIMBO
DANDO O SIM / SIM, SIM, SIM” (CARIMBADOR MALUCO — RAUL SEIXAS)

Ocorre quando um conectivo é excluído da frase (como o “e”), a fim de trazer uma sequência de
informações. Geralmente, é substituído por uma vírgula. É o contrário do que ocorre com o
polissíndeto.
22. ANACOLUTO
“UMAS CARABINAS QUE GUARDAVA ATRÁS DO GUARDA-ROUPA, A GENTE BRINCAVA
COM ELAS, DE TÃO IMPRESTÁVEIS.” (JOSÉ LINS DO REGO)

Trata-se de uma alteração na estrutura da frase, a qual é interrompida por algum elemento inserido
de forma “solta”. Alguns estudiosos defendem que o anacoluto é um erro gramatical.

FIGURAS DE PENSAMENTO
23. ANTÍTESE
“NÃO EXISTIRIA SOM SE NÃO / HOUVESSE O SILÊNCIO / NÃO HAVERIA LUZ SE NÃO /
FOSSE A ESCURIDÃO / A VIDA É MESMO ASSIM / DIA E NOITE, NÃO E SIM” (CERTAS
COISAS — LULU SANTOS)

O uso de palavras com sentidos opostos é outro possível recurso para fortalecer o discurso e deixar
um ponto de vista ainda mais claro. A antítese é, justamente, o contraste que ocorre quando os
termos estão bem próximos e acentuam a expressividade do período.

Curiosamente, a antítese é marco da escrita barroca, tida como a arte do contraste, mas ainda tem
espaço na escrita atual, principalmente no contexto digital. O contraste, além de enfatizar o sentido
das palavras, esclarece que a divergência entre elas é o que garante, de certa forma, o argumento
colocado.

24. PARADOXO
“SE VOCÊ QUISER ME PRENDER, VAI TER QUE SABER ME SOLTAR” (TIRANIZAR —
CAETANO VELOSO)

O termo, formado pelo prefixo “para”, que indica “contrário a”, e o sufixo “doxa”, que quer dizer
“opinião”, é consagrado pelos filósofos e seus sentidos vão além do uso na escrita.

Apesar de ser parecido com a antítese, o paradoxo é uma figura de linguagem usada para transmitir
sentidos opostos em uma mesma construção sintática. As duas ideias devem estar na mesma frase
para expressar essa contradição lógica e, geralmente, estão lado a lado.

No exemplo acima, o paradoxo é produzido pela oposição lógica das palavras “prender” e “soltar”.
Outros bons exemplos são: “O riso é uma coisa séria”, “O melhor improviso é aquele que é mais
bem preparado” e “(O amor) é ferida que dói e não se sente”, de Luís de Camões.

25. GRADAÇÃO OU CLÍMAX


“MAIS DEZ, MAIS CEM, MAIS MIL E MAIS UM BILIÃO, UNS CINGIDOS DE LUZ, OUTROS
ENSANGUENTADOS.” (OCIDENTAIS — MACHADO DE ASSIS)

Ao pensarmos na apresentação de ideias, a gradação é uma figura de linguagem que propõe a


organização das palavras de acordo com a progressão — ascendente ou descendente — dos
conceitos. O clímax é obtido com a gradação ascendente, enquanto o anticlímax é a organização
de forma contrária.
26. PERSONIFICAÇÃO OU PROSOPOPEIA
“AS CASAS ESPIAM OS HOMENS / QUE CORREM ATRÁS DAS MULHERES” (POEMA DE
SETE FACES — CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE)

Personificar é atribuir características humanas e qualidades a objetos inanimados e irracionais.


Também parece pouco usual, mas acontece mais do que imaginamos. É comum conceder
sentimentos, ações, sensações e gestos físicos e de fala a objetos.

No trecho do poema, a prosopopeia é percebida no ato de dar ação à casa, que teria a qualidade
de espiar os homens.

27. IRONIA
“MOÇA LINDA BEM TRATADA, / TRÊS SÉCULOS DE FAMÍLIA, / BURRA COMO UMA
PORTA: UM AMOR!” (MOÇA LINDA BEM TRATADA — MÁRIO DE ANDRADE)

Na ironia, o interlocutor diz uma coisa, mas o significado é outro. Ela é muito conhecida e utilizada
no dia a dia, mas ainda pode gerar certa confusão — principalmente na língua escrita. É utilizada
para se expressar de forma sarcástica ou bem-humorada, além de servir como disfarce ou
dissimulação.

28. APÓSTROFE
“OH! DEUS, PERDOE ESTE POBRE COITADO / QUE DE JOELHOS REZOU UM BOCADO /
PEDINDO PRA CHUVA CAIR SEM PARAR” (SÚPLICA CEARENSE — LUIZ GONZAGA)

Trata-se da figura utilizada para invocação ou chamamento. Também é usada para indicar
surpresa, indignação ou outro sentimento. Um exemplo muito comum é a expressão “minha Nossa
Senhora!”, usada quando alguém se espanta com algo.

29. ALUSÃO
“ELES ESTAVAM APAIXONADOS COMO ROMEU E JULIETA.”

A alusão é um recurso utilizado para fazer referência ou citação, relacionando uma ideia a outra —
o que pode ocorrer de forma explícita ou não. Ao fazer referência a um acontecimento, pessoas,
personagens ou outros trabalhos, a alusão ajuda no entendimento da ideia que se deseja passar.

No caso do exemplo acima, o objetivo é explicar tamanha paixão que uma pessoa sente pela outra.

30. QUIASMO
“CHEGUEI. CHEGASTE / TU VINHAS FATIGADA E TRISTE / E TRISTE E FATIGADO EU
VINHA.” (NO MEIO DO CAMINHO — OLAVO BILAC)

O quiasmo ocorre quando existe um cruzamento de palavras (ou expressões), fazendo com que
elas se repitam. Geralmente é usado para enfatizar algum feito. Um bom exemplo de como ele é
usado no dia a dia: “Ele quase não sai. Vai de casa para o trabalho, do trabalho para casa.”.

FIGURAS SONORAS
31. CACOFONIA
“ALMA MINHA GENTIL, QUE TE PARTISTE / TÃO CEDO DESTA VIDA DESCONTENTE, /
REPOUSA LÁ NO CÉU ETERNAMENTE, / E VIVA EU CÁ NA TERRA SEMPRE TRISTE” (LUÍS
DE CAMÕES)

Na cacofonia, a junção de duas palavras (as últimas sílabas de uma + as sílabas iniciais da outra)
pode tornar o som diferente e criar um novo significado — ela é percebida ao falar, com o som
fazendo parecer algo diferente do que realmente foi dito.

Nos versos acima, a cacofonia acontece logo no início: “alma minha“. Veja alguns exemplos de
cacofonia que podemos produzir até mesmo sem perceber no dia a a dia:

• “EU BEIJEI A BOCA DELA“ (cadela);


• “A PROVA VALIA 5 PONTOS, UM POR CADA ACERTO” (porcada);
• “ELA TINHA UMA SAIA LONGA” (latinha);
• “VOU TE DAR UMA MÃO NESSA TAREFA” (mamão).

32. ONOMATOPEIA
“PASSA, TEMPO, TIC-TAC / TIC-TAC, PASSA, HORA / CHEGA LOGO, TIC-TAC / TIC-TAC,
E VAI-TE EMBORA” (O RELÓGIO — VINÍCIUS DE MORAES)

A onomatopeia é um recurso utilizado com o objetivo de reproduzir um barulho, som ou ruído. É


muito usada em histórias. No trecho do poema acima, a onomatopeia “tic-tac” se refere ao barulho
que o relógio faz.

33. ALITERAÇÃO
“LÁ VEM O PATO / PATA AQUI, PATA ACOLÁ / LÁ VEM O PATO / PARA VER O QUE É QUE
HÁ” (O PATO — VINÍCIUS DE MORAES)

Aliteração é quando se faz a repetição do som de uma consoante na mesma frase. É usada para
dar ênfase ao texto e para criar trava-línguas. Ela tem a sonoridade como base, o que ajuda a ditar
o ritmo.

Exemplos bem conhecidos de aliteração:

• “O RATO ROEU A ROUPA DO REI DE ROMA”;


• “QUEM COM FERRO FERE, COM FERRO SERÁ FERIDO”.

34. ASSONÂNCIA
A assonância é parecida com a aliteração, mas ocorre quando existe a repetição da vogal tônica
ou de sílabas com as mesmas consoantes e vogais distintas. Como no exemplo a seguir, em que
há repetição das mesmas consoantes com vogais diferentes:

“É A MODA / DA MENINA MUDA / DA MENINA TROMBUDA / QUE MUDA DE MODOS / E DÁ


MEDO” (MODA DA MENINA TROMBUDA — CECÍLIA MEIRELES)

Apesar de não estarem restritos à oralidade, os recursos sonoros em textos escritos podem
complicar um pouco mais a compreensão do texto, por isso, não são tão aproveitados.
35. PARONOMÁSIA
“ENQUANTO É TÃO CEDO / TÃO CEDO / ENQUANTO FOR… UM BERÇO MEU /
ENQUANTO FOR… UM TERÇO MEU / SERÁS VIDA… BEM-VINDA / SERÁS VIVA… BEM
VIVA / EM MIM” (REALEJO — O TEATRO MÁGICO)

Consiste no uso de palavras iguais ou com sons semelhantes, mas que têm sentidos diferentes.
Um exemplo de como ela é utilizada no cotidiano é o velho provérbio “quem casa, quer casa”, no
qual a mesma palavra diz respeito ao casamento e à moradia.

Ortografia

REGRAS DE USO DO S E Z

O emprego das letras S e Z gera várias dúvidas para quem escreve. Isso
acontece porque em algumas palavras o s tem som de z.

As regras do uso do S são:

1° A ortografia indica que se usa S nos sufixos oso, enso, osa que formam
adjetivos.

Exemplo: guloso, bondosa, catarinense.

2º Usa-se s nos sufixos ês, esa, isa quando indicam nacionalidade, origem ou
título.

Exemplo: francês, japonesa, poetisa.

3º Usa-se s após os ditongos


Exemplo: coisa, faisão, maisena.

4º Usa-se s nas conjugações dos verbos pôr e querer

Exemplo: quiseram, pôs.

As regras do uso do z são:

1º Usa-se z nos sufixos ez, eza quando formam substantivos derivados de


adjetivos.

Exemplo: timidez, tristeza, dureza, moleza.

2º Usa-se z nos sufixos izar quando formam verbo.

Exemplo: alfabetizar, realizar, visualizar.

Regras do uso do g e j
O uso de g ou j também gera dúvidas nos falantes da língua inglesa. Isso
também acontece devido à semelhança no som que é produzido em
algumas palavras.

As regras do uso do g são:

1º Usa-se g em palavras terminadas em: ágio, égio, ígio, ógio, úgio.

Exemplo: estágio, relógio, refúgio.

2º Usa-se g em substantivos terminados em -gem.

Exemplo: vertigem, barragem, paisagem.

As regras do uso do j são:

1º Usa-se j em palavras de origem indígena.

Exemplo: pajé, jenipapo.


2º Usa-se j em palavras de origem africana.

Exemplo: jabá, jiló, jongo.

Observações:

1º O verbo viajar conjugado no presente do subjuntivo é escrito com j.


Exemplo: Que eles Viajem logo.

2º Os verbos no infinitivo escritos com g antes do e ou i devem ser escritos com


j antes do a ou do o. Exemplo: agir - ajam, ajo.

Regras do uso de x e ch

Os sons do x e ch em algumas palavras também podem ser bem parecidos.


Por isso as regras de emprego são:

Regras de uso do x

1º Usa-se x após ditongos.

Exemplo: peixe, ameixa caixa.

2º A ortografia indica que se usa x depois da sílaba -me.

Exemplo: mexido, mexicano, mexerica.


3º Usa-se x depois da sílaba -en.

Exemplo: enxada, enxurrada, enxame.

4º Usa-se x em palavras de origem africana, indígena e outras palavras


estrangeiras que foram aportuguesadas.

Exemplo: Xangô, xampu, xará.

Exceções:

1º Encher e derivados;

2º Recauchutar e derivados;

3º Palavras iniciadas por ch e que recebem o prefixo -en.

Regras de uso do ch

1º Usa-se ch em palavras de origem estrangeira.

Exemplo: salsicha, sanduíche.

2º Usa-se ch em palavras derivadas do latim e que são escritas com pl, cl e fl.

Exemplo: Chama (flama), chuva (pluvia).

Regras de uso do h

A letra h não tem valor fonético, mas a sua utilização ficou marcada pela
força da etimologia. As regras de uso são:

1º Usa h em inícios de palavras por questões etimológicas.


Exemplo: hoje, homem, hábito, homologar herói.

2º Usa-se h nos dígrafos ch, lh, nh.

Exemplo: amanhã, chave, cachaça.

3º A ortografia indica que se usa h no início ou fim de interjeições.

Exemplo: Ah! Hum!

4º Em palavras compostas ligadas por hífen em que o segundo elemento


começa com h.

Exemplo: pré-histórico, super-homem.

Atenção!

Por razões etimológicas, a palavra Bahia quando se referir ao estado brasileiro


é escrito com a letra h. Quando se tratar de um acidente geográfico ela não
receberá a letra e sua grafia será baía.

Regras do Hífen

Emprego em palavras compostas

1. Para ligar as partes de adjetivos compostos


Exemplos: O tênis é verde-claro. / O estádio é luso-brasileiro.
2. Nas palavras compostas por justaposição, sem elemento de ligação,
quando o primeiro termo está representado por forma substantiva,
adjetiva, numeral ou verbal
Exemplos: amor-perfeito / boa-fé / decreto-lei / primeiro-ministro /
guarda-noturno

3. Exceções! (formas consagradas pelo uso)


o mandachuva
o paraquedas
4. Nas palavras compostas sem elemento de ligação quando o primeiro
elemento está representado pelo advérbio MAL e o segundo
elemento começa por VOGAL, H ou L
Exemplos: mal-afortunado / mal-humorado / mal-limpo
5. Nas palavras compostas sem elemento de ligação quando o primeiro
elemento está representado pelo advérbio BEM
Exemplos: bem-estar / bem-humorado / bem-vindo
6. Nos nomes geográficos, também conhecidos como Topônimos,
compostos pelas formas GRÃ, ou por forma verbal, ou aqueles ligados
por artigo
Exemplos: Grã-Bretanha / Passa-Quatro / Entre-os-Rios
7. Nos compostos que designam espécies botânicas, zoológicas e áreas
afins, ligados ou não por preposição ou outro elemento.
EXEMPLOS: bola-de-neve (arbusto) / bico-de-papagaio (arbusto) / bola
de neve (gelo) / bico de papagaio (doença)

Quando NÃO usar o hífen em palavras compostas

1. Não se usa hífen nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais,


adverbiais, prepositivas ou conjuncionais.
Exemplos: fim de semana / cão de guarda / mestre de obra / mão de
obra / cor de laranja / sala de jantar / dia a dia
Exceções! (formas consagradas pelo uso)
o água-de-colônia
o cor-de-rosa
o pé-de-meia
o arco-da-velha
o mais-que-perfeito
o ao deus-dará
o à queima-roupa
2. Não se usa hífen com as palavras NÃO e QUASE.
Exemplos: não agressão / não fumante / não violento / quase delito /
quase domicílio
3. Não se usa hífen quando o 1º elemento termina por vogal e o 2º
elemento começa por vogal diferente.
Exemplos: aeroespacial / agroindustrial / socioeconômico/
neoimperialismo / sobreaquecer / semiárido
4. Não se usa hífen quando o 1º elemento termina por vogal e o 2º
elemento começa por R ou S, devendo estas consoantes duplicarem-
se.
Exemplos: ultrassonografia / antirreligioso / antessala /
autorregulamentação / contrarregra / contrassenha
Emprego em palavras formadas por prefixos

1. Nas formações em que o segundo elemento começa por h.


Exemplos: anti-higiênico / circum-hospitalar / co-herdeiro/ contra-
harmônico/ pré-história / super-homem
2. Nas formações em que o prefixo termina na mesma letra com que se
inicia o segundo elemento.
Exemplos: anti-ibérico / contra-almirante / auto-observação / micro-
ondas / sub-bairro / ad-digital / circum-navegação / hiper-realista
Exceção! O prefixo co- aglutina-se com o segundo elemento mesmo
quando iniciado por “o”
Exemplos: coocupante / coordenar / cooperação / cooperar
3. Nas formações em que o prefixo terminar com b ou d, quando
seguidos de radical iniciado por R.
Exemplos: ab-rupto / ob-rogar / sub-região / sob-roda / ad-renal
4. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-, quando o segundo
elemento tem vida à parte.
Exemplos: pós-graduação / pós-tônico / pré-escolar / pré-natal / pró-
africano / pró-europeu
Exceções! (formas consagradas pelo uso)
o preconceito
o prever
o pospor
5. Nas formações com os prefixos pan- e circum-, quando o segundo
elemento for iniciado por vogal.
Exemplos: pan-americano / pan-arabismo / circum-ambiente
6. Nas formações com os prefixos ex- (com o sentido de estado anterior),
sota-, soto-, vice-, recém-, além-, sem-.
Exemplos: ex-almirante / ex-diretor / ex-hospedeira / ex-rei / ex-
presidente / ex-primeiro-ministro / sota-piloto / soto-mestre / vice-
presidente / vice-reitor / recém-chegado / recém-aberto / além-mar /
sem-vergonha / sem-sal / sem-teto / sem-terra

Quando NÃO usar o hífen em palavras formadas por prefixos

1. Nas formações com os prefixos DES e IN quando o segundo elemento


perde o H inicial.
Exemplos: desumano / desumidificar / inábil

2. As palavras com o prefixo re- continuam sendo escritas sem o hífen,


mesmo quando a 2ª palavra começa pela vogal “e” (consagração
pelo uso)
Exemplos: reescrita / reeleito / reerguer / reelaborar
Na língua portuguesa, existem 4 tipos de porquês (por que, porque, por quê
e porquê) que são empregados da seguinte forma:
• Por que: utilizado em perguntas. Exemplo: Por que não voltamos para a
casa?
• Porque: utilizado em respostas. Exemplo: Porque agora não temos
tempo.
• Por quê: utilizado em perguntas no fim das frases. Exemplo: Você não
gosta dessa matéria, por quê?
• Porquê: possui o valor de substantivo e indica o motivo, a razão.
Exemplo: Gostaria de saber o porquê dele não falar mais comigo.
Quando usar Por que?
"Por que" separado e sem acento é usado no início das frases interrogativas
diretas ou no meio, no caso de frases interrogativas indiretas.

Assim, utilizamos o "por que" em perguntas ou como pronome relativo, com o


sentido de "por qual e "pelo qual".
• Por que ele não voltou mais?
• Por que isto é tão caro?
• Queria saber por que você não me telefonou ontem.
Quando usado no meio das frases, "por que" tem a função de pronome
relativo. Pode ser substituído por "por qual e "pelo qual".

Exemplos:
• O local por que passei é muito bonito. (O local por qual passei é muito
bonito.)
• A razão por que sobra sempre para mim, eu não sei. (A razão pela qual
sobra sempre para mim, eu não sei.)
• Não sei o motivo por que as pessoas têm dúvidas. (Não sei o motivo pelo
qual as pessoas têm dúvidas.)
Quando usar Porque?
"Porque", escrito junto e sem acento, é utilizado em respostas. Ele exerce a
função de uma conjunção subordinativa causal ou coordenativa explicativa.
Pode ser substituído por palavras, como “pois”, ou pelas expressões “para
que” e “uma vez que”.

Exemplos:
• Não fui à escola ontem porque fiquei doente.
• Leve o casaco porque está frio.
• Não preciso de mais exemplos, porque já entendi.

Quando usar Por quê?


"Por quê", escrito separado e com acento circunflexo, é usado em perguntas
no fim das frases interrogativas diretas ou de maneira isolada.
Antes de um ponto mantém o sentido interrogativo ou exclamativo.
Exemplos:
• O almoço não foi servido por quê?
• Andar a pé, por quê?
• Não vai errar mais? Por quê?

Quando usar Porquê?


"Porquê", escrito junto e com acento circunflexo, possui o valor de
substantivo na frase e significa “motivo” ou “razão”.
Ele aparece nas sentenças precedido de artigo, pronome, adjetivo ou
numeral com objetivo de explicar o motivo dentro da frase.

Exemplos:
• Não foi explicado o porquê de tanto barulho na noite de ontem.
• Queria entender o porquê de isto estar acontecendo.
• Você pode me explicar o porquê de tanta gente complicar algo fácil?

Sessão: tem sentido de reunião ou algo que você faz sentado, já que a
palavra é derivada do latim “sessio”, que significa “sentar-se”. Cessão: tem
sentido de ceder, doar, transferir algo a alguém, encerrar. Seção: tem sentido
de separar, repartição.

Apesar das pronúncias serem completamente iguais, os significados das expressões


“acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de” são bastante diferentes.

Vejamos:

A cerca de, escrito assim, separado, significa “perto de”, “aproximadamente”,


“próximo de”:

a) Brasília fica a cerca de 208 km de Goiânia.


b) O rapaz foi encontrado a cerca de 10 metros do local.
c) Vamos, ela está a cerca de dois passos daqui.

Acerca de tem significado de “a respeito de” ou “sobre”:

a) Estávamos conversando acerca da viagem.


b) Ninguém disse nada acerca do que aconteceu com aquela família.
c) Elas jogam conversas fora acerca de muitas coisas.
Há cerca de por apresentar o verbo “haver” tem sentido de tempo decorrido, logo,
significa “desde aproximadamente”, “faz aproximadamente”:

a) O curso foi lançado há cerca de dois anos.


b) Há cerca de duas semanas que não vejo Maria.
c) Não faço ginástica há cerca de 5 anos.

Não confunda o significado de “a cerca de” com “há cerca de”. O primeiro faz relação
com a distância e o segundo com o tempo. Assim também, sempre quando houver
dúvidas, faça a seguinte averiguação:

1.Tem relação com distância? Se sim, use a cerca de.


2.Tem relação com tempo e pode ser substituído por “faz”? Se sim, use há cerca de.
Veja: Não chove no Nordeste há cerca de dois meses = Não chove no Nordeste faz
aproximadamente dois meses.

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