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B) A oração subordinada apositiva "dê o destino , certo para o seu lixo" está subordinada à
principal 'Não jogue no chão o seu papel de cidadão".
C) A oração adjetiva restritiva "dê o destino certo para o seu lixo" está subordinada à principal
"mantenha a cidade limpa".
Mortal Kombat nasceu em 1992 como uma das franquias mais lucrativas e polêmicas da
história dos games. Foi o primeiro jogo a conseguir transpor captura de movimentos de
atores reais para dentro de uma máquina de fliperama, fazendo dele um título realista em
meio a jogos que eram basicamente pontos sugestivos em tela. Por conta disso, é até irônico
que haja a vontade de fazer o caminho inverso e levar tais personagens para a telona. Já em
1995, o primeiro filme de Mortal Kombat foi lançado com o desafio de manter o nível do
Jogo, mas ainda focado na audiência jovem (quase infantil) dos arcades, É por isso que ele é
mais uma comédia com artes marciais que uma ação propriamente dita. Agora, em, 2021, o
diretor Simon McQuoid quer fazer algo completamente diferente disso.
O diretor está estreando no mundo dos longas- metragens, mas já é um velho conhecido de
quem curte games, ao menos nos Estados Unidos. Isso porque ele fez uma série de
comerciais para grandes empresas de jogos como PlayStation, da série Halo e também de
Call of Duty. Já Garner e Wan são fichas carimbadas de grandes produções. O primeiro
trabalhou em nomes como Armagedor, Conair, Pearl Harbor e XXX. Já o segundo é
conhecido por trabalhar em grandes séries de filmes de terror como o Jogos Mortais e, fora
do gênero, Aquaman. Diante de tanto conteúdo, é possível saber bem do que se trata Mortal
Kombat de 2021.
Um dos pontos mais visíveis é que aquele cenário mais cômico do filme de 1995 não aparece
por aqui. A trama começa mais introspectiva, emotiva, focada na narrativa dos personagens.
Não que fuja das boas cenas de ação, mas, sinceramente, minha expectativa era de ver mais
pulos e movimentos. O que não foi, nem de longe, um problema. Inclusive, este é um ponto
De fato, a série tem mais de dezenas de personagens, sendo uns mais cruciais para a trama,
como Scorpion, Sub-Zero, Raiden e Sanya, que outros. Nesse filme de 2021, ainda há m novo
nome: Cole Young. O personagem é um at e a e artes marciais que descobre fazer parte de
uma linhagem de lutadores. Tecnicamente, ele funciona como um mecanismo de roteiro que
representa o espectador desavisado no filme. Ou seja, é pelos olhos de Young que os
roteiristas explicam cada conceito, apresentam personagens e ditam o ritmo da trama.
"Contudo, ele é mais que isso". aponta Garner. Há um mistério cm redor de Young que
também segura a atenção da audiência.
Os 13 primeiros minutos são voltados para um olhar mais intimista e emotivo de todos eles,
mesclados com ·cenas de ação em um bom ritmo. Algo que lembra a produções do Universo
Cinematográfico da Marvel. Aliás, o MCU é uma inspiração para os produtores, que querem
fazer algo parecido com a franquia Mortal Kombat (quem não quer copiar uma ideia como o
MCU que se tornou a mais rentável do cinema?). "Eu trabalhei por 10 anos na Disney,
admiro demais o trabalho do Kevin [Feige]. Ele trouxe uma expansão para o cinema, com
Thor, Pantera Negra, Falcão. Personagens que não tinham espaço. Antes era Homem-Aranha
e pronto. Eu quero que outros personagens também tenham projeção , aponta Garner.
Mortal Kombat estreia nos cinemas brasileiros em 15 de abril. O filme não terá lançamento
por aqui em plataformas de streaming.
2. Embora a expressão referencial "a trama" seja explicitada pela primeira vez apenas no
terceiro parágrafo, ela fora introduzida indiretamente no discurso por meio de outra
expressão linguística explicitada em um momento anterior a ela. A expressão em questão é:
A) O filme (título).
B) Uma das franquias mais lucrativas e polêmicas da história dos games (primeiro parágrafo).
3. De acordo com o texto, sobre o filme Mortal Kombat de 2021, pode-se AFIRMAR que:
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contra-lixo-na-natureza/
A) É verdadeira apenas I.
O homem e naturalmente feito para a sociedade política ( ... ) A sociedade que se formou da
reunião de várias aldeias constitui a cidade, que tem a finalidade de se bastar a si mesma,
sendo organizada não apenas para conservar a existência, mas também para o bem-estar"
(Aristóteles em "A política"). Por outras palavras; o homem é um cidadão e como tal usufrui
de direitos, mas também cumpre deveres. Os deveres do homem como membro de uma
sociedade de um Estado, de um país, são fundados em valores, portanto valores cívicos.
É suposto o Estado ter como finalidade a realização do bem comum dos seus cidadãos,
promovendo o seu crescimento material e espiritual. Para este desiderato, cada cidadão
deve exercer o seu papel individual e coletivamente. Uma das formas que corporiza esse
exercício é a observância prática dos valores morais, o usufruto dos direitos e o
cumprimento dos deveres para com o trabalho, a família, o Estado e outros entes
socialmente aceitos.
A) Uma pontuação adequada para o propósito comunicativo e linguístico do texto poderia ser:
"Lixo não tem pé! Acerte na lata!".
B) Uma pontuação adequada para o propósito comunicativo e linguístico do texto poderia ser:
"Lixo não tem pé! Acerte na lata?"
C) Uma pontuação adequada para o propósito comunicativo e linguístico do texto poderia ser:
"Lixo não tem pé. Acerte na lata."
D) Uma pontuação adequada para o propósito comunicativo e linguístico do texto poderia ser:
"Lixo não tem pé, acerte na lata."
TEXTO I
Idosos são mais propensos a espalhar notícias falsas Um estudo apontou que pessoas com
mais de 65 anos são mais propensas a divulgar na internet notícias falsas, também chamadas
de "fake news". O artigo - assinado por Andrew Guess, da Universidade Princeton, e
Jonathan Nagler e Joshua Tucker, da Universidade de Nova York (NYU), ambas nos EUA - foi
publicado pela revista científica Science Advances na última quarta-feira (9). Nele, os autores
analisaram as publicações de um grupo de usuários do Facebook durante a campanha
presidencial americana, em 2016. A pesquisa concluiu que, de forma geral, o
"compartilhamento de artigos de sites de notícias falsas foi uma atividade rara".
"A ampla maioria dos usuários do Facebook no nosso banco de dados (91,5%) não divulgou
nenhum artigo de portais de notícias falsas em 2016", dizem os autores. Mas o estudo
identificou que os usuários na www.pciconcursos.com.br faixa etária mais velha, acima dos
65 anos, compartilharam sete vezes mais artigos de portais de notícias falsas do que o grupo
etário mais jovem (18 a 29 anos). Dentre os que divulgaram notícias falsas, havia mais
eleitores do Partido Republicano (38 usuários) - grupo político do presidente Donald Trump -
do que do Partido Democrata (17).
Ao todo 18,1% dos eleitores republicanos analisados pelo estudo divulgaram notícias falsas,
ante 3,5% dos eleitores democratas. Para definir quais sites eram difusores de "fake news",
os autores se basearam em listas de acadêmicos e jornalistas, entre os quais uma elaborada
pelo jornalista Craig Silverman, do portal BuzzFeed. Influência de "fake news" em eleições A
eleição de Trump - assim como a de Jair Bolsonaro (PSL) no Brasil - foi marcada por
discussões sobre a possível influência das chamadas "fake news" - conteúdos falsos
divulgados como se fossem notícias verdadeiras, muitas vezes para gerar receitas
publicitárias.
Alguns analistas afirmaram que esses conteúdos tiveram um impacto que pode ter afetado o
resultado eleitoral nos EUA em 2016. Os autores do artigo dizem, porém, que estudos
indicam que esses argumentos "são exagerados". A pesquisa afirma ainda que as pessoas
que compartilhavam mais notícias eram em geral menos propensas a divulgar conteúdos
falsos.
"Esses dados são consistentes com a hipótese de que pessoas que compartilham muitos links
têm mais familiaridade com o que elas estão vendo e são mais aptas a distinguir notícias
falsas de notícias reais", diz o estudo. Os autores apontam, porém, que não foi possível
descobrir se os participantes sabiam que estavam divulgando notícias falsas.
Os pesquisadores dizem também que os achados indicam que questões demográficas devem
ser mais enfocadas em pesquisas sobre o comportamento político, conforme a população
americana envelhece e a tecnologia muda com grande velocidade.
a) Para definir quais sites eram difusores de "fake news", os autores se basearam em listas de
acadêmicos e jornalistas.
d) Os autores apontam, porém, que não foi possível descobrir se os participantes sabiam que
estavam divulgando notícias falsas.
a) O verbo ser, no trecho “Esses dados são consistentes com a hipótese”, está flexionado de
forma correta.
b) O verbo saber, no trecho “não foi possível descobrir se os participantes sabiam que estavam
divulgando notícias falsas”, está no modo subjuntivo.
c) O verbo dizer, no trecho “os pesquisadores dizem também que os achados indicam”, está no
presente do indicativo.
d) O verbo ser, no trecho “conteúdos falsos divulgados como se fossem notícias verdadeiras”,
está no pretérito imperfeito do subjuntivo.
10. Alguns trechos do texto foram reescritos e a pontuação, alterada. Tome por base as
regras de pontuação e assinale a alternativa em que se encontra inadequação.
a) Os autores do artigo dizem, porém, que estudos indicam que esses argumentos "são
exagerados".
b) A eleição de Trump - assim como a de Jair Bolsonaro (PSL) no Brasil - foi marcada por
discussões sobre a possível influência das chamadas "fake news".
d) Para definir quais sites eram difusores de "fake news", os autores se basearam em listas de
acadêmicos e jornalistas.
11. Segundo Cunha e Cintra (2008), quanto à predicação, os verbos nocionais se dividem em:
a) Intransitivos e transitivos.
b) Apenas intransitivos.
- Letra A! Aonde você vai? - À praia! Vou ver a crase. - Este é o caminho do campo. - Ao
campo eu não vou! A crase me quer à meia-noite, em frente à orla, para um bife à
parmegiana, à luz da lua. - Às vezes as crases são muito exigentes!
a) Fática.
b) Metalinguística.
c) Emotiva.
d) Expressiva.
14. De acordo com as regras do uso do acento grave indicador de crase e tendo em
consideração o contexto da tirinha, é CORRETO afirmar que:
c) No quadrinho 3, não deveria haver crase na expressão “a parmegiana”, pois é uma palavra
de origem italiana.
d) No quadrinho 1, a crase encontra-se inadequada, pois o verbo “ir” não rege a preposição
“a”.
- Ah! Estou vendo que o seu rádio também tem o selinho “MADE IN JAPAN”! - _________
‘também’? - Olha aqui, está vendo? “MADE IN JAPAN”. Minha lanterna também é ‘MANDE
IN JAPAN’. - O isqueiro do meu pai também, a máquina fotográfica, os óculos, meus
brinquedos a pilha... Tudo tem o selinho “MADE IN JAPAN”! -? -É diferente! QUE SUSTO!
http://cachinhosleitores.blogspot.com/2013/01/um-ano-novomafaldiano-para-todos-
nos.html. Acesso em 12 jan. 2019.
a) Por que.
b) Por quê.
c) Porque.
d) Porquê
Exortação
Raul de Leoni
O que te infelicita é sempre a ingrata Aspiração de uma alma diferente, E meditares tua
força inata Querendo transformá-la de repente!
Deixa-te ser!...e vive distraído Do enigma eterno sobre que repousas Sem nunca interpretar
o teu sentido!
E terás, de harmonia com tua alma Essa felicidade ingênua e calma, Que é a tendência
recôndita das coisas.
17. A oração com que o autor inicia a poesia tem valor de:
a) ordem e conselho.
b) desejo e negação.
c) dúvida e interrogação.
d) conselho e desejo.
18. Assinale a alternativa CORRETA conforme a função sintática dos termos grifados:
19. . Em “...as empregadas das casas saem apressadas, de latas e garrafas nas mãos, para a
pequena fila do leite.” Os termos destacados são, respectivamente:
22. Assinale a alternativa que completa a frase: “_______não venho mais? Não venho______
já não aguento responder aos_______ de sua esposa.”
24. “Aquele terrível monarca reuniu quanta gente a Terra possuía para atacar o inimigo.”
Assinale a figura de pensamento contida na frase.
a) hipérbole
b) eufemismo
c) antítese
d) apóstrofe 10.
SILVA, S. R. Ética pública e formação humana. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial,
p. 645-665, out. 2006. p. 648-649. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br (com
adaptações).
b) São moldadas por fatores externos à atividade humana e, portanto, escapam ao controle
dos indivíduos que a constituem.
27. Acerca dos propósitos, gerais ou específicos, é CORRETO afirmar que o texto:
a) Aponta que as sociedades são organizadas pelas relações estáveis entre poder econômico,
político, técnico-científico, comunicativo e bélico.
b) Argumenta que a correlação dissonante de forças nas sociedades tem implicações sobre a
ordem social em um dado momento histórico.
c) Lança a tese de que a história é moldada pelo acaso, o que permite o surgimento de fatos
novos sem ligação com eventos anteriores.
d) Apresenta uma visão normativa da sociedade, pois somente o controle das forças
econômicas e éticopolíticas garante uma sociedade justa.
28. Conforme o texto, uma das propriedades que define o poder público é:
b) Do estabelecimento de um corpo de leis que define como os bens sociais serão apropriados.
a) Finalidade.
b) Causalidade.
c) Condicionalidade.
d) Proporcionalidade.
33. O sinal indicativo de crase está corretamente empregado em todas as suas ocorrências
somente no item:
b) O controle das forças de transformação social ilude àqueles que se aventuram à tarefa vã de
manter os valores e costumes imutáveis.
c) Frente à grande batalha pela igualdade social, o indivíduo se vê subjugado pelas forças
históricas que o levam à falta de esperança.
b) A última vírgula separa uma expressão apositiva, portanto está adequadamente empregada.
c) Para tornar o trecho gramaticalmente correto, seria necessária a substituição da vírgula logo
após a palavra “radical” por ponto e vírgula.
d) A vírgula logo após a palavra “ético-políticas” poderia ser eliminada sem prejuízo para a
correção gramatical do período.
c) Certamente o maior entrave para a tão sonhada igualdade social passa pela justa partilha
dos bens de produção e da propriedade privados.
Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta
anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal,
vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida
como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização.
Acorda, donzela...
Aqui se estrepou...
Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e
reticências:
Anjo adorado!
Amo-lhe!
Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de
sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para
umas certidõesinhas, explicou. Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga
atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel
trancou o escritório, fechou a carranca e disse:
- A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural,
não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize. Parou.
- Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a
audácia de o declarar... Pois agora…
O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para
a rua, sondando uma retirada estratégica.
O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si,
comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:
- Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora
vejo com que injustiça o julgam aí fora!…
- Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!
O velho fechou de novo a carranca. - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este
bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo
“amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do
Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).
(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português
do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São
Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.)
a) O enunciado “Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da
gramática” manifesta o respeito que Aldrovando Cantagalo conservava pela normatividade
gramatical.
c) No excerto “fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem
merecida canonização”, Lobato sugere que Aldrovando Cantagalo foi um santo, por suportar
as críticas que lhe lançavam comumente durante a sua vida de “mártir da gramática”.
a) O tempo verbal expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi
completamente terminado.
b) O tempo verbal manifesta ação pretérita concluída antes de outra ação do passado ter se
iniciado.
c) A locução verbal destacada é formada pela terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do
indicativo, eliminando-se a terminação – AM e adicionando o sufixo adequado.
d) O verbo neste tempo deve formar-se com o verbo auxiliar “ter” (ou “haver” na linguagem
formal) no pretérito imperfeito, seguido do particípio passado do verbo principal.
b) O pronome oblíquo átono presta-se, neste caso, a fazer referência a “a filha dele”.
c) Refere-se a “Coronel Triburtino”, funcionando como adjunto adnominal com ideia de posse.
d) Diz respeito a “Coronel Triburtino”, com a mesma função possessiva do “lhe” na frase
“Amo-lhe!”.
39. Assinale a opção que reescreve o enunciado “Sapecado a medo num velho pinho de
empréstimo.”, atualizando-o para um uso contemporâneo e informal da língua portuguesa.
b) Mais do que um advérbio locativo, o termo porta uma noção de tempo, como se fosse
“Nessa hora, ele se estrepou”.
c) O advérbio locativo aqui encontra a sua máxima realização, neste trecho, na qualidade de
advérbio de modo, como se fosse “desse modo”.
41. Marque a alternativa que identifica a negociação de sentidos engatilhada pelo termo
destacado no excerto, ao exprimir oposição, contraste, ressalva, compensação: “Apesar
disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha.”
a) Contraposto ao fato de o rapaz estar ressabiado, está o fato de o pai justificar o chamado
por causa de “umas certidõesinhas”.
b) “O moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha” mesmo que “Para abrir o
jogo *bastasse+ esse movimento de peão”.
c) O que se contrapõe ao enunciado em que o rapaz está “com a pulga atrás da orelha” é o
fato de o pai têlo chamado à sua presença, o que o amedrontava.
b) O que junta as pessoas é o que não se consegue ser: o que ficamos sempre aquém de ser.
c) A vida continua além do horizonte. A vida morre aquém do horizonte. Tudo depende do
ponto de referência.
d) Um homem de gênio é insuportável se, para aquém, não possuir pelo menos duas outras
qualidades: gratidão e asseio.
a) Solecismo.
b) Pleonasmo.
c) Ambiguidade.
d) Contradição lógica.
44. A respeito do emprego da expressão destacada em “a qual não pode ser senão a Maria
do Carmo.”, assinale a(s) opção(ões) verdadeira(s) (V) ou falsa(s) (F).
a) F – F – V.
b) V – V – F.
c) F – F – F.
d) V – F – F.
45. O texto apenas lido critica o emprego não normativo da língua portuguesa, no entanto, é
flagrante o enunciado “Venha abraçar o teu noivo!”, cuja concordância:
d) Está incorreta do ponto de vista da norma gramatical, pois falta paralelismo sintático entre
o verbo no imperativo “venha”, que se refere à terceira pessoa do singular, e o pronome
possessivo “teu”, que se refere à segunda.
O sonho de um céu e de um mar E as cinzas pelas rosas E de uma vida perigosa Te faz bem
tanto quanto mal Trocando o amargo pelo mel Faz odiar tanto quanto querer Charley Garcia
a) Metonímia
b) Paradoxo
c) Antítese
d) Hipérbole
47. Complete a frase abaixo com o presente do subjuntivo dos verbos indicados nos
parênteses:
O acordo não____ as reivindicações, a não ser que ____ os nossos direitos e ____ da luta.
48. “Se tu me amas, ama-me baixinho Não o grites de cima dos telhados Deixa em paz os
passarinhos Deixa em paz a mim! Se me queres, Enfim, Tem de ser bem devagarinho,
Amada, Que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...” Mário Quintana Baseado no texto
acima, marque a opção CORRETA:
Um termo desgastado dito na entrevista de emprego ou em uma reunião pode revelar dados
sobre uma pessoa. Alguns, dizem os especialistas, produzem o efeito contrário ao que se
deseja e denotam, no mínimo, imaturidade. "Você pode ser percebido como alguém sem
conteúdo que, assim como um adolescente, está preocupado em pertencer a um grupo e ser
aceito por ele, em vez de contribuir com o sucesso da empresa", afirmou o consultor Silvio
Celestino, sócio fundador da Alliance Coaching.
Sem perceber, até o profissional mais preparado pode escorregar em um clichê. Por isso,
antes de ir a campo, conheça as principais frases e termos e entenda por que você deve fugir
deles.
1 - Sou perfeccionista
A expressão não diz nada. "O entrevistador quer conhecer o candidato. E, ao responder
dessa maneira, perde-se a grande chance de falar sobre si", disse Marcelo de Lucca, sócio da
consultoria KPMG. Em vez de reduzir a possibilidade a uma palavra, por que não falar que se
aprimora continuamente citando, por exemplo, quantos e quais livros lê por ano ou cursos
que faz por conta própria? "A pessoa que se descreve uma perfeccionista geralmente não
tem uma visão mais clara de si mesma. E não reconhecer os erros é também não reconhecer
as virtudes", afirmou Marco Zanini, professor da Escola Brasileira de Administração Pública e
de Empresas da Fundação Getulio Vargas (Ebape/FGV).
A empresa não precisa de pessoas que queiram trabalhar nela, mas que queiram que ela
ganhe, disse Silvio Celestino. Ou seja, além de querer trabalhar, o mais importante é
demonstrar interesse em contribuir com o sucesso da companhia.
Isso não prova que os demais gostam de trabalhar com você, segundo Celestino. Seja mais
claro e afirme que você é capaz de liderar pessoas ousabe lidar com conflitos e busca
soluções harmoniosas.
Para Celestino, afirmar que é workaholic pode demonstrar falta de equilíbrio. Melhor
especificar que, sempre que necessário ou demandado pelo gestor, você tem
responsabilidade para entregar as tarefas no prazo e nas especificações. "Oriento os meus
alunos a serem mais humildes, a não se vangloriar - sendo jovens, principalmente, porque
eles ainda não têm experiência para apresentar. É preferível ser verdadeiro, colocar o que
quer fazer, valorizar as aptidões e como deseja contribuir no desenvolvimento da empresa",
disse o professor Zanini.
Com que tipo e com quantas pessoas você já trabalhou? Diga que, independentemente das
características de cada indivíduo, você busca respeitar as diferenças e focar na competência
do indivíduo, relevando características problemáticas, afirmou Celestino. Em reuniões
6 - Com certeza
Evite esse termo para afirmar algo que é considerado óbvio e evidente, mas que nem
sempre é assim. "Afirme que tem a mesma opinião ou que observou as mesmas evidências
que o interlocutor", disse Celestino.
Para Lucca, o profissional que justifica uma situação com esse argumento se coloca como
vítima, quando deveria ser o protagonista. É preferível dizer que, apesar da limitação, verá o
que consegue fazer para que a ação aconteça. "É uma maneira de se mostrar disposto a
realizar", disse Lucca.
Essa é a típica frase em que o sujeito joga a responsabilidade no outro e não diz o que pode
fazer para mudar a situação. E isso é péssimo para a imagem do profissional, segundo Lucca.
Essa é uma expressão perigosa. O que existem são fatos e documentos. “Diferentes são as
opiniões, não a verdade”BGTT, disse Celestino.
Eis uma frase desgastada e vazia. Todo mundo se despede da empresa ou do mercado dessa
forma, segundo Lucca. Mencione uma razão mais concreta ou algo que traga mais valor.
51. Marque o enunciado do texto que justifica o título “Você 'trabalha em equipe' e é
'workaholic'? Pare de usar palavras batidas”.
a) "Um termo desgastado dito na entrevista de emprego ou em uma reunião pode revelar
dados sobre uma pessoa".
b) “Você pode ser percebido como alguém sem conteúdo que, assim como um adolescente,
está preocupado em pertencer a um grupo e ser aceito por ele, em vez de contribuir com o
sucesso da empresa”.
c) Melhor especificar que, sempre que necessário ou demandado pelo gestor, você tem
responsabilidade para entregar as tarefas no prazo e nas especificações.
d) “Seja mais claro e afirme que você é capaz de liderar pessoas ou sabe lidar com conflitos e
busca soluções harmoniosas”.
52. Analisando a tirinha, marque o enunciado do texto ao qual esta serve de ilustração.
O pessoal do serviço que me mandou viajar, pegar uma piscina, tomar uns drinks e relaxar.
Assim não dá, é um monte de ordem ao mesmo tempo; como eles acham que vou cumprir
tudo?!
c) *Diga que+, “apesar da limitação, verá o que consegue fazer para que a ação aconteça.”
d) “Você pode ser percebido como alguém sem conteúdo que, assim como um adolescente,
está preocupado em pertencer a um grupo e ser aceito por ele, em vez de contribuir com o
sucesso da empresa”.
a) Mesmo.
b) Inclusive.
c) Apenas.
d) Ainda.
a) Em vez de reduzir a possibilidade a uma palavra, por que não falar que se aprimora
continuamente, citando, por exemplo, quantos e quais livros lê por ano ou cursos – que faz por
conta própria?
c) Melhor especificar que – sempre que necessário ou demandado pelo gestor – você
temresponsabilidade para entregar as tarefas no prazo e nas especificações.
III. O verbo esperar se realiza com duplo sentido, quais sejam, “ter esperança, expectativa”,
quando ocorre na fala do entrevistador; e “aguardar”, quando ocorre implicitamente na
resposta do entrevistado, “férias”.
56. Assinale a opção que identifica as características presentes no gênero textual meme.
Meu catavento tem dentro O que há do lado de fora do teu girassol. Entre o escancaro e o
contido, E eu te pedi sustenido E você riu bemol.
Você só pensa no espaço, Eu exigi duração... Eu sou um gato de subúrbio, Você é litorânea.
Quando eu respeito os sinais, Vejo você de patins vindo na contramão Mas quando ataco de
macho,
Você se faz de capacho E não quer confusão. Nenhum dos dois se entrega. Nós não ouvimos
conselho: E eu sou você que se vai No sumidouro do espelho.
Eu sou o Engenho de Dentro E você vive no vento do Arpoador. Eu tenho um jeito arredio E
você é expansiva - o inseto e a flor.
Um torce para Mia Farrow E o outro é Woody Allen... Quando assovio uma seresta Você
dança havaiana.
Eu vou de tênis e jeans, Encontro você demais: Scarpin, soirée. Quando o pau quebra na
esquina,
Você ataca de fina e me oferece em inglês: É fuck you, bate-bronha... E ninguém mete o
bedelho, Você sou eu que me vou No sumidouro do espelho.
A paz é feita num motel De alma lavada e passada Pra descobrir logo depois Que não serviu
pra nada.
Nos dias de carnaval Aumentam os desenganos: Você vai pra Parati E eu pro Cacique de
Ramos...
Meu catavento tem dentro O vento escancarado do Arpoador, Teu girassol tem de fora O
escondido do Engenho de Dentro da flor. Eu sinto muita saudade, Você é contemporânea, Eu
penso em tudo quanto faço, Você é tão espontânea.
Sei que um se afasta do outro, No sufoco, somente pra se aproximar. Cê tem um jeito verde
de ser
http://www.guinga.com/index.php/2015-08-27-03- 18-48/2015-08-27-03-29-50/151-delirio-
carioca1993 Acesso em: 05/01/2019
d) “Eu vou de tênis e jeans, encontro você demais: scarpin, soirée.” (Eufemismo)
59. O verbo ouvir aparece conjugado no texto: “Nós não ouvimos conselho.” Indique o modo
e o tempo a que pertence este verbo.
d) Indicativo/ presente.
- Deus, você tá perdendo fiéis a cada dia! É importante a gente se atualizar. - Você, ao
menos, possui wi-fi no céu? -Wi... o quê? -Cara, você tá muito ferrado com as próximas
gerações.
https://www.umsabadoqualquer.com/1669-o-novo-e-o-velho2/attachment/2859/Acesso
em 06/01/2019.
O Escriba
Conhecida também pelo pernóstico apelido de Sorbonne, a Escola Superior de Guerra era
produto de um sincero interesse da cúpula militar pelo aprimoramento intelectual dos
oficiais superiores, mas também de um desejo dos ministros de manter longe dos comandos
de tropa e de posições importantes no Estado-Maior os oficiais de muita capacidade e pouca
confiança. Enquanto se puniam com transferências para circunscrições de recrutamento os
coronéis chucros ou extremados, a oposição militar bem-educada ganhava escrivaninhas na
ESG, cuja primeira virtude era a localização: no Rio de Janeiro, debruçada sobre a praia da
Urca. Em 1953, somando-se os estagiários ao seu quadro de pessoal, a ESG dava o que fazer
a doze generais, três almirantes, dois brigadeiros, 33 coronéis e onze capitães-de-mar-e-
guerra, efetivo equivalente a mais que o dobro dos coronéis e generais que foram para a
guerra.
Desde 1950 a escola juntava por volta de setenta civis e militares num curso de um ano,
verdadeira maratona de palestras e estudos em torno dos problemas nacionais. Essa
convivência de oficiais, burocratas e parlamentares era experiência inédita, mas seria
exagero dizer que nos seus primeiros dez anos de vida a ESG aglutinou uma amostra da elite
nacional. O número de estagiários sem ligação funcional com o Estado dificilmente alcançava
um terço das turmas. A seleção dos 483 militares que fizeram qualquer tipo de curso na ESG
entre 1950 e 1959 deu-se sem dúvida no estrato superior da oficialidade. Dois chegaram à
Presidência da República (Geisel e Castello Branco), 23 ao ministério, e, deles, seis chefiaram
o Exército. Com os 335 civis que passaram pela escola no mesmo período, o resultado foi
outro. Só quatro chegaram aoministério. Um deles, Tancredo Neves, pode ser computado
como se tivesse chegado à Presidência.
Esse mundo vivia sob a influência de duas expressões: Cortina de Ferro e Guerra Fria.
A primeira fora mais uma expressão genial do ex-primeiro-ministro inglês Winston Churchill.
Em março de 1946, discursando na pequena cidade de Fulton, nos Estados Unidos, ele
denunciou: “De Stettin, no Báltico, a Trieste no Adriático, uma cortina de ferro caiu sobre o
Continente. Atrás dessa linha, todas as capitais dos velhos Estados da Europa Central,
Varsóvia, Berlim, Praga, Viena, Budapest, Belgrado, Bucarest e Sofia, todas essas famosas
cidades, bem como as populações que as circundam, estão submetidas não só à influência
soviética, mas a um grande e crescente controle por Moscou”.
A segunda fora produto da memória do jornalista americano Walter Lippmann. Ao dar título
a uma coletânea de artigos dos últimos meses de 1947, ele recorreu à expressão francesa
usada em 39 para designar a política de intimidação de Hitler na Europa, “la guerre froide”.
(GASPARI, E. A ditadura derrotada. São Paulo: Companhia das Letras, 2003, p. 121-124).
61. A respeito dos seus propósitos gerais ou específicos, somente é CORRETO afirmar que o
texto:
a) Destaca os avanços obtidos pela Escola Superior de Guerra, quer no âmbito da Segurança
Nacional, quer no da formação de oficiais.
b) Critica a instalação da Escola Superior de Guerra como local para onde eram designados os
oficiais destreinados e radicais.
d) Relata com certa ironia o surgimento da Escola Superior de Guerra e revela as razões ocultas
de sua criação.
62. Conforme seu vocabulário e suas estruturas linguísticas, é CORRETO afirmar que o texto:
a) Abordando uma temática da História, apresenta sintaxe e vocabulário próprios dos textos
acadêmicos de pesquisa.
d) Constitui um registro de fatos, em que são apresentados eventos dos quais o autor não
tomou parte ativa, mas sobre os quais emite juízos.
63. Conforme o que se enuncia no texto, é CORRETO afirmar somente que a Escola Superior
de Guerra:
c) Não apresentou resultados efetivos importantes, quer pela disparidade de seus grupos quer
pela desconfiança com que era vista pela cúpula governamental.
d) Operava sob o comando das forças militares nacionais em acordo com a ordem política,
com os valores democráticos e com os mecanismos eleitorais.
64. Assinale a alternativa em que a substituição da palavra destacada pela palavra entre
parênteses mantém a correção gramatical e os sentidos do texto:
65. O elemento coesivo destacado tem seu referente corretamente indicado somente no
item:
c) “Oferecia-SE também como centro de estudos para uma crise *...+” (“o debate dos
problemas do país”)
a) Os diversos Estudos estão organizados por meio de Disciplinas, pelo critério de afinidade e
coordenação dos assuntos e áreas de conhecimento.
d) Durante esse período, são estabelecidos condições para que o estagiário complemente os
conhecimentos iniciais por meio de estudos de problemas conjunturais do Brasil.
A agenda PCS constitui um novo paradigma para a gestão ambiental. Ela vai além dos
tradicionais mecanismos de comando e controle, pois sua abordagem e internalização
requerem um novo olhar sobre o modelo de desenvolvimento. Um modelo no qual todos os
atores – governos, empresas, instituições, sociedade – têm responsabilidades e papéis a
cumprir se desejarmos um País onde todos tenham direito a uma melhor qualidade de vida,
sem comprometer nosso meio ambiente e nosso futuro, e o das gerações que virão.
Buscamos, por meio da articulação institucional e com o apoio do Comitê Gestor deProdução
e Consumo sustentáveis, e dos parceiros, a promoção de sinergias entre políticas, ações e
programas voltados a produção e consumo sustentáveis, visando a implementar e fortalecer
ações em PCS, e o cumprimento das metas e compromissos assumidos no contexto das
convenções e acordos internacionais. Padrões mais sustentáveis de produção e de consumo
são o caminho mais seguro e justo para combater as mudanças climáticas, conservar e usar
sustentavelmente os recursos hídricos, a biodiversidade, as florestas, todos os recursos. Para
alcançarmos esses objetivos, acreditamos na cooperação, no intercâmbio de experiências e
de boas práticas, e no trabalho conjunto.
67. Conforme seus objetivos gerais ou específicos, somente é CORRETO afirmar que o texto:
a) Propõe uma agenda ambiental apontando ações específicas a fim de reverter a atual
situação de degradação ambiental do planeta.
b) Apresenta os principais objetivos da agenda PCS destacando o caráter holístico das ações e
a integração dos agentes envolvidos.
69. Assinale a única alternativa em que o termo destacado tem seu referente
CORRETAMENTE indicado.
a) ELA vai além dos tradicionais mecanismos de comando e controle [...] (a agenda PCS).
b) [...] pois SUA abordagem e internalização requerem um novo olhar sobre o modelo de
desenvolvimento (um novo olhar).
c) [...] se desejarmos um País ONDE todos tenham direito a uma melhor qualidade de vida [...]
(direito).
d) [...] sem comprometer NOSSO meio ambiente e nosso futuro, e o das gerações que virão
(futuro).
a) A questão da produção “suja” ou poluidora vem sendo tratada em políticas públicas desde
os anos 60 e, a Conferência de Estocolmo, em 1972, realizou um admirável feito ao alertar às
nações sobre os efeitos nefastos da crescente poluição industrial e urbana.
c) Enquanto o consumo é definido como a satisfação das necessidades básicas (comer, vestir,
morar, ter acesso à saúde, ao lazer e à educação), o consumismo é uma distorção desse
padrão.
a) Primeiro: adquira, sempre, produtos originais e exija nota fiscal. Somente através do
comércio legal, pode-se buscar igualdade nas competições de mercado.
b) Verifique onde o produto foi fabricado; quanto mais próximo de nossa casa, melhor. Ao
comprar um produto oriundo da economia local estamos ajudando a fortalecer essas
empresas e colaborando para o desenvolvimento da região.
c) Opte por produtos oriundos da economia verde e avalie adotar algumas de suas práticas.
Produtos com o selo “fair trade”, garantem que sua produção promoveu relações de comércio
mais justas e solidárias.
b) O alumínio, por exemplo, é base da nossa latinha de refrigerante, bicicleta ou dos diversos
objetos metálicos que estão à nossa volta. Torna-se em mais uma das preocupações e
considerações a quedevemos ter no momento de consumir, utilizar e descartar os produtos
que usamos.
c) A cadeia produtiva do alumínio é responsável pelo maior gasto mundial de energia, sendo
uma das indústrias mais poluente do planeta. Os problemas nesse setor estão basicamente
relacionados com os impactos da mineração, com o transporte da bauxita ao longo da Região
Amazônica (pois é justamente no estado do Pará de onde se encontra a maior concentração
desse minério que dá origem ao alumínio) e com a geração de energia hidrelétrica.
d) Enfim, produzir alumínio é utilizar muita água e uma grande quantidade de energia de
maneira intensa e constante. Envolve retirar recursos da natureza e afetar o meio ambiente.
Justamente um dos principais impactos ambientais dessa produção está ligada diretamente
aos resíduos do processamento da matéria-prima do alumínio, a bauxita.
73. A palavra destacada em: “ADEMAIS, contribui para a conservação dos recursos naturais e
dos ecossistemas, dissociando crescimento econômico da degradação ambiental.” traduz
uma relação semântica de:
a) Concessão.
b) Conclusão.
c) Inclusão.
d) Oposição.
Grande parte do progresso na imunologia veio quando fomos obrigados a lidar com os vírus
da imunodeficiência humana (HIV) infecções que eram conhecidas apenas como absolutas
raridades ficaram mais frequentes, tornaram-se mais bem avaliadas e tratadas. As
dimensões da variedade sexual humana nas nossas sociedades se revelaram. Um cientista
social disse que a infecção pelo HIV funcionou como revelador fotográfico – ainda existe isso
ou é tudo digital? – mostrando aspectos sociais e comportamentais que antes estavam
ignorados. Desconhecidos, não, pois sabia-se que existiam, mas não eram discutidos ou
considerados em políticas públicas. A aids obrigou que o fossem.
O maior avanço, na nossa opinião, refere-se aos conhecimentos em imunidade celular, algo
complexo e cujos detalhes foram bem esmiuçados com o estímulo da doença desencadeada
pelo HIV. Até hoje aparecem novidades nesse setor. A última parece coisa de ficção científica
e foi recentemente publicada no New England Journal of Medicine. Um cidadão
contaminado por HIV desenvolveu um tumor maligno. Até aí, nada novo, é conhecida a
propensão dos infectados a cânceres – mais a linfomas e a sarcoma de Kaposi, mas também
a outros. Esse senhor tinha nódulos malignos no pulmão e gânglios cervicais. Os gânglios e o
pulmão foram biopsiados e evidenciaram um tumor estranho, de células muito pequenas e
que se fundiam ocasionalmente. Após uma investigação completa, incluindo análise do DNA
do tumor, definiu-se que ele não era de origem humana, e sim de um parasita, Hymenolepis
nana. Esse verme em geral não causa sintomas no ser humano, que não é seu hospedeiro
habitual.
A Hymenolepis é tênia de rato. Ao contrário das demais que acometem os humanos, ela não
precisa de hospedeiro intermediário para completar seu ciclo, podendo levar à
autoinfestação. Quem identificou esse caso único imagina que a falta de resposta imune
tenha levado à proliferação do parasita no hospedeiro e uma dessas tênias teve um câncer
que se disseminou no indivíduo, mais uma vez por absoluta falta de resposta imune. É a
primeira descrição de câncer de parasita se desenvolvendo em hospedeiro humano. A gente
pergunta se não ocorreram outros casos desconhecidos.
74. Analise as afirmativas de acordo com as ideias do texto e assinale a alternativa correta.
Apesar de o vírus da imunodeficiência humana (HIV) ainda possuir altos índices de proliferação
no país, podemos destacar alguns pontos positivos, como:
III. O estudo da doença trouxe consigo descobertas de outras infecções e meios imunológicos,
além de políticas governamentais lúcidas no Brasil.
a) Maior propensão dos portadores de HIV desenvolverem linfomas, por causa da baixa
imunidade ocasionada pela doença.
d) Baixa imunidade que reforça doenças genéticas e hereditárias, combinado com um vírus
que provocou a fusão das células em nódulos malignos.
76. Em relação às funções sintáticas de sujeito e predicado e seus termos, assinale a opção
CORRETA:
a) A palavra “progresso” (linha 1) é o núcleo do sujeito da oração a que pertence, sendo, por
isso, a palavra mais significativa desse termo.
b) O sujeito do verbo “ficaram” (linha 3) é o termo “absolutas raridades” (linha 2/3), sendo seu
núcleo “raridades”.
d) O sujeito do verbo “estavam” (linha 6) é o pronome relativo “que” (linha 6), o qual retoma o
objeto direto da oração anterior.
b) É proibido o uso de vírgula após a expressão “Até hoje” (linha 11), pois se trata de um
advérbio usado como introdução da frase.
d) O verbo “pasmem” (linha 32) está na terceira pessoa do plural do tempo presente do modo
indicativo.
78. 6. Assinale a opção que indica reescrita do trecho abaixo totalmente correta
gramaticalmente e que mantenha as ideias do texto: “Até aí, nada novo, é conhecida a
propensão dos infectados a cânceres – mais a linfomas e a sarcoma de Kaposi, mas também
a outros.”
a) Nada de novo até aí, a propensão dos infectados a cânceres é conhecida (mais a linfomas e
a sarcoma de Kaposi, mas também a outros).
b) Nada de novo, até aí é conhecida a propensão dos infectados à câncer, mais a linfomas e a
sarcoma de Kaposi, e também a outros.
d) Até aí nada novo, a propensão dos infectados a cânceres é conhecida, sendo mais a
linfomas e a sarcoma de Kaposi, por conseguinte, também a outros.
79. Na frase retirada do texto “As dimensões da variedade sexual humana nas nossas
sociedades se revelaram.” apresenta exatamente um:
b) Período simples
c) Período composto formado por uma oração principal e uma oração coordenada
80. Assinale a alternativa que contém a frase que está com a escrita totalmente correta, ou
seja, sem erros ortográficos (frases adaptadas de aids.gov.br, em 03/12/2015):
b) O vírus ataca as células de defesa do corpo – o organismo fica vulneravel à diversas doenças.
I. A palavra “gânglios” (linha 15) é acentuada devido à seguinte regra: acentuam-se todas as
palavras proparoxítonas.
II. A partícula “que” (linha 25) é um pronome relativo e exerce a função sintática de sujeito
da oração a que pertence.
III. Em “pergunta se” (linha 27), a partícula “se” é uma conjunção condicional e não tem
função sintática.
Texto
Além disso, o HRS coleta amostras de sangue dos participantes, e analisa a porcentagem dos
diferentes tipos de células imunes presentes, incluindo os glóbulos brancos. Essas células
desempenham um papel fulcral nas respostas imunes a vírus, bactérias e outros invasores.
Esta é a primeira vez que informações tão detalhadas sobre células imunes são coletadas em
uma grande pesquisa nacional.
Um dos fatores que ajuda a mitigar essa conexão são uma dieta saudável e exercícios
regulares. Os cientistas também perceberam que a exposição potencial ao citomegalovirus –
um vírus geralmente assintomático, conhecido por acelerar o envelhecimento do sistema
imunológico – diminui a relação entre estresse e envelhecimento das células imunes. Apesar
de o vírus normalmente ficar dormente no corpo, eles descobriram que o estresse pode
aumentar sua força e obrigar o sistema imunológico a combater o vírus reativado. Esse
controle da infecção pode resultar em células T mais exaustas circulando pelo corpo e causar
inflamação crônica, um importante contribuinte para doenças relacionadas à idade.
82. Assinale a alternativa em que a preposição destacada predica uma oração inteira.
D) “Um dos fatores que ajuda a mitigar essa conexão são uma dieta saudável e exercícios
regulares *...+”.
83. Segundo a pesquisa realizada com os dados do Health and Retirement Study, é CORRETO
afirmar que:
B) As pessoas que tinham uma maior taxa de estresse, não produziam células T novas,
enquanto aquelas que declararam menos estresse produziam uma maior taxa de células T
novas.
C) Os participantes que relataram menor grau de estresse, produzem uma taxa mais alta de
células T em comparação com aqueles que relataram maior grau de estresse.
D) Os participantes que tiveram maior grau de estresse, produziram menos células T novas,
mas tiveram também maior grau de células T especializadas.
84. Assinale a alternativa em que a forma sublinhada é classificada como pronome relativo e
exerce função de sujeito.
A) “Ao analisar os dados de 5.744 desses participantes, a equipe de pesquisa descobriu que as
pessoas que vivenciaram mais estresse tinham uma proporção menor de células T novas *...+”.
B) “*...+ células mais velhas que esgotaram sua capacidade de combater invasores *...+”.
85. No fragmento “Além disso, o HRS coleta amostras de sangue dos participantes, e analisa
a porcentagem dos diferentes tipos de células imunes presentes *...+”, o pronome “isso” se
refere ao termo sublinhado em:
B) “como perda de emprego, discriminação, estresse crônico, além de grandes traumas como
morte e doença na família *...+”.
D) “Para entender melhor a discrepância entre idade cronológica e idade imunológica *...+”.
86. Assinale a alternativa em que o termo grifado se classifica como adjetivo com função de
adjunto adnominal.
A) “Os pacientes foram questionados sobre diferentes fatores de estresse que vivenciaram
*...+”.
87. No trecho “Essas células desempenham um papel fulcral nas respostas imunes a vírus,
bactérias e outros invasores.”, o vocábulo “fulcral” pode ser substituído sem prejuízo
semântico por:
A) Fundamental.
B) Paralelo.
C) Intenso.
D) Extenso.
Texto VI
Em vez de migrarem para o norte para buscarem temperaturas mais clementes, estes insetos
cruciais para a polinização estão morrendo, de acordo com um estudo divulgado
recentemente.
https://exame.abril.com.br/ciencia/aquecimento-globalesta- matando-abelhas/
A) As abelhas adaptaram-se às mudanças climáticas, por isso elas não migram para o norte.
89. O verbo ASSISTIR possui mais de um sentido com regências diferentes. Analise a charge
abaixo e marque o item CORRETO.
(http://4.bp.blogspot.com/de1BUYtevkE/T20AWc3ouI/AAAAAAAAB4A/pr5uvnZ69b0/s1600/su
jeito+unifesp.bmp). Acesso em 17/12/2018.
A) O predicado é nominal.
B) A frase está incorreta, pois deveria ter uma preposição “a”, afinal, o verbo assistir, no
sentido de presenciar, é transitivo indireto.
C) A frase está incorreta, pois o verbo é intransitivo, ou seja, está no sentido de prestar
assistência.
Quando você manda fazer uma chave para a fechadura da sua casa, será que ela é exclusiva?
Ou existe a chance de outra pessoa ter uma idêntica à sua, como se tivesse sido duplicada?
Não dá para afirmar que elas sejam únicas. Mas a chance de encontrar duas com a mesma
combinação é baixíssima, segundo explica o professor Luiz Antonio Gonçalves Neto, da
Escola Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) Luís Eulálio de Bueno Vidigal
Filho, em Suzano (SP).
Simplificando a questão, cada chave se diferencia de outra por causa de seus "dentes" e
cada combinação de dentes corresponde a um segredo de fechadura.
O problema é que, ao fim da etapa, começa um ciclo novo que repete as mesmas
combinações. "Isso causa uma duplicidade de combinações, mas a probabilidade destas
fechaduras e chaves se encontrarem é quase como ganhar na loteria", compara Gonçalves.
As produtoras também distribuem chaves iguais em regiões diferentes para diminuir as
chances de coincidência. Há um caso, entretanto, em que se quer que mais fechaduras
compartilhem a mesma combinação. É um processo chamado de unificação, utilizado para o
proprietário ter de usar menos chaves.
Infelizmente, não é possível dar uma resposta precisa porque não há um modelo único de
fabricação. Cada configuração faz com que o número de combinações possíveis seja
diferente, tornando o número impossível de calcular.
O tipo mais conhecido de chave é a plana comum ou yale, que costumamos usar em
cadeados em portas. Há ainda gorjes (usadas em fechaduras mais antigas), planas duplas
(para automóveis mais antigos), planas tetras, multiponto (por exemplo a mul-t-lock) e
pantográficas (para carros novos).
O texto conclui que chaves com dez dentes têm 78 mil combinações possíveis, mas ressalva
que há muitos outros fatores em jogo, então esse número não é preciso.
O professor Luiz Antonio Gonçalves Neto diz ainda que a qualidade da chave e da fechadura
são muito importantes na fabricação. Ele avalia que a produção em grande escala trouxe
consequências danosas. "As fechaduras mais antigas eram fabricadas com materiais mais
nobres e duráveis e havia uma grande preocupação com a segurança, independentemente
do custo. Hoje vemos produtos com materiais de má qualidade só para baixar o preço", diz.
Cadeados muito baratos acabam apresentando mecanismo frouxo e pouco seguro.
(https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimasnoticias/redacao/2018/12/17.Acesso em:
16/12/2018).
90. Assinale a alternativa que indica corretamente o valor semântico das preposições em
destaque nas frases:
II. “As fechaduras mais antigas eram fabricadas COM materiais mais nobres e duráveis.”
III. “Quando você manda fazer uma chave PARA a fechadura da sua casa, será que ela é
exclusiva?”
A luta pelo fim da violência contra a mulher não é uma empreitada solitária: ela diz respeito
a um movimento muito maior, que demanda comprometimento também dos homens com o
enfrentamento a uma situação que, calamitosa, agravou-se sobremaneira durante a
pandemia do novo coronavírus. Com o propósito de chamar a atenção para a gravidade do
problema, a campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”
acontece, também neste ano, com o apoio da seccional do Distrito Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB-DF). Realizada em 150 países por meio da mobilização da
sociedade civil, a ação conta a cada ano com maior conscientização e engajamento da
população e do poder público brasileiro.
O mesmo estudo indica que a ofensa verbal foi o tipo de agressão mais frequente no período
analisado: cerca de 13 milhões de brasileiras relataram ter sido xingadas e insultadas no
próprio ambiente familiar, enquanto 5,9 milhões passaram por ameaças de violência física,
como tapas, empurrões e chutes. O cenário é ainda pior se levarmos em conta que outras
questões atravessam o sofrimento dessas cidadãs. Segundo o Datafolha, 46,7% das vítimas
de violência desde o início da pandemia também perderam o emprego.
Dois a cada três alunos brasileiros podem não aprender a ler adequadamente um texto
simples aos dez anos. Esta informação é de um estudo do Banco Mundial, divulgado na
última semana, que analisou o impacto da Covid-19 na educação dos países da América
Latina e Caribe.
Segundo o relatório, 70% das crianças brasileiras podem não aprender a ler adequadamente.
Mesmo diante deste cenário, a professora Ellen Ferreira, coordenadora executiva do
“Projeto Pretinhas Leitoras” e articuladora territorial e educacional de iniciativas em arte-
educação, ressalta que o ensino remoto não substitui a sala de aula, mas é o melhor a ser
feito neste momento. “O ensino remoto nem de perto substitui o ensino presencial porque a
educação não é só conteúdo. Educação é construção de conhecimento coletivo, educação é
partilha de saberes e, ao mesmo tempo, é acúmulo de habilidades para construção de um
bem comum, para construção, sobretudo, de um bem que exige da gente habilidades
emocionais, habilidades intelectuais, que transformam o nosso eu e que incidem na
coletividade da qual pertencemos”, explica.
Outro dado destacado no estudo do Banco Mundial é em relação ao que chamam de “índice
da pobreza de aprendizagem”, analisado com base em estatísticas educacionais. Ele indica o
percentual de crianças com dez anos incapazes de ler e entender um texto simples. A
pandemia, segundo o levantamento, aumentaria esse índice para 70% dos alunos no Brasil,
que já tinha 50% dos alunos em pobreza de aprendizagem.
Apesar do cenário ser preocupante, a professora ressalta que ainda não há recursos
necessários para a reabertura das escolas nesse momento: “Nesse momento é
imprescindível entender que a educação é um processo, e não o fim. Uma alfabetização
tardia a gente consegue recuperar, ainda que, por vezes, infelizmente fora do tempo, mas,
em momento algum, nós iremos conseguir retomar vidas. Portanto, nesse momento, nós
necessitamos de vacina, e antecipação de recursos econômicos para que as pessoas tenham
condições de ficar em suas casas e se resguardar o máximo possível”.
O relatório alerta ainda que a pandemia pode fazer com que os sistemas educacionais da
América Latina regridam e voltem ao que eram nos anos 1960, com consequências
duradouras para toda uma geração. A América Latina e o Caribe tem hoje 170 milhões de
“Durante a pandemia, as pessoas também precisam buscar alternativas para o seu sustento
e, com isso, muitos filhos, que ainda estão estudando, mesmo que de maneira remota,
acabam tendo que trabalhar para ajudar em casa. Não é uma opção, eles têm que fazer esse
caminho por uma necessidade. Isso é uma realidade que precisa estar bem evidente nesse
momento que a gente vive”, ressalta o sociólogo.
92. “Dois a cada três alunos brasileiros podem não aprender a ler adequadamente um texto
simples aos dez anos. Esta informação é de um estudo do Banco Mundial, divulgado na
última semana, que analisou o impacto da Covid-19 na educação dos países da América
Latina e Caribe.” (2º§) Os verbos destacados estão flexionados nos seguintes tempos e
modos verbais, respectivamente:
coração
Na linguagem literária é frequente o emprego das figuras de linguagem. Nos dois primeiros
versos do trecho destacado anteriormente, podemos observar que o poeta modernista
emprega com maestria a figura que:
D) Utiliza uma expressão menos rude em lugar de outra que provocaria sentido desagradável.
é um contentamento descontente,
A) Metáfora sinestésica.
B) Metáfora predicativa.
D) Metáfora maximalista
A) Antítese.
B) Anacoluto.
C) Assonância.
D) Antecipação.
(GONSALES, Fernando. Botando os bofes para fora. São Paulo: Devir, 2002.)
É possível melhorar o texto de alguém? William Zinsser acha que sim. No meio da década de
1970, ele decidiu transformar seu curso sobre escrita, em Yale, em livro. Desde 1976, “Como
escrever bem” influencia muita gente (On Writing Well. São Paulo: editora Fósforo, 2021.
Tradução de Bernardo Ajzenberg).
O livro é claro e direto, sendo um exemplo em si das normas que ele debate. Um candidato a
autor deve, ele diz logo à partida, evitar o excesso. Superar o defeito de muitas palavras!
Cortar, eliminar a abundância desnecessária. Se o conselho já é bom para quem cultiva
jornalismo nos EUA, imagine-se no Brasil, onde a tradição bacharelesca associou
rebuscamento à erudição e à inteligência. O autor identifica, inclusive, expressões longas.
Você imaginou a frase “perdeu totalmente a habilidade para” e seria melhor “não
conseguiu”. Uma verdadeira “navalha de Ockam” da escrita: se há duas frases, a mais direta
e simples é a melhor. Escrever é cortar.
Alguns conselhos são gramaticais: advérbios e adjetivos são, com frequência, dispensáveis.
Os parágrafos devem ser curtos. Há diretrizes mais metodológicas: reescrever é aperfeiçoar a
escrita. Todo escrito apresenta algum problema com o começo; aceite o entrave dos
princípios. Outras são digressões sobre subjetividade e pessoalidade de um texto. Há muitas
indicações preciosas que me fizeram pensar e repensar o ato de escrever.
Não quero acrescentar mais indicações a tantas do livro de Zinsser. Volto ao tripé que já
escrevi nas crônicas: a) estude gramática formal, inclusive para abandoná-la de quando em
vez; b) leia muito; c) encontre sua voz escrevendo e corrigindo bastante. Nem o livro do
norte-americano nem esta sabedoria curta tripartite vão garantir que surja uma Clarice
Lispector em cada lar, mas, com certeza, todos nós poderemos escrever melhor. Nada
garantirá um talento literário, mas tudo o que você puder fazer, seguindo bons textos, pode
melhorar seu desempenho na escrita.
Encerro com um trecho lapidar do nosso autor: “Uma frase clara não é acidental. Poucas
frases surgem prontas logo de cara, ou mesmo depois de duas ou três vezes. Lembre-se disso
nos momentos de desespero. Se você acha difícil escrever, é porque é mesmo difícil”. Nunca
perca a esperança de melhorar.
98. Como qualquer outra variedade linguística, a norma padrão tem suas particularidades.
No texto, nota-se marcas da norma padrão que são determinadas pelo veículo em que ele
circula, que é o jornal “O Estado de São Paulo”. Entre essas marcas, evidencia-se
A) o predomínio da linguagem figurada, como em “*...+ ele diz logo à partida *...+”.
Uma esperança
Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica, que tantas vezes verifica-se ser ilusória,
embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.
– Uma esperança! e na parede, bem em cima de sua cadeira! Emoção dele também que unia
em uma só as duas esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa minha: esperança é
coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de
minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais
magra e verde não poderia ser.
– Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri
com surpresa que ele falava das duas esperanças.
Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede.
Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder
caminho. Custava a aprender.
– Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.
– Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.
Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando-a como se vigiava na Grécia ou em
Roma o começo de fogo do lar para que não se apagasse.
– Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.
Andava mesmo devagar – estaria por acaso ferida? Ah não, senão de um modo ou de outro
escorreria sangue, tem sido sempre assim comigo.
Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu de trás de um quadro uma aranha. Não
uma aranha, mas me parecia “a” aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar-
se maciamente no ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus,
queríamos menos que comê-la. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse fracamente,
confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de perder a esperança:
– Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros – falei sentindo a frase
deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz. Depois devaneei um pouco de
como eu seria sucinta e misteriosa com a empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de
facilitar o caminho da esperança.
O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa esperança. Meu outro
filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer. Não havia dúvida: a esperança
pousara em casa, alma e corpo.
Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma
forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei
pegá-la.
Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta, pousara no
meu braço. Não senti nada, de tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de
sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: “e essa agora? que
devo fazer?” Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse
nascido em mim. Depois não me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu
nada.
(LISPECTOR, Clarice. Uma esperança. In: Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
p. 92-94.)
99. Dentre os recursos de linguagem utilizados para construção do texto, pode-se afirmar
que a autora fez uso de:
Às vezes me parece que uma epidemia pestilenta tenha atingido a humanidade inteira em
sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da
linguagem numa perda de força cognoscitiva e de imediaticidade, como um automatismo
que tendesse a nivelar a expressão em fórmulas mais genéricas, anônimas, abstratas, a diluir
os significados, a embotar os pontos expressivos, a extinguir toda centelha que crepite no
encontro das palavras com novas circunstâncias.
Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na
política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou
na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de
salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a
expansão desse flagelo linguístico.
Gostaria de acrescentar não ser apenas a linguagem que me parece atingida por essa
pestilência. As imagens, por exemplo, também o foram. Vivemos sob uma chuva
ininterrupta de imagens; os media todo-poderosos não fazem outra coisa senão transformar
o mundo em imagens, multiplicando-o numa fantasmagoria de jogos de espelhos – imagens
que em grande parte são destituídas da necessidade interna que deveria caracterizar toda
imagem, como forma e como significado, como força de impor-se à atenção, como riqueza
de significados possíveis. Grande parte dessa nuvem de imagens se dissolve imediatamente
como os sonhos que não deixam traços na memória; o que não se dissolve é uma sensação
de estranheza e mal-estar.
Mas talvez a inconsistência não esteja somente na linguagem e nas imagens: está no próprio
mundo. O vírus ataca a vida das pessoas e a história das nações torna todas as histórias
informes, fortuitas, confusas, sem princípio nem fim. Meu mal-estar advém da perda de
forma que constato na vida, à qual procuro opor a única defesa que consigo imaginar: uma
ideia da literatura.
(CALVINO, Ítalo. Seis propostas para o próximo milênio. São Paulo: Companhia das Letras,
1990.)
100. É possível observar no texto o uso de expressões de campo semântico específico que
foram empregadas com o objetivo de desenvolver a temática apresentada no texto. A partir
de tal consideração, pode-se afirmar que:
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D A B D B B C B A C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
A D B A A C A C B D
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
D B B A D C B D D D
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
A B C B A D B C C B
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
A D B A D C C B B D
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
B A C C B D B C A B
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
D D C D B A B B A C
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
A A C A C D A A B C
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
B C D B B B A B B A
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
A A A B A C C B D D