UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO

PROFESSOR: NILSON TADEU REIS CAMPOS SILVA

ACADÊMICA: STEPHANIE BEATRIZ PAGGI GARCIA – RA 107010 – TURMA: 32

ANÁLISE DA TRILOGIA DO LONGA-METRAGEM: “BATMAN”

O conteúdo que envolve a trilogia do fime: “Batman”, dirigido por Christopher

Nolan e o co-roteirista David S. Goyer, narra à história de Bruce Wayne, um
bilionário americano, filantropo e dono da corporação Wayne Enterprises. A narrativa
se passa na metrópole estadunidense, tomada pelo caos, desordem e falta de lei,
Chicago, no qual o personagem principal, após testemunhar a morte dos pais
quando criança, prometeu vingança aos autores do crime, um juramento pautado
por um sentido de isonomia. Destarte, Bruce, tenazmente, dedicou-se em
estabelecer uma coesão social (conceito estabelecido pelo sociólogo Émile
Durkheim) entre os cidadãos de Chicago. Assim, é abordado e concebido o conceito
de herói, isto é, o indivíduo que busca a justiça, a ordem e a lei perdida, ou seja,
procuram, novamente, sua eficácia.

O entendimento a respeito da temática envolvida solicita de ampliação, por

exemplo, quando temos regras claras para nossa conduta moral não necessitamos
de um ponderamento árduo para adotarmos decisões corretas, todavia, quando a
sociedade se torna complexa e sem critérios sólidos para tomada de escolhas, todos
os aspectos fundamentais, por mais banal que seja, são dificultosos, provocam
angústia, ansiedade e insegurança e, por conseguinte, medidas, as quais amparam
os cidadãos a planejar a coisa certa a se fazer, são destruídos,pois não possuímos
parâmetros confiavéis para nossa ação, já que a lei e os costumes ( fontes formais e
imediatas do direito) estão ultrapassadas.

Pesa aludir que a sociedade está cética e com inúmeros pluralismos e

antagonismos de valores, o que nos deixam à deriva, sem saber qual caminho
tomar, não obstante, tal reflexão sociológica é possível para o personagem
“Batman”, o qual consegue, em meio ao caos, apreender o senso de justiça.
 Logo, o segundo filme da trilogia, aborda o que seu arqui-inimigo Coringa
pensa sobre a sociedade na qual vivemos, trata-se, consoante ele, de uma
comunidade falida e que os homens são facilmente corrompíveis, ou seja, a moral
não se sustenta, por exemplo, em uma situação que o indivíduo sofre em meio as
tribulações, o mesmo renuncia a todos valores de conduta e age para salvar a si
mesmo. Destarte, infere-se que o Coringa quer passar ao espectador como o
homem comporta-se igual a um animal (zoomorfização) e não possui princípios, pois
ao colocar os personagens (principalmente o Batman) em certos dilemas, fica nítido
a escolha entre os sentimentos ou a algo superior.

Isto posto, podemos citar como exemplo uma situação em que Batman tem
de escolher entre livrar de um perigo iminente a mulher que ele gosta ou salvar o
promotor público que é interpretação da lei, da ordem e da moralidade. Destarte,
optar pelo sentimento ou pela razão?

Por fim, o terceiro filme regressa a mesma questão do segundo filme, onde o
vilão coloca detonadores nas mãos dos tripulantes do barco e faz-se o seguinte
questionamento: “Eu aciono o detonador primeiro ou espero o outro acionar?”.
Destaca-se, dessa forma, a presença de dilemas morais presentes na sociedade, a
qual o diretor expôs objetivando o ponderamento da comunidade em geral.