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UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO
CURSOS SUPERIORES
GESTÃO EM PROCESSOS JURÍDICOS, NOTÁRIOS E DE REGISTRO.

POR UMA VIDA MELHOR.


MAZELAS DO TRÁFICO.

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR


PIM lll- 1º SEMESTRE- 2022

Aluno: Wellington Dias Ferreira Ra: 0420751

Amambai- MS
18 de Novembro de 2022
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Wellington Dias Ferreira.

POR UMA VIDA MELHOR: Mazelas do Tráfico

Esse relatório tem por finalidade, apresentar uma avaliação

sobre o filme “por uma vida melhor” de forma jurídica,

verificando assim preceitos a discriminação e preconceito,

ocorridos na trama.

Amambai- MS

2022
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RESUMO

Buscando expor as mazelas do tráfico humano que acontece numa região


da Nigéria, uma jornalista decide se passar por prostituta, logo tendo contato
com um submundo repleto de dor e desumanidade.

O filme aborda a realidade de muitas garotas na atualidade, que por falta de


oportunidade e estrutura financeira, acabam entrando em um mundo onde
desconhecem, cheio de racismo, discriminação, preconceito e criminalidade,
assim passando por várias situações constrangedoras, que por sua vez lhes
causam trauma em suas vidas ou até mesmo acarretando sua morte.

A trama como na vida real não conta com um final feliz, mostrando assim a
realidade que se escondem em finais felizes e fábulas.

Com o intuito de contribuir com a sociedade fornecendo informações e


orientações a fim de combater a esse mal, trago nesse relatório uma crítica
jurídica sobre os fatos ilegais e desumanos desse filme, assim podendo trazer
ao leitor que sim existem as leis, elas podem ser cumpridas e com a
fiscalização dos órgãos competentes e investimentos nas áreas devidas,
asseguro que não serão mais causados transtornos como as situações que
envolvem no enredo da trama.

PALAVRAS CHAVES: Discriminação, Preconceito, Corrupção, Imoralidade,


Contrabando, Criminalidade, Drogas e Racismo.
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................5
2. DESENVOLVIMENTO, APRESENTAÇÃO E OBJETIVOS .....................7
3. OBJETIVOS GERAIS ..............................................................................7
4. OBJETIVO ESPECÍFICO.........................................................................8
5. DIREITOS VIOLADOS.............................................................................9
6. DIREITOS VIOLADOS.............................................................................9
7. ASPECTOS DE SEMELHANÇA ATUALIDADE BRASILEIRA...............10
8. ANÁLISE FINAL .....................................................................................11
9. CONCLUSÃO ........................................................................................12
10. CONCLUSÃO........................................................................................13
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................14
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INTRODUÇÃO

Apesar de estarmos vivendo em pleno século XXI, o contexto social atual ainda
é marcado por preconceito e discriminação contra as pessoas negras,
afrodescendentes e de profissões inferiores. Esses fatos acontecem
fundamentados nos mais diversos aspectos sociais, culturais, religiosos,
ideológicos, dentre outros. Esse preconceito e discriminação se manifestam
das mais variadas formas, desde antipatia, desprezo, medo, até atitudes de
violência. Diante dessa concepção esta pesquisa traz o tema para discussão:
Formas de enfrentamento diante do preconceito e discriminação vivenciados
por pessoas de classes desfavorecidas e negras, com objetivo de descrever
como esses indivíduos se comportam física e emocionalmente frente a
problemática

Neste trabalho abordarei sobre assuntos pertinentes as atividades criminais,


ocorridas no filme “Por uma vida melhor”, onde retrata, situações de
discriminação, preconceito, abusos e corrupção, onde citarei visões jurídicas
sobre a obra. Utilizando assim argumentos a partir da constituição do nosso
país como forma de comparação aos fins ilegais relatados na obra.

A Constituição Federal (1988) estabelece como direitos fundamentais


invioláveis, a vida privada, a honra, a intimidade e a imagem dos indivíduos,
garantindo-lhes o direito a indenização por dano material ou moral em caso de
violação dos seus direitos (BRASIL, 2014). No entanto, o que se verifica na
prática, é que a discriminação, a humilhação e muitas vezes a violência física,
consiste em fatos comuns do dia a dia, praticados por seres humanos contra
outros seres humanos, motivados simplesmente por uma “divergência” de cor,
classe social e poder aquisitivo. O trabalho aborda essa divergência que se
caracteriza por situações de racismo que levam o indivíduo às reações de
medo e ódio em relação as garotas de programas, negras e de classe mais
inferior, manifestadas através de diferentes modos de preconceito e
discriminação que geralmente ocorrem no meio social onde vivem seja no
trabalho, na escola, na igreja, na rua e ainda na forma mais grave por atitudes
de violência verbal e física que muitas vezes acabam em morte.
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Outro aspecto evidenciado na pesquisa é com relação ao enfrentamento a


essa problemática, demonstrando que existe um longo caminho a ser trilhado
para vencer a intolerância. Também é fundamental salientar que o maior
problema a ser enfrentado diz respeito à relação com a sociedade e a
compreensão desta sobre o que vem a ser a discriminação e preconceito.
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Por uma vida melhor.


Mazelas do tráfico

No Brasil contemporâneo, podemos afirmar que a discriminação e o


preconceito, tem vigorado acima das premissas humanas. Tem sido notório a
apreciação de valores irregulares as leis e direitos que amparam o cidadão de
bem e que quer um futuro melhor.

Com relação a vários critérios podemos destacar a falta de valores e amor ao


próximo. Mesmo contendo em nossa constituição Federal, podemos ver que
falta oportunidades de melhoria de vida, isso vem desde o descobrimento
imperialista, onde verificamos várias vezes que o racismo e a ignorância
trazem para a sociedade negra, pobre, humilde, a desvantagem sobre a
demais população. Principalmente pelo fato de falta de investimento em
educação e benefícios da vida aos mais desestruturados.

Fato este que acarreta situações fora de contexto na atualidade da


humanidade, no Brasil, cerca de 71% de desempregados são negros, mesmo
contando com estudo completo, formação superior, cursos profissionalizantes,
há a discriminação. E quando não se tem, são obrigados a procurar formas
antiquadas ou ilícitas para poder manter se vivo, como é a situação de várias
garotas de programas que por falta de oportunidades financeiras estrutura
familiar, necessidade de dignidade e acabam à perdendo em meio a um mundo
obscuro, que deveria ser uma porta de oportunidade e de crescimento
financeiro e acaba se tornando um mundo cheio de inviolabilidade de preceitos,
valores, direito, preconceito e muita discriminação.

Claro que não seria o emprego dos sonhos, ou a oportunidade da vida para se
alavancar financeiramente ou socialmente, contudo apesar dos pesares é uma
profissão, como qualquer outra, que por sua vez merece respeito, assim como
qualquer outra.

Destaco sobre o enredo de um filme chamado “Oloture- Por uma vida melhor”,
produzida no ano de 2019, dirigida por Kenneth Gyang e escita por Yinka
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Ogun, que tem como personagem principal e protagonista da trama a atriz,


Sharon Ooja, que traz uma dura realidade para o mundo atual, e tem muitos
motivos para se destacar em situação a discriminação de mulheres negras e
humildes.

O filme acontece na Nigeria, no ano de 2019 e conta a história de uma garota


(Sharon Ooja), uma jornalista que busca investigar situações ilícitas no meio do
mundo corajoso da prostituição de mulheres nigerianas. Oloture por sua vez
passa por vários desafios que permeiam a vida dessas mulheres
marginalizadas e discriminadas pela sua cor, etnia e profissão, e escreve nas
suas perspectivas, sobre as dificuldades e todo o esquema de tráfico.

A trama se passa em um lugar desfavorecido para a classe alta do país, onde


essas garotas são praticamente nulas para a sociedade, que por sua vez
tornam -se escravizadas no sistema corrupto e desumano daquele universo.

O elemento inicial que se destaca na trama é a busca de perspectivas de futuro


melhor por parte das mulheres nigerianas, a trama mostra as guerras diárias de
cada uma delas para gerar o sustento de suas famílias. Passando assim até
por humilhações, explorações e até mesmo assédio para se conseguir se
manter vivas ou vegetativas.

O filme que ocorre nas ruas de lagos, aborda a situação inicial do filme, com a
(Sharon Ooja) que se envolve em discussão com prostitutas na rua como
pretexto para, entrar em um bordel, e é escolhida por um cliente bêbado, onde
agindo como a personagem de investigadora, acaba mergulhando nas marés
de situações desumanas que as suas companheiras têm passado. Ela acaba
se evadindo do local, onde acaba se envolvendo em várias confusões
financeiras com a cafetina que tem o seu poder.

A imagem ininterrupta funciona muito bem por alguns motivos: primeiro, ela
permite a compreensão imediata dos espaços. Dando assim conhecimento ao
espectador sobre a vida noturna naquela cidade, com seus vendedores
ambulantes, cafetões e golpistas, antes mesmo de descobrirmos quem é nossa
protagonista, e oque ela faz naquele espaço.
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Além disso, a pauta é também explorada pelo companheiro de trabalho de


Oloture, o Emeka (Blossom Chukwujekwu), que dá o auxílio para que o
disfarce de Oloture não seja estragado. A personagem da jornalista passa por
verdadeiros conflitos, tanto em continuar o disfarce como garota de programa
quanto por entender a importância da matéria que deseja escrever.

A produção nigeriana expõe a realidade das ruas. A prostituição na visão do


filme é bem elaborada e traz cenas que marcam qualquer telespectador pela
sua dureza, mas também pela tentativa de sobrevivência em um mundo tão
cruel com as pessoas que são submetidas à prostituição.

A jornalista disfarçada de prostituta, tentando desvendar os segredos do tráfico

de mulheres, por uma Vida Melhor pode levantar diversos questionamentos de


ordem moral. Se por um lado ele preserva a integridade da personagem e evita
sexualizar seu corpo, por outro lado, filma uma cena de estupro de maneira
brutal, quase caricatural, incluindo um plano subjetivo da vítima observando o
agressor sobre seu corpo. Onde vemos a situação de estupro que por sua vez
mesmo a profissão tendo seus atributos, não se é permitido o uso da força para
adquirir algo de outrem, ou como na trama, usar ilícitos para conseguir se
apropriar da propriedade corporal do indivíduo.

O tráfico de mulheres para a exploração sexual é um verdadeiro tormento na


Nigéria, especialmente na Cidade de Benin, no sul do país, que se tornou o
centro de recrutamento de mulheres pelas redes criminosas para 9eva-las à
Europa.

É difícil saber quantas, mas apenas na Itália estima-se que entre 10.000 e
30.000 nigerianas estão envolvidas na prostituição, segundo as autoridades.

Dezenas de milhares de outras nunca conseguiram atravessar o Mediterrâneo


e estão presas na Líbia ou em outros países da África Ocidental, onde são
exploradas pelos traficantes, que as fazem sonhar com a chegada à Europa.

Assim destacamos a situação do sistema social que se revela muito mais


perverso do que a batalha de uma jovem destemida face a um grupo de vilões.
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O roteiro ousa sugerir a conivência dos políticos com o tráfico de mulheres,


além de acenar à corrupção das menores instâncias (os pequenos guardas, os
vigias, os chefes da alfândega) numa espécie de “grande acordo nacional, com
os políticos, com tudo”. 

Dado esses fatos vemos que além de forjarem o sistema, os agentes que
deveriam ter a competência de intervir, evitar, prevenir e remediar esses tipos
de delitos acabam utilizando como meio de diversão e financeiro essas práticas
ilegais, assim concretizando a premissa que o próprio sistema acaba
degradando e impurificando a sociedade para poder se sobrepor sobre eles.

Como na situação do Político que usa meios financeiros para usufruir da


própria criação de valores ilegais dele, pagando assim uma cafetina para levar
para seu consumo, pessoas que por culpa do seu sistema, são praticamente
nulas para a sociedade, enojando e demonstrando ainda mais que tudo vem do
princípio de discriminação, racismo, falta de valores impostos pelo sistema e
preconceito por parte da maior casta da sociedade.

Nisso destaco que por conta desses políticos, homens que deveriam lutar pela
sociedade têm deixado de lado o valor chamado moral e humildade, não se
assimilando a seu país que apesar de ter muita fome, pobreza e miséria tem
sido exemplo não pelos políticos ou pessoas jurídicas de seu âmbito, mais sim
pela população e sua sociedade que mesmo sendo honesta tem sido tratada
com desumanidade e desrespeito por parte de quem não deveria demonstrar
esses tipos de ações.

É diante de um mundo marginalizado que nasce um dos piores crimes, mas é


também em um mundo de aproveitadores o qual permanece os mais sujos dos
casos. O filme é de fato uma transição entre a vida que Òlòturé tinha para uma
que a personagem nem mesmo imaginava tal brutalidade.

Podemos assimilar os crimes de discriminação, violência doméstica, racismo,


entre outros ocorridos na trama, com a atualidade em nosso país. É claro que o
Brasil é um país mais desenvolvido que a Nigéria, portanto, as situações
abordadas na trama ocorrem também na nossa atualidade. Principalmente o
fato da discriminação e racismo por parte das mulheres negras, que por sua
vez no Brasil a maioria segue o mesmo caminho que as Nigerianas, apesar das
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leis serem diferentes e os costumes também, podemos considerar a


discriminação e o preconceito, como crimes universais que ocorrem da mesma
forma em localidades diferentes, pelos mesmos indivíduos, políticos, homens
da força, que na sua competência não tem agido de forma legal para poder
evitar esse mal.

Violando assim os direitos universais da vida, da igualdade e da dignidade


humana, que por sua vez são obrigações do estado promover a igualdade e
repudiar qualquer tipo de ação de racismo discriminação ou preconceito,
traçados em seus princípios fundamentais.

No Brasil cerca de 51,1% da população é afrodescendente, assim deixando


assimilado que não só pelo fato da Nigéria ser um país miserável é a única a
passar pelos crimes violados pelas personagens da trama. E que mesmo
recorrendo as instituições jurídicas, sempre a há falha no julgamento desses
cidadãos, que mesmo corrompendo as leis são acobertados pelo estado.

Por fim pude avaliar na trama que, mesmo havendo leis como estudei em meu
processo de formação jurídica até então, há muitas falhas, por parte dos
órgãos que deveriam promover a igualdade e o julgamento correto das atitudes
abordadas, que não há fazem, tornando assim, mais genérico a corrupção por
parte da população, assim violando preceitos e valores que deveriam ser
mantidos. Tanto a discriminação que foi abordada na trama que se trata de
racismo e de profissão desvalorizada, podemos destacar que isso tudo vem do
poder maior do estado, que pode e deve tomar iniciativa e atitudes a respeito
dos assuntos, mas vive na zona de conforto. Assim prejudicando várias
famílias, cidadãos de bem que por sua vez estão buscando alternativas
diferentes de crescer na vida, e que pela quebra desses direitos acabam tendo
que passar por essas ocasiões.
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CONCLUSÃO

Apesar da sociedade brasileira viver transformações significativas e grandes


avanços tenham ocorrido em relação à defesa da dignidade humana, a
discriminação e o preconceito, ainda convive em meio a sociedade. De certa
forma a identificação dos direitos legais que já foram conquistados não foram
suficientes para acabar com essas violações, nem tão pouco proteger os
desiguais da violência.

Através dessa trama, pude aprofundar em várias situações ilegais do dia a dia
em que o conhecedor da lei não tem conhecimento. Porque apesar de estar no
caminho da lei, o cidadão jurídico não vê com seus próprios olhos oque
acobertam as mazelas do tráfico de pessoas indefesas e desprotegidas pelo
estado. Isso só vai chegar ao conhecimento da lei, em caso de óbito de algum
desses cidadãos, que por sua vez não estão em um mundo errado ou ilegal por
escolha, mais sim por necessidade.

Chamo aqui a atenção, para vários tipos de violações de lei ocorridas na trama
que acontecem também diariamente em nosso cotidiano, que e deixado
passar, como a falta de oportunidade de empregos, a discriminação racial, a
falta de investimento em educação, mais principalmente aa desumanidade com
o próximo, que por muitas vezes está embaixo do nosso nariz e não movemos
um grão para ajudar.

Nesse contexto ainda abordo sobre quem tem de direito o dever de lutar por
essas causas, suas atribuições, que como destacado no trabalho acabam
usufruindo do próprio maleficio que causou para a sociedade, assim subtraindo
prazer e vantagens a partir de quem não tem como se defender, até porque os
que deveriam os defender estão se apropriando dos seus valores e dignidade.

Esse relatório não só serve de reflexão mais também tem o intuito de alerta,
até porque nossos futuros familiares não podem ter esse mesmo
comportamento da atualidade no futuro. Com isso deixo não só como pedido
mais também como atitude, de reverter essas situações, que como eu disse
anteriormente vem desde o imperialismo, e até agora não teve conversão por
mais avançado que seja a nossa tecnologia, informação os meios de
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pesquisas, nada tem tido êxito, se cada um não fizer sua parte, acredito que a
discriminação e o preconceito serão atitudes insolucionáveis.

O desafio maior é preparar as novas gerações, de modo a torná-los


conhecedores sobre a discriminação e preconceitos, sendo bem mais
tolerantes às diferenças e como resultado saber lidar com essas situações.
Acredita-se que não se pode construir uma sociedade justa e igualitária, sem
constatar os princípios básicos de respeito às desigualdades de raça, cor.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Oloture - Por uma Vida Melhor: filme denuncia a prostituição na Netflix
(falauniversidades.com.br)

BRASIL. Imagem PDF logo, UNIP ANCHIETA abre inscrições para o Processo
Seletivo do Segundo Semestre de 2019 – Grupo União de Jornais
(gujsp.com.br)

BRASIL. Direitos e Deveres. Dados de discriminação e preconceito. Jus.com.br


| Jus Navigandi - Tudo de Direito e Justiça

BRASIL. Constituição (planalto.gov.br)~2022

BRASIL. Òlòtūré - Wikipédia (wikipedia.org)2019

BRASIL. Por Uma Vida Melhor | Site Oficial Netflix.2019

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação


e documentação, referências, elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

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