Você está na página 1de 201

PRF

LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
COMENTADA ATUALIZADO E

REVISADO
Diego Alves 2021
Morgana Diefenthaeler
INCLUI:
l CTB atualizado e comentado, de acordo com a
Lei 14.071/2020.
l Resoluções do CONTRAN analisadas para a PRF.
l Questões comentadas de provas anteriores.

Teoria e Questões
PRF
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
COMENTADA

Diego Alves
Morgana Diefenthaeler

Teoria e Questões

NV-LV003-21-LEGISLACAO-TRANSITO
Cód.: 7908428800147
Obra Produção Editorial

Carolina Gomes
PRF – Legislação de Trânsito Josiane Sarto
Comentada Karolaine Assis

Revisão de Conteúdo
Autores Ana Cláudia Prado de Deus
Arthur de Carvalho
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB (Atualizado de
Acordo com a Lei 14.071/2020) • Diego Alves Clarice Virgilio
Fernanda Silva
RESOLUÇÕES DO CONTRAN • Morgana Diefenthaeler Jaíne Martins
Maciel F. Rigoni

Análise de Conteúdo

Ana Beatriz Mamede


João Augusto Terra
Roberth Kairo
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Saula Diniz
Angélica Ilacqua CRB-8/7057

PRF : legislação de trânsito comentada / Diego Alves, Morgana Diefenthaeler. --


São Paulo : Nova Concursos, 2021. Diagramação
200 p.
Dayverson Ramon
ISBN 978-65-87525-30-3
Higor Moreira
1. Trânsito – Leis e legislação – Brasil - Comentários 2. Serviço público - Brasil
– Concursos 2. Trânsito – Leis e legislação – Brasil - Problemas, questões, exercí- Lucas Gomes
cios I. Título II. Diefenthaeler
Willian Lopes
CDU 35.08(079.1)
21-0385

Índices para catálogo sistemático: Projeto Gráfico


1. Serviço público - Brasil - Concursos – Legislação de trânsito
Daniela Jardim & Rene Bueno

Data da Publicação

Fevereiro/2021

Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos


pela Lei nº 9.610/1998. É proibida a reprodução parcial ou total,
por qualquer meio, sem autorização prévia expressa por escrito da
editora Nova Concursos.

Esta obra é vendida sem a garantia de atualização futura. Portanto, Dúvidas


no caso de atualizações voluntárias e erratas, estas serão
disponibilizadas no site www.novaconcursos.com.br por meio do www.novaconcursos.com.br/contato
código de acesso disponível neste material. sac@novaconcursos.com.br
APRESENTAÇÃO
Legislação de Trânsito Comentada, obra de Diego Alves e
Morgana Diefenthaeler, apresenta o Código de Trânsito Brasileiro
e as Resoluções do CONTRAN em conformidade com o edital da
PRF/2021. Nela, você encontrará uma análise concisa, ponto a
ponto, sobre as legislações, evidenciando os artigos cobrados em
provas, além de dicas, macetes e questões comentadas, os quais
serão de grande relevância aos seus estudos.
Essa obra é resultado da competência de nosso time editorial e
da vasta experiência de nossos autores parceiros. Diego e Morgana
também são professores de Legislação de Trânsito em nossos
Cursos Online – o que será um diferencial na sua preparação.
Nossa missão é oferecer um material que possa otimizar seu
tempo e levar você ao alcance de sua aprovação. Apresentamos
esse livro com a certeza de que será muito proveitoso para seus
estudos.
Agora é com você! A meta é estudar até passar!

Os editores.
SUMÁRIO

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB....................................................................................07


CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – LEI 9.503/1993 E SUAS ALTERAÇÕES, INCLUSIVE
AS DA LEI N° 14.071 DE 2020............................................................................................................ 09

RESOLUÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN.........................107


RESOLUÇÃO Nº 04/1998 DO CONTRAN.........................................................................................109

RESOLUÇÃO Nº 14/1998 DO CONTRAN.........................................................................................111

RESOLUÇÃO Nº 24/1998 DO CONTRAN.........................................................................................113

RESOLUÇÃO Nº 36/1998 DO CONTRAN.........................................................................................114

RESOLUÇÃO Nº 92/1999 DO CONTRAN.........................................................................................114

RESOLUÇÃO Nº 110/2000 DO CONTRAN.......................................................................................116

RESOLUÇÃO Nº 160/2004 DO CONTRAN.......................................................................................116

RESOLUÇÃO Nº 210/2006 DO CONTRAN.......................................................................................143

RESOLUÇÃO Nº 211/2006 DO CONTRAN.......................................................................................145

RESOLUÇÃO Nº 216/2006 DO CONTRAN.......................................................................................146

RESOLUÇÃO Nº 227/2017 DO CONTRAN (EXCETO ANEXOS).....................................................147

RESOLUÇÃO Nº 253/2007 DO CONTRAN.......................................................................................147

RESOLUÇÃO Nº 254/2007 DO CONTRAN.......................................................................................148

RESOLUÇÃO Nº 290/2008 DO CONTRAN.......................................................................................149

RESOLUÇÃO Nº 349/2010 DO CONTRAN.......................................................................................150

RESOLUÇÃO Nº 360/2010 DO CONTRAN.......................................................................................153

RESOLUÇÃO Nº 432/2013 DO CONTRAN.......................................................................................154

RESOLUÇÃO Nº 441/2013 DO CONTRAN.......................................................................................156

RESOLUÇÃO Nº 471/2013 DO CONTRAN.......................................................................................157


RESOLUÇÃO Nº 508/2014 DO CONTRAN.......................................................................................158

RESOLUÇÃO Nº 520/2015 DO CONTRAN.......................................................................................160

RESOLUÇÃO Nº 525/2015 DO CONTRAN.......................................................................................161

RESOLUÇÃO Nº 552/2015 DO CONTRAN.......................................................................................165

RESOLUÇÃO Nº 561/2015 DO CONTRAN - TRANSCRITAS..........................................................168

RESOLUÇÃO Nº 667/2017 DO CONTRAN (EXCETO ANEXOS).....................................................172

RESOLUÇÃO Nº 735/2018 DO CONTRAN.......................................................................................173

RESOLUÇÃO Nº 740/2018 DO CONTRAN.......................................................................................175

RESOLUÇÃO Nº 780/2019 DO CONTRAN.......................................................................................180

RESOLUÇÃO Nº 789/2020 DO CONTRAN.......................................................................................184

RESOLUÇÃO Nº 798/2020 DO CONTRAN.......................................................................................185

RESOLUÇÃO Nº 803/2020 DO CONTRAN.......................................................................................188

RESOLUÇÃO Nº 806/2020 DO CONTRAN.......................................................................................190

RESOLUÇÃO Nº 809/2020 DO CONTRAN.......................................................................................192

RESOLUÇÃO Nº 810/2020 DO CONTRAN.......................................................................................194


Código de Trânsito
Brasileiro – CTB
Diego Alves
Iniciaremos os estudos de Legislação de Trânsito Muito cuidado com este singelo dispositivo. Se lhe
partindo do Código de Trânsito Brasileiro, comentan- fosse perguntado se o trânsito em condições seguras é
do, fundamentalmente, os elementos mais recorren- dever de todos, o que você responderia? Acredito que
tes nos certames. Depois, em um segundo momento a maioria diria um sonoro sim! Pois bem, o CTB afir-
da análise, estenderemos a uma apreciação assertiva ma que o trânsito, em condições seguras, é um direito
das principais Resoluções do Conselho Nacional de de todos e dever dos órgãos de trânsito. Então, tenham
Trânsito – CONTRAN. cuidado! Segundo o CTB, é direito de todos e não dever.
Inclusive, esse dispositivo já foi cobrado em prova.

Responsabilidade dos órgãos de Trânsito


CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO –
§ 3° Os órgãos e entidades componentes do Siste-
LEI 9.503/1993 E SUAS ALTERAÇÕES, ma Nacional de Trânsito respondem, no âmbito
INCLUSIVE AS DA LEI N° 14.071 DE das respectivas competências, objetivamente, por
danos causados aos cidadãos em virtude de ação,
2020 omissão ou erro na execução e manutenção de pro-
gramas, projetos e serviços que garantam o exercí-
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES cio do direito do trânsito seguro.

Abrangência do CTB O legislador cita que os órgãos de trânsito respon-


derão objetivamente por danos aos cidadãos em virtu-
Art. 1°. O trânsito de qualquer natureza nas vias de de ação, omissão ou erro na execução de serviços.
terrestres do território nacional, abertas à circula- O que significa Responsabilidade Objetiva? A respon-
ção , rege-se por este Código. sabilidade objetiva não depende da comprovação do
dolo ou da culpa do agente causador do dano, apenas
Veja que o CTB abrange apenas vias terrestres do do nexo de causalidade entre a sua conduta e o dano
Brasil! Vias aéreas e marítimas não são regidas pelo causado à vítima, isto é, mesmo que o agente causador
CTB. Quanto às vias abertas à circulação, o CTB rege não tenha agido com dolo ou culpa, deverá o Estado
também, excepcionalmente, as vias privadas. Então, indenizar a vítima. É a teoria do risco administrati-
se for cobrada na sua prova se o CTB se aplica às vias vo. Posteriormente é possível que o Estado cobre os
privadas, deve-se responder que sim, se aplica o CTB, valores do servidor em ação regressiva, se houver
mas apenas em condomínios constituídos por unida- negligência, imprudência ou imperícia. Cabe destacar
des autônomas e em vias e áreas de estacionamento que o Estado está isento de danos causados por atos
de estabelecimentos privados de uso coletivo. Por- de terceiros, força maior, culpa exclusiva da vítima ou
tanto, pode ocorrer uma fiscalização de trânsito nos caso fortuito, sendo este o entendimento predominan-
estacionamentos destes estabelecimentos (estacio- te nos Tribunais.
namentos de shoppings, farmácias, hipermercados),
provocando um fenômeno de publicização de vias § 5° Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes
particulares em regime de exceção. ao Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade
em suas ações à defesa da vida, nela incluída a pre-
Conceito de Trânsito servação da saúde e do meio-ambiente.

§ 1° Considera-se trânsito a utilização das vias por Vias terrestres


pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, Art. 2°. São vias terrestres urbanas e rurais as
estacionamento e operação de carga ou descarga. ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as
passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu
Temos aqui o conceito de trânsito no CTB. O que é uso regulamentado pelo órgão ou entidade com cir-
trânsito? Trânsito é a utilização das vias por pessoas,
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
cunscrição sobre elas, de acordo com as peculiari-
veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzi- dades locais e as circunstâncias especiais.
dos ou não, para fins de circulação, parada, estaciona- Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são
mento e operação de carga ou descarga. consideradas vias terrestres as praias abertas à cir-
Convém ressaltar que os conceitos de estacio- culação pública, as vias internas pertencentes aos
namento, parada, circulação e operação de carga e condomínios constituídos por unidades autônomas
descarga estão no anexo I do CTB. A principal dife- e as vias e áreas de estacionamento de estabeleci-
rença está nos conceitos de estacionamento e parada. mentos privados de uso coletivo.
Observe que a parada é um tempo restrito ao embar-
que e desembarque de passageiros! Se, por acaso, o As praias abertas à circulação pública, as vias
condutor estiver dentro do carro, aguardando uma internas pertencentes aos condomínios constituídos
pessoa fazer compras em frente a um estabelecimento por unidades autônomas e as vias e áreas de estacio-
comercial, por exemplo, e houver uma sinalização de namento de estabelecimentos privados de uso coleti-
proibição de estacionamento, o condutor poderá ser vo são vias terrestres. Mas o mais interessante é que
autuado por estacionar em local proibido. vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos
privados de uso coletivo, ou seja, estacionamentos de
§ 2° O trânsito, em condições seguras, é um direito supermercados, shoppings e afins são vias terrestres
de todos e dever dos órgãos e entidades componen- agora. Isto se deve, principalmente, aos problemas
tes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes caben- causados por pessoas mal-educadas que estacionam
do, no âmbito das respectivas competências, adotar em locais destinados a deficientes físicos e idosos, não
as medidas destinadas a assegurar esse direito. portando autorização. 9
Antigamente, não se autuava estes infratores em 3. (CONSULTEC – 2016) As normas e disposições do
tais locais. No entanto, a lei foi modificada para punir Código de Trânsito Brasileiro são aplicáveis
quem insiste em infringir esta regra. Inclusive, a infra-
ção foi alterada pela lei 13.281/2016. Sendo assim, o a) a qualquer veículo, bem como aos proprietários, con-
estacionamento em vagas reservadas às pessoas com dutores dos veículos nacionais ou estrangeiros e às
deficiência ou idosos sem credencial em shoppings e pessoas nele expressamente mencionadas.
mercados a partir de 01/11/2016 passou a ser infração b) aos veículos, proprietários e condutores nacionais,
de natureza gravíssima com a criação do inciso XX do exceto os estrangeiros.
Art.181 do CTB. c) aos veículos e seus proprietários e a outras pessoas
nele mencionadas.
d) apenas aos veículos e seus condutores e a outras pes-
Importante! soas nele mencionadas.
e) apenas aos proprietários e condutores de veículos.
Quais são as vias rurais e urbanas? Vamos ao
Anexo I: Literalidade do Art. 3° do CTB. Ninguém possui
VIA RURAL - estradas e rodovias. imunidade no trânsito. Aplica-se o CTB inclusive a
VIA URBANA - ruas, avenidas, vielas, ou cami- qualquer veículo, bem como aos proprietários, con-
nhos e similares abertos à circulação pública, dutores dos veículos nacionais ou estrangeiros.
situados na área urbana, caracterizados princi- Art. 3°. As disposições deste Código são aplicáveis a qual-
palmente por possuírem imóveis edificados ao quer veículo, bem como aos proprietários, condutores
longo de sua extensão. dos veículos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele
expressamente mencionadas. Resposta: Letra A.

Art. 3°. As disposições deste Código são aplicáveis 4. (IDECAN - 2017) “Os órgãos e entidades de trânsito per-
a qualquer veículo, bem como aos proprietários, tencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão prio-
condutores dos veículos nacionais ou estrangeiros ridade em suas ações à defesa da vida, nela incluída a
e às pessoas nele expressamente mencionadas. preservação ________________ e ____________________.”
Art. 4°. Os conceitos e definições estabelecidos para Assinale a alternativa que completa correta e sequen-
os efeitos deste Código são os constantes do Anexo I. cialmente a afirmativa anterior.

a) da saúde / das vias


b) das vias / do meio ambiente
EXERCÍCIOS COMENTADOS c) da saúde / do meio ambiente
d) do meio ambiente / da probidade administrativa
1. (EMDEC - 2019) Com relação ao Código de Trânsito
Brasileiro, analise a afirmativa abaixo e assinale Ver- A Letra C está correta. Art. 1° § 5° do CTB nos res-
dadeiro (V) ou Falso (F) guarda. Vejamos:
Art. 1°. [...]§ 5° Os órgãos e entidades de trânsito
( ) Considera-se trânsito a utilização das vias por pes- pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão
soas, veículos e animais, isolados ou em grupos, prioridade em suas ações à defesa da vida, nela
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, incluída a preservação da saúde e do meio-ambien-
estacionamento e operação de carga ou descarga. te. Resposta: Letra C.

Art. 1°. § 1° Considera-se trânsito a utilização das DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO


vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em
grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, Finalidades do Sistema Nacional de Trânsito
parada, estacionamento e operação de carga ou
descarga. Resposta: Verdadeiro. Art. 5°. O Sistema Nacional de Trânsito é o conjun-
to de órgãos e entidades da União, dos Estados, do
2. (CONSULPAM - 2019) Para efeito do Código de Trân- Distrito Federal e dos Municípios que tem por fina-
sito Brasileiro – CTB, NÃO são consideradas vias lidade o exercício das atividades de planejamento,
administração, normatização, pesquisa, registro e
terrestres:
licenciamento de veículos, formação, habilitação e
reciclagem de condutores, educação, engenharia,
a) As praias abertas à circulação pública. operação do sistema viário, policiamento, fiscaliza-
b) As pistas de corridas de automóveis, motos, bicicletas ção, julgamento de infrações e de recursos e aplica-
ou outros veículos de qualquer tipo de tração, privadas ção de penalidades.
ou estatais.
c) As vias internas pertencentes aos condomínios cons- Perceba que o Sistema Nacional de Trânsito é um
tituídos por unidades autônomas. conjunto de esforços entre a União, Estados e Muni-
d) As vias e áreas de estacionamento de estabelecimen- cípios que tem por finalidade executar as tarefas
tos privados de uso coletivo. relacionadas ao trânsito. Nesta norma há muitas atri-
buições e finalidades inerentes aos órgãos de trânsito.
As pistas de corridas de automóveis, motos, bicicle-
tas ou outros veículos de qualquer tipo de tração, Objetivos do Sistema Nacional de Trânsito
privadas ou estatais não são consideradas vias ter-
restres. O Art. 2° Parágrafo único do CTB contempla Art. 6°. São objetivos básicos do Sistema Nacional
10 todas as outras alternativas. Resposta: Letra B. de Trânsito:
I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de Temos aqui os órgãos do sistema nacional de trân-
Trânsito, com vistas à segurança, à fluidez, ao con- sito. Artigo bastante exigido nas provas. Veja que
forto, à defesa ambiental e à educação para o trân- a guarda municipal não está nesse rol. Pode ela fis-
sito, e fiscalizar seu cumprimento; calizar trânsito? Pode! O Supremo Tribunal Federal,
II - fixar, mediante normas e procedimentos, a padro- por seis a cinco, em sessão no dia 6 de agosto de 2015,
nização de critérios técnicos, financeiros e adminis- decidiu que as guardas municipais têm competência
trativos para a execução das atividades de trânsito;
para fiscalizar o trânsito, lavrar auto de infração de
III - estabelecer a sistemática de fluxos permanen-
trânsito e impor multas. Vejamos:
tes de informações entre os seus diversos órgãos e
entidades, a fim de facilitar o processo decisório e a
integração do Sistema. ÓRGÃO
ÓRGÃO
NORMATIVO
ESFERA EXECUTIVO DE
CONSULTIVO E
Não confunda as finalidades do Sistema Nacional COORDENADOR
TRÂNSITO
de Trânsito com os seus objetivos. Memorizem bem
os Objetivos do SNT! Costumam cair de forma direta União CONTRAN DENATRAN
nas provas.
CETRAN
Vejamos melhor cada um dos incisos:
Estados CONTRANDIFE Detran
(DF)
z O Inciso I refere-se à Política Nacional de Trânsito,
esta que é uma ferramenta que visa assegurar a Municípios - Pode ser criado.
proteção da integridade humana e o desenvolvi-
mento socioeconômico do País, conforme a reso-
lução do CONTRAN n° 514 de 2014. Uns dos seus
ÓRGÃO ÓRGÃO
objetivos são: promover a melhoria da seguran- ESFERA EXECUTIVO POLICIAL
ÓRGÃO
ça viária e garantir a melhoria das condições de JULGADOR
RODOVIÁRIO FISCALIZADOR
mobilidade urbana e viária, a acessibilidade e a
qualidade ambiental.
z O Inciso II refere-se à padronização de critérios União DNIT PRF Jari
técnicos, financeiros e administrativos, pois, em DER
um país de dimensões continentais é necessário Estados PM Jari
DAER (RS)
a padronização de regras, ou seja, uniformidade
nas leis de trânsito para que sejam respeitadas por Pode ser
todos Estados da federação. Municípios - Jari
criado.
z O Inciso III fala da integração entre os órgãos do
SNT. Temos, por exemplo, o RENAVAM (Registro
nacional de veículos automotores) e o RENACH Art. 7°-A. A autoridade portuária ou a entidade
(Registro Nacional de condutores), como banco de concessionária de porto organizado poderá celebrar
dados administrados pelo DENATRAN que permi- convênios com os órgãos previstos no art. 7°, com
te acesso aos órgãos fiscalizadores de todo o país. a interveniência dos Municípios e Estados, juridica-
A resolução do CONTRAN 576/16 dispõe sobre o mente interessados, para o fim específico de facilitar
intercâmbio de informações, entre órgãos e enti- a autuação por descumprimento da legislação de
trânsito. (Incluído pela Lei n° 12.058, de 2009)
dades executivos de trânsito dos Estados e do
§ 1° O convênio valerá para toda a área física do porto
Distrito Federal e os demais órgãos e entidades
organizado, inclusive, nas áreas dos terminais alfan-
executivos de trânsito e executivos rodoviários da degados, nas estações de transbordo, nas instalações
União, dos Estados, Distrito Federal e dos Municí- portuárias públicas de pequeno porte e nos respecti-
pios que compõem o Sistema Nacional de Trânsito. vos estacionamentos ou vias de trânsito internas.

Da Composição e Competência do Sistema Nacional Ferramenta de grande valia para a qualidade de


de Trânsito
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
vida da população, com a promoção da segurança e
da fluidez do trânsito na área portuária. Há diversos
Art. 7°. Compõem o Sistema Nacional de Trânsito tipos de convênios que podem ser firmados, desde
os seguintes órgãos e entidades: uma simples orientação de trânsito quanto para a rea-
I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, lização de autuações. Convém lembrar que o convênio
coordenador do Sistema e órgão máximo norma- é para autuações dentro da área física do porto orga-
tivo e consultivo; nizado e áreas de terminais alfandegários.
II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN
Em Santos, município do Estado de São Paulo, o
e o Conselho de Trânsito do Distrito Federal -
Diretor Presidente da Companhia Docas do Estado de
CONTRANDIFE, órgãos normativos, consultivos e
São Paulo (CODESP), na função de Autoridade Portuá-
coordenadores;
ria, estabeleceu regramento para o acesso terrestre ao
III - os órgãos e entidades executivos de trânsito
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos porto de Santos, por meio da resolução DP n° 83.2014,
Municípios; de 11 de junho de 2014. A atividade de fiscalização de
IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários trânsito é feita pela guarda portuária. Dentre as com-
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos petências da guarda portuária, destaca-se a de suprir
Municípios; as necessidades de serviços de fiscalização, atendi-
V - a Polícia Rodoviária Federal; mento às ocorrências, cumprimento de normas e
VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito legislação, orientação preventiva, revista de pessoal e
Federal; e de veículos, comunicação com autoridades externas e
VII - as Juntas Administrativas de Recursos de outras relacionadas à Segurança Portuária, portando,
Infrações - JARI. ou não, armamento. 11
Esse instrumento fortalece a relação porto-cida- § 4° Os Ministros de Estado deverão indicar suplen-
de, pois fiscalizar e disciplinar o trânsito de veículos te, que será servidor de nível hierárquico igual ou
nas vias do Porto é uma atividade fundamental da superior ao nível 6 do Grupo-Direção e Assessora-
segurança. mento Superiores - DAS ou, no caso do Ministério
da Defesa, alternativamente, Oficial-General. (Lei
n° 14.071 de 2020)
Art. 9°. O Presidente da República designará o § 5° Compete ao dirigente do órgão máximo exe-
ministério ou órgão da Presidência responsável cutivo de trânsito da União atuar como Secretário-
pela coordenação máxima do Sistema Nacional de -Executivo do CONTRAN. (Lei n° 14.071 de 2020)
Trânsito, ao qual estará vinculado o CONTRAN e § 6° O quórum de votação e de aprovação no CON-
subordinado o órgão máximo executivo de trânsito TRAN é o de maioria absoluta. (Lei n° 14.071 de 2020)
da União.
Três dispositivos a serem estudados. As primei-
A informação que você deve frisar é: o DENATRAN ras informações são: os ministros devem indicar um
(órgão máximo executivo de trânsito da união) está servidor de nível hierárquico igual ou superior; ago-
subordinado ao órgão ou ministério coordenador do ra o dirigente máximo do DENATRAN será o Secre-
sistema nacional de trânsito. Já o CONTRAN está vin- tário-Executivo do CONTRAN; antigamente ele era o
culado. Mais um detalhe a ser lembrado: é o Presiden- presidente do CONTRAN. O quórum de votação e de
te da República quem designa o ministério ou órgão aprovação no CONTRAN é o de maioria absoluta.
da Presidência responsável pela coordenação máxi-
ma do Sistema Nacional de Trânsito. Art. 10-A. Poderão ser convidados a participar de
reuniões do CONTRAN, sem direito a voto, repre-
sentantes de órgãos e entidades setoriais responsá-
Art. 10. O Conselho Nacional de Trânsito (CON- veis ou impactados pelas propostas ou matérias em
TRAN), com sede no Distrito Federal, tem a seguinte exame (Lei n° 14.071 de 2020).
composição: (Lei n° 14.071 de 2020)
II-A - Ministro de Estado da Infraestrutura, que o Competências do CONTRAN
presidirá;
III - Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Art. 12. Compete ao CONTRAN:
Inovações; I - estabelecer as normas regulamentares referidas
IV - Ministro de Estado da Educação; neste Código e as diretrizes da Política Nacional de
V - Ministro de Estado da Defesa; Trânsito;
VI - Ministro de Estado do Meio Ambiente; II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trân-
VII - (revogado); sito, objetivando a integração de suas atividades;
XX - (revogado); III - (VETADO)
XXII - Ministro de Estado da Saúde; IV - criar Câmaras Temáticas;
XXIII - Ministro de Estado da Justiça e Segurança V - estabelecer seu regimento interno e as dire-
Pública; trizes para o funcionamento dos CETRAN e
XXIV - Ministro de Estado das Relações Exteriores; CONTRANDIFE;
XXV - (revogado); VI - estabelecer as diretrizes do regimento das JARI;
XXVI - Ministro de Estado da Economia; e VII - zelar pela uniformidade e cumprimento das
normas contidas neste Código e nas resoluções
XXVII - Ministro de Estado da Agricultura, Pecuá-
complementares;
ria e Abastecimento.
VIII - estabelecer e normatizar os procedimentos
para o enquadramento das condutas expressa-
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), com mente referidas neste Código, para a fiscalização
sede no Distrito Federal, coordenador do Sistema e a aplicação das medidas administrativas e das
Nacional de Trânsito (SNT) e órgão máximo normati- penalidades por infrações e para a arrecadação das
vo e consultivo, tem como missão coordenar e super- multas aplicadas e o repasse dos valores arrecada-
visionar as ações e atividades desenvolvidas pelos dos; (Lei n° 14.071 de 2020)
IX - responder às consultas que lhe forem formula-
órgãos e entidades de trânsito, de forma articulada
das, relativas à aplicação da legislação de trânsito;
e integrada, zelando pelo cumprimento da Lei com X - normatizar os procedimentos sobre a aprendi-
vistas à garantia de um trânsito em condições seguras zagem, habilitação, expedição de documentos de
para todos com a promoção, valorização e preserva- condutores, e registro e licenciamento de veículos;
ção da vida, notadamente por meio do exercício das XI - aprovar, complementar ou alterar os dispositi-
competências e atribuições previstas no Código de vos de sinalização e os dispositivos e equipamentos
Trânsito Brasileiro (CTB) e outras normas em vigor. de trânsito;
Veja que agora há uma nova composição, uma XII - apreciar os recursos interpostos contra as
decisões das instâncias inferiores, na forma deste
vez que foram dadas atribuições aos ministros. Anti-
Código; (Lei n° 14.071 de 2020)
gamente, eram os representantes de ministérios que XIII - avocar, para análise e soluções, processos
compunham o CONTRAN e agora são os ministros. sobre conflitos de competência ou circunscrição,
Além disso, ao Ministério da Infraestrutura foi atri- ou, quando necessário, unificar as decisões admi-
buída a função de presidir o CONTRAN, retirando o nistrativas; e
dirigente máximo do DENATRAN dessa função. A com- XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e compe-
posição do CONTRAN também passou a envolver mais tência de trânsito no âmbito da União, dos Estados
três ministérios: Ministério da Economia, Ministério e do Distrito Federal.
XV - normatizar o processo de formação do candida-
das Relações Exteriores e o Ministério da Agricultura.
to à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação,
Entretanto, saem do conselho os representantes da estabelecendo seu conteúdo didático-pedagógico,
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e carga horária, avaliações, exames, execução e fis-
do Ministério do Desenvolvimento Regional. A presi- calização. (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
12 dência passa para o ministro da Infraestrutura. (Vigência)
As atribuições dos órgãos e entidades de trânsito § 2° Os segmentos da sociedade, relacionados no
são quesitos cobrados em exames. Então, por mais que parágrafo anterior, serão representados por pessoa
seja chato estudar, é possível compreender as prin- jurídica e devem atender aos requisitos estabeleci-
cipais tarefas de cada órgão ou entidade de trânsito dos pelo CONTRAN.
sem gastar muita energia. O CONTRAN, por exemplo, § 3° A coordenação das Câmaras Temáticas será
exercida por representantes do órgão máximo
possui algumas características peculiares: é um órgão
executivo de trânsito da União ou dos Ministérios
Normativo (Incisos I, VIII, X e XV), Coordenador (Inci-
representados no CONTRAN, conforme definido no
so II), e Consultivo (Inciso IX); estabelece também as ato de criação de cada Câmara Temática. (Lei n°
Diretrizes da Política Nacional de Trânsito, diretrizes 14.071 de 2020)
para o funcionamento dos CETRAN e CONTRANDIFE e
diretrizes do regimento das JARI. As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vinculados
O CONTRAN é essencialmente político, e seus mem- ao Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), têm
bros, muitas vezes, não possuem conhecimento técnico como objetivo estudar e oferecer sugestões e emba-
a respeito de trânsito, mas deliberam sobre a criação samento técnico sobre assuntos específicos para deci-
de Câmaras Temáticas. Com a nova lei, o CONTRAN a sões do Conselho. Cada Câmara será composta por 23
partir de abril de 2021 não analisará mais recursos de (vinte e três) titulares e respectivos suplentes, sele-
segunda instância de infrações de órgãos da União. cionados pelo Diretor do Departamento Nacional de
Trânsito (DENATRAN) e designados pelo Ministro de
§ 1° As propostas de normas regulamentares de que Estado da Infraestrutura, para um mandato de 2 (dois)
trata o inciso I do caput deste artigo serão subme- anos. Assunto previsto na resolução n° 777 de 13 de
tidas a prévia consulta pública, por meio da rede junho de 2019.
mundial de computadores, pelo período mínimo
de 30 (trinta) dias, antes do exame da matéria pelo Competências do CETRAN
CONTRAN. (Lei n° 14.071 de 2020)
§ 2° As contribuições recebidas na consulta pública Art. 14. Compete aos Conselhos Estaduais de Trân-
de que trata o § 1° deste artigo ficarão à disposição sito - CETRAN e ao Conselho de Trânsito do Distrito
do público pelo prazo de 2 (dois) anos, contado da Federal - CONTRANDIFE:
data de encerramento da consulta pública. (Lei n° I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas
14.071 de 2020) de trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
§ 3° Em caso de urgência e de relevante interesse II - elaborar normas no âmbito das respectivas
público, o Presidente do CONTRAN poderá editar competências;
deliberação, ad referendum do Conselho e com III - responder a consultas relativas à aplicação
prazo de validade máximo de 90 (noventa) dias, da legislação e dos procedimentos normativos de
para estabelecer norma regulamentar prevista no trânsito;
inciso I do caput, dispensado o cumprimento do IV - estimular e orientar a execução de campanhas
disposto nos §§ 1° e 2° deste artigo, vedada a reedi- educativas de trânsito;
ção. (Lei n° 14.071 de 2020) V - julgar os recursos interpostos contra decisões:
§ 4° Encerrado o prazo previsto no § 3° deste artigo a) das JARI;
sem o referendo do CONTRAN, a deliberação perde- b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos
rá a sua eficácia, e permanecerão válidos os efeitos casos de inaptidão permanente constatados nos
dela decorrentes. (Lei n° 14.071 de 2020) exames de aptidão física, mental ou psicológica;
§ 5° Norma do CONTRAN poderá dispor sobre o uso VI - indicar um representante para compor a comis-
de sinalização horizontal ou vertical que utilize téc- são examinadora de candidatos portadores de defi-
nicas de estímulos comportamentais para a redu- ciência física à habilitação para conduzir veículos
ção de acidentes de trânsito. (Lei n° 14.071 de 2020) automotores;
VII - (VETADO)
A partir de abril de 2021, as normas do CONTRAN VIII - acompanhar e coordenar as atividades de
administração, educação, engenharia, fiscalização,
serão submetidas a Consulta pública prévia por perío-
policiamento ostensivo de trânsito, formação de

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


do mínimo de 30 dias. Em caso de urgência e de rele-
condutores, registro e licenciamento de veículos,
vante interesse público, o presidente do CONTRAN articulando os órgãos do Sistema no Estado, repor-
pode editar uma deliberação com validade por 90 dias tando-se ao CONTRAN;
até análise dos membros do CONTRAN, dispensada IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e compe-
consulta pública. tência de trânsito no âmbito dos Municípios; e
X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento das
Art. 13. As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos exigências definidas nos §§ 1° e 2° do art. 333.
vinculados ao CONTRAN, são integradas por espe- XI - designar, em caso de recursos deferidos e na
cialistas e têm como objetivo estudar e oferecer hipótese de reavaliação dos exames, junta especial
sugestões e embasamento técnico sobre assuntos de saúde para examinar os candidatos à habilita-
específicos para decisões daquele colegiado. ção para conduzir veículos automotores. (Incluído
§ 1° Cada Câmara é constituída por especialistas pela Lei n° 9.602 de 1998)
representantes de órgãos e entidades executivos Parágrafo único. Dos casos previstos no inciso V,
da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos julgados pelo órgão, não cabe recurso na esfera
Municípios, em igual número, pertencentes ao Sis- administrativa.
tema Nacional de Trânsito, além de especialistas
representantes dos diversos segmentos da socie- O CETRAN e o CONTRANDIFE são, também: Nor-
dade relacionados com o trânsito, todos indicados mativos (Inciso II), Consultivos (Inciso III), Recursivos
segundo regimento específico definido pelo CON- (Inciso V) e Coordenadores (Inciso VIII). Lembrando
TRAN e designados pelo ministro ou dirigente coor- que o CETRAN dirime conflitos entre Municípios e o
denador máximo do Sistema Nacional de Trânsito. CONTRAN dirime entre órgãos da União e dos Estados. 13
É importante ressaltar que o CETRAN e CONTRAN- III - articular-se com os órgãos dos Sistemas Nacio-
DIFE estimulam e orientam a execução de campanhas nais de Trânsito, de Transporte e de Segurança
educativas de trânsito. Incluem-se também, entre as Pública, objetivando o combate à violência no
competências desse órgão, o acompanhamento e a trânsito, promovendo, coordenando e executando
coordenação das atividades de administração, educa- o controle de ações para a preservação do ordena-
ção, engenharia, fiscalização e policiamento ostensivo mento e da segurança do trânsito;
de trânsito. IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos
de improbidade contra a fé pública, o patrimônio,
ou a administração pública ou privada, referentes
Art. 15. Os presidentes dos CETRAN e do CON-
à segurança do trânsito;
TRANDIFE são nomeados pelos Governadores dos
V - supervisionar a implantação de projetos e pro-
Estados e do Distrito Federal, respectivamente, e
gramas relacionados com a engenharia, educa-
deverão ter reconhecida experiência em matéria de
ção, administração, policiamento e fiscalização
trânsito.
do trânsito e outros, visando à uniformidade de
§ 1° Os membros dos CETRAN e do CONTRANDIFE
procedimento;
são nomeados pelos Governadores dos Estados e
VI - estabelecer procedimentos sobre a aprendi-
do Distrito Federal, respectivamente.
zagem e habilitação de condutores de veículos, a
§ 2° Os membros do CETRAN e do CONTRANDIFE
expedição de documentos de condutores, de regis-
deverão ser pessoas de reconhecida experiência em
tro e licenciamento de veículos;
trânsito.
VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira
§ 3° O mandato dos membros do CETRAN e do CON-
Nacional de Habilitação, os Certificados de Regis-
TRANDIFE é de dois anos, admitida a recondução.
tro e o de Licenciamento Anual mediante delegação
aos órgãos executivos dos Estados e do Distrito
Federal;
Importante! VIII - organizar e manter o Registro Nacional de
O Presidente e os Membros do CETRAN e CON- Carteiras de Habilitação - RENACH;
IX - organizar e manter o Registro Nacional de Veí-
TRANDIFE são nomeados pelos Governadores
culos Automotores - RENAVAM;
de Estado e o tempo destes é de 02 (dois) anos, X - organizar a estatística geral de trânsito no
admitindo-se a recondução. Aspecto interessan- território nacional, definindo os dados a serem
te é que o Presidente do CETRAN deve possuir fornecidos pelos demais órgãos e promover sua
reconhecida experiência em matéria de trânsito. divulgação;
Já os outros membros deverão ter reconhecida XI - estabelecer modelo padrão de coleta de infor-
experiência em trânsito. mações sobre as ocorrências de acidentes de trân-
sito e as estatísticas do trânsito;
XII - administrar fundo de âmbito nacional destina-
Competências das JARI do à segurança e à educação de trânsito;
XIII - coordenar a administração do registro das
Art. 17. Compete às JARI: infrações de trânsito, da pontuação e das penalida-
I - julgar os recursos interpostos pelos infratores; des aplicadas no prontuário do infrator, da arreca-
II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de dação de multas e do repasse de que trata o § 1°
trânsito e executivos rodoviários informações com- do art. 320; (Redação dada pela Lei n° 13.281, de
plementares relativas aos recursos, objetivando 2016) (Vigência)
uma melhor análise da situação recorrida; XIV - fornecer aos órgãos e entidades do Sistema
III - encaminhar aos órgãos e entidades exe- Nacional de Trânsito informações sobre registros
cutivos de trânsito e executivos rodoviários de veículos e de condutores, mantendo o fluxo per-
informações sobre problemas observados nas manente de informações com os demais órgãos do
autuações e apontados em recursos, e que se repi- Sistema;
tam sistematicamente. XV - promover, em conjunto com os órgãos compe-
tentes do Ministério da Educação e do Desporto, de
As JARI são órgãos colegiados, componentes do acordo com as diretrizes do CONTRAN, a elabora-
Sistema Nacional de Trânsito, responsáveis pelo jul- ção e a implementação de programas de educação
de trânsito nos estabelecimentos de ensino;
gamento dos recursos interpostos contra penalidades
XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáti-
aplicadas pelos órgãos e entidades executivos de trân-
cos para a educação de trânsito;
sito ou rodoviários. As JARI, em regra, existem para
XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos
analisar e julgar recursos de infrações. Mas, para efei- sobre o trânsito;
to de prova, é importante memorizar as três atribui- XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos
ções dispostas anteriormente. A resolução n° 357 de e entidades do Sistema Nacional de Trânsito, e sub-
02 de agosto de 2010 regulamenta o assunto. meter à aprovação do CONTRAN, a complementa-
ção ou alteração da sinalização e dos dispositivos e
Competências do DENATRAN equipamentos de trânsito;
XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar
Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de os manuais e normas de projetos de implementação
trânsito da União: da sinalização, dos dispositivos e equipamentos de
I - cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito trânsito aprovados pelo CONTRAN;
e a execução das normas e diretrizes estabelecidas XX – expedir a permissão internacional para con-
pelo CONTRAN, no âmbito de suas atribuições; duzir veículo e o certificado de passagem nas alfân-
II - proceder à supervisão, à coordenação, à correi- degas mediante delegação aos órgãos executivos
ção dos órgãos delegados, ao controle e à fiscaliza- dos Estados e do Distrito Federal ou a entidade
ção da execução da Política Nacional de Trânsito e habilitada para esse fim pelo poder público federal;
14 do Programa Nacional de Trânsito; (Redação dada pela lei n° 13.258, de 2016)
XXI - promover a realização periódica de reuniões z Elaborar projetos e programas de formação, trei-
regionais e congressos nacionais de trânsito, bem namento e especialização do pessoal encarrega-
como propor a representação do Brasil em congres- do da execução das atividades relacionadas ao
sos ou reuniões internacionais; trânsito;
XXII - propor acordos de cooperação com organis- z Administrar fundo de âmbito nacional destinado à
mos internacionais, com vistas ao aperfeiçoamen- segurança e à educação de trânsito;
to das ações inerentes à segurança e educação de z Proceder à supervisão, à coordenação, à correição
trânsito; dos órgãos delegados, ao controle e à fiscalização
XXIII - elaborar projetos e programas de formação, da execução da Política Nacional de Trânsito e do
treinamento e especialização do pessoal encarre- Programa Nacional de Trânsito;
gado da execução das atividades de engenharia, z Manter o RNPC, que é um registro nacional de
educação, policiamento ostensivo, fiscalização, bons condutores.
operação e administração de trânsito, propondo
medidas que estimulem a pesquisa científica e o Competências da PRF
ensino técnico-profissional de interesse do trânsito,
e promovendo a sua realização; Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no
XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao trân- âmbito das rodovias e estradas federais:
sito interestadual e internacional; I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas
XXV - elaborar e submeter à aprovação do CON- de trânsito, no âmbito de suas atribuições;
TRAN as normas e requisitos de segurança veicular
para fabricação e montagem de veículos, consoante Se o foco é a PRF, é fundamental saber as atribui-
sua destinação; ções deste órgão. Inciso importante. Antes de cobrar
XXVI - estabelecer procedimentos para a concessão dos cidadãos, a PRF deve ser um exemplo em cumpri-
do código marca-modelo dos veículos para efeito de mento das regras de trânsito.
registro, emplacamento e licenciamento;
XXVII - instruir os recursos interpostos das deci- II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando
sões do CONTRAN, ao ministro ou dirigente coor- operações relacionadas com a segurança pública,
denador máximo do Sistema Nacional de Trânsito; com o objetivo de preservar a ordem, incolumidade
XXVIII - estudar os casos omissos na legislação de das pessoas, o patrimônio da União e o de terceiros;
trânsito e submetê-los, com proposta de solução, ao
Ministério ou órgão coordenador máximo do Siste- Patrulhamento ostensivo significa visível e carac-
ma Nacional de Trânsito; terizado. Tenha isto em mente. A finalidade é prevenir
XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, adminis- crimes e acidentes.
trativo e financeiro ao CONTRAN.
XXX - organizar e manter o Registro Nacional de III - executar a fiscalização de trânsito, aplicar as
Infrações de Trânsito (Renainf). (Incluído pela Lei penalidades de advertência por escrito e multa e
n° 13.281, de 2016) (Vigência) as medidas administrativas cabíveis, com a notifi-
XXXI - organizar, manter e atualizar o Registro cação dos infratores e a arrecadação das multas
Nacional Positivo de Condutores (RNPC). aplicadas e dos valores provenientes de estadia e
§ 1° Comprovada, por meio de sindicância, a defi- remoção de veículos, objetos e animais e de escolta
ciência técnica ou administrativa ou a prática cons- de veículos de cargas superdimensionadas ou peri-
tante de atos de improbidade contra a fé pública, gosas; (Lei n° 14.071 de 2020)
contra o patrimônio ou contra a administração
pública, o órgão executivo de trânsito da União, Aplicar multas e arrecadar o dinheiro delas,
mediante aprovação do CONTRAN, assumirá dire- dinheiro esse que não é repassado para outro órgão.
tamente ou por delegação, a execução total ou par- Além disso, arrecada dinheiro das diárias de pátio
cial das atividades do órgão executivo de trânsito (estada e remoção) e de escolta de cargas superdimen-
estadual que tenha motivado a investigação, até sionadas ou perigosas como, por exemplo, uma carga
que as irregularidades sejam sanadas. radioativa. Além disso, a PRF aplicará a penalidade de

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


§ 2° O regimento interno do órgão executivo de advertência por escrito.
trânsito da União disporá sobre sua estrutura orga-
nizacional e seu funcionamento. IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de
§ 3° Os órgãos e entidades executivos de trânsito trânsito e dos serviços de atendimento, socorro e
e executivos rodoviários da União, dos Estados, salvamento de vítimas;
do Distrito Federal e dos Municípios fornecerão,
obrigatoriamente, mês a mês, os dados estatísticos Senhores, efetuar socorro, salvar vítimas e levan-
para os fins previstos no inciso X. tar os principais locais que ocorrem acidentes é uma
tarefa importante da PRF.
Este artigo fala do DENATRAN. São muitas as atri-
V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e
buições, mas algumas são mais populares em provas.
adotar medidas de segurança relativas aos servi-
Funções principais: ços de remoção de veículos, escolta e transporte de
carga indivisível;
z Expedição da CNH / PPD / PID / CRLV/ CRV;
z Organizar e manter o RENAINF, RENAVAM e A PRF fiscaliza e autoriza pessoas jurídicas a ope-
RENACH; rarem com escoltas de cargas. Existem cargas que
z Apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de extrapolam os limites de largura e comprimento de
improbidade contra a fé pública, o patrimônio, ou veículos, sendo necessário máximo cuidado e plane-
a administração pública ou privada, referentes à jamento por parte de quem faz a escolta a fim de que
segurança do trânsito; não aconteça uma tragédia na rodovia. 15
VI - assegurar a livre circulação nas rodovias VII - arrecadar valores provenientes de estada e
federais, podendo solicitar ao órgão rodoviário a remoção de veículos e objetos, e escolta de veículos
adoção de medidas emergenciais, e zelar pelo cum- de cargas superdimensionadas ou perigosas;
primento das normas legais relativas ao direito de VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e
vizinhança, promovendo a interdição de constru- medidas administrativas cabíveis, relativas a infra-
ções e instalações não autorizadas; ções por excesso de peso, dimensões e lotação dos
veículos, bem como notificar e arrecadar as multas
Missão importante: manter a livre circulação da que aplicar;
via e liberar a rodovia para o trânsito fluir. Pode tam- IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no
bém solicitar ao DNIT ou DER medidas para garantir a art. 95, aplicando as penalidades e arrecadando as
segurança da via como a implementação de sinaliza- multas nele previstas;
ção de trânsito que esteja deficiente. X - implementar as medidas da Política Nacional de
Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito;
VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos XI - promover e participar de projetos e programas
sobre acidentes de trânsito e suas causas, adotan- de educação e segurança, de acordo com as diretri-
do ou indicando medidas operacionais preventivas zes estabelecidas pelo CONTRAN;
e encaminhando-os ao órgão rodoviário federal;
XII - integrar-se a outros órgãos e entidades do
Sistema Nacional de Trânsito para fins de arreca-
A PRF reporta ao DNIT (órgão rodoviário federal) dação e compensação de multas impostas na área
estudos sobre locais críticos de acidentes, propondo de sua competência, com vistas à unificação do
soluções para diminuir as ocorrências nestes locais. licenciamento, à simplificação e à celeridade das
transferências de veículos e de prontuários de con-
VIII - implementar as medidas da Política Nacional dutores de uma para outra unidade da Federação;
de Segurança e Educação de Trânsito; XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e
IX - promover e participar de projetos e programas
ruído produzidos pelos veículos automotores ou
de educação e segurança, de acordo com as diretri-
pela sua carga, de acordo com o estabelecido no
zes estabelecidas pelo CONTRAN;
art. 66, além de dar apoio às ações específicas dos
órgãos ambientais locais, quando solicitado;
A PRF participa bastante em programas de educa-
XIV - vistoriar veículos que necessitem de autoriza-
ção para o trânsito. Temos, como exemplo, o cinema
ção especial para transitar e estabelecer os requisi-
rodoviário que orienta os condutores nas rodovias
tos técnicos a serem observados para a circulação
sobre fatores de agravamento dos acidentes, como
desses veículos.
ultrapassagens proibidas pela sinalização ou força-
XV - aplicar a penalidade de suspensão do direito
das, falta do cinto de segurança e cadeirinha, álcool e
de dirigir, quando prevista de forma específica para
excesso de velocidade.
a infração cometida, e comunicar a aplicação da
penalidade ao órgão máximo executivo de trânsito
XII - aplicar a penalidade de suspensão do direito
da União. (Lei n° 14.071 de 2020)
de dirigir, quando prevista de forma específica para
a infração cometida, e comunicar a aplicação da
penalidade ao órgão máximo executivo de trânsito Este artigo se trata do DNIT, DER e órgãos rodoviá-
da União. (Lei n° 14.071 de 2020) rios municipais. Suas atribuições não são difíceis de
entender. São eles que sinalizam, planejam, projetam
Observem: agora a partir de abril de 2021, a PRF as vias para o fluxo de veículos, pedestres e ciclistas.
poderá aplicar a suspensão da CNH para condutores Também fiscalizam o trânsito quanto às infrações de
flagrados pelo órgão em infrações que façam previ- excesso de peso, dimensões e lotação de veículos.
são da suspensão em sua penalidade. Essa missão era Além disso, vistoriam veículos que possuem exces-
exclusiva dos Detrans. so nas dimensões e precisam de autorização especial
para trafegar.
Competências dos órgãos rodoviários

Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos


Dica
rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Fede- O órgão rodoviário pode aplicar a suspensão da
ral e dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
CNH para condutores flagrados pelo órgão em
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas
de trânsito, no âmbito de suas atribuições; infrações que façam previsão da suspensão em
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o sua penalidade.
trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e
promover o desenvolvimento da circulação e da Competências dos DETRANs
segurança de ciclistas;
III - implantar, manter e operar o sistema de sina- Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executi-
lização, os dispositivos e os equipamentos de con- vos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no
trole viário; âmbito de sua circunscrição:
IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os aci-
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas
dentes de trânsito e suas causas;
de trânsito, no âmbito das respectivas atribuições;
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de poli-
ciamento ostensivo de trânsito, as respectivas dire- II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de
trizes para o policiamento ostensivo de trânsito; formação, de aperfeiçoamento, de reciclagem e de
VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, suspensão de condutores e expedir e cassar Licença
aplicar as penalidades de advertência, por escrito, de Aprendizagem, Permissão para Dirigir e Cartei-
e ainda as multas e medidas administrativas cabí- ra Nacional de Habilitação, mediante delegação do
veis, notificando os infratores e arrecadando as órgão máximo executivo de trânsito da União; (Lei
16 multas que aplicar; n° 14.071 de 2020)
III - vistoriar, inspecionar as condições de seguran- Estas missões pertencem aos DETRANs dos esta-
ça veicular, registrar, emplacar e licenciar veículos, dos. Se seu foco é exame para algum DETRAN, é de
com a expedição dos Certificados de Registro de suma relevância saber estes incisos na íntegra.
Veículo e de Licenciamento Anual, mediante dele- Funções principais:
gação do órgão máximo executivo de trânsito da
União. (Lei n° 14.071 de 2020) z Aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de
IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias Mili- condutores;
tares, as diretrizes para o policiamento ostensivo
z Expedir e cassar Licença de Aprendizagem, PPD e
de trânsito;
CNH, mediante delegação do DENATRAN;
V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e
z Registrar, emplacar, vistoriar, licenciar, inspecio-
aplicar as medidas administrativas cabíveis pelas
infrações previstas neste Código, excetuadas aque-
nar veículos por meio de delegação do DENATRAN;
las relacionadas nos incisos VI e VIII do art. 24, no z Executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar
exercício regular do Poder de Polícia de Trânsito; as medidas administrativas cabíveis pelas infra-
VI - aplicar as penalidades por infrações previstas ções previstas neste Código, excetuadas infrações
neste Código, com exceção daquelas relacionadas de circulação, estacionamento, parada, excesso de
nos incisos VII e VIII do art. 24, notificando os infra- peso, dimensão e lotação.
tores e arrecadando as multas que aplicar; z Criar as escolas públicas de trânsito, ferramenta
VII - arrecadar valores provenientes de estada e importante de educação para o trânsito.
remoção de veículos e objetos
VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito Competência da PM
da União a suspensão e a cassação do direito de
dirigir e o recolhimento da Carteira Nacional de Art. 23. Compete às Polícias Militares dos Estados
Habilitação e do Distrito Federal:
IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos III - executar a fiscalização de trânsito, quando e
sobre acidentes de trânsito e suas causas; conforme convênio firmado, como agente do órgão
X - credenciar órgãos ou entidades para a execução ou entidade executivos de trânsito ou executivos
de atividades previstas na legislação de trânsito, na rodoviários, concomitantemente com os demais
forma estabelecida em norma do CONTRAN; agentes credenciados;
XI - implementar as medidas da Política Nacional
de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; As Polícias Militares dos Estados apenas fiscali-
XII - promover e participar de projetos e programas zam o trânsito mediante convênio firmado com outro
de educação e segurança de trânsito de acordo com órgão de trânsito. Convênio é a cooperação entre os
as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN;
órgãos com a finalidade de atender ao interesse públi-
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do
co. Seria a união de esforços, de forças. Cada órgão
Sistema Nacional de Trânsito para fins de arreca-
supre a deficiência do outro para que se alcance o
dação e compensação de multas impostas na área
de sua competência, com vistas à unificação do
interesse público de forma eficiente.
licenciamento, à simplificação e à celeridade das
transferências de veículos e de prontuários de con-
dutores de uma para outra unidade da Federação; Importante!
XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos Não são todas as Polícias Militares que estão
de trânsito e executivos rodoviários municipais,
automaticamente habilitadas a trabalhar no trân-
os dados cadastrais dos veículos registrados e dos
condutores habilitados, para fins de imposição e
sito. O Comando da Polícia Militar deverá infor-
notificação de penalidades e de arrecadação de mar ao Órgão conveniado quais os militares que
multas nas áreas de suas competências; estariam interessados a passar pelo programa
XV - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruí- de capacitação para obter o seu credenciamento
do produzidos pelos veículos automotores ou pela pessoal através de portaria.

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


sua carga, de acordo com o estabelecido no art.
66, além de dar apoio, quando solicitado, às ações
específicas dos órgãos ambientais locais; Competências dos órgãos executivos de trânsito
XVI - articular-se com os demais órgãos do Sistema municipais
Nacional de Trânsito no Estado, sob coordenação
do respectivo CETRAN. Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executi-
XVII - criar, implantar e manter escolas públicas vos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua
de trânsito, destinadas à educação de crianças e circunscrição: (Redação dada pela Lei n° 13.154, de
adolescentes, por meio de aulas teóricas e práticas 2015)
sobre legislação, sinalização e comportamento no I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas
trânsito. (Lei n° 14.071 de 2020) de trânsito, no âmbito de suas atribuições;
Parágrafo único. As competências descritas no inci- II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trân-
so II do caput deste artigo relativas ao processo de sito de veículos, de pedestres e de animais e promo-
suspensão de condutores serão exercidas quando: ver o desenvolvimento, temporário ou definitivo, da
(Lei n° 14.071 de 2020) circulação, da segurança e das áreas de proteção de
I - o condutor atingir o limite de pontos estabeleci- ciclistas; (Lei n° 14.071 de 2020)
do no inciso I do art. 261 deste Código; III - implantar, manter e operar o sistema de sina-
II - a infração previr a penalidade de suspensão do lização, os dispositivos e os equipamentos de con-
direito de dirigir de forma específica e a autuação trole viário;
tiver sido efetuada pelo próprio órgão executivo IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos
estadual de trânsito. sobre os acidentes de trânsito e suas causas; 17
V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polí- XXII - aplicar a penalidade de suspensão do direito
cia ostensiva de trânsito, as diretrizes para o poli- de dirigir, quando prevista de forma específica para
ciamento ostensivo de trânsito; a infração cometida, e comunicar a aplicação da
VI - executar a fiscalização de trânsito em vias penalidade ao órgão máximo executivo de trânsito
terrestres, edificações de uso público e edificações da União; (Lei n° 14.071 de 2020)
privadas de uso coletivo, autuar e aplicar as medi- XXIII - criar, implantar e manter escolas públicas
das administrativas cabíveis e as penalidades de
de trânsito, destinadas à educação de crianças e
advertência por escrito e multa, por infrações de
adolescentes, por meio de aulas teóricas e práticas
circulação, estacionamento e parada previstas nes-
te Código, no exercício regular do poder de polícia sobre legislação, sinalização e comportamento no
de trânsito, notificando os infratores e arrecadando trânsito. (Lei n° 14.071 de 2020)
as multas que aplicar, exercendo iguais atribuições
no âmbito de edificações privadas de uso coletivo, Se seu objetivo é um concurso para órgão de trân-
somente para infrações de uso de vagas reservadas sito municipal, é fundamental saber estas missões
em estacionamentos; (Redação dada pela Lei n° municipais. Lembrando que, conforme recente altera-
13.281, de 2016) (Vigência) ção, os municípios não registram nem licenciam mais
VII - aplicar as penalidades de advertência por
os ciclomotores. Essa missão agora é dos DETRANs.
escrito e multa, por infrações de circulação, esta-
cionamento e parada previstas neste Código, noti- Funções principais dos municípios:
ficando os infratores e arrecadando as multas que
aplicar; z Registrar e licenciar, na forma da legislação, veí-
VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e culos de tração e propulsão humana e de tração
medidas administrativas cabíveis relativas a infra- animal, fiscalizando, autuando, aplicando pena-
ções por excesso de peso, dimensões e lotação dos lidades e arrecadando multas decorrentes de
veículos, bem como notificar e arrecadar as multas
infrações;
que aplicar;
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no z Fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medi-
art. 95, aplicando as penalidades e arrecadando as das administrativas cabíveis relativas a infrações
multas nele previstas; por excesso de peso, dimensões e lotação dos veí-
X - implantar, manter e operar sistema de estacio- culos, bem como notificar e arrecadar as multas
namento rotativo pago nas vias; que aplicar; e
XI - arrecadar valores provenientes de estada e z Implantar, manter e operar sistema de estaciona-
remoção de veículos e objetos, e escolta de veículos
mento rotativo pago nas vias.
de cargas superdimensionadas ou perigosas;
XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e
adotar medidas de segurança relativas aos servi-
ços de remoção de veículos, escolta e transporte de Importante!
carga indivisível;
Agora, a partir de abril de 2021, os órgãos exe-
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do
Sistema Nacional de Trânsito para fins de arreca- cutivos de trânsito poderão penalizar condutores
dação e compensação de multas impostas na área com a suspensão da CNH.
de sua competência, com vistas à unificação do
licenciamento, à simplificação e à celeridade das
transferências de veículos e de prontuários dos con- § 1° As competências relativas a órgão ou entidade
dutores de uma para outra unidade da Federação; municipal serão exercidas no Distrito Federal por
XIV - implantar as medidas da Política Nacional de seu órgão ou entidade executivos de trânsito.
Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; § 2° Para exercer as competências estabelecidas
XV - promover e participar de projetos e programas neste artigo, os Municípios deverão integrar-se ao
de educação e segurança de trânsito de acordo com Sistema Nacional de Trânsito, por meio de órgão ou
as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN; entidade executivos de trânsito ou diretamente por
XVI - planejar e implantar medidas para redução
meio da prefeitura municipal, conforme previsto no
da circulação de veículos e reorientação do tráfe-
art. 333 deste Código. (Lei 14.071 de 2020)
go, com o objetivo de diminuir a emissão global de
poluentes;
XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, Os Municípios não integram o Sistema Nacional de
veículos de tração e propulsão humana e de tração Trânsito (SNT) de forma automática. É necessário que
animal, fiscalizando, autuando, aplicando penali- o Município crie seu órgão para pertencer ao SNT. Se
dades e arrecadando multas decorrentes de infra- instituída a estrutura de trânsito, o Município deverá
ções; (Redação dada pela Lei n° 13.154, de 2015) encaminhar toda a documentação ao Conselho Esta-
XVIII - conceder autorização para conduzir veícu-
dual de Trânsito (CETRAN), solicitando formalmente
los de propulsão humana e de tração animal;
XIX - articular-se com os demais órgãos do Sistema a integração ao sistema. O CETRAN fará o exame da
Nacional de Trânsito no Estado, sob coordenação legislação municipal e a vistoria no Município para
do respectivo CETRAN; certificar-se da regularidade das informações presta-
XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruí- das. Após, a documentação será remetida ao Depar-
do produzidos pelos veículos automotores ou pela tamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) para o
sua carga, de acordo com o estabelecido no art. 66, cadastramento definitivo no sistema. Este processo
além de dar apoio às ações específicas de órgão
de criação de órgãos municipais chama-se Municipa-
ambiental local, quando solicitado;
XXI - vistoriar veículos que necessitem de autoriza- lização do Trânsito. A Resolução n° 560 do CONTRAN
ção especial para transitar e estabelecer os requisi- aborda esse detalhe. Detalhe novo: a integração muni-
tos técnicos a serem observados para a circulação cipal poderá se dar por meio da prefeitura com algum
18 desses veículos. órgão de trânsito a partir de 2021.
Lembrando que a falta da municipalização do trân- Muito Errada. A PRF aplica e arrecada as multas
sito acarreta consequências como veículos estaciona- impostas por infrações de trânsito. As receitas
dos de todas as posições possíveis impedindo o direito oriundas das multas aplicadas pela PRF são repas-
constitucional de ir e vir, condutores não habilitados sadas à própria PRF. Vejamos a lei:
que põem em risco o direito à vida e a integridade da Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no
população, veículos andando de maneira irregular âmbito das rodovias e estradas federais:
das formas mais variadas possíveis, pois onde não há III - aplicar e arrecadar as multas impostas por
fiscalização, abre-se margem para veículos furtados infrações de trânsito, as medidas administrativas
ou roubados circularem dentro do município ocasio- decorrentes e os valores provenientes de estada e
nando assim um aumento na criminalidade. remoção de veículos, objetos, animais e escolta de
veículos de cargas superdimensionadas ou perigo-
Art. 25. Os órgãos e entidades executivos do Sistema sas; Resposta: Errado.
Nacional de Trânsito poderão celebrar convênio dele-
gando as atividades previstas neste Código, com vistas
à maior eficiência e à segurança para os usuários da via. 2. (CESPE - 2014) Julgue o item.
§ 1° Os órgãos e entidades de trânsito poderão pres- O Sistema Nacional de Trânsito, executor da Política
tar serviços de capacitação técnica, assessoria e Nacional de Trânsito, é composto por órgãos e enti-
monitoramento das atividades relativas ao trânsi- dades da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
to durante prazo a ser estabelecido entre as partes, municípios e coordenado pelo Ministério das Cidades,
com ressarcimento dos custos apropriados. ao qual estão subordinados tanto o Conselho Nacio-
§ 2° Quando não houver órgão ou entidade executi- nal de Trânsito (CONTRAN) quanto o Departamento
vos de trânsito no respectivo Município, o convênio Nacional de Trânsito.
de que trata o caput deste artigo poderá ser cele-
brado diretamente pela prefeitura municipal com
órgão ou entidade que integre o Sistema Nacional ( ) CERTO  ( ) ERRADO
de Trânsito, permitido, inclusive, o consórcio com
outro ente federativo. (Lei n° 14.071 DE 2020) O erro da questão é que o CONTRAN é vinculado e
não subordinado. (Art. 9 ° do CTB) Resposta: Errado.
Quando o município não tiver órgão de trânsito, a
própria prefeitura poderá celebrar convênio com órgão 3. (FUNDATEC - 2019) Tem por finalidade o exercício das
ou entidade que integre o Sistema Nacional de Trânsito, atividades de planejamento, administração, normati-
permitido, inclusive, o consórcio com outro ente federati- zação, pesquisa, registro e licenciamento de veículos,
vo a fim de que possam fiscalizar o trânsito no município. formação, habilitação e reciclagem de condutores,
educação, engenharia, operação do sistema viário,
Art. 25-A. Os agentes dos órgãos policiais da Câmara policiamento, fiscalização, julgamento de infrações
dos Deputados e do Senado Federal, a que se referem o e de recursos e aplicação de penalidades. De acordo
inciso IV do caput do art. 51 e o inciso XIII do caput com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), essa defini-
do art. 52 da Constituição Federal, respectivamente, ção refere-se ao(s):
mediante convênio com o órgão ou entidade de trân-
sito com circunscrição sobre a via, poderão lavrar
auto de infração de trânsito e remetê-lo ao órgão a) Sistema Nacional de Trânsito.
competente, nos casos em que a infração cometida b) Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN.
nas adjacências do Congresso Nacional ou nos locais c) Conselhos Estaduais de Trânsito – CETRAN.
sob sua responsabilidade comprometer objetivamen- d) Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN.
te os serviços ou colocar em risco a incolumidade das e) Departamento de Trânsito – DETRAN.
pessoas ou o patrimônio das respectivas Casas Legis-
lativas. (Lei n° 14.071 de 2020) O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de órgãos
Parágrafo único. Para atuarem na fiscalização de trânsi- e entidades da União, dos Estados, do Distrito Fede-
to, os agentes mencionados no caput deste artigo deve-
ral e dos Municípios que tem por finalidade o exercí-
rão receber treinamento específico para o exercício das
atividades, conforme regulamentação do CONTRAN. cio das atividades de planejamento, administração,
normatização, pesquisa, registro e licenciamento de
veículos, formação, habilitação e reciclagem de con-
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
Dica dutores, educação, engenharia, operação do sistema
Os policiais legislativos poderão lavrar autos de viário, policiamento, fiscalização, julgamento de
infrações nas adjacências do Congresso Nacional infrações e de recursos e aplicação de penalidades,
ou nos locais sob sua responsabilidade se houver conforme art. 5° do CTB. Resposta: Letra A.
situação relacionada a comprometer objetivamen-
te os serviços ou colocar em risco a incolumidade 4. (IDIB - 2020) Observe os itens a seguir:
das pessoas ou o patrimônio das respectivas Casas
Legislativas. A norma entra em vigor em 2021. I. Conselho Nacional de Trânsito
II. Guardas Municipais
III. Polícia Rodoviária Federal
IV. Polícia Militar dos Estados e do Distrito Federal
EXERCÍCIOS COMENTADOS V. Juntas Administrativas de Recursos e Infrações - JARI
VI. Corpo de Bombeiros dos Estados e do Distrito Federal
1. (CESPE - 2019) Com relação ao Sistema Nacional de
Trânsito, julgue o Item: Fazem parte do Sistema Nacional de Trânsito os itens
As receitas oriundas das multas aplicadas pela PRF
serão repassadas ao DNIT, órgão executivo rodoviário a) I, III, IV e VI, apenas.
com circunscrição sobre as rodovias federais. b) II, III, V e VI, apenas.
c) I, III, IV e V, apenas.
( ) CERTO  ( ) ERRADO d) I, II, V e VI, apenas. 19
Guardas municipais e Corpo de bombeiros não Dever de verificação
fazem parte do SNT, conforme art. 7° do SNT. Res-
posta: Letra C. Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação
nas vias públicas, o condutor deverá verificar a
5. IBFC - 2016) Compete aos órgãos e entidades exe- existência e as boas condições de funcionamento
cutivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua dos equipamentos de uso obrigatório, bem como
assegurar-se da existência de combustível suficien-
circunscrição:
te para chegar ao local de destino.

I. Cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de


Falta de combustível é uma situação evitável, bas-
trânsito, no âmbito de suas atribuições. ta se planejar. A falta de algum equipamento obri-
II. Implantar, manter e operar o sistema de sinalização, gatório como estepe e macaco se torna também um
os dispositivos e os equipamentos de controle viário. estresse para os condutores e passageiros. Situações
III. Coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os como estas são corriqueiras e levam, inclusive, a um
acidentes de trânsito e suas causas. gasto público com acionamento da Polícia para pres-
IV. Implantar, manter e operar sistema de estacionamen- tar auxílio. Assim, tais transtornos devem ser punidos.
to rotativo pago nas vias.
V. licenciar, na forma da legislação, veículos de tração
Dica
e propulsão humana e de tração animal, fiscalizando,
autuando, aplicando penalidades e arrecadando mul- Uma pergunta que costuma cair em exames é
tas decorrentes de infrações. se o motorista é responsável pela boa utilização
do cinto de segurança dos passageiros. Sua res-
Quais estão corretas? posta é sim, pois este artigo obriga o condutor
verificar os equipamentos obrigatórios.
a) Apenas I e IV
b) Apenas II e III Infrações relacionadas ao dispositivo:
c) Apenas 1,III e V
d) I, II, III, IV e V. Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por fal-
ta de combustível:
Todas estão corretas! Observe o Art 24 e os incisos Infração - média;
Penalidade - multa;
I, III, IV, XVII e X. Resposta: Letra D.
Medida Administrativa - remoção do veículo.
Art. 230. Conduzir o veículo:
DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA IX - sem equipamento obrigatório ou estando este
ineficiente ou inoperante;
A desobediência às normas de circulação e condu- X - com equipamento obrigatório em desacordo
ta implica em infrações de trânsito. Portanto, vamos com o estabelecido pelo CONTRAN;
estudar essas normas. Infração - grave;
Penalidade - multa;
Dever de abstenção e perigo Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização;
Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo Dever de atenção
ou obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas
ou de animais, ou ainda causar danos a proprieda- Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter
des públicas ou privadas; domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e
II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo peri- cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
goso, atirando, depositando ou abandonando na
via objetos ou substâncias, ou nela criando qual- Todo condutor ao dirigir deve ter atenção. Olhe
quer outro obstáculo. sempre para frente! Parece evidente, mas a falta dela
causa muitos acidentes.
O legislador neste artigo decidiu proteger a segu- Infração relacionadas ao dispositivo:
rança viária e o meio ambiente. O condutor não pode
dirigir e jogar lixo pela janela, por exemplo. Tal ato, Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados
indispensáveis à segurança:
além de deselegante, pode constituir um perigo para o
Infração - leve;
trânsito. A desobediência a tais normas poderá levar o Penalidade - multa;
infrator ao cometimento das seguintes infrações:
Local de circulação dos veículos
Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via
objetos ou substâncias: Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terres-
Infração - média; tres abertas à circulação obedecerá às seguintes
Penalidade - multa. normas:
Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via,
livre circulação, à segurança de veículo e pedestres, admitindo-se as exceções devidamente sinalizadas;
tanto no leito da via terrestre como na calçada, ou II - o condutor deverá guardar distância de segu-
obstaculizar a via indevidamente: rança lateral e frontal entre o seu e os demais veí-
Infração - gravíssima; culos, bem como em relação ao bordo da pista,
Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a considerando-se, no momento, a velocidade e as
critério da autoridade de trânsito, conforme o risco condições do local, da circulação, do veículo e as
20 à segurança. condições climáticas;
Este artigo possui muitas informações, logo é neces- z Na situação abaixo, não havendo sinalização a
sário total atenção. Vamos destrinchá-lo: a regra de preferência é de quem vier pela direita do condu-
circulação é trafegar pela faixa da direita e guardar tor. É o que preconiza na alínea “c)”
distância dos demais veículos e do bordo da pista. Inte-
ressante dizer que o CTB não fala que distância seria
essa, exceto para bicicletas. Observem estes artigos:

Art. 185. Quando o veículo estiver em movimento,


deixar de conservá-lo:
II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de
maior porte:
Infração - média;
Penalidade – multa.
Art. 192. Deixar de guardar distância de seguran-
ça lateral e frontal entre o seu veículo e os demais,
bem como em relação ao bordo da pista, conside- Observemos agora a infração:
rando-se, no momento, a velocidade, as condições
climáticas do local da circulação e do veículo:
Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem:
Infração - grave;
I - em interseção não sinalizada:
Penalidade - multa.
a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou
Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de
rotatória;
um metro e cinquenta centímetros ao passar ou
b) a veículo que vier da direita;
ultrapassar bicicleta:
II - nas interseções com sinalização de regulamen-
Infração - média;
Penalidade - multa. tação de Dê a Preferência:
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Preferência de Passagem
Faixas de Trânsito
III - quando veículos, transitando por fluxos que se
cruzem, se aproximarem de local não sinalizado,
terá preferência de passagem: IV - quando uma pista de rolamento comportar
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de várias faixas de circulação no mesmo sentido, são
rodovia, aquele que estiver circulando por ela; as da direita destinadas ao deslocamento dos veícu-
b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulan- los mais lentos e de maior porte, quando não hou-
do por ela; ver faixa especial a eles destinada, e as da esquerda,
c) nos demais casos, o que vier pela direita do destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos
condutor; veículos de maior velocidade;

Este inciso é muito comum em provas, então, Embora o veículo trafegue no limite máximo da
esteja muito atento. A regra é: o condutor obedece a velocidade regulamentada da via, deverá estar na
sinalização existente. No entanto, o que cai na prova faixa da direita, pois a da esquerda é destinada para
é quando não houver sinalização. E é justamente isso ultrapassagem. Esta ultrapassagem poderá ser reali-
de que trata o dispositivo: zada por uma viatura policial, uma ambulância ou
simplesmente alguém apressado, que não esteja se
z Na situação a seguir, não havendo sinalização a importando com o limite de velocidade.
preferência é de quem vem pela rodovia. É o que Geralmente, veículos maiores e mais lentos como
preconiza a alínea “a)” ônibus e caminhões trafegam na faixa da direita.
Infração relacionada ao dispositivo:

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


Art. 185. Quando o veículo estiver em movimento,
deixar de conservá-lo:
I - na faixa a ele destinada pela sinalização de regu-
lamentação, exceto em situações de emergência;
II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de
maior porte:
Infração - média;
Penalidade - multa.
z Na situação abaixo, não havendo sinalização a
preferência é de quem vem pela rotatória. É o que Trânsito sobre passeios e acostamento
preconiza na alínea “b)”
V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas
e nos acostamentos, só poderá ocorrer para que se
adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais de
estacionamento;

O trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e


acostamento é proibido, exceto se for para adentrar
imóveis e áreas de estacionamento.
Infração relacionada ao dispositivo: 21
Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, pas-
seios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refú- O que fazer quando perceber que há
gios, ajardinamentos, canteiros centrais e divisores TIPO um veículo de emergência em situa-
de pista de rolamento, acostamentos, marcas de ção de urgência?
canalização, gramados e jardins públicos:
Infração - gravíssima; Aguardar no passeio e só atraves-
Penalidade - multa (três vezes). PEDESTRE sar quando o veículo em urgência
tiver passado
Veículos precedidos de batedores VEÍCULO Vão para a direita, deixando a es-
COMUM querda livre.
VI - os veículos precedidos de batedores terão prio-
ridade de passagem, respeitadas as demais normas A prioridade de passagem será com
de circulação; VEÍCULO EM
velocidade reduzida e os cuidados
URGÊNCIA
de segurança.
Prioridade de passagem não significa prioridade de
trânsito. Às vezes, surge a necessidade de uso de batedo-
res para veículos conduzindo autoridades, por exemplo. Infrações relacionadas ao dispositivo:
Neste caso, objetivando a livre circulação da autorida-
de, os batedores terão de fazer o serviço. A regra nos Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de
diz que tais veículos, quando precedidos de batedores, atendimento de emergência, o sistema de ilumina-
terão prioridade de passagem. No entanto, analise bem ção vermelha intermitente dos veículos de polícia,
a informação colocada no final do inciso e que cai em de socorro de incêndio e salvamento, de fiscalização
provas: respeitadas as demais normas de circulação. de trânsito e das ambulâncias, ainda que parados:
Infração - média;
Penalidade - multa.
Veículos de emergência Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos
precedidos de batedores, de socorro de incêndio e
VII - os veículos destinados a socorro de incên- salvamento, de polícia, de operação e fiscalização
dio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização de trânsito e às ambulâncias, quando em serviço de
e operação de trânsito e as ambulâncias, além de urgência e devidamente identificados por disposi-
prioridade no trânsito, gozam de livre circulação, tivos regulamentados de alarme sonoro e ilumina-
estacionamento e parada, quando em serviço de ção vermelha intermitentes:
urgência, de policiamento ostensivo ou de preser- Infração - gravíssima;
vação da ordem pública, observadas as seguintes Penalidade - multa.
disposições: (Lei n° 14.071/2020) Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, estan-
a) quando os dispositivos regulamentares de alar- do este com prioridade de passagem devidamente
me sonoro e iluminação intermitente estiverem identificada por dispositivos regulamentares de alar-
acionados, indicando a proximidade dos veículos, me sonoro e iluminação vermelha intermitentes:
todos os condutores deverão deixar livre a passa- Infração - grave;
gem pela faixa da esquerda, indo para a direita da Penalidade - multa.
via e parando, se necessário; (Lei n° 14.071/2020)
b) os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro ou
Veículos de Utilidade Pública
avistarem a luz intermitente, deverão aguardar no
passeio e somente atravessar a via quando o veícu-
lo já tiver passado pelo local; (Lei n° 14.071/2020) VIII - os veículos prestadores de serviços de uti-
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de ilu- lidade pública, quando em atendimento na via,
minação vermelha intermitente só poderá ocorrer gozam de livre parada e estacionamento no local
quando da efetiva prestação de serviço de urgência; da prestação de serviço, desde que devidamente
sinalizados, devendo estar identificados na forma
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamen-
estabelecida pelo CONTRAN;
to deverá se dar com velocidade reduzida e com
os devidos cuidados de segurança, obedecidas as
demais normas deste Código; Incluem-se entre os tipos de veículos os de conces-
e) as prerrogativas de livre circulação e de parada serão sionárias de luz, água, esgoto, por exemplo. Gozam
aplicadas somente quando os veículos estiverem iden- de livre parada e estacionamento, quando em aten-
tificados por dispositivos regulamentares de alarme dimento na via. Não gozam de livre circulação e não
sonoro e iluminação intermitente; (Lei n° 14.071/2020) possuem prioridade de trânsito.
f) a prerrogativa de livre estacionamento será
aplicada somente quando os veículos estiverem Regras de ultrapassagem
identificados por dispositivos regulamentares de
iluminação intermitente; (Lei n° 14.071/2020) IX - a ultrapassagem de outro veículo em movi-
mento deverá ser feita pela esquerda, obedecida a
Este dispositivo talvez seja o mais importante das sinalização regulamentar e as demais normas esta-
normas de circulação e conduta. Perceba que os veícu- belecidas neste Código, exceto quando o veículo a
los citados, quando em situação de urgência, possuem ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de
prioridade de trânsito e livre circulação, estaciona- entrar à esquerda;
mento e parada. Ou seja, podem trafegar pela contra-
mão, estacionar no passeio, avançar semáforo e até Ultrapassagem é um assunto interessante e que
exceder a velocidade limite da via. tem grandes chances de ser cobrado em uma prova
Lembrando que agora o livre estacionamento de concurso público que cobre questões de trânsi-
poderá ser caracterizado com o simples acionamento to. A regra é: ultrapassagem deve ser realizada pela
de luz vermelha intermitente. É bom ter em mente que esquerda, mas poderá ser feita pela direita se o veícu-
estas prerrogativas possuem limitações, isto é, devem lo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito
22 ser gozadas com os devidos cuidados no trânsito. de entrar à esquerda.
X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma Infração relacionada ao dispositivo:
ultrapassagem, certificar-se de que:
a) nenhum condutor que venha atrás haja começa- Art. 212. Deixar de parar o veículo antes de trans-
do uma manobra para ultrapassá-lo; por linha férrea:
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não Infração - gravíssima;
haja indicado o propósito de ultrapassar um terceiro; Penalidade - multa.
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre § 1° As normas de ultrapassagem previstas nas alí-
numa extensão suficiente para que sua manobra neas a e b do inciso X e a e b do inciso XI aplicam-
não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que -se à transposição de faixas, que pode ser realizada
venha em sentido contrário; tanto pela faixa da esquerda como pela da direita.
XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem
deverá:
a) indicar com antecedência a manobra pretendida, Importante!
acionando a luz indicadora de direção do veículo
ou por meio de gesto convencional de braço; Transposição de faixa significa mudar de fai-
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais xa. Temos que estar atentos, mantermos as
ultrapassa, de tal forma que deixe livre uma distân- distâncias de segurança e sinalizarmos anteci-
cia lateral de segurança; padamente a realização da manobra de ultrapas-
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa sagem e de transposição de faixas.
de trânsito de origem, acionando a luz indicadora
de direção do veículo ou fazendo gesto convencio-
nal de braço, adotando os cuidados necessários Responsabilidade no trânsito
para não pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos
veículos que ultrapassou; § 2° Respeitadas as normas de circulação e conduta
estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente,
Utilizar momentaneamente a faixa de trânsito os veículos de maior porte serão sempre responsá-
destinada aos veículos que se deslocam em sentido veis pela segurança dos menores, os motorizados
contrário trata-se de uma manobra que deve ser rea- pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade
lizada com muito cuidado. Todos os dias, dezenas de dos pedestres.
acidentes acontecem e vitimam grande número de § 3° Compete ao CONTRAN regulamentar os dispo-
pessoas por falta de cuidado nas ultrapassagens. sitivos de alarme sonoro e iluminação intermitente
Infrações relacionadas ao dispositivo: previstos no inciso VII do caput deste artigo. (Lei
n° 14.071/2020)
Art. 199. Ultrapassar pela direita, salvo quando § 4° Em situações especiais, ato da autoridade
o veículo da frente estiver colocado na faixa apro- máxima federal de segurança pública poderá dis-
priada e der sinal de que vai entrar à esquerda: por sobre a aplicação das exceções tratadas no inci-
Infração - média; so VII do caput deste artigo aos veículos oficiais
Penalidade - multa. descaracterizados (Lei n° 14.071/2020)
Art. 196. Deixar de indicar com antecedência,
mediante gesto regulamentar de braço ou luz indi- A norma do § 2° é muito cobrada em provas e
cadora de direção do veículo, o início da marcha, fácil de memorizar. Geralmente, gostam de inverter a
a realização da manobra de parar o veículo, a ordem das palavras (decrescente pelo crescente) para
mudança de direção ou de faixa de circulação: confundir o candidato. Prioriza-se, nessa norma, aci-
Infração - grave; ma de tudo, a vida dos pedestres (incolumidade).
Penalidade - multa.
Art. 205. Ultrapassar veículo em movimento que Demais regras de ultrapassagem
integre cortejo, préstito, desfile e formações milita-
res, salvo com autorização da autoridade de trânsi- Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que
to ou de seus agentes: o segue tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá:

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


Infração - leve; I - se estiver circulando pela faixa da esquerda,
Penalidade - multa. deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar a
marcha;
Veículos sobre trilhos II - se estiver circulando pelas demais faixas, man-
ter-se naquela na qual está circulando, sem acele-
XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão rar a marcha.
preferência de passagem sobre os demais, respeita-
das as normas de circulação. Aqui temos as regras para ser ultrapassado. Temos
que ter em mente que, em regra, devemos ir para fai-
xa da direita se estivermos na esquerda, além de não
acelerar a marcha.
Infração relacionada ao dispositivo:

Art. 198. Deixar de dar passagem pela esquerda,


quando solicitado:
Infração - média;
Penalidade - multa.
Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando
em fila, deverão manter distância suficiente entre si
para permitir que veículos que os ultrapassem pos-
sam se intercalar na fila com segurança. 23
Na prática, os veículos mais lentos trafegam pró- Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa pre-
ximos uns aos outros, dificultando as ultrapassagens. vista no caput em caso de reincidência no período
de até 12 (doze) meses da infração anterior.
Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultra- Art. 34. O condutor que queira executar uma mano-
passar um veículo de transporte coletivo que esteja bra deverá certificar-se de que pode executá-la sem
parado, efetuando embarque ou desembarque de perigo para os demais usuários da via que o seguem,
passageiros, deverá reduzir a velocidade, dirigindo precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua
com atenção redobrada ou parar o veículo com vis- posição, sua direção e sua velocidade.
tas à segurança dos pedestres. Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que
implique um deslocamento lateral, o condutor
Na verdade, o artigo refere-se à passagem de deverá indicar seu propósito de forma clara e com
algum veículo por outro, de transporte coletivo, que a devida antecedência, por meio da luz indicadora
esteja parado, efetuando embarque ou desembarque de direção de seu veículo, ou fazendo gesto conven-
de passageiros. É necessário que se tenha atenção cional de braço.
redobrada, além de reduzir a velocidade ou até parar
o veículo, se necessário. Vejamos as infrações:
Antes de iniciar qualquer manobra enquadrada nes-
te conceito, é necessário sinalizar aos demais usuários
Art. 200. Ultrapassar pela direita veículo de trans-
porte coletivo ou de escolares, parado para embar- sua realização, garantindo-lhes que visualizem e sejam
que ou desembarque de passageiros, salvo quando cautelosos. Além da luz indicadora de direção, é permiti-
houver refúgio de segurança para o pedestre: do usar também os braços para indicar a manobra.
Infração - gravíssima; Infração relacionada ao dispositivo:
Penalidade – multa.
Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veí- Art. 196. Deixar de indicar com antecedência,
culos em vias com duplo sentido de direção e pis- mediante gesto regulamentar de braço ou luz indi-
ta única, nos trechos em curvas e em aclives sem cadora de direção do veículo, o início da marcha,
visibilidade suficiente, nas passagens de nível, nas a realização da manobra de parar o veículo, a
pontes e viadutos e nas travessias de pedestres,
mudança de direção ou de faixa de circulação:
exceto quando houver sinalização permitindo a
Infração - grave;
ultrapassagem.
Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o Penalidade - multa.
condutor não poderá efetuar ultrapassagem.
Temos também a especificação de quando a ultra-
PROIBIDO ULTRAPASSAR VEÍCULOS EM VIAS: passagem ocorre em lote lindeiro:

Com duplo sentido de direção e pista Art. 36. O condutor que for ingressar numa via,
REGRA 1
única procedente de um lote lindeiro a essa via, deverá
dar preferência aos veículos e pedestres que por ela
Nos trechos em curvas e em aclives sem
REGRA 2 estejam transitando.
visibilidade suficiente

Nas passagens de nível, nas pontes e Lote lindeiro é um quarteirão ou um terreno, deli-
REGRA 3
viadutos e nas travessias de pedestres mitado por via. É importante que se dê a preferência
aos veículos e pedestres que por elas estejam transi-
Nas interseções e suas proximidades.
REGRA 4 tando. Vejamos a infração:
Aqui o CTB não menciona exceção.

Quando a sinalização permitir para as Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar
EXCEÇÃO adequadamente posicionado para ingresso na via e
regras 1, 2 e 3.
sem as precauções com a segurança de pedestres e
de outros veículos:
Infrações relacionada ao dispositivo: Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 202. Ultrapassar outro veículo:
I - pelo acostamento;
Operações de retorno e conversão
II - em interseções e passagens de nível;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes). Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a con-
Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro versão à esquerda e a operação de retorno deverão
veículo: ser feitas nos locais apropriados e, onde estes não
I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade existirem, o condutor deverá aguardar no acosta-
suficiente; mento, à direita, para cruzar a pista com segurança.
II - nas faixas de pedestre;
III - nas pontes, viadutos ou túneis; Quando houver um local adequado e devidamen-
IV - parado em fila junto a sinais luminosos, por- te sinalizado, o condutor deverá usá-lo para fazer a
teiras, cancelas, cruzamentos ou qualquer outro manobra de conversão acima citada. Se não houver
impedimento à livre circulação;
local sinalizado, em se tratando de via provida de
V - onde houver marcação viária longitudinal de
divisão de fluxos opostos do tipo linha dupla contí- acostamento, condutor deverá aguardar no acosta-
nua ou simples contínua amarela: mento, à direita, onde deverá parar seu veículo, sina-
Infração - gravíssima lizar sua intenção e aguardar o momento oportuno
24 Penalidade - multa (cinco vezes). para cruzar a pista com segurança.
Entenda que a condição é: o retorno deve ser feito
apenas em locais determinados para este tipo de ope-
ração (quer por meio de sinalização, quer pela exis-
tência de locais apropriados).

Dica
Tome cuidado com as exceções: poderá ser rea-
lizado em outros locais que ofereçam condições
de segurança e fluidez.

Além de oferecerem segurança e fluidez, também


devem ser observadas as características do veículo, da
Infração relacionada ao dispositivo: via, as condições meteorológicas e da movimentação
de pedestres e ciclistas.
Art. 204. Deixar de parar o veículo no acostamento Segundo a Resolução CONTRAN 180/05, que é o
à direita, para aguardar a oportunidade de cruzar Manual Brasileiro de Sinalização Vertical de Regu-
a pista ou entrar à esquerda, onde não houver local lamentação e a Resolução CONTRAN 160/04 (anexo
apropriado para operação de retorno: II do CTB), não existe uma placa de regulamentação
Infração - grave; indicando o local de retorno, apenas placas de regula-
Penalidade - multa. mentação que indicam a proibição de retorno que são
Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em as “R-5a e R-5b”. Com relação às placas de retorno, só
outra via ou em lotes lindeiros, o condutor deverá: existem as “Placas Indicativas de Sentido”.
I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o O local apropriado para retorno pode ser um tre-
máximo possível do bordo direito da pista e execu- vo, uma trincheira, um local específico para retorno
tar sua manobra no menor espaço possível; em nível. Locais apropriados para retorno precisam
ter visibilidade e espaço suficiente. Nem sempre um
Dessa forma, ao sair da via pelo lado direito, o local apropriado para o retorno de um automóvel
motorista deve aproximar-se ao máximo do acos- pode ser considerado apropriado para o retorno de
tamento e reduzir a velocidade de forma gradativa, um caminhão.
sinalizando a intenção antecipadamente. Infração relacionada ao dispositivo:

II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se Art. 206. Executar operação de retorno:
o máximo possível de seu eixo ou da linha divisó- I - em locais proibidos pela sinalização;
ria da pista, quando houver, caso se trate de uma II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e
pista com circulação nos dois sentidos, ou do bor- túneis;
do esquerdo, tratando-se de uma pista de um só III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas,
sentido. ajardinamento ou canteiros de divisões de pista de
rolamento, refúgios e faixas de pedestres e nas de
O procedimento é parecido ao comentado no inci- veículos não motorizados;
so anterior, observando-se a situação de pista com IV - nas interseções, entrando na contramão de
circulação nos dois sentidos, quando o veículo será direção da via transversal;
posicionado mais próximo possível da linha divisória V - com prejuízo da livre circulação ou da seguran-
da pista ou do eixo da via, porém, no seu próprio sen- ça, ainda que em locais permitidos:
tido de circulação. Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Parágrafo único. Durante a manobra de mudança
de direção, o condutor deverá ceder passagem aos Uso de luzes

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em
sentido contrário pela pista da via da qual vai sair, Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às
respeitadas as normas de preferência de passagem. seguintes determinações:
I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo,
Infração relacionada ao dispositivo: por meio da utilização da luz baixa:
a) à noite; (Lei n° 14.071/2020)
Art. 197. Deixar de deslocar, com antecedência, b) mesmo durante o dia, em túneis e sob chuva,
o veículo para a faixa mais à esquerda ou mais à neblina ou cerração; (Lei n° 14.071/2020)
direita, dentro da respectiva mão de direção, quan- II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar
do for manobrar para um desses lados: luz alta, exceto ao cruzar com outro veículo ou ao
Infração - média; segui-lo;
Penalidade - multa. III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermiten-
Temos ainda: te e por curto período de tempo, com o objetivo de
Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno advertir outros motoristas, só poderá ser utilizada
deverá ser feita nos locais para isto determinados, para indicar a intenção de ultrapassar o veículo
quer por meio de sinalização, quer pela existência que segue à frente ou para indicar a existência de
de locais apropriados, ou, ainda, em outros locais risco à segurança para os veículos que circulam no
que ofereçam condições de segurança e fluidez, sentido contrário;
observadas as características da via, do veículo, IV - o condutor manterá acesas pelo menos as
das condições meteorológicas e da movimentação luzes de posição do veículo quando sob chuva forte,
de pedestres e ciclistas. neblina ou cerração; (Lei n° 14.071/2020) 25
V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguin-
Ultrapassar o veículo à frente -
tes situações: Luz alta e baixa
a) em imobilizações ou emergências; (intermitente e Alertar veículos no senti-
b) quando a regulamentação da via assim o curto período) do contrário sobre risco à -
segurança.
determinar;
VI - durante a noite, em circulação, o condutor À noite
manterá acesa a luz de placa; Luz de placa - (Em
VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de circulação)
posição quando o veículo estiver parado para fins Imobilizações ou
de embarque ou desembarque de passageiros e car- emergências.
ga ou descarga de mercadorias. Pisca alerta -
Situações que a sinalização
§ 1° Os veículos de transporte coletivo de passagei- permita.
ros, quando circularem em faixas ou pistas a eles
destinadas, e as motocicletas, motonetas e ciclo-
motores deverão utilizar-se de farol de luz baixa Uso de Buzina
durante o dia e à noite. (Lei n° 14.071/2020)
§ 2° Os veículos que não dispuserem de luzes de roda- Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso
gem diurna deverão manter acesos os faróis nas rodo- de buzina, desde que em toque breve, nas seguintes
vias de pista simples situadas fora dos perímetros situações:
urbanos, mesmo durante o dia. (Lei n° 14.071/2020) I - para fazer as advertências necessárias a fim de
evitar acidentes;
Assunto imprescindível para as provas: uso de II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente
luzes no veículo! Primeiro vejamos os conceitos das advertir a um condutor que se tem o propósito de
luzes no anexo I: ultrapassá-lo.

z Luz Alta: facho de luz do veículo destinado a ilu- A buzina se utiliza apenas em toque breve e para
minar a via até uma grande distância do veículo. evitar acidentes ou para advertir que pretende ultra-
z Luz Baixa: facho de luz do veículo destinada a passar em áreas rurais (rodovias e estradas). Dica
iluminar a via diante do veículo, sem ocasionar importante: entre 22h e 06 h é proibido buzinar em
ofuscamento ou incômodo injustificáveis aos con- qualquer hipótese. Lembrando que buzina é equipa-
dutores e outros usuários da via que venham em mento obrigatório.
sentido contrário. A Resolução CONTRAN 35/98 estabelece método de
z Luz de Freio: luz do veículo destinada a indicar ensaio para medição de pressão sonora por buzina ou
aos demais usuários da via, que se encontram equipamento similar à que se referem os arts. 103 e
atrás do veículo, que o condutor está aplicando o 227, V do Código de Trânsito Brasileiro e o art. 1° da
freio de serviço. Resolução 14/98 do CONTRAN.
z Luz Indicadora de Direção (pisca-pisca): luz do A referida Resolução deixa claro que todos os veí-
veículo destinada a indicar aos demais usuários da culos automotores, nacionais ou importados, produzi-
via que o condutor tem o propósito de mudar de dos a partir de 01/01/1999, deverão obedecer, nas vias
direção para a direita ou para a esquerda. urbanas, o nível máximo permissível de pressão sono-
z Luz de Marcha à ré: luz do veículo destinada a ilu- ra emitida por buzina, ou equipamento similar, de
minar atrás do veículo e advertir aos demais usuá- 104 decibéis - dB(A), conforme determinado no anexo
rios da via que o veículo está efetuando ou a ponto da resolução. Essa resolução tem validade até 2021,
de efetuar uma manobra de marcha à ré. quando entrará em vigor a Resolução n° 764 de 2020.
z Luz de Neblina: luz do veículo destinada a aumen-
tar a iluminação da via em caso de neblina, chuva Art. 227. Usar buzina:
forte ou nuvens de pó. I - em situação que não a de simples toque breve
z Luz de Posição (lanterna): luz do veículo destina- como advertência ao pedestre ou a condutores de
da a indicar a presença e a largura do veículo. outros veículos;
II - prolongada e sucessivamente a qualquer
Quadro resumo de luzes: pretexto;
III - entre as vinte e duas e as seis horas;
LUZ CIRCUNSTÂNCIA OBS IV - em locais e horários proibidos pela sinalização;
V - em desacordo com os padrões e frequências
Embarque e desembarque de estabelecidas pelo CONTRAN:
Luz de posição passageiros; carga e descar- Noite Infração - leve;
ga de mercadorias Penalidade - multa.
Rodovias de pista simples
em área rural Velocidade
Túneis iluminados
Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deve-
Ciclos motorizados rá observar constantemente as condições físicas da
Luz baixa Dia e noite
Transporte coletivo regular via, do veículo e da carga, as condições meteoroló-
de passageiros, quando gicas e a intensidade do trânsito, obedecendo aos
circularem em faixas próprias limites máximos de velocidade estabelecidos para
Chuva, neblina e cerração a via, além de:
I - não obstruir a marcha normal dos demais veícu-
Vias não iluminadas, exceto
Luz alta Noite los em circulação sem causa justificada, transitan-
ao cruzar ou seguir veículos.
26 do a uma velocidade anormalmente reduzida;
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu Tal dispositivo trata do triângulo de emergência
veículo deverá antes certificar-se de que pode fazê- de veículos. O correto uso desse equipamento para
-lo sem risco nem inconvenientes para os outros sinalização de veículo que esteja imobilizado na via
condutores, a não ser que haja perigo iminente; foi regulamentado pela Resolução n° 36/98. Esta reso-
III - indicar, de forma clara, com a antecedência lução faz previsão da colocação do triângulo de sinali-
necessária e a sinalização devida, a manobra de zação, ou equipamento similar, à distância mínima de
redução de velocidade. 30 metros da parte traseira do veículo.
Infração relacionada ao dispositivo:
A regulagem da velocidade deverá ser feita de
forma a propiciar condições de segurança para a Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a pre-
circulação. Diversos fatores deverão ser observados venir os demais condutores e, à noite, não manter
pelo condutor, como a velocidade máxima permiti- acesas as luzes externas ou omitir-se quanto a pro-
vidências necessárias para tornar visível o local,
da naquela via, circunstâncias diversas, como solo
quando:
molhado em virtude de tempo chuvoso, trecho com I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento
neblina, engarrafamentos, aglomeração de pessoas, ou permanecer no acostamento;
via escorregadia etc. II - a carga for derramada sobre a via e não puder
ser retirada imediatamente:
Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cru- Infração - grave;
zamento, o condutor do veículo deve demonstrar Penalidade - multa.
prudência especial, transitando em velocidade
moderada, de forma que possa deter seu veículo Embarque e desembarque de passageiros
com segurança para dar passagem a pedestre e a
veículos que tenham o direito de preferência. Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via,
a parada deverá restringir-se ao tempo indispensá-
Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, vel para embarque ou desembarque de passageiros,
desde que não interrompa ou perturbe o fluxo de
esteja sinalizado ou não, deve-se reduzir a velocidade e
veículos ou a locomoção de pedestres.
redobrar a atenção, em condições de parar o veículo a Parágrafo único. A operação de carga ou descar-
qualquer momento. Expressão chave: prudência especial. ga será regulamentada pelo órgão ou entidade
com circunscrição sobre a via e é considerada
Art. 44-A. É livre o movimento de conversão à estacionamento.
direita diante de sinal vermelho do semáforo onde
houver sinalização indicativa que permita essa Se um motorista de um veículo se deparar com
conversão, observados os arts. 44, 45 e 70 deste a placa de regulamentação de estacionamento proi-
Código. (Lei n° 14.071 de 2020) bido, ele poderá parar o veículo apenas pelo tempo
necessário para o embarque ou desembarque de
Curioso dispositivo legal que permite avançar o algum passageiro. Qualquer tempo excedente será
semáforo para convergir à direita. Para que isso ocor- caracterizado como a infração de estacionar em local
ra é necessário queu haja sinalização permitindo. proibido. A operação de carga e descarga é considera-
da estacionamento.
Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semá-
foro lhe seja favorável, nenhum condutor pode Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou des-
entrar em uma interseção se houver possibilidade carga e nos estacionamentos, o veículo deverá ser
de ser obrigado a imobilizar o veículo na área do posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bor-
cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do da pista de rolamento e junto à guia da calça-
da (meio-fio), admitidas as exceções devidamente
do trânsito transversal.
sinalizadas.
§ 1° Nas vias providas de acostamento, os veículos
A atenção e o cuidado devem existir mesmo que o parados, estacionados ou em operação de carga ou
sinal esteja verde permitindo sua passagem. descarga deverão estar situados fora da pista de

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


Infrações relacionadas ao dispositivo: rolamento.
§ 2° O estacionamento dos veículos motorizados
Art. 181. Estacionar o veículo: de duas rodas será feito em posição perpendicu-
XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a lar à guia da calçada (meio-fio) e junto a ela, salvo
circulação de veículos e pedestres: quando houver sinalização que determine outra
Infração - grave; condição.
Penalidade - multa; § 3° O estacionamento dos veículos sem abandono
do condutor poderá ser feito somente nos locais
Medida administrativa - remoção do veículo;
previstos neste Código ou naqueles regulamenta-
Art. 182. Parar o veículo: dos por sinalização específica.
VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a
circulação de veículos e pedestres:
Estas são as condutas básicas para a parada, o esta-
Infração - média;
cionamento ou a operação de carga e descarga de veí-
Penalidade - multa;
culos. Lembrando que veículos de 02 (duas) rodas são
estacionados na posição perpendicular, salvo quando
Imobilização na via houver sinalização determinado outra condição.

Art. 46. Sempre que for necessária a imobiliza- Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão
ção temporária de um veículo no leito viário, em abrir a porta do veículo, deixá-la aberta ou descer
situação de emergência, deverá ser providenciada a do veículo sem antes se certificarem de que isso não
imediata sinalização de advertência, na forma esta- constitui perigo para eles e para outros usuários da
belecida pelo CONTRAN. via. 27
Parágrafo único. O embarque e o desembarque Em regra, charretes e carroças, deveriam trafegar
devem ocorrer sempre do lado da calçada, exceto em faixa especial. No entanto, a realidade é que não
para o condutor. existem estas faixas em nosso trânsito. Na ausência de
faixas exclusivas seguem-se estas regras:
Situação rotineira que dá origem a inúmeros aci-
dentes de trânsito. É fundamental ao motorista que,
ao se preparar para descer e abrir a porta do veícu- VIA LOCAL
lo, observe com antecedência o espelho retrovisor
Urbana Trafegar junto à guia da calçada (meio-fio)
esquerdo. Da mesma forma devem fazer os passagei-
ros. Assim, guarde: apenas o condutor não desembar- Rural Acostamento
cará do lado da calçada.

Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das Animais na via


áreas adjacentes às estradas e rodovias obedecerá às
condições de segurança do trânsito estabelecidas pelo Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só
órgão ou entidade com circunscrição sobre a via. podem circular nas vias quando conduzidos por um
guia, observado o seguinte:
Segundo o anexo I do CTB, faixas laterais de domí- I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos
nio são superfícies lindeiras às vias rurais, delimita- deverão ser divididos em grupos de tamanho mode-
das por lei específica e sob responsabilidade do órgão rado e separados uns dos outros por espaços sufi-
ou entidade de trânsito competente com circunscrição cientes para não obstruir o trânsito;
sobre a via. A extensão da faixa de domínio é maior
II - os animais que circularem pela pista de rola-
que a da própria via. Esse ambiente que excede a via,
mento deverão ser mantidos junto ao bordo da
delimitado por leis específicas, também estará sob os
pista.
cuidados do órgão com circunscrição sobre ela.
Dessa forma, engana-se o motorista que der um
“cavalo-de-pau” na faixa de domínio, por exemplo, Questões sobre esse assunto são raras, porém, vale
e acha que não pode ser autuado porque está fora a nota: animais nas vias só podem circular com guia e
da via. A lei 11.705/08, regulamentada pelo decreto mantidos no bordo da pista. Se for o caso de rebanhos, é
6.489/08, diz que: são vedados, na faixa de domínio necessária a divisão em grupos de tamanho moderado.
de rodovia federal (exceto perímetros urbanos) ou
em terrenos contíguos à faixa de domínio com acesso Motocicletas, motonetas e ciclomotores
direto à rodovia, a venda varejista ou o oferecimento
para consumo de bebidas alcoólicas no local. Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas
e ciclomotores só poderão circular nas vias:
Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomí-
I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou
nios constituídos por unidades autônomas, a sina-
lização de regulamentação da via será implantada óculos protetores;
e mantida às expensas do condomínio, após apro- II - segurando o guidom com as duas mãos;
vação dos projetos pelo órgão ou entidade com cir- III - usando vestuário de proteção, de acordo com
cunscrição sobre a via. as especificações do CONTRAN.
Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas
A sinalização de regulamentação das vias internas e ciclomotores só poderão ser transportados:
dos condomínios constituídos por unidades autôno- I - utilizando capacete de segurança;
mas é de responsabilidade dos condôminos. Os con- II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em
dôminos criam o projeto e encaminham ao órgão assento suplementar atrás do condutor;
executivo de trânsito do município, para análise e III - usando vestuário de proteção, de acordo com
aprovação. Se for aprovado, é feita a sinalização. O as especificações do CONTRAN.
condomínio por unidades autônomas regula-se pela
Lei 4.951 de 16.12.64, com as alterações da Lei 4.864, Lembre-se que essas regras são para as motocicle-
de 29.11.65. Para que as normas do Código de Trânsi-
tas, motonetas e ciclomotores. Sobre o vestuário de
to possam ser aplicadas às vias internas de um con-
proteção, este ainda não foi regulamentado pelo CON-
domínio, é preciso que ocorra uma assembleia deste
e que dela resulte uma deliberação dos condôminos TRAN. No entanto, para a profissão de mototaxista e
aprovando o projeto de sinalização viária. Pronto o moto-fretista, é obrigatório o uso de colete de seguran-
projeto, este deve ser submetido à apreciação e apro- ça dotado de dispositivos refletivos, de acordo com a
vação da Autoridade de Trânsito competente do órgão Resolução 356/10.
ou entidade com circunscrição sobre a via, sendo que
os custos de sua implantação e manutenção ficarão às Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos pela
expensas do condomínio. direita da pista de rolamento, preferencialmente no
centro da faixa mais à direita ou no bordo direito
Veículos de tração animal da pista sempre que não houver acostamento ou
faixa própria a eles destinada, proibida a sua circu-
Art. 52. Os veículos de tração animal serão condu- lação nas vias de trânsito rápido e sobre as calça-
zidos pela direita da pista, junto à guia da calçada das das vias urbanas.
(meio-fio) ou acostamento, sempre que não houver
Parágrafo único. Quando uma via comportar duas
faixa especial a eles destinada, devendo seus condu-
tores obedecer, no que couber, às normas de circu- ou mais faixas de trânsito e a da direita for desti-
lação previstas neste Código e às que vierem a ser nada ao uso exclusivo de outro tipo de veículo, os
fixadas pelo órgão ou entidade com circunscrição ciclomotores deverão circular pela faixa adjacente
28 sobre a via. à da direita.
O art. 56 foi vetado, mas vale comentarmos. Ele Penalidade - multa;
dizia que era proibida ao condutor de motocicletas, Medida administrativa - remoção da bicicleta,
motonetas e ciclomotores a passagem entre veícu- mediante recibo para o pagamento da multa.
los de filas adjacentes ou entre a calçada e veículos Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, pas-
de fila adjacente a ela. Isso quer dizer que trafegar seios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refú-
pelo corredor agora é permitido? Se colocar em ris- gios, ajardinamentos, canteiros centrais e divisores
co a segurança do trânsito, continua sendo proibido. de pista de rolamento, acostamentos, marcas de
A Resolução CONTRAN 371/10 diz que Motocicleta e canalização, gramados e jardins públicos:
similares devem ser autuados se estiverem circulando
Infração - gravíssima;
entre veículos de filas adjacentes ou entre a calçada
Penalidade - multa (três vezes).
e veículos de fila adjacente a ela, estando esses em
movimento ou imobilizados, desde que coloque em
risco a segurança do trânsito. Classificação das vias
Já os ciclomotores, em regra, deveriam usar o acos-
tamento ou faixa própria. No entanto, estamos dis- Art. 60. As vias abertas à circulação, de acordo
tantes dessa realidade, logo, deverão usam a faixa da com sua utilização, classificam-se em:
direita ou bordo da pista, na ausência dos acostamen- I - vias urbanas:
tos e das faixas próprias, conforme preconiza o artigo. a) via de trânsito rápido;
b) via arterial;
c) via coletora;
Importante! d) via local;
O tráfego de ciclomotores em vias de trânsito II - vias rurais:
rápido e rodovias é proibido! (Art. 244 § 2° CTB). a) rodovias;
Exemplo de ciclomotores: mobiletes. b) estradas.

As Vias Urbanas se classificam em: Vias de Trânsito


Bicicletas Rápido (caracterizadas por acessos especiais com trân-
sito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade
Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres
dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer,
quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acosta-
em nível), Via Arteriais (caracterizadas por interseções
mento, ou quando não for possível a utilização des- em nível, geralmente controladas por semáforo, com
tes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias
sentido de circulação regulamentado para a via, e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da
com preferência sobre os veículos automotores. cidade), Vias Coletoras (destinadas a coletar e distri-
Parágrafo único. A autoridade de trânsito com cir-
buir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair
cunscrição sobre a via poderá autorizar a circula-
ção de bicicletas no sentido contrário ao fluxo dos das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando
veículos automotores, desde que dotado o trecho o trânsito dentro das regiões da cidade) e Vias Locais
com ciclofaixa. (caracterizadas por interseções em nível não semafo-
rizadas, destinada apenas ao acesso local ou a áreas
As bicicletas deverão usar as ciclovias, ciclofaixas restritas). Já as vias rurais são as estradas e rodovias.
ou acostamento. Se não houver, deverão utilizar o A diferença é que as rodovias possuem pavimento e as
bordo da pista no mesmo sentido dos veículos auto-
estradas não. Veja as tabelas com um resumo das prin-
motores e com preferência sobre estes veículos. E, por
fim, lembre-se que as bicicletas poderão trafegar em cipais informações a respeito das vias urbanas:
sentido contrário nas ciclofaixas, caso haja sinaliza-
ção permitindo. TIPO DE TEM
Conceitos de ciclofaixa e ciclovia: VIA URBANA SEMÁFORO?

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


Vias de Trân-
z Ciclofaixa: parte da pista de rolamento destina- Não
sito Rápido
da à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por
sinalização específica. Via Arteriais Sim
z Ciclovia: pista própria destinada à circulação de
Vias
ciclos, separada fisicamente do tráfego comum. Coletoras
Sim

Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sina- Vias Locais Não
lizado pelo órgão ou entidade com circunscrição
sobre a via, será permitida a circulação de bicicle-
tas nos passeios. TIPO DE TEM
OBSERVAÇÃO
VIA URBANA CRUZAMENTO?
Veja que é possível a circulação de bicicletas nos
Vias de Trân- Não
passeios se a sinalização permitir. sito Rápido
Infração relacionada ao dispositivo:
Via Arteriais Sim Liga bairros
Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não
seja permitida a circulação desta, ou de forma Vias Sim Está dentro dos
agressiva, em desacordo com o disposto no pará- Coletoras bairros
grafo único do art. 59: Vias Locais Sim
Infração - média; 29
Velocidade máxima em vias
Importante!
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a
O órgão de trânsito pode determinar velocida-
via será indicada por meio de sinalização, obede-
cidas suas características técnicas e as condições des superiores ou inferiores a estas que vimos
de trânsito. agora. No Estado de São Paulo, há rodovias com
§ 1° Onde não existir sinalização regulamentadora, limite de velocidade igual a 120 km/h.
a velocidade máxima será de:
I - nas vias urbanas:
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trân- Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser infe-
sito rápido: rior à metade da velocidade máxima estabelecida,
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais; respeitadas as condições operacionais de trânsito
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias e da via.
coletoras;
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais; Já a Velocidade Mínima não poderá ser inferior à
II - nas vias rurais: metade da velocidade máxima estabelecida, respeita-
a) nas rodovias de pista dupla: das as condições operacionais de trânsito (engarrafa-
1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para mento) e da via (rodovias esburacadas). Esse assunto
automóveis, camionetas e motocicletas; também é explorado pelas bancas, fique atento.
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os Ex.: Qual seria a velocidade mínima de um caminhão
demais veículos3. (revogado numa rodovia não sinalizada em pista simples, respeita-
b) nas rodovias de pista simples das as condições operacionais de trânsito e da via?
1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para auto- Velocidade Máxima é de 90 km/h, logo dividimos
móveis, camionetas e motocicletas; pela metade, 90 / 2= 45 km/h. Assim, 45 km/h é a res-
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os posta correta.
demais veículos;
c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por Dispositivo de segurança
hora
Art. 64. As crianças com idade inferior a 10 (dez)
Este tema é fundamental em provas, independen- anos que não tenham atingido 1,45 m (um metro e
temente do órgão. Perceba que a velocidade máxima quarenta e cinco centímetros) de altura devem ser
em uma via depende da sinalização colocada na via. Só transportadas nos bancos traseiros, em dispositivo
que o que cai em provas são questões que perguntam de retenção adequado para cada idade, peso e altu-
quando não há sinalização. Por isso, é importante se ra, salvo exceções relacionadas a tipos específicos
atentar às informações expostas nas tabelas a seguir: de veículos regulamentadas pelo CONTRAN. (Lei n°
14.071 de 2020)
Parágrafo único. O CONTRAN disciplinará o uso
VELOCIDADE MÁXIMA NAS VIAS SEM
excepcional de dispositivos de retenção no banco
SINALIZAÇÃO dianteiro do veículo e as especificações técnicas
Vias ruais dos dispositivos de retenção a que se refere o caput
deste artigo.
Tipo de Rodovias
veículo Estradas Artigo importante para as provas. Para ter que se
Pista Pista sentarem no banco traseiro devem ser menores de 10
Simples Dupla anos e ter menos que 1,45 m de altura.
Automóveis 100 km/h 110 km/h 60 km/h
Art. 168. Transportar crianças em veículo auto-
Camionetas 100 km/h 110 km/h 60 km/h motor sem observância das normas de segurança
especiais estabelecidas neste Código:
Motocicletas 100 km/h 110 km/h 60 km/h Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Demais Medida administrativa - retenção do veículo até
90 km/h 90 km/h 60 km/h
Veículos que a irregularidade seja sanada.

Sobre o cinto de segurança temos assim disposto


VELOCIDADE MÁXIMA NAS VIAS SEM no art. 65:
SINALIZAÇÃO

Vias Urbanas Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança


para condutor e passageiros em todas as vias do
Vias território nacional, salvo em situações regulamen-
tadas pelo CONTRAN.
Trânsito
Arterias Coletoras Locais
Rápido A norma diz que condutores e passageiros devem
usar o cinto de segurança individualmente. Assim, em
80 km/h 60 km/h 40 km/h 30 km/h
automóvel com capacidade para cinco pessoas, com
cinco cintos de segurança, não se pode conduzir com
§ 2° O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário lotação excedente, pois o cinto é individual.
com circunscrição sobre a via poderá regulamen- Infração relacionada ao dispositivo:
tar, por meio de sinalização, velocidades superiores
ou inferiores àquelas estabelecidas no parágrafo Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar
30 anterior. o cinto de segurança, conforme previsto no art. 65:
Infração - grave; ( ) No trânsito de veículos nas vias terrestres, abertas
Penalidade - multa; à circulação, quando veículos, transitando por fluxos
Medida administrativa - retenção do veículo até que se cruzem, se aproximarem de local sinalizado,
colocação do cinto pelo infrator. terá preferência de passagem no caso de rotatória,
sempre aquele que estiver para entrar nela.
Competição esportiva ( ) No trânsito de veículos nas vias terrestres, abertas
à circulação, os veículos precedidos de batedores
Art. 67. As provas ou competições desportivas, terão sempre prioridade absoluta de passagem.
inclusive seus ensaios, em via aberta à circulação, ( ) No trânsito de veículos nas vias terrestres, abertas
só poderão ser realizadas mediante prévia permis- à circulação, o uso de dispositivos de alarme sono-
são da autoridade de trânsito com circunscrição ro e de iluminação vermelha intermitente só poderá
sobre a via e dependerão de:
ocorrer quando da efetiva prestação de serviço de
I - autorização expressa da respectiva confederação
desportiva ou de entidades estaduais a ela filiadas;
urgência.
II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos
materiais à via; A sequência CORRETA é:
III - contrato de seguro contra riscos e acidentes em
favor de terceiros; a) F, V, F, F.
IV - prévio recolhimento do valor correspondente b) F, F, F, V.
aos custos operacionais em que o órgão ou entida- c) V, V, F, F.
de permissionária incorrerá. d) V, V, V, V
Parágrafo único. A autoridade com circunscrição
sobre a via arbitrará os valores mínimos da caução
Vamos analisar os itens:
ou fiança e do contrato de seguro.
Item I: Errado. O condutor deverá guardar distân-
Cada competição tem suas particularidades e
cia de segurança lateral e frontal entre o seu e os
suas regras. Uma corrida por exemplo, poderá
demais veículos, bem como em relação ao bordo da
demandar a necessidade de uma marcação espe-
pista, considerando-se, no momento, a velocidade e
cial na via: faixas, pontos, barreiras de retenção,
as condições do local, da circulação, do veículo e as
controle e segurança e/ou sinalização. Tudo isso
condições climáticas (Art 29 Inc II do CTB);
demanda alterações na via, sendo que estas pre-
Item II: Errado. Em rotatórias sem sinalização a
cisam ser desfeitas após o evento. É para isto que
preferência de passagem é de quem circula na rota-
serve o prévio recolhimento do valor correspon-
dente aos custos operacionais em que o órgão ou tória (Art 29 Inc III, alínea “a” do CTB)
entidade permissionária incorrerá, por permitir Item III: Errado. No trânsito de veículos nas vias ter-
que o evento seja realizado. restres, abertas à circulação, os veículos precedidos de
batedores terão prioridade de passagem e não prio-
ridade absoluta de passagem (Art 29 Inc VI do CTB).
Este artigo, quando é exigido, cai de forma seca.
Item IV: Certo. Art 29 Inc VII, alínea “c” do CTB. Res-
Fique atento às palavras-chave: Autorização, Caução,
posta: Letra B.
Contrato e Recolhimento.
Infração relacionada:
2. (CISSUL - 2017) Os veículos destinados a socorro de
Art. 174. Promover, na via, competição, eventos incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscaliza-
organizados, exibição e demonstração de perícia ção e operação de trânsito e as ambulâncias, além de
em manobra de veículo, ou deles participar, como prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, esta-
condutor, sem permissão da autoridade de trânsito cionamento e parada.
com circunscrição sobre a via. Assinale a alternativa em que essa regulamentação
Infração - gravíssima; deverá ocorrer:
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direi-
to de dirigir e apreensão do veículo a) Em qualquer situação
Medida administrativa - recolhimento do documen- b) Em quando serviço de urgência
to de habilitação e remoção do veículo. c) Em quando serviço de urgência e devidamente identi-
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
§ 1° As penalidades são aplicáveis aos promotores
ficado por dispositivos regulamentares
e aos condutores participantes
d) Em fins particulares do condutor socorrista
§ 2° Aplica-se em dobro a multa prevista no caput
em caso de reincidência no período de 12 (doze)
meses da infração anterior A opção C está de acordo com o artigo 29 Inciso VII
do CTB. Resposta: Letra C.

3. (CESPE - 2015) À luz do Código de Trânsito Brasileiro


EXERCÍCIOS COMENTADOS (CTB), julgue o item seguinte.
A classificação das vias urbanas é feita de acordo com
1. (UNESPAR - 2019) Sobre as normas gerais de circula- a sua utilização e característica, constitui critério de
ção e conduta previstas no Código de Trânsito Brasi- fixação de limite de velocidade de cada tipo de via e
leiro, analise as assertivas e marque (V) para o que for estabelece parâmetros e condições de preferência de
verdadeiro ou (F) para o que for falso. passagem em cruzamentos desprovidos de sinalização.

( ) No trânsito de veículos nas vias terrestres, abertas ( ) CERTO  ( ) ERRADO
à circulação, o condutor deverá guardar distância de
segurança somente lateral entre o seu e os demais Realmente, a classificação das vias urbanas é feita
veículos, bem como em relação ao bordo da pista, de acordo com a sua utilização e características.
considerando-se, no momento, somente a velocida- Com fundamento no Art. 60 do CTB, até aí a questão
de e as condições do local. está correta. 31
No entanto, na segunda parte do comando da ques- TEMPO DE
tão, a banca menciona “preferência de passagem”, TRANSPORTE OBSERVAÇÃO
DESCANSO
que se refere às normas de circulação e conduta
previstas no Art. 29, III, que, por sua vez, não tem É proibido dirigir
30 min (fracioná-
Rodoviário de por mais de 5
nada a ver com as classificações das vias. Resposta: vel) dentro de 06
Cargas horas e meia
Errado. Horas de direção
ininterruptas.
4. (CESPE - 2015) Um servidor do STJ, ocupante do car- É proibido dirigir
30 min (fracio-
go de segurança, foi designado para conduzir veícu- Rodoviário de por mais de 5
nável) a cada 04
lo utilizado para o transporte de dez magistrados da Passageiros horas e meia
Horas de direção
ininterruptas.
sede em Brasília – DF para uma cidade X, distantes
500 km uma da outra, em uma rodovia.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a §2° Em situações excepcionais de inobservância
seguir de acordo com os dispositivos do CTB. justificada do tempo de direção, devidamente regis-
tradas, o tempo de direção poderá ser elevado pelo
Nos trechos da rodovia em que inexista sinalização
período necessário para que o condutor, o veículo
regulamentando a velocidade máxima permitida, o con- e a carga cheguem a um lugar que ofereça a segu-
dutor do veículo utilizado na viagem deverá observar os rança e o atendimento demandados, desde que não
limites máximo de 90 km/h e mínimo de 45 km/h. haja comprometimento da segurança rodoviária.

( ) CERTO  ( ) ERRADO Como toda regra tem sua exceção, aqui não é dife-
rente. Isto é, se não houver um local seguro para rea-
Embora haja recente mudança no CTB quanto às lizar o descanso regulamentar, o tempo de direção
velocidades, a questão, que é de 2015, não foi pre- poderá ser excedido, desde que não haja comprome-
judicada. Hoje, numa rodovia não sinalizada (pista timento da segurança rodoviária. A resolução n° 525
regulamenta o tema.
simples ou dupla) a velocidade máxima de um micro-
-ônibus (havia 10 passageiros) é de 90km/h de acordo
§ 3° O condutor é obrigado, dentro do período de 24
com o artigo 61 § 1° do CTB. Já a velocidade mínima (vinte e quatro) horas, a observar o mínimo de 11
divide-se a máxima por 2; logo temos: 90/2 = 45km/h (onze) horas de descanso, que podem ser fraciona-
o que torna a questão certa. Resposta: Certo. das, usufruídas no veículo e coincidir com os inter-
valos mencionados no § 1°, observadas no primeiro
5. (CESPE - 2015) Julgue o item: período 8 (oito) horas ininterruptas de descanso.
Ao transitar por um túnel, ainda que a viagem seja rea-
lizada durante o dia e que o túnel seja provido de ilumi- Fique atento a mais essa regra: dentro de cada 24
nação, o condutor do veículo deverá manter os faróis horas, é obrigatório o descanso de 11 horas, sendo 08
ininterruptas no primeiro período.
acesos, utilizando luz baixa.
Temos também a seguinte normatização dentro
deste tema:
( ) CERTO  ( ) ERRADO
Art. 67-E. O motorista profissional é responsável
Literalidade do artigo 40 Inciso I do CTB. Resposta: por controlar e registrar o tempo de condução
Certo. estipulado no art. 67-C, com vistas à sua estrita
observância.
DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS § 1° A não observância dos períodos de descanso
PROFISSIONAIS estabelecidos no art. 67-C sujeitará o motorista
profissional às penalidades daí decorrentes, previs-
tas neste Código
Art. 67-A. O disposto neste Capítulo aplica-se aos § 2° O tempo de direção será controlado mediante
motoristas profissionais registrador instantâneo inalterável de velocidade e
I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros tempo e, ou por meio de anotação em diário de bor-
II - de transporte rodoviário de cargas. do, ou papeleta ou ficha de trabalho externo, ou por
Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional diri- meios eletrônicos instalados no veículo, conforme
gir por mais de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas norma do CONTRAN.
veículos de transporte rodoviário coletivo de passa-
geiros ou de transporte rodoviário de cargas. O motorista é que controlará esse tempo de des-
§ 1° Serão observados 30 (trinta) minutos para des- canso e condução, o que poderá ser feito por tacógrafo
canso dentro de cada 6 (seis) horas na condução de (equipamento registrador instantâneo inalterável de
veículo de transporte de carga, sendo facultado o velocidade e tempo), por meio de anotação em diário
seu fracionamento e o do tempo de direção desde de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo, ou
que não ultrapassadas 5 (cinco) horas e meia contí- por meios eletrônicos instalados no veículo.
nuas no exercício da condução. Infração relacionada:
§ 1°-A. Serão observados 30 (trinta) minutos para
descanso a cada 4 (quatro) horas na condução de Art. 230. Conduzir o veículo:
veículo rodoviário de passageiros, sendo facultado XXIII - em desacordo com as condições estabeleci-
das no art. 67-C, relativamente ao tempo de perma-
o seu fracionamento e o do tempo de direção.
nência do condutor ao volante e aos intervalos para
descanso, quando se tratar de veículo de transporte
Cuidado com as normas de descanso dos motoris- de carga ou coletivo de passageiros:
tas profissionais. Por isso, veja as principais delas na Infração - média;
32 tabela a seguir: Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para Já o motociclista desmontado, empurrando a
cumprimento do tempo de descanso aplicável. motocicleta, não é equiparado ao pedestre. Muito
§ 1° Se o condutor cometeu infração igual nos últi- comum em passarelas, onde o motociclista desmonta-
mos 12 (doze) meses, será convertida, automati- do empurra sua motocicleta para transitar por uma via
camente, a penalidade disposta no inciso XXIII em
destinada a pedestres. Essa prerrogativa é apenas para
infração grave. (Incluído pela Lei n° 13.103, de 2015)
§ 2° Em se tratando de condutor estrangeiro, a libe- o ciclista. Um condutor de carro de mão, ainda que com
ração do veículo fica condicionada ao pagamento os pés no chão, não é um pedestre e sim um condutor
ou ao depósito, judicial ou administrativo, da mul- de veículo, não devendo usar calçadas. O motociclista
ta. (Incluído pela Lei n° 13.103, de 2015) desembarcado é equiparado a um condutor de veículo
de propulsão humana como um carro de mão.
O próximo parágrafo também é de grande impor-
tância. Vejamos:
EXERCÍCIO COMENTADO
§ 2° Nas áreas urbanas, quando não houver pas-
1. (FCC - 2019) No que se refere à condução de veículos seios ou quando não for possível a utilização des-
por motoristas profissionais, tes, a circulação de pedestres na pista de rolamento
será feita com prioridade sobre os veículos, pelos
a) serão observados 30 minutos para descanso a cada bordos da pista, em fila única, exceto em locais
4 horas na condução de veículo rodoviário de passa- proibidos pela sinalização e nas situações em que a
geiros, sendo facultado o seu fracionamento e o do segurança ficar comprometida.
tempo de direção.
b) é vedado ao motorista profissional dirigir, por mais de O legislador, nesse caso, colocou a hipótese de
4 horas e meia ininterruptas, veículos de transporte não haver passeios ou passagens apropriadas para os
rodoviário coletivo de passageiros ou de transporte pedestres. Então preste atenção:
rodoviário de cargas.
c) serão observados 30 minutos para descanso dentro
REGRA DE CIRCULAÇÃO DE PEDESTRE
de cada 5 horas na condução de veículo de transporte
de carga, sendo facultado o seu fracionamento. Local de Circulação (Vias
d) o condutor é obrigado, dentro do período de 24 horas, Tipo de Local de urbanas não dotadas de
a observar o mínimo de 9 horas de descanso, que Via Circulação Passeios ou passagens
podem ser fracionadas. apropriadas)
e) em situações excepcionais de inobservância justificada Circulação pela pista de rola-
de tempo de direção, devidamente registradas, o tempo mento (com prioridade sobre
de direção poderá ser elevado por mais 4 horas, desde Passeios os veículos)
que não haja comprometimento da segurança rodoviária. Vias ou Pas-
Pelos Bordos da Pista
Urbanas sagens
Letra A é a mais adequada segundo o dispositivo Apropriadas Em Fila Única (exceto em
legal: lugares proibidos pela
Art. 67-C. § 1°-A. Serão observados 30 (trinta) minu- sinalização)
tos para descanso a cada 4 (quatro) horas na con-
dução de veículo rodoviário de passageiros, sendo
§ 3° Nas vias rurais, quando não houver acosta-
facultado o seu fracionamento e o do tempo de dire-
mento ou quando não for possível a utilização dele,
ção. Resposta: Letra A.
a circulação de pedestres, na pista de rolamento,
será feita com prioridade sobre os veículos, pelos
DOS PEDESTRES E VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS
bordos da pista, em fila única, em sentido contrá-
rio ao deslocamento de veículos, exceto em locais
Local onde o pedestre deve circular proibidos pela sinalização e nas situações em que a
segurança ficar comprometida.

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos
passeios ou passagens apropriadas das vias urba-
nas e dos acostamentos das vias rurais para circu- Aqui existe uma pequena diferença em relação ao
lação, podendo a autoridade competente permitir parágrafo anterior: os pedestres caminharão no senti-
a utilização de parte da calçada para outros fins, do contrário ao do veículo.
desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres.
REGRA DE CIRCULAÇÃO DE PEDESTRE
Local de Circulação (Vias
Importante! Tipo de Local de
Rurais não dotadas de
Via Circulação
Os pedestres devem caminhar: Acostamentos)
Em vias rurais: acostamentos. Circulação pela pista de
Vias urbanas: passeios ou passagens apropriadas. rolamento (com prioridade
sobre os veículos)
§ 1° O ciclista desmontado empurrando a bicicleta Pelos bordos da pista
Vias
equipara-se ao pedestre em direitos e deveres. Acostamentos Em Fila Única
Rurais
Em sentido contrário ao
Esse parágrafo é muito cobrado em provas, tenha
deslocamento de veículos
muita atenção: um ciclista caminhando ao lado de
(exceto em lugares
sua bicicleta (desmontado) é um pedestre em direitos
e deveres. proibidos pela sinalização) 33
§ 5° Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras Tem-se, neste artigo, uma informação relevante: os
de arte a serem construídas, deverá ser previsto pedestres, em regra, terão prioridade de passagem, exceto
passeio destinado à circulação dos pedestres, que em sinalização semafórica que lhes sejam desfavoráveis.
não deverão, nessas condições, usar o acostamento.
Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição
Vimos anteriormente que nas vias rurais utilizamos sobre a via manterá, obrigatoriamente, as faixas e
passagens de pedestres em boas condições de visibi-
os acostamentos. Pois bem, o legislador abriu uma exce-
lidade, higiene, segurança e sinalização.
ção ao dizer que nos trechos urbanos de vias rurais, os
pedestres usarão os passeios, se tiverem sido construí- Não há dúvida de que uma faixa apagada, suja de
dos. Neste caso não será utilizado o acostamento. barro, mal feita, mal pintada pode prejudicar a visão
do motorista. O art. 1° do CTB, prevê em seu § 3° que
Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedes-
tre tomará precauções de segurança, levando em “Os órgãos e entidades componentes do Siste-
conta, principalmente, a visibilidade, a distância e ma Nacional de Trânsito respondem, no âmbito
a velocidade dos veículos, utilizando sempre as fai- das respectivas competências, objetivamente, por
xas ou passagens a ele destinadas sempre que estas danos causados aos cidadãos em virtude de ação,
existirem numa distância de até cinquenta metros omissão ou erro na execução e manutenção de pro-
dele, observadas as seguintes disposições: gramas, projetos e serviços que garantam o exercí-
cio do direito do trânsito seguro”.
Neste dispositivo, colocam-se regras aos pedestres
Logo, uma pessoa que seja atropelada sobre faixa
para atravessar uma via. Ao atravessar uma pista, de pedestre que não atenda aos requisitos estabeleci-
o pedestre deve observar se a via possui faixa apro- dos neste art. 71 poderá buscar a responsabilização do
priada para pedestres. Caso ela possua a faixa, numa órgão executivo rodoviário responsável.
distância de até 50 metros, o pedestre deve obrigato-
riamente fazer sua travessia utilizando-se dela, levan-
do em conta a visibilidade, a distância e a velocidade
dos veículos. EXERCÍCIOS COMENTADOS
I - onde não houver faixa ou passagem, o cruza- 1. (IBFC - 2019) O Capítulo IV do Código de Trânsito
mento da via deverá ser feito em sentido perpendi- Brasileiro, Lei n° 9503/1997, apresenta as informa-
cular ao de seu eixo; ções sobre os pedestres e condutores de veículos não
motorizados. De acordo com o Art. 69, é assegurada
ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens
Outra regra: se, ao se preparar para atravessar
apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos das
uma pista, o pedestre não avistar nenhuma faixa de
vias rurais para circulação, podendo a autoridade com-
pedestres, então, neste caso, deve atravessá-la no sen- petente permitir a utilização de parte da calçada para
tido perpendicular ao seu eixo. outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de
pedestres. Sobre este assunto, analise as afirmativas
II - para atravessar uma passagem sinalizada para abaixo e dê valores de Verdadeiro (V) ou Falso (F).
pedestres ou delimitada por marcas sobre a pista: ( ) Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de
a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indi- arte a serem construídas, deverá ser previsto passeio
cações das luzes; destinado à circulação dos pedestres, que não deve-
b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que rão, nessas condições, usar o acostamento.
o semáforo ou o agente de trânsito interrompa o ( ) O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equi-
fluxo de veículos; para-se ao pedestre em direitos e deveres.
III - nas interseções e em suas proximidades, onde ( ) Onde houver obstrução da calçada ou da passagem
não existam faixas de travessia, os pedestres devem para pedestres, o órgão ou entidade com circunscri-
atravessar a via na continuação da calçada, obser- ção sobre a via deverá assegurar a devida sinaliza-
vadas as seguintes normas: ção e proteção para circulação de pedestres.
a) não deverão adentrar na pista sem antes se cer- ( ) Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou
tificar de que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito quando não for possível a utilização destes, a circu-
de veículos; lação de pedestres na pista de rolamento será feita
com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da
b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os
pista, em fila única, exceto em locais proibidos pela
pedestres não deverão aumentar o seu percurso,
sinalização e nas situações em que a segurança ficar
demorar-se ou parar sobre ela sem necessidade.
comprometida. Assinale a alternativa que apresenta
a sequência correta de cima para baixo.
Pedestre e a preferência de passagem
a) V, V, F, F
Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a b) V, V, V, V
via sobre as faixas delimitadas para esse fim terão c) F, V, F, V
prioridade de passagem, exceto nos locais com d) F, F, V, F
sinalização semafórica, onde deverão ser respeita-
das as disposições deste Código. Todas estão certinhas. Primeira alternativa possui
Parágrafo único. Nos locais em que houver sina- amparo Art. 68 § 5° do CTB. Segunda alternativa
lização semafórica de controle de passagem será possui amparo no § 1° do Art. 68 do CTB (sempre cai
dada preferência aos pedestres que não tenham em provas); Terceira alternativa possui amparo Art.
concluído a travessia, mesmo em caso de mudança 68 § 6° do CTB; Quarta alternativa possui amparo
34 do semáforo liberando a passagem dos veículos. no Art. 68 § 2° do CTB. Resposta: Letra B.
2. (IBFC - 2015) Conforme o Art. 68 do Código de Trânsi- Não esqueça: o ciclista desmontado empurrando a
to Brasileiro é assegurada ao pedestre a utilização dos bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deve-
passeios ou passagens apropriadas das vias urbanas res. Vejamos a lei:
e dos acostamentos das vias rurais para circulação, ART 68 § 1° O ciclista desmontado empurrando a
podendo a autoridade competente permitir a utiliza- bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deve-
ção de parte da calçada para outros fins, desde que
res. Resposta: Letra B.
não seja prejudicial ao fluxo de pedestres. Assinale a
alternativa que corresponda aos incisos contempla-
dos no artigo. 5. (QUADRIX - 2020) Conforme cresce o uso da bicicleta
como meio de transporte nas grandes cidades, cresce
I. O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipa- o número de ciclistas no trânsito, sendo cada vez mais
ra-se ao pedestre em direitos e deveres. comuns os encontros entre motoristas e ciclistas.
II. Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou Considerando essa informação, julgue o item no que
quando não for possível a utilização destes, a circu- diz respeito à postura do motorista em relação aos
lação de pedestres na pista de rolamento será feita ciclistas, segundo a Lei n.° 9.503/1997 (Código Brasi-
com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da leiro de Trânsito).
pista, em fila única, exceto em locais proibidos pela Na via urbana onde não exista ciclovia, ciclofaixa ou
sinalização e nas situações em que a segurança ficar
acostamento, o ciclista pode circular próximo ao bordo
comprometida.
da pista, não havendo obrigatoriedade de permanecer o
III. Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou
quando não for possível a utilização dele, a circulação mais próximo possível da guia da calçada (meio‐fio).
de pedestres, na pista de rolamento, será feita com prio-
ridade sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila ( ) CERTO  ( ) ERRADO
única, em sentido contrário ao deslocamento de veícu-
los, exceto em locais proibidos pela sinalização e nas O ciclista deve circular próximo ao bordo da pista,
situações em que a segurança ficar comprometida. nessas ocasiões. Outro detalhe: Não há obrigato-
riedade de permanecer o mais próximo possível da
a) Apenas I e III estão corretas guia da calçada, conforme art. 58 do CTB.
b) Apenas II e III estão corretas Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla,
c) Apenas a I está correto a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando
d) I, II e III estão corretas
não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento,
e) Apenas I e II estão corretas
ou quando não for possível a utilização destes, nos
I - Artigo 68 § 1° bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de
II - Artigo 68 § 2° circulação regulamentado para a via, com preferên-
III - Artigo 68 § 3 Resposta: Letra D. cia sobre os veículos automotores. Resposta: Certo.

3. (FCC - 2019) Ao cruzar a pista de rolamento, o pedes- EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO


tre tomará precauções de segurança, levando em
conta, principalmente, a visibilidade, a distância e a Educação para o trânsito como direito
velocidade dos veículos, utilizando sempre as faixas
ou passagens a ele destinadas, sempre que estas Art. 74. A educação para o trânsito é direito de
existirem, em uma distância de até todos e constitui dever prioritário para os compo-
nentes do Sistema Nacional de Trânsito.
a) 80 metros dele. § 1° É obrigatória a existência de coordenação edu-
b) 100 metros dele. cacional em cada órgão ou entidade componente
c) 60 metros dele. do Sistema Nacional de Trânsito.
d) 120 metros dele. § 2° Os órgãos ou entidades executivos de trânsito
e) 50 metros dele. deverão promover, dentro de sua estrutura orga-

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


nizacional ou mediante convênio, o funcionamen-
Fácil! Literalidade do Art 69 do CTB: to de Escolas Públicas de Trânsito, nos moldes e
Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre
padrões estabelecidos pelo CONTRAN.
tomará precauções de segurança, levando em conta,
principalmente, a visibilidade, a distância e a velo-
cidade dos veículos, utilizando sempre as faixas ou A educação para o trânsito é um assunto impor-
passagens a ele destinadas sempre que estas existi- tante para as provas. Tenha em mente que qualquer
rem numa distância de até cinqüenta metros dele, artigo deste capítulo pode ser cobrado em seu exame.
observadas as seguintes disposições:
I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamen- Dica
to da via deverá ser feito em sentido perpendicular
ao de seu eixo; Resposta: Letra E. Memorize que a educação é um direito seu e
dever prioritário dos órgãos do SNT. Estes devem
4. (VUNESP - 2016) Segundo o CTB, no seu artigo 68, o possuir uma coordenação educacional e promo-
ciclista desmontado, empurrando a bicicleta, equipa- ver o funcionamento de Escolas Públicas de
ra-se, em direitos e deveres, ao
Trânsito. As Escolas Públicas de Trânsito – EPT,
promovidas pelos órgãos executivos de trânsito,
a) motociclista.
b) pedestre. destinam-se prioritariamente à execução de cur-
c) veículo. sos, ações e projetos educativos, voltados para o
d) ciclomotor. exercício da cidadania no trânsito. 35
A Resolução N° 207 de 2006 regulamenta o assunto. Implementar o trânsito como tema nas escolas é um
grande desafio para os órgãos gestores de trânsito. Este
Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os trabalho requer a elaboração de um projeto sério: obje-
temas e os cronogramas das campanhas de âmbito tivos bem definidos, recursos educativos de qualidade,
nacional que deverão ser promovidas por todos os acompanhamento e avaliação permanentes, corpo téc-
órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trân- nico capacitado etc.
sito, em especial nos períodos referentes às férias
escolares, feriados prolongados e à Semana Nacio-
nal de Trânsito. Publicidade da educação para o Trânsito

Art. 77-A. São assegurados aos órgãos ou entida-


Perceba que o CONTRAN (órgão máximo norma-
des componentes do Sistema Nacional de Trânsito
tivo) decidirá anualmente os temas e os cronogramas
os mecanismos instituídos nos arts. 77-B a 77-E
das campanhas nacionais a serem obedecidas por
para a veiculação de mensagens educativas de
todos os órgãos de trânsito. Conforme o art. 326 do
trânsito em todo o território nacional, em caráter
CTB, a Semana Nacional de Trânsito será comemora-
suplementar às campanhas previstas nos arts. 75 e
da anualmente no período compreendido entre 18 e
77. (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009).
25 de setembro. Art. 77-B. Toda peça publicitária destinada à divul-
gação ou promoção, nos meios de comunicação
§ 1° Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional social, de produto oriundo da indústria automo-
de Trânsito deverão promover outras campanhas bilística ou afim, incluirá, obrigatoriamente, men-
no âmbito de sua circunscrição e de acordo com as
sagem educativa de trânsito a ser conjuntamente
peculiaridades locais.
veiculada. (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009).

Além das campanhas estabelecidas pelo CON-


Bastante interessante esta informação: toda pro-
TRAN, os órgãos de trânsito devem promover suas
paganda comercial, nos meios de comunicação social,
campanhas próprias de educação para o trânsito.
de produtos de indústrias automobilísticas deverá
incluir mensagem educativa de trânsito.
§ 2° As campanhas de que trata este artigo são de
caráter permanente, e os serviços de rádio e difusão
sonora de sons e imagens explorados pelo poder § 1° Para os efeitos dos arts. 77-A a 77-E, conside-
público são obrigados a difundi-las gratuitamente, ram-se produtos oriundos da indústria automo-
com a frequência recomendada pelos órgãos com- bilística ou afins:(Incluído pela Lei n° 12.006, de
petentes do Sistema Nacional de Trânsito 2009).
I – os veículos rodoviários automotores de qualquer
Os serviços de rádio e difusão sonora de sons e espécie, incluídos os de passageiros e os de carga;
imagens explorados pelo poder público são obrigados (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009).
a difundi-las gratuitamente. II – os componentes, as peças e os acessórios utili-
zados nos veículos mencionados no inciso I. (Incluí-
do pela Lei n° 12.006, de 2009).
Educação para o trânsito nas escolas

Art. 76. A educação para o trânsito será promovida O que são produtos oriundos da indústria automo-
na pré-escola e nas escolas de 1°, 2° e 3° graus, por bilística ou afins? Neste artigo, diz que são os veículos,
meio de planejamento e ações coordenadas entre os componentes e peças, certo?
órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito
e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito § 2° O disposto no caput deste artigo aplica-se à
Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de propaganda de natureza comercial, veiculada por
atuação. iniciativa do fabricante do produto, em qualquer
Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste das seguintes modalidades: (Incluído pela Lei n°
artigo, o Ministério da Educação e do Desporto, 12.006, de 2009).
mediante proposta do CONTRAN e do Conselho de I – rádio; (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009).
Reitores das Universidades Brasileiras, diretamen- II – televisão; (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009).
te ou mediante convênio, promoverá: III – jornal; (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009).
I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um IV – revista; (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009).
currículo interdisciplinar com conteúdo programá- V – outdoor. (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009).
tico sobre segurança de trânsito;
II - a adoção de conteúdos relativos à educação
Para memorizar, lembre- se de dois Estados: TO e
para o trânsito nas escolas de formação para
o magistério e o treinamento de professores e RJ (Televisão, Outdoor, Revista, Rádio e Jornal)
multiplicadores;
III - a criação de corpos técnicos interprofissionais MEIO DE PRODUTO A VEICULAR
para levantamento e análise de dados estatísticos COMUNICAÇÃO MENSAGEM EDUCATIVA
relativos ao trânsito; Rádio Indústria automobilística ou afins
IV - a elaboração de planos de redução de aciden-
tes de trânsito junto aos núcleos interdisciplinares Televisão Indústria automobilística ou afins
universitários de trânsito, com vistas à integração Jornal; Indústria automobilística ou afins
universidades-sociedade na área de trânsito.
Revista Indústria automobilística ou afins
O CTB se preocupou em ocupar toda a cadeia edu- Outdoor Indústria automobilística ou afins
cacional brasileira (do ensino fundamental às universi-
Outdoor Todos os produtos. Inclusive
dades) para conscientizar a sociedade, inclusive com a
(Margem de anúncios de caráter institucional
criação de corpos técnicos e inclusão curricular sobre
36 segurança no trânsito. Rodovia) ou eleitoral
Art. 77-C. Quando se tratar de publicidade veicu-
lada em outdoor instalado à margem de rodovia, EXERCÍCIOS COMENTADOS
dentro ou fora da respectiva faixa de domínio, a
obrigação prevista no art. 77-B estende-se à pro- 1. (UFMT - 2015) Sobre educação para o trânsito, assina-
paganda de qualquer tipo de produto e anunciante, le a alternativa incorreta:
inclusive àquela de caráter institucional ou eleito-
ral. (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009). a) Será promovida especificamente, nas escolas de Ensi-
Art. 77-D. O Conselho Nacional de Trânsito (CON- no Fundamental, por meio de planejamento e ações
TRAN) especificará o conteúdo e o padrão de coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema
apresentação das mensagens, bem como os proce- Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos
dimentos envolvidos na respectiva veiculação, em Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas res-
conformidade com as diretrizes fixadas para as pectivas áreas de atuação.
campanhas educativas de trânsito a que se refere o b) É obrigatória a existência de coordenação educacional
art. 75. (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009). em cada órgão ou entidade componente do Sistema
Art. 77-E. A veiculação de publicidade feita em Nacional de Trânsito.
desacordo com as condições fixadas nos arts. 77-A c) Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deve-
a 77-D constitui infração punível com as seguintes rão promover, dentro de sua estrutura organizacional
sanções: (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009). ou mediante convênio, o funcionamento de Escolas
I – advertência por escrito; (Incluído pela Lei n° Públicas de Trânsito, nos moldes e padrões estabele-
12.006, de 2009). cidos pelo CONTRAN.
II – suspensão, nos veículos de divulgação da publi- d) educação para o trânsito é direito de todos e consti-
cidade, de qualquer outra propaganda do produto, tui dever prioritário para os componentes do Sistema
pelo prazo de até 60 (sessenta) dias; (Incluído pela Nacional de Trânsito.
Lei n° 12.006, de 2009).
III - multa de R$ 1.627,00 (mil, seiscentos e vinte e Questão que exige conhecimentos pormenorizados
sete reais) a R$ 8.135,00 (oito mil, cento e trinta e deste discreto capítulo:
cinco reais), cobrada do dobro até o quíntuplo em a) O erro está no começo da afirmativa. A educação
caso de reincidência. (Redação dada pela Lei n° deverá ser realizada em toda cadeia educacional
13.281, de 2016) (Vigência) brasileira. Será promovida na pré-escola e nas esco-
las de 1°, 2° e 3° graus.
Dica b) Literalidade do Art. 74 § 1° do CTB
c) Literalidade Art. 74 § 2°
“SAM”: Suspensão de até 60 dias, Advertência d) Literalidade Art. 74 caput Resposta: Letra A.
por escrito e Multa cobrada do dobro até o quín-
tuplo em caso de reincidência. 2. (AOCP - 2016) De acordo com o CTB, qual será o per-
Lembrando que as penas podem ser cumulativas. centual destinado a campanhas educativas de trânsi-
Outro detalhe é que qualquer infração leva à sus- to, sendo este retirado de valores arredados do prêmio
pensão da propaganda até a regularização desta. do Seguro Obrigatório (DPVAT)?

Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação e do a) 10%


Desporto, do Trabalho, dos Transportes e da Justi- b) 15%
ça, por intermédio do CONTRAN, desenvolverão e c) 20%
implementarão programas destinados à prevenção d) 05%
de acidentes. e) 50%

Vejamos o dispositivo legal:


Informação que não se deve menosprezar, pois
Art. 78.[...] Parágrafo único. O percentual de DEZ POR
já foi alvo de questões anteriores. Os ministérios que
CENTO do total dos valores arrecadados destinados à
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
desenvolverão e implementarão programas desti-
Previdência Social, do Prêmio do Seguro Obrigatório
nados à prevenção de acidentes são: do Trabalho, de Danos Pessoais causados por Veículos Automoto-
da Saúde, da Educação, do Esporte ou Desporto, dos res de Via Terrestre - DPVAT, de que trata a Lei n°
Transportes e da Justiça. 6.194, de 19 de dezembro de 1974, serão repassados
mensalmente ao Coordenador do Sistema Nacional
Parágrafo único. O percentual de dez por cento do de Trânsito para aplicação exclusiva em programas
total dos valores arrecadados destinados à Previ- de que trata este artigo. Resposta: Letra A.
dência Social, do Prêmio do Seguro Obrigatório de
Danos Pessoais causados por Veículos Automoto- 3. (FUNDEP - 2016) Em relação ao disposto no Código
res de Via Terrestre - DPVAT, de que trata a Lei n° de Trânsito Brasileiro sobre o tema “educação para o
6.194, de 19 de dezembro de 1974, serão repassados trânsito”, assinale a alternativa INCORRETA.
mensalmente ao Coordenador do Sistema Nacional
de Trânsito para aplicação exclusiva em progra- a) A educação para o trânsito é direito de todos e consti-
mas de que trata este artigo. tui dever prioritário para os componentes do Sistema
Nacional de Trânsito.
Atento a este dispositivo, pois já foi cobrado em b) Toda peça publicitária destinada à divulgação ou pro-
várias provas. 10 % do valor do DPVAT que vai para a moção, nos meios de comunicação social, de produto
Previdência Social vão para o Ministério coordenador oriundo da indústria automobilística ou afim, incluirá,
(hoje, o Ministério das Cidades) mensalmente para obrigatoriamente, mensagem educativa de trânsito a
programas de prevenção acidentes. ser conjuntamente veiculada. 37
c) A educação para o trânsito será promovida nas esco- Não é incomum placas pichadas ou tomadas pela
las de 2° e 3° graus, apenas. vegetação nas rodovias brasileiras. Se provada a ilegi-
d) O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e os bilidade da placa, é possível argumentar num recurso
cronogramas das campanhas de âmbito nacional que perante a JARI tal situação e derrubar o Auto de Infração.
deverão ser promovidas por todos os órgãos ou enti-
dades do Sistema Nacional de Trânsito, em especial
nos períodos referentes às férias escolares, feriados
prolongados e à Semana Nacional de Trânsito.

Na questão, a banca quer saber a opção errada. Por-


tanto, a letra C está errada porque a educação para
o trânsito será promovida nas escolas de 2° e 3°
graus e será promovida na pré-escola e nas escolas
de 1° grau, conforme art. 76 caput do CTB. Vejamos:
Art. 76. A educação para o trânsito será promovida
na pré-escola e nas escolas de 1°, 2° e 3° graus, por
meio de planejamento e ações coordenadas entre os
órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito
e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Art. 82. É proibido afixar sobre a sinalização de
trânsito e respectivos suportes, ou junto a ambos,
Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de
qualquer tipo de publicidade, inscrições, legendas
atuação. Resposta: Letra C.
e símbolos que não se relacionem com a mensagem
da sinalização.
DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO Art. 83. A afixação de publicidade ou de quaisquer
legendas ou símbolos ao longo das vias condiciona-
Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao -se à prévia aprovação do órgão ou entidade com
longo da via, sinalização prevista neste Código e em circunscrição sobre a via.
legislação complementar, destinada a condutores e Art. 84. O órgão ou entidade de trânsito com cir-
pedestres, vedada a utilização de qualquer outra. cunscrição sobre a via poderá retirar ou determi-
A sinalização só pode ser colocada desde que haja nar a imediata retirada de qualquer elemento que
previsão no CTB ou em alguma legislação comple- prejudique a visibilidade da sinalização viária e
mentar. A Resolução n° 160/04, por exemplo, regu- a segurança do trânsito, com ônus para quem o
lamenta a sinalização vertical e horizontal nas tenha colocado.
nossas vias terrestres.
§1° A sinalização será colocada em posição e con- Comerciantes lindeiros às vias de trânsito são
dições que a tornem perfeitamente visível e legível acostumados a instalar suas propagandas ao longo da
durante o dia e a noite, em distância compatível via, muitas vezes até fixadas nas placas de sinalização.
com a segurança do trânsito, conforme normas e Nestes casos, o órgão de trânsito nem precisa notificá-
especificações do CONTRAN. -los para retirar a publicidade indevida, pode o pró-
§2° O CONTRAN poderá autorizar, em caráter prio órgão retirar ou determinar, sumariamente, a
experimental e por período prefixado, a utilização retirada da propaganda. Caso esta ação gere despesas
de sinalização não prevista neste Código. numerárias, estas devem ser cobradas do responsável
que instalou a referida publicidade.
Dispositivo que excepciona o caput do artigo 80.
Ou seja, é possível a aposição de sinalização sem Art. 85. Os locais destinados pelo órgão ou enti-
previsão no CTB, desde que seja autorizado pelo dade de trânsito com circunscrição sobre a via à
CONTRAN. Uma exceção ao Art. 80 do CTB seria a travessia de pedestres deverão ser sinalizados com
resolução 407/12 que autorizou a utilização temporá- faixas pintadas ou demarcadas no leito da via.
ria de sinalização de orientação de destino específica Art. 86. Os locais destinados a postos de gasoli-
para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 e para a na, oficinas, estacionamentos ou garagens de uso
Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013. coletivo deverão ter suas entradas e saídas devida-
mente identificadas, na forma regulamentada pelo
§3° A responsabilidade pela instalação da sinali- CONTRAN.
zação nas vias internas pertencentes aos condo- Art. 86-A. As vagas de estacionamento regulamen-
mínios constituídos por unidades autônomas e nas tado de que trata o inciso XVII do art. 181 desta Lei
vias e áreas de estacionamento de estabelecimen- deverão ser sinalizadas com as respectivas placas
tos privados de uso coletivo é de seu proprietário. indicativas de destinação e com placas informan-
(Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016) (Vigência) do os dados sobre a infração por estacionamento
indevido. (Incluído pela Lei n° 13.146, de 2015)
(Vigência)
As vias privadas deverão ser sinalizadas pelos
respectivos proprietários. Não cabe ao Poder Público
fazer isso.
Importante!
Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é proibido Temos uma novidade. Nos estacionamentos deve-
colocar luzes, publicidade, inscrições, vegetação e rão ser colocadas placas informando os dados
mobiliário que possam gerar confusão, interferir sobre a infração, inclusive possibilitando por infor-
na visibilidade da sinalização e comprometer a mações sobre valor e natureza da infração.
38 segurança do trânsito.
Art. 181. Estacionar o veículo:
XVII - em desacordo com as condições regulamen-
tadas especificamente pela sinalização (placa -
Estacionamento Regulamentado):
Infração - grave; (Redação dada pela Lei n° 13.146,
de 2015)
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; z Gestos dos agentes de trânsito e do condutor:
são sinalizações feitas pelos agentes de trânsito ou
Classificação dos sinais condutores, sempre indicando uma ação pertinen-
te ao momento no trânsito. Ex.:
Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em:
I - verticais;
II - horizontais;
III - dispositivos de sinalização auxiliar;
IV - luminosos;
V - sonoros;
VI - gestos do agente de trânsito e do condutor.

Este artigo é um dos mais cobrado nas provas de Fique atento ao que diz o art. 88:
concursos no quesito de sinalização de trânsito. As
especificações das sinalizações estão detalhadas na Art. 88. Nenhuma via pavimentada poderá ser
Resolução n° 160/2004. Memorize a sinalização pre- entregue após sua construção, ou reaberta ao trân-
vista no CTB. sito após a realização de obras ou de manutenção,
enquanto não estiver devidamente sinalizada, ver-
z Verticais: são as placas de sinalização mais tical e horizontalmente, de forma a garantir as con-
dições adequadas de segurança na circulação.
comuns e se encontram por toda a via, acima do
Parágrafo único. Nas vias ou trechos de vias em
chão. Ex.: obras deverá ser afixada sinalização específica e
adequada.

Ordem de Prevalência de sinalização

Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de


prevalência:
I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas
de circulação e outros sinais;
z Horizontais: são as marcações que estão dispostas II - as indicações do semáforo sobre os demais
na vida. Ex.: sinais;
III - as indicações dos sinais sobre as demais nor-
mas de trânsito.

Este é um artigo muito comum em provas, quando


tratamos do aspecto da sinalização de trânsito. Tenha
em mente que as ordens do agente de trânsito preva-
lecem sobre qualquer outra sinalização de trânsito.
z Dispositivos auxiliares: são utilizados para Em segundo lugar aparece o semáforo que apenas
suprir uma exigência específica, geralmente tem- não prevalece sobre as ordens do agente de trânsito.
porária. Ex.: E, por fim, as sinalizações verticais e horizontais pre-
valecem sobre as normas de circulação e conduta.

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


Ex.: se um condutor estiver parado num cruzamento
onde haja sinalização semafórica da cor vermelha para
os veículos e um agente de trânsito sinalizando para o
condutor prosseguir com seu veículo, qual terá priorida-
de? Deve se obedecer ao agente de trânsito já que suas
ordens prevalecem sobre qualquer outra sinalização.

Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas


neste Código por inobservância à sinalização quan-
z Luminosos: são sinalizações que se utilizam de do esta for insuficiente ou incorreta.
meios luminoso para realizar suas funções. Ex.: § 1° O órgão ou entidade de trânsito com circuns-
crição sobre a via é responsável pela implantação
da sinalização, respondendo pela sua falta, insufi-
ciência ou incorreta colocação.
§ 2° O CONTRAN editará normas complementares
no que se refere à interpretação, colocação e uso da
sinalização.

Este dispositivo é muito usado para recursos de


z Sonoros: são as sinalizações feitas a partir de ins- multa. A falta de sinalização ou incorreção dela impe-
trumento sonoro, ou elevação da voz. Ex.: de a autoridade de trânsito de aplicar as penalidades. 39
Art. 93. Nenhum projeto de edificação que possa
Importante! transformar-se em pólo atrativo de trânsito pode-
rá ser aprovado sem prévia anuência do órgão ou
É o CONTRAN que normatiza a interpretação, colo- entidade com circunscrição sobre a via e sem que
cação e uso da sinalização. do projeto conste área para estacionamento e indi-
cação das vias de acesso adequadas.

Neste artigo, o legislador nos diz que um polo atra-


tivo, como shoppings centers, deverá conter no seu
EXERCÍCIOS COMENTADOS projeto áreas de estacionamento e sinalização indi-
cando os acessos ao empreendimento.
1. (CESPE - 2019) A sinalização de trânsito segue uma
ordem de prevalência: as ordens do agente de trânsito Art. 94. Qualquer obstáculo à livre circulação e
prevalecem sobre as normas de circulação e outros à segurança de veículos e pedestres, tanto na via
sinais; as indicações do semáforo sobre os demais quanto na calçada, caso não possa ser retirado,
sinais; e as indicações dos sinais sobre as demais deve ser devida e imediatamente sinalizado.
normas de trânsito. Parágrafo único. É proibida a utilização das ondu-
lações transversais e de sonorizadores como
redutores de velocidade, salvo em casos especiais
( ) CERTO  ( ) ERRADO definidos pelo órgão ou entidade competente, nos
padrões e critérios estabelecidos pelo CONTRAN.
Regra básica de prevalência de sinalização, confor-
me art. 89 do CTB. Resposta: Certo. Norma importante para o dia a dia das cidades:
todo obstáculo na via ou na calçada, como as obras,
2. (FCC - 2019) Os sinais de trânsito classificam-se em: principalmente, devem estar sinalizadas. Infelizmen-
verticais; horizontais; dispositivos de sinalização auxi- te, é comum ocorrerem interdições de calçadas e
liar e mais: simplesmente omitirem sinalização e alternativa de
tráfego para as pessoas, colocando em risco a vida de
a) indicativos, luminosos e sonoros. pedestres. A implantação de ondulações transversais
b) indicativos, sonoros, semáforos e gestos do agente de nas vias públicas dependerá de autorização expressa
trânsito. da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a
c) luminosos e semáforos. via. A resolução n° 600/16 regulamenta o tema.
d) semáforos e gestos do agente de trânsito.
e) luminosos, sonoros e gestos do agente de trânsito e Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa pertur-
do condutor. bar ou interromper a livre circulação de veículos e
pedestres, ou colocar em risco sua segurança, será
iniciada sem permissão prévia do órgão ou entida-
Regra simples:
de de trânsito com circunscrição sobre a via.
Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em:
I - verticais;
Toda obra ou evento (Exposições, Festas, Feiras)
II - horizontais;
que possam ocasionar perturbações na via devem
III - dispositivos de sinalização auxiliar;
ter permissão da autoridade de trânsito previamente
IV - luminosos;
concedida.
V - sonoros;
VI - gestos do agente de trânsito e do condutor. Res- § 1° A obrigação de sinalizar é do responsável pela
posta: Letra E. execução ou manutenção da obra ou do evento.
§ 2° Salvo em casos de emergência, a autoridade
DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO, DA OPERAÇÃO, DA de trânsito com circunscrição sobre a via avisará a
FISCALIZAÇÃO E DO POLICIAMENTO OSTENSIVO comunidade, por intermédio dos meios de comuni-
DE TRÂNSITO cação social, com quarenta e oito horas de antece-
dência, de qualquer interdição da via, indicando-se
Art. 91. O CONTRAN estabelecerá as normas e regu- os caminhos alternativos a serem utilizados.
lamentos a serem adotados em todo o território
nacional quando da implementação das soluções É importante ter muito cuidado com esse arti-
adotadas pela Engenharia de Tráfego, assim como go. Sempre que houver obras e eventos que possam
padrões a serem praticados por todos os órgãos e interromper as vias, faz-se necessária comunicação à
entidades do Sistema Nacional de Trânsito. comunidade (população afetada) no prazo de 48 horas
de antecedência, apontando caminhos alternativos,
As soluções de engenharia de tráfego para as vias exceto em casos de emergência. Guarde esse prazo: 48
de trânsito vão muito além de se construir um viaduto, horas de antecedência para a autoridade de trânsi-
uma ponte ou uma estrada. Este sistema compreende to comunicar.
desde o pré-projeto, necessário para as definições de
construção, readequação, ou reforma de uma via até § 3° O descumprimento do disposto neste artigo
a simples colocação de um marco quilométrico à mar- será punido com multa de R$ 81,35 (oitenta e um
reais e trinta e cinco centavos) a R$ 488,10 (qua-
gem de uma rodovia. Toda esta parte de Engenharia
trocentos e oitenta e oito reais e dez centavos),
de tráfego é direcionada para a responsabilidade dos
independentemente das cominações cíveis e penais
Órgãos Executivos Rodoviários, sejam eles da esfera cabíveis, além de multa diária no mesmo valor até
federal (DNIT) estadual (DER) ou dos Órgãos Execu- a regularização da situação, a partir do prazo final
tivos Rodoviários dos Municípios, que normalmente concedido pela autoridade de trânsito, levando-se
estão atrelados às Secretarias de Obras ou Planeja- em consideração a dimensão da obra ou do evento
40 mento Urbano das cidades. e o prejuízo causado ao trânsito.
Olha no que dá realizar obra ou evento sem auto- c) da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a
rização do órgão ou entidade de trânsito com cir- via.
cunscrição sobre a via: multa de R$ 81,35 a R$ 488,10, d) do policiamento do trânsito.
independentemente das cominações cíveis e penais e) do responsável pela execução ou manutenção da obra
cabíveis, além de multa diária no mesmo valor até a ou do evento.
regularização da situação.
A obrigação de sinalizar é do responsável pela exe-
§ 4° Ao servidor público responsável pela inobser- cução ou manutenção da obra ou do evento, confor-
vância de qualquer das normas previstas neste e me Art 95 do CTB.
nos arts. 93 e 94, a autoridade de trânsito aplicará Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa pertur-
multa diária na base de cinqüenta por cento do dia bar ou interromper a livre circulação de veículos e
de vencimento ou remuneração devida enquanto pedestres, ou colocar em risco sua segurança, será
permanecer a irregularidade. iniciada sem permissão prévia do órgão ou entidade
de trânsito com circunscrição sobre a via.
Detalhe relevante: o servidor que desrespeitar os § 1° A obrigação de sinalizar é do responsável pela
artigos 93, 94 e 95 pagará uma multa de 50% por dia execução ou manutenção da obra ou do evento. Res-
do vencimento enquanto a irregularidade persistir. posta: Letra E.
Exemplo: servidor que aprova projeto de construção
de hipermercado à margem de rodovia sem previsão DOS VEÍCULOS
de estacionamento e sinalização adequada.
Art. 96. Os veículos classificam-se em:
I - quanto à tração:
a) automotor;
EXERCÍCIOS COMENTADOS b) elétrico;
c) de propulsão humana;
1. (UFMT– 2015) O Conselho Nacional de Trânsito esta- d) de tração animal;
belecerá as normas e regulamentos a serem adotados e) reboque ou semi-reboque;
em todo o território nacional quanto à engenharia de II - quanto à espécie:
tráfego, assim como padrões a serem praticados por a) de passageiros:
todos os órgãos e entidades do Sistema Nacional de 1 - bicicleta;
Trânsito. Quanto a essas normas, operação, fiscaliza- 2 - ciclomotor;
ção e policiamento ostensivo de trânsito, assinale a 3 - motoneta;
afirmativa INCORRETA. 4 - motocicleta;
5 - triciclo;
6 - quadriciclo;
a) Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou
7 - automóvel;
interromper a livre circulação de veículos e pedes-
8 - microônibus;
tres, ou colocar em risco sua segurança, será ini-
9 - ônibus;
ciada sem permissão prévia do órgão ou entidade 10 - bonde;
de trânsito com circunscrição sobre a via. 11 - reboque ou semi-reboque;
b) Ao servidor público responsável pela inobservância 12 - charrete;
de qualquer das normas previstas no CTB relativas à b) de carga:
engenharia de tráfego, a autoridade de trânsito apli- 1 - motoneta;
cará multa diária no seu vencimento ou remunera- 2 - motocicleta;
ção devida, enquanto permanecer a irregularidade. 3 - triciclo;
c) Mesmo em casos de emergência, a autoridade de 4 - quadriciclo;
trânsito com circunscrição sobre a via avisará a 5 - caminhonete;
comunidade com quarenta e oito horas de antece- 6 - caminhão;
dência qualquer interdição da via. 7 - reboque ou semi-reboque;
d) Nenhum projeto de edificação que possa trans- 8 - carroça;
formar-se em polo atrativo de trânsito poderá ser CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
9 - carro-de-mão;
aprovado sem prévia anuência do órgão ou enti- c) misto:
dade do Sistema Nacional de Trânsito com circuns- 1 - camioneta;
crição sobre a via. 2 - utilitário;
3 - outros;
a) Art 95 Caput. d) de competição;
b) Art 95 § 4°. e) de tração:
c) Art. 95, § 2° O erro da questão é que: em casos de 1 - caminhão-trator;
2 - trator de rodas;
emergência a autoridade de trânsito não tem que
3 - trator de esteiras;
comunicar à comunidade imediatamente.
4 - trator misto;
d) Art 93 Caput. Resposta: Letra C.
f) especial;
g) de coleção;
2. (FCC - 2019) Quanto a uma determinada obra ou III - quanto à categoria:
evento que possa perturbar ou interromper a livre cir- a) oficial;
culação de veículos e pedestres, ou colocar em risco a b) de representação diplomática, de repartições
segurança destes, a obrigação de sinalizar é consulares de carreira ou organismos internacio-
nais acreditados junto ao Governo brasileiro;
a) da fiscalização responsável pela operação de trânsito. c) particular;
b) do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição d) de aluguel;
sobre a via. e) de aprendizagem. 41
A classificação veicular sempre cai em provas, Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias terres-
então estude bem este eminente tema. Vejamos quais tres o veículo cujo peso e dimensões atenderem aos
são e alguns exemplos: limites estabelecidos pelo CONTRAN.

Quanto à tração Para trafegarem, os veículos devem obedecer às


normas do CONTRAN. Por exemplo: em regra, os veí-
z Tração animal. Ex.: charretes, carroças etc.; culos só podem ter altura máxima de 4,40 m e largura
z Propulsão humana. Ex.: bicicleta e carro de mão; de 2,60 m. A Resolução n° 210/2006 e suas alterações
z Automotor. Ex.: caminhão, motocicleta etc.; regulamentam estas normas.
z Reboque e semirreboque. Ex.: trailer;
z Elétrico. Ex.: bonde. § 1° O excesso de peso será aferido por equipamento
de pesagem ou pela verificação de documento fiscal,
Quanto à espécie na forma estabelecida pelo CONTRAN.
§ 2° Será tolerado um percentual sobre os limites de
z Passageiros. Ex.: bicicleta, automóvel, ônibus, peso bruto total e peso bruto transmitido por eixo
bonde, charrete, ciclomotor, motoneta, motocicle- de veículos à superfície das vias, quando aferido por
ta, triciclo, quadrículo, reboque e semirreboque; equipamento, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
z Tração. Ex.: caminhão-trator, trator de rodas, de § 3° Os equipamentos fixos ou móveis utilizados
esteira e misto; na pesagem de veículos serão aferidos de acordo
z Carga. Ex.: caminhonete, carro de mão, carroça, com a metodologia e na periodicidade estabeleci-
das pelo CONTRAN, ouvido o órgão ou entidade de
motoneta, motocicleta, triciclo, quadrículo, rebo-
metrologia legal.
que e semirreboque;
z Competição;
z Coleção; O excesso de peso deve ser verificado por meio da
z Misto. balança ou da NF (nota fiscal); admite-se uma tole-
rância em fiscalização de excesso de peso no eixo ou
no peso bruto total em fiscalização por balança. Já a
Dica fiscalização observando apenas a NF não se admite
Perceba que quanto à espécie, os veículos: moto- tolerâncias.
neta, motocicleta, triciclo, quadrículo e reboque e
semirreboque são veículos de passageiros e de Art. 100. Nenhum veículo ou combinação de veícu-
carga. los poderá transitar com lotação de passageiros,
com peso bruto total, ou com peso bruto total com-
Quanto à categoria binado com peso por eixo, superior ao fixado pelo
fabricante, nem ultrapassar a capacidade máxima
de tração da unidade tratora.
z Oficial;
§ 1° Os veículos de transporte coletivo de passa-
z Representação diplomática; geiros poderão ser dotados de pneus extralargos.
z Aluguel; (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016) (Vigência)
z Particular; § 2° CONTRAN regulamentará o uso de pneus
z Aprendizagem. extralargos para os demais veículos. (Incluído pela
Lei n° 13.281, de 2016) (Vigência)
Art. 97. As características dos veículos, suas especi- § 3° É permitida a fabricação de veículos de trans-
ficações básicas, configuração e condições essenciais porte de passageiros de até 15 m (quinze metros) de
para registro, licenciamento e circulação serão estabe- comprimento na configuração de chassi 8x2.
lecidas pelo CONTRAN, em função de suas aplicações.
Art. 98. Nenhum proprietário ou responsável pode-
rá, sem prévia autorização da autoridade compe-
Os ônibus agora poderão usar pneus extralargos
tente, fazer ou ordenar que sejam feitas no veículo que dão mais aderência ao veículo. No entanto, é
modificações de suas características de fábrica. permitida também a utilização de pneus com banda
§ 1°. Os veículos e motores novos ou usados que sofre- extralarga (Single) do tipo 385/65 R 22.5 em semirre-
rem alterações ou conversões são obrigados a atender boques e reboques dotados de suspensão pneumática
aos mesmos limites e exigências de emissão de poluen- com eixos em tandem, segundo a Resolução n° 62/98.
tes e ruído previstos pelos órgãos ambientais compe-
tentes e pelo CONTRAN, cabendo à entidade executora Art. 101. Ao veículo ou à combinação de veículos
das modificações e ao proprietário do veículo a respon- utilizados no transporte de carga que não se enqua-
sabilidade pelo cumprimento das exigências. dre nos limites de peso e dimensões estabelecidos
§ 2° Veículos classificados na espécie misto, tipo utili- pelo CONTRAN, poderá ser concedida, pela auto-
tário, carroçaria jipe poderão ter alterado o diâmetro ridade com circunscrição sobre a via, autorização
externo do conjunto formado por roda e pneu, obser- especial de trânsito, com prazo certo, válida para
vadas restrições impostas pelo fabricante e exigências cada viagem ou por período, atendidas as medidas
fixadas pelo CONTRAN. (Lei n° 14.071 de 2020) de segurança consideradas necessárias, conforme
regulamentação do CONTRAN. (Lei n° 14.071 de
Este artigo também é comum em provas. É veda- 2020)
da a modificação veicular de fábrica de veículos sem § 1° A autorização será concedida mediante reque-
autorização da autoridade de trânsito. Por exem- rimento que especificará as características do
plo: se você quiser modificar a suspensão do veículo veículo ou combinação de veículos e de carga, o per-
(“rebaixar”) terá que passar por uma vistoria veicular curso, a data e o horário do deslocamento inicial.
e ter autorização do DETRAN, conforme Resoluções n° § 2° A autorização não exime o beneficiário da
479/2014. A nova lei também estabelece que os jipes responsabilidade por eventuais danos que o veícu-
poderão ter o diâmetro externo do conjunto roda e lo ou a combinação de veículos causar à via ou a
42 pneu alterado. terceiros.
§ 3° Aos guindastes autopropelidos ou sobre cami-
nhões poderá ser concedida, pela autoridade com Importante!
circunscrição sobre a via, autorização especial de
trânsito, com prazo de seis meses, atendidas as
Lembrando que as normas são do CONTRAN e
medidas de segurança consideradas necessárias. não do DETRAN.

Então, alguns veículos podem exceder as dimensões Uma condição legal está relacionada ao estado de
máximas permitidas, mas terão que possuir Autoriza- conservação do veículo e dos equipamentos obrigató-
ção Especial de Trânsito (AET), em que será cobrada rios exigidos. O art. 105 do CTB, bem como a Resolução
obediência a determinados requisitos previstos em lei. 14/98 do CONTRAN com suas atualizações, devem ser o
Por exemplo: um caminhão que excede a largura começo para que o aluno entenda sobre equipamentos
de 2,60 m deverá possuir a AET, de acordo com Reso- obrigatórios de um veículo. Vale ressaltar que estas con-
lução n° 210/2006. A AET poderá ser válida por viagem dições de segurança de um veículo dependem muito da
ou por período, conforme nova lei. Lembrando que a existência e condições de uso destes equipamentos obri-
AET não exime o beneficiário da responsabilidade por gatórios: cinto de segurança, pneus em boas condições,
danos que possam ser causados na via. espelhos retrovisores, buzina, iluminação, limpador de
para-brisa, faróis, luz de freio, velocímetro, luz indicado-
Art. 102. O veículo de carga deverá estar devida- ra de direção (pisca) e tacógrafo, são alguns dos equipa-
mente equipado quando transitar, de modo a evitar mentos obrigatórios de alguns veículos.
o derramamento da carga sobre a via. As inspeções de segurança terão a periodicidade
Parágrafo único. O CONTRAN fixará os requisitos determinada pelo CONTRAN. Já as inspeções de gases
mínimos e a forma de proteção das cargas de que poluentes ficam a cargo do Conama.
trata este artigo, de acordo com a sua natureza. Veja na tabela essas novas inserções no CTB:

Os veículos de carga devem transitar de forma ISENÇÃO DE VISTORIA PARA VERIFICAÇÃO DAS CONDI-
segura, principalmente quando o assunto for amar- ÇÕES DE SEGURANÇA E GASES POLUENTES
ração de carga. A resolução n° 552 de 2015 fixa os TIPO
PRAZO CONTAGEM EXCEÇÃO
requisitos mínimos de segurança para amarração das VEICULAR
cargas transportadas em veículos de carga. Veículos Danos de
Infração relacionada: novos grande/mé-
particulares 03 Anos dia monta.
(até 07 Alteração
Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a pre- 1° Licenciamento
passageiros) das carac-
venir os demais condutores e, à noite, não manter terísticas
acesas as luzes externas ou omitir-se quanto a pro- Demais originais de
02 Anos
vidências necessárias para tornar visível o local, veículos fábrica.
quando:
II - a carga for derramada sobre a via e não puder
Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veí-
ser retirada imediatamente: culos, entre outros a serem estabelecidos pelo
Infração - grave; CONTRAN:
Penalidade - multa. I - cinto de segurança, conforme regulamentação
específica do CONTRAN, com exceção dos veículos
Da Segurança dos Veículos destinados ao transporte de passageiros em per-
cursos em que seja permitido viajar em pé;
Art. 103. O veículo só poderá transitar pela via II - para os veículos de transporte e de condução
quando atendidos os requisitos e condições de segu- escolar, os de transporte de passageiros com mais
rança estabelecidos neste Código e em normas do de dez lugares e os de carga com peso bruto total

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


CONTRAN. superior a quatro mil, quinhentos e trinta e seis
§ 1° Os fabricantes, os importadores, os montado- quilogramas, equipamento registrador instantâneo
res e os encarroçadores de veículos deverão emitir inalterável de velocidade e tempo;
certificado de segurança, indispensável ao cadas- III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veí-
tramento no RENAVAM, nas condições estabeleci- culos automotores, segundo normas estabelecidas
das pelo CONTRAN. pelo CONTRAN;
§ 2° O CONTRAN deverá especificar os procedimen- V - dispositivo destinado ao controle de emissão de
gases poluentes e de ruído, segundo normas estabe-
tos e a periodicidade para que os fabricantes, os
lecidas pelo CONTRAN.
importadores, os montadores e os encarroçadores
VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização
comprovem o atendimento aos requisitos de segu-
noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e
rança veicular, devendo, para isso, manter dispo-
espelho retrovisor do lado esquerdo.
níveis a qualquer tempo os resultados dos testes
VII - equipamento suplementar de retenção - air
e ensaios dos sistemas e componentes abrangidos bag frontal para o condutor e o passageiro do ban-
pela legislação de segurança veicular. co dianteiro.
VIII - luzes de rodagem diurna. (Lei n° 14.071 de
Este artigo assevera que os veículos, para circu- 2020)
larem nas vias, deverão estar em boas condições de
trafegabilidade, para segurança de todos. Os equipa- O CTB, em seu art. 105, traz um rol de equipamen-
mentos de segurança e sua mecânica devem estar em tos considerados obrigatórios para todos os veículos.
perfeitas condições. Cabem aqui alguns detalhes que merecem destaque: 43
z O cinto de segurança não é obrigatório para veí- Parágrafo único. A autorização citada no caput
culos destinados ao transporte de passageiros em não poderá exceder a doze meses, prazo a partir
percursos em que seja permitido viajar em pé. do qual a autoridade pública responsável deverá
z O espelho retrovisor obrigatório da bicicleta é do implantar o serviço regular de transporte coletivo
lado esquerdo e não do direito. de passageiros, em conformidade com a legislação
z O Air Bag obrigatório é apenas para condutor e pertinente e com os dispositivos deste Código.
passageiro do banco dianteiro e não para ocupan-
tes do banco traseiro. O transporte de passageiros em compartimento
z As luzes de rodagem diurna são obrigatórias para de carga dos veículos não é permitido. Mas há uma
os veículos novos. exceção: se não houver linha regular de transporte de
passageiros, poderá ser autorizado de forma precária
Convém lembrar que os equipamentos obrigató- esse tipo de transporte. A resolução n° 508/2014 trata
rios também estão previstos na Resolução n° 14/98, e
com detalhes do assunto. A autoridade com circuns-
que transitar sem equipamento obrigatório é infração
crição sobre a via poderá autorizar, eventualmente e
de natureza grave.
a título precário, a circulação de veículo de carga ou
Art. 106. No caso de fabricação artesanal ou de misto transportando passageiros no compartimento
modificação de veículo ou, ainda, quando ocorrer de cargas, desde que sejam cumpridos os requisitos
substituição de equipamento de segurança especi- na Resolução n° 508. O prazo máximo é de 12 meses.
ficado pelo fabricante, será exigido, para licencia-
mento e registro, certificado de segurança expedido Art. 109. O transporte de carga em veículos des-
por instituição técnica credenciada por órgão ou tinados ao transporte de passageiros só pode ser
entidade de metrologia legal, conforme norma ela- realizado de acordo com as normas estabelecidas
borada pelo CONTRAN. pelo CONTRAN.
Parágrafo único. Quando se tratar de blindagem de
veículo, não será exigido qualquer outro documen-
to ou autorização para o registro ou o licenciamen- A resolução n° 26/98, por exemplo, disciplina o
to. (Lei n° 14.071 de 2020) transporte de carga em veículos destinados ao trans-
porte de passageiros. Na resolução, a carga só poderá
Perceba que, nestas situações, é necessária uma vis- ser acomodada em compartimento próprio, separado
toria para se ter certeza que a segurança não está em dos passageiros, que no ônibus é o bagageiro.
risco. Hoje, a técnica credenciada por órgão ou entida-
de de metrologia legal que faz a vistoria é o INMETRO. Art. 110. O veículo que tiver alterada qualquer de
suas características para competição ou finalidade
Dica análoga só poderá circular nas vias públicas com
licença especial da autoridade de trânsito, em itine-
Os veículos blindados não precisarão de outros rário e horário fixados.
documentos como autorização do Exército para
a modificação veicular. Apenas precisam de cer- Veículos de competição só circulam nas ruas com
tificado de segurança. licença especial da autoridade de trânsito. Existem
inúmeras competições automobilísticas em que os
Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados ao veículos utilizados nas competições são veículos de
transporte individual ou coletivo de passageiros,
marca-modelo comuns aos que circulam nas ruas,
deverão satisfazer, além das exigências previstas
avenidas, rodovias e demais vias. Mas é comum estes
neste Código, às condições técnicas e aos requisi-
tos de segurança, higiene e conforto estabelecidos veículos sofrerem alterações em suas características
pelo poder competente para autorizar, permitir para se tornarem competitivos na modalidade que
ou conceder a exploração dessa atividade. disputam, tais como: alteração da suspensão, potên-
cia, sinalização, combustível, pneus e aros, cor pre-
Observem que o legislador se preocupou neste dominante, iluminação entre outras. Estas alterações
momento com a integridade física e moral de quem impedem que estes veículos circulem naturalmente
utiliza veículos que executam o transporte de passa- entre os demais veículos nas vias abertas à circulação
geiros (individual e coletivo). Ônibus, táxis, vans e pública. Portanto, esta licença especial irá autorizar
outros tipos de veículos dessa natureza devem seguir o deslocamento destes veículos por determinados iti-
rigorosamente a cartilha de obrigações impostas pelo nerários e em determinados horários, de forma a não
Estado para poderem executar sua função. comprometer a segurança dos demais usuários da via.
Para se ter ideia, as fiscalizações sobre estes tipos de Esta autorização é para um deslocamento específico
veículos são ainda mais criteriosas, já que suas obriga- em que o veículo obedecerá a todas as normas de cir-
ções são maiores que as dos veículos particulares. No
culação e conduta previstas, e somente para isso.
Município do Rio de Janeiro, por exemplo, são cobrados
dos taxistas certificados de dedetização dos veículos de
Art. 111. É vedado, nas áreas envidraçadas do
forma periódica, vistoria do INMETRO do taxímetro,
curso de especialização para transporte de passageiros veículo:
dos motoristas e algumas outras exigências. II - o uso de cortinas, persianas fechadas ou simi-
lares nos veículos em movimento, salvo nos que
Art. 108. Onde não houver linha regular de ônibus, possuam espelhos retrovisores em ambos os lados.
a autoridade com circunscrição sobre a via poderá III - aposição de inscrições, películas refletivas
autorizar, a título precário, o transporte de passa- ou não, painéis decorativos ou pinturas, quando
geiros em veículo de carga ou misto, desde que obe- comprometer a segurança do veículo, na forma de
decidas as condições de segurança estabelecidas regulamentação do CONTRAN. (Incluído pela Lei n°
44 neste Código e pelo CONTRAN. 9.602, de 1998)
Parágrafo único. É proibido o uso de inscrição de Dica
caráter publicitário ou qualquer outra que possa
desviar a atenção dos condutores em toda a exten- Placas não podem ser reaproveitadas. As placas
são do pára-brisa e da traseira dos veículos, salvo acompanham o veículo até sua “morte” (baixa).
se não colocar em risco a segurança do trânsito.
§ 2° As placas com as cores verde e amarela da
Aqui há algumas informações importantes que Bandeira Nacional serão usadas somente pelos
veículos de representação pessoal do Presidente e
podem ser alvo na prova:
do Vice-Presidente da República, dos Presidentes
do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, do
POSSO Presidente e dos Ministros do Supremo Tribunal
COLOCAR Federal, dos Ministros de Estado, do Advogado-Ge-
OBJETO EXCEÇÃO
NOS VIDROS? ral da União e do Procurador-Geral da República.
(REGRA)
Perceba que apenas os veículos de representação
Salvo se tiverem das autoridades de âmbito federal podem usar estas
Cortinas, persia-
retrovisores placas com as cores verde e amarela:
nas fechadas Não
de ambos os
ou similares
lados. z Poder Executivo
Salvo se não „ Presidente da República e Vice
Películas refleti- comprometer a „ Ministros de Estado
vas ou não - pai- segurança con-
Não
néis decorativos forme, Resolu- z Poder Legislativo
ou pinturas ção 254/2007 „ Presidente do Senado Federal
do CONTRAN. „ Presidente da Câmara dos Deputados

Inscrição de ca- Salvo se não co- z Poder Judiciário


ráter publicitário locar em risco
Não „ Presidente do STF
no para-brisa e a segurança do
da traseira trânsito. „ Ministros do STF

z Ministério Público Federal


Da Identificação do Veículo „ Procurador Geral da República

Art. 114. O veículo será identificado obrigatoria- z Advocacia Geral Da União


mente por caracteres gravados no chassi ou no „ Advogado Geral da União
monobloco, reproduzidos em outras partes, confor-
me dispuser o CONTRAN. § 3° Os veículos de representação dos Presidentes
§ 1° A gravação será realizada pelo fabricante dos Tribunais Federais, dos Governadores, Prefei-
ou montador, de modo a identificar o veículo, seu tos, Secretários Estaduais e Municipais, dos Presi-
fabricante e as suas características, além do ano de dentes das Assembléias Legislativas, das Câmaras
fabricação, que não poderá ser alterado. Municipais, dos Presidentes dos Tribunais Esta-
§ 2° As regravações, quando necessárias, depende- duais e do Distrito Federal, e do respectivo chefe do
rão de prévia autorização da autoridade executiva Ministério Público e ainda dos Oficiais Generais das
de trânsito e somente serão processadas por estabe- Forças Armadas terão placas especiais, de acordo
lecimento por ela credenciado, mediante a compro- com os modelos estabelecidos pelo CONTRAN.
vação de propriedade do veículo, mantida a mesma
identificação anterior, inclusive o ano de fabricação. Os veículos que têm direito ao uso de placas espe-
§ 3° Nenhum proprietário poderá, sem prévia per- ciais, conforme Resolução n° 32/1998 do CONTRAN,

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


missão da autoridade executiva de trânsito, fazer, geralmente possuem placas com fundo de cor preta e
ou ordenar que se faça, modificações da identifica- caracteres na cor cinza metálico.
ção de seu veículo.
z Poder Executivo
A identificação veicular é um tema que aborda a „ Governadores e Prefeitos
forma de se identificar o veículo. A identificação é fei- „ Secretários Estaduais e Municipais
ta por inscrições no chassi (parte rígida do veículo) ou
no monobloco (parte inteiriça do veículo). Temos como z Poder Legislativo
exemplo de identificação veicular: as placas alfanu- „ Presidente das Assembleias Legislativas
méricas (identificação externa) e o número do chassi „ Presidente das Câmaras Municipais
(identificação interna). A Resolução n° 24/98 e suas alte-
rações regulamentam detalhadamente o assunto. z Poder Judiciário
„ Presidente dos Tribunais Federais
Art. 115. O veículo será identificado externamente
por meio de placas dianteira e traseira, sendo esta z Ministério Publico
lacrada em sua estrutura, obedecidas as especifica-
ções e modelos estabelecidos pelo CONTRAN. „ Chefe do MP
§ 1° Os caracteres das placas serão individualiza-
dos para cada veículo e o acompanharão até a bai- z Forças Armadas
xa do registro, sendo vedado seu reaproveitamento „ Oficiais Generais 45
§ 4° Os aparelhos automotores destinados a puxar Art. 116. Os veículos de propriedade da União, dos
ou a arrastar maquinaria de qualquer natureza ou Estados e do Distrito Federal, devidamente regis-
a executar trabalhos de construção ou de pavimen- trados e licenciados, somente quando estritamente
tação são sujeitos ao registro na repartição compe- usados em serviço reservado de caráter policial,
tente, se transitarem em via pública, dispensados poderão usar placas particulares, obedecidos os
o licenciamento e o emplacamento. (Redação dada
critérios e limites estabelecidos pela legislação que
pela Lei n° 13.154, de 2015)
regulamenta o uso de veículo oficial.
§ 4°-A Os tratores e demais aparelhos automotores
destinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrí-
cola ou a executar trabalhos agrícolas, desde que Entenda que o serviço de inteligência da polícia
facultados a transitar em via pública, são sujeitos poderá usar placas particulares para executarem suas
ao registro único, sem ônus, em cadastro específi- atribuições com maior sigilo e discrição.
co do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
tecimento, acessível aos componentes do Sistema Art. 117. Os veículos de transporte de carga e os
Nacional de Trânsito. coletivos de passageiros deverão conter, em local
facilmente visível, a inscrição indicativa de sua
A partir de 2016, os tratores e maquinários que tara, do peso bruto total (PBT), do peso bruto total
fazem trabalhos agrícolas passaram ser registrados no combinado (PBTC) ou capacidade máxima de tra-
M.A.P.A (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste- ção (CMT) e de sua lotação, vedado o uso em desa-
cimento). Se quiserem trafegar em via pública devem cordo com sua classificação.
seguir a Resolução n° 454/2013 (devem possuir: faróis
dianteiros, buzina etc.).

Importante! EXERCÍCIOS COMENTADOS


§ 5° O disposto neste artigo não se aplica aos 1. (CESPE - 2015) À luz do Código de Trânsito Brasileiro
veículos de uso bélico. (CTB), julgue o item seguinte.
Não esqueça: veículos de uso bélico estão dis- Mediante autorização específica da respectiva corre-
pensados de placas. gedoria e comunicação aos órgãos de trânsito compe-
tentes, o veículo utilizado por magistrado que exerça
competência ou atribuição criminal poderá, por motivo
§ 6° Os veículos de duas ou três rodas são dispensa-
dos da placa dianteira. de segurança e de forma provisória, transitar, excep-
cionalmente, com placas especiais, de modo a impe-
Motocicletas e motonetas, por exemplo, não pos- dir a identificação de seu usuário.
suem placa dianteira. Informação que já foi cobrada
em certames. ( ) CERTO  ( ) ERRADO

§ 7° Excepcionalmente, mediante autorização espe- Literalidade do artigo 115 § 8° do CTB. Resposta:


cífica e fundamentada das respectivas corregedorias Certo.
e com a devida comunicação aos órgãos de trânsito
competentes, os veículos utilizados por membros do
2. (CESPE - 2008) Entre as autoridades públicas apre-
Poder Judiciário e do Ministério Público que exer-
çam competência ou atribuição criminal poderão sentadas nas opções a seguir, aquela cuja placa em
temporariamente ter placas especiais, de forma a veículo de representação pessoal usa as cores verde e
impedir a identificação de seus usuários específicos, amarela da Bandeira Nacional é o
na forma de regulamento a ser emitido, conjunta-
mente, pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ, pelo a) presidente de tribunal federal.
Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP e b) governador de estado.
pelo Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN.
c) procurador-geral da República.
d) oficial general das Forças Armadas.
Placas especiais para proteger os juízes e promoto-
e) prefeito.
res que trabalhem na seara criminal podem ser atribuí-
das desde que tenha: atribuição criminal; autorização
específica das corregedorias; comunicação ao ÓRGAO Veja o artigo 115 § 2° do CTB. Resposta: Letra C.
de TRÃNSITO competente; e seja de uso temporário.
3. (CRQ - 2015) De acordo com art. 105 do CTB, são
§ 8° Os veículos artesanais utilizados para trabalho equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros
agrícola (jericos), para efeito do registro de que tra- a serem estabelecidos pelo CONTRAN, dos quais é
ta o § 4°-A, ficam dispensados da exigência prevista INCORRETO afirmar:
no art. 106.
a) Para os veículos de transporte e de condução esco-
Os jericos são veículos de produção artesanal que
lar, os de transporte de passageiros com mais de dez
são formados por meio de peças de diversos veículos.
lugares e os de carga com peso bruto total superior a
Sua finalidade, em geral, serve para auxiliar os agri-
cultores nas atividades do campo, entre elas, carregar quatro mil quinhentos e trinta e seis quilogramas, equi-
pasto, sementes, adubos etc. O artigo afirma que tais pamento registrador instantâneo inalterável de veloci-
veículos, se registrados pelo MAPA (órgão registrador), dade e tempo.
não necessitam de certificado de segurança expedido b) Encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos
por instituição técnica credenciada por órgão ou enti- automotores, segundo normas estabelecidas pelo
46 dade de metrologia legal de suas peças. CONTRAN.
c) Dispositivo destinado ao controle de emissão de § 2° Os veículos que saírem do território nacional
gases poluentes e de ruído, segundo normas estabele- sem o cumprimento do disposto no § 1° e que poste-
cidas pelo CONTRAN. riormente forem flagrados tentando ingressar ou já
d) Para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna em circulação no território nacional serão retidos
dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retro- até a regularização da situação.
visor do lado direito.
e) Equipamento suplementar de retenção - air bag frontal Aqui tem uma informação relevante: veículos estran-
para o condutor e o passageiro do banco dianteiro. geiros devem quitar suas multas impostas pela autori-
dade de trânsito brasileira antes de saírem. Na prática,
As bicicletas devem possuir retrovisor esquerdo e os estrangeiros ignoram essa norma, já que dificilmente
não direito. (Art. 105 Inciso VI) Resposta: Letra D. são fiscalizados devido ao pouco efetivo dos órgãos e
entidades de trânsito presentes nas fronteiras.
4. (VUNESP - 2019) Segundo o artigo 97 do CTB, as
características dos veículos, suas especificações
básicas, configuração e condições essenciais para
registro, licenciamento e circulação serão estabeleci-
EXERCÍCIO COMENTADO
das pelo
1. (CESPE - 2019) Julgue o item:
Se um policial rodoviário federal autuar, por infração
a) CONTRANDIFE. de trânsito, um condutor de veículo em circulação no
b) DENATRAN. Brasil, mas licenciado no exterior, o infrator deverá
c) CIRETRAN. pagar a multa no país de origem do licenciamento do
d) CONTRAN. automóvel, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
e) CETRAN
( ) CERTO  ( ) ERRADO
As características dos veículos, suas especificações
básicas, configuração e condições essenciais para A multa deve ser paga no Brasil, tendo em vista o
registro, licenciamento e circulação serão estabele- CTB. Os veículos licenciados no exterior não pode-
cidas pelo CONTRAN, em função de suas aplicações, rão sair do território nacional sem o prévio paga-
conforme art. 94 do CTB. Resposta: Letra D. mento ou o depósito, judicial ou administrativo, dos
valores correspondentes às infrações de trânsito
DOS VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL cometidas e ao ressarcimento de danos que tiverem
causado ao patrimônio público ou de particulares,
Art. 118. A circulação de veículo no território independentemente da fase do processo administra-
nacional, independentemente de sua origem, em tivo ou judicial envolvendo a questão (Art 119 § 1°
trânsito entre o Brasil e os países com os quais exis- do CTB). Resposta: Errado.
ta acordo ou tratado internacional, reger-se-á pelas
disposições deste Código, pelas convenções e acor-
DO REGISTRO DE VEÍCULOS
dos internacionais ratificados.
Art. 120. Todo veículo automotor, elétrico, articu-
Os veículos estrangeiros em circulação no Brasil lado, reboque ou semirreboque, deve ser registrado
devem seguir o CTB, as convenções e acordos inter- perante o órgão executivo de trânsito do Estado ou
nacionais. Como exemplo, temos a Convenção sobre do Distrito Federal, no Município de domicílio ou
Trânsito Viário de Viena. Trata-se de um acordo residência de seu proprietário, na forma da lei.
internacional que estabelece uma série de regras que
devem ser seguidas por todos os condutores de veí- O registro do veículo assemelha-se a nossa certidão
culos quando trafegam em qualquer um desses paí- de nascimento. Quando nascemos, os pais procuram o
ses, a fim de facilitar o trânsito viário internacional e cartório, mas, no caso dos veículos, o proprietário se
aumentar a segurança nas vias. dirige ao DETRAN de seu município para registrar o
veículo. Neste órgão será expedido o CRV (Certifica-
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
Art. 119. As repartições aduaneiras e os órgãos de do de Registro do Veículo). Lembrando que este docu-
controle de fronteira comunicarão diretamente ao mento não é de porte obrigatório. Tenha em mente
RENAVAM a entrada e saída temporária ou defini- que o registro será no Município de domicílio ou resi-
tiva de veículos. dência de seu proprietário, na forma da lei.

Dica § 1° Os órgãos executivos de trânsito dos Estados


e do Distrito Federal somente registrarão veículos
Os órgãos comunicarão ao RENAVAM a entra- oficiais de propriedade da administração direta, da
da e saída de veículos na fronteira. Na sua pro- União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
va, eles podem trocar o termo RENAVAM por cípios, de qualquer um dos poderes, com indicação
DETRAN ou CONTRAN. expressa, por pintura nas portas, do nome, sigla ou
logotipo do órgão ou entidade em cujo nome o veí-
§ 1° Os veículos licenciados no exterior não pode- culo será registrado, excetuando-se os veículos de
rão sair do território nacional sem o prévio paga- representação e os previstos no art. 116.
mento ou o depósito, judicial ou administrativo, dos
valores correspondentes às infrações de trânsito Neste dispositivo, vale uma observação: veículos
cometidas e ao ressarcimento de danos que tiverem oficiais da Administração Pública Direta federal, esta-
causado ao patrimônio público ou de particulares, dual ou municipal, para serem registrados, devem
independentemente da fase do processo adminis- estar identificados na porta, exceto os veículos de
trativo ou judicial envolvendo a questão. (Incluído inteligência policial e os de representação como, por
pela Lei n° 13.281, de 2016) (Vigência) exemplo, o veículo oficial do Presidente da República. 47
O CTB prevê casos em que o proprietário deve-
Importante! rá necessariamente expedir um novo CRV. O quadro
abaixo nos mostra quais são esses casos.
Os veículos de uso bélico não são registrados
nos órgãos executivos de trânsito. Situações Que Exigem Novo Crv
§ 2° O disposto neste artigo não se aplica ao veí-
culo de uso bélico. z Transferência de Propriedade

„ Providência Mediata
Art. 121. Registrado o veículo, expedir-se-á o Certifi-
„ Prazo de 30 dias para comprador fazer a
cado de Registro de Veículo (CRV), em meio físico e/ou
transferência.
digital, à escolha do proprietário, de acordo com os
modelos e com as especificações estabelecidos pelo
CONTRAN, com as características e as condições de z Proprietário mudar o Município de domicílio
invulnerabilidade à falsificação e à adulteração. ou residência
(Lei n° 14.071 de 2020)
„ Providência Imediata
O CRV, como já falado, atesta o nascimento do veí- „ Mudança de endereço no mesmo município
culo e segue o modelo especificado pelo CONTRAN. A não expede novo CRV.
partir de 2021, teremos o CRV digital como opção e o
z Mudança de categoria
órgão de trânsito deve proporcionar essa oportuni-
dade aos proprietários. Lembrando que o CRV não é
„ Providência Imediata
documento de porte obrigatório.
„ Ex: Carro oficial vendido a particular em leilão.
Art. 122. Para a expedição do Certificado de
§ 1° No caso de transferência de propriedade, o pra-
Registro de Veículo o órgão executivo de trânsito
zo para o proprietário adotar as providências neces-
consultará o cadastro do RENAVAM e exigirá do
sárias à efetivação da expedição do novo Certificado
proprietário os seguintes documentos:
de Registro de Veículo é de trinta dias, sendo que nos
I - nota fiscal fornecida pelo fabricante ou revende- demais casos as providências deverão ser imediatas.
dor, ou documento equivalente expedido por auto- § 2° No caso de transferência de domicílio ou resi-
ridade competente; dência no mesmo Município, o proprietário comu-
II - documento fornecido pelo Ministério das Relações nicará o novo endereço num prazo de trinta dias
Exteriores, quando se tratar de veículo importado e aguardará o novo licenciamento para alterar o
por membro de missões diplomáticas, de repartições Certificado de Licenciamento Anual.
consulares de carreira, de representações de orga-
nismos internacionais e de seus integrantes. Mais um prazo importante: 30 dias para o compra-
dor tomar as providências. Como já falado na tabe-
Fique atento, pois “registro veicular” é um tema la anterior, a transferência de residência no mesmo
adorado pelas bancas. Neste artigo, o legislador município não exige novo CRV, mas apenas comunica-
comenta as exigências documentais para se registrar ção ao órgão de trânsito.
pela primeira vez o veículo. Veja na tabela quais são
as principais informações a respeito desse tópico: Art. 124. Para a expedição do novo Certificado
de Registro de Veículo serão exigidos os seguintes
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS documentos:
AO PRIMEIRO REGISTRO DOCUMENTO I - Certificado de Registro de Veículo anterior;
NECESSÁRIO II - Certificado de Licenciamento Anual;
TIPO DE VEÍCULO
III - comprovante de transferência de propriedade,
Membro de quando for o caso, conforme modelo e normas esta-
missões belecidas pelo CONTRAN;
diplomáticas, IV - Certificado de Segurança Veicular e de emissão
- Documento fornecido
Importado Repartições consu- de poluentes e ruído, quando houver adaptação ou
pelo Ministério das
por: lares de carreira alteração de características do veículo;
Relações Exteriores
Representações de V - comprovante de procedência e justificativa da
organismos interna- propriedade dos componentes e agregados adapta-
cionais dos ou montados no veículo, quando houver altera-
ção das características originais de fábrica;
- Nota fiscal fornecida
VI - autorização do Ministério das Relações Exte-
pelo fabricante ou
revendedor, ou docu- riores, no caso de veículo da categoria de missões
Demais Veículos diplomáticas, de repartições consulares de carrei-
mento equivalente
expedido por autoridade ra, de representações de organismos internacionais
competente e de seus integrantes;
VII - certidão negativa de roubo ou furto de veí-
culo, expedida no Município do registro anterior,
Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Cer- que poderá ser substituída por informação do
tificado de Registro de Veículo quando: RENAVAM;
I - for transferida a propriedade; VIII - comprovante de quitação de débitos relativos
II - o proprietário mudar o Município de domicílio a tributos, encargos e multas de trânsito vincula-
ou residência; dos ao veículo, independentemente da responsabi-
III - for alterada qualquer característica do veículo; lidade pelas infrações cometidas; (Vide ADIN 2998)
48 IV - houver mudança de categoria. IX - (Revogado pela Lei n° 9.602, de 1998)
X - comprovante relativo ao cumprimento do dis-
posto no art. 98, quando houver alteração nas PROCEDÊNCIA DO RESPONSÁVEL POR CO-
características originais do veículo que afetem a VEÍCULO MUNICAR AO RENAVAM
emissão de poluentes e ruído;
Fabricante ou Mon-
XI - comprovante de aprovação de inspeção veicular
e de poluentes e ruído, quando for o caso, conforme Nacional tadora (Antes da
regulamentações do CONTRAN e do CONAMA. comercialização)
Parágrafo único. O disposto no inciso VIII do caput
Importado por Pessoa
deste artigo não se aplica à regularização de bens Órgão alfandegário
apreendidos ou confiscados na forma da Lei n° Física
11.343, de 23 de agosto de 2006. Importado por Pessoa
Importador
Jurídica
Este dispositivo possui um emaranhado de infor-
mações exaustivas e perigosas. O legislador asseve-
ra os documentos necessários para emissão de novo Art. 126. O proprietário de veículo irrecuperável,
CRV, dependendo da circunstância. Resumidamente, ou destinado à desmontagem, deverá requerer a
teremos: baixa do registro, no prazo e forma estabelecidos
pelo CONTRAN, vedada a remontagem do veículo
z Transferência de propriedade: exige compro- sobre o mesmo chassi de forma a manter o registro
vante de transferência de propriedade. anterior.
z Proprietário mudar o Município de domicílio Parágrafo único. A obrigação de que trata este arti-
ou residência: exige comprovante de novo ende- go é da companhia seguradora ou do adquirente
reço de domicílio ou residência em município dife- do veículo destinado à desmontagem, quando estes
rente do anterior. sucederem ao proprietário.
z Alteração de qualquer característica do veícu-
lo: exige certificado de Segurança Veicular e de A baixa do veículo é o processo de exclusão da
emissão de poluentes e ruído, comprovante de pro- Base de Dados do DETRAN e da Base Índice Nacio-
cedência e justificativa da propriedade dos com- nal (BIN) do Registro Nacional de Veículos Automo-
ponentes e agregados adaptados ou montados no tores (RENAVAM) do registro de um veículo retirado
veículo e autorização da autoridade competente. de circulação nas seguintes situações: irrecuperável,
z Mudança de categoria: não exige documentação. definitivamente desmontado, sinistrado com laudo de
perda total e vendido ou leiloado como sucata. Neste
Além dos documentos explicitados, todas essas caso, o artigo apenas comenta sobre a responsabilida-
situações contam com documentos necessários comuns, de por este ato.
que são: CRV anterior; CLA/CRLV; certidão negativa de
roubo ou furto de veículo, expedida no Município do Art. 127. O órgão executivo de trânsito competente
registro anterior, que poderá ser substituída por infor- só efetuará a baixa do registro após prévia consulta
mação do RENAVAM; comprovante de quitação de ao cadastro do RENAVAM.
débitos relativos a tributos, encargos e multas de trân- Parágrafo único. Efetuada a baixa do registro, deve-
sito vinculados ao veículo, independentemente da res- rá ser esta comunicada, de imediato, ao RENAVAM.
ponsabilidade pelas infrações cometidas; autorização
do Ministério das Relações Exteriores, no caso de veícu- Memorize: baixa só é realizada após consulta
lo da categoria de missões diplomáticas, de repartições ao RENAVAM que será comunicado posteriormente
consulares de carreira, de representações de organis- sobre tal ato.
mos internacionais e de seus integrantes; comprovan-
te de aprovação de inspeção veicular e de poluentes e Art. 128. Não será expedido novo Certificado de
ruído, quando for o caso, conforme regulamentações Registro de Veículo enquanto houver débitos fiscais
do CONTRAN e do CONAMA. e de multas de trânsito e ambientais, vinculadas ao
veículo, independentemente da responsabilidade
Art. 125. As informações sobre o chassi, o monoblo-
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
pelas infrações cometidas.
co, os agregados e as características originais do
veículo deverão ser prestadas ao RENAVAM: Para emissão de novo CRV, não pode haver nenhum
I - pelo fabricante ou montadora, antes da comer-
débito.
cialização, no caso de veículo nacional;
II - pelo órgão alfandegário, no caso de veículo
importado por pessoa física; Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos
III - pelo importador, no caso de veículo importado de propulsão humana e dos veículos de tração ani-
por pessoa jurídica. mal obedecerão à regulamentação estabelecida em
Parágrafo único. As informações recebidas pelo legislação municipal do domicílio ou residência de
RENAVAM serão repassadas ao órgão executivo seus proprietários.
de trânsito responsável pelo registro, devendo este
comunicar ao RENAVAM, tão logo seja o veículo Os Municípios são responsáveis pelo licenciamen-
registrado. to e registro de bicicletas, carroças e charretes, por
exemplos. Não se esqueça disso.
Mais uma normativa popular nas provas e que
merece atenção. Neste dispositivo o CTB afirma as Art. 129-A. O registro dos tratores e demais apare-
obrigações dos fabricantes, importadores e até de lhos automotores destinados a puxar ou a arrastar
órgãos alfandegários de repassar ao RENAVAM (Regis- maquinaria agrícola ou a executar trabalhos agrí-
tro nacional de veículos automotores) as informações colas será efetuado, sem ônus, pelo Ministério da
sobre o chassi, o monobloco, os agregados e as carac- Agricultura, Pecuária e Abastecimento, diretamen-
terísticas originais do veículo. te ou mediante convênio. 49
Novidade que já tínhamos comentado anterior- 3. (VUNESP - 2018) Será obrigatória a expedição de novo
mente, mas o legislador não se cansa. Tratores e Certificado de Registro de Veículo, exceto quando:
maquinários agrícolas são registrados no M.A.P.A e
sem ônus. O M.A.P.A é o DETRAN dos tratores. a) o condutor não for o proprietário do veículo.
b) for transferida a propriedade.
Art. 129-B. O registro de contratos de garantias de c) o proprietário mudar o município de domicílio ou
alienação fiduciária em operações financeiras, consór- residência.
cio, arrendamento mercantil, reserva de domínio ou d) for alterada qualquer característica do veículo.
penhor será realizado nos órgãos ou entidades execu- e) houver mudança de categoria.
tivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, em
observância ao disposto no § 1° do art. 1.361 da Lei n° Leia sempre esse artigo:
10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e na Lei Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Cer-
n° 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Prote- tificado de Registro de Veículo quando:
ção de Dados Pessoais) (lei n° 14.071 de 2020) I - for transferida a propriedade;
II - o proprietário mudar o Município de domicílio
ou residência;
III - for alterada qualquer característica do veículo;
EXERCÍCIOS COMENTADOS IV - houver mudança de categoria. Resposta: Letra A.

1. (FGV - 2019) De acordo com o Código de Trânsito DO LICENCIAMENTO


Brasileiro, é obrigatória a expedição de novo Certifi-
cado de Registro de Veículo (CRV) quando o proprie- Art. 130. Todo veículo automotor, elétrico, articu-
tário muda de domicílio ou residência. Quando essas lado, reboque ou semi-reboque, para transitar na
mudanças ocorrem no mesmo Município, o proprietá- via, deverá ser licenciado anualmente pelo órgão
rio deve comunicá-las ao órgão executivo de trânsito executivo de trânsito do Estado, ou do Distrito
do Estado, para fins de alteração do CRV, no prazo de Federal, onde estiver registrado o veículo.
§ 1° O disposto neste artigo não se aplica a veículo
a) 15 dias. de uso bélico.
§ 2° No caso de transferência de residência ou
b) 30 dias
domicílio, é válido, durante o exercício, o licencia-
c) 45 dias.
mento de origem.
d) 60 dias.
e) 90 dias.
O licenciamento é uma permissão anual do órgão de
trânsito do Estado (DETRAN) onde está registrado o veí-
Quando você compra um carro, tem-se que emitir culo, para trafegar nas vias terrestres. A Resolução n° 716,
novo CRV e comunicar o Detran em 30 dias. Veja- de 30 de novembro de 2017. Regulamenta que para obter
mos o art 123 § 1° do CTB: o licenciamento, deve-se passar por uma inspeção técni-
Art. 123. § 1° No caso de transferência de proprieda- ca veicular obrigatória a cada 02(dois) anos, excetuando
de, o prazo para o proprietário adotar as providên- alguns veículos como os veículos novos e veículos esco-
cias necessárias à efetivação da expedição do novo lares, que obedecerão a outras regras. Lembrando que
Certificado de Registro de Veículo é de trinta dias, veículos de uso bélico não precisam ser licenciados nem
sendo que nos demais casos as providências deve- registrados conforme faz previsão o CTB.
rão ser imediatas. Resposta: Letra B.
Art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual
2. (SELECON - 2019) Érica é próspera fazendeira e pre- será expedido ao veículo licenciado, vinculado ao
tende adquirir novo trator para utilizar na sua proprie- Certificado de Registro de Veículo, em meio físico e/
dade rural, mas, eventualmente, alugá-lo para outras ou digital, à escolha do proprietário, de acordo com
propriedades próximas. Isso induz à necessidade de o modelo e com as especificações estabelecidos pelo
transitar em vias públicas. CONTRAN (Lei n° 14.071 de 2020)
Nesse caso, o Código de Trânsito Brasileiro determi- § 1° O primeiro licenciamento será feito simulta-
na que o registro do trator será único, sem ônus, em neamente ao registro.
cadastro específico do:
Um veículo licenciado certamente está registra-
do, até por conta deste atrelamento entre ambos. No
a) Ministério dos Transportes, Interior e Viação Rural
entanto, um veículo registrado não significa que este-
b) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
ja licenciado, pois o CRV pode valer para toda vida do
c) órgão do sistema geral de registros viários urbano e
veículo, mas o CRLV é anual. Conforme a Resolução n°
rural
599/16 do CONTRAN, o Certificado de Licenciamento
d) sistema de consumidores urbanos e do campo admi-
Anual é igual ao Certificado de Registro e Licencia-
nistrado pelo órgão competente
mento do Veículo. Já os veículos novos (zero km) são
e) Sindicato dos Produtores Rurais e Sistema Nacional
licenciados na hora do registro. A partir de 2021, os
de Veículos de Tração proprietários poderão optar por um licenciamento
digital com a emissão do CRV digital.
O registro de tratores é feito no Ministério da Agri-
cultura, Pecuária e Abastecimento. § 2° O veículo somente será considerado licencia-
Art. 129-A. O registro dos tratores e demais apare- do estando quitados os débitos relativos a tributos,
lhos automotores destinados a puxar ou a arrastar encargos e multas de trânsito e ambientais, vincu-
maquinaria, diretamente ou mediante convênio. lados ao veículo, independentemente da responsa-
50 Resposta: Letra B. bilidade pelas infrações cometidas.
O veículo só estará licenciado se estiver com todos O porte obrigatório do CRLV/CLA foi mitigado. Isto
os débitos obrigatórios quitados. Apenas dessa forma o é, se o agente fiscalizador possuir um sistema que
DETRAN expede o seu CRLV/CLA. Em regra, paga-se o consulte sua placa, ele dispensará o CRLV/CLA. No
IPVA + Taxa de Licenciamento + DPVAT. Se, por acaso, entanto, é recomendável o porte do CRLV/CLA, já que
você pagar apenas o IPVA, o veículo não estará licencia- é possível o agente fiscalizador estar com problemas
do. É necessária a quitação de todos os débitos supra- na consulta. O sistema, muitas vezes, fica fora do ar,
mencionados. Quanto às multas, pagam-se apenas prejudicando o fiscalizador. A Resolução n° 788/2020
quando terminarem todos os recursos administrativos. estabelece novo layout para o CRLV, podendo ser digi-
tal se o proprietário optar.
§ 3° Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá
comprovar sua aprovação nas inspeções de segu- Art. 134. No caso de transferência de proprieda-
rança veicular e de controle de emissões de gases de, expirado o prazo previsto no § 1° do art. 123
poluentes e de ruído, conforme disposto no art. 104. deste Código sem que o novo proprietário tenha
§ 4° As informações referentes às campanhas de tomado as providências necessárias à efetivação
chamamento de consumidores para substituição da expedição do novo Certificado de Registro de
ou reparo de veículos não atendidas no prazo de Veículo, o antigo proprietário deverá encaminhar
1 (um) ano, contado da data de sua comunicação, ao órgão executivo de trânsito do Estado ou do Dis-
deverão constar do Certificado de Licenciamento trito Federal, no prazo de 60 (sessenta) dias, cópia
Anual. (Lei n° 14.071 de 2020) autenticada do comprovante de transferência de
§ 5° Após a inclusão das informações de que trata propriedade, devidamente assinado e datado, sob
o § 4° deste artigo no Certificado de Licenciamento pena de ter que se responsabilizar solidariamente
Anual, o veículo somente será licenciado median- pelas penalidades impostas e suas reincidências até
te comprovação do atendimento às campanhas de a data da comunicação. (Lei n° 14.071 de 2020)
chamamento de consumidores para substituição Parágrafo único. O comprovante de transferência
ou reparo de veículos. (Lei n° 14.071 de 2020) de propriedade de que trata o caput deste artigo
poderá ser substituído por documento eletrônico
A resolução n° 716, de 30 de novembro de 2017 com assinatura eletrônica válida, na forma regu-
estabelece que os veículos deverão fazer uma Inspe- lamentada pelo CONTRAN. (Lei n° 14.071 de 2020)
ção Técnica Veicular (ITV) que será realizada de dois
em dois anos em todos os veículos da frota registrada, Pessoal, quando vocês venderem seus carros, se o
conforme cronograma a ser definido por cada órgão e novo proprietário não transferir em 30 dias, você terá
entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distri- que comunicar a venda em 60 dias.
to Federal, sendo pré-requisito para o licenciamento
anual, excetuando veículos novos, escolares, de trans- Art. 134-A. O CONTRAN especificará as bicicletas
porte de passageiros entre outros. A partir de 2021, os motorizadas e equiparados não sujeitos ao regis-
tro, ao licenciamento e ao emplacamento para cir-
veículos convocados para recall devem fazer o reparo,
culação nas vias. (Lei n° 14.071 de 2020)
caso contrário, não serão licenciados.
Art. 135. Os veículos de aluguel, destinados ao
transporte individual ou coletivo de passageiros de
Art. 132. Os veículos novos não estão sujeitos ao linhas regulares ou empregados em qualquer servi-
licenciamento e terão sua circulação regulada pelo ço remunerado, para registro, licenciamento e res-
CONTRAN durante o trajeto entre a fábrica e o pectivo emplacamento de característica comercial,
Município de destino. deverão estar devidamente autorizados pelo poder
§ 1° O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, público concedente.
aos veículos importados, durante o trajeto entre a
alfândega ou entreposto alfandegário e o Município
Como já comentado, os veículos que possuem
de destino.
esta importante função de transportar passageiros
de forma remunerada, além de obedecer a critérios
É possível trafegar sem placas pelas ruas com veí-
rigorosos de inspeção e funcionamento, devem ter
culo novo (zero km)? Em regra, não. Mas há situações
autorização do poder público para executar o serviço.

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


elencadas na Resolução n° 04 / 1998 que permitem o
Por isso, existem protestos de determinadas catego-
condutor não portar placas no veículo. Existem algu-
rias para impedir o funcionamento de transportes de
mas situações em que trafegar com apenas a Nota Fis-
passageiros irregulares (não autorizados).
cal é permitido, mas de forma transitória e passageira.
Segundo a Resolução n° 554/2015 (alterou Reso-
lução n° 04 / 1998), por exemplo, se eu comprar um
carro novo em São Paulo e quiser emplacar em Floria-
nópolis/SC (domicílio), terei 15 dias para me deslocar
EXERCÍCIO COMENTADO
de um Estado para o outro a fim de registrar e licen-
1. (AOCP - 2018) Em relação ao Licenciamento de veícu-
ciar o veículo. É o que diz o artigo 4° Inciso I da supra-
los, assinale a alternativa correta.
citada Resolução. O prazo é contado a partir da data
do carimbo de saída do veículo, constante da nota fis-
cal. Se for comprado eletronicamente o prazo conta-se a) Todos os veículos devem ser licenciados, sem
a partir da data de efetiva entrega do veículo. exceção.
b) Até mesmo os tanques de guerra do exército devem
Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de ser licenciados.
Licenciamento Anual. c) O licenciamento deve ser feito a cada dois anos.
Parágrafo único. O porte será dispensado quando, d) Veículos com mais de dez anos não precisam ser
no momento da fiscalização, for possível ter acesso licenciados.
ao devido sistema informatizado para verificar se o e) O primeiro licenciamento será feito simultaneamente
veículo está licenciado. ao registro. 51
A letra A está errada porque veículos bélicos, por Art. 138. O condutor de veículo destinado à con-
exemplo, não seguem as regras de licenciamento do dução de escolares deve satisfazer os seguintes
CTB; A letra B está errada porque veículos bélicos, requisitos:
não seguem as regras de licenciamento do CTB, con- I - ter idade superior a vinte e um anos;
II - ser habilitado na categoria D;
forme § 1° do art. 130 do CTB. A letra C está errada III - (VETADO)
porque o licenciamento é anual, conforme art. 130 IV - não ter cometido mais de uma infração gravíssima
do CTB. A letra D está errada porque não há qual- nos 12 (doze) últimos meses; (Lei n° 14.071 de 2020)
quer previsão sobre esse prazo no CTB. A letra E V - ser aprovado em curso especializado, nos ter-
está correta porque está de acordo com § 1° do art. mos da regulamentação do CONTRAN.
131 do CTB. Vejamos a lei:
Art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual será São os requisitos para se candidatar ao transporte
expedido ao veículo licenciado, vinculado ao Certifi- de escolares: ser maior de 21 anos, ser habilitado na
cado de Registro, no modelo e especificações estabe- categoria D, ter um prontuário bom, isto é, no máxi-
lecidos pelo CONTRAN. mo, uma infração gravíssima nos últimos 12 meses.
§ 1° O primeiro licenciamento será feito simultanea- (Resolução n° 789/20).
mente ao registro. Resposta: Letra E.
Art. 139. O disposto neste Capítulo não exclui a
competência municipal de aplicar as exigências
DOS VEÍCULOS ESCOLARES previstas em seus regulamentos, para o transporte
de escolares.
Art. 136. Os veículos especialmente destinados à
condução coletiva de escolares somente poderão Os municípios podem regulamentar exigências
circular nas vias com autorização emitida pelo de outros equipamentos obrigatórios, se por alguma
órgão ou entidade executivos de trânsito dos Esta- peculiaridade regional; pode determinar regras para
dos e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto: os pais ou responsáveis pelos alunos; pode criar regras
sobre a limpeza dos veículos; pode definir regras sobre
Por falar em autorização, temos os veículos esco- o transporte de pessoas com necessidades especiais;
lares que necessitam dela para executar o serviço pode definir o ano de fabricação mínimo do veículo
de transporte remunerado de passageiros escolares. a ser utilizado; pode definir sobre inspeção a ser fei-
Para tanto deverá seguir as seguintes normas abaixo. ta pelo município, paralela aquela semestral prevista;
o Município poderá requerer a utilização de espaços
I - registro como veículo de passageiros; internos dos veículos contratados, sem qualquer cus-
II - inspeção semestral para verificação dos equipa- to adicional, para a fixação de material educativo de
mentos obrigatórios e de segurança; interesse público. Existindo demanda, o Poder Públi-
III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, co Municipal poderá explorar a publicidade comercial
com quarenta centímetros de largura, à meia altu- de espaços nos veículos, incluídos os sistemas de sono-
ra, em toda a extensão das partes laterais e traseira rização e/ou audiovisual, vedando-se integralmente a
da carroçaria, com o dístico ESCOLAR, em preto, veiculação de publicidade de natureza político parti-
sendo que, em caso de veículo de carroçaria pinta- dária ou que interfira negativamente na educação dos
da na cor amarela, as cores aqui indicadas devem usuários, entre outras regulamentações.
ser invertidas;
IV - equipamento registrador instantâneo inalterá-
vel de velocidade e tempo;
V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dis- EXERCÍCIOS COMENTADOS
postas nas extremidades da parte superior dian-
teira e lanternas de luz vermelha dispostas na 1. (VUNESP - 2018) Paulo pretende comprar um veículo
extremidade superior da parte traseira; para a condução de escolares e, para tanto, de acordo
VI - cintos de segurança em número igual à lotação; com o disciplinado no Código de Trânsito Brasileiro e
VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios Portaria DETRAN-SP n° 1.310/2014, deverá solicitar auto-
estabelecidos pelo CONTRAN. rização ao órgão ou entidade executiva de trânsito do
Estado, cumprindo a seguinte exigência, dentre outras:
Não vá para a prova negligenciando este impor-
tante tema. Os veículos escolares devem seguir uma a) registro como veículo particular, classificado na cate-
cartilha e se atentar às seguintes informações: goria transporte.
b) inspeção mensal para verificação dos equipamentos
z Veículo de Passageiros; obrigatórios de segurança.
z Inspeção Semestral; c) cintos de segurança em número igual à lotação.
z Faixa Horizontal Amarela de 40 cm, na traseira e d) lanternas de luz branca dispostas nas extremidades
nas laterais; da parte superior dianteira e luz amarela na parte infe-
z Tacógrafo; rior da traseira.
z Cinto para todos os passageiros; e) equipamento registrador alterável de velocidade e
z Luz superior traseira: vermelha; tempo.
z Luz superior dianteira: branca, fosca ou amarela.
O erro da letra A é que o veículo deverá ser de alu-
Art. 137. A autorização a que se refere o artigo ante- guel; O erro da letra B é que a inspeção é semes-
rior deverá ser afixada na parte interna do veículo, tral; O erro da letra D é que a luz traseira é de cor
em local visível, com inscrição da lotação permitida, vermelha; O erro da letra E é que o equipamento
sendo vedada a condução de escolares em número registrador é inalterável. A banca colocou alterável.
52 superior à capacidade estabelecida pelo fabricante. Resposta: Letra C.
2. (CESPE - 2017) De acordo com o Código de Trânsi-
to Brasileiro, a verificação dos equipamentos obri- EXERCÍCIO COMENTADO
gatórios e de segurança deve ser feita por meio de
inspeções 1. (FCC - 2019) Quanto à condução coletiva de escola-
res, considere:
a) semanais.
I. Para a emissão da autorização, a ser emitida pelo
b) trimestrais.
órgão ou entidade executivos de trânsito dos Estados
c) semestrais. e do Distrito Federal, será exigida a inspeção anual
d) diárias. para verificação dos equipamentos obrigatórios e de
e) anuais. segurança.
II. Para que veículos especialmente destinados à con-
Vejamos a lei: dução coletiva de escolares possam circular, a auto-
Art. 136. Os veículos especialmente destinados à rização emitida pelo órgão ou entidade executivos de
condução coletiva de escolares somente poderão cir- trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverá ser
cular nas vias com autorização emitida pelo órgão afixada na parte interna do veículo, em local visível,
com inscrição da lotação permitida, sendo vedada a
ou entidade executivos de trânsito dos Estados e do
condução de escolares em número superior à capaci-
Distrito Federal, exigindo-se, para tanto:
dade estabelecida pelo fabricante.
II - inspeção semestral para verificação dos equipamen- III. O condutor de veículo destinado à condução de esco-
tos obrigatórios e de segurança; Resposta: Letra C. lares não deve ter cometido nenhuma infração gravís-
sima ou ser reincidente em infrações médias e graves
DA CONDUÇÃO DE MOTOFRETE durante os 12 últimos meses.

Art. 139-A. As motocicletas e motonetas destina- Está correto o que consta APENAS em
das ao transporte remunerado de mercadorias –
moto-frete – somente poderão circular nas vias com a) II e III.
autorização emitida pelo órgão ou entidade execu- b) I.
tivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, c) II.
exigindo-se, para tanto: d) I e III.
e) III.
Mais um veículo que necessita de autorização do
Estado: o moto-frete. Serviço regulamentado pela I- Errada. Inspeção semestral. Art. 136 Inc II do CTB
II- Certa. Art. 137 do CTB
Resolução n° 356/2010.
III- Errada. O Erro foi colocar ser reincidente em
infrações graves, quando, na verdade, não poderá
I – registro como veículo da categoria de aluguel;
ter nenhuma infração grave no prontuário nos últi-
II – instalação de protetor de motor mata-cachorro, mos 12 meses. Resposta: Letra C.
fixado no chassi do veículo, destinado a proteger o
motor e a perna do condutor em caso de tomba- DA HABILITAÇÃO
mento, nos termos de regulamentação do Conselho
Nacional de Trânsito – CONTRAN; Requisitos para habilitação
III – instalação de aparador de linha antena
corta-pipas, nos termos de regulamentação do Art. 140. A habilitação para conduzir veículo auto-
CONTRAN; motor e elétrico será apurada por meio de exames
IV – inspeção semestral para verificação dos equi- que deverão ser realizados junto ao órgão ou enti-
pamentos obrigatórios e de segurança dade executivos do Estado ou do Distrito Federal,
§ 1° A instalação ou incorporação de dispositivos do domicílio ou residência do candidato, ou na sede

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


estadual ou distrital do próprio órgão, devendo o
para transporte de cargas deve estar de acordo
condutor preencher os seguintes requisitos:
com a regulamentação do CONTRAN.
I - ser penalmente imputável;
§ 2° É proibido o transporte de combustíveis, pro- II - saber ler e escrever;
dutos inflamáveis ou tóxicos e de galões nos veícu- III - possuir Carteira de Identidade ou equivalente.
los de que trata este artigo, com exceção do gás de Parágrafo único. As informações do candidato à
cozinha e de galões contendo água mineral, desde habilitação serão cadastradas no RENACH.
que com o auxílio de side-car, nos termos de regu-
lamentação do CONTRAN. Pessoal, habilitação é tema recorrente em provas de
Art. 139-B. O disposto neste Capítulo não exclui a concursos, principalmente se for para DETRAN. Os requi-
competência municipal ou estadual de aplicar as sitos para se candidatar a tentar obter uma CNH são:
exigências previstas em seus regulamentos para
as atividades de moto-frete no âmbito de suas z Alfabetização;
circunscrições. z Maior de 18 anos (penalmente imputável);
z Ter carteira de identidade;
Não se transporta produtos perigosos, nem galões z Ter CPF – Resolução n° 789/2020.
de qualquer natureza nestes veículos, exceto o gás
Art. 141. O processo de habilitação, as normas rela-
de cozinha (máximo: 13 kg) e a água mineral (máxi- tivas à aprendizagem para conduzir veículos auto-
mo: 20 L) com o sidecar, situação regulamentada pela motores e elétricos e à autorização para conduzir
Resolução n° 356/2010. ciclomotores serão regulamentados pelo CONTRAN. 53
§ 1° A autorização para conduzir veículos de pro- § 1° Para habilitar-se na categoria C, o condutor
pulsão humana e de tração animal ficará a cargo deverá estar habilitado no mínimo há um ano na
dos Municípios. categoria B e não ter cometido nenhuma infração
grave ou gravíssima, ou ser reincidente em infra-
Já sabemos que a licença para conduzir bicicletas e ções médias, durante os últimos doze meses.
charretes, por exemplo, é dos Municípios.
Saiba que mudança de categoria de habilitação
Art. 142. O reconhecimento de habilitação obtida está, inclusive, no artigo 145 do CTB também. Os pra-
em outro país está subordinado às condições esta- zos e requerimentos são:
belecidas em convenções e acordos internacionais e
às normas do CONTRAN. z Mudança B - C: 1 ano no mínimo na categoria
anterior e não ter cometido nenhuma infração gra-
No que diz respeito à habilitação, temos que saber ve ou gravíssima, ou ser reincidente em infrações
que uma habilitação estrangeira pode possuir valida- médias, durante os últimos doze meses;
de no Brasil. Por exemplo, a Resolução n° 360/2010 diz z Mudança B - D: 2 anos no mínimo na categoria
que um condutor estrangeiro poderá dirigir no Brasil anterior e não ter cometido mais de uma infração
se estiver a menos de 180 dias no Brasil. gravíssima nos últimos 12 (doze) meses;
z Mudança C - D: 1 ano no mínimo na categoria
Categorias de habilitação anterior e não ter cometido mais de uma infração
gravíssima nos últimos 12 (doze) meses;
z Mudança C - E: 1 ano no mínimo na categoria
Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas
categorias de A a E, obedecida a seguinte gradação: anterior e não ter cometido mais de uma infração
I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de gravíssima nos últimos 12 (doze) meses;
duas ou três rodas, com ou sem carro lateral; z Mudança D - E: não há um mínimo de tempo,
II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, porém não pode ter cometido mais de uma infra-
não abrangido pela categoria A, cujo peso bru- ção gravíssima nos últimos 12 (doze) meses.
to total não exceda a três mil e quinhentos quilo-
gramas e cuja lotação não exceda a oito lugares, § 2° São os condutores da categoria B autorizados
excluído o do motorista; a conduzir veículo automotor da espécie motor-ca-
III - Categoria C - condutor de veículo motorizado sa, definida nos termos do Anexo I deste Código,
utilizado em transporte de carga, cujo peso bruto cujo peso não exceda a 6.000 kg (seis mil quilogra-
total exceda a três mil e quinhentos quilogramas; mas), ou cuja lotação não exceda a 8 (oito) luga-
IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado res, excluído o do motorista. (Incluído pela Lei n°
utilizado no transporte de passageiros, cuja lota- 12.452, de 2011)
ção exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
V - Categoria E - condutor de combinação de veícu- Mais uma novidade. Os condutores da categoria
los em que a unidade tratora se enquadre nas cate- B estão autorizados a dirigir motor-casa ou motorho-
gorias B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, me, desde que não exceda 6000 kg ou sua lotação não
semi-reboque, trailer ou articulada tenha 6.000 kg exceda a 8 (oito) lugares, excluído o do motorista.
(seis mil quilogramas) ou mais de peso bruto total,
ou cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares. (Redação § 3° Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor da
dada pela Lei n° 12.452, de 2011) combinação de veículos com mais de uma unidade
tracionada, independentemente da capacidade de
Esse artigo é de suma importância e deve ser sem- tração ou do peso bruto total. (Renumerado pela
pre estudado. A Resolução n° 168/2004 ainda acrescen- Lei n° 12.452, de 2011)
ta outros tipos de veículos às categorias de habilitação
que só devem ser estudadas se cobradas no edital. Mais de uma unidade tracionada é sempre catego-
ria E. Veja a imagem para fixar o entendimento. Per-
z Categoria A: Condutor de veículo motorizado de ceba que existem 03 veículos (Unidade Tratora + 02
duas ou três rodas, com ou sem carro lateral. Semirreboques).
z Categoria B: Condutor de motorizado, não abran-
gido pela categoria A, cujo peso bruto total não
exceda a três mil e quinhentos quilogramas e
cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o
do motorista + Motor Home de até 6000 kg ou até
08 passageiros + tratores de rodas e equipamen-
tos automotores destinados a executar trabalhos
agrícolas.
z Categoria C: Condutor de veículo motorizado uti-
lizado em transporte de carga, cujo peso bruto
total exceda a três mil e quinhentos quilogramas;
z Categoria D: Condutor de veículo motorizado uti-
lizado no transporte de passageiros, cuja lotação
exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
z Categoria E: Condutor de combinação de veícu- Art. 144. O trator de roda, o trator de esteira, o tra-
los em que a unidade tratora se enquadre nas cate- tor misto ou o equipamento automotor destinado à
gorias B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, movimentação de cargas ou execução de trabalho
semirreboque, trailer ou articulada tenha 6.000 kg agrícola, de terraplenagem, de construção ou de
(seis mil quilogramas) ou mais de peso bruto total, pavimentação só podem ser conduzidos na via públi-
54 ou cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares. ca por condutor habilitado nas categorias C, D ou E.
Parágrafo único. O trator de roda e os equipamen- IV - de noções de primeiros socorros, conforme
tos automotores destinados a executar trabalhos regulamentação do CONTRAN;
agrícolas poderão ser conduzidos em via pública V - de direção veicular, realizado na via públi-
também por condutor habilitado na categoria B. ca, em veículo da categoria para a qual estiver
(Redação dada pela Lei n° 13.097, de 2015) habilitando-se.

Este artigo e seu parágrafo recentemente modifi- Observem que para se obter uma CNH é preciso
cados possibilitam agora que condutores de categoria fazer alguns exames e a ordem é esta:
B dirijam tratores de rodas e equipamentos automo-
tores para trabalhos agrícolas. Lembrem-se de que os § 1° Os resultados dos exames e a identificação dos
tratores de esteira e tratores mistos só podem ser con- respectivos examinadores serão registrados no
duzidos pelas categorias C, D e E. RENACH. (Renumerado do parágrafo único, pela
Lei n° 9.602, de 1998)
Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E
ou para conduzir veículo de transporte coletivo Além de seu nome, os respectivos examinadores
de passageiros, de escolares, de emergência ou de serão registrados no RENACH. O RENACH é organiza-
produto perigoso, o candidato deverá preencher os do e mantido pelo DENATRAN.
seguintes requisitos:
I - ser maior de vinte e um anos; Prazos para renovação da CNH
II - estar habilitado:
a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no § 2° O exame de aptidão física e mental, a ser reali-
mínimo há um ano na categoria C, quando preten- zado no local de residência ou domicílio do exami-
der habilitar-se na categoria D; e nado, será preliminar e renovável com a seguinte
b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pre- periodicidade:
tender habilitar-se na categoria E; I - a cada 10 (dez) anos, para condutores com idade
III - não ter cometido mais de uma infração gravíssi- inferior a 50 (cinquenta) anos;
ma nos últimos 12 (doze) meses; (Lei n° 14.071/2020); II - a cada 5 (cinco) anos, para condutores com ida-
IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de igual ou superior a 50 (cinquenta) anos e inferior
de treinamento de prática veicular em situação de a 70 (setenta) anos;
risco, nos termos da normatização do CONTRAN. III - a cada 3 (três) anos, para condutores com idade
Parágrafo único. A participação em curso especia- igual ou superior a 70 (setenta) anos.
lizado previsto no inciso IV independe da observân- § 3° O exame previsto no § 2° incluirá avaliação
cia do disposto no inciso III. (Incluído pela Lei n° psicológica preliminar e complementar sempre que
12.619, de 2012) a ele se submeter o condutor que exerce atividade
Art. 145-A. Além do disposto no art. 145, para con- remunerada ao veículo, incluindo-se esta avaliação
duzir ambulâncias, o candidato deverá comprovar para os demais candidatos apenas no exame refe-
treinamento especializado e reciclagem em cursos rente à primeira habilitação. (Redação dada pela
específicos a cada 5 (cinco) anos, nos termos da nor- Lei n° 10.350, de 2001)
matização do CONTRAN. (Incluído pela Lei n° 12.998, § 4° Quando houver indícios de deficiência física ou
de 2014) mental, ou de progressividade de doença que possa
Art. 146. Para conduzir veículos de outra cate- diminuir a capacidade para conduzir o veículo, os
prazos previstos nos incisos I, II e III do § 2° des-
goria o condutor deverá realizar exames comple-
te artigo poderão ser diminuídos por proposta do
mentares exigidos para habilitação na categoria perito examinador. (Lei n° 14.071 de 2020)
pretendida.
Memorize os prazos que são novos e entrarão em
São três etapas/exames: vigor em 2021: agora são 10 anos para renovação do
exame de aptidão física e mental, desde que tenha
z O primeiro exame a ser feito neste caso (adição ou até 50 anos de idade. Aqui há um detalhe: condutores
alteração de categoria) é o de Aptidão Física e Men- deficientes físicos ou mentais ou doentes progressivos
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
tal, seguido do Curso prático para direção veicular; podem ter um tempo menor a critério do examinador.
e por fim, o Exame Prático de Direção veicular.
z Os dois últimos deverão ser feitos em veículos cor- § 5° O condutor que exerce atividade remunerada
respondentes a categoria pretendida. ao veículo terá essa informação incluída na sua
Carteira Nacional de Habilitação, conforme especi-
ficações do Conselho Nacional de Trânsito – CON-
Importante! TRAN. (Incluído pela Lei n° 10.350, de 2001)
§ 6° Os exames de aptidão física e mental e a ava-
Note que para adição de categoria e mudança de liação psicológica deverão ser analisados objetiva-
categoria não são exigidos nem a Avaliação Psi- mente pelos examinados, limitados aos aspectos
cológica, nem Curso Teórico sobre Legislação de técnicos dos procedimentos realizados, conforme
Trânsito, Direção Defensiva e Primeiros Socorros. regulamentação do CONTRAN, e subsidiarão a
fiscalização prevista no § 7° deste artigo. (Lei n°
14.071 de 2020)
§ 7° Os órgãos ou entidades executivas de trânsi-
Art. 147. O candidato à habilitação deverá subme- to dos Estados e do Distrito Federal, com a cola-
ter-se a exames realizados pelo órgão executivo de boração dos conselhos profissionais de medicina
trânsito, na seguinte ordem: e psicologia, deverão fiscalizar as entidades e os
I - de aptidão física e mental; profissionais responsáveis pelos exames de aptidão
II - (VETADO) física e mental e pela avaliação psicológica no míni-
III - escrito, sobre legislação de trânsito; mo 1 (uma) vez por ano.” (Lei n° 14.071 de 2020) 55
Art. 147-A. Ao candidato com deficiência auditi- Art. 147 [...]
va é assegurada acessibilidade de comunicação, § 6º Os exames de aptidão física e mental e a ava-
mediante emprego de tecnologias assistivas ou de liação psicológica deverão ser analisados objetiva-
ajudas técnicas em todas as etapas do processo de mente pelos examinados, limitados aos aspectos
habilitação. (Incluído pela Lei n° 13.146, de 2015) técnicos dos procedimentos realizados, conforme
§ 1° O material didático audiovisual utilizado em regulamentação do CONTRAN, e subsidiarão a
aulas teóricas dos cursos que precedem os exames fiscalização prevista no § 7º deste artigo. (Lei n°
previstos no art. 147 desta Lei deve ser acessível,
14071 de 2020)
por meio de subtitulação com legenda oculta asso-
§ 7° Os órgãos ou entidades executivos de trânsi-
ciada à tradução simultânea em Libras. (Incluído
to dos Estados e do Distrito Federal, com a cola-
pela Lei n° 13.146, de 2015)
§ 2° É assegurado também ao candidato com defi- boração dos conselhos profissionais de medicina
ciência auditiva requerer, no ato de sua inscrição, e psicologia, deverão fiscalizar as entidades e os
os serviços de intérprete da Libras, para acompa- profissionais responsáveis pelos exames de aptidão
nhamento em aulas práticas e teóricas. (Incluído física e mental e pela avaliação psicológica no míni-
pela Lei n° 13.146, de 2015) mo 1 (uma) vez por ano.

Veja que agora os DETRANs deverão fiscalizar as


Importante! entidades e os profissionais responsáveis pelos exa-
mes de aptidão física e mental uma vez por ano, pelo
Novidade no CTB! Os deficientes auditivos pos- menos. Essa fiscalização se dará com colaboração dos
suem assegurada acessibilidade de comunica- conselhos profissionais de medicina e psicologia.
ção, mediante emprego de tecnologias assistivas
ou de ajudas técnicas em todas as etapas do Exame Toxicológico
processo de habilitação, inclusive com ajuda de
intérprete de Libras. Art. 148-A. Os condutores das categorias C, D e E
deverão comprovar resultado negativo em exame
toxicológico para a obtenção e a renovação da Car-
Art. 148. Os exames de habilitação, exceto os de dire- teira Nacional de Habilitação. (Lei n° 14.071 de 2020)
ção veicular, poderão ser aplicados por entidades § 1° O exame de que trata este artigo buscará aferir
públicas ou privadas credenciadas pelo órgão execu-
o consumo de substâncias psicoativas que, com-
tivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, de
provadamente, comprometam a capacidade de
acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN.
direção e deverá ter janela de detecção mínima de
§ 1° A formação de condutores deverá incluir,
obrigatoriamente, curso de direção defensiva e de 90 (noventa) dias, nos termos das normas do CON-
conceitos básicos de proteção ao meio ambiente TRAN. (Incluído pela Lei n° 13.103, de 2015)
relacionados com o trânsito. § 2° Além da realização do exame previsto no
§ 2° Ao candidato aprovado será conferida Permis- caput deste artigo, os condutores das categorias
são para Dirigir, com validade de um ano. C, D e E com idade inferior a 70 (setenta) anos
§ 3° A Carteira Nacional de Habilitação será confe- serão submetidos a novo exame a cada período de
rida ao condutor no término de um ano, desde que 2 (dois) anos e 6 (seis) meses, a partir da obtenção
o mesmo não tenha cometido nenhuma infração de ou renovação da Carteira Nacional de Habilita-
natureza grave ou gravíssima ou seja reincidente ção, independentemente da validade dos demais
em infração média. exames de que trata o inciso I do caput do art. 147
§ 4° A não obtenção da Carteira Nacional de Habi- deste Código. (Lei n° 14.071 de 2020)
litação, tendo em vista a incapacidade de atendi- § 4° É garantido o direito de contraprova e de
mento do disposto no parágrafo anterior, obriga o recurso administrativo, sem efeito suspensivo, no
candidato a reiniciar todo o processo de habilitação. caso de resultado positivo para os exames de que
trata este artigo, nos termos das normas do CON-
A PPD (Permissão para Dirigir) será dada ao candi- TRAN. (Lei n° 14.071 de 2020)
dato aprovado em todos os exames mencionados. Se, em § 5° O resultado positivo no exame previsto no §
01 (um) ano não cometer nenhuma infração de nature- 2° deste artigo acarretará a suspensão do direito
za grave ou gravíssima ou ser reincidente em infração de dirigir pelo período de 3 (três) meses, condicio-
média, obterá a habilitação definitiva (CNH). Do contrá- nado o levantamento da suspensão à inclusão, no
rio, terá que reiniciar todo processo de habilitação. Na Renach, de resultado negativo em novo exame, e
sua prova ele pode simular uma conduta de um motoris- vedada a aplicação de outras penalidades, ainda
ta infrator e questionar se ele pode obter a CNH ou não. que acessórias. (Lei n° 14.071 de 2020)
§ 7° O exame será realizado, em regime de livre
§ 5° O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN concorrência, pelos laboratórios credenciados pelo
poderá dispensar os tripulantes de aeronaves que Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN,
apresentarem o cartão de saúde expedido pelas Forças nos termos das normas do CONTRAN, vedado aos
Armadas ou pelo Departamento de Aeronáutica Civil, entes públicos: (Incluído pela Lei n° 13.103, de 2015)
respectivamente, da prestação do exame de aptidão I - fixar preços para os exames; (Incluído pela Lei n°
física e mental. (Incluído pela Lei n° 9.602, de 1998) 13.103, de 2015)
II - limitar o número de empresas ou o número
Situação regulada pela Resolução n° 464/2013. Os de locais em que a atividade pode ser exercida; e
tripulantes de aeronaves titulares de Cartão Saúde ou (Incluído pela Lei n° 13.103, de 2015)
de Extrato de Pesquisa sobre Licença e Habilitações, III - estabelecer regras de exclusividade territorial.
expedidos pelas Forças Armadas ou pela Agência (Incluído pela Lei n° 13.103, de 2015)
Nacional de Aviação Civil (ANAC), ficam dispensa-
dos do exame de aptidão física e mental necessário Artigo bastante polêmico e que tem gerado con-
à obtenção ou à renovação periódica da habilitação fusão. A necessidade deste exame é combater os con-
para conduzir veículo automotor, ressalvados os casos dutores que fazem uso de substâncias ilegais para
56 previstos no § 4° do art. 147 do CTB. dirigir e acabam colocando a segurança viária em
risco, principalmente os caminhoneiros. Tanto é verda- Por exemplo, segundo a lei n° 12302/2010 é proibi-
de que a exigência do exame é para categorias C, D e E. do aos instrutores de trânsito, por exemplo, obstar ou
O exame deve ser realizado nas seguintes situações: dificultar a fiscalização do órgão executivo de trânsito
estadual ou do Distrito Federal. Guarde o “CAS” (cancela-
z Obtenção ou renovação da CNH. mento de autorização, advertência e suspensão).
z A cada 02 anos e 06 meses, desde que possua
menos de 70 anos de idade. Art. 154. Os veículos destinados à formação de
condutores serão identificados por uma faixa ama-
z A janela mínima de detecção de substâncias no
rela, de vinte centímetros de largura, pintada ao
organismo é de 90 dias. longo da carroçaria, à meia altura, com a inscrição
z A penalidade para quem é reprovado no exame, AUTO-ESCOLA na cor preta.
acarreta a suspensão do direito de dirigir por 03 Parágrafo único. No veículo eventualmente utili-
(três) meses. zado para aprendizagem, quando autorizado para
servir a esse fim, deverá ser afixada ao longo de sua
Observação: Empresas serão credenciadas pelo carroçaria, à meia altura, faixa branca removível,
DENATRAN e não poderão ter o preço regulado pelo de vinte centímetros de largura, com a inscrição
Estado. AUTO-ESCOLA na cor preta.

Art. 150. Ao renovar os exames previstos no artigo Detalhes devem ser considerados para sua prova.
anterior, o condutor que não tenha curso de dire- Veja um resumo:
ção defensiva e primeiros socorros deverá a eles ser
submetido, conforme normatização do CONTRAN. TIPO DE COR DA COR DA
LOCAL DA
Parágrafo único. A empresa que utiliza condutores LARGURA FAIXA NO
VEÍCULO FAIXA INSCRIÇÃO
contratados para operar a sua frota de veículos é VEÍCULO
obrigada a fornecer curso de direção defensiva, pri- Escolar Amarela
Preta
40 cm
Traseira
meiros socorros e outros conforme normatização (em regra) e laterais
do CONTRAN. Auto
Amarela Preta 20 cm Ao longo
Art. 152. O exame de direção veicular será rea- escola
lizado perante comissão integrada por 3 (três) Auto
membros designados pelo dirigente do órgão escola Branca Preta 20 cm Ao longo
executivo local de trânsito. (Redação dada pela (eventual)
Lei n° 13.281, de 2016)
§ 1° Na comissão de exame de direção veicular, pelo Art. 155. A formação de condutor de veículo
menos um membro deverá ser habilitado na catego- automotor e elétrico será realizada por instru-
ria igual ou superior à pretendida pelo candidato. tor autorizado pelo órgão executivo de trânsito
dos Estados ou do Distrito Federal, pertencente
O exame de direção veicular será feito por uma comis- ou não à entidade credenciada.
são de 03 (três) membros e um deles tem que ter habilita- Parágrafo único. Ao aprendiz será expedida auto-
ção igual ou superior à pretendida pelo candidato. rização para aprendizagem, de acordo com a
regulamentação do CONTRAN, após aprovação
§ 2° Os militares das Forças Armadas e os policiais e nos exames de aptidão física, mental, de primeiros
bombeiros dos órgãos de segurança pública da União, socorros e sobre legislação de trânsito. (Incluído
dos Estados e do Distrito Federal que possuírem curso pela Lei n° 9.602, de 1998)
de formação de condutor ministrado em suas corpora-
ções serão dispensados, para a concessão do documen- Para conduzir veículo da autoescola, quando do cur-
to de habilitação, dos exames aos quais se houverem so prático de direção veicular, o aprendiz receberá uma
submetido com aprovação naquele curso, desde que autorização para aprendizagem, de acordo com a regu-
neles sejam observadas as normas estabelecidas pelo lamentação do CONTRAN. Essa autorização é a chamada
CONTRAN. (Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016) Licença de Aprendizagem de Direção Veicular (LADV) que

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


§ 3° O militar, o policial ou o bombeiro militar inte- deve ser entendida como o documento que o aprendiz
ressado na dispensa de que trata o § 2° instruirá deve portar durante a aprendizagem para que um agente
seu requerimento com ofício do comandante, chefe de trânsito possa diferenciá-lo de um condutor inabilita-
ou diretor da unidade administrativa onde prestar do. A LADV é solicitada perante o Detran. A exigência pos-
serviço, do qual constarão o número do registro de sui previsão no artigo 8° da Resolução 168/2004.
identificação, naturalidade, nome, filiação, idade
e categoria em que se habilitou a conduzir, acom-
Art. 156. O CONTRAN regulamentará o credencia-
panhado de cópia das atas dos exames prestados. mento para prestação de serviço pelas auto-escolas
(Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016) e outras entidades destinadas à formação de con-
Art. 153. O candidato habilitado terá em seu pron- dutores e às exigências necessárias para o exercício
tuário a identificação de seus instrutores e exami- das atividades de instrutor e examinador.
nadores, que serão passíveis de punição conforme Art. 158. A aprendizagem só poderá realizar-se:
regulamentação a ser estabelecida pelo CONTRAN. (Vide Lei n° 12.217, de 2010)
Parágrafo único. As penalidades aplicadas aos I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo
instrutores e examinadores serão de advertência, órgão executivo de trânsito;
suspensão e cancelamento da autorização para o II - acompanhado o aprendiz por instrutor
exercício da atividade, conforme a falta cometida. autorizado.
§ 1° Além do aprendiz e do instrutor, o veículo uti-
Observem que até os examinadores e instrutores lizado na aprendizagem poderá conduzir apenas
podem ser penalizados de acordo com a gravidade da mais um acompanhante. (Renumerado do parágra-
situação. fo único pela Lei n° 12.217, de 2010). 57
Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, Aqui estamos falando da seara penal, ou seja,
expedida em meio físico e/ou digital, à escolha do o condutor condenado por crime de trânsito deve
condutor, em modelo único e de acordo com as se submeter a novos exames para reaver sua CNH.
especificações do CONTRAN, atendidos os pré- Embora tenha havido prescrição em face da pena, a
-requisitos estabelecidos neste Código, conterá autoridade de trânsito exigirá do indivíduo novos exa-
fotografia, identificação e número de inscrição mes para nova condução. O assunto foi regulamenta-
no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do condu- do pela resolução n° 300/2008.
tor, terá fé pública e equivalerá a documento de
§ 1° Em caso de acidente grave, o condutor nele envol-
identidade em todo o território nacional. (Lei n° vido poderá ser submetido aos exames exigidos neste
14.071 de 2020) artigo, a juízo da autoridade executiva estadual de
§ 1° É obrigatório o porte da Permissão para Diri- trânsito, assegurada ampla defesa ao condutor.
gir ou da Carteira Nacional de Habilitação quando
o condutor estiver à direção do veículo. Neste caso, estamos diante de um envolvido em
§ 1°-A O porte do documento de habilitação será acidente grave e não de um condenado por crime de
dispensado quando, no momento da fiscalização,
trânsito. Segundo o artigo 7° da Resolução N° 300/2008,
for possível ter acesso ao sistema informatizado
esse exame tem por finalidade reavaliar as condições
para verificar se o condutor está habilitado. (Lei n°
do condutor envolvido em acidente grave nos aspectos
14.071 de 2020)
físico, mental, psicológico e demais circunstâncias que
revelem sua aptidão para continuar a conduzir veículos
A CNH, como sabido, é um documento de porte automotores. Lembrando que fica a critério da autori-
obrigatório, quando na direção veicular. Entretanto, o dade de trânsito submeter o condutor a esses exames.
porte foi atenuado se o fiscal conseguir consultar por
meio de sistemas informatizados. Se o condutor por- § 2° No caso do parágrafo anterior, a autoridade
tar sua identidade, por exemplo, é possível saber se executiva estadual de trânsito poderá apreender
ele possui CNH ou não. Detalhe novo e interessante: o documento de habilitação do condutor até a sua
a Resolução n° 718/2017 estabeleceu novas regras a aprovação nos exames realizados.
serem obedecidas pelos DETRANs para confecção das
CNH. Por exemplo: as CNHs deverão possuir um Códi- Vejam que a apreensão da CNH não está prevista
go de Referência Rápida (Quick Response Code, QR entre as penalidades do CTB (art. 256). De qualquer for-
Code). O QR Code da CNH armazena todas as informa- ma, não há óbices para tal ato por parte da Administra-
ções contidas nos dados variáveis do respectivo docu- ção Pública, quando houver envolvimento de condutor
mento, inclusive a fotografia do condutor. Os órgãos em acidente grave. É bom salientar que tal medida será
e entidades executivos de trânsito dos Estados e do regida pelo Princípio do Devido Processo Legal.
Distrito Federal deverão adequar seus procedimentos
para adoção do modelo da CNH estabelecido pela pre-
sente Resolução até 31 de dezembro de 2022.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
§ 3° A emissão de nova via da Carteira Nacional
de Habilitação será regulamentada pelo CONTRAN. 1. (CEV - 2018) Considerando que os candidatos à habili-
§ 5° A Carteira Nacional de Habilitação e a Permis- tação para dirigir veículos podem habilitar-se nas cate-
são para Dirigir somente terão validade para a con- gorias de A a E, atente ao que se diz a seguir sobre as
dução de veículo quando apresentada em original. categorias C e D, e assinale a opção que corresponde
§ 6° A identificação da Carteira Nacional de Habili- à correta descrição da categoria indicada.
tação expedida e a da autoridade expedidora serão
registradas no RENACH. a) Categoria C – condutor de veículo motorizado utiliza-
§7° A cada condutor corresponderá um único do no transporte de passageiros, cuja lotação exceda
registro no RENACH, agregando-se neste todas as a oito lugares, excluído o do motorista.
informações. b) Categoria D – condutor de veículo motorizado utiliza-
§ 8° A renovação da validade da Carteira Nacio- do em transporte de carga, cujo peso bruto total exce-
nal de Habilitação ou a emissão de uma nova via da a três mil e quinhentos quilogramas.
somente será realizada após quitação de débitos c) Categoria D – condutor de veículo motorizado não
constantes do prontuário do condutor. abrangido pela categoria A cujo peso bruto total não
§ 10 A validade da Carteira Nacional de Habilita- exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lota-
ção está condicionada ao prazo de vigência do exa- ção não exceda a oito lugares, excluído o do motorista.
me de aptidão física e mental. (Incluído pela Lei n° d) Categoria C – condutor de veículo motorizado utiliza-
9.602, de 1998) do em transporte de carga, cujo peso bruto total exce-
§ 12 Os órgãos ou entidades executivos de trânsito da a três mil e quinhentos quilogramas.
dos Estados e do Distrito Federal enviarão por meio
eletrônico, com 30 (trinta) dias de antecedência,
A Letra D é a única correta, o art. 143 do CTB nos
aviso de vencimento da validade da Carteira Nacio-
ampara. Resposta: Letra D.
nal de Habilitação a todos os condutores cadastra-
dos no Renach com endereço na respectiva unidade
2. (CESPE– 2015) Julgue o item: certo ou errado
da Federação. (Lei n° 14.071 de 2020)
É permitido ao servidor do STJ ocupante do cargo de
Art. 160. O condutor condenado por delito de analista judiciário na especialidade segurança con-
trânsito deverá ser submetido a novos exames duzir veículo oficial sem portar a carteira nacional de
para que possa voltar a dirigir, de acordo com as habilitação, uma vez que ser habilitado é requisito para
normas estabelecidas pelo CONTRAN, indepen- a investidura nesse cargo.
dentemente do reconhecimento da prescrição,
58 em face da pena concretizada na sentença. ( ) CERTO  ( ) ERRADO
A CNH só pode ser transportada em original, nunca uma cópia. Leia o artigo 159 § 1° do CTB. Resposta: Errado.

3. (FUNCAB - 2013) Para habilitar-se nas categorias D e E, o condutor deve entre outros requisitos, estar habilitado no
mínimo há:

a) um ano na categoria B, quando pretender a categoria D.


b) um ano na categoria D, quando pretender a categoria E.
c) um ano na categoria C, quando pretender a categoria E.
d) dois anos na categoria B, quando pretender a categoria E.
e) dois anos na categoria C, quando pretender a categoria E.

Artigo 143 do CTB é muito importante para respondermos essa questão. Quanto ao texto legal, sua resposta está no
artigo 145, inciso II, alínea B. Resposta: Letra C.

4. (FCC - 2018) A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao condutor portador de Permissão para Dirigir ao
término de

a) doze meses, desde que ele não tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou seja reincidente
em infração média.
b) vinte e quatro meses, desde que ele não tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou seja
reincidente em infração média.
c) dezoito meses, desde que ele não tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou seja reinci-
dente em infração média.
d) dezoito meses, desde que ele não tenha cometido nenhuma infração de natureza gravíssima, grave ou média.
e) seis meses, desde que ele não tenha cometido nenhuma infração de natureza média ou seja reincidente em infração
média por uma única vez.

Primeiramente, o condutor recebe sua Permissão para dirigir (PPD). Só após 01 (um) ano, ele receberá sua CNH
desde que ele não tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou seja reincidente em
infração média. Vejamos a lei:
Art. 148. [...]
§ 3° A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao condutor no término de um ano, desde que o mesmo não tenha
cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou seja reincidente em infração média. Resposta: Letra A.

5. (FCC - 2019) Os condutores das categorias C, D e E deverão submeter-se a exames toxicológicos para a habilitação e
renovação da Carteira Nacional de Habilitação. O exame será realizado, em regime de livre concorrência, pelos laboratórios
credenciados pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), nos termos das normas do CONTRAN, VEDADO aos
entes públicos:
I. Fixar preços para os exames.
II. Limitar o número de empresas ou o número de locais em que a atividade pode ser exercida.
III. Estabelecer regras de exclusividade territorial.

Está correto o que consta de CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB

a) I, II e III.
b) I e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, apenas.
e) II e III, apenas.

Art. 148-A. do CTB.


§ 7° O exame será realizado, em regime de livre concorrência, pelos laboratórios credenciados pelo Departamen-
to Nacional de Trânsito - DENATRAN, nos termos das normas do CONTRAN, vedado aos entes públicos: (Incluído
pela Lei n° 13.103, de 2015) (Vigência)
I - fixar preços para os exames; (Incluído pela Lei n° 13.103, de 2015) (Vigência)
II - limitar o número de empresas ou o número de locais em que a atividade pode ser exercida; e (Incluído pela
Lei n° 13.103, de 2015) (Vigência)
III - estabelecer regras de exclusividade territorial. Resposta: Letra A. 59
DAS INFRAÇÕES

Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância de qualquer preceito deste Código ou da legislação comple-
mentar, e o infrator sujeita-se às penalidades e às medidas administrativas indicadas em cada artigo deste Capítulo
e às punições previstas no Capítulo XIX deste Código. (Lei n° 14.071 DE 2020)

É certo que não há uma fórmula “mágica” para você memorizar todas as infrações de trânsito de uma só vez,
por isso, faz-se necessário que você lance mão de algumas estratégias para memorizar o maior número possível
delas ou, pelo menos, aquelas boas de prova. Alguns professores sugerem uma classificação por natureza da
infração, outros sugerem separar por similaridades de termos como, por exemplo, estudar todas as infrações que
possuem a palavra “acostamento”. Vamos, aqui, tentar combinar ambos:

FATOR
INFRAÇÃO – ART. 162 PENALIDADE MEDIDA ADMINISTRATIVA
MULTIPLICATIVO
Multa Retenção do veículo até chegar condutor
Sem CNH/ACC 3x
gravíssima habilitado

Multa Retenção do veículo até chegar condutor


CNH suspensa ou cassada 3x
gravíssima habilitado + recolhimento da CNH

Multa Retenção do veículo até chegar condutor


CNH de categoria diferente 2x
gravíssima habilitado
Multa Retenção do veículo até chegar condutor
CNH vencida há de 30 dias 1x
gravíssima habilitado + recolhimento da CNH

Dirigir sem lentes corretoras Multa Retenção do veículo até colocar a lente
1x
previstas na CNH gravíssima ou óculos

z Também serão penalizadas nas mesmas condições as pessoas que entregam ou permitem que condutores
nestas situações dirijam o veículo.
z Conforme o art. 309 do CTB, é crime dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para
Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano;
z Conforme o art. 310 do CTB, é crime permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não
habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de
saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança.

Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: (Redação
dada pela Lei n° 11.705, de 2008)
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei n° 11.705, de 2008)
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses.(Redação dada pela Lei n°
12.760, de 2012)
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no §
4° do art. 270 da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro. (Redação dada pela Lei
n° 12.760, de 2012)
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze)
meses. (Redação dada pela Lei n° 12.760, de 2012)

Esta infração você deve estudar pormenorizadamente, já que qualquer detalhe pode ser cobrado. Causadora
de muitos acidentes, talvez seja a mais importante infração a ser memorizada. Inclusive, pode ser considerado
crime em alguns casos que veremos na parte criminal. Para ser considerado o legislador estabeleceu parâmetros
na resolução n° 432/2013.

FATOR MEDIDA
INFRAÇÃO PENALIDADE
MULTIPLICATIVO ADMINISTRATIVA

Retenção do veículo até


Dirigir bêbado ou Multa + suspensão do direito de
10 x 293,47: R$ 2934,70 chegar novo condutor +
drogado dirigir por 12 meses
recolhimento da CNH

Perceba que são 02 (duas) penalidades; se reincidir na mesma infração em 12 meses a multa será dobrada (R$
5869,40).

Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que permita certificar
influência de álcool ou outra substância psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277: (Incluído pela Lei n° 13.281,
60 de 2016)
Infração - gravíssima;(Incluído pela Lei n° 13.281, Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar
de 2016) o cinto de segurança, conforme previsto no art. 65:
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direi- Infração - grave;
to de dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei Penalidade - multa;
n° 13.281, de 2016) Medida administrativa - retenção do veículo até
Medida administrativa - recolhimento do documen- colocação do cinto pelo infrator.
to de habilitação e retenção do veículo, observado
o disposto no § 4° do art. 270. (Incluído pela Lei n° Infração comum e popular. Segundo o art. 65 do CTB,
13.281, de 2016) é obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista e passageiros em todas as vias do território nacional, sal-
no caput em caso de reincidência no período de até
vo em situações regulamentadas pelo CONTRAN, como,
12 (doze) meses. (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
por exemplo, em ônibus de linhas onde seja permitido
viajar em pé, veículos de uso bélico (conforme definição
Quem recusa realizar o bafômetro também sofre-
dada pela Res. 570/15) etc. Memorize!
rá as mesmas penalidades administrativas de quem
bebeu e dirigiu. Repare que a penalidade é idêntica.
Art. 168. Transportar crianças em veículo auto-
motor sem observância das normas de seguran-
Art. 165-B. Conduzir veículo para o qual seja exi-
gida habilitação nas categorias C, D ou E sem rea-
ça especiais estabelecidas neste Código:
lizar o exame toxicológico previsto no § 2° do art. Infração - gravíssima;
148-A deste Código, após 30 (trinta) dias do venci- Penalidade - multa;
mento do prazo estabelecido: Medida administrativa - retenção do veículo até
Infração - gravíssima; que a irregularidade seja sanada.
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do
direito de dirigir por 3 (três) meses, condicionado Segundo a Resolução n° 277/2008, as crianças pos-
o levantamento da suspensão à inclusão no Renach suem dispositivos de segurança específicos para cada ida-
de resultado negativo em novo exame. de. Por exemplo, crianças de até 1 ano devem usar o bebê
Parágrafo único. Incorre na mesma penalidade o conforto; as crianças com idade superior a um 1 e infe-
condutor que exerce atividade remunerada ao veí- rior ou igual a 4 anos deverão utilizar, obrigatoriamente,
culo e não comprova a realização de exame toxi- o dispositivo de retenção denominado “cadeirinha”.
cológico periódico exigido pelo § 2° do art. 148-A Para efeitos de curiosidade, conforme o art. 1°, § 3°,
deste Código por ocasião da renovação do docu- as exigências relativas ao sistema de retenção no trans-
mento de habilitação nas categorias C, D ou E. (Lei porte de crianças com até 7,5 anos de idade, não se apli-
n° 14.071 de 2020)
cam aos veículos de transporte coletivo, aos de aluguel,
aos táxis, aos veículos escolares e aos demais veículos
A cada dois anos e meio deve-se realizar o exame com PBT superior a 3,5t. Lembrando que a partir de
toxicológico. Se passar de 30 dias sem realizar o exame
abril de 2021, as crianças maiores de 1,45 metros não
e conduzir o veículo, teremos uma multa gravíssima x5.
estarão sujeitas a esses dispositivos de retenção.
Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a
pessoa que, mesmo habilitada, por seu estado físico MEDIDA
INFRAÇÃO PENALIDADE
ou psíquico, não estiver em condições de dirigi-lo ADMINISTRATIVA
com segurança:
Adulto sem
Infração - gravíssima; Retenção do veículo
cinto de Multa grave
Penalidade - multa. até regularização
segurança
Quem entrega a direção de veículo a condutor Criança sem
Multa Retenção do veículo
embriagado, por exemplo, responde por essa infra- dispositivo
gravíssima até regularização
ção. Esta autuação deve ser feita a todo proprietário de segurança
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
que confia ou entrega o veículo a pessoa sem condi-
ções físicas ou psicológicas para dirigir, como, por
Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados
exemplo, as embriagadas (art. 165), sob efeito de
indispensáveis à segurança:
medicamentos (art. 165), com membros imobilizados
Infração - leve;
(art. 252, III), com alguma doença mental (art. 252, III),
Penalidade - multa.
com restrições relativas ao estado físico do condutor,
expressas no verso da CNH (art. 195) etc.
Segundo o art. 28 do CTB, o condutor deverá, a
todo o momento, ter domínio de seu veículo, dirigin-
do-o com atenção e cuidados indispensáveis à segu-
Importante!
rança do trânsito.
Além disso, será crime também. Conforme o art.
310 do CTB, é crime de trânsito permitir, confiar z Exemplos de condução do veículo sem atenção:
ou entregar a direção de veículo automotor a conduzir lendo (jornal, mapa impresso, folheto
pessoa não habilitada, com habilitação cassada etc.), conversando e olhando para trás, procuran-
ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a do objetos no porta-luvas ou até atropelando cones
quem, por seu estado de saúde, física ou mental, em local sinalizado.
ou por embriaguez, não esteja em condições de z Outros exemplos em lei específica: condutor de ôni-
conduzi-lo com segurança. bus ou micro-ônibus transitando com porta(s) aber-
ta(s), conforme Resolução n° 416 e 445. 61
Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que Medida administrativa - recolhimento do documen-
estejam atravessando a via pública, ou os demais to de habilitação e remoção do veículo.
veículos: Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa pre-
Infração - gravíssima; vista no caput em caso de reincidência no período
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir; de 12 (doze) meses da infração anterior. (Incluído
Medida administrativa - retenção do veículo e reco- pela Lei n° 12.971, de 2014)
lhimento do documento de habilitação.
Segundo o art. 67 do CTB, as provas ou competi-
z Exemplo: motorista realizando manobras arrisca- ções desportivas, inclusive seus ensaios, em via aberta
das em local movimentado, ameaçando arrancar à circulação, só poderão ser realizadas mediante pré-
quando o pedestre está atravessando a faixa ou via permissão da autoridade de trânsito com circuns-
desviando intencionalmente a direção a pedestre crição sobre a via.
ou outro veículo. Conforme o art. 308 do CTB, é crime de trânsito
participar, na direção de veículo automotor, em via
Art. 171. Usar o veículo para arremessar, sobre os pública, de corrida, disputa ou competição automo-
pedestres ou veículos, água ou detritos: bilística não autorizada pela autoridade competen-
Infração - média;
te, desde que resulte dano potencial à incolumidade
Penalidade - multa.
pública ou privada.
z Exemplo: veículo passando sobre poças de água
de forma proposital, atingindo pessoas ou veículos.
Importante!
Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via Se reincidir na mesma infração em 12 meses a
objetos ou substâncias: multa será dobrada (R$ 5869,40). Perceba que
Infração - média; nestes casos são popularmente conhecidos
Penalidade - multa.
como “rachas” não há menção ao prazo de sus-
pensão do direito de dirigir.
z • Exemplo: objetos ou substâncias atiradas ou
abandonadas na via em quantidade expressiva
como, por exemplo, um caminhão de entulho. Art. 176. Deixar o condutor envolvido em aci-
dente com vítima:
Art. 173. Disputar corrida: (Redação dada pela Lei I - de prestar ou providenciar socorro à vítima,
n° 12.971, de 2014) podendo fazê-lo;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direi-
Segundo o art. 304 do CTB, é crime o condutor do
to de dirigir e apreensão do veículo; (Redação dada
pela Lei n° 12.971, de 2014) veículo (envolvido, mas não o responsável) deixar,
Medida administrativa - recolhimento do documen- na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro
to de habilitação e remoção do veículo. à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa pre- justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade
vista no caput em caso de reincidência no período pública; incide nas penas previstas neste artigo o con-
de 12 (doze) meses da infração anterior. (Incluído dutor do veículo, ainda que a sua omissão seja supri-
pela Lei n° 12.971, de 2014) da por terceiros ou que se trate de vítima com morte
Art. 174. Promover, na via, competição, eventos instantânea ou com ferimentos leves. Conforme o art.
organizados, exibição e demonstração de perícia 305 do CTB, é crime o condutor do veículo se afastar
em manobra de veículo, ou deles participar, como do local do acidente (responsável pelo acidente), para
condutor, sem permissão da autoridade de trânsito fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa
com circunscrição sobre a via: (Redação dada pela
ser atribuída.
Lei n° 12.971, de 2014)
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direi- II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sen-
to de dirigir e apreensão do veículo; (Redação dada tido de evitar perigo para o trânsito no local;
pela Lei n° 12.971, de 2014)
Medida administrativa - recolhimento do documen- LEI N° 5.970 DE 1973
to de habilitação e remoção do veículo.
§ 1° As penalidades são aplicáveis aos promotores Importante observar o estado de necessidade, que
e aos condutores participantes. (Incluído pela Lei obriga os envolvidos a alterarem o local de forma a
n° 12.971, de 2014) evitar novo acidente, antes da chegada do socorro.
§ 2° Aplica-se em dobro a multa prevista no caput Conforme as Leis 5.970/73 e 6.174/74, em caso de aci-
em caso de reincidência no período de 12 (doze) dente de trânsito apenas o agente policial poderá autori-
meses da infração anterior. (Incluído pela Lei n° zar a imediata remoção das pessoas e veículos envolvidos
12.971, de 2014)
e que estiverem no leito da via com prejuízo ao tráfego.
Art. 175. Utilizar-se de veículo para demonstrar
ou exibir manobra perigosa, mediante arrancada
III - de preservar o local, de forma a facilitar os tra-
brusca, derrapagem ou frenagem com deslizamen-
to ou arrastamento de pneus: (Redação dada pela balhos da polícia e da perícia;
Lei n° 12.971, de 2014)
Infração - gravíssima; A situação deverá ser analisada criteriosamente.
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direi- Se restar comprovado que não havia risco no local e
to de dirigir e apreensão do veículo; (Redação dada mesmo assim o condutor o alterou de forma proposital,
62 pela Lei n° 12.971, de 2014) teremos também o crime previsto no art. 312 do CTB.
IV - de adotar providências para remover o veícu- Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por fal-
lo do local, quando determinadas por policial ou ta de combustível:
agente da autoridade de trânsito; Infração - média;
Penalidade - multa;
Não é incomum o condutor se recusar a permitir Medida administrativa - remoção do veículo.
que seu veículo seja removido antes da chegada de
representante da seguradora. Assim, deve o agente Detalhe importante: segundo o art. 27 do CTB, antes
agir com firmeza e adotar as medidas necessárias, de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o
impedindo que o condutor atrapalhe o serviço. condutor deverá verificar a existência e as boas con-
dições de funcionamento dos equipamentos de uso
V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar obrigatório, bem como se assegurar da existência de
informações necessárias à confecção do boletim de combustível suficiente para chegar ao local de destino.
ocorrência:
Art. 181. Estacionar o veículo:
Conforme o art. 68 da LCP, é contravenção recusar à I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo
autoridade, quando por esta justificadamente solicitados do alinhamento da via transversal:
Infração - média;
ou exigidos, dados ou indicações concernentes à própria
Penalidade - multa;
identidade, estado, profissão, domicílio e residência.
Medida administrativa - remoção do veículo;
Temos também o art. 312 do CTB, que traz como crime II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cin-
inovar artificiosamente, em caso de acidente automo- quenta centímetros a um metro:
bilístico com vítima, na pendência do respectivo pro- Infração - leve;
cedimento policial preparatório, inquérito policial ou Penalidade - multa;
processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, Medida administrativa - remoção do veículo;
a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz. III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais
de um metro:
Infração - gravíssima; Infração - grave;
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do Penalidade - multa;
direito de dirigir; Medida administrativa - remoção do veículo;
Medida administrativa - recolhimento do documen- IV - em desacordo com as posições estabelecidas
to de habilitação. neste Código:
Infração - média;
Veja que esse artigo possui muitas condutas impor- Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
tantes que devem ser lembradas. Aliás, costuma cair
V - na pista de rolamento das estradas, das rodo-
em provas! Então não esqueça esse artigo que prevê
vias, das vias de trânsito rápido e das vias dotadas
ainda a penalidade de suspensão da CNH. de acostamento:
Infração - gravíssima;
Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à Penalidade - multa;
vítima de acidente de trânsito quando solicitado Medida administrativa - remoção do veículo;
pela autoridade e seus agentes: VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro
Infração - grave; de água ou tampas de poços de visita de galerias
Penalidade - multa. subterrâneas, desde que devidamente identificados,
conforme especificação do CONTRAN:
Qual a diferença para o artigo anterior? Neste caso, Infração - média;
o condutor não está envolvido no acidente de trânsito. Penalidade - multa;
Aqui a infração é de natureza grave. Medida administrativa - remoção do veículo;
VII - nos acostamentos, salvo motivo de força
Art. 178. Deixar o condutor, envolvido em acidente maior:
sem vítima, de adotar providências para remover Infração - leve;

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


o veículo do local, quando necessária tal medida Penalidade - multa;
para assegurar a segurança e a fluidez do trânsito: Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - média; VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedes-
Penalidade - multa. tre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas
ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais,
divisores de pista de rolamento, marcas de canali-
Aqui não há vítimas, pois trata-se de caso em que
zação, gramados ou jardim público:
o condutor se recusa a tirar o veículo do local para Infração - grave;
aguardar a seguradora. Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
Art. 179. Fazer ou deixar que se faça reparo em IX - onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixa-
veículo na via pública, salvo nos casos de impedi- da destinada à entrada ou saída de veículos:
mento absoluto de sua remoção e em que o veículo Infração - média;
esteja devidamente sinalizado: Penalidade - multa;
I - em pista de rolamento de rodovias e vias de trân- Medida administrativa - remoção do veículo;
sito rápido: X - impedindo a movimentação de outro veículo:
Infração - grave; Infração - média;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo;
II - nas demais vias: XI - ao lado de outro veículo em fila dupla:
Infração - leve; Infração - grave;
Penalidade - multa. Penalidade - multa; 63
Medida administrativa - remoção do veículo; Penalidade - multa;
XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a IV - em desacordo com as posições estabelecidas
circulação de veículos e pedestres: neste Código:
Infração - grave; Infração - leve;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; V - na pista de rolamento das estradas, das rodo-
XIII - onde houver sinalização horizontal delimita- vias, das vias de trânsito rápido e das demais vias
dora de ponto de embarque ou desembarque de pas- dotadas de acostamento:
sageiros de transporte coletivo ou, na inexistência Infração - grave;
desta sinalização, no intervalo compreendido entre Penalidade - multa;
dez metros antes e depois do marco do ponto: VI - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres,
Infração - média; nas ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores de
Penalidade - multa; pista de rolamento e marcas de canalização:
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - leve;
XIV - nos viadutos, pontes e túneis: Penalidade - multa;
Infração - grave; VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a
Penalidade - multa; circulação de veículos e pedestres:
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - média;
XV - na contramão de direção: Penalidade - multa;
Infração - média; VIII - nos viadutos, pontes e túneis:
Penalidade - multa; Infração - média;
XVI - em aclive ou declive, não estando devidamen- Penalidade - multa;
te freado e sem calço de segurança, quando se tra- IX - na contramão de direção:
tar de veículo com peso bruto total superior a três Infração - média;
mil e quinhentos quilogramas: Penalidade - multa;
Infração - grave; X - em local e horário proibidos especificamente
Penalidade - multa; pela sinalização (placa - Proibido Parar):
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - média;
XVII - em desacordo com as condições regulamen- Penalidade - multa.
tadas especificamente pela sinalização (placa - XI - sobre ciclovia ou ciclofaixa (Lei n° 14.071/2020):
Estacionamento Regulamentado): Infração - grave;
Infração - grave; (Redação dada pela Lei n° 13.146, Penalidade - multa.
de 2015
Penalidade - multa; Vamos para infrações de parada:
Medida administrativa - remoção do veículo;
XVIII - em locais e horários proibidos especificamen-
z Leves: afastado da guia da calçada (50 cm a 01
te pela sinalização (placa - Proibido Estacionar):
metro); em desacordo com as posições estabelecidas
Infração - média;
Penalidade - multa;
no CTB; em passeio ou sobre faixa destinada a pedes-
Medida administrativa - remoção do veículo; tres, nas ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores
XIX - em locais e horários de estacionamento e de pista de rolamento e marcas de canalização;
parada proibidos pela sinalização (placa - Proibido z Médias: nas esquinas e a menos de 5 m do bordo do
Parar e Estacionar): alinhamento da via transversal; afastado da guia da
Infração - grave; calçada (meio-fio) a mais de um metro; em cruzamen-
Penalidade - multa; to de vias; nos viadutos, pontes e túneis; na contramão
Medida administrativa - remoção do veículo. de direção; em local e horário proibidos especifica-
XX - nas vagas reservadas às pessoas com deficiên- mente pela sinalização (placa - Proibido Parar); na fai-
cia ou idosos, sem credencial que comprove tal con- xa de pedestres na mudança de sinal luminoso.
dição: (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016) z Graves: na pista de rolamento das estradas, das rodo-
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei n° 13.281, vias, das vias de trânsito rápido e das demais vias
de 2016) dotadas de acostamento; sobre ciclovia ou ciclofaixa.
Penalidade - multa; (Incluído pela Lei n° 13.281, de z Gravíssimas: não há.
2016)
Medida administrativa - remoção do veículo.
Art. 183. Parar o veículo sobre a faixa de pedestres
(Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
na mudança de sinal luminoso:
§ 1° Nos casos previstos neste artigo, a autoridade
Infração - média;
de trânsito aplicará a penalidade preferencialmen-
Penalidade - multa.
te após a remoção do veículo.
§ 2° No caso previsto no inciso XVI é proibido aban-
donar o calço de segurança na via. Segundo o art. 26, inciso I do CTB, os usuários das
Art. 182. Parar o veículo: vias terrestres devem abster-se de todo ato que pos-
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo sa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de
do alinhamento da via transversal: veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar
Infração - média; danos a propriedades públicas ou privadas.
Penalidade - multa;
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cin- Art. 184. Transitar com o veículo:
quenta centímetros a um metro: I - na faixa ou pista da direita, regulamentada como
Infração - leve; de circulação exclusiva para determinado tipo de
Penalidade - multa; veículo, exceto para acesso a imóveis lindeiros ou
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais conversões à direita:
de um metro: Infração - leve;
64 Infração - média; Penalidade - multa;
II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada II - vias com sinalização de regulamentação de sen-
como de circulação exclusiva para determinado tido único de circulação:
tipo de veículo: Infração - gravíssima;
Infração - grave; Penalidade - multa.
Penalidade - multa.
III - na faixa ou via de trânsito exclusivo, regulamen- Perceba que transitar pela contramão de direção
tada com circulação destinada aos veículos de trans-
de vias com sinalização de regulamentação de senti-
porte público coletivo de passageiros, salvo casos
de força maior e com autorização do poder público
do único de circulação é gravíssimo. Para que exista a
competente: (Incluído pela Lei n° 13.154, de 2015) infração, há necessidade de placa de regulamentação
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei n° 13.154, proibindo a circulação em determinado sentido.
de 2015)
Penalidade - multa e apreensão do veículo; (Incluí- Art. 187. Transitar em locais e horários não permi-
do pela Lei n° 13.154, de 2015) tidos pela regulamentação estabelecida pela auto-
Medida administrativa - remoção do veículo. ridade competente:
(Incluído pela Lei n° 13.154, de 2015) I - para todos os tipos de veículos:
Infração - média;
Mais um assunto importante no CTB: infrações em Penalidade - multa;
faixas exclusivas. II - (Revogado pela Lei n° 9.602, de 1998)
Multa de desobediência ao rodízio de veículos, por
INFRAÇÕES EM FAIXAS EXCLUSIVAS DE VEÍCULOS exemplo.
LADO NATUREZA EXCEÇÃO Art. 188. Transitar ao lado de outro veículo, inter-
rompendo ou perturbando o trânsito:
Para acesso a imóveis
Infração - média;
Direito Leve lindeiros ou conver-
sões à direita Penalidade - multa.
Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos
Esquerdo Grave Não há menção
precedidos de batedores, de socorro de incêndio e
Qualquer lado salvamento, de polícia, de operação e fiscalização
Força maior ou
(transporte. Coleti- Gravíssima de trânsito e às ambulâncias, quando em serviço de
autorização
vo de passageiros)
urgência e devidamente identificados por disposi-
tivos regulamentados de alarme sonoro e ilumina-
Art. 185. Quando o veículo estiver em movimento, ção vermelha intermitentes:
deixar de conservá-lo: Infração - gravíssima;
I - na faixa a ele destinada pela sinalização de regu- Penalidade - multa.
lamentação, exceto em situações de emergência; Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência,
estando este com prioridade de passagem devi-
Conforme o art. 29, IV do CTB, quando uma pista damente identificada por dispositivos regulamen-
de rolamento comportar várias faixas de circulação tares de alarme sonoro e iluminação vermelha
no mesmo sentido, são as da direita destinadas ao des- intermitentes:
locamento dos lentos e de maior porte, quando não Infração - grave;
houver faixa especial a eles destinada, e as da esquer- Penalidade - multa.
da, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos
veículos de maior velocidade. Mais uma tabela para memorização:
Veículos mudando de faixa (transposição), onde
exista linha contínua branca também devem ser INFRAÇÕES DE VEÍCULOS DE URGÊNCIA
autuados, exceto em emergências. Analisando o Item
5 do Manual de Sinalização Horizontal (Res. 236/07), NATUREZA DA
CONDUTA
as marcas longitudinais brancas contínuas são utili- INFRAÇÃO

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


zadas para delimitar a pista (linha de bordo) e para
separar faixas de trânsito de fluxos de mesmo sentido. Deixar de dar passagem Gravíssima
Neste caso, têm poder de regulamentação de proibi- Seguir veículo de urgência Grave
ção de ultrapassagem e transposição.
Deixar de acionar luz e som em
II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de regime de urgência (motorista de Média
maior porte: urgência, art. 222)
Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 191. Forçar passagem entre veículos que, tran-
Exemplo clássico são os veículos pesados que cos- sitando em sentidos opostos, estejam na iminência
tumam trafegar na faixa da esquerda em velocidade de passar um pelo outro ao realizar operação de
reduzida. ultrapassagem:
Infração - gravíssima;
Art. 186. Transitar pela contramão de direção em: Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direi-
I - vias com duplo sentido de circulação, exceto to de dirigir. (Redação dada pela Lei n° 12.971, de
para ultrapassar outro veículo e apenas pelo tempo 2014)
necessário, respeitada a preferência do veículo que Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa pre-
transitar em sentido contrário: vista no caput em caso de reincidência no período
Infração - grave; de até 12 (doze) meses da infração anterior. (Incluí-
Penalidade - multa; do pela Lei n° 12.971, de 2014) 65
Forçar passagem entre veículos em sentidos opos- Art. 197. Deixar de deslocar, com antecedência,
tos é gravíssimo x10 + suspensão do direito de diri- o veículo para a faixa mais à esquerda ou mais à
gir. Aplicar-se-á em dobro em caso de reincidência direita, dentro da respectiva mão de direção, quan-
em 12 meses. Essa infração visa coibir infratores que do for manobrar para um desses lados:
realizam ultrapassagens forçadas, jogando, inclusive, Infração - média;
veículos em sentido contrário para o acostamento. Penalidade - multa.
Conforme o art. 34 do CTB, o condutor que queira exe- Art. 198. Deixar de dar passagem pela esquerda,
cutar uma manobra deverá certificar-se de que pode quando solicitado:
executá-la sem perigo para os demais usuários da via Infração - média;
Penalidade - multa.
que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, con-
siderando sua posição, sua direção e sua velocidade.
É preciso que o veículo que segue atrás indique o
Art. 192. Deixar de guardar distância de seguran- propósito de ultrapassar (passar), ou seja, sinal de luz
ça lateral e frontal entre o seu veículo e os demais, baixa e alta de forma intermitente ou toque breve na
bem como em relação ao bordo da pista, conside- buzina (fora das áreas urbanas), conforme os artigos
rando-se, no momento, a velocidade, as condições 251, II e 41, II do CTB, respectivamente.
climáticas do local da circulação e do veículo:
Infração - grave; Art. 199. Ultrapassar pela direita, salvo quando
Penalidade - multa. o veículo da frente estiver colocado na faixa apro-
priada e der sinal de que vai entrar à esquerda:
Lembrando que esta infração é de natureza grave, Infração - média;
enquanto deixar de guardar distância de segurança Penalidade - multa.
lateral de 1,5 m de bicicleta é média. Exemplo clássi-
co: motocicleta transitando entre fileiras de veículos. Esta infração só ocorre quando há mais de uma
faixa no mesmo sentido. Caso contrário o enquadra-
Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, pas- mento correto é ultrapassar pelo acostamento.
seios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refú-
gios, ajardinamentos, canteiros centrais e divisores Art. 200. Ultrapassar pela direita veículo de trans-
de pista de rolamento, acostamentos, marcas de porte coletivo ou de escolares, parado para embar-
canalização, gramados e jardins públicos: que ou desembarque de passageiros, salvo quando
Infração - gravíssima; houver refúgio de segurança para o pedestre:
Penalidade - multa (três vezes). Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Conforme o art. 29, V do CTB, o trânsito de veícu-
los sobre passeios, calçadas e acostamentos, só poderá Esta infração é de muito difícil visualização, pois só
ocorrer para que se adentre ou se saia dos imóveis ou poderia ocorrer caso o ônibus parasse no meio da via
áreas especiais de estacionamento. para desembarcar passageiros, o que não é permitido.

Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na dis- Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de
tância necessária a pequenas manobras e de forma um metro e cinquenta centímetros ao passar ou
a não causar riscos à segurança: ultrapassar bicicleta:
Infração - grave; Infração - média;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
Art. 195. Desobedecer às ordens emanadas da auto-
ridade competente de trânsito ou de seus agentes: Como o agente de trânsito vai flagrar uma infração
Infração - grave;
como esta? Seria preciso uma câmera com “tira-teima”.
Penalidade - multa.
De qualquer forma memorize essa distância de 1,5 m.
Deve-se tomar cuidado com o acompanhamen-
Art. 202. Ultrapassar outro veículo:
to à veículos que se evadem da fiscalização, pois são
I - pelo acostamento;
comuns os acidentes com viaturas, lesionando servi- II - em interseções e passagens de nível;
dores e usuários das vias. Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei n°
12.971, de 2014)
Art. 196. Deixar de indicar com antecedência, Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada
mediante gesto regulamentar de braço ou luz indi- pela Lei n° 12.971, de 2014)
cadora de direção do veículo, o início da marcha, Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro
a realização da manobra de parar o veículo, a veículo:
mudança de direção ou de faixa de circulação: I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade
Infração - grave; suficiente;
Penalidade - multa.
II - nas faixas de pedestre;
III - nas pontes, viadutos ou túneis;
Esta é a infração de deixar de ligar a “seta” e tem IV - parado em fila junto a sinais luminosos, por-
natureza grave. No entanto, os gestos convencionais de teiras, cancelas, cruzamentos ou qualquer outro
braços podem substituir a “seta”. Conforme o art. 35 do impedimento à livre circulação;
CTB, antes de iniciar qualquer manobra que implique V - onde houver marcação viária longitudinal de
um deslocamento lateral, o condutor deverá indicar divisão de fluxos opostos do tipo linha dupla contí-
seu propósito de forma clara e com a devida antece- nua ou simples contínua amarela:
dência, por meio da luz indicadora de direção de seu Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei n°
66 veículo, ou fazendo gesto convencional de braço. 12.971, de 2014)
Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada Para que esta infração se configure, é necessário
pela Lei n° 12.971, de 2014) que o cortejo seja de tamanho tal que necessite da pre-
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa pre- sença de Agentes da Autoridade de Trânsito no local.
vista no caput em caso de reincidência no período
de até 12 (doze) meses da infração anterior. (Incluí-
Art. 206. Executar operação de retorno:
do pela Lei n° 12.971, de 2014)
I - em locais proibidos pela sinalização;
II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e
Conforme o art. 32 do CTB, o condutor não poderá túneis;
ultrapassar veículos em vias com duplo sentido de dire- III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas,
ção e pista única, nos trechos em curvas e em aclives ajardinamento ou canteiros de divisões de pista de
sem visibilidade suficiente, nas passagens de nível, nas rolamento, refúgios e faixas de pedestres e nas de
pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, exceto veículos não motorizados;
quando houver sinalização permitindo a ultrapassagem. IV - nas interseções, entrando na contramão de
Infrações de ultrapassagem são muito importantes. Veja direção da via transversal;
a tabela a seguir com um resumo dessas infrações: V - com prejuízo da livre circulação ou da seguran-
ça, ainda que em locais permitidos:
INFRAÇÕES DE ULTRAPASSAGEM Infração - gravíssima;
Local/ Fator Penalidade - multa.
Natureza Observação
Circunstância Multiplicativo
Interseções Perceba que em todas infrações conforme o art. 39
e passagens Gravíssima 5x do CTB, nas vias urbanas, a operação de retorno deve-
de nível rá ser feita nos locais para isto determinados, quer
por meio de sinalização, quer pela existência de locais
Acostamento Gravíssima 5x
apropriados, ou, ainda, em outros locais que ofereçam
Curva/aclive/ condições de segurança e fluidez, observadas as carac-
Pela
declive (sem Gravíssima 5x terísticas da via, do veículo, das condições meteoroló-
contramão
visibilidade) gicas e da movimentação de pedestres e ciclistas.
Faixa de Pela Conforme o Item 5 do Manual de Sinalização Hori-
Gravíssima 5x
pedestre contramão zontal (Res. 236/07), as marcas longitudinais contínuas
Ponte/ Pela (LMS - brancas ou LFO - amarelas) tem poder de regula-
Gravíssima 5x mentação de proibição de ultrapassagem e transposição.
viaduto/túnel contramão
Veículos
Pela Art. 207. Executar operação de conversão à direita
parados em Gravíssima 5x
contramão ou à esquerda em locais proibidos pela sinalização:
fila
Infração - grave;
Faixa contí- Pela Penalidade - multa.
Gravíssima 5x
nua amarela contramão
Veículo em Conforme o art. 37 do CTB, nas vias providas de acos-
cortejo, des- tamento, a conversão à esquerda e a operação de retor-
file, préstito, Leve - no deverão ser feitas nos locais apropriados e, onde estes
formação não existirem, o condutor deverá aguardar no acosta-
militar mento, à direita, para cruzar a pista com segurança.
Veículos
Art. 208. Avançar o sinal vermelho do semáforo ou
parados em Grave -
o de parada obrigatória, exceto onde houver sina-
fila
lização que permita a livre conversão à direita pre-
vista no art. 44-A deste Código: (Lei n° 14.071/2020)

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


Art. 204. Deixar de parar o veículo no acostamento Infração - gravíssima;
à direita, para aguardar a oportunidade de cruzar Penalidade - multa.
a pista ou entrar à esquerda, onde não houver local
apropriado para operação de retorno: Avanço de sinal é gravíssimo. A Resolução n°
Infração - grave; 483/14 do CONTRAN regulamenta a sinalização sema-
Penalidade - multa.
fórica. Por exemplo, a luz vermelha intermitente,
para o pedestre, indica o término do direito de iniciar
Conforme o art. 37 do CTB, nas vias providas de
a travessia. Sua duração deve permitir a conclusão
acostamento, a conversão à esquerda e a operação de
das travessias iniciadas no tempo de verde. Lembre-
retorno deverão ser feitas nos locais apropriados e,
onde estes não existirem, o condutor deverá aguardar -se que há uma exceção a partir de abril de 2021: onde
no acostamento, à direita, para cruzar a pista com segu- houver sinalização que permita a livre conversão à
rança. Infração comum em nossas rodovias. Muitos con- direita será possível avançar o semáforo.
dutores são imprudentes e entram direto à esquerda.
Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio viá-
Art. 205. Ultrapassar veículo em movimento que rio com ou sem sinalização ou dispositivos auxi-
integre cortejo, préstito, desfile e formações milita- liares, deixar de adentrar às áreas destinadas à
res, salvo com autorização da autoridade de trânsi- pesagem de veículos ou evadir-se para não efetuar
to ou de seus agentes: o pagamento do pedágio:
Infração - leve; Infração - grave;
Penalidade - multa. Penalidade - multa. 67
Neste artigo temos três condutas. Você deve lem- Art. 214. Deixar de dar preferência de passagem a
brar que o bloqueio não é policial. Lembro também pedestre e a veículo não motorizado:
que, conforme o art. 278 do CTB, ao condutor que I - que se encontre na faixa a ele destinada;
se evadir da fiscalização, não submetendo veículo à II - que não haja concluído a travessia mesmo que
pesagem obrigatória nos pontos de pesagem, fixos ou ocorra sinal verde para o veículo;
móveis, será aplicada a penalidade prevista no art. III - portadores de deficiência física, crianças, ido-
209, além da obrigação de retornar ao ponto de eva- sos e gestantes:
são para fim de pesagem obrigatória. Infração - gravíssima;
A Portaria n° 179/15 do DENATRAN estabelece os Penalidade - multa.
requisitos específicos mínimos do sistema automático
não metrológico para a fiscalização da infração “eva- Não existirá infração quando houver sinalização
dir-se para não efetuar o pagamento do pedágio”, pre- semafórica que indique sinal verde para o veículo,
vista no art. 209 do CTB. exceto se o pedestre já tiver iniciado a travessia, neste
caso enquadrar no art. 214, IV.
Art. 210. Transpor, sem autorização, bloqueio viá-
rio policial:
IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que
Infração - gravíssima;
não haja sinalização a ele destinada;
Penalidade - multa, apreensão do veículo e suspen-
V - que esteja atravessando a via transversal para
são do direito de dirigir;
Medida administrativa - remoção do veículo e reco- onde se dirige o veículo:
lhimento do documento de habilitação. Infração - grave;
Penalidade - multa.
O bloqueio viário policial caracteriza-se pela presen-
ça de cones, cavaletes, viatura(s) etc., posicionados de Conforme o art. 38 do CTB, parágrafo único, duran-
forma a limitar ou impedir a passagem dos veículos em te a manobra de mudança de direção, o condutor
um ou ambos os sentidos. Pode ocorrer quando se dese- deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos
ja abordar algum veículo especificamente, que tenha veículos que transitem em sentido contrário pela fai-
envolvimento em algum delito, em fiscalização de roti- xa da via da qual vai sair, respeitadas as normas de
na ou em orientação de trânsito próxima a polos gera- preferência de passagem.
dores de tráfego (acidentes, obras, eventos etc.). Veja que
esta infração de “furar blitz” é gravíssima, mas não há Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem:
fator multiplicativo. No entanto, existe a penalidade de I - em interseção não sinalizada:
suspensão do direito de dirigir, além da multa, é claro. a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou
rotatória;
Art. 211. Ultrapassar veículos em fila, parados em b) a veículo que vier da direita;
razão de sinal luminoso, cancela, bloqueio viário II - nas interseções com sinalização de regulamen-
parcial ou qualquer outro obstáculo, com exceção tação de Dê a Preferência:
dos veículos não motorizados: Infração - grave;
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Penalidade - multa.

Conforme o art. 29, III do CTB, quando veículos,


Só pode ocorrer em vias com duas ou mais faixas
em um mesmo sentido. Se for pela contramão é infra- transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem
ção gravíssima (art. 203, IV) de local não sinalizado, terá preferência de passagem:
no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodo-
Art. 212. Deixar de parar o veículo antes de trans- via, aquele que estiver circulando por ela; no caso de
por linha férrea: rotatória, aquele que estiver circulando por ela; nos
Infração - gravíssima; demais casos, o que vier pela direita do condutor.
Penalidade - multa.
INFRAÇÕES DE DEIXAR DE DAR PREFERÊNCIA DE
Conforme o art. 29, XII do CTB, os veículos que se PASSAGEM
deslocam sobre trilhos terão preferência de passagem SITUAÇÃO NATUREZA OBSERVAÇÃO
sobre os demais, respeitadas as normas de circulação.
Pedestre ou veículo não
Gravíssima -
motorizado na sua faixa
Art. 213. Deixar de parar o veículo sempre que a
respectiva marcha for interceptada: Pedestre na sua faixa, sem
concluir travessia (sinal verde Gravíssima -
I - por agrupamento de pessoas, como préstitos,
para os veículos)
passeatas, desfiles e outros:
Infração - gravíssima; Deficientes, idosos, gestan-
Gravíssima -
Penalidade - multa. tes e crianças
II - por agrupamento de veículos, como cortejos, Pedestre sem faixa Grave -
formações militares e outros:
Pedestre atravessando na
Infração - grave; Grave -
transversal
Penalidade - multa.
Veículo em rotatória/rodovia Interseção não
Grave
e quem vier da direita sinalizada
Deixar de parar, quando a marcha for intercepta-
da por agrupamento de pessoas é gravíssima, já se for Veículo em sinalização (dê a Interseção
Grave
preferência) sinalizada
68 agrupamento de veículos é grave.
Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade
adequadamente posicionado para ingresso na via e inferior à metade da velocidade máxima estabeleci-
sem as precauções com a segurança de pedestres e da para a via, retardando ou obstruindo o trânsito, a
de outros veículos:
Infração - média; menos que as condições de tráfego e meteorológicas
Penalidade - multa. não o permitam, salvo se estiver na faixa da direita:
Infração - média;
Conforme o art. 36 do CTB, o condutor que for Penalidade - multa.
ingressar numa via, procedente de um lote lindeiro a
essa via, deverá dar preferência aos veículos e pedes- Já a Velocidade Mínima não poderá ser inferior à
tres que por ela estejam transitando.
metade da velocidade máxima estabelecida, respeitadas
Art. 217. Entrar ou sair de fila de veículos estacio- as condições operacionais de trânsito (engarrafamento)
nados sem dar preferência de passagem a pedestres e da via (rodovias esburacadas). Tenha em mente que só
e a outros veículos: poderá ser autuado o motorista que estiver na faixa da
Infração - média;
esquerda e retardando ou obstruindo o trânsito.
Penalidade - multa.

Conforme o art. 38 do CTB, parágrafo único, duran- Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo
te a manobra de mudança de direção, o condutor de forma compatível com a segurança do trânsito:
deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos I - quando se aproximar de passeatas, aglomera-
veículos que transitem em sentido contrário pela fai- ções, cortejos, préstitos e desfiles:
xa da via da qual vai sair, respeitadas as normas de Infração - gravíssima;
preferência de passagem. Penalidade - multa;
II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controla-
Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxi-
ma permitida para o local, medida por instrumento do pelo agente da autoridade de trânsito, mediante
ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito sinais sonoros ou gestos;
rápido, vias arteriais e demais vias: (Redação dada III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio)
pela Lei n° 11.334, de 2006) ou acostamento;
I - quando a velocidade for superior à máxima em
IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção
até 20% (vinte por cento): (Redação dada pela Lei
n° 11.334, de 2006) não sinalizada;
Infração - média; (Redação dada pela Lei n° 11.334, V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja
de 2006) cercada;
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei n° VI - nos trechos em curva de pequeno raio;
11.334, de 2006)
VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com
II - quando a velocidade for superior à máxima em
mais de 20% (vinte por cento) até 50% (cinquenta por advertência de obras ou trabalhadores na pista;
cento): (Redação dada pela Lei n° 11.334, de 2006) VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes;
Infração - grave;(Redação dada pela Lei n° 11.334, IX - quando houver má visibilidade;
de 2006) X - quando o pavimento se apresentar escorrega-
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei n°
dio, defeituoso ou avariado;
11.334, de 2006)
III - quando a velocidade for superior à máxima em XI - à aproximação de animais na pista;
mais de 50% (cinquenta por cento): (Incluído pela XII - em declive;
Lei n° 11.334, de 2006) Infração - grave;
Infração - gravíssima; (Lei n° 14.071, de 2020) Penalidade - multa;
Penalidade - multa 3 (três) vezes e suspensão do
direito de dirigir (Lei n° 14.071, de 2020) XIII - ao ultrapassar ciclista: ( Lei n° 14.071 de 2020)
XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, esta-
ções de embarque e desembarque de passageiros ou
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
Conforme o art. 43 do CTB, ao regular a velocidade,
o condutor deverá observar constantemente as condi- onde haja intensa movimentação de pedestres:
ções físicas da via, do veículo e da carga, as condições Infração - gravíssima;
meteorológicas e a intensidade do trânsito, obedecendo Penalidade - multa.
aos limites máximos de velocidade estabelecidos para
a via. A Resolução n° 798/20 do CONTRAN estabelece os
Importante resumirmos as informações contidas
requisitos para a fiscalização de velocidade. Finalmen-
te, em 2020, retiraram a suspensão imediata do direito neste artigo. Vejamos:
de dirigir como penalidade. A suspensão continua, mas
não de forma imediata o que era um grande equívoco. INFRAÇÕES DE DEIXAR DE REDUZIR VELOCIDADE
DE FORMA COMPATÍVEL
INFRAÇÕES DE TRANSITAR EM VELOCIDADE ACIMA DA
PERMITIDA SITUAÇÃO NATUREZA
Fator
Situação Natureza
Multiplicativo
Penalidade Aproximar de passeatas, aglome-
rações, cortejos, préstitos e des- Gravíssima
Até 20% da
máxima
Média Não há Multa files e ao ultrapassar ciclista
Mais de 20% Escolas hospitais, estações de
Grave Não há Multa
até 50% embarque e desembarque de
Gravíssima
Multa + suspensão passageiros ou onde haja intensa
Mais de 50% Gravíssima 3x
do direito de dirigir movimentação de pedestres 69
Penalidade - multa.
INFRAÇÕES DE DEIXAR DE REDUZIR VELOCIDADE
DE FORMA COMPATÍVEL
Segundo o art. 1° da Resolução n° 36/98, o condu-
SITUAÇÃO NATUREZA tor deve acionar de imediato as luzes de advertência
(pisca-alerta) providenciando a colocação do triângu-
Local controlado por agente de lo de sinalização ou equipamento similar à distância
trânsito mínima de 30 metros da parte traseira do veículo. O
Calçada - acostamento- in- equipamento de sinalização de emergência deverá
terseção não sinalizada- vias ser instalado perpendicularmente ao eixo da via, e em
rurais (não cercada) - curva de condição de boa visibilidade.
pequeno raio- local com obras e
trabalhadores Grave Art. 226. Deixar de retirar todo e qualquer objeto
Chuva neblina, cerração ou ven- que tenha sido utilizado para sinalização temporá-
tos fortes ria da via:
Infração - média;
Local com má visibilidade - pavi- Penalidade - multa.
mento se apresentar escorrega-
dio, defeituoso ou avariado Conforme o art. 26, I do CTB, os usuários das vias
Animais na pista terrestres devem abster-se de todo ato que possa cons-
tituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos,
de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a
Art. 221. Portar no veículo placas de identifica-
propriedades públicas ou privadas;
ção em desacordo com as especificações e modelos
estabelecidos pelo CONTRAN:
Infração - média; Art. 227. Usar buzina:
Penalidade - multa; I - em situação que não a de simples toque breve
Medida administrativa - retenção do veículo para como advertência ao pedestre ou a condutores de
regularização e apreensão das placas irregulares. outros veículos;
Parágrafo único. Incide na mesma penalidade aque- II - prolongada e sucessivamente a qualquer
le que confecciona, distribui ou coloca, em veículo pretexto;
próprio ou de terceiros, placas de identificação não III - entre as vinte e duas e as seis horas;
autorizadas pela regulamentação. IV - em locais e horários proibidos pela sinalização;
V - em desacordo com os padrões e frequências
estabelecidas pelo CONTRAN:
Conforme Resolução n° 780/19, a nova placa
Infração - leve;
do MERCOSUL é o novo padrão de placas no Brasil. Penalidade - multa.
Segundo a nova lei, a partir de 2021, não será mais
pontuada no prontuário do proprietário. Perceba que todas as infrações de buzina são de
natureza leve. Lembrando que entre 22h e 6 h é proi-
Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de
bido acionamento de buzina em qualquer hipótese. E
atendimento de emergência, o sistema de ilumina-
outra: só buzine em toque breve, buzinas prolongadas
ção vermelha intermitente dos veículos de polícia,
servem apenas para causar perturbação.
de socorro de incêndio e salvamento, de fiscalização
de trânsito e das ambulâncias, ainda que parados:
Infração - média; Art. 228. Usar no veículo equipamento com som em
Penalidade - multa. volume ou frequência que não sejam autorizados
Art. 223. Transitar com o farol desregulado ou com pelo CONTRAN:
o facho de luz alta de forma a perturbar a visão de Infração - grave;
outro condutor: Penalidade - multa;
Infração - grave; Medida administrativa - retenção do veículo para
Penalidade - multa; regularização.
Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização. A resolução n° 624/2016 passou a fazer nova regu-
lamentação sobre o tema. Antes as multas dependiam
Conforme o art. 40, II nas vias não iluminadas o de um equipamento chamado decibelímetro, certifi-
condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar com cado pelo INMETRO. Com a nova resolução, a autua-
outro veículo ou ao segui-lo. ção agora pode ser feita, “independente do volume ou
frequência”, bastando que o volume do som perturbe
Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis o sossego público. É importante, para que a infração se
em vias providas de iluminação pública: configure, que o som esteja realmente importunando
Infração - leve; alguém. Não basta que seja audível pela parte externa
Penalidade - multa. no veículo, apenas, pois isso dificilmente deixará de
Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a preve- ocorrer, mesmo estando o som com volume normal.
nir os demais condutores e, à noite, não manter acesas
as luzes externas ou omitir-se quanto a providências Art. 229. Usar indevidamente no veículo aparelho
necessárias para tornar visível o local, quando: de alarme ou que produza sons e ruído que pertur-
I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento bem o sossego público, em desacordo com normas
ou permanecer no acostamento; fixadas pelo CONTRAN:
II - a carga for derramada sobre a via e não puder Infração - média;
ser retirada imediatamente: Penalidade - multa e apreensão do veículo;
70 Infração - grave; Medida administrativa - remoção do veículo.
Conforme o art. 2° da Resolução n° 37/98, o dispo- VI - com qualquer uma das placas de identificação
sitivo sonoro do sistema, a que se refere o art. 1° desta sem condições de legibilidade e visibilidade:
Resolução, não poderá: Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo;
z I: produzir sons contínuos ou intermitentes asse-
VII - com a cor ou característica alterada;
melhados aos utilizados, privativamente, pelos
veículos de socorro de incêndio e salvamento, de
Conforme o art. 98 do CTB, nenhum proprietário
polícia, de operação e fiscalização de trânsito e ou responsável poderá, sem prévia autorização da
ambulância; autoridade competente, fazer ou ordenar que sejam
z II: emitir sons contínuos ou intermitentes de adver- feitas no veículo modificações de suas características
tência por um período superior a 1(um) minuto de fábrica. Segundo a Lei n° 14.071 de 2020, não é pas-
sível de pontuação na CNH esta infração.
Art. 230. Conduzir o veículo:
I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa VIII - sem ter sido submetido à inspeção de seguran-
ou qualquer outro elemento de identificação do veí- ça veicular, quando obrigatória;
culo violado ou falsificado;
A resolução n° 718 estabelece a forma e as condi-
A Resolução n° 24/98 do CONTRAN estabelece o cri- ções de implantação e operação do Programa de Ins-
tério de identificação de veículos, a que se refere o art. peção Técnica Veicular em atendimento ao disposto
114 do CTB no art. 104 da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997,
que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
II - transportando passageiros em compartimento
de carga, salvo por motivo de força maior, com per- IX - sem equipamento obrigatório ou estando este
missão da autoridade competente e na forma esta- ineficiente ou inoperante;
belecida pelo CONTRAN; X - com equipamento obrigatório em desacordo
com o estabelecido pelo CONTRAN;
A Resolução n° 508/14 do CONTRAN dispõe sobre
os requisitos de segurança para a circulação, a título Caso o mesmo veículo não possua dois ou mais equi-
precário, de veículo de carga ou misto transportando pamentos, ou apresente dois ou mais equipamentos ine-
passageiros no compartimento de cargas. Nessa reso- ficientes ou inoperantes, haverá somente uma autuação
lução, por exemplo, está previsto que é proibido utili- neste artigo. A Resolução n° 14 de 1998 e alterações esta-
zar veículos de carga tipo basculante e boiadeiro. belecem os equipamentos obrigatórios nos veículos.

XI - com descarga livre ou silenciador de motor de


III - com dispositivo anti-radar;
explosão defeituoso, deficiente ou inoperante;

O MBFT define antirradar como “equipamento ou


Conforme o art. 105, V do CTB, o veículo deverá
dispositivo que dificulta a leitura da placa ou detecção possuir dispositivo destinado ao controle de emissão
do registro da velocidade do veículo pelo equipamen- de gases poluentes e de ruído. O problema da descarga
to de detecção eletrônica”. Ou seja, não precisa ser livre acontece quando ela funciona apenas por um cano
necessariamente um equipamento eletrônico. A Pro- e não tem nenhum abafador ou silenciador. Isso torna o
curadoria Regional da República da 4ª Região sustenta barulho do escapamento muito mais alto. Por exemplo,
que a palavra antirradar referida no CTB é polissêmi- alguns motociclistas costumam furar o escapamento ou
ca, ou seja, possui mais de um significado. Segundo a mesmo retirar o miolo do silenciador. Isso acarreta um
Procuradoria, o termo “pode ser aplicado tanto para aumento significativo do ronco do motor e da quantida-
aparelho que neutraliza e inibe a atuação de radares de de fumaça liberada. Os limites de emissão de ruído
controladores de velocidade, quanto para aparelho são os estabelecidos pela Resolução 418/09 do Conama.
que detecta a atuação dos referidos radares”.

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


XII - com equipamento ou acessório proibido;
IV - sem qualquer uma das placas de identificação;
Conforme o art. 105, § 2°, do CTB, nenhum veículo
Conforme o art. 115 do CTB, o veículo será identifica- poderá transitar com equipamento ou acessório proi-
do externamente por meio de placas dianteira e traseira, bido, sendo o infrator sujeito às penalidades e medidas
sendo esta lacrada em sua estrutura, obedecidas as espe- administrativas previstas neste Código. Por exemplo,
cificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN. Rodas, seus elementos de fixação e seus enfeites, não
devem ter partes cortantes ou elementos protuberan-
V - que não esteja registrado e devidamente tes. (Resolução n° 426 de 2012). Alguns caminhoneiros,
licenciado; por exemplo, costumam colocar enfeites protuberantes
e cortantes nas rodas, sendo passível de autuação neste
artigo.
A Resolução n° 04/98 do CONTRAN dispõe sobre o
trânsito de veículos novos nacionais ou importados,
XIII - com o equipamento do sistema de iluminação
antes do registro e licenciamento (com alteração da e de sinalização alterados;
554/15). A Resolução n° 110/00, fixa o calendário para XIV - com registrador instantâneo inalterável de
renovação do Licenciamento Anual de Veículos, con- velocidade e tempo viciado ou defeituoso, quando
forme tabela abaixo, que deve ser utilizada para aque- houver exigência desse aparelho;
les veículos que estiverem transitando fora de sua UF
de origem, pois dentro da UF deve ser seguido o calen- Quando a agulha da velocidade não está efetuando o
dário fornecido pelo DETRAN estadual. registro no disco é um exemplo de defeito no tacógrafo. 71
XV - com inscrições, adesivos, legendas e símbo- XIX - sem acionar o limpador de para-brisa sob
los de caráter publicitário afixados ou pintados no chuva:
para-brisa e em toda a extensão da parte traseira Infração - grave;
do veículo, excetuadas as hipóteses previstas neste Penalidade - multa;
Código; Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização;
Conforme o art. 111 do CTB, é vedado, nas áreas XX - sem portar a autorização para condução de
envidraçadas do veículo: escolares, na forma estabelecida no art. 136:
Infração - gravíssima;
III - aposição de inscrições, películas refletivas ou Penalidade - multa (cinco vezes);
não, painéis decorativos ou pinturas, quando com- Medida administrativa – remoção do veículo;
prometer a segurança do veículo, na forma de regu-
lamentação do CONTRAN. Segundo o art. 137 do CTB, a autorização a que se
Parágrafo único. É proibido o uso de inscrição de refere o artigo anterior deverá ser afixada na parte
cará - ter publicitário ou qualquer outra que possa interna do veículo, em local visível, com inscrição da
desviar a atenção dos condutores em toda a exten- lotação permitida, sendo vedada a condução de esco-
são do para-brisas e da traseira dos veículos, salvo lares em número superior à capacidade estabelecida
se não colocar em risco a segurança do trânsito. pelo fabricante.

Segundo o art. 9° da Resolução 254/07, fora das XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e
áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade demais inscrições previstas neste Código;
do veículo, a aplicação de inscrições, pictogramas ou
painéis decorativos de qualquer espécie será permiti- Conforme o art. 117 do CTB, os veículos de trans-
da, desde que o veículo possua espelhos retrovisores porte de carga e os coletivos de passageiros deverão
externos direito e esquerdo e que sejam atendidas as conter, em local facilmente visível, a inscrição indica-
mesmas condições de transparência para o conjunto tiva de sua tara, do peso bruto total (PBT), do peso bru-
vidro-pictograma/inscrição. Transmitância luminosa to total combinado (PBTC) ou capacidade máxima de
permitida fora das áreas envidraçadas indispensáveis tração (CMT) e de sua lotação, vedado o uso em desa-
à dirigibilidade do veículo: no mínimo 28%. cordo com sua classificação.
A Resolução n° 290/08 disciplina a inscrição de pesos
XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por e capacidades em veículos de tração, de carga e de trans-
películas refletivas ou não, painéis decorativos ou porte coletivo de passageiros. Segundo a Lei n° 14.071 de
pinturas; 2020 não é passível de pontuação na CNH esta infração.

A transmissão luminosa não poderá ser inferior XXII - com defeito no sistema de iluminação, de
a 75% para os vidros incolores dos para-brisas e 70% sinalização ou com lâmpadas queimadas:
para os para-brisas coloridos e demais vidros indispen- Infração - média;
sáveis à dirigibilidade do veículo. Ficam excluídos dos Penalidade - multa.
limites fixados no caput deste artigo os vidros que não
interferem nas áreas envidraçadas indispensáveis à O artigo não prevê retenção para regularização.
dirigibilidade do veículo. para estes vidros, a transpa- Mas, levando em conta que o sistema de iluminação
rência não poderá ser inferior a 28%. Lembre-se que tem enorme relação com a segurança no trânsito, o
película refletiva não pode em nenhuma hipótese. agente fiscal deverá analisar caso a caso com prudên-
cia, antes de decidir liberar ou impedir o prossegui-
XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não mento do veículo, levando em conta a fase do dia, as
autorizadas pela legislação; condições climáticas e de tráfego.

Conforme o art. 111, II do CTB, as cortinas só são XXIII - em desacordo com as condições estabeleci-
autorizadas para os veículos que possuam espelhos das no art. 67-C, relativamente ao tempo de perma-
retrovisores em ambos os lados. nência do condutor ao volante e aos intervalos para
descanso, quando se tratar de veículo de transporte
XVIII - em mau estado de conservação, comprome- de carga ou coletivo de passageiros: (Redação dada
tendo a segurança, ou reprovado na avaliação de pela Lei n° 13.103, de 2015)
inspeção de segurança e de emissão de poluentes e Infração - média; (Redação dada pela Lei n° 13.103,
ruído, prevista no art. 104; de 2015)
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei n°
Conceituar um veículo em mau estado de conser- 13.103, de 2015)
vação é um pouco subjetivo. No entanto, os problemas Medida administrativa - retenção do veículo para
apresentados devem representar risco à segurança do cumprimento do tempo de descanso aplicável.
(Redação dada pela Lei n° 13.103, de 2015)
trânsito. Exemplos: pneus carecas, para-brisas trinca-
XXIV- (VETADO). (Incluído pela Lei n° 12.619, de
do, lataria desprendendo-se etc.
2012)
A Resolução n° 216 de 14 de dezembro de 2006, por
§ 1° Se o condutor cometeu infração igual nos últi-
exemplo, fixa exigências sobre condições de seguran- mos 12 (doze) meses, será convertida, automati-
ça e visibilidade dos condutores em para-brisas em camente, a penalidade disposta no inciso XXIII
veículos automotores, para fins de circulação nas vias em infração grave. (Incluído pela Lei n° 13.103, de
públicas. Nesta norma, o para-brisas em desacordo 2015)
com a resolução é conceituado como veículo em mau § 2° Em se tratando de condutor estrangeiro, a libe-
estado de conservação. Portanto, o agente deve lavrar ração do veículo fica condicionada ao pagamento
o auto de infração com tipificação exata no inciso ou ao depósito, judicial ou administrativo, da mul-
72 XVIII do art. 230 do CTB. ta. (Incluído pela Lei n° 13.103, de 2015)
Os artigos 67-A, 67-C e 67-E do CTB, alterados Penalidade - multa acrescida a cada duzentos qui-
pela Lei n° 13.103/15 (regulamentada pelo Decreto logramas ou fração de excesso de peso apurado,
8.433/15) contém as regras para o tempo de direção constante na seguinte tabela:
e descanso dos motoristas dos veículos de transporte a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32
(cinco reais e trinta e dois centavos); (Redação
rodoviário coletivo de passageiros e de carga.
dada pela Lei n° 13.281, de 2016) (Vigência)
A Resolução n° 525/15 do CONTRAN dispõe sobre
b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos qui-
a fiscalização do tempo de direção do motorista pro- logramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro
fissional. É vedado ao motorista profissional dirigir centavos); (Redação dada pela Lei n° 13.281, de
por mais de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas 2016) (Vigência)
nos veículos de transporte rodoviário coletivo de pas- c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilo-
sageiros ou de transporte rodoviário de cargas. gramas) - R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito
centavos); (Redação dada pela Lei n° 13.281, de
Art. 231. Transitar com o veículo: 2016) (Vigência)
I - danificando a via, suas instalações e d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogra-
equipamentos; mas) - R$ 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a centavos); (Redação dada pela Lei n° 13. 281, de
via: 2016) (Vigência)
a) carga que esteja transportando; e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil qui-
b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando; logramas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cin-
quenta e seis centavos); (Redação dada pela Lei n°
c) qualquer objeto que possa acarretar risco de
13.281, de 2016) (Vigência)
acidente:
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas)
Infração - gravíssima;
- R$ 53,20 (cinquenta e três reais e vinte centa-
Penalidade - multa;
vos); (Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016)
Medida administrativa - retenção do veículo para (Vigência)
regularização; Medida administrativa - retenção do veículo e
transbordo da carga excedente;
A Resolução n° 441/13 (alterada pela 499/14) estipu-
la os requisitos para o transporte de qualquer tipo de A Resolução n° 803, de 2020, regulamenta o assun-
sólido a granel em vias abertas à circulação pública. to. Na fiscalização de peso dos veículos por balança
Caso o veículo não esteja equipado com lona protetora, rodoviária serão admitidas as seguintes tolerâncias:
prevista na Resolução n° 441/13, só poderá prosseguir 5% (cinco por cento) sobre os limites de pesos regu-
após providenciar a colocação de uma lona. No trans- lamentares para o peso bruto total (PBT) e peso bruto
porte, de granéis, não se admite que a carga ultrapasse total combinado (PBTC) e 10% (dez por cento) sobre os
a altura normal das guardas laterais da carroçaria. limites de peso regulamentares por eixo de veículos
transmitidos à superfície das vias públicas.
III - produzindo fumaça, gases ou partículas em
níveis superiores aos fixados pelo CONTRAN; VI - em desacordo com a autorização especial,
expedida pela autoridade competente para transi-
A Resolução n° 452/13, complementada pela Porta- tar com dimensões excedentes, ou quando a mesma
ria 38/14 do DENATRAN, dispõe sobre os procedimentos estiver vencida:
Infração - grave;
a serem adotados pelas autoridades de trânsito e seus
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
agentes na fiscalização das emissões de gases de escapa-
Medida administrativa - remoção do veículo;
mento de veículos automotores de que trata o artigo 231,
III, do CTB. Não configura infração a substituição parcial
Segundo o art. 101 do CTB, ao veículo ou combi-
ou total do sistema de escapamento original por outro nação de veículos utilizados no transporte de carga
similar, desde que respeitados os limites de emissões de indivisível, que não se enquadre nos limites de peso
gases e poluentes e seja certificado pelo INMETRO. e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
concedida, pela autoridade com circunscrição sobre
IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores a via, autorização especial de trânsito, com prazo cer-
aos limites estabelecidos legalmente ou pela sinali- to, válida para cada viagem, atendidas as medidas
zação, sem autorização: de segurança consideradas necessárias. Quando um
Infração - grave; veículo excede dimensões, deve-se expedir uma AET
Penalidade - multa; para que possa circular com excesso de dimensões.
Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização; VII - com lotação excedente;

Conforme o art. 99 do CTB, somente poderá Segundo o art. 100 do CTB, nenhum veículo ou
transitar pelas vias terrestres o veículo cujo peso e combinação de veículos poderá transitar com lota-
dimensões atenderem aos limites estabelecidos pelo ção de passageiros, com peso bruto total, ou com peso
CONTRAN. A Resolução n° 210/06, estabelece os limi- bruto total combinado com peso por eixo, superior ao
tes de peso e dimensões para veículos que transitem fixado pelo fabricante, nem ultrapassar a capacidade
por vias terrestres e dá outras providências. máxima de tração da unidade tratora.

V - com excesso de peso, admitido percentual de VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas
tolerância quando aferido por equipamento, na for- ou bens, quando não for licenciado para esse fim,
ma a ser estabelecida pelo CONTRAN: salvo casos de força maior ou com permissão da
Infração - média; autoridade competente: 73
Infração - média; Esta autuação é difícil aplicação e é de responsabili-
Penalidade - multa; dade do DETRAN estadual. Segundo a Lei n° 14.071 de
Medida administrativa - retenção do veículo; 2020 não é passível de pontuação na CNH esta infração.

Conforme o art. 135 do CTB, os veículos de aluguel, Art. 234. Falsificar ou adulterar documento de
destinados ao transporte individual ou coletivo de habilitação e de identificação do veículo:
passageiros de linhas regulares ou empregados em Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
qualquer serviço remunerado, para registro, licencia-
Medida administrativa - remoção do veículo.
mento e respectivo emplacamento de característica
comercial, deverão estar devidamente autorizados
A Resolução n° 598/16 regulamenta a expedição do
pelo poder público concedente. documento único da CNH, com novo leiaute e requisi-
tos de segurança, a partir de 01/01/2017.
IX - desligado ou desengrenado, em declive:
Infração - média; Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas
Penalidade - multa; partes externas do veículo, salvo nos casos devida-
Medida administrativa - retenção do veículo. mente autorizados:
X - excedendo a capacidade máxima de tração: Infração - grave;
Infração - de média a gravíssima, a depender da Penalidade - multa;
relação entre o excesso de peso apurado e a capaci- Medida administrativa - retenção do veículo para
dade máxima de tração, a ser regulamentada pelo transbordo.
CONTRAN;
Penalidade - multa; A Resolução n° 349/10 do CONTRAN dispõe sobre o
Medida administrativa - retenção do veículo e transporte eventual de cargas ou de bicicletas nos veí-
transbordo de carga excedente. culos classificados nas espécies automóvel, caminho-
Parágrafo único. Sem prejuízo das multas previstas nete, camioneta e utilitário. Entende-se como partes
nos incisos V e X, o veículo que transitar com exces- externas todo local que não seja o interior do habitá-
so de peso ou excedendo à capacidade máxima de culo dos passageiros ou do compartimento de carga.
tração, não computado o percentual tolerado na
forma do disposto na legislação, somente poderá Art. 236. Rebocar outro veículo com cabo flexível
continuar viagem após descarregar o que exceder, ou corda, salvo em casos de emergência:
segundo critérios estabelecidos na referida legisla- Infração - média;
ção complementar. Penalidade - multa.
Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de
porte obrigatório referidos neste Código: Se o reboque for feito de forma a evitar um mal
Infração - leve; maior, não configura infração. Por exemplo: veículo
Penalidade - multa; com pane mecânica sobre ponte ou viaduto ou em
Medida administrativa - retenção do veículo até a local com acostamento estreito. Neste caso, o veículo
apresentação do documento. deverá ser imobilizado novamente no local mais pró-
ximo que ofereça segurança, até que seja providencia-
Segundo a Resolução n° 205, os documentos de porte do um socorro adequado.
obrigatório são: o CRLV/CLA, CNH, Autorização para Con-
duzir Ciclomotor (ACC) e Permissão para dirigir (PPD), em Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo
versões originais. No entanto o porte do CRLV foi mitiga- com as especificações, e com falta de inscrição e
simbologia necessárias à sua identificação, quando
do, não sendo obrigatório se o agente fiscalizador tiver
exigidas pela legislação:
acesso ao sistema para consulta do licenciamento. Infração - grave;
Inclusive convém salientar que temos as suas versões Penalidade - multa;
digitais, não sendo necessário o porte do documento físi- Medida administrativa - retenção do veículo para
co, quando portar o documento digital no aplicativo. É regularização.
o que preconiza a Resolução do CONTRAN n° 718 (CNH)
e n° 788 (CRLV). Para efeitos de conhecimento, os veí- A Resolução n° 290/08 disciplina a inscrição de
culos estrangeiros registrados nos países integrantes do pesos e capacidades em veículos de tração, de carga e
MERCOSUL devem portar o Certificado de Apólice Única de transporte coletivo de passageiros.
do Seguro de Responsabilidade Civil (Seguro “Carta- Ver-
de”) quando transitarem nos países integrantes deste Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de
tratado. É um documento de porte obrigatório. trânsito ou a seus agentes, mediante recibo, os
documentos de habilitação, de registro, de licen-
O presente seguro tem por objeto indenizar terceiros
ciamento de veículo e outros exigidos por lei, para
ou reembolsar o segurado pelos montantes pelos quais averiguação de sua autenticidade:
seja civilmente responsável (morte, danos pessoais e Infração - gravíssima;
despesas hospitalares). Segundo a Lei n° 14.071 de 2020 Penalidade - multa e apreensão do veículo;
não é passível de pontuação na CNH esta infração. Medida administrativa - remoção do veículo.

Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no Esta infração se configura quando o condutor, de
prazo de trinta dias, junto ao órgão executivo de forma intencional, procura colocar obstáculos à fis-
trânsito, ocorridas as hipóteses previstas no art. calização, seja por ocupar cargo na administração
123: pública, ser membro de entidade de classe, ter posi-
Infração - média; (Lei n° 14.071 de 2020) ção social privilegiada, ou simplesmente para obter
Penalidade - multa; algum tipo de vantagem ou evitar ser autuado por
74 Medida administrativa - remoção do veículo. infração existente.
Nestes casos, devemos ter em mente que o Agente II - transportando passageiro sem o capacete de
de Trânsito, quando em efetivo serviço, representa o segurança, na forma estabelecida no inciso ante-
Estado, e ninguém está acima das leis vigentes. rior, ou fora do assento suplementar colocado atrás
do condutor ou em carro lateral;
Art. 239. Retirar do local veículo legalmente retido III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se ape-
para regularização, sem permissão da autoridade nas em uma roda;
competente ou de seus agentes: IV – Vetado. (lei n° 14.071 de 2020)
Infração - gravíssima; V - transportando criança menor de 10 (dez) anos
Penalidade - multa e apreensão do veículo; de idade ou que não tenha, nas circunstâncias, con-
Medida administrativa - remoção do veículo. dições de cuidar da própria segurança: (lei n° 14.071
Art. 240. Deixar o responsável de promover a baixa de 2020)
do registro de veículo irrecuperável ou definitiva- Infração - gravíssima;
mente desmontado: Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Infração - grave; Medida administrativa - retenção do veículo até
Penalidade - multa;
regularização e recolhimento do documento de
Medida administrativa - Recolhimento do Certifi-
habilitação; (lei n° 14.071 de 2020)
cado de Registro e do Certificado de Licenciamento
Anual.
A Resolução n° 356/10 trata do transporte remune-
O proprietário de veículo irrecuperável, ou des- rado em motocicleta/motoneta. Veja que aqui ainda
tinado à desmontagem, deverá requerer a baixa do há a penalidade de suspensão da CNH.
registro, no prazo e forma estabelecidos pelo CON-
TRAN, vedada a remontagem do veículo sobre o VI - rebocando outro veículo;
mesmo chassi de forma a manter o registro anterior. VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos,
Segundo a lei n° 14.071 de 2020 não é passível de pon- salvo eventualmente para indicação de manobras;
tuação na CNH esta infração. VIII – transportando carga incompatível com suas
especificações ou em desacordo com o previsto no
Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro § 2° do art. 139-A desta Lei; (Redação dada pela Lei
do veículo ou de habilitação do condutor: n° 12.2009, de 2009)
Infração - leve; IX – efetuando transporte remunerado de merca-
Penalidade - multa. dorias em desacordo com o previsto no art. 139-A
desta Lei ou com as normas que regem a atividade
A Resolução n° 544 /15 estabelece a classificação profissional dos mototaxistas: (Incluído pela Lei n°
de danos decorrentes de acidentes, os procedimentos 12.2009, de 2009)
para a regularização, transferência e baixa dos veícu- Infração – grave; (Incluído pela Lei n° 12.2009, de
los envolvidos. Segundo a lei n° 14.071 de 2020, não é 2009)
passível de pontuação na CNH esta infração. Penalidade – multa; (Incluído pela Lei n° 12.2009,
de 2009)
Art. 242. Fazer falsa declaração de domicílio para Medida administrativa – apreensão do veículo para
fins de registro, licenciamento ou habilitação: regularização. (Incluído pela Lei n° 12.2009, de
Infração - gravíssima; 2009)
Penalidade - multa. X - com a utilização de capacete de segurança sem
viseira ou óculos de proteção ou com viseira ou
Conforme o art. 299 do CP, é crime de falsidade ideoló- óculos de proteção em desacordo com a regulamen-
gica omitir, em documento público ou particular, declara- tação do CONTRAN;
ção que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir XI - transportando passageiro com o capacete de
declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com segurança utilizado na forma prevista no inciso X
o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a do caput deste artigo:
Infração - média;
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
verdade sobre fato juridicamente relevante.
Penalidade - multa;
Art. 243. Deixar a empresa seguradora de comu- Medida administrativa - retenção do veículo até
nicar ao órgão executivo de trânsito competente a regularização;
ocorrência de perda total do veículo e de lhe devol-
ver as respectivas placas e documentos: Vamos estudar agora as infrações dos veículos
Infração - grave; categoria A:
Penalidade - multa;
Medida administrativa - Recolhimento das placas e
INFRAÇÕES MOTOCICLETAS/MOTONETAS/
dos documentos.
CICLOMOTORES
Não há veículo relacionado. Infração de responsa- SITUAÇÃO NATUREZA PENALIDADE
bilidade do promotor do evento. A autuação se dará
nos termos da Resolução n° 390/11, em talões ou siste- Condutor -
Multa +
mas específicos. passageiro sem
Gravíssima suspensão do
capacete vestuário
direito de dirigir
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e de proteção
ciclomotor: Malabarismo ou Multa +
I - sem usar capacete de segurança ou vestuário de equilibrar-se em Gravíssima suspensão do
acordo com as normas e as especificações aprova- apenas uma roda direito de dirigir
das pelo CONTRAN; (lei n° 14.071 de 2020) 75
Não há um veículo relacionado. Infração de res-
INFRAÇÕES MOTOCICLETAS/MOTONETAS/
ponsabilidade da pessoa física ou jurídica proprietá-
CICLOMOTORES
ria do estabelecimento ou do imóvel, conforme o caso.
SITUAÇÃO NATUREZA PENALIDADE
Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à
Farol apagado livre circulação, à segurança de veículo e pedestres,
(art. 250) - Lei Média Multa tanto no leito da via terrestre como na calçada, ou
14.071/20 obstaculizar a via indevidamente:
Infração - gravíssima;
Transportando Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a
criança menor Multa + critério da autoridade de trânsito, conforme o risco
de 10 anos ou Gravíssima suspensão do à segurança.
que não cuida da direito de dirigir Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pes-
própria segurança soa física ou jurídica responsável pela obstrução,
devendo a autoridade com circunscrição sobre a
Rebocando outro via providenciar a sinalização de emergência, às
Grave Multa
veículo expensas do responsável, ou, se possível, promover
a desobstrução.
Guidom sem as 02
Grave Multa
mãos
Conforme o art. 94 do CTB, qualquer obstáculo que
Transportando interfira na livre circulação e na segurança de veículos
Grave Multa e pedestres, tanto na via quanto na calçada, caso não
carga incompatível
possa ser retirado, deve ser devida e imediatamente
Efetuando irregular sinalizado. Segundo o art. 36 da LCP, é considerado
transporte contravenção deixar de colocar na via pública sinal
Grave Multa
remunerado de ou obstáculo determinado em lei ou pela autoridade e
mercadorias destinado a evitar perigo a transeuntes
Capacete sem
Art. 247. Deixar de conduzir pelo bordo da pista
viseira ou óculos de rolamento, em fila única, os veículos de tração
de proteção ou ou propulsão humana e os de tração animal, sem-
viseira e óculos pre que não houver acostamento ou faixa a eles
Média Multa
em desacordo destinados:
com o CONTRAN Infração - média;
(condutor e Penalidade - multa.
passageiro)
Conforme o art. 52 do CTB, os veículos de tração
animal serão conduzidos pela direita da pista, junto
§ 1° Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III,
à guia da calçada (meio-fio) ou acostamento, sem-
VII e VIII, além de:
pre que não houver faixa especial a eles destinada,
a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assen-
devendo seus condutores obedecer, no que couber, às
to especial a ele destinado;
normas de circulação previstas neste Código e às que
b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias,
vierem a ser fixadas pelo órgão ou entidade com cir-
salvo onde houver acostamento ou faixas de rola-
cunscrição sobre a via.
mento próprias;
c) transportar crianças que não tenham, nas circuns-
Art. 248. Transportar em veículo destinado ao
tâncias, condições de cuidar de sua própria segurança.
transporte de passageiros carga excedente em
§ 2° Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alínea
desacordo com o estabelecido no art. 109:
b do parágrafo anterior: Infração - grave;
Infração - média; Penalidade - multa;
Penalidade - multa. Medida administrativa - retenção para o
Ciclomotores não podem trafegar em rodovias e transbordo.
vias de trânsito rápido.
§ 3° A restrição imposta pelo inciso VI do caput Segundo o art. 109 do CTB, o transporte de carga
deste artigo não se aplica às motocicletas e moto- em veículos destinados ao transporte de passageiros
netas que tracionem semi-reboques especialmente só pode ser realizado de acordo com as normas esta-
projetados para esse fim e devidamente homologa- belecidas pelo CONTRAN.
dos pelo órgão competente. (Incluído pela Lei n° Conforme a Resolução n° 26/98, o transporte de car-
10.517, de 2002) ga em veículos destinados ao transporte de passageiros,
Art. 245. Utilizar a via para depósito de mercado- do tipo ônibus, micro-ônibus, ou outras categorias, está
rias, materiais ou equipamentos, sem autorização autorizado, desde que observadas as exigências desta
do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição Resolução, bem como os regulamentos dos respectivos
sobre a via: poderes concedentes dos serviços. A carga só poderá
Infração - grave; ser acomodada em compartimento próprio, separado
Penalidade - multa; dos passageiros, que no ônibus é o bagageiro.
Medida administrativa - remoção da mercadoria
ou do material. Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as luzes
Parágrafo único. A penalidade e a medida adminis- de posição, quando o veículo estiver parado, para
trativa incidirão sobre a pessoa física ou jurídica fins de embarque ou desembarque de passageiros e
76 responsável. carga ou descarga de mercadorias:
Infração - média; Conforme o art. 310 do CTB, constitui crime de
Penalidade - multa. trânsito permitir, confiar ou entregar a direção de
Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento: veículo automotor a pessoa não habilitada, com habi-
I - deixar de manter acesa a luz baixa: (Lei n° 14.071 litação cassada ou com o direito de dirigir suspenso,
de 2020)
ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou
a) durante a noite;
mental, ou por embriaguez, não esteja em condições
b) de dia, em túneis e sob chuva, neblina ou
cerração; de conduzi-lo com segurança.
c) de dia, no caso de veículos de transporte coletivo O inciso III parece meio vago, mas podemos colo-
de passageiros em circulação em faixas ou pistas a car um condutor com braço engessado ou condutor
eles destinadas; febril e doente.
d) de dia, no caso de motocicletas, motonetas e No inciso IV, podemos concluir que dirigir descal-
ciclomotores; ço não é infração e que usar um tamanco é completa-
e) de dia, em rodovias de pista simples situadas mente inapropriado.
fora dos perímetros urbanos, no caso de veículos Quanto ao inciso VI, segundo o MBFT, não haverá
desprovidos de luzes de rodagem diurna;
infração se apenas um dos fones estiver sendo utilizado.
II - revogado; (Lei n° 14.071 de 2020)
III - deixar de manter a placa traseira iluminada,
à noite;
Infração - média; Importante!
Penalidade - multa.
Na parte de infrações “anatômicas”, houve
uma mudança: segurar ou manusear o celular,
Veja que foi retirado do CTB a obrigação de uso de
luz baixa nas rodovias, embora continue a obrigação enquanto dirigir um veículo é infração de nature-
fora de perímetro urbano em rodovia de pista sim- za é gravíssima. O resto das infrações anatômi-
ples. Perceba também que grande parte das infrações cas (braços, ouvidos, pés, pernas) continuam de
de luzes são de natureza média. Excepcionam as luzes natureza média.
altas usadas de forma a perturbar outros condutores
ou em via pública durante o dia. A infração da luz de
direção (seta) também não é média, e sim, grave. Art. 253. Bloquear a via com veículo:
Infração - gravíssima;
Art. 251. Utilizar as luzes do veículo: Penalidade - multa e apreensão do veículo;
I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situa- Medida administrativa - remoção do veículo.
ções de emergência; Art. 253-A. Usar qualquer veículo para, deliberada-
II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas mente, interromper, restringir ou perturbar a circu-
seguintes situações: lação na via sem autorização do órgão ou entidade
a) a curtos intervalos, quando for conveniente de trânsito com circunscrição sobre ela: (Incluído
advertir a outro condutor que se tem o propósito pela Lei n° 13. 281, de 2016)
de ultrapassá-lo; Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei n° 13.281,
b) em imobilizações ou situação de emergência, de 2016)
como advertência, utilizando pisca-alerta; Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão do
c) quando a sinalização de regulamentação da via direito de dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela
determinar o uso do pisca-alerta: Lei n° 13.281, de 2016)
Infração - média; Medida administrativa - remoção do veículo.
Penalidade - multa. (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
Art. 252. Dirigir o veículo: § 1° Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta)
I - com o braço do lado de fora; vezes aos organizadores da conduta prevista no
II - transportando pessoas, animais ou volume à caput. (Incluído pela Lei n° 13. 281, de 2016)
sua esquerda ou entre os braços e pernas; §2° Aplica-se em dobro a multa em caso de reinci-
III - com incapacidade física ou mental temporária dência no período de 12 (doze) meses. (Incluído pela
que comprometa a segurança do trânsito;
Lei n° 13.281, de 2016)
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que
§ 3° As penalidades são aplicáveis a pessoas físicas
comprometa a utilização dos pedais;
ou jurídicas que incorram na infração, devendo a
V - com apenas uma das mãos, exceto quando
autoridade com circunscrição sobre a via restabe-
deva fazer sinais regulamentares de braço, mudar
a marcha do veículo, ou acionar equipamentos e lecer de imediato, se possível, as condições de nor-
acessórios do veículo; malidade para a circulação na via. (Incluído pela
VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a Lei n° 13.281, de 2016)
aparelhagem sonora ou de telefone celular;
Infração - média; Esta norma surgiu, coincidentemente, quando
Penalidade - multa. houve uma paralisação de caminhoneiros que fecha-
VII - realizando a cobrança de tarifa com o veícu- ram as rodovias em alguns pontos do país. Perceba
lo em movimento: (Incluído pela Lei n° 13.154, de que a penalidade é pesada para os participantes e
2015) ainda pior para os organizadores. Uma multa para os
Infração - média; (Incluído pela Lei n° 13.154, de
organizadores, por exemplo, pode chegar a R$ 293,47
2015)
x 60 = R$ 17.608,20. Se reincidir em 12 meses, dobra-se
Penalidade - multa. (Incluído pela Lei n° 13.154, de
2015) o valor. Isto sem contar a suspensão do direito de diri-
Parágrafo único. A hipótese prevista no inciso V gir por 12 meses.
caracterizar-se-á como infração gravíssima no
caso de o condutor estar segurando ou manusean- Art. 254. É proibido ao pedestre:
do telefone celular. (Incluído pela Lei n° 13.281, de I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento,
2016) exceto para cruzá-las onde for permitido; 77
II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pon- Penalidade - multa;
tes, ou túneis, salvo onde exista permissão; Medida administrativa - remoção do veículo; Res-
III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamen- posta: Letra A.
to, salvo quando houver sinalização para esse fim;
IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de 3. (CESPE - 2019) Dirigindo seu veículo automotor, Caio
perturbar o trânsito, ou para a prática de qualquer
foi abordado por policial rodoviário federal, que cons-
folguedo, esporte, desfiles e similares, salvo em
tatou que a validade de sua carteira nacional de habili-
casos especiais e com a devida licença da autorida-
de competente; tação estava vencida havia mais de trinta dias. Nessa
V - andar fora da faixa própria, passarela, passa- situação, Caio será multado, sua carteira de habilita-
gem aérea ou subterrânea; ção será recolhida e seu veículo será removido.
VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica;
Infração - leve; ( ) CERTO  ( ) ERRADO
Penalidade - multa, em 50% (cinquenta por cento)
do valor da infração de natureza leve. CNH vencida há mais de 30 dias não é caso de remo-
ção veicular e sim de retenção do veículo. Já o reco-
Pedestre também comete infração de trânsito. São lhimento da habilitação está correto. Vejamos a lei:
comportamentos que levam a uma infração de natu- Art. 162. Dirigir veículo:
reza leve cujo valor da multa é 50 % da infração leve. V - com validade da Carteira Nacional de Habilita-
ção vencida há mais de trinta dias:
Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não Infração - gravíssima;
seja permitida a circulação desta, ou de forma Penalidade - multa;
agressiva, em desacordo com o disposto no pará- Medida administrativa - recolhimento da Carteira
grafo único do art. 59:
Nacional de Habilitação e retenção do veículo até a
Infração - média;
apresentação de condutor habilitado; Resposta: Errado.
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção da bicicleta,
mediante recibo para o pagamento da multa. 4. (CESPE - 2019) O condutor estacionou o seu veículo
sem observar a distância máxima permitida de afasta-
mento da guia da calçada. Nessa situação, o condutor
poderá ser multado e seu veículo, removido.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
( ) CERTO  ( ) ERRADO
1. (CESPE - 2019) Márcio conduzia seu veículo auto-
motor produzindo fumaça em níveis superiores aos Nessa situação, o condutor poderá ser multado e
legalmente permitidos. Nessa situação, conforme o seu veículo, removido porque, segundo o art. 181
nível de fumaça exalada, a conduta de Márcio pode Inc II do CTB, se o veículo ficar afastado da guia
configurar tanto infração administrativa como crime da calçada (meio-fio) de cinquenta centímetros a
de trânsito. um metro é infração de natureza leve. Mais de um
metro é infração grave. Resposta: Certo.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
5. (CESPE - 2019) O condutor de um veículo foi aborda-
É correta a afirmação que veículo produzindo fumaça, do por policial rodoviário federal depois de ultrapas-
gases ou partículas em níveis superiores aos fixados sar outro veículo pelo acostamento. Nessa situação,
pelo CONTRAN é uma infração de natureza grave, o policial poderá multar o condutor, mas não poderá
segundo o art. 231 Inc III do CTB, porém, essa conduta reter nem remover o seu veículo.
não constitui crime de trânsito. Resposta: Errado.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
2. (FUNDEP - 2020) Um motorista estacionou o seu veí-
culo sobre uma ciclofaixa. Por essa conduta, é correto No tocante à infração, realmente não há previsão
afirmar que o motorista está passível de sofrer qual(is) de retenção ou remoção para quem ultrapassa pelo
sanção(ões)? acostamento. No entanto, a banca foi infeliz ao afir-
mar que o policial poderia, naquela hipótese, multar
a) Ser multado, com uma infração grave, e ter o veículo o infrator. Sabemos que o agente da autoridade de
removido. trânsito, no caso, o policial, não pode aplicar pena-
b) Ser multado, com uma infração média, e ter o veículo lidade. As penalidades só podem ser impostas por
apreendido. autoridades de trânsito. Resposta: Questão anulada.
c) Ser multado, com uma infração grave, e ter o veículo
retido. DAS PENALIDADES
d) Ser multado, com uma infração média, apenas.
Penalidades
Vejamos a lei:
Art. 181. Estacionar o veículo: Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das
VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedes- competências estabelecidas neste Código e dentro
tre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, de sua circunscrição, deverá aplicar, às infrações
refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, diviso- nele previstas, as seguintes penalidades:
res de pista de rolamento, marcas de canalização, I - advertência por escrito;
gramados ou jardim público: II - multa;
78 Infração - grave; III - suspensão do direito de dirigir;
IV - apreensão do veículo; (Revogado pela Lei n° 13.281, de 2016)
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
VI - cassação da Permissão para Dirigir;
VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem.
§ 1° A aplicação das penalidades previstas neste Código não elide as punições originárias de ilícitos penais decorren-
tes de crimes de trânsito, conforme disposições de lei.
§ 3° A imposição da penalidade será comunicada aos órgãos ou entidades executivos de trânsito responsáveis pelo
licenciamento do veículo e habilitação do condutor.

Tema recorrente em provas. Lembre-se que apenas as autoridades de trânsito são as competentes para aplicar
as penalidades. Jamais um agente de trânsito aplicará uma penalidade. Leve isto para a prova. Lembrando que a
punição da autoridade de trânsito não elimina as punições das autoridades judiciárias por crime de trânsito. As
imposições das penalidades são comunicadas aos DETRANs para cadastro no RENACH e no RENAVAM. Lembran-
do que quem organiza e mantem o RENACH e RENAVAM é o DENATRAN.

Responsabilidade pelas penalidades

Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor, ao proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador,
salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente
mencionados neste Código.

Podem ser penalizados: proprietários, condutores, embarcadores e transportadores.

§ 1° Aos proprietários e condutores de veículos serão impostas concomitantemente as penalidades de que trata este
Código toda vez que houver responsabilidade solidária em infração dos preceitos que lhes couber observar, respon-
dendo cada um de per si pela falta em comum que lhes for atribuída.

Encontramos por exemplo, na regular habilitação do condutor, o art. 162, que prevê penalidades ao condutor que
dirigir sem a regular habilitação e na sequência, pelos artigos 163 e 164, pune o proprietário, por permitir ou entregar,
conforme for o caso, a direção do veículo àquele condutor que não está regularmente habilitado.

§ 2° Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia regularização e preenchi-
mento das formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo na via terrestre, conservação e inalterabi-
lidade de suas características, componentes, agregados, habilitação legal e compatível de seus condutores, quando
esta for exigida, e outras disposições que deva observar.

Veículo autuado por estar transitando sem estar devidamente licenciado (com débitos de anos anteriores referentes
às taxas de licenciamento e/ou seguro obrigatório). Esta multa será de responsabilidade do proprietário.

§ 3° Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos praticados na direção do veículo.

Numa ultrapassagem em faixa contínua, seria uma infração de conduta, nesse caso, o responsável é o condu-
tor. De outro modo, se o veículo está com os pneus sem condições de uso, lisos ou “carecas”, o responsável pela
infração é o proprietário do veículo.

§ 4° O embarcador é responsável pela infração relativa ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no
peso bruto total, quando simultaneamente for o único remetente da carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura
ou manifesto for inferior àquele aferido. CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB

Se o embarcador é o único remetente da carga ele sabe o quanto esta carga pesa e se declarar o peso à menor
no documento de embarque, está encobrindo do transportador a verdade sobre o peso e por isso deve ser o único
responsável pela infração de excesso, pois certamente o transportador não aceitaria transportar esta carga com
excesso.

§ 5° O transportador é o responsável pela infração relativa ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou
quando a carga proveniente de mais de um embarcador ultrapassar o peso bruto total.
§ 6° O transportador e o embarcador são solidariamente responsáveis pela infração relativa ao excesso de peso bruto
total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for superior ao limite legal.

Os embarcadores não têm como saber se a soma da carga com a do outro embarcador ultrapassará o limite
de peso permitido para aquele veículo, mas o transportador que permite o embarque de todas as cargas tem esta
possibilidade. Portanto, o transportador sabe o quanto de carga já embarcou no veículo e se soma das cargas
ultrapassará o limite de PBT/PBTC ou se estas cargas estão bem distribuídas no veículo afim de evitar excesso de
peso por eixo.
O legislador asseverou um rol de responsabilidade para cada indivíduo. Como de costume fiz um resumo para
você memorizar: 79
RESPONSÁVEL RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

Prévia regularização e preenchimento das formalidades


e condições exigidas para o trânsito do veículo na
Proprietário via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas É possível, respondendo cada um de per si
características, componentes, agregados, habilitação pela falta em comum que lhes for atribuída.
legal e compatível de seus condutores

Condutor Atos praticados na direção do veículo.

Responsável pela infração relativa ao transporte de carga


com excesso de peso nos eixos ou no peso bruto total,
Embarcador (dono da
quando simultaneamente for o único remetente da carga São solidariamente responsáveis pela
mercadoria)
e o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for infração relativa ao excesso de peso bruto
inferior àquele aferido total, se o peso declarado na nota fiscal,
Responsável pela infração relativa ao transporte de fatura ou manifesto for superior ao limite
Transportador (dono do carga com excesso de peso nos eixos ou quando a carga legal.
caminhão) proveniente de mais de um embarcador ultrapassar o
peso bruto total.

§ 7° Quando não for imediata a identificação do infrator, o principal condutor ou o proprietário do veículo terá o
prazo de 30 (trinta) dias, contado da notificação da autuação, para apresentá-lo, na forma em que dispuser o CON-
TRAN, e, transcorrido o prazo, se não o fizer, será considerado responsável pela infração o principal condutor ou,
em sua ausência, o proprietário do veículo. (Lei n° 14.071/20)

Mais um prazo para guardar: 30 dias para identificação de condutor nas autuações sem abordagem. Caso não
haja identificação, o proprietário será considerado responsável.

§ 8° Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não havendo identificação do infrator e sendo o veículo de proprie-
dade de pessoa jurídica, será lavrada nova multa ao proprietário do veículo, mantida a originada pela infração, cujo
valor é o da multa multiplicada pelo número de infrações iguais cometidas no período de doze meses.

Essa situação é regulada pela Resolução n° 710/2017. Se o proprietário for uma empresa, por exemplo, e não indicar
o condutor, o valor da multa será maior que o da infração cometida. Caso o condutor não seja identificado pela empre-
sa, além da multa original, a pessoa jurídica recebe a multa NIC (não indicação do condutor).
Com base nessa nova resolução, não será necessária a expedição de nova infração ou notificação para a aplica-
ção da penalidade extra. Exemplo: Um veículo de uma pessoa jurídica avança o sinal vermelho do semáforo (art.
208 CTB - infração gravíssima – 7 pontos – R$ 293,47) e não identifica o condutor infrator. O valor da multa será de:

z Primeira: Avanço de sinal vermelho=R$ 293,47.


z Acréscimo de R$ 293,47, por não ter identificado o condutor (hipótese de ser a primeira multa de avanço de
semáforo nos últimos 12 meses).
z R$ 293,47 (1° multa) + R$ 293,47 (acréscimo por não indicar o condutor) = R$ 586,94 (total a ser pago).

§ 9° O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o exime do disposto no § 3° do art. 258 e no art. 259.
§ 10. O proprietário poderá indicar ao órgão executivo de trânsito o principal condutor do veículo, o qual, após
aceitar a indicação, terá seu nome inscrito em campo próprio do cadastro do veículo no Renavam. (Lei n° 13.495
de 2017)
§ 11. O principal condutor será excluído do Renavam: (Lei N° 13495 de 2017)
I - quando houver transferência de propriedade do veículo;
II - mediante requerimento próprio ou do proprietário do veículo;
III - a partir da indicação de outro principal condutor.”
Art. 258. As infrações punidas com multa classificam-se, de acordo com sua gravidade, em quatro categorias:
I - infração de natureza gravíssima, punida com multa no valor de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais e qua-
renta e sete centavos); (Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016)
II - infração de natureza grave, punida com multa no valor de R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três
centavos); (Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016)
III - infração de natureza média, punida com multa no valor de R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centavos);
(Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016)
IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor de R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centavos).
(Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016)
Art. 259. A cada infração cometida são computados os seguintes números de pontos:
I - gravíssima - sete pontos;
II - grave - cinco pontos;
III - média - quatro pontos;
IV - leve - três pontos.

80 Confira o resumo dessas infrações:


Mas pelo fato de muitos municípios ainda não
NATUREZA DA PONTOS NA
VALOR terem municipalizado seu trânsito, quem acaba
INFRAÇÃO CNH
fazendo a fiscalização, com as respectivas autuações
Gravíssima 07 R$ 293,47 é a Polícia Militar, e por conta disso, quem acaba pro-
videnciando a autuação e arrecadação é o DETRAN do
Grave 05 R$ 195,23
estado. Cabe sempre ao DETRAN as multas relaciona-
Média 04 R$ 130,16 das ao registro e licenciamento do veículo e aquelas
Leve 03 R$ 88,38 referentes à habilitação do condutor.

§ 1° As multas decorrentes de infração cometida em


§ 4° Ao condutor identificado será atribuída pon- unidade da Federação diversa da do licenciamento
tuação pelas infrações de sua responsabilidade, nos do veículo serão arrecadadas e compensadas na
termos previstos no § 3° do art. 257 deste Código,
forma estabelecida pelo CONTRAN.
exceto aquelas: (lei n° 14.071/20)
I - praticadas por passageiros usuários do serviço
de transporte rodoviário de passageiros em viagens O CONTRAN regulamentou por meio da Resolução
de longa distância transitando em rodovias com a 155/04 os procedimentos relacionados ao registro das
utilização de ônibus, em linhas regulares intermu- infrações cometidas em todo território nacional.
nicipal, interestadual, internacional e aquelas em
viagem de longa distância por fretamento e turismo § 2° As multas decorrentes de infração cometida
ou de qualquer modalidade, excluídas as situações em unidade da Federação diversa daquela do licen-
regulamentadas pelo CONTRAN conforme disposto ciamento do veículo poderão ser comunicadas ao
no art. 65 deste Código; (lei n° 14.071/20) órgão ou entidade responsável pelo seu licencia-
II - previstas no art. 221, nos incisos VII e XXI do mento, que providenciará a notificação.
art. 230 e nos arts. 232, 233, 233-A, 240 e 241 deste
Código, sem prejuízo da aplicação das penalidades e Os convênios realizados entre os órgãos das diversas
medidas administrativas cabíveis; (lei n° 14.071/20)
unidades da federação definirão se as notificações e a
III - puníveis de forma específica com suspensão do
direito de dirigir. (lei n° 14.071/20) arrecadação será feita pelo órgão autuador ou pelo órgão
do estado de registro, seja do veículo ou do condutor.
Aqui, há exceções: motoristas de ônibus de trans-
porte rodoviário de passageiros de longa distância § 4° Quando a infração for cometida com veículo
licenciado no exterior, em trânsito no território
(linha intermunicipal, interestadual e internacional)
nacional, a multa respectiva deverá ser paga antes
não será atribuída pontuação de infração cometida
de sua saída do País, respeitado o princípio de
por passageiros, exceto a de cinto de segurança.
reciprocidade.
Com a nova lei, portar no veículo placas de identi-
ficação em desacordo com as especificações e modelos
estabelecidos pelo CONTRAN, trafegar com a cor ou Hipóteses de Suspensão da CNH
característica alterada. Transitar com veículo de car-
ga, com falta de inscrição da tara e demais inscrições, Art. 261. A penalidade de suspensão do direi-
dirigir veículo sem documentos de porte obrigatório, to de dirigir será imposta nos seguintes casos:
deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de (Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016)
trinta dias, deixar o responsável de promover a bai- I - sempre que, conforme a pontuação prevista no
xa do registro de veículo irrecuperável ou definitiva- art. 259 deste Código, o infrator atingir, no período
mente desmontado e deixar de atualizar o cadastro de de 12 (doze) meses, a seguinte contagem de pontos:
registro do veículo ou de habilitação do condutor não (lei n° 14.071/20)
são passíveis de pontuação. a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou mais
As infrações que possuem suspensão como penali- infrações gravíssimas na pontuação;
b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração
dade também não atribuem pontuação porque já pos-
gravíssima na pontuação;
suem um processo de suspensão a ser iniciado, não
c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste nenhuma
valendo como critério para somatório de pontos.

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


infração gravíssima na pontuação;
II - por transgressão às normas estabelecidas neste
Art. 260. As multas serão impostas e arrecadadas Código, cujas infrações preveem, de forma específi-
pelo órgão ou entidade de trânsito com circuns-
ca, a penalidade de suspensão do direito de dirigir.
crição sobre a via onde haja ocorrido a infração,
(Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
de acordo com a competência estabelecida neste
§ 1° Os prazos para aplicação da penalidade de
Código.
suspensão do direito de dirigir são os seguintes:
(Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016)
Se uma infração foi cometida em uma rodovia fede- I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses a
ral, o órgão responsável para autuar e recolher o valor 1 (um) ano e, no caso de reincidência no período de
correspondente da multa é a Polícia Rodoviária Fede- 12 (doze) meses, de 8 (oito) meses a 2 (dois) anos;
ral. Se foi em uma rodovia estadual, caberá ao DETRAN (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
daquela UF aplicar e arrecadar o valor da multa, se a II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito)
Polícia Militar Rodoviária daquele estado não o fizer. meses, exceto para as infrações com prazo descrito
Se a infração foi constatada em um município e no dispositivo infracional, e, no caso de reincidên-
este estiver com seu trânsito municipalizado conforme cia no período de 12 (doze) meses, de 8 (oito) a 18
preconiza a lei, então quem autuará e arrecadará os (dezoito) meses, respeitado o disposto no inciso II
valores referentes a determinadas multas (as multas do art. 263. (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
por infrações de circulação, estacionamento, parada, § 2° Quando ocorrer a suspensão do direito de diri-
excesso de peso, dimensões e lotação e, ainda, as come- gir, a Carteira Nacional de Habilitação será devol-
tidas por veículos de tração animal, propulsão humana vida a seu titular imediatamente após cumprida a
ou ciclomotores) é o órgão municipal de trânsito. penalidade e o curso de reciclagem. 81
§ 3° A imposição da penalidade de suspensão do Hipóteses de Cassação da CNH
direito de dirigir elimina a quantidade de pontos
computados, prevista no inciso I do caput ou no § Art. 263. A cassação do documento de habilitação
5° deste artigo, para fins de contagem subsequente. dar-se-á:
(lei n° 14.071/20) I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator
§ 5° No caso do condutor que exerce atividade conduzir qualquer veículo;
remunerada ao veículo, a penalidade de suspen- II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses,
são do direito de dirigir de que trata o caput des- das infrações previstas no inciso III do art. 162 e
te artigo será imposta quando o infrator atingir o nos arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175;
limite de pontos previsto na alínea c do inciso I do III - quando condenado judicialmente por delito de
caput deste artigo, independentemente da natureza trânsito, observado o disposto no art. 160.
das infrações cometidas, facultado a ele participar § 1° Constatada, em processo administrativo, a
de curso preventivo de reciclagem sempre que, no irregularidade na expedição do documento de habi-
período de 12 (doze) meses, atingir 30 (trinta) pon- litação, a autoridade expedidora promoverá o seu
tos, conforme regulamentação do CONTRAN. (lei n° cancelamento.
14.071/20) § 2° Decorridos dois anos da cassação da Carteira
Nacional de Habilitação, o infrator poderá requerer
sua reabilitação, submetendo-se a todos os exames
Temos aqui um novo instituto no CTB: curso pre-
necessários à habilitação, na forma estabelecida
ventivo de reciclagem. Para instauração do processo pelo CONTRAN.
definido no caput, o condutor que, no período de 12
(doze) meses, for autuado por infrações cuja soma dos A cassação é a pior penalidade que uma autoridade
pontos atinja 30 (trinta) pontos, poderá requerer jun- de trânsito pode impor a um motorista. Significa a per-
to ao órgão de registro do documento de habilitação a da da CNH, obrigando o condutor a reiniciar o processo
participação no curso preventivo de reciclagem. Para de habilitação que só poderá ocorrer após 2 (dois) anos.
condutores que exerçam atividade remunerada a con- Saber as hipóteses de cassação da CNH é fundamental.
tagem de pontos para iniciar um processo de suspen-
são da CNH é sempre 40 pontos. HIPÓTESES DE CASSAÇÃO
Dirigir com CNH/PPD de categoria
§ 6° Concluído o curso de reciclagem previsto no Art. 162.,
diferente da do veículo (reincidência em
§ 5° o condutor terá eliminados os pontos que lhe III
12 meses)
tiverem sido atribuídos, para fins de contagem sub-
sequente. (Incluído pela Lei n° 13.154, de 2015) Permitir/Entregar veículo a condutor sem
§ 7º O motorista que optar pelo curso previsto no CNH, suspenso, cassado, de categoria
§ 5º não poderá fazer nova opção no período de 12 Art. 163. e diferente da do veículo, com CNH vencida
(doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 164 há mais de 30 dias ou sem as devidas
2016)
lentes corretivas
(Reincidência em 12 meses).
§ 8° A pessoa jurídica concessionária ou permissio-
nária de serviço público tem o direito de ser infor- Dirigir sob a influência de álcool ou de
mada dos pontos atribuídos, na forma do art. 259, qualquer outra substância psicoativa que
Art. 165.
aos motoristas que integrem seu quadro funcional, determine dependência (reincidência em
exercendo atividade remunerada ao volante, na 12 meses).
forma que dispuser o CONTRAN. (Incluído pela Lei Disputar corrida, participar ou
n° 13.154, de 2015) Art. promover eventos automobilísticos não
173.,174 e organizados; Demonstração de perícia e
Se usufruir do curso preventivo de reciclagem 175 manobra perigosa. (Reincidência em 12
não poderá lançar mão desse artifício no prazo de 12 meses).
meses. O parágrafo § 8° foi cobrado na prova da PRF
em 2019. O parágrafo serve para autorizar os órgãos de Além disso, também pode acarretar cassação da
trânsito responsáveis pelo registro de habilitação dos CNH: dirigir suspenso e dirigir quando condenado
condutores a fornecerem os dados relativos a pontua- judicialmente por delito de trânsito.
ção atribuída, por infrações cometidas dos motoristas
pertencente aos quadros dessas pessoas jurídicas. Art. 265. As penalidades de suspensão do direito
de dirigir e de cassação do documento de habili-
§ 9° Incorrerá na infração prevista no inciso II do tação serão aplicadas por decisão fundamentada
art. 162 o condutor que, notificado da penalidade de da autoridade de trânsito competente, em proces-
que trata este artigo, dirigir veículo automotor em so administrativo, assegurado ao infrator amplo
via pública. (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016) direito de defesa.
§ 10. O processo de suspensão do direito de diri-
gir a que se refere o inciso II do caput deste artigo Como é sabido, ninguém é penalizado sem o amplo
deverá ser instaurado concomitantemente ao pro- direito de defesa. No CTB, a autoridade de trânsito
cesso de aplicação da penalidade de multa, e ambos assegurará o direito de defesa aos infratores para que
serão de competência do órgão ou entidade respon- possam se justificar.
sável pela aplicação da multa, na forma definida
pelo CONTRAN. (lei n° 14.071/20) Art. 266. Quando o infrator cometer, simultanea-
§ 11. O CONTRAN regulamentará as disposições mente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplica-
82 deste artigo. (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016) das, cumulativamente, as respectivas penalidades.
Artigo auto explicativo, porém que vale a pena ter V - quando o cadastrado estiver cumprindo pena
em mente. privativa de liberdade.
§ 5° A consulta ao RNPC é garantida a todos os cida-
Advertência por escrito dãos, nos termos da regulamentação do CONTRAN.
§ 6° A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Art. 267. Deverá ser imposta a penalidade de Municípios poderão utilizar o RNPC para conce-
advertência por escrito à infração de natureza leve der benefícios fiscais ou tarifários aos condutores
ou média, passível de ser punida com multa, caso o cadastrados, na forma da legislação específica de
infrator não tenha cometido nenhuma outra infra- cada ente da Federação.”
ção nos últimos 12 (doze) meses. (lei n° 14.071/20)
O Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC),
A advertência por escrito é uma penalidade pecu- administrado pelo DENATRAN serve para estimular os
liar e pouco conhecida. Antigamente, a autoridade de condutores a não praticar infrações, dando-lhe benefí-
trânsito poderia impor (de ofício ou a pedido) a Adver- cios fiscais ou tarifários aos condutores cadastrados, na
tência por Escrito em substituição à multa de forma forma da legislação específica de cada ente da Federação.
discricionária. No entanto, agora é obrigação da autori-
dade de trânsito, impor a advertência por escrito caso o
condutor não tenha cometido nenhuma outra infração
nos últimos 12 meses. Lembrando que tem que ser de EXERCÍCIOS COMENTADOS
natureza leve ou média a infração cometida.
1. (CESPE - 2019) Para que uma concessionária de ser-
Curso de Reciclagem viço público de transporte de passageiros conheça
a pontuação de infrações atribuída a um motorista
Art. 268. O infrator será submetido a cur-
de seu quadro funcional, que, no exercício da ativi-
so de reciclagem, na forma estabelecida pelo
dade remunerada ao volante, tenha tido seu direito
CONTRAN:
I - quando, sendo contumaz, for necessário à sua
de dirigir suspenso, ela deve ter autorização do res-
reeducação; (lei n° 14.071/20) pectivo empregado, uma vez que essa informação é
II - quando suspenso do direito de dirigir; personalíssima.
III - quando se envolver em acidente grave para o
qual haja contribuído, independentemente de pro- ( ) CERTO  ( ) ERRADO
cesso judicial;
IV - quando condenado judicialmente por delito de As empresas de transportes coletivos de passageiros
trânsito; que contratam motoristas profissionais possuem o
V - a qualquer tempo, se for constatado que o con- direito de estarem a par da situação dos seus con-
dutor está colocando em risco a segurança do
dutores no tocante ao prontuário de infrações. Veja-
trânsito;
VI - em outras situações a serem definidas pelo
mos a lei:
CONTRAN. (lei n° 14.071/20) Art. 261. § 8° A pessoa jurídica concessionária ou
permissionária de serviço público tem o direito de ser
O curso de reciclagem é uma penalidade imposta, informada dos pontos atribuídos, na forma do art.
precipuamente, a condutores suspensos. Entretanto, 259, aos motoristas que integrem seu quadro funcio-
há outras situações em que pode ser imposto o curso nal, exercendo atividade remunerada ao volante, na
de reciclagem no CTB. O curso de reciclagem é regula- forma que dispuser o CONTRAN. Resposta: Errado.
do pela resolução n° 285/2008.
2. (CESPE – 2019) A autoridade de trânsito, na esfera de
Art. 268-A. Fica criado o Registro Nacional Posi- suas atribuições, poderá aplicar, quando cabível, pena-
tivo de Condutores (RNPC), administrado pelo lidade consistente na frequência obrigatória em curso

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


órgão máximo executivo de trânsito da União, com de reciclagem, sem prejuízo das punições originárias
a finalidade de cadastrar os condutores que não de ilícitos penais decorrentes de crimes de trânsito.
cometeram infração de trânsito sujeita à pontua-
ção prevista no art. 259 deste Código, nos últimos
( ) CERTO  ( ) ERRADO
12 (doze) meses, conforme regulamentação do
CONTRAN.
§ 1° RNPC deverá ser atualizado mensalmente. Vimos que o curso de reciclagem é uma penalidade
§ 2° A abertura de cadastro requer autorização pré- prevista no artigo 256 do CTB. Resposta: Certo.
via e expressa do potencial cadastrado.
§ 3° Após a abertura do cadastro, a anotação de 3. (CONSULPLAN - 2017) Segundo o CTB, a autoridade
informação no RNPC independe de autorização e de de trânsito, na esfera das competências estabelecidas
comunicação ao cadastrado. por esse Código e dentro de sua circunscrição, deverá
§ 4° A exclusão do RNPC dar-se-á: aplicar, às infrações nele previstas, certas penalida-
I - por solicitação do cadastrado; des. Acerca dessas penalidades, marque V para as
II - quando for atribuída ao cadastrado pontuação
verdadeiras e F para as falsas.
por infração;
III - quando o cadastrado tiver o direito de dirigir
suspenso; ( ) Multa.
IV - quando a Carteira Nacional de Habilitação do ( ) Advertência verbal.
cadastrado estiver cassada ou com validade venci- ( ) Suspensão do direito de dirigir.
da há mais de 30 (trinta) dias; ( ) Cassação da Carteira Nacional de Habilitação. 83
A sequência está correta em Letra E: Errada. A frequência obrigatória em curso
de reciclagem é considerada penalidade. (Art 259 do
a) V, F, V, V. CTB) Resposta: Letra C.
b) V, F, F, V.
c) V, F, V, F. DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
d) F, V, F, V
Quais são as medidas administrativas?
Vejamos a lei:
Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agen-
competências estabelecidas neste Código e dentro tes, na esfera das competências estabelecidas neste
de sua circunscrição, deverá aplicar, às infrações Código e dentro de sua circunscrição, deverá ado-
nele previstas, as seguintes penalidades: tar as seguintes medidas administrativas:
I - advertência por escrito; I - retenção do veículo;
II - multa; II - remoção do veículo;
III - suspensão do direito de dirigir; III - recolhimento da Carteira Nacional de
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação; Habilitação;
VI - cassação da Permissão para Dirigir; IV - recolhimento da Permissão para Dirigir;
VII - freqüência obrigatória em curso de recicla- V - recolhimento do Certificado de Registro;
gem. Resposta: Letra A. VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento
Anual;
4. (SERCTAM - 2016) Qual das penalidades abaixo não VII - (VETADO)
recai sobre o motorista que dirigir sob efeito de álcool VIII - transbordo do excesso de carga;
ou qualquer outra substância psicoativa que determi- IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia
ou perícia de substância entorpecente ou que deter-
ne dependência?
mine dependência física ou psíquica;
X - recolhimento de animais que se encontrem sol-
a) Retenção do veículo. tos nas vias e na faixa de domínio das vias de circu-
b) Recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação. lação, restituindo-os aos seus proprietários, após o
c) Suspensão do direito de dirigir. pagamento de multas e encargos devidos.
d) Cassação da Carteira Nacional de Habilitação. XI - realização de exames de aptidão física, mental,
e) Nenhuma das alternativas anteriores. de legislação, de prática de primeiros socorros e de
direção veicular. (Incluído pela Lei n° 9.602, de 1998)
Perceba que a cassação não é uma penalidade pre-
vista para quem bebe e dirige. Vejamos a lei: As medidas administrativas podem ser realizadas
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de pelo agente de trânsito, diferentemente das penalida-
qualquer outra substância psicoativa que determi- des que são exclusivas da autoridade de trânsito. Não
ne dependência confunda medidas administrativas com penalidades!
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direi- § 1° A ordem, o consentimento, a fiscalização, as
to de dirigir por 12 (doze) meses. medidas administrativas e coercitivas adotadas
Medida administrativa - recolhimento do documento pelas autoridades de trânsito e seus agentes terão
de habilitação e retenção do veículo. Resposta: Letra D. por objetivo prioritário a proteção à vida e à inco-
lumidade física da pessoa.
§ 2° As medidas administrativas previstas nes-
5. (IADES - 2015) Considerando que a aplicação de
te artigo não elidem a aplicação das penalidades
penalidades está prevista no Código de Trânsito Bra-
impostas por infrações estabelecidas neste Código,
sileiro, assinale a alternativa correta.
possuindo caráter complementar a estas.

a) Ao infrator são computados dois pontos para multa de Veja que as medidas administrativas são comple-
natureza leve. mentares às penalidades. É possível aplicar pena-
b) A advertência por escrito não é considerada penalida- lidade sem aplicar a medida administrativa, não
de por possuir caráter educativo. prejudicando a regularidade do auto de infração, con-
c) Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infra- forme a resolução n° 561 de 2015.
ções decorrentes de atos praticados na direção do
veículo. § 3° São documentos de habilitação a Carteira
d) Ao infrator são computados seis pontos para multa de Nacional de Habilitação e a Permissão para Dirigir.
natureza grave. § 4° Aplica-se aos animais recolhidos na forma do
e) A frequência obrigatória em curso de reciclagem não é inciso X o disposto nos arts. 271 e 328, no que couber.
considerada penalidade por possuir caráter educativo.
Os animais abandonados nas vias poderão ser reco-
Letra A: Errada. Infração de natureza leve são 03 lhidos e, inclusive, leiloados, se for o caso, conforme
pontos. (Art 256 do CTB) art. 271, X do CTB. Os veículos apreendidos ou removi-
Letra B: Errada. A advertência por escrito é conside- dos a qualquer título e os animais não reclamados por
rada penalidade, sim! (Art. 259 do CTB) seus proprietários, dentro do prazo de noventa dias,
Letra C: Certa. Ao condutor caberá a responsabili- serão levados à hasta pública, deduzindo-se, do valor
dade pelas infrações decorrentes de atos praticados arrecadado, o montante da dívida relativa a multas,
na direção do veículo. (Art. 257 § 3° do CTB) tributos e encargos legais, e o restante, se houver, será
Letra D: Errada. Infração de natureza grave são 05 depositado na conta do ex-proprietário, na forma da
84 pontos. (Art. 256 do CTB) lei, conforme art. 328 do CTB.
§ 5° No caso de documentos em meio digital, as § 6° Não efetuada a regularização no prazo a que se
medidas administrativas previstas nos incisos III, refere o § 2°, será feito registro de restrição admi-
IV, V e VI do caput deste artigo serão realizadas por nistrativa no Renavam por órgão ou entidade exe-
meio de registro no Renach ou Renavam, conforme cutivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal,
o caso, na forma estabelecida pelo CONTRAN. (Lei que será retirada após comprovada a regulariza-
n° 14.071 de 2020) ção. (Incluído pela Lei n° 13.160, de 2015)

Em caso de recolhimento da CNH, PPD, CRLV e CRV Quando o agente coloca um prazo razoável para a
digitais, haverá a necessidade de registro no Renach e regularização e libera o veículo para regularização e
Renavam, tendo em vista a impossibilidade de reco- posterior apresentação, não quer dizer que o veículo
lhimento físico digital. esteja liberado para ficar transitando, neste período
fixado no recibo e sim que o trânsito deste veículo
Retenção do veículo deve se restringir aos deslocamentos necessários para
conclusão da viagem que realizava quando abordado
Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos e autuado para a efetiva regularização do problema
expressos neste Código. apresentado. Se terminado o prazo e o veículo não
§ 1° Quando a irregularidade puder ser sanada no for apresentado efetivamente regularizado, o órgão
local da infração, o veículo será liberado tão logo de trânsito responsável comunicará ao Detran com-
seja regularizada a situação. petente onde o veículo está licenciado e solicitará a
§ 2° Quando não for possível sanar a falha no local inclusão de uma restrição administrativa no registro
da infração, o veículo, desde que ofereça condições do veículo, sendo esta retirada quando a irregularida-
de segurança para circulação, deverá ser liberado de existente no veículo for sanada.
e entregue a condutor regularmente habilitado,
mediante recolhimento do Certificado de Licen- Remoção do veículo
ciamento Anual, contra apresentação de recibo,
assinalando-se ao condutor prazo razoável, não Art. 271. O veículo será removido, nos casos previs-
superior a 30 (trinta) dias, para regularizar a situa- tos neste Código, para o depósito fixado pelo órgão ou
ção, e será considerado notificado para essa finali- entidade competente, com circunscrição sobre a via.
dade na mesma ocasião. (lei n° 14.071 de 2020)
A remoção será uma medida a ser tomada pelo
A retenção do veículo poderá ser feita diante de agente fiscalizador, quando houver previsão legal na
uma irregularidade presenciada pelo agente fiscaliza- infração (ex.: licenciamento vencido), ou quando a
dor. Ao reter o veículo, o agente, diante de uma irre- irregularidade for insanável no local e afetar a segu-
gularidade insanável, ao invés de recolher o veículo, rança viária (ex.: todos pneus carecas).
pode recolher o CRLV/CLA e o contra recibo e dar um
prazo para o condutor regularizar o problema. Se o § 1° A restituição do veículo removido só ocorre-
condutor não resolver, o veículo terá um registro de rá mediante prévio pagamento de multas, taxas e
restrição administrativa no RENAVAM. despesas com remoção e estada, além de outros
Exemplo: um agente fiscalizador presencia um encargos previstos na legislação específica. (Incluí-
veículo com apenas um pneu “careca”. Pode-se, assim, do pela Lei n° 13.160, de 2015)
recolher o CRLV e dar um prazo para o condutor solu-
cionar o problema. Lembre-se que a irregularidade Para retirar o veículo removido é preciso pagar
presenciada tem que ser um problema que não ofere- os débitos obrigatórios (IPVA, Licenciamento, DPVAT,
ça riscos à segurança viária. O prazo para regularizar multas vencidas), além da cobrança de pátio e guin-
será dado e deve ser até 30 dias. cho, se for o caso.

§ 3° O Certificado de Licenciamento Anual será § 2° A liberação do veículo removido é condicio-


devolvido ao condutor no órgão ou entidade apli- nada ao reparo de qualquer componente ou equi-
cadores das medidas administrativas, tão logo o pamento obrigatório que não esteja em perfeito
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
veículo seja apresentado à autoridade devidamente estado de funcionamento. (Incluído pela Lei n°
regularizado. 13.160, de 2015)
§ 3° Se o reparo referido no § 2° demandar provi-
O veículo com um condutor regularmente habi- dência que não possa ser tomada no depósito, a
litado é liberado para regularização. Após sanada autoridade responsável pela remoção liberará o veí-
a irregularidade, o condutor, munido do seu recibo, culo para reparo, na forma transportada, mediante
comparece ao local predeterminado e apresenta a autorização, assinalando prazo para reapresenta-
ção. (Redação dada pela Lei n° 13. 281, de 2016)
irregularidade resolvida e recebe de volta o documen-
§ 4° Os serviços de remoção, depósito e guarda de
to que ficou retido (CRLV).
veículo poderão ser realizados por órgão público,
diretamente, ou por particular contratado por lici-
§ 4° Não se apresentando condutor habilitado no tação pública, sendo o proprietário do veículo o
local da infração, o veículo será removido a depó- responsável pelo pagamento dos custos desses ser-
sito, aplicando-se neste caso o disposto no art. 271. viços. (Redação dada pela Lei n° 13. 281, de 2016)
(Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016)
§ 5º A critério do agente, não se dará a retenção O pátio e o guincho usados na remoção do veículo
imediata, quando se tratar de veículo de trans- podem ser de propriedade de pessoa jurídica privada,
porte coletivo transportando passageiros ou devendo-se obedecer ao processo licitatório legal. O
veículo transportando produto perigoso ou pere- órgão de trânsito autuador pode manter os serviços
cível, desde que ofereça condições de segurança de remoção (usar seu guincho), depósito (seu próprio
para circulação em via pública. pátio) e guarda (sua vigilância própria) ou contratar 85
todos estes serviços, ou parte deles, mediante proces- Art. 272. O recolhimento da Carteira Nacional de
so de licitação pública. Habilitação e da Permissão para Dirigir dar-se-á
mediante recibo, além dos casos previstos neste
§ 5° O proprietário ou o condutor deverá ser noti- Código, quando houver suspeita de sua inautentici-
ficado, no ato de remoção do veículo, sobre as pro- dade ou adulteração.
vidências necessárias à sua restituição e sobre o
disposto no art. 328, conforme regulamentação do Quando o legislador fala, “além dos casos previs-
CONTRAN. (Incluído pela Lei n° 13.160, de 2015) tos neste código”, ele está se referindo às previsões da
medida administrativa existente em várias infrações
O condutor ou o proprietário do veículo apreendido constantes do capítulo XV, do CTB. Por exemplo, o agen-
ou removido, precisa ser avisado que caso não retire te pode recolher a CNH vencida há mais de 30 dias.
seu veículo da retenção/remoção em até 60 (sessenta)
dias, poderá este ser levado à hasta pública (leilão).
Recolhimento do CRV
§ 6° Caso o proprietário ou o condutor não este-
Art. 273. O recolhimento do Certificado de Registro
ja presente no momento da remoção do veículo, a
dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos
autoridade de trânsito, no prazo de 10 (dez) dias
contado da data da remoção, deverá expedir ao neste Código, quando:
proprietário a notificação prevista no § 5°, por I - houver suspeita de inautenticidade ou
remessa postal ou por outro meio tecnológico hábil adulteração;
que assegure a sua ciência, e, caso reste frustrada, II - se, alienado o veículo, não for transferida sua
a notificação poderá ser feita por edital. (Redação propriedade no prazo de trinta dias.
dada pela Lei n° 13.281, de 2016)
O Certificado de Registro do Veículo (CRV) é aquele
Mais um prazo: 10 dias para expedição de notifi- conhecido como “recibo de compra e venda do veícu-
cação do proprietário: a contar da data de remoção. lo”. Não é um documento de porte obrigatório.

§ 7° A notificação devolvida por desatualização do Recolhimento do CLA/CRLV


endereço do proprietário do veículo ou por recusa
desse de recebê-la será considerada recebida para Art. 274. O recolhimento do Certificado de Licen-
todos os efeitos (Incluído pela Lei n° 13.160, de ciamento Anual dar-se-á mediante recibo, além dos
2015) casos previstos neste Código, quando:
§ 8° Em caso de veículo licenciado no exterior, a I - houver suspeita de inautenticidade ou
notificação será feita por edital. (Incluído pela Lei
adulteração;
n° 13.160, de 2015)
II - se o prazo de licenciamento estiver vencido;
§ 9° Não caberá remoção nos casos em que a irre-
III - no caso de retenção do veículo, se a irregulari-
gularidade for sanada no local da infração. (Lei n°
14.071 de 2020) dade não puder ser sanada no local.
§ 10 O pagamento das despesas de remoção e estada
será correspondente ao período integral, contado A Resolução CONTRAN 110/99 fixa o calendário
em dias, em que efetivamente o veículo permanecer nacional para renovação do Licenciamento Anual
em depósito, limitado ao prazo de 6 (seis) meses. de Veículos. Digamos que um PRF, por exemplo, do
(Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016) Estado do Acre aborde um veículo com placas de São
Paulo. Assim, não deve ser considerada a tabela de
Aqui, o legislador deu uma “colher de chá” para o licenciamento do veículo do Estado do Acre para efei-
proprietário de veículo removido. Se seu veículo for tos de comprovação de licenciamento, nem a tabela
removido para o pátio de algum órgão de trânsito, você do Estado de São Paulo, mas o calendário nacional,
só poderá pagar um máximo de 06 meses de diárias, ou conforme a resolução 110/99 do CONTRAN.
seja, por mais que seu veículo esteja há 01 (um) ano no
pátio, o valor de pátio será de, no máximo, 06 meses. Transbordo do Excesso de Carga
§ 11 Os custos dos serviços de remoção e estada
Art. 275. O transbordo da carga com peso exceden-
prestados por particulares poderão ser pagos pelo
te é condição para que o veículo possa prosseguir
proprietário diretamente ao contratado. (Incluído
pela Lei n° 13.281, de 2016) viagem e será efetuado às expensas do proprietário
§ 12 O disposto no § 11 não afasta a possibilida- do veículo, sem prejuízo da multa aplicável.
de de o respectivo ente da Federação estabelecer a Parágrafo único. Não sendo possível desde logo
cobrança por meio de taxa instituída em lei. (Incluí- atender ao disposto neste artigo, o veículo será reco-
do pela Lei n° 13.281, de 2016) lhido ao depósito, sendo liberado após sanada a irre-
§ 13 No caso de o proprietário do veículo objeto do gularidade e pagas as despesas de remoção e estada.
recolhimento comprovar, administrativa ou judi-
cialmente, que o recolhimento foi indevido ou que As Resoluções 210/06, 211/06 e 258/07 formam a
houve abuso no período de retenção em depósito, base da regulamentação referente às dimensões de
é da responsabilidade do ente público a devolução veículos, capacidades e limites de peso a ser transpor-
das quantias pagas por força deste artigo, segundo tados nas vias públicas brasileiras.
os mesmos critérios da devolução de multas indevi-
das. (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro
de sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o con-
Interessante: o CTB admite a hipótese de erro do dutor às penalidades previstas no art. 165. (Reda-
agente público, permitindo assim restituição de valo- ção dada pela Lei n° 12.760, de 2012)
res pagos pelo proprietário vítima do erro. Parágrafo único. O CONTRAN disciplinará as mar-
gens de tolerância quando a infração for apurada
86 Recolhimento da CNH por meio de aparelho de medição, observada a
legislação metrológica. (Redação dada pela Lei n°
12.760, de 2012) EXERCÍCIOS COMENTADOS
O CONTRAN disciplina o assunto por meio da Reso- 1. (UECE– 2018) Assinale a opção que NÃO corresponde
lução n° 432 de 2013. a uma medida administrativa aplicável por autoridade
de trânsito ou seus agentes na esfera das competên-
Art. 277. O condutor de veículo automotor envol- cias estabelecidas no Código de Trânsito e dentro de
vido em acidente de trânsito ou que for alvo de fis- sua circunscrição.
calização de trânsito poderá ser submetido a teste,
exame clínico, perícia ou outro procedimento que, a) Recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação.
por meios técnicos ou científicos, na forma disci- b) Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual.
plinada pelo CONTRAN, permita certificar influên- c) Multa.
cia de álcool ou outra substância psicoativa que d) Retenção do veículo
determine dependência. (Redação dada pela Lei n°
12.760, de 2012) Multa é penalidade e não medida administrativa!
§ 1° (Revogado). (Redação dada pela Lei n° 12.760, Vejamos a lei:
de 2012) Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes,
§ 2° A infração prevista no art. 165 também poderá na esfera das competências estabelecidas neste
ser caracterizada mediante imagem, vídeo, cons- Código e dentro de sua circunscrição, deverá adotar
tatação de sinais que indiquem, na forma disci- as seguintes medidas administrativas:
plinada pelo CONTRAN, alteração da capacidade
I - retenção do veículo;
psicomotora ou produção de quaisquer outras pro-
II - remoção do veículo;
vas em direito admitidas. (Redação dada pela Lei n°
III - recolhimento da Carteira Nacional de
12.760, de 2012)
Habilitação;
§ 3° Serão aplicadas as penalidades e medidas
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir;
administrativas estabelecidas no art. 165-A deste
V - recolhimento do Certificado de Registro;
Código ao condutor que se recusar a se submeter
a qualquer dos procedimentos previstos no caput
VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento
deste artigo. (Redação dada pela Lei n° 13.281, de Anual;
2016) VIII - transbordo do excesso de carga;
IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou
Veja que qualquer cidadão pode ser convidado a perícia de substância entorpecente ou que determine
dependência física ou psíquica; Resposta: Letra C.
assoprar o etilômetro (bafômetro), mesmo que não
esteja envolvido em acidente de trânsito. A tolerân-
2. (AOCP - 2016) Conforme está disposto no art. 269, X,
cia, hoje, é zero! Inclusive, é possível a autuação e pri-
da Lei 9.503/97, ocorrerá: “recolhimento de animais
são do cidadão que apresente sinais de embriaguez
que se encontrem soltos nas vias da faixa de domí-
(agressividade, sonolência, fala enrolada), embora
nio das vias de circulação, restituindo-os aos seus
possa haver a recusa do teste de etilômetro.
proprietários, após pagamento de multas e encargos
devidos”. O enunciado refere-se a
Art. 278. Ao condutor que se evadir da fiscalização,
não submetendo veículo à pesagem obrigatória nos
a) uma Medida Administrativa.
pontos de pesagem, fixos ou móveis, será aplicada a
b) uma Medida Penal.
penalidade prevista no art. 209, além da obrigação
de retornar ao ponto de evasão para fim de pesa- c) uma das penalidades previstas no artigo.
gem obrigatória. d) um dos conjuntos que integram as ações judiciais do
Parágrafo único. No caso de fuga do condutor à Órgão de Trânsito.
ação policial, a apreensão do veículo dar-se-á tão e) uma Medida Transitória.
logo seja localizado, aplicando-se, além das penali-

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


dades em que incorre, as estabelecidas no art. 210. Por mais estranho que seja, o recolhimento de ani-
mais é uma medida administrativa prevista no art.
Não é raro caminhoneiros não se submeterem à 269 do CTB. Você como agente de trânsito estará
pesagem do veículo em rodovias. O agente ao pre- sujeito a essas árduas tarefas. Resposta: Letra A.
senciar a infração deve obrigar o infrator à pesagem
obrigatória. Não submeter veículo a pesagem é infra- DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
ção grave. Se, além disso, resolver fugir à abordagem
policial a infração é gravíssima. Da Autuação

Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envol- Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação
vendo veículo equipado com registrador instantâ- de trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual
constará:
neo de velocidade e tempo, somente o perito oficial
I - tipificação da infração;
encarregado do levantamento pericial poderá reti-
II - local, data e hora do cometimento da infração;
rar o disco ou unidade armazenadora do registro.
III - caracteres da placa de identificação do veículo,
sua marca e espécie, e outros elementos julgados
Os veículos envolvidos em acidentes com vítima que necessários à sua identificação;
possuam tacógrafo (Resolução N° 92/1999) devem ter o IV - o prontuário do condutor, sempre que possível;
disco do tacógrafo analisado e investigado. O único pro- V - identificação do órgão ou entidade e da autori-
fissional que pode retirar o disco para análise é o perito dade ou agente autuador ou equipamento que com-
da polícia científica designado para analisar o caso. provar a infração; 87
VI - assinatura do infrator, sempre que possível, Quanto à figura do agente de trânsito, não é levada
valendo esta como notificação do cometimento da em consideração o vínculo legal com a Administração
infração. Pública. Tanto faz se é estatutário ou celetista.

Auto de Infração de Trânsito é o ato que dá início Do Julgamento das Autuações e Penalidades
ao processo administrativo para imposição de puni-
ção, em decorrência de alguma infração à legislação Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da
de trânsito. O auto de infração para ser considerado competência estabelecida neste Código e dentro de
consistente e regular necessita de alguns requisitos. sua circunscrição, julgará a consistência do auto de
No entanto, tenha cuidado porque 02 (dois) requisitos infração e aplicará a penalidade cabível.
Parágrafo único. O auto de infração será arquivado
do artigo 280 não são obrigatórios:
e seu registro julgado insubsistente:
I - se considerado inconsistente ou irregular;
INFORMAÇÃO II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expe-
CONSTATADA OBRIGATÓRIO dida a notificação da autuação.
NO AUTO DE INFRAÇÃO (Redação dada pela Lei n° 9.602, de 1998)

Tipificação Sim
Informações importantes a serem lembradas: o
Local /Data/Hora Sim auto de infração pode e deve ser arquivado se tiver
erros no seu preenchimento ou se o órgão ou entidade
Placa / Marca /Espécie Sim de trânsito competente não expedir em 30 dias a noti-
ficação da autuação.
Órgão ou Entidade de
Sim
trânsito autuador (a)
AUTO DEVERÁ
EXEMPLO
Agente de Trânsito SER ARQUIVADO:
Sim
autuador
Ex: agente flagra uma ação e
Auto inconsistente
Não (Apenas quando for enquadra em outra.
Prontuário do condutor
possível)
Ex: no preenchimento do auto
Não (Apenas quando for Auto irregular a cor do veículo é diferente da
Assinatura do infrator
possível) cor real do veículo.

Ex: demorar mais de 30 dias


Auto extemporâneo
§ 1° (VETADO) para expedir a notificação.
§ 2° A infração deverá ser comprovada por decla-
ração da autoridade ou do agente da autoridade
de trânsito, por aparelho eletrônico ou por equipa- Art. 281-A Na notificação de autuação e no auto de
mento audiovisual, reações químicas ou qualquer infração, quando valer como notificação de autua-
ção, deverá constar o prazo para apresentação de
outro meio tecnologicamente disponível, previa-
defesa prévia, que não será inferior a 30 (trinta)
mente regulamentado pelo CONTRAN.
dias, contado da data de expedição da notificação.
(Lei n° 14.071 de 2020)
Ao presenciar uma irregularidade, o agente fisca- Art. 282. Caso a defesa prévia seja indeferida ou
lizador pode lavrar o auto de infração em documento não seja apresentada no prazo estabelecido, será
próprio (papel) comunicando à autoridade de trânsito aplicada a penalidade e expedida notificação ao
sobre uma infração de trânsito. Poderá usar também proprietário do veículo ou ao infrator, no prazo
aparelho eletrônico para preenchimento do auto de máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da
infração (palmtop). Radares são outras formas de fla- data do cometimento da infração, por remessa pos-
grar infrações de velocidade (equipamento visual regu- tal ou por qualquer outro meio tecnológico hábil
lamentado pelo CONTRAN). que assegure a ciência da imposição da penalidade.
(Lei n° 14.071 de 2020)
§ 1° A notificação devolvida por desatualização do
§ 3° Não sendo possível a autuação em flagrante,
endereço do proprietário do veículo será considera-
o agente de trânsito relatará o fato à autoridade
da válida para todos os efeitos.
no próprio auto de infração, informando os dados a
respeito do veículo, além dos constantes nos incisos
Veja que a penalidade de trânsito deve ser aplica-
I, II e III, para o procedimento previsto no artigo
da em 180 dias após o indeferimento da defesa prévia
seguinte.
ou a partir do término do prazo para a apresentação
da defesa prévia onde o condutor não apresentou sua
Quando não for possível abordar, o agente deve
defesa. Antigamente, o condutor passava, em alguns
colocar no campo de observações do auto que não foi
casos, anos esperando a aplicação da penalidade.
possível abordar e colocar dados como: tipificação da
infração, cor do veículo e marca do veículo. § 2° A notificação a pessoal de missões diplomá-
ticas, de repartições consulares de carreira e de
§ 4° O agente da autoridade de trânsito compe- representações de organismos internacionais e de
tente para lavrar o auto de infração poderá ser seus integrantes será remetida ao Ministério das
servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda, Relações Exteriores para as providências cabíveis e
policial militar designado pela autoridade de trân- cobrança dos valores, no caso de multa.
sito com jurisdição sobre a via no âmbito de sua § 3° Sempre que a penalidade de multa for impos-
88 competência. ta a condutor, à exceção daquela de que trata o §
1° do art. 259, a notificação será encaminhada 60% (sessenta por cento) do seu valor, em qualquer
ao proprietário do veículo, responsável pelo seu fase do processo, até o vencimento da multa. (Lei n°
pagamento.
14.071 de 2020).
§ 4° Da notificação deverá constar a data do tér-
mino do prazo para apresentação de recurso pelo
responsável pela infração, que não será inferior Se o condutor quiser ganhar os 40% de desconto pela
a trinta dias contados da data da notificação da notificação eletrônica, deve renunciar à defesa prévia e
penalidade. (Incluído pela Lei n° 9.602, de 1998) aos recursos. Um excelente incentivo aos condutores.
§ 5° No caso de penalidade de multa, a data esta-
belecida no parágrafo anterior será a data para Observe o que mais o texto legal fala a respeito das
o recolhimento de seu valor. (Incluído pela Lei n° notificações eletrônicas e suas implicações:
9.602, de 1998)
§ 2° O recolhimento do valor da multa não implica
Importante ter atenção ao prazo: mínimo de 30 renúncia ao questionamento administrativo, que
dias para todos os recursos. É normal o prazo dado pode ser realizado a qualquer momento, respeitado
pelos órgãos ser maior que esse.
o disposto no § 1°. (Incluído pela Lei n° 13.281, de
§ 6° Em caso de apresentação da defesa prévia em 2016)
tempo hábil, o prazo previsto no caput deste arti- § 3° Não incidirá cobrança moratória e não poderá
go será de 360 (trezentos e sessenta) dias. (Lei n° ser aplicada qualquer restrição, inclusive para fins
14.071 de 2020) de licenciamento e transferência, enquanto não for
§ 7° O descumprimento dos prazos previstos no
encerrada a instância administrativa de julgamen-
caput ou no § 6° deste artigo implicará a decadên-
cia do direito de aplicar a penalidade. (Lei n° 14.071 to de infrações e penalidades. (Incluído pela Lei n°
de 2020) 13.281, de 2016)
Art. 282-A. O órgão do Sistema Nacional de Trân- § 4° Encerrada a instância administrativa de julga-
sito responsável pela autuação deverá oferecer ao mento de infrações e penalidades, a multa não paga
proprietário do veículo ou ao condutor autuado a
até o vencimento será acrescida de juros de mora
opção de notificação por meio eletrônico, na forma
definida pelo CONTRAN. (lei 14.071 de 2020) equivalentes à taxa referencial do Sistema Espe-
§ 1° O proprietário e o condutor autuado deverão cial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títu-
manter seu cadastro atualizado no órgão executi- los federais acumulada mensalmente, calculados a
vo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal. (lei partir do mês subsequente ao da consolidação até
14.071 de 2020)
o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por
§ 2° Na hipótese de notificação prevista no caput
deste artigo, o proprietário ou o condutor autuado cento) relativamente ao mês em que o pagamento
será considerado notificado 30 (trinta) dias após a estiver sendo efetuado.
inclusão da informação no sistema eletrônico e do § 5° O sistema de notificação eletrônica, referido
envio da respectiva mensagem. (lei 14.071 de 2020) no § 1° deste artigo, deve disponibilizar, na mesma
plataforma, campo destinado à apresentação de
Em regra, a notificação é postal, entretanto, o CTB
defesa prévia e de recurso, quando o condutor não
hoje possibilita a notificação eletrônica. Trata-se de
aplicativo (Android e iOS), desenvolvido pelo DENA- reconhecer o cometimento da infração, na forma
TRAN, com o objetivo de assegurar aos cidadãos a regulamentada pelo CONTRAN. (lei 14.071 de 2020)
ciência das eventuais notificações de infrações de
trânsito cometidas. O que a lei trouxe de novo? É obri- Primeiro Recurso
gação do órgão de trânsito disponibilizar a opção de
notificação eletrônica O proprietário ou condutor que Art. 285. O recurso previsto no art. 283 será
for autuado deve manter seu cadastro atualizado jun-
interposto perante a autoridade que impôs a
to ao órgão executivo de trânsito (DETRAN) do Estado

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


ou do Distrito Federal. penalidade, a qual remetê-lo-á à JARI, que deve-
Nesse tipo de notificação é importante lembrar rá julgá-lo em até trinta dias.
que será considerado notificado 30 (trinta) dias após § 1° O recurso não terá efeito suspensivo.
a inclusão da informação no sistema eletrônico e do § 2° A autoridade que impôs a penalidade reme-
envio da respectiva mensagem. terá o recurso ao órgão julgador, dentro dos dez
dias úteis subsequentes à sua apresentação, e, se o
§ 3° O sistema previsto no caput será certificado
digitalmente, atendidos os requisitos de autenti- entender intempestivo, assinalará o fato no despa-
cidade, integridade, validade jurídica e interope- cho de encaminhamento.
rabilidade da Infraestrutura de Chaves Públicas § 3° Se, por motivo de força maior, o recurso não
Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído pela Lei n° 13.281, for julgado dentro do prazo previsto neste artigo,
de 2016)
a autoridade que impôs a penalidade, de ofício, ou
Art. 283. (VETADO)
Art. 284. O pagamento da multa poderá ser efetua- por solicitação do recorrente, poderá conceder-lhe
do até a data do vencimento expressa na notifica- efeito suspensivo.
ção, por oitenta por cento do seu valor. § 4° Na apresentação de defesa ou recurso, em qual-
§ 1° Caso o infrator opte pelo sistema de notifi- quer fase do processo, para efeitos de admissibili-
cação eletrônica, conforme regulamentação do
dade, não serão exigidos documentos ou cópia de
CONTRAN, e opte por não apresentar defesa pré-
via nem recurso, reconhecendo o cometimento da documentos emitidos pelo órgão responsável pela
infração, poderá efetuar o pagamento da multa por autuação. (Lei n° 14.071 de 2020) 89
Memorize que, em regra, o recurso não possui Art. 290. Implicam encerramento da instância
efeito suspensivo. A menos que não seja julgado em administrativa de julgamento de infrações e pena-
30 dias, situação em que tal efeito pode ser concedido lidades: (Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016)
de ofício ou a pedido. Lembrando que o recurso deve I - o julgamento do recurso de que tratam os arts.
ser interposto perante a autoridade penalizadora que 288 e 289; (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
remeterá em 10 dias úteis para a JARI. Outro detalhe: II - a não interposição do recurso no prazo legal; e
a burocracia de exigências de documentos foi vetada, (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
não sendo necessária a anexação de documentos na
III - o pagamento da multa, com reconhecimento da
defesa e nos recursos.
infração e requerimento de encerramento do processo
Art. 286. O recurso contra a imposição de multa na fase em que se encontra, sem apresentação de defe-
poderá ser interposto no prazo legal, sem o recolhi- sa ou recurso. (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
mento do seu valor. Parágrafo único. Esgotados os recursos, as pena-
lidades aplicadas nos termos deste Código serão
Não é necessário pagar a multa se o infrator recor- cadastradas no RENACH.
rer da decisão da autoridade de trânsito. Entretanto,
se o recurso não for movido ou a infração ocorrer
em local diferente do registro do veículo, ocorrerá da
seguinte maneira o processo: EXERCÍCIOS COMENTADOS
§ 1° No caso de não provimento do recurso, aplicar- 1. (FCC - 2019) Ocorrendo uma infração prevista na
-se-á o estabelecido no parágrafo único do art. 284.
§ 2° Se o infrator recolher o valor da multa e apresentar legislação de trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do
recurso, se julgada improcedente a penalidade, ser-lhe- qual constará:
-á devolvida a importância paga, atualizada em UFIR
ou por índice legal de correção dos débitos fiscais. I. o prontuário do condutor, sempre que possível.
Art. 287. Se a infração for cometida em localidade II. identificação do órgão ou entidade e da autoridade
diversa daquela do licenciamento do veículo, o recur-
so poderá ser apresentado junto ao órgão ou entidade
ou agente autuador ou equipamento que comprovar a
de trânsito da residência ou domicílio do infrator. infração.
Parágrafo único. A autoridade de trânsito que rece- III. valor da multa, valendo esta como notificação do
ber o recurso deverá remetê-lo, de pronto, à auto- cometimento da infração.
ridade que impôs a penalidade acompanhado das
cópias dos prontuários necessários ao julgamento.
Está correto o que consta APENAS em:
Segundo Recurso
a) I e III.
Art. 288. Das decisões da JARI cabe recurso a ser b) I.
interposto, na forma do artigo seguinte, no prazo c) I e II.
de trinta dias contado da publicação ou da notifi- d) II.
cação da decisão. e) II e III.
§ 1° O recurso será interposto, da decisão do não provi-
mento, pelo responsável pela infração, e da decisão de
provimento, pela autoridade que impôs a penalidade. O Item I e II estão de acordo com art. 280 do CTB, mas
§ 2° (Revogado pela Lei n° 12.249, de 2010) o valor da multa não é um requisito obrigatório que
Art. 289. O recurso de que trata o artigo anterior deverá constar no Auto de Infração. Resposta: Letra C.
será apreciado no prazo de trinta dias:
I - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou 2. (IDIB - 2020) De acordo com o Código de Trânsito
entidade da União, por colegiado especial integra-
do pelo Coordenador-Geral da Jari, pelo Presidente Brasileiro, julgar os recursos interpostos contra as
da Junta que apreciou o recurso e por mais um Pre- decisões das Juntas Administrativas de Recursos e
sidente de Junta; (Lei n° 14.071 de 2020) Infrações (JARI) é uma competência
II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou enti-
dade de trânsito estadual, municipal ou do Distrito Fede- a) da Polícia Federal.
ral, pelos CETRAN E CONTRANDIFE, respectivamente.
b) da Câmara Arbitrai de Conciliação.
Parágrafo único. No caso do inciso I do caput deste
artigo, quando houver apenas uma Jari, o recurso c) do Conselho Nacional de Trânsito.
será julgado por seus membros. d) dos Conselhos Estaduais de Trânsito e do Conselho
de Trânsito do Distrito Federal (CONTRANDIFE).
Veja na tabela um resumo dos artigos anteriores:
O CETRAN e o CONTRANDIFE são instâncias recur-
PRAZO MÍNIMO sais, conforme art. 289, II do CTB. Eles analisam
A SER DADO P/ ÓRGÃO JULGADOR
ENTE INTERPOR
recursos em segunda instância de infrações oriundas
AUTUADOR de órgãos estaduais e municipais. Resposta: Letra D.
Defesa Todos os 1°
2° Recurso
Prévia Recursos Recurso
DOS CRIMES DE TRÂNSITO
Colegiado
União 30 dias 30 dias Jari
Especial
Crime de trânsito é um assunto muito comum em
Estados CETRAN/ provas, inclusive para cargos do Alto Escalão do Poder
e 30 dias 30 dias Jari CONTRAN- Público (Juízes, Promotores de Justiça e Defensores
Municípios DIFE (DF)
90 Públicos). Fique sempre atento ao estudar esse conteúdo
Disposições Gerais Recente modificação para 2018: o novo §4° do art.
291 do CTB exige que os juízes observem o art. 59 do
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veícu- código penal para fixação da pena base, isto é, devem
los automotores, previstos neste Código, aplicam-se analisar a culpabilidade, os antecedentes, a conduta
as normas gerais do Código Penal e do Código de social, a personalidade do agente, os motivos, as cir-
Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de cunstâncias e consequências do crime, bem como o
modo diverso, bem como a Lei n° 9.099, de 26 de comportamento da vítima, devendo dar especial aten-
setembro de 1995, no que couber ção à culpabilidade do agente e às circunstâncias e
consequências do crime.
Neste artigo, o legislador quis dizer que o crime
de trânsito obedecerá, em regra, ao que determinar
BENEFÍCIOS RETIRA-
o CTB. Situações não abarcadas pelo CTB seguem as CRIME
DOS DA LEI N° 9099/95
regras do Código Penal e do Código de Processo Penal,
lembrando que é possível a aplicação da Lei dos Jui- Lesão corporal culposa
zados Especiais Criminais (Lei n° 9099/95), quando leve + embriaguez Composição civil dos
puder. Segundo a Lei n° 9099/95, apenas crimes com danos (art. 74 da lei n°
pena máxima de 02 (dois) anos ficam sob o rito desta Lesão corporal culposa 9099/95)
lei. No entanto, entenda que quase todos os crimes do + racha Transação penal (art. 76
CTB são regidos pela Lei dos Juizados Especiais Crimi- da lei n° 9099/95)
Lesão corporal culposa Representação da vítima
nais, exceto Homicídio Culposo na direção de veículo
+ velocidade excessiva para promoção da ação
automotor, Embriaguez ao volante, Racha e a Lesão
(velocidade superior à penal pública (art. 88 da
Corporal Culposa em algumas situações.
máxima permitida para a lei n° 9099/95)
via em 50 km/h)
§ 1° Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corpo-
ral culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei n°
9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente Nestas situações será necessária a abertura de
estiver: (Renumerado do parágrafo único pela Lei Inquérito Policial e não cabe Termo Circunstancia-
n° 11.705, de 2008) do de Ocorrência, além disso a ação será Pública
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra Incondicionada.
substância psicoativa que determine dependência;
Se a lesão corporal culposa for grave ou gravíssima
(Incluído pela Lei n° 11.705, de 2008)
e o condutor estiver embriagado ou drogado, não será
II - participando, em via pública, de corrida, dispu-
ta ou competição automobilística, de exibição ou
regida pela Lei n° 9099/95.
demonstração de perícia em manobra de veículo
automotor, não autorizada pela autoridade compe- Suspensão da CNH imposta pelo Juiz de Direito
tente; (Incluído pela Lei n° 11.705, de 2008)
III - transitando em velocidade superior à máxima Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter
permitida para a via em 50 km/h (cinquenta quilô- a permissão ou a habilitação para dirigir veículo
metros por hora).(Incluído pela Lei n° 11.705, de automotor pode ser imposta isolada ou cumulati-
2008) vamente com outras penalidades. (Redação dada
§ 2° Nas hipóteses previstas no § 1° deste artigo, pela Lei n° 12.971, de 2014)
deverá ser instaurado inquérito policial para a Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibi-
investigação da infração penal. (Incluído pela Lei ção de se obter a permissão ou a habilitação, para
n° 11.705, de 2008) dirigir veículo automotor, tem a duração de dois
§ 4° O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes meses a cinco anos.
previstas no art. 59 do Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de § 1° Transitada em julgado a sentença condenató-
dezembro de 1940 (Código Penal), dando especial ria, o réu será intimado a entregar à autoridade
atenção à culpabilidade do agente e às circunstân- judiciária, em quarenta e oito horas, a Permissão
cias e consequências do crime. (Incluído pela Lei n° para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


13.546/2017) § 2° A penalidade de suspensão ou de proibição de
se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
As situações acima são situações em que cometi- veículo automotor não se inicia enquanto o senten-
das conjuntamente com o crime de lesão corporal ciado, por efeito de condenação penal, estiver reco-
culposa na direção de veículo automotor, fazem com lhido a estabelecimento prisional.
que o acusado perca os direitos à composição civil, à
transação penal e a ação penal passará a ser pública Informação comum em exames: a autoridade judi-
incondicionada (não necessita representação da víti- ciária pode impor a suspensão penal do direito de
ma). Também não será lavrado termo circunstanciado dirigir pelo prazo de 02 meses a 05 anos! Já o cidadão
e será aberto inquérito policial. penalizado deve entregar sua CNH em 48 horas após
ter a sentença transitada em julgado.

Importante! SITUAÇÃO PRAZO


Os crimes de lesão corporal culposa no trânsi- Suspensão penal do direito de dirigir
to admitem o usufruto dos benefícios da Lei n° 02 meses a 05
9099/95, entretanto, existem circunstâncias Proibição de se obter a permissão anos
ou a habilitação
especiais que impedem a aplicação de determi-
nados benefícios da Lei de Juizado Especial Cri- Entrega da CNH após decisão
minal (n° 9099/95). 48 horas
judicial transitada em julgado
91
Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de cri-
ação penal, havendo necessidade para a garantia da me previsto neste Código, o juiz aplicará a penalida-
ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de de suspensão da permissão ou habilitação para
de ofício, ou a requerimento do Ministério Público dirigir veículo automotor, sem prejuízo das demais
ou ainda mediante representação da autoridade sanções penais cabíveis. (Redação dada pela Lei n°
policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão 11.705, de 2008).
da permissão ou da habilitação para dirigir veículo
automotor, ou a proibição de sua obtenção. Em qualquer crime previsto no CTB, o juiz é obri-
Parágrafo único. Da decisão que decretar a sus- gado a impor a penalidade de suspensão da permissão
pensão ou a medida cautelar, ou da que indeferir o ou habilitação se for reincidente em crimes de trânsito.
requerimento do Ministério Público, caberá recur-
so em sentido estrito, sem efeito suspensivo. Art. 297. A penalidade de multa reparatória con-
siste no pagamento, mediante depósito judicial em
favor da vítima, ou seus sucessores, de quantia cal-
A suspensão penal do direito de dirigir ou a proibi- culada com base no disposto no § 1° do art. 49 do
ção de obtenção de permissão para dirigir pode tam- Código Penal, sempre que houver prejuízo material
bém ser imposta antes da sentença judicial (medida resultante do crime.
cautelar), podendo, ser decretada durante o inquéri- § 1° A multa reparatória não poderá ser superior
to policial ou durante Ação proposta pelo Ministério ao valor do prejuízo demonstrado no processo.
Público. Tal medida pode ser imposta pelo juiz de § 2° Aplica-se à multa reparatória o disposto nos
ofício ou a requerimento do Ministério Público ou arts. 50 a 52 do Código Penal.
§ 3° Na indenização civil do dano, o valor da multa
mediante representação da autoridade policial.
reparatória será descontado.

AUTORIDADE A Essa é uma multa de natureza civil, indenizatória,


PENALIDADE
DECRETAR e cobrada no juízo penal. É, em suma, uma antecipa-
ção de um ressarcimento imposta pelo juiz da esfera
Suspensão penal do penal, após reclamação da vítima ou seus sucessores.
direito de dirigir O rumo da multa reparatória é diferente do destino
Juiz
(autoridade judiciária) da multa administrativa, pois esta vai para o Estado e
Proibição de obtenção de aquela é paga à vítima ou aos seus sucessores. O valor
permissão ou habilitação da multa reparatória terá como teto o do prejuízo
demonstrado no processo. Porém, se posteriormente
a vítima se achar insatisfeita com o valor pago, poderá
MOMENTO AUTORIDADES ainda reclamar o mesmo objeto, a mesma indeniza-
FINALIDADE
CAUTELAR SOLICITADORAS ção, na esfera cível, recebendo apenas a diferença.
A forma de pagamento dessa multa está prevista
Inquérito Autoridade policial no Código Penal, entre seus artigos 49 e 52, devendo
policial (representação) ser paga em dia-multa, a ser fixado pelo juiz. A multa
Ordem pública deve ser paga dentro de 10 dias depois de transitada
Promotor de justiça em julgada a sentença.
Ação penal
(requerimento)
Agravantes dos crimes de trânsito

z O Recurso em Sentido estrito é o instrumento jurí- Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam
dico para recorrer da decretação dessa medida as penalidades dos crimes de trânsito ter o condu-
cautelar. Tal “remédio” também pode ser utiliza- tor do veículo cometido a infração:
do pelo Ministério Público se este solicitar a esta I - com dano potencial para duas ou mais pessoas
medida cautelar e o juiz indeferir. ou com grande risco de grave dano patrimonial a
z Mesmo sem solicitação destas autoridades, o juiz terceiros;
II - utilizando o veículo sem placas, com placas fal-
pode decretar essa penalidade de ofício se enten-
sas ou adulteradas;
der a medida necessária. III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira
de Habilitação;
Art. 295. A suspensão para dirigir veículo auto- IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de
motor ou a proibição de se obter a permissão ou Habilitação de categoria diferente da do veículo;
a habilitação será sempre comunicada pela auto- V - quando a sua profissão ou atividade exigir cui-
ridade judiciária ao Conselho Nacional de Trânsito dados especiais com o transporte de passageiros ou
- CONTRAN, e ao órgão de trânsito do Estado em de carga;
que o indiciado ou réu for domiciliado ou residente. VI - utilizando veículo em que tenham sido adulte-
rados equipamentos ou características que afetem
Tendo em vista que a forma de suspensão do direito a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo
com os limites de velocidade prescritos nas especi-
de dirigir pela autoridade judiciária tem um rito distinto
ficações do fabricante;
e independente do processo administrativo, feito pela VII - sobre faixa de trânsito temporária ou perma-
autoridade de trânsito, é imprescindível que o DETRAN nentemente destinada a pedestres.
do estado onde reside o sentenciado seja avisado da
decisão, para que esta seja incluída no prontuário do O rol de agravantes deve ser bem estudado porque
condutor e os fiscalizadores possam ter acesso às infor- cai de forma seca nas provas. Não se devem confundir
mações da decisão judicial aplicada. Veja que existe tam- circunstâncias que sempre agravam as penalidades
92 bém a obrigatoriedade de informação ao CONTRAN. de crimes de trânsito com causas de aumento de pena.
O aumento de pena só vale nas hipóteses de homi- A redação do art. 302 é uma redação estranha. Em
cídio culposo e de lesão corporal culposa, ambos na vez de descrever a conduta, o nosso legislador colocou
direção de veículo automotor. Já as circunstâncias o nome do crime no tipo penal. Na realidade, é matar
agravantes valem para todos os crimes, inclusive o alguém. Por conta disso, há quem sustente a inconsti-
homicídio culposo e a lesão corporal culposa. tucionalidade deste art. 302, por violação ao princípio
da taxatividade, que é um corolário do princípio da
Art. 299. (VETADO) legalidade. A conduta é praticar homicídio culposo e
Art. 300. (VETADO) isso todo mundo sabe o que significa: matar alguém. E
Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de
isso vocês observam na parte especial do CP:
acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se
O art. 302 só se aplica se o crime for cometido na
condução de veículo automotor, como explicitado no
imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fian-
caput do artigo. Veículo automotor é aquele que cir-
ça, se prestar pronto e integral socorro àquela.
cula pela própria força do seu motor, incluindo os
veículos conectados à linha elétrica que não circulem
Dos crimes de trânsito, esse artigo é bastante sobre trilhos, conforme Anexo I do CTB. Portanto, não
cobrado nas provas. Nos casos de acidentes de trân- se aplica o art. 302 se o homicídio for cometido na
sito em que resulte vítima, não se imporá a prisão em condução de veículos de tração animal e de propulsão
flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e humana, ou seja, se matar utilizando uma bicicleta
integral socorro à vítima. responderá pelo código penal.
E há diferença entre aplicar o CTB e o CP? A pena
Dica do homicídio culposo do CP é de 1 a 3 anos de deten-
ção. No CTB é de 2 a 4 anos de detenção, mais sus-
Acidente com vítima? Prestação de pronto e inte- pensão/proibição do direito de dirigir (variando de 2
gral socorro! Isto não significa dizer que é necessá- meses a 5 anos). Portanto, a pena é muito mais grave
rio fazer massagem cardíaca no acidentado, basta no Código de Trânsito. Segundo o STF, tal tratamento
chamar socorro e aguardar o atendimento no local. desigual é constitucional, tendo em vista as mortes no
trânsito. Perceba também que não temos a pena de
multa prevista para esse crime. Memorize também as
Então, podemos esquematizar o seguinte: no
causas aumentativas de pena (1/3 a ½)!
homicídio culposo e na lesão culposa, se o condutor
não prestar socorro à vítima, podendo prestar, essa
sua omissão gera duas consequências: ele pode ser CRIME CONDUTA PENAS
autuado em flagrante e tal omissão constitui causa de
aumento de pena desses crimes. 02 a 04 anos de
Uma última observação: nos casos em que autori- detenção
dade vislumbrar dolo eventual, o condutor será pre- Praticar homicí-
Homicídio dio culposo na Suspensão
so em flagrante, mesmo que tenha prestado pronto e ou proibição
Culposo direção de veícu-
integral socorro. Isso porque, se for homicídio doloso, de se obter a
lo automotor
com dolo eventual, não se aplica o Código de Trânsito. permissão ou a
Portanto, não se aplica o art. 301, mas o Código Penal. habilitação
E o Código Penal não isenta do flagrante o homicida
que socorreu a vítima.
CAUSAS
LEI DO JUIZADO
AUMENTATIVAS DE
Dos Crimes em Espécie ESPECIAL CRIMINAL?
PENA (1/3 A ½)
Analisaremos agora os crimes em espécie, parte Sem CNH
também muito importante dentro do assunto de cri- Faixa de pedestre ou
mes de trânsito. calçada
Inaplicável
Omissão de socorro
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção
de veículo automotor: Transporte de passageiro
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspen-
(profissão)
são ou proibição de se obter a permissão ou a habi-
litação para dirigir veículo automotor.
§ 1° No homicídio culposo cometido na direção de § 3° Se o agente conduz veículo automotor sob a
veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um influência de álcool ou de qualquer outra substân-
terço) à metade, se o agente: (Incluído pela Lei n° cia psicoativa que determine dependência (Incluído
12.971, de 2014) pela Lei n° 13.546/2017):
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Cartei- Penas – reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão
ra de Habilitação; (Incluído pela Lei n° 12.971, de ou proibição do direito de se obter a permissão ou a
2014) habilitação para dirigir veículo automotor.
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
(Incluído pela Lei n° 12.971, de 2014) Temos aqui um novo instituto: o homicídio cul-
III - deixar de prestar socorro, quando possível poso qualificado (Homicídio Culposo + Embriaguez),
fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;(In- com uma punição bastante severa para os condutores
cluído pela Lei n° 12.971, de 2014) que cometem tal ato. A privativa de liberdade passa a
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, esti- ser de reclusão e o quantum de pena para 5 a 8 anos.
ver conduzindo veículo de transporte de passagei-
ros. (Incluído pela Lei n° 12.971, de 2014) Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na dire-
V -(Revogado pela Lei n° 11.705, de 2008) ção de veículo automotor: 93
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
dirigir veículo automotor.
§ 1° Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1° do art. 302. (Redação
dada pela Lei n° 12.971, de 2014)

A lesão corporal no trânsito deve ser culposa para que o condutor responda por este artigo. Se houver dolo
(vontade de praticar a conduta), ou seja, se a lesão for dolosa, o criminoso responderá pelo crime de lesão corporal
do Código Penal.

CRIME CONDUTA PENAS

06 m a 02 anos de detenção
Praticar lesão corporal culposa na
Lesão corporal culposa Suspensão ou proibição de se obter
direção de veículo automotor
a permissão ou a habilitação

*o crime de lesão corporal culposa não será regido pela lei n° 9099/95 se o condutor causar lesão corporal culposa
nas hipóteses do artigo 303 § único do CTB.

LEI DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL? CAUSAS AUMENTATIVAS DE PENA (1/3 A ½)


Sem CNH
Faixa de pedestre ou calçada
Aplicável*
Omissão de socorro
Transporte de passageiro (profissão)
*o crime de lesão corporal culposa não será regido pela lei n° 9099/95 se o condutor causar lesão
corporal culposa nas hipóteses do artigo 303 § único do CTB.

§ 2° A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cinco anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste
artigo, se o agente conduz o veículo com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de
outra substância psicoativa que determine dependência, e se do crime resultar lesão corporal de natureza grave ou
gravíssima. (Incluído pela Lei n° 13.546/2017):

A lesão corporal culposa qualificada (a Lesão corporal culposa de natureza grave ou gravíssima + Embriaguez)
também conta com punição bem dura para motoristas que causem lesão corporal de natureza grave ou gravíssi-
ma a alguém, estando sob influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa. A privativa de liberdade
passa a ser de reclusão e o quantum de pena para 2 a 5 anos. Essa definição de lesão grave ou gravíssima deve ser
extraída dos §§ 1° e 2° do art. 129 do Código Penal.

Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo
fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida
por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.

Para configuração desse crime, é preciso dolo do condutor, ou seja, exige o conhecimento da necessidade do
socorro. Ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou
com ferimentos leves, incide a aplicação das penas tipificadas no artigo acima. Entenda que para configuração
deste crime é preciso que o condutor esteja envolvido e não seja o causador do acidente, já que se ele for o causa-
dor do acidente, o condutor responderá por Homicídio Culposo ou Lesão Corporal Culposa com aumentativo de
pena pela omissão de socorro (art. 302, § 1°, II / art. 303 Parágrafo único). Já se o condutor não estiver envolvido a
omissão de socorro é crime do artigo 135 do Código Penal.
Lembre-se também: a pena pode ser a detenção ou a multa. A multa, nesse caso, não será cumulativa.
Devido a sua pena, este crime do artigo 304 é de menor potencial ofensivo, ou seja, aplicar-se à Lei de Juizados
Especiais Criminais (JECRIM).

ENVOLVIDO? CAUSADOR? CRIME PENA JECRIM


Sim Não Art. 304. CTB 6 m a 1 ano ou multa Sim
Art.302, § 1°, II (ou) 2 a 4 anos
1/3 a ½ de aumento
CONDUTOR Sim Sim Art. 303. parágrafo 6 meses a Não
nas penas
único do CTB 2 anos

Não Não Art. 135. do C. P 1 a 6 meses Sim


94
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe
possa ser atribuída:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Veja que a pena máxima é de 1 (um) ano, isto é, temos aqui um crime de menor potencial ofensivo. A conduta
precisa ser dolosa. Interessante salientar que a fuga deve ser para escapar de possível responsabilização penal ou
civil. Assim, vemos que há um crime contra a Administração da Justiça com a finalidade específica de não ser iden-
tificado. Entenda que é possível fugir do local do acidente e prestar socorro. Exemplo: condutor liga para o Corpo
de Bombeiros solicitando socorro para vítima e depois desaparece do local do acidente para não ser identificado.
Interessante lembrar que havia dúvidas sobre a constitucionalidade desta norma, tendo em vista os casos julgados
pelo país. Entretanto, em 14 de novembro de 2018, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deu provimento ao
Recurso Extraordinário (RE) 971959, com repercussão geral reconhecida, e considerou constitucional o artigo 305 do
Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que tipifica como crime a fuga do local de acidente. A maioria dos ministros entendeu
que a norma não viola a garantia de não autoincriminação, prevista no artigo 5°, inciso LXIII, da Constituição Federal.

Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de
outra substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei n° 12.760, de 2012)
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação
para dirigir veículo automotor.
§ 1° As condutas previstas no caput serão constatadas por: (Incluído pela Lei n° 12.760, de 2012)
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama
de álcool por litro de ar alveolar; ou (Incluído pela Lei n° 12.760, de 2012)
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo CONTRAN, alteração da capacidade psicomotora. (Incluído pela
Lei n° 12.760, de 2012)
§ 2° A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame
clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à con-
traprova. (Redação dada pela Lei n° 12.971, de 2014)
§ 3° O CONTRAN disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de
caracterização do crime tipificado neste artigo. (Redação dada pela Lei n° 12.971, de 2014)

Nós estamos diante de um dos principais, senão o principal, crime de trânsito para as bancas organizadoras de
provas. Com o advento da Lei n° 11.705/08, o crime de embriaguez ao volante deixou de ser um crime de perigo
em concreto para ser um crime de perigo em abstrato.
Antes, para que ocorresse consumação do delito, era necessário que o condutor gerasse risco para o trânsito. Hoje,
ainda que um condutor esteja conduzindo adequadamente, se tiver acima dos índices permitidos para embriaguez,
será enquadrado no crime acima tipificado. Mas como é configurado esse crime? Bem, temos alguns instrumentos
capazes de constatar a embriaguez: Etilômetro (Bafômetro), Exame de Sangue, Testemunhas, Vídeos, Exames clínicos
e outros meios de prova em direito admitidos. Quanto ao Etilômetro e Exame de sangue temos os seguintes limites:

LIMITES PREVISTOS
INSTRUMENTO
CTB RES 432/2013 CTB RES 432/2013 CTB RES 432/2013
ETILÔMETRO 0,00 mg/L 0,04 mg/L ATÉ0,299 mg/L ATÉ 0,33mg/L 0,3 mg/L ou mais 0,34 mg/L ou mais
EXAME
0,00 dg/L 0,00 dg/L ATÉ 5,9 dg/L 6 dg/L ou mais.
DE SANGUE
Infração de Trânsito e crime de
CONSEQUÊNCIA Não é infração nem crime. Apenas infração de Trânsito.
Trânsito.

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


Perceba que o CTB estabelece um limite para o bafômetro e a Resolução estabelece outro. Na verdade, a Resolu-
ção n° 432/2013 tem como referência o limite do CTB, entretanto ela dá uma aparente “colher de chá” para o con-
dutor quando se trata de etilômetro porque o aparelho também pode não ser preciso, tornando-se esse limite uma
margem de erro do aparelho. No dia a dia, as fiscalizações utilizam a Resolução 432/13.
Para sua prova, você deve estar pensando: preciso memorizar qual limite? O do CTB ou limite da Resolução?
Simples, se sua prova colocar no edital a Resolução 432/13, você estuda os dois limites, caso contrário, estude
apenas o limite do CTB.
Agora, e se o condutor se recusar a realizar estes exames? Bem, se o condutor não quiser fazer nenhum desses
exames, ele será autuado pelo Artigo 165- A do CTB, podendo, inclusive, ser preso caso apresente sinais visíveis de
embriaguez (sonolência, agressividade, fala enrolada). Tal procedimento pode ser provado por meio de vídeos,
testemunhas, exames clínicos e outros meios de prova em direito admitidos. Mesmo se recusando a realizar o bafô-
metro ou exame de sangue, pode-se dar voz de prisão a um condutor visivelmente embriagado ou entorpecido por
outras drogas.

Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor
imposta com fundamento neste Código:
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou
de proibição.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1° do art.
293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. 95
Este dispositivo menciona que dirigir suspenso é Não esqueça que é necessário estarmos em via
crime. A maior parte da doutrina entende que a viola- pública, em veículo automotor e gerando perigo de
ção a este crime seria referente à suspensão imposta risco à segurança viária. Assim, é um crime de perigo
pelo magistrado, ou seja, a suspensão penal. concreto, ou seja, exige que o risco de dano aconteça
Arnaldo Rizardo e Guilherme de Souza Nucci, por para sua caracterização. Vejamos as novas penas:
exemplo, eminentes doutrinadores penais, entendem
que tal suspensão é penal, ou seja, apenas será crime CRIME PENA
se houver desobediência a uma decisão judicial. Uma
forte defesa da doutrina é que como pode dirigir sus- Racha (caput) Detenção de 06 m a 03 anos + sus-
penso ser crime e dirigir cassado só configurar crime pensão ou proibição de obter a per-
se gerar perigo de dano? Dirigir cassado é um ato de missão ou a habilitação para dirigir
desvalor maior que dirigir suspenso. veículo automotor+ multa
Porém, alguns tribunais têm aceitado e julgado pes-
soas nesse crime baseado apenas em violação à sus- Racha + lesão Reclusão de 03 anos a 06 anos +
pensão imposta pela autoridade de trânsito. Segundo grave suspensão ou proibição de obter
entendimento dado pelo Manual Brasileiro de Fisca- a permissão ou a habilitação para
lização de Trânsito, somente as suspensões judiciais, dirigir veículo automotor+ multa
e não as administrativas, seriam consideradas como Racha + morte Reclusão de 05 anos a 10 anos +
crime. Entretanto, esse entendimento não é aceito uni- suspensão ou proibição de obter
formemente pelos diversos órgãos que compõem o a permissão ou a habilitação para
caminho que percorre o processo (fiscalização, polícia dirigir veículo automotor+ multa
judiciária, MP e judiciário), haja vista a alegada incom-
petência do CONTRAN para tratar de matéria criminal.
Observe que este crime é de menor potencial ofen- Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública,
sivo e possui a pena de detenção, multa (multa não sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilita-
é opção) e suspensão adicional de idêntico prazo. ção ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, geran-
Importante salientar que é um crime de perigo abs- do perigo de dano:
trato, ou seja, a simples condução de um veículo por Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
motorista suspenso configurará o crime, independen-
temente de geração de risco. Crime de perigo concreto e de menor potencial
ofensivo. Entenda que dirigir sem possuir CNH ou
Art. 308. Participar, na direção de veículo automo- dirigir com CNH cassada só é crime se gerar perigo
tor, em via pública, de corrida, disputa ou competição de dano. Já dirigir suspenso é crime de perigo abstra-
automobilística ou ainda de exibição ou demonstra- to. O crime só existe se for praticado na direção de
ção de perícia em manobra de veículo automotor, veículo automotor e em via pública. Se alguém dirige
não autorizada pela autoridade competente, geran- um automóvel sem habilitação dentro da sua fazenda
do situação de risco à incolumidade pública ou pri-
particular, o fato é atípico.
vada: (Redação dada pela Lei n° 13.546, de 2017)
Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos,
E quando a situação for de CNH de categoria dife-
multa e suspensão ou proibição de se obter a per- rente causando perigo? Bom, se o indivíduo estiver
missão ou a habilitação para dirigir veículo auto- dirigindo o veículo com habilitação de categoria dife-
motor. (Redação dada pela Lei n° 12.971, de 2014) rente, que não seja própria para aquele veículo que
§ 1° Se da prática do crime previsto no caput resul- ele está dirigindo, há o crime do art. 309, uma vez que
tar lesão corporal de natureza grave, e as circuns- o tipo penal fala em “sem a devida permissão ou habi-
tâncias demonstrarem que o agente não quis o litação.” A palavra “devida” não é insignificante, pois
resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena o condutor deve ser habilitado para aquele veículo
privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6 que ele está conduzindo. Não se pode dirigir automó-
(seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas vel com habilitação para motocicleta, por exemplo.
neste artigo. (Incluído pela Lei n° 12.971, de 2014)
Conforme entendimento dado pelo MBFT, o ato
§ 2° Se da prática do crime previsto no caput resul-
tar morte, e as circunstâncias demonstrarem que o
de conduzir o veículo com a habilitação de categoria
agente não quis o resultado nem assumiu o risco de diferente, gerando perigo de dano, configura o crime
produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclu- do art. 309 do CTB. No entanto, há tribunais que já jul-
são de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das garam de forma diferente, não caracterizando a situa-
outras penas previstas neste artigo. (Incluído pela ção como crime.
Lei n° 12.971, de 2014) Outra situação: o indivíduo está com a habilita-
ção vencida há mais de trinta dias gerando perigo de
Este é o famoso crime de “racha”, e foi recentemen- dano, configura o crime? O STF decidiu o seguinte:
te modificado para endurecer a pena para os pratican- configura infração administrativa, mas não configu-
tes de competições não autorizadas em via pública. O ra o crime do art. 309. Mesmo que o condutor esteja
“racha” não é apenas corrida, mas também disputa ou gerando perigo de dano, uma vez que habilitação ven-
competição. Por isso, fique atento: o tipo penal não pune cida não significa falta de habilitação.
se houver somente a corrida, é necessário que exista
elementos de competição no ato, como, por exemplo, a Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção
tomada de tempo, a organização em posições etc. de veículo automotor a pessoa não habilitada, com
Cuidado! O art. 308 está punindo mais do que habilitação cassada ou com o direito de dirigir sus-
uma simples corrida. Está punindo, além disso, qual- penso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde,
quer forma de disputa ou competição. Neste delito, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em
os promotores do evento não são punidos, apenas os condições de conduzi-lo com segurança:
96 participantes. Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Interessante é o caso da pessoa que permite, con- Não é incomum em acidentes de trânsito com víti-
fia ou entrega veículo a condutor inabilitado, cassado, mas, envolvidos mudarem local dos veículos, apagar
suspenso, embriagado ou sem condições de saúde físi- local de frenagem, mudar local do corpo da vítima,
ca ou mental para dirigir. Crime de perigo abstrato e retirar a sinalização, alterar local de colisão e até indi-
de menor potencial ofensivo. Para evitar celeumas e
car um falso condutor. De qualquer forma é um cri-
debates ineficazes, o STJ ratificou o que o CTB já nos
me de menor potencial ofensivo. O crime de inovação
informa: tal crime é mesmo de perigo abstrato por
mais estranho que possa parecer. artificiosa do local de acidente de trânsito, previsto no
art. 312, do CTB, é formal e se consuma quando o agen-
te inova o local do crime, visando enganar o agente
Importante! policial, o perito, ou o juiz, ainda que não alcance a
finalidade pretendida.
Confira a súmula do STJ:
Súmula 575 do STJ: Constitui crime a conduta de
Art. 312-A Para os crimes relacionados nos arts.
permitir, confiar ou entregar a direção de veículo
302 a 312 deste Código, nas situações em que o juiz
automotor à pessoa que não seja habilitada, ou
aplicar a substituição de pena privativa de liberda-
que se encontre em qualquer das situações pre-
de por pena restritiva de direitos, esta deverá ser de
vistas no art. 310 do CTB, independentemente da
prestação de serviço à comunidade ou a entidades
ocorrência de lesão ou de perigo de dano concre-
públicas, em uma das seguintes atividades: (Incluí-
to na condução do veículo.
do pela Lei n° 13.281, de 2016)
I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de res-
Art. 310-A (VETADO) (Incluído pela Lei n° 12.619, gate dos corpos de bombeiros e em outras unidades
de 2012) móveis especializadas no atendimento a vítimas de
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível trânsito; (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
com a segurança nas proximidades de escolas, II - trabalho em unidades de pronto-socorro de
hospitais, estações de embarque e desembarque de
hospitais da rede pública que recebem vítimas de
passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja
acidente de trânsito e politraumatizados; (Incluído
grande movimentação ou concentração de pessoas,
gerando perigo de dano: pela Lei n° 13.281, de 2016)
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. III - trabalho em clínicas ou instituições especiali-
zadas na recuperação de acidentados de trânsito;
Mais um crime de menor potencial ofensivo e de (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
perigo concreto. Para que o motorista responda pelo IV - outras atividades relacionadas ao resgate,
crime não é necessário que ele esteja com excesso de atendimento e recuperação de vítimas de acidentes
velocidade, basta que essa velocidade seja incompatí- de trânsito. (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
vel com a segurança, podendo causar um dano futuro.
Assim, não é exigido que a prova seja realizada por O juiz deverá, quando a pena for substituída por
meio de radares ou equivalentes, podendo ser realiza- restritiva de direitos, fazer ser de prestação de serviço à
da por provas testemunhais. comunidade ou a entidades públicas, nas atividades de
Sobre a prova testemunhal, assim decidiu o TJ-RS
atendimento e recuperação de vitimados pelo trânsito.
RC 71004813481 RS (TJ-RS) 30/05/2014: “Validade do
depoimento do policial para embasar a condenação
porque, até prova em contrário, trata-se de pessoa ÓRGÃO DE ESPECIALIZAÇÃO DO LOCAL DE
idônea e que merece credibilidade, não se verifican- TRABALHO TRABALHO
do, ainda, que tivesse qualquer motivo para realizar Corpo de
Vítimas de acidente de trânsito
uma falsa imputação contra o réu”. bombeiros
Se no local da velocidade incompatível com a segu- Pronto-socorro
Vítimas de acidente de trânsito
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
rança não existe nas proximidades escolas, hospitais público
(...) e grande concentração de pessoas, pode haver des-
classificação do Crime do art.311 do CTB para o delito Clínica Recuperação de acidentados de
de Contravenção penal de direção perigosa, conforme especializada trânsito
art. 34 do Decreto-Lei n° 3688/194. Atividades de Atendimento e recuperação de
resgate vítimas de acidente de trânsito
Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de aci-
dente automobilístico com vítima, na pendência
do respectivo procedimento policial preparatório, Art. 312-B Aos crimes previstos no § 3° do art. 302 e
inquérito policial ou processo penal, o estado de no § 2° do art. 303 deste Código não se aplica o dis-
lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro posto no inciso I do caput do art. 44 do Decreto-Lei
o agente policial, o perito, ou juiz: n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, Novo dispositivo: os crimes de lesão corporal e
ainda que não iniciados, quando da inovação, o homicídio culposo qualificados (crimes que envolvem
procedimento preparatório, o inquérito ou o pro-
cesso aos quais se refere.
ingestão de substância psicoativa) do CTB não cabe-
rão mais a possibilidade de substituição por penas
Esse é um crime de fraude processual, pois pune restritivas de direito. Essa nova normativa contraria
aquele que modifica o local do acidente para induzir o CTB que faz previsão de possibilidade de aplicação
as autoridades a erro. das penas restritivas de direitos para crimes culposos. 97
3. (CESPE - 2019) Julgue o Item:
EXERCÍCIOS COMENTADOS Dirigindo seu veículo automotor, Luciano atropelou
um transeunte, causando-lhe ferimentos leves. Lucia-
1. (CESPE - 2017) Considerando a jurisprudência do STF no não prestou socorro à vítima nem solicitou auxílio
e do STJ em relação aos crimes de trânsito, assinale a da autoridade pública. Nessa situação, a conduta de
opção correta. Luciano será considerada atípica caso um terceiro
Parte superior do formulário tenha prestado apoio à vítima em seu lugar.

a) Dirigir automóvel na via pública sem possuir ( ) CERTO  ( ) ERRADO


permissão para dirigir ou habilitação é crime de
perigo concreto, cuja tipificação exige a prova de A conduta é considerada crime, segundo o art 304 do
geração do perigo de dano. CTB. Incide nas penas previstas neste artigo o condu-
b) O crime de omissão de socorro à vítima atrope- tor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida
lada por imprudência do motorista não se veri- por terceiros ou que se trate de vítima com morte ins-
fica quando se constata que a morte ocorreu tantânea ou com ferimentos leves. Resposta: Errado.
instantaneamente.
c) A embriaguez ao volante é crime de perigo concre- 4. (CESPE - 2019) Julgue o Item:
to, em que a ingestão de bebida alcoólica e a condu- Alfredo, conduzindo seu veículo automotor sem pla-
ção perigosa do automóvel geram perigo de dano. cas, atropelou um pedestre. Alessandro, dirigindo um
d) O fato de dirigir perigosamente automóvel sem veículo de categoria diversa das que sua carteira de
ser habilitado, vindo a causar lesões corporais em habilitação permitia, causou lesão corporal culposa
transeunte, implica dois crimes praticados em con- em um transeunte, ao atingi-lo. Nessas situações,
curso formal. as penas impostas a Alfredo e a Alessandro serão
agravadas, devendo o juiz aplicar as penas-base com
a) correto! O crime tipificado no Art. 309 do CTB especial atenção à culpabilidade e às circunstâncias e
só se configura se o condutor estiver gerando perigo consequências do crime.
de dano.
b) O crime se configurará embora haja morte ( ) CERTO ( ) ERRADO
instantânea da vítima ou o socorro for suprido por
terceiros. As penas serão agravadas, conforme art 298 do
c) O crime de embriaguez ao volante é de perigo CTB, tendo em vista a ausência de placas no carro
abstrato. de Alfredo e a categoria diferente da CNH de Ales-
d) na verdade a causação das lesões acarretará sandro. Vejamos a lei:
somente a incidência do Art. 303, § único, o qual faz Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam
referência ao § 1° do art. 302. Resposta: Letra A. as penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor
do veículo cometido a infração:
2. (CESPE - 2015) Acerca de aspectos diversos do proces- II - utilizando o veículo sem placas, com placas fal-
so penal brasileiro, o próximo item apresenta uma situa- sas ou adulteradas;
ção hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de
Ana, conduzindo veículo automotor em via pública, coli- Habilitação de categoria diferente da do veículo;
diu com o veículo de Elza, que conduzia regularmente Resposta: Certo.
seu automóvel. Elza sofreu lesões leves em seus braços
e pernas, comprovadas por exame pericial. Ana trafega- DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
va à velocidade de 85 km/h, quando o máximo permiti-
do para a via era de 40 km/h. Na delegacia de polícia, Disposições Finais e Transitórias
Elza fez constar na ocorrência policial que não desejava
representar criminalmente contra Ana. Ficou demons- Art. 313. O Poder Executivo promoverá a nomea-
trado ainda, durante o inquérito policial, que Ana não ção dos membros do CONTRAN no prazo de sessen-
conduzia o veículo sob efeito de álcool e também não ta dias da publicação deste Código.
participava de corrida não autorizada pela autoridade Art. 314. O CONTRAN tem o prazo de duzentos e
competente. Ana foi denunciada pelo MP pelo delito de quarenta dias a partir da publicação deste Códi-
lesão corporal culposa (art. 303 do CTB). Argumentou o go para expedir as resoluções necessárias à sua
representante do parquet que o delito era de ação penal melhor execução, bem como revisar todas as reso-
pública incondicionada, haja vista que Ana trafegava a luções anteriores à sua publicação, dando priori-
uma velocidade superior ao dobro da permitida para a dade àquelas que visam a diminuir o número de
via. Nessa situação, agiu acertadamente o MP ao ofere- acidentes e a assegurar a proteção de pedestres.
cer denúncia contra Ana com respaldo no CTB. Parágrafo único. As resoluções do CONTRAN, exis-
tentes até a data de publicação deste Código, conti-
nuam em vigor naquilo em que não conflitem com ele.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
Art. 315. O Ministério da Educação e do Desporto,
mediante proposta do CONTRAN, deverá, no prazo
Observe o art. 291 § 1 e seus incisos! Neste caso de duzentos e quarenta dias contado da publicação,
devemos nos atentar para o inciso III deste dispo- estabelecer o currículo com conteúdo programáti-
sitivo. A lesão corporal culposa só não precisará co relativo à segurança e à educação de trânsito, a
de representação se a velocidade do condutor for fim de atender o disposto neste Código.
maior ou igual a 50km/h da velocidade máxima per- Art. 316. O prazo de notificação previsto no inci-
mitida. No caso foi de apenas 45 km/h (85-40), não so II do parágrafo único do art. 281 só entrará em
configurando a hipótese deste artigo. Logo, o MP vigor após duzentos e quarenta dias contados da
98 está equivocado. Resposta: Errado. publicação desta Lei.
Art. 317. Os órgãos e entidades de trânsito conce- Art. 325. As repartições de trânsito conservarão
derão prazo de até um ano para a adaptação dos por, no mínimo, 5 (cinco) anos os documentos rela-
veículos de condução de escolares e de aprendiza- tivos à habilitação de condutores, ao registro e ao
gem às normas do inciso III do art. 136 e art. 154, licenciamento de veículos e aos autos de infração de
respectivamente. trânsito. (Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016)
Art. 318. (VETADO) § 1° Os documentos previstos no caput poderão ser
Art. 319. Enquanto não forem baixadas novas nor- gerados e tramitados eletronicamente, bem como
mas pelo CONTRAN, continua em vigor o disposto arquivados e armazenados em meio digital, desde
no art. 92 do Regulamento do Código Nacional de que assegurada a autenticidade, a fidedignidade,
Trânsito - Decreto n° 62.127, de 16 de janeiro de 1968. a confiabilidade e a segurança das informações, e
serão válidos para todos os efeitos legais, sendo dis-
O rol de artigos que dizem respeito às disposições pensada, nesse caso, a sua guarda física. (Incluído
finais e transitórias são de caráter auto explicativo, pela Lei n° 13.281, de 2016)
portanto basta conhecer e estudar a literalidade da lei. § 2° O CONTRAN regulamentará a geração, a trami-
tação, o arquivamento, o armazenamento e a elimi-
Receita das multas nação de documentos eletrônicos e físicos gerados
em decorrência da aplicação das disposições deste
Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança das Código. (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
multas de trânsito será aplicada, exclusivamente, § 3° Na hipótese prevista nos §§ 1° e 2°, o sistema
em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, deverá ser certificado digitalmente, atendidos os
policiamento, fiscalização e educação de trânsito. requisitos de autenticidade, integridade, validade
Parágrafo único. O percentual de cinco por cento jurídica e interoperabilidade da Infraestrutura de
do valor das multas de trânsito arrecadadas será Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído
depositado, mensalmente, na conta de fundo de pela Lei n° 13.281, de 2016)
âmbito nacional destinado à segurança e educação Art. 326. A Semana Nacional de Trânsito será
de trânsito. comemorada anualmente no período compreendi-
§ 1° O percentual de cinco por cento do valor das do entre 18 e 25 de setembro.
multas de trânsito arrecadadas será depositado,
mensalmente, na conta de fundo de âmbito nacio- Memorize bem que a semana nacional ocorre
nal destinado à segurança e educação de trânsito. todos os anos entre 18 e 25 de setembro. Este artigo
(Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016) poderia muito bem estar no capítulo de educação
§ 2° O órgão responsável deverá publicar, anual- para o trânsito, porém se encontra junto com as dis-
mente, na rede mundial de computadores (internet), posições finais e transitórias.
dados sobre a receita arrecadada com a cobrança
de multas de trânsito e sua destinação. (Incluído
PNATRANS
pela Lei n° 13.281, de 2016)
Art. 326-A. A atuação dos integrantes do Sistema
Esse dinheiro deve ser aplicada exclusivamen-
Nacional de Trânsito, no que se refere à política de
te, em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, segurança no trânsito, deverá voltar-se priorita-
policiamento, fiscalização e educação de trânsito. riamente para o cumprimento de metas anuais de
Lembrando que 5% do valor das multas de trânsito redução de índice de mortos por grupo de veículos e
arrecadadas serão depositados, mensalmente, na con- de índice de mortos por grupo de habitantes, ambos
ta de fundo de âmbito nacional destinado à seguran- apurados por Estado e por ano, detalhando-se os
ça e educação de trânsito. Esse fundo é administrado dados levantados e as ações realizadas por vias
pelo DENATRAN. federais, estaduais e municipais. (Incluído pela Lei
Ainda: a Resolução n° 638/2016 regulamenta que n° 13.614, de 2018) (Vigência)
o valor das multas aplicadas possui a finalidade de § 1° O objetivo geral do estabelecimento de metas
punir quem transgride a legislação de trânsito e ser- é, ao final do prazo de dez anos, reduzir à metade,
vir como receita pública orçamentária destinada a no mínimo, o índice nacional de mortos por grupo

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


atender, exclusivamente, as despesas públicas com de veículos e o índice nacional de mortos por grupo
sinalização, engenharia de tráfego e de campo, poli- de habitantes, relativamente aos índices apurados
ciamento, fiscalização e educação de trânsito. no ano da entrada em vigor da lei que cria o Plano
Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsi-
Art. 320-A Os órgãos e as entidades do Sistema to (Pnatrans). (Incluído pela Lei n° 13.614, de 2018)
Nacional de Trânsito poderão integrar-se para a (Vigência)
ampliação e o aprimoramento da fiscalização de § 2° As metas expressam a diferença a menor, em
trânsito, inclusive por meio do compartilhamento base percentual, entre os índices mais recentes,
da receita arrecadada com a cobrança das multas oficialmente apurados, e os índices que se preten-
de trânsito. (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016) de alcançar. (Incluído pela Lei n° 13.614, de 2018)
Art. 323. O CONTRAN, em cento e oitenta dias, (Vigência)
fixará a metodologia de aferição de peso de veícu- §3° A decisão que fixar as metas anuais estabelece-
los, estabelecendo percentuais de tolerância, sen- rá as respectivas margens de tolerância. (Incluído
do durante este período suspensa a vigência das pela Lei n° 13.614, de 2018) (Vigência)
penalidades previstas no inciso V do art. 231, apli- § 4° As metas serão fixadas pelo CONTRAN para
cando-se a penalidade de vinte UFIR por duzentos cada um dos Estados da Federação e para o Distri-
quilogramas ou fração de excesso. to Federal, mediante propostas fundamentadas dos
Parágrafo único. Os limites de tolerância a que se CETRAN, do CONTRANDIFE e do Departamento de
refere este artigo, até a sua fixação pelo CONTRAN, Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das respecti-
são aqueles estabelecidos pela Lei n° 7.408, de 25 de vas circunscrições. (Incluído pela Lei n° 13.614, de
novembro de 1985. 2018) (Vigência) 99
§ 5° Antes de submeterem as propostas ao CON- § 14 A partir da análise de desempenho a que se refere
TRAN, os CETRAN, o CONTRANDIFE e o Depar- o § 7° deste artigo, o CONTRAN elaborará e divulga-
tamento de Polícia Rodoviária Federal realizarão rá, também durante a Semana Nacional de Trânsito:
consulta ou audiência pública para manifestação (Incluído pela Lei n° 13.614, de 2018) (Vigência)
da sociedade sobre as metas a serem propostas. I - duas classificações ordenadas dos Estados e do
(Incluído pela Lei n° 13.614, de 2018) (Vigência) Distrito Federal, uma referente ao ano analisado e
§ 6° As propostas dos CETRAN, do CONTRANDIFE outra que considere a evolução do desempenho dos
e do Departamento de Polícia Rodoviária Federal Estados e do Distrito Federal desde o início das análi-
serão encaminhadas ao CONTRAN até o dia 1° de ses; (Incluído pela Lei n° 13.614, de 2018) (Vigência)
agosto de cada ano, acompanhadas de relatório II - relatório a respeito do cumprimento do objetivo
analítico a respeito do cumprimento das metas geral do estabelecimento de metas previsto no § 1° deste
fixadas para o ano anterior e de exposição de ações, artigo. (Incluído pela Lei n° 13.614, de 2018) (Vigência)
projetos ou programas, com os respectivos orça-
mentos, por meio dos quais se pretende cumprir as
A Lei n° 13.614/2018 criou o Plano Nacional de
metas propostas para o ano seguinte. (Incluído pela
Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS),
Lei n° 13.614, de 2018) (Vigência)
§ 7° As metas fixadas serão divulgadas em setem- acrescentando o artigo 326-A ao Código de Trânsito
bro, durante a Semana Nacional de Trânsito, assim Brasileiro (CTB), e propôs um novo desafio para a ges-
como o desempenho, absoluto e relativo, de cada tão de trânsito no Brasil e para os órgãos integrantes
Estado e do Distrito Federal no cumprimento das do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
metas vigentes no ano anterior, detalhados os O Plano, elaborado em conjunto pelos órgãos de
dados levantados e as ações realizadas por vias saúde, de trânsito, de transporte e de justiça, traz
federais, estaduais e municipais, devendo tais infor- as diretrizes para que o país reduza em, no míni-
mações permanecer à disposição do público na mo, metade o índice nacional de mortos por grupo
rede mundial de computadores, em sítio eletrônico de veículos e o índice nacional de mortos por grupo
do órgão máximo executivo de trânsito da União. de habitantes. Para tanto, estabelece um prazo de
(Incluído pela Lei n° 13.614, de 2018) (Vigência)
dez anos. As metas de redução de mortes e lesões no
§ 8° O CONTRAN, ouvidos o Departamento de Polí-
trânsito, fixadas pelo Conselho Nacional de Trânsito
cia Rodoviária Federal e demais órgãos do Sistema
Nacional de Trânsito, definirá as fórmulas para (CONTRAN), para cada um dos Estados da Federação e
apuração dos índices de que trata este artigo, assim para o Distrito Federal, a partir das propostas dos Con-
como a metodologia para a coleta e o tratamento selhos Estaduais de Trânsito (CETRAN), do Conselho
dos dados estatísticos necessários para a composi- de Trânsito do Distrito Federal (CONTRANDIFE) e do
ção dos termos das fórmulas. (Incluído pela Lei n° Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF),
13.614, de 2018) (Vigência) no âmbito das respectivas circunscrições, garante que
§ 9° Os dados estatísticos coletados em cada Estado todos sejam chamados a contribuir. Incluindo-se aí,
e no Distrito Federal serão tratados e consolidados igualmente, o cidadão que, de forma direta, pode par-
pelo respectivo órgão ou entidade executivos de ticipar nas audiências públicas criadas para discutir o
trânsito, que os repassará ao órgão máximo execu- tema, bem como diversos outros setores da sociedade.
tivo de trânsito da União até o dia 1° de março, por O PNATRANS surge, ainda, como uma oportunidade
meio do sistema de registro nacional de acidentes e
para o estabelecimento de um Programa Nacional de
estatísticas de trânsito. (Incluído pela Lei n° 13.614,
de 2018) (Vigência) Trânsito, conforme determina o CTB. O Plano também
§ 10 Os dados estatísticos sujeitos à consolida- se coaduna às ações positivas já existentes em torno da
ção pelo órgão ou entidade executivos de trânsito segurança viária, porém dá um passo adiante ao propor
do Estado ou do Distrito Federal compreendem os que iniciativas em torno da matéria estejam pautadas
coletados naquela circunscrição: (Incluído pela Lei em oito pilares fundamentais para o desenvolvimento
n° 13.614, de 2018) (Vigência) das propostas, a saber: Integração, Cooperação e Coor-
I - pela Polícia Rodoviária Federal e pelo órgão exe- denação no PNATRANS, Coleta e Integração de Dados,
cutivo rodoviário da União; (Incluído pela Lei n° Financiamento do Plano, Esforço Legal, Fiscalização de
13.614, de 2018) (Vigência) Trânsito, Educação para o Trânsito, Mobilidade e Enge-
II - pela Polícia Militar e pelo órgão ou entidade exe- nharia e Atendimento de Vítimas. Isso permite que a
cutivos rodoviários do Estado ou do Distrito Fede- questão seja vista em suas diversas vertentes.
ral;(Incluído pela Lei n° 13.614, de 2018) (Vigência)
O objetivo da criação do Plano Nacional de Redução
III - pelos órgãos ou entidades executivos rodoviá-
rios e pelos órgãos ou entidades executivos de trân-
de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS) é, primor-
sito dos Municípios. (Incluído pela Lei n° 13.614, de dialmente, o de preservar vidas, tendo em vista que o
2018) (Vigência) trânsito é umas das maiores causas de mortes de pes-
§ 11 O cálculo dos índices, para cada Estado e para soas no mundo. Mortes essas que podem ser evitadas.
o Distrito Federal, será feito pelo órgão máximo Mas o Plano também se constitui como um passo adian-
executivo de trânsito da União, ouvidos o Depar- te na resolução de problemas relacionados à infraestru-
tamento de Polícia Rodoviária Federal e demais tura viária brasileira, organização e alinhamento dos
órgãos do Sistema Nacional de Trânsito. (Incluído órgãos do Sistema Nacional de Trânsito (SNT), mobili-
pela Lei n° 13.614, de 2018) (Vigência) dade urbana, convivência harmoniosa entre pedestres,
§ 12 Os índices serão divulgados oficialmente até o ciclistas, motociclistas, entre outros aspectos.
dia 31 de março de cada ano. (Incluído pela Lei n° A vigência do Plano de dez anos e o estabelecimen-
13.614, de 2018) (Vigência)
to da meta de reduzir à metade, no mínimo, o índice
§ 13 Com base em índices parciais, apurados no
nacional de mortos por grupo de veículos e o índice
decorrer do ano, o CONTRAN, os CETRAN e o CON-
TRANDIFE poderão recomendar aos integrantes nacional de mortos por grupo de habitantes, bem
do Sistema Nacional de Trânsito alterações nas como a revisão e a exposição das ações, dos projetos
ações, projetos e programas em desenvolvimento ou dos programas, anualmente, conforme determi-
ou previstos, com o fim de atingir as metas fixadas na a Lei do PNATRANS, são um avanço na legislação
para cada um dos Estados e para o Distrito Federal. sobre o tema e sobre o entendimento da relevância de
100 (Incluído pela Lei n° 13.614, de 2018) (Vigência) se discutir as questões do trânsito no Brasil.
Na verdade, isso permite que o planejamento e a I – as despesas com remoção e estada; (Incluído
responsabilidade de todos sejam definidos de ante- pela Lei n° 13.160, de 2015)
mão a fim de que as ações previstas sejam efetivamen- II – os tributos vinculados ao veículo, na forma do §
te acompanhadas e desempenhadas com eficiência. 10; (Incluído pela Lei n° 13.160, de 2015)
Por fim, o PNATRANS reconhece o impacto que os III – os credores trabalhistas, tributários e titulares
acidentes de trânsito causam à sociedade, não apenas de crédito com garantia real, segundo a ordem de
financeiro, mas humano, tornando-se um instrumen- preferência estabelecida no art. 186 da Lei n° 5.172,
de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacio-
to de diagnóstico dos problemas, mas também das
nal); (Incluído pela Lei n° 13.160, de 2015)
soluções que cada um dos órgãos de trânsito, de todas IV – as multas devidas ao órgão ou à entidade respon-
as esferas, se propôs a debater e a colocar em prática. sável pelo leilão; (Incluído pela Lei n° 13.160, de 2015)
O calendário anual do PNATRANS, destarte, fica V – as demais multas devidas aos órgãos integrantes
assim determinado: do Sistema Nacional de Trânsito, segundo a ordem
cronológica; e (Incluído pela Lei n° 13.160, de 2015)
z Até 01/03: remessa das estatísticas, pelos DETRANs, VI – os demais créditos, segundo a ordem de prefe-
ao DENATRAN; rência legal. (Incluído pela Lei n° 13.160, de 2015)
z Até 31/03: divulgação das estatísticas;
z Até 01/08: encaminhamento de propostas de redu- Cuidado com este novo artigo! Essa ordem de pre-
ção, pelos CETRANs e PRF, ao CONTRAN; ferência do destino do dinheiro dos carros leiloados
z De 18 a 25/09: divulgação das metas e desempenho. pode ser lembrada pelas bancas e cobrada na sua pro-
va. Pelo dispositivo, o primeiro débito a ser quitado é
Art. 327. A partir da publicação deste Código, com guincho (remoção) e pátio (estada).
somente poderão ser fabricados e licenciados veí-
culos que obedeçam aos limites de peso e dimen- § 7° Sendo insuficiente o valor arrecadado para qui-
sões fixados na forma desta Lei, ressalvados os que tar os débitos incidentes sobre o veículo, a situação
vierem a ser regulamentados pelo CONTRAN. será comunicada aos credores. (Incluído pela Lei n°
Parágrafo único. (VETADO) 13.160, de 2015)
§ 8° Os órgãos públicos responsáveis serão comuni-
Leilão de veículos cados do leilão previamente para que formalizem a
desvinculação dos ônus incidentes sobre o veículo
Art. 328. O veículo apreendido ou removido a qual- no prazo máximo de dez dias. (Incluído pela Lei n°
quer título e não reclamado por seu proprietário 13.160, de 2015)
dentro do prazo de sessenta dias, contado da data § 9° Os débitos incidentes sobre o veículo antes da
de recolhimento, será avaliado e levado a leilão, a alienação administrativa ficam dele automaticamente
ser realizado preferencialmente por meio eletrôni- desvinculados, sem prejuízo da cobrança contra o pro-
co. (Redação dada pela Lei n° 13.160, de 2015) prietário anterior. (Incluído pela Lei n° 13.160, de 2015)
§ 10 Aplica-se o disposto no § 9° inclusive ao débito
Meus amigos, se um veículo ficar mais de 60 dias relativo a tributo cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil, a posse, a circulação ou o licenciamento
no depósito de algum órgão de trânsito, a Administra-
de veículo. (Incluído pela Lei n° 13.160, de 2015)
ção Pública pode iniciar os procedimentos para leiloar § 11 Na hipótese de o antigo proprietário reaver o
o veículo. Antigamente, o prazo era de 90 dias. Poderá veículo, por qualquer meio, os débitos serão nova-
ser leiloado como sucata ou como veículo conservado mente vinculados ao bem, aplicando-se, nesse caso,
se tiver condições de tráfego. o disposto nos §§ 1°, 2° e 3° do art. 271. (Incluído
pela Lei n° 13.160, de 2015)
§ 1° Publicado o edital do leilão, a preparação pode- § 12 Quitados os débitos, o saldo remanescente
rá ser iniciada após trinta dias, contados da data de será depositado em conta específica do órgão res-
recolhimento do veículo, o qual será classificado em ponsável pela realização do leilão e ficará à dispo-
duas categorias: (Incluído pela Lei n° 13.160, de 2015) sição do antigo proprietário, devendo ser expedida
I – conservado, quando apresenta condições de notificação a ele, no máximo em trinta dias após a
segurança para trafegar; e (Incluído pela Lei n° realização do leilão, para o levantamento do valor
13.160, de 2015) no prazo de cinco anos, após os quais o valor será

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


II – sucata, quando não está apto a trafegar. (Incluí- transferido, definitivamente, para o fundo a que se
do pela Lei n° 13.160, de 2015) refere o parágrafo único do art. 320. (Incluído pela
§ 2° Se não houver oferta igual ou superior ao valor Lei n° 13.160, de 2015)
da avaliação, o lote será incluído no leilão seguinte, § 13 Aplica-se o disposto neste artigo, no que cou-
quando será arrematado pelo maior lance, desde ber, ao animal recolhido, a qualquer título, e não
que por valor não inferior a cinquenta por cento do reclamado por seu proprietário no prazo de sessen-
avaliado. (Incluído pela Lei n° 13.160, de 2015) ta dias, a contar da data de recolhimento, conforme
§ 3° Mesmo classificado como conservado, o veícu- regulamentação do CONTRAN. (Incluído pela Lei n°
lo que for levado a leilão por duas vezes e não for 13.160, de 2015)
arrematado será leiloado como sucata. (Incluído § 14 Se identificada a existência de restrição poli-
pela Lei n° 13.160, de 2015) cial ou judicial sobre o prontuário do veículo, a
§4° É vedado o retorno do veículo leiloado como suca- autoridade responsável pela restrição será notifi-
ta à circulação. (Incluído pela Lei n° 13.160, de 2015) cada para a retirada do bem do depósito, mediante
§ 5° A cobrança das despesas com estada no depó- a quitação das despesas com remoção e estada, ou
sito será limitada ao prazo de seis meses. (Incluído para a autorização do leilão nos termos deste arti-
pela Lei n° 13.160, de 2015) go. (Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016)
§ 6° Os valores arrecadados em leilão deverão ser § 15 Se no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da
utilizados para custeio da realização do leilão, divi- notificação de que trata o § 14, não houver mani-
dindo-se os custos entre os veículos arrematados, festação da autoridade responsável pela restrição
proporcionalmente ao valor da arrematação, e des- judicial ou policial, estará o órgão de trânsito auto-
tinando-se os valores remanescentes, na seguinte rizado a promover o leilão do veículo nos termos
ordem, para: (Incluído pela Lei n° 13.160, de 2015) deste artigo. (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016) 101
§ 16 Os veículos, sucatas e materiais inservíveis de § 4° As autoridades de trânsito e as autoridades poli-
bens automotores que se encontrarem nos depósi- ciais terão acesso aos livros sempre que o solicitarem,
tos há mais de 1 (um) ano poderão ser destinados não podendo, entretanto, retirá-los do estabelecimento.
à reciclagem, independentemente da existência § 5° A falta de escrituração dos livros, o atraso, a fraude
de restrições sobre o veículo. (Incluído pela Lei n° ao realizá-lo e a recusa de sua exibição serão punidas
13.281, de 2016) com a multa prevista para as infrações gravíssimas,
§ 17 O procedimento de hasta pública na hipóte- independente das demais cominações legais cabíveis.
se do § 16 será realizado por lote de tonelagem de § 6° Os livros previstos neste artigo poderão ser
material ferroso, observando-se, no que couber, o substituídos por sistema eletrônico, na forma regu-
disposto neste artigo, condicionando-se a entre- lamentada pelo CONTRAN. (Incluído pela Lei n°
ga do material arrematado aos procedimentos 13.154, de 2015)
necessários à descaracterização total do bem e à Art. 331. Até a nomeação e posse dos membros que
destinação exclusiva, ambientalmente adequada, passarão a integrar os colegiados destinados ao jul-
à reciclagem siderúrgica, vedado qualquer apro- gamento dos recursos administrativos previstos na
veitamento de peças e partes. (Incluído pela Lei n° Seção II do Capítulo XVIII deste Código, o julgamento
13.281, de 2016) dos recursos ficará a cargo dos órgãos ora existentes.
§ 18 Os veículos sinistrados irrecuperáveis queima- Art. 332. Os órgãos e entidades integrantes do
dos, adulterados ou estrangeiros, bem como aque- Sistema Nacional de Trânsito proporcionarão aos
les sem possibilidade de regularização perante o membros do CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE,
órgão de trânsito, serão destinados à reciclagem, em serviço, todas as facilidades para o cumprimen-
independentemente do período em que estejam em to de sua missão, fornecendo-lhes as informações
depósito, respeitado o prazo previsto no caput des- que solicitarem, permitindo-lhes inspecionar a
te artigo, sempre que a autoridade responsável pelo execução de quaisquer serviços e deverão atender
leilão julgar ser essa a medida apropriada. (Incluí- prontamente suas requisições.
do pela Lei n° 13.281, de 2016) Art. 333. O CONTRAN estabelecerá, em até cento
Art. 329. Os condutores dos veículos de que tratam e vinte dias após a nomeação de seus membros, as
os arts. 135 e 136, para exercerem suas atividades, disposições previstas nos arts. 91 e 92, que terão de
deverão apresentar, previamente, certidão negativa ser atendidas pelos órgãos e entidades executivos
do registro de distribuição criminal relativamente aos de trânsito e executivos rodoviários para exercerem
crimes de homicídio, roubo, estupro e corrupção de suas competências.
menores, renovável a cada cinco anos, junto ao órgão § 1° Os órgãos e entidades de trânsito já existentes
responsável pela respectiva concessão ou autorização. terão prazo de um ano, após a edição das normas,
para se adequarem às novas disposições estabeleci-
Artigo muito importante! Para conduzir escolares das pelo CONTRAN, conforme disposto neste artigo.
e trabalhar como motofretista é indispensável apre- § 2° Os órgãos e entidades de trânsito a serem cria-
sentar certidão negativa de roubo, estupro, homicí- dos exercerão as competências previstas neste Códi-
dio e corrupção de menores. Lembre-se que este rol go em cumprimento às exigências estabelecidas pelo
é taxativo: qualquer outro crime como o furto, por CONTRAN, conforme disposto neste artigo, acompa-
exemplo, não impede o motorista de trabalhar. Não nhados pelo respectivo CETRAN, se órgão ou entida-
esqueça que a certidão é renovável a cada cinco anos. de municipal, ou CONTRAN, se órgão ou entidade
estadual, do Distrito Federal ou da União, passando
Art. 330. Os estabelecimentos onde se executem a integrar o Sistema Nacional de Trânsito.
reformas ou recuperação de veículos e os que com- Art. 334. As ondulações transversais existentes deve-
prem, vendam ou desmontem veículos, usados ou rão ser homologadas pelo órgão ou entidade compe-
não, são obrigados a possuir livros de registro de tente no prazo de um ano, a partir da publicação deste
seu movimento de entrada e saída e de uso de pla- Código, devendo ser retiradas em caso contrário.
cas de experiência, conforme modelos aprovados e Art. 335. (VETADO)
rubricados pelos órgãos de trânsito. Art. 336. Aplicam-se os sinais de trânsito previstos
§ 1° Os livros indicarão: no Anexo II até a aprovação pelo CONTRAN, no
I - data de entrada do veículo no estabelecimento; prazo de trezentos e sessenta dias da publicação
II - nome, endereço e identidade do proprietário ou desta Lei, após a manifestação da Câmara Temá-
vendedor; tica de Engenharia, de Vias e Veículos e obedecidos
III - data da saída ou baixa, nos casos de os padrões internacionais.
desmontagem; Art. 337. Os CETRAN terão suporte técnico e
IV - nome, endereço e identidade do comprador; financeiro dos Estados e Municípios que os com-
V - características do veículo constantes do seu cer- põem e, o CONTRANDIFE, do Distrito Federal.
tificado de registro; Art. 338. As montadoras, encarroçadoras, os impor-
VI - número da placa de experiência. tadores e fabricantes, ao comerciarem veículos
§ 2° Os livros terão suas páginas numeradas tipo- automotores de qualquer categoria e ciclos, são
graficamente e serão encadernados ou em folhas obrigados a fornecer, no ato da comercialização do
soltas, sendo que, no primeiro caso, conterão ter- respectivo veículo, manual contendo normas de cir-
mo de abertura e encerramento lavrados pelo pro- culação, infrações, penalidades, direção defensiva,
prietário e rubricados pela repartição de trânsito, primeiros socorros e Anexos do Código de Trânsito
enquanto, no segundo, todas as folhas serão auten- Brasileiro.
ticadas pela repartição de trânsito. Art. 339. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir
§ 3° A entrada e a saída de veículos nos estabeleci- crédito especial no valor de R$ 264.954,00 (duzen-
mentos referidos neste artigo registrar-se-ão no mes- tos e sessenta e quatro mil, novecentos e cinquenta
mo dia em que se verificarem assinaladas, inclusive, e quatro reais), em favor do ministério ou órgão
as horas a elas correspondentes, podendo os veículos a que couber a coordenação máxima do Sistema
irregulares lá encontrados ou suas sucatas ser apreen- Nacional de Trânsito, para atender as despesas
102 didos ou retidos para sua completa regularização. decorrentes da implantação deste Código.
z Calçada - parte da via, normalmente segregada
EXERCÍCIO COMENTADO e em nível diferente, não destinada à circulação
de veículos, reservada ao trânsito de pedestres
1. (CETREDE - 2018) Analise a alternativa a seguir: As e, quando possível, à implantação de mobiliário
repartições de trânsito conservarão por, no mínimo, urbano, sinalização, vegetação e outros fins.
________ anos os documentos relativos à habilitação z Caminhão-Trator - veículo automotor destinado a
de condutores, ao registro e ao licenciamento de veí- tracionar ou arrastar outro.
culos e aos autos de infração de trânsito. z Caminhonete - veículo destinado ao transporte de
Marque a opção que preenche corretamente a lacuna. carga com peso bruto total de até três mil e qui-
nhentos quilogramas.
a) 2 (dois). z Camioneta - veículo misto destinado ao transporte
b) 5 (cinco). de passageiros e carga no mesmo compartimento.
c) 4 (quatro). z Canteiro Central - obstáculo físico construído
d) 15 (quinze). como separador de duas pistas de rolamento,
e) 10 (dez). eventualmente substituído por marcas viárias
(canteiro fictício).
As repartições de trânsito conservarão por, no míni- z Capacidade Máxima de Tração - máximo peso
mo, 5 (cinco) anos os documentos relativos à habili- que a unidade de tração é capaz de tracionar,
tação de condutores, ao registro e ao licenciamento indicado pelo fabricante, baseado em condições
de veículos e aos autos de infração de trânsito, con- sobre suas limitações de geração e multiplicação
forme art. 325 do CTB. Resposta: Letra B. de momento de força e resistência dos elementos
que compõem a transmissão.
ANEXO I DO CTB – DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES z Carreata - deslocamento em fila na via de veículos
automotores em sinal de regozijo, de reivindica-
Para efeito deste Código adotam-se as seguintes ção, de protesto cívico ou de uma classe.
definições: z Carro de Mão - veículo de propulsão humana utili-
zado no transporte de pequenas cargas.
z Acostamento: parte da via diferenciada da pista z Carroça - veículo de tração animal destinado ao
de rolamento destinada à parada ou estaciona- transporte de carga.
mento de veículos, em caso de emergência, e à z Catadióptrico - dispositivo de reflexão e refração
circulação de pedestres e bicicletas, quando não da luz utilizado na sinalização de vias e veículos
houver local apropriado para esse fim. (olho-de-gato).
z Agente da Autoridade de Trânsito - pessoa, civil z Charrete - veículo de tração animal destinado ao
ou policial militar, credenciada pela autoridade de transporte de pessoas.
trânsito para o exercício das atividades de fiscali-
z Ciclo - veículo de pelo menos duas rodas a propul-
zação, operação, policiamento ostensivo de trânsi-
são humana.
to ou patrulhamento.
z Ciclofaixa - parte da pista de rolamento destina-
z Ar Alveolar - ar expirado pela boca de um indiví-
da à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por
duo, originário dos alvéolos pulmonares. (Incluí-
sinalização específica.
do pela Lei n° 12.760, de 2012)
z Ciclomotor - veículo de 2 (duas) ou 3 (três) rodas,
z Área de espera - área delimitada por 2 (duas)
provido de motor de combustão interna, cuja cilin-
linhas de retenção, destinada exclusivamente à
drada não exceda a 50 cm3 (cinquenta centímetros
espera de motocicletas, motonetas e ciclomotores,
cúbicos), equivalente a 3,05 pol3 (três polegadas
junto à aproximação semafórica, imediatamente à
frente da linha de retenção dos demais veículos. cúbicas e cinco centésimos), ou de motor de pro-
(Lei n° 14.071 de 2020) pulsão elétrica com potência máxima de 4 kW
z Automóvel - veículo automotor destinado ao (quatro quilowatts), e cuja velocidade máxima de
transporte de passageiros, com capacidade para fabricação não exceda a 50 Km/h (cinquenta quilô-

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


até oito pessoas, exclusive o condutor. metros por hora). Lei n° 14.071 de 2020
z Autoridade de Trânsito - dirigente máximo de z Ciclovia - pista própria destinada à circulação de
órgão ou entidade executivo integrante do Sistema ciclos, separada fisicamente do tráfego comum.
Nacional de Trânsito ou pessoa por ele expressa- z Conversão - movimento em ângulo, à esquerda
mente credenciada. ou à direita, de mudança da direção original do
z Balanço Traseiro - distância entre o plano vertical veículo.
passando pelos centros das rodas traseiras extremas z Cruzamento - interseção de duas vias em nível.
e o ponto mais recuado do veículo, considerando-se z Dispositivo de segurança - qualquer elemento
todos os elementos rigidamente fixados ao mesmo. que tenha a função específica de proporcionar
z Bicicleta - veículo de propulsão humana, dotado maior segurança ao usuário da via, alertando-o
de duas rodas, não sendo, para efeito deste Código, sobre situações de perigo que possam colocar em
similar à motocicleta, motoneta e ciclomotor. risco sua integridade física e dos demais usuários
z Bicicletário - local, na via ou fora dela, destinado da via, ou danificar seriamente o veículo.
ao estacionamento de bicicletas. z Estacionamento - imobilização de veículos por
z Bonde - veículo de propulsão elétrica que se move tempo superior ao necessário para embarque ou
sobre trilhos. desembarque de passageiros.
z Bordo da Pista - margem da pista, podendo ser z Estrada - via rural não pavimentada.
demarcada por linhas longitudinais de bordo que z Etilômetro - aparelho destinado à medição do
delineiam a parte da via destinada à circulação de teor alcoólico no ar alveolar. (Incluído pela Lei n°
veículos. 12.760, de 2012) 103
z Faixas de Domínio - superfície lindeira às vias z Lote Lindeiro - aquele situado ao longo das vias
rurais, delimitada por lei específica e sob respon- urbanas ou rurais e que com elas se limita.
sabilidade do órgão ou entidade de trânsito com- z Luz Alta - facho de luz do veículo destinado a ilu-
petente com circunscrição sobre a via. minar a via até uma grande distância do veículo.
z Faixas de Trânsito - qualquer uma das áreas lon- z Luz Baixa - facho de luz do veículo destinada a
gitudinais em que a pista pode ser subdividida, iluminar a via diante do veículo, sem ocasionar
sinalizada ou não por marcas viárias longitudi- ofuscamento ou incômodo injustificáveis aos con-
nais, que tenham uma largura suficiente para per- dutores e outros usuários da via que venham em
mitir a circulação de veículos automotores. sentido contrário.
z Fiscalização - ato de controlar o cumprimento das z Luz de Freio - luz do veículo destinada a indicar
normas estabelecidas na legislação de trânsito, por aos demais usuários da via, que se encontram
meio do poder de polícia administrativa de trânsi- atrás do veículo, que o condutor está aplicando o
to, no âmbito de circunscrição dos órgãos e enti- freio de serviço.
dades executivos de trânsito e de acordo com as z Luz Indicadora de Direção (pisca-pisca) - luz do
competências definidas neste Código. veículo destinada a indicar aos demais usuários da
z Foco de Pedestres - indicação luminosa de per- via que o condutor tem o propósito de mudar de
missão ou impedimento de locomoção na faixa direção para a direita ou para a esquerda.
apropriada. z Luz de Marcha à Ré - luz do veículo destinada a
z Freio de Estacionamento - dispositivo destinado iluminar atrás do veículo e advertir aos demais
a manter o veículo imóvel na ausência do condu- usuários da via que o veículo está efetuando ou a
tor ou, no caso de um reboque, se este se encontra ponto de efetuar uma manobra de marcha à ré.
desengatado. z Luz de Neblina - luz do veículo destinada a
z Freio de Segurança ou Motor - dispositivo desti- aumentar a iluminação da via em caso de neblina,
nado a diminuir a marcha do veículo no caso de chuva forte ou nuvens de pó.
falha do freio de serviço. z Luz de Posição (lanterna) - luz do veículo destina-
z Freio de Serviço - dispositivo destinado a provo- da a indicar a presença e a largura do veículo.
car a diminuição da marcha do veículo ou pará-lo. z Manobra - movimento executado pelo condutor
z Gestos de Agentes - movimentos convencionais para alterar a posição em que o veículo está no
de braço, adotados exclusivamente pelos agentes momento em relação à via.
de autoridades de trânsito nas vias, para orien- z Marcas Viárias - conjunto de sinais constituídos de
tar, indicar o direito de passagem dos veículos linhas, marcações, símbolos ou legendas, em tipos e
ou pedestres ou emitir ordens, sobrepondo-se ou cores diversas, apostos ao pavimento da via.
completando outra sinalização ou norma constan- z Microônibus - veículo automotor de transporte
te deste Código. coletivo com capacidade para até vinte passageiros.
z Gestos de Condutores - movimentos convencio- z Motocicleta - veículo automotor de duas rodas,
nais de braço, adotados exclusivamente pelos con- com ou sem side-car, dirigido por condutor em
dutores, para orientar ou indicar que vão efetuar posição montada.
uma manobra de mudança de direção, redução z Motoneta - veículo automotor de duas rodas, diri-
brusca de velocidade ou parada. gido por condutor em posição sentada.
z Ilha - obstáculo físico, colocado na pista de rola- z Motor-Casa (Motor-Home) - veículo automotor
mento, destinado à ordenação dos fluxos de trânsi- cuja carroçaria seja fechada e destinada a alojamen-
to em uma interseção. to, escritório, comércio ou finalidades análogas.
z Infração - inobservância a qualquer preceito da z Noite - período do dia compreendido entre o pôr-
legislação de trânsito, às normas emanadas do -do-sol e o nascer do sol.
Código de Trânsito, do Conselho Nacional de Trân- z Ônibus - veículo automotor de transporte coletivo
sito e a regulamentação estabelecida pelo órgão ou com capacidade para mais de vinte passageiros, ain-
entidade executiva do trânsito. da que, em virtude de adaptações com vista à maior
z Interseção - todo cruzamento em nível, entron- comodidade destes, transporte número menor.
camento ou bifurcação, incluindo as áreas for- z Operação de Carga e descarga - imobilização do veí-
madas por tais cruzamentos, entroncamentos ou culo, pelo tempo estritamente necessário ao carrega-
bifurcações. mento ou descarregamento de animais ou carga, na
z Interrupção de Marcha - imobilização do veí- forma disciplinada pelo órgão ou entidade executivo
culo para atender circunstância momentânea do de trânsito competente com circunscrição sobre a via.
trânsito. z Operação de Trânsito - monitoramento técnico
z Licenciamento - procedimento anual, relativo a baseado nos conceitos de Engenharia de Tráfe-
obrigações do proprietário de veículo, comprova- go, das condições de fluidez, de estacionamento e
do por meio de documento específico (Certificado parada na via, de forma a reduzir as interferências
de Licenciamento Anual). tais como veículos quebrados, acidentados, esta-
z Logradouro Público - espaço livre destinado pela cionados irregularmente atrapalhando o trânsito,
municipalidade à circulação, parada ou estacio- prestando socorros imediatos e informações aos
namento de veículos, ou à circulação de pedes- pedestres e condutores.
tres, tais como calçada, parques, áreas de lazer, z Parada - imobilização do veículo com a finalidade
calçadões. e pelo tempo estritamente necessário para efetuar
z Lotação - carga útil máxima, incluindo condutor e embarque ou desembarque de passageiros.
passageiros, que o veículo transporta, expressa em z Passagem de Nível - todo cruzamento de nível
quilogramas para os veículos de carga, ou número entre uma via e uma linha férrea ou trilho de bon-
104 de pessoas, para os veículos de passageiros. de com pista própria.
z Passagem por outro Veículo - movimento de pas- z Semi-Reboque - veículo de um ou mais eixos que
sagem à frente de outro veículo que se desloca no se apóia na sua unidade tratora ou é a ela ligado
mesmo sentido, em menor velocidade, mas em fai- por meio de articulação.
xas distintas da via. z Sinais de Trânsito - elementos de sinalização viária
z Passagem Subterrânea - obra de arte destinada que se utilizam de placas, marcas viárias, equipamen-
à transposição de vias, em desnível subterrâneo, e tos de controle luminosos, dispositivos auxiliares,
ao uso de pedestres ou veículos. apitos e gestos, destinados exclusivamente a ordenar
z Passarela - obra de arte destinada à transposição ou dirigir o trânsito dos veículos e pedestres.
de vias, em desnível aéreo, e ao uso de pedestres. z Sinalização - conjunto de sinais de trânsito e dispo-
z Passeio - parte da calçada ou da pista de rolamen- sitivos de segurança colocados na via pública com o
to, neste último caso, separada por pintura ou ele- objetivo de garantir sua utilização adequada, possi-
mento físico separador, livre de interferências, bilitando melhor fluidez no trânsito e maior segu-
destinada à circulação exclusiva de pedestres e, rança dos veículos e pedestres que nela circulam.
excepcionalmente, de ciclistas. z Sons Por Apito - sinais sonoros, emitidos exclusi-
z Patrulhamento - função exercida pela Polícia vamente pelos agentes da autoridade de trânsito
Rodoviária Federal com o objetivo de garantir obe- nas vias, para orientar ou indicar o direito de pas-
diência às normas de trânsito, assegurando a livre sagem dos veículos ou pedestres, sobrepondo-se
circulação e evitando acidentes. ou completando sinalização existente no local ou
z Perímetro Urbano - limite entre área urbana e norma estabelecida neste Código.
área rural. z Tara - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos
z Peso Bruto Total - peso máximo que o veículo da carroçaria e equipamento, do combustível, das
transmite ao pavimento, constituído da soma da ferramentas e acessórios, da roda sobressalente,
tara mais a lotação. do extintor de incêndio e do fluido de arrefecimen-
z Peso Bruto Total Combinado - peso máximo to, expresso em quilogramas.
transmitido ao pavimento pela combinação de z Trailer - reboque ou semi-reboque tipo casa, com
um caminhão-trator mais seu semi-reboque ou do duas, quatro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado
caminhão mais o seu reboque ou reboques. à traseira de automóvel ou camionete, utilizado
em geral em atividades turísticas como alojamen-
z Pisca-Alerta - luz intermitente do veículo, utiliza-
to, ou para atividades comerciais.
da em caráter de advertência, destinada a indicar
z Trânsito - movimentação e imobilização de veícu-
aos demais usuários da via que o veículo está imo-
los, pessoas e animais nas vias terrestres.
bilizado ou em situação de emergência.
z Transposição de Faixas - passagem de um veículo
z Pista - parte da via normalmente utilizada para a
de uma faixa demarcada para outra.
circulação de veículos, identificada por elementos
z Trator - veículo automotor construído para reali-
separadores ou por diferença de nível em relação
zar trabalho agrícola, de construção e pavimenta-
às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais.
ção e tracionar outros veículos e equipamentos.
z Placas - elementos colocados na posição vertical,
z Ultrapassagem - movimento de passar à frente
fixados ao lado ou suspensos sobre a pista, trans-
de outro veículo que se desloca no mesmo sentido,
mitindo mensagens de caráter permanente e,
em menor velocidade e na mesma faixa de tráfego,
eventualmente, variáveis, mediante símbolo ou
necessitando sair e retornar à faixa de origem.
legendas pré-reconhecidas e legalmente instituí- z Utilitário - veículo misto caracterizado pela versa-
das como sinais de trânsito. tilidade do seu uso, inclusive fora de estrada.
z Policiamento Ostensivo De Trânsito - função z Veículo Articulado - combinação de veículos aco-
exercida pelas Polícias Militares com o objetivo de plados, sendo um deles automotor.
prevenir e reprimir atos relacionados com a segu- z Veículo Automotor - todo veículo a motor de propul-
rança pública e de garantir obediência às normas são que circule por seus próprios meios, e que serve
relativas à segurança de trânsito, assegurando a normalmente para o transporte viário de pessoas e

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB


livre circulação e evitando acidentes. coisas, ou para a tração viária de veículos utilizados
z Ponte - obra de construção civil destinada a ligar para o transporte de pessoas e coisas. O termo com-
margens opostas de uma superfície líquida qualquer. preende os veículos conectados a uma linha elétrica
z Reboque - veículo destinado a ser engatado atrás e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico).
de um veículo automotor. z Veículo de Carga - veículo destinado ao transpor-
z Regulamentação da Via - implantação de sinali- te de carga, podendo transportar dois passageiros,
zação de regulamentação pelo órgão ou entidade exclusive o condutor.
competente com circunscrição sobre a via, definin- z Veículo de Coleção - veículo fabricado há mais de
do, entre outros, sentido de direção, tipo de esta- 30 (trinta) anos, original ou modificado, que possui
cionamento, horários e dias. valor histórico próprio. Lei n° 14.071 de 2020
z Refúgio - parte da via, devidamente sinalizada e z Veículo Conjugado - combinação de veículos, sen-
protegida, destinada ao uso de pedestres durante a do o primeiro um veículo automotor e os demais
travessia da mesma. reboques ou equipamentos de trabalho agrícola,
z Renach - Registro Nacional de Condutores construção, terraplenagem ou pavimentação.
Habilitados. z Veículo de Grande Porte - veículo automotor des-
z Renavam - Registro Nacional de Veículos tinado ao transporte de carga com peso bruto total
Automotores. máximo superior a dez mil quilogramas e de pas-
z Retorno - movimento de inversão total de sentido sageiros, superior a vinte passageiros.
da direção original de veículos. z Veículo de Passageiros - veículo destinado ao
z Rodovia - via rural pavimentada. transporte de pessoas e suas bagagens. 105
z Veículo Misto - veículo automotor destinado ao Tome cuidado com as definições de vias urbanas!
transporte simultâneo de carga e passageiro. VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por
z Via - superfície por onde transitam veículos, pes- acessos especiais com trânsito livre, sem interseções
soas e animais, compreendendo a pista, a calçada, em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e
o acostamento, ilha e canteiro central. sem travessia de pedestres em nível. Resposta: Letra D.
z Via de Trânsito Rápido - aquela caracterizada por
acessos especiais com trânsito livre, sem interse- REFERÊNCIAS
ções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes
lindeiros e sem travessia de pedestres em nível. ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Legislação penal
z Via Arterial - aquela caracterizada por interse-
especial. 9 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
ções em nível, geralmente controlada por semá-
foro, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às MACEDO, Leandro. Legislação de Trânsito para
vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito concursos 2 ed: Metodo, 2013.
entre as regiões da cidade.
z Via Coletora - aquela destinada a coletar e distri- RIZZARDO, Arnaldo. Comentários ao Código de
buir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou Trânsito Brasileiro. 3ª Ed. rev. atualz. e ampl. São
sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possi- Paulo, SP. Editora Revista dos Tribunais. 2001.
bilitando o trânsito dentro das regiões da cidade. NUCCI, Guilherme de Souza. Leis Penais e Proces-
z Via Local - aquela caracterizada por interseções suais Penais Comentadas. 3ª Ed. rev. atualz. e ampl.
em nível não semaforizadas, destinada apenas ao São Paulo, SP. Editora Revista dos Tribunais. 2008.
acesso local ou a áreas restritas.
z Via Rural - estradas e rodovias. REGIS PRADO, Luiz. Curso de direito penal brasi-
z Via Urbana - ruas, avenidas, vielas, ou caminhos leiro: parte geral - arts. 1° a 120. 7 ed. São Paulo: RT,
e similares abertos à circulação pública, situados 2007. p. 651-652.
na área urbana, caracterizados principalmente
por possuírem imóveis edificados ao longo de sua
extensão.
z Vias e áreas de Pedestres - vias ou conjunto
de vias destinadas à circulação prioritária de
pedestres.
z Viaduto - obra de construção civil destinada a
transpor uma depressão de terreno ou servir de
passagem superior.

EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (AOCP - 2019) Conforme o anexo l do CTB, assinale a
alternativa que apresenta o conceito de “ciclofaixa”.

a) Pista própria destinada à circulação de ciclos, separa-


da fisicamente do tráfego comum.
b) Parte da pista de rolamento destinada à circula-
ção exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização
específica.
c) Parte da pista de rolamento destinada à circulação
de bicicletas e pedestres, com sinalização vertical
apenas.
d) Pista própria destinada à circulação de bicicletas,
paralela ao tráfego de veículo, dividida por sinalização
própria

Ciclofaixa é parte da pista de rolamento destinada à


circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinali-
zação específica. Resposta: Letra C.

2. (FGV - 2019) Analise a descrição a seguir, de um tipo


de via em um sistema rodoviário. “Via caracterizada
por acessos especiais com trânsito livre, sem inter-
seções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes
lindeiros e sem travessia de pedestres em nível”.
Esta descrição caracteriza uma via do tipo

a) rural.
b) local.
c) de trânsito rápido.
d) arterial.
e) coletora.
106
Resoluções do Conselho
Nacional de Trânsito – CONTRAN

Morgana Diefenthaeler
Agora, iniciaremos as análises das Resoluções do IV - de um a outro estabelecimento da mesma mon-
CONTRAN. tadora, encarroçadora ou concessionária ou pes-
soa jurídica interligada

VEÍCULOS NOVOS COMPLETOS, NACIONAIS OU


IMPORTADOS
RESOLUÇÃO Nº 04/1998 DO CONTRAN
Requisitos
A Resolução nº 04/98 do CONTRAN dispõe sobre o
trânsito de veículos novos, nacionais ou importados,
Para que o veículo novo possa transitar antes do
antes do registro e do licenciamento e de veículos usa-
seu registro, receberá uma autorização especial para
dos incompletos, nacionais ou importados, antes da
isso.
transferência. Ou seja, regulamenta como ocorrerá o
Esta “autorização especial”:
trânsito de veículos nas vias públicas que ainda não
estejam registrados e, portanto, não possuem placas
z Será válida apenas para deslocamento para o
nem licenciamento, Além de regulamentar veículos já
município de destino;
registrados, mas que não estão licenciados.
z Será expedida para o veículo que portar os Equi-
Considere, também, que essa Resolução teve seu
pamentos Obrigatórios previstos pelo CONTRAN
texto parcialmente alterado em 2017, o que provocou (adequados ao tipo de veículo) com base na Nota
um efeito de “colcha de retalhos” em sua redação. Fiscal de Compra e Venda;
Apesar de pequena, é muito complexa, por isso vamos z Terá validade de (15) quinze dias transcorridos da
separá-la em partes que facilitem a compreensão. data da emissão:
Atente-se aos termos literais utilizados pela norma.
Dispõe o art. 1º: „ Prorrogável por igual período por motivo de
força maior.
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a permissão
para o trânsito de veículos novos, nacionais ou z Será impressa em (3) três vias:
importados, que transportem cargas e pes- „ A primeira e a segunda serão colocadas, respec-
soas, antes do registro e do licenciamento e tivamente, no vidro dianteiro (para-brisa) e no
de veículos usados incompletos, nacionais ou vidro traseiro.
importados, antes da transferência. „ A terceira será arquivada na repartição de
§ 1º A permissão estende-se aos veículos inaca- trânsito expedidora.
bados novos ou veículos usados incompletos,
no período diurno, no percurso entre os seguin- Documentos que devem ser portados
tes destinos: pátio do fabricante, concessionário,
revendedor, encarroçador, complementador final,
O veículo, para poder transitar, deve portar:
Posto Alfandegário, cliente final ou ao local para
o transporte a um dos destinatários mencionados.
§ 2º A “autorização especial” válida apenas z Nota fiscal de compra e venda ou documento
para deslocamento para o município de destino, alfandegário;
será expedida para o veículo que portar os Equi- z No caso do veículo novo ou usado doado por
pamentos Obrigatórios previstos pelo CONTRAN órgãos ou entidades governamentais, cópia do
(adequado ao tipo de veículo), com base na Nota instrumento de doação;
Fiscal de Compra e Venda, com validade de (15) z A autorização especial recebida.
quinze dias transcorridos da data da emissão,
prorrogável por igual período por motivo de Percursos e prazos
força maior.
§ 3º A autorização especial será impressa em (3) Estes veículos podem transitar apenas nos per-
três vias, das quais, a primeira e a segunda serão cursos definidos pela Resolução. Dependendo do per-
colocadas respectivamente, no vidro dianteiro curso a ser feito, a Resolução estabelece um prazo
(para-brisa), e no vidro traseiro, e a terceira arqui- diferente para que esse trânsito possa ocorrer.
vada na repartição de trânsito expedidora.
z Trânsito com prazo
O art. 1º tem que ser lido em conjunto com o art. 4º:
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

No percurso do pátio da fábrica, da indústria


Art. 4º Antes do registro e licenciamento, o veículo encarroçadora ou concessionária e do Posto Alfande-
novo ou usado incompleto, nacional ou importado, gário ao órgão de trânsito do município de destino, o
que portar a nota fiscal de compra e venda ou
trânsito fica limitado aos quinze dias consecutivos.
documento alfandegário poderá transitar:
No caso dos estados da Região Norte do país, este
I - do pátio da fábrica, da indústria encarroçado-
prazo será de 30 (trinta) dias consecutivos.
ra ou concessionária e do Posto Alfandegário, ao
órgão de trânsito do município de destino, nos
O prazo é contado:
quinze dias consecutivos à data do carimbo de
saída do veículo, constante da nota fiscal ou docu- „ A partir da data do carimbo de saída do veículo,
mento alfandegário correspondente; constante na nota fiscal ou documento alfande-
II - do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora gário correspondente;
ou concessionária, ao local onde vai ser embarcado „ A partir da data de efetiva entrega do veículo
como carga, por qualquer meio de transporte; ao proprietário, no caso de veículo novo ou
III - do local de descarga às concessionárias ou usado comprado diretamente pelo compra-
indústrias encarroçadora; dor por meio eletrônico. 109
z Trânsito sem prazo Vamos separar esta hipótese em duas partes para
facilitar a compreensão.
A Resolução estabelece outras hipóteses de percur- Estas disposições devem ser vistas como comple-
so que podem ser realizados por estes veículos, para mento aos demais capítulos.
as quais não se define prazo:
Veículos adquiridos por autônomos e por empresas
„ Do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou
concessionária ao local onde vai ser embarcado
No caso dos veículos adquiridos por autônomos
como carga por qualquer meio de transporte;
„ Do local de descarga às concessionárias ou e por empresas que prestam transportes de cargas
indústrias encarroçadora; e de passageiros (ou seja, provavelmente destina-
„ De um a outro estabelecimento da mesma dos à categoria ALUGUEL), devem ser observadas as
montadora, encarroçadora ou concessionária diretrizes:
ou pessoa jurídica interligada.
z Poderão efetuar serviços remunerados para quais
VEÍCULOS INACABADOS/INCOMPLETOS estão autorizados pelo poder público competente;
z Deve ser atendida:
Os veículos inacabados, novos ou usados incompletos
também podem transitar nas vias terrestres, os quais rece- „ A legislação específica de transporte; e
berão uma autorização especial, assim como os novos. „ As exigências dos poderes concedentes e das
autoridades com jurisdição sobre as vias
Permissão restrita para trânsito públicas

O trânsito dos veículos inacabados novos ou Outros veículos


usados incompletos possui maiores “limitações”
do que o dos veículos novos. O art. 3º trata da hipótese de transporte de cargas
Assim, os veículos inacabados novos ou veículos e pessoas em veículos que não são destinados a esse
usados incompletos que cumprirem o disposto anterior- tipo de atividade comercial.
mente poderão transitar nas vias terrestres, mas apenas:
z Tipos de veículos:
z No período diurno;
z No percurso entre os seguintes destinos: pátio do
fabricante, concessionário, revendedor, encarro- „ Veículos consignados aos concessionários
çador, complementador final, Posto Alfandegário, para comercialização;
cliente final (complementador) ou ao local para „ Veículos adquiridos por pessoas físicas, enti-
o transporte a um dos destinatários mencionados. dades privadas e públicas, destinados a ser
licenciados nas categorias “PARTICULAR e
Documentos que devem ser portados OFICIAL” (ou seja, NÃO SERÃO destinados à
exploração da atividade comercial e, portanto,
Assim como o veículo novo, estes veículos devem não serão registrados na categoria ALUGUEL).
portar:
z Restrições:
z Nota fiscal de compra e venda ou documento
alfandegário;
„ Quanto à carga: somente podem transportar
z No caso do veículo novo ou usado doado por
órgãos ou entidades governamentais, cópia do suas próprias cargas, não podendo transportar
instrumento de doação; cargas de terceiros;
z A autorização especial recebida; „ Quanto às pessoas: somente podem transpor-
z No caso de veículo usado incompleto, este deverá tar pessoas que tenham vínculo empregatício
portar, além da nota fiscal, a prévia autorização consigo.
emitida pelo órgão ou entidade executivos de trân-
sito dos Estados e do Distrito Federal (DETRAN) VEÍCULOS RECÉM-PRODUZIDOS, BENEFICIADOS
para troca de carroceria. POR REGIME TRIBUTÁRIO ESPECIAL E SEM NOTA
FISCAL
VEÍCULOS PRESTANDO SERVIÇO REMUNERADO
Esta hipótese consta no art. 4º, §6º, da Resolução e
Veículos que não possuam registro/licenciamen-
to podem prestar serviço remunerado, em hipóteses abrange veículos para os quais ainda não foi emitida
específicas: a nota fiscal de faturamento:

Art. 2º Os veículos adquiridos por autônomos e por § 6º Para os veículos recém-produzidos, beneficia-
empresas que prestam transportes de cargas e de pas- dos por regime tributário especial e para os quais
sageiros, poderão efetuar serviços remunerados para ainda não foram emitidas as notas fiscais de fatu-
quais estão autorizados, atendida a legislação espe- ramento, fica permitido o transporte somente
cífica, as exigências dos poderes concedentes e das do pátio interno das montadoras e fabrican-
autoridades com jurisdição sobre as vias públicas. tes para os pátios externos das montadoras e
Art. 3º Os veículos consignados aos concessionários,
fabricantes ou das empresas responsáveis pelo
para comercialização, e os veículos adquiridos por
pessoas físicas, entidades privadas e públicas, a serem transporte dos veículos, em um raio máximo de
licenciados nas categorias “PARTICULAR e OFICIAL”, 10 (dez) quilômetros, desacompanhados de nota
somente poderão transportar suas cargas e pessoas fiscal, desde que acompanhados da relação de
110 que tenham vínculo empregatício com os mesmos. produção onde conste a numeração do chassi.
z Cinto de segurança para a árvore de transmissão
RESOLUÇÃO Nº 14/1998 DO CONTRAN em veículos de transporte coletivo e carga.

A Resolução nº 14/98 do CONTRAN estabelece os Dica


equipamentos obrigatórios para a frota de veículos
em circulação. De acordo com a Resolução 518/2015, exige-
-se apoio de cabeça em todas as posições de
VEÍCULOS AUTOMOTORES E ÔNIBUS ELÉTRICOS assento.
Porém, esta alteração não constou do texto da
z Para-choques dianteiro e traseiro; resolução, de forma que a norma ainda prescre-
z Protetores das rodas traseiras dos caminhões; ve a exigência de “encosto de cabeça, em todos
z Espelhos retrovisores interno e externo; os assentos dos automóveis, exceto nos assen-
z Limpador de para-brisa; tos centrais”.
z Lavador de para-brisa (há exceções, que veremos Para a prova, atente-se apenas à redação da nor-
abaixo); ma que está no edital!
z Pala interna de proteção contra o sol (pára-sol)
para o condutor; REBOQUES E SEMIRREBOQUES
z Faróis principais dianteiros de cor branca ou
amarela; z Para-choque traseiro;
z Luzes de posição dianteiras (faroletes) de cor z Protetores das rodas traseiras;
branca ou amarela; z Lanternas de posição traseiras de cor vermelha;
z Lanternas de posição traseiras de cor vermelha; z Freios de estacionamento e de serviço, com coman-
z Lanternas de freio de cor vermelha; dos independentes para veículos com capacidade
z Lanternas indicadoras de direção: dianteiras de superior a 750 quilogramas e produzidos a partir
cor âmbar e traseiras de cor âmbar ou vermelha; de 1997;
z Lanterna de marcha à ré, de cor branca; z Lanternas de freio de cor vermelha;
z Retrorrefletores (catadióptrico) traseiros, de cor
z Iluminação de placa traseira;
vermelha;
z Lanternas indicadoras de direção traseiras de cor
z Lanterna de iluminação da placa traseira de cor
âmbar ou vermelha;
branca;
z Pneus que ofereçam condições mínimas de
z Velocímetro,
segurança;
z Buzina;
z Lanternas delimitadoras e lanternas laterais quan-
z Freios de estacionamento e de serviço com coman-
dos independentes; do suas dimensões assim o exigirem.
z Pneus que ofereçam condições mínimas de
segurança; CICLOMOTORES
z Dispositivo de sinalização luminosa ou refletora
de emergência, independente do sistema de ilumi- z Espelhos retrovisores de ambos os lados;
nação do veículo; z Farol dianteiro de cor branca ou amarela;
z Extintor de incêndio; z Lanterna de cor vermelha na parte traseira;
z Velocímetro;
z Buzina;
Importante! z Pneus que ofereçam condições mínimas de
segurança;
Observações sobre o extintor de incêndio: z Dispositivo destinado ao controle de ruído do
CONTRAN - Resolução nº 561/2015 motor.
É obrigatório apenas para caminhão, caminhão
trator, micro-ônibus, ônibus, veículos destinados MOTONETAS, MOTOCICLETAS E TRICICLOS
ao transporte de produtos inflamáveis, líquidos,
gasosos e para todo veículo utilizado no trans- z Espelhos retrovisores de ambos os lados;
porte coletivo de passageiros. z Farol dianteiro de cor branca ou amarela;
z Lanterna de cor vermelha na parte traseira;
z Lanterna de freio de cor vermelha;
z Registrador instantâneo e inalterável de velo- z Iluminação da placa traseira;
cidade e tempo (TACÓGRAFO), nos veículos que z Indicadores luminosos de mudança de direção
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

veremos adiante; dianteiro e traseiro;


z Cinto de segurança para todos os ocupantes do veí- z Velocímetro;
culo (há exceções, conforme veremos); z Buzina;
z Dispositivo destinado ao controle de ruído do z Pneus que ofereçam condições mínimas de
motor (silenciador), naqueles dotados de motor a
segurança;
combustão;
z Dispositivo destinado ao controle de ruído do
z Roda sobressalente, compreendendo o aro e o
pneu, com ou sem câmara de ar, conforme o caso; motor, dimensionado para manter a tempe-
z Macaco, compatível com o peso e carga do ratura de sua superfície externa em nível tér-
veículo; mico adequado ao uso seguro do veículo pelos
z Chave de roda; ocupantes sob condições normais de utilização
z Chave de fenda ou outra ferramenta apropriada e com uso de vestimentas e acessórios indicados
para a remoção de calotas; no manual do usuário fornecido pelo fabricante,
z Lanternas delimitadoras e lanternas laterais nos devendo ser complementado por redutores de
veículos de carga quando suas dimensões assim o temperatura nos pontos críticos de calor, a critério
exigirem; do fabricante. 111
QUADRICÍCLOS II - Lanterna de marcha à ré e retro-refletores:
a) Nos veículos fabricados antes de 1º de janeiro de 1990;
z Espelhos retrovisores de ambos os lados; III - Registrador instantâneo inalterável de veloci-
z Farol dianteiro de cor branca ou amarela; dade e tempo:
a) para os veículos de carga com capacidade máxi-
z Lanterna de cor vermelha na parte traseira;
ma de tração inferior a 19 (dezenove) toneladas
z Lanterna de freio de cor vermelha; fabricados até 31 de dezembro de 1990;
z Indicadores luminosos de mudança de direção b) nos veículos de transporte de passageiros ou de
dianteiros e traseiros; uso misto registrados na categoria particulares que
z Iluminação da placa traseira; não realizem transporte remunerado de pessoas;
z Velocímetro;
z Buzina; Consolidando todas as normas relativas ao tacó-
z Pneus que ofereçam condições mínimas de grafo, chegamos ao seguinte resumo acerca da sua
segurança; obrigatoriedade:
z Dispositivo destinado ao controle de ruído do
motor; FABRICADOS
FABRICADOS ENTRE FABRICADOS
z Protetor das rodas traseiras. CARACTERÍSTICAS
ATÉ 01/01/1991 A PARTIR DE
DO VEÍCULO
31/12/1990 E 01/01/19999
Comparação entre os equipamentos obrigatórios para 31/12/1998
ciclomotores, triciclos e quadriciclos, segundo a Res. 14/98 Peso Bruto Total
- PBT <= 4.536 kg,
independente da Ca- Isento Isento Isento
EQUIPAMENTO CICLOMOTOR TRICICLO QUADRICICLO pacidade máxima de
Retrovisores SIM SIM SIM tração - CMT

Farol Dianteiro SIM SIM SIM CMT < 19t e PBT >
Isento Isento Obrigatório
4.536 kg
Lanterna traseira SIM SIM SIM CMT >= 19t e PBT >
Obrigatório Obrigatório Obrigatório
Velocímetro SIM SIM SIM 4.536 kg

Buzina SIM SIM SIM


IV) Cinto de segurança:
Pneus SIM SIM SIM a) para os passageiros nos ônibus e micro-ônibus
Lanterna de Freio NÃO SIM SIM produzidos até 1º de janeiro de 1999;
b) para os veículos destinados ao transporte de pas-
Iluminação placa NÃO SIM SIM sageiros em percurso que seja permitido viajar em pé.
Pisca dianteiro NÃO SIM SIM
Pisca traseiro NÃO SIM SIM
Importante!
Controle de Ruído SIM SIM SIM
Protetor das A legislação não deixa claro se o condutor tam-
NÃO NÃO SIM bém estaria excluído da obrigatoriedade do uso
rodas
de cinto de segurança nos veículos em que seja
permitido viajar em pé. Atualmente, se exige a pre-
TRATORES DE RODA, DE ESTEIRAS E MISTOS sença do cinto de segurança para esses veículos,
mas o seu uso pelos ocupantes é facultativo.
z Faróis dianteiros de luz branca ou amarela;
z Lanternas de posição traseiras de cor vermelha;
z Lanternas de freio de cor vermelha; V) Pneu e aro sobressalente, macaco e chave de roda:
z Lanterna de marcha à ré de cor branca; a) nos veículos equipados com pneus capazes de
z Alerta sonoro de marcha à ré; trafegar sem ar, ou aqueles equipados com disposi-
z Indicadores luminosos de mudança de direção tivo automático de enchimento emergencial;
dianteiros e traseiros; b) nos ônibus e micro-ônibus que integram o siste-
z Iluminação de placa traseira; ma de transporte urbano de passageiros nos muni-
z Faixas retrorrefletivas; cípios, regiões e microrregiões metropolitanas ou
conglomerados urbanos;
z Pneus que ofereçam condições mínimas de segu-
c) nos caminhões dotados de características especí-
rança (exceto os tratores de esteiras); ficas para transporte de lixo e de concreto;
z Dispositivo destinado ao controle de ruído do motor; d) nos veículos de carroçaria blindada para trans-
z Espelhos retrovisores; porte de valores;
z Cinto de segurança para todos os ocupantes do e) para automóveis, camionetas, caminhonetes e
veículo; utilitários, com peso bruto total – PBT de até 3,5
z Buzina; toneladas. A dispensa poderá ser reconhecida pelo
z Velocímetro e registrador instantâneo e inalte- órgão máximo executivo de trânsito da União, por
rável de velocidade e tempo para veículos que ocasião do requerimento do código específico de
desenvolvam velocidade acima de 60 km/h; marca/modelo/versão, pelo fabricante ou impor-
tador, quando comprovada que tal característica é
z Pisca alerta.
inerente ao projeto do veículo, e desde que este seja
dotado de alternativas para o uso do pneu e aro
EXCEÇÕES ÀS EXIGÊNCIAS DOS EQUIPAMENTOS sobressalentes, macaco e chave de roda.
OBRIGATÓRIOS VI) Velocímetro:
Nos veículos dotados de registrador instan-
I - Lavador de para-brisa: tâneo e inalterável de velocidade e tempo
a) em automóveis e camionetas derivadas de veícu- integrado.
los produzidos antes de 1º de janeiro de 1974; VII) Para-choque traseiro:
b) utilitários, veículos de carga, ônibus e micro-ôni- Nos veículos mencionados no Art. 4º da Resolu-
112 bus produzidos até 1º de janeiro de 1999; ção nº 593, de 24 de maio de 2016, do CONTRAN.
Resolução nº 593, art. 4º: Estão isentos da instala- § 1º A gravação será realizada pelo fabricante
ção do para-choque traseiro os seguintes veículos: ou montador, de modo a identificar o veículo, seu
fabricante e as suas características, além do ano de
I – inacabados ou incompletos; fabricação, que não poderá ser alterado.
II – caminhões-tratores;
III – produzidos especialmente para cargas auto-
O VIN e o VIS são duas sequencias de numeração
portantes e veículos muito longos que necessitem
de Autorização Especial de Trânsito (AET); que devem ser indelevelmente gravadas no veículo,
IV – aqueles nos quais a aplicação do para-choque seguindo especificações da ABNT, de maneira a indi-
traseiro especificado nesta Resolução seja incom- vidualizá-los e identificá-los permanentemente. Este
patível com a sua utilização; procedimento é feito para que se possa controlar os
V – veículos completos da categoria N2 e N3 que
veículos produzidos e em trânsito, além de impedir a
possuam para-choque traseiro incorporado ao pro-
jeto original do fabricante do veículo automotor; realização de clones e fraudes veiculares.
VI – veículos de uso bélico;
VII – de coleção; VEÍCULOS
VIII – exclusivos para uso fora-de-estrada;
IX - destinados à exportação; De forma geral, todos os veículos devem possuir a
X – rebocados destinados ao transporte de cargas
gravação do VIN e da VIS, mesmo os inacabados!
indivisíveis (carrega-tudo).
Os seguintes veículos estão excluídos da obrigato-
BICICLETAS riedade da gravação:

A resolução nº 46/1998, acrescentada na Resolu- z Tratores;


ção nº 14/1998, estabelece os equipamentos de segu- z Veículos protótipos utilizados exclusivamente
rança obrigatórios para as bicicletas. para competições esportivas;
z Viaturas militares operacionais das Forças
Bicicletas com aro superior a vinte Armadas.

I - espelho retrovisor do lado esquerdo, acopla-


VIN
do ao guidom e sem haste de sustentação;
II - campainha, entendido como tal o dispositi-
vo sonoro mecânico, eletromecânico, elétrico, ou A gravação do número de identificação veicular
pneumático capaz de identificar uma bicicleta em (VIN) é feita diretamente no chassi ou monobloco do
movimento; veículo, no mínimo, em um ponto de localização.
III - sinalização noturna, composta de retror- Nos veículos reboques e semirreboques, as grava-
refletores, com alcance mínimo de visibilidade de
ções serão feitas, no mínimo, em dois pontos do chassi
trinta metros, com a parte prismática protegida
contra a ação das intempéries, nos seguintes locais: (art. 4º).
a) na dianteira, nas cores branca ou amarela;
b) na traseira na cor vermelha; VIS
c) nas laterais e nos pedais de qualquer cor.
Já o número sequencial de produção (VIS) é grava-
Exceções do em outras partes do veículo, através de plaquetas
ou chapas que sejam coladas, soldadas ou rebitadas
Estão DISPENSADAS do espelho retrovisor e
no veículo ou de etiquetas autocolantes. Independen-
da campainha as bicicletas destinadas à prática de
esportes, quando em competição dos seguintes tipos: te do suporte escolhido para registrar o VIS, ele deve
ser autodestrutível em caso de remoção, para que a
I - mountain bike (ciclismo de montanha); sua autenticidade seja mantida.
II - downhill (descida de montanha); Tais gravações podem ser feitas na fábrica do veí-
III - freestyle (competição estilo livre); culo ou em outro local, e são de a responsabilidade do
IV - competição olímpica e panamericana;
fabricante do veículo, que deve realizá-las antes da
V - competição em avenida, estrada e velódromo;
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

VI - outros. venda ao consumidor.


O VIS deve ser aplicado nos seguintes locais:

Art. 2º, §1º [VIS]


I - na coluna da porta dianteira lateral direita;
RESOLUÇÃO Nº 24/1998 DO CONTRAN
II - no compartimento do motor;
Esta resolução dispõe sobre os critérios de identi- III - em um dos pára-brisas e em um dos vidros tra-
ficação de veículos na forma da numeração VIN e VIS. seiros, quando existentes;
A origem desta identificação é a previsão do art. IV - em pelo menos dois vidros de cada lado do veícu-
114 do CTB: lo, quando existentes, excetuados os quebra-ventos.
CTB - Art. 114. O veículo será identificado obriga- § 2º As identificações previstas nos incisos “III” e
toriamente por caracteres gravados no chassi ou no “IV” do parágrafo anterior, serão gravadas de for-
monobloco, reproduzidos em outras partes, con- ma indelével, sem especificação de profundidade e,
forme dispuser o CONTRAN. se adulterados, devem acusar sinais de alteração 113
O ANO DA FABRICAÇÃO
Importante!
O ano de fabricação do veículo deve ser gravado
O equipamento de sinalização de emergência
no chassi/monobloco do veículo ou colocado em pla-
queta destrutível quando da sua remoção (art. 3º).
deve ser instalado perpendicularmente ao eixo
da via, e em condição de boa visibilidade: caso
RESPONSABILIDADE PELAS GRAVAÇÕES contrário, a ação será inócua, não surtindo os
efeitos desejados.
A responsabilidade pela gravação pertence ao
fabricante ou montador do veículo.
O condutor que deixar de seguir esta determina-
No caso de veículo inacabado, o VIS é implantado
ção está sujeito à infração prevista no art. 225 do CTB:
pelo fabricante que complementar o veículo com a res-
pectiva carroçaria.
Art. 225 Deixar de sinalizar a via, de forma a pre-
Os veículos que não estiverem devidamente iden-
venir os demais condutores e, à noite, não manter
tificados não podem ser registrados, licenciados ou acesas as luzes externas ou omitir-se quanto a pro-
emplacados: vidências necessárias para tornar visível o local,
quando:
Art. 7º Os órgãos executivos de trânsito dos Esta- I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento
dos e do Distrito Federal não poderão registrar, ou permanecer no acostamento;
emplacar e licenciar veículos que estiverem em Infração - grave;
desacordo com o estabelecido nesta Resolução. Penalidade - multa.

CARACTERÍSTICAS DAS GRAVAÇÕES

z Profundidade mínima de 0,2mm (exceto as conti-


das nas áreas envidraçadas); RESOLUÇÃO Nº 92/1999 DO CONTRAN
z Indeléveis;
z Acusar sinais de adulteração ou de tentativa de Esta resolução dispõe sobre o registrador instantâ-
remoção; neo e inalterável de velocidade e tempo: o tacógrafo.
O tacógrafo é equipamento mecânico, eletrônico
REGRAVAÇÃO ou conjunto computadorizado destinado a controlar e
registrar a velocidade desenvolvida por um determi-
A regravação, substituições ou reposições dos nado veículo em razão do tempo. Há duas finalidades
sinais de identificação dos veículos, quando forem práticas relacionadas ao tacógrafo:
necessárias, podem ser realizadas apenas com PRÉ-
VIA autorização da autoridade de trânsito competen- z Fiscalizar o tempo de direção de motoristas profis-
te, mediante comprovação da propriedade do veículo, sionais e o respeito ao tempo de descanso;
e só serão processadas por empresas credenciadas z Subsidiar perícias em acidentes de trânsito, forne-
pelo DETRAN (art. 6º). cendo dados sobre a velocidade que vinha sendo
Neste caso, as etiquetas ou plaquetas novas desenvolvida pelo veículo.
DEVEM ser fornecidas pelo fabricante do veículo, mas
o procedimento de remarcação do chassi pode ser Dica
realizado por empresa credenciada, que deverá enca-
minhar registro fotográfico do resultado da remarca- Tacógrafo é um assunto muito sério! A violação
ção ao departamento de trânsito de registro do veículo, ou adulteração do registrador instantâneo e inal-
mediante regulamentação do órgão executivo de trân- terável de velocidade e tempo sujeitará o infra-
sito do Estado ou do Distrito Federal (art. 6º, §4º). tor às cominações da legislação penal aplicável
Não é possível, porém, proceder à regravação/ (art. 9º).
substituição do VIS gravado nas áreas envidraçadas
do veículo. INFORMAÇÕES

O tacógrafo deve ser capaz de disponibilizar, no


mínimo, as seguintes informações sobre as últimas 24
horas de operação:
RESOLUÇÃO Nº 36/1998 DO CONTRAN
Art. 2º Deverá apresentar e disponibilizar a qual-
A Resolução nº 36/98 do CONTRAN dispõe sobre a
quer momento, pelo menos, as seguintes informa-
forma de sinalização de advertência para os veículos
ções das últimas vinte e quatro horas de operação
que, em situação de emergência. do veículo:
Dispõe o art. 46 do CTB que sempre que for neces- I - velocidades desenvolvidas;
sária a imobilização temporária de um veículo no II - distância percorrida pelo veículo;
leito viário, em situação de emergência, deverá ser III - tempo de movimentação do veículo e suas
providenciada a imediata sinalização de advertência. interrupções;
Neste sentido, previu o CONTRAN que o condutor IV - data e hora de início da operação;
deverá acionar de imediato as luzes de advertência V - identificação do veículo;
(pisca-alerta) providenciando a colocação do triângu- VI - identificação dos condutores;
lo de sinalização ou equipamento similar à distância VII - identificação de abertura do compartimento
114 mínima de 30 metros da parte traseira do veículo. que contém o disco ou de emissão da fita diagrama.
Os agentes de trânsito usarão, na fiscalização do z Aprovação e verificação pelo INMETRO ou entida-
tempo de direção e descanso de condutores, as infor- de credenciada, a qual pode ser comprovada por
mações de tempo de movimentação do veículo e suas consulta eletrônica ao site do INMETRO ou apre-
interrupções; data e hora de início da operação; iden- sentação da via original ou cópia autenticada do
tificação do veículo e identificação dos condutores. certificado de verificação metrológica.

INMETRO
Importante!
Para que possa ser certificado pelo INMETRO, além
Ao final de cada período de 24hs, essas informa- de cumprir os requisitos da legislação metrológica
ções ficarão à disposição da autoridade policial específica, o tacógrafo deverá:
ou da autoridade administrativa com jurisdição
sobre a via pelo prazo de 90 dias. Porém, se I - possuir registrador próprio, em meio físico
ocorrer acidente de trânsito com vítima, este adequado, de espaço percorrido, velocidades desen-
prazo será de 1 ano. volvidas e tempo de operação do veículo, no perío-
do de vinte e quatro horas;
II - fornecer, em qualquer momento, as informações
COMPETÊNCIA de que trata o art. 2o desta Resolução;
III - assegurar a inviolabilidade e inalterabili-
A fiscalização do tacógrafo ocorre nos veículos em dade do registro de informações;
que seu uso é obrigatório (veja, para isso, a resolução IV - possuir lacre de proteção das ligações neces-
14/1998 do CONTRAN), e é feita pelos agentes de trân- sárias ao seu funcionamento e de acesso interno ao
equipamento;
sito que possuem circunscrição naquela via. Exemplo:
V. dispor de indicação de violação;
a PRF em rodovias federais.
VI - ser constituído de material compatível para o
Cuidado com a disposição do art. 279 do CTB, que fim a que se destina;
não se refere à fiscalização de tempo de direção, mas VII - totalizar toda distância percorrida pelo
sim, à perícia em acidentes: veículo;
VIII - ter os seus dispositivos indicadores ilumina-
Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envol- dos adequadamente, com luz não ofuscante ao
vendo veículo equipado com registrador instantâ- motorista;
neo de velocidade e tempo, somente o perito oficial IX - utilizar como padrão as seguintes unidades de
encarregado do levantamento pericial poderá reti- medida e suas frações: quilômetro por hora (Km/h),
rar o disco ou unidade armazenadora do registro. para velocidade; hora (h) para tempo e quilômetro
(km) para espaço percorrido;
Nas operações de fiscalização do registrador ins- X - situar-se na faixa de tolerância máxima de erro
tantâneo e inalterável de velocidade e tempo, o agente nas indicações, conforme Anexos I e II;
fiscalizador deverá identificar-se e assinar o verso do XI - possibilitar leitura fácil, direta e sem uso
disco ou fita diagrama, bem como mencionar o local, de instrumental próprio no local de fiscalização,
nos dados registrados no meio físico.
a data e horário em que ocorreu a fiscalização (art.
3º, §2º). Isso porque qualquer interrupção do funcio-
namento é registrada pelo aparelho, então isso deve MODELOS DE TACÓGRAFO
ficar devidamente registrado e justificado.
É de responsabilidade do fabricante do tacógrafo Há, basicamente, duas possibilidades de modelo
promover prévio treinamento dos agentes de trânsito, de tacógrafo: o tacógrafo de disco diagrama e o tacó-
conforme instrução dos fabricantes dos equipa- grafo de fita diagrama.
mentos ou pelos órgãos incumbidos da fiscaliza-
ção. Este treinamento é requisito indispensável para 1. Tacógrafo de Disco
que o agente possa realizar a extração, análise e inter-
pretação dos dados. O tacógrafo de disco opera por meio de mecanis-
mo manual, com uma agulha que registra os dados em
um suporte circular chamado de disco diagrama.
REQUISITOS DE FUNCIONAMENTO
2. Tacógrafo Computadorizado
São requisitos de operação do tacógrafo e objeto de
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

fiscalização pelos agentes:


O tacógrafo computadorizado opera por meio
de mecanismo eletrônico, registrando os dados em
z Perfeitas condições de uso;
memória eletrônica, os quais podem ser consultados
z Ligações necessárias ao seu correto funcionamen-
a partir da impressão de uma fita diagrama.
to devidamente conectadas e lacradas, e seus com-
ponentes sem qualquer alteração;
INFRAÇÕES
z Disponibilidade das informações mínimas exi-
gidas (ver tópico Informações anteriormente
Art. 8º A inobservância do disciplinado nesta Reso-
apresentado);
lução constitui-se em infração de trânsito previs-
z Atividade da forma de registro (por exemplo, tas nos arts. 238 e 230, incisos, IX, X, XIV, com as
se naquele momento está ocorrendo o devido penalidades constantes dos arts. 258, inciso II, 259,
registro); inciso II, 262 e 266, e as medidas administrativas
z Existência de fita ou disco diagrama reserva para disciplinadas nos arts. 270, 271 e 279 do Código de
manter o funcionamento do tacógrafo até o final Trânsito Brasileiro, não excluindo-se outras estabe-
da operação do veículo; lecidas em legislação específica. 115
Veja as infrações específicas: Por outro lado, se este mesmo veículo fosse flagra-
do transitando dentro do estado da Bahia, no mês de
Art. 230. Conduzir o veículo: setembro, havia infração ao art. 230, V, além de ser
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este aplicável a medida administrativa prevista no art.
ineficiente ou inoperante; 274, II, do CTB:
X - com equipamento obrigatório em desacordo
com o estabelecido pelo CONTRAN;
Art. 230. Conduzir o veículo:
XIV - com registrador instantâneo inalterável de
V - que não esteja registrado e devidamente
velocidade e tempo viciado ou defeituoso, quan-
licenciado;
do houver exigência desse aparelho;
Infração - grave; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa; Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - retenção do veículo Medida administrativa - remoção do veículo;
para regularização; Art. 274. O recolhimento do Certificado de Licen-
Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de ciamento Anual dar-se-á mediante recibo, além dos
trânsito ou a seus agentes, mediante recibo, os casos previstos neste Código, quando:
documentos de habilitação, de registro, de licen- II - se o prazo de licenciamento estiver vencido;
ciamento de veículo e outros exigidos por lei, para
averiguação de sua autenticidade:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo. RESOLUÇÃO Nº 160/2004 DO
CONTRAN
A Resolução nº 160/04 do CONTRAN estabelece o
RESOLUÇÃO Nº 110/2000 DO Anexo II do CTB, dispondo sobre o sistema de sinali-
zação viária.
CONTRAN O que é sinalização de trânsito? O anexo I do CTB
responde:
A Resolução nº 110/00 do CONTRAN fixa o calen-
dário para renovação do Licenciamento Anual de
Sinalização - conjunto de sinais de trânsito e
Veículos.
dispositivos de segurança colocados na via públi-
Os DETRANs de cada estado e do Distrito Federal
ca com o objetivo de garantir sua utilização ade-
(órgãos executivos de trânsito) devem estabelecer
quada, possibilitando melhor fluidez no trânsito e
os prazos para renovação do Licenciamento Anual dos
maior segurança dos veículos e pedestres que nela
Veículos registrados sob sua circunscrição, de acordo
circulam.
com o algarismo final da placa de identificação.
A tabela que for estabelecida por cada estado deve
respeitar os limites fixados na tabela a seguir: Antes de iniciar, relembre o art. 89 do CTB, que dis-
põe sobre a ordem de preferência entre os diversos
tipos de sinalização de trânsito, quando conflitantes
ALGARISMO FINAL DA PRAZO FINAL PARA
entre si. Você DEVE memorizar este artigo, pois é alvo
PLACA RENOVAÇÃO
frequente de cobrança:
1e2 Até setembro
Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de
3, 4 e 5 Até outubro prevalência:
I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas
6, 7 e 8 Até novembro
de circulação e outros sinais;
9e0 Até dezembro II - as indicações do semáforo sobre os demais
sinais;
III - as indicações dos sinais sobre as demais nor-
O prazo a ser estabelecido por cada estado, para mas de trânsito.
fins de autuação e aplicação de penalidades, somen-
te é válido quando o veículo estiver circulando dentro Veja, ainda, os tipos de sinalização estabelecidos
daquele estado. pela Resolução (os mais importantes estão grifados):
Quando o veículo se encontrar fora da unidade da
federação em que estiver registrado, devem ser utili- z Sinalização Vertical;
zados, na fiscalização, os prazos previstos na tabela z Sinalização Horizontal;
acima.
z Dispositivos Auxiliares;
Tome o exemplo de um veículo registrado na Bah-
z Sinalização Semafórica;
ia, mas que se encontre em circulação no estado de
z Gestos;
Pernambuco, no mês de setembro, com placa de alga-
rismo final de número 5. z Sinais Sonoros.
Mesmo que o Detran da Bahia tivesse estabeleci-
do o prazo final para renovar o licenciamento deste SINALIZAÇÃO VERTICAL
veículo no mês de agosto, como ele se encontra circu-
lando fora do estado em que se encontra registrado, o É um subsistema da sinalização viária cujo meio
agente fiscalizador deverá adotar a tabela da Resolu- de comunicação está na posição vertical, normalmen-
ção como base, ou seja, como a resolução estabelece te em placa, fixado ao lado ou suspenso sobre a pista,
o mês de outubro para regularizar veículos de placa transmitindo mensagens de caráter permanente e,
116 com final 5, não haveria infração sendo cometida. eventualmente, variáveis.
A sinalização vertical é classificada de acordo com
sua finalidade: FORMA COR

Fundo Branca
z Sinalização de Regulamentação: cria normas de
trânsito cuja observância é obrigatória; Símbolo Preta
z Sinalização de Advertência: tem caráter de recomen-
dação ao condutor, advertindo para situações poten- Tarja Vermelha
cialmente perigosas ou que exigem maior atenção; Orla Vermelha
z Sinalização de Indicação: como o nome já infor- Obrigação/Restrição Proibição
ma, caracteriza-se por conter mensagens que auxi- Letras Preta
liam o condutor a se orientar ou informam sobre
alguma circunstância.
Importante!
Dica
Nos sinais de trânsito, restrição não possui o
Os assuntos mais cobrados em prova são: finali-
dades, diferenças entre os 3 tipos de sinalização; mesmo significado que proibição, representando
cores e formatos característicos de cada um, situações diferentes!
além do significado dos sinais de regulamenta-
ção e advertência (os de indicação são cobrados
também, porém, com frequência muito baixa). Confira nos exemplos abaixo:
Dê atenção especial a estes tipos de sinalização. Constituem exceção, quanto à forma, os sinais R-1
– Parada Obrigatória e R-2 – Dê a Preferência:
Relembre a diferença entre placa e sinal constan-
te no CTB:
SINAL
Placas – elementos colocados na posição vertical, COR
fixados ao lado ou suspensos sobre a pista, transmi- FORMA CÓDIGO
tindo mensagens de caráter permanente e, even- Fundo Vermelha
tualmente, variáveis, mediante símbolo ou legendas
Orla interna Branca
pré-reconhecidas e legalmente instituídas como sinais R-1
de trânsito. É o suporte físico dos sinais, relacionado Orla externa Vermelha
diretamente com a sinalização vertical. Letras Branca
Sinais De Trânsito – elementos de sinalização viá-
Fundo Branca
ria que se utilizam de placas, marcas viárias, equipa-
mentos de controle luminosos, dispositivos auxiliares, R-2
apitos e gestos, destinados exclusivamente a ordenar Orla Vermelha
ou dirigir o trânsito dos veículos e pedestres. É o nome
que se dá ao símbolo/imagem/gesto/som que estará
pintado na placa, no pavimento ou será executado Dica
pelo condutor/agente de trânsito.
Os sinais de regulamentação não possuem exce-
Sinalização de Regulamentação ção quanto à cor.

Tem por finalidade informar aos usuários as

Condições
Proibições
Obrigações
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Ou restrições R-1 R-2


Parada obrigatória (exceção Dê a preferência (exceção
quanto à forma) quanto à forma)

No uso das vias

Suas mensagens são imperativas e o desrespeito a


elas constitui infração de trânsito.

Formas e Cores

A forma padrão do sinal de regulamentação é a R-3 R-4a


Sentido proibido Proibido virar à esquerda
circular e as cores são vermelha, preta e branca. 117
R-4b R-5a
R-10 R-11
Proibido virar à direita Proibido retornar à esquerda
Proibido trânsito de veículos Proibido trânsito de veículos de
automotores tração animal

R-5b R-6a
Proibido retornar à direita Proibido estacionar R-13
R-12
Proibido trânsito de tratores e
Proibido trânsito de bicicletas
máquinas de obras

R-6b
R-6c
Estacionamento
Proibido parar e estacionar
regulamentado R-14
R-15
Peso bruto total Máximo
Altura máxima permitida
permitido

R-8a
R-7 Proibido mudar de faixa ou
Proibido ultrapassar pista de trânsito da esquerda R-17
para a direita R-16
Peso máximo permitido por
Largura Máxima permitida
eixo

R-8b
Proibido mudar de faixa ou R-9 R-18
R-19
pista de trânsito da direita para Proibido trânsito de caminhões Comprimento Máximo
Velocidade Máxima permitida
a esquerda permitido
118
R-20 R-27
R-21
Proibido acionar buzina ou R-26 Ônibus, caminhões e veículos
Alfândega
sinal sonoro Siga em frente de grande porte, mantenham-
se à direita

R-22 R-23
R-28 R-29
Uso obrigatório de correntes Conserve-se à direita
Duplo sentido de circulação Proibido trânsito de pedestres

R-24a R-30 R-31


R-24b
Sentido de circulação da via/ Pedestre, ande pela esquerda Pedestre, ande pela direita
Passagem obrigatória
pista

R-33
R-32
Sentido de Circulação na
R-25a R-25b Circulação exclusiva de ônibus
rotatória
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Vire à esquerda Vire à direita

R-34
R-35a
R-25c R-25d Circulação exclusiva de
Ciclista, transite à esquerda
Siga em frente ou à esquerda Siga em frente ou à direita bicicletas
119
R-36a
R-35b
Ciclistas à esquerda, pedestres
Ciclista, transite à direita
à direita

Importante!
Nos sinais de R-1 - Parada Obrigatória e R-2 - Dê
a Preferência não é possível inserir informações
complementares.

R-37
R-36b Sinalização de Advertência
Proibido trânsito de
Pedestres à esquerda, ciclistas
motocicletas, motonetas e
à direita
ciclomotores Sua finalidade é alertar os usuários da via para
condições potencialmente perigosas.
Diferentemente dos sinais de regulamentação, sua
observância não é obrigatória, e seu descumprimento
não enseja cometimento de infração de trânsito.

Formas e Cores

A forma padrão dos sinais de advertência é quadra-


da, devendo uma das diagonais ficar na posição vertical.
R-39 À sinalização de advertência estão associadas as
R-38
Circulação exclusiva de
Proibido trânsito de ônibus
caminhão cores amarela e preta.
Características dos Sinais de Advertência:

FORMA COR

Fundo Amarela

Símbolo Preta

Orla interna Preta

Orla externa Amarela


R-40 Legenda Preta
Trânsito proibido a carros
de mão
Constituem exceções:

Informações Complementares
z Quanto à cor:

Sendo necessário acrescentar informações para „ O sinal A-24 (Obras), que possui fundo e orla
complementar os sinais de regulamentação, como externa na cor laranja;
período de validade, características e uso do veículo, „ O sinal A-14 (Semáforo à Frente), que possui sím-
condições de estacionamento, além de outras, deve bolo nas cores preta, vermelha, amarela e verde;
ser utilizada uma placa adicional ou incorporada „ Todos os sinais que, quando utilizados na sinali-
à placa principal, formando um só conjunto, na for- zação de obras, possuem fundo na cor laranja.
ma retangular, com as mesmas cores do sinal de
regulamentação. z Quanto à forma:
Veja exemplos extraídos da Resolução nº 798/2020, „ A sinalização especial de advertência e as infor-
sobre fiscalização de velocidade, contendo o sinal mações complementares (ver abaixo);
R-19 (velocidade máxima permitida) e a informação „ Os sinais A-26a (Sentido Único), A-26b (Sentido
120 complementar sobre o tipo de veículo: Duplo) e A-41 (Cruz de Santo André):
SINAL
COR
FORMA CÓDIGO

Fundo Amarela

A-26a Orla interna Preta


A-26b Orla externa Amarela

Seta Preta
A-5a A-5b
Fundo Amarela Curva em “S” à esquerda Curva em “S” à direita

Orla interna Preta


A-41

Orla externa Amarela

Conjunto de Sinais de Advertência

A-6 A-7a
Cruzamento de vias Via lateral à esquerda

A-1a A-1b
Curva acentuada à esquerda Curva acentuada à direita

A-7b A-8
Via lateral à direita Interseção em “T”

A-2a A-2b
Curva à esquerda Curva à direita

A-9 A-10a
Bifurcação em “Y” Entroncamento oblíquo à
esquerda
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

A-3a A-3b
Pista sinuosa à esquerda Pista sinuosa à direita

A-10b A-11a
A-4a A-4b Entroncamento oblíquo à Junções sucessivas
Curva acentuada em “S” à Curva acentuada em “S” à direita Contrárias primeira à
esquerda direita esquerda
121
A-11b A-12 A-20a A-20b
Junções sucessivas Interseção em círculo Declive acentuado Aclive acentuado
Contrárias primeira à direita

A-21a A-21b
A-13a A-13b Estreitamento de pista ao Estreitamento de pista à
Confluência à esquerda. Confluência à direita centro. esquerda

A-21c A-21d
A-14 A-15
Estreitamento de pista à Alargamento de pista à
Semáforo à frente Para obrigatória à frente
direita esquerda
(exceção quanto à cor)

A-21e A-22
A-16 A-17 Alargamento de pista à direita Ponte estreita
Bonde Pista irregular

A-23 A-24
A-18 A-19 Ponte móvel Obras
Saliência ou lombada Depressão (exceção quanto à cor)
122
A-25 A-26a A-32a A-32b
Mão dupla adiante Sentido único Trânsito de pedestres Passagem sinalizada de
(exceção quanto à forma) pedestres

A-26b A-27 A-33a A-33b


Sentido duplo Área com desmoronamento Área Escolar Passagem sinalizada de
(exceção quanto à forma) escolares

A-28 A-29 A-34 A-35


Pista escorregadia Projeção de cascalho Crianças Animais

A-30a A-30b
Trânsito de ciclistas Passagem sinalizada de A-36 A-37
ciclistas Animais selvagens Altura limitada
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

A-30c A-31 A-38 A-39


Trânsito compartilhado por Trânsito de tratores ou Largura limitada Passagem de nível sem
ciclistas e pedestres maquinário agrícola barreira
123
A-40 A-41 A-48
Passagem de nível com Cruz de Santo André Comprimento limitado
barreira (exceção quanto à forma)

Sinalização Especial de Advertência

Estes sinais são empregados nas situações em que


não é possível a utilização dos sinais mostrados acima.
O formato adotado é retangular, de tamanho
variável em função das informações nelas contidas, e
suas cores são amarela e preta:
Na sinalização de obras, o fundo e a orla externa
devem ser na cor laranja.
Exemplos:
A-42a A-42b
Início de pista dupla Fim de pista dupla a) Sinalização Especial para Faixas ou Pistas Exclusi-
vas de Ônibus

A-42c A-43
Pista dividida Aeroporto

A-44 A-45
Vento lateral Rua sem saída

A-46 A-47
Peso bruto total limitado Peso limitado por eixo
124
b) Sinalização Especial para Pedestres

c) Sinalização Especial de Advertência somente para


rodovias, estradas e vias de trânsito rápido
Fundo amarelo

Sinalização de Indicação

Com mensagens de caráter informativo ou educa-


tivo, possui como finalidades principais:

z Identificar as vias e os locais de interesse


z Orientar condutores de veículos quanto aos per-
cursos, os destinos, as distâncias e os serviços
auxiliares
z Educação do usuário

Placas de Identificação

Posicionam o condutor ao longo do seu desloca-


mento, ou com relação a distâncias ou ainda aos locais
de destino.

a) Placas de Identificação de Rodovias e Estradas:

Placas de Identificação de Rodovias e Estradas


Pan-Americanas:

FORMA COR

Fundo Branca

Orla interna Preta

Orla externa Branca

Legenda Preta
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Placas de Identificação de Rodovias e Estradas


Federais:
Informações Complementares
FORMA COR
Havendo necessidade de fornecer informações
complementares aos sinais de advertência, estas Fundo Branca
devem ser inscritas em placa adicional ou incorpo- Orla interna Preta
rada à placa principal formando um só conjunto, na
forma retangular, admitida a exceção para a placa Orla externa Branca
adicional contendo o número de linhas férreas que
Tarja Preta
cruzam a pista. As cores da placa adicional devem ser
as mesmas dos sinais de advertência. Legendas Preta
Exemplos: 125
Placas de Identificação de Rodovias e Estradas
FORMA COR
Estaduais:
Fundo Azul
FORMA COR Orla interna Branca
Fundo Branca Orla externa Azul
Orla interna Preta Tarja Branca
Retangular, com lado maior na
Orla externa Branca horizontal. Legendas Branca
Legendas Preta
e) Placas de Identificação Quilométrica

Exemplos: FORMA COR


Fundo Azul
Orla interna Branca
Orla externa Azul
Tarja Branca
Retangular, com lado maior na Legendas Branca
vertical

Na utilização em vias urbanas as dimensões devem


ser determinadas em função do local e do objetivo da
sinalização.

f) Placas de Identificação de Limite de Municípios/


Divisa de Estados/Fronteira/Perímetro Urbano

COR
b) Placas de Identificação de Municípios
Fundo Azul
FORMA COR Orla interna Branca
Orla externa Azul
Fundo Azul
Tarja Branca
Orla interna Branca
Legendas Branca
Orla externa Azul FORMA
Retangular, com lado maior na horizontal
Retangular, com lado maior Legenda Branca
na horizontal

c) Placas de Identificação de Regiões de Interesse de


Tráfego e Logradouros

FORMA COR

Fundo Azul

Orla interna Branca

Orla externa Azul

Tarja Branca g) Placas de Pedágio


Retangular Legendas Branca FORMA COR
Fundo Azul
A parte de cima da placa deve indicar o bairro ou Orla interna Branca
avenida/rua da cidade. A parte de baixo a região ou Orla externa Azul
zona em que o bairro ou avenida/rua estiver situado
Tarja Branca
(essa parte da placa é opcional).
Legendas Branca
d) Placas de Identificação Nominal de Pontes, Viadu- Retangular, com lado maior na Seta Branca
horizontal
126 tos, Túneis e Passarelas
Placas de Orientação de Destino

Indicam ao condutor a direção que o mesmo deve


seguir para atingir determinados lugares, orientando
seu percurso e/ou distâncias.

a) Placas Indicativas de Sentido (Direção)

b) Placas Indicativas de Distância

RESOLUÇÕES DO CONTRAN

c) Placas Diagramadas

127
S–3 S–4
Serviço mecânico Abastecimento

S–5 S–6
Pronto socorro Terminal Rodoviário

Placas Educativas S–7 S–8


Restaurante Borracheiro
As placas educativas têm a função de educar os
usuários da via quanto ao seu comportamento ade-
quado e seguro no trânsito.
Podem conter mensagens que reforcem normas
gerais de circulação e conduta.

FORMA COR
Fundo Branca S–9 S – 10
Orla interna Preta Hotel Área de campismo

Orla externa Branca


Tarja Preta
Retangular Legendas Preta
Pictograma Preta

Placas de Serviços Auxiliares


S – 11 S – 12
Aeroporto Transporte sobre
Indicam aos usuários da via os locais onde podem água
dispor dos serviços indicados, orientando sua direção
ou identificando estes serviços.
Quando num mesmo local encontra-se mais de um
tipo de serviço, os respectivos símbolos podem ser
agrupados numa única placa.

a) Placas para Condutores

Caracterizada pelas cores azul, branco e preto. A S – 13 S – 14


placa indicativa de “Pronto Socorro” deve conter o Terminal ferroviário Ponto de parada
símbolo vermelho.

S–1 S–2
Área de Serviço telefônico S – 15 S – 16
estacionamento Informação turística Pedágio
128
Os pictogramas podem ser utilizados opcional- Área para a prática de esportes
mente nas placas de orientação.

TAD-1 TAD-2
Aeroclube Marina

b) Placas para Pedestres

TAD-3
Área para esportes náuticos

Área de Recreação

TAR-01 TAR-02
Área de descanso Barco de passeio

Placas de Atrativos Turísticos

TAR-03
Parque

a) Placas de Identificação de Atrativo Turístico


TNA-01 TNA-02
Praia Cachoeira e Quedas d’água

TNA-03 TNA-04
Patrimônio Natural Estância Hidromineral

Atrativos Históricos e Culturais b) Placas Indicativas de Sentido de Atrativo Turístico RESOLUÇÕES DO CONTRAN

THC-01 THC-02
Templo Arquitetura Histórica

c) Placas Indicativas de Distância de Atrativos


Turísticos

THC-03 THC-04
Museu Espaço Cultural
129
SINALIZAÇÃO HORIZONTAL Dica
Na sinalização horizontal são utilizadas linhas, Nessa matéria, os assuntos mais cobrados são:
marcações, símbolos e legendas, pintados ou apostos finalidade de cada tipo de sinalização horizontal;
sobre o pavimento das vias. diferença entre sinalização horizontal e sinaliza-
De forma simples, são as pinturas que encontra- ção vertical; os padrões de traçado, as cores e as
mos sobre o chão em uma via! características gerais dos tipos de sinalização
Funções: horizontal, em especial, as marcas longitudinais
e transversais. Dê atenção especial a estes itens!
z Organizar o fluxo de veículos e pedestres;
Para identificação da cor, na Resolução, é adotada
z Controlar e orientar os deslocamentos em situa-
a seguinte convenção:
ções com problemas de geometria, topografia ou
frente a obstáculos;
z Complementar os sinais verticais de regulamenta-
ção, advertência ou indicação.
z Em casos específicos, tem poder de regulamentação.

Características

Fique atento a estas características, pois elas são


relevantes para determinar a função e eventual nor-
matividade da sinalização!
Classificação
Padrão de Traçado:
z Marcas longitudinais;
z Contínuo: são linhas sem interrupção pelo trecho
z Marcas transversais;
da via onde estão demarcando; podem estar longi-
z Marcas de canalização;
tudinalmente ou transversalmente apostas à via. z Marcas de delimitação e controle de estaciona-
z Tracejado ou Seccionado: são linhas interrompi- mento e/ou parada;
das, com espaçamentos respectivamente de exten- z Inscrições no pavimento.
são igual ou maior que o traço.
z Símbolos e Legendas: são informações escritas Marcas Longitudinais
ou desenhadas no pavimento, indicando uma
situação ou complementando sinalização vertical z Estabelecem as regras de ultrapassagem e trans-
existente. posição (conforme o padrão de traçado);
z Separam e ordenam as correntes de tráfego, con-
Cores forme a cor da marca, definindo:
„ A parte da pista destinada normalmente à cir-
z Amarela: culação de veículos;
„ Regulação de fluxos de sentidos opostos; „ A divisão da pista em faixas (cor branca);
„ Delimitação de espaços proibidos para esta- „ A separação de fluxos opostos (cor amarela);
cionamento e/ou parada e na marcação de „ As faixas de uso exclusivo de um tipo de veículo;
obstáculos. „ As faixas reversíveis;

z Vermelha: proporcionar contraste, quando ne- Dica


cessário, entre a marca viária e o pavimento das
ciclofaixas e/ou ciclovias, na parte interna des- Relembre a diferença entre ultrapassagem e trans-
tas, associada à linha de bordo branca ou de linha posição de faixas, segundo o Anexo I do CTB:
de divisão de fluxo de mesmo sentido e nos símbo- Transposição de Faixas - passagem de um veí-
los de hospitais e farmácias (cruz). culo de uma faixa demarcada para outra.
Ultrapassagem - movimento de passar à frente de
z Branca: outro veículo que se desloca no mesmo sentido,
em menor velocidade e na mesma faixa de tráfe-
„ Regulação de fluxos de mesmo sentido;
go, necessitando sair e retornar à faixa de origem.
„ Delimitação de trechos de vias, destinados ao
estacionamento regulamentado de veículos
a) Linhas de Divisão de Fluxos Opostos
em condições especiais;
„ Marcação de faixas de travessias de pedestres, Separam os movimentos veiculares de sentidos
símbolos e legendas. contrários (cor amarela) e regulamentam a ultra-
passagem e os deslocamentos laterais, exceto para
z Azul: utilizada nas pinturas de símbolos de pes- acesso à imóvel lindeiro.
soas portadoras de deficiência física, em áreas Ou seja, mesmo que exista, na via, linha amarela
especiais de estacionamento ou de parada para de separação de fluxos opostos, caso o veículo precise
embarque e desembarque. cruzar a via para acessar algum imóvel, não há neces-
z Preta: utilizada para proporcionar contraste sidade de respeitar esta sinalização horizontal, mes-
130 entre o pavimento e a pintura. mo que se trate de linha contínua.
c) Linha de Bordo

Delimita a parte da pista destinada ao desloca-


mento de veículos (cor branca).

d) Linha de Continuidade

Proporciona continuidade a outras marcações


longitudinais, quando há quebra no seu alinhamento
visual.
Quando dá continuidade a linhas brancas, será na
b) Linhas de Divisão de Fluxo de Mesmo Sentido cor branca, mas se der continuidade a linhas amare-
las, será amarela.
Separam os movimentos veiculares de mesmo
sentido (cor branca) e regulamentam a ultrapassa-
gem e a transposição.

RESOLUÇÕES DO CONTRAN

131
Marcas Transversais

Finalidades:

z Ordenar os deslocamentos frontais dos veículos


e os harmonizar com os deslocamentos de outros
veículos e dos pedestres;
z Informar os condutores sobre a necessidade de c) Linha de “Dê a Preferência”
reduzir a velocidade;
z Indicar travessia de pedestres e posições de Branca, indica ao condutor o local limite em que
parada. deve parar o veículo, quando necessário, em locais
sinalizados com a placa R-2 (dê a preferência).
Em casos específicos têm poder de regulamentação. Note que, neste caso, a normatização não advém
propriamente da marca transversal, mas sim da placa
Conforme a função específica exercida, as mar-
que deve acompanhá-la, pois se trata de sinalização
cas transversais são classificadas conforme veremos
vertical de regulamentação.
abaixo.

a) Linha de Retenção

Na cor branca indica ao condutor o local limite em


que deve parar o veículo.

d) Faixas de Travessia de Pedestres

Regulamentam o local de travessia de pedestres,


na cor branca.
b) Linhas de Estímulo à Redução de Velocidade

Conjunto de linhas brancas paralelas que, pelo


efeito visual, induzem o condutor a reduzir a velo-
cidade do veículo.

Exemplo de Aplicação Antecedendo um Obstáculo


132 Transversal
Importante!
Nem todas as sinalizações horizontais relacio-
nadas aos ciclistas são na cor vermelha – acima
vimos um exemplo de marca transversal, destina-
da aos ciclistas, que deve ser feita na cor branca.

f) Marcação de Área de Conflito

Na cor amarela, assinala aos condutores a área da


pista em que não devem parar e estacionar os veículos,

e) Marcação de Cruzamentos Rodocicloviários

Regulamenta o local de travessia de ciclistas, na


cor branca.

Este tipo de marcação possui relação com os arts.


45 e 182 do CTB:

Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semá-


foro lhe seja favorável, nenhum condutor pode
entrar em uma interseção se houver possibilidade
de ser obrigado a imobilizar o veículo na área do
cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem
do trânsito transversal.
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Art. 182. Parar o veículo:


VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a
circulação de veículos e pedestres:
Infração - média;
Penalidade - multa; (neste caso específico, o CON-
TRAN equiparou o termo “parar” à ação de imobili-
zar o veículo, sendo aplicável este tipo específico ao
condutor que imobilizar seu veículo sobre a marca-
ção de área de conflito)

g) Marcação de Área de Cruzamento com Faixa


Exclusiva

Indica ao condutor a existência de faixa(s) exclusi-


va(s), em quadriculado amarelo e branco. 133
Delimita a extensão da pista ao longo da qual apli-
ca-se a proibição de estacionamento ou de parada e
estacionamento estabelecida pela sinalização vertical
correspondente. Cor amarela.

Marcas de Canalização

Finalidades e características:
b) Marca Delimitadora de Parada de Veículos
z Orientam os fluxos de tráfego em uma via, direcio-
nando a circulação de veículos. Específicos
z Regulamentam as áreas de pavimento não
utilizáveis. Delimita a extensão da pista destinada à opera-
ção exclusiva de parada. Deve sempre estar associa-
Cores possíveis: da ao sinal de regulamentação correspondente. Cor
amarela.
z Branca: quando direcionam fluxos de mesmo sen- É opcional o uso destas sinalizações quando utili-
tido e na proteção de estacionamento;
zadas junto ao marco do ponto de parada de transpor-
z Amarela: quando direcionam fluxos de sentidos
te coletivo.
opostos.

c) Marca delimitadora para parada de ônibus em fai-


Marcas de Delimitação e Controle de xa de estacionamento
Estacionamento e/ou Parada

Delimitam e propiciam melhor controle das áreas


onde é proibido ou regulamentado o estacionamento
e a parada de veículos, quando associadas à sinali-
zação vertical de regulamentação.
Em casos específicos, têm poder de regulamentação.

a) Linha de Indicação de Proibição de Estacionamen-


134 to e/ou Parada:
d) Marca delimitadora para parada de ônibus em fai- Indicativo de mudança obrigatório de faixa:
xa de trânsito

e) Marca Delimitadora de Estacionamento Regulamentado Indicativo de movimento em curva (uso em situa-


ção de curva acentuada):
Delimita o trecho de pista no qual é permitido o
estacionamento estabelecido pelas normas gerais de
circulação e conduta ou pelo sinal R-6b. Cor branca.

z Paralelo ao meio-fio:
„ Linha simples contínua ou tracejada

b) Símbolos

Indicam e alertam o condutor sobre situações


z Em ângulo:
específicas na via.
„ Linha contínua
z “Dê a preferência”

Indicativo de interseção com via que tem prefe-


rência. Cor: branca.

z “Cruz de Santo André”

Inscrições no Pavimento Indicativo de cruzamento rodoferroviário. Cor:


branca.
Melhoram a percepção do condutor quanto às con-
dições de operação da via, permitindo-lhe tomar a deci-
são adequada, no tempo apropriado, para as situações
que se lhe apresentarem. Cor: branca.

a) Setas Direcionais
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

z “Bicicleta”

Indicativo de via, pista ou faixa de trânsito de uso


de ciclistas. Cor: branca.

135
z “Serviços de saúde” Finalidades:

Indicativo de área ou local de serviços de saúde. z Incrementar a percepção da sinalização, do ali-


Cor: BRANCO e VERMELHO nhamento da via ou de obstáculos à circulação;
z Reduzir a velocidade praticada;
z Oferecer proteção aos usuários;
z Alertar os condutores quanto a situações de perigo
potencial ou que requeiram maior atenção.

Importante!
Esta não é a matéria preferida das bancas, mas
você deve saber a finalidade que é indicada para
cada tipo de dispositivo!

z “Deficiente físico”
Dispositivos delimitadores
Indicativo de local de estacionamento de veículos
São elementos utilizados para melhorar a percep-
que transportam ou que sejam conduzidos por pessoas ção do condutor quanto aos limites do espaço desti-
portadoras de deficiências físicas. Cor: branco e azul. nado ao rolamento e a sua separação em faixas de
circulação.
São apostos em série no pavimento ou em supor-
tes, reforçando marcas viárias, ou ao longo das áreas
adjacentes a elas.
Podem ser mono ou bidirecionais em função de
possuírem uma ou duas unidades refletivas. O tipo e
a(s) cor(es) das faces refletivas são definidos em fun-
ção dos sentidos de circulação na via, considerando
como referencial um dos sentidos de circulação, ou
seja, a face voltada para este sentido.
c) Legendas
z Balizadores:
Advertem acerca de condições particulares de ope-
ração da via e complementam os sinais de regulamen- Unidades refletivas mono ou bidirecionais, afixa-
das em suporte.
tação e advertência. Cor: branco.
„ Cor do elemento refletivo:

Branca - para ordenar fluxos de mesmo sentido;


Amarela - para ordenar fluxos de sentidos opostos;
Vermelha - em vias rurais, de pista simples, duplo
sentido de circulação, podem ser utilizadas unidades
refletivas na cor vermelha, junto ao bordo da pista ou
acostamento do sentido oposto.

Importante!
Por vezes, as inscrições no pavimento são obje-
to de cobrança pela banca. Não deixe de revisar
esta parte.

DISPOSITIVOS AUXILIARES

Dispositivos Auxiliares são elementos aplicados


ao pavimento da via, junto a ela, ou nos obstáculos z Balizadores de Pontes, Viadutos, Túneis, Barreiras
e Defensas:
próximos, de forma a tornar mais eficiente e segura a
operação da via. Unidades refletivas afixadas ao longo do guarda-
São constituídos de materiais, formas e cores -corpo e/ou mureta de obras de arte, de barreiras e
136 diversos, dotados ou não de refletividade. defensas.
„ Cor do elemento refletivo:

Branca - para ordenar fluxos de mesmo sentido;


Amarela - para ordenar fluxos de sentidos opostos;
Vermelha - em vias rurais, de pista simples, duplo
sentido de circulação, podem ser utilizadas unidades
refletivas na cor vermelha, afixados no guarda-corpo z Cilindros Delimitadores:
ou mureta de obras de arte, barreiras e defensas do
sentido oposto.

Cor do Corpo: preta;


Cor do Material Refletivo: amarela.

z Tachas: Dispositivos de canalização

Elementos contendo unidades refletivas, aplicados Os dispositivos de canalização são apostos em


diretamente no pavimento. série sobre a superfície pavimentada.

„ Cor do corpo: z Prismas

Branca ou amarela, de acordo com a marca viária


Têm a função de substituir a guia da calçada (meio-
que complementa.
-fio) quando não for possível sua construção imediata.
„ Cor do elemento refletivo: Cor: branca ou amarela, de acordo com a marca
viária que complementa.
Branca - para ordenar fluxos de mesmo sentido;
Amarela - para ordenar fluxos de sentidos opostos,
Vermelha - em rodovias, de pista simples, duplo
sentido de circulação, podem ser utilizadas unidades
refletivas na cor vermelha, junto à linha de bordo do
sentido oposto.
z Segregadores

Têm a função de segregar pistas para uso exclusivo


de determinado tipo de veículo ou pedestres.
Cor: amarela.

Dispositivos de sinalização de alerta

São elementos que têm a função de melhorar a per-


RESOLUÇÕES DO CONTRAN

cepção do condutor quanto aos obstáculos e situações


geradoras de perigo potencial à sua circulação, que
estejam na via ou adjacentes a mesma, ou quanto a
z Tachões: mudanças bruscas no alinhamento horizontal da via.
Cores amarela e preta quando sinalizam situa-
Elementos contendo unidades refletivas, aplicados ções permanentes.
diretamente no pavimento. Cores laranja e branca quando sinalizam situa-
Cor do corpo: amarela;
ções temporárias, como obras.
Cor do elemento refletivo:
Branca - para ordenar fluxos de mesmo sentido;
Amarela - para ordenar fluxos de sentidos opostos; z Marcadores de Obstáculos
Vermelha - em rodovias, de pista simples, duplo
sentido de circulação, podem ser utilizadas unidades Unidades refletivas apostas no próprio obstáculo,
refletivas na cor vermelha, junto à linha de bordo do destinadas a alertar o condutor quanto à existência de
sentido oposto. obstáculo disposto na via ou adjacente a ela. 137
Finalidades:

z Evitar que veículos e/ou pedestres transponham


determinado local;
z Evitar ou dificultar a interferência de um fluxo de
veículos sobre o fluxo oposto.

z Gradis de Canalização e Retenção: para controlar o


fluxo de pedestres e ciclistas

z Marcadores de Perigo

Unidades refletivas fixadas em suporte destina-


das a alertar o condutor do veículo quanto a situação
potencial de perigo.

z Dispositivos de Contenção e Bloqueio: para contro-


lar o fluxo de pedestres e ciclistas
z Marcadores de Alinhamento

Unidades refletivas fixadas em suporte, destinadas


a alertar o condutor do veículo quando houver altera-
ção do alinhamento horizontal da via.

z Defensas Metálicas: para controlar o fluxo de


veículos.

Alterações nas características do pavimento

São recursos que alteram as condições normais


da pista de rolamento, quer pela sua elevação com a
utilização de dispositivos físicos, quer pela mudança
nítida de características do próprio pavimento. z Barreiras de Concreto: para controlar o fluxo de
Finalidades: veículos.

z Estimular a redução da velocidade;


z Aumentar a aderência ou atrito do pavimento;
z Alterar a percepção do usuário quanto a alterações
de ambiente e uso da via, induzindo-o a adotar
comportamento cauteloso;
z Incrementar a segurança e/ou criar facilidades
para a circulação de pedestres e/ou ciclistas.

Dispositivos de proteção contínua

São elementos colocados de forma contínua e per-


manente ao longo da via, confeccionados em material z Dispositivos Anti-ofuscamento: para controlar o
138 flexível, maleável ou rígido. fluxo de veículos.
z Cones

Branca refletiva

Laranja

Dispositivos luminosos
z Cilindro
São dispositivos que se utilizam de recursos lumi-
nosos para proporcionar melhores condições de
visualização da sinalização, ou que, conjugados a ele-
mentos eletrônicos, permitem a variação da sinaliza- Branca refletiva
ção ou de mensagens, como:

z Advertência de situação inesperada à frente;


z Mensagens educativas, visando o comportamento Laranja
adequado dos usuários da via;
z Orientação em praças de pedágio e pátios públicos
de estacionamento;
z Informação sobre condições operacionais das vias;
z Orientação do trânsito para a utilização de vias z Balizador Móvel
alternativas;
z Regulamentação de uso da via.
z Painéis Eletrônicos Laranja
Branca refletiva

z Painéis com setas luminosas


z Tambores

Branca refletiva Branca refletiva


Laranja Laranja

RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Dispositivos de uso temporário


z Fita Zebrada
São elementos fixos ou móveis diversos, utilizados
em situações especiais e temporárias, como opera- Laranja
ções de trânsito, obras e situações de emergência ou Branca
perigo, com o objetivo de alertar os condutores, blo-
quear e/ou canalizar o trânsito, proteger pedestres,
trabalhadores, equipamentos, etc.

Importante!
Aos dispositivos de uso temporário estão asso-
ciadas as cores laranja e branca.
139
z Cavaletes z Tapumes

ARTICULADOS
Laranja
Vista Frontal Vista Lateral
Branca

Laranja Branca

Laranja

Sentido de circulação Sentido de circulação


Sentido de circulação

z Gradis

Vista Frontal Vista Lateral


Laranja Branca

Branca

Fixo Dobrável

z Barreiras

Laranja
Branca Modulado Tela Plástica

z Elementos Luminosos Complementares

Sentido de circulação Sentido de circulação Luz ininterrupta

Laranja Branca

Laranja

Sentido de circulação Sentido de circulação

CANCELAS
Amarela ou laranja
Laranja Branca Laranja Branca
Luz intermitente

Laranja

z Bandeiras

Laranja

Laranja ou vermelha

Branca refletiva Laranja ou vermelha

Laranja

140
z Faixas Verde: indica permissão de prosseguir na marcha,
podendo o condutor efetuar as operações indicadas
pelo sinal luminoso, respeitadas as normas gerais de
Branca circulação e conduta.
Laranja

Tipos

a) Para Veículos:
Laranja
Branca
z Com 3 indicações luminosas:

Laranja
Vermelho Vermelho Verde
Branca

Amarelo

Verde Amarelo

SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA
z Com 2 indicações luminosas, sendo de uso exclu-
sivo em controles de acesso específico, tais como
Composta por indicações luminosas acionadas praças de pedágio e balsa.
alternada ou intermitentemente através de siste-
ma elétrico/eletrônico, cuja função é controlar os
deslocamentos.
São divididas em: Vermelho Vermelho Verde

z Sinalização semafórica de regulamentação;


z Sinalização semafórica de advertência. Verde

Formas e Dimensões
z Com símbolos, que podem estar isolados ou inte-
z Movimento veicular: circular; grando um semáforo de três ou duas indicações
z Movimento de pedestres e ciclistas: redonda. luminosas.

Sinalização semafórica de regulamentação

Finalidade: efetuar o controle do trânsito num cru- Vermelho Vermelho Verde


zamento ou seção de via, através de indicações lumino-
Amarelo - seta opcional
sas, alternando o direito de passagem dos vários fluxos
de veículos e/ou pedestres. Amarelo
Verde seta
opcional
Características

Compõe-se de indicações luminosas de cores prees-


tabelecidas, agrupadas num único conjunto, dispostas
verticalmente ao lado da via ou suspensas sobre ela,
podendo neste caso ser fixadas horizontalmente. Vermelho Verde Vermelho Verde

Cores das Indicações Luminosas b) Para Pedestres

a) Para controle de fluxo de pedestres:


RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Vermelha: indica que os pedestres não podem


atravessar.
Vermelha Intermitente: Indica para o pedestre o
término do direito de iniciar a travessia. Sua duração
deve permitir a conclusão das travessias iniciadas no
tempo de verde;
Verde: assinala que os pedestres podem atravessar.

b) Para controle de fluxo de veículos: Sinalização semafórica de advertência

Vermelha: indica obrigatoriedade de parar. Finalidade: advertir da existência de obstáculo


Amarela: indica “atenção”, devendo o condutor ou situação perigosa, devendo o condutor reduzir a
parar o veículo, salvo se isto resultar em situação de velocidade e adotar as medidas de precaução compa-
perigo. tíveis com a segurança para seguir adiante. 141
Características

Compõe-se de uma ou duas luzes de cor AMARE- Ordem de parada para


LA, cujo funcionamento é intermitente ou piscante todos os veículos que
alternado, no caso de duas indicações luminosas. venham de direções que
cortem ortogonalmente
a direção indicada pelos
braços estendidos, qual-
Amarelo Amarelo
quer que seja o sentido de
seu deslocamento. Braços estendidos
Amarelo Amarelo horizontalmente, com a
Amarelo palma da mão para a frente.

SINALIZAÇÃO DE OBRAS Ordem de parada para


todos os veículos que
Utiliza os sinais e elementos de Sinalização Verti- venham de direções que
cal, Horizontal, Semafórica e de Dispositivos e Sinali- cortem ortogonalmente
zação Auxiliares combinados de forma que: a direção indicada pelo
braço estendido, qualquer Braço estendido
que seja o sentido de seu horizontalmente, com a palma
z Os usuários da via sejam advertidos sobre a inter-
deslocamento. da mão para frente, do lado do
venção realizada e possam identificar seu caráter trânsito a que se destina.
temporário;
z Sejam preservadas as condições de segurança e
fluidez do trânsito e de acessibilidade;
z Os usuários sejam orientados sobre caminhos
alternativos;
z Sejam isoladas as áreas de trabalho, de forma a
evitar a deposição e/ou lançamento de materiais
Ordem de diminuição da
sobre a via. velocidade.

Possui como características as cores laranja e


preto. Braço estendido
horizontalmente, com a palma
Laranja da mão para baixo, fazendo
Laranja movimentos verticais.

Laranja

GESTOS
Ordem de parada para
veículos aos quais a luz é
Gestos de Agentes da Autoridade de Trânsito dirigida.

As ordens emanadas por gestos de Agentes da


Braço estendido
Autoridade de Trânsito prevalecem sobre as regras de horizontalmente, agitando
circulação e as normas definidas por outros sinais de a luz vermelha para um
trânsito. determinado veículo.

Dica
Estes gestos e os sinais sonoros são alvo fre-
quente de prova. Memorize-os todos!

SIGNIFICADO SINAL

Ordem de seguir.
Ordem de parada obriga-
tória para todos os veí-
culos. Quando executada
em interseções, os veícu-
los que já se encontrem Braço levantado, com
nela não são obrigados a movimento de antebraço da
parar. Braço levantado verticalmente, frente para a retaguarda e a
com a palma da mão para palma da mão voltada para
frente. trás.
142
Gestos de Condutores a) veículos não-articulados: máximo de 14 metros;
b) veículos não-articulados de transporte coleti-
SIGNIFICADO SINAL vo urbano de passageiros que possuam 3º eixo de
apoio direcional: máximo de 15 metros;
b1) veículos não articulados de característica rodo-
viária para o transporte coletivo de passageiros, na
configuração de chassi 8X2: máximo de 15 metros;
Dobrar à esquerda c) veículos articulados de transporte coletivo de
passageiros: máximo 18,60 metros;
d) veículos articulados com duas unidades, do tipo
caminhão-trator e semirreboque: máximo de 18,60
metros;
e) veículos articulados com duas unidades do tipo
caminhão ou ônibus e reboque: máximo de 19,80;
f) veículos articulados com mais de duas unidades:
máximo de 19,80 metros.
Dobrar à direita
Atente-se:
São exemplos de veículos não articulados: carros,
ônibus comuns etc.
São exemplos de veículos articulados: ônibus san-
fonados, caminhões de carga com vários eixos etc.

Diminuir a marcha ou BALANÇO TRASEIRO


parar
Primeiramente, relembre o conceito de “balanço
traseiro” trazido pelo Anexo I do CTB:

BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano ver-


SINAIS SONOROS tical passando pelos centros das rodas traseiras
extremas e o ponto mais recuado do veículo, consi-
Somente devem ser utilizados em conjunto com os derando-se todos os elementos rigidamente fixados
gestos dos agentes. ao mesmo.

SINAIS DE Os limites para o comprimento do balanço traseiro


SIGNIFICADO EMPREGO de veículos de transporte de passageiros e de cargas são:
APITO

Liberar o trânsito em z Nos veículos não-articulados de transporte de


Um silvo
Siga direção / sentido indi- carga: até 60% (sessenta por cento) da distância
breve
cado pelo agente. entre os dois eixos, não podendo exceder a 3,50m
Dois silvos Indicar parada (três metros e cinquenta centímetros);
Pare z Nos veículos não-articulados de transporte de
breves obrigatória
passageiros (distância entre eixos medida de cen-
Quando for necessário tro a centro das rodas dos eixos dos extremos do
Um silvo Diminuir a
fazer diminuir a marcha veículo): com motor traseiro, até 62% (sessenta e
longo marcha
dos veículos. dois por cento) da distância entre eixos; com motor
central, até 66% (sessenta e seis por cento) da dis-
tância entre eixos; com motor dianteiro, até 71%
(setenta e um por cento) da distância entre eixos.
RESOLUÇÃO Nº 210/2006 DO
PBT E PESO BRUTO TRANSMITIDO POR EIXO
CONTRAN
Os limites máximos de peso bruto total e peso bru-
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

A Resolução nº 210/06 do CONTRAN dispõe sobre to transmitido por eixo de veículo, nas superfícies das
limites de peso e dimensões para veículos que transi- vias públicas, são (art. 2º):
tem por vias terrestres.
Não se permite o registro e o licenciamento de §1º - peso bruto total ou peso bruto total com-
veículos com peso excedente aos limites fixado binado, respeitando os limites da capacidade
nesta Resolução. máxima de tração – CMT da unidade tratora
determinada pelo fabricante:
DIMENSÕES AUTORIZADAS PARA VEÍCULOS a) peso bruto total para veículo não articulado: 29
t;
Com ou sem carga, se autorizam as seguintes b) veículos com reboque ou semirreboque, exceto
dimensões para os veículos (art. 1º): caminhões: 39,5 t;
c) peso bruto total combinado para combinações
I – largura máxima: 2,60m; de veículos articulados com duas unidades, do tipo
II – altura máxima: 4,40m; caminhão-trator e semirreboque, e comprimento
III – comprimento total: total inferior a 16 m: 45 t; 143
d) peso bruto total combinado para combinações I. Peso bruto por eixo:
de veículos articulados com duas unidades, do tipo a) Eixo simples dotado de 2 (dois) pneumáticos = 7t;
caminhão-trator e semirreboque com eixos em tan- b) Eixo simples dotado de 4 (quatro) pneumáticos
dem triplo e comprimento total superior a 16 m: = 11t;
48,5 t;
c) Eixo duplo dotado de 6 (seis) pneumáticos = 14,5t;
e) peso bruto total combinado para combinações
de veículos articulados com duas unidades, do tipo d) Eixo duplo dotado de 8 (oito) pneumáticos = 18t;
caminhão-trator e semirreboque com eixos distan- e) Dois eixos direcionais, com distância entre eixos
ciados, e comprimento total igual ou superior a 16 de no mínimo 1,20 metros, dotados de 2 (dois) pneu-
m: 53 t; máticos cada = 13t.
f) peso bruto total combinado para combinações II. Peso bruto total (PBT) = somatório dos limites
de veículos com duas unidades, do tipo caminhão individuais dos eixos descritos no inciso I.
e reboque, e comprimento inferior a 17,50 m: 45 t; Parágrafo único. Não se aplicam estas dispo-
g) peso bruto total combinado para combinações
sições aos veículos de característica urbana
de veículos articulados com duas unidades, do tipo
caminhão e reboque, e comprimento igual ou supe- para transporte coletivo de passageiros.
rior a 17,50 m: 57 t;
h) peso bruto total combinado para combinações EIXOS EM TANDEM
de veículos articulados com mais de duas unidades
e comprimento inferior a 17,50 m: 45 t; São eixos em tandem dois ou mais eixos que cons-
i) para a combinação de veículos de carga – CVC,
tituam um conjunto integral de suspensão, podendo
com mais de duas unidades, incluída a unidade tra-
tora, o peso bruto total poderá ser de até 57 tone- qualquer deles ser ou não motriz (art. 4º).
ladas, desde que cumpridos os seguintes requisitos:
1 – máximo de 7 (sete) eixos; §1° Quando, em um conjunto de dois ou mais eixos,
2 – comprimento máximo de 19,80 metros e mínimo a distância entre os dois planos verticais paralelos,
de 17,50 metros; que contenham os centros das rodas for superior
3 – unidade tratora do tipo caminhão trator; a 2,40m, cada eixo será considerado como se fosse
4 – estar equipadas com sistema de freios conjuga-
distanciado.
dos entre si e com a unidade tratora atendendo ao
§2° Em qualquer par de eixos ou conjunto de três
estabelecido pelo CONTRAN;
5 – o acoplamento dos veículos rebocados deverá eixos em tandem, com quatro pneumáticos em
ser do tipo automático conforme NBR 11410/11411 cada, com os respectivos limites legais de 17 t e
e estarem reforçados com correntes ou cabos de 25,5t, a diferença de peso bruto total entre os eixos
aço de segurança; mais próximos não deverá exceder a 1.700kg.
6 – o acoplamento dos veículos articulados com
pino-rei e quinta roda deverão obedecer ao disposto COMBINAÇÕES DE VEÍCULOS DE CARGA
na NBR NM ISO337.
§2° peso bruto por eixo isolado de dois pneu-
máticos: 6 t; A partir de 1º de janeiro de 2011, as Combinações
§3° peso bruto por eixo isolado de quatro pneu- de Veículos de Carga (CVC), de 57 toneladas, foram
máticos: 10 t; dotadas obrigatoriamente de tração dupla 6x4 (seis
§4° peso bruto por conjunto de dois eixos dire- por quatro), podendo suspender um dos eixos trato-
cionais, com distância entre eixos de no mínimo 1,20
res somente quando a CVC estiver descarregada, pas-
metros, independente da distância do primeiro eixo
traseiro, dotados de dois pneumáticos cada: 12 t. sando a operar na configuração 4X2 (quatro por dois)
§5° peso bruto por conjunto de dois eixos em tan- (art. 11).
dem, quando à distância entre os dois planos ver-
ticais, que contenham os centros das rodas, for
superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 17 t; Importante!
§6° peso bruto por conjunto de dois eixos não em
tandem, quando à distância entre os dois planos O disposto nesta Resolução não se aplica aos
verticais, que contenham os centros das rodas, for veículos especialmente projetados para o trans-
superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 15 t;
§7° peso bruto por conjunto de três eixos em tan- porte de carga indivisível.
dem, aplicável somente a semirreboque, quando à
distância entre os três planos verticais, que conte-
nham os centros das rodas, for superior a 1,20m e COMPETÊNCIA DOS ÓRGÃOS RODOVIÁRIOS
inferior ou igual a 2,40m: 25,5t;
§8° peso bruto por conjunto de dois eixos, sendo O peso e as dimensões máximos aqui estabelecidos
um dotado de quatro pneumáticos e outro de dois não excluem a competência dos demais órgãos e
pneumáticos interligados por suspensão especial,
entidades executivos rodoviários fixarem valores
quando à distância entre os dois planos verticais
que contenham os centros das rodas for: mais restritivos em relação a vias sob sua circuns-
a) inferior ou igual a 1,20m; 9 t; crição, de acordo com as restrições ou limitações
b) superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 13,5 t. estruturais da área, via/pista, faixa ou obra de arte,
desde que observado o estudo de engenharia respec-
VEÍCULOS DE CARACTERÍSTICA RODOVIÁRIA tivo (art. 12-A).
PARA TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS
SINALIZAÇÃO
Art. 2°-A Os veículos de característica rodoviá-
ria para transporte coletivo de passageiros terão
os seguintes limites máximos de peso bruto total Nestes casos, o órgão e entidade com circunscrição
(PBT) e peso bruto transmitido por eixo nas super- sobre a via deverá observar a regular colocação de
144 fícies das vias públicas: sinalização vertical regulamentadora.
z Especificará os limites de comprimento e de peso
RESOLUÇÃO Nº 211/2006 DO bruto total combinado (PBTC) da combinação de
CONTRAN veículo de carga (CVC), e o cada caminhão trator
não está vinculado às unidades rebocadas na res-
A Resolução nº 211/06 do CONTRAN dispõe sobre pectiva AET, podendo ambos serem substituídos
requisitos necessários à circulação de Combinações a qualquer tempo, observadas as mesmas carac-
de Veículos de Carga (CVC). terísticas de dimensões e peso e adequada (CMT);
As Combinações de Veículos de Carga (CVC), com z Terá validade pelo prazo máximo de 1 (um)
mais de duas unidades, incluída a unidade tratora, ano, de acordo com o licenciamento da unidade
com peso bruto total acima de 57t ou com comprimen- tratora, para os percursos e horários previamente
to total acima de 19,80m, só poderão circular portan- aprovados
do Autorização Especial de Trânsito (AET). z Somente será fornecida após vistoria técnica da
CVC, que será efetuada pelo Órgão Executivo Rodo-
AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE TRÂNSITO viário da União, ou dos Estados, ou dos Municípios
ou do Distrito Federal
Competência
Medidas Complementares
A AET pode ser concedida pelo Órgão Executivo
Rodoviário da União, dos Estados, dos Municípios ou A critério do Órgão responsável pela AET, nas vias
do Distrito Federal que detenha circunscrição sobre a de duplo sentido de direção, poderão ser exigidas
via onde a CVC pretende circular. medidas complementares que possibilitem o trân-
Isso porque estes órgãos são responsáveis pela sito dessas composições, respeitadas as condições de
conservação do pavimento destas vias, o qual é dire- segurança, a existência de faixa adicional para veícu-
tamente desgastado pelo trânsito de veículos pesados. los lentos nos segmentos em rampa com aclive e com-
primento superior a 5% e 600 m, respectivamente.
Art. 2º  A Autorização Especial de Trânsito - AET
pode ser concedida pelo Órgão Executivo Rodoviá-
rio da União, dos Estados, dos Municípios ou do Delimitação do Trânsito
Distrito Federal, mediante atendimento aos seguin-
tes requisitos: O trânsito de Combinações de Veículos de Carga de
I - para a CVC: que trata esta Resolução ocorrerá:
a) Peso Bruto Total Combinado (PBTC) igual ou infe-
rior a 91 toneladas; (Redação do inciso dada pela z Do amanhecer ao pôr do sol: será autorizado
Resolução CONTRAN Nº 640 DE 14/12/2016). o trânsito demorado nas vias com pista dupla e
b) Comprimento superior a 19,80 me máximo de 30 duplo sentido de circulação, dotadas de separado-
metros, quando o PBTC for inferior ou igual a 57t. res físicos e que possuam duas ou mais faixas de
c) Comprimento mínimo de 25 m e máximo de 30
circulação no mesmo sentido; poderá ser autoriza-
metros, quando o PBTC for superior a 57t.
d) limites legais de Peso por Eixo fixados pelo do trânsito noturno em casos especiais, como vere-
CONTRAN; mos abaixo; o trânsito será em qualquer hora do
e) a compatibilidade da Capacidade Máxima de dia para os veículos boiadeiros articulados (Romeu
Tração - CMT da unidade tratora, determinada e Julieta) com até 25m (vinte e cinco metros);
pelo fabricante, com o Peso Bruto Total Combina- z Em velocidade máxima de 80 km/h.
do - PBTC;
f) estar equipadas com sistemas de freios conjuga- Trânsito noturno em casos especiais
dos entre si e com a unidade tratora, atendendo o
disposto na Resolução n°. 777/93 - CONTRAN; Art. 3 [...]
g) o acoplamento dos veículos rebocados deverá ser §2° Em casos especiais, devidamente justifica-
do tipo automático conforme NBR 11410/11411 e dos, poderá ser autorizado o trânsito noturno
estarem reforçados com correntes ou cabos de aço
de CVC, nas vias de pista simples com duplo
de segurança;
sentido de circulação, observados os seguintes
h) o acoplamento dos veículos articulados deverá
requisitos:
ser do tipo pino-rei e quinta roda e obedecer ao dis-
I - volume horário de tráfego no período noturno
posto na NBR NM/ ISO 337.
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

i) possuir sinalização especial na forma do Anexo correspondente, no máximo, ao nível de serviço


II e estar provida de lanternas laterais colocadas a “C”, conforme conceito da Engenharia de Tráfego;
intervalos regulares de no máximo 3 (três) metros II - traçado adequado de vias e suas condições de
entre si, que permitam a sinalização do compri- segurança, especialmente no que se refere à ultra-
mento total do conjunto. passagem dos demais veículos;
II - as condições de tráfego das vias públicas a III - colocação de placas de sinalização em todo o
serem utilizadas. trecho da via, advertindo os usuários sobre a pre-
sença de veículos longos.”
CONTEÚDO
Dica
A AET:
Níveis de serviço, em teoria de trânsito, é a
z Conterá o percurso estabelecido e aprovado pelo representação do fluxo de pedestres em deslo-
órgão com circunscrição sobre a via; camento em conjunto com aqueles que estão
z Será concedida para cada caminhão trator; esperando o momento de se deslocarem. 145
O nível “C”, ou de fluxo estável, significa que os
pedestres podem se deslocar em velocidade Importante!
normal e passar por outros no mesmo sentido. Art. 3° Na área crítica de visão do condutor e em
Conflitos de passagem podem começar a apare- uma faixa periférica de 2,5 centímetros de largu-
cer nesse nível, o que pode acarretar diminuição ra das bordas externas do para-brisa não devem
de movimentos. existir trincas e fraturas de configuração circu-
lar, e não podem ser recuperadas.
Renovação da AET Nestes casos, o vidro deve ser inteiramente
substituído.
Para renovação da Autorização Especial de Trân-
sito (AET), a vistoria técnica que havia sido realizada
inicialmente pode ser substituída por um Laudo Téc- Esta área é delimitada de forma diferente confor-
nico de inspeção veicular elaborado e assinado por me o tipo de veículo que estiver sendo tratado.
engenheiro mecânico responsável pelo projeto, acom-
panhado pela respectiva Anotação de Responsabilida- Ônibus, Micro-ônibus e Caminhões
de Técnica (ART).
Nestes veículos, a área crítica é aquela situada à
esquerda do veículo determinada por um retângulo
Casos Especiais de 50 centímetros de altura por 40 centímetros de lar-
gura, cujo eixo de simetria vertical é demarcado pela
Art. 7° Excepcionalmente será concedida AET projeção da linha de centro do volante de direção, para-
para as Combinações de Veículos de Carga lela à linha de centro do veículo, cuja base coincide com
(CVC) com peso bruto total combinado de até a linha tangente do ponto mais alto do volante.
74 (setenta e quatro) toneladas e comprimento
inferior a 25 (vinte e cinco) metros, desde que Demais veículos automotores
as suas unidades tracionadas tenham sido
registradas até 03/02/06, respeitadas as res- Nos demais veículos automotores, como carros,
trições impostas pelos órgãos executivos com camionetas e caminhonetes, a área crítica de visão do
circunscrição sobre a via (art. 7º). condutor é a metade esquerda da região de varre-
Para os veículos boiadeiros articulados dura das palhetas do limpador de para-brisa.
(Romeu e Julieta) com até 25 m (vinte e cinco
metros): DANOS EM PARA-BRISAS DOS ÔNIBUS, MICRO-
I - Fica permitida a concessão de Autorização Espe- ÔNIBUS E CAMINHÕES
cial de Trânsito (AET);
II - As unidades tracionadas ficam isentas do requi- Nos para-brisas destes veículos, são permitidos no
sito da data de registro máximo TRÊS danos fora da área crítica, limitados
Para Combinações de Veículos de Carga cujo aos seguintes tamanhos (art. 4°, I e II):
comprimento seja de no máximo 19,80 m, o
trânsito será diuturno. I – Trinca não superior a 20 centímetros de
comprimento;
II – Fratura de configuração circular não superior a
4 centímetros de diâmetro.
RESOLUÇÃO Nº 216/2006 DO DANOS EM PARA-BRISAS DOS DEMAIS VEÍCULOS
CONTRAN AUTOMOTORES

A Resolução nº 216/06 do CONTRAN dispõe sobre Neste para-brisas, são permitidos no máximo
exigências sobre condições de segurança e visibi- DOIS danos fora da área crítica, limitados aos
lidade dos condutores em para-brisas em veículos seguintes tamanhos (art. 5°, I e II):
automotores
Esta Resolução estabelece a tolerância de alguns I – Trinca não superior a 10 centímetros de
tipos de danos nos para-brisas de veículos, sem que comprimento;
II – Fratura de configuração circular não superior a
seja necessário realizar a troca integral deste vidro de
4 centímetros de diâmetro.
segurança.
INFRAÇÃO
DEFINIÇÃO DE DANO
O veículo flagrado sendo conduzido com para-bri-
A resolução considera como dano ao para-brisa: sa danificado além dos limites expostos na Resolução
será enquadrado no art. 230, XVIII, do CTB:
z Trincas;
z Fraturas de configuração circular. Art. 230 Conduzir o veículo:
XVIII - em mau estado de conservação, comprome-
DEFINIÇÃO DE ÁREA CRÍTICA tendo a segurança, ou reprovado na avaliação de
inspeção de segurança e de emissão de poluentes e
ruído, prevista no art. 104:
A área crítica de visão do condutor é uma área Infração - grave;
delimitada do para-brisa, considerada indispensável Penalidade - multa;
para boa dirigibilidade do veículo, a qual deve estar Medida administrativa - retenção do veículo para
146 impecável e livre de danos. regularização
A medida administrativa aplicável é a retenção, A identificação, localização e forma correta de uti-
logo, o infrator poderá ser beneficiado pela liberação lização dos dispositivos luminosos deverão constar no
condicional do veículo, disposta no art. 270, §2º, do manual do veículo (art. 1º, §8º).
CTB: É PROIBIDA a colocação de adesivos, pinturas,
películas ou qualquer outro material nos dispositivos
Art. 270 O veículo poderá ser retido nos casos dos sistemas de iluminação ou sinalização de veículos,
expressos neste Código. sem exceção (art. 1º, §9º).
§ 2°  Não sendo possível sanar a falha no local da O CONTRAN admite inovações tecnológicas que não
infração, o veículo, desde que ofereça condições estejam dispostas na resolução, desde que estejam ava-
de segurança para circulação, poderá ser libera- liadas e aprovadas pelo DENATRAN e comprovadamen-
do e entregue a condutor regularmente habilita- te assegurem a sua eficácia e segurança dos veículos.
do, mediante recolhimento do Certificado de
Licenciamento Anual, contra apresentação de
recibo, assinalando-se prazo razoável ao condutor INFRAÇÕES
para regularizar a situação, para o que se conside-
rará, desde logo, notificado.      Art. 6º-A. O não atendimento ao disposto nesta
Resolução sujeita o infrator à aplicação das penali-
dades e medidas administrativas previstas no arti-
go 230, incisos IX, XII, XIII e XXII do CTB, conforme
infração a ser apurada.
RESOLUÇÃO Nº 227/2017 DO
CONTRAN (EXCETO ANEXOS) Veja as infrações específicas no CTB:

Esta resolução regulamenta os sistemas de ilumi- Art. 230. Conduzir o veículo:


nação dos veículos. A partir de 01/01/2023, ela será IX - sem equipamento obrigatório ou estando este
revogada pela Resolução nº 667/2017, mas esta já ineficiente ou inoperante;
produzirá efeitos a partir de 01/01/2021. Durante este XII - com equipamento ou acessório proibido;
período, as duas resoluções vão coexistir. Não se preo- XIII - com o equipamento do sistema de iluminação
e de sinalização alterados;
cupe com isto, pois a redação delas é praticamente
Infração - grave;
igual em sua parte inicial.
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo
EXIGÊNCIA para regularização;
XXII - com defeito no sistema de iluminação, de
Os itens de iluminação veicular são equipamentos sinalização ou com lâmpadas queimadas:
obrigatórios para os veículos automotores, nos termos Infração - média;
delimitados pela Resolução nº 14/1998 do CONTRAN. Penalidade - multa.
Medida administrativa – não tem
VEÍCULOS INACABADOS

Para os veículos inacabados do tipo chassi de


caminhão com cabina e sem carroçaria com des- RESOLUÇÃO Nº 253/2007 DO
tino ao concessionário, encarroçador ou, ainda, a
serem complementados por terceiros não se exige CONTRAN
os seguintes equipamentos, que serão aplicados quan-
do ocorrer a complementação do veículo: A Resolução nº 253/2007 do CONTRAN dispõe sobre
o uso de medidores de transmitância luminosa.
z Lanternas delimitadoras traseiras; A medição da transmitância luminosa das áreas
z Lanternas laterais traseiras e intermediárias; envidraçadas de veículos deverá ser efetuada por
z Retrorrefletores laterais traseiros e intermediários. meio de instrumento denominado Medidor de Trans-
mitância Luminosa, definido pela Resolução como:
Para os veículos inacabados do tipo chassi de cami- instrumento de medição destinado a medir, em valores
nhão com cabina incompleta ou sem cabina, chassi e percentuais, a transmitância luminosa de vidros, pelí-
plataforma para ônibus ou micro-ônibus não se exi- culas, filmes e outros materiais simples ou compostos
(art. 1º).
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

gem os seguintes:

z Lanternas delimitadoras dianteiras e traseiras;


z Lanternas laterais e dianteiras, traseiras e Importante!
intermediárias; O medidor de transmitância luminosa das áreas
z Retrorrefletores laterais e dianteiros, traseiros e envidraçadas de veículos deve ser aprovado pelo
intermediários; INMETRO e homologado pelo DENATRAN.
z Lanternas de iluminação da placa traseira; e
z Lanterna de marcha-a-ré.
VALORES REFERENCIAIS
DISPOSITIVOS LUMINOSOS
Como todo medidor metrológico, a legislação
A Resolução limita em OITO o número máximo de admite a existência de uma margem de erro, a qual,
faróis que podem estar instalados e funcionando simul- no caso do medidor de transmitância, é de 7% (confor-
taneamente, independentemente de suas finalidades. me alterações promovidas pela Res. 385/11). 147
O resultado da medição, chamado de “valor consi- Vidros indispensáveis à dirigibilidade
derado”, é obtido por meio de uma operação matemá-
tica: deve-se somar à medição realizada o percentual Consideram-se áreas envidraçadas indispensáveis
relativo de 7%. A aplicação das margens de erro é sem- à dirigibilidade do veículo:
pre realizada com o intuito de beneficiar o cidadão.
z A área do para-brisa, excluindo a faixa periférica de
AUTO DE INFRAÇÃO serigrafia destinada a dar acabamento ao vidro e à
área ocupada pela banda degrade, caso existente;
z As áreas envidraçadas situadas nas laterais dianteiras
O auto de infração, além do disposto no art. 280 do
do veículo, respeitando o campo de visão do condutor.
Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e regulamentação
específica, deverá conter: Veja as imagens abaixo, extraídas da própria reso-
lução, em que os vidros mais claros representam as
z A medição realizada pelo instrumento (em valores áreas indispensáveis à dirigibilidade e os mais escu-
percentuais); ros, as demais áreas envidraçadas:
z O valor considerado para fins de aplicação de
penalidade (em valores percentuais);
z O limite regulamentado para a área envidraçada
fiscalizada (em valores percentuais);
z A identificação da área envidraçada objeto da
autuação

REGISTRO IMPRESSO

Assim como o etilômetro, pode ser que o medi-


dor de transmitância pode ter uma impressora, para
expedir um “recibo” sobre a autuação. Este registro
impresso deverá conter (art. 5°):

I – data e hora;
II – placa do veículo;
III – transmitância medida pelo instrumento;
IV – área envidraçada fiscalizada;
V – identificação do instrumento; e
VI – identificação do agente.

RESOLUÇÃO Nº 254/2007 DO
CONTRAN
A Resolução nº 254/07 do CONTRAN dispõe sobre
requisitos para os vidros de segurança e critérios para Dica
aplicação de inscrições, pictogramas e películas nas
Não confunda “área indispensável à dirigibilida-
áreas envidraçadas dos veículos automotores. de” com o conceito de “área crítica de visão do
As disposições da Resolução não se aplicam a máqui- condutor”, presente na Resolução nº 216/2006
nas agrícolas, rodoviárias e florestais e aos veículos do CONTRAN!
destinados à circulação exclusivamente fora das vias A delimitação da área crítica de visão do condu-
públicas e nem aos veículos incompletos ou inacabados. tor é muito mais restrita do que a área indispen-
sável à dirigibilidade.
VIDROS DE SEGURANÇA
TRANSMISSÃO LUMINOSA
Os veículos automotores, os reboques e semir-
reboques devem sair de fábrica com as suas partes A transmissão luminosa não poderá ser inferior a:
envidraçadas equipadas com vidros de segurança que
atendam aos termos da legislação do CONTRAN e da z 75% para os vidros incolores dos para-brisas;
ABNT. Da mesma forma deve ocorrer com os vidros z 70% para: para-brisas coloridos; demais vidros
indispensáveis à dirigibilidade do veículo; vidro
destinados a reposição.
de segurança traseiro (vigia), se o veículo NÃO for
dotado de espelho retrovisor externo direito
Tipo de vidro z 28% para outros vidros que não interferem nas
áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade
O vidro destinado ao para-brisa deve ser do tipo do veículo; vidro de segurança traseiro (vigia), se o
laminado, apenas, e os demais vidros podem ser lami- veículo FOR dotado de espelho retrovisor externo
148 nados ou temperados. direito
O CONTRAN não especifica percentual mínimo XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por
para os vidros de segurança situados no teto dos veí- películas refletivas ou não, painéis decorativos ou
culos, limitando-se a exclui-los da regra dos 75/70. pinturas;
Infração - grave;
MARCAÇÕES NOS VIDROS Penalidade - multa; (R$ 195,23 + 5 pontos)
Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização.
Os vidros de segurança devem receber marcação
indelével, em local de fácil visualização, que informe,
no mínimo, a marca do fabricante do vidro e o símbo-
lo de conformidade com a legislação brasileira defini-
do pelo INMETRO. RESOLUÇÃO Nº 290/2008 DO
Nos vidros das áreas indispensáveis à dirigibilida-
CONTRAN
de que possuam película, deve haver chancela espe-
cífica e indelével indicando a marca do instalador e
A Resolução nº 290/08 do CONTRAN dispõe sobre
o índice de transmissão luminosa existentes em cada
inscrição de pesos e capacidades em veículos de tra-
conjunto vidro-película. Essa chancela deve ser visível
ção, de carga e de transporte coletivo de passageiros.
pelos lados externos dos vidros.
DEFINIÇÕES
PELÍCULAS
Inicialmente, é preciso conhecer as definições tra-
É proibida a aplicação de películas refletivas nas
zidas pelo anexo da Resolução, que diferem das cons-
áreas envidraçadas do veículo. Note que a Resolução
tantes no Anexo do CTB:
não traz nenhuma exceção explícita.
Nas demais áreas envidraçadas, a aplicação de
PESOS E CAPACIDADES INDICADOS – pesos máxi-
película é permitida, desde que atendidas as mesmas
mos e capacidades máximas informados pelo
condições de transparência para o conjunto vidro-pe-
fabricante ou importador como limites técnicos do
lícula estabelecidas pela Resolução (ver “transmissão veículo;
luminosa” disposto anteriormente). PESOS E CAPACIDADES AUTORIZADOS – o menor
valor entre os pesos e capacidades máximos estabe-
INSCRIÇÕES, PICTOGRAMAS OU PAINÉIS lecidos pelos regulamentos vigentes (valores legais)
DECORATIVOS e os pesos e capacidades indicados pelo fabricante
ou importador (valores técnicos);
É proibida a aplicação inscrições, pictogramas TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos
ou painéis decorativos de qualquer espécie nas áreas da carroçaria e equipamento, do combustível – pelo
envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade do menos 90% da capacidade do(s) tanque(s), das fer-
veículo. ramentas e dos acessórios, da roda sobressalente,
Nas demais áreas envidraçadas, a aplicação destes do extintor de incêndio e do fluido de arrefecimen-
elementos é permitida, desde que: to, expresso em quilogramas.
LOTAÇÃO - carga útil máxima, expressa em quilo-
z O veículo possua espelhos retrovisores externos gramas, incluindo o condutor e os passageiros que
o veículo pode transportar, para os veículos de car-
direito e esquerdo
ga e tração ou número de pessoas para os veículos
z Sejam atendidas as mesmas condições de transpa-
de transporte coletivo de passageiros.
rência para o conjunto vidro-pictograma/inscrição
PESO BRUTO TOTAL (PBT) - o peso máximo (autori-
(ver, acima, “transmissão luminosa”). zado) que o veículo pode transmitir ao pavimento,
z Painéis luminosos que reproduzam mensagens constituído da soma da tara mais a lotação.
dinâmicas ou estáticas PESO BRUTO TOTAL COMBINADO (PBTC) – Peso
máximo que pode ser transmitido ao pavimento
Em regra, o seu uso é vedado, sendo permitidos, pela combinação de um veículo de tração ou de
apenas, as utilizadas em transporte coletivo de passa- carga, mais seu(s) semirreboque(s), reboque(s), res-
geiro com finalidade de informar o serviço ao usuário peitada a relação potência/peso, estabelecida pelo
da linha. INMETRO – Instituto de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial, a Capacidade Máxima de
FISCALIZAÇÃO Tração da unidade de tração, conforme definida no
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

item 2.7 do anexo dessa Resolução e o limite máxi-


A verificação dos índices de transmitância lumi- mo estabelecido na Resolução CONTRAN nº 211/06,
nosa estabelecidos nesta Resolução será realizada na e suas sucedâneas.
forma regulamentada pelo CONTRAN, mediante uti- CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO (CMT) - máxi-
mo peso que a unidade de tração é capaz de tracio-
lização de instrumento aprovado pelo INMETRO e
nar, incluído o PBT da unidade de tração, limitado
homologado pelo DENATRAN (art. 10). Essa fiscaliza-
pelas suas condições de geração e multiplicação do
ção ocorre nos termos da Res. 253/2007 do CONTRAN.
momento de força, resistência dos elementos que
compõem a transmissão.
INFRAÇÃO CAMINHÃO – veículo automotor destinado ao
transporte de carga, com PBT acima de 3.500 qui-
Veículo flagrado desrespeitando as disposições logramas, podendo tracionar ou arrastar outro
desta Resolução incorrerá em infração ao inciso XVI veículo, desde que tenha capacidade máxima de
do art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro. tração compatível;
CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor destina-
Art. 230 Conduzir o veículo: do a tracionar ou arrastar outro veículo. 149
VEÍCULO INACABADO OU INCOMPLETO – todo o Veículos destinados ao transporte coletivo de
chassi e plataforma para ônibus ou micro-ônibus passageiros
e os chassis de caminhões, caminhonete, utilitário
com cabine completa, incompleta ou sem cabine. Neste caso, a plaqueta deverá ser afixada na parte
VEÍCULO ACABADO – Veículo automotor que sai de frontal interna acima do para-brisa ou na parte supe-
fábrica pronto para licenciamento, sem precisar de rior da divisória da cabina de comando do lado do
complementação. condutor.
VEÍCULO NOVO – veículo de tração, de carga e
transporte coletivo de passageiros, reboque e semir-
reboque, antes do seu registro e licenciamento. Importante!
INSCRIÇÃO Na impossibilidade técnica ou ausência de local
para fixação, poderão ser utilizados os mesmos
Nos termos do art. 117 do CTB, os veículos de trans- locais previstos para os veículos de carga e tração.
porte de carga e os coletivos de passageiros deverão
conter, em local facilmente visível, a inscrição indicati- z Reboques, semirreboques e implementos mon-
va de sua tara, do peso bruto total (PBT), do peso bruto tados sobre chassi de veículo de carga: a pla-
total combinado (PBTC) ou capacidade máxima de tra- queta será afixada parte externa da carroçaria na
ção (CMT) e de sua lotação, vedado o uso em desacordo lateral dianteira.
com sua classificação.
Veículos de tração, de carga e de transporte coleti- INFRAÇÃO
vo de passageiros devem ter indicação de suas caracte-
Condutor flagrado transitando com o veículo sem
rísticas registradas para obtenção do CAT (Certificado
plaqueta ou com plaqueta irregular responderá pelo
de Adequação à Legislação de Trânsito) para fins de art. 237 do CTB:
registro, licenciamento e circulação.
Esta inscrição deve ser realizada por meio de Art. 237 Transitar com o veículo em desacordo
plaqueta ou adesivo resistente à ação do tempo. com as especificações, e com falta de inscrição e
Doravante a chamaremos apenas de “plaqueta”, para simbologia necessárias à sua identificação, quando
exigidas pela legislação:
sintetizar o estudo.
Infração - grave;
Penalidade - multa;
RESPONSABILIDADE PELA INSCRIÇÃO Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização.
A responsabilidade por colocar tais inscrições no
veículo nem sempre será o seu proprietário:

z Veículo novo acabado ou inacabado: fabrican- RESOLUÇÃO Nº 349/2010 DO


te ou importador. No caso do veículo inacabado, CONTRAN
o fabricante ou importador deve declarar na nota
fiscal o peso do veículo nesta condição; A Resolução nº 349/10 do CONTRAN dispõe sobre
z Carroçaria ou de outros implementos: seu fabri- o transporte eventual de cargas ou de bicicletas nos
cante, em caráter complementar ao informado veículos classificados nas espécies automóvel, cami-
pelo fabricante ou importador do veículo; nhonete, camioneta e utilitário.
z Veículo modificado: responsável pelas modificações,
quando se tratar de veículo novo ou já licenciado que ABRANGÊNCIA
tiver sua estrutura e/ou número de eixos alterados;
Os veículos atingidos pelas disposições desta Reso-
z Veículos em uso e os licenciados até a data da entra-
lução são os classificados nas espécies:
da em vigor da Resolução: proprietário do veículo.
z Automóvel;
LOCAL DA APLICAÇÃO z Caminhonete;
z Camioneta;
Dependendo do tipo de veículo, a plaqueta será z Utilitário.
aplicada em diferentes locais na estrutura do veículo.
DISPOSIÇÕES SOBRE A CARGA
Veículos de carga e tração
Respeito ao PBT do veículo
Nestes veículos (por exemplo, caminhões), a pla-
queta deve ser fixada em um dos seguintes locais: O transporte de cargas e de bicicletas sempre deve
respeitar o peso máximo especificado para o veículo.
z Na coluna de qualquer porta, junto às dobradiças,
Acomodação da carga
ou no lado da fechadura;
z Na borda de qualquer porta; Para que seja preservada a segurança viária e
z Na parte inferior do assento, voltada para porta; a dos ocupantes do veículo, a carga ou a bicicleta
z Na superfície interna de qualquer porta; deverá estar acondicionada e afixada de modo que
150 z No painel de instrumentos. (art. 3º):
I - não coloque em perigo as pessoas nem cause Segunda placa de identificação
danos a propriedades públicas ou privadas, e em
especial, não se arraste pela via nem caia sobre z Hipóteses de uso: deve ser colocada quando o
esta; transporte resulte no encobrimento, total ou par-
II - não atrapalhe a visibilidade à frente do con- cial, da placa traseira.
dutor nem comprometa a estabilidade ou condução z Fixação: a segunda placa de identificação será
do veículo; lacrada no centro da régua de sinalização ou na
III - não provoque ruído nem poeira; parte estrutural do veículo em que estiver instala-
IV - não oculte as luzes, incluídas as luzes de freio da (para-choque ou carroceria), devendo ser apos-
e os indicadores de direção e os dispositivos refleto- ta em local visível na parte direita da traseira.
res; ressalvada, entretanto, a ocultação da lanterna
de freio elevada (categoria S3);
Se o veículo possuir extensor de caçamba, é dis-
V - não exceda a largura máxima do veículo;
pensado o uso da régua de sinalização, devendo ser
VI - não ultrapasse as dimensões autorizadas
lacrada a segunda placa traseira neste extensor.
para veículos estabelecidas na Resolução CON-
Extensor de caçamba é o acessório que permite a
TRAN nº 210/2006 ou Resolução posterior que
circulação do veículo com a tampa do compartimento
venha sucedê-la.
de carga aberta, de forma a impedir a queda da carga
VII - todos os acessórios, tais como cabos, corren-
na via, sem comprometer a sinalização traseira.
tes, lonas, grades ou redes que sirvam para acon-
dicionar, proteger e fixar a carga deverão estar
devidamente ancorados e atender aos requisitos REGRAS APLICÁVEIS AO TRANSPORTE EVENTUAL
desta Resolução. DE CARGAS
VIII - não se sobressaiam ou se projetem além
do veículo pela frente. No teto do veículo

SINALIZAÇÃO DO VEÍCULO A Resolução permite o transporte de cargas acon-


dicionadas em bagageiros ou presas a suportes apro-
Assim está disposto na resolução a respeito: priados devidamente afixados na parte superior
externa da carroçaria (teto do veículo).
Art. 4º Será obrigatório o uso de segunda placa tra-
seira de identificação nos veículos na hipótese do
transporte eventual de carga ou de bicicleta resultar Importante!
no encobrimento, total ou parcial, da placa traseira. As regras deste capítulo são aplicáveis para o
§1° A segunda placa de identificação será apos-
transporte de bicicletas no teto dos veículos,
ta em local visível, ao lado direito da traseira do
veículo, podendo ser instalada no para-choque ou
com exceção da regra quanto à altura máxima
na carroceria, admitida a utilização de suportes de 50cm que, em razão do tamanho próprio da
adaptadores. bicicleta, não necessita ser respeitada.
§2° A segunda placa de identificação será lacrada
na parte estrutural do veículo em que estiver insta-
Art. 1° (...)
lada (para-choque ou carroceria).
§1° O fabricante do bagageiro ou do suporte deve
informar as condições de fixação da carga na parte
Régua de Sinalização superior externa da carroçaria e sua fixação deve
respeitar as condições e restrições estabelecidas
A régua de sinalização é assim definida pela pelo fabricante do veículo.
Resolução:
Dimensões da carga
“Régua de sinalização é o acessório com carac-
terísticas físicas e de forma semelhante a um As cargas, já considerada a altura do bagageiro
para-choque traseiro, devendo ter no mínimo um ou do suporte, deverão ter:
metro de largura e no máximo a largura do veícu-
lo, excluídos os retrovisores, e possuir sistema de z Altura máxima de cinquenta centímetros
sinalização paralelo, energizado e semelhante em z Suas dimensões não devem ultrapassar: O com-
conteúdo, quantidade, finalidade e funcionamento primento da carroçaria e largura da parte superior
ao do veículo em que for instalado”. da carroçaria.
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

z Hipóteses de uso: deve ser utilizada régua de Na imagem:


sinalização quando a carga transportada ocultar Y≤ 50 cm, onde Y = altura máxima;
total ou parcialmente, a sinalização traseira obri- X ≤ Z, onde Z = comprimento da carroçaria e X =
gatória do veículo. comprimento da carga.
z Características: a régua de sinalização deve ter
sua superfície coberta com faixas refletivas oblí- Figura 1
quas, nas cores branca e vermelha refletiva, Z

idênticas às dispostas nos para-choques traseiros X

dos veículos de carga. Y

z Fixação: A fixação da régua de sinalização deve


ser feita no veículo, de forma apropriada e segu-
ra, por meio de braçadeiras, engates, encaixes e/ou
parafusos, podendo ainda ser utilizada a estru-
tura de transporte de carga ou seu suporte.
151
Carga indivisível transportada na parte traseira do z Não se aplica a altura máxima de 50cm prevista
veículo para as demais cargas;
z Ainda assim se aplicam as regras quanto às
dimensões máximas, que não devem ultrapassar
Importante! o comprimento da carroçaria e a largura da parte
superior da carroçaria
A bicicleta é considerada carga indivisível, e seu
transporte na caçamba de caminhonetes deverá Dispositivos para transporte de bicicletas
respeitar o disposto neste capítulo.
O dispositivo para transporte de bicicletas para
Se permitirá o transporte eventual de carga indivi- aplicação na parte externa dos veículos deverá ser
sível desde que sejam observadas as diretrizes abaixo: fornecido com instruções precisas sobre (art. 9º):

I - Forma de instalação, permanente ou temporária,


z As cargas que sobressaiam ou se projetem além
do dispositivo no veículo;
do veículo para trás estejam bem visíveis e sina-
II - Modo de fixação da bicicleta ao dispositivo de
lizadas. No período noturno, esta sinalização transporte;
deverá ser feita por meio de uma luz vermelha e III - Quantidade máxima de bicicletas transporta-
um dispositivo refletor de cor vermelha. dos, com segurança;
z Apenas durante o transporte de carga indivisível IV - Cuidados de segurança durante o transporte de
que ultrapasse o comprimento da caçamba ou forma a preservar a segurança do trânsito, do veí-
do compartimento de carga é permitido o deslo- culo, dos passageiros e de terceiros.
camento do veículo com o compartimento de car-
ga aberto; INFRAÇÕES
z O balanço traseiro não deve exceder 60% do
valor da distância entre os dois eixos do veículo. Condutor flagrado desrespeitando os preceitos
desta Resolução será enquadrado nos seguintes arti-
Veja a definição de balanço traseiro segundo o gos do CTB, conforme o caso:
Anexo I do CTB:
Art. 230 Conduzir o veículo: (...)
BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano ver- IV - sem qualquer uma das placas de identificação;
tical passando pelos centros das rodas traseiras Infração - gravíssima;
extremas e o ponto mais recuado do veículo, consi- Penalidade - multa e apreensão do veículo;
derando-se todos os elementos rigidamente fixados Medida administrativa - remoção do veículo.
ao mesmo. Art. 231 Transitar com o veículo:
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a
Na imagem: via: a) carga que esteja transportando; b) combustí-
B ≤ 0,6 x A, onde B = Balanço traseiro e A = distância vel ou lubrificante que esteja utilizando; c) qualquer
entre os dois eixos. objeto que possa acarretar risco de acidente:
Infração - gravíssima;
Figura 2 Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização.
III - produzindo fumaça, gases ou partículas em
níveis superiores aos fixados pelo CONTRAN;
IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores
aos limites estabelecidos legalmente ou pela sinali-
zação, sem autorização:
A B
Infração - grave;
Penalidade - multa;
REGRAS APLICÁVEIS AO TRANSPORTE DE Medida administrativa - retenção do veículo para
BICICLETAS NA PARTE EXTERNA DOS VEÍCULOS regularização;
V - com excesso de peso, admitido percentual de
Local de transporte tolerância quando aferido por equipamento, na for-
ma a ser estabelecida pelo CONTRAN:
Desde que fixada em dispositivo apropriado, Infração - média;
móvel ou fixo, aplicado diretamente ao veículo ou Penalidade - multa acrescida a cada duzentos qui-
acoplado ao gancho de reboque, a bicicleta poderá ser logramas ou fração de excesso de peso apurado,
transportada: constante na seguinte tabela:
a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32
(cinco reais e trinta e dois centavos);
z Na parte posterior externa do veículo (traseira do
b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos qui-
veículo);
logramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro
z Sobre o teto; ou centavos);
z Na caçamba de caminhonetes, desde que respei- c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilo-
tadas as disposições constantes no capítulo “carga gramas) - R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito
indivisível” acima. centavos);
d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogra-
Na hipótese de a bicicleta ser transportada sobre mas) - R$ 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois
152 o teto do veículo: centavos);
e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil qui- CONDUTOR NÃO AMPARADO POR ACORDO
logramas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cin- INTERNACIONAL
quenta e seis centavos);
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas) Para poder dirigir no Brasil, este condutor deve-
- R$ 53,20 (cinquenta e três reais e vinte centavos); rá trocar a sua habilitação pela equivalente nacional
Medida administrativa - retenção do veículo e
junto ao DETRAN dos Estados ou do Distrito Federal.
transbordo da carga excedente;
Art. 248 Transportar em veículo destinado ao Para isso, deverá:
transporte de passageiros carga excedente em
desacordo com o estabelecido no art. 109: z Ser habilitado no seu país de origem;
Infração - grave; Penalidade - multa; Medida admi- z Ser penalmente imputável no Brasil;
nistrativa - retenção para o transbordo. z Ser aprovado nos Exames de Aptidão Física e
Mental, Avaliação Psicológica e de Direção Vei-
cular, respeitada a sua categoria.

CIDADÃO BRASILEIRO HABILITADO NO EXTERIOR


RESOLUÇÃO Nº 360/2010 DO
CONTRAN Ao cidadão brasileiro habilitado no exterior serão
aplicadas as regras estabelecidas anteriormente, res-
A Resolução nº 360/10 do CONTRAN dispõe sobre pectivamente, desde que comprove que mantinha
habilitação do candidato ou condutor estrangeiro residência normal naquele País por um período não
para direção de veículos em território nacional. inferior a 06 (seis) meses quando do momento da
É permitido que um condutor estrangeiro dirija expedição da habilitação.
no Brasil sem que seja necessário realizar todo o pro-
cesso de habilitação brasileiro, desde que cumpra os Art. 3° (...)
requisitos da Resolução. Parágrafo único. A comprovação de residência
mencionada no ‘caput’ deste artigo, para habili-
CONDUTOR AMPARADO POR ACORDO tações oriundas de países fronteiriços (Uruguai,
INTERNACIONAL Paraguai, Argentina, Colômbia, Peru, Bolívia,
Venezuela, Guiana, Guiana Francesa, Suriname),
Para o condutor amparado por convenções ou Chile e Equador, se dará com a apresentação de
acordos internacionais, ratificados e aprovados Atestado, Declaração ou Certidão da autoridade
pela República Federativa do Brasil e, igualmen- consular do Brasil no respectivo país. (Parágrafo
te, pela adoção do Princípio da Reciprocidade, há acrescentado pela Resolução CONTRAN Nº 671
poucos requisitos a serem obedecidos para que possa DE 21/06/2017)
conduzir veículos no Brasil:
ESTRANGEIRO NÃO HABILITADO
z Deve ser habilitado no seu país de origem;
z Deve ser penalmente imputável no Brasil (obser- Para dirigir no território nacional, este estrangei-
ve que este requisito deve ser cumprido no BRASIL, ro deverá cumprir todas as exigências previstas
de nada adiantando que ele seja penalmente impu- na legislação de trânsito brasileira em vigor, para
tável no seu país de origem e não o seja no Brasil). obter a sua CNH.
z Deve ser respeitada a validade da habilitação
de origem; PENALIDADES AO ESTRANGEIRO
z Deve portar a carteira de habilitação estrangeira,
dentro do prazo de validade, acompanhada do seu Quando o condutor habilitado em país estran-
documento de identificação geiro cometer infração de trânsito, cuja penalidade
z O prazo máximo que poderá dirigir no país será implique na proibição do direito de dirigir, a autori-
de 180 (cento e oitenta) dias (ou o prazo da habi- dade de trânsito competente tomará as seguintes pro-
litação de origem, se esta vencer antes). Este prazo vidências com base no artigo 42 da Convenção sobre
começa a contar a partir da data de entrada no Trânsito Viário, celebrada em Viena e promulgada pelo
âmbito territorial brasileiro.
Decreto n° 86.714, de 10 de dezembro de 1981 (art. 5º):
z Dirigindo após o prazo: se este condutor quiser
continuar dirigindo veículos no Brasil após esgo-
I – recolher e reter o documento de habilitação,
tado o prazo de 180 dias, deverá submeter-se aos
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

até que expire o prazo da suspensão do direito


Exames de aptidão Física e Mental e Avaliação de usá-la, ou até que o condutor saia do territó-
Psicológica, nos termos do artigo 147 do CTB, res- rio nacional, se a saída ocorrer antes de expirar o
peitada a sua categoria, para obter a Carteira prazo;
Nacional de Habilitação. II – comunicar à autoridade que expediu ou em
cujo nome foi expedido o documento de habilitação,
Na hipótese de mudança de categoria, deverão a suspensão do direito de usá-la, solicitando que
ser realizados os exames complementares que forem notifique ao interessado da decisão tomada;
exigidos. III – indicar no documento de habilitação, que
o mesmo não é válido no território nacional,
EXCEÇÃO quando se tratar de documento de habilitação com
validade internacional.
Os diplomatas ou cônsules de carreira e aqueles a
eles equiparados não precisam cumprir os requisitos Quando se tratar de missão diplomática, consular
desta resolução para poder dirigir no território brasi- ou a elas equiparadas, as medidas cabíveis deverão
leiro, mesmo sendo habilitados somente no exterior. ser tomadas pelo Ministério das Relações Exteriores. 153
PENALIDADES AO BRASILEIRO § 1º (Revogado).
§ 2º A infração prevista no art. 165 também poderá
O condutor com Habilitação Internacional para ser caracterizada mediante imagem, vídeo, consta-
Dirigir, expedida no Brasil, que cometer infração de tação de sinais que indiquem, na forma disciplinada
trânsito em que implique penalidade na suspensão pelo Contran, alteração da capacidade psicomo-
ou cassação do direito de dirigir, terá o recolhimento tora ou produção de quaisquer outras provas em
e apreensão desta, juntamente com o documento de direito admitidas.
habilitação nacional pelo órgão ou entidade executivo § 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal. administrativas estabelecidas no art. 165-A deste
A Carteira Internacional expedida pelo órgão ou Código ao condutor que se recusar a se submeter
entidade executiva de trânsito do Estado ou do Distri- a qualquer dos procedimentos previstos no caput
to Federal não poderá substituir a CNH. deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
2016)
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capa-
cidade psicomotora alterada em razão da influên-
cia de álcool ou de outra substância psicoativa que
RESOLUÇÃO Nº 432/2013 DO determine dependência: Penas - detenção, de seis
CONTRAN meses a três anos, multa e suspensão ou proibição
de se obter a permissão ou a habilitação para diri-
A Resolução nº 432/13 do CONTRAN dispõe sobre gir veículo automotor.
os procedimentos a serem adotados pelas autoridades § 1º As condutas previstas no caput serão consta-
de trânsito e seus agentes na fiscalização do consumo tadas por:
de álcool ou de outra substância psicoativa que deter- I - concentração igual ou superior a 6 decigramas
mine dependência, para aplicação do disposto nos arts. de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a
165, 276, 277 e 306 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou
1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB). II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo
Contran, alteração da capacidade psicomotora.
OBJETO § 2º A verificação do disposto neste artigo poderá
ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxico-
A resolução se presta a regulamentar os seguintes lógico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemu-
artigos do CTB: nhal ou outros meios de prova em direito admitidos,
observado o direito à contraprova.
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de § 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre
qualquer outra substância psicoativa que determi- os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos
ne dependência: Infração - gravíssima; Penalidade para efeito de caracterização do crime tipificado
- multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir neste artigo.
por 12 (doze) meses. Medida administrativa - reco-
lhimento do documento de habilitação e retenção FISCALIZAÇÃO DO CONSUMO DE ÁLCOOL E
do veículo, observado o disposto no § 4º do art. DROGAS
270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do
Código de Trânsito Brasileiro.
A fiscalização do consumo, pelos condutores de veí-
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa pre-
vista no caput em caso de reincidência no período culos automotores, de bebidas alcoólicas e de outras
de até 12 (doze) meses. substâncias psicoativas que determinem dependência
Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, deve ser procedimento operacional rotineiro dos
exame clínico, perícia ou outro procedimento que órgãos de trânsito (art. 2º).
permita certificar influência de álcool ou outra Existem diversos métodos que podem ser utiliza-
substância psicoativa, na forma estabelecida pelo dos para confirmar a alteração da capacidade psico-
art. 277: motora em razão da influência de álcool ou de outra
Infração - gravíssima;
substância psicoativa:
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direi-
to de dirigir por 12 (doze) meses;
Medida administrativa - recolhimento do documen- z Exame de sangue;
to de habilitação e retenção do veículo, observado o z Exames realizados por laboratórios especializa-
disposto no § 4º do art. 270. dos, indicados pelo órgão ou entidade de trânsito
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa pre- competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de
vista no caput em caso de reincidência no período consumo de outras substâncias psicoativas que
de até 12 (doze) meses. determinem dependência;
Art. 276. Qualquer concentração de álcool por
z Teste em aparelho destinado à medição do teor
litro de sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o
condutor às penalidades previstas no art. 165. alcoólico no ar alveolar (etilômetro);
Parágrafo único. O Contran disciplinará as mar- z O etilômetro é o tipo de teste prioritário
gens de tolerância quando a infração for apurada z Verificação dos sinais que indiquem a alteração da
por meio de aparelho de medição, observada a capacidade psicomotora do condutor.
legislação metrológica. z Se o condutor apresentar sinais ou haja compro-
Art. 277. O condutor de veículo automotor envol- vação da embriaguez por meio do teste de etilôme-
vido em acidente de trânsito ou que for alvo de fis- tro e houver encaminhamento do condutor para a
calização de trânsito poderá ser submetido a teste,
realização do exame de sangue ou exame clínico,
exame clínico, perícia ou outro procedimento que,
por meios técnicos ou científicos, na forma discipli- não será necessário aguardar o resultado desses
nada pelo Contran, permita certificar influência de exames para fins de autuação administrativa.
álcool ou outra substância psicoativa que determi- z Prova testemunhal, imagem, vídeo ou qualquer
154 ne dependência. outro meio de prova em direito admitido.
É importante você saber que é obrigatória a reali- SINAIS DE ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE
zação do exame de alcoolemia para as vítimas fatais PSICOMOTORA
de acidentes de trânsito
Os sinais de alteração da capacidade psicomotora
TESTE DE ETILÔMETRO poderão ser verificados por:

z Exame clínico com laudo conclusivo e firmado por


O etilômetro deve atender aos seguintes requisitos:
médico perito; ou
z Constatação, pelo agente da Autoridade de
z O modelo deve ser aprovado pelo inmetro;
Trânsito, dos sinais de alteração da capacidade
z Individualmente, cada etilômetro precisa ser psicomotora.
aprovado na verificação metrológica do inmetro: z O agente não deverá ser considerado somente um
sinal, mas um conjunto de sinais que comprovem
„ Inicial, a situação do condutor.
„ Eventual, z Esses sinais deverão ser descritos no AIT ou em
„ Em serviço termo específico.
„ Anual z O Anexo II da Resolução contém as informações
mínimas que esse termo específico deve conter.
O resultado do etilômetro, para fins de autuação,
Veja os sinais trazidos no Anexo II da Resolução:
deve ser obtido através de uma operação matemática
VI. Sinais observados pelo agente fiscalizador:
simples.
Temos a medição realizada, que é o número que z Quanto à aparência, se o condutor apresenta:
aparecerá na tela do etilômetro. Deste número, vamos
descontar o erro máximo admissível para o equipa- Sonolência;
mento, conforme legislação metrológica em vigor. Olhos vermelhos;
Desta operação de subtração, encontraremos o Vômito;
valor considerado, que deverá ser considerado para Soluços;
Desordem nas vestes;
fins de autuação.
Odor de álcool no hálito.
Tabela do erro máximo admissível:
z Quanto à atitude, se o condutor apresenta:
MEDIÇÃO REALIZADA ERRO MÁXIMO ADMIS-
- MR SÍVEL - EMR Agressividade;
Arrogância;
MR inferior a 0,40mg/L: 0,032 mg/L Exaltação;
MR acima de 0,40mg/L Ironia;
8% Falante;
até 2,00mg/L
Dispersão.
MR acima de 0,40mg/L
30%
até 2,00mg/L: z Quanto à orientação, se o condutor:

Sabe onde está;


Apesar de o EMR, na maioria das medições, ser Sabe a data e a hora.
0,032 mg/L, convencionou-se que o desconto será de
0,04 mg/L, conforme a tabela constante no Anexo da z Quanto à memória, se o condutor:
resolução (cujo trecho reproduzimos aqui), pois é rea-
lizado um arredondamento somente com as duas pri- Sabe seu endereço;
Lembra dos atos cometidos;
meiras casas decimais.
z Quanto à capacidade motora e verbal, se o con-
MR VC* dutor apresenta:
MG/L MG/L
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

0,05 0,01 Dificuldade no equilíbrio;


Fala alterada;
0,06 0,02
INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA
0,07 0,03

0,08 0,04 A infração prevista no art. 165 do CTB será carac-


terizada por:
0,09 0,05
z Exame de sangue que apresente qualquer con-
0,10 0,06
centração de álcool por litro de sangue;
0,11 0,07 z Teste de etilômetro com medição realizada igual
ou superior a 0,05 miligrama de álcool por litro
0,12 0,08 de ar alveolar expirado (0,05 mg/L), descontado o
erro máximo admissível;
0,13 0,09
z Sinais de alteração da capacidade psicomotora. 155
Ao condutor que recusar a se submeter a qualquer z Conforme o caso, a identificação da(s) testemu-
um dos procedimentos serão aplicadas as penalida- nha(s), se houve fotos, vídeos ou outro meio de
des e medidas administrativas previstas no art. 165 do prova complementar, se houve recusa do condu-
CTB. Atualmente, esta disposição encontra-se especifi- tor, entre outras informações disponíveis.
camente regulamentada no art. 165-A do CTB. z Informações sobre as medidas administrativas
aplicadas.
CRIME
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
O crime previsto no art. 306 do CTB será caracte-
rizado por qualquer um dos procedimentos abaixo: O veículo será retido até a apresentação de con-
dutor habilitado, que também será submetido à
z Exame de sangue que apresente resultado igual fiscalização.
ou superior a 6 (seis) decigramas de álcool por Não se apresentando condutor habilitado ou o
litro de sangue (6 dg/L); agente verifique que ele não está em condições de
z Teste de etilômetro com medição realizada dirigir (pois ele também deverá realizar o teste do eti-
igual ou superior a 0,34 miligrama de álcool por lômetro), o veículo será recolhido ao depósito do órgão
litro de ar alveolar expirado (0,34 mg/L), des- ou entidade responsável pela fiscalização, mediante
contado o erro máximo admissível; recibo.
z Exames realizados por laboratórios especializa-
dos, indicados pelo órgão ou entidade de trânsito Documento de Habilitação
competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de
consumo de outras substâncias psicoativas que O documento de habilitação será recolhido pelo
determinem dependência; agente, mediante recibo, e ficando sob custódia do
z Sinais de alteração da capacidade psicomotora; órgão ou entidade de trânsito responsável pela autua-
„ A mesma constatação de sinais que serviu para ção até que o condutor comprove que não está com
o enquadramento administrativo poderá ser a capacidade psicomotora alterada.
utilizada para o enquadramento no crime. Se o condutor não comparecer ao órgão ou entida-
de de trânsito responsável pela autuação no prazo de
5 (cinco) dias da data do cometimento da infração,
Importante! o documento será encaminhado ao DETRAN, respon-
sável pelo seu registro, onde o condutor deverá bus-
A ocorrência do crime não elide (não afasta) a car seu documento.
aplicação do disposto no art. 165 do CTB.
O fato de ter ocorrido a infração administrativa
não significa, necessariamente, que ocorreu o
crime.
RESOLUÇÃO Nº 441/2013 DO
Porém, a ocorrência do crime do 306, necessa-
riamente, indica que ocorreu a infração adminis- CONTRAN
trativa ao art. 165.
A Resolução nº 441/13 do CONTRAN dispõe sobre
transporte de cargas de sólidos a granel nas vias aber-
Configurado o crime, o condutor e testemu- tas à circulação pública em todo o território nacional.
nhas, se houver, serão encaminhados à Polícia Judi-
ciária, devendo ser acompanhados dos elementos VEÍCULOS AUTORIZADOS
probatórios.
É permitido o transporte de sólidos a granel em
AUTO DE INFRAÇÃO veículos de carroçarias abertas, desde que:

Além das exigências estabelecidas em regulamen- z As carroçarias sejam com as guardas laterais
tação específica, o auto de infração lavrado em decor- fechadas; ou
rência da infração prevista no art. 165 do CTB deverá z As carroçarias sejam com guardas laterais dotadas
conter (art. 8º): de telas metálicas com malhas de dimensões que
impeçam o derramamento de fragmentos do mate-
z No caso de encaminhamento do condutor para rial transportado.
exame de sangue, exame clínico ou exame em
laboratório especializado, a referência a esse Dica
procedimento;
z Os documentos gerados e o resultado dos exames Sólidos a granel são sólidos fracionados ou em
devem integrar o AIT; grãos, por exemplo, grandes quantidades de
z Os sinais de alteração da capacidade psicomotora soja, milho, feijão, trigo, sal etc., transformados
ou a referência ao preenchimento do termo espe- ou in natura, transportados sem embalagens,
cífico, caso isto tenha ocorrido; ou seja, em contato direto com a carroceria do
z No caso de teste de etilômetro, a marca, modelo e caminhão.
nº de série do aparelho, nº do teste, a medição rea- As disposições da Resolução não são aplicáveis
lizada, o valor considerado e o limite regulamen- ao transporte de cargas que tenham regulamen-
156 tado em mg/L; tação específica.
REQUISITOS PARA O TRANSPORTE Art. 235 Conduzir pessoas, animais ou carga nas
partes externas do veículo, salvo nos casos devida-
Art. 1° (...) mente autorizados:
§ 1º As cargas transportadas deverão estar total- Infração - grave;
mente cobertas por lonas ou dispositivos similares, Penalidade - multa;
que deverão cumprir os seguintes requisitos: Medida administrativa - retenção do veículo para
I - possibilidade de acionamento manual, mecânico transbordo.
ou automático;
II - estar devidamente ancorados à carroçaria do
z Carga ultrapassando simultaneamente os limites
veículo;
III - cobrir totalmente a carga transportada de for- da carroceria e um ou mais limites de dimensões
ma eficaz e segura; para o veículo (largura, comprimento ou altura),
IV - estar em bom estado de conservação, de forma será enquadrado no seguinte artigo do CTB:
a evitar o derramamento da carga transportada.
§ 2º A lona ou dispositivo similar não poderá Art. 231 Transitar com o veículo:
prejudicar a eficiência dos demais equipamentos IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores
obrigatórios. aos limites estabelecidos legalmente ou pela sinali-
§ 3º Para fins desta Resolução entende-se como zação, sem autorização:
«sólido a granel» qualquer carga sólida fraciona- Infração - grave;
da, fragmentada ou em grãos, transformada ou in
Penalidade - multa;
natura, transportada diretamente na carroceria do
Medida administrativa - retenção do veículo para
veículo sem estar acondicionada em embalagem.
(Parágrafo acrescentado pela Resolução CON- regularização;
TRAN Nº 499 DE 28/08/2014).
§ 4º A carga transportada não poderá exceder os z Carga sendo derramada na via, será enquadrado
limites da carroceria do veículo. (Parágrafo acres- no seguinte artigo do CTB:
centado pela Resolução CONTRAN Nº 499 DE
28/08/2014). Art. 231 Transitar com o veículo:
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a
CANA-DE-AÇÚCAR via:
a) carga que esteja transportando;
Para os veículos utilizados no transporte de cana- b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando;
-de-açúcar, é exigido o uso de lona, cordas ou dispo- c) qualquer objeto que possa acarretar risco de
sitivo similar (Art. 1º-A). acidente:
As cordas somente poderão ser utilizadas quando Infração - gravíssima;
se tratar de cana de açúcar inteira, medindo entre 1,50 Penalidade - multa;
e 3,00m, devendo ter distância máxima entre elas de Medida administrativa - retenção do veículo para
1,50m, impedindo o derramamento da carga na via. regularização.
No regulamento geral de amarração de cargas
(Resolução 552/2015), se proíbe a utilização de cordas
para amarrar as cargas. Note, por outro lado, que a
presente Resolução autoriza o uso de cordas para casos
específicos de transporte de cana-de-açúcar inteira, RESOLUÇÃO Nº 471/2013 DO
desde que todos os demais requisitos sejam seguidos. CONTRAN
INFRAÇÕES A Resolução nº 471/13 do CONTRAN dispõe sobre
fiscalização de trânsito por intermédio de videomoni-
Condutor flagrado transportando sólidos a gra- toramento nos termos do §2º do artigo 280 do Código
nel em desacordo com a Resolução será enquadra- de Trânsito Brasileiro
do nos artigos descritos abaixo, conforme a situação
O art. 280 do CTB, assim como os Manuais Brasilei-
observada:
ros de Fiscalização de Trânsito (Resoluções 371/2020 e
561/2015) preveem diversas formas pelas quais pode
z Irregularidade nas lonas ou dispositivos similares
destinados a cobrir a carga, será enquadrado no ocorrer a constatação de uma infração de trânsito
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

seguinte artigo do CTB: com a correspondente lavratura do AIT.


O videomonitoramento foi, assim, definido como
Art. 230 Conduzir o veículo: forma possível de constatação de infração pela autori-
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este dade ou o agente da autoridade de trânsito, que pode
ineficiente ou inoperante; realizar fiscalização de trânsito de forma remota por
X - com equipamento obrigatório em desacordo meio dos sistemas de videomonitoramento.
com o estabelecido pelo CONTRAN; Caso seja constatado o cometimento de alguma
Infração - grave;
infração por descumprimento das normas gerais de
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para circulação e conduta, o agente poderá lavrar o AIT
regularização. desde que a infração tenha sido percebida “online”,
ou seja, ao vivo pelo agente.
z Carga ultrapassando os limites da carroceria, mas Neste caso, o fato de que a infração foi constatada
sem ultrapassar os limites de dimensões do veículo, por videomonitoramento deve ser incluído no campo
será enquadrado no seguinte artigo do CTB: “observações” do AIT. 157
Art. 108 Onde não houver linha regular de ônibus,
Importante! a autoridade com circunscrição sobre a via poderá
autorizar, a título precário, o transporte de passa-
A Resolução não permite que o agente faça geiros em veículo de carga ou misto, desde que obe-
autuações com base em eventuais gravações decidas as condições de segurança estabelecidas
dos sistemas de videomonitoramento. neste Código e pelo CONTRAN.
Isso quer dizer que o agente de trânsito apenas
De acordo com a Resolução, os requisitos gerais
pode se valer do videomonitoramento para fazer
para que se possa transportar passageiros em veículos
autuações caso as infrações tenham sido cons- de carga ou misto são:
tatadas, por si, ao vivo.
Caso o agente, ao reassistir as gravações das z Somente pode-se adotar este procedimento em
imagens, perceba o cometimento de infração de locais que não possuam linha regular de ônibus
trânsito da qual não havia se dado conta quando e seja extremamente necessário que se realize o
estava acompanhando as imagens ao vivo, ele trajeto. Por exemplo, para a condução de trabalha-
não poderá lavrar o auto de infração. dores até uma indústria localizada em local afasta-
Perceba que, neste sentido, o videomonitora- do e não atendido pelo transporte público regular.
z Esse transporte ocorrerá a título precário, aqui
mento serve para fazer que o agente esteja “vir-
entendido no sentido de “temporário” e “fora das
tualmente” presente na via, podendo agir como condições ideais em que isso deveria ocorrer”;
se lá estivesse: se constatou a infração naquele z Esse transporte também será eventual, aqui
momento, poderá fazer o AIT. Caso a infração entendido como algo que não se tornará prática
não tenha sido constatada ao vivo, mas apenas corrente pelos envolvidos;
por imagens gravadas, não será possível lavrar z Deve haver autorização da autoridade com cir-
nenhum auto de infração de trânsito, por mais cunscrição sobre a via;
variadas e gravosas que tenham sido as condu- z A autorização para que este tipo de transporte
aconteça não poderá exceder a doze meses;
tas cometidas.
z No prazo em que perdurar a autorização, a autori-
dade pública responsável deverá implantar o ser-
Por fim, dispõe a Resolução que a fiscalização de viço regular de transporte coletivo de passageiros;
z A autorização somente poderá ser expedida para
trânsito mediante sistema de videomonitoramento
circulação dentro de um mesmo município ou
somente poderá ser realizada nas vias que estejam
municípios limítrofes;
devidamente sinalizadas para esse fim. z Os veículos devem receber as adaptações exigi-
Observe, porém, que a Resolução não trouxe a das pela Resolução.
forma como essa sinalização deveria ocorrer ou o
modelo de sinal a ser adotado, o qual é inexistente AUTORIZAÇÃO
na Resolução 160/2004, que regulamenta o sistema de
sinalização brasileiro. Vimos que, para que este tipo de transporte ocorra,
a autoridade de trânsito precisa autorizar.

Competência
RESOLUÇÃO Nº 508/2014 DO
A autoridade competente para fazer isso é a autori-
CONTRAN dade de trânsito que possui circunscrição sobre a via.
Se o trajeto que precise ser feito utilizar mais de
A Resolução nº 508/14 do CONTRAN dispõe sobre uma via com autoridades de trânsito com circunscri-
requisitos de segurança para a circulação, a título pre- ção diversa, a autorização deve ser concedida por
cário, de veículo de carga ou misto transportando pas- cada uma das autoridades para o respectivo trecho
sageiros no compartimento de cargas. a ser utilizado.
O transporte de passageiros, em geral, é realiza- Essas autoridades são competentes não apenas
do em veículos registrados na espécie “passageiros”. para permitir esta modalidade de transporte e expedir
Porém, há situações excepcionais em que esse trans- a autorização, mas também para exercer a fiscaliza-
porte pode ocorrer em veículos da espécie “carga” ou ção destes veículos por meio de seus órgãos próprios.
“misto”, conforme o art. 108 do CTB, seguindo as dis-
posições constantes nessa Resolução. Limites territoriais
Relembre os conceitos destas espécies de veículo:
Art. 2° A circulação destes veículos só poderá ser
autorizada entre localidades de origem e destino
VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao trans- que estiverem situadas em um mesmo município
porte de carga, podendo transportar dois passagei- ou entre municípios limítrofes, quando não houver
ros, exclusive o condutor. linha regular de ônibus.
VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao
transporte de pessoas e suas bagagens. Prazo
VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao
transporte simultâneo de carga e passageiro. Esta autorização terá o prazo máximo de 12 meses.
Durante este prazo, a autoridade deverá implantar o
REQUISITOS serviço regular de transporte coletivo de passageiros,
em conformidade com a legislação pertinente e com os
158 Dispõe o art. 108 do CTB: dispositivos do CTB (art. 108, parágrafo único do CTB).
Formalidades z Escada para acesso, com corrimão;
z Cabine e carroceria com ventilação, garantida a
Após o veículo ser devidamente adaptado, confor- comunicação entre motorista e passageiros;
me veremos abaixo, a autoridade com circunscrição z Compartimento resistente e fixo para a guarda das
sobre a via, declarando a não existência de linha regu- ferramentas e materiais, separado dos passagei-
lar de ônibus, estabelecerá no documento de autoriza- ros, no caso de transporte de trabalhadores;
ção os seguintes elementos técnicos (art. 4º): z Sinalização luminosa, na forma do inciso VIII
do artigo 29 do CTB e da Resolução nº 268/2008,
z Identificação: do órgão de trânsito e da autori- no caso de transporte de pessoas vinculadas à
dade; do veículo: marca, modelo, espécie, ano de prestação de serviço em obras na via (confor-
fabricação, placa e UF do veículo; do proprietário me a Resolução 268/08: dispositivo, não removível,
do veículo. de iluminação intermitente ou rotativa, com luz
z Número de passageiros: lotação a ser transporta- amarelo-âmbar).
da, calculado na base de 35dm² -trinta e cinco decí-
metros quadrados- do espaço útil da carroceria por Formalidades
pessoa, incluindo-se o encarregado da cobrança
de passagem e atendimento aos passageiros.
Estes veículos só poderão ser utilizados após:
z O local de origem e de destino do transporte;
z O itinerário (trajeto) a ser percorrido; e
z O prazo de validade da autorização (o qual, confor- z Expedição do Certificado de Segurança Veicular
me vimos acima, será de, no máximo, 12 meses). (CSV), expedido por Instituição Técnica Licenciada
(ITL); e
Porte z Vistoria da autoridade competente para conceder
a autorização de trânsito.
Esta autorização será de porte obrigatório!
Caso o condutor do veículo seja flagrado transitan- VEDAÇÕES
do sem portar a autorização, será enquadrado no art.
Pensando na realidade brasileira, em que adapta-
232 do CTB.
ções similares ao “pau de arara” são comumente utili-
zadas, quis o CONTRAN cristalizar algumas vedações
VEÍCULOS UTILIZADOS
neste tipo de transporte, para que não houvesse dúvi-
das acerca da matéria.
Quando se fala em transporte de passageiros em
Assim, neste tipo de veículo é vedado:
veículos de carga ou mistos, logo vem à mente a ima-
gem de veículos conhecidos como “pau de arara”, que
transportam pessoas em suas caçambas sem nenhum z Transportar passageiros com idade inferior a
tipo de adaptação ou segurança para os passageiros. 10 anos: o transporte de crianças nestes veículos
Há de se recordar, neste momento, de que o trans- é proibido mesmo que sejam utilizados os dispo-
porte de passageiros, especialmente o realizado a títu- sitivos de retenção estabelecidos pelo CONTRAN;
lo comercial, não é regido somente pelas normas de z Transportar passageiros em pé;
trânsito, mas também pela legislação de transporte, z Transportar cargas no mesmo ambiente dos
de competência dos entes públicos, como podemos passageiros;
observar no CTB: z Utilizar veículos de carga tipo basculante e
boiadeiro;
Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados ao z Utilizar combinação de veículos: por exemplo,
transporte individual ou coletivo de passageiros, caminhão trator e seu semirreboque, ou caminhão
deverão satisfazer, além das exigências previs- mais o seu reboque ou reboques;
tas neste Código, às condições técnicas e aos z Transportar passageiros nas partes externas.
requisitos de segurança, higiene e conforto
estabelecidos pelo poder competente para
autorizar, permitir ou conceder a exploração
dessa atividade. Importante!
Adaptações estruturais Caçamba de caminhão não é considerada parte
externa de veículo.
Neste sentido, o CONTRAN trouxe algumas adap-
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

tações que devem ser adotadas pelos veículos que


CONDUTOR
pretendem realizar esta atividade. Não é necessário
memorizar todos os requisitos, mas atente para os tre-
chos grifados para compreender a intenção de promo- Em qual categoria deve o condutor deste tipo de
ver a segurança, higiene e conforto dos passageiros: veículo ser habilitado? A regra é basicamente a mes-
ma contida no art. 143 do CTB, sobre as habilitações
z Bancos na quantidade suficiente para todos os pas- em geral:
sageiros, revestidos de espuma, com encosto e cinto
de segurança, fixados na estrutura da carroceria; z Na categoria B, se o transporte for realizado em
z Carroceria com cobertura, barra de apoio para veículo cujo peso bruto total não exceda a três mil
as mãos, proteção lateral rígida, com dois metros e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exce-
e dez centímetros de altura livre, de material de da a oito lugares, excluído o do condutor;
boa qualidade e resistência estrutural, que evite o z Na categoria C, se o transporte for realizado em
esmagamento e a projeção de pessoas em caso veículo cujo peso bruto total exceda a três mil e
de acidente com o veículo; quinhentos quilogramas; 159
z Na categoria D e ter o curso especializado para Penalidade - multa;
o transporte coletivo de passageiros, se o trans- Medida administrativa - retenção do veículo até
porte for realizado em veículo cuja lotação exceda que a irregularidade seja sanada.
a oito lugares, excluído o do condutor. IV. Art. 162, inciso III, do CTB, se o condutor pos-
suir habilitação de categoria diferente da do veícu-
O curso especializado para o transporte coletivo de lo que esteja conduzindo;
passageiros é exigido apenas para o condutor habilita-
do na categoria D. O respectivo artigo do CTB:
O condutor pode ter CNH da categoria E desde que
possua o curso especializado e conduza veículos de Art. 162. Dirigir veículo:
categorias inferiores. Isto porque é vedada a utiliza- III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Per-
ção de combinação de veículos (característica da cate- missão para Dirigir de categoria diferente da do
goria E) neste tipo de transporte. veículo que esteja conduzindo:
Infração – gravíssima;
Para determinar a lotação destes veículos deverá
Penalidade - multa (duas vezes;
ser considerada, além da lotação do compartimento
Medida administrativa - retenção do veículo até a
de passageiros, a lotação do compartimento de carga
apresentação de condutor habilitado;
após a adaptação. V. Artigo 232 do CTB, se:
a) o condutor não possuir o curso especializado
INFRAÇÕES para o transporte coletivo de passageiros;
b) se não portar a autorização de trânsito – perce-
Veja a seguir o artigo 8°, que trata da parte de infra- ba que, neste caso, ele possui a autorização, apenas
ções na Resolução, assim como os respectivos artigos não a está portando naquele momento.
do CTB citados pelos incisos:
O referido artigo do CTB é:
Art. 8° Pela inobservância ao disposto nesta Reso-
lução, fica o proprietário ou o condutor do veículo, Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de
independentemente das demais penalidades pre- porte obrigatório referidos neste Código:
vistas e outras legislações, sujeito às penalidades Infração - leve;
e medidas administrativas previstas nos seguintes Penalidade - multa;
artigos: Medida administrativa - retenção do veículo até a
I - Art. 230, inciso II, do CTB: apresentação do documento.
a) transporte de passageiro em compartimento VI. Artigo 235 do CTB, por transportar passagei-
de carga sem autorização ou com a autorização ros, animais ou cargas nas partes externas dos
vencida; veículos.
b) inobservância do itinerário (trajeto);
c) se o veículo não estiver devidamente adaptado
O artigo do CTB citado:
na forma vista acima;
d) utilização dos veículos do tipo basculante, boia-
Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas
deiro ou combinações de veículos
e) transportar passageiros em pé. partes externas do veículo, salvo nos casos devida-
mente autorizados:
Infração - grave;
Veja o artigo do CTB citado:
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para
Art. 230. Conduzir o veículo: transbordo.
II - transportando passageiros em compartimento
de carga, salvo por motivo de força maior, com per-
missão da autoridade competente e na forma esta-
belecida pelo CONTRAN;
Infração - gravíssima; RESOLUÇÃO Nº 520/2015 DO
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo;
CONTRAN
II. art. 231, inciso VII, do CTB, por exceder o
número de passageiros autorizado pela autoridade A Resolução nº 520/15 do CONTRAN dispõe sobre requi-
competente; sitos mínimos para a circulação de veículos com dimen-
O artigo citado no CTB: sões excedentes aos limites estabelecidos pelo CONTRAN.
Art. 231. Transitar com o veículo:
VII - com lotação excedente AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE TRÂNSITO
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa; A circulação de veículo com suas dimensões ou de
Medida administrativa – remoção do veículo sua carga superiores aos limites legais poderá ser permi-
III. art. 168 do CTB, se o (s) passageiro(s) trans- tida mediante Autorização Especial de Trânsito (AET) da
portado no compartimento de carga for menor de autoridade com circunscrição sobre a via pública.
10 (dez) anos;

Temos, então, no CTB:


Importante!
Art. 168. Transportar crianças em veículo auto- A AET é documento de porte obrigatório para
motor sem observância das normas de segurança veículos que têm dimensões ou carga superiores
especiais estabelecidas neste Código: aos limites estabelecidos pelo CONTRAN.
160 Infração - gravíssima;
AET

A AET é fornecida pelo Órgão Executivo Rodo-


viário da União, dos Estados, dos Municípios e do
Distrito Federal com circunscrição sobre a via, terá
validade máxima de 1 (um) ano e conterá, no míni-
mo (art. 3º):

a) a identificação do órgão emissor;


b) o número de identificação;
c) a identificação e características do(s) veículo(s);
d) o peso e dimensões autorizadas;
e) o prazo de validade;
f) o percurso;
g) a identificação em se tratando de carga
indivisível.
A autoridade concedente da AET poderá exigir a
indicação de um engenheiro como responsável
técnico, quando as dimensões da carga assim o
exigirem, bem como medidas preventivas de segu-
rança a serem adotadas pelo proprietário para
a circulação do veículo no percurso autorizado,
incluindo escolta especializada (art. 4º).

A AET não exime o condutor e/ou proprietário da


responsabilidade por eventuais danos que o veículo
ou a combinação de veículos causar à via ou a tercei-
ros, como exposto no CTB: RESOLUÇÃO Nº 525/2015 DO
CONTRAN
Art. 101. Ao veículo ou combinação de veículos
utilizado no transporte de carga indivisível, que A Resolução nº 525/15 do CONTRAN dispõe
não se enquadre nos limites de peso e dimensões sobre fiscalização de tempo de direção do motorista
estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser concedi- profissional
da, pela autoridade com circunscrição sobre a via,
autorização especial de trânsito, com prazo certo,
válida para cada viagem, atendidas as medidas de PANORAMA
segurança consideradas necessárias.
§ 2º A autorização não exime o beneficiário da A Lei nº 12.619/2012 (conhecida como ‘primeira
responsabilidade por eventuais danos que o lei dos caminhoneiros’) incluiu ano CTB o CAPÍTULO
veículo ou a combinação de veículos causar à III-A - DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORIS-
via ou a terceiros. TAS PROFISSIONAIS, visando regular esta atividade
e estipular os direitos e os deveres dos motoristas,
SINALIZAÇÃO inserindo disposições importantes acerca do tempo
de direção e jornada de trabalho. Posteriormente,
O veículo, cujas dimensões excedam os limites através da Lei nº 13.103/2015, o capítulo sofreu diver-
fixados pelo CONTRAN, deverá portar na parte trasei- sas alterações.
ra a sinalização especial de advertência. Neste sentido, desde 2012, o tema passou a ser
regulado por diversas Resoluções do CONTRAN,
encontrando-se atualmente disposto na resolução
525/2015.

ABRANGÊNCIA

Em que pese as disposições do CTB sejam bastante


restritas (aplicáveis apenas aos motoristas profissio-
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

nais de transporte rodoviário coletivo de passageiros


e de transporte rodoviário de cargas), a Resolução
abrangeu, também, outras espécies de motoristas
profissionais:

z Dos veículos de transporte e de condução de


escolares;
z De transporte de passageiros com mais de 10 (dez
lugares); e
z De carga com peso bruto total superior a 4.536 (qua-
tro mil e quinhentos e trinta e seis) quilogramas.

As exigências da Resolução referentes ao transpor-


te coletivo de passageiros não excluem outras defini-
das pelo poder concedente. 161
DEFINIÇÕES Nenhum transportador de cargas ou coletivo de
passageiros, embarcador, consignatário de cargas,
I – motorista profissional: condutor que exerce ati- operador de terminais de carga, operador de trans-
vidade remunerada ao veículo. porte multimodal de cargas ou agente de cargas orde-
II - tempo de direção: período em que o condutor nará a qualquer motorista a seu serviço, ainda
estiver efetivamente ao volante de um veículo em que subcontratado, que conduza veículo referido no
movimento. caput sem que o condutor tenha cumprido integral-
III – intervalo de descanso: período de tempo em mente este intervalo de descanso.
que o condutor estiver efetivamente cumprindo
o descanso estabelecido nesta Resolução, compro- Prolongamento do tempo de direção
vado por meio dos documentos previstos no art. 2º,
não computadas as interrupções involuntá- Apesar de haver vedação a jornadas acima de cin-
rias, tais como as decorrentes de engarrafamen- co horas e meia ininterruptas, a Resolução admite
tos, semáforo e sinalização de trânsito. exceções, compreendendo que nem sempre será pos-
IV – ficha de trabalho do autônomo: ficha de contro- sível ao motorista realizar a pausa para descanso.
le do tempo de direção e do intervalo de descanso Assim, o tempo de direção poderá ser elevado,
do motorista profissional autônomo, que deve- cumpridas as diretrizes abaixo:
rá sempre acompanhá-lo no exercício de sua
profissão. z Essa hipótese ocorrerá em situações excepcionais;
z A inobservância do tempo de direção deve ser
NORMAS PARA O MOTORISTA PROFISSIONAL devidamente justificada e registrada;
z O prolongamento da jornada se dará apenas pelo
O motorista profissional, no exercício de sua pro- período necessário para que o condutor, o veí-
fissão e na condução de veículos abrangidos pela Reso- culo e a carga cheguem a um lugar que ofereça a
lução, fica submetido às condições dispostas a seguir segurança e o atendimento demandados;
(art. 3º). z O prolongamento da jornada somente poderá
ocorrer se não houver comprometimento da
Tempo máximo de direção segurança rodoviária.

O tempo de direção ou de condução consiste Controle do tempo de direção


apenas no período em que o condutor estiver efeti-
vamente ao volante, em curso entre a origem e o O tempo de direção será controlado:
destino;
É vedado ao motorista profissional dirigir por z Mediante registrador instantâneo inalterável de
mais de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas veícu- velocidade e tempo (TACÓGRAFO, que deve funcio-
los de transporte rodoviário coletivo de passagei- nar de forma independente de qualquer interfe-
ros ou de transporte rodoviário de cargas. rência do condutor, quanto aos dados registrados);
e/ou
z Por meio de anotação em diário de bordo, ou pape-
Importante! leta; e/ou
z Ficha de trabalho externo; e/ou
Embora a Resolução também se refira a outras z Ou por meios eletrônicos instalados no veículo,
categorias de motoristas, perceba que houve conforme regulamentação específica do Con-
delimitação aos tipos de veículos a que se aplica tran, observada a sua validade jurídica para fins
o tempo máximo de direção: veículos de trans- trabalhistas.
porte rodoviário coletivo de passageiros ou de
transporte rodoviário de cargas. Pausa para descanso

O momento em que ocorrerá a pausa para o des-


Início da viagem canso dependerá do tipo de veículo que estiver sendo
conduzido:
Início de viagem é a partida do veículo na ida ou
no retorno, com ou sem carga, considerando-se como z Descanso A, veículo de transporte de carga:
sua continuação as partidas nos dias subsequentes até serão observados 30 (trinta) minutos para descan-
o destino. so dentro de cada 6 (seis) horas na condução do
O condutor somente iniciará uma viagem após o veículo, sendo facultado o seu fracionamento e o
cumprimento integral do intervalo de descanso míni- do tempo de direção desde que não ultrapassadas
mo de 11hs dentro de um período de 24hs: 5 (cinco) horas e meia contínuas no exercício da
condução. Este descanso pode ocorrer em cabine
V - O condutor é obrigado, dentro do período de leito do veículo.
24 (vinte e quatro) horas, a observar o mínimo de z Descanso B, veículo rodoviário de passageiros:
11 (onze) horas de descanso, que podem ser fra- serão observados 30 (trinta) minutos para descan-
cionadas, usufruídas no veículo e coincidir com os so a cada 4 (quatro) horas na condução do veí-
intervalos mencionados no inciso II, observadas, culo, sendo facultado o seu fracionamento e o do
no primeiro período, 8 (oito) horas ininterruptas de tempo de direção. Este descanso pode ocorrer em
162 descanso; poltrona correspondente ao serviço de leito.
z Descanso C: dentro do período de 24 (vinte e Verificação do diário de bordo, papeleta ou ficha de
quatro) horas, o condutor deve observar o míni- trabalho externo, fornecida pelo empregador
mo de 11 (onze) horas de descanso, que podem
ser fracionadas, usufruídas no veículo e coin- Este documento deve possuir espaço, no verso ou
cidir com os intervalos mencionados acima, anverso, para que o agente de trânsito possa registrar,
observadas, no primeiro período, 8 (oito) horas
no ato da fiscalização, seu nome e matrícula, data,
ininterruptas de descanso.
hora e local da fiscalização, e, quando for o caso, o
número do auto de infração
Este descanso, especificamente, pode ocorrer na
cabine leito do veículo ou em poltrona corresponden-
te ao serviço de leito, devendo ocorrer com o veículo Verificação da ficha de trabalho do autônomo
estacionado.
Porém, nos casos em que o empregador adotar 2 O motorista profissional autônomo deverá portar
(dois) motoristas trabalhando no mesmo veículo, a ficha de trabalho das últimas 24 (vinte quatro) horas.
o tempo de repouso poderá ser feito com o veícu- Este documento deve possuir espaço, no verso ou
lo em movimento, assegurado o repouso mínimo anverso, para que o agente de trânsito possa registrar,
de 6 (seis) horas consecutivas a cada 72 (setenta e no ato da fiscalização, seu nome e matrícula, data,
duas) horas, a ser usufruído: Fora do veículo em alo- hora e local da fiscalização, e, quando for o caso, o
jamento externo; ou, se na cabine leito, com o veículo
número do auto de infração
estacionado.

Responsabilidades INFRAÇÃO

O motorista profissional é responsável por: O condutor que for flagrado em desrespeito ao dis-
posto na Resolução, ou deixe de apresentar ao agen-
z Controlar e registrar o tempo de condução esti- te de trânsito qualquer um dos meios de fiscalização
pulado neste artigo, com vistas à sua estrita será enquadrado no art. 230, XXIII do CTB:
observância;
z Guardar e preservar a exatidão das informações Art. 230. Conduzir o veículo:
contidas no tacógrafo. XXIII - em desacordo com as condições estabeleci-
das no art. 67-C, relativamente ao tempo de perma-
TRANSPORTE DE PASSAGEIROS nência do condutor ao volante e aos intervalos para
descanso, quando se tratar de veículo de transporte
Para o transporte de passageiros, serão observa- de carga ou coletivo de passageiros:
dos, ainda, os seguintes requisitos: Infração – média;
Penalidade – multa;
I - é facultado o fracionamento do intervalo de con- Medida administrativa - retenção do veículo para
dução do veículo previsto no CTB em períodos de no cumprimento do tempo de descanso aplicável.
mínimo 5 (cinco) minutos; § 1º Se o condutor cometeu infração igual nos últi-
II - será assegurado ao motorista intervalo mínimo
mos 12 (doze) meses, será convertida, automatica-
de 1 (uma) hora para refeição, podendo ser fracio-
nado em 2 (dois) períodos e coincidir com o tem- mente, a penalidade disposta no inciso XXIII em
po de parada obrigatória na condução do veículo infração grave.
estabelecido pelo CTB, exceto quando se tratar do
motorista profissional enquadrado no § 5º do art. Medida administrativa
71 da Consolidação das Leis Trabalhistas.
A medida administrativa prevista pela infração é a
MÉTODOS DE FISCALIZAÇÃO de retenção do veículo para cumprimento do tempo
de descanso aplicável.
A fiscalização do tempo de direção e do intervalo Ela não será aplicada nos seguintes casos:
de descanso do motorista profissional será realizada
pelo órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
z Caso se apresente outro condutor habilitado que
sobre a via em que ocorrer a abordagem do veículo, e
ocorrerá por meio de: tenha observado o tempo de direção e descanso
Análise do disco ou fita diagrama do registra- para dar continuidade à viagem.
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

dor instantâneo e inalterável de velocidade e tempo z Caso se trate de veículo de transporte coletivo de
(TACÓGRAFO) ou de outros meios eletrônicos idôneos passageiros, carga perecível e produtos perigosos,
instalados no veículo, na forma da Resolução 92/99 do sendo esta hipótese sujeita a critério do agente
CONTRAN; (art. 270, §5º, do CTB).
A fiscalização por meio do tacógrafo é o método
preferencial que deve ser adotado, de forma que Não ocorrendo estas hipóteses, a retenção do veí-
os métodos dispostos abaixo (verificação do diário culo será aplicada pelos seguintes períodos de tempo:
de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo etc.)
somente serão utilizados quando da impossibilidade
z Quando se tratar de descumprimento dos descan-
da comprovação por meio do disco ou fita diagrama;
Quando a fiscalização for realizada por meio do sos A e B mencionados acima: pelo período de 30
tacógrafo, deverá ser descontado da medição realiza- minutos, ressalvada as hipóteses de prolongamen-
da, o erro máximo admitido de 2 (dois) minutos a cada to justificado do tempo de direção;
24 (vinte e quatro) horas e 10 (dez) minutos a cada 7 z Quando se tratar de descumprimento do descanso
(sete) dias. C mencionado acima: pelo período de 11 horas. 163
Neste caso, a retenção poderá ser realizada em z Art. 187, inciso I: quando o(s) veículo(s) e/ou carga
depósito do órgão ou entidade de trânsito responsá- estiverem com dimensões superiores aos limites
vel pela fiscalização, caso não se apresente condutor estabelecidos legalmente e existir restrição de trá-
habilitado no local da infração fego referente ao local e/ou horário imposta pelo
órgão com circunscrição sobre a via e não cons-
tante na AET.
Art. 6° Caso haja local apropriado para descanso
nas proximidades o agente de trânsito poderá libe-
CTB - Art. 187. Transitar em locais e horários não
rar o veículo para cumprimento do intervalo de permitidos pela regulamentação estabelecida pela
descanso nesse local, mediante recolhimento do autoridade competente:
CRLV (CLA), o qual será devolvido somente depois I - para todos os tipos de veículos:
de decorrido o respectivo período de descanso. Infração - média;
Penalidade – multa.
O estabelecimento reconhecido como ponto de
parada e descanso deverá contar com sinalização de z Art. 231, inciso IV: quando o(s) veículo(s) e/ou car-
indicação de serviços auxiliares, devendo ser utili- ga estiverem com suas dimensões superiores aos
limites estabelecidos legalmente e circularem sem
zados os pictogramas correspondentes aos serviços
a expedição da AET ou com AET expedida em desa-
oferecidos.
cordo com os requisitos vistos acima;

CTB – Art. 231. Transitar com o veículo:


IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores
aos limites estabelecidos legalmente ou pela sinali-
zação, sem autorização:
Infração - grave;

300 M Penalidade - multa;


Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização.
PONTO DE PARADA E DESCANSO
RECONHECIDO - DNIT - (61) 3315-4000
z Art. 231, inciso V: quando o peso do veículo mais o
peso da carga for superior aos limites legais de peso;

CTB – Art. 231. Transitar com o veículo: V - com


excesso de peso, admitido percentual de tolerância
quando aferido por equipamento, na forma a ser
estabelecida pelo CONTRAN:

ACESSO
Infração - média;
Penalidade - multa acrescida a cada duzentos qui-
logramas ou fração de excesso de peso apurado,
constante na seguinte tabela:
PONTO DE PARADA E DESCANSO
a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32
RECONHECIDO - DNIT - (61) 3315-4000
(cinco reais e trinta e dois centavos);
b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos qui-
logramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro
centavos);
c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilo-
gramas) - R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito
centavos);
d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogra-
mas) - R$ 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois
centavos);
e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil qui-
logramas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cin-
quenta e seis centavos);
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas)
- R$ 53,20 (cinquenta e três reais e vinte centavos);
Medida administrativa - retenção do veículo e
transbordo da carga excedente.

z Art. 231, inciso VI: quando as informações do(s)


veículo(s) e/ou carga, com dimensões superiores
aos limites estabelecidos legalmente, estão em
desacordo com aquelas constantes da AET, tais
INFRAÇÕES como peso, dimensões, percurso, exigência da
sinalização, configuração de eixos, entre outras
Condutor flagrado descumprindo os preceitos des- informações e exigências;
ta Resolução será enquadrado nos seguintes artigos,
164 conforme for a infração cometida: CTB – Art. 231. Transitar com o veículo:
VI - em desacordo com a autorização especial, Infração - grave;
expedida pela autoridade competente para transi- Penalidade - multa;
tar com dimensões excedentes, ou quando a mesma Medida administrativa - retenção do veículo para
estiver vencida: regularização.
Infração - grave;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo;

z Art. 231, inciso VI: quando o veículo(s) e/ou car- RESOLUÇÃO Nº 552/2015 DO
ga estiverem com suas dimensões superiores aos CONTRAN
limites estabelecidos legalmente e circularem com
a AET vencida; A Resolução nº 552/15 do CONTRAN dispõe sobre
requisitos mínimos de segurança para amarração das
CTB – Art. 231. Transitar com o veículo:
cargas transportadas em veículos de carga.
VI - em desacordo com a autorização especial,
expedida pela autoridade competente para transi-
tar com dimensões excedentes, ou quando a mesma ABRANGÊNCIA
estiver vencida:
Infração - grave; Esta resolução se aplica a transporte de CARGA em:
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo; z Veículos de carga;
z Veículos registrados como especiais ou mistos utili-
z Art. 231, inciso X: quando o peso do veículo mais zados no transporte de cargas.
a carga for superior à Capacidade Máxima de Tra-
ção (CMT) do(s) caminhão(ões) trator(es);
Regra: todo transporte de carga nas vias nacionais
abertas à circulação deve respeitar o disposto nesta
CTB – Art. 231. Transitar com o veículo:
X - excedendo a capacidade máxima de tração: Resolução;
Infração - de média a gravíssima, a depender da Exceção: a resolução não se aplica ao:
relação entre o excesso de peso apurado e a capaci-
dade máxima de tração, a ser regulamentada pelo z Transporte de cargas que tenham regulamentação
CONTRAN; específica;
Penalidade - multa; z Transporte de cargas realizado em veículo dedica-
Medida Administrativa - retenção do veículo e do a transportar determinado tipo de carga, o qual
transbordo de carga excedente. possua sistemas específicos de contenção (exem-
plo: cargas indivisíveis).
z Art. 232: quando o(s) veículo(s) e/ou carga com
dimensões superiores aos limites estabelecidos
DEFINIÇÕES
legalmente não estiver portando a AET regular-
mente expedida;
Extraímos do Anexo da Resolução as seguintes
CTB - Art. 232. Conduzir veículo sem os documen- definições, no que nos importa para o estudo:
tos de porte obrigatório referidos neste Código:
Infração - leve; Ponto de amarração - Dispositivos de ancoragem
Penalidade - multa; ou fixação existentes no veículo ao qual se pode
Medida administrativa - retenção do veículo até a fixar diretamente um dispositivo de amarração.
apresentação do documento. Um ponto de amarração pode ser, por exemplo, um
elo, um gancho, um anel ou uma saliência.
z Art. 235: quando a carga ultrapassar os limites Dispositivos de amarração - Dispositivo pro-
laterais, posterior e/ou anterior do(s) veículo(s), jetado para ser fixado aos pontos de amarração
ainda que não ultrapasse os limites regulamenta- com objetivo de imobilizar a carga no veículo. O
res de dimensões: material de amarração é composto de elementos de
tensão (por exemplo, corrente, cabo de aço, trava,
CTB - Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou car- cinta têxtil, rede, etc.), de dispositivo de tensão (por
ga nas partes externas do veículo, salvo nos casos exemplo, catraca, tensionador, esticador) quando
devidamente autorizados: aplicável e se, necessário, de acessórios de união
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Infração - grave; (por exemplo: anel, manilha ou elo).


Penalidade - multa; Carga - Todo material e/ou objeto embarcado e
Medida administrativa - retenção do veículo para transportada em um veículo.
transbordo.
AMARRAÇÃO DE CARGAS
z Art. 237: quando o(s) veículo(s) e/ou carga estive-
rem com suas dimensões superiores aos limites Todas as cargas transportadas, conforme seu tipo,
estabelecidos legalmente e a sinalização especial
devem estar devidamente amarradas, ancoradas
de advertência não tiver sido instalada ou não
e acondicionadas no compartimento de carga ou
atender aos requisitos previstos para a sinalização
especial: superfície de carregamento do veículo.
A finalidade deste requisito é prevenir movimen-
CTB - Art. 237. Transitar com o veículo em desa- tos relativos durante todas as condições de operação
cordo com as especificações, e com falta de inscri- esperadas no transcorrer da viagem, como: manobras
ção e simbologia necessárias à sua identificação, bruscas, solavancos, curvas, frenagens ou desacelera-
quando exigidas pela legislação: ções repentinas, visando preservar a segurança viária. 165
Dispositivos de amarração z Os veículos cujos pontos de amarração cumpram
esta Resolução devem ser providos de uma placa
Há uma grande variedade de dispositivos que ou adesivo de identificação contendo o Nome e
podem ser utilizados para amarração das cargas: CNPJ do fabricante dos pontos, bem como a frase
“Veículo com pontos de ancoragem para amarra-
z Cintas têxteis;
ção de carga de acordo com a Resolução CONTRAN
z Correntes ou cabos de aço, com resistência total à
nº 552, de 17 de setembro de 2015”, colocado em
ruptura por tração de, no mínimo, 2 (duas) vezes o
peso da carga; lugar visível.
z Dispositivos adicionais como: barras de contenção,
trilhos, malhas, redes, calços, mantas de atrito, CARROÇARIAS DE MADEIRA
separadores, bloqueadores, protetores, etc;
z Pontos de amarração adequados e em número As carroçarias novas deverão ser construídas com
suficiente. madeira de alta densidade e alta resistência, ter
obrigatoriamente fixadores metálicos de perfil U que
Os dispositivos de amarração devem estar em bom comprovadamente resistam às forças solicitadas.
estado e serem dotados de mecanismo de tensiona- As guardas laterais e piso não podem ser conside-
mento, quando aplicável, que possa ser verificado rados pontos de fixação se estes pontos de amarração
e reapertado manual ou automaticamente durante o
não estiverem em contato com travessas ou o chassi.
trajeto.
O CONDUTOR é responsável por verificar periodi- É somente na inexistência de pontos de amarração
camente durante o percurso o tensionamento dos dis- adequados, ou em número suficiente que se permite a
positivos de fixação, e reapertá-los quando necessário. fixação dos dispositivos de amarração no próprio
O que não pode ser usado como dispositivo de chassi do veículo.
amarração? Para os veículos em circulação, deverão ser adiciona-
Segundo a Resolução, é proibida a utilização de dos aos dispositivos de amarração perfis metálicos em
cordas como dispositivo de amarração de carga, sen- “L” ou “U” nos pontos de fixação, fixados nas travessas da
do permitido o seu uso exclusivamente para fixação da estrutura por parafusos, de modo a permitir a soldagem
lona de cobertura, quando exigível.
do gancho nesse perfil e a garantir a resistência necessária.

VEÍCULOS DO TIPO PRANCHA OU CARROCERIA


Importante!
ABERTA
A Resolução nº 441/2013 do CONTRAN, com a
redação dada pela Res. 664/2017, ficou permi- Os veículos do tipo prancha (por exemplo, guin-
tida a utilização de cordas como dispositivos de cho) ou carroceria aberta (que não possui cobertura
amarração para transporte de cana-de-açúcar superior fixa), transportando:
inteira, medindo entre 1,50 e 3,00m.
z Equipamento(s), máquina(s), veículo(s) ou qualquer
PONTOS DE AMARRAÇÃO outro tipo de carga fracionada. Esses deverão: amar-
rar cada unidade de carga com correntes, cintas têx-
Os pontos de amarração são os locais onde serão teis, cabos de aço ou combinação entre esses tipos,
fixados os dispositivos de amarração. ancorados nos pontos de amarração da estrutura
Para veículos de carga de uso geral, PBT superior metálica da carroceria e/ou do próprio chassi em
a 3,5 t, devem cumprir os seguintes requisitos (Anexo pelo menos 4 (quatro) terminais de amarração.
da Resolução):
VEÍCULOS DO TIPO CARROCERIA ABERTA
z Devem ser projetados para transmitir as forças
que recebem aos elementos estruturais do veículo.
Nos veículos do tipo carroceria aberta, com guar-
z Devem estar fixados na plataforma de carga e
das laterais rebatíveis (aquela carroceria cujas pare-
sobre a parede vertical dianteira (painel frontal),
quando esta for utilizada para apoiar a carga. des não são fixas, mas podem ser abaixadas), no caso
z Quando não utilizados, não devem ficar acima de haver espaço entre a carga e as guardas laterais, os
do nível horizontal da plataforma e nem sobre a dispositivos de amarração devem ser tensionados pelo
parede vertical dianteira no interior da região de lado interno das guardas laterais, observando que:
carga.
z Os encaixes necessários para acomodar os pontos z É proibida a passagem dos dispositivos pelo lado
de amarração na plataforma de carga devem ser externo das guardas laterais;
os menores possíveis. z Exceto quando a carga ocupa todo o espaço inter-
z Devem ser projetados de modo a não afetar a no da carroceria, estando apoiada ou próxima das
segurança das pessoas que tenham contato com
guardas laterais ou dos seus fueiros (estacas late-
os pontos.
rais), impedindo a passagem dos dispositivos de
z O número de amarrações deve ser determinado
considerando-se o maior valor do comprimento da amarração por dentro das guardas.
plataforma de carga, da distância máxima entre z Os dispositivos NÃO PODEM estar fixados exclusi-
os pontos de amarração ou da força de tração vamente no piso de madeira, mas sim fixados na
166 admissível. parte metálica da carroceria ou no próprio chassi.
VEÍCULOS DO TIPO BAÚ LONADO

Nos veículos do tipo baú lonado (tipo “sider”),


as lonas laterais não podem ser consideradas como
estrutura de contenção da carga, devendo existir
pontos de amarração em número suficiente.

VEÍCULOS COM CARROCERIA INTEIRAMENTE


FECHADA

Nos veículos com carroceria inteiramente fecha-


da (furgão carga geral, baú isotérmico, baú frigorífi-
co, etc.), as paredes podem ser consideradas como
estrutura de contenção, sendo opcional a existência
de pontos de amarração internos.
Veja, abaixo, algumas frases que resumem as nor-
mas que acabamos de ver, ditas de outra forma:

Normas positivas

z É permitida a passagem dos dispositivos de amar-


ração pelo lado externo das guardas laterais nos
Cargas que não ocupam toda a carroceria veículos do tipo carroceria aberta, com guardas
longitudinal laterais rebatíveis se a carga ocupa todo o espaço
interno da carroceria e está apoiada ou está próxi-
Se a carga não ocupa toda a carroceria no senti- ma das guardas ou estacas laterais;
do longitudinal, havendo espaços vazios nos painéis z Os dispositivos de fixação dos veículos do tipo car-
traseiro e frontal, devem ser previstos pelo transpor- roceria aberta, com guardas laterais rebatíveis,
tador, além dos dispositivos de amarração, outros devem estar fixados na parte metálica da carro-
dispositivos diagonais que impeçam os movimentos ceria ou no próprio chassi do veículo (não podem
para frente e para trás da carga: estar fixados nas guardas laterais, portanto);
z Normas condicionais
z A fixação dos dispositivos de amarração no pró-
prio chassi do veículo (e não em um ponto de
amarração) com carroçaria de madeira somente
pode ocorrer SE não existirem pontos de amarra-
ção adequados ou em número suficiente;
z Se a carga não ocupa toda a carroceria no sentido
longitudinal, devem ser previstos dispositivos dia-
gonais que impeçam os movimentos para frente e
para trás da carga;
z Se o painel frontal for utilizado como batente dian-
teiro, ele deve ter resistência suficiente para absor-
PAINEL FRONTAL ver os impactos da carga.
z Normas negativas:
No veículo cujo painel frontal seja utilizado z As guardas laterais e piso das carroçarias de
como batente dianteiro, o painel frontal deve ter madeira não podem ser considerados pontos de
resistência suficiente para absorver os esforços pre- fixação se estes pontos de amarração não estive-
vistos nas rodovias e adequados ao tipo de carga a que rem em contato com travessas ou o chassi;
se destinam. z É proibida a passagem dos dispositivos pelo lado
Neste caso, fica proibida a circulação de veícu- externo das guardas laterais nos veículos do tipo
los cuja carga ultrapasse a altura do painel frontal e carroceria aberta, com guardas laterais rebatíveis,
exista a possibilidade de deslizamento longitudinal da se a carga não ocupa todo o espaço interno da
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

parte da carga que está acima do painel frontal. carroceria;


z Os dispositivos de fixação dos veículos do tipo car-
roceria aberta, com guardas laterais rebatíveis
não podem estar fixados exclusivamente no piso
de madeira;
z É proibida a circulação de veículos cuja carga
ultrapasse a altura do painel frontal e exista a pos-
sibilidade de deslizamento longitudinal da parte
da carga que está acima do painel frontal.

INFRAÇÕES

O não cumprimento do disposto na Resolução


implicará, conforme o caso, no enquadramento do
infrator nos seguintes artigos do CTB: 167
z Art. 169 Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo
„ Quando transitar com os dispositivos de fixa- com as especificações, e com falta de inscrição e
simbologia necessárias à sua identificação, quando
ção sem estar devidamente tensionados.
exigidas pela legislação:
Infração - grave;
Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados Penalidade - multa;
indispensáveis à segurança: Medida administrativa - retenção do veículo para
Infração - leve; regularização.
Penalidade - multa.

z Art. 230, inciso IX


„ Quando for constatada falta dos dispositivos RESOLUÇÃO Nº 561/2015 DO
obrigatórios de fixação, fabricados para amar- CONTRAN - TRANSCRITAS
ração de cargas, ou mecanismo de tensiona-
mento (quando aplicável); Para sua melhor compreensão a Resolução nº
„ Quando portar os dispositivos obrigatórios de 561/2015 será abordada juntamente à Resolução nº
fixação, em mau estado de conservação; 371/2020.
„ Quando utilizar cordas como dispositivo de
amarração de carga, em substituição aos dis- A Resolução nº 371/2010 do CONTRAN aprova o
positivos de fixação previstos nesta Resolução; Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, Volume
I.
Art. 230. Conduzir o veículo: Já a Resolução nº 561/2015 do CONTRAN aprova o
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, Volume
ineficiente ou inoperante;
II.
Infração - grave;
Penalidade - multa;
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização;
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas;
ACC: Autorização para Conduzir Ciclomotor;
z Art. 230, inciso X AE: Autorização Especial;
„ Quando utilizar a passagem dos dispositivos AGETRAN: Agência Municipal de Transporte e
de fixação pelo lado externo das guardas late- Trânsito;
rais nos veículos do tipo carroceria aberta, com AIT: Auto de Infração de Trânsito;
guardas laterais rebatíveis; Art: Artigo;
„ Quando utilizar os dispositivos de fixação com CF: Constituição Federal;
os pontos de ancoragem não fixados nas tra- CLA: Certificado de Licenciamento Anual;
vessas da estrutura da carroceria, ou com os CMT: Capacidade Máxima de Tração;
CNH: Carteira Nacional de Habilitação;
pontos de ancoragem em desacordo com os
CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica;
requisitos da Resolução. CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente;
CONTRAN: Conselho Nacional de Trânsito;
Art. 230. Conduzir o veículo: CP: Código Penal;
X - com equipamento obrigatório em desacordo CPF: Cadastro de Pessoa Física;
com o estabelecido pelo CONTRAN; CRLV: Certificado de Registro e Licenciamento de
Infração - grave; Veículo;
Penalidade - multa; CRV: Certificado de Registro de Veículo;
Medida administrativa - retenção do veículo para CSV: Certificado de Segurança Veicular;
regularização; CTB: Código de Trânsito Brasileiro;
CTV: Combinação para Transporte de Veículos;
z Art. 235: CTVV: Convenção de Trânsito Viário de Viena;
CVC: Combinação de Veículos de Carga;
„ Quando transportar carga ultrapassando a Dec.: Decreto;
altura do painel frontal, existindo a possibili- DENATRAN: Departamento Nacional de Trânsito;
dade de deslizamento longitudinal da parte da DER: Departamento de Estradas de Rodagem;
carga que está acima do painel frontal. DETRAN: Departamento Estadual de Trânsito;
DNIT: Departamento Nacional de Infraestrutura de
Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas Transportes;
partes externas do veículo, salvo nos casos devida- DPRF: Departamento de Polícia Rodoviária Federal;
mente autorizados: Ex.: Exemplo;
Infração - grave; GLP: Gás Liquefeito de Petróleo;
Penalidade - multa; GNV: Gás Natural Veicular;
Medida administrativa - retenção do veículo para INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia Nor-
transbordo. malização e Qualidade Industrial;
IPVA: Imposto sobre Propriedades de Veículos
z Art. 237: Automotores;
ITL: Instituições Técnica Licenciadas;
„ Quando for constatada a ausência da placa ou ITT: Instituto Tecnológico de Transporte e Trânsito;
adesivo de identificação contendo o Nome e ITV: Inspeção Técnica Veicular;
CNPJ do fabricante dos pontos de amarração, LCP: Lei das Contravenções Penais;
168 prevista na Resolução. NBR: Normas Técnicas Brasileiras;
PBT: Peso Bruto Total; Neste caso, o agente que constatou a infração deve-
PBTC: Peso Bruto Total Combinado; rá convalidar a autuação no próprio auto de infração
PM: Polícia Militar; ou na planilha da operação (comando), a qual deverá
PPD: Permissão para Dirigir; ser arquivada para controle e consulta.
RBMLQ: Rede Brasileira de Metrologia Legal e O AIT traduz um ato vinculado na forma da Lei,
Qualidade; não havendo discricionariedade com relação a sua
RENACH: Registro Nacional de Condutores lavratura, conforme dispõe o artigo 280 do CTB.
Habilitados;
RENAVAM: Registro Nacional de Veículos CTB - Art. 280. Ocorrendo infração prevista na
Automotores; legislação de trânsito, lavrar-se-á auto de infração,
RNE: Registro Nacional de Estrangeiro; do qual constará:
Res.: Resolução; I - tipificação da infração;
SNT: Sistema Nacional de Trânsito. II - local, data e hora do cometimento da infração;
III - caracteres da placa de identificação do veículo,
INTRODUÇÃO sua marca e espécie, e outros elementos julgados
necessários à sua identificação;
A fiscalização, conjugada às ações de operação de IV - o prontuário do condutor, sempre que possível;
trânsito, de engenharia de tráfego e de educação para V - identificação do órgão ou entidade e da autori-
o trânsito, é uma ferramenta de suma importância na dade ou agente autuador ou equipamento que com-
busca de uma convivência pacífica entre pedestres e provar a infração;
condutores de veículos. VI - assinatura do infrator, sempre que possível,
valendo esta como notificação do cometimento da
As ações de fiscalização influenciam diretamente
infração.
na segurança e fluidez do trânsito, contribuindo para § 1º (VETADO)
a efetiva mudança de comportamento dos usuários da § 2º A infração deverá ser comprovada por decla-
via, e de forma específica, do condutor infrator, atra- ração da autoridade ou do agente da autoridade
vés da imposição de sanções, propiciando a eficácia de trânsito, por aparelho eletrônico ou por equipa-
da norma jurídica. mento audiovisual, reações químicas ou qualquer
Nesse contexto, o papel do agente de trânsito é outro meio tecnologicamente disponível, previa-
desenvolver atividades voltadas à melhoria da quali- mente regulamentado pelo CONTRAN.
dade de vida da população, atuando como facilitador § 3º Não sendo possível a autuação em flagrante,
da mobilidade urbana ou rural sustentáveis, nortean- o agente de trânsito relatará o fato à autoridade
do-se, dentre outros, pelos princípios constitucionais no próprio auto de infração, informando os dados a
da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicida- respeito do veículo, além dos constantes nos incisos
de e eficiência. I, II e III, para o procedimento previsto no artigo
seguinte.
Desta forma, o Manual Brasileiro de Fiscalização
§ 4º O agente da autoridade de trânsito compe-
de Trânsito tem como objetivo uniformizar procedi- tente para lavrar o auto de infração poderá ser
mentos, de forma a orientar os agentes de trânsito nas servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda,
ações de fiscalização. policial militar designado pela autoridade de trân-
sito com jurisdição sobre a via no âmbito de sua
AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO competência.

O agente da autoridade de trânsito competente O agente de trânsito deve priorizar suas ações no
para lavrar o auto de infração de trânsito (AIT) pode- sentido de coibir a prática das infrações de trânsito,
rá ser servidor civil, estatutário ou celetista ou, devendo tratar a todos com urbanidade e respeito,
ainda, policial militar designado pela autoridade de sem, contudo, omitir-se das providências que a lei
trânsito com circunscrição sobre a via no âmbito de lhe determina.
sua competência.
Para que possa exercer suas atribuições como INFRAÇÃO DE TRÂNSITO
agente da autoridade de trânsito, o servidor ou poli-
cial militar deverá ser credenciado, estar devidamen- Constitui infração a inobservância a qualquer pre-
te uniformizado, conforme padrão da instituição e no ceito da legislação de trânsito, às normas emanadas
regular exercício de suas funções. do Código de Trânsito.
O infrator está sujeito às penalidades e medidas
administrativas previstas no CTB.
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Importante! As infrações classificam-se, de acordo com sua gra-


vidade, em quatro categorias, computados, ainda, os
O veículo utilizado na fiscalização de trânsito seguintes números de pontos:
deverá estar caracterizado.
I - infração de natureza gravíssima, 7 pontos;
II - infração de natureza grave, 5 pontos;
O agente de trânsito, ao constatar o cometimento III - infração de natureza média, 4 pontos;
da infração, lavrará o respectivo auto e aplicará as IV - infração de natureza leve, 3 pontos.
medidas administrativas cabíveis.
É vedada a lavratura do AIT por solicitação de RESPONSABILIDADE PELA INFRAÇÃO
terceiros, excetuando-se o caso em que o órgão ou
entidade de trânsito realize operação (comando) de As penalidades serão impostas ao condutor ou ao
fiscalização de normas de circulação e conduta, em proprietário do veículo, salvo os casos de descumpri-
que um agente de trânsito constate a infração e infor- mento de obrigações e deveres impostos a pessoas físi-
me ao agente que esteja na abordagem. cas ou jurídicas expressamente mencionadas no CTB. 169
Proprietário z Veículo sem equipamento obrigatório e com
equipamento obrigatório ineficiente/inoperan-
Ao proprietário caberá sempre a responsabilida- te, utilizar o código 663-71 e descrever no campo
de pela infração referente à prévia regularização e “Observações” a situação constatada (ex.: sem o
preenchimento das formalidades e condições exi- estepe e com o extintor de incêndio vazio).
gidas para o trânsito do veículo na via terrestre, con-
servação e inalterabilidade de suas características, As infrações podem ser concorrentes ou
componentes, agregados, habilitação legal e compa- concomitantes:
tível de seus condutores, quando esta for exigida e São concorrentes aquelas em que o cometimento
outras disposições que deva observar. de uma infração tem como pressuposto o cometimen-
to de outra.
Por exemplo:
Condutor
z Veículo sem as placas (art. 230, IV), por falta de
Ao condutor caberá a responsabilidade pelas
registro (art. 230, V).
infrações decorrentes de atos praticados na direção
z Ultrapassar pelo acostamento (art. 202) e transitar
do veículo. com o veículo pelo acostamento (art. 193).
Pessoa Física ou Jurídica expressamente Nesses casos, o agente deverá lavrar um único
mencionada no CTB AIT, com base no art. 230, V.
São concomitantes aquelas em que o cometimento
A pessoa física ou jurídica é responsável por infra- de uma infração não implica o cometimento de outra,
ção de trânsito, não vinculada a veículo ou à sua con- na forma do art. 266 do CTB.
dução, expressamente mencionada no CTB. Exemplo:
Art. 266. Quando o infrator cometer, simultanea-
Art. 245. Utilizar a via para depósito de mercado- mente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplica-
rias, materiais ou equipamentos, sem autorização das, cumulativamente, as respectivas penalidades.
do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
sobre a via: Por exemplo:
Infração - grave;
Penalidade - multa; z Deixar de reduzir a velocidade do veículo de for-
Medida administrativa - remoção da mercadoria ma compatível com a segurança do trânsito ao
ou do material. ultrapassar ciclista (art. 220, XIII) e não manter a
Parágrafo único. A penalidade e a medida adminis- distância de 1,50m ao ultrapassar bicicleta (art.
trativa incidirão sobre a pessoa física ou jurídica 201).
responsável. z Dirigir veículo com a CNH vencida há mais de trin-
ta dias (art. 162, V) e de categoria diferente para a
AUTUAÇÃO qual é habilitado (art. 162, III).

Autuação é ato administrativo da Autoridade de No caso de estacionamento irregular e que, por


Trânsito ou de seus agentes quando da constatação do motivo operacional, a remoção não possa ser reali-
cometimento de infração de trânsito, devendo ser for- zada, será lavrado somente um AIT, independente-
malizado por meio da lavratura do AIT. mente do tempo que o veículo permaneça estacionado,
O AIT é peça informativa que subsidia a Autorida- desde que o mesmo não se movimente neste período.
de de Trânsito na aplicação das penalidades e sua con- Nesses casos, o agente deverá lavrar os dois AIT.
sistência está na perfeita caracterização da infração, O agente de trânsito, sempre que possível, deve-
devendo ser preenchido de acordo com as disposições rá abordar o condutor do veículo para constatar a
contidas no artigo 280 do CTB e demais normas regu- infração, ressalvados os casos nos quais a infração
lamentares, com registro dos fatos que fundamenta- poderá ser comprovada sem a abordagem.
ram sua lavratura. O AIT deverá ser impresso em, no mínimo, duas
O AIT não poderá conter rasura, emenda, uso de vias, exceto o registrado em equipamento eletrônico.
corretivo, ou qualquer tipo de adulteração. O seu Uma via do AIT será utilizada pelo órgão ou enti-
dade de trânsito para os procedimentos administrati-
preenchimento se dará com letra legível, preferen-
vos de aplicação das penalidades previstas no CTB. A
cialmente, com caneta esferográfica de tinta azul.
outra via deverá ser entregue ao condutor, quando se
Poderá ser utilizado o talão eletrônico para
tratar de autuação com abordagem, ainda que este se
o registro da infração conforme regulamentação
recuse a assiná-lo.
específica. Nas infrações cometidas com combinação de veí-
O agente só poderá registrar uma infração por culos, preferencialmente será autuada a unidade tra-
auto e, no caso da constatação de infrações em que tora. Na impossibilidade desta, a unidade tracionada.
os códigos infracionais possuam a mesma raiz (os
três primeiros dígitos), considerar-se-á apenas uma MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
infração.
Exemplos: Medidas administrativas são providências de cará-
ter complementar, exigidas para a regularização de
z Condutor e passageiro sem usar o cinto de segu- situações infracionais, sendo, em grande parte, de
rança, lavrar somente o auto de infração com o aplicação momentânea, e têm como objetivo priori-
código 518-51 e descrever no campo “Observa- tário impedir a continuidade da prática infracional,
ções” a situação constatada (condutor e passageiro garantindo a proteção à vida e à incolumidade física
170 sem usar o cinto de segurança). das pessoas, e não se confundem com penalidades.
Compete à autoridade de trânsito com circuns- A restituição dos veículos removidos só ocorrerá
crição sobre a via e seus agentes aplicar as medidas após o pagamento das multas, taxas e despesas com
administrativas, considerando a necessidade de segu- remoção e estada, além de outros encargos previstos
rança e fluidez do trânsito. na legislação específica.
A impossibilidade de aplicação de medida admi-
nistrativa prevista para infração não invalidará a Recolhimento do Documento de Habilitação
autuação pela infração de trânsito, nem a imposição
das penalidades previstas.
O recolhimento do documento de habilitação tem
Retenção do Veículo por objetivo imediato impedir a condução de veí-
culos nas vias públicas enquanto perdurar a irregula-
Consiste na sua imobilização no local da aborda- ridade constatada.
gem, tendo como finalidade a solução de determinada O documento de habilitação será recolhido pelo
irregularidade. agente, mediante recibo, sendo uma das vias entre-
A retenção se dará nas infrações em que esteja pre- gue, obrigatoriamente, ao condutor, e ficará sob cus-
vista esta medida administrativa. tódia do órgão ou entidade de trânsito responsável
Quando a irregularidade puder ser sanada no local pela autuação até que o condutor comprove que a
onde for constatada a infração, o veículo será liberado irregularidade foi sanada.
tão logo seja regularizada a situação. Caso o condutor não compareça ao órgão ou enti-
Na impossibilidade de sanar a falha no local da dade de trânsito responsável pela autuação em até 5
infração, o veículo poderá ser retirado por condutor (cinco) dias da data do cometimento da infração, o
regularmente habilitado, desde que não ofereça ris-
documento será encaminhado ao órgão executivo de
co à segurança do trânsito, mediante recolhimento do
Certificado de Licenciamento Anual - CLA/CRLV, con- trânsito responsável pelo seu registro.
tra recibo, notificando o condutor do prazo para sua Sanada a irregularidade, a restituição do docu-
regularização. mento de habilitação se dará sem qualquer outra
Não se apresentando condutor habilitado no local exigência.
da infração, o veículo será recolhido ao depósito. O recibo expedido pelo agente não autoriza a con-
No prazo assinalado no recibo, o infrator deverá dução do veículo.
providenciar a regularização do veículo e apresentá-
-lo no local indicado, onde, após submeter-se à visto- Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual
ria, terá seu CLA/CRLV restituído. (CLA/CRLV)
No caso de não observância do prazo estabeleci-
do para a regularização, o agente da autoridade de Consiste no recolhimento do documento que cer-
trânsito deverá encaminhar o documento ao órgão ou
tifica o licenciamento do veículo com o objetivo de
entidade de trânsito de registro do veículo.
Havendo comprometimento da segurança do trân- garantir que o proprietário promova a regularização
sito e/ou no caso de o condutor sinalizar que não regu- da infração constatada.
larizará a situação, a retenção do veículo poderá ser Deve ser aplicada nos seguintes casos:
transferida para local mais adequado ou para o depó-
sito do órgão ou entidade de trânsito. z Quando não for possível sanar a irregularidade,
Quando se tratar de transporte coletivo conduzin- nos casos em que esteja prevista a medida admi-
do passageiros ou de veículo transportando produto nistrativa de retenção do veículo;
perigoso ou perecível, desde que o veículo ofereça con- z Quando houver fundada suspeita quanto à inau-
dições de segurança para circulação em via pública, a tenticidade ou adulteração;
retenção pode deixar de ser aplicada imediatamente.
Quando houver fundada suspeita quanto à inau-
Remoção do Veículo tenticidade ou adulteração, deverão ser adotadas as
medidas de polícia judiciária.
A remoção do veículo consiste em deslocar o veícu-
De acordo com a Resolução do CONTRAN nº
lo para o depósito fixado pela autoridade de trânsito
com circunscrição sobre a via. 61/1998, o CLA é o Certificado de Registro e Licencia-
Tem por finalidade restabelecer as condições de mento de Veículos (CRLV).
segurança, fluidez da via, garantir a boa ordem admi- Todo e qualquer recolhimento de CLA deve ser
nistrativa, dentre outras hipóteses estabelecidas pela documentado por meio de recibo, sendo que uma das
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

legislação. vias será entregue, obrigatoriamente, ao condutor.


A remoção deve ser feita por meio de veículo des- Após o recolhimento do documento pelo agente,
tinado para esse fim ou, na falta deste, valendo-se a Autoridade de Trânsito do órgão autuador deve-
da própria capacidade de movimentação do veículo rá adotar medidas destinadas ao registro do fato no
a ser removido, desde que haja condições de seguran- RENAVAM.
ça para o trânsito.
A remoção do veículo não será aplicada se o con- HABILITAÇÃO
dutor, regularmente habilitado, sanar a irregula-
ridade no local, desde que isso ocorra antes que a
operação de remoção tenha sido iniciada, ou quando Para a condução de veículos automotores é obriga-
o agente avaliar que a operação de remoção trará tório o porte do documento de habilitação, apresenta-
ainda mais prejuízo à segurança e/ou fluidez da via. do no original e dentro da data de validade.
Este procedimento somente se aplica para o veículo Esta disposição será flexibilizada com a Lei nº
devidamente licenciado e que esteja em condições de 14.071/2020, que incluirá ao art. 159 o seguinte
segurança de circulação. dispositivo: 171
§ 1º-A O porte do documento de habilitação será Anexo IV - Lanternas de marcha à ré.
dispensado quando, no momento da fiscalização, Anexo V - Lanternas indicadoras de direção.
for possível ter acesso ao sistema informatizado Anexo VI - Lanternas de posição dianteiras e tra-
para verificar se o condutor está habilitado. seiras, lanternas de freio e lanternas delimitadoras
traseiras.
O documento de habilitação não pode estar plastifi- Anexo VII - Lanterna de iluminação da placa
cado para que sua autenticidade possa ser verificada. traseira.
São documentos de habilitação: Anexo VIII - Lanternas de neblina traseiras.
Anexo IX - Lanternas de estacionamento.
z Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC) - Anexo X - Faróis principais equipados com fonte
habilita o condutor somente para conduzir ciclo- de luz de descarga de gás.
motores e cicloelétricos. Anexo XI - Fonte de luz para uso em farol de des-
z Permissão para Dirigir (PPD) - categorias A e B. carga de gás.
z Carteira Nacional de Habilitação (CNH) - catego- Anexo XII - Retrorrefletores.
Anexo XIII - Lanterna de posição lateral.
rias A, B, C, D e E.
Anexo XIV - Farol de rodagem diurna.
Anexo XV - Lanternas de Sinalização para Veícu-
Condutor oriundo de país Estrangeiro los Transporte Escolar.
Anexo XVI - Especificação de Lanternas especial
O condutor de veículo automotor, oriundo de país de emergência de Luz Azul.
estrangeiro e nele habilitado, poderá dirigir portando
Permissão Internacional para Dirigir (PID) ou docu- LANTERNAS DE EMERGÊNCIA DE LUZ AZUL
mento de habilitação estrangeira, acompanhados de
documento de identificação, quando o país de origem As lanternas especiais de emergência que emi-
do condutor for signatário de Acordos ou Convenções tem luz de cor azul (Anexo XVI) poderão ser utiliza-
Internacionais, ratificados pelo Brasil, respeitada a das exclusivamente nos seguintes veículos, e apenas
validade da habilitação de origem e o prazo máximo quando em efetiva prestação de serviço de urgência e
de 180 dias da sua estada regular no Brasil.
devidamente identificados.
As normas sobre condutores estrangeiros encon-
tram-se na Resolução 360/2010 do CONTRAN.
VEÍCULOS DE EMERGÊNCIA
O condutor de motocicleta, motoneta e ciclomotor,
quando desmontado e puxando ou empurrando o veí-
As lanternas especiais de emergência que emi-
culo nas vias públicas, não se equipara ao pedestre, tem luz de cor azul (Anexo XVI) poderão ser utiliza-
estando sujeito às infrações previstas no CTB. das exclusivamente nos veículos listados abaixo, e
apenas quando em efetiva prestação do serviço de
urgência e devidamente identificados, nos termos
do art. 29, VII, do CTB:
RESOLUÇÃO Nº 667/2017 DO
z Destinados a socorro de incêndio e salvamento;
CONTRAN (EXCETO ANEXOS) z De polícia;
z De fiscalização e operação de trânsito;
Para sua melhor compreensão a resolução nº z Ambulâncias
667/2017 será abordada juntamente à resolução nº
227/2007. Ademais, o uso de luzes estroboscópicas (intermi-
Estas resoluções regulamentam os sistemas de tente) é restrita a estes veículos, sendo vedado o seu
iluminação dos veículos. A partir de 01 de janeiro de uso em qualquer outro.
2023, ela será revogada pela Resolução nº 667/2017,
mas já produzirá efeitos a partir de 01 de janeiro de VEÍCULOS INACABADOS – RES. 667/2017
2021. Durante este período, as duas resoluções vão
coexistir. Não se preocupe com isto, pois a redação Para os veículos inacabados do tipo (chassi de
delas, com exceção dos anexos, é praticamente igual. caminhão com cabine incompleta ou sem cabine, chassi
e plataforma para ônibus ou micro-ônibus) com desti-
EXIGÊNCIA no ao concessionário, encarroçador ou, ainda, a serem
complementados por terceiros, não se exige os seguin-
Os itens de iluminação veicular são equipamentos tes equipamentos, que serão aplicados quando ocor-
obrigatórios para os veículos automotores, nos termos rer a complementação do veículo:
delimitados pela Resolução nº 14/1998 do CONTRAN.
I - lanternas delimitadoras dianteiras e traseiras;
ANEXOS II - lanternas laterais e dianteiras, traseiras e
intermediárias;
III - retrorrefletores laterais e dianteiros, traseiros
A Resolução 667/2017 possui 16 anexos, que não e intermediários;
são exigidos em prova, mas é interessante que você IV – lanternas de iluminação da placa traseira; e
tenha conhecimento dos nomes e do conteúdo de cada V - lanterna de marcha-a-ré.
um deles:
Anexo I - Instalação de dispositivos de iluminação Para os veículos inacabados do tipo chassi de cami-
e sinalização luminosa. nhão com cabine e sem carroçaria com destino ao
Anexo II - Faróis principais emitindo fachos assi- concessionário, encarroçador ou, ainda, a serem com-
métricos e equipados com lâmpadas de filamento. plementados por terceiros, não se exigem os seguintes
172 Anexo III - Faróis de neblina dianteiros. equipamentos:
I - lanternas delimitadoras traseiras; DEFINIÇÕES
II - lanternas laterais traseiras e intermediárias;
III - retrorrefletores laterais traseiros e intermediários. Combinações de Transporte de Veículos (CTV)
o veículo ou combinação de veículos construídos ou
Os tipos de veículos mencionados acima devem adaptados especial e exclusivamente para o transpor-
receber tais dispositivos quando ocorrer a sua te de veículos e chassis (caminhão cegonha).
complementação. Combinações de Transporte de Veículos e Car-
gas Paletizadas (CTVP) a combinação de veículos con-
DISPOSITIVOS LUMINOSOS cebida e construída especialmente para o transporte
de veículos acabados e cargas unitizadas sobre pale-
A Resolução limita em oito o número máximo tes ou racks.
de faróis que podem estar instalados e funcionan-
CIRCULAÇÃO E A CONCESSÃO DA AUTORIZAÇÃO
do simultaneamente, independentemente de suas
ESPECIAL DE TRÂNSITO
finalidades.
A identificação, localização e forma correta de uti-
Os seguintes limites devem ser observados para a
lização dos dispositivos luminosos devem estar referi-
circulação e a concessão da AET (art. 3º)
das no manual do veículo.
É proibida a colocação de adesivos, pinturas, pelí- I - poderá ser admitida, a critério dos órgãos e enti-
culas ou qualquer outro material nos dispositivos dos dades executivos rodoviários, a altura máxima do
sistemas de iluminação ou sinalização de veículos, conjunto carregado de 4,95 m;
sem exceção. II - largura: 2,60m ou até 3,0 m quando se tratar
Também é proibida a instalação de dispositivo ou de CTV e CTVP destinada ao transporte de ônibus,
equipamento adicional luminoso não previsto pelas chassis de ônibus e de caminhões;
resoluções. III - comprimento - medido do para-choque diantei-
ro à extremidade posterior (plano inferior e supe-
O CONTRAN admite inovações tecnológicas que
rior) da carroceria do veículo:
não estejam dispostas na resolução, desde que este- a) veículo simples: 14,00 m;
jam avaliadas e aprovadas pelo DENATRAN e compro- b) veículo articulado: até 23,00 m, desde que a dis-
vadamente assegurem a sua eficácia e segurança dos tância entre os eixos extremos não ultrapasse a
veículos. 18,00 m;
c) veículo com reboque: até 23,00 m;
INFRAÇÕES IV - os limites legais de PBTC e peso por eixo pre-
vistos na Resolução CONTRAN nº 210/2006 e suas
sucedâneas;
Art. 6º-A. O não atendimento ao disposto nesta
V - a compatibilidade do limite da CMT do cami-
Resolução sujeita o infrator à aplicação das penali-
nhão trator, determinada pelo seu fabricante, com
dades e medidas administrativas previstas no arti-
o PBTC;
go 230, incisos IX, XII, XIII e XXII do CTB, conforme VI - as combinações deverão estar equipadas com
infração a ser apurada. sistemas de freios conjugados entre si e com o cami-
nhão-trator, atendendo o disposto na Resolução
Veja as infrações específicas: CONTRAN nº 210/2006 e suas sucedâneas;
VII - os acoplamentos dos veículos rebocados
CTB - Art. 230. Conduzir o veículo: deverão ser do tipo automático, conforme NBR
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este 11410/11411, e estar reforçados com correntes ou
ineficiente ou inoperante; cabos de aço de segurança;
XII - com equipamento ou acessório proibido; VIII - os acoplamentos dos veículos articulados
XIII - com o equipamento do sistema de iluminação com pino-rei e quinta roda deverão obedecer ao
disposto na ABNT NBR NM ISO 337/2001 e suas
e de sinalização alterados;
atualizações;
Infração - grave;
IX - contar com sinalização especial na traseira do
Penalidade - multa; conjunto veicular para Combinações com compri-
Medida administrativa - retenção do veículo mento superior a 19,80 m;
para regularização; X - estar provido de lanternas laterais, colocadas
XXII - com defeito no sistema de iluminação, de em intervalos regulares de no máximo 3,00 m entre
sinalização ou com lâmpadas queimadas: si, que permitam a sinalização do comprimento
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Infração - média; total do conjunto.


Penalidade - multa.
Medida administrativa – não tem A Autorização Especial de Trânsito (AET) expedida
pela autoridade competente terá validade máxima
de 1 (um) ano.

RESOLUÇÃO Nº 735/2018 DO TRÂNSITO DE CTV E CTVP

CONTRAN O trânsito deste tipo de veículo observará as


seguintes diretrizes:
A Resolução nº 735/18 do CONTRAN dispõe os
requisitos de segurança necessários à circulação de z Só poderá ocorrer do amanhecer ao pôr do sol;
Combinações para Transporte de Veículos (CTV) e não se aplica a restrição quanto ao horário de
Combinações de Transporte de Veículos e Cargas Pale- trânsito para Combinações cujo comprimento seja
tizadas (CTVP). de no máximo 19,80 m; 173
z É admitido o trânsito noturno das Combinações b) quando portar os dispositivos obrigatórios
que apresentem comprimento superior a 19,80 m para fixação e ancoragem em mau estado de
até 23,00 m nas vias com pista dupla e duplo sen- conservação;
tido de circulação, dotadas de separadores físicos; c) quando uma ou mais rodas do veículo transpor-
z Será permitido o trânsito noturno nos trechos tado não estiver ancorada à estrutura de apoio;
rodoviários de pista simples, quando o veículo d) quando utilizar cordas como dispositivo para
estiver vazio, ou com carga apenas na plataforma amarração de chassis, veículos e cargas unitizadas
inferior, devidamente ancorada e ativada toda a sobre paletes ou racks, em substituição aos disposi-
sinalização do equipamento transportador; tivos de fixação previstos nesta Resolução;
z Sua velocidade máxima será de 80 km/h; e) quando as Combinações de Transporte de Veí-
z Poderão ser adotados horários distintos dos culos e Cargas Paletizadas (CTVP) não possuírem
estabelecidos por esta Resolução em trechos sider protetor contra intempéries, ou este estiver
em mau estado de conservação;
específicos, mediante proposição da autoridade
CTB - Art. 230. Conduzir o veículo:
competente com circunscrição sobre a via.
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este
ineficiente ou inoperante;
TRANSPORTE DE CARGAS PALETIZADAS EM CTV Infração - grave;
Penalidade - multa;
As CTV constituídas por caminhão trator 6x2 ou Medida administrativa - retenção do veículo para
6x4 mais semirreboque novo, saído de fábrica, de dois regularização.
eixos, especialmente projetadas e construídas para IV - Art. 230, inciso X:
o transporte de automóveis, poderão transportar a) quando os dispositivos de fixação e ancoragem
outras cargas paletizadas ou acondicionadas em estiverem em desacordo com os requisitos previs-
racks, não sendo admitido o compartilhamento tos nesta Resolução;
simultâneo de espaço entre veículos e outro tipo b) quando as Combinações de Transporte de Veí-
de carga. culos e Cargas Paletizadas (CTVP) portar sider
protetor contra intempéries e este não atender aos
TRANSFORMAÇÃO DE CTV PARA CTVP requisitos previstos na Resolução;
CTB - Art. 230. Conduzir o veículo:
É proibida a transformação de CTV para TVP. X - com equipamento obrigatório em desacordo
com o estabelecido pelo CONTRAN;
INFRAÇÕES Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para
As infrações estão dispostas no art. 16 da Resolu-
regularização.
ção e fazem referência a outros dispositivos que estão
V - Art. 231, inciso IV, quando as Combinações de
no CTB. Por isso, colocamos o inciso do artigo 16 e o
Transporte de Veículos – CTV e as Combinações
referido artigo do CTB logo em seguida para melhor de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas –
entendimento. CTVP e/ou carga estiverem com suas dimensões
Condutor flagrado violando a resolução será superiores aos limites estabelecidos legalmente, e
enquadrado nos seguintes dispositivos do CTB, con- não houver a expedição da correspondente Autori-
forme a infração cometida: zação Especial de Trânsito (AET);
CTB - Art. 231. Transitar com o veículo:
I - Art. 169, quando as Combinações de Transporte IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores
de Veículos (CTV) e as Combinações de Transporte aos limites estabelecidos legalmente ou pela sinali-
de Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP) transita- zação, sem autorização:
rem com os dispositivos de fixação sem estar devi- Infração - grave;
damente tensionados; Penalidade - multa;
CTB - Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cui- Medida administrativa - retenção do veículo para
dados indispensáveis à segurança: regularização.
Infração - leve;
VI - Art. 231, inciso VI:
Penalidade - multa.
a) quando as Combinações de Transporte de Veí-
II - Art. 187, inciso I, quando as Combinações de
culos (CTV) e as Combinações de Transporte de
Transporte de Veículos (CTV) e as Combinações
Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP) e/ou car-
de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas
ga estiverem com suas dimensões superiores aos
(CTVP) e/ou carga estiverem com suas dimensões
limites estabelecidos legalmente, e apresentarem
superiores aos limites estabelecidos legalmente
e existir restrição de tráfego, referente ao local e/ informações divergentes em relação à Autorização
ou horário, imposta pelo órgão com circunscrição Especial de Trânsito (AET) já expedida;
sobre a via e não constante na Autorização Espe- b) quando as Combinações de Transporte de Veí-
cial de Trânsito (AET); culos (CTV) e as Combinações de Transporte de
CTB - Art. 187. Transitar em locais e horários não Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP) e/ou carga
permitidos pela regulamentação estabelecida pela estiverem com suas dimensões superiores aos limi-
autoridade competente: tes estabelecidos legalmente, e a Autorização Espe-
I - para todos os tipos de veículos: cial de Trânsito (AET) estiver vencida;
Infração - média; CTB - Art. 231. Transitar com o veículo:
Penalidade – multa. VI - em desacordo com a autorização especial,
III - Art. 230, inciso IX: expedida pela autoridade competente para transi-
a) quando for constatada a falta de qualquer um tar com dimensões excedentes, ou quando a mesma
dos dispositivos obrigatórios para fixação e anco- estiver vencida:
ragem de chassis, veículos e cargas unitizadas Infração - grave;
sobre paletes ou racks, ou do mecanismo de tensio- Penalidade - multa e apreensão do veículo;
174 namento (quando aplicável); Medida administrativa - remoção do veículo.
VII - Art. 232, quando as Combinações de Trans- As ações do PNATRANS constituem o Programa
porte de Veículos (CTV) e as Combinações de Trans- Nacional de Trânsito a que se refere o CTB:
porte de Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP) e/ou
carga estiverem com suas dimensões superiores Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de
aos limites estabelecidos, e não estiverem portando trânsito da União:
a Autorização Especial de Trânsito (AET) regular- II - proceder à supervisão, à coordenação, à correi-
mente expedida; ção dos órgãos delegados, ao controle e à fiscaliza-
CTB - Art. 232. Conduzir veículo sem os documen-
ção da execução da Política Nacional de Trânsito e
tos de porte obrigatório referidos neste Código:
do Programa Nacional de Trânsito;
Infração - leve;
Art. 21. Compete aos órgãos e entidades execu-
Penalidade - multa;
tivos rodoviários da União, dos Estados, do Dis-
Medida administrativa - retenção do veículo até a
apresentação do documento. trito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua
VIII - Art. 235, quando a carga ultrapassar os circunscrição:
limites laterais, posterior e/ou anterior das Com- X - implementar as medidas da Política Nacional de
binações de Transporte de Veículos (CTV) e as Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito;
Combinações de Transporte de Veículos e Cargas Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executi-
Paletizadas (CTVP), ainda que não ultrapasse os vos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no
limites estabelecidos legalmente; âmbito de sua circunscrição:
CTB - Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou car- XI - implementar as medidas da Política Nacional de
ga nas partes externas do veículo, salvo nos casos Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito;
devidamente autorizados: Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executi-
Infração - grave; vos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua
Penalidade - multa; circunscrição:
Medida administrativa - retenção do veículo para XIV - implantar as medidas da Política Nacional de
transbordo. Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito;
IX - Art. 237, quando as Combinações de Transporte
de Veículos (CTV) e as Combinações de Transporte Observe que o art. 20, que trata das competências
de Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP) e/ou carga
da PRF, trouxe uma redação levemente diferente dos
estiverem com suas dimensões superiores aos limi-
tes estabelecidos legalmente e a sinalização espe-
demais, o que não significa que a PRF não tenha que
cial de advertência não tiver sido instalada ou não cumprir com o Programa Nacional de Trânsito:
atender aos requisitos da Resolução.
CTB - Art. 237. Transitar com o veículo em desacor- Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no
do com as especificações, e com falta de inscrição e âmbito das rodovias e estradas federais:
simbologia necessárias à sua identificação, quando VIII - implementar as medidas da Política Nacio-
exigidas pela legislação: nal de Segurança e Educação de Trânsito;
Infração - grave;
Penalidade - multa; INTRODUÇÃO AO PNATRANS
Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização. O Anexo I da Resolução trouxe, detalhadamente,
todos os desdobramentos do PNATRANS.
É um Anexo que envolve bastante leitura e texto,
entretanto, é interessante que você leia a introdução
RESOLUÇÃO Nº 740/2018 DO que consta nesse material, que traz um panorama
CONTRAN nacional e internacional sobre o combate aos aci-
dentes de trânsito, explicando como o PNATRANS se
A Resolução nº 740/2018 do CONTRAN dispõe sobre encaixa nesta iniciativa da qual o Brasil faz parte:
metas de redução dos índices de mortos por grupo de
veículos e dos índices de mortos por grupo de habitan- Os acidentes de trânsito são reconhecidos pela
tes para cada um dos Estados da Federação e para o Organização Mundial de Saúde (OMS) como
Distrito Federal. um grave problema de saúde pública e uma das
O Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões principais causas de mortes e lesões em todo
no Trânsito (PNATRANS) foi instituído pela Lei nº o mundo. Além do elevado custo para os serviços
13.614/2018, com o objetivo de criar metas para redu- de saúde e para as economias dos países, podendo
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

ção do número de mortos por acidentes de trânsito, atingir de 1% a 3% do Produto Interno Bruto (PIB)
como o próprio nome já informa. (ONU, 2011), os acidentes de trânsito desencadeiam
Esta lei foi responsável por acrescentar, ao CTB, o diversos traumas para a sociedade e as relações
art. 326-A, cujo caput está transcrito abaixo: sociais, além de acarretar a perda precoce de vidas.
É necessário compreender que o trânsito é primor-
Art. 326-A. A atuação dos integrantes do Sis- dial para o desenvolvimento nacional. Facilita a
tema Nacional de Trânsito, no que se refere à circulação de pessoas e bens, melhora o acesso à
política de segurança no trânsito, deverá voltar- educação, aos serviços de saúde, ao emprego e ao
-se prioritariamente para o cumprimento de desenvolvimento. A Segurança Viária envolve a res-
metas anuais de redução de índice de mortos ponsabilidade quanto à mobilidade das pessoas e
por grupo de veículos e de índice de mortos por veículos na via, bem como a complexa dinâmica de
grupo de habitantes, ambos apurados por Estado compartilhamento de espaço, até o estabelecimen-
e por ano, detalhando-se os dados levantados e to de normas de circulação com o objetivo de prote-
as ações realizadas por vias federais, estaduais e ger os usuários e evitar reflexos negativos em todo
municipais. o aparato estatal. 175
O desenvolvimento desordenado das cidades, A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o IPEA divul-
com vias pouco interconectadas, ocasiona pre- garam, no dia 23 de setembro de 2015, o relatório
juízo à mobilidade urbana, dificuldades para a Acidentes de Trânsito nas Rodovias Federais Bra-
melhoria na infraestrutura pela falta da aplicação sileiras: Caracterização, Tendências e Custos para
dos conceitos relacionados à segurança das vias. a Sociedade com a análise da evolução de aciden-
Um grave sintoma disso é a perda significativa
tes, custos e principais componentes (PRF, 2016b).
de vidas, danos à integridade psicológica e físi-
ca das pessoas e perdas econômicas da ordem A publicação tem por base dados de 2007, 2010 e
de bilhões de dólares. 2014, atualizando trabalhos desenvolvidos, naque-
Para que o enfrentamento aos acidentes de trânsito les anos, com a ANTP e o DENATRAN.
seja eficaz, a política de segurança viária deve Já o Observatório Nacional de Segurança Viá-
contar com o empenho de todos os setores e ria, divulgou estudo, em 2017, sobre o custo per
a responsabilidade deve ser compartilhada capita por acidentes de trânsito no Brasil, que
entre os vários atores sociais: o Poder Executivo, alcançaram um total de R$ 52.283.362 bilhões,
o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, os órgãos em 2015, o que representava um custo per capita
e entidades pertencentes ao Sistema Nacional de
de R$ 255,69.
Trânsito, os setores de saúde, transporte e indús-
tria automobilística, as organizações não governa-
mentais e a sociedade. O PNATRANS E O FORTALECIMENTO DO MODELO
A evolução da segurança viária no Brasil deve DE GESTÃO DO TRÂNSITO NO BRASIL
considerar o desenvolvimento de um sistema
de trânsito que seja capaz de acomodar o erro Há algum tempo, discute-se, no Brasil, principal-
humano com a maior margem de segurança mente entre especialistas dos órgãos do Sistema
possível, levando em consideração a vulnerabili- Nacional de Trânsito e mesmo da Casa Civil da
dade do corpo humano, em vez de manter como
Presidência da República, a necessidade de um
foco principal a prevenção do erro, visto que vias
e acostamentos mais seguros e velocidades menores projeto que altere de maneira substancial o
acomodam erros humanos com mais segurança. modo como o trânsito no Brasil é concebido
e a forma como é gerido e organizado. Apesar
A DÉCADA DE AÇÕES PARA A SEGURANÇA VIÁRIA de as divisões e estruturas estarem relativamente
bem definidas no CTB, o modelo atual necessita de
As ações de segurança viária ganharam amplitude fortalecimento para efetivar a integração plena dos
mundial de forma organizada e articulada a par- órgãos. Neste processo, é primordial o fortaleci-
tir da Conferência Mundial Ministerial sobre mento de órgãos na governança da implemen-
Segurança Viária: Tempo de Agir, realizada em tação do PNATRANS.
Moscou em novembro de 2009. A partir desse
evento, a Organização Mundial de Saúde (OMS), BASE DE DADOS
endossada pela Organização das Nações 10 Unidas
(ONU), recomendou a criação de uma campanha
mundial pela redução dos acidentes de trânsito. Atualmente, existem três fontes de dados que
Assim, foi proclamado, por meio da Resolução A/ buscam contabilizar as mortes em acidentes de
RES/64/255, publicada em 2 de março de 2010, o trânsito no Brasil: DENATRAN ― Departamento
período de 2011 a 2020 como a Década de Ações Nacional de Trânsito; DATASUS ― Banco de dados
para a Segurança Viária. O objetivo primordial do Sistema Único de Saúde/Ministério da Saúde;
era que cada país membro elaborasse um plano e Seguro DPVAT ― Danos Pessoais Causados por
para definir políticas, programas, ações e metas Veículos Automotores de Via Terrestre ou por sua
para reduzir a quantidade de mortos em acidentes Carga a Pessoas Transportadas ou Não. Tais bases
de trânsito em 50% no período de dez anos. Como
de dados adotam metodologias distintas, o que
forma de estimular a mobilização dos países mem-
pode gerar resultados diferenciados na análise dos
bros, a ONU lançou o Plano de Ação para a Década,
que contém subsídios para o desenvolvimento de dados
planos de ação nacionais e locais. (...)
No Brasil, a Década de Ação para a Segurança
Viária foi lançada em 11 de maio de 2011, sendo Em que pese os órgãos de Educação (Ministério e
o marco para várias ações dos órgãos envolvidos Secretarias) não tenham sido incluídos formalmente
na fiscalização e infraestrutura viária no enfrenta- na Lei do PNATRANS, as ações que envolvam os órgãos
mento aos acidentes de trânsito. (...)
Diante desse mapeamento, a OMS e, por conseguin-
e entidades de educação são primordiais à consecução
te, a ONU passaram a fomentar ações para promo- do Plano.
ver a segurança viária em nível mundial, com base
em cinco pilares: Gestão de Segurança Viária; OBJETIVO DO PNATRANS
Infraestrutura Viária; Segurança Veicular;
Segurança dos Usuários e Conscientização; e O objetivo geral do PNATRANS é, ao final do prazo
Resposta ao Acidente.
de 10 anos, reduzir à metade, no mínimo, o índice
(...)
Em 2006, o IPEA, em parceria com o DENATRAN, nacional de mortos por grupo de veículos e o índice
divulgou o estudo Impactos sociais e econômicos nacional de mortos por grupo de habitantes, tomando
dos acidentes de trânsito nas rodovias brasileiras. como base o índice divulgado no ano de 2018, em que
Para as rodovias federais, os custos obtidos foram foi publicado o Plano.
um pouco maiores do que R$ 6,5 bilhões, com a esti- O plano está dividido em 8 pilares, que se subdivi-
mativa de R$ 6,1 bilhões para as rodovias estaduais
dem em iniciativas, as quais, por sua vez, são subdi-
e cerca de R$ 1,4 bilhão para 11 as rodovias muni-
cipais, num total de R$ 22 bilhões, com valores vididas em ações, com a descrição do que deverá ser
referentes ao mês de dezembro de 2005 (IPEA, feito, o responsável e o prazo para execução. Veja os
176 2006, p. 64). pilares e as iniciativas do Plano:
DESCRIÇÃO DO DESCRIÇÃO DA DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO DA
PILAR INICIATIVA PILAR INICIATIVA
PILAR INICIATIVA DO PILAR INICIATIVA
Implementar a coorde- Ampliar a qualidade e oferta
I1 I1
nação do PNATRANS do transporte público
Monitorar o plano a par- Reduzir a vitimização de
I2
I2 tir das metas, ações, pra- pedestres
zos e responsáveis
Reduzir a vitimização de
I3
Acompanhar os Mobilidade e ciclistas
I3 P7
investimentos Engenharia Reduzir a vitimização de
Integração, Coope- I4
I4 Fomentar a inovação motociclistas
P1 ração e Coordena-
ção no PNATRANS Aprimorar a qualificação Aumentar a segurança
I5 I5
dos agentes públicos veicular
Fomentar o desenvol- Aprimorar a infraestrutura
I6
vimento dos órgãos e viária
I6
entidades componentes
do SNT
DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO DA
Incentivar a participação PILAR INICIATIVA
I7 DO PILAR INICIATIVA
da sociedade
Otimizar o socorro de víti-
I1
Atendimento mas de acidentes de trânsito
P8
de Vítimas Ampliar a rede de atendi-
DESCRIÇÃO DO DESCRIÇÃO DA I2
PILAR INICIATIVA mento às vítimas de trânsito
PILAR INICIATIVA
Adequar os sistemas e me-
todologia dos órgãos e enti-
FIXAÇÃO DAS METAS
Coleta e Integra- I1 dades para coleta de dados
P2 sobre acidentes e mortes no
ção de Dados
trânsito O CONTRAN será responsável por fixar as metas
I2 Unificar as bases de dados para cada um dos Estados e para o DF, mediante pro-
postas fundamentadas dos CETRAN, do CONTRANDIFE
e do DPRF, no âmbito das respectivas circunscrições.
PILAR
DESCRIÇÃO
INICIATIVA
DESCRIÇÃO DA As metas fixadas serão divulgadas em setembro,
DO PILAR INICIATIVA
durante a Semana Nacional de Trânsito, a qual é
I1 Prever fontes orçamentárias comemorada anualmente entre 18 e 25 de setembro.
Financiamento Aumentar a eficiência na Estas metas podem ser revisadas pelo CONTRAN,
P3 I2
do Plano aplicação dos recursos a cada ano.
I3 Captar novos recursos
CONSULTA PÚBLICA

DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO DA Antes de submeterem as propostas ao CONTRAN,


PILAR INICIATIVA
DO PILAR INICIATIVA
os CETRAN, o CONTRANDIFE e o Departamento de
Viabilizar aprovação de ins- Polícia Rodoviária Federal realizarão consulta ou
P4 Esforço Legal I1 trumentos legais que favore-
çam a segurança viária audiência pública para manifestação da sociedade
sobre as metas a serem propostas.
Veja o fluxograma trazido pelo Plano:
DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO DA
PILAR INICIATIVA
DO PILAR INICIATIVA
Ampliar o uso de tecnologia
I1
na fiscalização de trânsito
Ampliar as fiscalizações
Fiscalização de I2
P5 específicas
Trânsito
Fomentar o desenvolvi-
I3 mento de equipamentos de
fiscalização
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO DA
PILAR INICIATIVA
DO PILAR INICIATIVA
Transversalizar a educação
I1 para o trânsito no ensino
básico
TRATAMENTO DOS DADOS
Fomentar o incremento de
I2 disciplinas sobre segurança Os dados estatísticos coletados em cada Estado e
viária no ensino superior no Distrito Federal serão tratados e consolidados pelo
P6
Educação para
Promover ações de educa- respectivo DETRAN, que os repassará ao DENATRAN
o Trânsito I3
ção para o trânsito até o dia 1º de março, por meio do sistema de registro
Aprimorar e direcionar cam- nacional de acidentes e estatísticas de trânsito.
I4 panhas educativas de segu- Os dados sujeitos à consolidação pelo DETRAN são
rança viária
os coletados, naquela circunscrição:
Aprimorar a formação dos
I5
condutores
z Pela PRF e pelo DNIT; 177
z Pela Polícia Militar e pelo órgão ou entidade exe- Década de Segurança no Trânsito (Segunda)
cutiva rodoviária do Estado ou do Distrito Federal
(DER/DAER); O PNATRANS é de 2018, logo, seu documento faz
z Pelos órgãos ou entidades executivos rodoviários menção à década de segurança no trânsito ocorrida
e pelos órgãos ou entidades executivas de trânsito de 2011 a 2020.
dos Municípios. Em setembro de 2020, a ONU definiu os anos de
2021 a 2030 como sendo a segunda década de ação
ALINHAMENTO COM OUTRAS POLÍTICAS, PLANOS pela segurança no trânsito.
E AÇÕES Nesta nova década, a meta continua sendo o com-
promisso dos países membros em reduzir pela meta-
O PNATRANS, que institui o Programa Nacional
de o número de mortes e lesões no trânsito durante
de Trânsito, está alinhado a outros documentos e leis
o período proposto. Note, neste sentido, como o PNA-
existentes no Brasil, que também versam sobre a mes-
TRANS está alinhado a todos estes programas, a nível
ma matéria.
nacional e também internacional.
Política Nacional de Trânsito
PLANO DESCRITIVO
A Política Nacional de Trânsito (PNT) foi instituí-
da pela Resolução do CONTRAN nº 514/2014, sendo o Até 1º de agosto de cada ano, os CETRAN, o CON-
marco referencial do país para o planejamento, organi- TRANDIFE e a PRF deverão encaminhar ao CONTRAN
zação, normalização, execução e controle das ações de as ações, projetos ou programas, com os respectivos
trânsito em todo o território nacional. orçamentos.
Seus objetivos e diretrizes visam assegurar a pro- O próprio PNATRANS já trouxe, outrossim, um pla-
teção da integridade humana e o desenvolvimento no descritivo das principais ações que devem ser ado-
socioeconômico. tadas, conforme as iniciativas contidas em cada um
dos pilares.
Política Nacional de Mobilidade Urbana Veja, a seguir, as principais ações constantes do
Plano.
A Política Nacional de Mobilidade Urbana foi regu-
lada pela Lei nº 12.587/2012, sendo instrumento da Pilar 1 - Integração, Cooperação e Coordenação no
política de desenvolvimento urbano de que trata o inci- PNATRANS
so XX do artigo 21 e o artigo 182 da Constituição Fede-
ral, objetivando a integração entre os diferentes
z Iniciativa 1 – Implementar a coordenação do
modos de transporte e a melhoria da acessibilida-
PNATRANS:
de e mobilidade das pessoas e cargas no território
nacional. „ Incorporar o PNATRANS nas atribuições do
Comitê Nacional de Mobilização pela Saúde,
Art. 21. Compete à União: Segurança e Paz no Trânsito.
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento „ Alinhar o PNATRANS com os demais planos e
urbano, inclusive habitação, saneamento básico e programas que tratam da Segurança Viária já
transportes urbanos; em desenvolvimento por outros Ministérios.
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano,
executada pelo Poder Público municipal, confor-
me diretrizes gerais fixadas em lei, tem por obje-
z Iniciativa 2 – Monitorar o plano com metas, ações,
tivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções prazos e responsáveis:
sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus „ Realizar reuniões de trabalho nos Estados
habitantes. para sensibilizar os gestores dos órgãos de trân-
sito e fomentar a elaboração dos planos locais.
Plano Plurianual „ Divulgar as metas e ações do PNATRANS para
os órgãos de controle, Poder Legislativo Esta-
O PPA, instituído pelo governo federal, é instru- dual e Municipal.
mento de planejamento governamental que defi-
ne diretrizes, objetivos e metas da administração
z Iniciativa 3 – Acompanhar os investimentos:
pública federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de „ Identificar os investimentos que estão sendo
duração continuada, com o propósito de viabilizar a executados com o objetivo de reduzir acidentes.
implementação e a gestão das políticas públicas.
z Iniciativa 4 – Incentivar a inovação:
Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável „ Desenvolver programa de reconhecimento de
melhores práticas na área de Segurança Viária.
Durante a 70ª Assembleia Geral das Nações Uni- „ Desenvolver programa de visitas técnicas em
das, ocorrida em 2015, os representantes dos países nível regional, nacional e internacional.
membros da ONU adotaram a Agenda 2030 de Desen-
volvimento Sustentável.
z Iniciativa 5 – Aprimorar a qualificação dos agen-
Nela foi proposta a implantação de 17 Objetivos
tes públicos:
do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas
correspondentes no decorrer do período 2016-2030, „ Elaborar grade curricular mínima para o cur-
objetivando a promoção do desenvolvimento susten- so de Segurança Viária.
tável nas dimensões social, econômica e ambiental, „ Desenvolver cursos de formação, especializa-
178 incluindo a segurança viária. ção e mestrado em Segurança Viária.
„ Disponibilizar plataformas EAD e promover „ Aperfeiçoar o modelo de penalização do
cursos na área de trânsito, de mobilidade e transporte com excesso de peso e Capacidade
de segurança viária, voltados para agentes Máxima de Tração.
públicos. „ Aprimorar a legislação do Crime de Embria-
„ Fomentar a participação de agentes públicos guez com graduação de pena.
em cursos internacionais na área de trânsito „ Incluir no CTB dispositivo que regulamente a
e segurança viária. remoção de pessoas e veículos do local de aci-
„ Implantar a Escola Pública de Trânsito. dente de trânsito com vítima.
„ Regulamentar o uso de novos equipamentos
z Iniciativa 6 – Fomentar o desenvolvimento dos de segurança obrigatórios para ciclistas e
órgãos e entidades componentes do SNT: motociclistas.
„ Adquirir etilômetros e aparelhos para iden- „ Viabilizar cobrança administrativa dos cus-
tos com saúde e previdência social dos cau-
tificar o uso de substâncias psicoativas que
sadores de acidentes com vítimas.
determine dependência (drogômetros).
Pilar 5 – Fiscalização de Trânsito
z Iniciativa 7 – Incentivar a participação da
sociedade:
z Iniciativa 1 – Ampliar o uso de tecnologia na fisca-
„ Realizar anualmente uma audiência pública lização de trânsito:
ou consulta pública em cada um dos estados
„ Modernizar os meios de fiscalização eletrônica
para apresentar os resultados e os investimen-
de peso e dimensões.
tos realizados pelos Governos Federal, Estadual
„ Prospectar novas tecnologias para maior efeti-
e Municípios.
vidade da fiscalização.
Pilar 2 – Coleta e Integração de Dados
z Iniciativa 2 – Ampliar as fiscalizações específicas:
z Iniciativa 1 – Adequar os sistemas e metodologia
„ Ampliar, em relação ao ano anterior, a fiscali-
dos órgãos e entidades para coleta de dados sobre
zação de:
acidentes e mortes:
„ Ultrapassagens proibidas em pistas simples.
„ Possibilitar o registro de grau de alcoolemia „ Uso de álcool e outras drogas por condutores.
no Boletim de Acidentes de Trânsito. „ Veículos de 2 rodas.
„ Integrar e aprimorar base de dados entre „ Uso de cinto de segurança.
todos os órgãos do Sistema Nacional de Trânsi- „ Limites da velocidade.
to e demais órgãos correlatos. „ Uso de capacetes, demais equipamentos obri-
gatórios e normas de circulação nas cidades do
z Iniciativa 2 – Unificar bases de dados: interior do país.
„ Padronizar o levantamento de informações e „ Uso de equipamentos de retenção para crianças.
registro de acidentes de trânsito. „ Uso de celular na direção do veículo.
„ Estimular a adoção de um sistema único de „ Controle de direção do motorista profissional.
registro e estatística de acidentes de trânsito.
z Iniciativa 3 – Fomentar com apoio dos centros de
Pilar 3 – Financiamento do Plano pesquisa o desenvolvimento de equipamentos que
contribuam na fiscalização:
z Iniciativa 1 – Prever fontes orçamentárias: „ Fomentar a pesquisa, desenvolvimento e
„ Prever a utilização de parte do FUNSET nas homologação pelo INMETRO de equipamento
ações elencadas para o plano. medidor do uso de álcool e outras drogas
por condutores.
z Iniciativa 2 – Aumentar a eficiência na aplicação „ Fomentar a cooperação com centros de pesqui-
dos recursos: sa e desenvolvimento, universidades federais,
entre outras, visando o desenvolvimento de
„ Estabelecer parâmetros de distribuição de
tecnologia nacional voltadas à medição de
recursos para execução do PNATRANS, neles
velocidade, álcool e outras drogas, peso e
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

incluídos o FUNSET. dimensões, etc.

z Iniciativa 3 – Captar recursos: Pilar 6 - Educação Para o Trânsito


„ Prospectar recursos internacionais para
financiamento de ações de segurança viária. z Iniciativa 1 – Transversalizar a educação para o
„ Fomentar as parcerias público-privadas. trânsito no ensino básico:
„ Disponibilizar o projeto FETRAN PEDAGÓGI-
Pilar 4 – Esforço Legal CO - Modalidade de Educação para o Trânsi-
to desenvolvido pela PRF que envolve alunos
z Iniciativa 1 - Viabilizar aprovação de instrumen- do ensino fundamental e médio, de escolas
tos legais que favoreçam a segurança viária públicas ou privadas, e trabalha elementos do
„ Tornar obrigatório o uso do Talonário Eletrô- trânsito, transversalmente no conteúdo das dis-
nico para todos os órgãos e entidade perten- ciplinas, conduzido pelos docentes e com parti-
centes ao Sistema Nacional de Trânsito – SNT. cipação ampla da comunidade escolar. 179
„ Formalizar acordo de cooperação com Uni- „ Desenvolver novos equipamentos de segu-
versidades e outras instituições para desen- rança para as motocicletas e seus ocupantes.
volvimento de material pedagógico. „ Regulamentar o uso de defensas metálicas
com dispositivo de proteção ao motociclista.
z Iniciativa 2 – Fomentar o incremento de discipli-
nas sobre segurança viária no ensino superior: z Iniciativa 5 – Aumentar a segurança veicular:
„ Incentivar as instituições de ensino superior a „ Incrementar a segurança dos veículos comer-
disponibilizar em seus currículos, disciplinas cializados no Brasil, com a internalização das
de Direito de Trânsito e Segurança Viária, por evoluções tecnológicas da indústria automobi-
exemplo, nos cursos de Direito e Engenharias. lística mundial.
„ Aprimorar o processo de investigação de aci-
z Iniciativa 3 – Promover ações de educação para o dentes de consumo e de comunicação de
trânsito: recall.
„ Estabelecer parcerias com a iniciativa privada
para transmitir vídeos de campanhas educati- z Iniciativa 6 – Aprimorar a infraestrutura viária:
vas em ônibus, aviões, empresas, órgãos públi- „ Melhorar a segurança de rodovias de pista
cos, etc. simples nos trechos mais críticos em ocorrên-
cias de acidentes com mortes.
z Iniciativa 4 – Aprimorar e direcionar campanhas „ Promover a redução de velocidades nas vias
educativas de segurança viária: urbanas e nas vias rurais com características
„ Estabelecer estratégias e campanhas de de vias urbanas (vias rurais que cruzam áreas
publicidade na área de Segurança Viária, urbanas).
com foco nos principais fatores de riscos
(excesso de velocidade, não uso do cinto de Pilar 8 – Atendimento de Vítimas
segurança, não uso do capacete, consumo de
bebida alcoólica por condutores, transporte z Iniciativa 1 – Otimizar o socorro de vítimas de aci-
inadequado de crianças, uso do celular na dire- dentes de trânsito:
ção de veículos). „ Adequar as unidades hospitalares existentes
e disponibilizar novas unidades ao longo de
z Iniciativa 5 – Aprimorar a formação de condutores: rodovias federais e estaduais com maiores índi-
„ Reavaliar metodologia atual dos exames médi- ces de mortes em acidentes de trânsito.
cos para obtenção e renovação da CNH.
z Iniciativa 2 – Ampliar rede de atendimento às víti-
Pilar 7 – Mobilidade e Engenharia mas de trânsito:
„ Ampliar a cobertura do SAMU nas rodovias
z Iniciativa 1 – Ampliar a qualidade e oferta do federais e estaduais.
transporte público: „ Implementar bases de resgate aeromédico
„ Investir em medidas de priorização do trans- em regiões metropolitanas que ainda não dis-
porte público coletivo no sistema viário (cor- põem do serviço.
redores e faixas exclusivas).
„ Promover a integração física entre o servi-
ço de transporte público coletivo e os demais
modos de transporte. RESOLUÇÃO Nº 780/2019 DO
„ Estimular programas que contemplem com-
partilhamento de veículos. CONTRAN
„ Combater o transporte ilegal de passageiros.
A Resolução nº 780/19 do CONTRAN dispõe sobre o
z Iniciativa 2 – Reduzir a vitimização de pedestres: novo sistema de Placas de Identificação Veicular.
„ Considerar nos projetos de novas vias e ajustes
IDENTIFICAÇÃO VEICULAR
das existentes, obras que evitem o conflito do
pedestre com os veículos.
Após o registro no respectivo órgão ou entidade
„ Adequar os passeios existentes aos padrões de
executivos de trânsito do Estado ou do Distrito Federal
acessibilidade.
(DETRAN), cada veículo será identificado por Placas
„ Implantar iluminação pública voltada para
de Identificação Veicular (PIV) dianteira e traseira.
as calçadas, especialmente nos pontos de
No padrão desta Resolução, a PIV possui 3 algaris-
travessias.
mos numéricos e 4 letras, havendo a substituição do
segundo caractere numérico do padrão anterior por
z Iniciativa 3 – Reduzir a vitimização de ciclistas:
um caractere alfabético, seguindo a seguinte tabela:
„ Viabilizar a fiscalização e o processamento de
infrações de trânsito cometidas por ciclistas e
PLACA ANTIGA NOVA PLACA
pedestres.
„ Implantar o Manual Brasileiro de Sinalização 0 A
de Trânsito sobre Sinalização Cicloviária.
1 B
z Iniciativa 4 – Reduzir a vitimização de
2 C
180 motociclistas:
CORES DAS PIV
3 D

4 E O padrão de cores adotado pela Resolução é bem


mais simples do que o anteriormente disposto pela
5 F R231.
6 G Neste padrão, a cor de fundo da placa é mantida
sempre branca, havendo alternância das cores dos
7 H caracteres de acordo com o uso do veículo:
8 I
COR DOS
9 J USO DO VEÍCULO
CARACTERES

Particular Preta
Somente PIV traseira
Comercial (Aluguel e Aprendizagem) Vermelha
Em regra, os veículos conterão PIV dianteira E
Oficial e Representação Azul
traseira.
Porém, os seguintes veículos serão identificados Diplomático/Consular (Missão Di-
apenas com a PIV traseira: plomática, Corpo Consular, Corpo
Diplomático, Organismo Consular Dourada
z Reboques; e/ou Internacional e Acordo de Coo-
z Semirreboques; peração Internacional)
z Motocicletas;
Especiais (Experiência / Fabricantes
z Motonetas; Verde
de veículos, peças e implementos)
z Ciclomotores;
z Cicloelétricos; Coleção Cinza Prata
z Triciclos;
z Quadriciclos,
No padrão Mercosul, todos os veículos oficiais e
z Quando couber, os tratores destinados a puxar ou
arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a os de representação estão enquadrados na opção
executar trabalhos agrícolas e de construção, de “C” acima, ou seja, serão caracterizados pela cor azul.
pavimentação ou guindastes Com isto, há revogação tática de todas as resoluções
que dispunham acerca das placas especiais de repre-
QR CODE sentação, incluindo a Resolução nº 32/98 do CONTRAN
(placas “douradas”).
O “lacre” obrigatório das PIV é substituído, no Não há mais indicação do município nem do Esta-
padrão Mercosul, pelo código de barras bidimensio- do da Federação em que o veículo está registrado.
nais dinâmico (Quick Response Code, ou QR Code).
Assim, todas as PIV deverão possuir código de barras COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS EXECUTIVOS DE
bidimensionais dinâmico (Quick Response Code, ou QR TRÂNSITO
Code) contendo números de série e acesso às informações
do banco de dados do fabricante, especificados no Ane- DENATRAN
xo I, com a finalidade de controlar a produção, logística,
estampagem e instalação das PIV nos respectivos veícu- I - cumprir e fazer cumprir as disposições desta
los, além da verificação da sua autenticidade (art. 3°). Resolução;
Caberá ao DENATRAN disponibilizar aplicativo II - credenciar as empresas fabricantes de PIV;
aos órgãos e entidades do SNT para leitura do QR Code III - disponibilizar acesso às informações dos fabri-
de que trata o caput. cantes credenciados aos DETRAN;
IV - fiscalizar a regularidade das atividades dos
SEGUNDA PIV TRASEIRA fabricantes de PIV, suas instalações, equipamentos
e soluções tecnológicas de controle e gestão do pro-
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

É obrigatório o uso de segunda PIV traseira nos cesso produtivo;


veículos equipados com engates para reboques ou V - desenvolver, manter e atualizar o sistema infor-
carroceria intercambiável, transportando eventual- matizado de emplacamento;
mente carga que cobrir, total ou parcialmente, a PIV VI - estabelecer os requisitos mínimos do sistema
traseira. desenvolvido pelo fabricante, bem como os crité-
A segunda PIV deve atender a todos os requisitos rios de registro das informações necessárias para
da Resolução e ser disposta em local visível, podendo o rastreamento do processo de fabricação e estam-
ser instalada (art. 4°, §1°, I e II): pagem da PIV;
VII - disponibilizar o sistema informatizado de
I - no caso de engate de reboque, no para-choque emplacamento para a gestão e controle de distri-
ou carroceria, admitida a utilização de suportes buição do QR Code e das combinações alfanuméri-
adaptadores; cas, estampagem das PIV e emplacamento;
II - no caso de transporte eventual de carga, ou de VIII - aplicar as sanções administrativas aos fabri-
carroceria intercambiável, nos termos da Resolu- cantes credenciados, registrando e informando em
ção nº 349/2010 do CONTRAN. seu sítio eletrônico as sanções aplicadas. 181
DETRANS O credenciamento deverá ser renovado, a pedido,
por igual período, sem limite de renovações, desde
I - cumprir e fazer cumprir as disposições desta que atendidos os requisitos da Resolução.
Resolução;
II - credenciar as empresas estampadoras de PIV Infrações
no âmbito de sua circunscrição, utilizando sistema
informatizado disponibilizado pelo DENATRAN;
O descumprimento das regras sujeita os fabrican-
III - fiscalizar a regularidade das atividades dos
tes e os estampadores de PIV credenciados às seguin-
estampadores de PIV, suas instalações, equipa-
mentos, bem como o controle e gestão do processo tes sanções administrativas, conforme a gravidade da
produtivo; conduta, assegurado o devido processo administrativo,
IV - aplicar as sanções administrativas aos estam- sem prejuízo de sanções cíveis ou penais cabíveis:
padores credenciados no âmbito de sua circuns-
crição, registrando e informando em seu sítio z Advertência: para descumprimentos de menor
eletrônico as sanções aplicadas. gravidade (perceba que a Resolução não especifica
o que seria considerado “de menor gravidade”, dei-
Vedações xando a cargo do julgador fazer esta apreciação);
z Suspensão do credenciamento de 30 (trinta)
É vedado aos DETRANs estabelecerem a ativida- dias: aplicada caso não seja sanada a irregularida-
de de intermediários na execução das atividades de de que ensejou a advertência no prazo de 30 (trinta)
que trata a Resolução, bem como restringir o forneci- dias. Durante o período, o credenciado não poderá
mento da PIV pelos fabricantes credenciados. produzir, estampar ou comercializar as PIV.
É vedado ao DENATRAN e aos DETRANs: z Cassação do credenciamento: em caso de cometi-
mento de irregularidade grave ou persistência do
I - credenciar empresa que não possua objeto social motivo da suspensão. A empresa punida poderá
para a atividade de fabricação ou estampagem de requerer novo credenciamento depois de trans-
PIV. corridos 2 (dois) anos da cassação, ficando sujei-
II - estabelecer critérios adicionais aos contidos no ta à análise, pelo órgão competente, das causas da
Anexo III da Resolução. penalidade, sem prejuízo do integral ressarcimen-
to à Administração e aos usuários dos prejuízos
FABRICANTES E ESTAMPADORES causados com as irregularidades perpetradas.

A prestação de serviços de fabricação e estampa- Responsabilidades das empresas credenciadas


gem das PIV será realizada apenas por meio de cre-
denciamento de fabricantes e estampadores. Sem prejuízo das demais disposições, as empresas
credenciadas são responsáveis pelo cumprimento
Definições das seguintes exigências (art. 18):
I - Fabricante de Placa de Identificação Veicular I – atender às especificações dos insumos perso-
(PIV): empresa credenciada pelo DENATRAN para nalizados utilizados na produção das PIV, estando
exercer a atividade de fabricação, operação logís- sujeitas ao descredenciamento, no caso de fabri-
tica, gerenciamento informatizado e a distribui- cação e estampagem de PIV que não atendam às
ção das PIV semiacabadas para os estampadores; especificações;
II - Estampador de Placa de Identificação Vei-
II - garantir a confidencialidade das operações e
cular (PIV): empresa credenciada pelo órgão ou
de qualquer informação que lhe seja confiada pelo
entidade executivo de trânsito dos Estados e do Dis-
DENATRAN ou pelos DETRAN, atestando que não
trito Federal (DETRAN), em sistema informatizado
será fornecida a terceiros sem autorização expres-
do DENATRAN, para exercer, exclusivamente, o ser-
sa e escrita, sob pena de descredenciamento;
viço de acabamento final das PIV e a comercializa-
III - manter arquivo eletrônico completo de for-
ção com os proprietários dos veículos.
necimento das PIV produzidas e estampadas, e for-
necer sempre que solicitado, o acesso deste arquivo
O estampador tem como finalidade executar a ao DENATRAN e aos DETRAN para consultas e
estampagem e o acabamento final das PIV. auditorias;
IV - registrar os procedimentos relativos ao pro-
cesso de fabricação e estampagem das PIV no siste-
Importante! ma informatizado de emplacamento;
V - não se dedicar à produção ou distribuição de
O fabricante é credenciado pelo DENATRAN, outros produtos ou serviços relacionados à
enquanto o estampador é credenciado pelo legalização dos veículos ou de seus condutores,
DETRAN. É vedado aos fabricantes firmarem de modo a restringir o acesso, a concentração e o
contratos de exclusividade com os estampado- perfilhamento das informações relativas ao regis-
res, sob pena de descredenciamento. tro nacional de veículos por entidade privada, sob
pena de descredenciamento;
VI - disponibilizar aos consumidores, via inter-
Credenciamento net, informações adequadas, claras e precisas
sobre todas as etapas e procedimentos relativos à
Art. 14 O credenciamento das empresas fabrican- produção, estampagem e acabamento das PIV, com
tes e estampadoras terá validade de 5 (cinco) anos, especificação dos materiais utilizados, bem como
podendo ser cassado a qualquer tempo, se não o preço final da PIV, sendo solidariamente respon-
mantidos, no todo ou em parte, os requisitos exi- sáveis pelas irregularidades praticadas e vícios do
gidos para o credenciamento, observado o devido produto e do serviço pelo período mínimo de 5
182 processo administrativo. (cinco) anos;
VII - inserir, em campo específico no sistema informati- z Exigido o retorno ao modelo de placa anterior ao o
zado de emplacamento, o serial (QR Code) das PIV uti- veículo que, já emplacado com o modelo de PIV
lizadas no atendimento, o arquivo eletrônico (XML) da de que trata esta Resolução ou a R729, for trans-
referida nota fiscal e o CPF do funcionário responsável; ferido para um Estado que ainda esteja em fase de
VIII - ressarcir os custos relativos às transações transição para o novo modelo.
sistêmicas, conforme normativos do DENATRAN
que disciplinam o acesso aos seus sistemas e sub-
sistemas informatizados. Obrigatória

Fabricantes e estampadores respondem solidaria- A troca pela nova PIV é obrigatória apenas nos
mente pelas irregularidades cometidas no processo casos de:
de estampagem das PIV.
z Primeiro emplacamento do veículo;
PROCESSO PRODUTIVO z Substituição de qualquer das placas em decorrên-
cia de mudança de categoria do veículo ou furto,
Art. 19 Todas as etapas do procedimento devem extravio, roubo ou dano da referida placa;
possuir trilhas de auditoria comprobatórias, desde z Mudança de município ou de Unidade Federativa;
a fabricação e estampagem da PIV até a sua vincu- z Em que haja necessidade de instalação da segunda
lação ao veículo e inserção dos dados no sistema placa traseira;
informatizado de emplacamento, nos termos esta- z Ocorrência de clonagem do veículo, nos termos
belecidos pelo DENATRAN. do procedimento estabelecido pela 670/17 do
CONTRAN.
SUBSTITUIÇÃO DA PIV
Normas de transição entre as PIV MERCOSUL
O proprietário, possuidor ou condutor do veículo
poderá requerer a substituição da PIV em qualquer A da Res. 729/18 do CONTRAN estabeleceu o pri-
Unidade da Federação onde o veículo estiver circu- meiro padrão Mercosul implementado no Brasil,
lando, independentemente do município ou Unidade o qual possuía algumas diferenças com relação ao
da Federação onde o veículo estiver registrado (art.
padrão atualmente implementado pela Res. 780/20.
20) em caso de:
Para que os cidadãos não ficassem prejudicados,
previu o CONTRAN algumas normas de transição, des-
z Extravio, furto ou roubo de quaisquer das PIV;
tinadas especialmente aos órgãos de fiscalização e aos
z Veículo que estiver legalmente retido ou recolhi-
DETRAN:
do a depósito em outra Unidade da Federação ou
município e necessite ser regularizado para voltar
a circular em via pública. z Os emplacamentos realizados de acordo com a
R729, e suas alterações, serão aceitos por todos
os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trân-
IMPLEMENTAÇÃO DA PIV MERCOSUL
sito (SNT) e demais órgãos e entidades públicas e
privadas. Neste caso, havendo necessidade de
Facultativa
aquisição de nova PIV, por extravio, furto, roubo
ou dano ou por segunda placa traseira, o proprie-
É facultado aos condutores adotarem, voluntaria-
tário do veículo poderá adquiri-la de outra Uni-
mente, as PIV no novo padrão.
dade da Federação, mediante intermediação do
Art. 22 (...)
DETRAN onde seu veículo estiver registrado
§1° No caso de adoção do novo modelo, os carac- z Para o veículo já emplacado com o modelo de
teres originais alfanuméricos da PIV deverão PIV de que trata esta Resolução ou a R729, trans-
ser mantidos no cadastro do veículo e constar ferido para um Estado que ainda esteja em fase de
no campo “placa anterior” do Certificado CRV transição para o novo modelo, não poderá ser exi-
e CRLV, atribuindo-se a nova combinação alfanu- gido o retorno ao modelo de placa anterior.
mérica de que trata esta Resolução, devendo ser
possível a consulta e demais transações refe- INFRAÇÕES
rentes ao veículo por meio de ambas as combi-
nações (art. 22, §1º).
Conforme a conduta observada, o infrator estará
sujeito a ser enquadrado nos seguintes artigos do CTB:
Caso não queira fazê-lo, os veículos em circulação
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

que utilizem PIV no padrão estabelecido pela Resolu-


Art. 221 Portar no veículo placas de identifi-
ção CONTRAN nº 231/07, poderão circular até o seu
cação em desacordo com as especificações e
sucateamento sem necessidade de substituição modelos estabelecidos pelo CONTRAN:
das placas e, a qualquer tempo, optar voluntaria- Infração - média;
mente pelo novo modelo de PIV de que trata a Resolu- Penalidade - multa;
ção, ressalvado o caso de já ter sido feita a troca pela Medida administrativa - retenção do veículo para
PIV Mercosul anteriormente estabelecida pela Res. regularização e apreensão das placas irregulares.
729/18-CONTRAN. Parágrafo único. Incide na mesma penalidade aque-
Por fim, é vedado aos DETRANs e estampadores: le que confecciona, distribui ou coloca, em veículo
próprio ou de terceiros, placas de identificação não
z Exigirem a substituição das PIV pelo modelo de autorizadas pela regulamentação.
que trata esta Resolução, exceto nas situações de Art. 230 Conduzir o veículo:
troca OBRIGATÓRIA (ver abaixo) e nos casos de I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a
CLONAGEM do veículo, regulados pela Res. 670/17 placa ou qualquer outro elemento de identifi-
do CONTRAN. cação do veículo violado ou falsificado; 183
IV - sem qualquer uma das placas de „ Veículos automotores e elétricos, não abran-
identificação; gidos pela categoria A, cujo Peso Bruto Total
VI - com qualquer uma das placas de iden- (PBT) não exceda a 3.500 kg e cuja lotação não
tificação sem condições de legibilidade e exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
visibilidade: „ Combinações de veículos automotores e elétri-
Infração - gravíssima; cos em que a unidade tratora se enquadre na
Penalidade - multa e apreensão do veículo; categoria B, com unidade acoplada, reboque,
Medida administrativa - remoção do veículo; semirreboque, trailer ou articulada, desde que
Art. 243 Deixar a empresa seguradora de a soma das duas unidades não exceda o peso
comunicar ao órgão executivo de trânsito bruto total de 3.500 kg e cuja lotação total não
competente a ocorrência de perda total do veí- exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
culo e de lhe devolver as respectivas placas e „ Veículos automotores da espécie motor-casa,
documentos: cujo peso não exceda a 6.000 kg e cuja lota-
Infração - grave; ção não exceda a oito lugares, excluído o do
Penalidade - multa; motorista;
Medida administrativa - Recolhimento das placas e „ Tratores de roda e equipamentos automotores
dos documentos.
destinados a executar trabalhos agrícolas;
Art. 250 Quando o veículo estiver em movimento:
„ Quadriciclos de cabine aberta ou fechada.
III - deixar de manter a placa traseira ilumi-
nada, à noite;
Infração - média;
Norma 4
Penalidade - multa.
z Documento de Habilitação: CNH
z Categoria: C
z Especificação:
„ Veículos automotores e elétricos utilizados em
RESOLUÇÃO Nº 789/2020 DO transporte de carga, cujo PBT exceda a 3.500 kg;
CONTRAN „ Tratores de esteira, tratores mistos ou equipa-
mentos automotores destinados à movimenta-
A Resolução nº 789/2020 do CONTRAN consolida ção de cargas, de terraplanagem, de construção
normas sobre o processo de formação de condutores ou de pavimentação;
de veículos automotores e elétricos. „ Veículos automotores da espécie motor-casa,
cujo PBT ultrapasse 6.000 kg, e cuja lotação não
Norma 1 exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
„ Combinações de veículos automotores e elétri-
z Documento de Habilitação: ACC cos não abrangidas pela categoria B, em que a
unidade tratora se enquadre nas categorias B
z Categoria: -
ou C, e desde que o PBT da unidade acoplada,
z Especificação:
reboque, semirreboque, trailer ou articulada
„ Ciclomotores; seja menor que 6.000 kg;
„ Bicicletas dotadas originalmente de motor elé- „ Todos os veículos abrangidos pela categoria B.
trico auxiliar, bem como aquelas que tiverem
o dispositivo motriz agregado posteriormente Norma 5
à sua estrutura, em que se verifique, ao menos,
uma das seguintes situações: z Documento de Habilitação: CNH
I – com potência nominal superior a 350 W; z Categoria: D
II – velocidade máxima superior a 25 km/h; z Especificação:
III – funcionamento do motor sem a necessidade de
o condutor pedalar; e
„ Veículos automotores e elétricos utilizados no
IV – dispor de acelerador ou de qualquer outro dis- transporte de passageiros, cuja lotação exceda
positivo de variação manual de potência. a oito lugares, excluído o do condutor;
„ Veículos destinados ao transporte de escolares
independentemente da lotação;
Norma 2
„ Veículos automotores da espécie motor-casa,
cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o
z Documento de Habilitação: PPD/CNH do motorista;
z Categoria: A „ Ônibus articulado;
z Especificação: „ Todos os veículos abrangidos nas categorias B
„ Veículos automotores e elétricos, de duas ou e C.
três rodas, com ou sem carro lateral ou semir-
reboque especialmente projetado para uso Norma 6
exclusivo deste veículo;
„ Todos os veículos abrangidos pela ACC. z Documento de Habilitação: CNH
Obs.: Não se aplica a quadriciclos, cuja catego- z Categoria: E
ria é a B. z Especificação:
„ Combinações de veículos automotores e elétri-
Norma 3 cos em que a unidade tratora se enquadre nas
categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada,
z Documento de Habilitação: PPD/CNH reboque, semirreboque, trailer ou articulada
z Categoria: B tenha 6.000 kg ou mais de PBT, ou cuja lotação
184 z Especificação: exceda a oito lugares;
„ Combinações de veículos automotores e elé- Art. 3º, § 2º Em vias com duas ou mais faixas de
tricos com mais de uma unidade tracionada, circulação no mesmo sentido, deve-se instalar um
independentemente da capacidade máxima de display para cada faixa, em ambos os lados da via
tração ou PBTC; ou em pórtico ou semipórtico sobre a via.
„ Todos os veículos abrangidos nas categorias B,
C e D. O “trecho crítico” a que se referem os redutores é
definido pela própria Resolução como “segmento de
via inscrito em área circular que concentre número
de acidentes com mortes e lesões no trânsito consi-
derado significativo pela autoridade de trânsito com
RESOLUÇÃO Nº 798/2020 DO circunscrição sobre a via” (art. 6º, §2º).
CONTRAN O raio desse trecho será de 2.500m nas vias rurais
e 500m nas vias urbanas ou rurais com características
A Resolução nº 798/2020 do CONTRAN, que entrou urbanas.
em vigor em 01/11/2020 e trata da fiscalização do
excesso de velocidade, substituiu a Resolução nº Medidor do tipo Portátil
396/2011desse órgão.
Esta é uma das resoluções mais importantes no Pode ser instalado em viatura caracterizada
estudo para concurso, de forma que é necessário estacionada, em tripé, suporte fixo ou manual. É
saber todos os seus aspectos. sobre os requisitos de usado como controlador da via ou de pontos especí-
segurança para a circulação, a título precário, de veí- ficos de vias que possuam um limite de velocidade
culo de carga ou misto transportando passageiros no igual ou superior a 60 km/h (atenção para este ponto,
compartimento de cargas. pois veremos uma hipótese em que ele só poderá ser
usado em trechos com velocidade igual ou superior a
FORMA E PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO DE 80km/h).
VELOCIDADE A legislação de trânsito não prevê mais a existên-
cia de medidores móveis, que eram instalados em veí-
Toda medição de velocidade que for realizada em culos em movimento.
vias nacionais deve ser realizada por medidores (que A viatura caracterizada, cuja menção é feita tam-
nada mais são do que equipamentos) que estejam em bém na Resolução nº 561/2015 do CONTRAN, é a via-
consonância com o disposto na Resolução. tura que possui a identidade visual correspondente
O que é um medidor de velocidade? Define a reso- ao órgão a que pertence, tornando sua identificação
lução, em seu art. 2º, §1º: instrumento ou equipamento rápida e fácil por qualquer cidadão.
de aferição destinado a fiscalizar o limite máximo de A Resolução também se preocupa com a ostensivi-
velocidade regulamentado para o local, que indique a dade do uso de tais medidores:
velocidade medida e contenha dispositivo registrador
de imagem que comprove o cometimento da infração. Art. 7º, §4º Os medidores de velocidade do tipo
É indispensável o uso do medidor de velocidade portátil somente devem ser utilizados por autori-
para que o agente possa lavrar autos de infração por dade de trânsito ou seu agente, no exercício regu-
excesso de velocidade (art. 218 do CTB) lar de suas funções, devidamente uniformizados,
Todos os medidores devem conter indicador da em ações de fiscalização, não podendo haver
velocidade medida e registrador de imagem. obstrução da visibilidade, do equipamento e de seu
operador, por placas, árvores, postes, passarelas,
DOS TIPOS DE MEDIDORES DE VELOCIDADE pontes, viadutos, marquises, ou qualquer outra for-
ma que impeça a sua ostensividade.
A norma dispôs apenas dois tipos de medidores,
que possuem características e possibilidades de uso REQUISITOS METROLÓGICOS E TÉCNICOS DOS
diferentes: MEDIDORES DE VELOCIDADE
Medidor do tipo Fixo
Caracterizado por instalação na via de caráter Para poderem ser usados, os medidores devem
duradouro. atender a todos estes requisitos simultaneamente:
Não podem ser afixados em árvores, marquises,
passarelas, postes de energia elétrica, ou qualquer Requisitos Metrológicos
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

outra obra de engenharia, de modo velado ou não


ostensivo (art. 6º, §4º). z Modelo aprovado pelo INMETRO (verificação
A presença da autoridade de trânsito e de seus genérica: o modelo do aparelho é aprovado).
agentes no local de operação desses medidores é z Cada aparelho, individualmente, deve ser aprova-
dispensada! do em verificação metrológica pelo INMETRO ou
Se subdividem em: entidade delegada (verificação inicial, feita antes
do aparelho ser colocado para operar pela 1ª vez).
z Controlador: fiscaliza o limite máximo de veloci- z Cada aparelho, individualmente, deve ser veri-
dade da via ou de seu ponto específico; ficado pelo INMETRO ou entidade delegada, com
z Redutor: destinado a fiscalizar redução pontual periodicidade mínima de doze meses (verifica-
de velocidade em trechos críticos e de vulnerabili- ção periódica anual).
dade dos usuários da via. Possui, obrigatoriamen-
te, display eletrônico que mostra aos condutores Requisitos Técnicos
a velocidade medida. Na linguagem comum, é
conhecido como “lombada eletrônica”. z Registrar a velocidade medida do veiculo em km/h 185
z Registrar a contagem volumétrica de tráfego Art. 7º, §1º
z Registrar a latitude e longitude do local de operação I - com potencial ocorrência de acidentes de
z Possuir tecnologia de Reconhecimento Óptico de trânsito;
Caracteres (OCR) II - que tenham histórico de acidentes de trânsito
que geraram mortes ou lesões; ou
A Res. 804/2020 excluiu o critério da verificação III - em que haja recorrente inobservância dos
periódica anual dos medidores, passando a dispor que limites de velocidade previstos para a referida via
o medidor deve ser aprovado em verificação metroló- ou trecho.
gica periódica, de acordo com a regulamentação técni-
ca metrológica vigente.
Essa resolução dispôs, ainda, que as aprovações A relação de trechos ou locais aptos a serem fis-
B e C dispostas acima podem ser substituídas por pro- calizados com medidor portátil deve ser mapeada e
cedimento previsto em regulamentação metrológica publicada no site do órgão responsável por operar
vigente. estes medidores.

DO PROCESSO DE INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E z Utilização


MONITORAMENTO DE MEDIDORES DE VELOCIDADE
Além de apenas os trechos mapeados neste plane-
O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via jamento operacional prévio poderem ser fiscalizados
determina a localização, a sinalização, a instalação
com este medidor, o uso do medidor portátil está res-
e a operação dos medidores de velocidade.
Que órgão será esse? O responsável por instalar ou trito a vias que possuam limites mínimos de velocida-
operar o medidor! Por exemplo, em rodovias federais, de de 60km/h ou 80km/h, dependendo do tipo de via:
conforme a Resolução 289/2008 do CONTRAN: O DNIT
será responsável pelos redutores de velocidade (art. Art. 7º O uso de medidores do tipo portátil para a
21 do CTB), enquanto a PRF é responsável pelos medi- fiscalização do excesso de velocidade é restrito às
dores portáteis e pelos controladores de velocidade, seguintes situações:
se houver autorização do DNIT (art. 20 do CTB). I - nas vias urbanas e rurais com característi-
Essa instalação/operação, entretanto, NÃO pode cas urbanas, quando a velocidade máxima per-
ocorrer em qualquer lugar, aleatoriamente. Cada tipo mitida for igual ou superior a 60 km/h (sessenta
de medidor possui requisitos específicos que devem quilômetros por hora); e
ser observados para poder ser instalado e utilizado.
II - nas vias rurais, quando a velocidade máxima
permitida for igual ou superior a:
Instalação de Medidores Fixos
a) 80 km/h (oitenta quilômetros por hora), em
rodovia; e
z Controladores de Velocidade: deve ser realizado
Levantamento Técnico, com periodicidade bie- b) 60 km/h (sessenta quilômetros por hora), em
nal, para verificação ou readequação da sinaliza- estrada.
ção instalada ao longo da via.
z Redutores de Velocidade: deve ser realizado Estu- Dica
do Técnico, com periodicidade anual, em trechos
críticos, com índices de acidentes, ou locais onde Segundo o Anexo I do CTB, rodovia é a via
haja vulnerabilidade dos usuários da via, de modo rural pavimentada e estrada é a via rural não
a se comprovar a necessidade de redução pontual pavimentada.
da velocidade. Nem a resolução nem o CTB definem o que seria
z Requisitos Comuns: devem ser refeitos quando
ocorrer alguma das situações listadas: uma “via rural com características urbanas”,
de forma que o significado deste conceito é
Art. 6º § 1º Os Levantamentos Técnicos e/ou lacunoso.
Estudos Técnicos deverão ser refeitos sempre que
houver: Distância entre os Medidores
I - readequação dos limites de velocidade da via;
II - alteração da estrutura viária;
III - mudança do sentido do fluxo; É possível fiscalizar o excesso de velocidade com
IV - alteração da competência sobre a circunscrição medidor portátil em uma via que já possua medidor
da via; e fixo instalado?
V - mudança de local do medidor de velocidade. Sim!
PORÉM, deve haver uma distância mínima a ser
z Devem estar disponíveis ao público na sede do observada entre eles:
órgão de trânsito responsável pelo medidor e em
seu site na rede mundial de computadores;
Art. 7º, § 3º Nos locais em que houver instalado
z Devem ser encaminhados aos órgãos recursais
quando solicitados (por exemplo, a JARI). medidor de velocidade do tipo fixo, os medidores de
velocidade portáteis somente podem ser utilizados
Instalação de Medidores Portáteis a uma distância mínima de:
I - 500 m (quinhentos metros), em vias urbanas e
z Instalação: antes de utilizá-los, o órgão deverá em trechos de vias rurais com características de via
realizar planejamento operacional prévio nos urbana; e
trechos ou locais que tenham pelo menos uma das II - 2.000 m (dois mil metros), para os demais tre-
186 seguintes características: chos de vias rurais.
DA CARACTERIZAÇÃO DA INFRAÇÃO Essas placas não podem ser instaladas aleatoria-
mente em qualquer lugar: elas precisam estar a uma
Velocidade Medida e Velocidade Considerada distância mínima e máxima do respectivo medidor,
conforme a tabela abaixo, sendo possível repetir ela
A infração por excesso de velocidade é caracteriza- em distâncias menores:
da por uma operação matemática de subtração reali-
zada entre a velocidade medida pelo equipamento e o VELOCIDADE MÁXIMA
erro máximo admissível para este equipamento. Assim: DISTÂNCIA MÍNIMA E
REGULAMENTADA PARA
MÁXIMA
(Velocidade Medida - VM) – (Erro máximo admis- O LOCAL
sível) = (Velocidade a ser considerada para fins de
Via urbana ou via Via rural
autuação e enquadramento no art. 218 do CTB - VC)
rural com carac-
A Resolução prevê uma tabela para facilitar esta terísticas urbanas
operação, mas, de forma geral, podemos observar que:
Maior ou igual a 80km/h 400 a 500m 1000 a
z Até a VM de 107km/h, o valor a ser descontando é 2000m
de 7km/h; Menor que 80km/h 100 a 300m 300 a
z Entre a VM de 108km/h e 194km/h, usam-se os valo- 1000m
res da tabela presente no Anexo III da Resolução;
z Para VM acima de 194km/h, o erro máximo admis-
Art. 11, § 1º Em vias com duas ou mais faixas
sível será de 7%, com arredondamento matemático.
de trânsito por sentido, a sinalização, por meio da
placa de regulamentação R-19, deve estar afixada
Requisitos do Auto de Infração de Trânsito
nos dois lados da pista ou suspensa sobre a via,
nos termos do MBST-I.
A Resolução 805/2020 modificou o art. 9º da R798,
§ 2º Em vias em que haja acesso de veículos por
passando a dispor, apenas, que para sua consistência
outra via pública, no trecho compreendido entre
e regularidade, o auto de infração de trânsito (AIT) e a
o acesso e o medidor de velocidade, deve ser
notificação de autuação (NA), além do disposto no CTB
acrescida, nesse trecho, sinalização por meio de
e na legislação complementar, devem conter a imagem
placa R-19.
com a placa do veículo.
§ 3º Para fins de fiscalização do excesso de
A preocupação da Resolução com a publicidade
velocidade, é vedada a utilização de placa R-19
dos dados é latente:
que não seja fixa.
Art. 9º, Parágrafo único. O órgão ou entidade com
circunscrição sobre a via deve dar publicidade, Se o local da via possuir velocidade máxima regu-
por meio do seu site na rede mundial de compu- lamentada de forma diferente dependendo do tipo de
tadores, antes do início de sua operação, da veículo, a placa deve estar acompanhada desta infor-
relação de todos os medidores de velocidade mação, seguindo o padrão informado na Resolução e
existentes em sua circunscrição, contendo o a seguinte classificação:
tipo do equipamento, o número de registro junto ao
Inmetro, o número de série do fabricante, a identi- Art. 12, § 1º Para fins de cumprimento do estabe-
ficação estabelecida pelo órgão e, no caso do tipo lecido no caput, os tipos de veículos registrados e
fixo, também do local de instalação. licenciados devem estar classificados conforme as
duas denominações descritas a seguir:
DOS LOCAIS DE FISCALIZAÇÃO E DA SINALIZAÇÃO I - VEÍCULO LEVE - ciclomotor, motoneta, motocicle-
ta, triciclo, quadriciclo, automóvel, utilitário, cami-
Medidores do tipo fixo nhonete e camioneta, com peso bruto total inferior
ou igual a três mil e quinhentos quilogramas; e
Os locais onde estejam sendo operados medidores II - VEÍCULO PESADO - ônibus, micro-ônibus,
fixos sempre devem estar sinalizados com placas que caminhão, caminhão-trator, trator de rodas, trator
regulamentem o limite de velocidade, mesmo que este misto, chassi-plataforma, motor-casa, reboque ou
limite seja igual ao limite genérico do art. 61 do CTB: semirreboque, combinação de veículos, veícu-
lo leve tracionando outro veículo, ou qualquer
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

Art. 10 Os locais em que houver fiscalização de outro veículo com peso bruto total superior a três
excesso de velocidade por meio de medidores do mil e quinhentos quilogramas.
tipo fixo devem ser precedidos de sinalização com
placa R-19, na forma estabelecida nesta Resolução
Exemplo:
e no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito
- Volume I (MBST-I), de forma a garantir a seguran-
ça viária e informar aos condutores dos veículos
a velocidade máxima permitida para o local.
§ 1º Onde houver redução de velocidade, deve ser
90
Km/h
70
Km/h
observada a existência de placas R-19, informando
VEÍCULOS VEÍCULOS
a redução gradual do limite de velocidade confor- LEVES PESADOS
me MBST-I.

Além da sinalização antes de cada medidor, deve A sinalização horizontal pode ser utilizada para
existir uma placa junto a cada medidor fixo. reforçar a sinalização vertical de velocidade. 187
Medidores do tipo portátil II - placas dianteiras e traseiras;
III - dispositivos e olhais de fixação e amarração da
A Resolução não traz disposições sobre a necessida- carga, lonas e encerados;
de de instalação de placas para este tipo de medidor. IV - luzes;
Disto depreendemos que a fiscalização com medidor V - espelhos retrovisores ou outros dispositivos
portátil pode ocorrer tanto em locais em que haja insta- similares;
lação das placas R-19 (e, neste caso, devem ser observa- VI - tubos de admissão de ar;
das as distâncias mínimas e máximas da tabela acima) VII - batentes;
quando em locais cuja velocidade máxima seja aquela VIII - degraus e estribos de acesso;
definida pelo art. 61 do CTB, sem necessidade, neste IX - borrachas;
último caso, de placas de sinalização, e desde que a X - plataformas elevatórias, rampas de acesso e
velocidade mínima seja de 60 ou 80km/h, conforme outros equipamentos semelhantes, em ordem de
o tipo da via (como vimos acima!): marcha, desde que não constituam saliência supe-
rior a 200 mm (duzentos milímetros); e
XI - dispositivos de engate do veículo a motor.
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a
via será indicada por meio de sinalização, obede-
cidas suas características técnicas e as condições Os instrumentos utilizados para medição do veícu-
de trânsito. lo devem ter seu modelo aprovado pelo INMETRO.
§ 1º Onde não existir sinalização regulamenta-
dora, a velocidade máxima será de: FISCALIZAÇÃO
I - nas vias urbanas:
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de A fiscalização de peso dos veículos deve ser feita
trânsito rápido: por:
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias
arteriais;
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias
z Equipamento de pesagem (balança rodoviária): os
coletoras; instrumentos devem estar de acordo com a regula-
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais; mentação do INMETRO.
II - nas vias rurais: z Na impossibilidade, pela verificação de documen-
a) nas rodovias de pista dupla: to fiscal.
1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora)
para automóveis, camionetas e motocicletas; FISCALIZAÇÃO POR BALANÇA
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora)
para os demais veículos; Tolerância
b) nas rodovias de pista simples:
1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para auto-
Admitem-se os seguintes percentuais de tolerância
móveis, camionetas e motocicletas;
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os na fiscalização com balança, os quais não podem ser
demais veículos; incorporadas aos limites de peso previstos em regula-
c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por mentação específica:
hora).
z 5% (cinco por cento) sobre os limites de pesos
regulamentares para o peso bruto total (PBT) e
peso bruto total combinado (PBTC);
RESOLUÇÃO Nº 803/2020 DO z 10% (dez por cento) sobre os limites de peso regu-
lamentares por eixo de veículos transmitidos à
CONTRAN superfície das vias públicas.

A Resolução nº 803/20 do CONTRAN dispõe sobre Para fins de fiscalização de peso de veículos que
infrações de trânsito previstas nos incisos V e X do art. transportem produtos classificados como Biodie-
231 do Código Trânsito Brasileiro (CTB), relativas ao
sel (B-100) e Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP),
trânsito de veículos com excesso de peso ou exceden-
por meio de balança rodoviária ou de Nota Fiscal,
do a capacidade máxima de tração.
fica permitida a tolerância de 7,5% (sete e meio por
cento) no PBT ou PBTC até 30 de novembro de 2021.
DESCOBRINDO O PBT, PBTC E CMT
FISCALIZAÇÃO POR NOTA FISCAL
Para descobrir o PBT/PBTC/CMT de um veículo,
é necessário enquadrá-lo em alguma das categorias
A fiscalização dos limites de peso dos veículos por
dispostas na Resolução nº 210/2006. Para fazer isso, é
necessário medir o comprimento do veículo. meio do peso declarado na Nota Fiscal, Conhecimento
Comprimento total é aquele medido do ponto mais ou Manifesto de carga poderá ser feita em qualquer
avançado de sua extremidade dianteira ao ponto tempo ou local.
mais avançado de sua extremidade traseira, incluídos Não há qualquer tolerância sobre o peso decla-
todos os acessórios para os quais não esteja previsto rado, exceto a disposta abaixo:
exceção (art. 2º). Para fins de fiscalização de peso de veículos que
Na medição do comprimento dos veículos não serão transportem produtos classificados como Biodiesel
tomados em consideração os seguintes dispositivos: (B-100) e Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP), por
meio de balança rodoviária ou de Nota Fiscal, fica per-
I - limpador de pára-brisa e dispositivos de lavagem mitida a tolerância de 7,5% (sete e meio por cento) no
188 do para-brisa; PBT ou PBTC até 30 de novembro de 2021.
INFRAÇÃO POR EXCESSO DE PESO INFRAÇÃO POR EXCESSO NA CMT

Constatado o excesso de peso, será lavrado o AIT Constatado o excesso de capacidade máxima de
com base nos arts. 231, V, do CTB. tração, será lavrado o AIT com base nos arts. 231, X,
Para fins de autuação, o embarcador é o remetente do CTB.
ou expedidor da carga, mesmo se o frete for a pagar.
Art. 231. Transitar com o veículo:
Cálculo da multa
X - excedendo a capacidade máxima de tração:
Infração - de média a gravíssima, a depender da
O cálculo do valor da multa de excesso de peso se
dará nos termos do inciso V do art. 231 do CTB: relação entre o excesso de peso apurado e a capaci-
dade máxima de tração, a ser regulamentada pelo
Art. 231. Transitar com o veículo: CONTRAN;
V - com excesso de peso, admitido percentual de Penalidade - multa;
tolerância quando aferido por equipamento, na for- Medida Administrativa - retenção do veículo e
ma a ser estabelecida pelo CONTRAN: transbordo de carga excedente.
Infração - média;
Penalidade - multa acrescida a cada duzentos qui-
As infrações por excesso da CMT serão aplicadas, a
logramas ou fração de excesso de peso apurado,
constante na seguinte tabela: depender da relação entre o excesso de peso apurado
a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 e a CMT, da seguinte forma:
(cinco reais e trinta e dois centavos);
b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos qui- I – até 600 kg (seiscentos quilogramas): infração
logramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro média, com valor conforme definido no CTB;
centavos); II – entre 601 kg (seiscentos e um quilogramas) e
c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilo-
1.000 kg (um mil quilogramas): infração grave, com
gramas) - R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito
centavos); valor conforme definido no CTB; e
d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogra- III – acima de 1.000 kg (um mil quilogramas): infra-
mas) - R$ 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois ção gravíssima, com valor conforme definido no
centavos); CTB, aplicado a cada 500 kg (quinhentos quilogra-
e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil qui- mas) ou fração de excesso de peso apurado.
logramas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cin-
quenta e seis centavos);
APLICAÇÃO DA MEDIDA ADMINISTRATIVA
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas)
- R$ 53,20 (cinquenta e três reais e vinte centavos);
Excesso de peso por eixo
Excessos simultâneos
Constatada a infração, deverá ocorrer remaneja-
Mesmo que haja excessos simultâneos nos pesos mento da carga dentro do veículo ou deverá ser efe-
por eixo ou conjunto de eixos e no PBT ou PBTC, a mul- tuado transbordo, para eliminar os excessos por eixo.
ta para infração será aplicada uma única vez. O veículo somente poderá prosseguir viagem
Quando houver excessos tanto no peso por eixo depois de sanar a irregularidade, respeitada a possi-
quanto no PBT ou PBTC, os valores dos acréscimos à bilidade de tolerância para fins de remanejamento
multa serão calculados isoladamente e somados entre
ou transbordo, sem prejuízo da multa aplicada.
si, sendo adicionado ao resultado o valor inicial refe-
rente à infração de natureza média.
O valor do acréscimo à multa será calculado nos Excesso de PBT ou PBTC
seguintes termos:
Quando o peso verificado estiver acima do PBT ou
I – enquadrar o excesso total de acordo com o dis- PBTC estabelecido para o veículo, acrescido da tole-
posto nas alíneas do inciso V do art. 231 do CTB; rância de 5% (cinco por cento), a multa será apli-
II – dividir o excesso total por 200 kg (duzentos qui- cada somente sobre a parcela que exceder essa
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

logramas), arredondando-se o valor para o inteiro


tolerância.
superior, resultando na quantidade de frações; e
III – multiplicar o resultado da quantidade de fra- O veículo somente poderá prosseguir viagem
ções pelo valor previsto para a faixa do excesso depois de sanar a irregularidade, respeitada a tolerân-
indicada no inciso I. cia para fins de remanejamento ou transbordo, sem
prejuízo da multa aplicada.
Multa no excesso de peso por eixo ou conjunto de
eixos Carga sem remanejamento ou transbordo

Quando o peso verificado for igual ou inferior ao


Nos casos em que não for dispensado o remaneja-
PBT ou PBTC estabelecido para o veículo, acrescido
da tolerância de 5% (cinco por cento), mas ocorrer mento ou transbordo da carga, o veículo deverá ser
excesso de peso em algum dos eixos ou conjunto de recolhido ao depósito, sendo liberado somente após
eixos, será aplicada multa somente sobre a parcela sanada a irregularidade e pagas todas as despesas de
que exceder essa tolerância. remoção e estada. 189
Importante!
O CTB normalmente autoriza que o veículo retido
seja liberado provisoriamente mediante o recolhi-
mento do CRLV, mas isso só pode ser feito se houver
condições de segurança adequadas (art. 270, §2º).
No caso do excesso de peso, a própria resolução
já dispõe que a medida administrativa aplicável,
caso a falha não seja sanada no local, será a
remoção (art. 271).
De toda forma, remanesce a possibilidade de o
agente dispensado o remanejamento ou trans-
bordo de produtos perigosos, produtos perecí-
veis, cargas vivas e passageiros.

Tolerância para fins de remanejamento ou transbor-


do na fiscalização de peso por eixo ou conjunto de eixos
O veículo poderá prosseguir viagem sem rema- PRF
nejamento ou transbordo, independentemente da
natureza da carga, se os excessos aferidos em cada A Resolução definiu um calendário a ser segui-
eixo ou conjunto de eixos forem, simultaneamente, do pelos órgãos de trânsito, contendo os temas que
inferiores a 12,5% (doze e meio por cento) do menor devem ser explorados em cada um dos meses:
valor entre os pesos e capacidades máximos estabele-
cidos pelo CONTRAN e os pesos e capacidades indica- Janeiro
dos pelo fabricante ou importador (art. 10).
Esta tolerância não será cumulativa aos limites z Tema:
de peso admitidos na fiscalização com balança.
Ações de prevenção voltadas para o período das
férias escolares, em especial o uso de cinto de segu-
rança, dispositivo de retenção, uso luz de rodagem
RESOLUÇÃO Nº 806/2020 DO diurna.
CONTRAN 24 anos de CTB.

A Resolução nº 806/2020 do CONTRAN estabelece z Orientações:


a mensagem, os temas e o cronograma da Campanha
Educativa de Trânsito de 2021 a ser realizada nacio- O uso de cinto de segurança e dispositivos de
nalmente de janeiro a dezembro de 2021. retenção são fatores importantes de prevenção de
A Campanha Educativa de Trânsito de 2021 tem lesões e mortes no trânsito. Neste mês, caracterizado
como mensagem “No trânsito, sua responsabilida- por ser um período de férias escolares, com aumen-
de salva vidas”, que deve ser divulgada pelos órgãos to de fluxo de veículos nas vias, as campanhas edu-
e entidades do Sistema Nacional de Trânsito. cativas devem focar nos cuidados às crianças em
Esta mensagem deverá ser veiculada obrigatoria- deslocamentos nos carros e motos, lembrando a alte-
mente nos meios de comunicação social em toda peça ração no CTB quanto à idade e altura.
publicitária destinada à divulgação ou promoção de Dar enfoque à importância de trafegar com o farol
produtos oriundos da indústria automobilística ou baixo aceso nas rodovias.
afim, nos termos do art. 77-B do CTB: Responsabilidades na mobilidade urbana em
todos os papéis: Pedestre, Passageiro, Condutor.
Art. 77-B. Toda peça publicitária destinada à divul- Citar o aniversário de 24 anos do CTB.
gação ou promoção, nos meios de comunicação
social, de produto oriundo da indústria automobilís-
Fevereiro
tica ou afim, incluirá, obrigatoriamente, mensagem
educativa de trânsito a ser conjuntamente veiculada.
z Tema:
Veja as imagens que estão sendo divulgadas no mês
de janeiro de 2021 relativamente a esta campanha: Álcool e condução (substâncias psicoativas lícitas
e ilícitas).
Suspensão do Direito de Dirigir a partir do novo
CTB.
Luz de rodagem diurna.

z Orientações:

Em decorrência dos festejos de carnaval, onde o


consumo de álcool e outras substâncias psicoativas
é elevado, deve-se alertar motociclistas e condutores
sobre os riscos de pilotar ou dirigir após consumo de
190 CONTRAN substâncias psicoativas lícitas e ilícitas.
Promoção de ações integradas com a fiscalização Tratar da humanização das estatísticas de aci-
são importantes, estimulando o folião a utilizar os dentes de trânsito para a segurança no trânsito por
transportes alternativos. se tratar da história de pessoas e não apenas números
Com as novas regras para a suspensão da CNH, (empatia).
há uma escala de três limites de pontuação, deven-
do ser melhor explicado como fica a suspensão e a Junho
importância de conhecer bem as regras.
Importância de trafegar com o farol baixo aceso
z Tema:
nas rodovias.

Março Respeito no trânsito.


Ser parte da solução e não do problema.
z Tema: Nova pontuação na CNH.

Volta às aulas. z Orientações:


A punição para quem comete crimes de trânsito.
Gestantes no trânsito. Neste mês, as campanhas educativas devem abor-
dar a relação de violência e conflitos entre os usuá-
z Orientações: rios do trânsito, reforçando seu caráter coletivo e
abordando a importância de cuidar de si, do outro e
Campanha de cuidado com volta às aulas, pós-pan- do meio ambiente.
demia, intensificando fiscalização dos meios de trans- Destacar a necessidade de responsabilidade com-
porte dos alunos, os cuidados no entorno das escolas, partilhada entre pedestres, ciclistas e demais condu-
em especial o respeito às faixas de pedestres. tores para que todos possam conviver pacificamente
Entrará em vigor no mês de abril algumas alte-
nas vias.
rações no CTB. Dentre elas está uma fundamen-
tal mudança para quem acha que, infringir a lei de Um bom condutor, respeitoso e responsável,
trânsito, não tem punição. A partir de 12 de abril, os não precisa se preocupar com a pontuação como
crimes de trânsito que sofrerem condenação, não penalidade na CNH, mas, se por algum motivo vier a
poderão mais ser convertidos em cestas básicas. A infringir a legislação deve saber que, desde abril, con-
campanha deverá mostrar o que é considerado crime dutores prudentes serão beneficiados com uma nova
no CTB. regra da pontuação.
Por ser comemorado o Dia Internacional da
Mulher, reforçar os cuidados com as gestantes no Julho
trânsito, envolvidas por um trânsito seguro, sendo
elas pedestres, passageiras, condutoras, instrutoras, z Tema:
agentes, policiais ou demais profissionais.
Motociclista consciente evita acidentes
Abril
z Orientações:
z Tema:
Reforçar a adoção de condutas mais seguras no
Motocicleta - Não assuma o risco.
trânsito e a importância de respeitar as regras para
z Orientações: condução de motocicletas.
Aos motociclistas entregadores (motofretistas),
Realizar campanhas para conscientizar esse públi- enfatizar os cuidados básicos com a velocidade
co sobre atitudes saudáveis no trânsito, tais como cui- incompatível, utilização de celular ao pilotar, den-
dar de si e do outro, ver e ser visto, cuidados com tre outras condutas.
a motocicleta (manutenção, importância do uso do Dar enfoque especial aos motociclistas profissio-
capacete e dos equipamentos de segurança). nais (mototaxistas e motofretistas).

Maio Agosto
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

z Tema: z Tema:

Maio Amarelo: a responsabilidade e o papel de Pedestres e ciclistas: Campanha de valorização


cada um no trânsito. das Faixas para Pedestres.
z Orientações:
z Orientações:
Campanha voltada à utilização das passarelas,
faixas elevadas e faixas de pedestres, alertando os Reforçar os cuidados que pedestres e ciclistas pre-
condutores para o respeito as sinalizações e cuidados cisam ter para evitar acidentes.
com os vulneráveis no trânsito (em algum momento Fazer campanhas para incentivar todos os con-
todos nós o somos), colocando a palavra responsa- dutores a respeitarem o pedestre e do mesmo modo,
bilidade com destaque para todos os atores sociais fazer com que todos os pedestres procurem sempre a
envolvidos. faixa para atravessá-la. 191
Setembro z Orientações:

z Tema: Em decorrência das festas de final de ano, deve-


-se alertar motociclistas e demais condutores sobre os
Pedestres e ciclistas: ver e ser visto riscos de pilotar ou dirigir após consumo de subs-
tâncias psicoativas lícitas e ilícitas. Promoção de
z Orientações: ações integradas com a fiscalização.
Dicas e orientações de manutenção preventi-
No período noturno há maior risco de acidentes va dos veículos nos meses de novembro, dezembro
envolvendo os usuários vulneráveis pela dificuldade e janeiro, tendo em vista que são meses com maior
de visibilidade. Assim, as campanhas educativas deste movimentos nas rodovias, por conta dos feriados de
mês devem apontar para a importância de ver e ser fim de ano e das férias escolares.
visto no trânsito, com enfoque especial nos motoci- Campanha de educação sobre a utilização do celu-
clistas, ciclistas e pedestres reforçando a necessi- lar quando estamos em movimento, nos papéis de
dade do uso de equipamentos e vestimentas que os pedestre/ciclista/condutor
tornem mais visíveis.
Trabalhar a empatia, reforçando o papel dos mais
fortes protegerem os mais vulneráveis.
RESOLUÇÃO Nº 809/2020 DO
Outubro CONTRAN
z Tema: A Resolução nº 809/2020 do CONTRAN dispõe sobre
os requisitos para emissão do Certificado de Registro de
Pedestres e ciclistas: o que pode e o que não pode! Veículo (CRV), do Certificado de Licenciamento Anual
Uso da Cadeirinha. (CLA) e do comprovante de transferência de proprieda-
de em meio digital.
z Orientações: Observação: a transferência de propriedade de veí-
culos inscritos no Registro Nacional de Veículos em
Abordar a vulnerabilidade dos pedestres, ciclis- Estoque (RENAVE) seguirão os procedimentos estabe-
tas, crianças, bem como pessoas com deficiência e lecidos em Resolução específica, não lhes aplicando os
idosos, os quais estão mais expostos ao risco de lesões termos da presente regulamentação.
caso sofram um acidente, ressaltando a fragilidade
inerente a esses usuários. CERTIFICADO DE REGISTRO E LICENCIAMENTO DE
Em relação aos ciclistas, incentivá-los a escolher VEÍCULO EM MEIO DIGITAL (CRLV-E)
rotas mais seguras para prática do esporte.
Realizar campanha de educação sobre a utilização O DENATRAN estabelecerá a forma de expedição
do celular quando estamos em movimento, quando do novo CRLVe, que conterá, vinculados em um único
nos papéis de pedestre e ciclista. documento, o Certificado de Registro de Veículo (CRV)
e o Certificado de Licenciamento Anual (CLA), referi-
Novembro dos nos arts. 121 e 133 do CTB:

z Tema: Art. 121. Registrado o veículo, expedir-se-á o Cer-


tificado de Registro de Veículo - CRV de acordo
Não deixe marcas que desculpas não apaguem. com os modelos e especificações estabelecidos pelo
CONTRAN, contendo as características e condições
Manutenção preventiva dos veículos.
de invulnerabilidade à falsificação e à adulteração.
Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de
z Orientações: Licenciamento Anual.

Trazendo o tema do Dia Mundial em Memória Obrigatoriedade de Expedição


das Vítimas do Trânsito, as campanhas devem levar
a uma reflexão sobre como as lesões e sequelas psico- A transição dos antigos documentos ao atual CRL-
lógicas e sociais impactam a vida das vítimas e de seus Ve será gradual, conforme as situações abaixo lista-
familiares depois do acidente. das, ensejadoras da obrigatoriedade de expedição do
Dicas e orientações de manutenção preventi- CRLVe, forem ocorrendo:
va dos veículos nos meses de novembro, dezembro
e janeiro, tendo em vista que são meses com maior z No registro do veículo;
movimentos nas rodovias, por conta dos feriados de z No licenciamento anual do veículo;
fim de ano e das férias escolares. z Na transferência de propriedade;
z Na mudança de Município de domicílio ou de
Dezembro Município de residência do proprietário;
z Na alteração de qualquer característica do veículo;
z Tema: z Na mudança de categoria;
z No caso de segunda via dos documentos emitidos
Festejos em segurança: os perigos do uso de subs- com base nas antigas resoluções que regulamenta-
tâncias psicoativas por condutores. vam o CRV e o CLA;
192 Manutenção preventiva dos veículos. z No caso de remarcação de chassi;
z Nos casos previstos em regulamentos complemen- Repare que não é obrigatório que o cidadão faça a
tares onde seja necessária a emissão de um CRV; impressão do documento, bastando que o apresente
z Um exemplo deste caso é o previsto pela Resolu- diretamente na tela do celular.
ção nº 810/2020, após o veículo sofrer um dano de
média monta e ser regularizado perante o órgão CRV Físico
de trânsito.
O DETRAN não poderá mais expedir o CRV em
Assim como ocorre com o atual CRLV, o CRLV-e meio físico (modelo verde) com o modelo das resolu-
somente será expedido após a quitação dos débi- ções que anteriormente regulavam a matéria.
tos relativos a tributos, encargos e multas de trân-
sito e ambientais, vinculados ao veículo, bem como Modelo físico do CLA/CRLV
o pagamento do Seguro Obrigatório de Danos Pes-
soais causados por Veículos Automotores de Via Ter- O CRLV físico (modelo verde), chamado pela R809
restres (Seguro DPVAT). de CLA, poderá ser utilizado para comprovar o licen-
A existência de restrições administrativas ou judi- ciamento do veículo para o exercício 2020.
ciais que restrinjam a circulação do veículo também
serão causa de impedimento da expedição do CRLV-e. AUTORIZAÇÃO PARA TRANSFERÊNCIA DE
PROPRIEDADE DO VEÍCULO EM MEIO DIGITAL
Campos e Leiaute (ATPV-E)

Os campos do CRLV-e permanecem praticamente No modelo de documentos anteriormente adota-


os mesmos da versão anterior, contendo as princi- do, a transferência do veículo ocorria através do docu-
pais informações sobre o veículo e sua propriedade, mento conhecido como DUT (Documento Único de
podendo o DENATRAN estabelecer outras informa-
Transferência, que também é uma Autorização para
ções que deverão constar no documento.
Transferência de Propriedade de Veículo no modelo
Veja parte do modelo do CRLVe:
antigo), localizado fisicamente no verso do CRV, o qual
deveria ser preenchido pelo proprietário do veículo e
adquirente quando houvesse a transferência da pro-
priedade do veículo.
No novo modelo, instituído pela R809, o DUT é
substituído por um documento chamado Autoriza-
ção para Transferência de Propriedade do Veículo
em meio digital (ATPV-e), expedida na forma esta-
belecida pelo DENATRAN, e será o documento hábil
para comprovar a transferência de propriedade,
nos termos do CTB:

Art. 124. Para a expedição do novo Certificado


de Registro de Veículo serão exigidos os seguintes
documentos:
III - comprovante de transferência de propriedade,
quando for o caso, conforme modelo e normas esta-
belecidas pelo CONTRAN;

A ATPV-e possui a mesma finalidade que era cum-


prida pelo DUT: gerada pelo DENATRAN. Nela, o anti-
go e o novo proprietário, respectivamente, vendedor
e comprador, declaram estar de acordo com a trans-
ferência da propriedade do veículo, responsabilizan-
do-se pela veracidade das informações ali declaradas.

Campos
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

A ATPV-e conterá:

A inclusão do Qr Code ao documento representa, sem z Os dados identificadores


dúvida, uma das maiores novidades da Resolução, que é z Do proprietário do veículo;
requisito de segurança e de validação do documento. z Do veículo; e
z Do comprador.
Porte do Documento z Código de barras bidimensionais dinâmico (QRCo-
de) gerado pelos sistemas do DENATRAN;
A apresentação do CRLVe, seja na versão digital z Assinaturas autenticadas das partes envolvidas.
por meio dos aplicativos oficiais do Governo Federal,
seja na versão impressa em papel A4 branco comum, A ATPV-e somente será disponibilizada aos veí-
é suficiente para cumprir a exigência de porte obri- culos que forem registrados após a sua vigência
gatório do documento de licenciamento do veículo. (04/01/2021), salvo: 193
z Quando houver expedição de segunda via dos Art. 134. No caso de transferência de propriedade,
documentos de licenciamento; ou expirado o prazo previsto no § 1º do art. 123 deste
z Mediante requerimento do proprietário do veí- Código sem que o novo proprietário tenha tomado
culo, observados os requisitos estabelecidos pelo as providências necessárias à efetivação da expe-
DETRAN responsável pelo registro do veículo. dição do novo Certificado de Registro de Veículo,
o antigo proprietário deverá encaminhar ao
Cancelamento órgão executivo de trânsito do Estado ou do
Distrito Federal, no prazo de 60 (sessenta) dias,
Quando houver a necessidade de cancelamento cópia autenticada do comprovante de trans-
da ATPV-e que tenha sido expedida, o DETRAN res- ferência de propriedade, devidamente assinado
e datado, sob pena de ter que se responsabilizar
ponsável pelo registro do veículo poderá estabelecer
solidariamente pelas penalidades impostas e suas
os requisitos necessários para emissão de uma nova
reincidências até a data da comunicação. (redação
ATPV-e.
conforme a Lei nº 14.071/2020)
Parágrafo único. O comprovante de transferência
Disponibilização de propriedade de que trata o caput deste artigo
poderá ser substituído por documento ele-
A ATPV-e deverá ser disponibilizada por meio trônico com assinatura eletrônica válida, na
dos canais de atendimento dos DETRANs, podendo forma regulamentada pelo Contran (redação
o DENATRAN instituir outros canais de atendimento conforme a Lei nº 14.071/2020).
para disponibilização da ATPV-e.
Comunicação de venda por meio eletrônico
Assinatura Eletrônica
No caso da ATPV-e, a comunicação de venda será
Quando ambos, proprietário vendedor e compra- realizada por algum dos seguintes meios:
dor, possuírem os requisitos necessários para assi-
natura eletrônica da ATPV-e, o preenchimento e a
z Pela própria assinatura eletrônica da ATPV-e pelo
assinatura poderão ocorrer nos sistemas do DENA-
antigo proprietário;
TRAN ou DETRANs que disponibilizarem essa fun-
z Por meio de sistema eletrônico implantado pelo
cionalidade, de acordo com a Lei nº 14.063/2020 e
DENATRAN, com a utilização de:
regulamentação vigente (art. 16).
„ Assinatura digital avançada, nos termos da
Lei nº 14.063/2020 e de regulamentação vigen-
Importante! te; ou
„ Certificado digital, de propriedade do vendedor
Neste caso, a assinatura eletrônica da ATPV-e e do comprador, emitido por autoridade certifi-
pelo antigo proprietário já caracteriza a comuni- cadora, conforme padrão de Infraestrutura de
cação de venda eletrônica do veículo para efei- Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil);
tos do art. 134 do CTB.
z Por entidade pública ou privada com atribuição
Art. 134 Os órgãos ou entidades executivos de
legal, em conformidade com a Lei nº 8.935/1994
trânsito dos Estados ou do Distrito Federal pode- (lei de serviços notariais), expressamente autori-
rão estabelecer outros meios para autenticar a zada pelo DENATRAN para tal finalidade;
identificação do vendedor e do comprador em „ Neste caso, estas entidades públicas ou priva-
conformidade com a legislação em vigor para vali- das poderão contratar entidades privadas que
dação jurídica. tenham como atividade principal ou acessória,
prevista em lei ou em seu estatuto constitutivo
Impressão ou contrato social, a prestação de serviços ine-
rentes à comunicação de venda de veículos
Na versão impressa, assim como ocorre com o
DUT, a ATPV-e deverá ser assinada e conter o reco- z Pelo DETRAN, conforme procedimentos definidos
nhecimento de firma do vendedor e do comprador por cada órgão ou entidade.
por autenticidade.
No caso da ATPV-e na versão impressa ou da ATPV
COMUNICAÇÃO DE VENDA DE VEÍCULO
(DUT) constante no verso de CRV válido, o antigo pro-
prietário deverá encaminhar ao DETRAN onde o veí-
O encaminhamento do comprovante de transfe-
culo foi registrado a cópia autenticada da ATPV-e ou
rência de propriedade aos órgãos ou entidades exe-
da ATPV, respectivamente, devidamente preenchida.
cutivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal
corresponde à comunicação de venda de veículo, con-
forme o CTB:

Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Cer- RESOLUÇÃO Nº 810/2020 DO


tificado de Registro de Veículo quando:
§ 1º No caso de transferência de propriedade, o
CONTRAN
prazo para o proprietário adotar as providências
necessárias à efetivação da expedição do novo A Resolução nº 810/2020 do CONTRAN dispõe
Certificado de Registro de Veículo é de trinta sobre a classificação de danos e os procedimentos para
dias, sendo que nos demais casos as providências a regularização, a transferência e a baixa dos veículos
194 deverão ser imediatas. envolvidos em acidentes.
CONCEITO REGISTRO DOS DANOS

Veículo sinistrado é aquele envolvido em ocor- Concomitantemente à lavratura do BAT, a autori-


rência de acidente de trânsito, dano ou qualquer dade de trânsito ou seu agente deve avaliar o dano
outro evento que ocasione avaria em uma ou mais sofrido pelo veículo no acidente, enquadrando-o em
partes do veículo. uma das categorias a seguir e preenchendo o relatório
de avarias:
ABRANGÊNCIA
z Dano de pequena monta (DPM) ou sem dano;
A Resolução se aplica a todos os veículos sinistra- z Dano de média monta (DMM); e
dos, definidos nos termos acima. z Dano de grande monta (DGM).
Os termos da Resolução também se aplicam a:
A categoria em que o veículo será enquadrado
z Veículos que sofreram acidentes antes de serem depende do tipo de veículo que estará sendo avaliado
cadastrados e, claro, dos danos que existirem no veículo.
„ Neste caso, deve ser enviada a documentação
Imagens
com a classificação de danos ao DENATRAN,
para bloqueio administrativo no pré-cadastro
Devem ser anexadas ao BAT imagens das laterais
da Base Índice Nacional e demais procedimen-
direita e esquerda, da frente e da traseira do veícu-
tos daí decorrentes.
lo acidentado, salvo se for devidamente justificada a
impossibilidade de juntada de imagens
z Veículos objetos de roubo ou furto que tenham
sido sinistrados
Item não avaliado
„ Neste caso, devem ser feitos o boletim de ocor-
rência policial e o BAT, encaminhando-os ao Quando, em virtude de circunstâncias excepcio-
DETRAN que detiver o registro do veículo. nais, não for possível verificar se um componente do
veículo foi danificado no acidente, esse componente
z Veículos transportados, envolvidos em acidentes deve ser assinalado como “não avaliado” no Relatório
de trânsito durante o transporte de Avarias e será considerado como item danificado
„ Neste caso, deve ser realizado relatório de ava- até que se prove o contrário, sendo computado na
rias individualmente e independente do rela- avaliação geral do veículo
tório de avarias do veículo transportador. A impossibilidade de avaliação de algum item deve
ser devidamente justificada no Relatório.
COMPETÊNCIA
COMUNICAÇÃO AO DETRAN
Compete à autoridade de trânsito ou seu agente a
avaliação dos danos sofridos pelo veículo. Em caso de danos de média monta ou grande
Este procedimento será feito, preferencialmente, monta, o órgão ou entidade fiscalizadora de trânsito
quando os veículos estiverem em condições adequa- responsável pelo BAT deve, em até 60 (sessenta) dias
das de análise, especialmente, após o destombamento, contados da data do acidente, expedir ofício acom-
socorro e desencarceramento de vítimas, entre outros. panhado dos registros que possibilitaram a classifica-
Os danos de veículos indenizados integralmente ção do dano ao DETRAN responsável pelo registro do
que não tenham sido objeto do relatório de avarias veículo, comunicando a restrição.
pela autoridade competente devem receber a sua Este envio da documentação deve ser por meio
classificação no momento da transferência para o eletrônico previamente definido entre os órgãos,
nome da companhia seguradora, mediante regula- excepcionalmente admitido o meio postal.
mentação do DETRAN responsável pela transferência.
RESTRIÇÃO ADMINISTRATIVA

Importante! O DETRAN em que o veículo estiver registrado


deve incluir a restrição administrativa no cadas-
A realização da avaliação de danos aos veículos tro em até 10 (dez) dias úteis após o recebimento
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

não dispensa o registro completo do acidente no da documentação mencionada acima, remetida pelo
BAT. órgão responsável pelo BAT.
A restrição administrativa será registrada na Base
de Índice Nacional (BIN) pertencente ao sistema de
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE Registro Nacional de Veículos Automotores (RENA-
VAM), contendo a data do sinistro, o tipo de dano clas-
Os órgãos ou entidades com circunscrição sobre a sificado, o órgão executivo de trânsito do Estado ou do
via poderão disponibilizar em seu sítio eletrônico na Distrito Federal responsável pela inclusão e, se for o
rede mundial de computadores o acesso a formulário caso, número do BAT e o órgão fiscalizador responsá-
ou outro meio eletrônico que possibilite o registro vel pela ocorrência.
de acidentes de trânsito sem vítimas por meio de Os órgãos e entidades pertencentes ao Sistema
declaração do próprio cidadão. Nacional de Trânsito (SNT) poderão celebrar acordo
Este documento poderá substituir a lavratura do de cooperação, ou outros tipos de ajustes, que possibi-
Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito (BAT) lite o registro da monta diretamente pelo responsável
após ser validado pela autoridade ou seu agente. pelo atendimento do acidente. 195
Efeitos Efeitos do Desbloqueio

O veículo fica proibido de circular em vias públi- O desbloqueio implica a retirada da restrição sobre
cas enquanto estiver com a restrição administrativa, o veículo, para que possa voltar a circular.
sob pena de cometer a infração prevista no VIII do art. Entretanto, até a baixa definitiva do veículo,
230 do CTB. deverá constar no campo “observações” do CRV/CLA
o número do CSV e a palavra “Sinistrado” ou a sigla
Art. 230. Conduzir o veículo: “DMM”, que deverá permanecer no documento e no
VIII - sem ter sido submetido à inspeção de seguran-
cadastro do veículo na BIN mesmo após eventuais
transferências de propriedade, município ou Unidade
ça veicular, quando obrigatória;
da Federação (UF).
Infração - grave;
Esta observação será incluída pelo DETRAN res-
Penalidade - multa;
ponsável pela retirada da restrição do veículo no
Medida administrativa - retenção do veículo para
novo CRV que será obrigatoriamente expedido para
regularização;
o veículo.
Notificação
Veículo Não Recuperado

Imediatamente após o lançamento da restrição Caso não ocorra a recuperação do veículo, seu
administrativa, o DETRAN deve notificar o proprie- proprietário deve providenciar a baixa do registro
tário do veículo, informando-o sobre as providências do veículo junto ao órgão de trânsito de seu registro,
que devem ser adotadas para a regularização ou bai- de acordo com o art. 126 do CTB e regulamentação
xa do veículo. complementar:

Dano de Média Monta e Regularização Art. 126. O proprietário de veículo irrecuperável,


ou destinado à desmontagem, deverá requerer a
O veículo que tenha sofrido dano de MÉDIA mon- baixa do registro, no prazo e forma estabelecidos
pelo Contran, vedada a remontagem do veículo
ta pode ser recuperado e devidamente desbloqueado
sobre o mesmo chassi de forma a manter o registro
para circulação, desde que alguns requisitos sejam anterior.
cumpridos: Parágrafo único. A obrigação de que trata este arti-
go é da companhia seguradora ou do adquirente
z O responsável pelo veículo deve promover o seu do veículo destinado à desmontagem, quando estes
conserto; sucederem ao proprietário.
z O responsável deve apresentar os seguintes
documentos ao DETRAN onde o veículo estiver Dano de Grande Monta
registrado:
z I - CRV e CLA originais do veículo, RG, CPF ou CNPJ O veículo enquadrado na categoria “dano de gran-
de monta” deve ser classificado como “irrecuperá-
e comprovante de residência ou domicílio do pro-
vel” pelo DETRAN que detiver seu registro, devendo
prietário, sendo aceitos os documentos emitidos
ser executada a baixa do seu cadastro na forma esta-
em meio digital; belecida na Resolução CONTRAN nº 11/1998, bem
z II - comprovação do serviço executado e das como pelo CTB.
peças utilizadas, mediante apresentação da nota Caso o sinistro ocorra em UF distinta daquela na
fiscal de serviço da oficina reparadora ou declara- qual o veículo está registrado, o proprietário pode,
ção do proprietário, acompanhada da(s) nota(s) para efeito de baixa definitiva, entregar a compro-
fiscal(is) das peças utilizadas; vação de inutilização do chassi e placas no DETRAN
z III - Certificado de Segurança Veicular (CSV) expe- onde o veículo se encontra, que encaminhará a Cer-
dido por Instituição Técnica Licenciada (ITL), devi- tidão de Entrega da inutilização do chassi e das placas
damente licenciada pelo órgão máximo executivo para o DETRAN da UF onde o veículo estiver registra-
de trânsito da União e acreditada pelo INMETRO; e do, o qual, por sua vez, promoverá a baixa definitiva.
z IV- comprovação da autenticidade da identifica-
ção do veículo mediante VISTORIA do DETRAN ou
entidade por ele autorizada.
Importante!
z Caso o veículo sofra acidente em UF distinta A baixa definitiva é sempre realizada pelo
daquela na qual está registrado, o proprietário do DETRAN onde o veículo se encontra registrado.
veículo ou seu representante podem obter o CSV e
realizar a vistoria do veículo no próprio local onde
Reenquadramento do Dano
se encontra.
z Neste caso, o DETRAN que realizar vistoria em veí-
Vamos imaginar um veículo que tenha sido enqua-
culo registrado deve comunicar formalmente sua
drado como possuindo dano de média ou de grande
realização ao DETRAN da UF onde o veículo está monta, e seu proprietário foi notificado da restrição
registrado. administrativa incluída pelo DETRAN.
O proprietário do veículo, ou seu representante
O desbloqueio do veículo, que consiste na retirada legal poderá, nesta situação, apresentar recurso para
da restrição administrativa, só pode ser realizado pelo reenquadramento do dano na categoria imediata-
196 DETRAN no qual o veículo esteja registrado. mente inferior, desde que atenda ao seguinte:
z Realize nova avaliação técnica por profissional As seguradoras, por sua vez, e os proprietários
engenheiro legalmente habilitado e apresente o dos veículos não segurados poderão transferir a
respectivo laudo; propriedade do veículo classificado com danos de
z O veículo deve estar nas mesmas condições em média monta para empresas ou entidades priva-
que se encontrava após o acidente; das, cuja atividade principal seja a compra e ven-
z A avaliação deve ser feita conforme os critérios da de veículos sinistrados, exclusivamente mediante
de classificação de danos constantes da Resolução apresentação do CRV, com a Autorização para Transfe-
e seus anexos; rência de Propriedade de Veículo (ATPV) devidamente
z O laudo deve estar acompanhado de imagens ilus- preenchida,
trativas do veículo mostrando as partes danifica-
Em todo caso, a circulação do veículo em vias ter-
das e as vistas do veículo;
restres continua sendo proibida até que seja promo-
z O laudo deve estar acompanhado de Anotação
vida a sua regularização, nos termos que vimos acima.
de Responsabilidade Técnica (ART) devidamente
preenchida e assinada pelo engenheiro e pelo pro- Repare que, no caso de veículos classificados com
prietário do veículo ou seu representante legal; e dano de grande monta, não é possível a transferência
z O laudo e demais documentos devem ser apresen- para empresas que trabalhem com veículos sinistra-
tados ao DETRAN que detiver o registro do veículo dos. Esta operação apenas é possível quando o dano
no prazo máximo de 90 (noventa) dias, a contar for de média monta.
da data da lavratura do BAT, salvo caso fortuito Estas empresas, desta forma, passarão a ser res-
ou força maior devidamente comprovados. ponsáveis pela regularização do veículo. Antes de
promoverem esta regularização, não poderão comer-
Julgamento e Reavaliação cializar tais veículos e nem mesmo comunicar a sua
venda a terceiros.
O recurso deve ser apreciado no prazo de 15 (quin- Esquematizando:
ze) dias úteis, podendo o DETRAN requisitar a apre-
sentação do veículo para avaliação própria ou por Em caso de dano O veículo pode transferido
de média ou grande à seguradora a que for Pelo seu proprietário
entidade por ele reconhecida. Esta requisição inter- monta sub-rogado
romperá, por sua vez, o prazo para apreciação do
recurso, até que a nova avaliação seja realizada. Em caso de danos de
O veículo pode ser transfe- Pelo seu proprietário
rido à empresa que trabalhe ou pela seguradora
O proprietário deve atender esta requisição no média monta
com veículos sinistrados que já foi sub-rogada
prazo de 10 dias úteis, e, se deixar de fazê-lo, haverá o
pronto indeferimento do recurso.
Requisitos
Deferimento do Recurso
O veículo sinistrado somente será transferido à
Em caso de deferimento do recurso, com o reen- companhia seguradora ou às empresas e entidades de
quadramento do dano para média monta, o desblo- compra e venda de veículos sinistrados mediante apre-
queio do veículo fica sujeito ao cumprimento de todos sentação (§ 4º, do art 14):
os requisitos apresentados acima.
Nos casos de itens de peças e componentes assina- z Do relatório de avarias;
lados com a opção “NA”(Não Avaliado), é possível o z Das imagens do veículo acidentado;
reenquadramento do dano do item e posterior reava- z Do CRV;
liação do somatório para a classificação da categoria z Da documentação referente ao processo de indeni-
de monta do veículo, inclusive para reenquadramen- zação, em caso de veículo segurado; e
to para “dano de pequena monta”. z Do BAT, se houver.
z Realização de vistoria, que irá verificar somente
Prazo para julgamento os itens de identificação do veículo, dispensada
a verificação dos equipamentos e itens de segurança
Se transcorrer o prazo de 60 (sessenta) dias para
análise do recurso, sem que a autoridade do DETRAN Esta transferência de propriedade está sujeita
se manifeste, este silêncio importará aprovação tácita aos mesmos prazos para comunicação de venda e
para todos os efeitos do recurso. registro do veículo previstos para os demais tipos de
transferência.
TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

No ato da transferência de propriedade previs-


ta, será emitido o CRV com a informação de que o
Destinatário
veículo se encontra proibido de circular nas vias
públicas, até que seja promovida a sua regularização.
O veículo classificado com dano de média ou gran-
de monta somente poderá ter sua propriedade trans-
CÁLCULO DOS DANOS
ferida para as companhias seguradoras, nos casos de
acidentes em que, por força da indenização, se opere a
sub-rogação nos direitos de propriedade. O cálculo dos danos dos veículos é realizado con-
A sub-rogação é um instrumento jurídico comu- forme os parâmetros previstos no Anexo da Resolução.
mente previsto nos contratos de seguros de veículos, Este cálculo é realizado de forma diferente de
em que ocorre a substituição do sujeito da obrigação. acordo com cada grupo de veículos, que veremos a
Assim, nestes casos, a obrigação de realizar a regu- seguir, mas, para todos eles, envolve a avaliação de:
larização ou a baixa do veículo, que pertence origi-
nalmente ao seu proprietário, é transferida para a z Os danos provocados diretamente pela dinâmica
empresa seguradora. do acidente; 197
z Os danos advindos do atendimento ao acidente,
tais como resgate, remoção, desobstrução da via, SIM: item danificado no acidente;
entre outros; e NÃO: item não danificado ou não existente;
NA: item que não foi possível avaliar o dano (Não ava-
z Outros danos preexistentes, sem relação direta
liado), deve ser justificado.
com o acidente.
z Estes danos devem ser identificados adicionalmen-
te no campo observações do relatório de avarias. Veja trecho do Relatório de Avarias de uma motoci-
cleta para entender como ele funciona:

Importante! AVALIAÇÃO DANO


A avaliação de danos não engloba apenas os Descrição da peça
ITEM SIM NÃO NA
danos decorrentes diretamente do acidente, ou componente
mas abrange aqueles danos que já existiam no Mesa superior da
veículo. 1
suspensão dianteira
No caso de combinações de veículos, a análi-
Mesa inferior da
se de danos deve ser realizada individualmente 2
suspensão dianteira
para cada veículo registrado.
3 Coluna de direção
4 Chassi
Automóveis e para camionetas, caminhonetes
e utilitários com estrutura em monobloco; 5 Garfo traseiro
motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos e Eixo traseiro (trici-
6
quadriciclos clo e quadriciclo)
TOTAL GERAL
Para estes tipos de veículos, o agente deverá pro- (SIM+NA):
ceder a uma avaliação dos elementos estruturais do
veículo, marcando, no Relatório de Avarias, aqueles A classificação da monta do dano será obtida atra-
componentes que sofreram dano ou não. vés da contagem do número de itens danificados que
A cada peça danificada, o agente assinalará “SIM” forem assinalados, seguindo a seguinte regra:
na coluna de dano. Caso não haja dano ou a peça seja
inexistente, deverá assinalar “NÃO”. Caso não tenha z Automóveis e para camionetas, caminhonetes e
sido possível avaliar a peça, deverá marcar a coluna utilitários com estrutura em monobloco:
“NA” (Não Avaliado), e o item será computado como
danificado. „ Pequena monta ou sem dano: total de itens
Exemplo de componentes avaliados no automóvel: assinalados na coluna “SIM” somados aos da
coluna “NA” for no máximo 1 (um) item;
„ Média monta: total de itens assinalados na colu-
na “SIM” somados aos da coluna “NA” for supe-
rior a 1 (um) não superior a 6 (seis) itens;
„ Grande monta: total de itens assinalados na
coluna “SIM” somados aos da coluna “NA” for
superior a 6 (seis) itens, o que implica também
na classificação do veículo como irrecuperável.

z Motocicletas, motonetas, ciclomotores, trici-


clos e quadriciclos
„ Pequena monta ou sem dano: total de itens
assinalados na coluna “SIM” somados aos da
Exemplo de componentes avaliados na motocicleta: coluna “NA” for igual a zero;
„ Média monta: total de itens assinalados na colu-
na “SIM” somados aos da coluna “NA” for supe-
rior a 1 (um) não superior a 4 (quatro) itens;
„ Grande monta: total de itens assinalados na
coluna “SIM” somados aos da coluna “NA”
for superior a 4 (quatro) itens, o que impli-
ca também na classificação do veículo como
irrecuperável.

Reboques e semirreboques, para camionetas,


caminhonetes e utilitários com estrutura em chassis,
para caminhões e caminhões-trator e para ônibus e
microônibus
1 - Mesa superior da suspensão dianteira
2 - Mesa inferior da suspensão dianteira Para estes tipos de veículos, o agente também irá
3 – Coluna de Direção proceder a uma avaliação dos elementos estruturais
4 – Chassi do veículo, marcando, no Relatório de Avarias, aque-
198 5 – Garfo Traseiro les componentes que sofreram danos ou não.
A cada componente danificado, o agente assinala-
rá “SIM” na coluna de dano. Caso não haja dano ou
ANOTAÇÕES
a peça seja inexistente, deverá assinalar “NÃO”. Caso
não tenha sido possível avaliar a peça, deverá marcar
a coluna “NA” (Não Avaliado), e o item será computa-
do como danificado.
Neste caso, o cálculo para classificação do dano
ocorre de forma um pouco diferente da que vimos
acima.
É que para estes tipos de veículos, cada compo-
nente já vem, no Relatório de Avarias, assinalado com
uma determinada gravidade (M ou G).
Desta forma, a classificação do dano corresponde-
rá ao item de maior gravidade que for assinalado.
Para compreender melhor, veja dois trechos do
Relatório de Avarias do ônibus e microônibus:

AVALIAÇÃO – CABINE, CARROÇARIA,


EIXOS, SISTEMAS DE SUSPENSÃO E DANO
FREIOS
Descrição da Peça ou
ITEM Valor SIM NÃO NA
Componente
Avaria na estrutura
das laterais ou do
1 M
teto afetando o posto
condutor.
Avaria na estrutura
2 afetando a coluna “B” M
da carroçaria.
Avaria na estrutura
afetando qualquer
3 M
ponto de fixação das
poltronas/bancos.
Chassi com deforma-
11 ção torcional maior que G
a altura da longarina.
Chassi com deforma-
12 ção vertical maior que G
a altura da longarina.
Chassi com deforma-
ção lateral maior que
13 G
a distância interna en-
tre as longarinas.
Chassi afetado ter-
micamente na região
14 M
onde está ficada a
suspensão.

A classificação final do dano, desta forma, observa-


rá a seguinte regra:

z Pequena monta ou sem dano: quando não houver


nenhum item assinalado nas colunas “SIM” ou
“NA”;
z Média monta: quando o item de maior gravida-
de assinalado nas colunas “SIM” ou “NA” for de
RESOLUÇÕES DO CONTRAN

categoria M;
z Grande monta: quando o item de maior gravida-
de assinalado nas colunas “SIM” ou “NA” for de
categoria G.

199
200

Você também pode gostar