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LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
COMENTADA ATUALIZADO E
REVISADO
Diego Alves 2021
Morgana Diefenthaeler
INCLUI:
l CTB atualizado e comentado, de acordo com a
Lei 14.071/2020.
l Resoluções do CONTRAN analisadas para a PRF.
l Questões comentadas de provas anteriores.
Teoria e Questões
PRF
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
COMENTADA
Diego Alves
Morgana Diefenthaeler
Teoria e Questões
NV-LV003-21-LEGISLACAO-TRANSITO
Cód.: 7908428800147
Obra Produção Editorial
Carolina Gomes
PRF – Legislação de Trânsito Josiane Sarto
Comentada Karolaine Assis
Revisão de Conteúdo
Autores Ana Cláudia Prado de Deus
Arthur de Carvalho
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB (Atualizado de
Acordo com a Lei 14.071/2020) • Diego Alves Clarice Virgilio
Fernanda Silva
RESOLUÇÕES DO CONTRAN • Morgana Diefenthaeler Jaíne Martins
Maciel F. Rigoni
Análise de Conteúdo
Data da Publicação
Fevereiro/2021
Os editores.
SUMÁRIO
Art. 3°. As disposições deste Código são aplicáveis 4. (IDECAN - 2017) “Os órgãos e entidades de trânsito per-
a qualquer veículo, bem como aos proprietários, tencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão prio-
condutores dos veículos nacionais ou estrangeiros ridade em suas ações à defesa da vida, nela incluída a
e às pessoas nele expressamente mencionadas. preservação ________________ e ____________________.”
Art. 4°. Os conceitos e definições estabelecidos para Assinale a alternativa que completa correta e sequen-
os efeitos deste Código são os constantes do Anexo I. cialmente a afirmativa anterior.
Este inciso é muito comum em provas, então, Embora o veículo trafegue no limite máximo da
esteja muito atento. A regra é: o condutor obedece a velocidade regulamentada da via, deverá estar na
sinalização existente. No entanto, o que cai na prova faixa da direita, pois a da esquerda é destinada para
é quando não houver sinalização. E é justamente isso ultrapassagem. Esta ultrapassagem poderá ser reali-
de que trata o dispositivo: zada por uma viatura policial, uma ambulância ou
simplesmente alguém apressado, que não esteja se
z Na situação a seguir, não havendo sinalização a importando com o limite de velocidade.
preferência é de quem vem pela rodovia. É o que Geralmente, veículos maiores e mais lentos como
preconiza a alínea “a)” ônibus e caminhões trafegam na faixa da direita.
Infração relacionada ao dispositivo:
Com duplo sentido de direção e pista Art. 36. O condutor que for ingressar numa via,
REGRA 1
única procedente de um lote lindeiro a essa via, deverá
dar preferência aos veículos e pedestres que por ela
Nos trechos em curvas e em aclives sem
REGRA 2 estejam transitando.
visibilidade suficiente
Nas passagens de nível, nas pontes e Lote lindeiro é um quarteirão ou um terreno, deli-
REGRA 3
viadutos e nas travessias de pedestres mitado por via. É importante que se dê a preferência
aos veículos e pedestres que por elas estejam transi-
Nas interseções e suas proximidades.
REGRA 4 tando. Vejamos a infração:
Aqui o CTB não menciona exceção.
Quando a sinalização permitir para as Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar
EXCEÇÃO adequadamente posicionado para ingresso na via e
regras 1, 2 e 3.
sem as precauções com a segurança de pedestres e
de outros veículos:
Infrações relacionada ao dispositivo: Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 202. Ultrapassar outro veículo:
I - pelo acostamento;
Operações de retorno e conversão
II - em interseções e passagens de nível;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes). Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a con-
Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro versão à esquerda e a operação de retorno deverão
veículo: ser feitas nos locais apropriados e, onde estes não
I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade existirem, o condutor deverá aguardar no acosta-
suficiente; mento, à direita, para cruzar a pista com segurança.
II - nas faixas de pedestre;
III - nas pontes, viadutos ou túneis; Quando houver um local adequado e devidamen-
IV - parado em fila junto a sinais luminosos, por- te sinalizado, o condutor deverá usá-lo para fazer a
teiras, cancelas, cruzamentos ou qualquer outro manobra de conversão acima citada. Se não houver
impedimento à livre circulação;
local sinalizado, em se tratando de via provida de
V - onde houver marcação viária longitudinal de
divisão de fluxos opostos do tipo linha dupla contí- acostamento, condutor deverá aguardar no acosta-
nua ou simples contínua amarela: mento, à direita, onde deverá parar seu veículo, sina-
Infração - gravíssima lizar sua intenção e aguardar o momento oportuno
24 Penalidade - multa (cinco vezes). para cruzar a pista com segurança.
Entenda que a condição é: o retorno deve ser feito
apenas em locais determinados para este tipo de ope-
ração (quer por meio de sinalização, quer pela exis-
tência de locais apropriados).
Dica
Tome cuidado com as exceções: poderá ser rea-
lizado em outros locais que ofereçam condições
de segurança e fluidez.
II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se Art. 206. Executar operação de retorno:
o máximo possível de seu eixo ou da linha divisó- I - em locais proibidos pela sinalização;
ria da pista, quando houver, caso se trate de uma II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e
pista com circulação nos dois sentidos, ou do bor- túneis;
do esquerdo, tratando-se de uma pista de um só III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas,
sentido. ajardinamento ou canteiros de divisões de pista de
rolamento, refúgios e faixas de pedestres e nas de
O procedimento é parecido ao comentado no inci- veículos não motorizados;
so anterior, observando-se a situação de pista com IV - nas interseções, entrando na contramão de
circulação nos dois sentidos, quando o veículo será direção da via transversal;
posicionado mais próximo possível da linha divisória V - com prejuízo da livre circulação ou da seguran-
da pista ou do eixo da via, porém, no seu próprio sen- ça, ainda que em locais permitidos:
tido de circulação. Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Parágrafo único. Durante a manobra de mudança
de direção, o condutor deverá ceder passagem aos Uso de luzes
z Luz Alta: facho de luz do veículo destinado a ilu- A buzina se utiliza apenas em toque breve e para
minar a via até uma grande distância do veículo. evitar acidentes ou para advertir que pretende ultra-
z Luz Baixa: facho de luz do veículo destinada a passar em áreas rurais (rodovias e estradas). Dica
iluminar a via diante do veículo, sem ocasionar importante: entre 22h e 06 h é proibido buzinar em
ofuscamento ou incômodo injustificáveis aos con- qualquer hipótese. Lembrando que buzina é equipa-
dutores e outros usuários da via que venham em mento obrigatório.
sentido contrário. A Resolução CONTRAN 35/98 estabelece método de
z Luz de Freio: luz do veículo destinada a indicar ensaio para medição de pressão sonora por buzina ou
aos demais usuários da via, que se encontram equipamento similar à que se referem os arts. 103 e
atrás do veículo, que o condutor está aplicando o 227, V do Código de Trânsito Brasileiro e o art. 1° da
freio de serviço. Resolução 14/98 do CONTRAN.
z Luz Indicadora de Direção (pisca-pisca): luz do A referida Resolução deixa claro que todos os veí-
veículo destinada a indicar aos demais usuários da culos automotores, nacionais ou importados, produzi-
via que o condutor tem o propósito de mudar de dos a partir de 01/01/1999, deverão obedecer, nas vias
direção para a direita ou para a esquerda. urbanas, o nível máximo permissível de pressão sono-
z Luz de Marcha à ré: luz do veículo destinada a ilu- ra emitida por buzina, ou equipamento similar, de
minar atrás do veículo e advertir aos demais usuá- 104 decibéis - dB(A), conforme determinado no anexo
rios da via que o veículo está efetuando ou a ponto da resolução. Essa resolução tem validade até 2021,
de efetuar uma manobra de marcha à ré. quando entrará em vigor a Resolução n° 764 de 2020.
z Luz de Neblina: luz do veículo destinada a aumen-
tar a iluminação da via em caso de neblina, chuva Art. 227. Usar buzina:
forte ou nuvens de pó. I - em situação que não a de simples toque breve
z Luz de Posição (lanterna): luz do veículo destina- como advertência ao pedestre ou a condutores de
da a indicar a presença e a largura do veículo. outros veículos;
II - prolongada e sucessivamente a qualquer
Quadro resumo de luzes: pretexto;
III - entre as vinte e duas e as seis horas;
LUZ CIRCUNSTÂNCIA OBS IV - em locais e horários proibidos pela sinalização;
V - em desacordo com os padrões e frequências
Embarque e desembarque de estabelecidas pelo CONTRAN:
Luz de posição passageiros; carga e descar- Noite Infração - leve;
ga de mercadorias Penalidade - multa.
Rodovias de pista simples
em área rural Velocidade
Túneis iluminados
Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deve-
Ciclos motorizados rá observar constantemente as condições físicas da
Luz baixa Dia e noite
Transporte coletivo regular via, do veículo e da carga, as condições meteoroló-
de passageiros, quando gicas e a intensidade do trânsito, obedecendo aos
circularem em faixas próprias limites máximos de velocidade estabelecidos para
Chuva, neblina e cerração a via, além de:
I - não obstruir a marcha normal dos demais veícu-
Vias não iluminadas, exceto
Luz alta Noite los em circulação sem causa justificada, transitan-
ao cruzar ou seguir veículos.
26 do a uma velocidade anormalmente reduzida;
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu Tal dispositivo trata do triângulo de emergência
veículo deverá antes certificar-se de que pode fazê- de veículos. O correto uso desse equipamento para
-lo sem risco nem inconvenientes para os outros sinalização de veículo que esteja imobilizado na via
condutores, a não ser que haja perigo iminente; foi regulamentado pela Resolução n° 36/98. Esta reso-
III - indicar, de forma clara, com a antecedência lução faz previsão da colocação do triângulo de sinali-
necessária e a sinalização devida, a manobra de zação, ou equipamento similar, à distância mínima de
redução de velocidade. 30 metros da parte traseira do veículo.
Infração relacionada ao dispositivo:
A regulagem da velocidade deverá ser feita de
forma a propiciar condições de segurança para a Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a pre-
circulação. Diversos fatores deverão ser observados venir os demais condutores e, à noite, não manter
pelo condutor, como a velocidade máxima permiti- acesas as luzes externas ou omitir-se quanto a pro-
vidências necessárias para tornar visível o local,
da naquela via, circunstâncias diversas, como solo
quando:
molhado em virtude de tempo chuvoso, trecho com I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento
neblina, engarrafamentos, aglomeração de pessoas, ou permanecer no acostamento;
via escorregadia etc. II - a carga for derramada sobre a via e não puder
ser retirada imediatamente:
Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cru- Infração - grave;
zamento, o condutor do veículo deve demonstrar Penalidade - multa.
prudência especial, transitando em velocidade
moderada, de forma que possa deter seu veículo Embarque e desembarque de passageiros
com segurança para dar passagem a pedestre e a
veículos que tenham o direito de preferência. Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via,
a parada deverá restringir-se ao tempo indispensá-
Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, vel para embarque ou desembarque de passageiros,
desde que não interrompa ou perturbe o fluxo de
esteja sinalizado ou não, deve-se reduzir a velocidade e
veículos ou a locomoção de pedestres.
redobrar a atenção, em condições de parar o veículo a Parágrafo único. A operação de carga ou descar-
qualquer momento. Expressão chave: prudência especial. ga será regulamentada pelo órgão ou entidade
com circunscrição sobre a via e é considerada
Art. 44-A. É livre o movimento de conversão à estacionamento.
direita diante de sinal vermelho do semáforo onde
houver sinalização indicativa que permita essa Se um motorista de um veículo se deparar com
conversão, observados os arts. 44, 45 e 70 deste a placa de regulamentação de estacionamento proi-
Código. (Lei n° 14.071 de 2020) bido, ele poderá parar o veículo apenas pelo tempo
necessário para o embarque ou desembarque de
Curioso dispositivo legal que permite avançar o algum passageiro. Qualquer tempo excedente será
semáforo para convergir à direita. Para que isso ocor- caracterizado como a infração de estacionar em local
ra é necessário queu haja sinalização permitindo. proibido. A operação de carga e descarga é considera-
da estacionamento.
Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semá-
foro lhe seja favorável, nenhum condutor pode Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou des-
entrar em uma interseção se houver possibilidade carga e nos estacionamentos, o veículo deverá ser
de ser obrigado a imobilizar o veículo na área do posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bor-
cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do da pista de rolamento e junto à guia da calça-
da (meio-fio), admitidas as exceções devidamente
do trânsito transversal.
sinalizadas.
§ 1° Nas vias providas de acostamento, os veículos
A atenção e o cuidado devem existir mesmo que o parados, estacionados ou em operação de carga ou
sinal esteja verde permitindo sua passagem. descarga deverão estar situados fora da pista de
Art. 46. Sempre que for necessária a imobiliza- Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão
ção temporária de um veículo no leito viário, em abrir a porta do veículo, deixá-la aberta ou descer
situação de emergência, deverá ser providenciada a do veículo sem antes se certificarem de que isso não
imediata sinalização de advertência, na forma esta- constitui perigo para eles e para outros usuários da
belecida pelo CONTRAN. via. 27
Parágrafo único. O embarque e o desembarque Em regra, charretes e carroças, deveriam trafegar
devem ocorrer sempre do lado da calçada, exceto em faixa especial. No entanto, a realidade é que não
para o condutor. existem estas faixas em nosso trânsito. Na ausência de
faixas exclusivas seguem-se estas regras:
Situação rotineira que dá origem a inúmeros aci-
dentes de trânsito. É fundamental ao motorista que,
ao se preparar para descer e abrir a porta do veícu- VIA LOCAL
lo, observe com antecedência o espelho retrovisor
Urbana Trafegar junto à guia da calçada (meio-fio)
esquerdo. Da mesma forma devem fazer os passagei-
ros. Assim, guarde: apenas o condutor não desembar- Rural Acostamento
cará do lado da calçada.
Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sina- Vias Locais Não
lizado pelo órgão ou entidade com circunscrição
sobre a via, será permitida a circulação de bicicle-
tas nos passeios. TIPO DE TEM
OBSERVAÇÃO
VIA URBANA CRUZAMENTO?
Veja que é possível a circulação de bicicletas nos
Vias de Trân- Não
passeios se a sinalização permitir. sito Rápido
Infração relacionada ao dispositivo:
Via Arteriais Sim Liga bairros
Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não
seja permitida a circulação desta, ou de forma Vias Sim Está dentro dos
agressiva, em desacordo com o disposto no pará- Coletoras bairros
grafo único do art. 59: Vias Locais Sim
Infração - média; 29
Velocidade máxima em vias
Importante!
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a
O órgão de trânsito pode determinar velocida-
via será indicada por meio de sinalização, obede-
cidas suas características técnicas e as condições des superiores ou inferiores a estas que vimos
de trânsito. agora. No Estado de São Paulo, há rodovias com
§ 1° Onde não existir sinalização regulamentadora, limite de velocidade igual a 120 km/h.
a velocidade máxima será de:
I - nas vias urbanas:
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trân- Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser infe-
sito rápido: rior à metade da velocidade máxima estabelecida,
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais; respeitadas as condições operacionais de trânsito
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias e da via.
coletoras;
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais; Já a Velocidade Mínima não poderá ser inferior à
II - nas vias rurais: metade da velocidade máxima estabelecida, respeita-
a) nas rodovias de pista dupla: das as condições operacionais de trânsito (engarrafa-
1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para mento) e da via (rodovias esburacadas). Esse assunto
automóveis, camionetas e motocicletas; também é explorado pelas bancas, fique atento.
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os Ex.: Qual seria a velocidade mínima de um caminhão
demais veículos3. (revogado numa rodovia não sinalizada em pista simples, respeita-
b) nas rodovias de pista simples das as condições operacionais de trânsito e da via?
1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para auto- Velocidade Máxima é de 90 km/h, logo dividimos
móveis, camionetas e motocicletas; pela metade, 90 / 2= 45 km/h. Assim, 45 km/h é a res-
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os posta correta.
demais veículos;
c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por Dispositivo de segurança
hora
Art. 64. As crianças com idade inferior a 10 (dez)
Este tema é fundamental em provas, independen- anos que não tenham atingido 1,45 m (um metro e
temente do órgão. Perceba que a velocidade máxima quarenta e cinco centímetros) de altura devem ser
em uma via depende da sinalização colocada na via. Só transportadas nos bancos traseiros, em dispositivo
que o que cai em provas são questões que perguntam de retenção adequado para cada idade, peso e altu-
quando não há sinalização. Por isso, é importante se ra, salvo exceções relacionadas a tipos específicos
atentar às informações expostas nas tabelas a seguir: de veículos regulamentadas pelo CONTRAN. (Lei n°
14.071 de 2020)
Parágrafo único. O CONTRAN disciplinará o uso
VELOCIDADE MÁXIMA NAS VIAS SEM
excepcional de dispositivos de retenção no banco
SINALIZAÇÃO dianteiro do veículo e as especificações técnicas
Vias ruais dos dispositivos de retenção a que se refere o caput
deste artigo.
Tipo de Rodovias
veículo Estradas Artigo importante para as provas. Para ter que se
Pista Pista sentarem no banco traseiro devem ser menores de 10
Simples Dupla anos e ter menos que 1,45 m de altura.
Automóveis 100 km/h 110 km/h 60 km/h
Art. 168. Transportar crianças em veículo auto-
Camionetas 100 km/h 110 km/h 60 km/h motor sem observância das normas de segurança
especiais estabelecidas neste Código:
Motocicletas 100 km/h 110 km/h 60 km/h Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Demais Medida administrativa - retenção do veículo até
90 km/h 90 km/h 60 km/h
Veículos que a irregularidade seja sanada.
( ) No trânsito de veículos nas vias terrestres, abertas ( ) CERTO ( ) ERRADO
à circulação, o condutor deverá guardar distância de
segurança somente lateral entre o seu e os demais Realmente, a classificação das vias urbanas é feita
veículos, bem como em relação ao bordo da pista, de acordo com a sua utilização e características.
considerando-se, no momento, somente a velocida- Com fundamento no Art. 60 do CTB, até aí a questão
de e as condições do local. está correta. 31
No entanto, na segunda parte do comando da ques- TEMPO DE
tão, a banca menciona “preferência de passagem”, TRANSPORTE OBSERVAÇÃO
DESCANSO
que se refere às normas de circulação e conduta
previstas no Art. 29, III, que, por sua vez, não tem É proibido dirigir
30 min (fracioná-
Rodoviário de por mais de 5
nada a ver com as classificações das vias. Resposta: vel) dentro de 06
Cargas horas e meia
Errado. Horas de direção
ininterruptas.
4. (CESPE - 2015) Um servidor do STJ, ocupante do car- É proibido dirigir
30 min (fracio-
go de segurança, foi designado para conduzir veícu- Rodoviário de por mais de 5
nável) a cada 04
lo utilizado para o transporte de dez magistrados da Passageiros horas e meia
Horas de direção
ininterruptas.
sede em Brasília – DF para uma cidade X, distantes
500 km uma da outra, em uma rodovia.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a §2° Em situações excepcionais de inobservância
seguir de acordo com os dispositivos do CTB. justificada do tempo de direção, devidamente regis-
tradas, o tempo de direção poderá ser elevado pelo
Nos trechos da rodovia em que inexista sinalização
período necessário para que o condutor, o veículo
regulamentando a velocidade máxima permitida, o con- e a carga cheguem a um lugar que ofereça a segu-
dutor do veículo utilizado na viagem deverá observar os rança e o atendimento demandados, desde que não
limites máximo de 90 km/h e mínimo de 45 km/h. haja comprometimento da segurança rodoviária.
( ) CERTO ( ) ERRADO Como toda regra tem sua exceção, aqui não é dife-
rente. Isto é, se não houver um local seguro para rea-
Embora haja recente mudança no CTB quanto às lizar o descanso regulamentar, o tempo de direção
velocidades, a questão, que é de 2015, não foi pre- poderá ser excedido, desde que não haja comprome-
judicada. Hoje, numa rodovia não sinalizada (pista timento da segurança rodoviária. A resolução n° 525
regulamenta o tema.
simples ou dupla) a velocidade máxima de um micro-
-ônibus (havia 10 passageiros) é de 90km/h de acordo
§ 3° O condutor é obrigado, dentro do período de 24
com o artigo 61 § 1° do CTB. Já a velocidade mínima (vinte e quatro) horas, a observar o mínimo de 11
divide-se a máxima por 2; logo temos: 90/2 = 45km/h (onze) horas de descanso, que podem ser fraciona-
o que torna a questão certa. Resposta: Certo. das, usufruídas no veículo e coincidir com os inter-
valos mencionados no § 1°, observadas no primeiro
5. (CESPE - 2015) Julgue o item: período 8 (oito) horas ininterruptas de descanso.
Ao transitar por um túnel, ainda que a viagem seja rea-
lizada durante o dia e que o túnel seja provido de ilumi- Fique atento a mais essa regra: dentro de cada 24
nação, o condutor do veículo deverá manter os faróis horas, é obrigatório o descanso de 11 horas, sendo 08
ininterruptas no primeiro período.
acesos, utilizando luz baixa.
Temos também a seguinte normatização dentro
deste tema:
( ) CERTO ( ) ERRADO
Art. 67-E. O motorista profissional é responsável
Literalidade do artigo 40 Inciso I do CTB. Resposta: por controlar e registrar o tempo de condução
Certo. estipulado no art. 67-C, com vistas à sua estrita
observância.
DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS § 1° A não observância dos períodos de descanso
PROFISSIONAIS estabelecidos no art. 67-C sujeitará o motorista
profissional às penalidades daí decorrentes, previs-
tas neste Código
Art. 67-A. O disposto neste Capítulo aplica-se aos § 2° O tempo de direção será controlado mediante
motoristas profissionais registrador instantâneo inalterável de velocidade e
I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros tempo e, ou por meio de anotação em diário de bor-
II - de transporte rodoviário de cargas. do, ou papeleta ou ficha de trabalho externo, ou por
Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional diri- meios eletrônicos instalados no veículo, conforme
gir por mais de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas norma do CONTRAN.
veículos de transporte rodoviário coletivo de passa-
geiros ou de transporte rodoviário de cargas. O motorista é que controlará esse tempo de des-
§ 1° Serão observados 30 (trinta) minutos para des- canso e condução, o que poderá ser feito por tacógrafo
canso dentro de cada 6 (seis) horas na condução de (equipamento registrador instantâneo inalterável de
veículo de transporte de carga, sendo facultado o velocidade e tempo), por meio de anotação em diário
seu fracionamento e o do tempo de direção desde de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo, ou
que não ultrapassadas 5 (cinco) horas e meia contí- por meios eletrônicos instalados no veículo.
nuas no exercício da condução. Infração relacionada:
§ 1°-A. Serão observados 30 (trinta) minutos para
descanso a cada 4 (quatro) horas na condução de Art. 230. Conduzir o veículo:
veículo rodoviário de passageiros, sendo facultado XXIII - em desacordo com as condições estabeleci-
das no art. 67-C, relativamente ao tempo de perma-
o seu fracionamento e o do tempo de direção.
nência do condutor ao volante e aos intervalos para
descanso, quando se tratar de veículo de transporte
Cuidado com as normas de descanso dos motoris- de carga ou coletivo de passageiros:
tas profissionais. Por isso, veja as principais delas na Infração - média;
32 tabela a seguir: Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para Já o motociclista desmontado, empurrando a
cumprimento do tempo de descanso aplicável. motocicleta, não é equiparado ao pedestre. Muito
§ 1° Se o condutor cometeu infração igual nos últi- comum em passarelas, onde o motociclista desmonta-
mos 12 (doze) meses, será convertida, automati- do empurra sua motocicleta para transitar por uma via
camente, a penalidade disposta no inciso XXIII em
destinada a pedestres. Essa prerrogativa é apenas para
infração grave. (Incluído pela Lei n° 13.103, de 2015)
§ 2° Em se tratando de condutor estrangeiro, a libe- o ciclista. Um condutor de carro de mão, ainda que com
ração do veículo fica condicionada ao pagamento os pés no chão, não é um pedestre e sim um condutor
ou ao depósito, judicial ou administrativo, da mul- de veículo, não devendo usar calçadas. O motociclista
ta. (Incluído pela Lei n° 13.103, de 2015) desembarcado é equiparado a um condutor de veículo
de propulsão humana como um carro de mão.
O próximo parágrafo também é de grande impor-
tância. Vejamos:
EXERCÍCIO COMENTADO
§ 2° Nas áreas urbanas, quando não houver pas-
1. (FCC - 2019) No que se refere à condução de veículos seios ou quando não for possível a utilização des-
por motoristas profissionais, tes, a circulação de pedestres na pista de rolamento
será feita com prioridade sobre os veículos, pelos
a) serão observados 30 minutos para descanso a cada bordos da pista, em fila única, exceto em locais
4 horas na condução de veículo rodoviário de passa- proibidos pela sinalização e nas situações em que a
geiros, sendo facultado o seu fracionamento e o do segurança ficar comprometida.
tempo de direção.
b) é vedado ao motorista profissional dirigir, por mais de O legislador, nesse caso, colocou a hipótese de
4 horas e meia ininterruptas, veículos de transporte não haver passeios ou passagens apropriadas para os
rodoviário coletivo de passageiros ou de transporte pedestres. Então preste atenção:
rodoviário de cargas.
c) serão observados 30 minutos para descanso dentro
REGRA DE CIRCULAÇÃO DE PEDESTRE
de cada 5 horas na condução de veículo de transporte
de carga, sendo facultado o seu fracionamento. Local de Circulação (Vias
d) o condutor é obrigado, dentro do período de 24 horas, Tipo de Local de urbanas não dotadas de
a observar o mínimo de 9 horas de descanso, que Via Circulação Passeios ou passagens
podem ser fracionadas. apropriadas)
e) em situações excepcionais de inobservância justificada Circulação pela pista de rola-
de tempo de direção, devidamente registradas, o tempo mento (com prioridade sobre
de direção poderá ser elevado por mais 4 horas, desde Passeios os veículos)
que não haja comprometimento da segurança rodoviária. Vias ou Pas-
Pelos Bordos da Pista
Urbanas sagens
Letra A é a mais adequada segundo o dispositivo Apropriadas Em Fila Única (exceto em
legal: lugares proibidos pela
Art. 67-C. § 1°-A. Serão observados 30 (trinta) minu- sinalização)
tos para descanso a cada 4 (quatro) horas na con-
dução de veículo rodoviário de passageiros, sendo
§ 3° Nas vias rurais, quando não houver acosta-
facultado o seu fracionamento e o do tempo de dire-
mento ou quando não for possível a utilização dele,
ção. Resposta: Letra A.
a circulação de pedestres, na pista de rolamento,
será feita com prioridade sobre os veículos, pelos
DOS PEDESTRES E VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS
bordos da pista, em fila única, em sentido contrá-
rio ao deslocamento de veículos, exceto em locais
Local onde o pedestre deve circular proibidos pela sinalização e nas situações em que a
segurança ficar comprometida.
Art. 76. A educação para o trânsito será promovida O que são produtos oriundos da indústria automo-
na pré-escola e nas escolas de 1°, 2° e 3° graus, por bilística ou afins? Neste artigo, diz que são os veículos,
meio de planejamento e ações coordenadas entre os componentes e peças, certo?
órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito
e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito § 2° O disposto no caput deste artigo aplica-se à
Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de propaganda de natureza comercial, veiculada por
atuação. iniciativa do fabricante do produto, em qualquer
Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste das seguintes modalidades: (Incluído pela Lei n°
artigo, o Ministério da Educação e do Desporto, 12.006, de 2009).
mediante proposta do CONTRAN e do Conselho de I – rádio; (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009).
Reitores das Universidades Brasileiras, diretamen- II – televisão; (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009).
te ou mediante convênio, promoverá: III – jornal; (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009).
I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um IV – revista; (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009).
currículo interdisciplinar com conteúdo programá- V – outdoor. (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009).
tico sobre segurança de trânsito;
II - a adoção de conteúdos relativos à educação
Para memorizar, lembre- se de dois Estados: TO e
para o trânsito nas escolas de formação para
o magistério e o treinamento de professores e RJ (Televisão, Outdoor, Revista, Rádio e Jornal)
multiplicadores;
III - a criação de corpos técnicos interprofissionais MEIO DE PRODUTO A VEICULAR
para levantamento e análise de dados estatísticos COMUNICAÇÃO MENSAGEM EDUCATIVA
relativos ao trânsito; Rádio Indústria automobilística ou afins
IV - a elaboração de planos de redução de aciden-
tes de trânsito junto aos núcleos interdisciplinares Televisão Indústria automobilística ou afins
universitários de trânsito, com vistas à integração Jornal; Indústria automobilística ou afins
universidades-sociedade na área de trânsito.
Revista Indústria automobilística ou afins
O CTB se preocupou em ocupar toda a cadeia edu- Outdoor Indústria automobilística ou afins
cacional brasileira (do ensino fundamental às universi-
Outdoor Todos os produtos. Inclusive
dades) para conscientizar a sociedade, inclusive com a
(Margem de anúncios de caráter institucional
criação de corpos técnicos e inclusão curricular sobre
36 segurança no trânsito. Rodovia) ou eleitoral
Art. 77-C. Quando se tratar de publicidade veicu-
lada em outdoor instalado à margem de rodovia, EXERCÍCIOS COMENTADOS
dentro ou fora da respectiva faixa de domínio, a
obrigação prevista no art. 77-B estende-se à pro- 1. (UFMT - 2015) Sobre educação para o trânsito, assina-
paganda de qualquer tipo de produto e anunciante, le a alternativa incorreta:
inclusive àquela de caráter institucional ou eleito-
ral. (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009). a) Será promovida especificamente, nas escolas de Ensi-
Art. 77-D. O Conselho Nacional de Trânsito (CON- no Fundamental, por meio de planejamento e ações
TRAN) especificará o conteúdo e o padrão de coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema
apresentação das mensagens, bem como os proce- Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos
dimentos envolvidos na respectiva veiculação, em Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas res-
conformidade com as diretrizes fixadas para as pectivas áreas de atuação.
campanhas educativas de trânsito a que se refere o b) É obrigatória a existência de coordenação educacional
art. 75. (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009). em cada órgão ou entidade componente do Sistema
Art. 77-E. A veiculação de publicidade feita em Nacional de Trânsito.
desacordo com as condições fixadas nos arts. 77-A c) Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deve-
a 77-D constitui infração punível com as seguintes rão promover, dentro de sua estrutura organizacional
sanções: (Incluído pela Lei n° 12.006, de 2009). ou mediante convênio, o funcionamento de Escolas
I – advertência por escrito; (Incluído pela Lei n° Públicas de Trânsito, nos moldes e padrões estabele-
12.006, de 2009). cidos pelo CONTRAN.
II – suspensão, nos veículos de divulgação da publi- d) educação para o trânsito é direito de todos e consti-
cidade, de qualquer outra propaganda do produto, tui dever prioritário para os componentes do Sistema
pelo prazo de até 60 (sessenta) dias; (Incluído pela Nacional de Trânsito.
Lei n° 12.006, de 2009).
III - multa de R$ 1.627,00 (mil, seiscentos e vinte e Questão que exige conhecimentos pormenorizados
sete reais) a R$ 8.135,00 (oito mil, cento e trinta e deste discreto capítulo:
cinco reais), cobrada do dobro até o quíntuplo em a) O erro está no começo da afirmativa. A educação
caso de reincidência. (Redação dada pela Lei n° deverá ser realizada em toda cadeia educacional
13.281, de 2016) (Vigência) brasileira. Será promovida na pré-escola e nas esco-
las de 1°, 2° e 3° graus.
Dica b) Literalidade do Art. 74 § 1° do CTB
c) Literalidade Art. 74 § 2°
“SAM”: Suspensão de até 60 dias, Advertência d) Literalidade Art. 74 caput Resposta: Letra A.
por escrito e Multa cobrada do dobro até o quín-
tuplo em caso de reincidência. 2. (AOCP - 2016) De acordo com o CTB, qual será o per-
Lembrando que as penas podem ser cumulativas. centual destinado a campanhas educativas de trânsi-
Outro detalhe é que qualquer infração leva à sus- to, sendo este retirado de valores arredados do prêmio
pensão da propaganda até a regularização desta. do Seguro Obrigatório (DPVAT)?
Este artigo é um dos mais cobrado nas provas de Fique atento ao que diz o art. 88:
concursos no quesito de sinalização de trânsito. As
especificações das sinalizações estão detalhadas na Art. 88. Nenhuma via pavimentada poderá ser
Resolução n° 160/2004. Memorize a sinalização pre- entregue após sua construção, ou reaberta ao trân-
vista no CTB. sito após a realização de obras ou de manutenção,
enquanto não estiver devidamente sinalizada, ver-
z Verticais: são as placas de sinalização mais tical e horizontalmente, de forma a garantir as con-
dições adequadas de segurança na circulação.
comuns e se encontram por toda a via, acima do
Parágrafo único. Nas vias ou trechos de vias em
chão. Ex.: obras deverá ser afixada sinalização específica e
adequada.
Então, alguns veículos podem exceder as dimensões Uma condição legal está relacionada ao estado de
máximas permitidas, mas terão que possuir Autoriza- conservação do veículo e dos equipamentos obrigató-
ção Especial de Trânsito (AET), em que será cobrada rios exigidos. O art. 105 do CTB, bem como a Resolução
obediência a determinados requisitos previstos em lei. 14/98 do CONTRAN com suas atualizações, devem ser o
Por exemplo: um caminhão que excede a largura começo para que o aluno entenda sobre equipamentos
de 2,60 m deverá possuir a AET, de acordo com Reso- obrigatórios de um veículo. Vale ressaltar que estas con-
lução n° 210/2006. A AET poderá ser válida por viagem dições de segurança de um veículo dependem muito da
ou por período, conforme nova lei. Lembrando que a existência e condições de uso destes equipamentos obri-
AET não exime o beneficiário da responsabilidade por gatórios: cinto de segurança, pneus em boas condições,
danos que possam ser causados na via. espelhos retrovisores, buzina, iluminação, limpador de
para-brisa, faróis, luz de freio, velocímetro, luz indicado-
Art. 102. O veículo de carga deverá estar devida- ra de direção (pisca) e tacógrafo, são alguns dos equipa-
mente equipado quando transitar, de modo a evitar mentos obrigatórios de alguns veículos.
o derramamento da carga sobre a via. As inspeções de segurança terão a periodicidade
Parágrafo único. O CONTRAN fixará os requisitos determinada pelo CONTRAN. Já as inspeções de gases
mínimos e a forma de proteção das cargas de que poluentes ficam a cargo do Conama.
trata este artigo, de acordo com a sua natureza. Veja na tabela essas novas inserções no CTB:
Os veículos de carga devem transitar de forma ISENÇÃO DE VISTORIA PARA VERIFICAÇÃO DAS CONDI-
segura, principalmente quando o assunto for amar- ÇÕES DE SEGURANÇA E GASES POLUENTES
ração de carga. A resolução n° 552 de 2015 fixa os TIPO
PRAZO CONTAGEM EXCEÇÃO
requisitos mínimos de segurança para amarração das VEICULAR
cargas transportadas em veículos de carga. Veículos Danos de
Infração relacionada: novos grande/mé-
particulares 03 Anos dia monta.
(até 07 Alteração
Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a pre- 1° Licenciamento
passageiros) das carac-
venir os demais condutores e, à noite, não manter terísticas
acesas as luzes externas ou omitir-se quanto a pro- Demais originais de
02 Anos
vidências necessárias para tornar visível o local, veículos fábrica.
quando:
II - a carga for derramada sobre a via e não puder
Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veí-
ser retirada imediatamente: culos, entre outros a serem estabelecidos pelo
Infração - grave; CONTRAN:
Penalidade - multa. I - cinto de segurança, conforme regulamentação
específica do CONTRAN, com exceção dos veículos
Da Segurança dos Veículos destinados ao transporte de passageiros em per-
cursos em que seja permitido viajar em pé;
Art. 103. O veículo só poderá transitar pela via II - para os veículos de transporte e de condução
quando atendidos os requisitos e condições de segu- escolar, os de transporte de passageiros com mais
rança estabelecidos neste Código e em normas do de dez lugares e os de carga com peso bruto total
Providência Mediata
Art. 121. Registrado o veículo, expedir-se-á o Certifi-
Prazo de 30 dias para comprador fazer a
cado de Registro de Veículo (CRV), em meio físico e/ou
transferência.
digital, à escolha do proprietário, de acordo com os
modelos e com as especificações estabelecidos pelo
CONTRAN, com as características e as condições de z Proprietário mudar o Município de domicílio
invulnerabilidade à falsificação e à adulteração. ou residência
(Lei n° 14.071 de 2020)
Providência Imediata
O CRV, como já falado, atesta o nascimento do veí- Mudança de endereço no mesmo município
culo e segue o modelo especificado pelo CONTRAN. A não expede novo CRV.
partir de 2021, teremos o CRV digital como opção e o
z Mudança de categoria
órgão de trânsito deve proporcionar essa oportuni-
dade aos proprietários. Lembrando que o CRV não é
Providência Imediata
documento de porte obrigatório.
Ex: Carro oficial vendido a particular em leilão.
Art. 122. Para a expedição do Certificado de
§ 1° No caso de transferência de propriedade, o pra-
Registro de Veículo o órgão executivo de trânsito
zo para o proprietário adotar as providências neces-
consultará o cadastro do RENAVAM e exigirá do
sárias à efetivação da expedição do novo Certificado
proprietário os seguintes documentos:
de Registro de Veículo é de trinta dias, sendo que nos
I - nota fiscal fornecida pelo fabricante ou revende- demais casos as providências deverão ser imediatas.
dor, ou documento equivalente expedido por auto- § 2° No caso de transferência de domicílio ou resi-
ridade competente; dência no mesmo Município, o proprietário comu-
II - documento fornecido pelo Ministério das Relações nicará o novo endereço num prazo de trinta dias
Exteriores, quando se tratar de veículo importado e aguardará o novo licenciamento para alterar o
por membro de missões diplomáticas, de repartições Certificado de Licenciamento Anual.
consulares de carreira, de representações de orga-
nismos internacionais e de seus integrantes. Mais um prazo importante: 30 dias para o compra-
dor tomar as providências. Como já falado na tabe-
Fique atento, pois “registro veicular” é um tema la anterior, a transferência de residência no mesmo
adorado pelas bancas. Neste artigo, o legislador município não exige novo CRV, mas apenas comunica-
comenta as exigências documentais para se registrar ção ao órgão de trânsito.
pela primeira vez o veículo. Veja na tabela quais são
as principais informações a respeito desse tópico: Art. 124. Para a expedição do novo Certificado
de Registro de Veículo serão exigidos os seguintes
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS documentos:
AO PRIMEIRO REGISTRO DOCUMENTO I - Certificado de Registro de Veículo anterior;
NECESSÁRIO II - Certificado de Licenciamento Anual;
TIPO DE VEÍCULO
III - comprovante de transferência de propriedade,
Membro de quando for o caso, conforme modelo e normas esta-
missões belecidas pelo CONTRAN;
diplomáticas, IV - Certificado de Segurança Veicular e de emissão
- Documento fornecido
Importado Repartições consu- de poluentes e ruído, quando houver adaptação ou
pelo Ministério das
por: lares de carreira alteração de características do veículo;
Relações Exteriores
Representações de V - comprovante de procedência e justificativa da
organismos interna- propriedade dos componentes e agregados adapta-
cionais dos ou montados no veículo, quando houver altera-
ção das características originais de fábrica;
- Nota fiscal fornecida
VI - autorização do Ministério das Relações Exte-
pelo fabricante ou
revendedor, ou docu- riores, no caso de veículo da categoria de missões
Demais Veículos diplomáticas, de repartições consulares de carrei-
mento equivalente
expedido por autoridade ra, de representações de organismos internacionais
competente e de seus integrantes;
VII - certidão negativa de roubo ou furto de veí-
culo, expedida no Município do registro anterior,
Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Cer- que poderá ser substituída por informação do
tificado de Registro de Veículo quando: RENAVAM;
I - for transferida a propriedade; VIII - comprovante de quitação de débitos relativos
II - o proprietário mudar o Município de domicílio a tributos, encargos e multas de trânsito vincula-
ou residência; dos ao veículo, independentemente da responsabi-
III - for alterada qualquer característica do veículo; lidade pelas infrações cometidas; (Vide ADIN 2998)
48 IV - houver mudança de categoria. IX - (Revogado pela Lei n° 9.602, de 1998)
X - comprovante relativo ao cumprimento do dis-
posto no art. 98, quando houver alteração nas PROCEDÊNCIA DO RESPONSÁVEL POR CO-
características originais do veículo que afetem a VEÍCULO MUNICAR AO RENAVAM
emissão de poluentes e ruído;
Fabricante ou Mon-
XI - comprovante de aprovação de inspeção veicular
e de poluentes e ruído, quando for o caso, conforme Nacional tadora (Antes da
regulamentações do CONTRAN e do CONAMA. comercialização)
Parágrafo único. O disposto no inciso VIII do caput
Importado por Pessoa
deste artigo não se aplica à regularização de bens Órgão alfandegário
apreendidos ou confiscados na forma da Lei n° Física
11.343, de 23 de agosto de 2006. Importado por Pessoa
Importador
Jurídica
Este dispositivo possui um emaranhado de infor-
mações exaustivas e perigosas. O legislador asseve-
ra os documentos necessários para emissão de novo Art. 126. O proprietário de veículo irrecuperável,
CRV, dependendo da circunstância. Resumidamente, ou destinado à desmontagem, deverá requerer a
teremos: baixa do registro, no prazo e forma estabelecidos
pelo CONTRAN, vedada a remontagem do veículo
z Transferência de propriedade: exige compro- sobre o mesmo chassi de forma a manter o registro
vante de transferência de propriedade. anterior.
z Proprietário mudar o Município de domicílio Parágrafo único. A obrigação de que trata este arti-
ou residência: exige comprovante de novo ende- go é da companhia seguradora ou do adquirente
reço de domicílio ou residência em município dife- do veículo destinado à desmontagem, quando estes
rente do anterior. sucederem ao proprietário.
z Alteração de qualquer característica do veícu-
lo: exige certificado de Segurança Veicular e de A baixa do veículo é o processo de exclusão da
emissão de poluentes e ruído, comprovante de pro- Base de Dados do DETRAN e da Base Índice Nacio-
cedência e justificativa da propriedade dos com- nal (BIN) do Registro Nacional de Veículos Automo-
ponentes e agregados adaptados ou montados no tores (RENAVAM) do registro de um veículo retirado
veículo e autorização da autoridade competente. de circulação nas seguintes situações: irrecuperável,
z Mudança de categoria: não exige documentação. definitivamente desmontado, sinistrado com laudo de
perda total e vendido ou leiloado como sucata. Neste
Além dos documentos explicitados, todas essas caso, o artigo apenas comenta sobre a responsabilida-
situações contam com documentos necessários comuns, de por este ato.
que são: CRV anterior; CLA/CRLV; certidão negativa de
roubo ou furto de veículo, expedida no Município do Art. 127. O órgão executivo de trânsito competente
registro anterior, que poderá ser substituída por infor- só efetuará a baixa do registro após prévia consulta
mação do RENAVAM; comprovante de quitação de ao cadastro do RENAVAM.
débitos relativos a tributos, encargos e multas de trân- Parágrafo único. Efetuada a baixa do registro, deve-
sito vinculados ao veículo, independentemente da res- rá ser esta comunicada, de imediato, ao RENAVAM.
ponsabilidade pelas infrações cometidas; autorização
do Ministério das Relações Exteriores, no caso de veícu- Memorize: baixa só é realizada após consulta
lo da categoria de missões diplomáticas, de repartições ao RENAVAM que será comunicado posteriormente
consulares de carreira, de representações de organis- sobre tal ato.
mos internacionais e de seus integrantes; comprovan-
te de aprovação de inspeção veicular e de poluentes e Art. 128. Não será expedido novo Certificado de
ruído, quando for o caso, conforme regulamentações Registro de Veículo enquanto houver débitos fiscais
do CONTRAN e do CONAMA. e de multas de trânsito e ambientais, vinculadas ao
veículo, independentemente da responsabilidade
Art. 125. As informações sobre o chassi, o monoblo-
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
pelas infrações cometidas.
co, os agregados e as características originais do
veículo deverão ser prestadas ao RENAVAM: Para emissão de novo CRV, não pode haver nenhum
I - pelo fabricante ou montadora, antes da comer-
débito.
cialização, no caso de veículo nacional;
II - pelo órgão alfandegário, no caso de veículo
importado por pessoa física; Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos
III - pelo importador, no caso de veículo importado de propulsão humana e dos veículos de tração ani-
por pessoa jurídica. mal obedecerão à regulamentação estabelecida em
Parágrafo único. As informações recebidas pelo legislação municipal do domicílio ou residência de
RENAVAM serão repassadas ao órgão executivo seus proprietários.
de trânsito responsável pelo registro, devendo este
comunicar ao RENAVAM, tão logo seja o veículo Os Municípios são responsáveis pelo licenciamen-
registrado. to e registro de bicicletas, carroças e charretes, por
exemplos. Não se esqueça disso.
Mais uma normativa popular nas provas e que
merece atenção. Neste dispositivo o CTB afirma as Art. 129-A. O registro dos tratores e demais apare-
obrigações dos fabricantes, importadores e até de lhos automotores destinados a puxar ou a arrastar
órgãos alfandegários de repassar ao RENAVAM (Regis- maquinaria agrícola ou a executar trabalhos agrí-
tro nacional de veículos automotores) as informações colas será efetuado, sem ônus, pelo Ministério da
sobre o chassi, o monobloco, os agregados e as carac- Agricultura, Pecuária e Abastecimento, diretamen-
terísticas originais do veículo. te ou mediante convênio. 49
Novidade que já tínhamos comentado anterior- 3. (VUNESP - 2018) Será obrigatória a expedição de novo
mente, mas o legislador não se cansa. Tratores e Certificado de Registro de Veículo, exceto quando:
maquinários agrícolas são registrados no M.A.P.A e
sem ônus. O M.A.P.A é o DETRAN dos tratores. a) o condutor não for o proprietário do veículo.
b) for transferida a propriedade.
Art. 129-B. O registro de contratos de garantias de c) o proprietário mudar o município de domicílio ou
alienação fiduciária em operações financeiras, consór- residência.
cio, arrendamento mercantil, reserva de domínio ou d) for alterada qualquer característica do veículo.
penhor será realizado nos órgãos ou entidades execu- e) houver mudança de categoria.
tivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, em
observância ao disposto no § 1° do art. 1.361 da Lei n° Leia sempre esse artigo:
10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e na Lei Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Cer-
n° 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Prote- tificado de Registro de Veículo quando:
ção de Dados Pessoais) (lei n° 14.071 de 2020) I - for transferida a propriedade;
II - o proprietário mudar o Município de domicílio
ou residência;
III - for alterada qualquer característica do veículo;
EXERCÍCIOS COMENTADOS IV - houver mudança de categoria. Resposta: Letra A.
Art. 139-A. As motocicletas e motonetas destina- Está correto o que consta APENAS em
das ao transporte remunerado de mercadorias –
moto-frete – somente poderão circular nas vias com a) II e III.
autorização emitida pelo órgão ou entidade execu- b) I.
tivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, c) II.
exigindo-se, para tanto: d) I e III.
e) III.
Mais um veículo que necessita de autorização do
Estado: o moto-frete. Serviço regulamentado pela I- Errada. Inspeção semestral. Art. 136 Inc II do CTB
II- Certa. Art. 137 do CTB
Resolução n° 356/2010.
III- Errada. O Erro foi colocar ser reincidente em
infrações graves, quando, na verdade, não poderá
I – registro como veículo da categoria de aluguel;
ter nenhuma infração grave no prontuário nos últi-
II – instalação de protetor de motor mata-cachorro, mos 12 meses. Resposta: Letra C.
fixado no chassi do veículo, destinado a proteger o
motor e a perna do condutor em caso de tomba- DA HABILITAÇÃO
mento, nos termos de regulamentação do Conselho
Nacional de Trânsito – CONTRAN; Requisitos para habilitação
III – instalação de aparador de linha antena
corta-pipas, nos termos de regulamentação do Art. 140. A habilitação para conduzir veículo auto-
CONTRAN; motor e elétrico será apurada por meio de exames
IV – inspeção semestral para verificação dos equi- que deverão ser realizados junto ao órgão ou enti-
pamentos obrigatórios e de segurança dade executivos do Estado ou do Distrito Federal,
§ 1° A instalação ou incorporação de dispositivos do domicílio ou residência do candidato, ou na sede
Este artigo e seu parágrafo recentemente modifi- Observem que para se obter uma CNH é preciso
cados possibilitam agora que condutores de categoria fazer alguns exames e a ordem é esta:
B dirijam tratores de rodas e equipamentos automo-
tores para trabalhos agrícolas. Lembrem-se de que os § 1° Os resultados dos exames e a identificação dos
tratores de esteira e tratores mistos só podem ser con- respectivos examinadores serão registrados no
duzidos pelas categorias C, D e E. RENACH. (Renumerado do parágrafo único, pela
Lei n° 9.602, de 1998)
Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E
ou para conduzir veículo de transporte coletivo Além de seu nome, os respectivos examinadores
de passageiros, de escolares, de emergência ou de serão registrados no RENACH. O RENACH é organiza-
produto perigoso, o candidato deverá preencher os do e mantido pelo DENATRAN.
seguintes requisitos:
I - ser maior de vinte e um anos; Prazos para renovação da CNH
II - estar habilitado:
a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no § 2° O exame de aptidão física e mental, a ser reali-
mínimo há um ano na categoria C, quando preten- zado no local de residência ou domicílio do exami-
der habilitar-se na categoria D; e nado, será preliminar e renovável com a seguinte
b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pre- periodicidade:
tender habilitar-se na categoria E; I - a cada 10 (dez) anos, para condutores com idade
III - não ter cometido mais de uma infração gravíssi- inferior a 50 (cinquenta) anos;
ma nos últimos 12 (doze) meses; (Lei n° 14.071/2020); II - a cada 5 (cinco) anos, para condutores com ida-
IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de igual ou superior a 50 (cinquenta) anos e inferior
de treinamento de prática veicular em situação de a 70 (setenta) anos;
risco, nos termos da normatização do CONTRAN. III - a cada 3 (três) anos, para condutores com idade
Parágrafo único. A participação em curso especia- igual ou superior a 70 (setenta) anos.
lizado previsto no inciso IV independe da observân- § 3° O exame previsto no § 2° incluirá avaliação
cia do disposto no inciso III. (Incluído pela Lei n° psicológica preliminar e complementar sempre que
12.619, de 2012) a ele se submeter o condutor que exerce atividade
Art. 145-A. Além do disposto no art. 145, para con- remunerada ao veículo, incluindo-se esta avaliação
duzir ambulâncias, o candidato deverá comprovar para os demais candidatos apenas no exame refe-
treinamento especializado e reciclagem em cursos rente à primeira habilitação. (Redação dada pela
específicos a cada 5 (cinco) anos, nos termos da nor- Lei n° 10.350, de 2001)
matização do CONTRAN. (Incluído pela Lei n° 12.998, § 4° Quando houver indícios de deficiência física ou
de 2014) mental, ou de progressividade de doença que possa
Art. 146. Para conduzir veículos de outra cate- diminuir a capacidade para conduzir o veículo, os
prazos previstos nos incisos I, II e III do § 2° des-
goria o condutor deverá realizar exames comple-
te artigo poderão ser diminuídos por proposta do
mentares exigidos para habilitação na categoria perito examinador. (Lei n° 14.071 de 2020)
pretendida.
Memorize os prazos que são novos e entrarão em
São três etapas/exames: vigor em 2021: agora são 10 anos para renovação do
exame de aptidão física e mental, desde que tenha
z O primeiro exame a ser feito neste caso (adição ou até 50 anos de idade. Aqui há um detalhe: condutores
alteração de categoria) é o de Aptidão Física e Men- deficientes físicos ou mentais ou doentes progressivos
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
tal, seguido do Curso prático para direção veicular; podem ter um tempo menor a critério do examinador.
e por fim, o Exame Prático de Direção veicular.
z Os dois últimos deverão ser feitos em veículos cor- § 5° O condutor que exerce atividade remunerada
respondentes a categoria pretendida. ao veículo terá essa informação incluída na sua
Carteira Nacional de Habilitação, conforme especi-
ficações do Conselho Nacional de Trânsito – CON-
Importante! TRAN. (Incluído pela Lei n° 10.350, de 2001)
§ 6° Os exames de aptidão física e mental e a ava-
Note que para adição de categoria e mudança de liação psicológica deverão ser analisados objetiva-
categoria não são exigidos nem a Avaliação Psi- mente pelos examinados, limitados aos aspectos
cológica, nem Curso Teórico sobre Legislação de técnicos dos procedimentos realizados, conforme
Trânsito, Direção Defensiva e Primeiros Socorros. regulamentação do CONTRAN, e subsidiarão a
fiscalização prevista no § 7° deste artigo. (Lei n°
14.071 de 2020)
§ 7° Os órgãos ou entidades executivas de trânsi-
Art. 147. O candidato à habilitação deverá subme- to dos Estados e do Distrito Federal, com a cola-
ter-se a exames realizados pelo órgão executivo de boração dos conselhos profissionais de medicina
trânsito, na seguinte ordem: e psicologia, deverão fiscalizar as entidades e os
I - de aptidão física e mental; profissionais responsáveis pelos exames de aptidão
II - (VETADO) física e mental e pela avaliação psicológica no míni-
III - escrito, sobre legislação de trânsito; mo 1 (uma) vez por ano.” (Lei n° 14.071 de 2020) 55
Art. 147-A. Ao candidato com deficiência auditi- Art. 147 [...]
va é assegurada acessibilidade de comunicação, § 6º Os exames de aptidão física e mental e a ava-
mediante emprego de tecnologias assistivas ou de liação psicológica deverão ser analisados objetiva-
ajudas técnicas em todas as etapas do processo de mente pelos examinados, limitados aos aspectos
habilitação. (Incluído pela Lei n° 13.146, de 2015) técnicos dos procedimentos realizados, conforme
§ 1° O material didático audiovisual utilizado em regulamentação do CONTRAN, e subsidiarão a
aulas teóricas dos cursos que precedem os exames fiscalização prevista no § 7º deste artigo. (Lei n°
previstos no art. 147 desta Lei deve ser acessível,
14071 de 2020)
por meio de subtitulação com legenda oculta asso-
§ 7° Os órgãos ou entidades executivos de trânsi-
ciada à tradução simultânea em Libras. (Incluído
to dos Estados e do Distrito Federal, com a cola-
pela Lei n° 13.146, de 2015)
§ 2° É assegurado também ao candidato com defi- boração dos conselhos profissionais de medicina
ciência auditiva requerer, no ato de sua inscrição, e psicologia, deverão fiscalizar as entidades e os
os serviços de intérprete da Libras, para acompa- profissionais responsáveis pelos exames de aptidão
nhamento em aulas práticas e teóricas. (Incluído física e mental e pela avaliação psicológica no míni-
pela Lei n° 13.146, de 2015) mo 1 (uma) vez por ano.
Art. 150. Ao renovar os exames previstos no artigo Detalhes devem ser considerados para sua prova.
anterior, o condutor que não tenha curso de dire- Veja um resumo:
ção defensiva e primeiros socorros deverá a eles ser
submetido, conforme normatização do CONTRAN. TIPO DE COR DA COR DA
LOCAL DA
Parágrafo único. A empresa que utiliza condutores LARGURA FAIXA NO
VEÍCULO FAIXA INSCRIÇÃO
contratados para operar a sua frota de veículos é VEÍCULO
obrigada a fornecer curso de direção defensiva, pri- Escolar Amarela
Preta
40 cm
Traseira
meiros socorros e outros conforme normatização (em regra) e laterais
do CONTRAN. Auto
Amarela Preta 20 cm Ao longo
Art. 152. O exame de direção veicular será rea- escola
lizado perante comissão integrada por 3 (três) Auto
membros designados pelo dirigente do órgão escola Branca Preta 20 cm Ao longo
executivo local de trânsito. (Redação dada pela (eventual)
Lei n° 13.281, de 2016)
§ 1° Na comissão de exame de direção veicular, pelo Art. 155. A formação de condutor de veículo
menos um membro deverá ser habilitado na catego- automotor e elétrico será realizada por instru-
ria igual ou superior à pretendida pelo candidato. tor autorizado pelo órgão executivo de trânsito
dos Estados ou do Distrito Federal, pertencente
O exame de direção veicular será feito por uma comis- ou não à entidade credenciada.
são de 03 (três) membros e um deles tem que ter habilita- Parágrafo único. Ao aprendiz será expedida auto-
ção igual ou superior à pretendida pelo candidato. rização para aprendizagem, de acordo com a
regulamentação do CONTRAN, após aprovação
§ 2° Os militares das Forças Armadas e os policiais e nos exames de aptidão física, mental, de primeiros
bombeiros dos órgãos de segurança pública da União, socorros e sobre legislação de trânsito. (Incluído
dos Estados e do Distrito Federal que possuírem curso pela Lei n° 9.602, de 1998)
de formação de condutor ministrado em suas corpora-
ções serão dispensados, para a concessão do documen- Para conduzir veículo da autoescola, quando do cur-
to de habilitação, dos exames aos quais se houverem so prático de direção veicular, o aprendiz receberá uma
submetido com aprovação naquele curso, desde que autorização para aprendizagem, de acordo com a regu-
neles sejam observadas as normas estabelecidas pelo lamentação do CONTRAN. Essa autorização é a chamada
CONTRAN. (Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016) Licença de Aprendizagem de Direção Veicular (LADV) que
3. (FUNCAB - 2013) Para habilitar-se nas categorias D e E, o condutor deve entre outros requisitos, estar habilitado no
mínimo há:
Artigo 143 do CTB é muito importante para respondermos essa questão. Quanto ao texto legal, sua resposta está no
artigo 145, inciso II, alínea B. Resposta: Letra C.
4. (FCC - 2018) A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao condutor portador de Permissão para Dirigir ao
término de
a) doze meses, desde que ele não tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou seja reincidente
em infração média.
b) vinte e quatro meses, desde que ele não tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou seja
reincidente em infração média.
c) dezoito meses, desde que ele não tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou seja reinci-
dente em infração média.
d) dezoito meses, desde que ele não tenha cometido nenhuma infração de natureza gravíssima, grave ou média.
e) seis meses, desde que ele não tenha cometido nenhuma infração de natureza média ou seja reincidente em infração
média por uma única vez.
Primeiramente, o condutor recebe sua Permissão para dirigir (PPD). Só após 01 (um) ano, ele receberá sua CNH
desde que ele não tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou seja reincidente em
infração média. Vejamos a lei:
Art. 148. [...]
§ 3° A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao condutor no término de um ano, desde que o mesmo não tenha
cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou seja reincidente em infração média. Resposta: Letra A.
5. (FCC - 2019) Os condutores das categorias C, D e E deverão submeter-se a exames toxicológicos para a habilitação e
renovação da Carteira Nacional de Habilitação. O exame será realizado, em regime de livre concorrência, pelos laboratórios
credenciados pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), nos termos das normas do CONTRAN, VEDADO aos
entes públicos:
I. Fixar preços para os exames.
II. Limitar o número de empresas ou o número de locais em que a atividade pode ser exercida.
III. Estabelecer regras de exclusividade territorial.
a) I, II e III.
b) I e III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, apenas.
e) II e III, apenas.
Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância de qualquer preceito deste Código ou da legislação comple-
mentar, e o infrator sujeita-se às penalidades e às medidas administrativas indicadas em cada artigo deste Capítulo
e às punições previstas no Capítulo XIX deste Código. (Lei n° 14.071 DE 2020)
É certo que não há uma fórmula “mágica” para você memorizar todas as infrações de trânsito de uma só vez,
por isso, faz-se necessário que você lance mão de algumas estratégias para memorizar o maior número possível
delas ou, pelo menos, aquelas boas de prova. Alguns professores sugerem uma classificação por natureza da
infração, outros sugerem separar por similaridades de termos como, por exemplo, estudar todas as infrações que
possuem a palavra “acostamento”. Vamos, aqui, tentar combinar ambos:
FATOR
INFRAÇÃO – ART. 162 PENALIDADE MEDIDA ADMINISTRATIVA
MULTIPLICATIVO
Multa Retenção do veículo até chegar condutor
Sem CNH/ACC 3x
gravíssima habilitado
Dirigir sem lentes corretoras Multa Retenção do veículo até colocar a lente
1x
previstas na CNH gravíssima ou óculos
z Também serão penalizadas nas mesmas condições as pessoas que entregam ou permitem que condutores
nestas situações dirijam o veículo.
z Conforme o art. 309 do CTB, é crime dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para
Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano;
z Conforme o art. 310 do CTB, é crime permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não
habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de
saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança.
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: (Redação
dada pela Lei n° 11.705, de 2008)
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei n° 11.705, de 2008)
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses.(Redação dada pela Lei n°
12.760, de 2012)
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no §
4° do art. 270 da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro. (Redação dada pela Lei
n° 12.760, de 2012)
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze)
meses. (Redação dada pela Lei n° 12.760, de 2012)
Esta infração você deve estudar pormenorizadamente, já que qualquer detalhe pode ser cobrado. Causadora
de muitos acidentes, talvez seja a mais importante infração a ser memorizada. Inclusive, pode ser considerado
crime em alguns casos que veremos na parte criminal. Para ser considerado o legislador estabeleceu parâmetros
na resolução n° 432/2013.
FATOR MEDIDA
INFRAÇÃO PENALIDADE
MULTIPLICATIVO ADMINISTRATIVA
Perceba que são 02 (duas) penalidades; se reincidir na mesma infração em 12 meses a multa será dobrada (R$
5869,40).
Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que permita certificar
influência de álcool ou outra substância psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277: (Incluído pela Lei n° 13.281,
60 de 2016)
Infração - gravíssima;(Incluído pela Lei n° 13.281, Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar
de 2016) o cinto de segurança, conforme previsto no art. 65:
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direi- Infração - grave;
to de dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei Penalidade - multa;
n° 13.281, de 2016) Medida administrativa - retenção do veículo até
Medida administrativa - recolhimento do documen- colocação do cinto pelo infrator.
to de habilitação e retenção do veículo, observado
o disposto no § 4° do art. 270. (Incluído pela Lei n° Infração comum e popular. Segundo o art. 65 do CTB,
13.281, de 2016) é obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista e passageiros em todas as vias do território nacional, sal-
no caput em caso de reincidência no período de até
vo em situações regulamentadas pelo CONTRAN, como,
12 (doze) meses. (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
por exemplo, em ônibus de linhas onde seja permitido
viajar em pé, veículos de uso bélico (conforme definição
Quem recusa realizar o bafômetro também sofre-
dada pela Res. 570/15) etc. Memorize!
rá as mesmas penalidades administrativas de quem
bebeu e dirigiu. Repare que a penalidade é idêntica.
Art. 168. Transportar crianças em veículo auto-
motor sem observância das normas de seguran-
Art. 165-B. Conduzir veículo para o qual seja exi-
gida habilitação nas categorias C, D ou E sem rea-
ça especiais estabelecidas neste Código:
lizar o exame toxicológico previsto no § 2° do art. Infração - gravíssima;
148-A deste Código, após 30 (trinta) dias do venci- Penalidade - multa;
mento do prazo estabelecido: Medida administrativa - retenção do veículo até
Infração - gravíssima; que a irregularidade seja sanada.
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do
direito de dirigir por 3 (três) meses, condicionado Segundo a Resolução n° 277/2008, as crianças pos-
o levantamento da suspensão à inclusão no Renach suem dispositivos de segurança específicos para cada ida-
de resultado negativo em novo exame. de. Por exemplo, crianças de até 1 ano devem usar o bebê
Parágrafo único. Incorre na mesma penalidade o conforto; as crianças com idade superior a um 1 e infe-
condutor que exerce atividade remunerada ao veí- rior ou igual a 4 anos deverão utilizar, obrigatoriamente,
culo e não comprova a realização de exame toxi- o dispositivo de retenção denominado “cadeirinha”.
cológico periódico exigido pelo § 2° do art. 148-A Para efeitos de curiosidade, conforme o art. 1°, § 3°,
deste Código por ocasião da renovação do docu- as exigências relativas ao sistema de retenção no trans-
mento de habilitação nas categorias C, D ou E. (Lei porte de crianças com até 7,5 anos de idade, não se apli-
n° 14.071 de 2020)
cam aos veículos de transporte coletivo, aos de aluguel,
aos táxis, aos veículos escolares e aos demais veículos
A cada dois anos e meio deve-se realizar o exame com PBT superior a 3,5t. Lembrando que a partir de
toxicológico. Se passar de 30 dias sem realizar o exame
abril de 2021, as crianças maiores de 1,45 metros não
e conduzir o veículo, teremos uma multa gravíssima x5.
estarão sujeitas a esses dispositivos de retenção.
Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a
pessoa que, mesmo habilitada, por seu estado físico MEDIDA
INFRAÇÃO PENALIDADE
ou psíquico, não estiver em condições de dirigi-lo ADMINISTRATIVA
com segurança:
Adulto sem
Infração - gravíssima; Retenção do veículo
cinto de Multa grave
Penalidade - multa. até regularização
segurança
Quem entrega a direção de veículo a condutor Criança sem
Multa Retenção do veículo
embriagado, por exemplo, responde por essa infra- dispositivo
gravíssima até regularização
ção. Esta autuação deve ser feita a todo proprietário de segurança
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
que confia ou entrega o veículo a pessoa sem condi-
ções físicas ou psicológicas para dirigir, como, por
Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados
exemplo, as embriagadas (art. 165), sob efeito de
indispensáveis à segurança:
medicamentos (art. 165), com membros imobilizados
Infração - leve;
(art. 252, III), com alguma doença mental (art. 252, III),
Penalidade - multa.
com restrições relativas ao estado físico do condutor,
expressas no verso da CNH (art. 195) etc.
Segundo o art. 28 do CTB, o condutor deverá, a
todo o momento, ter domínio de seu veículo, dirigin-
do-o com atenção e cuidados indispensáveis à segu-
Importante!
rança do trânsito.
Além disso, será crime também. Conforme o art.
310 do CTB, é crime de trânsito permitir, confiar z Exemplos de condução do veículo sem atenção:
ou entregar a direção de veículo automotor a conduzir lendo (jornal, mapa impresso, folheto
pessoa não habilitada, com habilitação cassada etc.), conversando e olhando para trás, procuran-
ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a do objetos no porta-luvas ou até atropelando cones
quem, por seu estado de saúde, física ou mental, em local sinalizado.
ou por embriaguez, não esteja em condições de z Outros exemplos em lei específica: condutor de ôni-
conduzi-lo com segurança. bus ou micro-ônibus transitando com porta(s) aber-
ta(s), conforme Resolução n° 416 e 445. 61
Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que Medida administrativa - recolhimento do documen-
estejam atravessando a via pública, ou os demais to de habilitação e remoção do veículo.
veículos: Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa pre-
Infração - gravíssima; vista no caput em caso de reincidência no período
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir; de 12 (doze) meses da infração anterior. (Incluído
Medida administrativa - retenção do veículo e reco- pela Lei n° 12.971, de 2014)
lhimento do documento de habilitação.
Segundo o art. 67 do CTB, as provas ou competi-
z Exemplo: motorista realizando manobras arrisca- ções desportivas, inclusive seus ensaios, em via aberta
das em local movimentado, ameaçando arrancar à circulação, só poderão ser realizadas mediante pré-
quando o pedestre está atravessando a faixa ou via permissão da autoridade de trânsito com circuns-
desviando intencionalmente a direção a pedestre crição sobre a via.
ou outro veículo. Conforme o art. 308 do CTB, é crime de trânsito
participar, na direção de veículo automotor, em via
Art. 171. Usar o veículo para arremessar, sobre os pública, de corrida, disputa ou competição automo-
pedestres ou veículos, água ou detritos: bilística não autorizada pela autoridade competen-
Infração - média;
te, desde que resulte dano potencial à incolumidade
Penalidade - multa.
pública ou privada.
z Exemplo: veículo passando sobre poças de água
de forma proposital, atingindo pessoas ou veículos.
Importante!
Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via Se reincidir na mesma infração em 12 meses a
objetos ou substâncias: multa será dobrada (R$ 5869,40). Perceba que
Infração - média; nestes casos são popularmente conhecidos
Penalidade - multa.
como “rachas” não há menção ao prazo de sus-
pensão do direito de dirigir.
z • Exemplo: objetos ou substâncias atiradas ou
abandonadas na via em quantidade expressiva
como, por exemplo, um caminhão de entulho. Art. 176. Deixar o condutor envolvido em aci-
dente com vítima:
Art. 173. Disputar corrida: (Redação dada pela Lei I - de prestar ou providenciar socorro à vítima,
n° 12.971, de 2014) podendo fazê-lo;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direi-
Segundo o art. 304 do CTB, é crime o condutor do
to de dirigir e apreensão do veículo; (Redação dada
pela Lei n° 12.971, de 2014) veículo (envolvido, mas não o responsável) deixar,
Medida administrativa - recolhimento do documen- na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro
to de habilitação e remoção do veículo. à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa pre- justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade
vista no caput em caso de reincidência no período pública; incide nas penas previstas neste artigo o con-
de 12 (doze) meses da infração anterior. (Incluído dutor do veículo, ainda que a sua omissão seja supri-
pela Lei n° 12.971, de 2014) da por terceiros ou que se trate de vítima com morte
Art. 174. Promover, na via, competição, eventos instantânea ou com ferimentos leves. Conforme o art.
organizados, exibição e demonstração de perícia 305 do CTB, é crime o condutor do veículo se afastar
em manobra de veículo, ou deles participar, como do local do acidente (responsável pelo acidente), para
condutor, sem permissão da autoridade de trânsito fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa
com circunscrição sobre a via: (Redação dada pela
ser atribuída.
Lei n° 12.971, de 2014)
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direi- II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sen-
to de dirigir e apreensão do veículo; (Redação dada tido de evitar perigo para o trânsito no local;
pela Lei n° 12.971, de 2014)
Medida administrativa - recolhimento do documen- LEI N° 5.970 DE 1973
to de habilitação e remoção do veículo.
§ 1° As penalidades são aplicáveis aos promotores Importante observar o estado de necessidade, que
e aos condutores participantes. (Incluído pela Lei obriga os envolvidos a alterarem o local de forma a
n° 12.971, de 2014) evitar novo acidente, antes da chegada do socorro.
§ 2° Aplica-se em dobro a multa prevista no caput Conforme as Leis 5.970/73 e 6.174/74, em caso de aci-
em caso de reincidência no período de 12 (doze) dente de trânsito apenas o agente policial poderá autori-
meses da infração anterior. (Incluído pela Lei n° zar a imediata remoção das pessoas e veículos envolvidos
12.971, de 2014)
e que estiverem no leito da via com prejuízo ao tráfego.
Art. 175. Utilizar-se de veículo para demonstrar
ou exibir manobra perigosa, mediante arrancada
III - de preservar o local, de forma a facilitar os tra-
brusca, derrapagem ou frenagem com deslizamen-
to ou arrastamento de pneus: (Redação dada pela balhos da polícia e da perícia;
Lei n° 12.971, de 2014)
Infração - gravíssima; A situação deverá ser analisada criteriosamente.
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direi- Se restar comprovado que não havia risco no local e
to de dirigir e apreensão do veículo; (Redação dada mesmo assim o condutor o alterou de forma proposital,
62 pela Lei n° 12.971, de 2014) teremos também o crime previsto no art. 312 do CTB.
IV - de adotar providências para remover o veícu- Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por fal-
lo do local, quando determinadas por policial ou ta de combustível:
agente da autoridade de trânsito; Infração - média;
Penalidade - multa;
Não é incomum o condutor se recusar a permitir Medida administrativa - remoção do veículo.
que seu veículo seja removido antes da chegada de
representante da seguradora. Assim, deve o agente Detalhe importante: segundo o art. 27 do CTB, antes
agir com firmeza e adotar as medidas necessárias, de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o
impedindo que o condutor atrapalhe o serviço. condutor deverá verificar a existência e as boas con-
dições de funcionamento dos equipamentos de uso
V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar obrigatório, bem como se assegurar da existência de
informações necessárias à confecção do boletim de combustível suficiente para chegar ao local de destino.
ocorrência:
Art. 181. Estacionar o veículo:
Conforme o art. 68 da LCP, é contravenção recusar à I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo
autoridade, quando por esta justificadamente solicitados do alinhamento da via transversal:
Infração - média;
ou exigidos, dados ou indicações concernentes à própria
Penalidade - multa;
identidade, estado, profissão, domicílio e residência.
Medida administrativa - remoção do veículo;
Temos também o art. 312 do CTB, que traz como crime II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cin-
inovar artificiosamente, em caso de acidente automo- quenta centímetros a um metro:
bilístico com vítima, na pendência do respectivo pro- Infração - leve;
cedimento policial preparatório, inquérito policial ou Penalidade - multa;
processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, Medida administrativa - remoção do veículo;
a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz. III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais
de um metro:
Infração - gravíssima; Infração - grave;
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do Penalidade - multa;
direito de dirigir; Medida administrativa - remoção do veículo;
Medida administrativa - recolhimento do documen- IV - em desacordo com as posições estabelecidas
to de habilitação. neste Código:
Infração - média;
Veja que esse artigo possui muitas condutas impor- Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
tantes que devem ser lembradas. Aliás, costuma cair
V - na pista de rolamento das estradas, das rodo-
em provas! Então não esqueça esse artigo que prevê
vias, das vias de trânsito rápido e das vias dotadas
ainda a penalidade de suspensão da CNH. de acostamento:
Infração - gravíssima;
Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à Penalidade - multa;
vítima de acidente de trânsito quando solicitado Medida administrativa - remoção do veículo;
pela autoridade e seus agentes: VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro
Infração - grave; de água ou tampas de poços de visita de galerias
Penalidade - multa. subterrâneas, desde que devidamente identificados,
conforme especificação do CONTRAN:
Qual a diferença para o artigo anterior? Neste caso, Infração - média;
o condutor não está envolvido no acidente de trânsito. Penalidade - multa;
Aqui a infração é de natureza grave. Medida administrativa - remoção do veículo;
VII - nos acostamentos, salvo motivo de força
Art. 178. Deixar o condutor, envolvido em acidente maior:
sem vítima, de adotar providências para remover Infração - leve;
Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na dis- Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de
tância necessária a pequenas manobras e de forma um metro e cinquenta centímetros ao passar ou
a não causar riscos à segurança: ultrapassar bicicleta:
Infração - grave; Infração - média;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
Art. 195. Desobedecer às ordens emanadas da auto-
ridade competente de trânsito ou de seus agentes: Como o agente de trânsito vai flagrar uma infração
Infração - grave;
como esta? Seria preciso uma câmera com “tira-teima”.
Penalidade - multa.
De qualquer forma memorize essa distância de 1,5 m.
Deve-se tomar cuidado com o acompanhamen-
Art. 202. Ultrapassar outro veículo:
to à veículos que se evadem da fiscalização, pois são
I - pelo acostamento;
comuns os acidentes com viaturas, lesionando servi- II - em interseções e passagens de nível;
dores e usuários das vias. Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei n°
12.971, de 2014)
Art. 196. Deixar de indicar com antecedência, Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada
mediante gesto regulamentar de braço ou luz indi- pela Lei n° 12.971, de 2014)
cadora de direção do veículo, o início da marcha, Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro
a realização da manobra de parar o veículo, a veículo:
mudança de direção ou de faixa de circulação: I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade
Infração - grave; suficiente;
Penalidade - multa.
II - nas faixas de pedestre;
III - nas pontes, viadutos ou túneis;
Esta é a infração de deixar de ligar a “seta” e tem IV - parado em fila junto a sinais luminosos, por-
natureza grave. No entanto, os gestos convencionais de teiras, cancelas, cruzamentos ou qualquer outro
braços podem substituir a “seta”. Conforme o art. 35 do impedimento à livre circulação;
CTB, antes de iniciar qualquer manobra que implique V - onde houver marcação viária longitudinal de
um deslocamento lateral, o condutor deverá indicar divisão de fluxos opostos do tipo linha dupla contí-
seu propósito de forma clara e com a devida antece- nua ou simples contínua amarela:
dência, por meio da luz indicadora de direção de seu Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei n°
66 veículo, ou fazendo gesto convencional de braço. 12.971, de 2014)
Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada Para que esta infração se configure, é necessário
pela Lei n° 12.971, de 2014) que o cortejo seja de tamanho tal que necessite da pre-
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa pre- sença de Agentes da Autoridade de Trânsito no local.
vista no caput em caso de reincidência no período
de até 12 (doze) meses da infração anterior. (Incluí-
Art. 206. Executar operação de retorno:
do pela Lei n° 12.971, de 2014)
I - em locais proibidos pela sinalização;
II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e
Conforme o art. 32 do CTB, o condutor não poderá túneis;
ultrapassar veículos em vias com duplo sentido de dire- III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas,
ção e pista única, nos trechos em curvas e em aclives ajardinamento ou canteiros de divisões de pista de
sem visibilidade suficiente, nas passagens de nível, nas rolamento, refúgios e faixas de pedestres e nas de
pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, exceto veículos não motorizados;
quando houver sinalização permitindo a ultrapassagem. IV - nas interseções, entrando na contramão de
Infrações de ultrapassagem são muito importantes. Veja direção da via transversal;
a tabela a seguir com um resumo dessas infrações: V - com prejuízo da livre circulação ou da seguran-
ça, ainda que em locais permitidos:
INFRAÇÕES DE ULTRAPASSAGEM Infração - gravíssima;
Local/ Fator Penalidade - multa.
Natureza Observação
Circunstância Multiplicativo
Interseções Perceba que em todas infrações conforme o art. 39
e passagens Gravíssima 5x do CTB, nas vias urbanas, a operação de retorno deve-
de nível rá ser feita nos locais para isto determinados, quer
por meio de sinalização, quer pela existência de locais
Acostamento Gravíssima 5x
apropriados, ou, ainda, em outros locais que ofereçam
Curva/aclive/ condições de segurança e fluidez, observadas as carac-
Pela
declive (sem Gravíssima 5x terísticas da via, do veículo, das condições meteoroló-
contramão
visibilidade) gicas e da movimentação de pedestres e ciclistas.
Faixa de Pela Conforme o Item 5 do Manual de Sinalização Hori-
Gravíssima 5x
pedestre contramão zontal (Res. 236/07), as marcas longitudinais contínuas
Ponte/ Pela (LMS - brancas ou LFO - amarelas) tem poder de regula-
Gravíssima 5x mentação de proibição de ultrapassagem e transposição.
viaduto/túnel contramão
Veículos
Pela Art. 207. Executar operação de conversão à direita
parados em Gravíssima 5x
contramão ou à esquerda em locais proibidos pela sinalização:
fila
Infração - grave;
Faixa contí- Pela Penalidade - multa.
Gravíssima 5x
nua amarela contramão
Veículo em Conforme o art. 37 do CTB, nas vias providas de acos-
cortejo, des- tamento, a conversão à esquerda e a operação de retor-
file, préstito, Leve - no deverão ser feitas nos locais apropriados e, onde estes
formação não existirem, o condutor deverá aguardar no acosta-
militar mento, à direita, para cruzar a pista com segurança.
Veículos
Art. 208. Avançar o sinal vermelho do semáforo ou
parados em Grave -
o de parada obrigatória, exceto onde houver sina-
fila
lização que permita a livre conversão à direita pre-
vista no art. 44-A deste Código: (Lei n° 14.071/2020)
Conforme o art. 38 do CTB, parágrafo único, duran- Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo
te a manobra de mudança de direção, o condutor de forma compatível com a segurança do trânsito:
deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos I - quando se aproximar de passeatas, aglomera-
veículos que transitem em sentido contrário pela fai- ções, cortejos, préstitos e desfiles:
xa da via da qual vai sair, respeitadas as normas de Infração - gravíssima;
preferência de passagem. Penalidade - multa;
II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controla-
Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxi-
ma permitida para o local, medida por instrumento do pelo agente da autoridade de trânsito, mediante
ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito sinais sonoros ou gestos;
rápido, vias arteriais e demais vias: (Redação dada III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio)
pela Lei n° 11.334, de 2006) ou acostamento;
I - quando a velocidade for superior à máxima em
IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção
até 20% (vinte por cento): (Redação dada pela Lei
n° 11.334, de 2006) não sinalizada;
Infração - média; (Redação dada pela Lei n° 11.334, V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja
de 2006) cercada;
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei n° VI - nos trechos em curva de pequeno raio;
11.334, de 2006)
VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com
II - quando a velocidade for superior à máxima em
mais de 20% (vinte por cento) até 50% (cinquenta por advertência de obras ou trabalhadores na pista;
cento): (Redação dada pela Lei n° 11.334, de 2006) VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes;
Infração - grave;(Redação dada pela Lei n° 11.334, IX - quando houver má visibilidade;
de 2006) X - quando o pavimento se apresentar escorrega-
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei n°
dio, defeituoso ou avariado;
11.334, de 2006)
III - quando a velocidade for superior à máxima em XI - à aproximação de animais na pista;
mais de 50% (cinquenta por cento): (Incluído pela XII - em declive;
Lei n° 11.334, de 2006) Infração - grave;
Infração - gravíssima; (Lei n° 14.071, de 2020) Penalidade - multa;
Penalidade - multa 3 (três) vezes e suspensão do
direito de dirigir (Lei n° 14.071, de 2020) XIII - ao ultrapassar ciclista: ( Lei n° 14.071 de 2020)
XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, esta-
ções de embarque e desembarque de passageiros ou
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
Conforme o art. 43 do CTB, ao regular a velocidade,
o condutor deverá observar constantemente as condi- onde haja intensa movimentação de pedestres:
ções físicas da via, do veículo e da carga, as condições Infração - gravíssima;
meteorológicas e a intensidade do trânsito, obedecendo Penalidade - multa.
aos limites máximos de velocidade estabelecidos para
a via. A Resolução n° 798/20 do CONTRAN estabelece os
Importante resumirmos as informações contidas
requisitos para a fiscalização de velocidade. Finalmen-
te, em 2020, retiraram a suspensão imediata do direito neste artigo. Vejamos:
de dirigir como penalidade. A suspensão continua, mas
não de forma imediata o que era um grande equívoco. INFRAÇÕES DE DEIXAR DE REDUZIR VELOCIDADE
DE FORMA COMPATÍVEL
INFRAÇÕES DE TRANSITAR EM VELOCIDADE ACIMA DA
PERMITIDA SITUAÇÃO NATUREZA
Fator
Situação Natureza
Multiplicativo
Penalidade Aproximar de passeatas, aglome-
rações, cortejos, préstitos e des- Gravíssima
Até 20% da
máxima
Média Não há Multa files e ao ultrapassar ciclista
Mais de 20% Escolas hospitais, estações de
Grave Não há Multa
até 50% embarque e desembarque de
Gravíssima
Multa + suspensão passageiros ou onde haja intensa
Mais de 50% Gravíssima 3x
do direito de dirigir movimentação de pedestres 69
Penalidade - multa.
INFRAÇÕES DE DEIXAR DE REDUZIR VELOCIDADE
DE FORMA COMPATÍVEL
Segundo o art. 1° da Resolução n° 36/98, o condu-
SITUAÇÃO NATUREZA tor deve acionar de imediato as luzes de advertência
(pisca-alerta) providenciando a colocação do triângu-
Local controlado por agente de lo de sinalização ou equipamento similar à distância
trânsito mínima de 30 metros da parte traseira do veículo. O
Calçada - acostamento- in- equipamento de sinalização de emergência deverá
terseção não sinalizada- vias ser instalado perpendicularmente ao eixo da via, e em
rurais (não cercada) - curva de condição de boa visibilidade.
pequeno raio- local com obras e
trabalhadores Grave Art. 226. Deixar de retirar todo e qualquer objeto
Chuva neblina, cerração ou ven- que tenha sido utilizado para sinalização temporá-
tos fortes ria da via:
Infração - média;
Local com má visibilidade - pavi- Penalidade - multa.
mento se apresentar escorrega-
dio, defeituoso ou avariado Conforme o art. 26, I do CTB, os usuários das vias
Animais na pista terrestres devem abster-se de todo ato que possa cons-
tituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos,
de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a
Art. 221. Portar no veículo placas de identifica-
propriedades públicas ou privadas;
ção em desacordo com as especificações e modelos
estabelecidos pelo CONTRAN:
Infração - média; Art. 227. Usar buzina:
Penalidade - multa; I - em situação que não a de simples toque breve
Medida administrativa - retenção do veículo para como advertência ao pedestre ou a condutores de
regularização e apreensão das placas irregulares. outros veículos;
Parágrafo único. Incide na mesma penalidade aque- II - prolongada e sucessivamente a qualquer
le que confecciona, distribui ou coloca, em veículo pretexto;
próprio ou de terceiros, placas de identificação não III - entre as vinte e duas e as seis horas;
autorizadas pela regulamentação. IV - em locais e horários proibidos pela sinalização;
V - em desacordo com os padrões e frequências
estabelecidas pelo CONTRAN:
Conforme Resolução n° 780/19, a nova placa
Infração - leve;
do MERCOSUL é o novo padrão de placas no Brasil. Penalidade - multa.
Segundo a nova lei, a partir de 2021, não será mais
pontuada no prontuário do proprietário. Perceba que todas as infrações de buzina são de
natureza leve. Lembrando que entre 22h e 6 h é proi-
Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de
bido acionamento de buzina em qualquer hipótese. E
atendimento de emergência, o sistema de ilumina-
outra: só buzine em toque breve, buzinas prolongadas
ção vermelha intermitente dos veículos de polícia,
servem apenas para causar perturbação.
de socorro de incêndio e salvamento, de fiscalização
de trânsito e das ambulâncias, ainda que parados:
Infração - média; Art. 228. Usar no veículo equipamento com som em
Penalidade - multa. volume ou frequência que não sejam autorizados
Art. 223. Transitar com o farol desregulado ou com pelo CONTRAN:
o facho de luz alta de forma a perturbar a visão de Infração - grave;
outro condutor: Penalidade - multa;
Infração - grave; Medida administrativa - retenção do veículo para
Penalidade - multa; regularização.
Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização. A resolução n° 624/2016 passou a fazer nova regu-
lamentação sobre o tema. Antes as multas dependiam
Conforme o art. 40, II nas vias não iluminadas o de um equipamento chamado decibelímetro, certifi-
condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar com cado pelo INMETRO. Com a nova resolução, a autua-
outro veículo ou ao segui-lo. ção agora pode ser feita, “independente do volume ou
frequência”, bastando que o volume do som perturbe
Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis o sossego público. É importante, para que a infração se
em vias providas de iluminação pública: configure, que o som esteja realmente importunando
Infração - leve; alguém. Não basta que seja audível pela parte externa
Penalidade - multa. no veículo, apenas, pois isso dificilmente deixará de
Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a preve- ocorrer, mesmo estando o som com volume normal.
nir os demais condutores e, à noite, não manter acesas
as luzes externas ou omitir-se quanto a providências Art. 229. Usar indevidamente no veículo aparelho
necessárias para tornar visível o local, quando: de alarme ou que produza sons e ruído que pertur-
I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento bem o sossego público, em desacordo com normas
ou permanecer no acostamento; fixadas pelo CONTRAN:
II - a carga for derramada sobre a via e não puder Infração - média;
ser retirada imediatamente: Penalidade - multa e apreensão do veículo;
70 Infração - grave; Medida administrativa - remoção do veículo.
Conforme o art. 2° da Resolução n° 37/98, o dispo- VI - com qualquer uma das placas de identificação
sitivo sonoro do sistema, a que se refere o art. 1° desta sem condições de legibilidade e visibilidade:
Resolução, não poderá: Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo;
z I: produzir sons contínuos ou intermitentes asse-
VII - com a cor ou característica alterada;
melhados aos utilizados, privativamente, pelos
veículos de socorro de incêndio e salvamento, de
Conforme o art. 98 do CTB, nenhum proprietário
polícia, de operação e fiscalização de trânsito e ou responsável poderá, sem prévia autorização da
ambulância; autoridade competente, fazer ou ordenar que sejam
z II: emitir sons contínuos ou intermitentes de adver- feitas no veículo modificações de suas características
tência por um período superior a 1(um) minuto de fábrica. Segundo a Lei n° 14.071 de 2020, não é pas-
sível de pontuação na CNH esta infração.
Art. 230. Conduzir o veículo:
I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa VIII - sem ter sido submetido à inspeção de seguran-
ou qualquer outro elemento de identificação do veí- ça veicular, quando obrigatória;
culo violado ou falsificado;
A resolução n° 718 estabelece a forma e as condi-
A Resolução n° 24/98 do CONTRAN estabelece o cri- ções de implantação e operação do Programa de Ins-
tério de identificação de veículos, a que se refere o art. peção Técnica Veicular em atendimento ao disposto
114 do CTB no art. 104 da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997,
que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
II - transportando passageiros em compartimento
de carga, salvo por motivo de força maior, com per- IX - sem equipamento obrigatório ou estando este
missão da autoridade competente e na forma esta- ineficiente ou inoperante;
belecida pelo CONTRAN; X - com equipamento obrigatório em desacordo
com o estabelecido pelo CONTRAN;
A Resolução n° 508/14 do CONTRAN dispõe sobre
os requisitos de segurança para a circulação, a título Caso o mesmo veículo não possua dois ou mais equi-
precário, de veículo de carga ou misto transportando pamentos, ou apresente dois ou mais equipamentos ine-
passageiros no compartimento de cargas. Nessa reso- ficientes ou inoperantes, haverá somente uma autuação
lução, por exemplo, está previsto que é proibido utili- neste artigo. A Resolução n° 14 de 1998 e alterações esta-
zar veículos de carga tipo basculante e boiadeiro. belecem os equipamentos obrigatórios nos veículos.
Segundo o art. 9° da Resolução 254/07, fora das XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e
áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade demais inscrições previstas neste Código;
do veículo, a aplicação de inscrições, pictogramas ou
painéis decorativos de qualquer espécie será permiti- Conforme o art. 117 do CTB, os veículos de trans-
da, desde que o veículo possua espelhos retrovisores porte de carga e os coletivos de passageiros deverão
externos direito e esquerdo e que sejam atendidas as conter, em local facilmente visível, a inscrição indica-
mesmas condições de transparência para o conjunto tiva de sua tara, do peso bruto total (PBT), do peso bru-
vidro-pictograma/inscrição. Transmitância luminosa to total combinado (PBTC) ou capacidade máxima de
permitida fora das áreas envidraçadas indispensáveis tração (CMT) e de sua lotação, vedado o uso em desa-
à dirigibilidade do veículo: no mínimo 28%. cordo com sua classificação.
A Resolução n° 290/08 disciplina a inscrição de pesos
XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por e capacidades em veículos de tração, de carga e de trans-
películas refletivas ou não, painéis decorativos ou porte coletivo de passageiros. Segundo a Lei n° 14.071 de
pinturas; 2020 não é passível de pontuação na CNH esta infração.
A transmissão luminosa não poderá ser inferior XXII - com defeito no sistema de iluminação, de
a 75% para os vidros incolores dos para-brisas e 70% sinalização ou com lâmpadas queimadas:
para os para-brisas coloridos e demais vidros indispen- Infração - média;
sáveis à dirigibilidade do veículo. Ficam excluídos dos Penalidade - multa.
limites fixados no caput deste artigo os vidros que não
interferem nas áreas envidraçadas indispensáveis à O artigo não prevê retenção para regularização.
dirigibilidade do veículo. para estes vidros, a transpa- Mas, levando em conta que o sistema de iluminação
rência não poderá ser inferior a 28%. Lembre-se que tem enorme relação com a segurança no trânsito, o
película refletiva não pode em nenhuma hipótese. agente fiscal deverá analisar caso a caso com prudên-
cia, antes de decidir liberar ou impedir o prossegui-
XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não mento do veículo, levando em conta a fase do dia, as
autorizadas pela legislação; condições climáticas e de tráfego.
Conforme o art. 111, II do CTB, as cortinas só são XXIII - em desacordo com as condições estabeleci-
autorizadas para os veículos que possuam espelhos das no art. 67-C, relativamente ao tempo de perma-
retrovisores em ambos os lados. nência do condutor ao volante e aos intervalos para
descanso, quando se tratar de veículo de transporte
XVIII - em mau estado de conservação, comprome- de carga ou coletivo de passageiros: (Redação dada
tendo a segurança, ou reprovado na avaliação de pela Lei n° 13.103, de 2015)
inspeção de segurança e de emissão de poluentes e Infração - média; (Redação dada pela Lei n° 13.103,
ruído, prevista no art. 104; de 2015)
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei n°
Conceituar um veículo em mau estado de conser- 13.103, de 2015)
vação é um pouco subjetivo. No entanto, os problemas Medida administrativa - retenção do veículo para
apresentados devem representar risco à segurança do cumprimento do tempo de descanso aplicável.
(Redação dada pela Lei n° 13.103, de 2015)
trânsito. Exemplos: pneus carecas, para-brisas trinca-
XXIV- (VETADO). (Incluído pela Lei n° 12.619, de
do, lataria desprendendo-se etc.
2012)
A Resolução n° 216 de 14 de dezembro de 2006, por
§ 1° Se o condutor cometeu infração igual nos últi-
exemplo, fixa exigências sobre condições de seguran- mos 12 (doze) meses, será convertida, automati-
ça e visibilidade dos condutores em para-brisas em camente, a penalidade disposta no inciso XXIII
veículos automotores, para fins de circulação nas vias em infração grave. (Incluído pela Lei n° 13.103, de
públicas. Nesta norma, o para-brisas em desacordo 2015)
com a resolução é conceituado como veículo em mau § 2° Em se tratando de condutor estrangeiro, a libe-
estado de conservação. Portanto, o agente deve lavrar ração do veículo fica condicionada ao pagamento
o auto de infração com tipificação exata no inciso ou ao depósito, judicial ou administrativo, da mul-
72 XVIII do art. 230 do CTB. ta. (Incluído pela Lei n° 13.103, de 2015)
Os artigos 67-A, 67-C e 67-E do CTB, alterados Penalidade - multa acrescida a cada duzentos qui-
pela Lei n° 13.103/15 (regulamentada pelo Decreto logramas ou fração de excesso de peso apurado,
8.433/15) contém as regras para o tempo de direção constante na seguinte tabela:
e descanso dos motoristas dos veículos de transporte a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32
(cinco reais e trinta e dois centavos); (Redação
rodoviário coletivo de passageiros e de carga.
dada pela Lei n° 13.281, de 2016) (Vigência)
A Resolução n° 525/15 do CONTRAN dispõe sobre
b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos qui-
a fiscalização do tempo de direção do motorista pro- logramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro
fissional. É vedado ao motorista profissional dirigir centavos); (Redação dada pela Lei n° 13.281, de
por mais de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas 2016) (Vigência)
nos veículos de transporte rodoviário coletivo de pas- c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilo-
sageiros ou de transporte rodoviário de cargas. gramas) - R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito
centavos); (Redação dada pela Lei n° 13.281, de
Art. 231. Transitar com o veículo: 2016) (Vigência)
I - danificando a via, suas instalações e d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogra-
equipamentos; mas) - R$ 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a centavos); (Redação dada pela Lei n° 13. 281, de
via: 2016) (Vigência)
a) carga que esteja transportando; e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil qui-
b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando; logramas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cin-
quenta e seis centavos); (Redação dada pela Lei n°
c) qualquer objeto que possa acarretar risco de
13.281, de 2016) (Vigência)
acidente:
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas)
Infração - gravíssima;
- R$ 53,20 (cinquenta e três reais e vinte centa-
Penalidade - multa;
vos); (Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016)
Medida administrativa - retenção do veículo para (Vigência)
regularização; Medida administrativa - retenção do veículo e
transbordo da carga excedente;
A Resolução n° 441/13 (alterada pela 499/14) estipu-
la os requisitos para o transporte de qualquer tipo de A Resolução n° 803, de 2020, regulamenta o assun-
sólido a granel em vias abertas à circulação pública. to. Na fiscalização de peso dos veículos por balança
Caso o veículo não esteja equipado com lona protetora, rodoviária serão admitidas as seguintes tolerâncias:
prevista na Resolução n° 441/13, só poderá prosseguir 5% (cinco por cento) sobre os limites de pesos regu-
após providenciar a colocação de uma lona. No trans- lamentares para o peso bruto total (PBT) e peso bruto
porte, de granéis, não se admite que a carga ultrapasse total combinado (PBTC) e 10% (dez por cento) sobre os
a altura normal das guardas laterais da carroçaria. limites de peso regulamentares por eixo de veículos
transmitidos à superfície das vias públicas.
III - produzindo fumaça, gases ou partículas em
níveis superiores aos fixados pelo CONTRAN; VI - em desacordo com a autorização especial,
expedida pela autoridade competente para transi-
A Resolução n° 452/13, complementada pela Porta- tar com dimensões excedentes, ou quando a mesma
ria 38/14 do DENATRAN, dispõe sobre os procedimentos estiver vencida:
Infração - grave;
a serem adotados pelas autoridades de trânsito e seus
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
agentes na fiscalização das emissões de gases de escapa-
Medida administrativa - remoção do veículo;
mento de veículos automotores de que trata o artigo 231,
III, do CTB. Não configura infração a substituição parcial
Segundo o art. 101 do CTB, ao veículo ou combi-
ou total do sistema de escapamento original por outro nação de veículos utilizados no transporte de carga
similar, desde que respeitados os limites de emissões de indivisível, que não se enquadre nos limites de peso
gases e poluentes e seja certificado pelo INMETRO. e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
concedida, pela autoridade com circunscrição sobre
IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores a via, autorização especial de trânsito, com prazo cer-
aos limites estabelecidos legalmente ou pela sinali- to, válida para cada viagem, atendidas as medidas
zação, sem autorização: de segurança consideradas necessárias. Quando um
Infração - grave; veículo excede dimensões, deve-se expedir uma AET
Penalidade - multa; para que possa circular com excesso de dimensões.
Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização; VII - com lotação excedente;
Conforme o art. 99 do CTB, somente poderá Segundo o art. 100 do CTB, nenhum veículo ou
transitar pelas vias terrestres o veículo cujo peso e combinação de veículos poderá transitar com lota-
dimensões atenderem aos limites estabelecidos pelo ção de passageiros, com peso bruto total, ou com peso
CONTRAN. A Resolução n° 210/06, estabelece os limi- bruto total combinado com peso por eixo, superior ao
tes de peso e dimensões para veículos que transitem fixado pelo fabricante, nem ultrapassar a capacidade
por vias terrestres e dá outras providências. máxima de tração da unidade tratora.
V - com excesso de peso, admitido percentual de VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas
tolerância quando aferido por equipamento, na for- ou bens, quando não for licenciado para esse fim,
ma a ser estabelecida pelo CONTRAN: salvo casos de força maior ou com permissão da
Infração - média; autoridade competente: 73
Infração - média; Esta autuação é difícil aplicação e é de responsabili-
Penalidade - multa; dade do DETRAN estadual. Segundo a Lei n° 14.071 de
Medida administrativa - retenção do veículo; 2020 não é passível de pontuação na CNH esta infração.
Conforme o art. 135 do CTB, os veículos de aluguel, Art. 234. Falsificar ou adulterar documento de
destinados ao transporte individual ou coletivo de habilitação e de identificação do veículo:
passageiros de linhas regulares ou empregados em Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
qualquer serviço remunerado, para registro, licencia-
Medida administrativa - remoção do veículo.
mento e respectivo emplacamento de característica
comercial, deverão estar devidamente autorizados
A Resolução n° 598/16 regulamenta a expedição do
pelo poder público concedente. documento único da CNH, com novo leiaute e requisi-
tos de segurança, a partir de 01/01/2017.
IX - desligado ou desengrenado, em declive:
Infração - média; Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas
Penalidade - multa; partes externas do veículo, salvo nos casos devida-
Medida administrativa - retenção do veículo. mente autorizados:
X - excedendo a capacidade máxima de tração: Infração - grave;
Infração - de média a gravíssima, a depender da Penalidade - multa;
relação entre o excesso de peso apurado e a capaci- Medida administrativa - retenção do veículo para
dade máxima de tração, a ser regulamentada pelo transbordo.
CONTRAN;
Penalidade - multa; A Resolução n° 349/10 do CONTRAN dispõe sobre o
Medida administrativa - retenção do veículo e transporte eventual de cargas ou de bicicletas nos veí-
transbordo de carga excedente. culos classificados nas espécies automóvel, caminho-
Parágrafo único. Sem prejuízo das multas previstas nete, camioneta e utilitário. Entende-se como partes
nos incisos V e X, o veículo que transitar com exces- externas todo local que não seja o interior do habitá-
so de peso ou excedendo à capacidade máxima de culo dos passageiros ou do compartimento de carga.
tração, não computado o percentual tolerado na
forma do disposto na legislação, somente poderá Art. 236. Rebocar outro veículo com cabo flexível
continuar viagem após descarregar o que exceder, ou corda, salvo em casos de emergência:
segundo critérios estabelecidos na referida legisla- Infração - média;
ção complementar. Penalidade - multa.
Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de
porte obrigatório referidos neste Código: Se o reboque for feito de forma a evitar um mal
Infração - leve; maior, não configura infração. Por exemplo: veículo
Penalidade - multa; com pane mecânica sobre ponte ou viaduto ou em
Medida administrativa - retenção do veículo até a local com acostamento estreito. Neste caso, o veículo
apresentação do documento. deverá ser imobilizado novamente no local mais pró-
ximo que ofereça segurança, até que seja providencia-
Segundo a Resolução n° 205, os documentos de porte do um socorro adequado.
obrigatório são: o CRLV/CLA, CNH, Autorização para Con-
duzir Ciclomotor (ACC) e Permissão para dirigir (PPD), em Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo
versões originais. No entanto o porte do CRLV foi mitiga- com as especificações, e com falta de inscrição e
simbologia necessárias à sua identificação, quando
do, não sendo obrigatório se o agente fiscalizador tiver
exigidas pela legislação:
acesso ao sistema para consulta do licenciamento. Infração - grave;
Inclusive convém salientar que temos as suas versões Penalidade - multa;
digitais, não sendo necessário o porte do documento físi- Medida administrativa - retenção do veículo para
co, quando portar o documento digital no aplicativo. É regularização.
o que preconiza a Resolução do CONTRAN n° 718 (CNH)
e n° 788 (CRLV). Para efeitos de conhecimento, os veí- A Resolução n° 290/08 disciplina a inscrição de
culos estrangeiros registrados nos países integrantes do pesos e capacidades em veículos de tração, de carga e
MERCOSUL devem portar o Certificado de Apólice Única de transporte coletivo de passageiros.
do Seguro de Responsabilidade Civil (Seguro “Carta- Ver-
de”) quando transitarem nos países integrantes deste Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de
tratado. É um documento de porte obrigatório. trânsito ou a seus agentes, mediante recibo, os
documentos de habilitação, de registro, de licen-
O presente seguro tem por objeto indenizar terceiros
ciamento de veículo e outros exigidos por lei, para
ou reembolsar o segurado pelos montantes pelos quais averiguação de sua autenticidade:
seja civilmente responsável (morte, danos pessoais e Infração - gravíssima;
despesas hospitalares). Segundo a Lei n° 14.071 de 2020 Penalidade - multa e apreensão do veículo;
não é passível de pontuação na CNH esta infração. Medida administrativa - remoção do veículo.
Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no Esta infração se configura quando o condutor, de
prazo de trinta dias, junto ao órgão executivo de forma intencional, procura colocar obstáculos à fis-
trânsito, ocorridas as hipóteses previstas no art. calização, seja por ocupar cargo na administração
123: pública, ser membro de entidade de classe, ter posi-
Infração - média; (Lei n° 14.071 de 2020) ção social privilegiada, ou simplesmente para obter
Penalidade - multa; algum tipo de vantagem ou evitar ser autuado por
74 Medida administrativa - remoção do veículo. infração existente.
Nestes casos, devemos ter em mente que o Agente II - transportando passageiro sem o capacete de
de Trânsito, quando em efetivo serviço, representa o segurança, na forma estabelecida no inciso ante-
Estado, e ninguém está acima das leis vigentes. rior, ou fora do assento suplementar colocado atrás
do condutor ou em carro lateral;
Art. 239. Retirar do local veículo legalmente retido III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se ape-
para regularização, sem permissão da autoridade nas em uma roda;
competente ou de seus agentes: IV – Vetado. (lei n° 14.071 de 2020)
Infração - gravíssima; V - transportando criança menor de 10 (dez) anos
Penalidade - multa e apreensão do veículo; de idade ou que não tenha, nas circunstâncias, con-
Medida administrativa - remoção do veículo. dições de cuidar da própria segurança: (lei n° 14.071
Art. 240. Deixar o responsável de promover a baixa de 2020)
do registro de veículo irrecuperável ou definitiva- Infração - gravíssima;
mente desmontado: Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Infração - grave; Medida administrativa - retenção do veículo até
Penalidade - multa;
regularização e recolhimento do documento de
Medida administrativa - Recolhimento do Certifi-
habilitação; (lei n° 14.071 de 2020)
cado de Registro e do Certificado de Licenciamento
Anual.
A Resolução n° 356/10 trata do transporte remune-
O proprietário de veículo irrecuperável, ou des- rado em motocicleta/motoneta. Veja que aqui ainda
tinado à desmontagem, deverá requerer a baixa do há a penalidade de suspensão da CNH.
registro, no prazo e forma estabelecidos pelo CON-
TRAN, vedada a remontagem do veículo sobre o VI - rebocando outro veículo;
mesmo chassi de forma a manter o registro anterior. VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos,
Segundo a lei n° 14.071 de 2020 não é passível de pon- salvo eventualmente para indicação de manobras;
tuação na CNH esta infração. VIII – transportando carga incompatível com suas
especificações ou em desacordo com o previsto no
Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro § 2° do art. 139-A desta Lei; (Redação dada pela Lei
do veículo ou de habilitação do condutor: n° 12.2009, de 2009)
Infração - leve; IX – efetuando transporte remunerado de merca-
Penalidade - multa. dorias em desacordo com o previsto no art. 139-A
desta Lei ou com as normas que regem a atividade
A Resolução n° 544 /15 estabelece a classificação profissional dos mototaxistas: (Incluído pela Lei n°
de danos decorrentes de acidentes, os procedimentos 12.2009, de 2009)
para a regularização, transferência e baixa dos veícu- Infração – grave; (Incluído pela Lei n° 12.2009, de
los envolvidos. Segundo a lei n° 14.071 de 2020, não é 2009)
passível de pontuação na CNH esta infração. Penalidade – multa; (Incluído pela Lei n° 12.2009,
de 2009)
Art. 242. Fazer falsa declaração de domicílio para Medida administrativa – apreensão do veículo para
fins de registro, licenciamento ou habilitação: regularização. (Incluído pela Lei n° 12.2009, de
Infração - gravíssima; 2009)
Penalidade - multa. X - com a utilização de capacete de segurança sem
viseira ou óculos de proteção ou com viseira ou
Conforme o art. 299 do CP, é crime de falsidade ideoló- óculos de proteção em desacordo com a regulamen-
gica omitir, em documento público ou particular, declara- tação do CONTRAN;
ção que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir XI - transportando passageiro com o capacete de
declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com segurança utilizado na forma prevista no inciso X
o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a do caput deste artigo:
Infração - média;
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
verdade sobre fato juridicamente relevante.
Penalidade - multa;
Art. 243. Deixar a empresa seguradora de comu- Medida administrativa - retenção do veículo até
nicar ao órgão executivo de trânsito competente a regularização;
ocorrência de perda total do veículo e de lhe devol-
ver as respectivas placas e documentos: Vamos estudar agora as infrações dos veículos
Infração - grave; categoria A:
Penalidade - multa;
Medida administrativa - Recolhimento das placas e
INFRAÇÕES MOTOCICLETAS/MOTONETAS/
dos documentos.
CICLOMOTORES
Não há veículo relacionado. Infração de responsa- SITUAÇÃO NATUREZA PENALIDADE
bilidade do promotor do evento. A autuação se dará
nos termos da Resolução n° 390/11, em talões ou siste- Condutor -
Multa +
mas específicos. passageiro sem
Gravíssima suspensão do
capacete vestuário
direito de dirigir
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e de proteção
ciclomotor: Malabarismo ou Multa +
I - sem usar capacete de segurança ou vestuário de equilibrar-se em Gravíssima suspensão do
acordo com as normas e as especificações aprova- apenas uma roda direito de dirigir
das pelo CONTRAN; (lei n° 14.071 de 2020) 75
Não há um veículo relacionado. Infração de res-
INFRAÇÕES MOTOCICLETAS/MOTONETAS/
ponsabilidade da pessoa física ou jurídica proprietá-
CICLOMOTORES
ria do estabelecimento ou do imóvel, conforme o caso.
SITUAÇÃO NATUREZA PENALIDADE
Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à
Farol apagado livre circulação, à segurança de veículo e pedestres,
(art. 250) - Lei Média Multa tanto no leito da via terrestre como na calçada, ou
14.071/20 obstaculizar a via indevidamente:
Infração - gravíssima;
Transportando Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a
criança menor Multa + critério da autoridade de trânsito, conforme o risco
de 10 anos ou Gravíssima suspensão do à segurança.
que não cuida da direito de dirigir Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pes-
própria segurança soa física ou jurídica responsável pela obstrução,
devendo a autoridade com circunscrição sobre a
Rebocando outro via providenciar a sinalização de emergência, às
Grave Multa
veículo expensas do responsável, ou, se possível, promover
a desobstrução.
Guidom sem as 02
Grave Multa
mãos
Conforme o art. 94 do CTB, qualquer obstáculo que
Transportando interfira na livre circulação e na segurança de veículos
Grave Multa e pedestres, tanto na via quanto na calçada, caso não
carga incompatível
possa ser retirado, deve ser devida e imediatamente
Efetuando irregular sinalizado. Segundo o art. 36 da LCP, é considerado
transporte contravenção deixar de colocar na via pública sinal
Grave Multa
remunerado de ou obstáculo determinado em lei ou pela autoridade e
mercadorias destinado a evitar perigo a transeuntes
Capacete sem
Art. 247. Deixar de conduzir pelo bordo da pista
viseira ou óculos de rolamento, em fila única, os veículos de tração
de proteção ou ou propulsão humana e os de tração animal, sem-
viseira e óculos pre que não houver acostamento ou faixa a eles
Média Multa
em desacordo destinados:
com o CONTRAN Infração - média;
(condutor e Penalidade - multa.
passageiro)
Conforme o art. 52 do CTB, os veículos de tração
animal serão conduzidos pela direita da pista, junto
§ 1° Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III,
à guia da calçada (meio-fio) ou acostamento, sem-
VII e VIII, além de:
pre que não houver faixa especial a eles destinada,
a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assen-
devendo seus condutores obedecer, no que couber, às
to especial a ele destinado;
normas de circulação previstas neste Código e às que
b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias,
vierem a ser fixadas pelo órgão ou entidade com cir-
salvo onde houver acostamento ou faixas de rola-
cunscrição sobre a via.
mento próprias;
c) transportar crianças que não tenham, nas circuns-
Art. 248. Transportar em veículo destinado ao
tâncias, condições de cuidar de sua própria segurança.
transporte de passageiros carga excedente em
§ 2° Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alínea
desacordo com o estabelecido no art. 109:
b do parágrafo anterior: Infração - grave;
Infração - média; Penalidade - multa;
Penalidade - multa. Medida administrativa - retenção para o
Ciclomotores não podem trafegar em rodovias e transbordo.
vias de trânsito rápido.
§ 3° A restrição imposta pelo inciso VI do caput Segundo o art. 109 do CTB, o transporte de carga
deste artigo não se aplica às motocicletas e moto- em veículos destinados ao transporte de passageiros
netas que tracionem semi-reboques especialmente só pode ser realizado de acordo com as normas esta-
projetados para esse fim e devidamente homologa- belecidas pelo CONTRAN.
dos pelo órgão competente. (Incluído pela Lei n° Conforme a Resolução n° 26/98, o transporte de car-
10.517, de 2002) ga em veículos destinados ao transporte de passageiros,
Art. 245. Utilizar a via para depósito de mercado- do tipo ônibus, micro-ônibus, ou outras categorias, está
rias, materiais ou equipamentos, sem autorização autorizado, desde que observadas as exigências desta
do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição Resolução, bem como os regulamentos dos respectivos
sobre a via: poderes concedentes dos serviços. A carga só poderá
Infração - grave; ser acomodada em compartimento próprio, separado
Penalidade - multa; dos passageiros, que no ônibus é o bagageiro.
Medida administrativa - remoção da mercadoria
ou do material. Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as luzes
Parágrafo único. A penalidade e a medida adminis- de posição, quando o veículo estiver parado, para
trativa incidirão sobre a pessoa física ou jurídica fins de embarque ou desembarque de passageiros e
76 responsável. carga ou descarga de mercadorias:
Infração - média; Conforme o art. 310 do CTB, constitui crime de
Penalidade - multa. trânsito permitir, confiar ou entregar a direção de
Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento: veículo automotor a pessoa não habilitada, com habi-
I - deixar de manter acesa a luz baixa: (Lei n° 14.071 litação cassada ou com o direito de dirigir suspenso,
de 2020)
ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou
a) durante a noite;
mental, ou por embriaguez, não esteja em condições
b) de dia, em túneis e sob chuva, neblina ou
cerração; de conduzi-lo com segurança.
c) de dia, no caso de veículos de transporte coletivo O inciso III parece meio vago, mas podemos colo-
de passageiros em circulação em faixas ou pistas a car um condutor com braço engessado ou condutor
eles destinadas; febril e doente.
d) de dia, no caso de motocicletas, motonetas e No inciso IV, podemos concluir que dirigir descal-
ciclomotores; ço não é infração e que usar um tamanco é completa-
e) de dia, em rodovias de pista simples situadas mente inapropriado.
fora dos perímetros urbanos, no caso de veículos Quanto ao inciso VI, segundo o MBFT, não haverá
desprovidos de luzes de rodagem diurna;
infração se apenas um dos fones estiver sendo utilizado.
II - revogado; (Lei n° 14.071 de 2020)
III - deixar de manter a placa traseira iluminada,
à noite;
Infração - média; Importante!
Penalidade - multa.
Na parte de infrações “anatômicas”, houve
uma mudança: segurar ou manusear o celular,
Veja que foi retirado do CTB a obrigação de uso de
luz baixa nas rodovias, embora continue a obrigação enquanto dirigir um veículo é infração de nature-
fora de perímetro urbano em rodovia de pista sim- za é gravíssima. O resto das infrações anatômi-
ples. Perceba também que grande parte das infrações cas (braços, ouvidos, pés, pernas) continuam de
de luzes são de natureza média. Excepcionam as luzes natureza média.
altas usadas de forma a perturbar outros condutores
ou em via pública durante o dia. A infração da luz de
direção (seta) também não é média, e sim, grave. Art. 253. Bloquear a via com veículo:
Infração - gravíssima;
Art. 251. Utilizar as luzes do veículo: Penalidade - multa e apreensão do veículo;
I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situa- Medida administrativa - remoção do veículo.
ções de emergência; Art. 253-A. Usar qualquer veículo para, deliberada-
II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas mente, interromper, restringir ou perturbar a circu-
seguintes situações: lação na via sem autorização do órgão ou entidade
a) a curtos intervalos, quando for conveniente de trânsito com circunscrição sobre ela: (Incluído
advertir a outro condutor que se tem o propósito pela Lei n° 13. 281, de 2016)
de ultrapassá-lo; Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei n° 13.281,
b) em imobilizações ou situação de emergência, de 2016)
como advertência, utilizando pisca-alerta; Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão do
c) quando a sinalização de regulamentação da via direito de dirigir por 12 (doze) meses; (Incluído pela
determinar o uso do pisca-alerta: Lei n° 13.281, de 2016)
Infração - média; Medida administrativa - remoção do veículo.
Penalidade - multa. (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
Art. 252. Dirigir o veículo: § 1° Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta)
I - com o braço do lado de fora; vezes aos organizadores da conduta prevista no
II - transportando pessoas, animais ou volume à caput. (Incluído pela Lei n° 13. 281, de 2016)
sua esquerda ou entre os braços e pernas; §2° Aplica-se em dobro a multa em caso de reinci-
III - com incapacidade física ou mental temporária dência no período de 12 (doze) meses. (Incluído pela
que comprometa a segurança do trânsito;
Lei n° 13.281, de 2016)
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que
§ 3° As penalidades são aplicáveis a pessoas físicas
comprometa a utilização dos pedais;
ou jurídicas que incorram na infração, devendo a
V - com apenas uma das mãos, exceto quando
autoridade com circunscrição sobre a via restabe-
deva fazer sinais regulamentares de braço, mudar
a marcha do veículo, ou acionar equipamentos e lecer de imediato, se possível, as condições de nor-
acessórios do veículo; malidade para a circulação na via. (Incluído pela
VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a Lei n° 13.281, de 2016)
aparelhagem sonora ou de telefone celular;
Infração - média; Esta norma surgiu, coincidentemente, quando
Penalidade - multa. houve uma paralisação de caminhoneiros que fecha-
VII - realizando a cobrança de tarifa com o veícu- ram as rodovias em alguns pontos do país. Perceba
lo em movimento: (Incluído pela Lei n° 13.154, de que a penalidade é pesada para os participantes e
2015) ainda pior para os organizadores. Uma multa para os
Infração - média; (Incluído pela Lei n° 13.154, de
organizadores, por exemplo, pode chegar a R$ 293,47
2015)
x 60 = R$ 17.608,20. Se reincidir em 12 meses, dobra-se
Penalidade - multa. (Incluído pela Lei n° 13.154, de
2015) o valor. Isto sem contar a suspensão do direito de diri-
Parágrafo único. A hipótese prevista no inciso V gir por 12 meses.
caracterizar-se-á como infração gravíssima no
caso de o condutor estar segurando ou manusean- Art. 254. É proibido ao pedestre:
do telefone celular. (Incluído pela Lei n° 13.281, de I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento,
2016) exceto para cruzá-las onde for permitido; 77
II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pon- Penalidade - multa;
tes, ou túneis, salvo onde exista permissão; Medida administrativa - remoção do veículo; Res-
III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamen- posta: Letra A.
to, salvo quando houver sinalização para esse fim;
IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de 3. (CESPE - 2019) Dirigindo seu veículo automotor, Caio
perturbar o trânsito, ou para a prática de qualquer
foi abordado por policial rodoviário federal, que cons-
folguedo, esporte, desfiles e similares, salvo em
tatou que a validade de sua carteira nacional de habili-
casos especiais e com a devida licença da autorida-
de competente; tação estava vencida havia mais de trinta dias. Nessa
V - andar fora da faixa própria, passarela, passa- situação, Caio será multado, sua carteira de habilita-
gem aérea ou subterrânea; ção será recolhida e seu veículo será removido.
VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica;
Infração - leve; ( ) CERTO ( ) ERRADO
Penalidade - multa, em 50% (cinquenta por cento)
do valor da infração de natureza leve. CNH vencida há mais de 30 dias não é caso de remo-
ção veicular e sim de retenção do veículo. Já o reco-
Pedestre também comete infração de trânsito. São lhimento da habilitação está correto. Vejamos a lei:
comportamentos que levam a uma infração de natu- Art. 162. Dirigir veículo:
reza leve cujo valor da multa é 50 % da infração leve. V - com validade da Carteira Nacional de Habilita-
ção vencida há mais de trinta dias:
Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não Infração - gravíssima;
seja permitida a circulação desta, ou de forma Penalidade - multa;
agressiva, em desacordo com o disposto no pará- Medida administrativa - recolhimento da Carteira
grafo único do art. 59:
Nacional de Habilitação e retenção do veículo até a
Infração - média;
apresentação de condutor habilitado; Resposta: Errado.
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção da bicicleta,
mediante recibo para o pagamento da multa. 4. (CESPE - 2019) O condutor estacionou o seu veículo
sem observar a distância máxima permitida de afasta-
mento da guia da calçada. Nessa situação, o condutor
poderá ser multado e seu veículo, removido.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
( ) CERTO ( ) ERRADO
1. (CESPE - 2019) Márcio conduzia seu veículo auto-
motor produzindo fumaça em níveis superiores aos Nessa situação, o condutor poderá ser multado e
legalmente permitidos. Nessa situação, conforme o seu veículo, removido porque, segundo o art. 181
nível de fumaça exalada, a conduta de Márcio pode Inc II do CTB, se o veículo ficar afastado da guia
configurar tanto infração administrativa como crime da calçada (meio-fio) de cinquenta centímetros a
de trânsito. um metro é infração de natureza leve. Mais de um
metro é infração grave. Resposta: Certo.
( ) CERTO ( ) ERRADO
5. (CESPE - 2019) O condutor de um veículo foi aborda-
É correta a afirmação que veículo produzindo fumaça, do por policial rodoviário federal depois de ultrapas-
gases ou partículas em níveis superiores aos fixados sar outro veículo pelo acostamento. Nessa situação,
pelo CONTRAN é uma infração de natureza grave, o policial poderá multar o condutor, mas não poderá
segundo o art. 231 Inc III do CTB, porém, essa conduta reter nem remover o seu veículo.
não constitui crime de trânsito. Resposta: Errado.
( ) CERTO ( ) ERRADO
2. (FUNDEP - 2020) Um motorista estacionou o seu veí-
culo sobre uma ciclofaixa. Por essa conduta, é correto No tocante à infração, realmente não há previsão
afirmar que o motorista está passível de sofrer qual(is) de retenção ou remoção para quem ultrapassa pelo
sanção(ões)? acostamento. No entanto, a banca foi infeliz ao afir-
mar que o policial poderia, naquela hipótese, multar
a) Ser multado, com uma infração grave, e ter o veículo o infrator. Sabemos que o agente da autoridade de
removido. trânsito, no caso, o policial, não pode aplicar pena-
b) Ser multado, com uma infração média, e ter o veículo lidade. As penalidades só podem ser impostas por
apreendido. autoridades de trânsito. Resposta: Questão anulada.
c) Ser multado, com uma infração grave, e ter o veículo
retido. DAS PENALIDADES
d) Ser multado, com uma infração média, apenas.
Penalidades
Vejamos a lei:
Art. 181. Estacionar o veículo: Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das
VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedes- competências estabelecidas neste Código e dentro
tre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, de sua circunscrição, deverá aplicar, às infrações
refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, diviso- nele previstas, as seguintes penalidades:
res de pista de rolamento, marcas de canalização, I - advertência por escrito;
gramados ou jardim público: II - multa;
78 Infração - grave; III - suspensão do direito de dirigir;
IV - apreensão do veículo; (Revogado pela Lei n° 13.281, de 2016)
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
VI - cassação da Permissão para Dirigir;
VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem.
§ 1° A aplicação das penalidades previstas neste Código não elide as punições originárias de ilícitos penais decorren-
tes de crimes de trânsito, conforme disposições de lei.
§ 3° A imposição da penalidade será comunicada aos órgãos ou entidades executivos de trânsito responsáveis pelo
licenciamento do veículo e habilitação do condutor.
Tema recorrente em provas. Lembre-se que apenas as autoridades de trânsito são as competentes para aplicar
as penalidades. Jamais um agente de trânsito aplicará uma penalidade. Leve isto para a prova. Lembrando que a
punição da autoridade de trânsito não elimina as punições das autoridades judiciárias por crime de trânsito. As
imposições das penalidades são comunicadas aos DETRANs para cadastro no RENACH e no RENAVAM. Lembran-
do que quem organiza e mantem o RENACH e RENAVAM é o DENATRAN.
Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor, ao proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador,
salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente
mencionados neste Código.
§ 1° Aos proprietários e condutores de veículos serão impostas concomitantemente as penalidades de que trata este
Código toda vez que houver responsabilidade solidária em infração dos preceitos que lhes couber observar, respon-
dendo cada um de per si pela falta em comum que lhes for atribuída.
Encontramos por exemplo, na regular habilitação do condutor, o art. 162, que prevê penalidades ao condutor que
dirigir sem a regular habilitação e na sequência, pelos artigos 163 e 164, pune o proprietário, por permitir ou entregar,
conforme for o caso, a direção do veículo àquele condutor que não está regularmente habilitado.
§ 2° Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia regularização e preenchi-
mento das formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo na via terrestre, conservação e inalterabi-
lidade de suas características, componentes, agregados, habilitação legal e compatível de seus condutores, quando
esta for exigida, e outras disposições que deva observar.
Veículo autuado por estar transitando sem estar devidamente licenciado (com débitos de anos anteriores referentes
às taxas de licenciamento e/ou seguro obrigatório). Esta multa será de responsabilidade do proprietário.
§ 3° Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos praticados na direção do veículo.
Numa ultrapassagem em faixa contínua, seria uma infração de conduta, nesse caso, o responsável é o condu-
tor. De outro modo, se o veículo está com os pneus sem condições de uso, lisos ou “carecas”, o responsável pela
infração é o proprietário do veículo.
§ 4° O embarcador é responsável pela infração relativa ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no
peso bruto total, quando simultaneamente for o único remetente da carga e o peso declarado na nota fiscal, fatura
ou manifesto for inferior àquele aferido. CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
Se o embarcador é o único remetente da carga ele sabe o quanto esta carga pesa e se declarar o peso à menor
no documento de embarque, está encobrindo do transportador a verdade sobre o peso e por isso deve ser o único
responsável pela infração de excesso, pois certamente o transportador não aceitaria transportar esta carga com
excesso.
§ 5° O transportador é o responsável pela infração relativa ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou
quando a carga proveniente de mais de um embarcador ultrapassar o peso bruto total.
§ 6° O transportador e o embarcador são solidariamente responsáveis pela infração relativa ao excesso de peso bruto
total, se o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for superior ao limite legal.
Os embarcadores não têm como saber se a soma da carga com a do outro embarcador ultrapassará o limite
de peso permitido para aquele veículo, mas o transportador que permite o embarque de todas as cargas tem esta
possibilidade. Portanto, o transportador sabe o quanto de carga já embarcou no veículo e se soma das cargas
ultrapassará o limite de PBT/PBTC ou se estas cargas estão bem distribuídas no veículo afim de evitar excesso de
peso por eixo.
O legislador asseverou um rol de responsabilidade para cada indivíduo. Como de costume fiz um resumo para
você memorizar: 79
RESPONSÁVEL RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
§ 7° Quando não for imediata a identificação do infrator, o principal condutor ou o proprietário do veículo terá o
prazo de 30 (trinta) dias, contado da notificação da autuação, para apresentá-lo, na forma em que dispuser o CON-
TRAN, e, transcorrido o prazo, se não o fizer, será considerado responsável pela infração o principal condutor ou,
em sua ausência, o proprietário do veículo. (Lei n° 14.071/20)
Mais um prazo para guardar: 30 dias para identificação de condutor nas autuações sem abordagem. Caso não
haja identificação, o proprietário será considerado responsável.
§ 8° Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não havendo identificação do infrator e sendo o veículo de proprie-
dade de pessoa jurídica, será lavrada nova multa ao proprietário do veículo, mantida a originada pela infração, cujo
valor é o da multa multiplicada pelo número de infrações iguais cometidas no período de doze meses.
Essa situação é regulada pela Resolução n° 710/2017. Se o proprietário for uma empresa, por exemplo, e não indicar
o condutor, o valor da multa será maior que o da infração cometida. Caso o condutor não seja identificado pela empre-
sa, além da multa original, a pessoa jurídica recebe a multa NIC (não indicação do condutor).
Com base nessa nova resolução, não será necessária a expedição de nova infração ou notificação para a aplica-
ção da penalidade extra. Exemplo: Um veículo de uma pessoa jurídica avança o sinal vermelho do semáforo (art.
208 CTB - infração gravíssima – 7 pontos – R$ 293,47) e não identifica o condutor infrator. O valor da multa será de:
§ 9° O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o exime do disposto no § 3° do art. 258 e no art. 259.
§ 10. O proprietário poderá indicar ao órgão executivo de trânsito o principal condutor do veículo, o qual, após
aceitar a indicação, terá seu nome inscrito em campo próprio do cadastro do veículo no Renavam. (Lei n° 13.495
de 2017)
§ 11. O principal condutor será excluído do Renavam: (Lei N° 13495 de 2017)
I - quando houver transferência de propriedade do veículo;
II - mediante requerimento próprio ou do proprietário do veículo;
III - a partir da indicação de outro principal condutor.”
Art. 258. As infrações punidas com multa classificam-se, de acordo com sua gravidade, em quatro categorias:
I - infração de natureza gravíssima, punida com multa no valor de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais e qua-
renta e sete centavos); (Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016)
II - infração de natureza grave, punida com multa no valor de R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três
centavos); (Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016)
III - infração de natureza média, punida com multa no valor de R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centavos);
(Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016)
IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor de R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centavos).
(Redação dada pela Lei n° 13.281, de 2016)
Art. 259. A cada infração cometida são computados os seguintes números de pontos:
I - gravíssima - sete pontos;
II - grave - cinco pontos;
III - média - quatro pontos;
IV - leve - três pontos.
a) Ao infrator são computados dois pontos para multa de Veja que as medidas administrativas são comple-
natureza leve. mentares às penalidades. É possível aplicar pena-
b) A advertência por escrito não é considerada penalida- lidade sem aplicar a medida administrativa, não
de por possuir caráter educativo. prejudicando a regularidade do auto de infração, con-
c) Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infra- forme a resolução n° 561 de 2015.
ções decorrentes de atos praticados na direção do
veículo. § 3° São documentos de habilitação a Carteira
d) Ao infrator são computados seis pontos para multa de Nacional de Habilitação e a Permissão para Dirigir.
natureza grave. § 4° Aplica-se aos animais recolhidos na forma do
e) A frequência obrigatória em curso de reciclagem não é inciso X o disposto nos arts. 271 e 328, no que couber.
considerada penalidade por possuir caráter educativo.
Os animais abandonados nas vias poderão ser reco-
Letra A: Errada. Infração de natureza leve são 03 lhidos e, inclusive, leiloados, se for o caso, conforme
pontos. (Art 256 do CTB) art. 271, X do CTB. Os veículos apreendidos ou removi-
Letra B: Errada. A advertência por escrito é conside- dos a qualquer título e os animais não reclamados por
rada penalidade, sim! (Art. 259 do CTB) seus proprietários, dentro do prazo de noventa dias,
Letra C: Certa. Ao condutor caberá a responsabili- serão levados à hasta pública, deduzindo-se, do valor
dade pelas infrações decorrentes de atos praticados arrecadado, o montante da dívida relativa a multas,
na direção do veículo. (Art. 257 § 3° do CTB) tributos e encargos legais, e o restante, se houver, será
Letra D: Errada. Infração de natureza grave são 05 depositado na conta do ex-proprietário, na forma da
84 pontos. (Art. 256 do CTB) lei, conforme art. 328 do CTB.
§ 5° No caso de documentos em meio digital, as § 6° Não efetuada a regularização no prazo a que se
medidas administrativas previstas nos incisos III, refere o § 2°, será feito registro de restrição admi-
IV, V e VI do caput deste artigo serão realizadas por nistrativa no Renavam por órgão ou entidade exe-
meio de registro no Renach ou Renavam, conforme cutivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal,
o caso, na forma estabelecida pelo CONTRAN. (Lei que será retirada após comprovada a regulariza-
n° 14.071 de 2020) ção. (Incluído pela Lei n° 13.160, de 2015)
Em caso de recolhimento da CNH, PPD, CRLV e CRV Quando o agente coloca um prazo razoável para a
digitais, haverá a necessidade de registro no Renach e regularização e libera o veículo para regularização e
Renavam, tendo em vista a impossibilidade de reco- posterior apresentação, não quer dizer que o veículo
lhimento físico digital. esteja liberado para ficar transitando, neste período
fixado no recibo e sim que o trânsito deste veículo
Retenção do veículo deve se restringir aos deslocamentos necessários para
conclusão da viagem que realizava quando abordado
Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos e autuado para a efetiva regularização do problema
expressos neste Código. apresentado. Se terminado o prazo e o veículo não
§ 1° Quando a irregularidade puder ser sanada no for apresentado efetivamente regularizado, o órgão
local da infração, o veículo será liberado tão logo de trânsito responsável comunicará ao Detran com-
seja regularizada a situação. petente onde o veículo está licenciado e solicitará a
§ 2° Quando não for possível sanar a falha no local inclusão de uma restrição administrativa no registro
da infração, o veículo, desde que ofereça condições do veículo, sendo esta retirada quando a irregularida-
de segurança para circulação, deverá ser liberado de existente no veículo for sanada.
e entregue a condutor regularmente habilitado,
mediante recolhimento do Certificado de Licen- Remoção do veículo
ciamento Anual, contra apresentação de recibo,
assinalando-se ao condutor prazo razoável, não Art. 271. O veículo será removido, nos casos previs-
superior a 30 (trinta) dias, para regularizar a situa- tos neste Código, para o depósito fixado pelo órgão ou
ção, e será considerado notificado para essa finali- entidade competente, com circunscrição sobre a via.
dade na mesma ocasião. (lei n° 14.071 de 2020)
A remoção será uma medida a ser tomada pelo
A retenção do veículo poderá ser feita diante de agente fiscalizador, quando houver previsão legal na
uma irregularidade presenciada pelo agente fiscaliza- infração (ex.: licenciamento vencido), ou quando a
dor. Ao reter o veículo, o agente, diante de uma irre- irregularidade for insanável no local e afetar a segu-
gularidade insanável, ao invés de recolher o veículo, rança viária (ex.: todos pneus carecas).
pode recolher o CRLV/CLA e o contra recibo e dar um
prazo para o condutor regularizar o problema. Se o § 1° A restituição do veículo removido só ocorre-
condutor não resolver, o veículo terá um registro de rá mediante prévio pagamento de multas, taxas e
restrição administrativa no RENAVAM. despesas com remoção e estada, além de outros
Exemplo: um agente fiscalizador presencia um encargos previstos na legislação específica. (Incluí-
veículo com apenas um pneu “careca”. Pode-se, assim, do pela Lei n° 13.160, de 2015)
recolher o CRLV e dar um prazo para o condutor solu-
cionar o problema. Lembre-se que a irregularidade Para retirar o veículo removido é preciso pagar
presenciada tem que ser um problema que não ofere- os débitos obrigatórios (IPVA, Licenciamento, DPVAT,
ça riscos à segurança viária. O prazo para regularizar multas vencidas), além da cobrança de pátio e guin-
será dado e deve ser até 30 dias. cho, se for o caso.
Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envol- Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação
vendo veículo equipado com registrador instantâ- de trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual
constará:
neo de velocidade e tempo, somente o perito oficial
I - tipificação da infração;
encarregado do levantamento pericial poderá reti-
II - local, data e hora do cometimento da infração;
rar o disco ou unidade armazenadora do registro.
III - caracteres da placa de identificação do veículo,
sua marca e espécie, e outros elementos julgados
Os veículos envolvidos em acidentes com vítima que necessários à sua identificação;
possuam tacógrafo (Resolução N° 92/1999) devem ter o IV - o prontuário do condutor, sempre que possível;
disco do tacógrafo analisado e investigado. O único pro- V - identificação do órgão ou entidade e da autori-
fissional que pode retirar o disco para análise é o perito dade ou agente autuador ou equipamento que com-
da polícia científica designado para analisar o caso. provar a infração; 87
VI - assinatura do infrator, sempre que possível, Quanto à figura do agente de trânsito, não é levada
valendo esta como notificação do cometimento da em consideração o vínculo legal com a Administração
infração. Pública. Tanto faz se é estatutário ou celetista.
Auto de Infração de Trânsito é o ato que dá início Do Julgamento das Autuações e Penalidades
ao processo administrativo para imposição de puni-
ção, em decorrência de alguma infração à legislação Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da
de trânsito. O auto de infração para ser considerado competência estabelecida neste Código e dentro de
consistente e regular necessita de alguns requisitos. sua circunscrição, julgará a consistência do auto de
No entanto, tenha cuidado porque 02 (dois) requisitos infração e aplicará a penalidade cabível.
Parágrafo único. O auto de infração será arquivado
do artigo 280 não são obrigatórios:
e seu registro julgado insubsistente:
I - se considerado inconsistente ou irregular;
INFORMAÇÃO II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expe-
CONSTATADA OBRIGATÓRIO dida a notificação da autuação.
NO AUTO DE INFRAÇÃO (Redação dada pela Lei n° 9.602, de 1998)
Tipificação Sim
Informações importantes a serem lembradas: o
Local /Data/Hora Sim auto de infração pode e deve ser arquivado se tiver
erros no seu preenchimento ou se o órgão ou entidade
Placa / Marca /Espécie Sim de trânsito competente não expedir em 30 dias a noti-
ficação da autuação.
Órgão ou Entidade de
Sim
trânsito autuador (a)
AUTO DEVERÁ
EXEMPLO
Agente de Trânsito SER ARQUIVADO:
Sim
autuador
Ex: agente flagra uma ação e
Auto inconsistente
Não (Apenas quando for enquadra em outra.
Prontuário do condutor
possível)
Ex: no preenchimento do auto
Não (Apenas quando for Auto irregular a cor do veículo é diferente da
Assinatura do infrator
possível) cor real do veículo.
z O Recurso em Sentido estrito é o instrumento jurí- Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam
dico para recorrer da decretação dessa medida as penalidades dos crimes de trânsito ter o condu-
cautelar. Tal “remédio” também pode ser utiliza- tor do veículo cometido a infração:
do pelo Ministério Público se este solicitar a esta I - com dano potencial para duas ou mais pessoas
medida cautelar e o juiz indeferir. ou com grande risco de grave dano patrimonial a
z Mesmo sem solicitação destas autoridades, o juiz terceiros;
II - utilizando o veículo sem placas, com placas fal-
pode decretar essa penalidade de ofício se enten-
sas ou adulteradas;
der a medida necessária. III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira
de Habilitação;
Art. 295. A suspensão para dirigir veículo auto- IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de
motor ou a proibição de se obter a permissão ou Habilitação de categoria diferente da do veículo;
a habilitação será sempre comunicada pela auto- V - quando a sua profissão ou atividade exigir cui-
ridade judiciária ao Conselho Nacional de Trânsito dados especiais com o transporte de passageiros ou
- CONTRAN, e ao órgão de trânsito do Estado em de carga;
que o indiciado ou réu for domiciliado ou residente. VI - utilizando veículo em que tenham sido adulte-
rados equipamentos ou características que afetem
Tendo em vista que a forma de suspensão do direito a sua segurança ou o seu funcionamento de acordo
com os limites de velocidade prescritos nas especi-
de dirigir pela autoridade judiciária tem um rito distinto
ficações do fabricante;
e independente do processo administrativo, feito pela VII - sobre faixa de trânsito temporária ou perma-
autoridade de trânsito, é imprescindível que o DETRAN nentemente destinada a pedestres.
do estado onde reside o sentenciado seja avisado da
decisão, para que esta seja incluída no prontuário do O rol de agravantes deve ser bem estudado porque
condutor e os fiscalizadores possam ter acesso às infor- cai de forma seca nas provas. Não se devem confundir
mações da decisão judicial aplicada. Veja que existe tam- circunstâncias que sempre agravam as penalidades
92 bém a obrigatoriedade de informação ao CONTRAN. de crimes de trânsito com causas de aumento de pena.
O aumento de pena só vale nas hipóteses de homi- A redação do art. 302 é uma redação estranha. Em
cídio culposo e de lesão corporal culposa, ambos na vez de descrever a conduta, o nosso legislador colocou
direção de veículo automotor. Já as circunstâncias o nome do crime no tipo penal. Na realidade, é matar
agravantes valem para todos os crimes, inclusive o alguém. Por conta disso, há quem sustente a inconsti-
homicídio culposo e a lesão corporal culposa. tucionalidade deste art. 302, por violação ao princípio
da taxatividade, que é um corolário do princípio da
Art. 299. (VETADO) legalidade. A conduta é praticar homicídio culposo e
Art. 300. (VETADO) isso todo mundo sabe o que significa: matar alguém. E
Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de
isso vocês observam na parte especial do CP:
acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se
O art. 302 só se aplica se o crime for cometido na
condução de veículo automotor, como explicitado no
imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fian-
caput do artigo. Veículo automotor é aquele que cir-
ça, se prestar pronto e integral socorro àquela.
cula pela própria força do seu motor, incluindo os
veículos conectados à linha elétrica que não circulem
Dos crimes de trânsito, esse artigo é bastante sobre trilhos, conforme Anexo I do CTB. Portanto, não
cobrado nas provas. Nos casos de acidentes de trân- se aplica o art. 302 se o homicídio for cometido na
sito em que resulte vítima, não se imporá a prisão em condução de veículos de tração animal e de propulsão
flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e humana, ou seja, se matar utilizando uma bicicleta
integral socorro à vítima. responderá pelo código penal.
E há diferença entre aplicar o CTB e o CP? A pena
Dica do homicídio culposo do CP é de 1 a 3 anos de deten-
ção. No CTB é de 2 a 4 anos de detenção, mais sus-
Acidente com vítima? Prestação de pronto e inte- pensão/proibição do direito de dirigir (variando de 2
gral socorro! Isto não significa dizer que é necessá- meses a 5 anos). Portanto, a pena é muito mais grave
rio fazer massagem cardíaca no acidentado, basta no Código de Trânsito. Segundo o STF, tal tratamento
chamar socorro e aguardar o atendimento no local. desigual é constitucional, tendo em vista as mortes no
trânsito. Perceba também que não temos a pena de
multa prevista para esse crime. Memorize também as
Então, podemos esquematizar o seguinte: no
causas aumentativas de pena (1/3 a ½)!
homicídio culposo e na lesão culposa, se o condutor
não prestar socorro à vítima, podendo prestar, essa
sua omissão gera duas consequências: ele pode ser CRIME CONDUTA PENAS
autuado em flagrante e tal omissão constitui causa de
aumento de pena desses crimes. 02 a 04 anos de
Uma última observação: nos casos em que autori- detenção
dade vislumbrar dolo eventual, o condutor será pre- Praticar homicí-
Homicídio dio culposo na Suspensão
so em flagrante, mesmo que tenha prestado pronto e ou proibição
Culposo direção de veícu-
integral socorro. Isso porque, se for homicídio doloso, de se obter a
lo automotor
com dolo eventual, não se aplica o Código de Trânsito. permissão ou a
Portanto, não se aplica o art. 301, mas o Código Penal. habilitação
E o Código Penal não isenta do flagrante o homicida
que socorreu a vítima.
CAUSAS
LEI DO JUIZADO
AUMENTATIVAS DE
Dos Crimes em Espécie ESPECIAL CRIMINAL?
PENA (1/3 A ½)
Analisaremos agora os crimes em espécie, parte Sem CNH
também muito importante dentro do assunto de cri- Faixa de pedestre ou
mes de trânsito. calçada
Inaplicável
Omissão de socorro
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção
de veículo automotor: Transporte de passageiro
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspen-
(profissão)
são ou proibição de se obter a permissão ou a habi-
litação para dirigir veículo automotor.
§ 1° No homicídio culposo cometido na direção de § 3° Se o agente conduz veículo automotor sob a
veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um influência de álcool ou de qualquer outra substân-
terço) à metade, se o agente: (Incluído pela Lei n° cia psicoativa que determine dependência (Incluído
12.971, de 2014) pela Lei n° 13.546/2017):
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Cartei- Penas – reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão
ra de Habilitação; (Incluído pela Lei n° 12.971, de ou proibição do direito de se obter a permissão ou a
2014) habilitação para dirigir veículo automotor.
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
(Incluído pela Lei n° 12.971, de 2014) Temos aqui um novo instituto: o homicídio cul-
III - deixar de prestar socorro, quando possível poso qualificado (Homicídio Culposo + Embriaguez),
fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;(In- com uma punição bastante severa para os condutores
cluído pela Lei n° 12.971, de 2014) que cometem tal ato. A privativa de liberdade passa a
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, esti- ser de reclusão e o quantum de pena para 5 a 8 anos.
ver conduzindo veículo de transporte de passagei-
ros. (Incluído pela Lei n° 12.971, de 2014) Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na dire-
V -(Revogado pela Lei n° 11.705, de 2008) ção de veículo automotor: 93
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
dirigir veículo automotor.
§ 1° Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1° do art. 302. (Redação
dada pela Lei n° 12.971, de 2014)
A lesão corporal no trânsito deve ser culposa para que o condutor responda por este artigo. Se houver dolo
(vontade de praticar a conduta), ou seja, se a lesão for dolosa, o criminoso responderá pelo crime de lesão corporal
do Código Penal.
06 m a 02 anos de detenção
Praticar lesão corporal culposa na
Lesão corporal culposa Suspensão ou proibição de se obter
direção de veículo automotor
a permissão ou a habilitação
*o crime de lesão corporal culposa não será regido pela lei n° 9099/95 se o condutor causar lesão corporal culposa
nas hipóteses do artigo 303 § único do CTB.
§ 2° A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cinco anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste
artigo, se o agente conduz o veículo com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de
outra substância psicoativa que determine dependência, e se do crime resultar lesão corporal de natureza grave ou
gravíssima. (Incluído pela Lei n° 13.546/2017):
A lesão corporal culposa qualificada (a Lesão corporal culposa de natureza grave ou gravíssima + Embriaguez)
também conta com punição bem dura para motoristas que causem lesão corporal de natureza grave ou gravíssi-
ma a alguém, estando sob influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa. A privativa de liberdade
passa a ser de reclusão e o quantum de pena para 2 a 5 anos. Essa definição de lesão grave ou gravíssima deve ser
extraída dos §§ 1° e 2° do art. 129 do Código Penal.
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo
fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida
por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.
Para configuração desse crime, é preciso dolo do condutor, ou seja, exige o conhecimento da necessidade do
socorro. Ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou
com ferimentos leves, incide a aplicação das penas tipificadas no artigo acima. Entenda que para configuração
deste crime é preciso que o condutor esteja envolvido e não seja o causador do acidente, já que se ele for o causa-
dor do acidente, o condutor responderá por Homicídio Culposo ou Lesão Corporal Culposa com aumentativo de
pena pela omissão de socorro (art. 302, § 1°, II / art. 303 Parágrafo único). Já se o condutor não estiver envolvido a
omissão de socorro é crime do artigo 135 do Código Penal.
Lembre-se também: a pena pode ser a detenção ou a multa. A multa, nesse caso, não será cumulativa.
Devido a sua pena, este crime do artigo 304 é de menor potencial ofensivo, ou seja, aplicar-se à Lei de Juizados
Especiais Criminais (JECRIM).
Veja que a pena máxima é de 1 (um) ano, isto é, temos aqui um crime de menor potencial ofensivo. A conduta
precisa ser dolosa. Interessante salientar que a fuga deve ser para escapar de possível responsabilização penal ou
civil. Assim, vemos que há um crime contra a Administração da Justiça com a finalidade específica de não ser iden-
tificado. Entenda que é possível fugir do local do acidente e prestar socorro. Exemplo: condutor liga para o Corpo
de Bombeiros solicitando socorro para vítima e depois desaparece do local do acidente para não ser identificado.
Interessante lembrar que havia dúvidas sobre a constitucionalidade desta norma, tendo em vista os casos julgados
pelo país. Entretanto, em 14 de novembro de 2018, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deu provimento ao
Recurso Extraordinário (RE) 971959, com repercussão geral reconhecida, e considerou constitucional o artigo 305 do
Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que tipifica como crime a fuga do local de acidente. A maioria dos ministros entendeu
que a norma não viola a garantia de não autoincriminação, prevista no artigo 5°, inciso LXIII, da Constituição Federal.
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de
outra substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei n° 12.760, de 2012)
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação
para dirigir veículo automotor.
§ 1° As condutas previstas no caput serão constatadas por: (Incluído pela Lei n° 12.760, de 2012)
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama
de álcool por litro de ar alveolar; ou (Incluído pela Lei n° 12.760, de 2012)
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo CONTRAN, alteração da capacidade psicomotora. (Incluído pela
Lei n° 12.760, de 2012)
§ 2° A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame
clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à con-
traprova. (Redação dada pela Lei n° 12.971, de 2014)
§ 3° O CONTRAN disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de
caracterização do crime tipificado neste artigo. (Redação dada pela Lei n° 12.971, de 2014)
Nós estamos diante de um dos principais, senão o principal, crime de trânsito para as bancas organizadoras de
provas. Com o advento da Lei n° 11.705/08, o crime de embriaguez ao volante deixou de ser um crime de perigo
em concreto para ser um crime de perigo em abstrato.
Antes, para que ocorresse consumação do delito, era necessário que o condutor gerasse risco para o trânsito. Hoje,
ainda que um condutor esteja conduzindo adequadamente, se tiver acima dos índices permitidos para embriaguez,
será enquadrado no crime acima tipificado. Mas como é configurado esse crime? Bem, temos alguns instrumentos
capazes de constatar a embriaguez: Etilômetro (Bafômetro), Exame de Sangue, Testemunhas, Vídeos, Exames clínicos
e outros meios de prova em direito admitidos. Quanto ao Etilômetro e Exame de sangue temos os seguintes limites:
LIMITES PREVISTOS
INSTRUMENTO
CTB RES 432/2013 CTB RES 432/2013 CTB RES 432/2013
ETILÔMETRO 0,00 mg/L 0,04 mg/L ATÉ0,299 mg/L ATÉ 0,33mg/L 0,3 mg/L ou mais 0,34 mg/L ou mais
EXAME
0,00 dg/L 0,00 dg/L ATÉ 5,9 dg/L 6 dg/L ou mais.
DE SANGUE
Infração de Trânsito e crime de
CONSEQUÊNCIA Não é infração nem crime. Apenas infração de Trânsito.
Trânsito.
Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor
imposta com fundamento neste Código:
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou
de proibição.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1° do art.
293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. 95
Este dispositivo menciona que dirigir suspenso é Não esqueça que é necessário estarmos em via
crime. A maior parte da doutrina entende que a viola- pública, em veículo automotor e gerando perigo de
ção a este crime seria referente à suspensão imposta risco à segurança viária. Assim, é um crime de perigo
pelo magistrado, ou seja, a suspensão penal. concreto, ou seja, exige que o risco de dano aconteça
Arnaldo Rizardo e Guilherme de Souza Nucci, por para sua caracterização. Vejamos as novas penas:
exemplo, eminentes doutrinadores penais, entendem
que tal suspensão é penal, ou seja, apenas será crime CRIME PENA
se houver desobediência a uma decisão judicial. Uma
forte defesa da doutrina é que como pode dirigir sus- Racha (caput) Detenção de 06 m a 03 anos + sus-
penso ser crime e dirigir cassado só configurar crime pensão ou proibição de obter a per-
se gerar perigo de dano? Dirigir cassado é um ato de missão ou a habilitação para dirigir
desvalor maior que dirigir suspenso. veículo automotor+ multa
Porém, alguns tribunais têm aceitado e julgado pes-
soas nesse crime baseado apenas em violação à sus- Racha + lesão Reclusão de 03 anos a 06 anos +
pensão imposta pela autoridade de trânsito. Segundo grave suspensão ou proibição de obter
entendimento dado pelo Manual Brasileiro de Fisca- a permissão ou a habilitação para
lização de Trânsito, somente as suspensões judiciais, dirigir veículo automotor+ multa
e não as administrativas, seriam consideradas como Racha + morte Reclusão de 05 anos a 10 anos +
crime. Entretanto, esse entendimento não é aceito uni- suspensão ou proibição de obter
formemente pelos diversos órgãos que compõem o a permissão ou a habilitação para
caminho que percorre o processo (fiscalização, polícia dirigir veículo automotor+ multa
judiciária, MP e judiciário), haja vista a alegada incom-
petência do CONTRAN para tratar de matéria criminal.
Observe que este crime é de menor potencial ofen- Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública,
sivo e possui a pena de detenção, multa (multa não sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilita-
é opção) e suspensão adicional de idêntico prazo. ção ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, geran-
Importante salientar que é um crime de perigo abs- do perigo de dano:
trato, ou seja, a simples condução de um veículo por Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
motorista suspenso configurará o crime, independen-
temente de geração de risco. Crime de perigo concreto e de menor potencial
ofensivo. Entenda que dirigir sem possuir CNH ou
Art. 308. Participar, na direção de veículo automo- dirigir com CNH cassada só é crime se gerar perigo
tor, em via pública, de corrida, disputa ou competição de dano. Já dirigir suspenso é crime de perigo abstra-
automobilística ou ainda de exibição ou demonstra- to. O crime só existe se for praticado na direção de
ção de perícia em manobra de veículo automotor, veículo automotor e em via pública. Se alguém dirige
não autorizada pela autoridade competente, geran- um automóvel sem habilitação dentro da sua fazenda
do situação de risco à incolumidade pública ou pri-
particular, o fato é atípico.
vada: (Redação dada pela Lei n° 13.546, de 2017)
Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos,
E quando a situação for de CNH de categoria dife-
multa e suspensão ou proibição de se obter a per- rente causando perigo? Bom, se o indivíduo estiver
missão ou a habilitação para dirigir veículo auto- dirigindo o veículo com habilitação de categoria dife-
motor. (Redação dada pela Lei n° 12.971, de 2014) rente, que não seja própria para aquele veículo que
§ 1° Se da prática do crime previsto no caput resul- ele está dirigindo, há o crime do art. 309, uma vez que
tar lesão corporal de natureza grave, e as circuns- o tipo penal fala em “sem a devida permissão ou habi-
tâncias demonstrarem que o agente não quis o litação.” A palavra “devida” não é insignificante, pois
resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena o condutor deve ser habilitado para aquele veículo
privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6 que ele está conduzindo. Não se pode dirigir automó-
(seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas vel com habilitação para motocicleta, por exemplo.
neste artigo. (Incluído pela Lei n° 12.971, de 2014)
Conforme entendimento dado pelo MBFT, o ato
§ 2° Se da prática do crime previsto no caput resul-
tar morte, e as circunstâncias demonstrarem que o
de conduzir o veículo com a habilitação de categoria
agente não quis o resultado nem assumiu o risco de diferente, gerando perigo de dano, configura o crime
produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclu- do art. 309 do CTB. No entanto, há tribunais que já jul-
são de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das garam de forma diferente, não caracterizando a situa-
outras penas previstas neste artigo. (Incluído pela ção como crime.
Lei n° 12.971, de 2014) Outra situação: o indivíduo está com a habilita-
ção vencida há mais de trinta dias gerando perigo de
Este é o famoso crime de “racha”, e foi recentemen- dano, configura o crime? O STF decidiu o seguinte:
te modificado para endurecer a pena para os pratican- configura infração administrativa, mas não configu-
tes de competições não autorizadas em via pública. O ra o crime do art. 309. Mesmo que o condutor esteja
“racha” não é apenas corrida, mas também disputa ou gerando perigo de dano, uma vez que habilitação ven-
competição. Por isso, fique atento: o tipo penal não pune cida não significa falta de habilitação.
se houver somente a corrida, é necessário que exista
elementos de competição no ato, como, por exemplo, a Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção
tomada de tempo, a organização em posições etc. de veículo automotor a pessoa não habilitada, com
Cuidado! O art. 308 está punindo mais do que habilitação cassada ou com o direito de dirigir sus-
uma simples corrida. Está punindo, além disso, qual- penso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde,
quer forma de disputa ou competição. Neste delito, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em
os promotores do evento não são punidos, apenas os condições de conduzi-lo com segurança:
96 participantes. Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Interessante é o caso da pessoa que permite, con- Não é incomum em acidentes de trânsito com víti-
fia ou entrega veículo a condutor inabilitado, cassado, mas, envolvidos mudarem local dos veículos, apagar
suspenso, embriagado ou sem condições de saúde físi- local de frenagem, mudar local do corpo da vítima,
ca ou mental para dirigir. Crime de perigo abstrato e retirar a sinalização, alterar local de colisão e até indi-
de menor potencial ofensivo. Para evitar celeumas e
car um falso condutor. De qualquer forma é um cri-
debates ineficazes, o STJ ratificou o que o CTB já nos
me de menor potencial ofensivo. O crime de inovação
informa: tal crime é mesmo de perigo abstrato por
mais estranho que possa parecer. artificiosa do local de acidente de trânsito, previsto no
art. 312, do CTB, é formal e se consuma quando o agen-
te inova o local do crime, visando enganar o agente
Importante! policial, o perito, ou o juiz, ainda que não alcance a
finalidade pretendida.
Confira a súmula do STJ:
Súmula 575 do STJ: Constitui crime a conduta de
Art. 312-A Para os crimes relacionados nos arts.
permitir, confiar ou entregar a direção de veículo
302 a 312 deste Código, nas situações em que o juiz
automotor à pessoa que não seja habilitada, ou
aplicar a substituição de pena privativa de liberda-
que se encontre em qualquer das situações pre-
de por pena restritiva de direitos, esta deverá ser de
vistas no art. 310 do CTB, independentemente da
prestação de serviço à comunidade ou a entidades
ocorrência de lesão ou de perigo de dano concre-
públicas, em uma das seguintes atividades: (Incluí-
to na condução do veículo.
do pela Lei n° 13.281, de 2016)
I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de res-
Art. 310-A (VETADO) (Incluído pela Lei n° 12.619, gate dos corpos de bombeiros e em outras unidades
de 2012) móveis especializadas no atendimento a vítimas de
Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível trânsito; (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
com a segurança nas proximidades de escolas, II - trabalho em unidades de pronto-socorro de
hospitais, estações de embarque e desembarque de
hospitais da rede pública que recebem vítimas de
passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja
acidente de trânsito e politraumatizados; (Incluído
grande movimentação ou concentração de pessoas,
gerando perigo de dano: pela Lei n° 13.281, de 2016)
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. III - trabalho em clínicas ou instituições especiali-
zadas na recuperação de acidentados de trânsito;
Mais um crime de menor potencial ofensivo e de (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
perigo concreto. Para que o motorista responda pelo IV - outras atividades relacionadas ao resgate,
crime não é necessário que ele esteja com excesso de atendimento e recuperação de vítimas de acidentes
velocidade, basta que essa velocidade seja incompatí- de trânsito. (Incluído pela Lei n° 13.281, de 2016)
vel com a segurança, podendo causar um dano futuro.
Assim, não é exigido que a prova seja realizada por O juiz deverá, quando a pena for substituída por
meio de radares ou equivalentes, podendo ser realiza- restritiva de direitos, fazer ser de prestação de serviço à
da por provas testemunhais. comunidade ou a entidades públicas, nas atividades de
Sobre a prova testemunhal, assim decidiu o TJ-RS
atendimento e recuperação de vitimados pelo trânsito.
RC 71004813481 RS (TJ-RS) 30/05/2014: “Validade do
depoimento do policial para embasar a condenação
porque, até prova em contrário, trata-se de pessoa ÓRGÃO DE ESPECIALIZAÇÃO DO LOCAL DE
idônea e que merece credibilidade, não se verifican- TRABALHO TRABALHO
do, ainda, que tivesse qualquer motivo para realizar Corpo de
Vítimas de acidente de trânsito
uma falsa imputação contra o réu”. bombeiros
Se no local da velocidade incompatível com a segu- Pronto-socorro
Vítimas de acidente de trânsito
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
rança não existe nas proximidades escolas, hospitais público
(...) e grande concentração de pessoas, pode haver des-
classificação do Crime do art.311 do CTB para o delito Clínica Recuperação de acidentados de
de Contravenção penal de direção perigosa, conforme especializada trânsito
art. 34 do Decreto-Lei n° 3688/194. Atividades de Atendimento e recuperação de
resgate vítimas de acidente de trânsito
Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de aci-
dente automobilístico com vítima, na pendência
do respectivo procedimento policial preparatório, Art. 312-B Aos crimes previstos no § 3° do art. 302 e
inquérito policial ou processo penal, o estado de no § 2° do art. 303 deste Código não se aplica o dis-
lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro posto no inciso I do caput do art. 44 do Decreto-Lei
o agente policial, o perito, ou juiz: n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, Novo dispositivo: os crimes de lesão corporal e
ainda que não iniciados, quando da inovação, o homicídio culposo qualificados (crimes que envolvem
procedimento preparatório, o inquérito ou o pro-
cesso aos quais se refere.
ingestão de substância psicoativa) do CTB não cabe-
rão mais a possibilidade de substituição por penas
Esse é um crime de fraude processual, pois pune restritivas de direito. Essa nova normativa contraria
aquele que modifica o local do acidente para induzir o CTB que faz previsão de possibilidade de aplicação
as autoridades a erro. das penas restritivas de direitos para crimes culposos. 97
3. (CESPE - 2019) Julgue o Item:
EXERCÍCIOS COMENTADOS Dirigindo seu veículo automotor, Luciano atropelou
um transeunte, causando-lhe ferimentos leves. Lucia-
1. (CESPE - 2017) Considerando a jurisprudência do STF no não prestou socorro à vítima nem solicitou auxílio
e do STJ em relação aos crimes de trânsito, assinale a da autoridade pública. Nessa situação, a conduta de
opção correta. Luciano será considerada atípica caso um terceiro
Parte superior do formulário tenha prestado apoio à vítima em seu lugar.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (AOCP - 2019) Conforme o anexo l do CTB, assinale a
alternativa que apresenta o conceito de “ciclofaixa”.
a) rural.
b) local.
c) de trânsito rápido.
d) arterial.
e) coletora.
106
Resoluções do Conselho
Nacional de Trânsito – CONTRAN
Morgana Diefenthaeler
Agora, iniciaremos as análises das Resoluções do IV - de um a outro estabelecimento da mesma mon-
CONTRAN. tadora, encarroçadora ou concessionária ou pes-
soa jurídica interligada
Art. 2º Os veículos adquiridos por autônomos e por § 6º Para os veículos recém-produzidos, beneficia-
empresas que prestam transportes de cargas e de pas- dos por regime tributário especial e para os quais
sageiros, poderão efetuar serviços remunerados para ainda não foram emitidas as notas fiscais de fatu-
quais estão autorizados, atendida a legislação espe- ramento, fica permitido o transporte somente
cífica, as exigências dos poderes concedentes e das do pátio interno das montadoras e fabrican-
autoridades com jurisdição sobre as vias públicas. tes para os pátios externos das montadoras e
Art. 3º Os veículos consignados aos concessionários,
fabricantes ou das empresas responsáveis pelo
para comercialização, e os veículos adquiridos por
pessoas físicas, entidades privadas e públicas, a serem transporte dos veículos, em um raio máximo de
licenciados nas categorias “PARTICULAR e OFICIAL”, 10 (dez) quilômetros, desacompanhados de nota
somente poderão transportar suas cargas e pessoas fiscal, desde que acompanhados da relação de
110 que tenham vínculo empregatício com os mesmos. produção onde conste a numeração do chassi.
z Cinto de segurança para a árvore de transmissão
RESOLUÇÃO Nº 14/1998 DO CONTRAN em veículos de transporte coletivo e carga.
Farol Dianteiro SIM SIM SIM CMT < 19t e PBT >
Isento Isento Obrigatório
4.536 kg
Lanterna traseira SIM SIM SIM CMT >= 19t e PBT >
Obrigatório Obrigatório Obrigatório
Velocímetro SIM SIM SIM 4.536 kg
INMETRO
Importante!
Para que possa ser certificado pelo INMETRO, além
Ao final de cada período de 24hs, essas informa- de cumprir os requisitos da legislação metrológica
ções ficarão à disposição da autoridade policial específica, o tacógrafo deverá:
ou da autoridade administrativa com jurisdição
sobre a via pelo prazo de 90 dias. Porém, se I - possuir registrador próprio, em meio físico
ocorrer acidente de trânsito com vítima, este adequado, de espaço percorrido, velocidades desen-
prazo será de 1 ano. volvidas e tempo de operação do veículo, no perío-
do de vinte e quatro horas;
II - fornecer, em qualquer momento, as informações
COMPETÊNCIA de que trata o art. 2o desta Resolução;
III - assegurar a inviolabilidade e inalterabili-
A fiscalização do tacógrafo ocorre nos veículos em dade do registro de informações;
que seu uso é obrigatório (veja, para isso, a resolução IV - possuir lacre de proteção das ligações neces-
14/1998 do CONTRAN), e é feita pelos agentes de trân- sárias ao seu funcionamento e de acesso interno ao
equipamento;
sito que possuem circunscrição naquela via. Exemplo:
V. dispor de indicação de violação;
a PRF em rodovias federais.
VI - ser constituído de material compatível para o
Cuidado com a disposição do art. 279 do CTB, que fim a que se destina;
não se refere à fiscalização de tempo de direção, mas VII - totalizar toda distância percorrida pelo
sim, à perícia em acidentes: veículo;
VIII - ter os seus dispositivos indicadores ilumina-
Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envol- dos adequadamente, com luz não ofuscante ao
vendo veículo equipado com registrador instantâ- motorista;
neo de velocidade e tempo, somente o perito oficial IX - utilizar como padrão as seguintes unidades de
encarregado do levantamento pericial poderá reti- medida e suas frações: quilômetro por hora (Km/h),
rar o disco ou unidade armazenadora do registro. para velocidade; hora (h) para tempo e quilômetro
(km) para espaço percorrido;
Nas operações de fiscalização do registrador ins- X - situar-se na faixa de tolerância máxima de erro
tantâneo e inalterável de velocidade e tempo, o agente nas indicações, conforme Anexos I e II;
fiscalizador deverá identificar-se e assinar o verso do XI - possibilitar leitura fácil, direta e sem uso
disco ou fita diagrama, bem como mencionar o local, de instrumental próprio no local de fiscalização,
nos dados registrados no meio físico.
a data e horário em que ocorreu a fiscalização (art.
3º, §2º). Isso porque qualquer interrupção do funcio-
namento é registrada pelo aparelho, então isso deve MODELOS DE TACÓGRAFO
ficar devidamente registrado e justificado.
É de responsabilidade do fabricante do tacógrafo Há, basicamente, duas possibilidades de modelo
promover prévio treinamento dos agentes de trânsito, de tacógrafo: o tacógrafo de disco diagrama e o tacó-
conforme instrução dos fabricantes dos equipa- grafo de fita diagrama.
mentos ou pelos órgãos incumbidos da fiscaliza-
ção. Este treinamento é requisito indispensável para 1. Tacógrafo de Disco
que o agente possa realizar a extração, análise e inter-
pretação dos dados. O tacógrafo de disco opera por meio de mecanis-
mo manual, com uma agulha que registra os dados em
um suporte circular chamado de disco diagrama.
REQUISITOS DE FUNCIONAMENTO
2. Tacógrafo Computadorizado
São requisitos de operação do tacógrafo e objeto de
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
Fundo Branca
z Sinalização de Regulamentação: cria normas de
trânsito cuja observância é obrigatória; Símbolo Preta
z Sinalização de Advertência: tem caráter de recomen-
dação ao condutor, advertindo para situações poten- Tarja Vermelha
cialmente perigosas ou que exigem maior atenção; Orla Vermelha
z Sinalização de Indicação: como o nome já infor- Obrigação/Restrição Proibição
ma, caracteriza-se por conter mensagens que auxi- Letras Preta
liam o condutor a se orientar ou informam sobre
alguma circunstância.
Importante!
Dica
Nos sinais de trânsito, restrição não possui o
Os assuntos mais cobrados em prova são: finali-
dades, diferenças entre os 3 tipos de sinalização; mesmo significado que proibição, representando
cores e formatos característicos de cada um, situações diferentes!
além do significado dos sinais de regulamenta-
ção e advertência (os de indicação são cobrados
também, porém, com frequência muito baixa). Confira nos exemplos abaixo:
Dê atenção especial a estes tipos de sinalização. Constituem exceção, quanto à forma, os sinais R-1
– Parada Obrigatória e R-2 – Dê a Preferência:
Relembre a diferença entre placa e sinal constan-
te no CTB:
SINAL
Placas – elementos colocados na posição vertical, COR
fixados ao lado ou suspensos sobre a pista, transmi- FORMA CÓDIGO
tindo mensagens de caráter permanente e, even- Fundo Vermelha
tualmente, variáveis, mediante símbolo ou legendas
Orla interna Branca
pré-reconhecidas e legalmente instituídas como sinais R-1
de trânsito. É o suporte físico dos sinais, relacionado Orla externa Vermelha
diretamente com a sinalização vertical. Letras Branca
Sinais De Trânsito – elementos de sinalização viá-
Fundo Branca
ria que se utilizam de placas, marcas viárias, equipa-
mentos de controle luminosos, dispositivos auxiliares, R-2
apitos e gestos, destinados exclusivamente a ordenar Orla Vermelha
ou dirigir o trânsito dos veículos e pedestres. É o nome
que se dá ao símbolo/imagem/gesto/som que estará
pintado na placa, no pavimento ou será executado Dica
pelo condutor/agente de trânsito.
Os sinais de regulamentação não possuem exce-
Sinalização de Regulamentação ção quanto à cor.
Condições
Proibições
Obrigações
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
Formas e Cores
R-5b R-6a
Proibido retornar à direita Proibido estacionar R-13
R-12
Proibido trânsito de tratores e
Proibido trânsito de bicicletas
máquinas de obras
R-6b
R-6c
Estacionamento
Proibido parar e estacionar
regulamentado R-14
R-15
Peso bruto total Máximo
Altura máxima permitida
permitido
R-8a
R-7 Proibido mudar de faixa ou
Proibido ultrapassar pista de trânsito da esquerda R-17
para a direita R-16
Peso máximo permitido por
Largura Máxima permitida
eixo
R-8b
Proibido mudar de faixa ou R-9 R-18
R-19
pista de trânsito da direita para Proibido trânsito de caminhões Comprimento Máximo
Velocidade Máxima permitida
a esquerda permitido
118
R-20 R-27
R-21
Proibido acionar buzina ou R-26 Ônibus, caminhões e veículos
Alfândega
sinal sonoro Siga em frente de grande porte, mantenham-
se à direita
R-22 R-23
R-28 R-29
Uso obrigatório de correntes Conserve-se à direita
Duplo sentido de circulação Proibido trânsito de pedestres
R-33
R-32
Sentido de Circulação na
R-25a R-25b Circulação exclusiva de ônibus
rotatória
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
R-34
R-35a
R-25c R-25d Circulação exclusiva de
Ciclista, transite à esquerda
Siga em frente ou à esquerda Siga em frente ou à direita bicicletas
119
R-36a
R-35b
Ciclistas à esquerda, pedestres
Ciclista, transite à direita
à direita
Importante!
Nos sinais de R-1 - Parada Obrigatória e R-2 - Dê
a Preferência não é possível inserir informações
complementares.
R-37
R-36b Sinalização de Advertência
Proibido trânsito de
Pedestres à esquerda, ciclistas
motocicletas, motonetas e
à direita
ciclomotores Sua finalidade é alertar os usuários da via para
condições potencialmente perigosas.
Diferentemente dos sinais de regulamentação, sua
observância não é obrigatória, e seu descumprimento
não enseja cometimento de infração de trânsito.
Formas e Cores
FORMA COR
Fundo Amarela
Símbolo Preta
Informações Complementares
z Quanto à cor:
Sendo necessário acrescentar informações para O sinal A-24 (Obras), que possui fundo e orla
complementar os sinais de regulamentação, como externa na cor laranja;
período de validade, características e uso do veículo, O sinal A-14 (Semáforo à Frente), que possui sím-
condições de estacionamento, além de outras, deve bolo nas cores preta, vermelha, amarela e verde;
ser utilizada uma placa adicional ou incorporada Todos os sinais que, quando utilizados na sinali-
à placa principal, formando um só conjunto, na for- zação de obras, possuem fundo na cor laranja.
ma retangular, com as mesmas cores do sinal de
regulamentação. z Quanto à forma:
Veja exemplos extraídos da Resolução nº 798/2020, A sinalização especial de advertência e as infor-
sobre fiscalização de velocidade, contendo o sinal mações complementares (ver abaixo);
R-19 (velocidade máxima permitida) e a informação Os sinais A-26a (Sentido Único), A-26b (Sentido
120 complementar sobre o tipo de veículo: Duplo) e A-41 (Cruz de Santo André):
SINAL
COR
FORMA CÓDIGO
Fundo Amarela
Seta Preta
A-5a A-5b
Fundo Amarela Curva em “S” à esquerda Curva em “S” à direita
A-6 A-7a
Cruzamento de vias Via lateral à esquerda
A-1a A-1b
Curva acentuada à esquerda Curva acentuada à direita
A-7b A-8
Via lateral à direita Interseção em “T”
A-2a A-2b
Curva à esquerda Curva à direita
A-9 A-10a
Bifurcação em “Y” Entroncamento oblíquo à
esquerda
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
A-3a A-3b
Pista sinuosa à esquerda Pista sinuosa à direita
A-10b A-11a
A-4a A-4b Entroncamento oblíquo à Junções sucessivas
Curva acentuada em “S” à Curva acentuada em “S” à direita Contrárias primeira à
esquerda direita esquerda
121
A-11b A-12 A-20a A-20b
Junções sucessivas Interseção em círculo Declive acentuado Aclive acentuado
Contrárias primeira à direita
A-21a A-21b
A-13a A-13b Estreitamento de pista ao Estreitamento de pista à
Confluência à esquerda. Confluência à direita centro. esquerda
A-21c A-21d
A-14 A-15
Estreitamento de pista à Alargamento de pista à
Semáforo à frente Para obrigatória à frente
direita esquerda
(exceção quanto à cor)
A-21e A-22
A-16 A-17 Alargamento de pista à direita Ponte estreita
Bonde Pista irregular
A-23 A-24
A-18 A-19 Ponte móvel Obras
Saliência ou lombada Depressão (exceção quanto à cor)
122
A-25 A-26a A-32a A-32b
Mão dupla adiante Sentido único Trânsito de pedestres Passagem sinalizada de
(exceção quanto à forma) pedestres
A-30a A-30b
Trânsito de ciclistas Passagem sinalizada de A-36 A-37
ciclistas Animais selvagens Altura limitada
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
A-42c A-43
Pista dividida Aeroporto
A-44 A-45
Vento lateral Rua sem saída
A-46 A-47
Peso bruto total limitado Peso limitado por eixo
124
b) Sinalização Especial para Pedestres
Sinalização de Indicação
Placas de Identificação
FORMA COR
Fundo Branca
Legenda Preta
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
COR
b) Placas de Identificação de Municípios
Fundo Azul
FORMA COR Orla interna Branca
Orla externa Azul
Fundo Azul
Tarja Branca
Orla interna Branca
Legendas Branca
Orla externa Azul FORMA
Retangular, com lado maior na horizontal
Retangular, com lado maior Legenda Branca
na horizontal
FORMA COR
Fundo Azul
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
c) Placas Diagramadas
127
S–3 S–4
Serviço mecânico Abastecimento
S–5 S–6
Pronto socorro Terminal Rodoviário
FORMA COR
Fundo Branca S–9 S – 10
Orla interna Preta Hotel Área de campismo
S–1 S–2
Área de Serviço telefônico S – 15 S – 16
estacionamento Informação turística Pedágio
128
Os pictogramas podem ser utilizados opcional- Área para a prática de esportes
mente nas placas de orientação.
TAD-1 TAD-2
Aeroclube Marina
TAD-3
Área para esportes náuticos
Área de Recreação
TAR-01 TAR-02
Área de descanso Barco de passeio
TAR-03
Parque
TNA-03 TNA-04
Patrimônio Natural Estância Hidromineral
Atrativos Históricos e Culturais b) Placas Indicativas de Sentido de Atrativo Turístico RESOLUÇÕES DO CONTRAN
THC-01 THC-02
Templo Arquitetura Histórica
THC-03 THC-04
Museu Espaço Cultural
129
SINALIZAÇÃO HORIZONTAL Dica
Na sinalização horizontal são utilizadas linhas, Nessa matéria, os assuntos mais cobrados são:
marcações, símbolos e legendas, pintados ou apostos finalidade de cada tipo de sinalização horizontal;
sobre o pavimento das vias. diferença entre sinalização horizontal e sinaliza-
De forma simples, são as pinturas que encontra- ção vertical; os padrões de traçado, as cores e as
mos sobre o chão em uma via! características gerais dos tipos de sinalização
Funções: horizontal, em especial, as marcas longitudinais
e transversais. Dê atenção especial a estes itens!
z Organizar o fluxo de veículos e pedestres;
Para identificação da cor, na Resolução, é adotada
z Controlar e orientar os deslocamentos em situa-
a seguinte convenção:
ções com problemas de geometria, topografia ou
frente a obstáculos;
z Complementar os sinais verticais de regulamenta-
ção, advertência ou indicação.
z Em casos específicos, tem poder de regulamentação.
Características
d) Linha de Continuidade
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
131
Marcas Transversais
Finalidades:
a) Linha de Retenção
Marcas de Canalização
Finalidades e características:
b) Marca Delimitadora de Parada de Veículos
z Orientam os fluxos de tráfego em uma via, direcio-
nando a circulação de veículos. Específicos
z Regulamentam as áreas de pavimento não
utilizáveis. Delimita a extensão da pista destinada à opera-
ção exclusiva de parada. Deve sempre estar associa-
Cores possíveis: da ao sinal de regulamentação correspondente. Cor
amarela.
z Branca: quando direcionam fluxos de mesmo sen- É opcional o uso destas sinalizações quando utili-
tido e na proteção de estacionamento;
zadas junto ao marco do ponto de parada de transpor-
z Amarela: quando direcionam fluxos de sentidos
te coletivo.
opostos.
z Paralelo ao meio-fio:
Linha simples contínua ou tracejada
b) Símbolos
a) Setas Direcionais
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
z “Bicicleta”
135
z “Serviços de saúde” Finalidades:
Importante!
Esta não é a matéria preferida das bancas, mas
você deve saber a finalidade que é indicada para
cada tipo de dispositivo!
z “Deficiente físico”
Dispositivos delimitadores
Indicativo de local de estacionamento de veículos
São elementos utilizados para melhorar a percep-
que transportam ou que sejam conduzidos por pessoas ção do condutor quanto aos limites do espaço desti-
portadoras de deficiências físicas. Cor: branco e azul. nado ao rolamento e a sua separação em faixas de
circulação.
São apostos em série no pavimento ou em supor-
tes, reforçando marcas viárias, ou ao longo das áreas
adjacentes a elas.
Podem ser mono ou bidirecionais em função de
possuírem uma ou duas unidades refletivas. O tipo e
a(s) cor(es) das faces refletivas são definidos em fun-
ção dos sentidos de circulação na via, considerando
como referencial um dos sentidos de circulação, ou
seja, a face voltada para este sentido.
c) Legendas
z Balizadores:
Advertem acerca de condições particulares de ope-
ração da via e complementam os sinais de regulamen- Unidades refletivas mono ou bidirecionais, afixa-
das em suporte.
tação e advertência. Cor: branco.
Cor do elemento refletivo:
Importante!
Por vezes, as inscrições no pavimento são obje-
to de cobrança pela banca. Não deixe de revisar
esta parte.
DISPOSITIVOS AUXILIARES
z Marcadores de Perigo
Branca refletiva
Laranja
Dispositivos luminosos
z Cilindro
São dispositivos que se utilizam de recursos lumi-
nosos para proporcionar melhores condições de
visualização da sinalização, ou que, conjugados a ele-
mentos eletrônicos, permitem a variação da sinaliza- Branca refletiva
ção ou de mensagens, como:
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
Importante!
Aos dispositivos de uso temporário estão asso-
ciadas as cores laranja e branca.
139
z Cavaletes z Tapumes
ARTICULADOS
Laranja
Vista Frontal Vista Lateral
Branca
Laranja Branca
Laranja
z Gradis
Branca
Fixo Dobrável
z Barreiras
Laranja
Branca Modulado Tela Plástica
Laranja Branca
Laranja
CANCELAS
Amarela ou laranja
Laranja Branca Laranja Branca
Luz intermitente
Laranja
z Bandeiras
Laranja
Laranja ou vermelha
Laranja
140
z Faixas Verde: indica permissão de prosseguir na marcha,
podendo o condutor efetuar as operações indicadas
pelo sinal luminoso, respeitadas as normas gerais de
Branca circulação e conduta.
Laranja
Tipos
a) Para Veículos:
Laranja
Branca
z Com 3 indicações luminosas:
Laranja
Vermelho Vermelho Verde
Branca
Amarelo
Verde Amarelo
SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA
z Com 2 indicações luminosas, sendo de uso exclu-
sivo em controles de acesso específico, tais como
Composta por indicações luminosas acionadas praças de pedágio e balsa.
alternada ou intermitentemente através de siste-
ma elétrico/eletrônico, cuja função é controlar os
deslocamentos.
São divididas em: Vermelho Vermelho Verde
Formas e Dimensões
z Com símbolos, que podem estar isolados ou inte-
z Movimento veicular: circular; grando um semáforo de três ou duas indicações
z Movimento de pedestres e ciclistas: redonda. luminosas.
Laranja
GESTOS
Ordem de parada para
veículos aos quais a luz é
Gestos de Agentes da Autoridade de Trânsito dirigida.
Dica
Estes gestos e os sinais sonoros são alvo fre-
quente de prova. Memorize-os todos!
SIGNIFICADO SINAL
Ordem de seguir.
Ordem de parada obriga-
tória para todos os veí-
culos. Quando executada
em interseções, os veícu-
los que já se encontrem Braço levantado, com
nela não são obrigados a movimento de antebraço da
parar. Braço levantado verticalmente, frente para a retaguarda e a
com a palma da mão para palma da mão voltada para
frente. trás.
142
Gestos de Condutores a) veículos não-articulados: máximo de 14 metros;
b) veículos não-articulados de transporte coleti-
SIGNIFICADO SINAL vo urbano de passageiros que possuam 3º eixo de
apoio direcional: máximo de 15 metros;
b1) veículos não articulados de característica rodo-
viária para o transporte coletivo de passageiros, na
configuração de chassi 8X2: máximo de 15 metros;
Dobrar à esquerda c) veículos articulados de transporte coletivo de
passageiros: máximo 18,60 metros;
d) veículos articulados com duas unidades, do tipo
caminhão-trator e semirreboque: máximo de 18,60
metros;
e) veículos articulados com duas unidades do tipo
caminhão ou ônibus e reboque: máximo de 19,80;
f) veículos articulados com mais de duas unidades:
máximo de 19,80 metros.
Dobrar à direita
Atente-se:
São exemplos de veículos não articulados: carros,
ônibus comuns etc.
São exemplos de veículos articulados: ônibus san-
fonados, caminhões de carga com vários eixos etc.
A Resolução nº 210/06 do CONTRAN dispõe sobre to transmitido por eixo de veículo, nas superfícies das
limites de peso e dimensões para veículos que transi- vias públicas, são (art. 2º):
tem por vias terrestres.
Não se permite o registro e o licenciamento de §1º - peso bruto total ou peso bruto total com-
veículos com peso excedente aos limites fixado binado, respeitando os limites da capacidade
nesta Resolução. máxima de tração – CMT da unidade tratora
determinada pelo fabricante:
DIMENSÕES AUTORIZADAS PARA VEÍCULOS a) peso bruto total para veículo não articulado: 29
t;
Com ou sem carga, se autorizam as seguintes b) veículos com reboque ou semirreboque, exceto
dimensões para os veículos (art. 1º): caminhões: 39,5 t;
c) peso bruto total combinado para combinações
I – largura máxima: 2,60m; de veículos articulados com duas unidades, do tipo
II – altura máxima: 4,40m; caminhão-trator e semirreboque, e comprimento
III – comprimento total: total inferior a 16 m: 45 t; 143
d) peso bruto total combinado para combinações I. Peso bruto por eixo:
de veículos articulados com duas unidades, do tipo a) Eixo simples dotado de 2 (dois) pneumáticos = 7t;
caminhão-trator e semirreboque com eixos em tan- b) Eixo simples dotado de 4 (quatro) pneumáticos
dem triplo e comprimento total superior a 16 m: = 11t;
48,5 t;
c) Eixo duplo dotado de 6 (seis) pneumáticos = 14,5t;
e) peso bruto total combinado para combinações
de veículos articulados com duas unidades, do tipo d) Eixo duplo dotado de 8 (oito) pneumáticos = 18t;
caminhão-trator e semirreboque com eixos distan- e) Dois eixos direcionais, com distância entre eixos
ciados, e comprimento total igual ou superior a 16 de no mínimo 1,20 metros, dotados de 2 (dois) pneu-
m: 53 t; máticos cada = 13t.
f) peso bruto total combinado para combinações II. Peso bruto total (PBT) = somatório dos limites
de veículos com duas unidades, do tipo caminhão individuais dos eixos descritos no inciso I.
e reboque, e comprimento inferior a 17,50 m: 45 t; Parágrafo único. Não se aplicam estas dispo-
g) peso bruto total combinado para combinações
sições aos veículos de característica urbana
de veículos articulados com duas unidades, do tipo
caminhão e reboque, e comprimento igual ou supe- para transporte coletivo de passageiros.
rior a 17,50 m: 57 t;
h) peso bruto total combinado para combinações EIXOS EM TANDEM
de veículos articulados com mais de duas unidades
e comprimento inferior a 17,50 m: 45 t; São eixos em tandem dois ou mais eixos que cons-
i) para a combinação de veículos de carga – CVC,
tituam um conjunto integral de suspensão, podendo
com mais de duas unidades, incluída a unidade tra-
tora, o peso bruto total poderá ser de até 57 tone- qualquer deles ser ou não motriz (art. 4º).
ladas, desde que cumpridos os seguintes requisitos:
1 – máximo de 7 (sete) eixos; §1° Quando, em um conjunto de dois ou mais eixos,
2 – comprimento máximo de 19,80 metros e mínimo a distância entre os dois planos verticais paralelos,
de 17,50 metros; que contenham os centros das rodas for superior
3 – unidade tratora do tipo caminhão trator; a 2,40m, cada eixo será considerado como se fosse
4 – estar equipadas com sistema de freios conjuga-
distanciado.
dos entre si e com a unidade tratora atendendo ao
§2° Em qualquer par de eixos ou conjunto de três
estabelecido pelo CONTRAN;
5 – o acoplamento dos veículos rebocados deverá eixos em tandem, com quatro pneumáticos em
ser do tipo automático conforme NBR 11410/11411 cada, com os respectivos limites legais de 17 t e
e estarem reforçados com correntes ou cabos de 25,5t, a diferença de peso bruto total entre os eixos
aço de segurança; mais próximos não deverá exceder a 1.700kg.
6 – o acoplamento dos veículos articulados com
pino-rei e quinta roda deverão obedecer ao disposto COMBINAÇÕES DE VEÍCULOS DE CARGA
na NBR NM ISO337.
§2° peso bruto por eixo isolado de dois pneu-
máticos: 6 t; A partir de 1º de janeiro de 2011, as Combinações
§3° peso bruto por eixo isolado de quatro pneu- de Veículos de Carga (CVC), de 57 toneladas, foram
máticos: 10 t; dotadas obrigatoriamente de tração dupla 6x4 (seis
§4° peso bruto por conjunto de dois eixos dire- por quatro), podendo suspender um dos eixos trato-
cionais, com distância entre eixos de no mínimo 1,20
res somente quando a CVC estiver descarregada, pas-
metros, independente da distância do primeiro eixo
traseiro, dotados de dois pneumáticos cada: 12 t. sando a operar na configuração 4X2 (quatro por dois)
§5° peso bruto por conjunto de dois eixos em tan- (art. 11).
dem, quando à distância entre os dois planos ver-
ticais, que contenham os centros das rodas, for
superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 17 t; Importante!
§6° peso bruto por conjunto de dois eixos não em
tandem, quando à distância entre os dois planos O disposto nesta Resolução não se aplica aos
verticais, que contenham os centros das rodas, for veículos especialmente projetados para o trans-
superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 15 t;
§7° peso bruto por conjunto de três eixos em tan- porte de carga indivisível.
dem, aplicável somente a semirreboque, quando à
distância entre os três planos verticais, que conte-
nham os centros das rodas, for superior a 1,20m e COMPETÊNCIA DOS ÓRGÃOS RODOVIÁRIOS
inferior ou igual a 2,40m: 25,5t;
§8° peso bruto por conjunto de dois eixos, sendo O peso e as dimensões máximos aqui estabelecidos
um dotado de quatro pneumáticos e outro de dois não excluem a competência dos demais órgãos e
pneumáticos interligados por suspensão especial,
entidades executivos rodoviários fixarem valores
quando à distância entre os dois planos verticais
que contenham os centros das rodas for: mais restritivos em relação a vias sob sua circuns-
a) inferior ou igual a 1,20m; 9 t; crição, de acordo com as restrições ou limitações
b) superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 13,5 t. estruturais da área, via/pista, faixa ou obra de arte,
desde que observado o estudo de engenharia respec-
VEÍCULOS DE CARACTERÍSTICA RODOVIÁRIA tivo (art. 12-A).
PARA TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS
SINALIZAÇÃO
Art. 2°-A Os veículos de característica rodoviá-
ria para transporte coletivo de passageiros terão
os seguintes limites máximos de peso bruto total Nestes casos, o órgão e entidade com circunscrição
(PBT) e peso bruto transmitido por eixo nas super- sobre a via deverá observar a regular colocação de
144 fícies das vias públicas: sinalização vertical regulamentadora.
z Especificará os limites de comprimento e de peso
RESOLUÇÃO Nº 211/2006 DO bruto total combinado (PBTC) da combinação de
CONTRAN veículo de carga (CVC), e o cada caminhão trator
não está vinculado às unidades rebocadas na res-
A Resolução nº 211/06 do CONTRAN dispõe sobre pectiva AET, podendo ambos serem substituídos
requisitos necessários à circulação de Combinações a qualquer tempo, observadas as mesmas carac-
de Veículos de Carga (CVC). terísticas de dimensões e peso e adequada (CMT);
As Combinações de Veículos de Carga (CVC), com z Terá validade pelo prazo máximo de 1 (um)
mais de duas unidades, incluída a unidade tratora, ano, de acordo com o licenciamento da unidade
com peso bruto total acima de 57t ou com comprimen- tratora, para os percursos e horários previamente
to total acima de 19,80m, só poderão circular portan- aprovados
do Autorização Especial de Trânsito (AET). z Somente será fornecida após vistoria técnica da
CVC, que será efetuada pelo Órgão Executivo Rodo-
AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE TRÂNSITO viário da União, ou dos Estados, ou dos Municípios
ou do Distrito Federal
Competência
Medidas Complementares
A AET pode ser concedida pelo Órgão Executivo
Rodoviário da União, dos Estados, dos Municípios ou A critério do Órgão responsável pela AET, nas vias
do Distrito Federal que detenha circunscrição sobre a de duplo sentido de direção, poderão ser exigidas
via onde a CVC pretende circular. medidas complementares que possibilitem o trân-
Isso porque estes órgãos são responsáveis pela sito dessas composições, respeitadas as condições de
conservação do pavimento destas vias, o qual é dire- segurança, a existência de faixa adicional para veícu-
tamente desgastado pelo trânsito de veículos pesados. los lentos nos segmentos em rampa com aclive e com-
primento superior a 5% e 600 m, respectivamente.
Art. 2º A Autorização Especial de Trânsito - AET
pode ser concedida pelo Órgão Executivo Rodoviá-
rio da União, dos Estados, dos Municípios ou do Delimitação do Trânsito
Distrito Federal, mediante atendimento aos seguin-
tes requisitos: O trânsito de Combinações de Veículos de Carga de
I - para a CVC: que trata esta Resolução ocorrerá:
a) Peso Bruto Total Combinado (PBTC) igual ou infe-
rior a 91 toneladas; (Redação do inciso dada pela z Do amanhecer ao pôr do sol: será autorizado
Resolução CONTRAN Nº 640 DE 14/12/2016). o trânsito demorado nas vias com pista dupla e
b) Comprimento superior a 19,80 me máximo de 30 duplo sentido de circulação, dotadas de separado-
metros, quando o PBTC for inferior ou igual a 57t. res físicos e que possuam duas ou mais faixas de
c) Comprimento mínimo de 25 m e máximo de 30
circulação no mesmo sentido; poderá ser autoriza-
metros, quando o PBTC for superior a 57t.
d) limites legais de Peso por Eixo fixados pelo do trânsito noturno em casos especiais, como vere-
CONTRAN; mos abaixo; o trânsito será em qualquer hora do
e) a compatibilidade da Capacidade Máxima de dia para os veículos boiadeiros articulados (Romeu
Tração - CMT da unidade tratora, determinada e Julieta) com até 25m (vinte e cinco metros);
pelo fabricante, com o Peso Bruto Total Combina- z Em velocidade máxima de 80 km/h.
do - PBTC;
f) estar equipadas com sistemas de freios conjuga- Trânsito noturno em casos especiais
dos entre si e com a unidade tratora, atendendo o
disposto na Resolução n°. 777/93 - CONTRAN; Art. 3 [...]
g) o acoplamento dos veículos rebocados deverá ser §2° Em casos especiais, devidamente justifica-
do tipo automático conforme NBR 11410/11411 e dos, poderá ser autorizado o trânsito noturno
estarem reforçados com correntes ou cabos de aço
de CVC, nas vias de pista simples com duplo
de segurança;
sentido de circulação, observados os seguintes
h) o acoplamento dos veículos articulados deverá
requisitos:
ser do tipo pino-rei e quinta roda e obedecer ao dis-
I - volume horário de tráfego no período noturno
posto na NBR NM/ ISO 337.
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
A Resolução nº 216/06 do CONTRAN dispõe sobre Neste para-brisas, são permitidos no máximo
exigências sobre condições de segurança e visibi- DOIS danos fora da área crítica, limitados aos
lidade dos condutores em para-brisas em veículos seguintes tamanhos (art. 5°, I e II):
automotores
Esta Resolução estabelece a tolerância de alguns I – Trinca não superior a 10 centímetros de
tipos de danos nos para-brisas de veículos, sem que comprimento;
II – Fratura de configuração circular não superior a
seja necessário realizar a troca integral deste vidro de
4 centímetros de diâmetro.
segurança.
INFRAÇÃO
DEFINIÇÃO DE DANO
O veículo flagrado sendo conduzido com para-bri-
A resolução considera como dano ao para-brisa: sa danificado além dos limites expostos na Resolução
será enquadrado no art. 230, XVIII, do CTB:
z Trincas;
z Fraturas de configuração circular. Art. 230 Conduzir o veículo:
XVIII - em mau estado de conservação, comprome-
DEFINIÇÃO DE ÁREA CRÍTICA tendo a segurança, ou reprovado na avaliação de
inspeção de segurança e de emissão de poluentes e
ruído, prevista no art. 104:
A área crítica de visão do condutor é uma área Infração - grave;
delimitada do para-brisa, considerada indispensável Penalidade - multa;
para boa dirigibilidade do veículo, a qual deve estar Medida administrativa - retenção do veículo para
146 impecável e livre de danos. regularização
A medida administrativa aplicável é a retenção, A identificação, localização e forma correta de uti-
logo, o infrator poderá ser beneficiado pela liberação lização dos dispositivos luminosos deverão constar no
condicional do veículo, disposta no art. 270, §2º, do manual do veículo (art. 1º, §8º).
CTB: É PROIBIDA a colocação de adesivos, pinturas,
películas ou qualquer outro material nos dispositivos
Art. 270 O veículo poderá ser retido nos casos dos sistemas de iluminação ou sinalização de veículos,
expressos neste Código. sem exceção (art. 1º, §9º).
§ 2° Não sendo possível sanar a falha no local da O CONTRAN admite inovações tecnológicas que não
infração, o veículo, desde que ofereça condições estejam dispostas na resolução, desde que estejam ava-
de segurança para circulação, poderá ser libera- liadas e aprovadas pelo DENATRAN e comprovadamen-
do e entregue a condutor regularmente habilita- te assegurem a sua eficácia e segurança dos veículos.
do, mediante recolhimento do Certificado de
Licenciamento Anual, contra apresentação de
recibo, assinalando-se prazo razoável ao condutor INFRAÇÕES
para regularizar a situação, para o que se conside-
rará, desde logo, notificado. Art. 6º-A. O não atendimento ao disposto nesta
Resolução sujeita o infrator à aplicação das penali-
dades e medidas administrativas previstas no arti-
go 230, incisos IX, XII, XIII e XXII do CTB, conforme
infração a ser apurada.
RESOLUÇÃO Nº 227/2017 DO
CONTRAN (EXCETO ANEXOS) Veja as infrações específicas no CTB:
gem os seguintes:
REGISTRO IMPRESSO
I – data e hora;
II – placa do veículo;
III – transmitância medida pelo instrumento;
IV – área envidraçada fiscalizada;
V – identificação do instrumento; e
VI – identificação do agente.
RESOLUÇÃO Nº 254/2007 DO
CONTRAN
A Resolução nº 254/07 do CONTRAN dispõe sobre
requisitos para os vidros de segurança e critérios para Dica
aplicação de inscrições, pictogramas e películas nas
Não confunda “área indispensável à dirigibilida-
áreas envidraçadas dos veículos automotores. de” com o conceito de “área crítica de visão do
As disposições da Resolução não se aplicam a máqui- condutor”, presente na Resolução nº 216/2006
nas agrícolas, rodoviárias e florestais e aos veículos do CONTRAN!
destinados à circulação exclusivamente fora das vias A delimitação da área crítica de visão do condu-
públicas e nem aos veículos incompletos ou inacabados. tor é muito mais restrita do que a área indispen-
sável à dirigibilidade.
VIDROS DE SEGURANÇA
TRANSMISSÃO LUMINOSA
Os veículos automotores, os reboques e semir-
reboques devem sair de fábrica com as suas partes A transmissão luminosa não poderá ser inferior a:
envidraçadas equipadas com vidros de segurança que
atendam aos termos da legislação do CONTRAN e da z 75% para os vidros incolores dos para-brisas;
ABNT. Da mesma forma deve ocorrer com os vidros z 70% para: para-brisas coloridos; demais vidros
indispensáveis à dirigibilidade do veículo; vidro
destinados a reposição.
de segurança traseiro (vigia), se o veículo NÃO for
dotado de espelho retrovisor externo direito
Tipo de vidro z 28% para outros vidros que não interferem nas
áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade
O vidro destinado ao para-brisa deve ser do tipo do veículo; vidro de segurança traseiro (vigia), se o
laminado, apenas, e os demais vidros podem ser lami- veículo FOR dotado de espelho retrovisor externo
148 nados ou temperados. direito
O CONTRAN não especifica percentual mínimo XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por
para os vidros de segurança situados no teto dos veí- películas refletivas ou não, painéis decorativos ou
culos, limitando-se a exclui-los da regra dos 75/70. pinturas;
Infração - grave;
MARCAÇÕES NOS VIDROS Penalidade - multa; (R$ 195,23 + 5 pontos)
Medida administrativa - retenção do veículo para
regularização.
Os vidros de segurança devem receber marcação
indelével, em local de fácil visualização, que informe,
no mínimo, a marca do fabricante do vidro e o símbo-
lo de conformidade com a legislação brasileira defini-
do pelo INMETRO. RESOLUÇÃO Nº 290/2008 DO
Nos vidros das áreas indispensáveis à dirigibilida-
CONTRAN
de que possuam película, deve haver chancela espe-
cífica e indelével indicando a marca do instalador e
A Resolução nº 290/08 do CONTRAN dispõe sobre
o índice de transmissão luminosa existentes em cada
inscrição de pesos e capacidades em veículos de tra-
conjunto vidro-película. Essa chancela deve ser visível
ção, de carga e de transporte coletivo de passageiros.
pelos lados externos dos vidros.
DEFINIÇÕES
PELÍCULAS
Inicialmente, é preciso conhecer as definições tra-
É proibida a aplicação de películas refletivas nas
zidas pelo anexo da Resolução, que diferem das cons-
áreas envidraçadas do veículo. Note que a Resolução
tantes no Anexo do CTB:
não traz nenhuma exceção explícita.
Nas demais áreas envidraçadas, a aplicação de
PESOS E CAPACIDADES INDICADOS – pesos máxi-
película é permitida, desde que atendidas as mesmas
mos e capacidades máximas informados pelo
condições de transparência para o conjunto vidro-pe-
fabricante ou importador como limites técnicos do
lícula estabelecidas pela Resolução (ver “transmissão veículo;
luminosa” disposto anteriormente). PESOS E CAPACIDADES AUTORIZADOS – o menor
valor entre os pesos e capacidades máximos estabe-
INSCRIÇÕES, PICTOGRAMAS OU PAINÉIS lecidos pelos regulamentos vigentes (valores legais)
DECORATIVOS e os pesos e capacidades indicados pelo fabricante
ou importador (valores técnicos);
É proibida a aplicação inscrições, pictogramas TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos
ou painéis decorativos de qualquer espécie nas áreas da carroçaria e equipamento, do combustível – pelo
envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade do menos 90% da capacidade do(s) tanque(s), das fer-
veículo. ramentas e dos acessórios, da roda sobressalente,
Nas demais áreas envidraçadas, a aplicação destes do extintor de incêndio e do fluido de arrefecimen-
elementos é permitida, desde que: to, expresso em quilogramas.
LOTAÇÃO - carga útil máxima, expressa em quilo-
z O veículo possua espelhos retrovisores externos gramas, incluindo o condutor e os passageiros que
o veículo pode transportar, para os veículos de car-
direito e esquerdo
ga e tração ou número de pessoas para os veículos
z Sejam atendidas as mesmas condições de transpa-
de transporte coletivo de passageiros.
rência para o conjunto vidro-pictograma/inscrição
PESO BRUTO TOTAL (PBT) - o peso máximo (autori-
(ver, acima, “transmissão luminosa”). zado) que o veículo pode transmitir ao pavimento,
z Painéis luminosos que reproduzam mensagens constituído da soma da tara mais a lotação.
dinâmicas ou estáticas PESO BRUTO TOTAL COMBINADO (PBTC) – Peso
máximo que pode ser transmitido ao pavimento
Em regra, o seu uso é vedado, sendo permitidos, pela combinação de um veículo de tração ou de
apenas, as utilizadas em transporte coletivo de passa- carga, mais seu(s) semirreboque(s), reboque(s), res-
geiro com finalidade de informar o serviço ao usuário peitada a relação potência/peso, estabelecida pelo
da linha. INMETRO – Instituto de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial, a Capacidade Máxima de
FISCALIZAÇÃO Tração da unidade de tração, conforme definida no
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
Além das exigências estabelecidas em regulamen- z As carroçarias sejam com as guardas laterais
tação específica, o auto de infração lavrado em decor- fechadas; ou
rência da infração prevista no art. 165 do CTB deverá z As carroçarias sejam com guardas laterais dotadas
conter (art. 8º): de telas metálicas com malhas de dimensões que
impeçam o derramamento de fragmentos do mate-
z No caso de encaminhamento do condutor para rial transportado.
exame de sangue, exame clínico ou exame em
laboratório especializado, a referência a esse Dica
procedimento;
z Os documentos gerados e o resultado dos exames Sólidos a granel são sólidos fracionados ou em
devem integrar o AIT; grãos, por exemplo, grandes quantidades de
z Os sinais de alteração da capacidade psicomotora soja, milho, feijão, trigo, sal etc., transformados
ou a referência ao preenchimento do termo espe- ou in natura, transportados sem embalagens,
cífico, caso isto tenha ocorrido; ou seja, em contato direto com a carroceria do
z No caso de teste de etilômetro, a marca, modelo e caminhão.
nº de série do aparelho, nº do teste, a medição rea- As disposições da Resolução não são aplicáveis
lizada, o valor considerado e o limite regulamen- ao transporte de cargas que tenham regulamen-
156 tado em mg/L; tação específica.
REQUISITOS PARA O TRANSPORTE Art. 235 Conduzir pessoas, animais ou carga nas
partes externas do veículo, salvo nos casos devida-
Art. 1° (...) mente autorizados:
§ 1º As cargas transportadas deverão estar total- Infração - grave;
mente cobertas por lonas ou dispositivos similares, Penalidade - multa;
que deverão cumprir os seguintes requisitos: Medida administrativa - retenção do veículo para
I - possibilidade de acionamento manual, mecânico transbordo.
ou automático;
II - estar devidamente ancorados à carroçaria do
z Carga ultrapassando simultaneamente os limites
veículo;
III - cobrir totalmente a carga transportada de for- da carroceria e um ou mais limites de dimensões
ma eficaz e segura; para o veículo (largura, comprimento ou altura),
IV - estar em bom estado de conservação, de forma será enquadrado no seguinte artigo do CTB:
a evitar o derramamento da carga transportada.
§ 2º A lona ou dispositivo similar não poderá Art. 231 Transitar com o veículo:
prejudicar a eficiência dos demais equipamentos IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores
obrigatórios. aos limites estabelecidos legalmente ou pela sinali-
§ 3º Para fins desta Resolução entende-se como zação, sem autorização:
«sólido a granel» qualquer carga sólida fraciona- Infração - grave;
da, fragmentada ou em grãos, transformada ou in
Penalidade - multa;
natura, transportada diretamente na carroceria do
Medida administrativa - retenção do veículo para
veículo sem estar acondicionada em embalagem.
(Parágrafo acrescentado pela Resolução CON- regularização;
TRAN Nº 499 DE 28/08/2014).
§ 4º A carga transportada não poderá exceder os z Carga sendo derramada na via, será enquadrado
limites da carroceria do veículo. (Parágrafo acres- no seguinte artigo do CTB:
centado pela Resolução CONTRAN Nº 499 DE
28/08/2014). Art. 231 Transitar com o veículo:
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a
CANA-DE-AÇÚCAR via:
a) carga que esteja transportando;
Para os veículos utilizados no transporte de cana- b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando;
-de-açúcar, é exigido o uso de lona, cordas ou dispo- c) qualquer objeto que possa acarretar risco de
sitivo similar (Art. 1º-A). acidente:
As cordas somente poderão ser utilizadas quando Infração - gravíssima;
se tratar de cana de açúcar inteira, medindo entre 1,50 Penalidade - multa;
e 3,00m, devendo ter distância máxima entre elas de Medida administrativa - retenção do veículo para
1,50m, impedindo o derramamento da carga na via. regularização.
No regulamento geral de amarração de cargas
(Resolução 552/2015), se proíbe a utilização de cordas
para amarrar as cargas. Note, por outro lado, que a
presente Resolução autoriza o uso de cordas para casos
específicos de transporte de cana-de-açúcar inteira, RESOLUÇÃO Nº 471/2013 DO
desde que todos os demais requisitos sejam seguidos. CONTRAN
INFRAÇÕES A Resolução nº 471/13 do CONTRAN dispõe sobre
fiscalização de trânsito por intermédio de videomoni-
Condutor flagrado transportando sólidos a gra- toramento nos termos do §2º do artigo 280 do Código
nel em desacordo com a Resolução será enquadra- de Trânsito Brasileiro
do nos artigos descritos abaixo, conforme a situação
O art. 280 do CTB, assim como os Manuais Brasilei-
observada:
ros de Fiscalização de Trânsito (Resoluções 371/2020 e
561/2015) preveem diversas formas pelas quais pode
z Irregularidade nas lonas ou dispositivos similares
destinados a cobrir a carga, será enquadrado no ocorrer a constatação de uma infração de trânsito
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
Competência
RESOLUÇÃO Nº 508/2014 DO
A autoridade competente para fazer isso é a autori-
CONTRAN dade de trânsito que possui circunscrição sobre a via.
Se o trajeto que precise ser feito utilizar mais de
A Resolução nº 508/14 do CONTRAN dispõe sobre uma via com autoridades de trânsito com circunscri-
requisitos de segurança para a circulação, a título pre- ção diversa, a autorização deve ser concedida por
cário, de veículo de carga ou misto transportando pas- cada uma das autoridades para o respectivo trecho
sageiros no compartimento de cargas. a ser utilizado.
O transporte de passageiros, em geral, é realiza- Essas autoridades são competentes não apenas
do em veículos registrados na espécie “passageiros”. para permitir esta modalidade de transporte e expedir
Porém, há situações excepcionais em que esse trans- a autorização, mas também para exercer a fiscaliza-
porte pode ocorrer em veículos da espécie “carga” ou ção destes veículos por meio de seus órgãos próprios.
“misto”, conforme o art. 108 do CTB, seguindo as dis-
posições constantes nessa Resolução. Limites territoriais
Relembre os conceitos destas espécies de veículo:
Art. 2° A circulação destes veículos só poderá ser
autorizada entre localidades de origem e destino
VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao trans- que estiverem situadas em um mesmo município
porte de carga, podendo transportar dois passagei- ou entre municípios limítrofes, quando não houver
ros, exclusive o condutor. linha regular de ônibus.
VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao
transporte de pessoas e suas bagagens. Prazo
VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao
transporte simultâneo de carga e passageiro. Esta autorização terá o prazo máximo de 12 meses.
Durante este prazo, a autoridade deverá implantar o
REQUISITOS serviço regular de transporte coletivo de passageiros,
em conformidade com a legislação pertinente e com os
158 Dispõe o art. 108 do CTB: dispositivos do CTB (art. 108, parágrafo único do CTB).
Formalidades z Escada para acesso, com corrimão;
z Cabine e carroceria com ventilação, garantida a
Após o veículo ser devidamente adaptado, confor- comunicação entre motorista e passageiros;
me veremos abaixo, a autoridade com circunscrição z Compartimento resistente e fixo para a guarda das
sobre a via, declarando a não existência de linha regu- ferramentas e materiais, separado dos passagei-
lar de ônibus, estabelecerá no documento de autoriza- ros, no caso de transporte de trabalhadores;
ção os seguintes elementos técnicos (art. 4º): z Sinalização luminosa, na forma do inciso VIII
do artigo 29 do CTB e da Resolução nº 268/2008,
z Identificação: do órgão de trânsito e da autori- no caso de transporte de pessoas vinculadas à
dade; do veículo: marca, modelo, espécie, ano de prestação de serviço em obras na via (confor-
fabricação, placa e UF do veículo; do proprietário me a Resolução 268/08: dispositivo, não removível,
do veículo. de iluminação intermitente ou rotativa, com luz
z Número de passageiros: lotação a ser transporta- amarelo-âmbar).
da, calculado na base de 35dm² -trinta e cinco decí-
metros quadrados- do espaço útil da carroceria por Formalidades
pessoa, incluindo-se o encarregado da cobrança
de passagem e atendimento aos passageiros.
Estes veículos só poderão ser utilizados após:
z O local de origem e de destino do transporte;
z O itinerário (trajeto) a ser percorrido; e
z O prazo de validade da autorização (o qual, confor- z Expedição do Certificado de Segurança Veicular
me vimos acima, será de, no máximo, 12 meses). (CSV), expedido por Instituição Técnica Licenciada
(ITL); e
Porte z Vistoria da autoridade competente para conceder
a autorização de trânsito.
Esta autorização será de porte obrigatório!
Caso o condutor do veículo seja flagrado transitan- VEDAÇÕES
do sem portar a autorização, será enquadrado no art.
Pensando na realidade brasileira, em que adapta-
232 do CTB.
ções similares ao “pau de arara” são comumente utili-
zadas, quis o CONTRAN cristalizar algumas vedações
VEÍCULOS UTILIZADOS
neste tipo de transporte, para que não houvesse dúvi-
das acerca da matéria.
Quando se fala em transporte de passageiros em
Assim, neste tipo de veículo é vedado:
veículos de carga ou mistos, logo vem à mente a ima-
gem de veículos conhecidos como “pau de arara”, que
transportam pessoas em suas caçambas sem nenhum z Transportar passageiros com idade inferior a
tipo de adaptação ou segurança para os passageiros. 10 anos: o transporte de crianças nestes veículos
Há de se recordar, neste momento, de que o trans- é proibido mesmo que sejam utilizados os dispo-
porte de passageiros, especialmente o realizado a títu- sitivos de retenção estabelecidos pelo CONTRAN;
lo comercial, não é regido somente pelas normas de z Transportar passageiros em pé;
trânsito, mas também pela legislação de transporte, z Transportar cargas no mesmo ambiente dos
de competência dos entes públicos, como podemos passageiros;
observar no CTB: z Utilizar veículos de carga tipo basculante e
boiadeiro;
Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados ao z Utilizar combinação de veículos: por exemplo,
transporte individual ou coletivo de passageiros, caminhão trator e seu semirreboque, ou caminhão
deverão satisfazer, além das exigências previs- mais o seu reboque ou reboques;
tas neste Código, às condições técnicas e aos z Transportar passageiros nas partes externas.
requisitos de segurança, higiene e conforto
estabelecidos pelo poder competente para
autorizar, permitir ou conceder a exploração
dessa atividade. Importante!
Adaptações estruturais Caçamba de caminhão não é considerada parte
externa de veículo.
Neste sentido, o CONTRAN trouxe algumas adap-
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
ABRANGÊNCIA
Responsabilidades INFRAÇÃO
O motorista profissional é responsável por: O condutor que for flagrado em desrespeito ao dis-
posto na Resolução, ou deixe de apresentar ao agen-
z Controlar e registrar o tempo de condução esti- te de trânsito qualquer um dos meios de fiscalização
pulado neste artigo, com vistas à sua estrita será enquadrado no art. 230, XXIII do CTB:
observância;
z Guardar e preservar a exatidão das informações Art. 230. Conduzir o veículo:
contidas no tacógrafo. XXIII - em desacordo com as condições estabeleci-
das no art. 67-C, relativamente ao tempo de perma-
TRANSPORTE DE PASSAGEIROS nência do condutor ao volante e aos intervalos para
descanso, quando se tratar de veículo de transporte
Para o transporte de passageiros, serão observa- de carga ou coletivo de passageiros:
dos, ainda, os seguintes requisitos: Infração – média;
Penalidade – multa;
I - é facultado o fracionamento do intervalo de con- Medida administrativa - retenção do veículo para
dução do veículo previsto no CTB em períodos de no cumprimento do tempo de descanso aplicável.
mínimo 5 (cinco) minutos; § 1º Se o condutor cometeu infração igual nos últi-
II - será assegurado ao motorista intervalo mínimo
mos 12 (doze) meses, será convertida, automatica-
de 1 (uma) hora para refeição, podendo ser fracio-
nado em 2 (dois) períodos e coincidir com o tem- mente, a penalidade disposta no inciso XXIII em
po de parada obrigatória na condução do veículo infração grave.
estabelecido pelo CTB, exceto quando se tratar do
motorista profissional enquadrado no § 5º do art. Medida administrativa
71 da Consolidação das Leis Trabalhistas.
A medida administrativa prevista pela infração é a
MÉTODOS DE FISCALIZAÇÃO de retenção do veículo para cumprimento do tempo
de descanso aplicável.
A fiscalização do tempo de direção e do intervalo Ela não será aplicada nos seguintes casos:
de descanso do motorista profissional será realizada
pelo órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
z Caso se apresente outro condutor habilitado que
sobre a via em que ocorrer a abordagem do veículo, e
ocorrerá por meio de: tenha observado o tempo de direção e descanso
Análise do disco ou fita diagrama do registra- para dar continuidade à viagem.
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
dor instantâneo e inalterável de velocidade e tempo z Caso se trate de veículo de transporte coletivo de
(TACÓGRAFO) ou de outros meios eletrônicos idôneos passageiros, carga perecível e produtos perigosos,
instalados no veículo, na forma da Resolução 92/99 do sendo esta hipótese sujeita a critério do agente
CONTRAN; (art. 270, §5º, do CTB).
A fiscalização por meio do tacógrafo é o método
preferencial que deve ser adotado, de forma que Não ocorrendo estas hipóteses, a retenção do veí-
os métodos dispostos abaixo (verificação do diário culo será aplicada pelos seguintes períodos de tempo:
de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo etc.)
somente serão utilizados quando da impossibilidade
z Quando se tratar de descumprimento dos descan-
da comprovação por meio do disco ou fita diagrama;
Quando a fiscalização for realizada por meio do sos A e B mencionados acima: pelo período de 30
tacógrafo, deverá ser descontado da medição realiza- minutos, ressalvada as hipóteses de prolongamen-
da, o erro máximo admitido de 2 (dois) minutos a cada to justificado do tempo de direção;
24 (vinte e quatro) horas e 10 (dez) minutos a cada 7 z Quando se tratar de descumprimento do descanso
(sete) dias. C mencionado acima: pelo período de 11 horas. 163
Neste caso, a retenção poderá ser realizada em z Art. 187, inciso I: quando o(s) veículo(s) e/ou carga
depósito do órgão ou entidade de trânsito responsá- estiverem com dimensões superiores aos limites
vel pela fiscalização, caso não se apresente condutor estabelecidos legalmente e existir restrição de trá-
habilitado no local da infração fego referente ao local e/ou horário imposta pelo
órgão com circunscrição sobre a via e não cons-
tante na AET.
Art. 6° Caso haja local apropriado para descanso
nas proximidades o agente de trânsito poderá libe-
CTB - Art. 187. Transitar em locais e horários não
rar o veículo para cumprimento do intervalo de permitidos pela regulamentação estabelecida pela
descanso nesse local, mediante recolhimento do autoridade competente:
CRLV (CLA), o qual será devolvido somente depois I - para todos os tipos de veículos:
de decorrido o respectivo período de descanso. Infração - média;
Penalidade – multa.
O estabelecimento reconhecido como ponto de
parada e descanso deverá contar com sinalização de z Art. 231, inciso IV: quando o(s) veículo(s) e/ou car-
indicação de serviços auxiliares, devendo ser utili- ga estiverem com suas dimensões superiores aos
limites estabelecidos legalmente e circularem sem
zados os pictogramas correspondentes aos serviços
a expedição da AET ou com AET expedida em desa-
oferecidos.
cordo com os requisitos vistos acima;
ACESSO
Infração - média;
Penalidade - multa acrescida a cada duzentos qui-
logramas ou fração de excesso de peso apurado,
constante na seguinte tabela:
PONTO DE PARADA E DESCANSO
a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32
RECONHECIDO - DNIT - (61) 3315-4000
(cinco reais e trinta e dois centavos);
b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos qui-
logramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro
centavos);
c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilo-
gramas) - R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito
centavos);
d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogra-
mas) - R$ 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois
centavos);
e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil qui-
logramas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cin-
quenta e seis centavos);
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas)
- R$ 53,20 (cinquenta e três reais e vinte centavos);
Medida administrativa - retenção do veículo e
transbordo da carga excedente.
z Art. 231, inciso VI: quando o veículo(s) e/ou car- RESOLUÇÃO Nº 552/2015 DO
ga estiverem com suas dimensões superiores aos CONTRAN
limites estabelecidos legalmente e circularem com
a AET vencida; A Resolução nº 552/15 do CONTRAN dispõe sobre
requisitos mínimos de segurança para amarração das
CTB – Art. 231. Transitar com o veículo:
cargas transportadas em veículos de carga.
VI - em desacordo com a autorização especial,
expedida pela autoridade competente para transi-
tar com dimensões excedentes, ou quando a mesma ABRANGÊNCIA
estiver vencida:
Infração - grave; Esta resolução se aplica a transporte de CARGA em:
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo; z Veículos de carga;
z Veículos registrados como especiais ou mistos utili-
z Art. 231, inciso X: quando o peso do veículo mais zados no transporte de cargas.
a carga for superior à Capacidade Máxima de Tra-
ção (CMT) do(s) caminhão(ões) trator(es);
Regra: todo transporte de carga nas vias nacionais
abertas à circulação deve respeitar o disposto nesta
CTB – Art. 231. Transitar com o veículo:
X - excedendo a capacidade máxima de tração: Resolução;
Infração - de média a gravíssima, a depender da Exceção: a resolução não se aplica ao:
relação entre o excesso de peso apurado e a capaci-
dade máxima de tração, a ser regulamentada pelo z Transporte de cargas que tenham regulamentação
CONTRAN; específica;
Penalidade - multa; z Transporte de cargas realizado em veículo dedica-
Medida Administrativa - retenção do veículo e do a transportar determinado tipo de carga, o qual
transbordo de carga excedente. possua sistemas específicos de contenção (exem-
plo: cargas indivisíveis).
z Art. 232: quando o(s) veículo(s) e/ou carga com
dimensões superiores aos limites estabelecidos
DEFINIÇÕES
legalmente não estiver portando a AET regular-
mente expedida;
Extraímos do Anexo da Resolução as seguintes
CTB - Art. 232. Conduzir veículo sem os documen- definições, no que nos importa para o estudo:
tos de porte obrigatório referidos neste Código:
Infração - leve; Ponto de amarração - Dispositivos de ancoragem
Penalidade - multa; ou fixação existentes no veículo ao qual se pode
Medida administrativa - retenção do veículo até a fixar diretamente um dispositivo de amarração.
apresentação do documento. Um ponto de amarração pode ser, por exemplo, um
elo, um gancho, um anel ou uma saliência.
z Art. 235: quando a carga ultrapassar os limites Dispositivos de amarração - Dispositivo pro-
laterais, posterior e/ou anterior do(s) veículo(s), jetado para ser fixado aos pontos de amarração
ainda que não ultrapasse os limites regulamenta- com objetivo de imobilizar a carga no veículo. O
res de dimensões: material de amarração é composto de elementos de
tensão (por exemplo, corrente, cabo de aço, trava,
CTB - Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou car- cinta têxtil, rede, etc.), de dispositivo de tensão (por
ga nas partes externas do veículo, salvo nos casos exemplo, catraca, tensionador, esticador) quando
devidamente autorizados: aplicável e se, necessário, de acessórios de união
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
Normas positivas
INFRAÇÕES
O agente da autoridade de trânsito competente O agente de trânsito deve priorizar suas ações no
para lavrar o auto de infração de trânsito (AIT) pode- sentido de coibir a prática das infrações de trânsito,
rá ser servidor civil, estatutário ou celetista ou, devendo tratar a todos com urbanidade e respeito,
ainda, policial militar designado pela autoridade de sem, contudo, omitir-se das providências que a lei
trânsito com circunscrição sobre a via no âmbito de lhe determina.
sua competência.
Para que possa exercer suas atribuições como INFRAÇÃO DE TRÂNSITO
agente da autoridade de trânsito, o servidor ou poli-
cial militar deverá ser credenciado, estar devidamen- Constitui infração a inobservância a qualquer pre-
te uniformizado, conforme padrão da instituição e no ceito da legislação de trânsito, às normas emanadas
regular exercício de suas funções. do Código de Trânsito.
O infrator está sujeito às penalidades e medidas
administrativas previstas no CTB.
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
ção do número de mortos por acidentes de trânsito, atingir de 1% a 3% do Produto Interno Bruto (PIB)
como o próprio nome já informa. (ONU, 2011), os acidentes de trânsito desencadeiam
Esta lei foi responsável por acrescentar, ao CTB, o diversos traumas para a sociedade e as relações
art. 326-A, cujo caput está transcrito abaixo: sociais, além de acarretar a perda precoce de vidas.
É necessário compreender que o trânsito é primor-
Art. 326-A. A atuação dos integrantes do Sis- dial para o desenvolvimento nacional. Facilita a
tema Nacional de Trânsito, no que se refere à circulação de pessoas e bens, melhora o acesso à
política de segurança no trânsito, deverá voltar- educação, aos serviços de saúde, ao emprego e ao
-se prioritariamente para o cumprimento de desenvolvimento. A Segurança Viária envolve a res-
metas anuais de redução de índice de mortos ponsabilidade quanto à mobilidade das pessoas e
por grupo de veículos e de índice de mortos por veículos na via, bem como a complexa dinâmica de
grupo de habitantes, ambos apurados por Estado compartilhamento de espaço, até o estabelecimen-
e por ano, detalhando-se os dados levantados e to de normas de circulação com o objetivo de prote-
as ações realizadas por vias federais, estaduais e ger os usuários e evitar reflexos negativos em todo
municipais. o aparato estatal. 175
O desenvolvimento desordenado das cidades, A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o IPEA divul-
com vias pouco interconectadas, ocasiona pre- garam, no dia 23 de setembro de 2015, o relatório
juízo à mobilidade urbana, dificuldades para a Acidentes de Trânsito nas Rodovias Federais Bra-
melhoria na infraestrutura pela falta da aplicação sileiras: Caracterização, Tendências e Custos para
dos conceitos relacionados à segurança das vias. a Sociedade com a análise da evolução de aciden-
Um grave sintoma disso é a perda significativa
tes, custos e principais componentes (PRF, 2016b).
de vidas, danos à integridade psicológica e físi-
ca das pessoas e perdas econômicas da ordem A publicação tem por base dados de 2007, 2010 e
de bilhões de dólares. 2014, atualizando trabalhos desenvolvidos, naque-
Para que o enfrentamento aos acidentes de trânsito les anos, com a ANTP e o DENATRAN.
seja eficaz, a política de segurança viária deve Já o Observatório Nacional de Segurança Viá-
contar com o empenho de todos os setores e ria, divulgou estudo, em 2017, sobre o custo per
a responsabilidade deve ser compartilhada capita por acidentes de trânsito no Brasil, que
entre os vários atores sociais: o Poder Executivo, alcançaram um total de R$ 52.283.362 bilhões,
o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, os órgãos em 2015, o que representava um custo per capita
e entidades pertencentes ao Sistema Nacional de
de R$ 255,69.
Trânsito, os setores de saúde, transporte e indús-
tria automobilística, as organizações não governa-
mentais e a sociedade. O PNATRANS E O FORTALECIMENTO DO MODELO
A evolução da segurança viária no Brasil deve DE GESTÃO DO TRÂNSITO NO BRASIL
considerar o desenvolvimento de um sistema
de trânsito que seja capaz de acomodar o erro Há algum tempo, discute-se, no Brasil, principal-
humano com a maior margem de segurança mente entre especialistas dos órgãos do Sistema
possível, levando em consideração a vulnerabili- Nacional de Trânsito e mesmo da Casa Civil da
dade do corpo humano, em vez de manter como
Presidência da República, a necessidade de um
foco principal a prevenção do erro, visto que vias
e acostamentos mais seguros e velocidades menores projeto que altere de maneira substancial o
acomodam erros humanos com mais segurança. modo como o trânsito no Brasil é concebido
e a forma como é gerido e organizado. Apesar
A DÉCADA DE AÇÕES PARA A SEGURANÇA VIÁRIA de as divisões e estruturas estarem relativamente
bem definidas no CTB, o modelo atual necessita de
As ações de segurança viária ganharam amplitude fortalecimento para efetivar a integração plena dos
mundial de forma organizada e articulada a par- órgãos. Neste processo, é primordial o fortaleci-
tir da Conferência Mundial Ministerial sobre mento de órgãos na governança da implemen-
Segurança Viária: Tempo de Agir, realizada em tação do PNATRANS.
Moscou em novembro de 2009. A partir desse
evento, a Organização Mundial de Saúde (OMS), BASE DE DADOS
endossada pela Organização das Nações 10 Unidas
(ONU), recomendou a criação de uma campanha
mundial pela redução dos acidentes de trânsito. Atualmente, existem três fontes de dados que
Assim, foi proclamado, por meio da Resolução A/ buscam contabilizar as mortes em acidentes de
RES/64/255, publicada em 2 de março de 2010, o trânsito no Brasil: DENATRAN ― Departamento
período de 2011 a 2020 como a Década de Ações Nacional de Trânsito; DATASUS ― Banco de dados
para a Segurança Viária. O objetivo primordial do Sistema Único de Saúde/Ministério da Saúde;
era que cada país membro elaborasse um plano e Seguro DPVAT ― Danos Pessoais Causados por
para definir políticas, programas, ações e metas Veículos Automotores de Via Terrestre ou por sua
para reduzir a quantidade de mortos em acidentes Carga a Pessoas Transportadas ou Não. Tais bases
de trânsito em 50% no período de dez anos. Como
de dados adotam metodologias distintas, o que
forma de estimular a mobilização dos países mem-
pode gerar resultados diferenciados na análise dos
bros, a ONU lançou o Plano de Ação para a Década,
que contém subsídios para o desenvolvimento de dados
planos de ação nacionais e locais. (...)
No Brasil, a Década de Ação para a Segurança
Viária foi lançada em 11 de maio de 2011, sendo Em que pese os órgãos de Educação (Ministério e
o marco para várias ações dos órgãos envolvidos Secretarias) não tenham sido incluídos formalmente
na fiscalização e infraestrutura viária no enfrenta- na Lei do PNATRANS, as ações que envolvam os órgãos
mento aos acidentes de trânsito. (...)
Diante desse mapeamento, a OMS e, por conseguin-
e entidades de educação são primordiais à consecução
te, a ONU passaram a fomentar ações para promo- do Plano.
ver a segurança viária em nível mundial, com base
em cinco pilares: Gestão de Segurança Viária; OBJETIVO DO PNATRANS
Infraestrutura Viária; Segurança Veicular;
Segurança dos Usuários e Conscientização; e O objetivo geral do PNATRANS é, ao final do prazo
Resposta ao Acidente.
de 10 anos, reduzir à metade, no mínimo, o índice
(...)
Em 2006, o IPEA, em parceria com o DENATRAN, nacional de mortos por grupo de veículos e o índice
divulgou o estudo Impactos sociais e econômicos nacional de mortos por grupo de habitantes, tomando
dos acidentes de trânsito nas rodovias brasileiras. como base o índice divulgado no ano de 2018, em que
Para as rodovias federais, os custos obtidos foram foi publicado o Plano.
um pouco maiores do que R$ 6,5 bilhões, com a esti- O plano está dividido em 8 pilares, que se subdivi-
mativa de R$ 6,1 bilhões para as rodovias estaduais
dem em iniciativas, as quais, por sua vez, são subdi-
e cerca de R$ 1,4 bilhão para 11 as rodovias muni-
cipais, num total de R$ 22 bilhões, com valores vididas em ações, com a descrição do que deverá ser
referentes ao mês de dezembro de 2005 (IPEA, feito, o responsável e o prazo para execução. Veja os
176 2006, p. 64). pilares e as iniciativas do Plano:
DESCRIÇÃO DO DESCRIÇÃO DA DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO DA
PILAR INICIATIVA PILAR INICIATIVA
PILAR INICIATIVA DO PILAR INICIATIVA
Implementar a coorde- Ampliar a qualidade e oferta
I1 I1
nação do PNATRANS do transporte público
Monitorar o plano a par- Reduzir a vitimização de
I2
I2 tir das metas, ações, pra- pedestres
zos e responsáveis
Reduzir a vitimização de
I3
Acompanhar os Mobilidade e ciclistas
I3 P7
investimentos Engenharia Reduzir a vitimização de
Integração, Coope- I4
I4 Fomentar a inovação motociclistas
P1 ração e Coordena-
ção no PNATRANS Aprimorar a qualificação Aumentar a segurança
I5 I5
dos agentes públicos veicular
Fomentar o desenvol- Aprimorar a infraestrutura
I6
vimento dos órgãos e viária
I6
entidades componentes
do SNT
DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO DA
Incentivar a participação PILAR INICIATIVA
I7 DO PILAR INICIATIVA
da sociedade
Otimizar o socorro de víti-
I1
Atendimento mas de acidentes de trânsito
P8
de Vítimas Ampliar a rede de atendi-
DESCRIÇÃO DO DESCRIÇÃO DA I2
PILAR INICIATIVA mento às vítimas de trânsito
PILAR INICIATIVA
Adequar os sistemas e me-
todologia dos órgãos e enti-
FIXAÇÃO DAS METAS
Coleta e Integra- I1 dades para coleta de dados
P2 sobre acidentes e mortes no
ção de Dados
trânsito O CONTRAN será responsável por fixar as metas
I2 Unificar as bases de dados para cada um dos Estados e para o DF, mediante pro-
postas fundamentadas dos CETRAN, do CONTRANDIFE
e do DPRF, no âmbito das respectivas circunscrições.
PILAR
DESCRIÇÃO
INICIATIVA
DESCRIÇÃO DA As metas fixadas serão divulgadas em setembro,
DO PILAR INICIATIVA
durante a Semana Nacional de Trânsito, a qual é
I1 Prever fontes orçamentárias comemorada anualmente entre 18 e 25 de setembro.
Financiamento Aumentar a eficiência na Estas metas podem ser revisadas pelo CONTRAN,
P3 I2
do Plano aplicação dos recursos a cada ano.
I3 Captar novos recursos
CONSULTA PÚBLICA
DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO DA
PILAR INICIATIVA
DO PILAR INICIATIVA
Transversalizar a educação
I1 para o trânsito no ensino
básico
TRATAMENTO DOS DADOS
Fomentar o incremento de
I2 disciplinas sobre segurança Os dados estatísticos coletados em cada Estado e
viária no ensino superior no Distrito Federal serão tratados e consolidados pelo
P6
Educação para
Promover ações de educa- respectivo DETRAN, que os repassará ao DENATRAN
o Trânsito I3
ção para o trânsito até o dia 1º de março, por meio do sistema de registro
Aprimorar e direcionar cam- nacional de acidentes e estatísticas de trânsito.
I4 panhas educativas de segu- Os dados sujeitos à consolidação pelo DETRAN são
rança viária
os coletados, naquela circunscrição:
Aprimorar a formação dos
I5
condutores
z Pela PRF e pelo DNIT; 177
z Pela Polícia Militar e pelo órgão ou entidade exe- Década de Segurança no Trânsito (Segunda)
cutiva rodoviária do Estado ou do Distrito Federal
(DER/DAER); O PNATRANS é de 2018, logo, seu documento faz
z Pelos órgãos ou entidades executivos rodoviários menção à década de segurança no trânsito ocorrida
e pelos órgãos ou entidades executivas de trânsito de 2011 a 2020.
dos Municípios. Em setembro de 2020, a ONU definiu os anos de
2021 a 2030 como sendo a segunda década de ação
ALINHAMENTO COM OUTRAS POLÍTICAS, PLANOS pela segurança no trânsito.
E AÇÕES Nesta nova década, a meta continua sendo o com-
promisso dos países membros em reduzir pela meta-
O PNATRANS, que institui o Programa Nacional
de o número de mortes e lesões no trânsito durante
de Trânsito, está alinhado a outros documentos e leis
o período proposto. Note, neste sentido, como o PNA-
existentes no Brasil, que também versam sobre a mes-
TRANS está alinhado a todos estes programas, a nível
ma matéria.
nacional e também internacional.
Política Nacional de Trânsito
PLANO DESCRITIVO
A Política Nacional de Trânsito (PNT) foi instituí-
da pela Resolução do CONTRAN nº 514/2014, sendo o Até 1º de agosto de cada ano, os CETRAN, o CON-
marco referencial do país para o planejamento, organi- TRANDIFE e a PRF deverão encaminhar ao CONTRAN
zação, normalização, execução e controle das ações de as ações, projetos ou programas, com os respectivos
trânsito em todo o território nacional. orçamentos.
Seus objetivos e diretrizes visam assegurar a pro- O próprio PNATRANS já trouxe, outrossim, um pla-
teção da integridade humana e o desenvolvimento no descritivo das principais ações que devem ser ado-
socioeconômico. tadas, conforme as iniciativas contidas em cada um
dos pilares.
Política Nacional de Mobilidade Urbana Veja, a seguir, as principais ações constantes do
Plano.
A Política Nacional de Mobilidade Urbana foi regu-
lada pela Lei nº 12.587/2012, sendo instrumento da Pilar 1 - Integração, Cooperação e Coordenação no
política de desenvolvimento urbano de que trata o inci- PNATRANS
so XX do artigo 21 e o artigo 182 da Constituição Fede-
ral, objetivando a integração entre os diferentes
z Iniciativa 1 – Implementar a coordenação do
modos de transporte e a melhoria da acessibilida-
PNATRANS:
de e mobilidade das pessoas e cargas no território
nacional. Incorporar o PNATRANS nas atribuições do
Comitê Nacional de Mobilização pela Saúde,
Art. 21. Compete à União: Segurança e Paz no Trânsito.
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento Alinhar o PNATRANS com os demais planos e
urbano, inclusive habitação, saneamento básico e programas que tratam da Segurança Viária já
transportes urbanos; em desenvolvimento por outros Ministérios.
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano,
executada pelo Poder Público municipal, confor-
me diretrizes gerais fixadas em lei, tem por obje-
z Iniciativa 2 – Monitorar o plano com metas, ações,
tivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções prazos e responsáveis:
sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus Realizar reuniões de trabalho nos Estados
habitantes. para sensibilizar os gestores dos órgãos de trân-
sito e fomentar a elaboração dos planos locais.
Plano Plurianual Divulgar as metas e ações do PNATRANS para
os órgãos de controle, Poder Legislativo Esta-
O PPA, instituído pelo governo federal, é instru- dual e Municipal.
mento de planejamento governamental que defi-
ne diretrizes, objetivos e metas da administração
z Iniciativa 3 – Acompanhar os investimentos:
pública federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de Identificar os investimentos que estão sendo
duração continuada, com o propósito de viabilizar a executados com o objetivo de reduzir acidentes.
implementação e a gestão das políticas públicas.
z Iniciativa 4 – Incentivar a inovação:
Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável Desenvolver programa de reconhecimento de
melhores práticas na área de Segurança Viária.
Durante a 70ª Assembleia Geral das Nações Uni- Desenvolver programa de visitas técnicas em
das, ocorrida em 2015, os representantes dos países nível regional, nacional e internacional.
membros da ONU adotaram a Agenda 2030 de Desen-
volvimento Sustentável.
z Iniciativa 5 – Aprimorar a qualificação dos agen-
Nela foi proposta a implantação de 17 Objetivos
tes públicos:
do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas
correspondentes no decorrer do período 2016-2030, Elaborar grade curricular mínima para o cur-
objetivando a promoção do desenvolvimento susten- so de Segurança Viária.
tável nas dimensões social, econômica e ambiental, Desenvolver cursos de formação, especializa-
178 incluindo a segurança viária. ção e mestrado em Segurança Viária.
Disponibilizar plataformas EAD e promover Aperfeiçoar o modelo de penalização do
cursos na área de trânsito, de mobilidade e transporte com excesso de peso e Capacidade
de segurança viária, voltados para agentes Máxima de Tração.
públicos. Aprimorar a legislação do Crime de Embria-
Fomentar a participação de agentes públicos guez com graduação de pena.
em cursos internacionais na área de trânsito Incluir no CTB dispositivo que regulamente a
e segurança viária. remoção de pessoas e veículos do local de aci-
Implantar a Escola Pública de Trânsito. dente de trânsito com vítima.
Regulamentar o uso de novos equipamentos
z Iniciativa 6 – Fomentar o desenvolvimento dos de segurança obrigatórios para ciclistas e
órgãos e entidades componentes do SNT: motociclistas.
Adquirir etilômetros e aparelhos para iden- Viabilizar cobrança administrativa dos cus-
tos com saúde e previdência social dos cau-
tificar o uso de substâncias psicoativas que
sadores de acidentes com vítimas.
determine dependência (drogômetros).
Pilar 5 – Fiscalização de Trânsito
z Iniciativa 7 – Incentivar a participação da
sociedade:
z Iniciativa 1 – Ampliar o uso de tecnologia na fisca-
Realizar anualmente uma audiência pública lização de trânsito:
ou consulta pública em cada um dos estados
Modernizar os meios de fiscalização eletrônica
para apresentar os resultados e os investimen-
de peso e dimensões.
tos realizados pelos Governos Federal, Estadual
Prospectar novas tecnologias para maior efeti-
e Municípios.
vidade da fiscalização.
Pilar 2 – Coleta e Integração de Dados
z Iniciativa 2 – Ampliar as fiscalizações específicas:
z Iniciativa 1 – Adequar os sistemas e metodologia
Ampliar, em relação ao ano anterior, a fiscali-
dos órgãos e entidades para coleta de dados sobre
zação de:
acidentes e mortes:
Ultrapassagens proibidas em pistas simples.
Possibilitar o registro de grau de alcoolemia Uso de álcool e outras drogas por condutores.
no Boletim de Acidentes de Trânsito. Veículos de 2 rodas.
Integrar e aprimorar base de dados entre Uso de cinto de segurança.
todos os órgãos do Sistema Nacional de Trânsi- Limites da velocidade.
to e demais órgãos correlatos. Uso de capacetes, demais equipamentos obri-
gatórios e normas de circulação nas cidades do
z Iniciativa 2 – Unificar bases de dados: interior do país.
Padronizar o levantamento de informações e Uso de equipamentos de retenção para crianças.
registro de acidentes de trânsito. Uso de celular na direção do veículo.
Estimular a adoção de um sistema único de Controle de direção do motorista profissional.
registro e estatística de acidentes de trânsito.
z Iniciativa 3 – Fomentar com apoio dos centros de
Pilar 3 – Financiamento do Plano pesquisa o desenvolvimento de equipamentos que
contribuam na fiscalização:
z Iniciativa 1 – Prever fontes orçamentárias: Fomentar a pesquisa, desenvolvimento e
Prever a utilização de parte do FUNSET nas homologação pelo INMETRO de equipamento
ações elencadas para o plano. medidor do uso de álcool e outras drogas
por condutores.
z Iniciativa 2 – Aumentar a eficiência na aplicação Fomentar a cooperação com centros de pesqui-
dos recursos: sa e desenvolvimento, universidades federais,
entre outras, visando o desenvolvimento de
Estabelecer parâmetros de distribuição de
tecnologia nacional voltadas à medição de
recursos para execução do PNATRANS, neles
velocidade, álcool e outras drogas, peso e
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
Particular Preta
Somente PIV traseira
Comercial (Aluguel e Aprendizagem) Vermelha
Em regra, os veículos conterão PIV dianteira E
Oficial e Representação Azul
traseira.
Porém, os seguintes veículos serão identificados Diplomático/Consular (Missão Di-
apenas com a PIV traseira: plomática, Corpo Consular, Corpo
Diplomático, Organismo Consular Dourada
z Reboques; e/ou Internacional e Acordo de Coo-
z Semirreboques; peração Internacional)
z Motocicletas;
Especiais (Experiência / Fabricantes
z Motonetas; Verde
de veículos, peças e implementos)
z Ciclomotores;
z Cicloelétricos; Coleção Cinza Prata
z Triciclos;
z Quadriciclos,
No padrão Mercosul, todos os veículos oficiais e
z Quando couber, os tratores destinados a puxar ou
arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a os de representação estão enquadrados na opção
executar trabalhos agrícolas e de construção, de “C” acima, ou seja, serão caracterizados pela cor azul.
pavimentação ou guindastes Com isto, há revogação tática de todas as resoluções
que dispunham acerca das placas especiais de repre-
QR CODE sentação, incluindo a Resolução nº 32/98 do CONTRAN
(placas “douradas”).
O “lacre” obrigatório das PIV é substituído, no Não há mais indicação do município nem do Esta-
padrão Mercosul, pelo código de barras bidimensio- do da Federação em que o veículo está registrado.
nais dinâmico (Quick Response Code, ou QR Code).
Assim, todas as PIV deverão possuir código de barras COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS EXECUTIVOS DE
bidimensionais dinâmico (Quick Response Code, ou QR TRÂNSITO
Code) contendo números de série e acesso às informações
do banco de dados do fabricante, especificados no Ane- DENATRAN
xo I, com a finalidade de controlar a produção, logística,
estampagem e instalação das PIV nos respectivos veícu- I - cumprir e fazer cumprir as disposições desta
los, além da verificação da sua autenticidade (art. 3°). Resolução;
Caberá ao DENATRAN disponibilizar aplicativo II - credenciar as empresas fabricantes de PIV;
aos órgãos e entidades do SNT para leitura do QR Code III - disponibilizar acesso às informações dos fabri-
de que trata o caput. cantes credenciados aos DETRAN;
IV - fiscalizar a regularidade das atividades dos
SEGUNDA PIV TRASEIRA fabricantes de PIV, suas instalações, equipamentos
e soluções tecnológicas de controle e gestão do pro-
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
Fabricantes e estampadores respondem solidaria- A troca pela nova PIV é obrigatória apenas nos
mente pelas irregularidades cometidas no processo casos de:
de estampagem das PIV.
z Primeiro emplacamento do veículo;
PROCESSO PRODUTIVO z Substituição de qualquer das placas em decorrên-
cia de mudança de categoria do veículo ou furto,
Art. 19 Todas as etapas do procedimento devem extravio, roubo ou dano da referida placa;
possuir trilhas de auditoria comprobatórias, desde z Mudança de município ou de Unidade Federativa;
a fabricação e estampagem da PIV até a sua vincu- z Em que haja necessidade de instalação da segunda
lação ao veículo e inserção dos dados no sistema placa traseira;
informatizado de emplacamento, nos termos esta- z Ocorrência de clonagem do veículo, nos termos
belecidos pelo DENATRAN. do procedimento estabelecido pela 670/17 do
CONTRAN.
SUBSTITUIÇÃO DA PIV
Normas de transição entre as PIV MERCOSUL
O proprietário, possuidor ou condutor do veículo
poderá requerer a substituição da PIV em qualquer A da Res. 729/18 do CONTRAN estabeleceu o pri-
Unidade da Federação onde o veículo estiver circu- meiro padrão Mercosul implementado no Brasil,
lando, independentemente do município ou Unidade o qual possuía algumas diferenças com relação ao
da Federação onde o veículo estiver registrado (art.
padrão atualmente implementado pela Res. 780/20.
20) em caso de:
Para que os cidadãos não ficassem prejudicados,
previu o CONTRAN algumas normas de transição, des-
z Extravio, furto ou roubo de quaisquer das PIV;
tinadas especialmente aos órgãos de fiscalização e aos
z Veículo que estiver legalmente retido ou recolhi-
DETRAN:
do a depósito em outra Unidade da Federação ou
município e necessite ser regularizado para voltar
a circular em via pública. z Os emplacamentos realizados de acordo com a
R729, e suas alterações, serão aceitos por todos
os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trân-
IMPLEMENTAÇÃO DA PIV MERCOSUL
sito (SNT) e demais órgãos e entidades públicas e
privadas. Neste caso, havendo necessidade de
Facultativa
aquisição de nova PIV, por extravio, furto, roubo
ou dano ou por segunda placa traseira, o proprie-
É facultado aos condutores adotarem, voluntaria-
tário do veículo poderá adquiri-la de outra Uni-
mente, as PIV no novo padrão.
dade da Federação, mediante intermediação do
Art. 22 (...)
DETRAN onde seu veículo estiver registrado
§1° No caso de adoção do novo modelo, os carac- z Para o veículo já emplacado com o modelo de
teres originais alfanuméricos da PIV deverão PIV de que trata esta Resolução ou a R729, trans-
ser mantidos no cadastro do veículo e constar ferido para um Estado que ainda esteja em fase de
no campo “placa anterior” do Certificado CRV transição para o novo modelo, não poderá ser exi-
e CRLV, atribuindo-se a nova combinação alfanu- gido o retorno ao modelo de placa anterior.
mérica de que trata esta Resolução, devendo ser
possível a consulta e demais transações refe- INFRAÇÕES
rentes ao veículo por meio de ambas as combi-
nações (art. 22, §1º).
Conforme a conduta observada, o infrator estará
sujeito a ser enquadrado nos seguintes artigos do CTB:
Caso não queira fazê-lo, os veículos em circulação
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
Art. 10 Os locais em que houver fiscalização de outro veículo com peso bruto total superior a três
excesso de velocidade por meio de medidores do mil e quinhentos quilogramas.
tipo fixo devem ser precedidos de sinalização com
placa R-19, na forma estabelecida nesta Resolução
Exemplo:
e no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito
- Volume I (MBST-I), de forma a garantir a seguran-
ça viária e informar aos condutores dos veículos
a velocidade máxima permitida para o local.
§ 1º Onde houver redução de velocidade, deve ser
90
Km/h
70
Km/h
observada a existência de placas R-19, informando
VEÍCULOS VEÍCULOS
a redução gradual do limite de velocidade confor- LEVES PESADOS
me MBST-I.
Além da sinalização antes de cada medidor, deve A sinalização horizontal pode ser utilizada para
existir uma placa junto a cada medidor fixo. reforçar a sinalização vertical de velocidade. 187
Medidores do tipo portátil II - placas dianteiras e traseiras;
III - dispositivos e olhais de fixação e amarração da
A Resolução não traz disposições sobre a necessida- carga, lonas e encerados;
de de instalação de placas para este tipo de medidor. IV - luzes;
Disto depreendemos que a fiscalização com medidor V - espelhos retrovisores ou outros dispositivos
portátil pode ocorrer tanto em locais em que haja insta- similares;
lação das placas R-19 (e, neste caso, devem ser observa- VI - tubos de admissão de ar;
das as distâncias mínimas e máximas da tabela acima) VII - batentes;
quando em locais cuja velocidade máxima seja aquela VIII - degraus e estribos de acesso;
definida pelo art. 61 do CTB, sem necessidade, neste IX - borrachas;
último caso, de placas de sinalização, e desde que a X - plataformas elevatórias, rampas de acesso e
velocidade mínima seja de 60 ou 80km/h, conforme outros equipamentos semelhantes, em ordem de
o tipo da via (como vimos acima!): marcha, desde que não constituam saliência supe-
rior a 200 mm (duzentos milímetros); e
XI - dispositivos de engate do veículo a motor.
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a
via será indicada por meio de sinalização, obede-
cidas suas características técnicas e as condições Os instrumentos utilizados para medição do veícu-
de trânsito. lo devem ter seu modelo aprovado pelo INMETRO.
§ 1º Onde não existir sinalização regulamenta-
dora, a velocidade máxima será de: FISCALIZAÇÃO
I - nas vias urbanas:
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de A fiscalização de peso dos veículos deve ser feita
trânsito rápido: por:
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias
arteriais;
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias
z Equipamento de pesagem (balança rodoviária): os
coletoras; instrumentos devem estar de acordo com a regula-
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais; mentação do INMETRO.
II - nas vias rurais: z Na impossibilidade, pela verificação de documen-
a) nas rodovias de pista dupla: to fiscal.
1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora)
para automóveis, camionetas e motocicletas; FISCALIZAÇÃO POR BALANÇA
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora)
para os demais veículos; Tolerância
b) nas rodovias de pista simples:
1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para auto-
Admitem-se os seguintes percentuais de tolerância
móveis, camionetas e motocicletas;
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os na fiscalização com balança, os quais não podem ser
demais veículos; incorporadas aos limites de peso previstos em regula-
c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por mentação específica:
hora).
z 5% (cinco por cento) sobre os limites de pesos
regulamentares para o peso bruto total (PBT) e
peso bruto total combinado (PBTC);
RESOLUÇÃO Nº 803/2020 DO z 10% (dez por cento) sobre os limites de peso regu-
lamentares por eixo de veículos transmitidos à
CONTRAN superfície das vias públicas.
A Resolução nº 803/20 do CONTRAN dispõe sobre Para fins de fiscalização de peso de veículos que
infrações de trânsito previstas nos incisos V e X do art. transportem produtos classificados como Biodie-
231 do Código Trânsito Brasileiro (CTB), relativas ao
sel (B-100) e Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP),
trânsito de veículos com excesso de peso ou exceden-
por meio de balança rodoviária ou de Nota Fiscal,
do a capacidade máxima de tração.
fica permitida a tolerância de 7,5% (sete e meio por
cento) no PBT ou PBTC até 30 de novembro de 2021.
DESCOBRINDO O PBT, PBTC E CMT
FISCALIZAÇÃO POR NOTA FISCAL
Para descobrir o PBT/PBTC/CMT de um veículo,
é necessário enquadrá-lo em alguma das categorias
A fiscalização dos limites de peso dos veículos por
dispostas na Resolução nº 210/2006. Para fazer isso, é
necessário medir o comprimento do veículo. meio do peso declarado na Nota Fiscal, Conhecimento
Comprimento total é aquele medido do ponto mais ou Manifesto de carga poderá ser feita em qualquer
avançado de sua extremidade dianteira ao ponto tempo ou local.
mais avançado de sua extremidade traseira, incluídos Não há qualquer tolerância sobre o peso decla-
todos os acessórios para os quais não esteja previsto rado, exceto a disposta abaixo:
exceção (art. 2º). Para fins de fiscalização de peso de veículos que
Na medição do comprimento dos veículos não serão transportem produtos classificados como Biodiesel
tomados em consideração os seguintes dispositivos: (B-100) e Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP), por
meio de balança rodoviária ou de Nota Fiscal, fica per-
I - limpador de pára-brisa e dispositivos de lavagem mitida a tolerância de 7,5% (sete e meio por cento) no
188 do para-brisa; PBT ou PBTC até 30 de novembro de 2021.
INFRAÇÃO POR EXCESSO DE PESO INFRAÇÃO POR EXCESSO NA CMT
Constatado o excesso de peso, será lavrado o AIT Constatado o excesso de capacidade máxima de
com base nos arts. 231, V, do CTB. tração, será lavrado o AIT com base nos arts. 231, X,
Para fins de autuação, o embarcador é o remetente do CTB.
ou expedidor da carga, mesmo se o frete for a pagar.
Art. 231. Transitar com o veículo:
Cálculo da multa
X - excedendo a capacidade máxima de tração:
Infração - de média a gravíssima, a depender da
O cálculo do valor da multa de excesso de peso se
dará nos termos do inciso V do art. 231 do CTB: relação entre o excesso de peso apurado e a capaci-
dade máxima de tração, a ser regulamentada pelo
Art. 231. Transitar com o veículo: CONTRAN;
V - com excesso de peso, admitido percentual de Penalidade - multa;
tolerância quando aferido por equipamento, na for- Medida Administrativa - retenção do veículo e
ma a ser estabelecida pelo CONTRAN: transbordo de carga excedente.
Infração - média;
Penalidade - multa acrescida a cada duzentos qui-
As infrações por excesso da CMT serão aplicadas, a
logramas ou fração de excesso de peso apurado,
constante na seguinte tabela: depender da relação entre o excesso de peso apurado
a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 e a CMT, da seguinte forma:
(cinco reais e trinta e dois centavos);
b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos qui- I – até 600 kg (seiscentos quilogramas): infração
logramas) - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro média, com valor conforme definido no CTB;
centavos); II – entre 601 kg (seiscentos e um quilogramas) e
c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilo-
1.000 kg (um mil quilogramas): infração grave, com
gramas) - R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito
centavos); valor conforme definido no CTB; e
d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogra- III – acima de 1.000 kg (um mil quilogramas): infra-
mas) - R$ 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois ção gravíssima, com valor conforme definido no
centavos); CTB, aplicado a cada 500 kg (quinhentos quilogra-
e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil qui- mas) ou fração de excesso de peso apurado.
logramas) - R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cin-
quenta e seis centavos);
APLICAÇÃO DA MEDIDA ADMINISTRATIVA
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas)
- R$ 53,20 (cinquenta e três reais e vinte centavos);
Excesso de peso por eixo
Excessos simultâneos
Constatada a infração, deverá ocorrer remaneja-
Mesmo que haja excessos simultâneos nos pesos mento da carga dentro do veículo ou deverá ser efe-
por eixo ou conjunto de eixos e no PBT ou PBTC, a mul- tuado transbordo, para eliminar os excessos por eixo.
ta para infração será aplicada uma única vez. O veículo somente poderá prosseguir viagem
Quando houver excessos tanto no peso por eixo depois de sanar a irregularidade, respeitada a possi-
quanto no PBT ou PBTC, os valores dos acréscimos à bilidade de tolerância para fins de remanejamento
multa serão calculados isoladamente e somados entre
ou transbordo, sem prejuízo da multa aplicada.
si, sendo adicionado ao resultado o valor inicial refe-
rente à infração de natureza média.
O valor do acréscimo à multa será calculado nos Excesso de PBT ou PBTC
seguintes termos:
Quando o peso verificado estiver acima do PBT ou
I – enquadrar o excesso total de acordo com o dis- PBTC estabelecido para o veículo, acrescido da tole-
posto nas alíneas do inciso V do art. 231 do CTB; rância de 5% (cinco por cento), a multa será apli-
II – dividir o excesso total por 200 kg (duzentos qui- cada somente sobre a parcela que exceder essa
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
z Orientações:
Maio Agosto
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
z Tema: z Tema:
Campos
RESOLUÇÕES DO CONTRAN
A ATPV-e conterá:
não dispensa o registro completo do acidente no da documentação mencionada acima, remetida pelo
BAT. órgão responsável pelo BAT.
A restrição administrativa será registrada na Base
de Índice Nacional (BIN) pertencente ao sistema de
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE Registro Nacional de Veículos Automotores (RENA-
VAM), contendo a data do sinistro, o tipo de dano clas-
Os órgãos ou entidades com circunscrição sobre a sificado, o órgão executivo de trânsito do Estado ou do
via poderão disponibilizar em seu sítio eletrônico na Distrito Federal responsável pela inclusão e, se for o
rede mundial de computadores o acesso a formulário caso, número do BAT e o órgão fiscalizador responsá-
ou outro meio eletrônico que possibilite o registro vel pela ocorrência.
de acidentes de trânsito sem vítimas por meio de Os órgãos e entidades pertencentes ao Sistema
declaração do próprio cidadão. Nacional de Trânsito (SNT) poderão celebrar acordo
Este documento poderá substituir a lavratura do de cooperação, ou outros tipos de ajustes, que possibi-
Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito (BAT) lite o registro da monta diretamente pelo responsável
após ser validado pela autoridade ou seu agente. pelo atendimento do acidente. 195
Efeitos Efeitos do Desbloqueio
O veículo fica proibido de circular em vias públi- O desbloqueio implica a retirada da restrição sobre
cas enquanto estiver com a restrição administrativa, o veículo, para que possa voltar a circular.
sob pena de cometer a infração prevista no VIII do art. Entretanto, até a baixa definitiva do veículo,
230 do CTB. deverá constar no campo “observações” do CRV/CLA
o número do CSV e a palavra “Sinistrado” ou a sigla
Art. 230. Conduzir o veículo: “DMM”, que deverá permanecer no documento e no
VIII - sem ter sido submetido à inspeção de seguran-
cadastro do veículo na BIN mesmo após eventuais
transferências de propriedade, município ou Unidade
ça veicular, quando obrigatória;
da Federação (UF).
Infração - grave;
Esta observação será incluída pelo DETRAN res-
Penalidade - multa;
ponsável pela retirada da restrição do veículo no
Medida administrativa - retenção do veículo para
novo CRV que será obrigatoriamente expedido para
regularização;
o veículo.
Notificação
Veículo Não Recuperado
Imediatamente após o lançamento da restrição Caso não ocorra a recuperação do veículo, seu
administrativa, o DETRAN deve notificar o proprie- proprietário deve providenciar a baixa do registro
tário do veículo, informando-o sobre as providências do veículo junto ao órgão de trânsito de seu registro,
que devem ser adotadas para a regularização ou bai- de acordo com o art. 126 do CTB e regulamentação
xa do veículo. complementar:
categoria M;
z Grande monta: quando o item de maior gravida-
de assinalado nas colunas “SIM” ou “NA” for de
categoria G.
199
200