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CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES
Art. 105 – São penalidades disciplinares:
I. advertência;
II. suspensão;
III. demissão;
IV. cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V. destituição de cargo em comissão;
VI. destituição de função comissionada;
Art. 106 – Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os
danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes
funcionais.
Art. 107 – A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do artigo 93,
incisos I a VIII, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não
justifique imposição de penalidade mais grave.
Art. 108 – A suspensão será aplicada em caso de reincidência das falta punidas com advertência e de violação das
demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90
(noventa) dias.
* 1º - Será punido com punição de até 15 (quinze) dias o funcionário que, injustificadamente, recusar-se a ser
submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma
vez cumprida a determinação.
• 2º - Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa na
base, de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o funcionário obrigado a
permanecer em serviço.
Art. 109 – As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3
(três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o funcionário não houver, nesse período, praticado
nova infração disciplinar.
Parágrafo Único – O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos
Art. 110 – A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I. crime contra a administração pública;
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II. abandono de cargo;
III. inassiduidade habitual;
IV. improbidade administrativa;
V. incontinência pública e conduta escandalosa na repartição;
VI. insubordinação grave em serviço;
VII. ofensa física, em serviço, a funcionário ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
VIII. aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX. revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X. lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio do Município;
XI. corrupção;
XII. acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas
XIII. transgressão dos incisos IX a XVI do artigo 93.
• 1º - Verificada em processo disciplinar acumulação proibida e provada a boa-fé, o funcionário optará por um dos
cargos.
• 2º - Provada a má-fé, perderá também o cargo que exercia há mais tempo e restituirá o que tiver recebido
indevidamente.
• 3º - Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos, emprego ou função exercida em outro órgão ou
entidade, a demissão lhe será comunicada.
Art. 111 – Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta
punível com a demissão.
Art. 112 – A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos
de infração sujeita as penalidades de suspensão e de demissão.
Art. 113 – A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do artigo 108,
implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível.
Art. 114 – A demissão ou destituição de cargo em comissão por infringência do artigo 108, incisos IX e XI,
incompatibiliza o ex-funcionário para nova investidura em cargo público do Município pelo prazo de 5 (cinco) anos.
Parágrafo Único – Não poderá retornar ao serviço público municipal o funcionário que for demitido do cargo em
comissão por infringência do artigo 108, incisos I, IV, VIII, X e XI.
Art. 115 – Configura abandono de cargo a ausência intencional do funcionário ao serviço por mais de 30 (trinta)
dias consecutivos.
Art. 116 – Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta) dias,
interporladamente, durante um período de 12 (doze) meses.
Art. 117 – O ato de imposição da penalidade mencionará, sempre, o fundamento legal e a causa da sanção
disciplinar.
Art. 118 – A imposição das penalidades disciplinares, caberá:
I. ao Prefeito ou Presidente da Câmara, nas hipóteses do art. 103, incisos III a VI. II. Pela autoridade designada no
Regimento Interno de cada repartição, nas demais hipóteses.
Art. 119 – A ação disciplinar prescreverá:
I. em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e
destituição de cargo em comissão;
II. em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
II. em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
1º - O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.
2º - Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como
crime.
3º - A abertura da sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão;
* 4º - Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.
TÍTULO V
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 120 – A autoridade que tiver ciência da irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua
apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla
defesa.
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Art. 121 – As denúncias sobre irregularidades serão abjeto de apuração, desde que contenham a identificação e
o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.
Parágrafo Único – Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia
será arquivada por falta de objeto.
Art. 122 – Da sindicância poderá resultar:
I. arquivamento do processo;
II. aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias;
III. instauração de processo disciplinar.
Parágrafo Único – O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado
por igual período, a critério da autoridade superior.
Art. 123 – Sempre que o ilícito praticado pelo funcionário ensejar a imposição de penalidade de suspensão por
mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em
comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.
CAPÍTULO II
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO
Art. 124 – Como medida cautelar e a fim de que o funcionário não venha a influir na apuração da irregularidade,
a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo
prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
Parágrafo Único – O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos,
ainda que não concluído o processo.
CAPÍTULO III
DO PROCESSO DISCIPLINAR
Art. 125 – O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade do funcionário por infração
praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre
investido.
Art. 126 – O processo disciplinar será conduzido pela “Comissão Permanente de Inquérito Administrativo”, órgão
da estrutura da Secretaria de Administração ou por órgão equivalente da câmara.
Parágrafo Único – Nada obstante, poderá o Prefeito ou o Presidente da Câmara, membros, funcionários estáveis
do Município.
Art. 127 – A Comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração.
Parágrafo Único – As reuniões e as audiências das comissões terão caráter reservado.
Art. 128 – O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:
I. instauração, com a publicação do ato de que constituir a comissão;
II. inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório;
III. julgamento.
Art. 129 – O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá a 90 (noventa) dias, contados da data
de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as
circunstâncias o exigirem.
Seção I
Do Inquérito
Art. 130 – O inquérito obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a
utilização dos meios e recursos administrativos em direito.
Art. 131 – Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informativa da instrução.
Parágrafo Único – Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito
penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da
imediata instauração do processo disciplinar.
Art. 132 – Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimento, acareações, investigações e
diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a
completa elucidação dos fatos.
Art. 133 – É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de
procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contra-provas e formular quesitos, quando se tratar
de prova pericial.
• 1º - O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente proletários, ou de
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nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
• 2º - Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento
especial de perito.
Art. 134 – As testemunhas será intimadas a depor mediante mandato expedido pelo presidente da comissão,
devendo a 2ª (segunda) via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos.
Parágrafo Único – se a testemunha for funcionário público, a expedição do mandato será imediatamente
comunicada ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do dia e hora marcados para inquirição.
Art. 135 – O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por
escrito. As testemunhas serão inquiridas separadamente. Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se
infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes.
Art. 136 – Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado.
• 1º - No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas
declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles.
* 2º - O Procurador do acusado poderá assistir do interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo-
lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do
presidente da comissão
Art. 137 – Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade
competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe pelo menos um médico
psiquiatra.
Parágrafo Único – O incidente de sanidade mental será processado um auto apartado a apenso ao processo
principal, após a expedição do laudo pericial.
Art. 138 – Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indicação do funcionário, com a especificação dos
fatos a ele imputados e das respectivas provas.
* 1º - O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita,
no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se visa do processo na repartição.
• 2º - Havendo 2 (dois) ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.
* 3º - O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro para diligências reputadas indispensáveis.
• 4º - No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data
declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, com a assinatura de 2 (duas)
testemunhas.
Art. 139 – O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar a comissão o lugar onde poderá ser
encontrado.
Art. 140 – Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será cipor edital, publicado no “Diário Oficial” e
em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido, para apresentar defesa.
Parágrafo Único – Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última
publicação do edital.
Art. 141 – Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal.
• 1º - A revelia será declarada, por temo, nos autos de processo e devolverá o prazo para defesa.
• 2º - Para defender o indiciado revela autoridade instauradora do processo, designará um funcionário como
defensor dativo, ocupante de cargo de nível igual ou superior ao do indiciado.
Art. 142 – Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumira as peças principais dos
autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.
• 1º - O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do funcionário.
• 2º - Reconhecida a responsabilidade do funcionário, a comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar
transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
Art. 143 – O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que determinou a sua
instauração, para julgamento.
Seção II
Do Julgamento
Art. 144 – No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora a proferirá
a sua decisão.
• 1º - Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, este será encaminhado
à autoridade competente, que decidirá em igual prazo.
* 2º - Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente
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para a imposição da pena mais grave.
Art. 145 – O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos.
Parágrafo Único – Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá,
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o funcionário de responsabilidade.
Art. 146 – Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade total ou parcial
do processo e ordenará a constituição de outra comissão, para instauração de novo processo.
Parágrafo Único – O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.
Art. 147 – Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos
assentamentos individuais do funcionário.
Art. 148 – Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério
Público para instauração da ação penal, ficando transladado na repartição.
Art. 149 – O funcionário que responder a processo disciplinar só poderá ser exoneração a pedido, ou aposentado
voluntariamente, após a conclusão do processo e cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
Seção III
Da Revisão do Processo
Art. 150 – O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem
fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade
aplicada.
• 1º - Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do funcionário, qualquer pessoa da família poderá
requerer a revisão do processo.
* 2º - No caso de incapacidade mental do funcionário, a revisão será requerida pelo respectivo curador.
Art. 151 – No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.
Art. 152 – A simples alegação de injustiça, da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer
elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.
Art. 153 – O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Prefeito ou ao Presidente da Câmara, que se
autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se originou o processo
disciplinar.
Parágrafo Único – Deferida a petição, a autoridade competente providenciará a constituição de comissão.
Art. 154 – A revisão correrá em apenso ao processo originário.
Parágrafo Único – Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e inquirição das
testemunhas que arrolar.
Art. 155 – A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos.
Art. 156 – Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas próprias da comissão do
processo disciplinar.
Art. 157 – O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade.
Parágrafo Único – O prazo para julgamento será de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no
curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.
Art. 158 – Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos
os direitos do funcionário, exceto em relação à destituição de cargo em comissão, que será convertida em
exoneração.
Parágrafo Único – Da revisão do processo não poderá resultar, agravamento da penalidade.
TÍTULO VI
DA SEGURIDADE SOCIAL DO FUNCIONÁRIO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 159 – O Município poderá instituir Plano de Seguridade Social para o funcionário e sua família.
Art. 160 – O Plano de Seguridade Social deverá dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos o funcionário e sua
família, e deverá compreender um conjunto de benefícios e ações que atendam às seguintes finalidades:
I. garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em serviço, inatividade,
falecimento e reclusão;
II. proteção à materninade, à adoção e à paternidade;
III. assistência à saúde.
Parágrafo Único – Os benefícios serão concedidos nos termos da legislação específica ou no regulamento,
observadas as disposições desta Lei.
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Art. 161 – Os benefícios do Plano de Seguridade Social do funcionário, compreenderão:
I. quanto ao funcionário:
a. aposentadoria;
b. auxílio-natalidade;
c. salário-família;
d. licença para tratamento de saúde;
e. licença à gestante, à adotante e licença-paternidade;
f. licença por acidente em serviço;
g. assistência à saúde;
h. garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatórias;
II. quanto ao dependente:
a. pensão vitalícia e temporária;
b. auxílio-funeral;
c. auxílio-reclusão;
d. assistência à saúde.
TÍTULO VII
DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO CAPÍTULO ÚNICO
Art. 162 – Para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, poderão ser efetuadas
contratações de pessoal por tempo determinado, mediante contrato de locação de serviços.
Art. 163 – Consideram-se como de necessidade temporária de excepcional interesse público as contratações que
visem a:
I. combater surtos epidêmicos;
II. atender a situações de calamidade pública;
III. permitir a execução de serviço por profissional de notória especialização, nas áreas de pesquisa científica e
tecnológica;
III. atender a outras funções de urgência que vierem a ser definidas em lei.
• 1º - As contratações de que trata este artigo terão dotação específica e obedecerão aos seguintes prazos:
I. nas hipóteses dos incisos I e II, 6 (seis) meses;
II. na hipótese dos incisos III e IV, até 48 (quarenta e oito) meses.
• 2º - Os prazos de que trata o parágrafo anterior são improrrogáveis.
* 3º - O recrutamento será feito mediante processo seletivo simplificado, sujeito a ampla divulgação em jornal
de grande circulação, exceto nas hipóteses dos incisos III e IV.
Art. 164 – É vedada o desvio de função de pessoa contratada na forma deste título, bem como sua recontratação,
sob pena de nulidade do contrato e responsabilidade administrativa e civil da autoridade contratante
TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO ÚNICO
Art. 165 – Ao funcionário exonerado ou dispensado de cargo ou função de confiança após três, quatro, cinco, seis,
sete, oito, nove e dez anos contínuos ou interpolados, será assegurada uma gratificação – prêmio, mensal, em valor
equivalente, respectivamente, a 30%, 40%, 50%, 60%, 70%, 80%, 90% e 100% da remuneração do cargo ou da
função de maior valor que tenha exercido, desde que por um período mínimo, ininterrupto, de um ano.
Art. 166 – O adicional pelo desempenho de encargo especial ou extraordinário será concedido pelo Prefeito ou
pelo Presidente da Câmara, não podendo ser superior a cinqüenta por cento (50%) do vencimento-base.
Parágrafo Único – O encargo especial ou extraordinário será motivado no ato que conceder a vantagem, sob pena
de ineficácia do mesmo.
Art. 167 – Os prazos previstos nesta lei serão computados excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento.
Art. 168 – Gozarão de completa isenção de taxas os requerimentos de interesse dos funcionários e os relativos a
concessão de benefícios previdenciários.
Art. 169 – Fica isento de imposto o prédio residencial de propriedade do funcionário público municipal ou a este
prometido vender em caráter irrevogável desde que habitando-o, não possua o funcionário nem sua mulher outro
imóvel.
Parágrafo Único – A isenção do imposto referida no caput já deferida sob a égide da lei anterior ao atual Código
Tributário não perderão a validade, nem precisará o beneficiário apresentar novo pedido, requerendo-a com base
na presente lei.
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Art. 170 – A lei disporá sobre a assistência médica hospitalar dos funcionários, no prazo de cento e oitenta (180)
dias.
Art. 171 – O tempo de serviço prestado em atividade privada (artigo 88 – inciso V) será computado à vista de
justificação judicial.
TÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art. 172 – É assegurada a continuidade da percepção das vantagens, porventura não contempladas nesta lei, na
conformidade da respectiva legislação.
Parágrafo Único – As vantagens a que se reporta a “Caput”, deverão ser integradas nos proventos da
aposentadoria.
Art. 173 – Para fim de concessão da gratificação-prêmio, o Cargo de Diretor de Departamento, da estrutura básica
anterior ao Decreto nº 1.449, de 14/11/75, será equivalente ao de Secretário Municipal.
Parágrafo Único – Os funcionários que já tenham a gratificação-prêmio incorporada, terão direito a requerer
revisão para adequá-la ao previsto no “caput”, a contar da vigência desta Lei.
Art. 174 – As prestações de Seguridade Social, serão concedidas, independentemente de contribuição da parte
do funcionário, até a instituição do plano a que alude o art. 157 desta lei.
Art. 175 – Para o efeito do que dispõe o art. 59, serão considerados os períodos acumulados anteriormente à
vigência desta Lei.
Art. 176 – As pensões concedidas com base na legislação anterior, serão reajustadas toda a vez que se verificar a
majoração do vencimento ou proventos, e em igual proporção.
Art. 177 – A eficácia da presente lei, se produzirá a contar da data de sua publicação, sendo as despesas advindas
atendidas pelas dotações do Orçamento em vigor.
Art. 178 – Revogam-se as disposições em contrário.