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NOVAS INSTRUÇÕES:
O material do Curso será sempre enviado nas quartas-feiras,
via email. No caso de não recebimento nesse dia, antes de
solicitarem o reenvio, confiram a caixa de spam;
I.
5ª Rodada - Página |2
II.
MUITA ATENÇÃO: cada resposta deve ser enviada para o email
do respectivo mediador, sob pena de não ser corrigida!
III. Sumário:
QUESTÕES OBJETIVAS
DIREITO CIVIL
1. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse
direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e
cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-
companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua
família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de
outro imóvel urbano ou rural.
DIREITO DO CONSUMIDOR
PROCESSO CIVIL
do dia 8 de fevereiro de 2014, por volta das 23h30, decidiu efetuar a transferência
de combustível. Como a operação demandaria cerca de meia hora para ser
concluída, Joelson resolveu voltar para a sala de estar da Base, onde ocorria a
confraternização de despedida de uma pesquisadora. O operador permaneceu na
confraternização até que, por volta de 0h40 do dia 9, houve uma variação de
energia elétrica, momento em que, lembrando do procedimento iniciado,
retornou à Praça de Máquinas, deparando-se com um incêndio de grandes
proporções. Perícias realizadas no local constataram que Joelson deixou de
encerrar o procedimento de transferência de combustível no tempo hábil e, em
consequência, os tanques de serviço transbordaram, vindo o combustível a ter
contato com as partes quentes do gerador que estava em funcionamento,
provocando a combustão e o fogo que destruiu toda a instalação militar e matou
um suboficial da Marinha do Brasil. Com base nessa situação hipotética, julgue os
itens que se seguem.
13. Os crimes militares contra a honra podem ser praticados através da internet.
14. Considere que Jaime, civil, tenha oferecido, na sua casa, vantagem indevida a
analista judiciário da 2ª Auditoria da Primeira Circunscrição da Justiça Militar do
Rio de Janeiro, no exercício de sua função, a fim de que deixasse de cumprir
mandado de citação. Nessa situação hipotética, conforme a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça, como a conduta não foi praticada em lugar sujeito à
15. O Sd Aer Fábio, munido de uma faca, agrediu o 1º Sgt Aer Marcos André no
alojamento do CINFA, Base Aérea de Santa Cruz (RJ), quando ambos ali estavam
em serviço. Pela prática do crime de lesão corporal leve (CP, art. 129), Fábio
aceitou a proposta de transação penal sugerida pelo Ministério Público e, com o
cumprimento integral das condições estabelecidas, deu-se a extinção da
punibilidade, por decisão proferida pelo titular do Juizado Especial Criminal da
Comarca de Santa Cruz. O pronunciamento transitou em julgado em 26 de
novembro de 2004. Esse mesmo fato deu ensejo a um outro processo perante a
Auditoria da 1ª Circunscrição Judiciária Militar do Rio de Janeiro. O Juízo, ao
receber a denúncia, entendeu ser nula a decisão do Juizado Especial Criminal, ante
a incompetência absoluta da Justiça Comum para julgar o feito. Nessa situação
hipotética, o juiz agiu corretamente, pois a índole do processo penal militar é
incompatível com as normas insertas na Lei nº 9.099/95.
DIREITOS HUMANOS
19. O poder público buscará garantir, por meio de atos normativos, a preservação
dos elementos formadores tradicionais da capoeira, bem de natureza imaterial e
de formação da identidade cultural brasileira, nas suas relações internacionais.
DIREITO EMPRESARIAL
DIREITO TRIBUTÁRIO
DIREITO ELEITORAL
DIREITO DO TRABALHO
34. As férias são concedias após o período aquisitivo de 12 (doze) meses de labor,
necessariamente dentro do período concessivo de mais 12 (doze) meses, por ato e
no interesse do empregador. Todavia, caso o empregado queira converter parte
de suas férias em abono pecuniário, limitada essa parcela a 1/3 do período de
gozo, tal ato é direito potestativo do obreiro a ele não podendo se opor o
empregador.
35. As férias concedidas fora do período concessivo devem ser pagas em dobro
pelo empregador. Mesmo se concedidas rigorosamente dentro do prazo, porém,
deverão ser pagas em dobro também no caso do empregador não cumprir o prazo
para pagamento da remuneração das férias, que é de dois dias antes do início do
período de gozo pelo trabalhador.
DIREITO ADMINISTRATIVO
39. Como impõe a teoria dos motivos determinantes, a motivação dos atos
administrativos é uma garantia do princípio da legalidade sempre necessária.
Única exceção são os atos de nomeação ou exoneração para cargos em comissão,
demissíveis ad nutum, que dispensam motivação.
EDILSON SANTANA
Defensor Público Federal em Manaus/AM e ex Defensor Público do Estado do Maranhão
Mediador das disciplinas de Direito Internacional Privado e Direito Civil
DIREITO CIVIL
1. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse
direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e
cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-
companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua
família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de
outro imóvel urbano ou rural.
Ponto 7.1 e 7.1.1 – posse e propriedade; conceito, classificação, aquisição, perda, proteção e
efeitos.
Trata-se de nova modalidade de usucapião criada pela lei 12.424 de 2011, que inseriu no
Código Civil a denominada usucapião pró-moradia ou usucapião familiar. Repare que o
tempo para usucapir é flagrantemente inferior às demais espécies de usucapião,
consumando-se a prescrição aquisitiva em dois anos. Evidentemente, se a saída do lar
por um dos cônjuges tiver sido determinada judicialmente não há que se falar em
caracterização do abando voluntário exigido para fins da usucapião familiar. Daí surge a
principal crítica ao instituto, pois o mesmo acaba por ressuscitar a discussão acerca da
culpa na causa do término do relacionamento, na contramão do sentido no qual caminha
do direito de civil familiar moderno. O prazo, ademais, começará a fluir a partir da
separação do casal (inclusive de fato), uma vez caracterizado o abando voluntário por
um dos cônjuges, já que a lei exige posse exclusiva. CERTO
de uma interpretação constitucional, o artigo da LINDB deve ser lido com ressalva,
considerando a nova disposição constitucional. ERRADO
Dispõe o art. 4º, da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro: “Quando a lei for
omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais
de direito”. A analogia é a aplicação de uma norma próxima ou de um conjunto de
normas próximas, não havendo uma norma prevista para um determinado caso
concreto (TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil. 4. ed. São Paulo: Método, 2014 –
edição digital). Há, portanto, um ponto de semelhança entre duas ou mais situações. A
doutrina costuma classificar a analogia em legal (aplicação de uma só norma próxima)
ou jurídica (aplicação de um conjunto de normas próximas). Não se deve confundir
aplicação da analogia com interpretação extensiva. Nessa última ainda há subsunção do
fato a norma, que tem estendida seu sentido. Na primeira (analogia), rompe-se com os
limites de alcance previstos na norma, gerando uma integração da norma jurídica.
Exemplo de analogia é explicitado no Enunciado n. 148 da III Jornada de Direito Civil:
“Ao ‘estado de perigo’ (art. 156) aplica-se, por analogia, o disposto no § 2º do art. 157”.
Entende-se que as normas de exceção não admitem analogia ou interpretação extensiva.
CERTO
DIREITO DO CONSUMIDOR
______________________________________
PEDRO WAGNER
Defensor Público Federal em Boa Vista/RR
Mediador das disciplinas de Direito Internacional Privado e Processo Civil
PROCESSO CIVIL
Caro (a) aluno (a), as questões objetivas desta rodada foram inspiradas nas últimas
provas do CESPE, buscando encontrar a atual tendência do instituto, que elaborará a
prova objetiva (as outras fases ficam a cargo de nossos colegas Defensores Públicos
Federais). A percepção é que há mais diversidade (também doutrina e lei seca) do que
em outras épocas, onde o ponto forte era informativo dos tribunais Superiores. Não que
deixou de ser importante o estudo de referidos informativos, mas é induvidosa a
crescente cobrança de mais doutrina e lei seca nas objetivas do CESPE. Assim, daqui
para frente, a nossa tendência, em processo civil, também é acompanhar essa tendência.
A questão em tela, por exemplo, é um exemplo de cobrança de lei seca, sem que haja a
necessidade da decoreba, senão vejamos. Ao dissecarmos o enunciado, devemos grifar a
expressão “em qualquer caso”. Só depois começamos a perguntar aos atores do item se
eles podem recorrer em qualquer caso, um por um, ou se depende de pertinência
temática, podemos dizer assim. Percebemos que o terceiro interessado deve demonstrar
“o nexo de interdependência entre o seu interesse de intervir e a relação jurídica
submetida à apreciação judicial.”, conforme art. 499, § 1º, do CPC. Percebemos, também,
que o MP só pode recorrer nos casos em que, logicamente, funcione como parte ou como
custos legis, de acordo com o § 2º do mesmo artigo alhures mencionado. Dessa feita, não
é em qualquer caso que o terceiro interessado e o MP poderão interpor recurso, sendo a
última informação do enunciado prescindível para resolver a questão posta, haja vista
que todo recurso deve ser tempestivo, obviamente, servindo apenas para o examinador
aproveitar-se do cansaço mental do candidato. Eis o que dita o CPC: “Art. 499. O recurso
pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério
Público. § 1º Cumpre ao terceiro demonstrar o nexo de interdependência entre o seu
interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial.§ 2º O
Ministério Público tem legitimidade para recorrer assim no processo em que é parte,
como naqueles em que oficiou como fiscal da lei.” ERRADO
Ao julgar este item o candidato tem que ficar ligado. Eles costumam misturar vários
institutos. A questão seria verdadeira, ou melhor, o item estaria correto caso a
imutabilidade da decisão abrangesse a questão de mérito, aqui tratada como questão de
fundo. Assim, a expressão “mesmo que não tenha sido enfrentada a questão de fundo”
torna incorreto o item em julgamento, eis que afasta a incidência da coisa julgada
material (ou substancial). Caso estivéssemos tratando da coisa julgada formal, por óbvio
a questão restaria correta. “A coisa julgada formal seria assim comum a todas as
sentenças, enquanto que a coisa julgada material só se poderia se formar nas sentenças
de mérito. Poder-se-ia dizer que todas as sentenças transitam em julgado (e atingem a
Nesta questão estaria o examinador mixando dois dispositivos que tratam das nulidades
de atos processuais, quais sejam: artigos 244 e 248 do Código de Processo Civil. “Art.
244. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz
considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. Art. 248.
Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subsequentes, que dele
dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela
sejam independentes” Não teremos maiores dificuldades se, repetimos sempre,
dissecarmos os enunciados. CERTO
diferente, jamais veriam seu dia na Corte. 3. A categoria ético-política, e também jurídica,
dos sujeitos vulneráveis inclui um subgrupo de sujeitos hipervulneráveis, entre os quais
se destacam, por razões óbvias, as pessoas com deficiência física, sensorial ou mental. 4.
É dever de todos salvaguardar, da forma mais completa e eficaz possível, os interesses e
direitos das pessoas com deficiência, não sendo à toa que o legislador refere-se a uma
"obrigação nacional a cargo do Poder Público e da sociedade" (Lei7.853/89, art. 1º, § 2º,
grifo acrescentado). 5. Na exegese da Lei 7.853/89, o juiz precisa ficar atento ao
comando do legislador quanto à finalidade maior da lei-quadro, ou seja, assegurar "o
pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiência, e
sua efetiva integração social" (art. 1º, caput, grifo acrescentado). 6. No campo da
proteção das pessoas com deficiência, ao Judiciário imputam-se duas ordens de
responsabilidade: uma administrativa, outra judicial. A primeira, na estruturação de
seus cargos e serviços, consiste na exigência de colaborar, diretamente, com o esforço
nacional de inclusão social desses sujeitos. A segunda, na esfera hermenêutica, traduz-se
no mandamento de atribuir à norma que requer interpretação ou integração o sentido
que melhor e mais largamente ampare os direitos e interesses das pessoas com
deficiência. 7. A própria Lei 7.853/89 se encarrega de dispor que, na sua "aplicação e
interpretação", devem ser considerados "os valores básicos da igualdade de tratamento
e oportunidade, da justiça social, do respeito e dignidade da pessoa humana, do bem-
estar, e outros indicados na Constituição ou justificados pelos princípios gerais de
direito" (art. 1º, § 1º). 8. Por força da norma de extensão ("outros interesses difusos e
coletivos", consoante o art. 129, III, da Constituição de 1988;"qualquer outro interesse
difuso ou coletivo", nos termos do art. 110 do Código de Defesa do Consumidor; e
"outros interesses difusos, coletivos e individuais indisponíveis e homogêneos", na
fórmula do art. 25, IV, alínea a, da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público), cabe ao
Judiciário, para fins de legitimação ad causam na Ação Civil Pública, incorporar ao rol
legal em numerus apertus, importa lembrar – novos direitos e interesses, em processo
de atualização permanente da legislação. 9. A tutela dos interesses e direitos dos
hipervulneráveis é de inafastável e evidente conteúdo social, mesmo quando a Ação Civil
Pública, no seu resultado imediato, aparenta amparar uma única pessoa apenas. É que,
nesses casos, a ação é pública, não por referência à quantidade dos sujeitos afetados ou
beneficiados, em linha direta, pela providência judicial (= critério quantitativo dos
beneficiários imediatos), mas em decorrência da própria natureza da relação jurídica-
base de inclusão social imperativa. Tal perspectiva que se apoia no pacto jurídico-
político da sociedade, apreendido em sua globalidade e nos bens e valores ético-políticos
que o abrigam e o legitimam realça a necessidade e a indeclinabilidade de proteção
jurídica especial a toda uma categoria de indivíduos (= critério qualitativo dos
beneficiários diretos), acomodando um feixe de obrigações vocalizadas como jus cogens.
10. Ao se proteger o hipervulnerável, a rigor quem verdadeiramente acaba beneficiada é
a própria sociedade, porquanto espera o respeito ao pacto coletivo de inclusão social
imperativa, que lhe é caro, não por sua faceta patrimonial, mas precisamente por
abraçar a dimensão intangível e humanista dos princípios da dignidade da pessoa
humana e da solidariedade. Assegurar a inclusão judicial (isto é, reconhecer a
legitimação para agir) dessas pessoas hipervulneráveis, inclusive dos sujeitos
intermediários a quem incumbe representá-las, corresponde a não deixar nenhuma ao
relento da Justiça por falta de porta-voz de seus direitos ofendidos. 11. Maior razão
ainda para garantir a legitimação do Parquet se o que está sob ameaça é a saúde do
indivíduo com deficiência, pois aí se interpenetram a ordem de superação da solidão
judicial do hipervulnerável com a garantia da ordem pública de bens e valores
fundamentais in casu não só a existência digna, mas a própria vida e a integridade
físico-psíquica em si mesmas, como fenômeno natural. 12. A possibilidade, retórica ou
real, de gestão individualizada desses direitos (até o extremo dramático de o sujeito, in
concreto, nada reclamar) não os transforma de indisponíveis (porque juridicamente
irrenunciáveis in abstracto) em disponíveis e de indivisíveis em divisíveis, com nome e
sobrenome. Será um equívoco pretender lê-los a partir da cartilha da autonomia privada
ou do ius dispositivum, pois a ninguém é dado abrir mão da sua dignidade como ser
humano, o que equivaleria, por presunção absoluta, a maltratar a dignidade de todos,
indistintamente. 13. O Ministério Público possui legitimidade para defesa dos direitos
ALDO COSTA
Assessor de ministro do STF. É bacharel em direito pela USP (1999). Foi professor substituto da Faculdade
de Direito da UnB (2002-2006), conselheiro da Comissão de Anistia (2002), pesquisador visitante no Max-
Planck-Institut für ausländisches und internationales Strafrecht (2007) e assessor especial do Ministro da
Justiça (2010-2011). Mediador das disciplinas de Direito Penal Militar, Processo Penal Militar, Direito
Internacional Público e Direitos Humanos
instituições militares. Não se faz mister, agora, visar a questão do conceito de crime
militar, senão realçar a incompatibilidade daquele ânimo com a ausência do dolo”.
- Na doutrina, defendendo a subsistência do entendimento do STF, acentua Célio Lobão
Ferreira (Direito Penal Militar, 1975, p. 23): “A Exposição de Motivos do atual Código
Penal Militar, como se fosse interpretação autêntica, enuncia: “entretanto, não se faz
distinção entre as modalidades dolosa e culposa de um crime, para a sua conceituação de
crime militar ou comum. Nunca o elemento subjetivo importará, pelo reconhecimento de
culpa em lugar do dolo, na descaracterização do crime militar”. Ora essa afirmativa não
encontra apoio no próprio Código, que na determinação do crime militar, manteve
inalterados os mesmos princípios do Código de 1944, sob cuja égide ficou assentada a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, anteriormente mencionada”. ERRADO
13. Os crimes militares contra a honra podem ser praticados através da internet.
falar que o meio utilizado preenche a lacuna da lei por analogia ou que invade a esfera
de competência do legislador (STF HC 93.292). CERTO
14. Considere que Jaime, civil, tenha oferecido, na sua casa, vantagem indevida a
analista judiciário da 2ª Auditoria da Primeira Circunscrição da Justiça Militar do
Rio de Janeiro, no exercício de sua função, a fim de que deixasse de cumprir
mandado de citação. Nessa situação hipotética, conforme a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça, como a conduta não foi praticada em lugar sujeito à
administração militar, deve ser afastada a competência da Justiça Castrense para
o julgamento do respectivo processo criminal.
15. O Sd Aer Fábio, munido de uma faca, agrediu o 1º Sgt Aer Marcos André no
alojamento do CINFA, Base Aérea de Santa Cruz (RJ), quando ambos ali estavam
em serviço. Pela prática do crime de lesão corporal leve (CP, art. 129), Fábio
aceitou a proposta de transação penal sugerida pelo Ministério Público e, com o
cumprimento integral das condições estabelecidas, deu-se a extinção da
punibilidade, por decisão proferida pelo titular do Juizado Especial Criminal da
Comarca de Santa Cruz. O pronunciamento transitou em julgado em 26 de
novembro de 2004. Esse mesmo fato deu ensejo a um outro processo perante a
Auditoria da 1ª Circunscrição Judiciária Militar do Rio de Janeiro. O Juízo, ao
receber a denúncia, entendeu ser nula a decisão do Juizado Especial Criminal, ante
a incompetência absoluta da Justiça Comum para julgar o feito. Nessa situação
Embora proferida por Juízo incompetente e não obstante ser a Lei nº 9.099/95
inaplicável ao processo penal castrense, a decisão do Juizado Especial Criminal fez coisa
julgada material, tornando-se imutável após o seu trânsito em julgado, sendo inviável a
instauração, ou mesmo o prosseguimento de outra ação penal, pelos mesmos fatos, na
Justiça Militar, sob pena de violação do princípio do non bis in idem (STF HC 86.606).
ERRADO
DIREITOS HUMANOS
19. O poder público buscará garantir, por meio de atos normativos, a preservação
dos elementos formadores tradicionais da capoeira, bem de natureza imaterial e
de formação da identidade cultural brasileira, nas suas relações internacionais.
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HENDRIKUS GARCIA
2.3.2. Auxílio-doença
2.3. Os benefícios.
DIREITO EMPRESARIAL
Convém anotar, inicialmente, acerca do tema, que o art. 49, caput, da Lei n. 11.101⁄2005
(LFRE), estabelece textualmente que estão sujeitos à recuperação judicial todos os
créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos. Desse modo, depreende-
se que a existência do crédito, em regra, é condição para se aferir a submissão ou não da
quantia por ele representada aos efeitos da recuperação. Portanto, resta definir se os
honorários fixados por meio de sentença prolatada posteriormente ao pedido de
recuperação judicial, mas que julgou demanda ajuizada em momento anterior, podem
ser considerados créditos existentes quando da protocolização desse pedido. Do
momento em que nasce o direito aos honorários advocatícios de sucumbência. Como é
sabido, honorários advocatícios sucumbenciais constituem o montante devido pela
parte que restou vencida em ação judicial ao procurador de seu oponente. Vale dizer, o
direito subjetivo de crédito do advogado da parte vencedora é consectário do sucesso da
demanda ajuizada. Consoante assentado pelo STJ no julgamento do REsp 886.178⁄RS,
submetido ao regime do art. 543-C do CPC, "a condenação nas verbas de sucumbência
decorre do fato objetivo da derrota no processo, cabendo ao juiz condenar, de ofício, a
parte vencida, independentemente de provocação expressa do autor, pois se trata de
pedido implícito, cujo exame decorre da lei processual civil". O direito subjetivo aos
honorários advocatícios, portanto, nasce do pronunciamento judicial condenatório.
Antes disso, detém o advogado mera expectativa acerca de sua fixação, cuja incerteza
que lhe é inerente traduz-se na eventualidade do êxito da demanda. Prova disso é que a
verba honorária somente pode ser exigida do devedor depois de proferida a decisão que
estipula seu pagamento. Diante desse cenário, impõe-se concluir que os honorários
advocatícios cobrados no caso em tela não consubstanciam crédito existente na data da
protocolização do pedido de recuperação judicial (visto que nasceram da sentença
prolatada posteriormente a ele), o que os excluiria, na hipótese de examiná-los
unicamente sob este enfoque, de seus efeitos. A despeito do que foi até aqui exposto, é
necessário rememorar que a Corte Especial do STJ firmou entendimento no sentido de
que os honorários advocatícios, tanto os contratualmente pactuados como os de
sucumbência, possuem natureza alimentar. É o que se depreende do julgamento dos
EREsp 724.158⁄PR, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJe 08⁄05⁄2008, e EREsp
706.331⁄PR, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, DJe 31.03.2008. De outro lado,
também é certo que o STJ, ao se deparar com a questão atinente à ordem de classificação
dos créditos em processos de execução concursal, tem conferido aos honorários
advocatícios tratamento análogo àquele dispensado aos créditos trabalhistas. Nesse
sentido, confiram-se o REsp 988.126⁄SP, Terceira Turma, DJe 06⁄05⁄2010, e o REsp
793.245⁄MG, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, 3ª Turma, DJ 16⁄04⁄2007. Essa
posição da jurisprudência decorre do reconhecimento de que tanto honorários
advocatícios quanto créditos de origem trabalhista constituem verbas que ostentam a
mesma natureza alimentar. Como consequência dessa afinidade, impõe-se dispensar-
lhes, na espécie, tratamento isonômico, de modo que aqueles devem seguir – na ausência
de disposição legal específica – os ditames aplicáveis às quantias devidas em virtude da
relação de trabalho. Em suma, a natureza comum de ambos os créditos – honorários
advocatícios de sucumbência e verbas trabalhistas – autoriza que sejam regidos, para
efeitos de sujeição à recuperação judicial, da mesma forma. Portanto, os créditos
derivados de honorários advocatícios sucumbenciais, mesmo que decorrentes de
sentença proferida em ação julgada posteriormente ao pedido de recuperação, estão
sujeitos aos efeitos desta. Nesse sentido, decidiu o STJ no REsp 1377764. CERTO
DIREITO TRIBUTÁRIO
DIREITO ELEITORAL
6. Abuso de poder
administração pública direta ou indireta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios”. CERTO
7. Crimes eleitorais
O TSE tem entendido pacífico que, para a configuração do crime descrito no art. 299 do
Código Eleitoral, é necessário o dolo específico que exige o tipo penal, qual seja, a
finalidade de "obter ou dar voto" e "conseguir ou prometer abstenção". Confiram Recurso
em Habeas Corpus nº 142354 do TSE. CERTO
______________________________________
ALEXANDRE CABRAL
Defensor Público Federal em Brasília/DF.
Mediador das disciplinas de Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Direito Administrativo.
DIREITO DO TRABALHO
4. Duração do Trabalho.
4. Duração do Trabalho.
A questão cobra conhecimento da Súmula 428 do C. TST. Observe o atento candidato que
até 2011 o entendimento do Superior Trabalhista era não apenas de que o fornecimento
de aparelho de comunicação não gerava o sobreaviso, mas de que mesmo o uso de tal
aparelho pela empresa para “controle” do obreiro não configuraria a hora em sobreaviso,
isso porque o trabalhador não ficaria restrito ao seu lar:
34. As férias são concedias após o período aquisitivo de 12 (doze) meses de labor,
necessariamente dentro do período concessivo de mais 12 (doze) meses, por ato e
no interesse do empregador. Todavia, caso o empregado queira converter parte
de suas férias em abono pecuniário, limitada essa parcela a 1/3 do período de
gozo, tal ato é direito potestativo do obreiro a ele não podendo se opor o
empregador.
Destarte, após o período aquisitivo (CLT, art. 130), as férias obrigatoriamente devem ser
concedidas pelo empregador (mas à conveniência dele, não do obreiro – vide art. 136 da
CLT) dentro do prazo do período concessivo do art. 134 do texto consolidado. O abono
pecuniário, popularmente conhecido como “vender as férias”, é direito potestativo do
trabalhador, incabível oposição qualquer do empregador, limitando-se a 1/3 do período
de férias, consoante art. 144 da CLT. CERTO
35. As férias concedidas fora do período concessivo devem ser pagas em dobro
pelo empregador. Mesmo se concedidas rigorosamente dentro do prazo, porém,
deverão ser pagas em dobro também no caso do empregador não cumprir o prazo
para pagamento da remuneração das férias, que é de dois dias antes do início do
período de gozo pelo trabalhador.
A remuneração de férias deve ser paga em até dois dias antes do gozo do período. É a
letra do art. 145 da CLT. Quando não concedidas dentro do período concessivo, as férias
serão pagas em dobro, como determina o art. 137 do texto consolidado. Como afirma a
assertiva comentada, ainda que concedidas no período correto, o desrespeito ao prazo
para pagamento da remuneração e do abono pecuniário (se houver) das férias gera a
mesma sanção, pagamento em dobro do período. Trata-se do texto da OJ 386 da SDI-
1/TST:
DIREITO ADMINISTRATIVO
A questão traz o conceito descrito pelo eminente professor Diogo de Figueiredo Moreira
Neto e já cobrado em certames da organizadora CESPE, mas o faz de forma invertida.
Assim, Administração Pública extroversa é a de caráter finalístico, tendo fulcro na
Supremacia do Interesse Público e normas constitucionais destinadas aos entes políticos
(é a relação Administração x Administrados). Já a Administração Pública introversa, de
caráter instrumental, refere-se à atribuição genérica, de todos os entes em igual medida,
para que possam atingir seus objetivos por meio das relações entre eles e seus órgãos ou
entes da Administração Indireta, vale dizer, é relação interna da Administração, com suas
partições. ERRADO
39. Como impõe a teoria dos motivos determinantes, a motivação dos atos
administrativos é uma garantia do princípio da legalidade sempre necessária.
Única exceção são os atos de nomeação ou exoneração para cargos em comissão,
demissíveis ad nutum, que dispensam motivação.
A Conciliação, como princípio, tem destaque ímpar no processo trabalhista. O art. 764 da
CLT lhe confere merecida profundidade e esclarece ser possível e desejável a todo
tempo. Em especial, o §3º do citado artigo afirma ser ela possível ainda que encerrado o
juízo conciliatório (noutros termos, a qualquer tempo). Merece nota, ainda, o dizer do
art. 831 do texto consolidado, ao tratar da eficácia da própria sentença:
SEÇÃO X
QUESTÕES DISSERTATIVAS
ALEXANDRE CABRAL
DIREITO/PROCESSO DO TRABALHO
Tenho por base as informações acima, responda os itens abaixo de forma objetiva,
fundamentadamente (máx. de 10 linhas por resposta):
HENDRIKUS GARCIA
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Máximo de 20 linhas
ALDO COSTA
DIREITO INTERNACIONAL
Máximo de 20 linhas
EDILSON SANTANA
DIREITO CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR
Máximo de 20 linhas
PEÇA JUDICIAL
ALEXANDRE CABRAL
DIREITO DO TRABALHO