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DIREITO
Sexologia Forense. Imputabilidade
Penal
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
NOÇÕES DE DIREITO
Sexologia Forense. Imputabilidade Penal
Dalbertom Caselato Junior
Sumário
Sexologia Forense. Imputabilidade Penal..........................................................................................................3
1. Sexologia Forense........................................................................................................................................................3
1.1. Conceitos Introdutórios.. .......................................................................................................................................3
1.2. A Himenologia.. ...........................................................................................................................................................7
1.3. Diagnóstico da Gravidez. . .................................................................................................................................. 10
1.4. Parto e Puerpério....................................................................................................................................................11
2. Imputabilidade Penal..............................................................................................................................................15
2.1. Conceito e Fundamento Material de Culpabilidade............................................................................17
2.2. A Imputabilidade Penal e sua Causa Excludente: a Inimputabilidade Penal......................17
Resumo................................................................................................................................................................................ 24
Questões de Concurso................................................................................................................................................29
Gabarito...............................................................................................................................................................................33
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................34
Referências........................................................................................................................................................................43
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EXEMPLO
Marcação de exame médico ginecológico.
Focando nas mais importantes para sua prova, no que se refere aos transtornos de sexua-
lidade, segundo a literatura médica, Hygino Hércules (2011) as subdividem em:
1) Transtornos de identidade de gênero: é a convicção íntima de que se é do gênero masculino
ou feminino.
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20) Ecouterismo: prazer obtido por meio da escuta dos sons originados nas atividades se-
xuais ou na higiene íntima de outrem;
21) Epidismo: mórbida atração incestuosa pelo filho homem sobre a própria mãe;
22) Electricismo: atração incestuosa da filha pelo pai;
23) Erotofonia: prazer em ouvir obscenidades por meio telefônico;
24) Estigmatofilia: atração por pessoas que tem cicatrizes/tatuagens;
25) Etnoinversão: predileção por parceiro de etnia diversa;
26) Froteurismo ou tribadismo: prática homossexual feminina de mútua atrição genital.
27) Necrofilia: preferência por práticas libidinosas com cadáveres;
28) Nepiofilia: é sinônimo de pedofilia;
29) Onanismo: prática compulsiva da automasturbação manual masculina. Também co-
nhecida por quiromania;
30) Retifismo: atração erótica por pés ou sapatos;
31) Riparofilia: distúrbio sexual onde o indivíduo sente prazer no ato sexual com pessoas
sujas ou sem condições de higiene básica;
32) Sodomia: satisfação sexual centrada na cópula anal com mulher;
33) Urolagnia, urofilia ou undinismo: prazer patologicamente associado ao odor da urina ou
por ver alguém urinar ou verter urina sobre seu parceiro.
Sim, nós sabemos! São muitos conceitos! Em verdade, selecionamos os conceitos mais
incidentes sobre as provas de seu concurso. Com estes termos em seu material, dificilmente
será surpreendido por termos desconhecidos colocados pelos examinadores.
Vamos lá! Ao final da aula realizaremos alguns exercícios para fixação.
Mas professor! Quais você percebeu que são os mais cobrados pelo CEBRASPE?
Bem, eu já analisei exercícios de vários destes termos, mas pude perceber que os termos:
parafilias, coprofilia e coprolalia, crematofilia, dollismo, donjuanismo, necrofilia, onanismo,
sodomia e urolagnia.
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1.2. A Himenologia
A denominada himenologia forense é uma subdivisão do estudo da sexologia forense, ainda
compreendida pela erotologia forense (estudo das perversões sexuais e crimes decorrentes) e
obstetrícia forense (aspectos médico-legais relacionados com os delitos de aborto, infanticídio
além de fenômenos relacionados ao parto, puerpério fecundação e gestação).
A himenologia, por sua vez, estuda a estrutura biofisiológica dos himens. Genival França
(2020) esclarece que o hímen é uma membrana dérmica que se encontra na entrada da vagina.
Impermeável, de abertura anelar por onde se elimina secreções e a menstruação. Possui uma
orla e o óstio (orifício). Apresenta borda fixa ligada à vagina e uma borda livre.
Hygino Hércules (2011) define o hímen como um “pequeno diafragma localizado na extre-
midade inferior da vagina, no limite anatômico dessa com a vulva”. Varia em tamanho e forma,
sendo mais frequente se apresentar de forma anelar ou em crescente; mas, em geral, tem
abertura única, o chamado óstio himenal:
É um folheto mucoso duplo, entremeado por estroma conjuntivo, contendo delicadas fibras elásti-
cas e colágenas, inervação e vascularização, em maior ou menor quantidade, o que responderá pela
variada intensidade de dor e sangramento por ocasião da rotura (HÉRCULES, 2011).
Em sua formação e anatomia, o hímen é formado por uma face vaginal (interna) e uma
face vulvar (externa). Reconhece-se, anatomicamente, a borda de inserção (que se relaciona
com as paredes vaginais), a borda livre (que delimita o óstio) e a orla (situada entre as bordas
livre e de inserção e o óstio).
Das inúmeras classificações himenológicas da literatura médica, destacam-se, para sua
prova, as seguintes:
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a) HÍMEN ANELAR: mostra óstio único, centralizado, e a orla em forma de anel, com largura
mais ou menos homogênea;
b) HIMEN SEMILUNAR ou FALCIFORME ou em CRESCENTE – tem óstio único e excêntrico,
o que faz variar acentuadamente a largura da orla em pontos distintos;
c) HIMEN DENTICULADO – caracteriza-se pela borda livre recortada em múltiplos dentícu-
los, ou lóbulos. Também denominado HIMEM LOBULADO;
d) HIMEN FIMBRIADO – deixa ver diminuta franja na borda livre. Por isso, é também conhe-
cido como FRANJADO ou RENDILHADO;
e) HIMEN HELICÓIDE – descreve a orla, uma espira, o que faz não coincidirem os extremos;
f) HIMEN CORDIFORME – lembra, o óstio, a forma de um coração estilizado, que, na reali-
dade, resulta da ocorrência de duas chanfruras simétricas, uma em cada quadrante anterior;
g) HIMEN APENDICULAR – com um minúsculo apêndice que se projeta da borda livre;
h) HIMEN LABIADO – consiste numa orla provida de dois entalhes que aparentemente a
dividem em dois lábios;
i) HIMEN SEPTADO – possui dois óstios, separados um do outro por um delgado septo,
disposto longitudinal, transversa ou obliquamente;
j) HIMEM TRIPERFURADO – exibe 3 ostios;
k) HIMEN CRIBIFORME – ostenta múltiplos e diminutos óstios à semelhança do crivo;
l) HIMEN IMPERFURADO – não possui óstio. A orla tampona por completo o meato vaginal.
Ou hímen imperfurado ou ATRÉSICO, tem pequena ocorrência. É obstáculo à eliminação das per-
das menstruais, gerando, na primeira menarca, o HEMATOCOLPO. Deve ser feita a himenotomia.
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No que se refere ao rompimento ou rotura do hímen, são classificadas como roturas parciais
(as quais não atingem a borda de inserção) e roturas totais (as quais atingem completamente
a borda de inserção). Caso haja roturas recentes, poder-se-á apresentar retalhos sangrantes
com hiperemia (aumento da quantidade e sangue circulante em um determinado local, ocasio-
nado pelo aumento do número de vasos sanguíneos funcionais), com edema, equimose, ou
exsudato fibrinoso ou fibrinopurulento caso haja infecção vaginal (HÉRCULES, 2011).
As roturas recentes irão concluir seu processo de reparação natural por meio da cica-
trização, onde as bordas de ruptura tornar-se-ão reepitelizadas e com tonalidade rósea, ini-
cialmente, e esbranquiçadas, mais tardiamente. Importante, pois no processo de reparação
do hímen não haverá a restituição integral da membrana, mas sim a cicatrização de suas
bordas cruentas (HÉRCULES, 2011).
Importante verificar, ademais, a diferença entre rotura e entalhe natural: a primeira são
decorrentes da ação traumática (ex.: conjunção carnal consentida ou não) ao passo que os
entalhes são de natureza congênita (irregularidades estruturais, por vezes, muito semelhantes
às roturas, apresentando-se como “pequenas reentrâncias na borda livre da orla, que resultam
não de trauma, mas de falhas na formatura do hímen” (HÉRCULES, 2011).
Há que se esclarecer que – diferentemente das roturas – as chanfraduras são sinais con-
gênitos localizadas na borda do hímen e não cicatrizáveis, sendo, portanto, sua ocorrência não
sugestiva de conjunção carnal. Já as carúnculas mirtiformes é uma lesão traumática devido a
passagem da cabeça fetal após o parto, cicatrizáveis em média de 10 (dez) dias.
Acerca do hímen complacente, nem sempre há o rompimento com a conjunção carnal
(hímen complacente ou tolerante), não podendo, assim, fornecer diagnósticos precisos acer-
ca da virgindade. Dentre os fatores principais que concorrem para complacência himenal,
Hércules (2011) as elenca:
• A exiguidade da orla;
• A amplitude do óstio;
• A grande elasticidade da membrana;
• Intensa lubrificação genital, natural ou artificial, dentre outros.
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De todos estes sinais acima indicados, França (2015) os subdivide em sinais de probabilidade
e sinais de certeza:
a) Sinais de probabilidade: amenorreia, sinal de Klügle, sinal de Jaquemier, sinal de Oseander,
sinal de Puzos, sinal de MacDonald; sinal de Noble; sinal de Piskacek, sinal de Reil-Hegar, sinal
de Haller, hipertrofia dos tubérculos de Montgomery, decréscimo dos mamilos, aumento da
pigmentação das aréolas, secreção e estrias ou vergões e aumento do volume uterino;
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b) Sinais de certeza: movimentos do feto, batimentos de coração fetal, sopro uterino, rechaço
uterino (Sinal de Puzos); palpação e segmentos fetais, estudo radiológico do esqueleto fetal,
ultrassonografia, ressonância magnética, ressonância nuclear magnética, laparoscopia e tes-
tes biológicos de gravidez, cloasma gravídico.
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No que se refere aos aspectos periciais do puerpério, alguns aspectos relevantes devem
ser observados:
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2. Imputabilidade Penal
Antes de adentrarmos ao estudo da imputabilidade penal, vale a pena revisitarmos alguns
conceitos doutrinários relacionados a dogmática penal, mais especificamente a teoria geral
do crime e seus elementos ou substratos com a finalidade de entendermos em qual posição
conceitual a imputabilidade penal se encontra.
Para tanto, elaboramos um mapa mental com os principais elementos/substratos que
compõem a teoria geral do crime em seu conceito analítico de crime, na visão doutrinária ma-
joritária que os divide em uma visão tripartida.
Assim, o crime se divide em três elementos:
• Fato típico: dos quais subdividem-se a conduta, resultado, nexo causal e tipicidade (sub-
dividindo-se em tipicidade formal e material);
• Ilicitude: conhecido por alguns doutrinadores como antijuridicidade, subdivide-se em
causas legais tais quais a legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento
do dever legal e exercício regular de direito; há, ademais, a causa supralegal de ilicitude
conhecida como consentimento do ofendido;
• Culpabilidade: terceiro elemento do crime, subdivide-se em: imputabilidade penal, exigibi-
lidade de conduta diversa e potencial consciência da ilicitude; há, por fim, causas suprale-
gais como o fato ou escusa de consciência, desobediência civil e conflito de interesses.
Por óbvio que nosso objetivo na presente aula não é estudar todos os elementos do crime
em seus detalhes e sim um deles: a imputabilidade penal. Para tanto, além de aplicarmos os
conhecimentos da dogmática penal, apresentaremos alguns aspectos médico-legais referentes
ao presente instituto.
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2.2.1. Menoridade
A chamada menoridade penal cessa aos 18 anos completos (artigo 228 da CF/88 e arti-
go 27 do CP). Antes desse limite temporal, o denominado menor não comete crime, mas sim
o chamado ato infracional análogo ao crime conforme as disposições legais do Estatuto da
Criança e do Adolescente (E.C.A.). Ademais, não havendo crime, não há pena, sendo aplicado
ao menor a chamada medida de segurança (12 anos incompletos) ou medida sócio-educativa
(+ 12 até 18 anos incompletos), conforme o caso legal.
Critério puramente biológico, cronológico ou etário. Assim, leva-se em conta tão somente
a idade do agente que praticou o ilícito penal. A contagem de prazo para fins de maioridade
penal está prevista no artigo 10 do CP; o prazo é contado dia após dia, não se levando em
consideração frações de dia.
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EXEMPLO
BELTRANO, com 17 anos incompletos, às 23:57min da data de seu aniversário dispara com
arma de fogo contra CICLANO, que vem à óbito. BELTRANO não pratica crime e sim ato infra-
cional análogo ao crime de Homicídio.
A lei penal dá presunção absoluta ao menor de 18 anos no que concerne a sua incapacida-
de de se autodeterminar e de entendimento no momento da prática delituosa. Para se provar
a menoridade, adota-se o entendimento da súmula 74 do STJ (qualquer documento hábil é
suficiente para provar a menoridade penal).
EXEMPLO
Carteirinha de estudante com foto; documentos públicos, certidões etc.
Para a determinação da ação perpetrada pelo doente mental ou pessoa com desenvolvi-
mento mental incompleto (ex.: silvícolas) ou retardado (ex.: surdos-mudos, autismo – a depen-
der do caso concreto, dentre outros casos) adota-se o critério biológico (CUNHA, 2022).
Além disso, analisa se ao tempo da ação ou da omissão delituosa não havia por parte do
agente capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou autodeterminar-se de acordo com
esse entendimento, caso em que se adota o critério psicológico.
Portanto, a doutrina entende que – para o doente mental – adota-se o critério biopsicológico.
Adotando-se a teoria tripartite, o doente mental – analisado sob o aspecto biopsicológico – NÃO
PRATICA CRIME – mas um injusto penal. A sentença penal ao inimputável por doença mental é a
chamada absolutória imprópria, da qual o magistrado, reconhecendo a inimputabilidade, absolve
o réu, mas lhe aplica uma medida de segurança (art. 386, §único, III, CPP).
Aquele que, por perturbação mental ou desenvolvimento incompleto ou retardado, não era
ao tempo da ação/omissão inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou deter-
minar-se de acordo com esse entendimento, terá a seu favor, por ocasião da prolação da sen-
tença penal condenatória, uma diminuição de pena de 1/3 a 2/3 (art.26, §único, CP).
Caso se revele mais adequado ao tratamento, o Juiz poderá substituir a pena minorada por
uma medida de segurança. Note que – após a reforma penal promovida pela lei 7.904/1986 –
o direito penal brasileiro abandonou o sistema binário e passou a adotar o sistema vicariante;
ou seja, não se permite mais a aplicação cumulativa de pena e medida de segurança. Ao impu-
tável, não se aplica medida de segurança.
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EXEMPLO
As drogas ilícitas, conforme portaria SVS/MS n. 344/98, as quais são comumente utilizadas para
imputação penal de crimes de tráfico e porte de drogas para consumo pessoal. (CUNHA, 2020).
Importante registrar que o direito penal brasileiro – no que concerne à embriaguez, adotou
a chamada teoria da ação livre na causa (actio libera in causa). Significa que no estado de
embriaguez não será analisado o livre arbítrio no momento da realização da conduta delituosa
(como comumente é feito).
Ao invés, é no momento da ingestão da substância que causará a embriaguez onde será
analisada se houve o livre arbítrio, analisando se houve ou não liberdade de ação no momento
da ingestão. Note que se o livre arbítrio fosse analisado no momento da realização da conduta
delituosa o crime provavelmente não existiria em razão de provável causa excludente de cul-
pabilidade (CUNHA, 2020).
Na doutrina penal, as espécies de embriaguez são assim divididas:
a.1) embriaguez pré-ordenada: O agente tem a vontade de ingerir a substância visando se
embriagar e tem a vontade de praticar o crime. Consequência: NÃO EXCLUI O CRIME, O AGEN-
TE RESPONDE INCLUSIVE COM A AGRAVANTE DO ARTIGO 61, II, “l”, CP.
a.2) embriaguez voluntária/dolosa: O agente quer ingerir a substância e se embriagar, mas
não desejava praticar o crime. Consequência: NÃO EXCLUI O CRIME, visto que sua ação foi livre
na causa, ou seja, teve o livre arbítrio no momento anterior de ingerir a substância.
a.3) embriaguez culposa: O agente quer ingerir a substância, todavia não queria se embria-
gar e não queria cometer o crime. Consequência: NÃO EXCLUI O CRIME, visto que sua ação foi
livre na causa, ou seja, teve o livre arbítrio no momento anterior de ingerir a substância.
a.4) embriaguez fortuita: É aquela proveniente de caso fortuito ou força maior. O agente,
neste caso, não queria ingerir a substância. Ex.: amigos colocam álcool no suco de outro ami-
go que nunca bebeu que se embriaga e acaba cometendo um crime.
a.4.1) embriaguez fortuita incompleta: o agente não quis ingerir a substância e ainda há
um resquício de consciência em sua conduta delituosa. Consequência: NÃO EXCLUI O CRIME,
mas poderá haver uma diminuição de pena.
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a.4.2) embriaguez fortuita completa: o agente não quis ingerir a substância e não há consciên-
cia em sua conduta delituosa. Consequência: EXCLUI O CRIME pela inexistência de culpabilidade.
a.4.3) embriaguez patológica: É o vício do álcool ou da droga. A Organização Mundial de
Saúde (OMS) considera tal embriaguez como uma doença mental. Neste raciocínio, a embria-
guez patológica poderá excluir a culpabilidade, mas não pela causa “embriaguez”, mas em
razão da inimputabilidade penal por doença mental. Para tanto, irá depender se, no momento
da ação/omissão, o agente tinha ou não capacidade de entender o caráter ilícito do fato.
Rogério Sanches (2022) nos ensina que a condição de índio não integrado não gera pre-
sunção de incapacidade penal. Assim, a regra geral é considerar sua imputabilidade penal, a
qual poderá ser afastada quando ele for doente mental, menor de 18 anos na data dos fatos ou
tomado por embriaguez acidental completa.
Todavia, a sua situação de não integração a sociedade poderá ser considerada no caso
concreto diante da ausência de potencial consciência de ilicitude ou inexigibilidade de conduta
diversa. Ao índio não integrado, pode ocorrer situações em que sua ignorância acerca de valo-
res vigentes na sociedade não indígena o impeça de ter conhecimento acerca da proibição de
alguns delitos. O professor cita casos em algumas tribos da Amazônia em que matar recém-
-nascidos, anciãos ou doentes são consideradas pelo grupo uma atitude socialmente valorada
para a manutenção do grupo (CUNHA, 2022).
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a) Dependência de drogas: tratado nos artigos 45 e 46 da Lei de Drogas (lei n.. 11.343/2006);
b) Doenças mentais: visto no tópico 2.2.2.
c) Deficiências de inteligência: conhecidos como casos de oligofrenia, são estabelecidos
como quadros onde os indivíduos apresentam um funcionamento cerebral intelectual abaixo
da média (FERREIRA, 2020). O professor Genival França (2018) nos ensina que tais indivídu-
os são acometidos de uma diminuição ou parada do desenvolvimento psíquico, geralmente
acompanhados de deficiência ou inteligência. França (2018) os divide em graus: leve (idade
média de 07 a 12 anos e QI variando de 50 a 90, considerados pela medicina-legal como débeis
mentais), moderado (idade média de 03 a 07 anos, considerados pela medicina-legal como
imbecis. O QI varia entre 25 a 50) e profundo (possuem idade mental de até 03 anos, com QI
menor que 25 e considerados idiotas).
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RESUMO
Nesta aula, estudamos os itens 5 (Sexologia forense) e 6 (imputabilidade penal) referentes
ao edital do seu concurso PCRO/2022. O aluno que já estuda Medicina Legal deve ter percebi-
do que o tema sexologia forense foi tratado nesta aula de forma incompleta.
Sim! Mas tem um motivo plausível: o edital do seu concurso dividiu itens referentes a se-
xologia forense em outros pontos do seu edital (itens 9 e 10, os quais tratam dos aspectos
médico-legais dos crimes contra a dignidade sexual e crimes de abortamento, infanticídio e
abandono de recém-nascido). O mesmo foi feito no item 6 de imputabilidade penal, separando
o tema acerca dos aspectos médico-legais das toxicomanias e embriaguez no item 8, um as-
sunto que tem ligação direta com este tema do item 6.
De qualquer forma, estes itens divididos pelo examinador (de forma estranha, confesso!)
serão tratados separadamente nas aulas subsequentes, ok? Assim, mantemos a sequência
proposta pelo seu edital, o que não irá atrapalhar seus estudos.
Feitas estas considerações, a aula iniciou os estudos da sexologia forense, a qual abrange
os aspectos relacionados com o diagnóstico de virgindade, violência sexual, gravidez, puerpé-
rio, aborto e problemas médico-legais relativos ao casamento.
Temas importantes referentes a esta matéria e que podem cair em sua prova referem-se as
espécies de disfunções sexuais e aos transtornos de sexualidade, assim elencados:
Disfunções sexuais: transtorno de desejo sexual hipoativo, de aversão sexual, de excitação
sexual, dispareunia (dor genital durante o intercurso sexual), vaginismo.
Transtornos de sexualidade: de identidade de gênero, orgástico, de ejaculação precoce,
andromimetofilia, parafilias, anfissexualismo, asfixiologia, auto-agonitofilia, auto-erotismo,
bondagismo, clismafilia, coprofilia, coprolalia, crematofilia, cronoinversão, dentrofilia, dollis-
mo, donjuanismo, ecdiseísmo, ecouterismo, epidismo, electricismo, erotofonia, estigmatofilia,
etnoinversão, frotteurismo, necrofilia, nepiofilia, onanismo, retifismo, riparofilia, sodomia, uro-
lagnia, dentre outros não elencados na presente aula.
Há uma infinidade de termos, sendo nosso objetivo aqui trazer os mais incidentes em prova
de concurso. Os itens em negrito são aqueles de maior incidência nas bancas do CEBRASPE.
Prosseguindo, tecemos alguns ensinamentos a respeito da himenologia, a qual é uma sub-
divisão do estudo da sexologia forense, ainda compreendida pela erotologia forense (estudo
das perversões sexuais e crimes decorrentes) e obstetrícia forense (aspectos médico-legais
relacionados com os delitos de aborto, infanticídio além de fenômenos relacionados ao parto,
puerpério fecundação e gestação).
A himenologia, por sua vez, estuda a estrutura biofisiológica dos himens. Genival França
(2020) esclarece que o hímen é uma membrana dérmica que se encontra na entrada da vagina.
Impermeável, de abertura anelar por onde se elimina secreções e a menstruação. Possui uma
orla e o óstio (orifício). Apresenta borda fixa ligada à vagina e uma borda livre.
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Em sua formação e anatomia, o hímen é formado por uma face vaginal (interna) e uma
face vulvar (externa). Reconhece-se, anatomicamente, a borda de inserção (que se relaciona
com as paredes vaginais), a borda livre (que delimita o óstio) e a orla (situada entre as bordas
livre e de inserção e o óstio).
Existem várias classificações himenológicas na literatura médica, destacando-se as mais
importantes conforme figura abaixo:
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No que concerne ao parto e puerpério, Genival França (2015) define parto como o “conjunto
de fenômenos fisiológicos e mecânicos cuja finalidade é a expulsão do feto viável e dos ane-
xos. Dá-se seu começo, para os obstetras, com as contrações uterinas rítmicas”. O autor enten-
de que, desde a ruptura da bolsa, inicia-se o parto o qual se concretiza com o deslocamento e
a expulsão da placenta e do feto.
A classificação do parto obedece a dois tipos: parto recente na mulher viva e na mu-
lher morta e parto antigo na mulher viva e na mulher morta. Importante revisitarmos o
mapa mental referente aos sinais encontrados no corpo feminino ou cadáver indicativos
do momento do parto.
Da mesma forma, mapa mental apresentado em aula dividiu o puerpério em recente (logo
após o parto até 7 dias), tardio (duração aproximada de 40 dias) e antigo (duração de 03 a 06
meses, sendo mais raro).
No que se refere aos aspectos periciais do puerpério, tema mais afeto aos cargos de dati-
loscopista policial e técnico em necropsia, alguns aspectos relevantes devem ser observados:
1) Perícia no pós-parto imediato (1 a 10 dias): O fundo uterino acha-se um pouco acima
da cicatriz umbilical e cuja medição do rebordo do púbis ao fundo do útero é de 12 cm. As
cólicas são mais comuns nas multíparas. O colo uterino mostra-se flácido e suas bordas dis-
tensíveis. Após 3 dias, a cérvice está reconstituída, embora permeável a um dedo. Os lóquios
são vermelhos de 2 a 3 dias (lochia rubra). Mais pálidos em torno dos 5 dias (lochia serosa). E
branco-amarelados por volta dos 7 dias (lochia alba).
2) No pós-parto tardio (10 a 45 dias): Nesse período, o útero ainda está regredindo no seu
tamanho, embora mais lentamente que na fase anterior. É também nesse período em que se
verifica grande influência da lactação no processo fisiológico. A caduca já está praticamente
desagregada e a cavidade uterina reepitelizada, isso em torno de 15 dias pós-parto. O corrimento
loquial vai passando de serossanguinolento para seroso (lochia serosa ou lochia flava). O colo se
apresenta em forma de fundo transverso e o útero nesta fase encontra-se no interior da pélvis.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/CEBRASPE/PC-MA/POLÍCIA CIVIL DO MARANHÃO/MÉDICO LEGISTA) De
acordo com a sexologia forense, o onanismo é:
a) um impulso obsessivo à excitação dos próprios órgãos genitais, comum na puberdade.
b) um transtorno da sexualidade caracterizado por uma predileção sexual primária por crian-
ças ou menores pré-púberes.
c) um transtorno da sexualidade sob o qual o indivíduo obtém prazer ao manipular os órgãos
sexuais de outro indivíduo.
d) a obtenção do prazer pela observação da cópula de outros indivíduos.
e) a predileção por ato sexual com mulheres em gestação.
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011. (FGV/PC-RJ/PERITO LEGISTA/2021) Ainda hoje, apesar das enormes mudanças com-
portamentais e do aumento da tolerância com as diferenças, os transtornos da sexualidade
podem gerar consequências penais e civis na vida do indivíduo que os apresenta.
O curioso transtorno que se caracteriza pelo desejo da prática sexual com um parceiro sujo,
mal asseado, com má higiene, é denominado:
a) dolismo;
b) riparofilia;
c) mixoscopia;
d) frotteurismo;
e) masoquismo.
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II – Epidismo é a tendência ao incesto, isto é, o impulso do ato sexual com parentes próximos.
III – Mixoscopia caracteriza-se pelo prazer sexual despertado em certos indivíduos em presen-
ciar o coito de terceiros.
Assinale a alternativa correta.
a) Todas as afirmativas estão corretas
b) Estão corretas apenas as afirmativas I e II
c) Estão corretas apenas as afirmativas II e III
d) Está correta apenas a afirmativa II
e) Está correta apenas a afirmativa III
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GABARITO
1. a
2. c
3. a
4. a
5. d
6. b
7. E
8. C
9. C
10. c
11. b
12. c
13. c
14. c
15. d
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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/CEBRASPE/PC-MA/POLÍCIA CIVIL DO MARANHÃO/MÉDICO LEGISTA) De
acordo com a sexologia forense, o onanismo é:
a) um impulso obsessivo à excitação dos próprios órgãos genitais, comum na puberdade.
b) um transtorno da sexualidade caracterizado por uma predileção sexual primária por crian-
ças ou menores pré-púberes.
c) um transtorno da sexualidade sob o qual o indivíduo obtém prazer ao manipular os órgãos
sexuais de outro indivíduo.
d) a obtenção do prazer pela observação da cópula de outros indivíduos.
e) a predileção por ato sexual com mulheres em gestação.
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a) Certa. Traz o que chamamos de crime impossível por impropriedade absoluta do objeto, pre-
visto no artigo 17 do Código Penal, haja vista a visível ausência de materialidade para o crime
de aborto não haver vida intrauterina na vítima para o abortamento.
b) Errada. A alternativa esvazia as diversas formas de ocorrência de gravidez, por exemplo, a
prática da reprodução assistida por inseminação artificial.
c) Errada. O crime de aborto inadmite forma culposa.
d) Errada. Vai de encontro aos chamados fenômenos anômalos da gravidez, tais como casos
de superfecundação (onde no mesmo ciclo menstrual, dois ou mais óvulos – inclusive de pais
diferentes – podem ser fecundados); superfetação (fecundação de dois ou mais óvulos em
ciclos menstruais diferentes); gravidez ectópica (quando o embrião se aloja em localização
diversa da habitual); parto serôdio (que ocorre em data posterior à prevista); gravidez molar
(conhecido na literatura médica como patologia mola hidatiforme, caracterizado por um dis-
túrbio no processo de fertilização do óvulo, de modo que a placenta passa a ser gerada de
forma anormal, causando o falecimento fetal) e placenta embrionária (conhecida por gravidez
do ovo cego, é uma gestação rara onde se apresenta apenas o saco gestacional não havendo
desenvolvimento do embrião).
e) Errada. Segundo Genival França, o teste do hCG (hormônio gonadotrofina coriônica humana)
é um teste de resultado rápido que tem como finalidade detectar qualitativamente o hormônio
gonadotrofina coriônica humana (hCG) em amostras de soro ou urina. Este hormônio é secre-
tado durante a gravidez pela placenta. Não necessariamente um resultado positivo caracteriza
gravidez, pois poderá haver “falsos negativos” decorrentes do exame. Alguns tumores são pro-
dutores de gonadotrofina coriônica humana, como na doença trofoblástica gestacional, que
engloba as seguintes patologias:
• Mola hidatiforme (parcial ou completa).
• Mola invasiva.
• Coriocarcinoma.
• Tumor trofoblástico de sítio placentário.
Letra a.
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Genival França (2015) a bossa serossanguinolenta é uma saliência violácea no couro cabelu-
do, decorrente da alta pressão uterina e que some de 24-36 horas após o parto. Ela não está
presente em todo recém-nascido. Não quer dizer que sua presença caracterize infanticídio,
mas a ausência, PODE representar que se passaram mais de 24 horas do parto.
b) Errada. Traz uma imprecisão acerca do fim do período puerperal, visto que é variável. Vai do
desprendimento da placenta até a volta do organismo materno às suas condições anteriores
ao processo gestacional. Dura, em média, 6 a 8 semanas. Já a Loquiação é o sangramento que
vem depois do parto (FRANÇA, 2015).
d) Errada. Basta lembra dos sinais de possível gravidez decorrente de cloasma gravídico ou
estrias e pigmentação da linha alba.
e) Errada. A alternativa “e” encontra-se errada pelos mesmos comentários da alternativa “b”.
Letra a.
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Vamos revisar, com a ajuda do nosso material em PDF, os distúrbios ou transtornos de sexua-
lidade ora relacionados pelo examinador:
• Coprolalia: é o prazer sexual obtido por meio do proferimento de palavras vulgares ou
obscenas;
• Frotteurismo: também conhecido por tribadismo, é a prática homossexual feminina de
mútua atrição genital;
• Dolismo ou Dollismo: basta lembrarmos das bonecas Dolly: é o prazer sexual por bonecas;
• Hipoxifilia: também conhecida por asfixiologia, é a excitação e satisfação erótica asso-
ciada à prática da auto-asfixia.
• Clismafilia: é uma parafilia onde a excitação é causada por enemas (aplicação de um
tudo com líquidos na região do reto).
Letra d.
A riparofilia está comumente ligada ao ato de prazer sexual onde a libido do indivíduo se des-
perta diante de pessoas que não se apresentam em condições normais de higiene básica.
EXEMPLO
Sujos, suados, ato sexual durante a menstruação, ato sexual com pessoas de baixa vulnerabi-
lidade social que não dispõe de higiene básica, por exemplo, moradores de rua etc.
Letra b.
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O perito criminal, em verdade, deverá constar no laudo pericial a conclusão de que o periciado
era, ao tempo da ação ou omissão, plenamente capaz de entender o caráter ilícito do fato e de
determinar-se de acordo com esse entendimento, de acordo com o que prevê o artigo 26 do
Código Penal.
Errado.
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011. (FGV/PC-RJ/PERITO LEGISTA/2021) Ainda hoje, apesar das enormes mudanças com-
portamentais e do aumento da tolerância com as diferenças, os transtornos da sexualidade
podem gerar consequências penais e civis na vida do indivíduo que os apresenta.
O curioso transtorno que se caracteriza pelo desejo da prática sexual com um parceiro sujo,
mal asseado, com má higiene, é denominado:
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a) dolismo;
b) riparofilia;
c) mixoscopia;
d) frotteurismo;
e) masoquismo.
Mais uma vez! Vamos conceituando, resumidamente, um a um? A pederastia e o uranismo são
comumente sinônimos ligados a homossexualidade masculina. Alguns conceituam com a có-
pula anal entre homens; outros, ligam o transtorno sexual na atração por homens mais jovens.
O sadismo é o transtorno sexual onde o indivíduo sente prazer com sofrimento do parceiro. O
masoquismo, por sua vez, é a obtenção de prazer diante do auto sofrimento ou auto humilha-
ção em que o indivíduo se submete.
Letra c.
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Porque a afirmativa I está incorreta? O transtorno sexual conhecido por auto-erotismo ou psi-
colagnia, também conhecido por coito psíquico de Hammond, é o prazer erótico sem a partici-
pação física de um terceiro. O item “I”, em verdade, nos homens, é conhecido como onanismo
ou quiromania. Nas mulheres, a masturbação em excesso é característica ligada ao distúrbio
psicológico ninfomaníaco.
Letra c.
Nesta questão o examinador realiza “trocadilhos” com a regra prevista no artigo 26 do Có-
digo Penal.
a) Errada. O agente maior de idade que possua doença mental não pode ser considerado inim-
putável ao menos que, ao tempo da ação ou omissão delitiva, seja inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato.
b) Errada. O agente era “inteiramente capaz”.
d) Errada. O termo “não era inteiramente incapaz” leva questão para os casos de semi-imputá-
veis ou fronteiriços, os quais fazem jus a uma redução de pena.
e) Errada. A menoridade penal se presume quando a exclusão de culpabilidade.
Letra c.
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a) Errada. Os surdos e mudos merecem especial atenção da lei civil (artigo 4º, III, CC/02), mas
isso não significa que são penalmente inimputáveis, devendo-se se submeter as regras gerais
do artigo 26 do CP.
b) Errada. Os cleptomaníacos atestados em exame pericial ou laudos psiquiátricos são consi-
derados semi-imputáveis, recebendo regramento do artigo 26, §único do CP, reduzindo-se sua
pena de 1/3 a 2/3.
c) Errada. Os esquizofrênicos, quando autores de crime, na fase sintomática paranoide, são
inimputáveis, sujeitos a medidas de segurança pela sua alta periculosidade. Nos demais ca-
sos, deve-se atentar para as regras do artigo 26, CP.
d) Certa. Traz regra insculpida no artigo 28, I c/c artigo 65, III, “c”, 2ª parte do CP.
e) Errada. Contraria a regra prevista no artigo 27 do CP e confunde os atos infracionais pra-
ticados por adolescentes, sujeitos ao regramento do E.C.A. e suas medidas socioeducativas
dando a estas conceitos equivocados de inimputabilidade parcial.
Letra d.
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REFERÊNCIAS
BLANCO, Roberto. Site: estudo com Roberto Blanco. Disponível em: https://estudocomro-
bertoblanco.com/. Acesso em: 01 jun. 2022 a 01 ago. 2022.
CROCE, Delton; CROCE JÚNIOR, Delton. Manual de Medicina Legal. 8ª edição: Ed. Sa-
raiva, 2012.
FRANÇA, Genival Veloso. Medicina Legal. 10ª edição, ed. Gen., 2015.
FRANKLIN, Reginaldo. Perguntas e respostas comentadas de Medicina Legal. 2ªed:
Rubio, 2014.
FERREIRA, Wilson Luiz Palermo. Medicina Legal. Coleção sinopses para concursos, Ed.
Juspodvm, 2020.
GALVÃO, Malthus Fonseca. Site de apoio ao processo de ensino aprendizagem do LOAF-
MEL. Faculdade de Medicina, Universidade de Brasília (UnB), 2020. Disponível em: www.mal-
thus.com.br. Acesso em: 27 set. a 05 nov. 2021.
HERCULES, Hygino de Carvalho. Medicina Legal – texto e atlas. Ed. Atheneu, 2011.
CUNHA, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal. Parte Especial. Volume único. 15ªed.
Ed. Juspodvm, 2022.
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