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CENTRO UNVERSITARIO PADRE ALBINO – UNIFIPA

FERNANDA CARAVALHO, ISADORA FERNANDES, RAFAEL


MOURA, VITOR MARTINS

AVALIAÇÃO BIMESTRAL
MEDICINA FORENSE / PSICOLOGIA JURÍDICA

CATANDUVA
2023
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................................2

1. SEXOLOGIA FORENSE.........................................................................................................3

2. EROTOLOGIA FORENSE – ESTUDO DOS CRIMES E DESVIOS SEXUAIS...................3

2.1. ESTUPRO, VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE E ESTUPRO DE


VULNERÁVEL...............................................................................................................................3

3. HIMENOLOGIA......................................................................................................................5

3.1. DIRETRIZES DIAGNÓSTICAS:.........................................................................................5

4. OBSTETRÍCIA FORENSE......................................................................................................6

5. CRIMINOLOGIA E VITIMOLOGIA......................................................................................8

5.1. CRIMINOLOGIA.................................................................................................................8

5.1.2. OBJETO DE ESTUDOS........................................................................................................8

5.1.3. MÉTODO...............................................................................................................................9

5.1.4. OBJETIVOS/FINALIDADES...............................................................................................9

5.1.5. HISTÓRICO......................................................................................................................9

5.2. VITIMOLOGIA....................................................................................................................9

5.2.1. OBJETIVO/FINALIDADES.............................................................................................9

5.2.2. HISTÓRICO....................................................................................................................10

6. TIPOLOGIAS E CLASSIFICAÇÕES....................................................................................10

6.1. TIPOLOGIA DE MENDELSOHN.........................................................................................10

6.2. VITIMIZAÇÃO PRIMÁRIA..............................................................................................10

6.3. VITIMIZAÇÃO SECUNDÁRIA (SOBREVITIMIZAÇÃO).............................................11

6.4. VITIMIZAÇÃO TERCIÁRIA............................................................................................11

CONCLUSÃO................................................................................................................................12
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Introdução
Este trabalho aborda a Sexologia Forense, uma parte da Psicologia Jurídica e Medicina
Legal, que investiga questões médico-legais relacionadas ao comportamento sexual, abrangendo
as perspectivas física e psíquica. O estudo é dividido em Erotologia Forense, Himenologia e
Obstetrícia Forense.
Erotologia Forense, centrada nos crimes e desvios sexuais, analisa casos como estupro,
violação sexual mediante fraude, assédio sexual, estupro de vulnerável, corrupção de menores, e
satisfação de lascívia na presença de crianças ou adolescentes. Detalhes sobre estupro, violação
sexual mediante fraude e estupro de vulnerável são fornecidos, incluindo definições legais e
diferenças entre conjunção carnal e ato libidinoso.
Himenologia explora o hímen, apresentando tipos e métodos de investigação, enquanto o
estudo das parafilias e transtornos sexuais é abordado sob diretrizes diagnósticas como a
Classificação Internacional de Doenças (CID) e o Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos
Mentais (DSM).
A seção de Obstetrícia Forense investiga aspectos médico-legais relacionados à
fecundação, gestação, puerpério, aborto e infanticídio, fornecendo informações sobre a
fecundação, tipos de gestação, diagnóstico, parto, puerpério e crimes associados.
O trabalho conclui com uma explanação sobre Criminologia e Vitimologia. A
Criminologia é abordada como uma ciência interdisciplinar que estuda o crime, criminosos,
vítimas e mecanismos de controle social. Já a Vitimologia se concentra no estudo das vítimas,
visando analisar a personalidade das vítimas, identificar propensões à vitimização, compreender
elementos psíquicos envolvidos e atribuir um papel protagonista à vítima.
Além disso, são apresentadas tipologias e classificações, incluindo a tipologia de
Mendelsohn, que categoriza vítimas em diferentes graus de culpabilidade, e a distinção entre
vitimização primária, secundária e terciária. São discutidas algumas síndromes, como a Síndrome
de Estocolmo e outras relacionadas a casos específicos.
3

1. Sexologia Forense
Sexologia Forense
Parte da Psicologia Jurídica e da Medicina Legal que estuda os problemas médico-legais
relacionados ao comportamento sexual (das perspectivas física e psíquica).
Divisão possível de estudos:
 Erotologia Forense
 Himenologia
 Obstetrícia Forense

2. Erotologia Forense – Estudo dos Crimes e Desvios Sexuais


 Perigo de contágio venéreo (Art. 130)1
 Estupro (Art. 213)2
 Violação sexual mediante fraude (Art. 215)3
 Assédio sexual (Art. 216-A)4
 Estupro de vulnerável (Art. 217-A) (pedofilia, por exemplo)5
 Corrupção de menores (Art. 218)6
 Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente (Art. 218-A) 7

2.1. Estupro, violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável


Estupro
 Conjunção Carnal

1
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea,
de que sabe ou deve saber que está contaminado
§ 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia
§ 2º - Somente se procede mediante representação.
2
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir
que com ele se pratique outro ato libidinoso
3
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que
impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima.
4
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o
agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função
5
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos
§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou
deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não
pode oferecer resistência.
6
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem
7
Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção
carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem
4

 Ato Libidinoso
Código Penal – Parte Especial, Título VI, Capítulo I - Dos Crimes Contra a Liberdade
Sexual
Desde 1994 (Lei nº 8930)8, é crime hediondo.
Lei nº 12.015/20099
Estupro, violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável (Conjunção Carnal)
Por definição, é a cópula vaginal (introdução do pênis na vagina, parcial ou inteiramente).
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.

Violência:
 efetiva: mediante força física ou psíquica
 presumida: contra mulheres menores de 14 anos
 moral: grave ameaça
Estupro, violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável (Ato Libidinoso),
diverso da conjunção carnal, todo e qualquer ato sexual obsceno e lesivo:
 cópula femoral
 cópula bucal (felação/cunilíngua)
 cópula anal
 heteromasturbação
 toques
 apalpadelas

8
Art. 1o O art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados:
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só
agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V);
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine);
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o);
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);
V - estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único);
VI - atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único);
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).
9
Essa Lei, altera o Título VI da Parte Especial do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, e
o art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, que dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do inciso XLIII
do art. 5o da Constituição Federal e revoga a Lei no 2.252, de 1o de julho de 1954, que trata de corrupção de
menores.
5

3. Himenologia
Hímen (definição): membrana mucosa que separa a vulva do canal vaginal. Apresenta
borda de inserção na parede vaginal e borda livre (óstio ou abertura).
 Tipos de hímen (entalhes congênitos)
 Tipos de ruptura (entalhes por ruptura)
 Métodos de investigação (Freire e Lacassagne)
Inadequações, transtornos, desvios e perversões sexuais (parafilias), o problema de se
definir o que é a sexualidade normal.

3.1. Diretrizes diagnósticas:


 Classificação Internacional de Doenças (CID) [CID-11]
 Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) [DSM-V]
 Inadequações, transtornos, Desvios e perversões sexuais (parafilias)
Definição de Parafilia: o termo geralmente diz respeito a fantasias, impulsos ou
comportamentos sexuais intensos e recorrentes em resposta a objetos e situações incomuns.
Classificação das alterações conforme dois critérios possíveis:
Quantitativos (anafrodisia, frigidez, satiríase e ninfomania)
Qualitativos (transtornos de exibicionismo, voyeurismo, travestismo, fetichismo,
sadismo, masoquismo, transexualidade, frotteurismo, erotomania, onanismo, pedofilia,
gerontofilia, zoofilia, necrofilia, riparofilia etc.)
Inadequações, transtornos, Desvios e perversões sexuais (parafilias)
Outra classificação possível:
 Transtornos do desejo (coitofobia, desejo sexual hiperativo, desejo sexual
hipoativo)
 Transtornos da excitação (disfunção erétil, secura vaginal, dispareunia,
vaginismo, anedonia sexual)
 Transtornos do orgasmo (anorgasmia, ejaculação precoce)
 Transtornos de resolução (priapismo e outros)
 Inadequações, transtornos, Desvios e perversões sexuais (parafilias)
 Outras classificações:
 Transtornos de Identidade Sexual (transexualismo)
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 Transtornos de Preferência Sexual (assexualismo, bissexualismo,


homossexualismo, pansexualismo)
Hoje (DSM-5), não se utiliza mais a noção de transtorno de identidade sexual, mas sim de
disforia de gênero.

4. Obstetrícia Forense
Estudo dos aspectos médico-legais relacionados à fecundação, gestação, puerpério, além
dos crimes de aborto e infanticídio.
 Obstetrícia Forense (Fecundação)
Fecundação: união do óvulo (macrogameta) com o espermatozoide (microgameta),
formando a célula-ovo ou zigoto.
Pode ser consequência de:
 conjunção carnal
 ato libidinoso
 fecundação artificial
 inseminação artificial (homóloga/heteróloga)
 Obstetrícia Forense (gestação/gravidez)
Gestação/Gravidez: período após a fecundação em que o embrião se desenvolve até o
momento do parto.
Tipos: normal, gemelar univitelina, gemelar multivitelina, ectópica, superfecundação,
pseudociese, gravidez molar.
Diagnóstico:
 Sinais de presunção
 Sinais de probabilidade
 Sinais de certeza
 Obstetrícia Forense (parto e puerpério)
Parto: processo fisiológico pelo qual o produto da concepção é eliminado do útero, tendo
início com as contrações uterinas regulares e terminando com a saída da placenta (de modo
normal ou por cesariana).
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Puerpério: período variável em que o organismo materno, do parto à primeira


menstruação, volta ao estado anterior à gravidez. (Não deve ser confundido com o estado
puerperal relacionado ao infanticídio)
 Obstetrícia Forense (crimes)
Abortamento
Infanticídio
Obstetrícia Forense (Abortamento)
Perspectiva jurídica: interrupção da gravidez em qualquer fase da gestação, com morte
do concepto e consequente expulsão ou retenção. (Artigos de nº 124 a 128 do CP).
Perspectiva obstétrica: interrupção do feto ainda não viável (20 semanas), com até 500g
e 16,5cm (altura calcâneo-occipital).
(Aborto: produto que saí do ventre da mulher.)
Obstetrícia Forense (Abortamento)
Classificação:
Espontâneo ou acidental
Provocado
Não puníveis: necessário (terapêutico) ou sentimental, piedoso ou humanitário
Puníveis: procurado, sofrido e consentido
 Obstetrícia Forense (Infanticídio)
Infanticídio: morte do recém-nascido causada pela própria mãe, durante ou logo após o
parto, sob influência do estado puerperal.
Elementos para a configuração de crime:
a) Própria mãe
b) Durante ou logo após o parto
c) Influência do estado puerperal
d) Recém-nascido com vida extrauterina
e) Obstetrícia Forense (Infanticídio)
Estado puerperal: quadro (passageiro) de obnubilação e confusão mental, que segue o
desprendimento fetal e só ocorre em parturiente que recebe assistência ou conforto durante o
trabalho de parto. Os fatores são físicos, químicos e psicológicos.
Obstetrícia Forense (Infanticídio)
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Recém-nascido vivo: infante apenas nascido, que respirou, porém não recebeu nenhum
tipo de assistência/cuidado especial.
Vida extrauterina: critério fundamental é o da respiração autônoma (diagnóstico por
“docimasias” – tipos de provas baseados na respiração e seus efeitos).
 Verificação de vínculo genético:
Averiguar maternidade e paternidade em casos de trocas de recém-nascidos em
berçários/maternidades
Maternidade ilegítima e adultério
Excluir paternidade ou maternidade em casos litigiosos
 Casamento:
Impedimentos
Invalidação
Crimes contra o casamento
5. Criminologia e Vitimologia
5.1. Criminologia
A criminologia é uma ciência interdisciplinar que tem por objetivo compreender o
fenômeno do crime, os próprios criminosos, a vítima e os mecanismos de controle social do
crime. Envolve, portanto, o estudo da origem, das causas e da natureza dos crimes, assim
como da sua prevenção, das suas consequências e do funcionamento dos mecanismos de seu
controle.

5.1.2. Objeto de Estudos


Crime
Fenômeno de incidência massiva, aflitiva, persistente no espaço/tempo, de inequívoco
consenso social
Criminoso
Estudo direto do próprio criminoso (paradigma etiológico: busca das causas)
Vítima
Estudo direto das condições da vítima
Controle social
Meios de intervenção da sociedade/dos grupos sociais para controle do crime/criminoso
Meios: Formal e Informal
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5.1.3. Método
Empírico
Experiência e observação direta dos fenômenos
Indutivo
A partir de dados/casos particulares, pensa-se de modo geral acerca dos fenômenos
(particular → geral)
Método Biológico, Psicológico e Sociológico
Conjunto de procedimentos de análise e interpretação dos dados
Interdisciplinar
Faz uso de informações e do conhecimento de várias áreas do saber

5.1.4. Objetivos/Finalidades
 Estudo e compreensão das causas (diagnóstico)
 Prevenção
 Intervenção
 Informar a sociedade e os poderes públicos

5.1.5. Histórico
Início no século XVIII (Iluminismo): fase precursora
Escola clássica (Direito Penal): penas justas
Século XIX: Positivismo (Criminologia como ciência autônoma – observação do crime e
do criminoso)
Século XX: escolas sociológicas (controle social)
A partir do fim da II Guerra: preocupação com a vítima

5.2. Vitimologia
É o estudo das vítimas.
É um campo de saber que começa a ganhar importância sobretudo a partir do fim da II
Guerra Mundial, em 1947, com a conferência de Benjamin Mendelsohn.
Pode ser vista como ciência autônoma ou apenas um ramo da própria criminologia.

5.2.1. Objetivo/Finalidades
Análise da personalidade das vítimas
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Identificação dos indivíduos mais propensos a se tornarem vítimas


Estudo e compreensão dos elementos psíquicos envolvidos na dupla penal (interação
vítima-vitimizador) [receptividade da vítima]
Conceber maior papel protagonista à vítima (que não é apenas testemunha)
Reaproximação dos protagonistas do drama penal

5.2.2. Histórico
Primórdios da civilização até o fim da Idade Média: autotutela
Processo penal inquisitivo (século XII): acusação e julgamento
Século XVIII: revalorização do poder da vítima
Fim da II Guerra (1945): vitimologia (termo usado por Benjamin Mendelsohn em 1947)
ONU (1985): Declaração dos Princípios Básicos de Justiça
(Hans Gross [1901], Hans von Hentig [1948])

6. Tipologias e Classificações
Tipologia de Mendelsohn
Vitimização Primária
Vitimização Secundária
Vitimização Terciária
6.1. Tipologia de Mendelsohn
Vítima completamente inocente (vítima ideal – bala perdida, terrorismo, infanticídio etc.)
Vítima menos culpada do que o delinquente (vítima por ignorância – que facilita/instiga a
ação do criminoso) [semelhança com a teoria da periculosidade/perigosidade vitimal – artigo
59 CP].
Vítima tão culpada como o delinquente (vítima de estelionato, rixas etc.).
Vítima mais culpada do que o delinquente (traição, etc.).
Vítima como única culpada (culpa exclusiva da vítima/vítima criminosa [provocadora,
simuladora ou imaginária] – suicídio etc.).
6.2. Vitimização Primária
Decorrente diretamente de um delito que viola os direitos da vítima, causando danos
patrimoniais, físicos, psíquicos etc.
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6.3. Vitimização Secundária (Sobrevitimização)


Decorrente do sistema criminal de justiça (sofrimento pelo constrangimento das
investigações).
6.4. Vitimização Terciária
Decorrente da omissão do Estado e da sociedade que não amparam as vítimas (em alguns
casos, chegando-se a desestimular a vítima a não denunciar).
Algumas Síndromes:
 Síndrome de Estocolmo
 Síndrome de Lima
 Síndrome da Mulher de Potifar
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Conclusão
Em suma, a Sexologia Forense, subdividida em Erotologia Forense, Himenologia e
Obstetrícia Forense, desempenha um papel crucial na interface entre a Medicina Legal e a
Psicologia Jurídica, explorando os aspectos médico-legais relacionados ao comportamento
sexual. A análise de crimes sexuais, como estupro e assédio, exige uma compreensão profunda
das nuances legais e médicas envolvidas.
A Himenologia destaca a importância da investigação forense em questões relacionadas
ao hímen, enquanto a abordagem das parafilias ressalta a complexidade na definição da
normalidade sexual, utilizando diretrizes diagnósticas como CID-11 e DSM-V. Além disso, a
classificação de transtornos sexuais fornece uma visão abrangente das variações e desvios
possíveis.
A Obstetrícia Forense, ao explorar questões desde a fecundação até crimes como aborto e
infanticídio, destaca a necessidade de abordagens médico-legais específicas. A compreensão dos
diferentes tipos de gestação e parto, juntamente com a classificação do abortamento, é crucial
para a análise forense nesse domínio.
No âmbito da Criminologia e Vitimologia, a criminologia emerge como uma disciplina
interdisciplinar, investigando as causas e natureza dos crimes, enquanto a vitimologia concentra-
se no estudo das vítimas. As tipologias de Mendelsohn destacam a variedade de situações em que
as vítimas podem se encontrar, desde a inocência completa até a culpa exclusiva.
A análise das vitimizações primária, secundária e terciária destaca a importância não
apenas de abordar os crimes em si, mas também de considerar o impacto do sistema legal e da
sociedade nas vítimas. Síndromes como a de Estocolmo e a de Lima evidenciam os desafios
adicionais enfrentados pelas vítimas ao longo do processo.
Em última análise, a integração dessas disciplinas é essencial para uma abordagem
holística na compreensão, prevenção e intervenção nos casos relacionados à Sexologia Forense,
fornecendo assim uma base sólida para a aplicação eficaz da justiça e cuidado às vítimas.

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