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Alunos: Isabela, Evellyn e Gabriel.

TRABALHO DE CRIMES EM ESPÉCIES

ESTUPRO

O crime de estupro é considerado um crime hediondo, pela Lei nº 8.072


de 1990, e previsto no Título VI do Código Penal Brasileiro, que trata sobre
os crimes contra a dignidade sexual, em seu capítulo I, contra a liberdade
sexual, determinado pelo artigo 213.

Ele atinge a liberdade de escolha de querer ou não praticar a conjunção


carnal ou outro ato libidinoso (e com qual indivíduo), forçando a pessoa,
mediante violência ou grave ameaça, a praticar tais atos.

Em um primeiro momento, onde cita-se a conjunção carnal, o legislador


refere-se ao ato de penetração pênis-vagina, e em um segundo momento
onde cita outro ato libidinoso engloba-se várias outras possibilidades,
incluindo toda ação atentatória contra o pudor, praticada com o propósito
lascivo e que se incline aos prazeres do sexo.

A consumação da primeira parte ocorre quando a penetração (pênis-


vagina) ocorre, forçosamente, mediante violência ou grave ameaça. A
tentativa é possível, desde que também sobre violência ou grave ameaça,
um indivíduo tenta forçar tais atos, porém não consegue concretizá-los.

O Sujeito Ativo deve ser qualquer pessoa física maior de idade e capaz,
e o Sujeito Passivo pode ser qualquer pessoa.

Para provar o crime de estupro é necessário não somente constatar o ato


sexual, através de exame de corpo de delito, mas sim provar também a
existência da violência ou grave ameaça no devido caso.

Nos casos de crimes clandestinos, de acordo com o julgado do STJ (REsp


1.705.093/SP), a palavra da vítima tem especial relevância nos casos
Alunos: Isabela, Evellyn e Gabriel.

onde não há possibilidade de produção de provas como no caso de


exame de corpo de delito, por exemplo, juntamente com outros
elementos.

O artigo referente ao crime possui dois parágrafos qualificadores. No


primeiro, se trata sobre o crime ainda resultar em lesão corporal de
natureza grave ou se a vítima for menor de 18 anos e maior que 14,
aumentando a pena do crime simples que seria de 6 a 10 anos, para 8 a
14 anos de reclusão. No segundo parágrafo, o artigo trata sobre quando
o crime resulta em morte, aumentando a pena para 12 a 30 anos. Ambos
os casos em que o crime se torna preterdoloso, onde há dolo na primeira
parte e culpa no resultado da segunda.

Trata-se de um crime comum (que pode ser praticado por qualquer


pessoa), plurissubsistente (admite-se a tentativa), material (consuma-se
com a produção do resultado da conjunção carnal ou outro ato libidinoso),
de dano (consuma-se com a lesão ao bem jurídico protegido, a liberdade
sexual da vítima), instantâneo (quando consumado é encerrado), doloso
(não admite modalidade culposa), transeunte (quando praticado e deixa
vestígios) e não transeunte (quando praticado de forma que não deixa
vestígios).

Os artigos 226 e 234-A, também do Código Penal, codificam causas de


aumento da pena quando:

1) O crime é cometido em concurso de duas ou mais pessoas (Art.


226, I, CP), sob o fundamento do aumento da facilidade para os
agentes praticarem o ato. Aumenta-se a pena em uma quarta parte.
2) Se o agente for ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão,
cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor (aquele que
ministra educação individualizada) ou empregador da vítima ou por
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qualquer título de autoridade sobre ela (Art. 226, II, CP). Aumenta-
se a pena com mais metade.
3) Se o crime resultar em gravidez (Art. 234-A, III, CP). Pelo fato de
ofender a dignidade sexual e ainda resultar em gravidez. Aumento
de metade da pena.
4) Se o agente transmite à vítima doença sexualmente transferível de
que sabe ou deveria saber ser portador (Art. 234-A, IV, CP).
Aumenta-se a pena de um sexto até metade.

ESTUPRO

Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter


conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro
ato libidinoso:

Pena – reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.

§ 1º - Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a


vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:

Pena – reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.

§ 2º - Se da conduta resulta morte:

Pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.

Nomem Iuris: ESTUPRO

Elemento objetivo (núcleo do tipo): Constranger alguém;

Elemento subjetivo: dolo, consiste na vontade livre e consciente do sujeito


ativo.
Alunos: Isabela, Evellyn e Gabriel.

Preceito primário: Constranger alguém, mediante violência ou grave


ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se
pratique outro ato libidinoso.

Preceito secundário: Pena – reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.

É um crime material.

Crime Plurissubsistente (inclui vários atos), a tentativa é possível desde


que haja violência ou grave ameaça.

Importunação Sexual

Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso
com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro:

Pena – Reclusão, de um 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui


crime mais grave.

Atinge também a liberdade ou dignidade sexual, de realizar atos com


quem quiser e se quiser, sem necessitar que haja violência ou grave
ameaça, praticando atos libidinosos para satisfazer seus desejos sexuais,
ou de terceiros. Elemento subjetivo do tipo.

A lei exige que exista o dolo. A tentativa é possível, quando não consegue
realizar os atos libidinosos. Citado no CP, art. 14, II, quanto ao crime
tentado.

O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa física maior e capaz. O sujeito
passivo pode ser qualquer pessoa, maior de 14 anos e salvo os
vulneráveis (menor de 14 anos, deficientes mentais, impossibilitadas de
consentir, inclusive transitoriamente).

É um crime de ação penal pública incondicionada.

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