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Crimes em espécie

Crimes contra a dignidade sexual (Art. 213)  Art. 214 foi revogado, mas, não deixou de ser crime
o atentado violento ao pudor se uniu ao crime de
 O estupro pode ter como vitima homem ou mulher estupro, sendo assim, modificiado.
 Elementos do crime de estupro:
 Núcleo: constranger Violação sexual mediante fraude (Art. 215)
 Meios:  A diferença entre estupro e violação sexual é:
I. Violência “vis corporalis” se houver violência ou grave ameaça é estupro,
II. Grave ameaça “vis compulsiva” já a violação sexual tem a presença da fraude
 Finalidades: conjunção carnal e/ou outros atos pois o agente induz ou mantém a vitima em
libidinosos erro.
 Sujeito ativo: qualquer pessoa  Elementos: conduta-núcleo  ter conjunção
 Sujeito passivo: qualquer pessoa carnal ou praticar outro ato libidinoso
Conjunção carnal: sujeito ativo e passivo de  É passível a tentativa
sexos opostos.  Não existe previsão legal para violação sexual
Outro ato libidinoso: qualquer outro ato que mediante fraude de forma culposa
não seja a conjunção carnal sem exigência de  Aumento de pena 234-A
sexo oposto.  Meios:
 Se consuma no momento em que se obriga e força o Fraude ou outro meio que impeça ou
a vitima a praticar o ato libidinoso ou a conjunção dificulte a livre manifestação de vontade da
carnal. vítima.
 É possível existir a tentativa Obs: finalidade de obter vantagem econômica
 Elemento subjetivo: dolo Obs²: ação penal publica incondicionada art.225
 Modalidades: Obs³: segredo de justiça 234-B
 Comissiva: o agente pratica a ação.
 Omissiva: por via da omissão imprópria, art. 13, §2º Assédio sexual (Art. 216-A)
CP.  Núcleo: constranger
 Condutas qualificadas (preterdolosas):  Finalidade: obter vantagem ou favorecimento sexual
o §1º Reclusão, de 8 a 12 anos se resulta em  Se utiliza da relação de poder se valendo de seu
lesão corporal grave ou gravíssima ou se a superior hierárquico (uma patente maior se
vitima for menor de 18 ou maior de 14 anos. utilizando da sua superioridade com um de seus
o §2º reclusão, de 12 a 30 anos se o resultado inferiores do direito publico) ou ascendência em
for morte. emprego, cargo ou função para a obtenção dessa
 Aumento de pena em: vantagem. (se refere a relações empregatícias no
o Previsto no art.226, pois vale para todos os âmbito do direito privado).
crimes contra a dignidade sexual.  Se for uma pessoa inferior querendo praticar a
i. Aumenta de quarta parte se for cometido conduta em um superior se enquadra em outro tipo
com concurso de duas ou mais pessoas de tipo penal mas não é assedio.
ii. Aumento de metade da pena se o agente  Aumento de pena em 1/3 se a vitima for menor de
é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, 18, §2º.
irmão, cônjuge ou companheiro ou tenha  Sujeito ativo: o agente se encontre em uma
qualquer outro tipo de poder de influência condição superior
contra a vitima. Obs. Alínea a) fala sobre  Sujeito passivo: a vítima se encontre em uma
estupro coletivo condição inferior
 Se da violação resulta gravidez a pena aumente em  Se consuma no momento em que se pratica os atos
metade a dois terços que impliquem na vantagem ou favorecimento sexual
 Se transmitir IST aumenta em 1/3 a 2/3 e a vitima se sinta constrangida.
 Elemento subjetivo: apenas dolo  bem jurídico: dignidade sexual
 sujeito ativo: qualquer pessoa
Estupro de vulnerável (Art. 217-A)
 sujeito passivo: qualquer pessoa
 Súmula n. 593 do STJ  consumação: a depender do verbo que a pessoa
 Núcleo: ter conjunção carnal ou praticar outro ato esteja praticando
libidinoso
 Presunção de vulnerabilidade  Casa de prostituição (art. 229)
 Causas de aumento de pena nos artigos: 226 e 234- o Manter estabelecimento em que ocorra
A exploração sexual, haja ou não, intuito de
 Sujeito ativo: conjunção carnal e/ou outro ato lucro
libidinoso o Reclusão, de dois a cinco anos, e multa
 Sujeito passivo:  Rufianismo (art.230)
I. Menor de 14 anos o Pessoa que tira proveito da prostituição
II. Pessoa que por enfermidade ou deficiência alheia – rufianismo passivo (ex: gigolo)
não tem o necessário discernimento para a o Pessoa que participa diretamente dos lucros
pratica do ato ou fazendo-se sustentar no todo ou em
III. Ou que, por qualquer outra causa, não pode parte por quem a exerça
oferecer resistência o Reclusão, de um a quatro anos, e multa
 Se consuma na conjunção carnal ou em outros atos
libidinosos

Lenocínio (Art. 227)


 Mediação para servir a lascívia de outrem (conduta
de pessoa que induz outra a satisfazer a luxuria de
um terceiro)
 Núcleo: induzir
 Finalidade: satisfazer a lascívia
 É possível tentativa
 Pena de reclusão de um a três anos
 Praticado a titulo de dolo
 §1º, reclusão de dois a cinco anos
 §2º, crime cometido com emprego de violência,
grave ameaça ou fraude a pena é reclusão de dois a
oito anos, alem da pena correspondente a violência
 Diferença entre estupro e lenocínio: no lenocínio a
vítima é induzida existindo um resquício de sua
vontade, já no estupro, a vítima não existe nenhuma
vontade muito menos consentimento.
 Art. 218 corrupção de menores

Favorecimento da prostituição (Art. 228)


 Prostituição não é crime é um indiferente penal, o
direito penal só reprime se envolver um terceiro
que ajude/estimule a existência da prostituição
 o agente facilitador proporciona meios eficazes para
a pessoa se prostituir é uma conduta tipificada.
 Reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
 Conduta de quem impede/dificulta o abandono dessa
prestação de serviço.

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