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Lima Silva * Licia Reis * Lucas Gabriel* Marcus Vinicius Soares * Mariana Malta *Pedro Klein* Tatiane Barreto *Thiago
Pinheiro
GRUPO:
ROUBO: art. 157 -Art. 156- Crime próprio, só o condômino, coerdeiro ou pelo sócio.
Próprio(caput) Impróprio A coisa deve está na posse legítima de outra pessoa. Doloso,
- § 1º subtrair a coisa comum, para si ou para outrem. Plurissubsistente,
§ 2º Roubo admite tentativa, APPC a representação. Não é punível se fungível e
circunstanciado ou
o valor não excede a sua quota.
majorado(1/3 até a 1/2):
concurso; vítima em
transporte de valores e o - ROUBO (art. 157): crime complexo: furto+constrangimento ilegal;
agente conhece a furto+ameaça; furto+violência. Núcleo do tipo, subtrair, crime
circunstância; veículo comum, elem. subjetivo: dolo. Não admite modalidade culposa.
automotor trasportado -Próprio(caput): subtração mediante violência, grave ameaça, outro
para outro estado ou meio de reduzir a capacidade de resistência. Consuma-se com o
exterior (não se aplica ao apoderamento do bem, não exige posse mansa e pacífica.
DF); mantém a vítima em Plurissubsistente e admite tentativa.
seu poder, restringindo a
liberdade, (tempo
Ana Luiza Aguilar * Fernanda Castro* Fernanda* Gabriel Paraízo Braz *Isabel Cristina Prazeres * Isabela Santana* Ilzyane
Lima Silva * Licia Reis * Lucas Gabriel* Marcus Vinicius Soares * Mariana Malta *Pedro Klein* Tatiane Barreto *Thiago
Pinheiro
➢ Formas qualificadas
(§ 1º) ▪ Se o sequestro -Art. 159 – Conduta: sequestrar pessoa (limitar, restringir ou
dura mais de 24horas; impossibilitar o exercício do direito de locomoção). Por qualquer
Sequestrado, menor de meio (uso de violência, grave ameaça, coação, ardil, etc) Doloso, é
18 ou maior de 60; necessário que haja a finalidade de obter, para si ou para outrem,
Cometido por bando ou
qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate (doutrina
quadrilha. Associação:
mín. 3.
majoritária aponta ser necessário que a vantagem seja econômica,
➢ Formas qualificadas
por ser crime contra o patrimônio). Crime formal (prescindível a
pelo resultado (§§ 2º e obtenção da vantagem). Comum, permanente e plurissubsistente .É
3º): Resulta lesão crime de tendência interna transcendente de resultado cortado ou
corporal de natureza de resultado separado, pois o resultado naturalístico (que é
grave (16 a 24); Se resulta prescindível), depende da conduta de um terceiro para se efetivar,
a morte (24 a 30). e não de uma segunda conduta do próprio agente.
Art. 160 - Extorsão -Art. 159,(2º e 3º) prevalece que a lesão grave ou a morte deve ser
Indireta da própria vítima, se for terceiro, responde em concurso.
-Art. 159, § 4º: delação premiada- direito subjetivo do réu. Causa de
Art. 161- Usurpação-
diminuição de pena(1/3 a 2/3). Requisitos: O crime deve ter sido
§ 1º, I, usurpação de
águas; II - esbulho
cometido em concurso de pessoas; O agente deve colaborar com a
§ 2º, Responde em autoridade; Deve ser facilitada a libertação da vítima.
concurso com a - art. 160. Exigir (requerer, demandar, requisitar)- aqui é crime
violência. formal, plurissubsistente na forma escrita, admite tentativa,
§ 3º, Propriedade praticado verbalmente, não admite - ou receber (adquirir, obter) –
particular, sem violência, aqui é material e plurissubsistente - documento que pode dar causa
ação privada. a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro, como
Art. 162. Supressão ou garantia de dívida, mediante abuso da situação de alguém.
marca de animais. Tutela a liberdade individual e o patrimônio. Crime comum, doloso.
Art. 163, Dano- Destruir,
Tipo especial penal específico no artigo 246 do CP Militar.
inutilizar ou deteriorar
coisa alheia
Dano Qualificado: - Art. 161 Caput- Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer
Parágrafo único- I a IV. outro (interpretação analógica) sinal indicativo de linha divisória,
De I a III é APPIncond. para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia. Tipo
Misto, doloso, comum, formal, plurissubsistente.
Art. 164 - Introduzir ou - §1º, I- Usurpação de águas- desvia ou represa, em proveito
deixar animais em próprio ou de outrem, águas alheias. Ação múltipla, doloso,
propriedade alheia, sem comum, formal, plurissubsistentes. Admite tentativa.
consentimento de quem - § 1º, II, Esbulho - invade, com violência a pessoa(vis absoluta) ou
de direito, desde que o grave ameaça (vis relativa), ou mediante concurso de mais de duas
fato resulte prejuízo.
pessoas (divergência: Hungria mínimo 3; Noronha, mínimo 4)
art. 165 e 166 - Doutrina
terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.
sustenta que houve, Doloso, comum, formal, plurissubsistentes. Consuma-se efetiva
revogação tácita pelos invasão.
arts. 62 e 63 da lei dos - Art. 162. Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou rebanho
Crimes Ambientais. alheio, marca ou sinal indicativo de propriedade. Tipo Misto,
doloso, comum, material, plurissubsistente. Prevalece que basta 1
animal.
- DANO: crime comum, de ação múltipla, plurissubsistente, admite
tentativa, doloso. Não admite modalidade culposa.
- STJ entende que a conduta do preso de danificar a cela para fugir
não configura o crime, devido à ausência de finalidade.
- Dano Qualificado: I - com violência à pessoa ou grave ameaça
(incide o cúmulo material; II - com emprego de substância
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Art. 168-A
Aprop. indébita APROPRIAÇÃO INDÉBITA
Previdenciária-Caput Art 168 - Protegem-se a propriedade e os direitos reais de garantia.
Formas Equiparadas: A consumação do delito se dá com a inversão do título da posse
§ 1º I a III. (animus dominni – elem subjetivo). Crime doloso, comum
STF e o STJ têm admitido a
extinção da punibilidade (majoritário), material. O STJ já aceitou a configuração deste crime
pelo pagamento integral do em caso de bem fungível. STJ estabeleceu o parâmetro de limite de
débito, consistente no valor valor até 10% do salário mínimo vigente para insignificância. A
das contribuições restituição da coisa, por si só, não implica no reconhecimento do
previdenciárias (e
acessórios, como juros),
crime de bagatela.
mesmo após o trânsito em § 1º, Recebeu a coisa: I Depósito necessário - hipóteses do art. 647,
julgado. Por outro lado, o I., CC.; II - como tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante,
parcelamento implica na testamenteiro ou depositário judicial.(São funções enumeradas em
suspensão da pretensão rol taxativo); III - em razão de ofício, emprego ou profissão (STJ já
punitiva, sendo necessário
que haja a consolidação do decidiu que esta modalidade impede a configuração do crime
parcelamento pela bagatelar.
Administração (não basta o 168- A Deixar de repassar (omissivo próprio, não admite tentativa)
requerimento). STF e STJ à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes (o
atualmente não têm
substituto tributário). Norma Penal em branco. STF fixou
admitido a aplicação do
princípio da insignificância desnecessário elem. sub. especial. STJ também. STF entende
ao crime de apropriação material, citou a SV. 24
indébita previdenciária. → O § 1o do art. 168-A I a III, prevê formas equiparadas. Seriam
hipóteses, de acordo com a doutrina, em que o contribuinte seria o
At. 169 - Apropriar-se próprio empresário ou sociedade empresária.
alguém de coisa alheia
→ Art. 168-A, § 2º, Prevê uma causa de extinção da punibilidade. O
vinda ao seu poder por
erro, caso fortuito ou
termo final para referido benefício é o início da ação fiscal.
força da natureza: → § 3º prevê hipótese de perdão judicial ou de substituição da
Formas Equiparadas: pena privativa de liberdade pela de multa. Exige-se que o agente seja
I – Apropriação de primário e de bons antecedentes. I-Efetuar o pagamento da contribuição
tesouro; social previdenciária e acessórios (incluídos os juros) após o início da
II – apropriação de coisa execução fiscal e antes de oferecida a denúncia; II-Que o valor das
achada. contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele
estabelecido, pela Previdência Social, como mínimo para o ajuizamento
*Art. 170 – Forma das execuções fiscais.
Privilegiada - Nos crimes → § 4º veda a aplicação do § 3º aos casos de parcelamento de
previstos neste Capítulo, contribuições cujo valor seja superior ao estabelecido,
aplica-se o disposto no administrativamente, como mínimo para para o ajuizamento das
art. 155, § 2º § 2º - Se execuções fiscais.
primário e de pequeno
valor a coisa furtada, o Art. 169 O crime de apropriação de coisa havida por erro, caso
juiz pode substituir a fortuito ou força da natureza possui como núcleo do tipo o verbo
pena de reclusão pela de
“apropriar-se” (apoderar-se, assenhorear-se, arrogar-se a posse
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detenção, diminuí-la de de), sendo o objeto material a coisa alheia, que tenha chegado ao
um a dois terços, ou seu poder por erro, caso fortuito ou força maior.
aplicar somente a pena Tutelam-se o patrimônio e a posse legítima. Crime comum,
de multa. material, de forma livre, instantâneo e plurissubsistente, admite a
tentativa.
ESTELIONATO: Art. 171 -
Formas equiparadas: Apropriação de tesouro: A conduta envolve o
Obter, para si ou para
outrem, vantagem ilícita,
“achar” (encontrar, deparar, topar) tesouro em prédio alheio e o
em prejuízo alheio, subsequente “apropriar-se” (apoderar-se, assenhorear-se, arrogar-
induzindo ou mantendo se a posse de), seja no todo ou em parte, da cota a que tem direito
alguém em erro, o proprietário do prédio em que estava tal tesouro. O CCtrata do
mediante artifício, ardil, tema do achado de tesouro em seus artigos 1.264 a 1.266. O crime
ou qualquer outro meio é comum, instantâneo, material, de forma livre e plurissubsistente.
fraudulento. Apropriação de coisa achada: quem acha coisa alheia perdida e dela
§ 1º Estelionato se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono
privilegiado ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente,
§ 2º- Formas
dentro do prazo de quinze dias. (crime á prazo)
Equiparadas: (I a VI)
§ 2º-A – Inovação
Crime de conduta mista, por envolver uma ação seguida de uma
legislativa omissão, sendo ambos os comportamentos necessários para a sua
§ 2º- B - Inovação configuração.
legislativa
§ 3º Causa de aumento ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES:
§ 4º Estelionato contra
Estelionato: art. 171 - consiste na conduta de “obter” (vir a ter,
idoso ou vulnerável – conseguir, receber), para si ou para outrem, vantagem ilícita, em
Inovação legislativa prejuízo alheio. A prática da conduta se dá por meio de fraude, ou,
como diz a lei, por meio de indução ou manutenção de alguém em
erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento.
É crime de ação astuciosa. Crime comum, material, duplo resultado:
vantagem ilícita e prejuízo alheio, de forma livre, doloso e
plurissubsistente.
§ 1º Privilegiado- semelhante ao furto e o art. 170 anterior.
Figuras equiparadas:
I – disposição de coisa alheia como própria- também mantém a
vítima em erro ou a induz a erro para, então, obter vantagem ilícita
em prejuízo alheio. Ações Nucleares: “vender”, “permutar”, “dar
em pagamento", "dar em locação” ou “dar em garantia”. Em todos
os casos, o objeto material é a coisa alheia, que o agente faz a vítima
crer ser de sua propriedade. Exige-se a vantagem ilícita e o prejuízo
da vítima. É crime comum, material, plurissubsistente e doloso.
II - Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria - Mesmas
ações nucleares do inciso I (a exceção é “dar em locação”). São
núcleos do tipo: “vender”, “permutar”, “dar em pagamento” ou
“dar em garantia”. Tipo penal misto alternativo. O objeto material,
entretanto, é a coisa própria, mas da qual o agente não possui a
disponibilidade e, mesmo assim, procede a sua alienação ou
oneração fraudulenta. É aquela inalienável, que seja litigiosa, bem
como imóvel que já tenha prometido vender a terceiro, mediante
pagamento em prestações. Deve silenciar sobre tais circunstâncias.
Crime comum, plurissubsistente, material e doloso.
III- Defraudação de penhor - O núcleo do tipo é “defraudar”
(fraudar, ludibriar, usurpar, espoliar) a coisa dada em garantia
pignoratícia, da qual o agente tem a posse. Crime de forma livre,
Ana Luiza Aguilar * Fernanda Castro* Fernanda* Gabriel Paraízo Braz *Isabel Cristina Prazeres * Isabela Santana* Ilzyane
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Art. 176 –
Outras sujeito passivo deve, ainda, ser compelido à prática do jogo ou da
fraudes aposta ou à especulação com títulos ou mercadorias. Exige-se que
o agente saiba ou deva saber que a conduta é ruinosa. O crime
Art. 177 - Crime de comum, doloso, formal, de forma livre e plurissubsistente.
fraudes e abusos na
fundação ou Art. 175 - Delito de fraude no comércio
administração de O núcleo do tipo é “enganar” (induzir em erro, mentir, iludir) o
sociedade por ações adquirente ou consumidor, no exercício de atividade comercial.
crime de forma vinculada, 2 formas: • Vendendo, como verdadeira
Art. 178 - delito de ou perfeita, mercadoria que seja falsificada ou que esteja
emissão irregular de deteriorada; • Entregando uma mercadoria por outra. Alguns
conhecimento de doutrinadores entendem que houve revogação em razão do artigo
depósito ou warrant 7º, IV, da Lei 8.137/90, complementado pelo artigo 18, § 6º, do CDC.
Entretanto, entende-se que não houve a regulamentação total da
Art. 179 - A fraude à matéria, sendo que o conflito aparente de normas deve ser
execução analisado caso a caso. O crime é doloso e plurissubsistente. Além
disso, é crime material.
➢ Forma qualificada: O núcleo do tipo é “alterar” (modificar,
causar alteração, mudar); “substituir” (colocar no lugar de outra
coisa, trocar) ou “vender” (efetuar a alienação mediante
pagamento de preço). As condutas são de alterar, em obra que lhe
é encomendada, a qualidade ou o peso de metal ou substituir, no
mesmo caso, pedra verdadeira por falsa ou por outra de menor
valor. Além disso, incrimina-se o ato de vender pedra falsa por
verdadeira ou de vender, como precioso, metal de outra qualidade.
➢ Forma privilegiada Aplica-se à fraude no comércio a hipótese de
privilégio prevista no artigo 155, § 2º, do Código Penal.
SÍNTESE: Este capítulo é muito importante na atuação prática do promotor de justiça. Houve
muitas inovações legislativas, principalmente pelo pacote anticrime e pela Lei nº 14.155/21
Atentar para a sucessão de leis no tempo, a retroatividade da lex mitior. Atenção ao crime
de fraude eletrônica e as mudanças sobre estelionato, e também quanto às regras de
competência. O tema foi abordado nas duas fases do concurso.