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CUIABÁ.
Josafá, já devidamente qualificado nos autos do processo crime n°..., que lhe move a Justiça
Pública, por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração em anexo), vem,
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com
fulcro nos artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a
seguir expostas.
I. DOS FATOS:
II.DO DIREITO:
Preliminarmente, o processo deve ser anulado “ab initio”, nos termos do artigo 564, V, CPP,
haja vista a falta de justa causa para o recebimento da denúncia. No caso concreto, o Réu,
antes da denúncia, veio a quitar o débito perante as vítimas. Nesse sentido, com base na
súmula 544 STF, não há justa causa para o oferecimento da denúncia, visto que houve a
reparação do dano antes da denúncia, devendo assim, haver a anulação do processo “ab
initio”, nos termos do artigo 564, V, CPP, tendo em vista a falta de justa causa para o
recebimento da denúncia, artigo 395, III, CPP.
Caso seja superada a tese alegada em preliminar, deve ser reconhecida a absolvição sumária
do Réu, tendo em vista que o fato imputado ao Réu é atípico. Neste diapasão, prevê a Súmula
246 STF, que sendo comprovado que não houve fraude, não há configuração do crime de
emissão de cheque sem fundo. No caso concreto, o Réu não emitiu os cheques sem fundos
com o intuito de fraudar as vítimas. Sendo assim, não há que se falar no crime estelionato,
previsto no artigo 171, §2º, inciso VI, do CP.
Sendo assim, deve ser o Réu absolvido sumariamente, nos termos do artigo 397, II e III, do
CPP.
Diante o exposto, requer seja anulado o processo “ab initio”, nos termos do artigo 564, IV,
CPP, ou caso não seja esse o entendimento, que seja rejeitada a denúncia, nos termos do
artigo 395, III, CPP, ou, ainda, caso não seja esse o entendimento, requer a absolvição sumária
do Réu, nos termos do artigo 397, incisos II e III, CPP.
Termos em que,
pede deferimento.
Local..., data...
Advogado...
OAB n°...