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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL

CÍVEL E CRIMINAL DA CIDADE DE PARANAÍB/PI

Processo N°....

BANCO MAIS DINHEIRO, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ


sob o nº ..., com endereço na Rua dos Gerânios, nº 154, na cidade de Cocal/PI,
representado judicialmente através de seu advogado devidamente qualificado em
procuração mandamental específica juntada ao seguinte feito, com endereço
profissional na Rua ...., nº ..., bairro ..., cidade ..../UF ..., onde deverá ser intimado para
dar andamento aos atos processuais, nos autos da AÇÃO INDENIZATÓRIA DE
DANOS MORAIS POR QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO, pelo rito comum, movida
por JOANA DA CONCEIÇÃO, já qualificada nos autos, vem com o devido respeito e
acato de estilo perante Vossa Excelência apresentar sua.

CONTESTAÇÃO

Para expor e requerer o que se segue:

1. PRELIMINARES
De acordo com a redação do art. 53, III, “a” do CPC/2015, vejamos:

Ar)t. 53. É competente o foro:


(...)
III - do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
(...)
Este juízo é incompetente para o processamento da presente ação uma vez
que a Autora e a Ré, possuem domicilio na cidade de Cocal – PI. Desta feita, a
Comarca de Cocal – PI, é a competente para a presente demanda.
Diante da incompetência territorial, os autos devem ser remetidos para o foro
competente, conforme dispõe o art. 64, § 3º do CPC/2015.

Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada


como questão preliminar de contestação.
(...)
§ 3º Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos
serão remetidos ao juízo competente.
(...)

2. BREVE SÍNTESE DOS FATOS


Alega a parte autora, que é correntista da ré, mantendo bom relacionamento e
que não contratou o serviço de mensagens via celular.
A autora alega que teve quebrado seu sigilo bancário de forma ilegal, e seus
dados transmitidos à terceiros via mensagens de celular, tendo conhecimento do fato
após realizar uma compra na loja “O Boticário”, e a Sra. Josélia adentrar o local
perguntando, em alto e bom tom, quem tinha realizado compras naquele
estabelecimento com cartão de crédito, deixando-a em situação bastante
desconfortável.
A Sra. Josélia, informou a autora que vinha recebendo em seu celular
mensagens com a movimentação financeira da sua conta, tendo acesso aos valores e
estabelecimentos onde a requerente utilizava seu cartão, bem como ao saldo restante
da sua conta corrente.
É a breve síntese do necessário.

3. MÉRITO
A autora descreveu a narrativa dos fatos que o Requerido teria enviado
mensagens via celular com informações de seus dados bancários a terceiros.
Todavia, os fatos narrados pela parte autora não condizem com a realidade,
uma vez que utiliza-se do judiciário para buscar indenização por fato inexistente.
3.1 DO ÔNUS DA PROVA
Com relação ao ônus da prova, cabe a autora comprovar nos molde do artigo
373 do CPC/2015, vejamos:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;


(...)
A autora porém, não anexou nos autos, as provas, que tratam-se das
mensagens que a Sra. Josélia diz ter recebido.

Portanto, pela exposição fática descrita na Inicial, demonstra que a Autora


busca o enriquecimento ilícito as custas do Requerido ora contestante.

Desta feita, quanto ao ônus da prova, há que se esclarecer que cabe a parte
autora provar os fatos constitutivos de seu direito, consoante preconiza o art. 373, I do
CPC.

3.2 DA QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO


A contestante, ora Banco Mais Dinheiro, é uma empresa que assegura o sigilo
das informações bancárias, ressalvados os casos previstos em lei. Além de, também
assegurar a cada funcionário o acesso às informações pertinentes à privacidade de
seus clientes, bem como o sigilo destas informações.

Também buscar preservar a segurança da informação, abstendo-se de tratar


de assuntos sigilosos, de uso interno do Banco, em salas de conversação, redes
sociais e aplicativos com acesso pela internet.

Como demonstrado, não houve a prática de qualquer ato ilícito por parte do
Banco Mais Dinheiro, bem como não houve quebra de sigilo bancário, pois não houve
quaisquer vazamento de informações correspondentes a movimentações da conta
corrente da requerente.

3.3 DO DANO MORAL


Ocorre, que a autora sentiu-se desconfortável pelo ato praticado pela Sra.
Josélia, o que demonstra qualquer nexo de causalidade entre sua conduta e o dano
alegado pela autora.

Restou comprovado, que a reclamada não praticou nenhum ato que possa ter
causado qualquer constrangimento a requerente, pois o dano moral é configurado
quando há grave violação a algum direito da personalidade, tal como a intimidade,
honra, imagem, integridade física ou psíquica da pessoa, ocasionando-lhe dor,
vexame, humilhação ou constrangimento, rompendo o seu bem-estar, o que no caso
apresentado não ocorreu, pois a autora não coleciona aos autos nenhuma prova
capaz de demonstrar a violação de tal direito.

4. DO PEDIDO
Isto posto, requer a V. Exa:

a) O acolhimento da preliminar de incompetência do Juízo com remessa ao juízo


Competente “JUIZADO ESPECIAL CIVEL E CRIMINAL DA COMARCA DE
COCAL - PI”;
b) Vencidas as preliminares e a prejudicial, que no mérito seja julgado
improcedente o pedido autoral;

c) A condenação da autora ao pagamento das custas e honorários de advogado,


estes a serem fixados em 20% sobre o valor da causa;

d) A condenação da autora por litigância de má-fé, nos termos dos Arts 79 e 80,
incisos I, II, III e VI do NCPC.

6 - DAS PROVAS

Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos


artigos 369 e seguintes do NCPC, em especial documental superveniente,
testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor.

Pede deferimento.

Local e Data

Assinatura

Nome do Advogado

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