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Petição Inicial - Ação Indenização por Dano Material

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE


DIREITO DE UMAS DAS VARAS CÍVEIS DA
COMARCA DE ANDRADINA, ESTADO DE SÃO
PAULO.

PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO - AUTORA


MAIOR DE 60 ANOS

Nome, brasileira, Estado Civil, inscrita no RG nº 00000-


00, e CPF sob o nº 000.000.000-00, com endereço
na EndereçoCEP 00000-000e Nome, brasileiro, médico,
inscrito no RG nº 00000-00, e no CPF sob o nº 000.000.000-
00, com endereço a EndereçoCEP 00000-000e neste ato
representados por sua advogada e bastante procuradora, que a
esta subscreve, com endereço profissional a Endereço, onde
recebe intimações, e endereço eletrônico email@email.com,
vem, respeitosamente perante V. Exa., com fundamento no
Art. 171, § 4º, do Código Penal, Art. 14 do Código de Defesa do
Consumidor, e Arts. 186 e 927 do Código Civil, propor
AÇÃO REPARATÓRIA DE DANOS MATERIAIS E
MORAIS COM

MEDIDA LIMINAR

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em face de Nome, inscrita no CPF sob o nº 000.000.000-


00, residente na Endereço, Nome, inscrito no CPF sob o
nº 000.000.000-00, residente
na Endereçoou EndereçoCEP 00000-000; Nome, inscrito no
CPF sob o nº 000.000.000-00, residente e domiciliado
a Endereço, com endereço
eletrônico email@email.com, BANCO Nome. ("Banco
Santander"), instituição financeira de capital aberto com sede
em São Paulo/SP, na Endereço.888/0001-42 e BANCO
INTER S.A. , inscrita no CNPJ/MF sob o
nº 00.000.000/0000-00, com sede na EndereçoCEP 00000-
000, pelos motivos de fato e direito a seguir aduzidos:
1. DOS FATOS
No dia 26/01/2022 , a Requerente Nome, mãe do
Requerente Nome, recebeu mensagens via WhatsApp que,
supostamente, haviam sido enviadas por seu filho, dizendo que
havia "danificado" o celular e ficaria com um número diferente
nos próximos dias.
Ocorreu que, na verdade, apesar da foto empregada no
contato ser de Nome, o número de telefone pertencia a três
golpistas que, de forma fraudulenta, "clonando" o WhatsApp
de Nomee se passavam por ele, enganando assim a boa
senhora, idosa, que é sua mãe, ora Requerente.
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A história promovida pelos mesmos foi a de que (como


dito) - se passando por Nome- , o celular do mesmo havia
quebrado e encontrava-se na Assistência Técnica, razão pela
qual tornou-se necessária a troca de número de telefone, que
seria utilizado de forma temporária até o conserto.
Não bastasse a falsidade das informações, os mesmos
solicitaram à Requerente que realizasse um favor ao filho, com
a artimanha de que esse encontrava-se em um dia ‘corrido’, e
efetuasse algumas transferências monetárias via PIX aos
próprios golpistas, tendo eles disponibilizado seus nomes e
respectivos números de CPF, a saber, Nome, Jakcson e Nome.
A Requerente, enquanto mãe e idosa, preocupada com a
integridade financeira do filho, realizou a transferência da
quantia de R$ 00.000,00sem suspeitar do golpe em que
acabara de cair, e quase realizou uma outra transferência de
um valor superior a 16 mil reais, a qual, contudo, apenas não
foi realizada pois, por sorte, o verdadeiro Nomeentrou em
contato com sua genitora através de seu verdadeiro telefone
que estava funcionando regularmente, e todo o GOLPE que
havia sido armado caiu por terra.
Destarte, 1 hora após a transferência (que se deu as 9h40
da manhã), a Autora compareceu à delegacia local (as 10h58),
lavrou o Boletim de Ocorrência (vide doc. anexo) necessário, e
logo em seguida dirigiu-se ao Banco Santander para informar o
ocorrido a sua Gerente, conforme protocolo nº (00)00000-
0000.
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Senão vejamos:

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Destarte, conforme comprova o documento abaixo (que


também segue anexo), a transação que chegou a ser realizada,
no valor de R$ 00.000,00, foi enviada a conta bancária
de Nome, Banco Inter, chave PIX e CPF de
nº 000.000.000-00:
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Nesse ínterim, enquanto o Boletim de Ocorrência era


lavrado pela requerente, a fim de evitar maiores danos, a
mesma já entrou em contato por telefone com sua agência
bancária explicando a situação, e o marido da mesma (já que a
conta que possuem é conjunta), a pedido da gerente
compareceu à agência bancária 0043 (na rua Paes Leme),
levando as mensagens e demais explicações que comprovavam
o golpe sofrido pela autora, sua esposa.

Foi então aberto junto ao Banco Santander, menos de 2h


após a transferência do PIX acima referido o protocolo
nº (00)00000-0000 SOLICITANDO O BLOQUEIO
CAUTELAR DO VALOR TRANSFERIDO , conforme
ensina o próprio Banco Central, inclusive em suas redes
sociais.
Senão vejamos:

https://www.youtube.com/watch?v=-
MCGhhAU0Vs&t=21s
https://www.correiobraziliense.com.br/economia/
2021/09/4952279-

pix-bancos-poderao-bloquear-recursos-de-usuarios-por-
72h-se-

suspeitarem-de-fraude.html

Ocorre que até o presente momento, mais de 48h após o


referido golpe o Banco dos requerentes não se manifestou e
não devolveu o dinheiro aos autores, razão pela qual, fez-se
necessário o ajuizamento da presente ação, a fim de que o
BANCO INTER seja notificado COM URGÊNCIA, para que
proceda o BLOQUEIO CAUTELAR dos valores, sob

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pena de multa e responsabilização das instituições pela


fraude/golpe sofrido pelos requerentes, por não procederem
conforme determina a lei.

Sendo assim, faz-se mais do que necessário o


deferimento da liminar, com o BLOQUEIO CAUTELAR
dos valores transferidos a fim de evitar o prejuízo das
partes, devendo as instituições bancarias serem
intimadas a cumprir a liminar com urgência, haja
vista que já restou determinado pela Súmula 479, do
STJ, que dispõee:

"As instituições financeiras RESPONDEM


OBJETIVAMENTE pelos danos gerados por fortuito
interno relativo a FRAUDES E DELITOS
PRATICADOS POR TERCEIROS NO ÂMBITO DE
OPERAÇÕES BANCÁRIAS."

2. DOS FUNDAMENTOS
A) DOS DANOS MATERIAIS
Ab initio, não resta dúvidas de que os
Requeridos Nome, Nomee Nome, ao empregarem meio
fraudulento, enganaram a Requerente, idosa, fazendo com que
a mesma efetuasse a transferência monetária no valor de R$
00.000,00, ficando caracterizada a prática do crime de
Estelionato, cuja previsão encontra-se no Art. 171 § 4º do CP,
bem como a ocorrência de ato ilícito, tendo em vista o efetivo
dano causado ao patrimônio da mesma.
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Pelo fio do exposto, os Requeridos são responsáveis, de


forma solidária, pela reparação do dano causado a Autora,
mediante a devolução da quantia transferida, conforme
previsão do Código Civil, em seus artigos 186 e 927:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária ,


negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem , ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito .
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo .

Não obstante à essa obrigação principal dos golpistas, já


restou estabelecido pelo Superior Tribunal de Justiça que as
instituições bancárias possuem obrigação solidária e objetiva
pelos atos praticados por terceiros no âmbito de suas
operações, a teor do que determina a Súmula 479, do STJ :

"As instituições financeiras RESPONDEM


OBJETIVAMENTE pelos danos gerados por fortuito
interno relativo a FRAUDES E DELITOS
PRATICADOS POR TERCEIROS NO ÂMBITO DE
OPERAÇÕES BANCÁRIAS."

Destarte, caso as referidas instituições tenham


descumprido a liminar, e não tenham efetuado o bloqueio
cautelar dos referidos valores, as mesmas devem responder
objetivamente pelos danos causados aos autores, conforme
entendimento que vem sendo sustentado pelos Tribunais.

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Nesse sentido, por exemplo, cumpre mencionar o


posicionamento da 3a turma Recursal do TJDF, nos autos do
processo nº 0719991-03.2020.8.07.0016 , tendo o des. relator
Carlos Alberto Martins Filho determinado que o Banco
(Nubank), reembolse a quantia de R$ 00.000,00mil ao autor,
em caso similar ao dos autos, pois a instituição bancária não se
desincumbiu do ônus probatório que lhe cabia de comprovar a
regularidade na abertura da conta bancária indicada pelo
homem. Para os desembargadores, a falta de conferência da
autenticidade de informações da ficha-proposta da conta
contribuiu para a prática do ato ilícito 1 .
Não obstante à essa obrigação principal dos golpistas, já
restou estabelecido pelo Superior Tribunal de Justiça que as
instituições bancárias possuem obrigação solidária e objetiva
pelos atos praticados por terceiros, como também vem
entendendo o TJSP:

" Indenizatória por danos materiais - Transações


fraudulentas em conta bancária da autora , após
receber telefonema de pessoa que se passou por funcionário
do banco réu, informando a necessidade de atualização do
aplicativo do internet banking - Cerceamento de defesa -
Inocorrência - Provas produzidas autorizavam o julgamento
antecipado do mérito, sem necessidade de dilação probatória
- Aplicação da legislação consumerista
(súmula  297  do STJ)- Responsabilidade objetiva da
ré - As instituições financeiras respondem
objetivamente pelos danos gerados por fortuito
interno relativo a fraudes e delitos praticados por
terceiros no âmbito de operações bancárias
(Súmula  479  do STJ) - Fraudador se passou por preposto
da instituição financeira e conhecia dados pessoais e sigilosos
da autora - Falha no sistema de
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segurança da instituição financeira - Inexistência de


culpa exclusiva ou concorrente da autora - Necessidade de
ressarcimento integral dos prejuízos materiais
causados à autora - Sentença reformada. Recurso da
autora provido , negado o recurso do réu." (TJSP; Apelação
Cível 1043914-30.2019.8.26.0100 ; Relator (a): Francisco
Giaquinto; Órgão Julgador: 13a Câmara de Direito Privado;
Foro Central Cível - 11a Vara Cível; Data do Julgamento:
26/05/2020; Data de Registro: 26/05/2020 )
Mesmo porque, após devidamente informado (o que no
caso dos autos aconteceu em menos de 2 horas), os Bancos têm
a capacidade e condições de em até 72h efetuar o bloqueio
cautelar dos valores e se assim não fizeram devem arcar com
tal responsabilidade, senão vejamos:

https://www.youtube.com/watch?v=-
MCGhhAU0Vs&t=21s

https://www.correiobraziliense.com.br/economia/
2021/09/495227 9-pix-bancos-poderao-bloquear-recursos-de-
usuarios-por-72h-se- suspeitarem-de-fraude.html

B) DO DANO MORAL
No mais Excelência, os requeridos golpitas ainda
causaram danos na esfera moral da
requerente Nome(infringindo os artigos 186 e 927 do CC), que
além de IDOSA, possuindo mais de 60 anos, ainda sofre de
SINDROME DO PÂNICO (vide docs. anexos), cujo golpe, por
obvio piorou seus transtornos de ansiedade e de medo,
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causando-lhe insônia e dificuldade ainda maior de lidar


com toda a situação e com o prejuízo que trouxe ao seu filho.
Ora Exa., como visto na troca de conversas com os
golpistas, e no Boletim de Ocorrência, a requerente (que
possuía a senha bancária e o aplicativo do próprio filho no seu
celular - pois este é médico plantonista e muitas vezes não tem
tempo de "respirar" o que dirá de pagar as próprias contas), a
requerente transferiu dinheiro de seu filho para a própria conta
(cuja transferência não precisa da senha que não possuía), e
então transferiu de sua conta para os golpistas.

Ou seja, a requerente Nome, depois que descobriu o golpe


que havia sofrido ficou completamente abalada e
desnorteada, se sentindo totalmente HUMILHADA E
SE SENTINDO TOTALMENTE LESADA,
DESPROTEGIDA E ENVERGONHADA por ter
prejudicado seu filho , bem como caído na exposição do
mesmo.
E em casos similares aos dos autos, em recentes decisões,
o TJSP tem entendido pelo cabimento de danos morais em
favor dos autores:

"APELAÇÃO AÇÃO CONDENATÓRIA RECURSO DA


AUTORA E DO CORRÉU FACEBOOK LETIMIDADE PASSIVA
- CLONAGEM DE LINHA TELEFÓNICA APLICATIVO
WHATSAPP . CONTATOS TRABALHO
VIRTUAL. PREJUÍZO DANO MORAL
CONFIGURADO. MAJORAÇÃO DO QUANTUM. I
Legitimidade passiva do Facebook Brasil. Isso porque, o
Facebook e o Whatsapp Inc pertencem ao mesmo
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grupo econômico, de modo que responde pelos serviços


prestados pelo Aplicativo WhatsApp. Ainda, eventual
exigência ao consumidor de demandar no exterior para
solução de seus problemas, considerando, ainda, que as
obrigações são aqui constituídas, seria desproporcional e
violaria princípios básicos da proteção da norma
consumerista, além da regra insculpida no art. 21 e seus
incisos de I a III, bem como, seu parágrafo único,
do CPC (...) II - Restou caracterizada a
responsabilidade e o dano causado à demandante,
cabe elucidar o quanto isso representou na vida da
autora. Com efeito, houve descaso, desídia e má-prestação
de serviço, porque empresas do porte da Nextel e
principalmente do Facebook TEM A OBRIGAÇÃO DE
MANTER UM ELEVADO SISTEMA DE SEGURANÇA E
SE HOUVE UMA INVASÃO COMO, NO CASO DOS
AUTOS, A CLONAGEM, ESTA DEVE SER RESOLVIDA
DE FORMA RÁPIDA E QUE TRAGA O MENOR DANO
AO CONSUMIDOR . Verifica-se que a autora passou seis
horas tentando cancelar sua linha, avisando seus contatos
sobre a clonagem, passou constrangimento por ter que se
explicar que eram os golpistas que pediam dinheiro a seus
contatos e não a demandante; III - Cabível a majoração do
valor atribuído aos danos morais, considerando que a autora
teve sua imagem maculada no meio digital em que anuncia
seus produtos, SEM CONTAR A INDEVIDA
PERTURBAÇÃO NA CASA DA AUTORA PESSOA
FÍSICA CAUSADA PELOS COMPRADORES TAMBÉM
ENGANADOS. VALOR DE QUINZE MIL REAIS
ADEQUADO ÀS PECULIARIDADES FÁTICAS .
RECURSO do réu Facebook NÃO PROVIDO RECURSO da
autora PROVIDO" (TJSP; Apelação Cível 1023979-
70.2020.8.26.0002 ; Relator (a): Maria Lúcia Pizzotti; Órgão
Julgador: 30a Câmara de Direito Privado; Foro Regional II -
Santo Amaro - 6a Vara Cível; Data do Julgamento:
22/04/2021; Data de Registro: 22/04/2021 ).
Nesse diapasão, entende-se mais que necessária a
concessão dos danos morais à Requerente frente aos danos que
lhe foram causados e a negligência praticada pelos Requeridos
e pelas instituições bancárias que ao invés de cumprirem sua
função e efetuarem prontamente o bloqueio cautelar ficarem
inertes se esquivando de suas responsabilidades.

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Assim, uma vez reconhecida a existência de dano moral e


o consequente direito a indenização, deve-se analisar o
quantum pecuniário, suficiente para reparar o dano e,
também, atingir o caráter punitivo e preventivo da
conduta praticada pela Requerida.
Sobre a mensuração dos danos morais, o ministro Castro
Filho, do Superior Tribunal de Justiça já decidiu no REsp
n. 00.000 OAB/UF, DJ 03.05.2004:

"Como cediço, a mensuração do valor correspondente ao


dano moral insere-se no campo do livre convencimento do
julgador, na análise de cada caso concreto, inexistindo
parâmetro fixo que possa ser adotado para todas as
situações. Em que pese o grau de subjetivismo que envolve o
tema da fixação da indenização, uma vez não existirem
critérios determinados e fixos para a quantificação da dor
moral, esta Corte tem se pronunciado reiteradamente no
sentido de que a reparação do dano deve ser fixada em
montante que desestimule o ofensor a repetir a falta, sem
constituir, de outro modo, enriquecimento indevido".

O arbitramento do valor a título de indenização por dano


moral precisa operar-se com moderação, proporcionalmente
ao grau de culpa e ao porte financeiro das partes.

O órgão julgador deve orientar-se pelos critérios


sugeridos pela doutrina e pela jurisprudência, valendo-se de
sua experiência e bom senso, atento à realidade da vida,
notadamente à situação econômica atual e às peculiaridades de
cada caso para estabelecer os valores suficientes para reparar e
coibir o dano.

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Dessa senda, pela negligência e tentar se esquivarem de


seus deveres legais, entende-se justo e devido a condenação
dos Requeridos ao pagamento de R$ 00.000,00à título de
danos morais sofridos pela Requerente.
C) DA MEDIDA LIMINAR E DO BLOQUEIO
CAUTELAR
Em que pese a celeridade das transições via PIX, o prazo
para a Instituição Financeira da Autora comunicar o banco do
golpista que recebeu a transferência, a saber, Inter S.A, é
demasiadamente curto, razão pela qual é de extrema
necessidade a concessão de liminar, para que de forma
imediata, o Banco Santander comunique o Banco Inter acerca
do golpe aplicado, para que bloqueie o valor e seja possível
realizar o estorno.

Salutar frisar, ainda, que há urgência pelo desbloqueio da


quantia de R$ 00.000,00, valor bloqueado pelo Banco
Santander para análise, de modo que a transição não seja
concluída e que passe a reintegrar, normalmente, a Conta
Bancária de Nome, Requerente.
Conforme se denota dos fatos acima narrados, menos de
duas horas após a transferência do PIX (que ocorreu as 9h40),
logo que o Banco Santander abriu no dia 26/01/2022, ou seja,
perto das 11h da manhã, a requerente Nomee seu esposo
compareceram à sua agencia bancária (protocolo
nº (00)00000-0000) SOLICITANDO O BLOQUEIO
CAUTELAR DO VALOR TRANSFERIDO , e após
explicarem todo o
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ocorrido a gerente que os atendeu solicitou que os


mesmos em 24h enviassem o Boletim de Ocorrência assinado
para o e-mail email@email.com, o que foi devidamente
cumprido por volta das 13h30 do dia 26/01/2022.
Nesses termos, o próprio Banco Central determina o
procedimento do BLOQUEIO CAUTELAR da transferência via
PIX que deve ser feita pelos bancos em caso de suspeita de
golpe/fraude:

https://www.youtube.com/watch?v=-
MCGhhAU0Vs&t=21s
https://www.correiobraziliense.com.br/economia/
2021/09/00000-00ncos-poderao-bloquear-recursos-de-
usuarios-por-72h-se-
suspeitarem-de-fraude.html

Todavia, até o presente momento, mais de 48h após o


ocorrido, as referidas instituições não agiram na proteção do
direito dos requerentes, seus consumidores, aos quais
deveriam estar protegendo, e, sendo assim, conforme previsão
do Art. 300 do CPC , pugna-se, que seja deferida a
liminar, com a intimação URGENTE DOS BANCOS
SANTANDER E INTER PARA QUE PROCEDAM O
BLOQUEIO CAUTELAR DO VALOR TRANSFERIDO
PELA REQUERENTE NomeATÉ QUE SEJA JULGADA A
PRESENTE AÇÃO :

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver


elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.
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Ora. V. Exa., é certo de que a Autora corre o perigo de ter


frustrada suas intenções de recuperar a quantia transferida se
não tiver suas demandas tratadas com a mais devida
urgência, haja vista que os mecanismos dos bancos
para tais situações possuem prazos que se escoam
72HORAS, restando menos de 24HORAS EM FAVOR
DOS AUTORES!!!
3. DOS PEDIDOS
Pelo fio do exposto, vem requerer o que segue:

I. A concessão de medida liminar para que o Banco

Nomee o Banco Inter S.A sejam comunicados do Golpe e


efetuem o BLOQUEIO DOS VALORES de R$ 00.000,00,
sob pena de responderem pela obrigação juntamente
com os golpistas;
II. A total procedência da presente ação, com a
condenação dos Requeridos ( Nome, Nome
SOUSA FREITAS e Nome) em restituírem por
completo os valores transferidos pela requerente, corrigidos e
atualizados monetariamente e com juros de 1% ao mês, os
quais somam inicialmente o valor de R$ 00.000,00, bem como
indenização de danos morais no valor de R$ 00.000,00, pelos
danos morais e transtornos sofridos pela requerente Nomeque
é idosa, e ao passar por essa situação, sofreu por
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desgastes em sua saúde conforme relatado nos fatos,


cujos valores, caso não tenham sido bloqueados cautelarmente
pelas instituições financeiras (como é obrigação das mesmas),
deverão/poderão ser arcados financeiramente pelos referidos
Bancos (Santander e Inter), caso assim entenda V. Exa., tendo
em vista a responsabilidade objetiva das mesmas, a teor da
súmula 479 do STJ.
III. A citação dos Requeridos , via correio
(art. 246, I do CPC), no endereço constante no preâmbulo
desta inicial, para querendo, contestar a presente, no prazo
legal, sob pena de revelia;
IV. A inversão do onus probandi , nos termos do inciso
VIII do art. 6º do diploma consumerista;
V. A condenação dos requeridos ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios no percentual de 10%;

VI. Protesta provar o alegado por todos os meios de


direito admitidos;
VII. Caso os documentos digitalizados sejam
considerados ilegíveis, protesta pela nova juntada no
prazo de 10 dias;
Todas as citações e intimações deverão ser feitas em
nome de NomeF. Cazerta, 00.000 OAB/UF, sob pena de
nulidade.
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Atribuiu-se à causa o valor de R$ 00.000,00(dozes mil


novecentos e noventa e sete reais).

Termos em que, pede-se deferimento

Araçatuba - SP, 27 de janeiro de 2022.

Nome
00.000 OAB/UF
Nome
Estagiária de Direito

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