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No caso do golpe do motoboy, o golpista realiza uma ligação para a vítima, se passando por um
funcionário do banco, informando que o cartão dela está sendo usado para compras suspeitas e, por
isso, ele precisa ser cancelado.
Durante a ligação, o golpista solicita alguns dados da vítima, incluindo a senha, e a orienta cortar o
cartão ao meio.
Em momento posterior, volta a ligar para a vítima e avisa que um funcionário do banco vai pegar o
cartão cortado como medida de segurança. Dessa forma, tendo disponíveis os dados, senha e chip
do cartão da vítima, o golpista consegue fazer diversas compras.
Assim que se der conta da fraude, o cliente deve além de realizar um registro de ocorrência na
delegacia, deve procurar o banco e comunicar a fraude para que as operações suspeitas possam ser
bloqueadas ou canceladas.
Constatado o golpe, se o banco não tomar as medidas necessárias de segurança, restará configurada
falha na prestação do serviço. Isso porque, quando as operações realizadas e os valores fugirem ao
perfil do cliente, não correspondendo às suas práticas habituais como usuário, de forma evidente, é
dever do banco ou da instituição financeira proceder ao bloqueio a fim de averiguar se aquela
operação realmente procede ou se é fruto de fraude. Se não o faz, poderá também ser
responsabilizado.
PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO
IDOSO 70 ANOS
NOME DO AUTOR, nacionalidade, estado civil, profissão, RG nº ....., órgão expedidor e inscrito no
CPF/MF sob o nº ...., residente e domiciliado ...., por sua advogada infra-assinada, já devidamente
constituída e qualificada em instrumento de mandato procuratório em anexo, com endereço
profissional endereço na ...., onde recebe notificações e intimações (CPC, art.39, I), vem
respeitosamente a presença de Vossa Excelência com fulcro nos arts. 186 e 927 do Código Civil, bem
como no art. 5°, V, CRFB/88 e demais dispositivos legais previstos no Código de Defesa do
Consumidor propor:
AÇÃO DE RESTITUIÇÃO POR FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO BANCÁRIO C/C DANOS MATERIAIS
E MORAIS.
Contra o Banco ......, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº ....., estabelecida com
endereço ....... pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
I – PRELIMINARES
A parte autora possui 70 anos, de modo que, conforme previsto no artigo 71 do Estatuto da Pessoa
Idosa e, artigo 1.048 do Código de Processo Civil, lhe é assegurada o direito fundamental de
prioridade de tramitação dos processos, razão pela qual requer a prioridade na tramitação do feito.
B) DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Outrossim, Vossa Excelência, caso a parte autora comprometa a sua renda financeira com estas
custas processuais, estará ainda mais impossibilitado de arcar com os seus gastos mensais, como
moradia, alimentação, transporte, enfim, custos para que consiga sobreviver de forma digna. Então,
caso este juízo negue a gratuidade da justiça, irá a parte autora, consequentemente, incapacitado de
continuar litigando em busca de um direito legítimo seu em face da instituição bancária demandada.
Então, requer-se a este juízo a concessão do benefício à gratuidade da justiça, bem como a juntada
dos documentos comprobatórios que demonstram a imprescindibilidade da parte demandante no
que tange à gratuidade, a fim de que consiga exercer o seu direito constitucional de acesso ao
judiciário, de forma efetiva e plena, sem comprometer com sua renda financeira e de sua família.
Nos termos do art. 272, §§2º e 5º do Código de Processo Civil, requer que todas as Intimações,
Publicações e Notificações, dizendo respeito à presente ação, tenham a devida publicação, com
expressa indicação, sempre, em nome da Dra. ......, OAB/UF nº....... .
Já as Intimações e Notificações que, “in eventum”, possam vir a ser excepcionalmente expedidas, via
postal, requer que sejam endereçadas, sempre, aos cuidados dos mesmos patronos ora constituídos.
Por oportuno, requer que todas as notificações e publicações referentes ao processo em epigrafe
sejam realizados em nome da Dra. ......, OAB/UF nº....... (procuração nos autos).
E-mail: ....... Na forma do art. 272 do CPC/2015, sob pena de nulidade.
Durante a ligação, o suposto funcionário solicitou ainda alguns dados do autor, incluindo a senha, e
o orientou a cortar o cartão ao meio.
No mesmo dia, em momento posterior, por volta das ..... h., o mesmo funcionário voltou a ligar para
o autor, avisando que como medida de segurança, um outro funcionário do banco passaria em sua
residência para pegar o cartão cortado. E assim foi feito.
No mesmo dia, às ..... h. um motoboy se identificando como preposto do banco ..... passou na
residência do autor e recolheu o cartão, dizendo que este seria inutilizado.
No dia seguinte, a parte autora identificou através do seu aplicativo Internet Banking, que tinham
sido realizadas várias compras, transferências realizadas por PIX e realizado um empréstimo em
nome do autor, transações essas desconhecidas pela parte autora (AG. ..... CONTA ...), conforme
relacionado abaixo:
(DISCRIMINAR OS VALORES E OPERAÇÕES FRAUDULENTAS)
Nesse momento, tomando ciência de que havia sido vítima de estelionato e fraude, o autor
prontamente entrou em contato com o banco através dos canais disponíveis ao cliente, tanto em
conversas através de chats e ligação, onde recebeu informações desencontradas, bem como não foi
devidamente orientado, inclusive sendo ele próprio responsabilizado por falha na segurança, ao
disponibilizar seus dados, senha e chip do seu cartão a terceiros sem proceder à verificação da
veracidade das informações dadas pelo golpista.
Diante disso, o autor realizou Boletim de Ocorrência (nº ......) na delegacia mais próxima de sua
residência, e lá ficou sabendo que havia sido mais uma vítima do chamado “GOLPE DO MOTOBOY”.
O autor, com o Boletim de Ocorrência (nº........) em mãos, foi até o banco de forma presencial para
falar com a gerente de sua conta, que não lhe deu a devida atenção, tratando-o com desídia,
informando que diante do fato, infelizmente não poderia fazer nada no sentido de minimizar ou
bloquear as operações tendo em vista que o próprio cliente deu azo à fraude da qual foi vitimado.
E por inúmeras vezes, a parte autora tentou resolver administrativamente com a Instituição
Financeira responsável, o que não foi possível, tendo em vista a recusa do banco.
Ocorre que, assim que se deu conta da fraude, o cliente tomou todas as medidas cabíveis como
comunicação ao banco e realização do boletim de ocorrência, e por sua vez, diante da comunicação
de um crime e de realização de operações suspeitas não reconhecidas pelo seu cliente, cabe ao
banco proceder de forma a assegurar e averiguar a veracidade de tais operações e, em caso de
suspeita, realizar o bloqueio ou cancelamento.
Assim, constatado o golpe, se o banco não tomar as medidas necessárias de segurança, restará
configurada falha na prestação do serviço. Isso porque, quando as operações realizadas e os valores
fugirem ao perfil do cliente, não correspondendo às suas práticas habituais como usuário, de forma
evidente, é dever do banco ou da instituição financeira proceder ao bloqueio a fim de averiguar se
aquela operação realmente procede ou se é fruto de fraude. Se não o faz, poderá também ser
responsabilizado.
III. DO DIREITO
Para que não paire dúvida sobre a irregularidade cometida pelo Réu, faz-se necessária a inversão do
ônus da prova, nos termos do inciso VIII do artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor, pois a
relação jurídica entre as partes está resguardada pelo CDC.
Por essa razão, impõe-se a inversão do ônus da prova, devendo a instituição financeira apresentar
em juízo toda a documentação referente aos dados das transações realizadas e especificando de
forma detalhada, afim de que possa ser comprovado a higidez da operação.
Em ato contínuo, o Banco Central do Brasil, no Art. 4º, inciso II da referida Resolução reforça que as
Instituições Financeiras e demais Instituições autorizadas, devem assegurar:
Conforme súmula 297 do STJ e art. 3, §2º do Código de Defesa do Consumidor (CDC), as relações
jurídicas realizadas entre uma pessoa física e uma instituição financeira são definidas como uma
relação de consumo, em que existe a procura por um serviço e o fornecimento do mesmo, conforme
segue:
Art. 3º, CDC. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
[...] § 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária,
salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
O banco como prestador de serviços, possui responsabilidade objetiva com relação a qualquer risco
inerente a sua atividade, com isso, o dano seja gerado por um fortuito interno ele deverá ressarcir o
consumidor independentemente de culpa, conforme Súmula 479 do STJ, in verbis:
Com isso, quanto a responsabilidade civil do banco, considera o aplicado no art. 927 do Código Cível
(CC), que preceitua que por aquele que comete ilícito, e causar dano a outrem deverá repará-lo
independentemente de culpa.
Importa ressaltar que diante disso não há que se falar em culpa do autor em ter fornecido seus
dados, senha e cartão parcialmente danificado a terceiro golpista. Inclusive o STJ no REsp nº
1995458/SP, o Min. Villas Boas Cueva inaugurou divergência ao pontuar que o caso se trata de
fortuito interno do banco, sendo assim, responsabilidade integral da instituição financeira. Isso
porque a empresa deixou de adotar medidas razoáveis para que aquela lesão se concretizasse.
Destacou, ainda, que em curto período após a entrega do cartão picotado ao motoboy, ocorreram
débitos de “valores incongruentes com a prática daquele consumidor, o que faria que fossem
acionados algoritmos que avisam que o comportamento daquele usuário do cartão é incomum”.
No caso não é razoável entender que a vítima, ao digitar sua senha pessoal no teclado
de seu telefone depois de ouvir a confirmação de todos os seus dados pessoais e destruir
parcialmente o cartão antes de entregá-lo a terceiro que dizia ser preposto do banco
assumiu o risco de vir a sofrer danos, sobretudo por se tratar de pessoa idosa, em que a
imputação de responsabilidade deve ser feita considerando sua peculiar situação de
consumidor.
Para a melhor elucidação, com base na LEI Nº 12.965, art. 10, parágrafo 1º, diante das dificuldades e
condições financeiras da parte autora, cabe ainda a requisição de dados de ....., de CPF: ....., titular
da Conta: ....., na Agência....., Instituição Bancária ...., pessoa vinculada a chave (e- mail, telefone,
CPF, chave aleatória), a fim de identificar a transação fraudulenta assim como o eventual
cometimento de delito, necessitando para tanto que Instituição Financeira ré, que na presente
demanda na condição de litisconsorte deverá proceder e se assim entender o Juízo e desde já
requerendo o fornecimento do CPF completo vinculado a presente conta, além do endereço
domiciliar, bem como outros dados que possam trazer a melhor qualificação deste terceiro na
relação.
Assim sendo, o parágrafo 1º. do art. 10 da Lei n. 12.965/14 estabelece que o propósito primário da
quebra do sigilo informacional pode ser justamente a descoberta da autoria de crimes.
Por fim, pleiteia-se a Vossa Excelência que seja dado total procedência à ação de conhecimento,
visto que o consumidor foi excessivamente lesado, ao sofrer uma ação fraudulenta. Tal fato lhe
gerou prejuízo de ordem financeira, tendo em vista que ser aposentado tendo de arcar com as
despesas realizadas em seu nome e sobre as quais não reconhece sendo fruto de fraude.
Insta mencionar que a ausência de tais valores fizeram e fazem falta no orçamento do autor e
geraram seu superendividamento, além dos danos extrapatrimoniais comprometendo o seu mínimo
existencial.
Resta evidente que a parte autora deve ser restituída pelos danos materiais correspondente ao
dobro dos valores indevidamente cobrados, acrescidos de atualização monetária e juros de mora. É
incontestável a má-fé da instituição financeira. Basta observar a falta do dever de cuidado com o
autor, acarretando um numa ação fraudulenta, onde a própria Instituição Bancária é conivente, e
que se situa na categoria do enriquecimento sem causa, nos termos do Artigo 884 do Código Civil.
Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a
restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.
A reparação a parte autora é fundamental para que a Instituição Financeira não reincida na conduta,
conforme previsão no artigo 42, parágrafo único do Código de Defesa do Consumidor:
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do
indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção
monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.
Nesse sentido, cita-se o posicionamento do Tribunal de Justiça do Paraná a respeito do tema que
assim dispôs:
Posto isso, em conformidade com os artigos 14 e 42 do CDC, desde logo, requer- se que este Douto
Juízo condene expressamente a Instituição Financeira a devolver EM DOBRO a quantia paga
indevidamente – valores que perfazem, nestes moldes, na forma simples, uma média de R$ ..... (por
extenso), a título de danos materiais, totalizando assim a repetição de indébito um montante de
R$ ...... (por extenso).
F) DO DANO MORAL
Trata-se de dano moral in re ipsa, que dispensa a comprovação da extensão dos prejuízos, sendo
estes evidenciados pelas circunstâncias do fato, conforme entendimento firmado pelo STJ. Cumpre
salientar que a indenização em comento é indispensável, pois tem caráter repressivo e pedagógico.
É incontroverso que o Banco deve responder objetivamente pelos danos causados, em harmonia
com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça: Súmula 37, que estabelece que “são
cumuláveis as indenizações por dano material e moral oriundos do mesmo fato”.
Isto posto, requer que seja a Instituição Financeira condenada a indenizar a parte autora no valor de
R$ ...... (por extenso)., pelos danos morais advindos da conduta ilícita praticada.
O reconhecimento da perda involuntária do tempo como um dano causado pelo mau atendimento
das demandas de consumo por parte dos fornecedores de produtos e serviços revela-se como um
dos mais importantes e atuais avanços na defesa do consumidor.
O dano temporal está relacionado com a área do direito do consumidor, derivado do dever de sua
proteção pelo Estado, previsto no art. 5º, XXXII, da Constituição Federal, o qual trata-se de um
verdadeiro bem jurídico do indivíduo brasileiro, permeia todo o sistema jurídico brasileiro, em que
está pautado em prazos.
No mundo atual, marcado pelas rotinas agitadas e pelos compromissos urgentes, pensar em tempo
significa muito mais lidar com a sua escassez do que com a sua abundância.
Se tomado como um tipo de recurso, o tempo é caro e finito;se concebido como uma espécie de
direito, o tempo é componente do próprio direito à vida. Se é questão de direito, o tempo também é
questão de justiça.
O consumidor tem sido constantemente alvo dessa subtração de tempo, especialmente em razão
das longas jornadas a que costuma ser submetido ao se deparar com defeito em um produto ou
serviço.
A Teoria do desvio produtivo sustenta que o tempo é o suporte implícito da vida, que
dura certo tempo e nele se desenvolve, e a vida constitui-se das próprias atividades
existenciais que cada um escolhe nela realizar. Logo o tempo é tanto um dos objetos do
direito fundamental à vida – ou seja, um bem jurídico constitucional – quanto um
atributo da personalidade tutelado no rol aberto dos direitos da personalidade.
Reitera-se que a parte autora tentou extrajudicialmente inúmeras vezes solucionar seu problema,
contudo, sequer obteve resposta pela Requerida.
A teoria do desvio produtivo foi aplicada no REsp 1.737.412 – o tempo perdido no atendimento
precário de agências bancárias – a Ministra Nancy Andrighi comentou que, a sociedade pós-
industrial, o consumo de um produto ou serviço de qualidade, produzido por um fornecedor
especializado na atividade, tem a utilidade subjacente de tornar disponíveis o tempo e as
competências que o consumidor precisaria para produzi-lo para o seu próprio uso.
Dessa análise, de acordo com a relatora, extrai-se uma espécie de função social da atividade dos
fornecedores, relacionada à otimização e ao máximo aproveitamento dos recursos produtivos
disponíveis na sociedade – entre eles, o tempo.
Assim, resta claro o dano temporal pelo tempo perdido pelo Autor, cabendo indenização justa
para amenizar o tempo perdido.
Ressalte-se que a celeuma poderia ter sido resolvida de forma administrativa, o que não foi possível
por intransigência do Requerida, havendo a necessidade acionar o Poder Judiciário.
Assim, deve a Requerida ser condenada a indenizar o Autor, a título de indenização por danos
temporais valor não inferior a R$....... (por extenso) pelo tempo perdido e, mormente, por
produzirem reflexos materiais.
Por fim, pleiteia-se a Vossa Excelência que seja dado TOTAL PROCEDÊNCIA À AÇÃO DE
CONHECIMENTO, visto que o consumidor foi excessivamente lesado, ao sofrer uma ação
fraudulenta. Tal fato lhe gerou incontáveis prejuízos de ordem financeira, tendo em vista que a
ausência dos valores discutidos fez bastante falta no orçamento e geraram seu superendividamento,
além dos danos extrapatrimoniais, comprometeram o seu mínimo existencial.
Nos moldes do art. 84 do CDC, o Juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir
medidas antecipatória para assegurar o resultado prático da demanda. Subsidiariamente, o art. 300
do CPC estabelece alguns requisitos para a concessão da tutela antecipada de urgência, a saber: a
fumus boni iuris e o periculum in mora.
A fumaça do bom direito é patente, porque o pleito autoral tem como escopo norma de Direito
Fundamental, bem como os fatos ora narrados são ratificados pelas provas que escoltam a peça
vestibular, revelando, assim, a probabilidade do direito invocado.
Resta evidente o perigo de se aguardar provimento judicial posterior, na medida em que a parte
autora continuará a sofrer descontos indevidos em seus vencimentos mensais de modo que
poderá comprometer gravemente seu sustento e do seu núcleo familiar, o que,
consequentemente, pode causar dano irreparável ou de difícil reparação, circunstância essa
suficiente para caracterizar a urgência do provimento.
Por outro lado, a concessão da liminar não trará qualquer encargo ao Reclamado, que poderá
restabelecer os descontos, no fim do processo, acaso sobrevenha Sentença de Improcedência dos
pleitos autorais.
Com efeito, vindica-se imediato provimento judicial, a fim de determinar que o Réu proceda a
suspensão dos descontos na conta do autor até ulterior decisão deste Juízo, tudo isso no prazo de
48H, sob pena de multa diária de R$ 500,00 por dia de atraso.
DOS PEDIDOS
f) Proceder com a citação do réu para, querendo, apresentar contestação, sob pena de seu
não oferecimento importar na incidência dos efeitos da revelia e na aceitação das alegações de fato
formuladas, nos moldes do art. 344 do CPC/15;
i) Requer que seja a Instituição Financeira condenada a indenizar a parte autora no valor de R$
...... (por extenso), pelos danos morais advindos da conduta ilícita praticada e do desvio produtivo do
consumidor.
j) Que seja determinado a quebra do sigilo informacional, com base no parágrafo 1º. do art. 10
da Lei n. 12.965/14.
Protesta provar o alegado por todos os meios de Prova em direito admissíveis, especialmente a
documental inclusa e depoimento pessoal do Representante da Demandada sob pena de Confissão,
bem como a apresentação de demais documentos que entender necessários e que forem
ordenados, tudo nos termos do artigo 369 do Novo Código de Processo Civil.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, Data.
ADVOGADO
OAB/UF nº.....