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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível do Foro de Mogi das
Cruzes, São Paulo.
Dos Fatos:
O autor mantém contrato de conta-corrente com o banco réu, onde inclusive
recebe os seus parcos rendimentos. Trata-se de conta-corrente simples, sem cheque especial ou
qualquer outro contrato acessório, daí a razão de o autor ter estranhado quando recebeu em sua
residência, em meados de maio próximo passado, cartão de crédito emitido pelo banco em seu
favor (cartão não solicitado). Como o cartão estava bloqueado, havendo uma tarja de aviso nele
no sentido de que o desbloqueio deveria ser feito na agência, não deu maior atenção ao assunto.
Qual não foi então sua surpresa quando no mês seguinte recebeu uma fatura
do referido cartão de crédito no valor de R$ 1.745,32 (um mil, setecentos e quarenta e cinco reais
e trinta e dois centavos); ou seja, várias compras haviam sido feitas utilizando o referido cartão
sem que o autor o tivesse desbloqueado ou usado.
Mesmo revoltado com as exigências, afinal ele não só não tinha utilizado o
cartão de crédito, mas o que é pior, não o tinha requerido, o autor procedeu conforme orientado,
sendo que na agência lhe disseram que o prazo para resposta era de 4 (quatro meses).
Alguns dias depois, o autor percebeu que foi debitado em sua conta-corrente
o valor de R$ 174,53 (cento e setenta e quatro reais e cinquenta e três centavos), referente à
parcela mínima do saldo do referido cartão de crédito. Veja, douto Magistrado, o autor vive da
sua pequena aposentadoria, sendo que ela mal dá para os remédios e para a manutenção sua e da
sua família, ele simplesmente não pode viver sem o referido valor. Desesperado, ele compareceu
na agência, mas os prepostos da ré simplesmente lhe disseram que nada podia ser feito.
Do Direito:
“Da aplicação do Código de Defesa do Consumidor”.
(grifo nosso)
Dos Pedidos:
Ante o exposto, considerando que a pretensão do autor encontra fundamento
no Código de Defesa do Consumidor e na jurisprudência do STJ, como indicado em item próprio
retro, requer:
Em atenção ao que determina o art. 319, VII, do CPC, o autor registra que
NÃO TEM interesse na designação de audiência de conciliação neste momento, fato que apenas
atrasaria o trâmite do feito.
Termos em que,
P. Deferimento.