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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DE ALGUMA DAS

VARAS DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE XXX, ESTADO DE XXX.


NOME DO AUTOR, qualificaçã o completa, vem, respeitosamente à presença de Vossa
Excelência, através de seu advogado que esta subscreve, instrumento de mandato anexo,
com supedâ neo nos arts. 81 e 83 do Có digo de Defesa do Consumidor, propor
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA C/ PEDIDO DE CONDENAÇÃO POR
DANOS MORAIS C/C PEDIDO LIMINAR
em face do NOME DO RÉU, qualificaçã o completa, pelos motivos de fato e de direito a
seguir aduzidos.
I - DOS FATOS
O Autor é titular de conta nº xxx, na modalidade conta fá cil, na agência da instituiçã o
bancá ria acima qualificada, ora Ré. Tal conta é aberta através do aplicativo do Banco xxx,
vinculada a uma agência especifica e possui um limite de até R$ 500,00 (quinhentos reais)
mensais para movimentaçõ es, todavia, caso o usuá rio faça uma “selfie” e mande documento
de identificaçã o através da plataforma do aplicativo, tal limite passa a ser de R$ 5.000,00
(cinco mil reais), sendo essa a situaçã o do Autor.
Ocorre que no mês de novembro, o Autor, teve um depó sito no valor de R$ 6.668,17 (seis
mil seiscentos e sessenta e oito reais e dezessete centavos), o que acabou por bloquear a
conta e impedindo este de realizar qualquer saque ou transferencia bancá ria, seja por meio
eletrô nico, seja presencialmente na agência, dado que ultrapassou o limite da conta fá cil.
Destarte, em (data), à s (hora), conforme recibo de atendimento anexo, o Requerente
compareceu a agência Ré afim de resolver a situaçã o. Foi atendido pela gerente de mesa
xxx, dizendo ela que diante dessa situaçã o, o Requerente teria duas opçõ es, sendo: (1) sacar
todo o montante e encerrar a conta ou (2) fazer o “upgrade” para uma conta paga de
serviços bancá rios.
Cumpre informar que o Requerente realizou a abertura dessa conta para recebimento de
ativos oriundos do convênio da OAB/SP e Defensoria Pú blica e por esse motivo nã o deseja
encerrar a sua conta, sem contar o fato, que há certidõ es retro protocoladas e respectivos
honorá rios programados para serem recebidos em (data do recebimento), sob prejuízo do
nã o recebimento ou recebimento tardio de seus merecidos honorá rios por ó bice do Réu,
conforme se verá adiante.
Nesse segmento, na data supra citada, o Autor informou a gerente xxx, que ele gostaria de
fazer a abertura de conta de serviços essenciais, de acordo com a Resoluçã o nº 3.919/10 do
Banco Central do Brasil (Bacen).
Para sua surpresa, a gerente xxx, de forma ríspida e mal-educada, deixando o Autor
perplexo, já que este apenas requereu a abertura de conta na modalidade serviços
essenciais, ela disse a ele "que não seria possível fazer a abertura dessa conta gratuita,
porque o banco teria outra resolução que o desobrigaria a fazer a abertura da conta”
e “que na mesma resolução que você disse, ela diz que existe um contrato entre as
partes e que por isso, o banco poderia se recusar a abrir uma conta para você”,
momento presenciado pelos gerentes das mesas ao lado e seguranças do banco, apesar
desses estarem mais afastados, veja Excelência, atitude de uma funcioná ria de uma
empresa estatal agindo ao arrepio do determinado legalmente, das normas bá sicas de
convivência social e educaçã o.
Perplexo com a situaçã o e sem entender o motivo do tratamento agressivo por parte da
gerente, o Autor, informou o nú mero da resoluçã o, informou que era advogado e inclusive
possuía uma conta de serviços essenciais na agência do banco xxx que ficava ao lado desta
agência, que ela poderia conferir a informaçã o com o setor jurídico ou outra pessoa do
banco. Entã o, a partir desse momento, a gerente começou a ignorar completamente
qualquer palavra do Requerente, como se ele nã o estivesse ali e a mexer no computador, o
Requerente entã o sentindo-se envergonhado e falando"sozinho", disse a ela que iria
procurar seus direitos, ela entã o disse que “ela tinha o papel de uma resolução lá, mas
perdeu, então essa resolução (do Bacen, informada pelo Autor) não vale.”, momento
que o Autor se levanta e vai embora, comentando a situaçã o que acabara de acontecer com
um funcioná rio do banco que é responsá vel pela triagem e assistência nos caixas
eletrô nicos, na saída da agência.
Veja Excelência, a instituiçã o Ré, representada por sua gerente, agiu em total
desconformidade com as prá ticas de boas maneiras e com a legislaçã o vigente, ao negar a
abertura de uma conta de depó sitos de serviços essenciais e ao negar-se a abertura,
conceder um tratamento desprezível para com o Requerente.
Insta esclarecer, que a conta que o Autor possui (conta fá cil) nã o é aquela prevista na
resoluçã o supracitada do Bacen (serviços essenciais), pois tal resoluçã o nã o estabelece
limite mensal de movimentaçõ es e a Ré em seu pró prio site diz oferecer a conta que o
Autor deseja fazer a abertura e nã o consegue devido a arbitrariedade da agência Ré.
Nã o obstante, por esse motivo, o Autor está com seus ativos bloqueados e necessita do
desbloqueio do valor total, R$ 6.833,62 (seis mil oitocentos e trinta e três reais e sessenta e
dois centavos) de forma célere, pois há riscos de graves prejuízos financeiros, pois existem
obrigaçõ es e contas à pagar, nã o pode ser compelido e ser vitima da arbitrariedade do
Requerido, que se nega a cumprir o que é determinado em nosso ordenamento jurídico.
Outrossim, a instituiçã o bancá ria Ré se negou a realizar a abertura de conta em nome do
Autor de serviços essenciais regulamentada pelo BACEN e ofertada no pró prio site do
Banco xxx
Por esse motivo, o Autor busca o prestaçã o jurisdicional, para receber seus ativos que lhe
pertencem por direito e abrir uma conta na modalidade de serviços essenciais.
II – DO PEDIDO LIMINAR
Sã o requisitos para a concessã o da tutela de urgência, a probalidade do direito e o perigo
de dano ou o risco ao resultado ú til do processo.
Neste diapasã o dispõ e a Lei nº 8.078/90 Có digo de Defesa do Consumidor:
"Art. 84. Na açã o que tenha por objeto o cumprimento da obrigaçã o de fazer ou nã o fazer, o
juiz concederá a tutela específica da obrigaçã o ou determinará providências que assegurem
o resultado prá tico equivalente ao do adimplemento.
§ 3º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficiência
do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou apó s justificaçã o
prévia, citado o réu."
O Có digo de Processo Civil também diz:
"Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado ú til do processo:
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou apó s justificaçã o prévia.
O Autor já sofre impactos econô micos negativos, pois a manutençã o do bloqueio de seus
ativos, o impedem de honrar compromissos que este já havia programado, como a fatura
do seu cartã o de crédito que possui vencimento em (data do vencimento), conforme
boleto anexo, dentre outras obrigaçõ es, necessita de seu dinheiro para realizar o
pagamento, sendo ainda, que tais ativos sã o seus por direito, nã o pode o Requerido reter tal
ativo e obrigar o Requerente a adquirir um produto pago para condiciona-lo a realizar o
saque.
Assim, temos que a tutela se faz estritamente necessá ria, restando demonstrado a
probalidade do direito, evidenciado pelo fato (i) dos ativos serem do próprio Autor e (ii)
possuir o direito por determinação do BACEN à uma conta de serviços essenciais e o
perigo de dano, na medida em que o Réu se manter os ativos bloqueados, (iii) irá
prejudicar o Autor fazendo-lhe pagar os juros do cartão de crédito e não poder
honrar outros compromissos financeiros.
III - DO DIREITO
III.I - DA EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE CONSUMO
É indiscutível a caracterizaçã o de relaçã o de consumo entre as partes, apresentando-se o
Autor como consumidor, de acordo com o previsto no art. 2º da Lei. 8.078/90 (Có digo de
Defesa do Consumidor) e a instituiçã o financeira Ré como prestadora de serviços e
portanto, fornecedora nos termos do art. 3º do aludido diploma.
Assim descrevem os artigos acima mencionados:
"Lei. 8.078/90 - Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatá rio final.
Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pú blica ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de
produçã o, montagem, criaçã o, construçã o, transformaçã o, importaçã o, exportaçã o,
distribuiçã o ou comercializaçã o de produtos ou prestaçã o de serviços."
III.II - DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
No contexto da presente demanda, há possibilidades claras de inversã o do ô nus da prova
ante a verossimilhança das alegaçõ es, conforme disposto no artigo 6º do Có digo de Defesa
do Consumidor.
"Art. 6º Sã o direitos bá sicos do consumidor: VIII – a facilitaçã o da defesa de seus direitos,
inclusive com a inversã o do ô nus da prova, a seu favor, no processo civil, quando a critério
do juiz, for verossímil a alegaçã o ou quando for ele hipossuficiente, seguindo as regras
ordiná rias de expectativas."
Outrossim, é dever do Requerido demonstrar provas em contrá rio ao que foi exposto pelo
Autor, informa ainda, que algumas provas seguem anexas.
Destarte, as demais provas que se acharem necessá rias para resoluçã o da lide, deverã o ser
observadas o exposto na citaçã o acima, pois se trata de princípios bá sicos de direitos do
consumidor.
III.III - DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
Apesar de o Autor ter requerido e tentado realizar a abertura de conta de depó sito
(serviços essenciais) com o Requerido, como manda o Banco Central do Brasil em sua
Resolução nº 3.919/10 e como dispõe a oferta da conta em seu próprio site, este nã o o
fez, para obrigar o Requerente a adquirir uma conta de serviços pagos.
Cumpre esclarecer, que o Autor também nã o deseja encerrar sua conta conforme induziu a
Ré, dado que possui ativos agendados em sua conta para recebimento em (data do
vencimento) e por ser obrigató rio conta no Banco do Brasil em razã o do convênio OAB/SP
e Defensoria Pú blica, conforme certidõ es anexas.
Vejamos o que diz o dispositivo supra citado:
"Art. 2º É vedada à s instituiçõ es mencionadas no art. 1º a cobrança de tarifas pela
prestaçã o de serviços bancá rios essenciais a pessoas naturais, assim considerados aqueles
relativos a:
I - conta de depó sitos à vista:
a) fornecimento de cartã o com funçã o débito;
b) fornecimento de segunda via do cartã o referido na alínea a, exceto nos casos de pedidos
de reposiçã o formulados pelo correntista decorrentes de perda, roubo, furto, danificaçã o e
outros motivos nã o imputá veis à instituiçã o emitente;
c) realizaçã o de até quatro saques, por mês, em guichê de caixa, inclusive por meio de
cheque ou de cheque avulso, ou em terminal de autoatendimento;
d) realizaçã o de até duas transferências de recursos entre contas na pró pria instituiçã o, por
mês, em guichê de caixa, em terminal de autoatendimento e/ou pela internet;
e) fornecimento de até dois extratos, por mês, contendo a movimentaçã o dos ú ltimos trinta
dias por meio de guichê de caixa e/ou de terminal de autoatendimento;
f) realizaçã o de consultas mediante utilizaçã o da internet; g) fornecimento do extrato de
que trata o art. 19;
h) compensaçã o de cheques;
i) fornecimento de até dez folhas de cheques por mês, desde que o correntista reú na os
requisitos necessá rios à utilizaçã o de cheques, de acordo com a regulamentaçã o em vigor e
as condiçõ es pactuadas; e
j) prestaçã o de qualquer serviço por meios eletrô nicos, no caso de contas cujos contratos
prevejam utilizar exclusivamente meios eletrô nicos;
(…)."
Destarte, se faz necessária a tutela do Estado para que determine o Banco Requerido
à proceder com a abertura de conta depósito na modalidade de serviços essenciais.
III.IV - DO DANO MORAL
O Réu ao negar-se a abertura de conta para o Autor, ainda ofereceu-lhe tratamento
desprezível, ríspido e com pouca educaçã o.
Dizer que o banco poderia recusar-se a realizar a abertura de conta de serviços essenciais
para o Autor, que é de concessã o obrigató ria de acordo com a resoluçã o 3919/2010 do
Bacen e o fato da gerente simplesmente ignorar o Autor como se ele ali nã o estivesse e
dizer que o banco nã o precisaria seguir nenhuma norma, dado que “eles tinham perdido o
papel que estava escrito a resolução."
A conduta do Réu encontra tipificaçã o contrá ria a determinaçã o legal, inclusive sendo
vedada no Có digo de Defesa do Consumidor, no qual expõ e que o fornecedor nã o pode
recusar-se a venda ou a prestaçã o de serviços, a quem se disponha a adquiri-los, conforme
segue:
"Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras prá ticas abusivas:
IX - recusar a venda de bens ou a prestaçã o de serviços, diretamente a quem se disponha a
adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediaçã o regulados
em leis especiais;"
Lamentavelmente o Autor da açã o sofreu grande desgosto, humilhaçã o, sentiu-se
desamparado e sofreu grande desgaste emocional.
Ainda, a jurisprudência de nosso estado já se manifestou a respeito de cobrança indevida:
"Açã o de repetiçã o de indébito c/c indenizaçã o por dano moral. Cobrança de pacote de
serviços efetuada pelo banco. Sentença de improcedência. Apelo do autor. Banco que nã o
demonstrou a contrataçã o dos serviços cobrados. Cobrança abusiva nos termos da
Resoluçã o 3919/2010. Vedada a cobrança de serviços essenciais à manutenção de
conta corrente de pessoas físicas. Banco que de forma abusiva desconta 10 parcelas dos
denominados 'pacotes de serviços' de uma só vez da conta do autor. Conduta abusiva.
Repetiçã o que dos valores indevidamente cobrados que deve ser feita em dobro. Art. 42 do
Có digo de Defesa do Consumidor e artigo 940 do Có digo Civil. (…)."
(TJ-SP - APL: 00184252420128260562 SP 0018425-24.2012.8.26.0562, Relator: Virgilio de
Oliveira Junior, Data de Julgamento: 17/02/2014, 21ª Câ mara de Direito Privado, Data de
Publicaçã o: 19/02/2014) (grifos nossos).
Neste espeque:
"JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. RECURSO INOMINADO. DIREITO DO CONSUMIDOR. INVERSÃ O
DO Ô NUS DA PROVA. TARIFAS BANCÁ RIAS. COBRANÇA ILÍCITA POR SERVIÇOS
BANCÁRIOS CONSIDERADOS ESSENCIAIS. ART. 39, INCISO III DO CDC C/C RESOLUÇÕ ES
N.º 4.196/2013 e 3.919/2010 DO BACEN. NECESSIDADE PACTUAÇÃO EXPRESSA
PACOTE DE SERVIÇOS EXTRAS PARA LEGITIMAR A COBRANÇA DE TARIFAS/TAXAS
ADICIONAIS. DESCONTO INDEVIDO EM CONTA-CORRENTE. DANO IN RE IPSA. (Recurso
Inominado, Processo nº 1001244-07.2014.822.0021, Tribunal de Justiça do Estado de
Rondô nia, Turma Recursal, Relator (a) do Acó rdã o: Juíza Euma Mendonça Tourinho, Data
de julgamento: 28/01/2016)"
(TJ-RO - RI: 10012440720148220021 RO 1001244-07.2014.822.0021, Relator: Juíza Euma
Mendonça Tourinho, Data de Julgamento: 28/01/2016, Turma Recursal, Data de
Publicaçã o: Processo publicado no Diá rio Oficial em 02/02/2016.) (grifos nossos).
Além disso, também preconiza o Có digo Civil, em seu art. 927, que “aquele que, por ato
ilícito (artigos 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará -lo", especificando
exatamente a conduta do Requerido.
Nesse sentido, é merecedor de indenizaçã o por danos morais, a professora Maria Helena
Diniz explica que dano moral:
“é a dor, angú stia, o desgosto, a afliçã o espiritual, a humilhaçã o, o complexo que sofre a
vítima de evento danoso, pois estes estados de espírito constituem o conteú do, ou melhor,
a conseqü ência do dano”. (…) “o direito nã o repara qualquer padecimento, dor ou afliçã o,
mas aqueles que forem decorrentes da privaçã o de um bem jurídico sobre o qual a vítima
teria interesse reconhecido juridicamente”
(Curso de Direito Civil – Responsabilidade Civil, Ed. Saraiva, 18ª ed., 7ºv., c.3.1, p.92).
Assim, é inegá vel a responsabilidade do fornecedor, pois os danos morais sã o também
aplicados como forma coercitiva, ou melhor, de modo a reprimir a conduta praticada pela
parte Ré, que de fato prejudicou o Autor da açã o.
III.V - DO QUANTUM INDENIZATÓRIO
Para fixar o valor indenizató rio do dano moral, deve o juiz observar as funçõ es
ressarcitó rias e putativas da indenizaçã o, bem como a repercussã o do dano, a possibilidade
econô mica do ofensor e o princípio de que o dano nã o pode servir de fonte de lucro.
Nesse sentido, esclarece Sérgio Cavalieri Filho que:
“(...) o juiz, ao valor do dano moral, deve arbitrar uma quantia que, de acordo com seu
prudente arbítrio, seja compatível com a reprovabilidade da conduta ilícita, a intensidade e
duraçã o do sofrimento experimentado pela vítima, a capacidade econô mica do causador do
dano, as condiçõ es sociais do ofendido, e outras circunstâ ncias mais que se fizerem
presentes”.
A indenizaçã o do dano moral deve ser fixada em termos razoá veis, nã o se justificando que a
reparaçã o venha a constituir-se em enriquecimento sem causa, com manifestos abusos e
exageros, devendo o arbitramento operar-se com moderaçã o, proporcionalmente ao grau
de culpa e ao porte econô mico das partes, orientando-se o juiz pelos critérios sugeridos
pela doutrina e pela jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência, e do
bom-senso, atendo à realidade da vida e à s peculiaridades de cada caso.
Ademais, deve ela contribuir para desestimular o ofensor repetir o ato, inibindo sua
conduta antijurídica (RSTJ 137/486 e STJ-RT 775/211).
Portanto, estando configurada a prá tica de ato ilícito por parte do Requerido, o quantum
debeatur à título de dano moral que deverá ser arbitrado por este MM. Juízo de modo
compensar o sofrimento do Requerente, bem como compelir o Requerido a nã o mais
esquivar-se de suas responsabilidades legais ao praticar conduta ilícita, valor esse que o
Requente sugere ser de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
IV - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se:
a) DEFERIMENTO do pedido liminar nos termos do art. 84 § 3º do Có digo de Defesa do
Consumidor, para determinar o Réu que libere os ativos do Autor que estã o bloqueados no
valor de R$ 6.833,62 (seis mil oitocentos e trinta e três reais e sessenta e dois centavos)
com fixaçã o de multa diá ria pelo nã o cumprimento do determinado;
b) Reconhecimento da relaçã o de consumo e inversã o do ô nus da prova, nos termos do art.
6º, VIII, do Có digo de Defesa do Consumidor;
c) Citaçã o da parte Ré para que apresente contestaçã o no prazo legal, sob pena de revelia;
d) Que seja confirmado o pedido liminar e seja julgado PROCEDENTE o pedido formulado
pelo Autor para determinar que a Requerida realize abertura de conta de serviços
essenciais em nome do Requerente, conforme fundamentaçã o exposta;
e) Que seja julgado PROCEDENTE o pedido de indenizaçã o por danos morais condenando a
parte Ré a pagar os danos morais no montante justo de R$ 10.000,00 (dez mil reais);
f) A condenaçã o do Requerido ao pagamento das custas e honorá rios advocatícios;
g) A designaçã o da audiência de conciliaçã o, nos termos do Có digo de Processo Civil;
h) Pretende provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito.
Nestes termos, dá -se à causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
Termos em que, pede deferimento.
Cidade, data.
NOME DO ADVOGADO
OAB/XX Nº XXX

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