Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
COMARCA DE CIDADE/TJXXX
PESSOA IDOSA, PRIORIDADE – TUTELA DE URGÊNCIA
– AÇÃO ANULATÓRIA E DECLARATÓRIA – GOLPE DO
FALSO MOTOBOY – COMPRAS FORA DO PERFIL DA
CONSUMIDORA, MERA LIBERALIDADE DA
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA , RESPONSABILIDADE
OBJETIVA.
1. – PRELIMINARES
Nos termos do art. 272, §§2º e 5º do Código de Processo Civil, requer que
todas as Intimações, Publicações e Notificações, dizendo respeito à presente
ação, tenham a devida publicação, com expressa indicação, sempre, aos
cuidados em nome da [COLOCAR O NOME COMPLETO DO(A) ADVOGADO(A) E
SUA NUMERAÇÃO DE OAB] (procuração nos autos) E-mail: [COLOCAR O SEU
ENDEREÇO DE E-MAIL].
Com tudo isso, Douto (a) Julgador (a), é possível afirmar que a instituição
financeira ré falhou com sua segurança em todos os momentos: o primeiro
quando permitiu a compra de vultuoso valor, no valor de R$ 90.000,00 (noventa
mil reais), e transação PIX no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), em questão de
minutos, TOTALMENTE ATÍPICAS; segundo quanto ao fato que deveria possuir
mecanismos de prevenção em caso de suspeita de crime, como bloquear as
quantias transacionadas sem a possibilidade de levantamento pelo recebedor
até a colheita de informações diretas com o pagador.
2
Distância entre Brasília e São Bernardo do Campo/SP: https://www.google.com/maps/dir/SQS+206+Bl.
+C,+Asa+Sul+Superquadra+Sul+206+-+Asa+Sul,+Bras%C3%ADlia+-+DF,+70297-400/S
%C3%A3o+Bernardo+do+Campo,+SP/@-19.6463715,-50.3887051,6.5z/data=!4m14!4m13!1m5!1m1!
1s0x935a3ad071ca237f:0xfb53e46d54da8a7a!2m2!1d-47.8957304!2d-15.815674!1m5!1m1!
1s0x94ce3fc6927dd0c3:0xcdcd0d550f9656cf!2m2!1d-46.5536333!2d-23.7018047!3e0
A Instituição Banco do [NOME DO BANCO], tão somente, em resposta ao
WhatsApp da autora, dias após o ocorrido, informa que CONTESTAÇÃO FOI
NEGADA.
3. – DO DIREITO
3
Código de Defesa do Consumidor, Art. 3º, § 2° - Serviço é qualquer atividade fornecida no
mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de
crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
4
Código de Defesa do Consumidor, Art. 2° - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter
trabalhista.”
5
Código de Defesa do Consumidor, Art. 4º - I - reconhecimento da vulnerabilidade do
consumidor no mercado de consumo;
As parcelas restam fixadas em R$ 9.000,00 (nove mil reais) cada, valor
muito além, até mesmo, dos valores utilizados mensalmente pela autora desde
aquisição do referido cartão. De forma que não condiz, em hipótese alguma com
os valores de compras mensais comuns da autora. Caracterizando, portanto,
transações totalmente atípicas do perfil da autora.
Isto posto, resta claro que, a forma como as operações contestadas foram
realizadas não deixa dúvida de que houve latente falha na prestação do serviço
bancário, devendo a instituição financeira ré se abster da cobrança no cartão de
crédito da autora, vítima de fraude, bem como a restituição dos valores
transferidos via PIX, no total de R$ 6.000,00 (seis mil reais).
6
Lei Geral de Proteção de Dados, Art. 42. O controlador ou o operador que, em razão do
exercício de atividade de tratamento de dados pessoais, causar a outrem dano patrimonial,
moral, individual ou coletivo, em violação à legislação de proteção de dados pessoais, é obrigado
a repará-lo.
§ 1º A fim de assegurar a efetiva indenização ao titular dos dados:
I - o operador responde solidariamente pelos danos causados pelo tratamento quando
descumprir as obrigações da legislação de proteção de dados ou quando não tiver seguido as
instruções lícitas do controlador, hipótese em que o operador equipara-se ao controlador, salvo
nos casos de exclusão previstos no art. 43 desta Lei;
II - os controladores que estiverem diretamente envolvidos no tratamento do qual decorreram
danos ao titular dos dados respondem solidariamente, salvo nos casos de exclusão previstos no
art. 43 desta Lei.
§ 2º O juiz, no processo civil, poderá inverter o ônus da prova a favor do titular dos dados
quando, a seu juízo, for verossímil a alegação, houver hipossuficiência para fins de produção de
prova ou quando a produção de prova pelo titular resultar-lhe excessivamente onerosa.
A partir compra fraudulenta no cartão de crédito, que se espera que V.
Exa. os declare nulos, a Autora passou a ser devedor do banco Réu em quantia
que soma R$90.000,00 (noventa mil reais) a ser pago nas próximas faturas de
cartão de crédito.
Assim, como é sabido, nos termos do art. 300, do novo CPC, a tutela de
urgência será concedida quando houver elementos como a probabilidade do
direito e o perigo de dano. Diante disso, a probabilidade do direito foi
amplamente relatada nos tópicos acima e o perigo de dano que o pagamento
mensal das compras contestadas no cartão de crédito, que certamente serão
declaradas nulas em sentença, coloca em risco a saúde financeira da Autora, com
a subsistência própria e de sua família.
Resta evidente que a parte autora deve ser restituída pelos danos
materiais, acrescidos de atualização monetária e juros de mora. É incontestável a
falha na prestação de serviços da instituição financeira por não utilizar os
mecanismos de segurança antifraude. Basta observar a falta do dever de cuidado
da Instituição com a conta bancária da autora, onde em momento algum, não
fora emitido qualquer sinal de alerta, facilitando, para os fraudadores o
cometimento de golpes, e consequentemente enriquecimento ilícito de terceiro
fraudador, caracterizado nos termos do Artigo 884 do Código Civil.
7
Desídia: falta de atenção, de zelo; desleixo, incúria, negligência.
Trata-se de dano moral in re ipsa, que dispensa a comprovação da
extensão dos prejuízos, sendo estes evidenciados pelas circunstâncias do fato,
conforme entendimento firmado pelo STJ 8. Cumpre salientar que a indenização
em comento é indispensável, pois tem caráter repressivo e pedagógico.
8
Houve, assim, inobservância dos deveres de proteção e segurança estabelecidos pelo Código
de Defesa do Consumidor (artigo 6º, I e artigo 14, § 1º), de forma que a parte ré recorrente
responde pelos danos suportados pela parte recorrida (Súmula 479 do Superior Tribunal de
Justiça). Neste sentido: (Acórdão 1349445, 07080351120208070009, Relator: EDILSON ENEDINO
DAS CHAGAS, Primeira Turma Recursal, data de julgamento: 18/6/2021, publicado no DJE:
5/7/2021); (Acórdão 1056902, 07076173320168070003, Relator: ASIEL HENRIQUE DE SOUSA,
Terceira Turma Recursal, data de julgamento: 24/10/2017, publicado no DJE: 6/11/2017.)
reflexos pessoais e sociais que a autora, pessoa idosa, tem sofrido por ter sido
vítima dessa fraude.
4. – DOS PEDIDOS
Termos em que,
Pede deferimento.
LOCAL E DATA
ADVOGADO (A)
OAB/XX XX.XXX
Documentos Anexos*:
02. Procuração;