Ao juízo da __ Vara Cível da Comarca da Capital do Rio de Janeiro
João Paulo, nacionalidade, solteiro, profissão, portador do RG Nº __ e
inscrito sob o CPF Nº ___, residente e domiciliado na cidade do Rio de Janeiro, vem, por meio de seu advogado que está subscreve, com endereço profissional em ..., vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 19, I e 282 do Código de Processo Civil, apresentar
AÇÃO DE DECLARAÇÃO NEGATIVA COM PEDIDO SUBSIDIÁRIO DE
CONDENAÇÃO DE DANOS MORAIS
em face do Banco XYZ, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no
CNPJ sob o nº..., com sede na cidade do Rio de Janeiro, pelos seguintes fatos e fundamentos a seguir.
I. DOS FATOS
O requerente ao tentar efetuar a compra de um eletrodoméstico, foi
surpreendido com a informação de que seu nome estava negativado junto aos cadastros restritivos de crédito, em razão de uma dívida no valor de R$ 10.000,00 com o Banco XYZ, a qual jamais contratou. Após tomar conhecimento do fato, João Paulo dirigiu-se ao banco e solicitou a imediata exclusão de seu nome do cadastro restritivo de crédito, o que foi negado pela instituição financeira.
Diante disso, João Paulo busca o Poder Judiciário para obter a
exclusão de seu nome dos cadastros restritivos de crédito, bem como a condenação do Banco XYZ ao pagamento de indenização por danos morais. II. DO DIREITO
Conforme preceitua o artigo 186 do Código Civil, "aquele que, por
ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". Dessa forma, resta evidente que a conduta do Banco XYZ em manter o nome de João Paulo negativado junto aos cadastros restritivos de crédito, mesmo diante da comprovação de que a dívida objeto da negativação foi fruto de fraude com o nome do autor, configura ato ilícito e enseja o dever de indenizar. Além disso, o requerente configura-se consumidor por equiparação, nos termos do artigo 17 e 29 do CDC. Dessa forma, houve a inclusão indevida do mesmo em cadastro restritivo de crédito, ocorrendo ilícito em contrato fraudulento, levando a dano moral in re ipsa, nos termos dos artigos 14, § 1º do CDC. Ademais, resta demonstrado os requisitos para a inversão do ônus da prova, qual seja, a verossimilhança das alegações do autor, por força do artigo 6º, VIII, do CDC.
III. DA TUTELA DE URGÊNCIA
Diante da necessidade de retirada imediata do nome do autor dos
cadastros restritivos de crédito, nos termos do artigo 300 do Código de Processo Civil.
IV. DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
a) A concessão da tutela de urgência liminar para determinar a exclusão imediata do nome do autor dos cadastros restritivos de crédito, com a consequente confirmação;
b) A declaração de inexistência de dívida ou do contrato firmado;
c) A condenação do Banco XYZ a indenizar o autor pelos danos morais
causados, no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais);
d) Inversão do ônus da prova;
e) Condenação em custas e honorários sucumbenciais.
Dá-se a causa o valor de R$ 40.000.00(Quarenta mil reais),
consistente no total do benefício econômico envolvido.