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Xxxxx Xxxxx Xxxxx, brasileira, solteira, desempregada, CPF: 000 000 000-00, residente
à Rua xxx, nº XX, Apt. xxx, Bairro XXXX, CEP XXXXXXXXX, Belo Horizonte/MG, por sua
advogada, constituída por meio de instrumento particular de procuração em anexo, com
escritório profissional à Rua XXXXXXXXXX, telephone XXXXX, no Município de Belo
Horizonte-MG, onde recebe intimações e notificações inerentes ao seu ofício, vem “data
vênia” perante Vossa Excelência, propor:
I) DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Inicialmente, declara a autora, sob as penas da Lei, que a sua situação econômica atual
não lhe permite demandar o seu direito sem prejuízo do seu sustento próprio e de sua
família, pelo que requer a concessão dos benefícios da justiça gratuita, com fundamento
no artigo 5º, LXXIV, da Constituição Federal de 1988 e Lei nº 1.060/50, com alteração
pela Lei nº 7.510/86, com o benefício da isenção de taxas judiciárias e demais custas
processuais.
Entretanto a Autora fora cliente da Ré no plano de pós-pago, por meio do contrato firmado
com a Ré em 02/01/2017. Após um ano e meio (18 meses de uso do referido plano de
telefonia), a autora resolveu, no dia 2 de agosto de 2018, fazer a portabilidade para a
operadora Claro, que oferecia melhores benefícios. Vale salientar que a cobrança era
feita por débito em conta corrente no Banco do Brasil, cito a cc XXXXX-xx da agência
xxxx, realizado sempre a cada dia 1 do mês.
Sendo certo que a autora realizou a portabilidade no dia 2 de agosto de 2018, que se deu
normalmente sem qualquer restrição ou cobrança de eventuais débitos que impediriam a
portabilidade até que fossem quitados.
Encerrando o contrato com a Ré, os débitos foram suspensos e somente após o período
de 39 dias de fim de contrato é que o débito automático foi cancelado.
É importante salientar que durante todo esse tempo decorrido entre o fim do contrato e o
momento que a Autora tomou conhecimento do suposto débito de cerca de 19 meses, a
Autoria nunca recebeu um único aviso de cobrança ou conta a ser paga.
A autora então entrou em contato com a TIM S/A que confirmou a existência do débito,
em seguida a Autora foi procurada por uma empresa de cobrança, tercerizada da TIM S/A
propondo que ela pagasse R$ 55,00 até o dia 05 de janeiro de 2020. Diante dos fatos
narrados ficam claros os prejuízos causados a Autora, à luz da legislação vigente,
vejamos:
III) DO DIREITO
Como visto ficará reafirmado no decorrer desta ação a inexistência do débito informado
pela empresa de telefonia, tendo em vista que a autora sequer foi notificada da suposta
pendência. Portanto, a conduta da empresa de telefonia TIM SA em enviar os dados da
requerente para os cadastros de restrição ao crédito caracterizou grave violação dos seus
direitos, pois não existe razão suficiente para amparar essa conduta, diante dos fatos
trazidos à tona.
Dado o claro desequilíbrio entre as partes desta ação, nada mais justo do que a aplicação
do artigo 6, inciso VIII do diploma legal em tela, que possibilita a inversão do ônus da
prova em favor da parte inferiorizada, qual seja o consumidor. A seguir descrito.
Diante da não existência de relação jurídica entre a autora e a empresa requerida, não
existe motivo suficiente a amparar a restrição contra o crédito da autora em questão, uma
vez que inexistente a dívida apontada pela empresa TIM/SA junto aos órgãos de proteção
de crédito, especialmente ao SCPC e SERASA.
Sendo assim torna-se obrigatória a indenização devida pela requerida à autora, pelos
danos morais advindos do ato ilícito ocasionado pela publicidade indevida de má
pagadora. Segundo entendimento pacífico, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para a
ocorrência da indenização por danos morais, basta a simples prova do fato ilícito que
gerou os danos. Não há necessidade de se falar em prova efetiva do dano moral.
Portanto, o dano moral advém da própria conduta da empresa requerida, sendo, pois,
considerado “in reipsa”. A inexistência da dívida apontada e, por consequência, a
manutenção do nome da autora nos cadastros dos órgãos de proteção ao crédito sofrido.
E ainda, nos termos dos artigos 5º, V e X, e 7º, XXVIII da Constituição da República:
V) DA TUTELA ANTECIPADA
Em análise à exposição dos fatos, sem sombras de dúvidas, fica claro que a autora
preenche os requisitos para pleitear a medida judicial em questão, qual seja, a medida
liminar.
“(...) para a providência cautelar basta que a existência do direito apareça verossímil,
basta que, segundo um cálculo de probabilidades, se possa prever que a providencia
principal declarará o direito em sentido favorável aquele que solicita a medida cautelar.”
No caso dos autos, a autora, parte hipossuficiente, alega que jamais manteve a relação
que lhe fez ser inclusa e um cadastro como devedora, assim, NADA MAIS HAVENDO DE
SER FEITO, SENÃO NEGAR A DÍVIDA, logo, não existe motivo suficiente para que a
empresa requerida incluia os dados cadastrais da autora no rol de inadimplentes,
devendo Vossa Excelência, caso entenda necessário mais provas, inverter o ônus da
prova, pois, “in casu” a requerente é a parte hipossuficiente, devendo a requerida
comprovar a existência de relação jurídica por meio de documentos hábeis, direcionando
assim a decisão no sentido da concessão dos pedidos aqui solicitados, a começar pela
retirada dos nome da autora como devedora e a concessão dos demais pedidos aqui
relacionados.
VI) DOS PEDIDOS
p/p xxxxxxxxxxxxxxx
OAB no xxxxx
PROCURAÇÃO
Xxxxx Xxxxx Xxxxx, brasileira, solteira, desempregada, CPF: 000 000 000-00, residente
à Rua xxx, nº XX, Apt. xxx, Bairro XXXX, CEP XXXXXXXXX, Belo Horizonte/MG, nomeia
e constitui como seu procurador o advogado XXXXXXXXXX, OAB/MG xxxxxxx, end.
Profissional R. xxxxxxx, BH/MG, ao qual confere amplos poderes para o fôro em geral,
com cláusula “ad judicia”, em qualquer juízo, Instância ou Tribunal, podendo propor contra
quem de direito as ações competentes e defendê-la nas contrárias, seguindo umas e
outras, até a decisão final, conferindo-lhe ainda, poderes especiais para confessar,
desistir, transigir, firmar compromissos e acordos, receber e dar quitação, agindo em
conjunto ou separadamente, podendo, ainda, substabelecer com ou sem reservas de
iguais poderes.
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DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA
Xxxxx Xxxxx Xxxxx, brasileira, solteira, desempregada, CPF: 000 000 000-00, residente
à Rua xxx, nº XX, Apt. xxx, Bairro XXXX, CEP XXXXXXXXX, Belo Horizonte/MG, declara
que é pobre no sentido legal, não tendo como arcar com o pagamento das custas
processuais, bem como honorários advocatícios sucumbenciais, sem prejuízo do sustento
próprio e de sua família, além de se encontrar desempregada, razão pela qual requer os
benefícios da justiça gratuita.
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