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UNIDADE 4 – SEÇÃO 3

TEORIA GERAL DO ESTADO –


Separação dos poderes e democracia

Em todo o seu texto (inclusive nos boxes e tabelas), utilize fonte Arial 11 pt, com espaçamento 1,5,
justificado. No caso de títulos e legendas, sugere-se o alinhamento centralizado. Para citações
diretas com mais de 3 linhas, faça um recuo de 4 cm e use fonte 10 pt. É importante respeitar essa
formatação para que possamos controlar o limite de páginas de cada item. Utilize o software
MathType (instale a versão 6.9) para todos os símbolos, fórmulas, subscritos e sobrescritos,
conforme manual de utilização
(https://kroton-my.sharepoint.com/:b:/g/personal/andreza_chacon_kroton_com_br/EWVgWHgmnkxLm1lbZGD-
bxsBe-HVAxnTLkQB20J7iMcuug?e=g71Mqe ).

Informações da disciplina

Nome da disciplina
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO

Carga horária

60

Autor
DANILO VALDIR VIEIRA ROSSI.

Competências da disciplina
Muito além da memorização de conhecimentos, o objetivo do material didático é promover o
desenvolvimento das competências exigidas pelo mercado de trabalho. Portanto, o aluno deve ser
capaz de mobilizar o conhecimento em seu contexto profissional, demonstrando habilidades,
atitudes e valores

Conhecer e relacionar a evolução histórica aos fundamentos teóricos gerais do Direito.


Possibilitar reflexão sobre a formação do Direito e de seus operadores enquanto construções sociais,
enfatizando seu papel contemporâneo.
Conhecer a relação entre o Direito, a Justiça, a Ciência e a Sociedade, expondo as fontes do direito, as
teorias da norma jurídica e do ordenamento jurídico, demonstrando ainda a aplicação da hermenêutica
às normas, de maneira a integrá-las ao ordenamento jurídico
Conhecer a relação entre o Direito, a Justiça, a Ciência e a Sociedade, expondo as fontes do direito, as
teorias da norma jurídica e do ordenamento jurídico, demonstrando ainda a aplicação da hermenêutica

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às normas, de maneira a integrá-las ao ordenamento jurídico.

Soft Skills desenvolvidas na disciplina


As habilidades atitudinais, ou soft skills, a serem desenvolvidas através do material didático,
especialmente por meio das situações-problema construídas, são: Análise e resolução de
problemas, Criatividade e inovação, Flexibilidade e adaptação, Planejamento e organização,
Relacionamento interpessoal e gestão de conflitos.

Preencha aqui TODAS as atitudes da disciplina, conforme constam no BSC.

Resultado de aprendizagem da unidade


O resultado de aprendizagem demonstra o desenvolvimento das competências, das habilidades,
atitudes e valores após os estudos da seção. A seção deve ser construída de modo que tal
resultado seja atingido.

Compreender e favorecer a reflexão sobre as questões políticas e sociais, repensando-as e colocando-os


em contato com várias teorias de forma que compreendam o Estado desde a evolução história até a
atualidade. Realçando os malefícios do autoritarismo e da luta constante na consolidação do Estado
Democrático Brasileiro.

Informações da seção
Conteúdos da seção
Separação dos Poderes. Poder Legislativo, Executivo e Judiciário - Funções Típicas e Atípicas. Freios e
Contrapesos - Democracia. Democracia Direta e Indireta - Democracia e Estado Brasileiro.

Palavras-chave da seção
Separação dos Poderes – Freios e Contrapesos – Democracia – Poder Legislativo – Poder
Judiciário – Poder Executivo - Funções.

Orientações didático-pedagógicas (para o professor)

1. Elenque os objetivos de aprendizagem da seção (no máximo 3).


2. Dê sugestões de atividades, abordagens e estratégias para o professor conduzir a aula. Evite

2
expressões imperativas, pois o professor definirá a melhor estratégia para sua realidade docente.
3. Proponha atividades baseadas em metodologias ativas, nas quais o estudante está no centro do
processo de ensino e aprendizagem. Evite sugestões do tipo: mostre, explique. Proponha
dinâmicas, debates, estudos de caso, situações-problema, trabalhos em grupo ou individuais.
4. Em caso de indicação de vídeos ou textos para a atividade, seja específico, trazendo o link para
o vídeo ou para o livro da BV indicando o trecho a ser utilizado.
5. Estimule o professor a apresentar situações profissionais atuais e aderentes à realidade regional
e ao mercado de trabalho.
Observação: Este item pode ser estruturado em forma de texto ou em tópicos, entre 8 e 15 linhas.
ATENÇÃO: direcione a linguagem ao professor, pois este item NÃO estará disponível ao aluno.
Asasasasas

Caro professor, na presente seção trataremos de temas que são de grande interesse e
importância, em especial quando consideramos o momento politizado que vive a nossa
sociedade.
Quais são as responsabilidades, deveres e, funções de cada um dos Poderes constituídos?
Como se relacionam os Poderes? O que é democracia, quais seus objetivos? Vivemos em uma
democracia?
São temas amplos, que podem render bons debates e questionamentos em sala de aula.
Sugerimos a divisão da turma em grupos para que debatam esses temas a partir de seu
conhecimento prévio.
Podemos também sugerir que a partir do conhecimento dos conceitos tratados, seja trazido o
debate para a contextualização com a situação atual vivida no país.

NÃO PODE FALTAR – Praticar para aprender – Parte 1

1. Parágrafo de abertura da seção: estabeleça um diálogo com o aluno para introduzir o conteúdo
da seção. Recorra ao conhecimento de mundo do aluno e a questões atuais e relevantes.
2. Demonstre a relevância do tema em termos de suas aplicações práticas, em especial no
mercado de trabalho.
3. Finalize com uma mensagem motivacional, justificando o porquê de o aluno estudar os
conteúdos da seção.
ATENÇÃO:
1. Direcione a linguagem para o aluno, pois o Praticar para aprender estará disponível no livro
didático.
2. O texto finalizado será formado pelo Praticar para aprender partes 1 e 2, pois a descrição da
Situação problema será inserida entre a apresentação da seção e a frase motivadora.
(Escrever 1 página)
Asasasasas

Caro aluno, chegamos à última seção da unidade, encerrando a disciplina Fundamentos


Históricos e Introdução ao Estudo do Direito. Agora vamos estudar sobre a separação de

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poderes e a democracia. Os tópicos serão divididos assim:
- Separação dos Poderes.
- Poder Legislativo, Executivo e Judiciário - Funções Típicas e Atípicas.
- Freios e Contrapesos - Democracia.
- Democracia Direta e Indireta.
- Democracia e Estado Brasileiro.
Acreditamos que você já possua bastante conhecimento prévio sobre esses assuntos, afinal,
eles fazem parte do nosso dia a dia. Afinal, a democracia está no centro de nossas vidas,
definindo muitas coisas sobre nossas vidas, nosso presente e futuro.
Qual a função de cada um dos Poderes? Quem pode e quem deve fazer o que? Precisamos
saber responder a essas perguntas, pois elas podem definir o nosso futuro.

Esperamos que essa disciplina introdutória tenha trazido motivação para que você prossiga
com afinco nos estudos e se torne um profissional de sucesso!

NÃO PODE FALTAR – Desenvolvimento dos conteúdos da seção

1. Apresente o conteúdo, alinhando teoria e prática por meio de exemplos e aplicações e


promovendo o desenvolvimento de competências e habilidades.
2. Aborde os conceitos fundamentais, de acordo com o que consta no BSC, explorando todos os
conteúdos granulares destacados para a seção. Os conhecimentos necessários para a resolução
da SP e das questões avaliativas do livro devem estar presentes aqui.
3. Evite uma linguagem excessivamente técnica e impessoal, fria ou distante, típica de textos
acadêmicos. Evite também uma informalidade excessiva com gírias, regionalismos, e outras
expressões típicas das interações orais. Aproxime o aluno, mantendo uma linguagem adequada
para ambientes profissionais. Veja alguns exemplos: você irá conhecer/aprender/desenvolver...;
você já pensou que... etc.
4. Seja cauteloso com o uso de citações diretas. Elas são importantes quando queremos
apresentar um conceito fundamental para a área e enriquecer o texto, porém não devem tomar
muito espaço, afinal, você é o autor deste material, logo, é o seu texto que deve se destacar.
5. Tenha cautela também no uso de imagens, verificando se ela tem licença gratuita para não ferir
os direitos autorais. Caso opte por banco de imagens, utilize o Shutterstock
(https://www.shutterstock.com) ou bancos gratuitos da internet, como o Wikimedia Commons,
Pixabay e freepik. Imagens de livros devem ter citação direta com página. Envie por e-mail, em
uma pasta compactada todas as imagens, diagramas e SmartArts utilizados, junto com os arquivos
da seção.
6. Os itens pedagógicos Assimile, Reflita, Exemplificando são obrigatórios, e devem ser
distribuídos ao longo do texto, não necessariamente na ordem em que aparecem aqui no template,

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conforme as orientações específicas para cada um. Além dos três citados, você pode criar também
os itens opcionais Vocabulário, Atenção, Lembre-se, Dica.
7. Não cite a situação-problema da seção: ela deverá ser apresentada no Praticar para aprender e
resolvida no bloco “Foco no Mercado de Trabalho”.
ATENÇÃO: direcione a linguagem para o aluno, pois o Não pode faltar estará no livro didático.
(Escrever entre 6 e 7 páginas)
Asasasasas

A Constituição da República Federativa do Brasil proclama, em seu art. 1º, parágrafo único, que
“todo o poder emana do povo, que o exerce por meio dos representantes eleitos ou
diretamente, nos termos da Constituição”. (BRASIL, 1988)
Logo adiante, em seu art. 2º, o texto da Carta Magna declara que “são Poderes da União,
independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. Mas, afinal, o
que são e para que servem esses poderes? (BRASIL, 1988)
Nas seções anteriores, falamos sobre o conceito de Estado: povo, território e soberania (poder).
O povo é a fonte do poder, e, geralmente, o exerce por representação. Conforme
depreendemos do art. 2º da Constituição, esse poder é tripartido entre Legislativo, Executivo e
Judiciário.
A teoria da separação de poderes surgiu diante da necessidade de se controlar possíveis
abusos cometidos por aqueles que representam o povo. Essa necessidade mostrou-se clara
durante o período dos chamados Estados Absolutistas, no qual os monarcas tinham grande
liberdade para tomar decisões, criar leis, conceder privilégios, etc. A frase do Rei Luís XIV da
França – L´État c´est moi (o Estado sou eu) - soa com força até hoje, e nos demonstra quão
grande e perigosa pode ser a concentração do poder estatal nas mãos de uma só uma pessoa.
(MOISÉS, 2013)

Na realidade, o primeiro grande movimento para limitação dos poderes do monarca surgiu na
Inglaterra, durante a regência do Rei João Sem Terra, que se viu pressionado pela elite local a
abdicar de parte de seus poderes supremos, assinando a chamada Magna Carta, em 1215.
Esse importante documento histórico é, inclusive, visto como o início de um longo processo de
surgimento do constitucionalismo. A partir de sua assinatura, o Rei deveria convocar o
parlamento caso desejasse, por exemplo, aumentar impostos. Segundo Gusmão
A “Magna Carta” instituiu o governo submetido à lei e à vontade dos súditos. Do exercício
do poder dependia a legitimidade do governo. Se com observância das leis e dos
costumes, legítimo; se contra a lei ou sem a audiência do Parlamento, ilegítimo. Iniciou-
se assim o governo responsável, controlado pela lei e pelo Parlamento. (GUSMÃO, 2018,
p. 338)

As consequências negativas da concentração de poder levaram ao surgimento da necessidade

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de sua repartição. A separação de poderes tem em Montesquieu seu grande teórico. Segundo
sua teoria, deveriam coexistir dois poderes: Executivo e Legislativo. Enquanto o primeiro
realizaria os atos da administração estatal, o segundo criaria leis e fiscalizaria os atos
realizados por aquele. (MONTESQUIEU, 1996)
É importante ressaltar que, segundo a teoria de Montesquieu, o Judiciário não constitui um
poder, mas sim uma função estatal. Em verdade, até os dias de hoje, no Estado Francês,
segundo sua constituição vigente, o Judiciário não é considerado Poder, mas uma função,
ligada ao Executivo. Isso traz, obviamente, alguns questionamentos quanto a sua
independência e imparcialidade. (RANIEIRI, 2013)
No entanto, a teoria original foi ampliada a partir da criação dos Estados Unidos da América,
que, em sua fundação, adotou o modelo da tripartição dos poderes, entre Executivo, Legislativo
e Judiciário. Essa separação seria importante para limitar os abusos e a tirania, à época,
garantindo os direitos dos cidadãos e dos estados-membros. Nos dias de hoje, a tripartição de
poderes garante também proteção aos direitos fundamentais e aos direitos das minorias.
(HAMILTON, 1984)
O Estado brasileiro também adota a tripartição de poderes, conforme previsão do texto
constitucional. Entretanto, podemos notar uma contradição entre o parágrafo único do artigo
primeiro e o parágrafo segundo da Constituição. Segundo a Carta Magna texto, o poder emana
do povo, que o exerce diretamente ou por seus representantes eleitos. Todavia, o Poder
Judiciário não é um poder eleito, nem é um poder exercido de forma direta. Essa contradição
aparente na redação não faz, contanto, que o Poder Judiciário não seja considerado
independente e emanado do povo, muito embora não seja um Poder que se exerça por
representação.

Reflita No Brasil, os juízes são conduzidos aos seus cargos através de concurso
público, ou através de indicações do Poder Executivo. Nos Estados Unidos
da América, uma parte dos juízes é escolhida através do voto popular.
Existe debate acadêmico sobre a implementação de eleição para juízes no
Brasil. O que você pensa sobre o assunto?

Falamos que a separação de poderes surgiu como forma de dividir o poder entre diversos
atores, evitando-se a tirania. Porém, quando analisamos, de fato, o sistema brasileiro,
percebemos que a cúpula do Poder Judiciário – o Supremo Tribunal Federal – é composta por
magistrados que são indicados pelo Presidente da República, e aprovados pelo Senado Federal
após sabatina. Diante disso, podemos perceber que há uma forte correlação entre os Poderes
constituídos.

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Reflita Levando-se em consideração que as indicações realizadas pelo Presidente
da República, bem como, a aprovação pelo Senado Federal constituem
atos eminentemente políticos, poderia a teoria da separação de poderes
estar comprometida?

A teoria da separação de poderes é complementada pela teoria dos freios e contrapesos


(checks and balances), que afirma que os poderes constituídos são independentes e
harmônicos, exercendo controle uns sobre os outros. Os mecanismos de controle são
observados a partir da análise das atribuições de cada um dos poderes. (HAMILTON, 1984)

Assimile Os Poderes Executivo, Judiciário e Legislativos exercem, além de suas


funções típicas, outras, de controle, sobre os demais. Por exemplo, o
Legislativo aprova as contas do Executivo. O Executivo indica membros da
Suprema Corte. O Judiciário controla a legalidade de atos administrativos.
São diversas as situações em que um ou mais dos Poderes exerce
controle sobre os demais, efetivando a chamada teoria dos freios e
contrapesos (checks and balances), para evitar que se cometam abusos.

Vamos então estudar as funções típicas e atípicas de cada um dos poderes. Começamos pelas
funções típicas. Compete ao Poder Legislativo legislar, isto é, elaborar leis. Compete ao Poder
Judiciário julgar, isto é, aplicar as leis. E compete ao Poder Executivo executar as leis,
garantindo o funcionamento do Estado.
Contudo, também compete ao Poder Executivo legislar, como no caso das medidas provisórias.
Ou, como nos processos administrativos, compete ao Executivo julgar, por exemplo, os
recursos a infrações tributárias. Por outro lado, também compete ao Poder Judiciário legislar,
quando cria seu regimento interno; ou executar, quando realiza uma licitação para compra de
determinados itens. O Poder Legislativo, a seu turno, também julga, como nos processos de
impeachment; investiga, como nos casos das comissões parlamentares de inquérito; e executa,
quando, por exemplo, realiza concursos públicos para seleção de servidores.
Observamos que as funções típicas de cada um dos poderes são alargadas por muitas outras
funções atípicas. E é justamente nessas funções atípicas que o sistema de freios e contrapesos
se realiza. É função do Legislativo, por exemplo, aprovar o orçamento da União, bem como
aprovar as contas prestadas pelo Presidente da República. Ao Executivo e ao Legislativo
compete o processo de escolha dos membros do Supremo Tribunal Federal; o julgamento do

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processo de impeachment do Presidente da República é realizado pelo Senado Federal com a
presidência do presidente do Supremo Tribunal Federal; a fixação dos subsídios dos membros
do Poder Judiciário depende da aprovação pelo poder Legislativo, dentre outras situações.

Assimile O Poder Executivo tem a função de governar e administrar a coisa pública.


O Poder Judiciário tem a função de julgar. O Poder Legislativo tem a
função de criar de leis. Mas essas são apenas as suas funções principais.
Em suas funções atípicas, eles podem realizar funções que são
tipicamente realizadas pelos demais poderes.

Em linhas gerais, pode-se dizer que a democracia se constitui na forma pela qual são
orientadas as vontades estatais, ou os próprios fins coletivos deste Estado. No Estado
Democrático, o poder deriva e é exercido pelo povo, que o exerce, usualmente, de forma
indireta, por meio de representantes eleitos. Em sentido literal, significa governo do povo e tem
sua origem nas palavras gregas demos (povo) e kratos (governo ou poder). (MOISÉS, 2013)
No Brasil vivemos em uma democracia. Os representantes são eleitos pelo povo, através de
processo eleitoral livre, amplo e irrestrito. As eleições são periódicas, impedindo a perpetuação
no poder. A reeleição nos cargos executivos é limitada, com o mesmo objetivo. As pessoas são
livres para expressarem suas opiniões, para se manifestarem.
A democracia brasileira, contudo, como as demais, não é perfeita. O processo de
democratização é contínuo, evolutivo. Depende de uma série de fatores, especialmente ligados
ao desenvolvimento socioeconômico. E esse processo infelizmente comporta retrocessos. O
importante, contudo, é a robustez das instituições, e que a mudança de seus representantes se
realize de forma periódica.
Há alguns anos, falava-se acerca da apatia política do brasileiro. Agora, questiona-se a forte
polarização e a inflamação dos discursos políticos. Tudo isso faz parte da democracia. A
pluralidade partidária é um pilar essencial da democracia. A alternância de poder é salutar e
uma necessidade inarredável da democracia.
Pode-se questionar se a democracia representa a melhor forma de representação política. Há
quem defenda outros modelos, com governos sem participação popular, ou sem pluralismo
partidário. A democracia e seus mecanismos, no entanto, são os únicos capazes de assegurar
os direitos das minorias, a liberdade de expressão, a tolerância religiosa, a igualdade étnica,
sexual, social, enfim, a permitir a construção de uma sociedade plural, justa, multicultural.
A história brasileira registra várias alternâncias entre regimes democráticos e não democráticos.
A atual Constituição, de 1988, retomou a democracia brasileira à sua plenitude, prevendo
eleição direta para todos os cargos eletivos. Desde então, a transição de poder entre os eleitos

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tem se dado de forma pacífica, demonstrando a solidez das instituições pátrias.
O Presidente da República, os Deputados e Senadores são eleitos pelo povo, para representá-
los. Imagine quão difícil seria fazer com que toda a população brasileira pudesse reunir-se para
debater e deliberar sobre determinado projeto de lei?
Dada essa característica representativa, falamos no exercício da democracia indireta, em
oposição à democracia direta. Na democracia indireta, o debate político, as deliberações, são
realizadas pelos representantes do povo. No caso brasileiro, no Congresso Nacional, que reúne
a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.
Vale lembrar aqui, do surgimento da democracia, na polis grega. Lá, os cidadãos se reuniam na
ágora, a fim de debater e votar uma diversidade de temas. Esse é um exemplo de democracia
direta, que se realiza sem a necessidade de representação. (VIAMONTE, 1968)
Mas isso não quer dizer que a democracia direta não exista no Brasil, pelo contrário. A
constituição traz a previsão de instrumentos de democracia direta, na qual a participação ativa
do cidadão define o rumo de determinados temas. Dentre as formas de democracia direta, os
cidadãos podem participar através de plebiscito ou de referendo. (RANIEIRI, 2013)
O plebiscito é um chamado prévio feito aos eleitores, para que votem sobre determinado tema.
Os legisladores ficam obrigados a legislar conforme a determinação do eleitorado. Já no
referendo, os cidadãos são chamados às urnas para dizer se aceitam ou rejeitam determinado
projeto de lei que já foi debatido e votado pelos legisladores. Caso a população opte pela
rejeição, a proposta de lei deverá ser arquivada.
Referendos e plebiscitos não são largamente utilizados no Brasil, tendo como justificativa
principal os elevados gastos para realização dos pleitos. Nas últimas décadas foram realizadas
poucas consultas populares. Dentre elas está o plebiscito (1993) sobre a forma e o sistema de
governo (sendo vencedores o regime republicano e o sistema presidencialista), bem como o
referendo (2005) sobre a proibição da comercialização das armas de fogos e munições.

Exemplifican Existem outros exemplos de democracia direta, como o que ocorria na cidade
do de Belo Horizonte, através do chamado orçamento participativo. Os eleitores
tinham a oportunidade de votar, de forma on-line, escolhendo quais projetos
deveriam ser prioritariamente realizados pela prefeitura daquela
municipalidade.

O avanço tecnológico nos permite trazer alguns questionamentos acerca do futuro da


democracia direta, sendo possível vislumbrar que os brasileiros poderão ser mais facilmente
chamados a diretamente decidir sobre temas de grande relevância, com um diminuto custo para
o erário. Não é demais dizer que a participação direta da população em determinados temas

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traz uma maior legitimidade para a aprovação ou rejeição de certos temas polêmicos.
Podemos, ainda, citar como instrumentos da democracia direta as iniciativas populares, como o
projeto de lei de iniciativa popular (PLP). Um exemplo foi o projeto de lei conhecido como “lei da
ficha limpa”, que teve sua origem na sociedade civil.
Muito se pode discutir sobre as falhas da democracia brasileiro, ou sobre a qualidade da
democracia brasileira. Certamente temos um longo caminho a percorrer para que a democracia
brasileira tenha uma melhor qualidade. Um dos principais pilares é a educação, ainda tão
deficitária em nosso país, o que ocasiona uma participação menos esclarecida nos assuntos
políticos por grande parcela da população. (RANIEIRI, 2013)
Ainda, problemas como a compra de votos, a corrupção, a falta de moradias, a falta de
condições básicas de saneamento, o desemprego, as disputas políticas que envolvem tão
somente interesses pessoais, são problemas graves que afetam a qualidade de nossa
democracia. Mais do que isso, chegam a colocá-la em risco. Por isso é preciso estar atento
para a proteção de um sistema que foi construído ao longo de muitos anos – e que garante a
existência de direitos fundamentais.
O direito ao voto é um dos grandes exemplos da evolução da democracia brasileira. Se, no
início, o direito ao voto era reservado à elite masculina, com o tempo foi alargado, permitindo-se
a participação política das pessoas pertencentes às classes sociais menos favorecidas, às
mulheres, e mesmo aos analfabetos. (GUSMÃO, 2018)
Ainda sobre a democracia brasileira, é preciso entender que, em sua concepção, a Câmara dos
Deputados atua como um órgão de representação da população. Esta é a razão pela qual os
estados-membros possuem o número de deputados proporcional à sua população. O Senado
Federal, a seu turno, representa os interesses dos estados-membros na União, e, por isso,
possuem todos o mesmo número de representantes, três por estado, perfazendo o total de 81
membros.
Conhecer as funções e competências de cada um dos poderes é o primeiro passo para que o
cidadão possa exercer os seus direitos políticos de forma ativa. Isso porque o exercício da
cidadania não se encerra com o escrutínio, mas deve ser seguido pelo monitoramento das
ações dos eleitos (pessoas e partidos), e com a sua recondução ou não ao cargo nas próximas
eleições, exigindo-se uma democracia de qualidade. Afinal, em teoria, nós temos uma
democracia plena, mas é uma democracia de qualidade? (RANIERI, 2014)
Caro aluno, parabéns por ter chegado até aqui! Agora você já possui uma ótima noção
introdutória do direito e da teoria geral do estado! Vamos nos aprofundar na leitura
complementar?

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NÃO PODE FALTAR – Praticar para aprender – Parte 2

1. Descreva o contexto de aprendizagem, que deve ser abrangente o bastante para permitir que o
aluno mobilize dos conteúdos da seção. Se desejar, você poderá usar o mesmo contexto em todas
as seções da unidade.
2. Elabore uma situação-problema (SP) a partir do contexto de aprendizagem criado. É importante
lembrar que a SP não é um mero exercício. Ela é, na verdade, uma situação complexa, que deve
trabalhar os conhecimentos desenvolvidos na seção, e deve estar o mais próximo possível da
realidade profissional da área. O professor presencial dedicará mais da metade da aula para tratar
a situação-problema e seus desdobramentos, o que mostra a importância da SP para a seção. Ela
deve envolver as soft skills e contribuir para o desenvolvimento das competências da unidade, e do
seu resultado de aprendizagem.
3. O aluno deve ser o protagonista da situação-problema. Você pode iniciar com algo semelhante
a: para contextualizar sua aprendizagem, imagine que você trabalha para uma empresa...
4. Para instigar o aluno, apresente algumas questões para reflexão ou para serem respondidas
finalizando com sucesso o desafio proposto no contexto de aprendizagem.
ATENÇÃO: direcione a linguagem para o aluno, pois o Praticar para aprender estará disponível
no livro didático.
(Escrever 1 página)
Asasasasas

Maria Luiza é consultora legislativa no Senado Federal há poucos meses. Ainda se habituando
ao cargo e à vida na capital federal, ela passou os últimos meses em treinamento, ao lado de
um colega com mais experiência no cargo. O que poderia parecer um “estágio” ou fase de
aprendizado acabou se tornando um verdadeiro desafio para ela, tendo em vista a enorme
quantidade de demandas trazidas pelos senadores, em especial devido ao movimento de
turbulências vivido pela política nacional. Dessa forma, Maria Luiza precisa se dedicar muito aos
estudos para que possa fornecer as melhores e mais completas análises quando demandada
em seu trabalho.
Entre os debates acerca do voto através de urna eletrônica, e da instituição do voto impresso,
um senador argumentou que a limitação do voto presencial era incompatível com os dias atuais,
desejando propor a instituição do voto pela internet, através de computadores, tablets ou
aparelhos celulares. Além disso, ele também deseja que todas as emendas constitucionais
sejam submetidas a referendo pela população, através do voto online. Maria Luiza é chamada
para ajudá-lo na elaboração desse projeto, bem como orientá-lo sobre os limites e legalidade
dessa proposição.

FOCO NO MERCADO DE TRABALHO – Resolução da situação-problema

1. Você deve resolver a situação-problema (SP) ou indicar caminhos de resolução com base nos

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conceitos abordados na seção. Além de fazer considerações sobre as competências e habilidades
necessárias à resolução, você pode elaborar questionamentos relacionados à SP que ajudem o
aluno a resolvê-la.
2. Você deve retomar brevemente a proposta da SP, nas primeiras linhas.
3. Se desejar, deixe questionamentos adicionais ao aluno. Caso não exista uma única resolução ou
perspectiva para a solução do problema, exemplifique uma perspectiva e deixe para o aluno a
reflexão sobre as possibilidades adicionais.
4. Finalize mostrando o desenvolvimento da história, indicando que o desafio proposto foi
superado.
OBSERVAÇÃO: as questões relacionadas à resolução da SP devem considerar os objetivos de
aprendizagem da seção. Direcione a linguagem ao aluno, pois a Resolução da situação-
problema estará disponível no livro didático.
(Escrever entre 1 e 2 páginas)
Asasasasas

A evolução tecnológica tem permitido grandes mudanças nos mais diversos aspectos da vida.
Não poderia ser diferente com relação à participação no processo democrático. A digitalização
das eleições é um passo a ser alcançado num futuro breve, não somente como uma forma de
redução de custo, mas também de inclusão.
Eleição após eleição observamos grande número de abstenções. Esse número poderia ser
consideravelmente reduzido com a instituição do voto on-line. Algumas experiências, como a do
orçamento participativo do município de Belo Horizonte, demonstram que é possível e viável a
implementação desse tipo de votação, com segurança e informação.
O exercício direto na democracia, como aquele realizado através de referendos, é de suma
importância para que o cidadão se sinta parte do processo, tenha maior interesse pela vida
pública, razão pela qual um projeto de tal porte mereça prosperar, senão para implementação
imediata, para um breve futuro, com estabelecimento de metas para a sua execução.
Dessa forma, vemos o projeto como constitucional, podendo ser levado à apreciação pelos
demais legisladores.

FOCO NO MERCADO DE TRABALHO - Avançando na prática

O Avançando na prática é um momento de transferência dos procedimentos aprendidos na SP


para NOVAS situações, explorando outros conteúdos granulares menos explorados na SP, ou
colocando o aluno em uma perspectiva profissional diferente (por exemplo, se na SP o estudante é
advogado de defesa, no avançando na prática ele trabalha como promotor ou juiz). Você deve
elaborar uma nova situação-problema, diferente daquela que foi proposta no item Praticar para
aprender – Parte 2.
ATENÇÃO: direcione a linguagem para o aluno, pois o Avançando na prática estará no livro
didático.
(Escrever 1 página)

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Asasasasas

Título da nova situação-problema


Limitações ao poder de julgar

Descrição da situação-problema
Você é juiz de direito, e deve julgar uma ação na qual o ministério público questiona a utilização
de recursos públicos para a construção de um estádio de futebol, demandando que tal recurso
seja direcionado para a construção de hospitais na mesma região, tendo em vista que há
carência de leitos e locais de atendimento médico e ambulatório.

Resolução da situação-problema
O caso em questão é de difícil resolução. Na realidade ele nos traz outro questionamento
importante que é: quais os limites da jurisdição? Até qual ponto podem os juízes decidir
tomando decisões administrativas ou alterando decisões outrora emanadas por outro poder?
A teoria dos pesos e contrapesos nos fala sobre a relação harmônica e complementar entre os
poderes constituídos. Como então, decidir, em casos nos quais a decisão administrativa parece
não ser a mais adequada para o caso concreto?
Outrossim, como podemos dizer que o magistrado é mais capacitado para determinar quais
investimentos devem ser feitos do que os administradores?
Por fim, também se questiona a legitimidade judicial para se imiscuir em assuntos políticos, de
decisão discricionária, porquanto não possuem mandato, e não se submetem ao juízo de
reprovação pelos eleitores.
Portanto, em decisões político-administrativas, deve o magistrado abster-se de realizar
quaisquer modificações, salvo em casos de flagrante ilegalidade.

MATERIAL COMPLEMENTAR

Desenvolva uma síntese dos conceitos mais relevantes da seção utilizando imagens, infográficos,
diagramas e esquemas que possam contribuir para a aprendizagem de forma visual e interativa em uma
webaula. A partir dessa síntese, nossa equipe de designers educacionais criará webaulas e/ou objetos de
aprendizagem.
Você deve:
1. Definir um objetivo de aprendizagem para o material complementar.
2. Apresentar a definição do conceito-chave de cada um dos conteúdos granulares da seção, conforme
BSC, preferencialmente associando elementos visuais como gráficos, fotos ou diagramas, resumindo de
forma clara e ilustrativa determinado conceito.
3. Preencher o box Saiba mais e o box Pesquise mais.
4. Você não deve copiar trechos do Não pode faltar.

13
Lembre-se: aqui você pode criar ou indicar esquemas, linhas do tempo, gráficos, mapas, etc. Neste bloco
você pode utilizar quantas imagens julgar necessárias (desde que respeitando os direitos autorais), elas
não contam para o limite de duas páginas.
Conheça, nos links a seguir, alguns formatos de webaulas e objetos de aprendizagem que poderão ser
produzidos a partir deste conteúdo.

 Linha do tempo:
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/Teste/exemplo/
oedhi192_u2_for_soc_his_pol_bra/index.html
 Infográfico: https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/Teste/exemplo/
oedhi_192_u3_sup_bas_vid_pri_soc/index.html
 Webaula:
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/BNCC/mod_2/index.html
 Whiteboard: https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/Teste/exemplo/
oedhi192_u3_pis_soc/index.html
 Aula narrada: https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/Teste/exemplo/
oedhi192_u1_mat_dis/index.html
 Tutorial: https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/Teste/exemplo/
oedhi192_u3_com_gra/index.html
 Infográfico + Quiz:
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/Teste/exemplo/oed201-u2s2-cul-
dig.webflow/index.html

(Escrever 2 páginas)

Vamos revisar os principais conceitos da seção:


1) Separação dos Poderes – Idealizada por Montesquieu, foi implementada nos Estados
Unidos da América. O sistema também é utilizado no Brasil. Constitui-se por um sistema
tripartite, entre Poder Executivo, Legislativo e Judiciário. Tem como objetivo evitar a
concentração de poder e a tirania.
2) Poder Legislativo. Tem como função típica legislar. No seu funcionamento realiza
funções atípicas administrativas, como ao realizar licitações ou concursos públicos.
Também julgar, como nos comitês disciplinares.
3) Poder Executivo. Tem como função típica administrar. No seu funcionamento também
realizar funções atípicas, como legislar (medidas provisórias) ou julgar (recursos
administrativos)
4) Poder Judiciário – Tem como função típica julgar as demandas que lhe são trazidas. No

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seu funcionamento também realiza funções atípicas administrativas, como ao realizar
licitações e concursos públicos. Também realiza funções legislativas, como ao elaborar
o seu regimento interno.
5) Freios e Contrapesos – sistema que faz com que os poderes constituídos exerçam
poder uns sobre os outros.
6) Democracia Direta – Realizada principalmente através de referendo, plebiscito e
iniciativas populares.
7) Democracia Indireta – é a realizada através dos representantes eleitos.
8) Democracia e Estado Brasileiro – Restaurada em sua plenitude em 1988, ainda
depende de muito desenvolvimento econômico-social para alcançar sua plenitude.
Possui instituições fortes.

Saiba mais Steven Levitsky e Daniel Ziblatt são dois conceituados professores de
Harvard, que recentemente lançaram uma obra chamada “Como as
democracias morrem”. Nela, fazem leituras importantes sobre a
democracia, sobretudo comparando o momento atual dos Estados Unidos
da América, porém em uma análise que pode ser replicada também para o
caso brasileiro.

Pesquise Além da obra de Levitsky, cuja referência deixamos abaixo, também


mais podemos citar uma das mais importantes doutrinadoras do século, Hannah
Arendt, que trabalha as questões democráticas de forma profunda.

ARENDT, Hannah (1989). As origens do totalitarismo. São Paulo: Cia das Letras.

LEVITSKY, Steven; ZIBLATT, Daniel. Como as democracias morrem. Rio de


Janeiro: Zahar, 2018.

TESTANDO SEU CONHECIMENTO - Faça a valer a pena

O Faça valer a pena é uma avaliação direcionada à compreensão dos aspectos conceituais dos
conteúdos, constituindo o momento pós-aula. Elabore três questões objetivas, de múltipla escolha,
com cinco alternativas cada, de caráter conceitual, conforme manual para elaboração de questões
(https://drive.google.com/file/d/1vLxwrMsz5ceSznzf4KIRnZ5dUmWtfDfS/view ). Orientações:

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 Cada questão deve ter um texto-base, um enunciado, cinco alternativas, a indicação da
alternativa correta e a resposta comentada.
 O texto-base não deve ser meramente ilustrativo, ele deve ser significativo e relevante para
a resolução da questão.
 Insira no enunciado, de forma objetiva, apenas a instrução ou o comando para a resolução
da questão. Afirmativas a serem avaliadas, contextualização e outros elementos devem ser
inseridos no campo do texto-base.
 O enunciado deve perguntar sempre pela alternativa correta, nunca pela incorreta ou
exceção. Não usar termos considerados negativos, como: errada, incorreta, não, exceto,
etc.
 No enunciado, não devem ser empregados termos graduadores. Ex.: a alternativa que
mais se aproxima, melhor define, melhor se enquadra, etc. Eles dão margem para que se
entenda que há mais de uma alternativa correta.
 Na resposta comentada, elaborar um parágrafo autônomo, redigido de maneira clara,
objetiva e de acordo com a norma culta da língua, capaz de explicar por que a alternativa
está correta. Lembre-se de que o aluno depende desse texto para compreender por que
errou (se tiver errado a questão) e poder avançar no aprendizado. Deve ter no mínimo 200
caracteres sem espaço e não deve citar a letra da alternativa correta.
ATENÇÃO: direcione a linguagem para o aluno, pois o Faça valer a pena estará no livro didático.

Questão 1
Texto-base:
O funcionamento do Estado é complexo, porém ordenado. Essa organização se deve
principalmente às competências que são atribuídas aos diferentes órgãos, para que realizem da
melhor forma suas funções.

Enunciado:
Considerando as alternativas abaixo, marque a correta

a. O Poder Judiciário tem como principal função a administração dos tribunais


b. O Poder Executivo tem como função principal governar através de medidas provisórias
c. O Poder Legislativo não pode realizar funções administrativas
d. O Poder Judiciário atua em função administrativa quando realiza concursos públicos
e. O Poder Executivo não realiza tarefas judicantes
Alternativa Correta: D
Taxonomia de Bloom: Conhecimento
Nível de dificuldade: Fácil
Resposta Comentada:

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Todos os poderes possuem atribuições típicas e atípicas, que podem ser semelhantes a de
outros poderes, porém em sua esfera de atuação.

Questão 2
Texto-base:
A teoria da separação de poderes foi teorizada por Montesquieu, e tem como um de seus
objetivos evitar a concentração de poderes em uma só pessoa, evitando-se, assim, a tirania.

Enunciado:
Segundo os seus conhecimentos sobre o assunto, marque a alternativa correta

a. Montesquieu, em sua teoria, previa a tripartição de poderes


b. Nos Estados Unidos da América não é adota a tripartição dos Poderes
c. Na França o Judiciário constitui um Poder independente como no caso brasileiro
d. O Brasil foi o primeiro Estado a adotar a tripartição dos poderes
e. A teoria da separação de poderes é complementada pela teoria dos freios e
contrapesos
Alternativa Correta: E
Taxonomia de Bloom: Compreensão
Nível de dificuldade: Intermediário
Resposta Comentada:
Montesquieu teorizou sobre a separação de poderes, não tripartição. Os EUA adotam a
tripartição de poderes. Na França, o judiciário não é considerado um Poder. O Brasil não foi o
primeiro a adotar a tripartição de poderes.

Questão 3
Texto-base:
A democracia encontra maior legitimidade ao passo em que mais pessoas participam dos
processos, se interessam pela política, pelos rumos que toma um Estado. Ao passo em que a
sociedade se desenvolve, as possibilidades de participação e a própria capacitação dos
cidadãos tende a aumentar

Enunciado:

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Analisando o excerto acima e seus conhecimentos sobre democracia, marque a alternativa
correta

a. A democracia direta não é viável em Estados muito populosos


b. A democracia indireta é exercida através de plebiscitos
c. As ações populares constituem exemplo da democracia indireta
d. O referendo é um instituto da democracia direta
e. A democracia não comporta a dicotomia entre direta e indireta
Alternativa Correta: D
Taxonomia de Bloom: Compreensão
Nível de dificuldade: Difícil
Resposta Comentada:

A democracia pode ser exercida de forma direta ou indireta, sendo o referendo, plebiscito e
iniciativas populares exemplos de democracia direta. Tais ações são viáveis em qualquer
tamanho de Estado, e não se contrapõem à democracia indireta

ESTA SEÇÃO TEM VÍDEO?

Pressione a tecla Ctrl no teclado e clique na opção abaixo:


SIM NÃO

Texto para o vídeo

Segundo o conteúdo destacado no BSC para o vídeo da unidade, precisamos criar um texto para
orientar nossa equipe de roteiristas.

IMPORTANTE: Adote uma linguagem simples e clara, como se estivesse dando aula para pessoas
leigas. Utilize paráfrases, analogias e metáforas que facilitem a compreensão do texto. Conceitos
técnicos e jargões devem ser explicados.

Escolha uma opção entre CONCEITUAL ou VÍDEO RESUMO.


ATENÇÃO: aqui você não deve utilizar uma linguagem dialógica.

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CONCEITUAL

Tema do vídeo conceitual


Insira aqui o conceito escolhido.
Finalidade
Indique se o propósito é aprofundamento ou complemento.
Contextualização
Escreva aqui uma breve contextualização para direcionar o roteirista, indicando onde este
conceito é aplicado.
Desenvolvimento do conteúdo
Discorra sobre o conceito destacado.
Limite: 40 a 60 linhas

VÍDEO RESUMO

Tema da vídeo-resumo
Insira aqui os temas que o vídeo resumo deve trazer.
Desenvolvimento do conteúdo
Discorra sobre o conceito destacado de cada um dos assuntos que serão abordados no vídeo
resumo.
Limite:40 a 60 linhas
Asasasasa

ESTA SEÇÃO TEM ROTEIRO DE AULA PRÁTICA?

Pressione a tecla Ctrl no teclado e clique na opção abaixo:


SIM NÃO

Roteiro de aula prática

OBJETIVOS

Descreva, em tópicos, entre três e cinco, os objetivos da aula prática. Liste cada objetivo iniciando por um
verbo no infinitivo. Por exemplo: compreender, conhecer, analisar, aplicar, desenvolver, etc.

INFRAESTRUTURA

Indique os tipos de instalações que deverão ser utilizadas, por exemplo, laboratório, clínica-escola,

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campo, etc. Para isso, verifique com o consultor de conteúdo o book de laboratórios da Kroton. Ressalte,
para o professor, a importância de agendar previamente em sua instituição o uso desses espaços.

MATERIAIS
Descreva os materiais necessários para a realização da aula prática. Para isso, verifique com o consultor
de conteúdo a lista de materiais de insumos da Kroton. Indique a volumetria de acordo com orientação do
curador metodológico responsável pela disciplina.

Descrição Quantidade de materiais por


procedimento/atividade

SOFTWARE

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Indique a necessidade ou não de uso de software, especificando o nome e o tipo de licença.

Sim ( ) Não ( )

Em caso afirmativo, qual?

Pago ( ) Não Pago ( )

Tipo de licença:

DESCRIÇÃO DO SOFTWARE

Descreva as características técnicas do software mostrando sua função na realização da atividade.

SUGESTÕES DE SEGURANÇA

Indique, em tópicos, os equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários para o desenvolvimento


da aula prática, deixando claro quais desses equipamentos são de responsabilidade do aluno. Para
aqueles de responsabilidade institucional, verifique com o consultor de conteúdo o book de equipamentos
da Kroton.
Caso a sua proposta não envolva o uso desses equipamentos, basta escrever “não se aplica” no campo.

PROCEDIMENTO/ATIVIDADE

Atividade proposta:
Indique de forma objetiva a atividade proposta para a aula prática. Por exemplo: elaboração de um
plano de aula, escultura em bloco de cera de dentes permanentes, análise histológica de tecido, obtenção
de parâmetros, desenvolvimento de projetos, etc.

Procedimentos para a realização da atividade:


Utilize este campo para descrever, de forma detalhada, as etapas a serem desenvolvidas para a
realização da atividade. Lembre-se de que esta é uma oportunidade de o aluno colocar em prática os
conteúdos trabalhados no livro didático para o futuro exercício da profissão.

Checklist:
Escreva aqui, em tópicos, as principais etapas a serem desenvolvidas na aula prática, na sequência em
que elas devem ser realizadas. Esse checklist é um importante instrumento para que o professor e seus
alunos possam conferir se executaram todos os procedimentos descritos para a atividade.

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RESULTADOS

Resultados da aula prática:


Este é o momento em que o professor poderá realmente verificar o nível de aprendizagem de todos os
alunos após a aula prática. Defina o que deverá ser entregue como resultado da prática realizada em aula
e de que forma. A entrega pode ser um plano de aula, um relatório, uma análise de dados, uma obra de
arte, uma resenha, etc.

Asasasasas

Referências

Escreva, a seguir, as referências utilizadas na seção (em padrão ABNT – NBR 6023/2018). A
norma está disponível na Biblioteca Virtual (Target getweb). Para construí-las, pode usar o site
http://www.more.ufsc.br/.
Asasasasas

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal:
Centro Gráfico, 1988.

GUSMÃO, Paulo Dourado de. Introdução ao estudo do direito. 49.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018

HAMILTON, Alexander; MADISON, James; JAY, John. O Federalista. Brasília: UNB, 1984.

MOISÉS, José Álvaro, Democracia. Dicionário de Políticas Públicas, São Paulo: FUNDAP, 2013

MONTESQUIEU, Charles de Secondat. O espírito das leis. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

RANIERI, Nina. Teoria do Estado: do Estado de Direito ao Estado Democrático de Direito. 1ª ed., Barueri:
Manole, 2013.

RANIERI, Nina. A qualidade da democracia. Considerações teóricas. In: Vivian de Almeida Gregori Torres;
Alvaro Theodor Herman Saem Caggiano. (Org.). Estudos de Direito constitucional. Homenagem à
Professora Monica Herman Salem Caggiano. 1 ed., v. 1. São Paulo: IELD, 2014.

VIAMONTE, Carlos Sanchez. Manual de Derecho Politico – Los Problema de La Democracia.


Buenos Aires: s.n. 1968.

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