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justificado. No caso de títulos e legendas, sugere-se o alinhamento centralizado. Para citações
diretas com mais de 3 linhas, faça um recuo de 4 cm e use fonte 10 pt. É importante respeitar essa
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bxsBe-HVAxnTLkQB20J7iMcuug?e=g71Mqe ).
Informações da disciplina
Nome da disciplina
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Carga horária
60 horas.
Autor
Danilo Valdir Vieira Rossi.
Competências da disciplina
Muito além da memorização de conhecimentos, o objetivo do material didático é promover o
desenvolvimento das competências exigidas pelo mercado de trabalho. Portanto, o aluno deve ser
capaz de mobilizar o conhecimento em seu contexto profissional, demonstrando habilidades,
atitudes e valores
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teorias da norma jurídica e do ordenamento jurídico, demonstrando ainda a aplicação da hermenêutica
às normas, de maneira a integrá-las ao ordenamento jurídico..
Informações da seção
Conteúdos da seção
Hermenêutica Jurídica - Critérios. Fontes da Hermenêutica Jurídica. Técnicas interpretativas -
Hermenêutica Constitucional - Princípios e Regras.
Palavras-chave da seção
Hermenêutica jurídica – Interpretação Jurídica – Hermenêutica Constitucional – Princípios -
Regras.
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dinâmicas, debates, estudos de caso, situações-problema, trabalhos em grupo ou individuais.
4. Em caso de indicação de vídeos ou textos para a atividade, seja específico, trazendo o link para
o vídeo ou para o livro da BV indicando o trecho a ser utilizado.
5. Estimule o professor a apresentar situações profissionais atuais e aderentes à realidade regional
e ao mercado de trabalho.
Observação: Este item pode ser estruturado em forma de texto ou em tópicos, entre 8 e 15 linhas.
ATENÇÃO: direcione a linguagem ao professor, pois este item NÃO estará disponível ao aluno.
Asasasasas
Caro professor, nessa seção trataremos do importante tema da hermenêutica jurídica. Sabendo
o quão fundamental é interpretar as leis, sugiro que busque aguçar a curiosidade de seus
alunos.
Assim, pode-se pensar em buscar situações que sejam de conhecimento geral, perguntando
aos alunos se eles conhecem alguma lei que tenha sido recentemente modificada, ou se sabem
a diferença entra a aplicação territorial de determinada regra.
Certamente os alunos já ouviram falar da infame frase “conhecer as brechas das leis”. Que tal
trazer essa frase a um contexto positivo e que os instigue nos estudos? Vamos lá!
1. Parágrafo de abertura da seção: estabeleça um diálogo com o aluno para introduzir o conteúdo
da seção. Recorra ao conhecimento de mundo do aluno e a questões atuais e relevantes.
2. Demonstre a relevância do tema em termos de suas aplicações práticas, em especial no
mercado de trabalho.
3. Finalize com uma mensagem motivacional, justificando o porquê de o aluno estudar os
conteúdos da seção.
ATENÇÃO:
1. Direcione a linguagem para o aluno, pois o Praticar para aprender estará disponível no livro
didático.
2. O texto finalizado será formado pelo Praticar para aprender partes 1 e 2, pois a descrição da
Situação problema será inserida entre a apresentação da seção e a frase motivadora.
(Escrever 1 página)
Asasasasas
Caro aluno, iniciamos à seção de número três, que finaliza essa unidade. Chegou o momento
de estudarmos um conteúdo que trará uma percepção de aplicação prática do direito. Vamos
estudar a hermenêutica jurídica, que trata da interpretação das normas do direito.
E esse, além de ser um dos conteúdos mais importantes da nossa disciplina, será um dos mais
relevantes de todo o curso. Afinal, as leis estão disponíveis para todos, sendo a publicidade um
requisito de validade, não é mesmo?
Entretanto, para bem aplicar o direito ao caso concreto, não basta conhecer a lei, não basta
saber ler. É preciso saber interpretá-la. E essa é a tarefa principal do operador do direito, seja
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qual for o seu ramo de atuação, ou seja, advocacia, ministério público, ou magistratura.
E são tantas as técnicas utilizadas para se interpretar o conjunto de leis... E muitas dessas são
utilizadas em conjunto. E só a partir da capacitação para essa tarefa nada mecanizada é que
podemos efetivamente exercer a profissão. Então, é melhor não perder nenhum conceito
estudado hoje, e, com o tempo, se aprofundar mais e mais no tema.
O bom intérprete da lei tende a ser um bom profissional. Estudando com vontade você estará
entre os melhores!
A presente seção tem por objetivo principal iniciar o importante estudo da hermenêutica
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jurídica. Antes de mais nada, devemos nos perguntar, o que é hermenêutica? Trata-se de uma
palavra que é pouco utilizada no cotidiano das pessoas, mas que é amplamente usada pelos
operadores do direito. Segundo Nader,
Segundo o dicionário, hermenêutica é uma ciência, técnica, ou filosofia, que tem por objeto o
estudo ou a interpretação de textos, sejam eles filosóficos, religiosos ou jurídicos. Ao lermos um
texto, o objetivo deve ser entender o seu significado, do contrário, teremos somente um
apanhado de palavras sem sentido. (FERREIRA, 2010)
A hermenêutica jurídica, como o próprio nome já diz, é a ciência ou técnica que cuida da
interpretação dos textos jurídicos. Como sinônimo da palavra hermenêutica, também será muito
citada a palavra exegese, ambas significando o ato de interpretar, conhecer o sentido de
determinado texto. Segundo Nader, “Interpretar o Direito é revelar o sentido e o alcance de suas
expressões”. (NADER, 2014, p. 246)
Temos, portanto, que é através da hermenêutica jurídica que conseguiremos entender e atribuir
sentido aos textos e normas jurídicas. Portanto, trata-se de conhecimento básico para a
aplicação do direito, pois, tanto advogados, quanto promotores, juízes, prefeitos, deputados,
policiais, e muitos outros profissionais que lidam diretamente com a área jurídica devem saber
interpretar as leis para realizar seus ofícios.
Reflita Você já ouviu falar em ordem manifestamente ilegal? Uma ordem
manifestamente ilegal é aquela ordem dada por um superior ao seu
subordinado, para que seja cumprida, porém em clara e direta afronta ao
sistema jurídico vigente. As ordens manifestamente – ou claramente –
ilegais não devem ser cumpridas. Podemos dar como exemplo um tenente
que ordena que um cabo torture uma pessoa detida para obter
informações sobre determinado fato. Consegue compreender que, para
que o subordinado saiba que a ordem é manifestamente ilegal, ele deve
saber interpretá-la de acordo com o ordenamento jurídico vigente?
A interpretação jurídica, é, portanto, fundamental para que os profissionais da área jurídica
possam realizar seu trabalho. Entretanto, a hermenêutica na área do direito não é tão simples
quanto ler um texto e entender o significado de suas palavras. Existem técnicas e critérios de
interpretação, que devem ser aplicados no momento da exegese para atribuir ou revelar sentido
ao texto normativo. (BARROSO, 2011)
Para que uma norma jurídica possa ser interpretada, podemos e devemos recorrer a vários
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critérios e técnicas. Dentre elas, podemos citar a interpretação literal ou gramatical, lógica-
sistêmica, constitucional, histórica, evolutiva, teleológica e axiológica.
Porém, antes de falarmos sobre essas técnicas, devemos compreender a diferença entre
princípios e regras. As normas jurídicas são compostas por princípios e regras, e, portanto, a
sua interpretação depende da plena compreensão do que representam essas duas espécies.
Princípios jurídicos são elementos basilares no ordenamento jurídico, e trazem conceitos
amplos, que devem guiar tanto o intérprete na aplicação da lei, quanto o legislador, na
elaboração das leis. Os princípios possuem como característica sua generalidade, servindo
como parâmetro para otimização do sistema jurídico. (ALEXY, 2001)
Muitas vezes, ao interpretarmos o direito em um caso concreto, podemos observar uma
possível colisão de princípios, dada o seu antagonismo em uma situação específica. Entretanto,
essa aparente antinomia não os invalida, posto que, em tais casos, devam ser ponderados, isto
é, sopesados, para que se saiba qual deve prevalecer naquela situação. (ALEXY, 2001)
Quando estudamos direito constitucional, a base do nosso ordenamento jurídico, nos
deparamos com uma série de princípios. Esses princípios podem possuir natureza civil,
trabalhista, penal, tributária, dentre outras. Com base neles é que o legislador ordinário deve
guiar-se. Cria-se, pois, um limite na elaboração das normas infraconstitucionais.
Dentre os princípios constitucionais, podemos elencar o direito à vida, liberdade, propriedade,
saúde, alimentação, educação, moradia, pensamento, expressão, ir e vir, trabalhar, lazer,
dentre muitos outros. Somente com os princípios elencados, podemos pensar em uma série de
situações de conflito, na qual devemos utilizar a balança da justiça para saber qual deve
prevalecer no caso concreto.
Exemplifican Imaginemos uma situação em que um conjunto de pessoas deseja se
do manifestar contra as ações governamentais durante uma pandemia, período
no qual a reunião de pessoas encontrasse restringida. Em tese temos, de um
lado, que essas pessoas estariam exercendo seu direito à liberdade de
pensamento, de expressão, de reunião, de locomoção. Entretanto, do outro
lado, temos uma limitação estatal baseada no direito à saúde, objetivando
impedir a disseminação da doença. Consegue perceber o choque entre
conflitos?
Quando realizamos a interpretação de princípios devemos colocá-los em uma balança a fim de
saber quais seriam preponderantes na situação fática. Dizer que uns seriam aplicáveis em
detrimento de outros não significa desqualificá-los ou invalidá-los, mas tão somente na sua
limitação naquele caso concreto, restando, contudo, íntegros em sua missão principiológica no
sistema. (ALEXY, 2001)
As regras, ao seu turno, implicam em comandos diretos e objetivos. São dotadas de caráter
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impositivo, e muitas vezes trazem sanções em caso de descumprimento. Segundo um dos mais
proeminentes filósofos do direito, Robert Alexy, ao contrário dos princípios que são submetidos
ao critério de ponderação, as regras se submetem a uma lógica de tudo ou nada. (ALEXY,
2001)
Em outras palavras, ao realizarmos o processo de subsunção do fato à lei, isto é, dizer qual lei
se aplica ao caso concreto, apenas uma pode ser considerada válida. Quando duas regras
parecem se chocar, apenas uma delas deve ser válida, sendo que a outra deve ser considerada
inválida. Perceba-se aqui a diferença entre a ponderação de princípios, no qual devemos saber
qual é mais relevante no caso concreto, sem invalidá-los, e o choque de regras, no qual apenas
uma é considera válida.
Evidente que, portanto, em ambos os casos, tanto a ponderação de princípios, quanto a
validação de uma regra, apenas se realizam após um processo de hermenêutica jurídica.
Assim, uma vez expostas as diferenças básicas entre princípios e regras, e, estando clara a sua
importância para a intepretação jurídica, podemos analisar as diferentes técnicas de
hermenêutica.
Em primeiro lugar, vamos falar sobre a técnica interpretativa mais elementar, que é a
hermenêutica gramatical ou literal. De acordo com essa técnica, devemos nos ater ao
significado literal, ou significado de dicionário, das palavras que compõe uma norma jurídica.
Essa técnica está na essência da intepretação jurídica, pois devemos saber o que significa cada
uma das palavras que compõe uma norma, e nos atentar ao seu significado conjunto em uma
dada lei. (FERRAZ, 2007)
A interpretação literal é muito importante para uma primeira análise do significado de uma dada
lei, mas não é suficiente para que a interpretação jurídica seja realizada. É preciso que, a partir
desse momento, se avance para uma análise mais profunda, utilizando-se de outras técnicas
interpretativas.
Essa necessidade se dá por diversos motivos, dentre eles a falta de clareza de uma norma
jurídica, uma aparente contradição, ou a sua incompletude, dentre outros. Além disso, como
veremos, toda interpretação jurídica deve passar por uma série de crivos para que se possa
afirmar que uma determinada norma é aplicável ao caso concreto. (FERRAZ, 2007)
Um segundo critério interpretativo de grande importância é o lógico ou sistêmico. As normas
jurídicas não devem nunca ser interpretadas isoladamente. Quando falamos em interpretação
jurídica de uma determinada norma, devemos pensá-las, e analisá-las, enquanto parte de um
complexo de regras e princípios ao qual chamamos ordenamento jurídico. (FERRAZ, 2007)
Imagine uma situação hipotética de violação ao direito de propriedade, de acordo com o
preceituado no Código Civil, em seu artigo 1.210. (BRASIL, 2005)
Temos, segundo o artigo citado, que, havendo a perda da posse de um bem, o
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possuidor poderá realizar a autodefesa, ou autotutela, para reavê-lo, desde que o faça
logo, e que seu ato seja aquele indispensável à restituição. Observe-se que a análise
gramatical não é suficiente para preencher algumas lacunas como qual seria o tempo
previsto em “o faça logo”, bem como não é suficiente para nos dizer quais seriam os
atos indispensáveis para retomada da posse.
Algumas questões não estão muito claras na referida lei. Poderia a retomada do bem,
por conta própria, ocorrer após alguns dias, meses ou anos? Poderia, o possuidor
esbulhado, atentar contra a vida daquele que praticou o esbulho e encontra-se com o
bem? Estamos diante da necessidade uma interpretação que vai além do texto
gramatical, e que nos leva à necessidade de uma análise sistêmica.
Primeiramente devemos procurar respostas no próprio Código Civil, analisando os demais
artigos que o compõe. Em segundo lugar, devemos procurar respostas no Código de Processo
Civil, e adiante no próprio texto constitucional, que é a base de todo o ordenamento jurídico.
Perceba-se que a interpretação sistêmica é complexa e compreende diversas etapas.
Da mesma forma podemos questionar o que são os esforços que não devem ir além do
indispensável. Mais uma vez, devemos proceder à análise sistêmica ou lógica, para que
possamos interpretar tal artigo. Seria lícito ou escusável atentar contra a vida de quem praticou
um esbulho para restituir o bem? Sem que tenhamos de ir ao limite, seria lícito causar-lhe
danos físicos? Seria lícito torturá-lo para que revelasse a localização do bem?
Talvez a realização de tais atos seja indispensável para reaver o bem. Mas seriam tais atos
autorizados pelo direito a partir de uma interpretação sistêmica? Quando analisamos a
proibição à tortura no texto constitucional, podemos claramente perceber que realizar tal ação
seria contrário à lógica sistêmica, e, portanto, sem respaldo legal.
A interpretação histórica, em conjunto com a hermenêutica evolutiva, é aquela em que o
operador do direito busca conhecer a lei desde o seu nascedouro no processo legislativo, as
motivações que levaram a sua promulgação, o contexto histórico em que foi criada, os debates
em torno de sua trajetória no órgão legislativo. Mas, como isso não seria suficiente para garantir
uma boa interpretação atual da lei, também é preciso contextualizá-la de acordo com o tempo
presente, tendo em vista que, ao passo em que a sociedade evolui, também devem evoluir as
leis, através de sua exegese. (FERRAZ, 2007)
Muito próxima a intepretação histórica está a intepretação teleológica. Esta, entretanto, foca
seus esforços em desvendar quais são os objetivos pretendidos por aquela lei, também através
de uma análise de documentos históricos, como as motivações constantes do projeto de lei, ou
o contexto histórico. Nesse sentido, Maria Helena Diniz afirma que “ao se interpretar uma
norma, deve-se procurar compreendê-la em atenção aos seus fins sociais e aos valores que
pretende garantir”. Busca-se, portanto, qual a finalidade objetivada pela norma. (DINIZ, 2001, p.
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Há doutrinadores, por outro lado, que entendem que, uma vez promulgada determinada lei, a
sua análise finalística estaria liberta de sua origem, fazendo com que a hermenêutica
teleológica buscasse os fins pretendidos pela norma, adaptados ao tempo em que ela estivesse
vigente, a partir da análise do fim que estaria implícito nela própria, e não em sua origem.
(NADER, 2014)
A hermenêutica axiológica, a seu turno, é aquela que se ocupa da pesquisa dos princípios que
nortearam o desenvolvimento de determinada norma, que serviram como sua base para que
fosse positivada. Dessa forma, também se está buscando a origem da norma e suas finalidades
dentro do ordenamento jurídico, de acordo com os princípios fundamentais do sistema.
Ao consideramos tais perspectivas ou técnicas interpretativas, como a teleológica e a
axiológica, podemos considerar o direito positivo como um direito vivo, adaptável, posto que sua
hermenêutica leva a uma situação de adaptabilidade das leis ao tempo de sua aplicação,
levando-se em conta o contexto social vivido, os princípios norteadores das normas, e os
objetivos pretendidos por ela. (NADER, 2014)
Dessa forma, podemos afirmar que ao interpretar uma norma jurídica, o operador do direito está
conferindo a ela seu alcance e significado, que podem ou não coincidir com o texto escrito
(interpretação gramatical), uma vez que a norma é adaptável ao tempo em que é aplicada, de
acordo com seus objetivos e princípios formadores. (DINIZ, 20010)
A hermenêutica constitucional, por sua vez, trata de um ramo mais restrito da hermenêutica
jurídica, pois diz respeito a como deve ser interpretado o texto constitucional. Como sabemos, a
Constituição, também conhecida como Carta Magna, é o texto normativo mais importante do
nosso ordenamento jurídico.
Isto posto, é preciso levar em conta todos os elementos interpretativos que foram já elencados,
mas também considerar que a Constituição é um texto político, que em sua elaboração abarcou
os anseios de um projeto de Estado e sociedade. A nossa Constituição atual, de 1988, fruto do
processo de redemocratização do Estado brasileiro, é conhecida como a Constituição Cidadã,
posto que elencou uma dezena de direitos fundamentais e sociais.
É notória a sua prodigalidade na atribuição de direitos como moradia, saúde, educação para
todos, baseados no princípio maior da dignidade humana. Desta forma, toda e qualquer
interpretação constitucional que se faça deve passar pelo crivo deste princípio. Assim, a
interpretação de qualquer artigo constitucional deve sempre ser realizada sob a lente da
primazia da dignidade humana, com os princípios a ela adjacentes (vida, saúde, liberdade, etc.).
Da mesma forma, tendo em vista a posição de supremacia do texto constitucional frente aos
demais instrumentos normativos, toda interpretação jurídica, nos mais diversos ramos jurídicos,
devem obedecer aos princípios – parâmetros - constitucionais, e com os objetivos nela
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consignados, como a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária, o desenvolvimento
nacional, a erradicação da pobreza e das desigualdades, bem como a promoção do bem
comum para todos. (BRASIL, 1988, art. 1º a 4 º.).
Assimile Os princípios constitucionais estão na base de nosso ordenamento
jurídico, devendo orientar a elaboração de leis em todos os níveis, pois
representam as aspirações sociais e de Estado buscadas pelo constituinte.
Por fim, a interpretação jurídica, segundo Tércio Ferraz, pode ser de três tipos: especificadora,
restritiva e extensiva. A primeira delas nos mostra uma situação em que a intepretação literal da
letra da lei é suficiente para sua aplicação ao caso concreto. A segunda ocorre quando a
interpretação literal de uma lei poderia levá-la a um sentido muito amplo, devendo ser
restringida para beneficiar os interesses tutelados, a partir de uma perspectiva teleológica ou
axiológica. A terceira resulta de um texto de lei que não contempla de forma suficiente a
situação que objetiva tutelar, fazendo com que o intérprete deva aumentar o seu alcance a
partir de uma exegese finalística (teleológica). (FERRAZ, 2007)
Assim chegamos ao final da unidade número três. Espero que você tenha encontrado vários
pontos interessantes que mereçam ser estudados de forma aprofundada na leitura
complementar!
1. Descreva o contexto de aprendizagem, que deve ser abrangente o bastante para permitir que o
aluno mobilize dos conteúdos da seção. Se desejar, você poderá usar o mesmo contexto em todas
as seções da unidade.
2. Elabore uma situação-problema (SP) a partir do contexto de aprendizagem criado. É importante
lembrar que a SP não é um mero exercício. Ela é, na verdade, uma situação complexa, que deve
trabalhar os conhecimentos desenvolvidos na seção, e deve estar o mais próximo possível da
realidade profissional da área. O professor presencial dedicará mais da metade da aula para tratar
a situação-problema e seus desdobramentos, o que mostra a importância da SP para a seção. Ela
deve envolver as soft skills e contribuir para o desenvolvimento das competências da unidade, e do
seu resultado de aprendizagem.
3. O aluno deve ser o protagonista da situação-problema. Você pode iniciar com algo semelhante
a: para contextualizar sua aprendizagem, imagine que você trabalha para uma empresa...
4. Para instigar o aluno, apresente algumas questões para reflexão ou para serem respondidas
finalizando com sucesso o desafio proposto no contexto de aprendizagem.
ATENÇÃO: direcione a linguagem para o aluno, pois o Praticar para aprender estará disponível
no livro didático.
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(Escrever 1 página)
Asasasasas
Larissa é uma jovem advogada, recém-formada, que fora contratada para atuar em uma sociedade de
advogados na cidade de Ribeirão Preto, estado de São Paulo. Com pouca experiência, mas muito
conhecimento técnico, é requisitada para prestar atendimento a uma cliente vinda da Inglaterra,
Carolina, que anos atrás teve problemas com um vizinho de sítio, que supostamente teria apanhado
frutas de seu pomar, sem o devido consentimento. À época, sem provas, a cliente foi processada pelo
vizinho Paulo, e teve de indenizá-lo por danos morais. Entretanto, agora Carolina tem provas irrefutáveis
do crime cometido vinte anos atrás.
Depois de explicar à cliente que o suposto crime estaria prescrito, novas dúvidas surgiram quanto a outro
ponto suscitado pela advogada. Segundo relatado, o furto cometido por Paulo teria sido de algumas
frutas apanhadas do pomar de Carolina, sem consentimento, tendo em vista que ele não tinha alimentos
em sua própria casa, nem recursos para comprar comida.
Carolina não conseguiu entender o que a advogada quis dizer em relação a uma interpretação sistêmica
das leis, que poderia perdoar Paulo mesmo que o crime não estivesse prescrito, em virtude de se tratar
de um furto famélico. Afinal, a lei não deveria ser aplicada igualmente a todos, independentemente do
valor do bem subtraído? A advogada deve sanar as dúvidas de sua cliente quanto à interpretação das
leis.
1. Você deve resolver a situação-problema (SP) ou indicar caminhos de resolução com base nos
conceitos abordados na seção. Além de fazer considerações sobre as competências e habilidades
necessárias à resolução, você pode elaborar questionamentos relacionados à SP que ajudem o
aluno a resolvê-la.
2. Você deve retomar brevemente a proposta da SP, nas primeiras linhas.
3. Se desejar, deixe questionamentos adicionais ao aluno. Caso não exista uma única resolução ou
perspectiva para a solução do problema, exemplifique uma perspectiva e deixe para o aluno a
reflexão sobre as possibilidades adicionais.
4. Finalize mostrando o desenvolvimento da história, indicando que o desafio proposto foi
superado.
OBSERVAÇÃO: as questões relacionadas à resolução da SP devem considerar os objetivos de
aprendizagem da seção. Direcione a linguagem ao aluno, pois a Resolução da situação-
problema estará disponível no livro didático.
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(Escrever entre 1 e 2 páginas)
Asasasasas
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O direito à liberdade de expressão
Descrição da situação-problema
Ana é uma influencer muito famosa na internet, com milhões de seguidores por todo o país.
Muito embora tenha feito fama falando sobre assuntos frívolos, nos últimos tempos, resolveu
dedicar-se a análise da situação política de seu país. Passou a criticar diversos políticos e
autoridades, muitas vezes de forma exagerada, com xingamentos e apresentando fatos sem
comprovação.
Em Brasília, os comentários de Ana tomavam grandes proporções e geravam grande
insatisfação na classe política. Você é membro do ministério público com competência para
atuar no caso. Como deve ser analisado o princípio Constitucional da liberdade de expressão
na presente situação?
Resolução da situação-problema
Estamos novamente diante de uma situação na qual a análise jurídica não deve se restringir a
uma análise literal ou isolada de uma regra. Ainda que a liberdade de expressão esteja
consignada como direito fundamental no texto Constitucional, sempre devemos fazer uma
análise sistêmica de tais princípios.
Em que pese os direitos individuais de Ana, a liberdade de expressão não pode ser tomada
como um direito absoluto. Existem consequências para aqueles que abusam do direito de
expressão, seja na seara cível, seja na área criminal.
Portanto, devem ser analisados se crimes foram cometidos, se danos morais e materiais foram
causados, para então determinar quais providências seriam cabíveis. O que devemos ter em
mente é que não existem direitos absolutos, e que eles devem, no caso dos princípios
constitucionais, submeter-se à ponderação no caso concreto.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Desenvolva uma síntese dos conceitos mais relevantes da seção utilizando imagens, infográficos,
diagramas e esquemas que possam contribuir para a aprendizagem de forma visual e interativa em uma
webaula. A partir dessa síntese, nossa equipe de designers educacionais criará webaulas e/ou objetos de
aprendizagem.
Você deve:
1. Definir um objetivo de aprendizagem para o material complementar.
2. Apresentar a definição do conceito-chave de cada um dos conteúdos granulares da seção, conforme
BSC, preferencialmente associando elementos visuais como gráficos, fotos ou diagramas, resumindo de
forma clara e ilustrativa determinado conceito.
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3. Preencher o box Saiba mais e o box Pesquise mais.
4. Você não deve copiar trechos do Não pode faltar.
Lembre-se: aqui você pode criar ou indicar esquemas, linhas do tempo, gráficos, mapas, etc. Neste bloco
você pode utilizar quantas imagens julgar necessárias (desde que respeitando os direitos autorais), elas
não contam para o limite de duas páginas.
Conheça, nos links a seguir, alguns formatos de webaulas e objetos de aprendizagem que poderão ser
produzidos a partir deste conteúdo.
Linha do tempo:
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/Teste/exemplo/
oedhi192_u2_for_soc_his_pol_bra/index.html
Infográfico: https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/Teste/exemplo/
oedhi_192_u3_sup_bas_vid_pri_soc/index.html
Webaula:
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/BNCC/mod_2/index.html
Whiteboard: https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/Teste/exemplo/
oedhi192_u3_pis_soc/index.html
Aula narrada: https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/Teste/exemplo/
oedhi192_u1_mat_dis/index.html
Tutorial: https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/Teste/exemplo/
oedhi192_u3_com_gra/index.html
Infográfico + Quiz:
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/Teste/exemplo/oed201-u2s2-cul-
dig.webflow/index.html
(Escrever 2 páginas)
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também analisar as motivações da existência lei no momento de sua execução, a partir de uma
análise comparativa-evolutiva;
e) interpretação teleológica : essa interpretação cuida dos fins para os quais determinada norma
fora criada, auxiliando em sua aplicação.
f) interpretação axiológica: a interpretação axiológica é aquela que estuda os princípios que
nortearam a criação da norma, quais são os valore intrínsecos a ela.
Saiba mais Robert Alexy, jurista alemão, é um dos mais influentes na área de filosofia
do direito. Dentre seus estudos, as considerações sobre a ponderação de
princípios são conhecidas e estudadas em todo o mundo.
Autor de diversos livros como Uma teoria da argumentação jurídica, Teoria
dos direitos fundamentais, Teoria da argumentação jurídica: a teoria do
discurso racional como teoria da justificação jurídica, sua obra merece um
estudo aprofundado.
O Faça valer a pena é uma avaliação direcionada à compreensão dos aspectos conceituais dos
conteúdos, constituindo o momento pós-aula. Elabore três questões objetivas, de múltipla escolha,
com cinco alternativas cada, de caráter conceitual, conforme manual para elaboração de questões
(https://drive.google.com/file/d/1vLxwrMsz5ceSznzf4KIRnZ5dUmWtfDfS/view ). Orientações:
Cada questão deve ter um texto-base, um enunciado, cinco alternativas, a indicação da
alternativa correta e a resposta comentada.
O texto-base não deve ser meramente ilustrativo, ele deve ser significativo e relevante para
a resolução da questão.
Insira no enunciado, de forma objetiva, apenas a instrução ou o comando para a resolução
da questão. Afirmativas a serem avaliadas, contextualização e outros elementos devem ser
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inseridos no campo do texto-base.
O enunciado deve perguntar sempre pela alternativa correta, nunca pela incorreta ou
exceção. Não usar termos considerados negativos, como: errada, incorreta, não, exceto,
etc.
No enunciado, não devem ser empregados termos graduadores. Ex.: a alternativa que
mais se aproxima, melhor define, melhor se enquadra, etc. Eles dão margem para que se
entenda que há mais de uma alternativa correta.
Na resposta comentada, elaborar um parágrafo autônomo, redigido de maneira clara,
objetiva e de acordo com a norma culta da língua, capaz de explicar por que a alternativa
está correta. Lembre-se de que o aluno depende desse texto para compreender por que
errou (se tiver errado a questão) e poder avançar no aprendizado. Deve ter no mínimo 200
caracteres sem espaço e não deve citar a letra da alternativa correta.
ATENÇÃO: direcione a linguagem para o aluno, pois o Faça valer a pena estará no livro didático.
Questão 1
Texto-base:
A hermenêutica jurídica é uma ciência que se propõe a dar sentido e valor a normas jurídicas,
através de diversos métodos de interpretação, sendo o seu domínio de fundamental importância
para todos os operadores do direito.
Enunciado:
Quando desejamos interpretar uma lei de acordo com os seus princípios norteadores, estamos
diante de qual método?
a. Gramatical
b. Lógico
c. Sistêmico
d. Teleológico
e. Axiológico
Alternativa Correta: E
Taxonomia de Bloom: Conhecimento
Nível de dificuldade: Fácil
Resposta Comentada:
O método interpretativo que busca quais são os princípios que nortearam a criação de uma
norma, que estão em sua base, é o da interpretação axiológica. Através dela o interprete busca
os fundamentos principiológicos da norma em questão.
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Questão 2
Texto-base:
Normas jurídicas podem se dividir em princípios e regras. Muito embora tenham características
próprias, ambos possuem validade jurídica, e podem estar presentes nos diversos tipos
normativos, bem como em todos os níveis do ordenamento jurídico.
Enunciado:
Sobre as características dos princípios e regras, marque a alternativa correta
Questão 3
Texto-base:
A Constituição é o texto máximo de um ordenamento jurídico. Nela estão contidas uma série de
comandos legais, através de princípios e regras, que traduzem um ideal de Estado e sociedade
que o constituinte pretendeu implementar.
Enunciado:
Sobre interpretação constitucional, princípios constitucionais e papel da Constituição no
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ordenamento jurídico, marque a alternativa correta
Segundo o conteúdo destacado no BSC para o vídeo da unidade, precisamos criar um texto para
orientar nossa equipe de roteiristas.
IMPORTANTE: Adote uma linguagem simples e clara, como se estivesse dando aula para pessoas
leigas. Utilize paráfrases, analogias e metáforas que facilitem a compreensão do texto. Conceitos
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técnicos e jargões devem ser explicados.
CONCEITUAL
VÍDEO RESUMO
Tema da vídeo-resumo
Insira aqui os temas que o vídeo resumo deve trazer.
Desenvolvimento do conteúdo
Discorra sobre o conceito destacado de cada um dos assuntos que serão abordados no vídeo
resumo.
Limite:40 a 60 linhas
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OBJETIVOS
Descreva, em tópicos, entre três e cinco, os objetivos da aula prática. Liste cada objetivo iniciando por um
verbo no infinitivo. Por exemplo: compreender, conhecer, analisar, aplicar, desenvolver, etc.
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INFRAESTRUTURA
Indique os tipos de instalações que deverão ser utilizadas, por exemplo, laboratório, clínica-escola,
campo, etc. Para isso, verifique com o consultor de conteúdo o book de laboratórios da Kroton. Ressalte,
para o professor, a importância de agendar previamente em sua instituição o uso desses espaços.
MATERIAIS
Descreva os materiais necessários para a realização da aula prática. Para isso, verifique com o consultor
de conteúdo a lista de materiais de insumos da Kroton. Indique a volumetria de acordo com orientação do
curador metodológico responsável pela disciplina.
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SOFTWARE
Sim ( ) Não ( )
Tipo de licença:
DESCRIÇÃO DO SOFTWARE
SUGESTÕES DE SEGURANÇA
PROCEDIMENTO/ATIVIDADE
Atividade proposta:
Indique de forma objetiva a atividade proposta para a aula prática. Por exemplo: elaboração de um
plano de aula, escultura em bloco de cera de dentes permanentes, análise histológica de tecido, obtenção
de parâmetros, desenvolvimento de projetos, etc.
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Checklist:
Escreva aqui, em tópicos, as principais etapas a serem desenvolvidas na aula prática, na sequência em
que elas devem ser realizadas. Esse checklist é um importante instrumento para que o professor e seus
alunos possam conferir se executaram todos os procedimentos descritos para a atividade.
RESULTADOS
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Referências
Escreva, a seguir, as referências utilizadas na seção (em padrão ABNT – NBR 6023/2018). A
norma está disponível na Biblioteca Virtual (Target getweb). Para construí-las, pode usar o site
http://www.more.ufsc.br/.
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BRASIL. Constituição (1988). Código Civil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 2005.
DINIZ, Maria Helena. Compêndio de Introdução à Ciência do Direito. 14ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2001
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FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da língua portuguesa. 5. ed. Curitiba:
Positivo, 2010. 2222 p. ISBN 978-85-385-4198-1.
NADER, P. Introdução ao Estudo do Direito. 36. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Editora
Forense, 2014.
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